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Paola visita a Sabesp, com- panhia de abastecimento de água de Santa Cruz e faz uma entrevista exclusiva com o gerente da unidade, Sérgio Buscarini. Confira! agenda_ Exposição faz homenagem a Glauco, autor do Geraldão e de outros personagens das tirinhas de jornais exemplar grátis PAOLA vai à Sabesp PALMITO ecológico diversifica a lavoura gastronomia_ berinjela de dar água na boca, em duas versões. Confira! giro 360_ bares inusitados para se ouvir boa música aqui e na capital P.4 Foto: Flavia Rocha | 360 Foto: Flavia Rocha | 360 Entrada da Fazenda Califórnia, em Bernardino de Campos, onde funciona a fábrica do Soft Palmito, apresentado em diversos cortes e produzido exclusivamente de pupunha Nesta edição: P.6 P.7 Acompanhe o 360 na internet: www. caderno360 . com.br 50 ANO V CIRCULAÇÃO mensal em 25 municípios: Avaré • Sta. Cruz do Rio Pardo • Ourinhos • Piraju • Óleo • Timburi • Bernardino de Campos • Manduri • Cerqueira César • Águas de Sta. Bárbara • Fartura • São Pedro do Turvo • Espírito Sto. do Turvo • Ipaussu • Chavantes • Botucatu • São Manuel • Areiópolis • Ibirarema • Palmital • Cân- dido Mota • Assis • Tatuí • Agudos • Canitar abril|2010 Solução ecológica para a substiuição no mer- cado do palmito de jus- sara, a palmeira de palmito pupunha pode ser plantada em qual- quer lugar e está dando frutos aqui na região. P.16 P.8 exclusivo_ André Santos e as diferenças do Brasil e do velho mundo P.15 Foto: álbum de viagem AAS Foto: Pedro Figueira | 360 arte: Ziraldo _ DIVULOGAÇÃO Foto: Flavia Rocha | 360

PALMITO ecológico diversifica a lavoura

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Page 1: PALMITO ecológico diversifica a lavoura

Paola visita a Sabesp, com-panhia de abastecimentode águade SantaCruz e fazuma entrevista exclusivacom o gerente da unidade,Sérgio Buscarini. Confira!

agenda_ Exposição faz homenagema Glauco, autor do Geraldão e de outrospersonagens das tirinhas de jornais

exemplar grátisPAOLA vai

à Sabesp

PALMITO ecológicodiversifica a lavoura

gastronomia_ berinjela de darágua na boca, em duas versões. Confira!

giro 360_ bares inusitados parase ouvir boa música aqui e na capital

•P.4

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Entrada da Fazenda Califórnia, em Bernardino de Campos,onde funciona a fábrica do Soft Palmito, apresentado emdiversos cortes e produzido exclusivamente de pupunha

Nesta edição:

•P.6 •P.7

Acompanhe o 360 na internet: www.caderno360.com.br

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CIRCULAÇÃO mensal em 25 municípios: Avaré • Sta.Cruz do Rio Pardo • Ourinhos • Piraju • Óleo • Timburi• Bernardino de Campos • Manduri • Cerqueira César •Águas de Sta. Bárbara • Fartura • São Pedro do Turvo •Espírito Sto. do Turvo • Ipaussu • Chavantes • Botucatu• São Manuel • Areiópolis • Ibirarema • Palmital • Cân-dido Mota • Assis • Tatuí • Agudos • Canitar

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Solução ecológica paraa substiuição no mer-cado do palmito de jus-sara, a palmeira depalmito pupunha podeser plantada em qual-quer lugar e está dandofrutos aqui na região.

•P.16

•P.8exclusivo_André Santos e asdiferenças do Brasile do velho mundo •P.15

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Page 2: PALMITO ecológico diversifica a lavoura

Aprendizado. Uma coisa quesempre me fascinou foi o aprendi-zado. Nunca tive preguiça de pergun-tar as razões de tudo e de confirmar,na infância com um constante “népai?”, com um alguém que julgassemais sabedor do que eu as minhas in-formações. Foram muitos os mes-tres. Gente de todo tipo e de todaidade. Gente mais ou menos estu-dada. Mais ou menos educada. Gentecom quem eu tinha empatia, e tam-bém com quem eu me sentia incomo-dada. Por menor fosse a admiração emaior o descrédito, nunca deixei deponderar as informações recebidas. E,na dúvida, tratando sempre de checá-lascom minhas fontes mais seguras.

No trabalho sempre foi assim. Nunca me impor-tei com a forma, mas com o conteúdo. Tive chefes que me le-varam às lágrimas, mas elas correram escondidas de seusolhares. E, passada a dor de uma ou outra humilhação, o queme vinha à mente era o quanto eu deveria aproveitar aquilo.Quanto aquilo me valia em termos de aprendizado.

Hoje, mais de 40 décadas neste lindo planeta azul, continuocuriosa e interessada em saber e aprender. Não para ostentarou sobressair-me da maioria. Mas por prazer e também porsobrevivência, afinal, tenho que dar conta das contas todofinal de mês. Talvez por isso o jornalismo me fascine e meleve a trabalhar tanto, incansavelmente. É tanta pergunta quetenho que fazer, tantos dados a checar que quando vejo, poxa,aprendi mais alguma coisa.

Também gosto de partilhar o que aprendi e sei, mas não tenhovocação para mestre. Meus colegas de trabalho sabem oquanto isso pode significar. Mas quem não tem medo de bra-beza, como eu nunca tive, não se importa, e também daquiconsegue tirar algum proveito. A pequenina repórter do 360,Paola Pegorer Manfrim, é uma questionadora nata. Quersaber tudo. E faz perguntas nas entrevistas que me deixam bo-quiaberta, pois adora improvisar. Foi assim na visita à Sabesp.Com uma educação e meiguice conquistadora, ela não se deixaintimidar por cargos, idade, mesas e cadeiras de diretor. Edu-cadamente, vai direto ao assunto, presta atenção e logo mandaoutra pergunta. Até que diz: por mim está bem. E temos umaboa conversa, veja em MEIO AMBIENTE.

E o que dizer do correspondente (internacional no mo-mento) André Andrade Santos? Mais uma vez, esse ga-roto, agora maior de idade, comparece aguerrido esolto em meios às novidades, informações e convic-ções. Quem pode aproveitar melhor uma viagem deestudos do que um cara interessado em saber sobretudo e sobre todos? Confira como anda o pensar dessejornalista nato, na seção PAPO CABEÇA, que ele dividecom outros fãs do saber: Tiago Cachoni e Jozé MarioRocha de Andrade, esse, sem dúvida, um dos melhoresmestres que conheci em toda a minha vida.

Quem quiser mais deve parar nas páginas de AGRO-NEGÓCIO e BEMVIVER, onde tratamos de assuntos maisou menos conhecidos: o cultivo de palmito pupunha e asconsequências do convívio com um animal silvestre quefoi erroneamente domesticado, o pombo. Para comple-

tar, GASTRONOMIA traz duas receitas da dona Odette, essasábia cozinheira, muito exigente com seus pupilos e absolu-

tamente generosa em partilhar suas criações culinárias.

Confira também, as colunas de Fernanda Lira e Guca Dome-nico, com opiniões que certamente ampliam nossa visão demundo, novo artigo de Fabio Feldmann, que sabe de meioambiente como poucos, as estrepulias do Pingo e mais umado Bobo, um dos personagens de Marcelo Ruis Vargas.

Espero honestamente que o trabalho diário de uma equipeagora mais dinâmica e completa, lhe traga algum conheci-mento. O mínimo sequer. Assim nosso esforço e empenhoterão valido a pena. Boa leitura!

Flávia Rocha Manfrin| editora 360

“"Amai os vossos inimigos e fazei o bem

aos que vos odeiam. Falai bem dos que falam malde vós e orai por aqueles que vos caluniam".

A edição 49 do Caderno 360 distribuída no mês de março de 2010

foi impressa na Fulgraphics.

