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7/27/2019 Port Caderno Professor http://slidepdf.com/reader/full/port-caderno-professor 1/65 Português CADERNO DE APOIO AO PROFESSOR – 11. o ANO Apresentação do projeto Proposta de planificação Fichas de avaliação Propostas de correção Materiais auxiliares de apoio FILOMENA MARTINS • GRAÇA MOURA

Port Caderno Professor

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Português

CADERNODEAPOIO

AOPROFESSOR

– 11.oANO

∫ Apresentação do projeto

∫ Proposta de planificação

∫ Fichas de avaliação

∫ Propostas de correção

∫ Materiais auxiliares de apoio

FILOMENA MARTINS • GRAÇA MOURA

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INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . 2

O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO NO SISTEMA EDUCATIVO PORTUGUÊS,por PAULO FEYTOR PINTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

O PROJETO . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

PLANIFICAÇÃO ANUAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . 11

FICHAS DE AVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . 14

Ficha de Avaliação – Sequência 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

Ficha de Avaliação – Sequência 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Ficha de Avaliação – Sequência 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

Ficha de Avaliação – Sequência 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

Ficha de Avaliação – Sequência 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

SOLUÇÕES DAS FICHAS DE AVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

REGISTOS ÁUDIO – ORALIDADE – COMPREENSÃO ORAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

PROPOSTAS DE CORREÇÃO DE ALGUMAS ATIVIDADES DO MANUAL . . . . . 41

MATERIAIS DE APOIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . 48

Grelha de observação da expressão oral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

Ficha de visionamento de um documento vídeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

Cine-ficha (apreciação de filmes) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

Documento-guia de observação/audição de uma reportagem . . . . . . 51

Guião de atividade de debate . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

Modelo de relatório de visita de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

Contrato de leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

Modelo de Ficha de leitura I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

Modelo de Ficha de leitura II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

A oficina de escrita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

A ORGANIZAÇÃO DO PORTEFÓLIO SEGUNDO O PROGRAMA . . . . . . . . . . . . . . . . 61

ÍNDICE

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2

Estimados colegas

Agradecemos o privilégio de contar com a vossa atenção para, mais uma vez, podermos sujeitar o nosso traba-lho à vossa cuidada consideração e experiência profissional.

Desde 2003, ano do lançamento do primeiro projeto Página Seguinte , procurámos concretizar o espírito doPrograma de Português, relativamente às competências nucleares aí enunciadas, entrecruzando-as com recur-sos scripto-áudio-visuais variados e diversos.

Assim, à semelhança dos anteriores, este novo projeto concretiza de forma equilibrada e harmoniosa as com-petências nucleares do Programa, desenvolvendo-as pertinentemente.

INTRODUÇÃO

Elementos constituintes do projeto Página Seguinte 11. o ano

Para o(a) Professor(a) Para o(a) Aluno(a)

Manual do Professor Manual

Caderno de Apoio ao Professor Caderno de Atividades

Planos de Aula (Obras Literárias) (CD-Rom e On-line)

O Dicionário Terminológico e o Programa de Secundário Apoio Internet www.paginaseguinte11.te.pt

(CD-Rom e On-line)

Apoio Internet www.paginaseguinte11.te.pt

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O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO NO SISTEMAEDUCATIVO PORTUGUÊS

Principais alterações, por Paulo Feytor Pinto

A ortografia da língua portuguesa, tal como a própria língua, tem sofrido alterações ao longo do tempo. Em2011, com a entrada em vigor da nova ortografia que aqui se apresenta, chega ao fim um período de 100 anosdurante o qual a língua portuguesa teve duas ortografias oficiais distintas. Este facto foi provocado pelos portu-gueses que, em 1911, adotaram uma nova ortografia, tornaram-na oficial e não consultaram os brasileiros.

Apesar de a nova ortografia comum ter provocado alterações tanto na ortografia portuguesa como na brasi-leira, aqui apresentam-se apenas as regras que alteram a ortografia a utilizar no sistema educativo português.Todas as regras ortográficas que não são referidas mantêm-se, portanto, inalteradas. Também a terminologiautilizada nesta brochura é a adotada no ensino básico e secundário e não a do texto legal.

As alterações introduzidas na ortografia são as seguintes:1. Introdução das letras k , w e y no alfabeto (Base I).2. Obrigatoriedade de inicial minúscula em alguns nomes próprios e formas de cortesia (Base XIX).3. Supressão das letras c e p em sequências de consoantes (Base IV).4. Supressão de acento em palavras graves (Base IX).5. Supressão e/ou substituição do hífen em palavras compostas e derivadas, formas verbais e locuções (Bases

XV-XVII).A consulta deste texto pode ser complementada com a leitura do diploma legal que aprova a nova ortografia,

em especial das bases ou regras acima identificadas e das respetivas notas explicativas. A Resolução daAssembleia da República, de agosto de 1991, está permanentemente disponível em:

http://dre.pt/pdf1sdip/1991/08/193A00/43704388.pdf

A Resolução do Conselho de Ministros que determina a entrada em vigor da nova ortografia, de janeiro de 2011,adotou também o Vocabulário Ortográfico do Português e o conversor Lince desenvolvidos pelo Instituto deLinguística Teórica e Computacional, com financiamento público do Fundo da Língua Portuguesa. Uma vez que otexto legal que descreve a nova ortografia prevê exceções e não é exaustivo na exemplificação, estas duas ferra-mentas são muito úteis para esclarecer as inevitáveis dúvidas e estão disponíveis gratuitamente no sítio:

www.portaldalinguaportuguesa.org

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ALFABETO

k w y

As letras k, w e y fazem parte do alfabeto da língua portuguesa. Apesar desta novidade, as regras de utilizaçãomantêm-se as mesmas. Estas três letras podem, por exemplo, ser utilizadas em palavras originárias de outras lín-

guas e seus derivados ou em siglas, símbolos e unidades internacionais de medida, como darwinismo, Kuwait, kmou watt.

A posição destas três letras no alfabeto é a seguinte: …j, k , l… …v, w , x, y , z.

MINÚSCULAS

sábado agostoverão sul

senhor Silva

A letra minúscula inicial é obrigatória nos:– nomes dos dias: sábado, domingo, segunda-feira, terça-feira, quarta-feira …– nomes dos meses: agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro …– nomes das estações do ano: verão, outono, inverno, primavera …– nomes dos pontos cardeais ou equivalentes, mas não quando eles referem regiões: sul, leste, oriente e oci- 

dente europeu , mas o Ocidente .

A letra minúscula inicial é obrigatória também nas formas de tratamento ou cortesia: senhor Silva, cardeal 

Santos …

A letra inicial tanto pode ser maiúscula como minúscula em:– títulos de livros, exceto na primeira palavra: Amor de perdição ou Amor de Perdição .– nomes que designam cursos e disciplinas: matemática ou Matemática .– designações de arruamentos: rua da Liberdade ou Rua da Liberdade .– designações de edifícios: igreja do Bonfim ou Igreja do Bonfim .

C & P

ação factoótimo apto

As letras c e p são suprimidas sempre que não são pronunciadas pelos falantes mais instruídos, como acon-tece em algumas sequências de consoantes: ação, ótimo, ata, ator, adjetivo, antártico, atração, coletânea, conce- 

ção, letivo, noturno, perentório, sintático …

As letras c e p mantêm-se apenas nos casos em que são pronunciadas: facto, apto, adepto, compacto, con- 

tacto, corrupção, estupefacto, eucalipto, faccioso, fricção, núpcias, pacto, sumptuoso …

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Assim, tal como na oralidade, na escrita temos Egito e egípcio .

Aceita-se a dupla grafia quando se verifica oscilação na pronúncia culta, como em sector e setor . Já existiamem português outras palavras com mais de uma grafia, como febra , fevra e fêvera .

As letras b , g e m mantêm-se na escrita em português europeu padrão de sequências idênticas de consoan-

tes: subtil, súbdito, amígdala, amnistia, omnipresente …

A letra h mantém-se tanto no início e no fim de palavra como nos dígrafos ch, lh e nh : homem, oh, chega,

mulher, vinho .

ACENTO

joia heroicoleem veem

pera para

O acento agudo é suprimido das palavras graves cuja sílaba tónica contém o ditongo oi. Generaliza-se por-tanto a regra já aplicada em dezoito e comboio. Assim, passamos a ter:  joia, heroico, boia, lambisgoia, alcaloide,

paranoico …

O acento circunflexo é suprimido das formas verbais graves, da terceira pessoa do plural, terminadas emeem . Assim, passamos a ter: leem, veem, creem, deem, preveem …

O acento gráfico, agudo ou circunflexo, é suprimido das palavras graves que não têm homógrafas damesma classe de palavras. Assim, para pode ser uma preposição ou uma forma do verbo parar , tal como acordo  jápodia ser um nome ou uma forma do verbo acordar . Outros exemplos são: acerto (verbo ou nome), coro (verbo ounome), fora (verbo ou advérbio)…

O acento agudo mantém-se na escrita em português europeu padrão das formas verbais da primeira pessoado plural, do pretérito perfeito do indicativo, dos verbos da primeira conjugação: gostámos, levámos, entregámos,

andámos, comprámos …

HÍFEN

autoavaliação paraquedassemirrígido suprassumo

fim de semana hei de

O hífen é suprimido das palavras derivadas em que a última letra do primeiro elemento – o elemento nãoautónomo – é diferente da primeira letra do segundo elemento: autoavaliação, autoestrada, agroindústria, anti- 

americano, bioalimentar, extraescolar, neoidealismo …

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6

O hífen mantém-se nas derivadas começadas por ex, vice, pré, pós, pró, circum  seguido de vogal ou n, pan 

seguido de vogal ou m , ou ab, ad, ob, sob ou sub seguido de consoante igual, b ou r . Assim, continuamos a ter:pós-graduação, pan-americano, sub-região …

O hífen mantém-se nas derivadas em que o segundo elemento começa por h, r  ou s . No primeiro caso, man-tém-se a regra anteriormente em vigor: anti-herói, pan-helénico …

O hífen é suprimido de palavras cuja noção de composição se perdeu, tal como já tinha acontecido com pon-tapé. Assim, passamos a ter: paraquedas, mandachuva…

O hífen é substituído por r ou s , duplicando-o, nas palavras derivadas e compostas acima referidas em que aúltima letra do primeiro elemento é uma vogal e a primeira letra do segundo elemento é um r ou um s : semirrígi- 

do, suprassumo, antirroubo, antissemita, girassol, madressilva, ultrassecreto …

O hífen é substituído por um espaço em branco nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adver-biais, prepositivas ou conjuncionais: fim de semana, cão de guarda, cor de vinho …

O hífen é substituído por um espaço em branco nas quatro formas monossilábicas do verbo haver seguidasda preposição de: hei de, hás de, há de e hão de .

Mantém-se a ortografia em exceções pontuais tais como desumano , cor-de-rosa , coocorrência .

O hífen mantém-se em todos os restantes casos:– generalidade das compostas: cobra-capelo, ervilha-de-cheiro, mal-estar, tenente-coronel …– derivadas em que a última letra do primeiro elemento é igual à primeira letra do segundo elemento: anti- 

-ibérico, hiper-realista …

– formas verbais seguidas de pronome pessoal dependente: disse-lhe, disse-o, dir-te-ei …– encadeamentos vocabulares: estrada Lisboa-Porto, ponte Rio-Niteroi …

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SEQUÊNCIAS CONTEÚDOS

Diagnose Ficha de recuperação de saberes nas competências: oralidade, leitura (de texto ede imagem), funcionamento da língua e escrita.

Sequência de Aprendizagem 1 Comunicado; Reclamação/Protesto; Artigo científico; Artigo técnico;

Funcionamento da língua; Leitura de imagem.

Sequência de Aprendizagem 2 Discurso político; Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes 

(excertos); Textos expositivo-argumentativos; Ilustrações para exploração;Leitura de imagem; Funcionamento da língua.

Sequência de Aprendizagem 3 Drama; Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa ; Textos argumentativos, expositivo--argumentativos; Resumo; Leitura de imagem; Funcionamento da língua;Ilustrações.

Sequência de Aprendizagem 4 Eça de Queirós, Os Maias ; Quadros sinópticos; Ficha de Controlo de Leitura;

Caricatura; Desenho humorístico; Debate; Síntese; Funcionamento da língua;Ilustrações.

Sequência de Aprendizagem 5 Editorial; Poesia de Cesário Verde; Ficha de Controlo de Leitura; Leitura de imagem;Publicidade; Artigo de apreciação crítica; Funcionamento da língua.

INFORMAÇÃO Funcionamento da língua; Oralidade, Escrita, Leitura de imagem; EnciclopédiaLiterária e Glossário de Símbolos.

O MANUALO Manual está estruturado em sete partes e apresenta cinco sequências de acordo com o programa.

O PROJETO

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PREVIAMENTE… Apresentação de conceitos relativos aos conteúdos da sequência.

ORALIDADE Exercícios de Compreensão e Expressão oral.

LEITURA Leitura e análise de textos das tipologias textuais propostas pelo Programa.

FUNCIONAMENTODA LÍNGUA

Exercícios diversificados dos conteúdos potenciais e previsíveis – de acordo com o DicionárioTerminológico.

ESCRITA Elaboração de textos de diferentes tipologias.

APRENDER Sistematização esquematizada dos conteúdos.

SABER MAIS... Aprofundamento de conhecimentos – conteúdos do Programa.

FICHA FORMATIVA Treino e preparação para a avaliação escrita.

OFICINA DE ESCRITA Trabalho de escrita – aplicação das regras da textualidade.

CONTRATO DE LEITURA Sinopses e propostas de obras para cumprimento do C.L.

CIDADANIA ATIVA Textos informativos para envolver ativamente o aluno-cidadão.

A PROPÓSITO... Textos complementares e esclarecedores dos temas explorados.

CARTAZ Filmes e documentários aconselhados.

VISITA DE ESTUDO Propostas de visita de estudo (com e sem guião).

REMISSÕES Para Informação do Manual, especificando o conteúdo e a página.

FICHAS DE CONTROLO

DE LEITURANa 4.a e 5.a sequências de aprendizagem.

ILUSTRAÇÕES Para interpretação da linguagem icónica.

CARICATURA E

DESENHO HUMORÍSTICOCom propostas de trabalho.

BANDAS LATERAIS(só Manual do Professor)

Propostas de soluções para a Oralidade, para a Orientação de Leitura e para o Funcionamentoda Língua. Remissões para a Aula Digital – Áudio, Vídeo, Link Internet, PowerPoint.

