12
  O cantinho dos mais pequenos P20  Nº4 Dezembro ‘10 1 Ctx Padre Mónica na primeira pessoa Lar de São João Reportagem no interior deste lar pertencente à Misericórdia do Cartaxo e que presta apoio desde o ano de 1977. P07 P12  José Raposo convida... e o Cartaxinho aceitou o convite P14 Magusto na Escola do Sul Alunos da EB1 n.º3 festejam o dia de São Martinho P05  Juv entu des Par tid ári as Entrevistas com Vasco Mi- guel Casimiro, coordena- dor da Juventude Socialis- ta do Cartaxo, e Gonçalo Gaspar, presidente da Ju-  ventude Social Democrata do Cartaxo. P08 Escola de Música do Cartaxo Entrevista com o professor  José Luís, diretor da Escola de Música do Cartaxo. P11  Já não se usa Repórteres do Cartaxinho numa viagem pelas  profssões mais antigas do Cartaxo. P12 Atletismo Desportistas do Cartaxo em destaque. P15

O Cartaxinho - Número 4

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Quarto número do jornal escolar do Agrupamento Marcelino Mesquita do Cartaxo.

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5/11/2018 O Cartaxinho - N mero 4 - slidepdf.com

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O cantinho dos mais pequenos P20

Nº4 Dezembro ‘10 1 Ctx

Padre Mónica na primeira pessoa

Lar de São João

Reportagem no interiordeste lar pertencente àMisericórdia do Cartaxoe que presta apoio desde oano de 1977.

P07

P12

 José Raposo convida...

e o Cartaxinho aceitou o convite  P14 Magusto na Escola doSul

Alunos da EB1 n.º3estejam o dia de SãoMartinho

P05

 Juventudes Partidárias

Entrevistas com Vasco Mi-guel Casimiro, coordena-dor da Juventude Socialis-ta do Cartaxo, e GonçaloGaspar, presidente da Ju-

  ventude Social Democratado Cartaxo.

P08

Escola de Música do

Cartaxo

Entrevista com o proessor José Luís, diretor da Escolade Música do Cartaxo.

P11

 Já não se usa

Repórteres do Cartaxinho

numa viagem pelas

 profssões mais antigas do

Cartaxo.P12

Atletismo

Desportistas

do Cartaxo

em

destaque.

P15

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o nosso agrupamento02 o nosso agrupamento 03

Queridos amigos

A primeira edição de “O Cartaxi-nho”, neste ano letivo, coincidirá como nal do primeiro período. Em 2010-2011 iniciámos um novo ciclo na vidadeste Agrupamento. Depois de seisanos de crescimento e de maturaçãoem que ano após ano melhorámos

resultados, aumentámos a oerta edu-cativa, ortalecemos o plano anual deatividades e empenhámo-nos na me-lhoria do parque escolar, eis chegadaa hora da consolidação e do piscar deolho ao uturo. O querer e a ambiçãotêm-nos assentado que nem uma luva.

  Já não basta sermos bons queremosser melhores. No ranking do ensinobásico - exames do 9º ano, LínguaPortuguesa e Matemática - passámosa gurar no primeiro terço a nível na-cional. É obra!Amigos, o Agrupamento Marcelino

Mesquita, antecipou-se e tornámo-nos pioneiros ao incluir já este ano le-tivo o novo acordo ortográco.

Este é um paradigma do que é oAgrupamento Marcelino Mesquita.Somos locomotivas, não somos car-ruagens! Assim, gostaria que este anoosse também um ano de boas leituras.

 Temos Centros de Recursos renova-dos, temos novos livros e temos “OCartaxinho”.Aos colaboradores e aos leitores de

“O Cartaxinho”, votos de sábias leitu-ras, de imaginação nos limites e quesejam detentores de uma certeza : oAgrupamento Marcelino Mesquita éa soma dos nossos sonhos, dos nossosesorços. Cabe a cada um de nós con-tribuir com o seu sonho.

O DiretorDr. Jorge Tavares

EditorialProfessor Jorge Tavares,

Diretor do Agrupamento

Marcelino Mesquita

Olá malta, o “Eletrão” está de volta!Pois é, mais um ano, mais um desao!No passado ano letivo, aderimos ao

projeto Escola Eletrão. Estão recorda-dos do valor da recolha de Resíduose Equipamentos Elétricos e Eletróni-cos (REEE) que conseguimos? Quase3000kg! Foram 2935kg. Vamos tripli-car?

Sabem como é? 3 x 3000kg . Ora istodá … à volta de 10000kg, aproxima-

damente. Já imaginaram como o nosso conce-lho caria mais limpo?Com a tua ajuda, vamos conseguir!Pede aos teus pais, avós, padrinhos,

outros amiliares, aos vizinhos e atéconhecidos, todos os REEE avariados.Vamos trazer para a E. B. 2,3 – José

  Tagarro até ao dia 2 de Março de2011:• Brinquedos• Consolas• Berbequins• Ferros de engomar• Frigorícos• Aquecedores• Máquinas (elétricas e eletróni-

cas) de tudo e mais alguma coisa

Não te esqueças: são 3 X 3000kg!