2:°Editorial _°OraAção3: °Ponto de Vista 4:°Meio Ambiente

6: °Gastronomia7: °Imperdível8:°Agronegócio

10:°Meninada11:°Bem Viver12:°Bacana ‹classificados›14:°Papo cabeça 16:°Cultura _ zagenda

Índice

xpedientee

2 |editorial

336600 éé ppuubblliiccaaççããoo mmeennssaall ddaa eComunicação.. TTooddooss ooss ddiirreeiittooss rreesseerrvvaaddooss.. Tiragem desta edição: 1122 mmiill eexxeemmppllaarreessCirculação:•• ÁÁgguuaass ddee SSttaa.. BBáárrbbaarraa •• AAgguuddooss •• AArreeiióóppoolliiss •• AAssssiiss •• AAvvaarréé •• BBeerrnnaarrddiinnoo ddee CCaammppooss •• BBoottuuccaattuu •• CCâânn--ddiiddoo MMoottaa •• CCaanniittaarr •• CCeerrqquueeiirraa CCééssaarr •• CChhaavvaanntteess •• EEssppíírriittoo SSttoo.. ddoo TTuurrvvoo •• FFaarrttuurraa •• IIbbiirraarreemmaa •• IIppaauussssuu •• MMaanndduurrii ••ÓÓlleeoo •• OOuurriinnhhooss •• PPaallmmiittaall •• PPiirraajjuu •• SSããoo MMaannuueell •• SSããoo PPeeddrroo ddoo TTuurrvvoo •• SSttaa.. CCrruuzz ddoo RRiioo PPaarrddoo •• TTaattuuíí •• TTiimmbbuurrii ee ppooss--ttooss ddaass rrooddoovviiaass CCaasstteelllloo BBrraannccoo,, RRaappoossoo TTaavvaarreess,, EEnngg.. JJooããoo BBaappttiissttaa CC.. RReennnnóó ee OOrrllaannddoo QQuuaagglliiaattoo.. Redação e Co-laboradores: FFlláávviiaa RRoocchhaa MMaannffrriinn ‹editora, diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›, LLuuiizzaa SSaannssoonn MMeenniinn‹revisão›, OOddeettttee RRoocchhaa MMaannffrriinn ‹separação, receitas›, PPaaoollaa PPeeggoorreerr MMaannffrriinn ‹repórter especial›, AAnnddrréé AAnnddrraaddee SSaannttooss‹correspondente›, EEddnnaa CCoorrrraall ‹administração e distribuição›, GGllóórriiaa MMaarriiaa ddee AAllmmeeiiddaa ‹auxiliar de produção e arte›, EErriiccGGoonnzzaaggaa ddee OOlliivveeiirraa ‹auxiliar de produção e conteúdo›. Colunistas: GGuuccaa DDoommeenniiccoo,, JJoosséé MMaarriioo RRoocchhaa ddee AAnnddrraaddee,, FFeerr--nnaannddaa LLiirraa,, TTiiaaggoo CCaacchhoonnii e FFaabbiioo FFeellddmmaannnn Ilustradores: FFrraannccoo CCaattaallaannoo NNaarrddoo,, RRooddrriiggoo BBiiaannccããoo,, WWeelllliinnggttoonn CCiiaarrdduulloo,,MMaarrcceelloo RRuuiiss VVaarrggaass MMaarrttiinneellllii e SSaabbaattoo VViissccoonnttii Impressão: FFuullllggrraapphhiiccss.. ARTIGOS ASSINADOS NÃO EXPRESSAM NECESSARIA-MENTE A OPINIÃO DESTA PUBLICAÇÃO.. Endereço: PPrraaççaa.. DDeepp.. LLeeôônniiddaass CCaammaarriinnhhaa,, 5544 CCEEPP 1188990000--000000 –– SSttaa.. CCrruuzz ddoo RRiiooPPaarrddoo// SSPP •• F: 1144 33337722..33554488 •• Redação e Cartas: 336600@@ccaaddeerrnnoo336600..ccoomm..bbrr •• Publicidade e Assinaturas: ccoommeerr--cciiaall@@ccaaddeerrnnoo336600..ccoomm..bbrr •• Edição On Line: wwwwww..ccaaddeerrnnoo336600..ccoomm..bbrr ••aabbrriill//22001100

Fernanda (Lira), Sou professora e, embora more na cidadede São Paulo, este jornalzinho chegou àsminhas mãos através da escola de meufilho. Não gostei do que li. Penso que a éticadeva ser utilizada não somente entre os co-legas de uma mesma categoria profissional,mas entre todos os cidadãos. Receba a "cor-reção" do seu texto (é de sua autoria ouficou faltando esta citação?). Se tiver dúvi-das, estou à disposição.Mais criatividade na próxima matéria!Andréa Ribeiro Tavares, São Paulo/SP

ABSURDOS na escola

Correção do parágrafo a ser corrigido pelosprofessores proposto em artigo da ed. 49.

Num momento em que a sociedade aceitou,como sempre passssivamente (somos mesmoum rebanho a mercêê dos interesssses e esper-tezzas de uns e outros), a mudança da or-tografia, quem tinha livros ficou com ummonte de material com ERROS. Isso é queé estímulo àà leitura e àà aquisiçção de livros..IInclusive o mercado editorial, um forte setor,não mostrou-se capazz de ajudar a evitaresse desastre. Agora, quemm tinha uma justi-ficativa para não comprar livros, ficou aindamais insseguro. Há 100 anos atrás (aqui outira-se o verbo haver ou a indicação detempo, tanto faz, mas manter os dois é errochamado redundância ou pleonasmo) o livroera mais valorizado do que hoje em dia.Uma pena que sejamos a exxceçção da huma-nidade, que evoluiu, mais não valorizza osaber. Dee rrepente isso muda, mais quandoserá que vamos acordar para essa questão?

Flávia,Agradeço o envio do jornal. Já li todinho eestá como sempre impecável. Senti falta dareceita e adorei o editorial (edição 49). Clarice Siqueira da SilvaSão Paulo/ SP

NOTA DA REDAÇÃO: : Profª.Andréa, a autoria do parágrafo é daprópria Fernanda Lira. Quanto àquestão ética, a jornalista não incor-reu nesse erro. Foi clara, objetiva edeu a opinião dela, como cabe à im-prensa, no caso, aos colunistas.

artasc

rramoseOra,Ação!Lucas, 6vs 27-28

Foto: álbu

m de viagem

AAS

Nosso correspondente em Stonehenge, no sul da Inglaterra,monumento da Idade do Bronze

(3 mil a 700 anos antes de Cristo)que acredita-se tenha sido proje-tado para observação astronômica

Disposi-ção e hu-mildadepara

aprenderé que

fazem doser umsábio

Page 3: PALMITO ecológico diversifica a lavoura

3 | ponto de vista

Confesso aos ateusque minha vidatem sido ummilagre, asmaravilhas sesucedem aosmeus olhose dou meutestemunho.

Sinto umpoder pulsante,este poder meanima e impele parafrente e para o alto; apesardos obstáculos, é umpoder inominável e apalavra conhecida quemais se aproxima éAmor.

As coisas tantas que suce-dem, notícias e tragédias,nada disso é capaz deme fazer desistir de mevoltar sempre e semprepara este poder, comreverência e humil-dade; ele é meu portoseguro, oásis, pedraangular.

Confesso aos ateus que não tenhoalcançado todos os sonhos, não re-alizei grande parte dos desejos e asorte não me bafeja como gostaria;

não nasci virado para a lua,não ajuntei tantas vitóriascomo planejei na juven-tude, no entanto, sintopossuir um tesouro queos ladrões não são ca-

pazes de pilhar e a cons-ciência disto é que metorna afortunado.

Entrei nesta vida como umestudante chega à Escola egrande tem sido meu aprendi-zado, encaro as lições com

bom ânimo e ouço comrespeito as palavrasdo mestre: sei quenão sei.

O sol que traz o novodia traz também a es-

perança – e esperança é aoutra roupa da certeza: omelhor está pronto para

acontecer.

Confesso aosateus, ainda, queentenderia perfeitamente seeles me conside-

rassem conformadocom o destino, porque eles nãosabem – e por isso são ateus -,que o destino nós mesmos fazemos,com coragem e fé.

*Músico e escritor santa-cruzense que vive em São Paulo |[email protected] | www.gucadomenico.com.br

*Guca Domenico

Arte: Fran

co Catalano Nardo |360

Ele tinha um jeito diferente deamar. Ela também. E como eles,tantos outros. Homens maismásculos, mais gays, mulheresmais femininas, ou menos. Inde-pendentemente de uma opçãosexual assumida, os bissexuaisexistem. Então quando um gaydiz “não tem ex-gay”, por e-xemplo, a leitura pode ser: nãoquero acreditar que alguém quegoste de homem goste tambémde mulher. Pois pode gostarsim. E muitos gostam.