Estrutura de cada Sequência de Aprendizagem

Cada Sequência de Aprendizagem explora as competências nucleares enunciadas no Programa e está estru-turada do seguinte modo:

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AULA DIGITAL

A Aula Digital possibilita a fácil exploração do projeto Página Seguinte , através das novas tecnologias em salade aula. É uma ferramenta inovadora que permitirá tirar o melhor partido deste projeto escolar, simplificando otrabalho diário do docente.

Na Aula Digital, são disponibilizadas as páginas do manual que o docente poderá projetar e explorar na sala de

aula, e a partir das quais poderá aceder a um conjunto de conteúdos multimédia integrados no manual, para tor-nar a aula mais dinâmica:

• Vídeos – suportes multimédia que permitem a exploração de diferentes conteúdos programáticos. Assim,de acordo com o programa, encontramos no manual remissões para os seguintes vídeos: tomada de possedo Presidente da Assembleia da República na XI legislatura; entrevista ao Padre Hugo Ventura; AlmeidaGarrett; Os Maias ; Gato Fedorento, Bombeiros de Mafamude e outros.

• Áudios – gravações de diversos textos do manual como oralidade – compreensão oral; leituras expressivas;dramatizações; ciclo Eça; pregões; declamações e anúncios publicitários e outros.

• Apresentações em PowerPoint – recurso didático que visa expor e/ou sintetizar conteúdos tais como:

Da ciência à tecnologia; A Assembleia da República; O discurso político; O Barroco; O teatro; O Romantismo;A educação n’ Os Maias ; Rafael Bordalo Pinheiro; Cesário, poeta pintor e a Força da imagem na publicidade.

• Testes Interativos – extenso banco de testes interativos, personalizáveis e organizados pelos diversostemas do manual.

• Links internet – endereços para páginas na internet de apoio às matérias, para a obtenção de mais infor-mação.

A Aula Digital simplifica a preparação de aulas com as novas tecnologias. O docente pode preparar facilmentesequências planeadas e personalizadas de recursos digitais, para exploração com projetor simples ou Quadro

Interativo.

Para poder avaliar facilmente os seus alunos, poderá:

• Utilizar os testes pré-definidos ou criar um teste à medida da turma, a partir de uma base de mais de 300questões.

• Imprimir os testes para distribuir, projetar em sala de aula ou enviar aos alunos com correção automática.

• Acompanhar o progresso dos alunos através de relatórios de avaliação detalhados.

Para poder comunicar mais facilmente com os seus alunos, a Aula Digital permite ao docente e alunos a

troca de mensagens e a partilha de recursos.• Banco de imagens– imagens para exploração.

• Textos teóricos / Fichas de atividades.

CADERNO DE ATIVIDADES

Esquemas e tabelas – sistematização de conceitos teóricos.Fichas (verdadeiro/falso).

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Fichas formativas (estrutura idêntica às do Manual).Fichas de Funcionamento da Língua.Produção escrita: resumo/síntese.Soluções.

CADERNO DE APOIO AO PROFESSORPlanificação Anual a longo e a médio prazo; Principais alterações relativas ao Novo Acordo Ortográfico no

sistema educativo português, por Paulo Feytor Pinto; Fichas de Avaliação; Registo escrito dos textos paraOralidade – Compreensão oral; Propostas de correção; quadros e esquemas (propostas de solução de exercíciosdo Manual); sugestões metodológicas para organização de portefólio e cumprimento de contrato de leitura; gre-lhas, fichas e guiões.

PLANOS DE AULA (OBRAS LITERÁRIAS)

Propostas de Planos de aula a desenvolver pelo docente, de acordo com as características específicas dasturmas.

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Conteúdos Suportes Sequência/Blocos

1.o

Período

Comunicado; Reclamação/Protesto; Artigos científicos e técnicos

• Textos informativos diversos e dos domínios transacional e educativo

• Documentários de índole científica

Funcionamento da Língua

• Texto (continuidade; progressão; coesão; coerência)

• Tipologia textual (protótipos textuais)

• Estruturas lexicais

• Neologia

• Sintaxe: estrutura das combinações livres de palavras

• Funções sintáticas e ordem das palavras

• Consolidação dos itens de Semântica lexical e frásicae de Pragmática e Linguística textual do 10. o ano

Discurso político; Pe. António Vieira, Sermão de Santo António 

aos Peixes (excertos); exposição e outros textos expositivo--argumentativos

• Documentários; Sermão de Santo António aos Peixes em CD• Filme Palavra e Utopia , outros

• Exposição

• Textos expositivo-argumentativos; textos de apreciação crítica

Funcionamento da Língua

• Processos fonológicos

• Interação discursiva (força ilocutória)

• Texto (continuidade; progressão; coesão; coerência)

• Tipologia textual (protótipos textuais)

• Processos interpretativos inferenciais (figuras)• Tempo e aspeto; modalidade

• Sintaxe: estrutura das combinações livres de palavras, figurasde sintaxe, funções sintáticas e ordem das palavras

• Consolidação dos itens de Semântica lexical e frásicae de Pragmática e Linguística textual do 10. o ano

Manual

CD Áudio

Aula Digital

Avaliaçãointerativa

Manual

CD Áudio

Aula Digital

Avaliaçãointerativa

Planosde aula

Diagnose1 bloco

Sequência 18 blocos

Sequência 215 blocos

AVALIAÇÃOFORMAL4 blocos

Total = 28 blocos

PLANIFICAÇÃO ANUAL

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2.o

Período

Drama; Frei Luís de Sousa , Almeida Garrett (leitura integral);textos argumentativos, expositivo-argumentativos e resumo

• Filme Frei Luís de Sousa ; documentários sobre Garrett,o Romantismo e outros

• Dramatização

• Escrita: Textos argumentativos e expositivo-argumentativos;resumo de textos expositivo-argumentativos

Funcionamento da Língua

• Texto (continuidade; progressão; coesão; coerência)

• Tipologia textual (protótipos textuais)

• Tempo e aspeto; modalidade

• Ordem de palavras; função sintática

• Sintaxe: estrutura das combinações livres de palavras, funçõessintáticas e ordem das palavras

• Consolidação dos itens de Semântica lexical e frásica

e de Pragmática e Linguística textual do 10. o ano

Romance de Eça de Queirós, Os Maias ; debate; síntese;caricatura, desenho humorístico (função crítica da imagem)

• Documentários sobre vida e obra do autor

• Excertos de filmes e séries baseados na obra do autor

• Programas áudio e audiovisuais humorísticos

• Debate (participação)

• Síntese de textos expositivo-argumentativos

Funcionamento da Língua• Texto (continuidade; progressão; coesão; coerência)

• Tipologia textual (protótipos textuais)

• Processos interpretativos inferenciais

• Tempo e aspeto; modalidade

• Sintaxe: estrutura das combinações livres de palavras, funçõessintáticas e ordem das palavras

• Consolidação dos itens de Semântica lexical e frásicae de Pragmática e Linguística textual do 10. o ano

Manual

CD Áudio

Aula Digital

Avaliaçãointerativa

Planosde aula

Manual

CD Áudio

Aula Digital

Avaliaçãointerativa

Planosde aula

Sequência 312 blocos

Sequência 415 blocos

AVALIAÇÃOFORMAL4 blocos

Total = 31 blocos

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3.o

Período

Editorial; Textos líricos de Cesário Verde; Textos publicitários;Artigos de apreciação crítica

• Textos dos média: editorial, artigos de apreciação crítica; imagens(função argumentativa) e textos publicitários

• Cesário Verde

• Produções áudio e audiovisuais diversas

• Textos publicitários (orais e audiovisuais)

• Artigos de apreciação crítica; textos publicitários

Funcionamento da Língua

• Texto (continuidade; progressão; coesão; coerência)

• Tipologia textual (protótipos textuais)

• Paratextos

• Expressões nominais

• Sintaxe: estrutura das combinações livres de palavras, funçõessintáticas e ordem das palavras

• Consolidação dos itens de Semântica lexical e frásicae de Pragmática e Linguística textual do 10.o ano

Manual

CD Áudio

Aula Digital

Avaliaçãointerativa

Sequência 514 blocos

AVALIAÇÃOFORMAL

4 blocos

Total = 18 blocos

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FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 1

GRUPO I

Lê atentamente o texto.

Os grandes avanços da ciência são, em geral, feitos por jovens.

Em 1905, há cem anos, o jovem Einstein – tinha apenas 26 anos – mudava as nossas ideias sobre a natureza daluz, sobre a constituição do mundo, sobre as propriedades do espaço e do tempo e ainda sobre a natureza damatéria e da energia. Foi um vendaval de ideias revolucionárias que a experiência veio confirmar! Mas, tendo em jovem sido o pai da teoria quântica, Einstein viria a distanciar-se dela. Foi ultrapassado por novos jovens: em 1925,um pequeno grupo onde pontificavam Heisenberg, com 24 anos, e Schröedinger, com 28 anos, estabeleceu aFísica Quântica que tem vindo a descrever corretamente o mundo atómico e que nos trouxe, entre outros, o com-putador e a Internet. Fizeram-no «subindo aos ombros» de Bohr, nessa altura com 40 anos, mas que tinha proposto

o seu modelo do átomo com apenas 28 anos. Bohr propôs a alguns dos seus alunos que tentassem compreender oque era a vida. Foi a origem da Biologia Molecular, que logo se revelou uma nova fronteira da ciência e que veiomudar as nossas vidas. Crick tinha 37 anos em 1953 quando identificou a estrutura molecular do DNA, juntamen-te com o seu amigo Watson, então com 25 anos. Não é só na Física, na Química e na Biologia que ser jovem é umtrunfo: também o é em Matemática. Em 1993, Wiles, então com 40 anos, anunciou que tinha demonstrado ofamosíssimo «último teorema de Fermat». Foi por pouco que não ganhou a medalha Fields, a maior distinção emMatemática, dada apenas a matemáticos com menos de 40...

Os jovens são, na ciência, uma inesgotável fonte de criatividade. São eles os autores de novas ideias e feitoresde novas obras, os permanentes construtores do futuro. Em todo o mundo e também, obviamente, entre nós. (…)O principal recurso de um país em busca do desenvolvimento é a sua massa cinzenta. Felizmente, como mostra

este caderno, isso não nos falta. Falta-nos acarinhá-la mais. (…) Nos dias de hoje, em que a riqueza provém doconhecimento, incentivar e apoiar a profissão de cientista é uma obrigação nacional.

A ciência poderá ser cara, mas a ausência de ciência é muito mais cara. Atrasar ou interromper o caminhoque estes jovens estão a traçar significaria atrasar ou interromper o futuro. Eles estão em trânsito – e nós comeles – em direção ao futuro.

Profissão: Cientista – Retratos de uma geração em trânsito (Carlos Fiolhais)http://viveraciencia.org

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Responde ao questionário de modo estruturado e conciso.

1. Delimita os momentos do texto, sintetizando cada um deles numa frase.

2. Caracteriza os jovens cientistas.

3. Considerando que «O principal recurso de um país em busca do desenvolvimento é a sua massa cinzenta»(l. 18), refere o que deve fazer Portugal, de acordo com a opinião do autor.

4. Explica o significado da expressão: «Atrasar ou interromper o caminho que estes jovens estão a traçarsignificaria atrasar ou interromper o futuro.» (ls. 21 e 22)

5. Identifica a temática do texto e algumas características do discurso.

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GRUPO II

COMUNICADO DE IMPRENSA

Juntos pelas crianças.UNICEF mobiliza pessoal e ajuda para responder às necessidades causadas pela instabilidade

2 março 2011 – Preocupada com o aumento do número de retornados e trabalhadores migrantes que estão achegar à Tunísia, a UNICEF está a mobilizar recursos humanos e ajuda humanitária para as fronteiras leste daLíbia.

O responsável pelas Operações de Emergência da UNICEF, Louis-Georges Arsenault, chegou quarta-feira pas-sada à Tunísia para se encontrar com membros do governo, agências da ONU e o Crescente Vermelho a fim deidentificarem as necessidades humanitárias resultantes da instabilidade na Líbia.

Nos próximos dias, está prevista a chegada de aviões fretados pela UNICEF às duas capitais vizinhas, trans-portando mais de 160 toneladas de bens de primeira necessidade para responder às necessidades mais urgentesnas fronteiras egípcias e tunisinas, e estão a ser pré-posicionados stocks para uma possível intervenção no inte-

rior da Líbia.Nesta fase inicial está a ser dada prioridade a bens como kits de higiene, produtos nutritivos, e artigos recrea-

tivos e para apoio psicossocial. Embora os dados reportados sobre o número de famílias que tem vindo a atraves-sar as fronteiras possam ser inferiores à realidade, a UNICEF está muito preocupada com as crianças e mulheresque no interior da Líbia foram seriamente afetadas pela instabilidade.

A UNICEF lançou ontem um apelo no total de 7,2 milhões de dólares a fim de responder às necessidades ime-diatas das crianças e das mulheres afetadas pela crise. Este documento será integrado no Apelo Conjunto dasvárias agências da ONU que será divulgado nos próximos dias.

Os fundos destinam-se a financiar o reforço das operações nas regiões fronteiriças da Tunísia e Egito paraonde foram já enviadas equipas a fim de fazerem o levantamento das necessidades mais prementes dos retorna-

dos e trabalhadores migrantes que fugiram da Líbia.Em ambas as fronteiras a UNICEF está a trabalhar com o apoio do ACNUR1, da OIM2 e em colaboração com as

Sociedades do Crescente Vermelho egípcia e tunisina.

http://www.unicef.pt

1 ACNUR – Agência da ONU para Refugiados.2 OIM – Organização Internacional para a Migração.

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Seleciona a alínea que completa, de forma correta, cada um dos seguintes itens.

1. A UNICEF é uma organização de caráter:

a) social.

b) solidário.

c) económico.

d) caridoso.

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2. A intervenção da UNICEF relativa ao presente comunicado faz-se sentir:

a) no continente asiático.

b) no continente americano.

c) nos países árabes.

d) nos Países Baixos.

3. A UNICEF intervém:

a) de forma independente.

b) de forma concertada.

c) de forma isolada.

d) de forma irregular.

4. Para apoiar os cidadãos dos países com necessidades:

a) utiliza fundos próprios.

b) utiliza empréstimos bancários.

c) utiliza fundos cedidos.

d) utiliza fundos negociados.

5. Este comunicado de imprensa tem como objetivo divulgar:

a) uma reportagem.

b) um acontecimento.

c) um produto.

d) um serviço.

6. No presente comunicado, a informação mais relevante encontra-se:

a) no segundo parágrafo.

b) no terceiro parágrafo.

c) no primeiro parágrafo.

d) no último parágrafo.