Esta é a nossa meta!

O ambiente agradece.

  •  Ana Cristina Martins e Joaquim de Sousa

Ficha TécnicaCoordenação:Pro. Isabel Morango

Pro. Jorge Garradas

Conceção Gráfca:Pro. Jorge Garradas

Proessores Colaboradores:

Alcínia Figueiredo

Ana Cristina Martins

Ermelinda Nogueira

 Joaquim de Sousa

 Jorge Tavares

Maria João Marques

Mariana Cesário

Impressão:Novagráca do Cartaxo, Lda.

Estrada Nacional 3, km 25,750 -Apart. 131

2071-909 Cartaxo

 Tiragem:500 exemplares

Propriedade:EB 2, 3 José Tagarro

Rua Marcelino Mesquita

2070-102 Cartaxo

 Teleone: 243700310

Uma pequena mas grande novidade.Assim que entrámos em novembro,

os alunos da escola E.B.1 nº1 do Car-taxo oram desaados a descobrir oque é a U.E.E. Agora, chegou a vez dedar a conhecer a toda a comunidadeescolar e do Cartaxo, o que é a U.E.E.Este ano letivo oi criada uma novaresposta educativa na escola acimacitada pertencente ao Agrupamento

Marcelino Mesquita: uma sala de edu-cação especial que se rege pe lo modelo TEACCH (A Treatment and Educa-tion o Autistic and ComunicationHandicapped Children), criada peloProessor Eric Shopler na Universi-dade da Carolina do Norte. Um dosaspetos pedagógicos mais importantesdeste modelo é o ensino estrutura-do. A sua losoa tem como objetivoajudar a criança a crescer da melhororma possível de modo a potenciara autonomia na sua vida. Esta saladestina-se a crianças com Perturba-ções do Espetro do Autismo (P.E.A).Este tipo de contexto educativo tem o

Unidade de Ensino EstruturadoUma pequena grande novidade

  •  Alunos e Professores da U.E.E.

nome de Unidade de Ensino Estrutu-rado (U.E.E).Ser uma criança com perturbação do

espetro do autismo é, acima de tudo,uma orma de ver e de compreendero Mundo.Segundo Algel Reviere:“Não sou só autista, sou uma criança,

um adolescente ou um adulto. Parti-lho das mesmas coisas que as crianças,adolescentes ou adultos a quem cha-

mais de normais. Gosto de brincar, deme divertir, gosto dos meus pais e daspessoas próximas, sinto-me satiseitoquando aça as coisas bem. É maisaquilo que partilhamos do que o quenos separa”.

Por hoje é tudo, mas prometemostrazer mais pequenas novidades aolongo do ano sobre nós, a U.E.E!

Feira de

Minerais eFósseisDe 9 a 16 de

Dezembro

HORÁRIO:Segunda, Terça, Quinta e Sexta:9h/17hQuarta:9h/12:30h

LOCAL:Sala de Ping-Pong da EB 2, 3

 José Tagarro  Faça aqui as suas compras de Natal! 

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o nosso agrupamento04 o nosso agrupamento o nosso agrupamento 07o nosso agrupamento 0504

No dia 23 de setembro, os alunos dos7º, 8º, e 9º anos da Escola Básica José

 Tagarro, oram assistir a um teatro de-bate, realizado pela Associação USI-NA, no Centro Cultural do Cartaxo.

Esta associação pretende promoverprojetos de intervenção social.

O teatro debate consiste na repre-sentação de cenas (situações) queprovocam discussões acerca de as-suntos que azem dierir as opini-

ões do público."Estamos muito orgulhosos dos alu-

nos", disseram todos os proessores

que acompanharam as suas turmasao CCC. Todos os docentes acharamque o comportamento dos alunos oiimpecável, sem exceções, e que todosrespeitaram o trabalho dos atores.Na 1ª parte do teatro, oram-nos

apresentadas várias situações sobre asexualidade e relações interpessoais,para na 2ª parte do espetáculo seremdiscutidas por nós, alunos. Foi o dito'debate'. Vários colegas tiveram opor-tunidade de subir ao palco para "vestira pele" de uma das personagens, corri-gindo as ações que estavam erradas nasua opinião.No geral todos os alunos gosta-

ram, e não houve opiniões negativas.