Talvez os mais reprimidos detoda a história moderna, osbissexuais, em pleno século 21,quando a homossexualidade fi-nalmente encontrou seu espaçoe passou ser sinal de má edu-cação e vergonha até fazer pi-adinhas a respeito, os bixessu-ais ainda não encontraram seulugar ao sol.

Ouvi de uma amiga, que se-gundo seu amigo, assumida-mente, gay, os bissexuais têm o

dobro de chances de serem fe-lizes. Afinal, diferentemente degays e heterossexuais, os bis-sexuais amam sem restrição.Namoram sem restrição. Paraeles, o que vale é a pessoa, in-dependentemente de ser umhomem ou uma mulher. É comose essas pessoas pudessem –na verdade podem – ir além,ver além.

Dá inveja. No bom sentido.Porque neste campo, gays eheteros acabam sendo sereslimitados, onde a forma física,a natureza – feminina ou mas-culina – pesa. Aliás, pesa não,é determinante. Já para os bis-sexuais isso realmente não im-porta. Tomara essas pessoastambém sejam alvo de ummovimento em sua defesa, emdefesa de sua liberdade de sero que são. E ensinar-nos quepor mais que para tantos issoseja impraticável, para elesqualquer maneira de amor valea pena mesmo.

*Jornalista de São Paulo que adora o interior | [email protected]

*Fernanda Lira

AMOR dobrado

arte: Ro

drigo Bian

cão | 36

0

MINHA confissão

Page 4: PALMITO ecológico diversifica a lavoura

4 I meio ambiente

Paola: Por que você escolheuesse cargo, esse emprego?Buscarini: Sempre tive cu-riosidade em trabalhar na áreade saneamento, e quando sur-giu o anúncio de que ia ter umconcurso da Sabesp, fiz, passeie fui me desenvolvendo. Co-mecei como escriturário, de-pois fui encarregado de postode operação e hoje sou ge-rente.

Paola: Então você se importacom o que você faz, pelo queeu ouvi. Buscarini: Sim, não só eu.Temos toda uma noção do queé bom para o meio ambiente.

Paola: O que você acha que o

povo deve fazer para evitar po-luir mais os rios?Buscarini: A Sabesp temfeito muito. Em Santa Cruz es-tamos com um projeto de re-cuperação da mata ciliar,plantando mais de 50 milmudas para preservar as nas-centes e afluentes do rioPardo. Também já estamostratando 100% do esgoto cole-tado na cidade.

Paola: Fale um pouco maissobre esse projeto.Buscarini:O projeto se deuem virtude do atraso da Sa-besp em tratar o esgoto. Foifeito um acordo com a promo-toria e exigiu-se a título decompensação que a empresa

plantasse essas mudas. É umprojeto que a empresa tem nãosó aqui, como em todas as ci-dades em que opera. Fazemosesse trabalho de recompensaro meio ambiente com o plan-tio de mudas. Eu acho – e aempresa também – que é omelhor jeito de preservar omeio ambiente: preservandoas nascentes dos rios.

Paola: Que tipo de pessoa émais ecológica?Buscarini: Então, acho quetodo projeto ambiental temque partir primeiro nas escolasde 1ª a 8ª séries, onde vocêconsegue disseminar melhor oque é a poluição. Nossos avós,para você ter uma ideia, não ti-nham noção nenhuma da

questão ambiental e hoje esta-mos pagando pelo que eles fi-zeram e pelo que não ensina-ram a gente a fazer. Então euacho que temos que desenvol-ver um trabalho enorme emcima das crianças e partirdaqui para frente com serie-dade, tanto com órgãos fede-rais como estaduais e munici-pais, além de entidades e todaa sociedade, para a informaçãode que se ninguém fizer nada,num futuro próximo, teremosum problema de água. Todosdevem ter consciência disso.

Paola: É. Em quantas cida-des está a sua empresa?Buscarini: A Sabesp operaem 368 municípios do Estadode São Paulo.

Paola: Como não desperdiçarágua?Buscarini:Muitas vezes, po-demos simplesmente varrer acalçada, ao invés de usar man-gueira, ou lavar o carro combicos de mangueira que econo-mizam água, ao invés de usaraquela mangueira jorrando edesperdiçando. Quando toma-mos banho e esquecemos domundo, quando escovamos osdentes com a torneira aberta,é um desperdício. Hoje vamosa postos de gasolina, restau-rantes e outros lugares evemos torneiras automáticas.É um meio caro de conomizarágua, mas seria o ideal, sonha-mos com isso um dia.

PAPO coma SabespA nossa inquieta repórter foivisitar a Sabesp na semana doDia Internacional da Água.

E tratou de manter o seu estiloindependente e improvisado deentrevistar. Veja como foi a

conversa dela com o gerente daunidade da empresa em Santa Cruz do Rio Pardo,

Sérgio Buscarini

A nossa inquieta repórter foivisitar a Sabesp na semana doDia Internacional da Água.

E tratou de manter o seu estiloindependente e improvisado deentrevistar. Veja como foi a

conversa dela com o gerente daunidade da empresa em Santa Cruz do Rio Pardo,

Sérgio Buscarini

Foto: Flav

ia Roc

ha | 360Paola durante a

visita à Sabesp deSanta Cruz, ondefez uma entrevistaexclusiva com ogerente Buscarini

Paola quersaber

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arte:Wellin

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Ciardu

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AJUDE o Alvinho a recolher o lixo reciclável e ache também um absurdo do Pingo

São 8 itens a recolher: 4 garrafas (1 atrás do saco de lixo, 1 atrás do Alvinho, 1 pertoda árvore e 1 na m

oita), latinha, bala caída, jornal e pneu. Absurdo: osso na árvore.

Page 5: PALMITO ecológico diversifica a lavoura

A ANDA (Agência de Notícias de DireitosAnimais) programou para 29/4 um showpara sensibilizar as pessoas em relação aos direitos animais e à preservação do planeta. Na choperia do SESC Pompéia,

em São paulo, às 21h.

Nomes da música brasileira, como Fernanda Porto, Nuno Mindelis, PalavraCantada, Patrícia Marx, Renato Teixeira e Teatro Mágico já estão confirmados. A atriz Gabriela Duarte também com-parece para chamar a atenção sobre a

necessidade de mudarmos nossas atitudes.Participe!

www.anda.jor.br

Acredito muito no papel do indivíduo emrelação às questões ambientais. Pormais que, às vezes, nos sintamospequenos diante de um desafiotão imenso, temos que ter cons-ciência do importante papel queexercemos em nossa sociedadee das conseqüências que nos-sas ações podem gerar, nãosó a nós mesmos, mas àsfuturas gerações.

O papel do indivíduo temum efeito catalisador, istoé, induz e provoca mu-danças na esfera governa-mental e empresarial,dentre outras. Um claroexemplo disso é o papeldo consumidor consciente,que passa a exigir das em-presas uma postura maisresponsável em relação aomeio ambiente e produtosmais sustentáveis, que incor-porem o princípio do desen-volvimento sustentável em todaa sua cadeia produtiva.

Nesse sentido, tenho estado muitoatento para uma questão que de-pende fundamentalmente da escolha dos

indivíduos: o alimento queconsumimos. Em abril de 2009,a Anvisa - Agência Nacional deVigilância Sanitária - constatouum alto índice de agrotóxico em15% das 1.773 amostras dealimentos que analisou. Oproduto que apresentoumaior irregularidade foi opimentão (64,36%).

O alto índice de resíduosagrotóxicos causou preocu-pação à Anvisa, que realizaesse programa de inspeçãodesde 2001. No ano de2007, o alimento que apre-sentou maior irregularidade

foi o tomate, com 45%. Já no ano de2008, esse índice caiu para 18%.

Ter acesso a alimentos sem pesti-cidas é um direito do cidadão.Não podemos admitir a utiliza-ção de agrotóxicos em níveismaiores do que os permitidosou até de substâncias ilegais.