7. A estrutura do comunicado pressupõe a apresentação da matéria:

a) do geral para o particular.

b) do particular para o geral.

c) do fundamental para o acessório.

d) do acessório para o fundamental.

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Coluna A Coluna B

1. A expressão «que estão a chegar à Tunísia» (ls. 1 e 2) tem um valor aspetual a) acrónimo.

2. «UNICEF» é uma palavra formada por letras de um grupo de palavras. Designa-se b) temporal.

3. A expressão «para se encontrar com» (l. 5) tem sentido c) coesão.

4. A expressão «Nesta fase inicial» (l. 11) tem referenciação deítica d) durativo.

5. A repetição da palavra «UNICEF» ao longo do texto tem como objetivo assegurar,no texto, a

e) final.

f) imperfetivo.

g) causal.

h) sigla.

GRUPO III

Elabora um texto de opinião, de cento e vinte a duzentas palavras, sobre o tema Ciência.

Tópicos a desenvolver (escolhe dois ou mais):

• Definir o conceito de Ciência.

• Dialogar, comunicar Ciência é promover a sua aproximação com o cidadão comum.

• Apoiar os cientistas é incrementar o desenvolvimento do país.

• O conhecimento da Ciência tem / não tem limites.

8. Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.

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FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 2

GRUPO I

Lê atentamente o texto.

Nesta viagem, de que fiz menção, e em todas as que passei a Linha Equinocial, vi debaixo dela, o que muitasvezes tinha visto e notado nos homens, e me admirou que se houvesse estendido esta ronha 1 e pegado tambémaos peixes. Pegadores se chamam estes de que agora falo, e com grande propriedade, porque sendo pequenos,não só se chegam a outros maiores, mas de tal sorte se lhe pegam aos costados, que jamais os desferram. Dealguns animais de menos força e indústria se conta, que vão seguindo de longe aos Leões na caça, para se susten-tarem do que a eles sobeja. O mesmo fazem estes Pegadores, tão seguros ao perto como aqueles ao longe; porqueo peixe grande não pode dobrar a cabeça, nem voltar a boca sobre os que traz às costas, e assim lhes sustenta opeso e mais a fome. Este modo de vida, mais astuto que generoso, se acaso se passou e pegou de um elemento aoutro, sem dúvida que o aprenderam os peixes do alto2, depois que os nossos Portugueses o navegaram; porquenão parte Vice-Rei ou Governador para as Conquistas, que não vá rodeado de Pegadores 3, os quais se arrimam aeles, para que cá lhe matem a fome, de que lá não tinham remédio. Os menos ignorantes desenganados da expe-riência, despegam-se e buscam a vida por outra via; mas os que se deixam estar pegados à mercê e fortuna dosmaiores, vem-lhe a suceder no fim o que aos Pegadores do mar.

Rode a a Nau o Tubarão nas calmarias da Linha com os seus Pegadores às costas, tão cerzidos com a pele,que mais parecem remendos ou manchas naturais, que os hóspedes ou companheiros. Lançam-lhe um anzol decadeia com a ração4 de quatro Soldados, arremessa-se furiosamente à presa, engole tudo de um bocado, e ficapreso. Corre mais companha5 a alá-lo6 acima, bate fortemente o convés com os últimos arrancos; enfim, morre oTubarão, e morrem com ele os Pegadores. Parece-me que estou ouvindo a S. Mateus, sem ser Apóstolo pescador,descrevendo isto mesmo na terra. Morto Herodes, diz o Evangelista, apareceu o Anjo a José no Egipto, e disse-lhe,

que já se podia tornar para a pátria; porque eram mortos todos aqueles que queriam tirar a vida ao Menino:Defuncti sunt enim qui quaerebant animam Pueri 7 Os que queriam tirar a vida a Cristo Menino, eram Herodes etodos os seus, toda a sua família, todos os seus aderentes, todos os que seguiam e pendiam da sua fortuna. Pois épossível que todos estes morressem juntamente com Herodes? Sim: porque em morrendo o Tubarão, morremtambém com ele os Pegadores: Defuncto Herode, defuncti sunt qui quaerebant animam Pueri . Eis aqui, peixezi-nhos ignorantes e miseráveis, quão errado e enganoso é este modo de vida que escolhestes. Tomai o exemplo noshomens, pois eles o não tomam em vós, nem seguem, como deveram, o de Santo António.

Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes 

1 Malícia. 2 Peixes do mar alto. 3 Oportunistas. 4 Peixe abundante na costa noroeste que os pescadores usam como isco. 5 Tripulação de umaembarcação. 6 Puxar para cima. 7 (Mateus 2, 20).

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Responde ao questionário de modo estruturado e conciso.

1. Situa o trecho na estrutura externa e interna do Sermão.

2. Caracteriza os Pegadores.

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3. O orador explica o modo de vida dos Pegadores ao mesmo tempo que faz uma crítica direta aosPortugueses. Justifica a afirmação.

3.1 Identifica os recursos estilísticos, referindo o seu valor expressivo, nas frases transcritas «para que cálhe matem a fome, de que lá não tinham remédio» (l. 11).

4. Mostra que a consequência do modo de vida dos oportunistas é exemplificada alegoricamente.

5. Interpreta o argumento de autoridade a que o orador recorre para confirmar a sua tese.

GRUPO II

Alguns jornais acusam-nos, gravemente – de sermos hostis e violentos com a realeza e a família real: e dãoligeiramente a entender que nós estamos comprados pela demagogia para atacar a coroa.

Outros jornais acusam-nos severamente – de sermos hostis e violentos com todo o facto e toda a instituição –e sermos pelo contrário benevolamente cortesãos com a realeza e a família real: e dão infamemente a perceber,que nós estamos comprados pela coroa – para vergastar a demagogia.

Fundam-se os primeiros em que nós fomos menos amoráveis com sua majestade a rainha, – contando a histó-ria patética do mendigo preso.

Fundam-se os segundos em que nós fomos vassalamente aduladores com sua majestade el-rei, – dizendo queele espalhava no lugar da Ajuda seis contos de reis de esmolas.

As pessoas imparciais compreendem decerto o nosso embaraço cheio de rubor.Queríamos dizer palavras pungentes à coroa, para eficazmente provar que não estamos comprados – pelo

seu oiro! – Mas então, patentemente se percebia que o que nos inspirava a prosa amarga – eram as bolsas dedinheiro, que nos atirara a pálida demagogia.

Queríamos oferecer períodos perfumados à coroa, para convencer que não nos acorrentam o poder dos tesou-ros demagógicos: – mas então abertamente se via que se falávamos com um som tão meigo – era sob a influência

dissolvente dos cofres da coroa! Lívida colisão!De tal sorte que resolvemos imprimir as duas seguintes cartas, pedindo a rápida justificação da nossa honra:Ao rei de Portugal Senhor. – Alguns malévolos, nossos comuns inimigos, espalham subtilmente que vossa

majestade nos sacia de oiro, para que as Farpas  tenham para vossa majestade um tom amoroso a untuoso.Rogamos a vossa majestade declare se já deixou cair na nossa mão estendida – o corruptor metal! Vossa majesta-de, com mal disfarçado despeito o dizemos, nem sequer é assinante de As Farpas ! (…)

À Hibra da anarquiaTendo alguns jornais dado a entender, que nós atacávamos a realeza porque estávamos para isso pagos pela

Hidra da anarquia – pedimos ao dito bicho – declare a falsidade desta asserção imunda.

Eça de Queirós, Ramalho Ortigão; As Farpas 

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Seleciona a alínea que completa, de forma correta, cada um dos seguintes itens.

1. A redação de «As Farpas» é acusada por jornais de diferentes orientações políticas de:

a) imparcialidade.

b) cinismo.

c) difamação.

d) venalidade.

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2. Os jornais das diferentes fações demonstram as suas teses:

a) com exemplificação.

b) com citações.

c) com argumentos de autoridade.

d) com argumentos «ad terrorem».

3. O jornal «As Farpas», acusado de ser a favor da realeza e contra a mesma, encontra-se com dificuldade:

a) em defender as duas teses.

b) em refutar uma tese.

c) em contra-argumentar.

d) manter a sua posição.

4. Na frase «Queríamos oferecer períodos perfumados à coroa, para convencer que não nos acorrentam opoder dos tesouros demagógicos» (ls. 14 e 15), o sujeito da enunciação recorre a:

a) analogias.

b) metáforas.

c) personificações.

d) paralelismos.

5. A frase nominal e expressiva «Lívida colisão!» (l. 16) visa:

a) encadear logicamente os argumentos.

b) destacar as contradições dos adversários.

c) utilizar uma linguagem precisa.

d) explorar as emoções do auditório/leitor.

6. A síntese do discurso de «As Farpas» consiste num pedido de reposição da verdade:

a) às entidades acusatórias.

b) aos cidadãos em geral.

c) ao poder político instituído.

d) ao poder e ao contrapoder.

7. Este discurso está estruturado de forma:

a) indutiva.

b) dedutiva.

c) antitética.

d) falaciosa.

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Coluna A Coluna B

1. A expressão «pela demagogia» (l. 2) desempenha a função sintática de a) diretivo.

2. « os primeiros» (l. 6) e «os segundos»(l. 8) são marcadores discursivos com função de b) de qualidade.

3. Na expressão «pálida demagogia» (l. 13), o adjetivo tem valor c) consequência.

4. A expressão «De tal sorte que» (l. 17) exprime a ideia de d) agente da passiva.

5. O ato ilocutório presente em «Rogamos a vossa majestade» é e) complemento direto.

f) restritivo.

g) explicação.

h) ordenadores.

GRUPO III

Escreve um texto expositivo-argumentativo, de cento e cinquenta a duzentas e cinquenta palavras, sobre a

atualidade do Sermão de Santo António aos Peixes .

8. Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.

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FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 3

GRUPO I

Lê atentamente o texto.

CENA XIManuel de Sousa, Miranda e os outros criados

Manuel – Meu pai morreu desastrosamente caindo sobre a sua própria espada. Quem sabe se eu morrerei naschamas ateadas por minhas mãos? Seja. Mas fique-se aprendendo em Portugal como um homem de honra ecoração, por mais poderosa que seja a tirania, sempre lhe pode resistir, em perdendo o amor a coisas tão vis e pre-cárias como são esses haveres que duas faíscas destroem num momento… como é esta vida miserável que umsopro pode apagar em menos tempo ainda! (Arrebata duas tochas das mãos dos criados, corre à porta da esquerda,

atira com uma para dentro; e vê-se atear logo uma labareda imensa. Vai ao fundo, atira a outra tocha; e sucede o mesmo. Ouve-se alarido de fora .)

CENA XIIManuel de Sousa e criados: Madalena, Maria, Jorge e Telmo, acudindo .

Madalena – Que fazes?… que fizeste? – Que é isto, oh meu Deus!Manuel (tranquilamente .) – Ilumino a minha casa para receber os muito poderosos e excelentes senhores

governadores destes reinos. Suas excelências podem vir, quando quiserem.

Madalena – Meu Deus, meu Deus!… Ai, e o retrato de meu marido!… Salvem-me aquele retrato! (Miranda e os outros criados vão para tirar o painel; uma coluna de fogo salta nas tapeçarias e os afugenta.) 

Manuel – Parti! parti! As matérias inflamáveis que eu tinha disposto vão-se ateando com espantosa velocidade.Fugi!

Madalena (cingindo-se ao braço do marido.) – Sim, sim, fujamos.Maria (tomando-o do outro braço .) – Meu pai, nós não fugimos sem vós.Todos – Fujamos, fujamos... (Redobram os gritos de fora, ouve-se rebate de sinos; cai o pano .)

Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa 

Responde ao questionário de modo estruturado e conciso.

1. Situa o trecho na estrutura externa e interna da obra.

2. Atenta na Cena XI.

2.1 Classifica a modalidade de discurso na fala de Manuel de Sousa Coutinho.

2.2 Identifica os sentimentos que dominam a personagem.

3. Discrimina as indicações cénicas presentes na didascália.

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4. Relê a Cena XII.

4.1 Interpreta a simbologia da destruição do retrato de Manuel de Sousa Coutinho.

4.2 Denomina o recurso estilístico presente na resposta de Manuel de Sousa Coutinho a D. Madalena(fala 2), referindo o seu valor expressivo.

4.3 Designa este momento, de acordo com a tragédia clássica. Justifica a resposta.

GRUPO II

Tortsov começou a aula de hoje com as seguintes observações:– Dostoievski foi impelido a escrever Os irmãos Karamazov pela preocupação que lhe ocupou a vida inteira: a

procura de Deus. Tolstoi passou a existência lutando pelo aperfeiçoamento de si mesmo . Anton Tchekhov comba-teu a trivialidade da vida burguesa, e esse foi o leitmotiv da maior parte da sua produção literária.

«Vocês são capazes de sentir como estes propósitos mais amplos, vitais, dos grandes escritores têm o poderde atrair todas as faculdades criadoras do ator e de absorver todos os detalhes e unidades menores de uma peçaou um papel?»

Numa peça, toda a corrente dos objetivos individuais, menores, todos os pensamentos imaginativos, senti-mentos e ações do ator devem convergir para a execução do superobjetivo  da trama. O elo comum deve ser tãoforte que até mesmo o detalhe mais insignificante, se não tiver relação com o superobjetivo, salientar-se-á, comosupérfluo ou errado.

E também esse impulso em direção ao superobjetivo deve ser contínuo durante toda a peça. Quando a sua ori-gem é teatral ou superficial , dará à peça uma orientação apenas mais ou menos certa. Quando é origem humanae se dirige para a consumação do propósito básico da peça, será como uma artéria principal, levando alimento evida tanto a ela como aos atores.

Naturalmente, também, quanto maior é a obra literária, maior é o magnetismo do seu superobjetivo.– Mas… e se faltar à peça o toque do génio?– Então o poder de atração será visivelmente mais fraco.– E numa peça ruim?Aí o ator terá de indicar, ele mesmo, o superobjetivo, terá de torná-lo mais profundo e penetrante. Ao fazê-lo,

o nome que lhe der será extremamente significativo.

Constantin Stanislavski, A preparação do ator , Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 2008, págs. 323-324

Seleciona a alínea que completa, de forma correta, cada um dos seguintes itens.

1. Tortsov iniciou o seu discurso, referenciando três grandes autores com o objetivo de mostrar:

a) a importância da produção literária desses escritores.

b) a intemporalidade das suas obras literárias.

c) as forças subjacentes ao seu trabalho artístico.

d) as relações existentes entre os seus trabalhos.