•  Ana Casimiro e Vera Camacho

Nem muito simplesNem demasiado complicado

No dia 3de Novem-bro, a nos-sa turma emais algu-mas de 4ºano, oram a Constância  visitar o Centrode Ciência Viva eo Jardim Horto deLuís de Camões.No Centro esti-

 vemos num Plane-tário, onde vimosuma simulação docéu com todos osastros, a Esera

Celeste, os tró-picos, o Equa-dor e outrascoisas mais.Vimos onde

se situava aUrsa Maior,a UrsaMenor e a

Estrela Polar.Observámos

umas casascom binóculos ecom telescópio eandámos nos car-rosséis de Júpiter ede SaturnoLanchámos

num jardimmuito bonito

  junto ao Rio

Zêzere e de-pois omosao horto deLuís de Ca-mões, onde

  vimos mui-tas espéciesde plantas,quase to-das vindasdas terrasonde osportuguesesestiveram durante as Descobertas.Cada planta tinha uma placa que nos

dava a conhecer o seu nome cientí-co e um verso de Camões onde alava

dela.Gostá-

mos

mui-t odesta

 visitade es-t u d o ,p o r -q u e

  v i m o sc o i s a santás-ticas!

 4ºE

E.B.1 nº1 do Cartaxo

Um dia em ConstânciaVisita de estudo dos alunos do 4.º ano da

EB1 nº1 do Cartaxo

A 11 de Novembro, os alunos da escola nº 3 do Cartaxo, mais conheci-da por Escola do Sul, realizaram um Magusto para a celebração de maisum dia de S. Martinho.Os alunos de todas as turmas escreveram, em conjunto, um texto a alar

da atividade e deixaram-nos também algumas otograas:

" Dia de S. Martinho

No dia 11 de Novembrohouve um magusto nanossa escola.  Todos nós trouxemoscastanhas e caruma.Pela primeira vez, os

alunos do 1º ano esteja-ram o magusto na escola.Os alunos do 4º ano

ajudaram a preparar a o-gueira junto à escola.Le-

 varam os sacos da caruma,

espalharam uma parte nochão para azer a “cama” para as castanhas, colocaram-nas por cima dacaruma e taparam-nas. Por m deitou-se ogo à ogueira.Enquanto as castanhas assavam e crepitavam no lume da ogueira, o-

mos todos para a Sala Almeida Garret.Cada turma apresentou uma atividade dierente acerca do dia que es-

tejávamos.Houve um pouco de tudo: um teatro da Lenda de S. Martinho, uma

representação da História da Maria Castanha, várias canções e poemas.Ao sairmos da sala Almeida Garret, sentimos no ar um cheirinho a

castanhas assadas.Fomos todos, alunos, proessoras e auxiliares, saborear as castanhas, que

estavam uma delícia!Este dia oi muito divertido e bastante a legre, cumpriu-se a lenda, ez 

sol e bom tempo, oi um sinal do Verão de S. Martinho.”

Magusto na Escola do SulAlunos da EB1 n.º3 festejam o dia de S. Martinho

  •  4.ºE da EB1 n.º1 do Cartaxo

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o nosso agrupamento06 o nosso agrupamento 07o nosso concelho 07

Uma visita à EB1/JI de ValadaUma escola que é como uma grande família

O Cartaxinho quer divulgar todasas atividades que se vão desenrolandonas escolas que constituem o nossoagrupamento, por isso omos visitar aescola do 1º ciclo de Valada e conver-sámos com a coordenadora, a proes-sora Rosário, que nos conessou que

apesar da responsabilidade que temcomo coordenadora, o ato desta es-cola ter poucos alunos e proessorestorna todo o seu trabalho um poucomais ligeiro.Os 14 meninos do 1º e 4º ano re-

quentam a escola no turno da manhãe a turma da tarde é constituída por18 meninos que se repartem entre o2º e o 3º ano. Há ainda uma turma do

 jardim de inância constituída por 14meninos com idades compreendidasentre os 3 e os 5 anos.Os alunos desta escola têm algumas

atividades extra curriculares tais comoatividade ísica, música, expressãoplástica e apoio ao estudo no ATL de

•  Márcia Ferreira e Soraia Rocha

A proessora Rosário

Valada.A proessora Rosário e

os alunos chamam à suaescola a escola do arco-íris porque as proessorase os alunos gostam muitode azer trabalhos comas cores do arco-íris; poroutro lado o tema tam-bém motiva para desco-

brir coisasnovas. A

escola temuma rela-ção muitoimportantecom o rio

  Tejo, talvez pelo atode quan-do abrema janela te-rem o Tejocomo hori-zonte.N u m

mundo onde já quaseninguém utiliza as cartascomo meio de comuni-cação, os meninos dos 2º

e 3º anos trocam correspondência comos meninos do jardim. Mesmo estan-do na mesma escola, é importante quetodos saibam como escrever uma car-

ta.À

conver-sa comalgunsd o salunos,camosa saberque to-dos elesgostamda pro-

essoraR o s á -rio e det o d a sas pro-essorasque le-cionamnaquelae s c o -la, queparecem a i su m a

grande casa onde vive uma grande a-mília.