Sempre considerei este as-sunto vital em termos decidadania, por uma razãoóbvia: da qualidade dos ali-mentos depende a nossasaúde. E devemos lembrarque a possibilidade de es-colha sempre foi crucial, ouseja, temos que ter concre-tamente a oferta de produ-tos isentos de contamina-ção. Saúde e meio ambientesão temas interdependentes.

É aí que entra a ação do indi-víduo, certificando-se da pro-cedência dos alimentos que con-some, dando preferência a produ-tos de origem certificada e aten-

tando para práticas simples, tal comolavar de maneira adequada os produtos

que irá consumir. O processo de certifi-cação é importante, sendo que este deve estar

alinhado a preços acessíveis a todos os cidadãos,possibilitando a estes a escolha correta.

As informações estão aí. Cabe a cada um de nóssaber utilizá-las para o bem, fazendo escolhas etomando atitudes mais conscientes.

SINAL

CONCERTO pelo planeta e pelos animais

•agenda eco

* por Fabio Feldmann

*Ambientalista, criador e participante de várias organizações não governamentais, como a Fundação SOS

Mata Atlântica. Foi deputado federal (1986-98), Secretário deMeio Ambiente do Estado de São Paulo (1992-95), criador doFórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (2000) e do FórumPaulista de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade(2005). Atualmente, dirige um escritório de consultoria ambi-ental, que busca promover os princípios do desenvolvimento

sustentável nos diversos setores da economia. • ffconsultores.com.br

arte: © 3dts | Drea

mstim

e.com

PPoollppaa ddee FFrruuttaa NNaattuurraall.. EExxppeerriimmeennttee!!

NNoovvoo IIoogguurrttee FFaazzeennddaa BBootteellhhoo..

O papel de cada um: exercendo nossa cidadania

VERDE

Page 6: PALMITO ecológico diversifica a lavoura

6 | gastronomia

Sempre fui uma menina enjoada pra comer. Atéque me tornei adulta, era um porre ter que experi-imentar algo novo. Presunto e queijo, bife e batatafrita. Isso sim eu gostava. Mas no meio de tantadificuldade com legumes e verduras, tinha umsanduichinho de berinjela que minha mãe fazia(para mim sem o tomate) que eu nunca deixei deaproveitar. Pedia os mais miúdos. E até hoje essasabor diferente da infância fazem festa nos meusolhos quando ela nos surpreende com uma tigelarepleta deles. Os anos passaram e ela incorporouao cardápio da casa um quiche genial, tambémfeito de berinjela com queijo. Prove!

BERINJELA em 2 versõesFlavia Manfrin_editora 360

QQUUIICCHHEE DDEE BBEERRIINNJJEELLAA

MMAASSSSAA__ IInnggrreeddiieenntteess::2 xíc. chá farinha de trigo 2 colh. sopa de maisena150 g manteiga gelada semsal 1 ovo ligeiramente batido1 colh. chá rasa de sal4 colh. sopa de leite2 colh. chá fermento em pó

•• PPrreeppaarroo:: Misture a farinha, amaisena, a manteiga picada, osal e o fermento e bata noprocessador pulsando e depoisbatendo, fazendo uma farofa.Junte o ovo batido e o leite.Ligue novamente. Cubra complástico, leve à geladeira por15 minutos.

RREECCHHEEIIOO__IInnggrreeddiieenntteess::1 cebola média picadinha2 berinjelas médias sem casca,picadas em cubinhos bem pe-queninos, deixadas de molhoem água, vinagre e sal por 20min. e depois espremidas noescorredor 150 g de bacon picado e frito1 xíc. chá de leite4 colh. sopa de azeite2 dentes de alho picados3 claras em neve1 xic. cheiro verde picadinho1/2 pimenta vermelha picadasal e pimenta reino a gosto1/2 xíc. de queijo parmesão100 gr gruyere ou provolonemolho branco (feito com 1 xíc.

de leite, 2 colh. de maisena oufarinha de trigo; sal; 1 colh. demanteiga; depois de frio, 3gemas coadas

•• PPrreeppaarroo:: Leve o azeite paraesquentar, junte a cebola, oalho e deixe dourar. Junte aberinjela espremida e deixedourar, amarelando com 1 xíc.de leite. Deixe esfriar, junte omolho branco, misturandobem. Tempere com sal e pi-mentas. Junte o bacon picadoe frito, o cheiro cheiro verde,os queijos ralados, orégano e,por último, as claras em nevebem firmes. Reserve. Abra amassa entre 2 plásticos,coloque em forma de 30 cm

de fundo removível com oplástico, e depois tire os plás-ticos. Tire as beiradas comuma colherzinha de café,fazendo pequenas curvas.Forre as beiradas com papelalumínio. Faça uns furos nofundo com 1 garfo. Leve aoforno até amarelar, tire o papele deixe mais 2 min. Coloque orecheio frio, salpique queijo ra-lado e leve ao forno por mais20 min. Além da berinjela,pode ser feito com brócolis,espinafre, fundo de alcachofraou palmito. E trocar o baconpor carne de siri.

SSAANNDDUUIICCHHIINNHHOO DDEE BBEERRIINNJJEELLAAIInnggrreeddiieenntteess ee PPrreeppaarroo::

Corte as berinjelas em fatiasredondas não muito grossassem tirar a casca e coloquepara um cozimento muitorápido em água fervendo comsal e vinagre. Seque as fatiasem papel toalha. Pegue duasdo mesmo tamanho e recheiecom uma fatia de tomate damesma espessura temperadocom sal e azeite. Acrescentequeijo mussarela no recheio.Aperte (se quiser, coloque pali-tos de dentes cortados aomeio para firmar). Passe nafarinha de rosca, depois noovo batido com gotas de limãoe novamente na farinha derosca. Firte em óleo quente eescorra em papel toalha.

RECEITASde Odette Rocha Manfrin

Fotos: Flavia Ro

cha | 36

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Page 7: PALMITO ecológico diversifica a lavoura

Fã que sou da música de Rogério Rochlitz, jovem com-positor paulistano que já lançou três CDs imperdíveis(veja linques no final desta matéria), não exitei emabrir o flyer que chegou em minha caixa postal. Oshow, que infelizmente perdi, aconteceria num lugarchamado Jazz dos Fundos. Interessada em lugaresmusicais, pesquisei o tal bar. No bairro de Pinheiros, jábem próximo à Vila Madalena. Anotei na agenda, masnunca dava certo de ir. Até que reencontrei meu amigoLeo Spigariol. “Você precisa conhecer o Jazz dos Fun-

dos”, apressou-se em me dizer após anos sem um bombate papo. E foi lá que eu e meu amigo – e agora par-ceiro na missão de conduzir o projeto 360 – fizemosnossa primeira “reunião”. O local é mais que inusitado.Nos fundos de um estacionamento, decorado com cria-tividade a partir de objetos usados, tem um pequenopalco e, o que mais me chamou a atenção, um pequenoespaço com direito a cadeiras de teatro, para assistiraos show. Na outra lateral, o palco dá para uma áreaexterna, também pequena, onde a moçada se concen-

tra e aproveita o bem suprido bar dacasa. Para minha sorte, quem se apre-sentava é outro cara que merece ser ou-vido: Bina Couquet.

A 340 km de distância do curioso redutode jazz paulista, um outro lugar pra lá deinusitado me faz crer estar no mais inte-ressante bar da região. Ali, no Bar doCelsão – ou Cersão, como os amigos ochamam– funciona um verdadeiro

celeiro de rock and roll. Bandas da cidade e da regiãose revezam em shows que são divulgados à miúda pelatribo de roqueiros que são amigos do dono, umquituteiro de mão cheia, aliás. As festas são regadas amuita cerveja e acontecem na zona rural, a poucosquilômetros da pista que dá acesso à cidade. Depois dabreve aventura de uma estradinha de terra, um grandeholofote indica o local: cercado de plantações do pro-prietário, com direito a palco e uma mesa de sinuca,devidamente coberta nas noites musicais. A madru-gada e o céu aberto da cidade dão conta de tornar anoite ainda mais interessante e, por que não dizer?,exótica. Quem não conhece, não deve perder.

IInnffoo:: JJaazzzz ddooss FFuunnddooss:: Rua João Moura, 1076Jardim Paulista – São Paulo F: 11 3083.5975 • jazznosfundos.netBBaarr ddoo CCeellssããoo:: orkut: Bar do Celsão _ No DrugsSanta Cruz do Rio Pardo 14 9697.2224 e 9417.9231

7 | imperdível

Flávia Manfrin _ editora 360

BARES inusitadose musicais

Jazz ou rock and roll? Umquintal ou uma chácara?