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2. Tortsov diz aos seus alunos que todas as suas forças interiores e exteriores devem:

a) convergir para o grande objetivo da representação.

b) ser guardadas para o grande momento da representação.

c) ser usadas em prol do trabalho da equipa de atores.

d) convergir para o grande objetivo da encenação da peça.

3. Segundo Tortsov, a qualidade da peça intervém:

a) na qualidade da representação.

b) na força que norteia o ator.

c) na qualidade dos ensaios.

d) na força que anima o autor.

4. Se a peça não tiver a força magnética de atrair o ator, este:

a) terá de rejeitar o papel.

b) terá de modificar o texto.

c) terá de a criar por si.

d) terá de dar-lhe outro título.

5. O texto apresentado tem um objetivo:

a) crítico.

b) didático.

c) divulgador.

d) político.

6. O modo de expressão utilizado é:

a) o monólogo.

b) o discurso indireto.

c) o diálogo.

d) o discurso direto livre.

7. Quanto à tipologia, o texto é:

a) narrativo.

b) descritivo.

c) argumentativo.

d) instrucional.

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Coluna A Coluna B

1. «pela preocupação» (l. 2) desempenha a função sintática de a) meronímia/holonímia.

2. Entre as unidades lexicais «detalhe» e «peça» (ls. 10 e 13) há uma relação dehierarquia semântica designada b) pertinência.

3. «humana» (l. 13) é correferente de c) complemento oblíquo.

4. «Naturalmente, também» (ls. 12 e 16) são marcadores discursivos que sedesignam respetivamente

d) hiponímia/hiperonímia.

5. Na resposta «– Então o poder de atração será visivelmente mais fraco.» (l. 18)está presente o princípio da

e) origem.

f) peça.

g) operador e conetor.

h) conetor e operador.

Grupo III

Elabora um texto argumentativo, de cento e cinquenta a duzentas e cinquenta palavras, defendendo e/ourejeitando a seguinte tese:

O teatro é fundamental na formação cultural do cidadão.

8. Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.

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FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 4

GRUPO I

Lê atentamente o texto.

Subitamente, por sobre o novo silêncio da sala, um vozeirão mais forte que o do Rufino fez retumbar os gran-des nomes de D. João de Castro e de Afonso de Albuquerque... (…)

– É patriotismo, disse o Ega. Fujamos!Mas o marquês reteve-os, gostando também de um bocado de Quinas. E foi o pobre marquês que o patriota

pareceu interpelar, alçando na ponta dos botins o corpanzil rotundo, aos urros. Quem havia agora aí, que, agar-rando numa das mãos a espada e na outra a cruz, saltasse para o convés duma caravela a ir levar o nome portu-guês através dos mares desconhecidos? Quem havia aí, heróico bastante, para imitar o grande João de Castro,que na sua quinta de Sintra arrancara todas as árvores de fruto, tal era a isenção da sua alma de poeta?...

– Aquele miserável quer-nos privar da sobremesa! – exclamou Ega.Em torno correram risos alegres. O marquês virou costas, enojado com aquela patriotice reles. Outros boceja-

vam por trás da mão, num tédio completo de «todas as nossas glórias». E Carlos, enervado, preso ali pelo dever deaplaudir o Alencar, chamava o Ega para irem abaixo ao botequim espairecer a impaciência – quando viu oEusebiozinho que descia a escada, enfiando à pressa um paletó alvadio. Não o encontrara mais desde a infâmia daCorneta , em que ele fora «embaixador». E a cólera que tivera contra ele, nesse dia, reviveu logo num desejo irresis-tível de o espancar. Disse ao Ega:

– Vou aproveitar o tempo, enquanto esperamos pelo Alencar, a arrancar as orelhas àquele maroto!– Deixa lá, – acudiu Ega, – é um irresponsável!Mas já Carlos corria pelas escadas: Ega seguiu atrás, inquieto, temendo uma violência. Quando chegaram à

porta, Eusébio metera para os lados do Carmo. E alcançaram-no no largo da Abegoaria, àquela hora deserto,mudo, com dois bicos de gás mortiços. Ao ver Carlos fender assim sobre ele, sem paletó, de peitilho claro na noiteescura, o Eusébio, encolhido, balbuciou atarantadamente: «Olá, por aqui...»

– Ouve cá, estupor! – rugiu Carlos, baixo. – Então também andaste metido nessa maroteira da Corneta ? Eudevia rachar-te os ossos um a um!

Agarrara-lhe o braço, ainda sem ódio. Mas, apenas sentiu na sua mão de forte aquela carne molenga e trému-la, ressurgiu nele essa aversão nunca apagada – que já em pequeno o fazia saltar sobre o Eusebiozinho, esfranga-lhá-lo, sempre que as Silveiras o traziam à quinta. E então abanou-o, como outrora, furiosamente, gozando o seufuror. O pobre viúvo, no meio das lunetas negras que lhe voavam, do chapéu coberto de luto que lhe rolara naslajes, dançava, escanifrado e desengonçado. Por fim Carlos atirou-o contra a porta duma cocheira.

– Acudam! Aqui d' El-Rei, polícia! – rouquejou o desgraçado.Já a mão de Carlos lhe empolgara as guelas. Mas Ega interveio:– Alto! Basta! O nosso querido amigo já recebeu a sua dose...Ele mesmo lhe apanhou o chapéu. Tremendo, arquejando, de bruços, Eusebiozinho procurava ainda o guarda-

-chuva. E, para findar, a bota de Carlos atirada com nojo, estatelou-o nas pedras, para cima duma sarjeta onderestavam imundícies e humidade de cavalo.

Eça de Queirós, Os Maias 

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Responde ao questionário de modo estruturado e conciso.

1. Situa o trecho na estrutura externa e interna da obra.

2. Classifica o ponto de vista presente na apreciação do «patriota» (l. 4) observado. Justifica.

3. Refere os sentimentos de Carlos, ao ver Eusebiozinho, explicitando o motivo que os provoca.

4. Considera o incidente entre Carlos e Eusebiozinho e retira conclusões sobre o desfecho do mesmo.

4.1 Identifica as figuras de estilo presentes nas expressões transcritas e explica o significado da segunda – b).

a) «carne molenga e trémula» (ls. 24 e 25)

b) «esfrangalhá-lo» (ls. 25 e 26)

GRUPO IIEm Portugal, o humor, como representação do grotesco, da crítica moral e social, teve a sua expressão mais

comum através da palavra escrita, quer sob a forma das cantigas de escárnio e maldizer quer sob a forma de tea-tro que Gil Vicente tão acutilantemente revelou. A Inquisição surgiu como censora da liberdade de expressão,remetendo para a representação iconográfica nas artes populares.

Como menciona Osvaldo de Sousa, o humor, expresso através do desenho associado à palavra impressa, éreferido em Portugal já nos séculos XVII e XVIII (sobretudo de origem estrangeira) mas com maior incidência noséculo XIX, no contexto da Guerra Peninsular. No entanto, só em meados desse século é que emerge, com regulari-dade, na imprensa a publicação de caricaturas e desenhos satíricos produzidos por autores portugueses que

refletem a política nacional ou a crítica de costumes. Este tipo de humor passa a funcionar como uma forma deoposição ao poder instituído.

Nas décadas de 60 e 70 do século XIX, nomes como Manuel Macedo, Manuel Maria Bordalo Pinheiro e sobretudoRaphael Bordalo Pinheiro, inseridos na corrente naturalista, irão marcar uma nova visão da caricatura e dohumor em Portugal. A publicação dos seus trabalhos, bem como de outros artistas, era divulgada através deperiódicos como «A Berlinda», «O Binóculo», «O Sorvete», «O Charivari» ou o «Pontos nos ii» entre outros. Dostemas tratados, com mais ironia, destacava-se a política monárquica, denotando-se a tendência republicana demuitos caricaturistas que se acentuará no final desse século. Ao nível do desenho um grupo de novos artistas deCoimbra introduz, na caricatura e nos cartoons , um depuramento do traço de influência modernista.

A implantação da República e os tempos conturbados que se lhe seguiram, assim como o facto de aquela não

ser afinal a derradeira solução para o país, tornaram-na alvo da sátira e da pena dos humoristas.A partir de 1926 o Estado Novo veio refrear a crítica política, condicionando os caricaturistas a abordarem

sobretudo temas de crítica social e de costumes. Apesar dos constrangimentos da censura, é por essa altura quesurge, no contexto das publicações humorísticas de caráter periódico, um dos jornais de referência da ironia emPortugal no século XX, o «Sempre fixe», publicado até 1962. Os seus colaboradores zombavam dos acontecimentosou astutamente tratavam os temas políticos.

http://www.exercito.pt

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Seleciona a alínea que completa, de forma correta, cada um dos seguintes itens.

1. O autor afirma que o humor, em Portugal, remonta:

a) à Idade Média.

b) ao Renascimento.

c) ao Período Barroco.

d) ao Neoclassicismo.

2. A sátira foi reprimida por causa da:

a) censura exercida pela realeza.

b) censura exercida pelo clero.

c) censura exercida pela burguesia.

d) censura exercida pelos juízes.

3. A publicação de desenhos satíricos de autores portugueses surge na imprensa da segunda metade doséculo XIX com o objetivo de:

a) satirizar a religiosidade da época.

b) opor-se aos adeptos da República.

c) satirizar os defensores da Monarquia.

d) opor-se ao poder vigente.

4. A maior parte dos caricaturistas era adepta da:a) Monarquia.

b) República.

c) Regeneração.

d) Maçonaria.

5. Depois de 1910, os desenhadores humorísticos ridicularizaram:

a) a República.

b) a Monarquia.c) o clero.

d) a censura.

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6. O regime salazarista condicionou o trabalho artístico dos humoristas, pelo que os temas proibidos eramtratados:

a) deficientemente. c) convenientemente.

b) ardilosamente. d) escassamente.

7. O texto apresentado, quanto à tipologia, é:a) narrativo. c) expositivo.

b) descritivo. d) argumentativo.

8. Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.

Coluna A Coluna B

1. «o riso e a ironia» são correferentes lexicais de «humor» porqueestabelecem entre si uma relação de

a) sinonímia.

2. «mas» (l. 6), «No entanto» (l. 7) têm, nas frases, a função de estabelecera coesão

b) adjetiva relativa restritiva.

3. «que se acentuará no final desse século» (l. 16) é uma oração subordinada c) advérbios.

4. «humorísticas» (l. 22) é uma palavra derivada por d) adjetiva relativa explicativa.

5. «astutamente» (l. 24) pertence à classe dos e) lexical.

f) antonímia.

g) interfrásica.

h) sufixação.

GRUPO III

Escreve um texto expositivo-argumentativo, de cento e cinquenta a duzentas e cinquenta palavras, sobre oromance Os Maias , escolhendo um episódio revelador da sociedade portuguesa da segunda metade do século XIX.

Desenvolve os tópicos seguintes:

• Crítica e denúncia de vícios.

• Personagem(ns) caricaturada (s) – traços caracterizadores.

• Comparação com a atualidade do país.

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FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 5

GRUPO I

Lê atentamente o texto.

Nós (Parte I1)

Foi quando em dois verões, seguidamente, a FebreE a Cólera também andaram na cidade,Que esta população, com um terror de lebre,Fugiu da capital como da tempestade.

Ora, meu pai, depois das nossas vidas salvas(Até então nós só tivéramos sarampo),Tanto nos viu crescer entre uns montões de malvasQue ele ganhou por isso um grande amor ao campo!

Se acaso o conta, ainda a fronte se lhe enruga:O que se ouvia sempre era o dobrar dos sinos;Mesmo no nosso prédio, os outros inquilinosMorreram todos. Nós salvámo-nos na fuga.

Na parte mercantil, foco da epidemia,

Um pânico! Nem um navio entrava a barra,A alfândega parou, nenhuma loja abria,E os turbulentos cais cessaram a algazarra.

Pela manhã, em vez dos trens dos batizados,Rodavam sem cessar as seges dos enterros.Que triste a sucessão dos armazéns fechados!Como um domingo inglês na city , que desterros!

Sem canalização, em muitos burgos ermosSecavam dejeções cobertas de mosqueiros,E os médicos, ao pé dos padres e coveiros,Os últimos fiéis, tremiam dos enfermos!

Uma iluminação a azeite de purgueira,De noite amarelava os prédios macilentos.Barricas de alcatrão ardiam; de maneiraQue tinham tons de inferno outros arruamentos(…)Por isso, o chefe antigo e bom da nossa casa,Triste de ouvir falar em órfãos e em viúvas,E em permanência olhando o horizonte em brasa,Não quis voltar senão depois das grandes chuvas.

Ele, dum lado, via os filhos achacados,

Um lívido flagelo e uma moléstia horrenda!E via, do outro lado, eiras, lezírias, prados,E um salutar refúgio e um lucro na vivenda!

E o campo, desde então, segundo o que me lembro,É todo o meu amor de todos estes anos!Nós vamos para lá; somos provincianos,Desde o calor de maio aos frios de novembro!

Cesário Verde, O Livro de Cesário Verde 

1 O poema «Nós» é constituído por três partes num total de 128 estrofes. Na parte I (12 estrofes),o poeta evoca os acontecimentos trágicosocorridos na capital e suas consequências Lembra que, nessa época, seu pai salvara a família, levando-a para o campo.

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Responde ao questionário de modo estruturado e conciso.

1. O eu poético evoca o passado.

1.1 Caracteriza a capital nesse tempo.

1.2 Explica a tomada de decisão do pai do sujeito poético perante essa realidade.

2. Refere os traços caracterizadores do espaço campestre.

2.1 Identifica o recurso estilístico presente na expressão «somos provincianos» (v. 39), explicitando o seusignificado.

3. O poema contém referências de natureza autobiográfica. Justifica a afirmação, exemplificando.

G RU PO I I

A arquitetura paisagista é essencialmente uma arte e quem a pratica é um artista, pelo que na formaçãodeste deve ser desenvolvido o sentido da proporção e do equilíbrio que conduzem, através da criatividade, ao belo.Bela arte, fundamentalmente social, porque se destina a ser vivida intrinsecamente pelas pessoas a quem se dirigee a ser, sobretudo, concretizada pelo uso. A arquitetura paisagista deve ter da paisagem que cria ou transformauma conceção no espaço e no tempo, porque estando sujeita à dinâmica da vida, nunca está terminada. (…)

O funcionamento global da paisagem, em cada momento, traduz-se sempre pela procura de um equilíbriodinâmico e de uma estabilidade temporal.

A presença ativa de cada um dos seus elementos tenderá sempre a contribuir para esse equilíbrio e estabili-dade, mesmo que corresponda a uma menor riqueza biológica.