A turma da tarde

Muitos de nós já não conheceramos avós e nem sabem mesmo como ébom estar no colo de alguém mais ve-lho que nos conta histórias antásticassobre tempos que nos parecem muitoestranhos mas que oram bem reais.Felizmente ou inelizmente, existem

lares onde muitos dos nossos idosospodem acabar o tempo que lhes resta,e que pode ser mais ou menos longo,de orma mais ou menos digna. O larde São João é um desses locais. Foiinaugurado em 24 de Junho de 1977

e é um dos dois lares pertencentes àMisericórdia do Cartaxo.Inelizmente o Lar de S. João não

consegue responder a todos aquelesque permanecem em lista de esperapara lá entrar e, por ano, só 10 ou 12sortudos é que conseguem um lugarnesta instituição. Todos os utentes que

estão no lar são subsidiados consoanteo tipo de reorma que possuem.O lar de S. João oerece dierentes

tipos de resposta consoante as neces-sidades das pessoas e a nossa antriã ea diretora técnica disse–nos que o larde idosos, que tem uma capacidadepara 65 pessoas, é sempre uma últimaalternativa. Só depois de esgotadas to-das as outras respostas é que o idosoca a tempo inteiro em S. João.A modalidade de Centro de Dia aju-

da e cuida de cerca de 25 idosos queestão na instituição de dia e ao m datarde vão para casa. Este lar tambémaz serviço domiciliário: vão a casadas pessoas dar-lhes alimento; tratar

da roupa; prestarserviços de higienepessoal e da casabem como prestaralguns cuidados desaúde articulando com os serviços desaúde do Cartaxo. Nesta modalidadetem sido essencial o serviço de volun-tariado ligado à Conerência de S. Vi-cente.Os mais endinheirados podem ad-

quirir, com usuruto vitalício, umapartamento onde lhe serão presta-

dos todos os ser-  viços necessários.Quando morrem,a propriedade des-

te apartamento  volta para a insti-tuição. Esta é, aliás,uma das ormas deconseguir dinheiropara o lar.Um outro projeto

muito importan-te em S. João oi“A Nossa TerraQuer”, projeto esteapoiado pela SICe que oi o mais

 votado no distrito de Santarém. Aquihá o apoio domiciliário permanente seo idoso em casa o solicitar, medianteuma aparelho de tele-assistência quetem consigo. Há uma equipa de pre-

  venção que está sempre com quemprecisar. Esta é uma orma muito im-portante de prolongar a permanência

do idoso na sua casa.O Lar tem algumas actividades lúdi-cas. Os seus inquilinos azem ginásti-ca, pinturas e outras tareas. Têm umapsicóloga e sioterapeuta. Os idososgostam do que azem. Festejam osanos dos utentes e têm direito a umpresente e a um bolo. Também este-

 jam datas estivas como o Natal, SãoMartinho e o Carnaval. A maior partedos utentes não vai passar o Natal emamília mas tem a amília do Lar.Os problemas de saúde mais co-

muns são sequelas dos AVCs, diabetese Alzheimer. Os doentes são muitodependentes e as cadeiras de rodasazem muita alta neste lar. No entan-

to, a equipa do Cartaxinho constatouque a grande maioria dos idosos gos-ta de lá estar, embora muitos deles sótenham as visitas das voluntárias dasVicentinas.Depois de termos conversado com a

diretora técnica, omos dar dois dedosde conversa com algumas das pessoasque lá estavam, quer em centro de diaquer em lar. A D. Adélia é uma senho-

ra muito bem disposta que veio parao lar por sua própria vontade, só vaipara casa no m de semana e sente-se muito bem no lar. Disse–nos queos uncionários eram muito queridose atenciosos. Esta senhora é uma daspoucas que mantém contato com osseus amiliares através do teleone.O senhor Marel também veio para

o lar por vontade própria, mas estásó em centro de dia e embora gostemuito de estar aqui, sentimos nas suaslágrimas a saudade dos seus 50 anosde bombeiro. Em casa continua a tera ajuda da sua amília para tudo o quenecessite.As lágrimas também correram pela

ace da D. Delna para quem este Laré agora a sua casa. Os graves proble-mas de visão não lhe permitiram con-tinuar a viver sozinha em casa.Muito conversadora oi a D. Maria

Helena, de 84 anos e que depois damorte do lho e do marido, decidiu irpara o Lar. Diz-nos que entrou como pé direito porque adora estar aqui.Ela é muito aladora e gosta muitode contar histórias da sua vida, gostamuito dos uncionários, diz que a tra-tam muito bem. Adora comer! Comalgumas lágrimas misturadas com riso,contou-nos uma quadra:

“ Ó amor, az-me uma casaNem que seja em Lisboa;Entre sogras e cunhadas,Nenhuma nora é boa.”