São Paulo ou uma pequenacidade do interior?

Seja qual for a preferência,vale a pena conhecer bares

que são redutos de boa músicae, de quebra, mostram quecriatividade faz diferença!

Fotos: Flavia Ro

cha | 36

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Bina Couquet e convidados,música brasileiríssima damelhor qualidade

Amigos e membros de bandasdiversas participam de jam do Bar do Celsão

Bina Couquet e convidados,música brasileiríssima damelhor qualidade

Amigos e membros de bandasdiversas participam de jam do Bar do Celsão

Público cativo.Característicacomum a barescomo o Jazz dosFundos (abaixo)e o Bar do Celsão(ao lado), locaismarcantes peloestilo e pelapersonalidade

Page 8: PALMITO ecológico diversifica a lavoura

Um dos maiores questionamentos que sefaz ao setor agro diz respeito à monocul-tura. Por isso, quando nos deparamos comuma produção de palmito estabelecida demaneira ordenada, sólida e rentável numadas propriedades do sudoeste paulista,temos uma boa notícia.

Situada à beira da rodovia RaposoTavares, entre Piraju e Bernardino deCampos, a Fazenda Califórnia há 15 anosabriga diversas culturas. Além do palmito,sua principal atividade, produz cana, eu-calipto, gado de leite e de corte, cachaçaartesanal e grãos, que variam entre milho,soja, trigo e aveia. À frente do negócio estáo casal Luís Antonio Vilhena e Marta Es-teves. Eles vieram para a região há cerca

de 15 anos e juntos tocam as plantações,uma fábrica de pupunha em conserva – oSoft Palmito – e uma loja – a Cia daFazenda – à beira da rodovia, onde sepode comprar e provar pratos feitos à basede pupunha, entre outras delícias e obje-tos de decoração.

Segundo Vilhena, a plantação de pupunhaé da ordem de 700 mil pés e ocupa 20%da fazenda, num total de 130 alqueires. Orestante é dedicado às outras lavouras.“Desde que você consiga olhar, tem quediversificar para minimizar alguma que-bra de produto que dê no mercado”, in-forma o cidadão de Campinas que nuncatinha atuado no ramo até decidir cuidar dafazenda junto com a esposa Marta. Paulis-tana formada na conceituada ESALQ(USP de Piracicaba), ela se diz realizadaem trabalhar no setor, mas como todo

produtor rural, sente falta de uma políticaagrícola mais efetiva por parte dos gover-nos. “O ramo é extremamente interes-sante e tudo poderia ser fantástico. Mas ofato de ser uma das áreas menos apoiadaspelo governo, e talvez até pela sociedade,torna-se um trabalho muito difícil”, avalia.

Inovação regional – A ideia de intro-duzir o cultivo da planta que melhor subs-titui o (mau) hábito do consumo dotradicional palmito jussara, extraído damata atlântica sob risco de extinção, se-

8 | agronegócio

PALMITO pupunha é opção viável para setor agro

Em Bernardino de Campos,uma fazenda que tem opalmito pupunha como

principal atividade prova queé possível e rentável atuar

com diversidade de produçãoe novas culturas

Fotos: Ped

ro Figue

ira | 36

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O pupunha não precisa ficar altopara receber o corte. Dali vem…

… a separação por tipo e corte segundo exigências do mercado…

… e no final, o lacre, depois desalmoura e da pasteurização

Page 9: PALMITO ecológico diversifica a lavoura

gundo Luiz, partiu de Paulo Esteves, paide Marta e proprietário da fazenda ondepor décadas plantou-se café, cultura sub-stituída pelo gado depois de grandesgeadas. “Ele queria diversificar com umproduto que tivesse um valor agregadoalto. Descobrimos o palmito de pupunhaquando ainda estava começando no Es-tado de São Paulo”, conta Vilhena.

No início, a Califórnia dedicou-se à pro-dução de mudas, que continuam sendovendidas ao mercado “Depois montamos afábrica de palmito em conserva e aumen-tamos o nosso plantio”, explica Luiz. Alémda produção própria, a fábrica de conser-vas tem capacidade para absorverpupunha de terceiros. “Não faço diferen-ciação, negocio no preço de mercado, masgaranto a compra da produção para quemcomprar nossas mudas e quiser venderpara a fábrica”, afirma Vilhena.

Produto sustentável – Além do visívelsucesso do empreendimento em torno dopupunha, a Califórnia tem o mérito de tra-balhar um produto de alta contribuiçãoambiental. “Quem planta pupunha colab-ora diretamente para a preservação dopalmito jussara, porque diminui o impactode corte da planta na mata atlântica. Tam-bém o consumidor passa a contribuir

quando troca o jussara, que segundo Vil-hena tem 90% da produção feita à base doextrativismo, que opta pela sustentabili-dade do palmito pupunha. Ele tambémcompara o sistema de contratação de tra-balhadores de uma plantação de pupunhaem relação ao jussara. “Todos os fun-cionários da fábrica são registrados eseguem as leis trabalhistas. No extra-tivismo de jussara, no meio da mata, apessoa vai lá, corta, processa sem quali-dade nenhuma, paga a diária do trabal-hador.

Vantagens de mercado – Entre asvantagens do pupunha, além do caráterecológico, Vilhena destaca o tempo de cul-tivo. “O jussara é excelente, mas tem de serplantado na sombra, demora de 8 a 10anos para poder chegar ao tamanho decorte e é uma haste única: cortou, acaboua planta, tem que plantar outra muda. Já opupunha é plantado a pleno sol, dois anosjá dá o primeiro corte e a planta vai ter umcorte anual entre 15 a 18 anos”, explica,comparando a pupunha à bananeira.

Fábrica modelo – O pupunha daFazenda Califórnia, que chega ao mercadocom a marca Soft Palmito, é produzidonuma fábrica muito bem equipada, insta-lada na própria fazenda, fazendo fundos

com a loja. Padrão de referência para aVigilância Sanitária, a unidade funcionacom 20 profissionais, que executam astarefas de descascar as hastes, lavar, sepa-rar por tipos de cortes (padronizados) efazer o tratamento de conserva, que incluisalmoura e pasteurização. A maior parteda produção segue para São Paulo, mas épossível encontrar o Soft Palmito em su-permercados e lojas da região, como a Ciada Fazenda, onde costumam acontecerboas ofertas de um ou outro corte, além daopção do produto in natura.

O local tem um movimento constante emrazão da rodovia, atraindo gente de todolugar. “Gostaríamos que os moradores daregião viessem conhecer. A loja é bemmontada, tem uma cozinha diferenciada,feita com produtos frescos e de qualidade.Tudo é preparado na hora”, garante oagroempresário. Para quem está distante,receitas que o consumidor encontra na Ciada Fazenda estão disponíveis no site daempresa (www.softpalmito.com.br). Ocarro chefe é a lasanha de palmito. E a re-ceita indicada por Vilhena é de um san-duíche frio, feito com pão francês,presunto fatiado, alface com cubinhos debacon e escabeche de palmito, uma novi-dade de mercado que a empresa acaba delançar sob a marca Cia da Fazenda.