A ação do homem poderá então determinar um caminho mais consentâneo com os seus interesses no sentidoda diversidade biológica e de um maior potencial genético e de vida. (…)

O ordenamento do território deverá ter como princípios e conceitos eficazes de intervenção os da arquiteturapaisagista, porque esta é uma arte que coopera com a natureza, posta à disposição do Homem para a realizaçãodos seus fins.

A arquitetura paisagista encontra as suas mais remotas origens no ofício de jardineiro, cujos objetivos são,num espaço limitado, manter o grau de fertilidade, intensificar e dar continuidade ao aproveitamento e melhoraras plantas utilizadas. Bem depressa esse espaço limitado se transformou num lugar idílico de estar e simbólicoda fertilidade. (...)

A realização da paisagem humanizada não deve deixar de considerar a vontade latente nas populações de se

recriar o Éden, também presente no subconsciente das camadas mais desenvolvidas, necessidade cada vez maisimposta pela sistemática destruição de paisagens equilibradas e belas a que hoje assistimos, pela degradação, auma escala nunca antes vista, dos recursos naturais de que a humanidade depende, pela alienação que representao consumismo exorbitante das sociedades desenvolvidas.

A construção da paisagem tem de ter em consideração o desenrolar do processo civilizacional iniciado a partirda organização dos espaços com o fim de satisfazer as necessidades primárias da sociedade; criaram-se gradual-mente laços de fraternidade humana e solidariedade ecológica e desenvolveram-se culturas, que ainda hoje subsis-tem nas sociedades mais primitivas ou mesmo nas rurais mais afastadas das vias egoístas do chamado «progresso».

Prefácio da 1.a edição dos Fundamentos da Arq. Paisagista , Gonçalo Ribeiro Telles, Prof. Cat. Jubilado e Arq.o Paisagista

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Seleciona a alínea que completa, de forma correta, cada um dos seguintes itens.

1. Segundo o autor, a arquitetura paisagista é um arte que tem como objetivo:

a) ser observada.

b) ser vivenciada.

c) ser protegida.

d) ser apreciada.

2. Uma intervenção da arquitetura paisagista nunca está terminada, porque tem de procurar a estabilidadee o equilíbrio:

a) no tempo de concretização.

b) no espaço em que se insere.

c) nas espécies selecionadas.

d) na dinâmica da vida.

3. A arquitetura paisagista é de uma importância fundamental:

a) na preservação da natureza.

b) no equilíbrio ecológico.

c) no ordenamento do território.

d) na reabilitação dos jardins.

4. A destruição da natureza tem levado as pessoas a desejarem a recriação:a) de espaços de lazer.

b) de espaços ajardinados.

c) de espaços paradisíacos.

d) de espaços funcionais.

5. A preservação da natureza e do equilíbrio ecológico ainda permanece em lugares afastados:

a) da moderna civilização.

b) da construção em altura.c) dos espaços desabitados.

d) do interior do país.

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6. O texto constitui-se como uma apologia ao trabalho dos arquitetos paisagistas, enquanto promotores:

a) da beleza dos antigos jardins.

b) do equilíbrio paisagístico.

c) do equilíbrio ecológico.

d) da qualidade de vida.

7. O texto, quanto à sua tipologia, é:

a) narrativo.

b) argumentativo.

c) descritivo.

d) preditivo.

8. Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.

Coluna A Coluna B

1. Na expressão «deve ser desenvolvido» (l. 2) o verbo dever tem uma função a) correferência.

2. A oração «estando sujeita à dinâmica da vida» é (l. 5) b) lugar.

3. «arquitetura paisagista» e «esta» (ls. 12 e 13) estabelecem, entre si, uma relação de c) modalizadora.

4. «paisagem» (l. 19) e «espaços» (l. 25) são palavras do mesmo campo d) tempo.

5. «hoje» (l. 26) tem um valor deítico de e) não finita.

f) finita.

g) lexical.

h) semântico.

GRUPO III

Elabora um texto de apreciação crítica, de cento e vinte a duzentas palavras, sobre um filme ou livro quetenhas apreciado particularmente.

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SOLUÇÕES DAS FICHAS DE AVALIAÇÃO

FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 1

GRUPO I

1. Primeiro momento – primeiro parágrafo: «Os grandes avanços da

ciência são, em geral, feitos por jovens.» (Introdução, l. 1)Segundo momento – desde «Em 1905» (l. 2) até «obrigação nacio-nal» (l. 20): O emissor apresenta exemplos de cientistas e de teo-rias que propiciaram avanços surpreendentes da ciência ecaracteriza os jovens cientistas. (Desenvolvimento)Terceiro momento – último parágrafo: o emissor apresenta asconsequências negativas do não apoio aos jovens cientistas.(Conclusão)

2. Os jovens cientistas são criativos, empreendedores e visionários.

3. O país deve criar condições para apoiar e incrementar o trabalhodesenvolvido pelos jovens cientistas.

4. Não criar condições de apoio ao trabalho dos jovens cientistas terá

consequências negativas para o desenvolvimento futuro do país.5. A temática do texto é a Ciência. A linguagem é predominante-

mente objetiva, usa termos científicos (técnicos), língua padrão,frases curtas e utiliza a 3.a pessoa.

GRUPO II

1. b); 2. c); 3. b); 4. c); 5. b); 6. c); 7. c).

8: 1. f); 2. h); 3. e); 4. b); 5. c).

GRUPO III

Aplicação das regras da textualidade específicas da tipologia tex-tual solicitada pelo enunciado.

FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 2

GRUPO I

1. O trecho situa-se no Capítulo V, na segunda parte – Exposiçãoseguida de Confirmação –, onde o orador apresenta as repreen-sões em particular, neste caso, dirigidas aos Pegadores.

2. Os Pegadores são peixes pequenos que vivem agarrados às cos-tas de grandes peixes que lhes suportam o peso e os alimentam.

Segundo o orador, são peixes «ignorantes e miseráveis».3. O Padre António Vieira afirma que os Pegadores aprenderam

com os Portugueses este modo de vista oportunista, porquantoos Portugueses, que partiam para as viagens ultramarinas, comcargos importantes, iam sempre acompanhados de «Pegadores»,pessoas astutas e oportunistas que apenas desejavam beneficiarda importância económica e social daqueles.

3.1 Antítese: «cá» / «lá»; metáfora: «matem a fome (…) não tinhamremédio». Os Portugueses oportunistas partiam para «cá»,para o Brasil, para enriquecerem, pois em Portugal «lá»seriamsempre pobres.

4. Quando o Tubarão é pescado pelos pescadores, morre e com elemorrem os Pegadores (os que sobrevivem à sua custa). Assim, oTubarão simboliza os homens importantes e os Pegadores aque-les que vivem à sua custa.

Quando o Tubarão – o homem socialmente importante – perdeos seus cargos elevados, as suas fortunas, os «Pegadores» ficamreduzidos à miséria, porque daqueles dependem. Deste modo, oorador ilustra o vício do oportunismo, recorrendo ao exemplo doTubarão e dos Pegadores.

5. O Padre António Vieira utiliza as palavras de S. Mateus para pro-var a sua tese. Apela, pois, ao sentimento de respeito peloEvangelista para mostrar no exemplo concreto de Herodes eseus apoiantes o vício do oportunismo.

GRUPO II

1. d); 2. a); 3. c); 4. b); 5. b); 6. d); 7. c).8: 1. d); 2. h); 3. b); 4. c); 5. a).

GRUPO III

Aplicação das regras da textualidade específicas da tipologia tex-tual solicitada pelo enunciado.

FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 3

GRUPO I

1. O trecho situa-se no Ato I (Cenas XI e XII), no Conflito, quandoManuel de Sousa Coutinho ateia fogo ao seu próprio palácio, poisnão quer hospedar nele os governadores do Reino (representan-tes do domínio filipino).

2.1 Trata-se de um monólogo.

2.2 Revolta, fúria (contra os governadores do Reino) e patriotis-mo (amor à pátria).

3. Movimentação rápida de Manuel de Sousa Coutinho, atitudesreveladoras de grande precipitação e exaltação; iluminação, ex.:«vê-se atear logo uma labareda imensa. Vai ao fundo, atira aoutra tocha; e sucede o mesmo.»; ruído, ex.: «Ouve-se alarido defora».

4.1 A destruição do retrato constitui um indício trágico que podeser interpretado como a antecipação/revelação do futuro deManuel de Sousa Coutinho.Ao mudar de espaço (do seu palácio para o de D. João dePortugal), Manuel de Sousa Coutinho não voltará a viveruma vida normal, pois o seu casamento será anulado peloregresso do primeiro marido de D. Madalena. Tal aconteci-mento determinará a sua «morte» para o mundo profano e asua entrada no Convento de S. Domingos, em Benfica,ingressando na Ordem dos Domínicos, como Frei Luís deSousa.

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4.2 É a ironia. Manuel de Sousa Coutinho destruía pelo fogo oseu palácio para que os governadores do Reino não pudes-sem hospedar-se no seu palácio.

4.3 É o desafio («hybris»). Manuel de Sousa Coutinho, o herói,

desafia o poder político.

GRUPO II

1. c); 2. a); 3. b); 4. c); 5. b); 6. c); 7. c).

8:1. c); 2. a); 3. e); 4. g); 5. b).

GRUPO III

Aplicação das regras da textualidade específicas da tipologia tex-tual solicitada pelo enunciado.

FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 4

GRUPO I

1. O trecho situa-se no Capítulo XVI, no episódio Sarau no Teatro daTrindade, quando Carlos e Ega vão assistir a esse evento culturalpara apoiar os amigos Alencar e Cruges.

2. Trata-se de uma focalização interna. É pelo olhar de Ega, deCarlos e do marquês que o narrador dá a conhecer ao leitor oridículo e provinciano conceito de patriotismo, patenteado nodiscurso proferido pelo também ridículo declamador.

3. Ao ver Eusebiozinho, Carlos fica dominado pela fúria e desejo devingança. O motivo desses sentimentos tão intensos justificava-sepela interferência que Eusebiozinho tivera a favor de Dâmaso.Eusebiozinho tinha pedido a Palma Cavalão para publicar, no jor-nal em que este era diretor, a Corneta do Diabo , uma notíciaescandalosa, escrita por Dâmaso, difamando Carlos e MariaEduarda.

4. Na obra, Carlos e Eusebiozinho representam dois sistemas edu-cacionais opostos, o inglês e o português, respetivamente.Neste incidente, a superioridade física de Carlos é evidente, avontade de sovar o Silveirinha vinha da sua infância, sentindo poreste um profundo desprezo. Eusebiozinho revela a sua fragilidadefísica e o seu caráter notoriamente covarde.

Assim, pode concluir-se que, neste incidente, o sistema educa-cional inglês é valorizado, sobretudo no aspeto físico, sendo pos-sível inferir que o sistema educacional português criavaindivíduos fracos, covardes e medíocres.

4.1 a) Adjetivação expressiva (dupla adjetivação).

b) Metáfora. Carlos tinha uma grande vontade de bater vio-lentamente em Eusebiozinho.

GRUPO II

1. a); 2. b); 3. d); 4. b); 5. a); 6. b); 7. c).

8: 1. a); 2. e); 3. b); 4. b); 5. c).

GRUPO III

Aplicação das regras da textualidade específicas da tipologia tex-tual solicitada pelo enunciado.

FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 5

GRUPO I

1.1 Lisboa é caracterizada como um espaço de: doença, epide-mias (febre amarela e cólera), morte, isolamento, tristeza,condições de higiene deploráveis, mau cheiro e poluição.

1.2 O pai do sujeito poético decidiu levar a família para o campopara a salvar das epidemias.

2. O campo é o espaço amplo onde a vida é possível. Espaço de sal-vação, de ar puro, de abundância e de riqueza.

2.1 Metáfora. O eu poético afirma que ele e os elementos da suafamília têm um profundo carinho pelo campo. Apesar de vive-rem na cidade, dedicam um grande amor ao campo, indohabitar, voluntariamente, esse espaço de maio a novembro,como se regressassem às suas origens.

3. Presença de: determinantes possessivos, exs.: «meu pai», «nos-sas vidas salvas»; pronomes pessoais (1.a pessoa), exs.: «nós sótivéramos sarampo», «nos viu crescer»; me lembro»; formas ver-bais (1.a pessoa), exs.: «Nós vamos para lá; somos provincianos».

GRUPO II

1. b); 2. d); 3. c); 4. c); 5. a); 6. b); 7. b).

8: 1. c); 2. e); 3. a); 4. h); 5. d).

GRUPO III

Aplicação das regras da textualidade específicas da tipologia tex-tual solicitada pelo enunciado.

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Registos Áudio

Diários de Viagem (página 10 do Manual)

Geografia das Amizades, por Gonçalo CadilheUm souvenir do Camboja

Dispenso guia e mapa, alugo bicicleta e compro um guarda-chuva para me proteger: não sei se vai chover,mas sei que vai fazer sol, e nada melhor que um guarda-chuva para me proteger de mais um dia brutal de humi-dade e calor na selva do Camboja, na orla do passado, nessa varanda debruçada sobre o fantasma do cosmos queé o reino perdido de Angkor.

O meu deslumbramento é previsto. Primeiro, porque já conhecia os templos de Angkor, aliás, da outra vezque os visitei segui à risca as explicações dos guias, as sugestões dos manuais, os itinerários dos mapas. Acordei

cedo, cedo; vinte minutos antes do nascer do Sol estava nas portas do maior templo do conjunto monumental,Angkor Wat, estrategicamente posicionado para ver o espetáculo inevitável da explosão quotidiana de cores erumores, som e luz, de cada amanhecer nos trópicos; contratei um guia e a respetiva motoreta e passámos o dia asaltar de edifício em edifício, são centenas de templos espalhados por uma área de dezenas de quilómetros, esco-lhi apenas os mais importantes e imponentes.

Ouvi com atenção o que me explicava o mr. Khumi, profissional e paciente como todos os guias em Angkor, asfachadas decifradas, os relevos incompreendidos, o mistério dos rituais religiosos que se perderam nos séculos.

Tirei fotografias com cuidado, escolhendo as perspetivas que mais me comoviam. Comovi-me. Várias vezes.Assim foi a primeira visita, há uns sete ou oito anos.

Desta segunda vez nem guia, nem máquina, nem mapa, nem nada. Apenas uma bicicleta, um guarda-chuva.As bicicletas são como os diamantes, são para sempre. Talvez porque com elas, o vento na cara e o coração acele-rado, chegas longe não apenas no espaço mas também no tempo, à época da tua vida em que eras um cowboy ,um viking , um guerreiro das estepes, a bicicleta era o teu cavalo e a tua vida era simples e feliz.