Lar de São JoãoUm espaço digno dos idosos do Cartaxo

  •  Carlos Rodrigues,Pedro Catarino,PedroSantos,Tiago Silva

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o nosso concelho 09o nosso concelho08

Para esta edição do jornal, quise-mos inovar e alar de um assunto dodia-a-dia dos portugueses, mas nestecaso, debruçámo-nos sobre a pers-petiva dos jovens. Estamos a alar dapolítica. Quisemos alar das Juventu-des Políticas mais ativas no Cartaxo.Fomos por isso entrevistar Vasco Mi-guel Casimiro, coordenador da Juven-tude Socialista do Cartaxo, e Gonçalo

Gaspar, presidente da Juventude So-cial Democrata do Cartaxo. Achámosinteressante apresentar a conversacom estes dois jovens políticos em si-multâneo para que os nossos leitorespossam, mais acilmente, compararpontos de vista. Jornal Cartaxinho: O que é que te

  levou a entrar para esta Juventudepartidária? (JSD e JS respetivamen-te).Gonçalo Gaspar: Desde muito jovem

que me lembro de ver os comícios doPro. Cavaco Silva na televisão e, comestranheza naquela idade, aquilo deato atraía-me, olhava para a políticacom respeito. O PSD era um partido

 vivo com ideias modernas, um partidoda juventude com a irreverência quecaraterizou líderes como Pedro Pinto,que oi expulso do partido por deen-der a legalização do aborto ou de Pe-dro Passos Coelho que esteve ao lado

das associações académicas quandoestas se maniestavam contra o gover-no, na altura liderado por Cavaco Sil-

  va, obrigando-o a negociar primeirocom a bancada da JSD na Assembleiada República antes de negociar com oPartido Socialista, isto porque a JSDtinha um grupo parlamentar maiorque certos partidos. São episódios queme marcaram na tenra idade e com otempo marcaram o meu espírito crí-tico e inconormismo e levaram-me aser membro da Juventude Partidáriaaeta ao Partido Social Democrata, ju-

 ventude essa que oi, é, e continua a sera voz ocial da juventude portuguesa.Vasco Miguel Casimiro: No início,

e por uma questão de intervenção cí- vica, desde os 7 anos que tenho uma

ativa participação associativa no con-celho do Cartaxo. Mas oi a partir de2001/2002 que despertou o interessepela participação política, sendo or-talecido esse interesse ao ingressar,em 2003, na Faculdade de Direito deLisboa – FDL (apelidada, por exce-lência, a escola de políticos de Portu-gal, onde despontaram Mário Soares,

 Jorge Sampaio, Durão Barroso, e tan-tas outras personalidades que bem co-nhecemos). Na FDL, acompanhei aatividade do NES (Núcleo de Estu-dantes Socialistas), com que sempre

me identiquei, mas onde nunca me

tornei militante.Ao concluir a licenciatura, julguei ter

condições e maturidade política parapoder contribuir com algo de posi-tivo para a denição das políticas de

 juventude para o meu concelho. Sen-do assim, a JS oi e é um instrumen-to undamental para poder trabalharnesse sentido e é a estrutura partidária

 juvenil com que mais me identico noespetro partidário português. A histó-ria da JS está intimamente ligada à daDemocracia portuguesa. A JS estevepresente nas lutas pela liberdade em1975. A JS oi proponente da cria-ção do estatuto trabalhador-estudan-te, propôs programas de mobilidadedos jovens como o cartão jovem ouo cartão interjovem, oi a primeira asair em deesa das mulheres que op-

tassem pela interrupção voluntáriada gravidez, deendeu nos anos 80a aposta na ormação prossional,deendeu o crédito à habitação bo-nicado e o arrendamento jovem,

Impulsionou o projeto-lei que criou oregime jurídico dos conselhos munici-pais da Juventude. São apenas algunsexemplos de como uma estrutura par-tidária juvenil pode infuenciar decisi-

 vamente a política nacional. Além daparticipação em movimentos associa-tivos, a participação política é essen-cial para uma melhor e mais saudáveldemocracia. No entanto, gostaria desublinhar que a principal motivaçãooi a política local, aquela em que aproximidade entre eleitos e eleitores

é mais estreita, tendo em conta queas ideias que apresentamos poderão vir a ter infuência direta na vida daspessoas que conhecemos e dos nossosconcidadãos.  J. Cartax: O que achas da partici-

pação dos jovens na política? (jovensdo país e do Cartaxo mais especifca-mente).GG: A minha opinião é a mesma,

tanto como presidente como enquan-to cidadão e jovem. Acho que é de ex-trema importância a participação dos

 jovens na política, mas estou preocu-pado com a apatia que os jovens de-monstram ace à vida política da suaterra. Existem vários atores que levamos jovens a aastarem-se da política e oprincipal é a imagem que os políticose os partidos têm hoje em dia rutode casos pontuais de pessoas que nãoservem a politica para o bem da suacomunidade local ou em beneício do

seu país; servem-se antes da políticapara o seu próprio beneício pessoal àcusta do povo. Hoje é importante quetanto em casa como na escola sejamincutidos valores como a participaçãona sociedade, seja através de partidospolíticos seja através de associações ecoletividades das mais variadíssimasáreas da sociedade, isto é, a nível po-lítico, cultural, solidário ou mesmodesportivo; o importante é participar.Hoje o direito que cada cidadão ad-quire assim que az 18 anos, rero-meao direito de voto, tem que ser enten-dido como um dever que adquirimos eque temos que o exercer com a maiordas responsabilidades. Porque quemnão participar, vai deixar que outros oaçam e decidam por nós.