Foto: Pe

dro Figu

eira | 360

PPrraazzooss:: ••DDooiiss aannooss ppaarraa oo pprriimmeeiirroo ccoorrttee •• PPrroodduuççããoo aannuuaall sseemm rreeppllaannttiioo eennttrree 1155 aa 1188 aannoossCCuussttoo ddaa mmuuddaa:: RR$$11,,0000 aa 11,,9900 ((vvaarriiaa sseegguunnddoo aa qquuaannttiiddaaddee))VVaalloorr ddee vveennddaa:: EEmm mmééddiiaa RR$$11,,9900 ppoorr hhaasstteeUUssoo ddee ddeeffeennssiivvooss:: NNíívveell bbaaiixxoo.. OOccoorrrree mmaaiiss nnaa pprroodduuççããoo ddee mmuuddaass..NNoo ccaammppoo,, hháá ooppççããoo ddee uussoo ddee gglliiffoossaattoo.. AA llaavvoouurraa éé nnuuttrrttddaa ccoomm aadduubboo oorrggâânniiccoo oouu ffoorrmmuullaaddoo..MMããoo--ddee--oobbrraa:: ccaaddaa 55 aa 66 hheeccttaarreess rreeqquueerr 11 ppeessssooaa ppaarraa ccuuiiddaarr ee 33ppeessssooaass dduurraannttee oo ccoorrttee

EEssttiimmaattiivvaass ((ppoorr hheeccttaarree)):: •• Plantação: 55 mmiill mmuuddaass •• Investimento: RR$$2200 aa RR$$2255 mmiill ((iirrrriiggaaççããoo ++ mmuuddaass ++ mmããoo ddee oobbrraa))•• GGaannhhoo:: cceerrccaa ddee RR$$99 mmiill//aannoo •• CCuussttoo:: RR$$44 mmiill//aannoo•• LLuuccrroo llííqquuiiddoo:: RR$$55 mmiill//aannooFFoonnttee:: FFaazzeennddaa CCaalliiffóórrnniiaa •• wwwwww..ccaalliiffoorrnniiaaaaggrrooppeeccuuáárriiaa..ccoomm..bbrr FF:: 1144 33334466..11117755

LLuuiizz SSooaarreess AAgguuiirrrree,, ddaa CChháá--ccaarraa TTaammaanndduuáá,, eemm TTeejjuuppáá::PPllaannttaa hháá cceerrccaa ddee 66 aannooss,,mmoovviiddoo ppeellaa iiddeeiiaa ddoo ppaallmmiittooeeccoollóóggiiccoo.. CCoommeeççoouu aa bbaannccaarrppaarraa ccoobbrriirr ccuussttooss ddaa cchhááccaarraaddee llaazzeerr.. PPllaannttaaççããoo ddee 22hheeccttaarreess.. ““NNããoo éé mmiinnhhaa pprriinnccii--ppaall aattiivviiddaaddee,, eennttããoo nnããoo tteennhhooffooccoo nneessttee rraammoo.. MMiinnhhaa pprroo--dduuççããoo éé ppeeqquueennaa,, nnããoo ccoo--nnhheeççoo aa llooggííssttiiccaa ddoo mmeerrccaaddooee ooss ccuussttooss ddee iirrrriiggaaççããoo ee ddeemmaannuutteennççããoo mmee ffaazzeemm ccoonnssii--ddeerraarr aa mmuuddaarr ddee aattiivviiddaaddee..

CCllóóvviiss MMaarrcceelloo ddee SSáá ee BBeennee--vviiddeess,, ddaa FFaazzeennddaa SSããoo MMaannooeell,,eemm CChhaavvaanntteess:: PPllaannttaa hháá cceerrccaaddee 88 aannooss,, mmoovviiddoo ppoorr rree--ppoorrttaaggeennss qquuee vviiuu nnoo GGlloobbooRRuurraall ee ppoorr sseerr uummaa ppllaannttaannoobbrree,, ccoomm mmeerrccaaddoo nnoo BBrraassiillee eexxtteerriioorr.. PPllaannttaaççããoo ddee 55aallqquueeiirreess ((1122,,55 hheeccttaarreess)).. ““ÉÉuummaa bbooaa aattiivviiddaaddee,, ddeeppooiiss qquueeddeesseennvvoollvvee tteemm uumm ttrraattoo ccuull--ttuurraall ppeeqquueennoo.. CCoommoo eemm ttuuddoo,,aa pprroodduuççããoo eemm eessccaallaa éé qquueeddeetteerrmmiinnaa oo ggaannhhoo.. UUmmaa vveezzssuusstteennttaaddaa aa llaavvoouurraa,, ccoommootteemm aa vvaannttaaggeemm ddee sseerrppeerreennee,, vvaallee aa ppeennaa.. SSeenntteeffaallttaa ddee mmeellhhoorreess pprreeççooss ppaarraavveennddaa ddoo pprroodduuttoo àà iinnddúússttrriiaa..

cultivo de PUPUNHA

Opiniãodo produtor

o casal Luiz e Marta: lavouras,fábrica e venda de produtos

a Cia da Fazenda, à beira darodovia Raposo Tavares

Foto: Flav

ia Roc

ha | 360

Page 10: PALMITO ecológico diversifica a lavoura

Símbolo universal da paz, atração turís-ticas de grandes átrios e praças emmuitas partes do globo, iguaria elogiadade diversas escolas culinárias, estampade marcas de uma infinidade de produ-tos. Não importa. Os pombos são avesnocivas à saúde humana e sua prolife-ração torna-se incontrolável, quer pelacapacidade de reprodução, quer pelaausência de predadores naturais, já quenão são nativos do continente ameri-cano. Para completar, os bichinhos dó-ceis que não se abalam em chegarmuito, mas muito perto das pessoas, es-pecialmente em restaurantes e bares aoar livre, são uma ameaça ao meio ambi-ente, incluindo-se neste caso, opatrimônio arquitônico das cidades, es-pecialmente em razão do carátercorrosivo de suas fezes. E acimade tudo isso, a lei brasileira (nº9605/98 (artigo 29 - parágrafo30 ) determina que “qualqueração de controle que provoque amorte, danos físicos, maustratos e apreensão, é passívelde pena de reclusão inafi-ançável de até 5 anos”. Comolidar com uma situaçãodessas?

É com esse cenário que Pirajutem tratado de buscar alter-nativas para, se não er-radicar, ao menos controlar aproliferação dessas aves nacidade, algo que está se tor-nando bastante comum emmuitos municípios do inte-

rior, onde há pouco tempo só haviarolinhas, um tipo de pomba silvestre,que não representa perigo às pessoas.Segundo Samanta Garbelotti, médicaveterinária do Centro de Controle deZoonoses (CCZ) de Piraju, sem saber, aprópria população ajuda a proliferaçãoquando oferece grãos e pedaços de pãoàs aves. Outro fator que ajuda são latasde lixo abertas, um convite tentadorpara os pombos acharem restos de co-mida. Samanta explica alguns procedi-mentos simples que podem ser feitospara contê-los. “A maneira mais corretaé a barreira física. Coisas simples comoa utilização de arames farpados e telasem lugares altos, fechar os forros da casapara que não tenham onde se esconder,

colocar linhas de nylon nos beiraisda janela impedindo sua entrada,evitam o pouso dos animais e aformação de ninhos”, ensina.

Segundo a profissional, além dasbarreiras físicas também bar-reiras químicas são autori-zadas, como gel repelente. Háaté anticoncepcionais paraevitar a proliferação. Algoainda não muito usado noBrasil e contestado pela So-ciedade Protetora dos Ani-mais. A veterinária informaque o CCZ de Piraju mantémuma equipe pronta para aten-der a população que tiver dúvi-das sobre como lidar com essasaves. “Os profissionais atuamdo mesmo modo que a equipe

da dengue: um agente faz visitação nascasas explicando como conter as aves”.Ela acrescenta que na cidade, o moradorque quiser orientação sobre o assuntopode entregar na prefeitura uma recla-mação por escrito informando nome,endereço, telefone e a queixa. “Os casosnos serão encaminhados e averiguados”.Para completar o trabalho de profilaxia

de doenças causadas pelos pombos, oCCZ de Piraju tem divulgado esse tra-balho e ensinado à população a lidarcom as aves. “As fezes dos pombosnunca devem ser varridas. É necessárioumedecer antes da remoção e usar más-caras tanto para limpeza em locaisfechados como em locais abertos”,destaca Samanta.

Alvinho ficou preocupado. Estápara ser aprovada uma lei emCampinas: “O dono que nãolimpar o cocô de seu cachorropagará uma multa altíssima”.Lembrou-se de sua avó: “O médico que cuida da minhacoluna me pediu para eu andarolhando para o horizonte. Se eufizer isso vou ficar pisando nos

cocôs de cachorro que ficam nas calçadas”.Alvinho ficou imaginando os sapatos desua avó cheios de cocô de cachorro, fezuma careta horrível e olhou para mim.Rolei de barriga para cima, mostrei min-has 4 patas, dei um pulo e lati 4 vezes.Acho que Alvinho entendeu: “quem é quevai limpar o meu cocô?”

PINGO

O que é o que é...rreeddoonnddaa ccoommoo oo SSooll,,tteemm mmaaiiss

rraaiiooss ddoo qquuee uummaa ttrroovvooaaddaaee aannddaa sseemmpprree aaooss ppaarreess?