Assim me sinto, simples e feliz, na minha segunda visita a Angkor, um dos lugares fundamentais da Humani -dade.

(...) Foi portanto em piloto automático que a vista reparou na pequenina boutique Bloom , entrincheiradaentre lojas de quinquilharias e bares de turistas. Voltei atrás dois passos para reparar melhor. Entrei. E conheciassim a Diana.

A Bloom vende sacos de ração de peixe e de frango transformados em bolsas de senhora, porta-documentos,

bases de copo, toalhetes individuais, talvez ainda chinelos de quarto e aventais, já não me lembro de todos osobjetos que estão à venda na Bloom a partir dos sacos de ração de peixe e da imaginação de um grupo de mãessolteiras do Camboja. A ideia de criar a boutique  cooperativa Bloom veio a partir de umas férias que a Diana e omarido Alan passaram em Angkor há seis anos. Uns amigos do casal estavam a trabalhar em Phnom Penh, naorganização Riverkids , e de conversa em conversa a Diana tomou conhecimento de várias situações de misériadesesperada das favelas da capital do Camboja. A que a impressionou mais foi a de mães que vendiam os filhos ànascença, para adoção no Ocidente.

«Não vou regressar para casa», declarou a Diana ao Alan. «Vou ficar aqui a lutar contra isto, a aliviar estapobreza.» (...) O marido concordou com a mudança. (…)

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Para ser feliz num dos lugares fundamentais da Humanidade não é preciso muito, basta uma bicicleta aovento e um olhar seletivo sobre os souvenirs  autênticos à venda pelo meio de tantos milhões de turistas, tantavulgaridade e tanta indiferença à miséria.

http://aeiou.visao.pt/diariosdeviagem

A União Europeia e os cidadãos: redes e centros de informação(página 15 do Manual)

«A comunicação é um elemento essencial de qualquer democracia e a União Europeia não é exceção. Os cida-dãos têm o direito de saber o que a UE está a fazer, por que razão o está a fazer e em que medida isso os irá afetar.Têm também o direito de participar no processo político, através de um diálogo eficaz com a UE e as suas institui-ções». In Contacto com a União Europeia 

Para facilitar este processo há um conjunto de redes e centros de informação apoiados pela ComissãoEuropeia, e por outras instituições, as quais são supervisionadas pela Direção-Geral de Comunicação da Comissão

Europeia – os Centros de Informação EUROPE DIRECT , os Centros de Documentação Europeia, o Team Europe e oEuro-JUS, ou sujeitas à supervisão de outros serviços da Comissão Europeia, trata-se da REDE EURES, da RedeSOLVIT, da Rede dos Centros Europeus do Consumidor, etc.

Há ainda dois casos especiais em Portugal: o Espaço Europa, recentemente criado pela Representação daComissão Europeia e pelo Gabinete do Parlamento Europeu, que está aberto no piso térreo, do n.o 1, do Largo JeanMonet (edifício que alberga também aquelas instituições); e o Centro de Informação Europeu Jacques Delors,situado no Palacete do Relógio, no Cais do Sodré.

Às redes e fontes de informação junta-se o esforço desenvolvido por cidadãos e pelos diferentes órgãos deinformação que se preocupam em comunicar a temática europeia: é o caso do jornal «Região de Pegões» que tema informação sobre a Europa como uma das suas principais prioridades editoriais.

Este boletim contém informação sobre as redes e fontes de informação europeias, em particular das que são daresponsabilidade da Representação da Comissão Europeia em Portugal (da Direcção-Geral de Comunicação da CE).

europedirect.psetubal.draplvt.min-agricultura.pt

O Teatro Grego (página 93 do Manual)

O teatro tem a sua origem na Grécia, no século VII a.C, aquando da realização dos festivais religiosos, em honra

do deus Dionisío (deus da fertilidade e do vinho).Os teatros gregos eram auditórios ao ar livre, de forma circular, construídos em terra batida. Estes largos

espaços recebiam milhares de pessoas (20 000). Os atores representavam diante do público, usavam máscarasque, acusticamente, ampliavam a voz e calçavam coturnos (botas de salto alto), que alongavam a sua estatura.Os atores eram todos homens, estando também os papéis femininos a seu cargo.

No teatro grego, as máscaras chamavam-se personna (daqui deriva a palavra personagem para a figura repre-sentada), tapavam a totalidade da cabeça e eram feitas de linho enrijecido. A mesma pessoa podia usar máscarasdiferentes, assim, era possível desempenhar vários papéis, porquanto as peças tinham um número reduzido deatores.

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O espetáculo dramático começava ao alvorecer. Os cidadãos consideravam o teatro uma importante parte dasua educação. Em Atenas, durante os festivais teatrais, todos podiam assistir às peças, espetáculos gratuitos paraos que não tinham meios para pagar.

Para os gregos, a tragédia era a manifestação artística mais elevada e eram-lhe dedicados os meses de marçoe de abril.

A tragédia grega era uma obra dramática em verso, de caráter grandioso. As personagens de estirpe social-

mente elevada, personalidades ilustres ou heróicas, desafiavam os deuses, com as suas ações, sendo, por isso, ani-quiladas pelo destino, sofrendo as consequências funestas dos seus atos, infundindo nos espetadores ossentimentos de terror e de piedade.

Sófocles, Ésquilo e Eurípedes foram os grandes mestres da tragédia grega.

O Teatro Grego projeta e reflete a evolução do pensamento da sociedade helénica, por isso as manifesta-ções dramáticas permitem observar a riqueza e alto valor desta civilização que, não obstante ter sido domina-da pelos Romanos, serviu de modelo aos vencedores em múltiplos âmbitos culturais dos quais se evidencia oteatro.

O ator / O encenador (página 101 do Manual)

A atividade central dos atores consiste em criar e interpretar personagens em representações teatrais, cine-matográficas, televisivas e, mais raramente, radiofónicas, com o objetivo de entreter e comunicar com públicos.As suas interpretações podem ser apenas vocais ou corporais (mímica, pantomima e outras), mas incluem, geral-mente, estes dois tipos de expressão. Alguns atores são encenadores e, nessa condição, são responsáveis pela pla-nificação e conceção de espetáculos (sobretudo teatrais), cabendo-lhes determinar o seu estilo e ritmo, atravésda marcação de movimentos, da direção de atores e figurantes, da implantação de cenas e da supervisão de cená-rios, vestuário, iluminação e sonoplastia.

Para a interpretação de uma personagem, os atores iniciam, normalmente, o seu trabalho com o estudo daobra que vai ser posta em cena ou produzida, analisando os elementos que lhes permitem perceber a época e oambiente em que a ação se desenvolve e o espírito da personagem que vão interpretar. A memorização do guião –onde constam as ações, os diálogos e as instruções para a representação – e a realização de ensaios são as tarefasseguintes, às quais dedicam a maior parte do seu tempo de trabalho. Durante os ensaios, estes profissionaiscriam e definem a interpretação para o papel que irão desempenhar. Nalguns casos, é um processo solitário,como em certos monólogos, recitais, sketches , performances, animações ou espetáculos de mímica. Na maioriados casos, porém, o seu processo criativo é desenvolvido em colaboração com o encenador, realizador de cinema,de televisão, de rádio, diretor de dobragem ou outro responsável artístico. As indicações que recebem destes res-ponsáveis podem incidir na sua movimentação no cenário, estúdio ou palco, bem como nas suas atitudes, gestos,

entradas, saídas, modos de dicção e outros elementos dos quais depende o ritmo geral da sua atuação. No caso doteatro, uma vez terminados os ensaios, a peça é estreada. Isto nem sempre se verifica quando se trata de umfilme, vídeo ou programa televisivo, pois, muitas vezes, os ensaios são intercalados com as filmagens ou grava-ções: ensaia-se uma cena e grava-se, ensaia-se outra e grava-se, etc.

O campo de atuação dos atores é diversificado: se alguns trabalham apenas em teatro clássico, outros espe-cializam-se em representações destinadas ao público infantil, marionetas, espetáculos cómicos ou de animaçãocultural, por exemplo. Além de representarem, alguns desenvolvem atividades como a participação em promo-ções comerciais, a dobragem de filmes e programas televisivos e a atuação em espetáculos musicais onde tam-bém cantam e/ou dançam.

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Os encenadores, sendo integralmente responsáveis pelo conjunto das operações artísticas e técnicas de umespetáculo, intervêm, desde o início, na sua realização, das formas mais diversas. Uma vez escolhida ou aceite aencomenda de uma obra, os encenadores começam por decidir – em conjunto com outros responsáveis de produ-ção envolvidos – datas, locais de ensaio e de representação e outros elementos considerados básicos para a reali-zação do espetáculo. Em seguida, leem e interpretam a obra, analisando o ambiente e a época em que a ação sedesenvolve, e selecionam ou colaboram na seleção de atores e na respetiva distribuição de papéis, de acordo com

o argumento e a personalidade dos intérpretes. O passo imediato consiste em dar informações e distribuir traba-lho aos restantes profissionais envolvidos na produção, tais como cenógrafos e figurinistas, no que se refere aoscenários e ao vestuário e adornos dos atores, respetivamente.

A conceção dos efeitos de som e luz, em colaboração com sonoplastas e operadores de iluminação, é outra dasatividades dos encenadores. A eles também cabe dirigir os ensaios dos atores e fixar a marcação de cena, inflexões,modos de dizer e quaisquer outros elementos que interfiram no tipo de representação pretendido. Uma vez prepara-da a peça e concluído o seu trabalho criativo, o encenador termina as suas funções e o espetáculo estreia. A partirdaí, caberá ao diretor de cena coordenar a atuação dos artistas e a articulação conjunta do pessoal técnico, respon-sabilizando-se por garantir que as representações do espetáculo se mantenham fiéis ao definido pelo encenador.

O trabalho dos atores e dos encenadores é, portanto, um trabalho de equipa, pois na produção de um filme,

programa ou peça de teatro estão sempre envolvidas muitas pessoas, das mais diversas áreas profissionais.http://www01.madeira-edu.pt/dre/ges/docs/actor.doc

Conflito de gerações (página 185 do Manual)

Se pesquisarmos um pouco, perceberemos que em todos os tempos da história da humanidade, entre oshomens de uma época e a geração seguinte sempre houve divergências que culminaram em incompreensão eintolerância , originando os conflitos entre novos e velhos.

O conflito de gerações continuará a existir, e sempre será proporcionalmente maior quanto mais as pessoas

se mantêm apegadas a um tempo, a um lugar, a um modo de viver, a ideias, a conceitos e a preconceitos.O conflito baseia-se na necessidade de o indivíduo, na maioria das vezes, pertencer a um grupo, a algo maior

do que ele mesmo e, muitas vezes, esse grupo é identificado não pelo que é, mas justamente pelo que não é, pelascoisas com as quais não concorda, isto é, por negação e não por afirmação, outras vezes é identificado pelo aspetoe não pelas ideias.

Na realidade o que ocorre é a procura da geração seguinte, do seu espaço, da sua identidade, dos seus símbo-los num mundo governado pela geração anterior. Ela luta em busca das suas bases e valores e é nesta caminhadaque ocorrem os atritos, pois uma não admite ter os seus valores questionados pela outra. O diálogo extingue-se ecom ele a aprendizagem de ambas as partes pode ser comprometida.

Não se iluda, pois este processo é generalizado, inclui família, religião, sociedade e organizações.Veja-se, por exemplo, como, historicamente, os profissionais de diferentes gerações norte-americanas e disse-

minadas pelo mundo lidam com a carreira:

Para os chamados Baby Boomers , geração que nasceu de 1946 a 1964, a empresa vem em primeiro lugar e arealização profissional está atrelada a empregos duradouros, as pessoas estão acostumadas a trabalhar em equi-pa, acreditam no poder da hierarquia e seguem, à risca, as políticas corporativas.

Já a chamada Geração «X», (pessoas que vieram ao mundo entre 1965 e 1980) testemunhou, na família, oimpacto de perder o emprego no qual planeara ficar a vida inteira. Esta passou a repudiar o estilo «viver para tra-balhar» e começou a valorizar a vida pessoal. Foi essa a geração da Paz e Amor do Festival Woodstock .

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No caso da Geração «Y» , os nascidos a partir de 1981, que cresceram na época da globalização e da internet ,influenciados pelos  yuppies , trabalham individualmente com foco nos resultados, processam informações rapi-damente, são flexíveis, individualistas, competitivos, acostumados a fazer escolhas, e fazem questão de produzirconteúdo, não apenas recebê-lo pronto, por isso adquiriram uma atitude questionadora que acaba colidindo como modelo tradicional de hierarquia.

Com essa diversidade cultural, dificilmente é possível evitar o conflito, se não houver flexibilidade e diálogo de

ambas as partes. O mesmo ocorre com as diferentes nações perante o desafio da globalização. Mas lembrem-sede que todo o processo de mudança começa em cada um de nós.

O conflito de gerações é normal e a geração que está sendo substituída tenta sempre diminuir as capacidadesda que está ascendendo. Porém, toda a Juventude tem poder de transformação, e deve usá-lo para criar socieda-des mais justas.

http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/conflito-de-geracoes (adaptado)

Cidades do futuro (página 269 do Manual)

Há 100 anos, apenas 10% da população mundial vivia em cidades. Atualmente, somos mais de 50%, e até 2050,seremos mais de 75%. A cidade é o lugar onde são feitas todas as trocas, dos grandes e pequenos negócios à inte-ração social e cultural. (…) E é também o palco de transformações dramáticas que fizeram emergir as megacida-des do século XXI: as cidades com mais de dez milhões de habitantes já reúnem 10% da população mundial.A maioria delas tem concentração de pobreza e graves problemas socioambientais, decorrentes da falta de maci-ços investimentos em infraestrutura e saneamento. A sua importância na economia nacional e global é despro-porcionalmente elevada. Segundo a Unesco, no futuro, teremos muitas megacidades e localizadas em novosendereços – das dezasseis existentes em 1996, passarão a vinte e cinco em 2025, muitas delas fora dos paísesdesenvolvidos. Ao mesmo tempo, emergem novas configurações territoriais, como as megarregiões: a

BosWashstretch (faixa que vai de Boston até Washington, passando por Nova Iorque), Chonqing, na China, ou amegarregião SaoRio  (São Paulo-Rio), conforme recente estudo instigante de Richard Florida, o economista-guruda classe criativa. Richard demonstra que nas próximas décadas o planeta global concentrará crescimento e ino-vação espetaculares em apenas alguns lugares de pico de excelência (...).