Hoje, tal como no passado, peranteas diculdades nanceiras ou mesmosócio económicas que o país atraves-sa, oi sempre a juventude que en-controu soluções e que ez avançar opaís, porque ao participar na mudan-ça demonstramos que queremos umpaís onde os idosos têm presente e os

  jovens terão uturo. Já Francisco SáCarneiro dizia, a juventude é incon-ormada, irreverente e por vezes atéchateia, mas não é precisamente issoque se espera dela?! Por isso eu ape-lo a todos os jovens, sem exceção, queparticipem na vida da sua terra sejaatravés do partido com o qual se iden-ticam mais, seja através da associaçãoou coletividade que vos motiva mais,

mas participem. Não se esqueçam: aonão participar estão a deixar que ou-tros escolham por vocês.VMC: Atualmente, existe um aas-

tamento não só dos jovens mas doscidadãos em geral em relação às váriasormas de participação cívica, entre asquais a política. Mas, como um ami-go me costuma dizer: “Não oram aspessoas que se aastaram da políti-ca mas sim a política que se aastoudas pessoas”. No caso dos jovens, esteaastamento é um ato indesmentívelque oi comprovado pela sondagemeetuada pelo Centro de Estudos eSondagens de Opinião da Universi-dade Católica Portuguesa (CESOP),em Janeiro de 2008, a pedido do Sr.Presidente da República, o Pro. Aní-bal Cavaco Silva.No que respeita à participação dos

 jovens na vida política parece-me queo que se alterou acima de tudo oi a

orma como os jovens participam,uma vez que o azem em moldes dis-tintos daquilo que acontecia há 10, 20ou 30 anos atrás, em consequência daprópria alteração da nossa estruturasocial e das condições de vida. Nãonos podemos esquecer que a geraçãode jovens que hoje temos, elizmente,

  já nasceu em democracia, e que porisso é natural que não tenha o mes-mo tipo de intervenção dos jovensque, por exemplo, viveram a revoluçãona sociedade portuguesa e as grandeslutas pela aquisição de direitos sociaisque se deram em Portugal na décadade 70.Hoje, vivemos na sociedade da inor-

mação e do acesso acilitado aos mais variados atores de interesse, pelo que,

é necessário que os poderes públicos,as juventudes partidárias e os partidospolíticos se modernizem e adaptem àrealidade social e criem as condiçõespara continuar a atrair os jovens paraa política, nomeadamente, dando-lhes

os instrumentos para uma intervençãomais ativa, em que a sua voz seja ou-

 vida, e em que tenham capacidade dedecidir sobre o uturo e discutir solu-ções para as suas necessidades e pro-blemas. Porque hoje em dia para atrairos jovens para uma causa é necessáriodemonstrar-lhes que a sua voz é ver-dadeiramente ouvida, e que eles sãoundamentais nos processos de deci-são. É esse ato que será essencial para,no uturo, voltar a aproximar a políticados jovens.  J. Cartax: O que achas que se deve

azer para se modifcar esse compor-tamento? O que tencionas azer?

GG: A JSD Cartaxo tem demons-trado, ao longo destes anos, que apolítica é uma atividade nobre e queexiste para ser exercida em beneícioda juventude e da comunidade na qualestamos inseridos. Queremos liderar eestar na política pelo exemplo porquesó dando o exemplo é que estaremosà altura de deender os interesses dos

 jovens do concelho do Cartaxo.  Temos um projeto que está a per-correr todas as escolas do país e quetem tido excelentes resultados, tendo

  já várias escolas nos contactado paraazermos a chamada ormação sub-18 que tem por objetivo demonstrara importância e a utilidade da política.Não pretende ser campanha eleitoral,temos apenas como objetivo alertar a

  juventude para a participação cívicaseja em que partido or, seja em queassociação, colectividade ou c lube or:o importante é participar.VMC: Ao ter tido a ousadia de pegar

numa estrutura partidária como a JSCartaxo, inativa há alguns anos, comtodas as diculdades que daí advie-ram, oi o primeiro passo para modi-car esse comportamento. Foi neces-sário voltar a mobilizar jovens que seinteressassem pelos valores e tradiçõesda nossa terra, que quisessem contri-buir positivamente para o desenvol-

 vimento de políticas socialistas de ju- ventude no nosso concelho. O desaooi e é grande mas temos conança nanossa capacidade de trabalho e, acima

de tudo, sabemos que a juventude dasoito reguesias do concelho do Carta- xo tem imenso valor. Mas, sublinho edestaco que não é um trabalho solitá-rio, trata-se de uma equipa, ormadapor jovens socialistas que se interes-sam e preocupam com o concelho doCartaxo e com as suas oito reguesias.