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meu cocô?

10 I meninadaarte:Sab

atoViscon

ti|36

0

erramos:eram 8 erros,e não 7 na ed.49. Faltou o tijolo no muro

VVooccêê eennccoonnttrraa eemm SSttaa.. CCrruuzz,, OOuurriinnhhooss,, IIppaauussssuu,,

CChhaavvaanntteess,, CCaanniittaarr,,BBeerrnnaarrddiinnoo ddee CCaammppooss ee EEssppíírriittoo SSaannttoo ddoo TTuurrvvoo

Sabor diretoda fazenda. Experimente!

a z o r a l i t s o p am l e r m q u m e a m nr e m a t o g u i a u te i r a m c h t e f o ss s u r n e m a v e m el m m d m a t s i v e ro e b m o m q u b e m ir f a n i z m u e m m bv u n h e j o i e k ç ii m e p ç o r m l i v gl i m u m r m a t r o gf a n z i n e r p e s as e t m s a m k w l m pa m g o r l m o n u a i

Encontre 8 tipos de publicação impressa: almanaque, apostila, fanzine,

guia, gibi, jornal, livro, revista

RESPOSTA

O que é_ roda da bicicleta. e planta

Page 11: PALMITO ecológico diversifica a lavoura

Símbolo universal da paz, atração turís-ticas de grandes átrios e praças emmuitas partes do globo, iguaria elogiadade diversas escolas culinárias, estampade marcas de uma infinidade de produ-tos. Não importa. Os pombos são avesnocivas à saúde humana e sua prolife-ração torna-se incontrolável, quer pelacapacidade de reprodução, quer pelaausência de predadores naturais, já quenão são nativos do continente ameri-cano. Para completar, os bichinhos dó-ceis que não se abalam em chegarmuito, mas muito perto das pessoas, es-pecialmente em restaurantes e bares aoar livre, são uma ameaça ao meio ambi-ente, incluindo-se neste caso, opatrimônio arquitônico das cidades, es-pecialmente em razão do carátercorrosivo de suas fezes. E acimade tudo isso, a lei brasileira (nº9605/98 (artigo 29 - parágrafo30 ) determina que “qualqueração de controle que provoque amorte, danos físicos, maustratos e apreensão, é passívelde pena de reclusão inafi-ançável de até 5 anos”. Comolidar com uma situaçãodessas?

É com esse cenário que Pirajutem tratado de buscar alter-nativas para, se não er-radicar, ao menos controlar aproliferação dessas aves nacidade, algo que está se tor-nando bastante comum emmuitos municípios do inte-

rior, onde há pouco tempo só haviarolinhas, um tipo de pomba silvestre,que não representa perigo às pessoas.Segundo Samanta Garbelotti, médicaveterinária do Centro de Controle deZoonoses (CCZ) de Piraju, sem saber, aprópria população ajuda a proliferaçãoquando oferece grãos e pedaços de pãoàs aves. Outro fator que ajuda são latasde lixo abertas, um convite tentadorpara os pombos acharem restos de co-mida. Samanta explica alguns procedi-mentos simples que podem ser feitospara contê-los. “A maneira mais corretaé a barreira física. Coisas simples comoa utilização de arames farpados e telasem lugares altos, fechar os forros da casapara que não tenham onde se esconder,

colocar linhas de nylon nos beiraisda janela impedindo sua entrada,evitam o pouso dos animais e aformação de ninhos”, ensina.

Segundo a profissional, além dasbarreiras físicas também bar-reiras químicas são autori-zadas, como gel repelente. Háaté anticoncepcionais paraevitar a proliferação. Algoainda não muito usado noBrasil e contestado pela So-ciedade Protetora dos Ani-mais. A veterinária informaque o CCZ de Piraju mantémuma equipe pronta para aten-der a população que tiver dúvi-das sobre como lidar com essasaves. “Os profissionais atuamdo mesmo modo que a equipe

da dengue: um agente faz visitação nascasas explicando como conter as aves”.Ela acrescenta que na cidade, o moradorque quiser orientação sobre o assuntopode entregar na prefeitura uma recla-mação por escrito informando nome,endereço, telefone e a queixa. “Os casosnos serão encaminhados e averiguados”.Para completar o trabalho de profilaxia

de doenças causadas pelos pombos, oCCZ de Piraju tem divulgado esse tra-balho e ensinado à população a lidarcom as aves. “As fezes dos pombosnunca devem ser varridas. É necessárioumedecer antes da remoção e usar más-caras tanto para limpeza em locaisfechados como em locais abertos”,destaca Samanta.

11 | bem viver

…… ttrraannssmmiitteemm mmaaiiss ddee 5577 ddooeennççaass ccaattaallooggaaddaass??…… aappaarreecceemm eemm mmaaiiss ddee 330000 eessppéécciieess eemm ttooddoo oo ppllaanneettaa??…… qquuee vviivveemm nnaass áárreeaass uurrbbaannaass ssããoo ddaa eessppéécciiee CCoolluummbbiiaa LLíívviiaa,, oorriiggiinnáárriiaa ddaa EEuurrooppaa??…… ffoorraamm ttrraazziiddooss ppaarraa oo BBrraassiill eemm mmeeaaddooss ddoossééccuulloo XXVVII??…… ssããoo uussaaddooss ppaarraa eennvviiaarr ccoorrrreessppoonnddêênncciiaass ee sseeuuss vvooooss ppooddeemm aattiinnggiirr aattéé 8800 kkmm//hh?? …… ssããoo aanniimmaaiiss ssiillvveessttrreess qquuee vviivveemm aattéé 1155 aannooss eemm sseeuu hhaabbiittaatt ee aappeennaass 55 aannooss nnaass cciiddaaddeess??…… ffoorraamm ooss pprriimmeeiirrooss aanniimmaaiiss ddoommeessttiiccaaddooss ee,,ppoorr iissssoo,, ssããoo ppaattrriimmôônniioo ccuullttuurraall ddaa hhuummaanniiddaaddee??

Você sabia queos POMBOSORA, pombas

Aves trazidas da Europana época da nossa

colonização, os pombos,que se tornaram típicosdas grandes cidades,têm migrado cada vezmais para o interior

SSaabboorr ddiirreettooddaa ffaazzeennddaa.. EExxppeerriimmeennttee!!

NNoovvoo IIoogguurrttee FFaazzeennddaa BBootteellhhoo..

reportagem:Eric Gonzaga

edição: Flávia Manfrin

© Lucilleb | Dreamstime.com

Page 12: PALMITO ecológico diversifica a lavoura

CASAC

LAS

SIF

ICA

DOS Anuncie Aqui. Até 12 palavras éé GGRRÁÁTTIISS..14 [email protected]

DIÁriO da CORtepor Marcelo Ruis Vargas

Page 13: PALMITO ecológico diversifica a lavoura

BARES E RESTAURANTES

MODA, SAÚDE & BELEZA

Page 14: PALMITO ecológico diversifica a lavoura

Antes de viajar, ouvi de diversas pessoas osvelhos conselhos de sempre, mas desta vez,com uma preocupação a mais... "Cuidado, naEuropa as pessoas tem a cabeça muitoaberta!" ou "Não vai na onda dos outros,porque lá eles são liberais demais!". E,assim, vim pra cá, com os dois pés atrás...Mas isso não durou muito tempo.Sim, o europeu tem a cabeça aberta e sim,aqui as coisas são muito diferentes.Começando pela educação. Com licença,desculpe, por favor e obrigado são força dohábito. Depois vem a sede por cultura.Teatros, cinemas, shows e livrarias vivemlotados e lucram muito. Passemos àquestão do preconceito. Homossexuais eoutras tantas minorias têm o direito de ir evir e por lei não podem ser discriminados(aqui isso realmente funciona). Adiante,temos várias divergências na questão dasdrogas, do sexo seguro, do relacionamentoentre pais e filhos e da religião. Com tantasetnias convivendo em um só lugar e tanta in-formação convergindo, a mentalidade e osenso geral evoluiram, amadureceram. Aspessoas se tornaram abertas. Discutir é umhábito saudável. Fortalece as boas ideias. Eprecisa ser exportado urgentemente, em largaescala, para nosso pais.Muita coisa mudou em minha amada terranatal, mas ainda assim, temos exemplos depessoas carregadas de receios e precon-ceitos. Elas ainda acham que a velha “moral”brasileira deve reger nossa postura. De quevale sabermos que temos que tentar me-lhorar o mundo, quando cruzamos a rua aovermos um mendigo? Partir da RECLA-