O prémio Nobel Paul Krugman prevê que o crescimento das cidades será o modelo económico de desenvolvi-mento no futuro. Isso porque é nas megacidades que acontecem as maiores transformações, gerando umademanda inédita por serviços públicos, matérias-primas, produtos, habitações, transportes e empregos. Trata-sede um grande desafio para os governos e para a sociedade civil, que exige mudanças na gestão pública e nas for-mas de governo, obrigando o mundo a rever padrões de conforto típicos da vida urbana – do uso excessivo docarro à emissão de gases. Mas os maiores desafios ainda estão por vir, já que nas próximas duas décadas as cida-

des de países em desenvolvimento concentrarão 80% da população urbana do planeta. A realidade já sinalizaesse boom – Lagos, na Nigéria, por exemplo, teve um aumento populacional de 3.000% desde 1950. Ou seja: con-trariando todas as apostas do final do século XX, as cidades não morreram nem entraram em declínio. (…)

Num planeta cada vez mais digital e virtual, nunca se buscou tanto o encontro físico, nunca as cidades foramtão atrativas. Quanto mais avançam as inovações de tecnologia de informação e as conexões à distância mais ascidades ganham atratividade.

www.revistaan.com.br/urbanismo.br

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PROPOSTAS DE CORREÇÃO DE ALGUMASATIVIDADES DO MANUAL

Página 68 do Manual – Sermão de Santo António aos Peixes (Cap. III)

Orientação de leitura

1.1

Peixes Virtudes Comparação

Peixe de Tobias(Sagrada Escritura)

O seu «fel era bom para curar a cegueira, e ocoração para lançar fora os Demónios»: o felcurou a cegueira do Pai de Tobias e o coraçãoafastou os demónios da casa de Sara.

Com Santo António que pretendia tiraras cegueiras aos homens e livrá-los dosdemónios.

Rémora(História Natural)

«Apesar de pequena no tamanho, é grandena força e no poder, pois pega-se ao leme deuma nau e amarra-a de modo a não podermover-se.»

Com a língua de Santo António que foi lemeda natureza humana ao «domar e parar a fúriadas paixões humanas», nomeadamente asoberba, a vingança, a cobiça e a sensualidade.

Torpedo(História Natural)

Faz tremer o braço do pescador, não lhepermitindo pescar.

Com a língua (as palavras) de Santo António quefizeram tremer vinte e dois pescadores (pecado-res) que mudaram de vida e converteram-se.

Quatro-Olhos(História Natural)

«A natureza fê-lo de modo a defender-se dosoutros peixes e também das aves.»

Com o pregador, Padre António Vieira. Estepeixe ensinou-o a considerar a existência doCéu e do Inferno.

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Página 77 do Manual – Sermão de Santo António aos Peixes (Cap. V)

Orientação de leitura

1.

Peixes

Defeitos/

Vícios Argumentos

Homens/

Exemplos Exemplos-Argumentos

Roncadores

Pegadores

Arrogância

Parasitismo

Adulação

Ignorância

I «peixinhos pequenos»,mas «as roncas do mar»muita arrogância poucafirmeza

I vivem na dependência dosgrandesmorrem comeles

Pedro

Golias

Caifás

Pilatos

Vice-rei ouGovernador

Mateus

Famosaárvore –Nabucodo-nosor

Adão e Eva

I Sozinho avançou para o exército romano

I Se todos fraquejassem, só ele permaneceriaaté à morte só ele fraquejou

I Cristo pediu-lhe que estivesse atento nohorto encontrou-o dormindo

I Quarenta dias consecutivos esteve armadono campo bastou um pastorzinho com umcajado e uma funda para o aniquilar

I «roncava de saber»

I «roncava de poder»

I Parte para as conquistas

I Rodeado de Pegadores para que cá lhematem a fome acontece-lhes o mesmo que

aos Pegadores do mar

I Morto Herodesmorreu toda a família

I Todas as aves descansavam

I Todos os animais da terra usufruíam da suasombra

I Ambos se sustentavam dos seus frutosCortada a árvore, todos se foram embora

I Homens desgraçados outrem comeue nós pagamosmas limpamo-nos dopecado original com água

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Voadores

Polvo

Presunção

Ambição

Traição

Mimetismo

I Pescados como peixese caçados como aves

I Morrem queimados

I Aparência de mansidãoataca com malícia

I O seu mimetismo permite-lhe atacar de emboscada

Simão Mago

S. Máximo

Judas

I Arte mágica pela qual havia de subir ao céu

I Começou a voar muito alto caindo quebrou ospés. «quem tem pés para andar, e quer asaspara voar, justo é que perca as asas, e mais ospés.»

I Abraçou Cristo, mas os outros prenderam-no o Polvo abraça e prende

I Com os braços fez o sinal o polvo dosbraços faz as cordas

I Planeou a traição às escuras, mas executou-aàs claras o polvo planeia e executa àsescuras as traições

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Pág. 199 do Manual – Os Maias 

Quadro sinóptico do Cap. IV

A história Espaço Tempo

• Carlos ia formar-se em Medicina• A vocação de Carlos para Medicina manifesta-se na infância• No liceu confirma a sua vocação• Carlos matricula-se na Universidade• Reuniões de intelectuais à volta de Carlos e prática de atividades variadas• O caráter diletante de Carlos manifesta-se• Afonso confraterniza com os amigos de Carlos• Carlos ocupa as férias em viagens• Carlos leva consigo Ega• Carlos vive uma aventura romântica com uma mulher casada – Hermengarda• Carlos leva de Lisboa uma espanhola (Encarnacion) e instala-a numa casa• Festa de formatura de Carlos

• Carlos parte para uma viagem• Afonso instala-se no Ramalhete• Carlos chega do estrangeiro no paquete Royal Mail 

• Jantar em honra de Carlos• Carlos tem dificuldade em iniciar qualquer plano• Vilaça aluga um primeiro andar para o consultório de Carlos• Carlos mobila o consultório com requintado luxo• Carlos não tem doentes• Ega visita Carlos e os amigos falam dos seus projetos• Carlos conta como se passa o tempo no Ramalhete e quem o frequenta• Ega propõe a organização de um cenáculo• Ega elogia Craft

• Ega diz a Carlos que vai publicar o seu livro «Memórias de um Átomo»

CoimbraSanta Olávia

CoimbraCoimbra

Paços de Celas

Lisboa, Paris, LondresSanta Olávia

CoimbraAo pé de CelasPaços de Celas

EuropaLisboa

Ramalhete

Agosto

Outono de 1875

À noitePassam semanas

De manhã

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Pág. 207 do Manual – Os Maias 

Quadro sinóptico do Cap. VIII

A história Espaço Tempo

• Ida de Carlos a Sintra, acompanhado de Cruges• Apreciação do percurso geográfico

• Carlos procura Maria Eduarda• Encontro com Eusebiozinho e Palma «Cavalão» acompanhados por

prostitutas espanholas• Deslumbramento perante aquela paisagem• Encontro com Alencar• Carlos, Cruges e Alencar visitam Seteais• Regresso ao Lawrence• Desilusão de Carlos ao ver frustrado o objetivo de encontrar Maria

Eduarda• Monólogo interior de Carlos• Regresso a Lisboa

Benfica, Porcalhota,Ramalhão, Sintra

SintraSintra – Hotel Nunes

Junto ao Hotel Lawrence

Seteais

8 horas da manhã

9 horas da noite

Pág. 209 do Manual – Os Maias 

Quadro sinóptico do Cap. IX

A história Espaço Tempo

• Dâmaso leva Carlos a consultar Rosicler• Carlos observa os objetos pessoais de Maria Eduarda

• Carlos conhece Rosicler e Miss Sara• Cohen expulsa Ega de sua casa no dia do baile de máscaras• Carlos e Ega vão à quinta de Craft• Carlos e Craft aconselham Ega a esperar o desafio de Cohen• Carlos e Ega aguardam o desafio de Cohen• A senhora Adélia (criada dos Cohen) traz notícias• Raquel Cohen leva uma tareia do marido e depois reconcilia-se com ele.• Adélia é despedida e o casal vai para Inglaterra

• Ega decide partir para Celorico devido aos comentários sobre o seu casocom a Cohen• Carlos reflete sobre o falhanço dos projetos de Ega e dos seus• Carlos toma chá em casa dos Gouvarinho• As senhoras dialogam sobre a instrução• Carlos envolve-se com a Condessa de Gouvarinho

• O Conde de Gouvarinho é caracterizado na sua intervenção parlamentarem defesa da educação religiosa

Lisboa – Hotel CentralGabinete de toilette 

de Maria Eduarda

OlivaisVila Balzac

Lisboa

Casa dos Condesde Gouvarinho – sala

Gabinete onde se encontraum busto do Conde

de GouvarinhoSala da casa dos Condes

de Gouvarinho

No outro dia

À tarde

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Pág. 216 do Manual – Os Maias 

Quadro sinóptico do Cap. XI

A história Espaço Tempo

• Carlos conhece Maria Eduarda

• Carlos consulta Miss Sara• Carlos conversa com Maria Eduarda• Carlos vai a Santa Apolónia para se encontrar com a Condessa de

Gouvarinho• Carlos encontra-se com Dâmaso que parte para Penafiel, devido à morte de

um tio• Carlos é «salvo» pelo Conde de Gouvarinho que acompanha a mulher ao

Porto• Carlos convive com Maria Eduarda• Maria Eduarda afirma que Dâmaso é «insuportável» e que conhece o seu tio

Guimarães• Dâmaso regressa de Penafiel e visita Maria Eduarda, que o recebe friamente• Dâmaso fica muito admirado ao ver Carlos em casa de Maria Eduarda e,

amuado, pede explicações a Carlos

Rua de S. Francisco –na sala

no quartona sala

Estação de SantaApolónia

Rua de S. Francisco –na sala

Na manhãseguinte

À noite

Todos os dias,durante a semana

Pág. 220 do Manual – Os Maias 

Quadro sinóptico do Cap. XIV

A história Espaço Tempo

• Afonso parte para Santa Olávia• Maria Eduarda instala-se nos Olivais• Ega parte para Sintra• Carlos encontra Alencar, que deseja apresentar-lhe Guimarães• Carlos remete esse conhecimento para outra ocasião.• Carlos visita Maria Eduarda e os dois refugiam-se no quiosque japonês• Maria Eduarda teme a crítica de Miss Sara e Carlos aluga uma casita nos

arredores da Toca

• Carlos escandaliza-se, ao surpreender o envolvimento de Miss Sara comum jornaleiro• Maria Eduarda visita o Ramalhete e fala de sua mãe• Ega regressa de Sintra• Carlos visita o avô

• Castro Gomes «visita» Carlos e informa-o de que Maria Eduarda não é suamulher, nem Rosicler sua filha

• Carlos, perturbado, vai à Toca com intenção de humilhar Maria Eduarda• Maria Eduarda dá explicações a Carlos• Carlos pede Maria Eduarda em casamento, perdoando-lhe a mentira

Olivais

Lisboa

Olivais

Ramalhete

Santa OláviaRamalhete

Olivais – Toca

SábadoSábado

Domingo

Todos os dias

À noiteSábado

Durante umasemana

Sábado, de tarde

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Pág. 225 do Manual – Os Maias 

Quadro sinóptico do Cap. XVI

A história Espaço Tempo

• Maria Eduarda regressa a Lisboa

Episódio do Sarau de Teatro da Trindade• Ega e Carlos vão assistir ao Sarau do Teatro da Trindade:– a oratória de Rufino– a declamação de Alencar– o recital de Cruges• Guimarães interpela Ega, pedindo explicações sobre a carta do sobrinho

Dâmaso• Carlos dá uma tareia a Eusebiozinho• Guimarães entrega o cofre de Maria Monforte a Ega para este o dar

a Carlos ou à irmã (Maria Eduarda)

Rua de S. FranciscoTeatro da Trindade

Largo da AlbegoariaPelourinho (Hotel Paris)

Noite de inverno

Pág. 227 do Manual – Os Maias 

Quadro sinóptico do Cap. XVII

A história Espaço Tempo

• Ega procura Vilaça para este abrir o cofre• Vilaça revela a Carlos o conteúdo da carta de Maria Monforte• Carlos questiona o avô sobre a irmã• Afonso vacila e diz que não conhece a verdade

• Carlos comete incesto voluntariamente• Afonso morre de desgosto• Ega informa Maria Eduarda sobre os acontecimentos• Maria Eduarda parte para Paris

Rua da PrataRamalhete

Rua de S. FranciscoRamalhete (recanto do quintal)

Rua de S. FranciscoEstação de Santa Apolónia

Quase onze horasNo dia seguinte

De manhãNo dia seguinteNo dia seguinte

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* Nota: A observação deste aspeto tem de ter em conta a especificação e a adequação da temática a apresentar e/ou a desenvolver.

Muito fraco Fraco Razoável Bom Muito bom

Domínio da temática

Conteúdo

Sequencializaçãológica das ideias

Clareza

Rigor

Capacidadeargumentativa*

Processos discursivosadequados

Criatividade

Expressãolinguística

Riqueza vocabular

Propriedade vocabular

Estrutura sintática

Encadeamento frásico

Expressividadelinguística

Fluência

Interaçãodiscursiva

Pertinência das

intervenções

Entoação apropriada

Autodomínio

Disciplina

Expressão corporaladequada

GRELHA DE OBSERVAÇÃO DA EXPRESSÃO ORAL

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FICHA DE VISIONAMENTO DE UM DOCUMENTO VÍDEO

Título: ____________________________________________________________________________________

Tema: _____________________________________________Subtemas: _____________________________

I – Conteúdo: identificação, descrição e caracterização

1. Os agentes (intervenientes / participantes)

Sexo Masculino Feminino

Idade Crianças Adolescentes Adultos

2. As ações dos agentes (discriminadas, através de verbos no infinitivo) ________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________

3. Os espaços

Litoral Interior Urbano Rural Aberto Fechado Outro(s)

II – Elementos constituintes do vídeo

1. Imagem

• Observação da(s) imagem(ns)

Fixa(s) Em movimento Fixa(s) e em movimento

• Função do cromatismo (cores presentes)

Representar a realidade Transfigurar a realidade Representar e transfigurar a realidade

• Elemento dominante

Natural (paisagem) Humano * Outro

• Planos apresentadosGeral De pormenor Geral e de pormenor *Outro(s)

• Objetivo(s) da(s) imagem(ns)

Captar o real Ensinar Divertir Sensibilizar Exprimir e/ou despertar sentimentos

2. Som

• Caracterização do(s) som(ns)

Natural Exterior Natural e exterior Música de fundo (banda sonora)

• Banda(s) sonora(s)

Adequada Inadequada

• Presença de voz off Texto informativo Texto declamado *Outro(s)

III – Apreciação crítica

Considero / Não considero pertinente o visionamento do vídeo, no âmbito da aprendizagem do conteúdo

____________________ , pelas seguintes razões (enunciar três): _______________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

* Nota: Esta opção deve ser sempre especificada.