 Jovens que participam ativamente na  vida associativa do concelho. Jovensalunos do ensino básico, secundário,politécnico e universitário, provenien-tes das mais diversas áreas de orma-ção académica. Jovens trabalhadorese empreendedores. Pessoas de váriasidades e sensibilidades que têm o in-tuito de azer avançar a Juventude doCartaxo. Queremos participar e con-tribuir para o presente e uturo donosso concelho. Estamos disponíveispara acolher todos aqueles que quise-rem ajudar com as suas ideias.  Temos posto em prática ações que

 visam a aproximação da JS a mais jo-  vens e a todos os cidadãos do nossomunicípio. Basta pegar em temas quesuscitem o interesse, tais como o em-prego, a educação e qualicação desdeo ensino básico e secundário até aoensino superior, passando pelas saídasprossionais, que teremos mais jovenscuriosos e motivados para partici-par. A JS Cartaxo, mais do que uma“Jota partidária”, arma-se como umespaço de intervenção política, comautonomia e independência do Parti-do Socialista. Temos o nosso posicio-namento e ideias próprias, por vezescontrárias às do PS, e das quais nãoabdicamos. No entanto. a JS Cartaxotambém é um espaço de convívio ede conraternização onde se ganham

 Juventudes PartidáriasIdeias novas na política

  •  Ana Casimiro e Vera Camacho

Vasco Miguel Casimiro

Gonçalo Gaspar

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Será que os Políticos Portugueses sãosinceros?Não! Isso da sinceridade é coisa que

os senhores ministros desconhecem!Se perguntarmos a alguém o que é

a sinceridade, a maioria das pessoasresponde prontamente não ser umacaracterística dos políticos portugue-ses e acaba por não nos esclarecer osignicado do termo.Para alar verda-

de, sinceridade édoença rara nestepaís à beira-marplantado.Bicho raro é o

político que diz a  verdade nos seusdiscursos, diálo-gos, em tudo oque transmite àimprensa! Às ve-zes, acontecem osditos descuidos,em que a má-lín-gua lá oge para a

  verdade. Não seise estão recordados, da amosa “gae”que o primeiro-ministro cometeu,num discurso aos emigrantes: JoséSócrates: “ (…) Cada um de vós, daráo seu melhor, para um país mais justo,para um país mais pobre! Pó, perdão!Para um país mais justo, mas tambémpara um país mais solidário! (…)”Um momento raro de sinceridade,

parabéns Senhor Ministro! Apesar deter sido uma “gae”, oi a prova de quea sinceridade por vezes é mais orteque nós. Podia muito bem ter conti-nuado nessa onda, não acha?É quase como se costuma dizer: apa-

nha-se mais depressa um ministro do

o nosso concelho10 o nosso concelho 11

amizades e se partilham experiênciaspara toda a vida. A quem não partici-pa em nenhuma juventude partidária,lanço o apelo para participarem ativa-mente. Ousem azer algo pela vossareguesia e pelo vosso concelho.  J. Cartax: Como achas que vai ser

o uturo dos jovens deste país? Vãoser prejudicados devido à atual crisefnanceira? Vão ter acilidade em ar-ranjar emprego?GG: É um ato, estamos a passar um

período extremamente complicado anível nanceiro, por duas razões sim-ples: por um lado, é uma crise mun-dial; por outro lado e em Portugal,perante a iminência de uma crise eco-nómica os nossos governantes, gover-

nando mal, não só não prepararam opaís para uma eventual crise com jáperante a crise se dão ao luxo de des-baratar milhões de euros em coisasque em nada desenvolve o país eco-nomicamente, pelo contrário torna-omais pobre.Os tempos que se avizinham serão

extremamente diíceis tanto para os  jovens empregados como para os jo- vens desempregados, mas serão tem-pos mais complicados para os jovensque não apostem na sua ormação aca-démica, por isso apelo a todos os jo-

 vens que estudem, se esorcem, sejamos melhores para enrentar este perío-do mais complicado para a juventudeportuguesa, é o melhor conselho que

 vos posso dar neste momento.VMC: A primeira mensagem que

gostaria de passar é a de que tenho es-perança e plena conança no valor dos

 jovens portugueses e, concretamente,

na grande valia dos jovens cartaxeiros.O atual panorama de crise interna-cional é incontornavelmente negativoe diícil. Temos níveis de desempregoelevados que duplicam se olharmospara a aixa etária dos jovens. Contu-do, constata-se que os jovens com or-mação superior demoram claramentemenos tempo a encontrar empregodo que os jovens que não apostamno desenvolvimento de competênciasacadémicas superiores. O combate aoabandono escolar é hoje, em pleno sé-culo XXI, uma prioridade para o Es-tado português Por isso, digo-vos que

 vale a pena estudar, vale a pena lutar-mos pelo nosso uturo. Há que saberutilizar o nosso tempo para estudar etambém para nos divertirmos. Haverá

sempre tempo para tudo, bastará geri-lo de orma conveniente. Também não poderia deixar de daruma nota de que a geração que agoraestá a ser ormada, vai ser a primeira ater realmente igualdade de oportuni-dades em concorrer, de orma compe-titiva, com os restantes jovens europeuse do Mundo. Hoje temos crianças aaprenderem a Língua Inglesa no ensi-no primário. Temos crianças de tenraidade a desenvolverem competênciasinormáticas e a estimularem os seuspais para voltarem a estudar.Saliento ainda a orte aposta do atual