MAÇÃO para a AÇÃO é um grande desafiopara todos, principalmente para nós, ainda-em-desenvolvimento. Seríamos como o europeu, não fosse ainexplicável falta de incentivo público. Aomenos ainda existem as boas almas quelutam pela divulgação da cultura de quali-dade e pelo respeito a pluralidade (e temosinúmeros casos em nossa pacata região dosudoeste paulista).Viva a diversidade. Viva o piercing e a tatu-agem. Viva sair na rua de moicano e ninguémrir da sua cara. Viva dançar do jeito que vocêquer e ninguém te zombar. Viva as roupascoloridas, viva o underground, viva a culturade gueto, viva ter seu próprio estilo. Viva servocê mesmo em um mundo onde todos res-peitam as diferenças (se não respeitam, aomenos, TOLERAM). VIVA. Deixe de lado osPRÉ-CONCEITOS. Eles todos mudamquando você passa a entender que a vida vaialém do que você imagina ser certo. PLU-ralidade. PLUricultural. Ser mais que singu-lar é uma boa meta para meu regresso eminha década de 10.

Próxima parada do Conexão 360: PARIS!

A pedido da esposa, dos amigos e do cardiolo-gista, Zé Carlos cancelou a assinatura da revistaVeja e do jornal A Folha. As notícias de dinheirona cueca, na meia, corrupção pra cá, corrupçãopra lá dos representantes do povo que coman-dam nossas cidades, estados e o país deixavam-no com os nervos à flor da pele, a circulação àflor da pele, o suor frio na flor da pele.

Maurino chegou de Londres e me trouxe um jor-nal de lá que eu li com o riso crescendo a cadanotícia: “Os vizinhos reclamaram do barulho, fi-zeram um B.O. e o juiz decretou: casal éproibido de fazer sexo à noite”. Havia uma fotode um daqueles ônibus vermelhos de 2 andares

tombado com uma placa:”fora de uso”. A mu-lher denunciou o médico ginecologista: “duranteo exame tive 2 orgasmos seguidos”. Havia umacampanha para mudar a imagem do Papai Noel:“gordo, barrigudo e as bochechas coradas nãoé uma imagem de saúde e sim a de um comilãoe beberrão”. Havia também notícia sobre as máscondições de alguns hospitais de lá causando amorte de algumas pessoas. “Fleuma britânica” éa imagem que me vem à mente quando se falanessas pessoas empertigadas em seus ternos im-pecáveis falando aquele inglês pomposo comose tivessem uma batata quente na boca. Ossúditos da rainha são um povo muito engraçado.Imagino que ler jornal, para eles, é uma diversão.

Fico com a impressão que eles escrevem a notí-cia como se estivessem fazendo fofoca. Talvez oZé Carlos deva assinar um jornal londrino. Talvezseja mais fácil rir das presepadas dos outros doque das nossas. Ainda bem que temos o 360°,um jornal gostoso de ler, mesmo sem as notí-cias fofocas no estilo londrino.

*Médico santa-cruzense que vive em Campinas | [email protected]

14 |papo cabeça

Houve uma época em quecertos fãs de música rezavamos ensinamentos dos RollingStones, outros professavamBeatles, alguns seguiam ospreceitos ledzeppelianos, haviaos seguidores do Kiss e poraí vai. Verdadeiras entidadescuja intensidade de devoção écada vez mais rara de se con-statar no mundo pop.

Não falo aqui de febres ado-lescentes, que sabem até oque seus ídolos comeram nocafé da manhã, e em poucosanos tratam aquilo tudo comouma vexatória lembrança deum passado histérico. Falosobre aqueles ícones quetranscendem gerações, cap-tando e ao mesmo temporepresentando um retrato fielde seu tempo.

Certamente você conhece umfanático que tem todos osdiscos da extensa discografiada banda preferida dele, e seregozija do quanto foi difícilobter ou do quanto é raro evalioso certo souvenir dacoleção.

A era das bandas-religião aca-bou com um tiro certeiro,dado por Kurt Cobain em sua

própria cabeça, no início deabril de 94. Sim, o Nirvana foio derradeiro representantedessa espécie em extinção.Caberia até a citação do can-to do cisne, o Radiohead. Po-rém, temos aqui, injustamente,um fenômeno muito mais decrítica do que de populari-dade. Discorda? Saia pergun-tando por aí quem osconhece.

Se antes conhecíamos as ban-das por meio dos bons e ve-lhos LPs (e depois os jáagonizantes CDs), compartilhá-vamos em grupo o prazer deouvi-los e gravávamos aquelascoletâneas em fita cassete, apopularização da internet nospossibilitou ouvir tantas músi-cas quanto fosse possível nashoje parcas e sufocantes ape-nas 24 horas do dia.

Nossos novos heróis são tan-tos e tão passageiros que namaioria das vezes não sabe-mos sequer seus nomes, nãodecoramos as letras de suasmúsicas e não nos es-forçamos muito pra irmos aosshows. Apenas mais um re-flexo da correria nestachamada era da informação.

André narra sua 1ª experiência de estudos no exterior. Ele viaja através da CI (Central de Intercâmbio) e daFacamp (Faculdade de Campinas), realizadora da Olimpíada de Atualidades, da qual foi o primeiro colocado.

*Vocalista da banda Landau69 que há anos tenta conciliar o víciopela música, cinema e literatura com os estudos jurídicos

CONEXÃO360* André A. Santos

O prazer e o horrorde ler jornal*José Mário Rocha de Andrade

A internete o fim dabanda-religião * Tiago Cachoni

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Foto: álbu

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André posade RobinHood em

Nottingham,terra doherói:

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16 | cultura_agenda

Leitor de jornal que se preze sempre para pra conferiras tirinhas, essas historinhas curtas, que, aliás,começamos a publicar na última edição, com a pre-sença da Turma da Corte, criação de Ruis, que topoupublicar voluntariamente suas criações pautadas nohumor. A grande ironia foi ler a notícia da morte doGlauco logo no dia da estreia do Bobo, personagemimportante da Corte, quando a edição 49 do 360chegava da gráfica.

Aprendi ler jornal bem cedo. E, claro, foram as tiri-nhas que primeiro encantaram aquela mirradaleitora, que adorava partilhar leituras com o pai, leitor

de do jornal inteiro que adorava gibis, os quais lia emvoz alta, numa santa paciência paterna. O humor dastirinhas também tinham um respaldo nas deliciosasnarrativas que aquele paizão me contava, que traziamna maioria das vezes a traquinagem, com direito a al-guma escatologia, de um personagem inesquecível douniverso caipira, chamado Pedro Malasartes.

Das cenas paternas, à juventude indo atrás dos pri-mos mais intelictualizados e leitores de jornal, acon-teceu a minha predileção pela Folha de S. Paulo e porgrandes cartunistas. Que certamente chegaram aosleitores do Estadão, do Globo.... afinal, quem lê jornalnão dispensa uma tira quando por acaso outro perió-dico lhe chega às mãos.

A solidão que mergulhei ao ler a triste notícia numapequena cidade do interior de São Paulo, já que meuspares daqui e dali não o conheciam (da qual fui res-gatada por minha grande amiga Toco, que me propôsum brinde a ele com um velho Jack a exalar seuaroma), me faz concluir esse texto com apenas umafrase: Se você não conheceu os personagens ehistórias do Glauco, vá atrás. É algo imperdível.

EExxppoossiiççããoo ccoolleettiivvaa ““FFAALLAA,, PPAANNGGAA!!”” Obras de 28 artistas em homenagem a GlaucoPIZZA do BABOO – R. Joaquim Antunes, 824Pinheiros -São Paulo • F: 11 3064-8282/9065(3ª a domingo • 18h às 23h30) *aattéé 3300//55//22001100

QUEM lê jornalsentiu na pele

Toda a l inha Special Dog conquistou qualidade Premium na avaliação da ANFALPET, a Associação Na-

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Para conquistar este selo, a Special Dog passou por diversas avaliações externas em sua fábrica, com análise

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