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CINE-FICHA (APRECIAÇÃO DE FILMES)

Nome do aluno: _________________________________________________________________________________________________________________

N.°: ____________ Ano: ____________ Turma: ____________

Título: ____________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

Realizador: ______________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

Argumentista: _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Atores principais: _____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

Atores secundários: __________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

Contextualização histórica, política e social: ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

Espaço(s) da ação: ____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

Breve resumo: __________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

Aspetos que mais apreciei: _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

Aspetos que menos apreciei: _______________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

Balanço crítico: _________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

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GUIÃO DE OBSERVAÇÃO/AUDIÇÃO DE UMA REPORTAGEM

Título da reportagem: _________________________________________________________________________________________________________

Nome do(s) jornalista(s): ______________________________________________________________________________________________________

Nome do(s) técnico(s) de imagem e / ou som: _____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

Local e hora da cobertura do acontecimento: ____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

Acontecimento-objeto da reportagem: ___________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

Resumo dos factos ocorridos: ________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

Intervenção de testemunhos: ________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

Apreciações subjetivas do jornalista: ___________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Linguagem utilizada: __________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

A tua opinião sobre o que viste e ouviste: ______________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

(Data) , de de 201

Assinatura

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GUIÃO DE ATIVIDADE DE DEBATE

Objetivos:

• problematizar temáticas;• formular juízos críticos / argumentar;

• enriquecer os conhecimentos;

• refletir sobre opiniões diversas;

• sintetizar ideias.

Ação preliminar:

1.° Escolher o tema:

• refletir sobre o interesse e a pertinência do tema em discussão;• preparar, investigando, o conteúdo teórico subjacente ao tema-fonte;

• apetrechar-se de opiniões sobre o assunto para poder intervir;

• estruturar a argumentação, validando a sua intervenção.

2.° Selecionar um moderador, dois secretários e dois observadores.

3.° Refletir sobre a forma de constituir grupos que defendam posições diferentes face ao tema:

• na sala de aula: dividir os alunos em dois grupos de posições distintas;

• ao nível da escola: convidar outras turmas para fazerem intervenções pertinentes, geradoras de dina-

mismo no debate.

Dinâmica do debate:

Nota: O moderador deve atuar de modo imparcial e rigoroso.

Funções do moderador Funções dos secretários

• esclarecer de forma sucinta a temática a ser discutida;• iniciar o debate;• dar a palavra aos intervenientes, seguindo a ordem

dos registos apontados pelos observadores;• fazer o ponto da situação, através de pequenas

sínteses parcelares;

• clarificar ideias;• evitar o ataque pessoal e a agressividade;• apresentar as conclusões.

• registar o nome dos que desejam intervir, segundoa ordem do pedido da palavra;

• fazer o relato do debate.

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MODELO DE RELATÓRIO DE VISITA DE ESTUDO

Visita de estudo realizada no âmbito da(s) disciplinas(s) de: __________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________

Local: _________________________________________________________________________________________________Data: _______ / _______ / ______

Objetivo(s): _____________________________________________________________________________________________________________________________

Material de apoio: _____________________________________________________________________________________________________________________

Organizador(es): _______________________________________________________________________________________________________________________

Data do relatório: ______________________________________________________________________________________________________________________

SUMÁRIO (sob a forma de índice):

• Diferentes momentos da visita: _________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________

• Locais visitados: ______________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________

INTRODUÇÃO:

• Temática da visita: __________________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________

• Conteúdos programáticos abrangidos: _________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________

Escola: ________________________________________________________________________________________________________________________________

Aluno(s) autor(es) do relatório:

Nome: __________________________________________________________________________________________ N.º: ___________ Turma: ___________

Nome: __________________________________________________________________________________________ N.º: ___________ Turma: ___________

Nome: __________________________________________________________________________________________ N.º: ___________ Turma: ___________

5

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PARTE CENTRAL:

• Apresentação dos factos ocorridos e seu enquadramento geográfico, histórico e sócio-cultural:

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

• Circunstâncias em que decorreu a visita: ______________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

• O que mais apreciaram e porquê: ________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

• O que menos apreciaram e porquê: _____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

• Cumprimento / Incumprimento dos objetivos da visita e suas causas: ________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

• Formulação de propostas para valorizar futuras visitas: ___________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

CONCLUSÃO:

• Balanço sintético dos conhecimentos adquiridos: ___________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

• Importância da visita em termos de relações humanas (atitudes e comportamentos dos elementos dogrupo; enriquecimento resultante da interação dos participantes na visita): ________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

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CONTRATO DE LEITURA«No contrato de leitura cabe a ambas as partes – professor e aluno – estabelecer as regras fundamentais para

a gestão da leitura individual, procurando fatores de motivação para que esta aconteça. Para além da leitura indi-vidual, o contrato pode estipular a agregação por pequenos grupos de alunos que manifestem interesse por ummesmo texto. O professor deve constituir-se como entidade facilitadora de práticas de leitura, oferecendo aosalunos a possibilidade de encontro com textos interessantes e motivadores, procurando, contudo, suscitar res-postas por parte dos leitores durante e após a leitura desses textos. Estas respostas poderão traduzir-se, porexemplo, nas seguintes atividades: apresentação oral dos textos lidos à turma, elaboração de fichas de leitura efichas biobibliográficas de autores, bases de dados de personagens, propostas de temas para debates em aula,elaboração de ficheiros temáticos.»

Programa de Português, Departamento de Ensino Secundário, Ministério da Educação, 2001

Modelo de Contrato de LeituraEntre o primeiro contraente _______________________________________ (nome), Professor(a) de Português, e o segundo

contraente ________________________________________________________________ (nome), aluno(a) n.o_______________, da turma

___________________ do 11.o ano de escolaridade, estabelece-se o presente Contrato de Leitura, acordando-se as

seguintes cláusulas:

1.o O primeiro contraente coordena as atividades desenvolvidas no âmbito deste contrato.

2.o O segundo contraente compromete-se a ler um livro, por mês / por período letivo.

3.o O segundo contraente compromete-se a preencher a Ficha de Leitura, criada para o efeito.

4.o O primeiro contraente observa criticamente o trabalho do segundo contraente com o objetivo deapoiar a prática de leitura.

5.o O segundo contraente apresenta a sua autoavaliação, no final de cada trimestre, respeitante às suasatividades no âmbito deste contrato.

6.o O primeiro contraente avalia qualitativamente a atividade realizada pelo segundo contraente.

7.o Se, por motivos imputáveis ao segundo contraente, não forem cumpridas as cláusulas 2. a, 3.a e 5.a,poderão ser redigidas cláusulas de salvaguarda, apresentadas pelo primeiro contraente.

8.o Este contrato foi feito em duplicado e vai ser assinado pelos contraentes, destinando-se um exemplarao(à) professor(a) de Português e outro ao(à) aluno(a).

(Local e data) _______________________ , _____ de ___________________ de 201___

O(A) professor(a) de Português

____________________________________

O(A) aluno(a)

____________________________________

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MODELO DE FICHA DE LEITURA [I]

Escola Secundária ___________________________________________________________________________________________________________________

Nome: __________________________________________________________________________________________N.o: ____________ Turma: ____________

Título da obra: _________________________________________________________________________________________________________________________

Tempo de leitura: _______________________________________ Local de leitura: _______________________________________________________

• Nome: ________________________________________________________________________________________________________________________________

• Referência bibliográfica: _______________________________________________________________________________________________________

• Dados biográficos:

Nascimento: _______________________________________________________________ (data) _______________________________________ (local)

Morte: _______________________________________________________________________ (data) _______________________________________ (local)

Ocupações: _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________________________________________________

Outras obras: _____________________________________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________________________________________________

• Texto:

literário não literário

• Género literário:

narrativo dramático poético

• Tema:

atual de outra época

• Parte mais interessante: _____________________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________________________________________________

• Parte menos interessante: ___________________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________________________________________________

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• Linguagem:

– Privilégio: 

de denotação de conotação

– Vocabulário: 

fácil e acessível rebuscado e difícil

– Construção sintática: 

simples complexa

– Uso predominante da: 

coordenação subordinação

– Utilização de: 

A) narração B) discurso diretodescrição discurso indireto

discurso indireto livre

A) Seleção de cinco palavras desconhecidas: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

B) Seleção de cinco palavras (que consideres) belas: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

C) Registo de duas frases marcantes: _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

D) Valeu a pena ler esta obra porque: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Não apreciei a leitura desta obra porque: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

E) Esta obra fez-me refletir sobre: _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Escola Secundária ___________________________________________________________________________________________________________________

Nome: _______________________________________________________________________________________________ N.o: __________Turma: __________

Título da obra: ________________________________________________________________________________________________________________________Tempo de leitura: ___________________________________________ Local de leitura: ___________________________________________________

I • O autor

Nome: ______________________________________________________________________________________________________________________________

Referência bibliográfica: _______________________________________________________________________________________________________

Dados biográficos

Nascimento: ______________________________________________ (data) _______________________________________________________ (local)

Morte: ______________________________________________________ (data) _______________________________________________________ (local)

Ocupações: _______________________________________________________________________________________________________________________

Outras obras: _____________________________________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________________________________________________

II • A obra

1. Elementos presentes:

a) na capa: ____________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________

b) na contracapa: ____________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________c) na lombada: _______________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________

2. Título: ___________________________________________________________________________________________________________________________

Apreciação: ___________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________

3. a) Índice: PresenteAusente

b) Prefácio: Presente – escrito pelo autor

– escrito por alguém conhecedor da obraAusente

c) Posfácio: PresenteAusente

d) Nota(s)de rodapé: Presente(s)

Ausente(s)

e) Glossário: PresenteAusente

MODELO DE FICHA DE LEITURA [II]

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5

4. Estrutura:

Caracterização da estrutura externa: _______________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

Síntese de:

Introdução: _____________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

Desenvolvimento: ___________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

Conclusão: __________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

5. Opinião justificada do(a) leitor(a):

____________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________

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«Quanto à expressão escrita, pretende-se que seja instituída uma oficina de escrita, em que sejam trabalhadasas tipologias textuais previstas, a partir das quais se desenvolverão as competências naturalmente envolvidas

neste tipo de atividade. Propõe-se que esta oficina seja entendida como um trabalho laboratorial, constituindoum espaço curricular em que a aprendizagem e a sistematização de conhecimentos sobre a língua e os seus usosse inscrevem como componentes privilegiadas.

Ao caráter complexo que esta competência envolve, causa possível de muitas dificuldades, acrescenta-se ofacto de a escrita, como atividade transversal ao curriculum , desempenhar também uma função relevante na ati-vação de processos cognitivos, facilitando toda a aprendizagem. É, pois, necessário promover, nas aulas dePortuguês, uma oficina de escrita que integre a reflexão sobre a língua e que, em interação com as outras compe-tências nucleares, favoreça, numa progressão diferenciada, a produção, o alargamento, a redução e a transfor-mação do texto, bem como uma gestão pedagógica do erro.

A prática da oficina de escrita visa possibilitar a interação e a interajuda, permitindo ao professor um acompa-nhamento individualizado dos alunos, agindo sobre as suas dificuldades, assessorando o seu trabalho de um

modo planificado e sistemático. A oficina de escrita implica um papel ativo por parte de professores e alunos que,através do diálogo e da reflexão sobre o funcionamento da língua, se empenham num processo de reescrita contí-nua, tendente ao aperfeiçoamento textual e ao reforço da consciência crítica.»

Programa de Português, Departamento de Ensino Secundário, Ministério da Educação, 2001

A OFICINA DE ESCRITA

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«(...) o aluno, sob orientação do professor, organiza um portefólio de avaliação, que deverá incluir um conjuntovariado de trabalhos datados e comentados. Entre esses elementos deverão constar relatórios, textos escritos,registos áudio, vídeo e outro software , trabalhos de pesquisa, comentários de texto, fichas de leitura, trabalhos rea-lizados fora da sala de aula, listas de verificação, escalas de classificação, grelhas de observação, grelhas de auto ecoavaliação, testes e outros. Estes deverão constituir uma amostra significativa do seu trabalho, fornecendo umavisão dos seus esforços, dos seus progressos e do seu desempenho ao longo de um determinado período de tempo.»

Programa de Português, Departamento de Ensino Secundário, Ministério da Educação, 2001

Proposta de organização de portefólio

O portefólio é um conjunto de trabalhos, realizados pelo aluno, representativos do seu esforço e da sua evoluçãoem determinado período de tempo estipulado pelo professor ou acordado entre o docente e os discentes. O porte-fólio de aprendizagens é um instrumento dinâmico que permite ao aluno refletir sobre os seus desempenhos,melhorando-os, reformulando-os, segundo a orientação metodológica do professor, detetadas as dificuldades epropostas as estratégias de recuperação.

O portefólio é um procedimento de avaliação que permite aos alunos envolverem-se na formulação dos objeti-vos e estratégias da sua aprendizagem e avaliar o seu progresso. Eles são, portanto, participantes ativos da ava-liação, podendo selecionar todas ou apenas as melhores amostras de seu trabalho para incluir no Portefólio.

Estrutura

1. Identificação (capa): Escola, nome do aluno, número, turma, ano de escolaridade, período (letivo ou detempo estipulado), ano letivo, título.

2. Índice

3. Tipologia textual em estudo

3.1 Textos trabalhados na aula (escritos/icónicos)

3.2 Pesquisas do aluno

3.3 Trabalhos relativos à compreensão e expressão oral

3.4 Exercícios de escrita

3.5 Exercícios de Funcionamento da língua

3.6 Correção/reescrita dos trabalhos

3.7 Reflexão sobre as aprendizagens

3.8 Recuperação de saberes: fichas do Caderno de Atividades/Atividades da Aula Digital/FichasFormativas

A ORGANIZAÇÃO DO PORTEFÓLIO SEGUNDOO PROGRAMA

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4. Fichas de avaliação

4.1 Enunciado

4.2 Prova de avaliação

4.3 Correção da prova

4.4 Reflexão sobre a prova

5. Intervenções orais formais

5.1 Registos

5.2 Reformulações

6. Memória descritiva

7. Avaliação

7.1 Ficha de autoavaliação

7.2 Ficha de heteroavaliação

Nota: Os trabalhos devem ser datados, de modo a que os alunos possam verifcar a evolução da sua aprendizagem.

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