Governo na requalicação e constru-ção de novos parques escolares, que

 vêm trazer um acréscimo bastante sig-

nicativo de qualidade ao ensino e àaprendizagem dos jovens portugueses.  J. Cartax: Como é que, a JSD Car-

taxo e a JS Cartaxo, atuam para de-

ender o uturo dos jovens do nossoconcelho?GG: A JSD Cartaxo está ativa há 26

anos, sem qualquer interrupção, isto é,teve sempre órgãos eleitos e a trabalharem prol da juventude do concelho doCartaxo durante todas estas gerações,nunca abandonamos a juventude danossa terra. Durante estes anos a JSDCartaxo oi sempre a voz da juventudedo concelho nos órgãos autárquicos,deendendo sempre mais oportunida-des para os jovens num concelho cada

 vez mais envelhecido e sem respostas

e alternativas para dar.Vejamos, o nosso concelho oerece à  juventude ormação escolar ao níveldo ensino básico, secundário e pros-sional e, depois da ormação universi-tária, os jovens têm todo o direito de

 voltar à sua terra para aplicarem tudoaquilo que aprenderam seja em queárea or. O que acontece hoje é que osnossos jovens não têm oportunidadesnem incentivos para se xarem na suaterra, quero sublinhar na sua terra, sejaao nível da habitação, onde a própriaCâmara Municipal podia criar umprograma de apoio ao arrendamento

 jovem, como ao nível do emprego, noapoio ao empreendedorismo e criaçãode auto emprego, visto que a oertaempresarial no concelho é escassa e

pouco diversicada.A JSD Cartaxo está neste momento

a estudar e a desenvolver três projetosque achamos da máxima importânciapara preencher lacunas que muito têmprejudicado a juventude do concelhodo Cartaxo. Achamos que Valada é areguesia com mais potencial turísticono nosso concelho e que muito temsido abandonada pelo atual executivocamarário liderado por Paulo Caldas.A criação de condições para a instala-ção de uma pousada da juventude oude um parque de campismo com con-dições mínimas para que Valada possa

 voltar a receber um grande estival de verão é uma ideia e um projeto no quala JSD Cartaxo está a estudar porque

achamos que a reguesia tem um po-tencial enorme para se tornar um pólode atração para a j uventude do conce-lho e de concelhos vizinhos.Estamos a trabalhar também num

projeto que intitulamos de “CartaxoEmpreender” que tem como objetivoapoiar e incentivar o espírito empre-endedor. Apoiar através de beneíciosscais e incentivos à transormação deideias em produtos e empresas. Apro-

 veitando o nó de acesso à auto-estradaachamos prioritário no atual mandatoa criação de uma incubadora de em-presas. Com a criação das zonas denegócio no concelho, utilizando umaparcela destes parques empresariaisque deve estar destinada a alojar pe-quenas empresas de jovens empreen-dedores que ai irão contar com apoiode secretaria, apoio jurídico, apoio demarketing e design disponibilizadapela Câmara Municipal.

Achamos que podemos aliar a marcado Cartaxo, o vinho, aos jovens atra- vés da ormação prossional, por issodeendemos a criação de um curso detécnico de viticultura e enologia, cursoeste que daria equivalência ao 12º ano.  Temos a consciência que a imple-mentação destes projetos não chegapara resolver todos os problemas dos

 jovens do concelho mas estamos cer-tos que seriam alternativas para xaros jovens na nossa terra e azer donosso concelho uma terra mais joveme dinâmica assegurando o uturo dosnossos jovens e do nosso Cartaxo.VMC: A JS Cartaxo, tendo o seu

espaço de intervenção próprio, autó-nomo e independente como reeri an-teriormente, não se inibe de participar

com propostas concretas para o nossoconcelho, distrito e país. L evámos umtema muito caro para a nossa terra aosórgãos distritais e nacionais da JS etemos a intenção de o levar à Assem-bleia Municipal do Cartaxo: o Vinho.Com a moção intitulada “Potenciar osetor vitivinícola no Ribatejo” preten-demos alertar e suscitar o interesse dos

 jovens para o setor da vitivinicultura e,de orma mais abrangente, para o se-tor da Agricultura.Simultaneamente, elaborámos uma

proposta intitulada "Cartaxo 2.0:POINT – Programa de Incentivo àInovação Tecnológica", apresentadana Assembleia Municipal, e apro-

  vada por maioria, apenas com duas

abstenções, que visa estimular o em-preendedorismo e inovação no setorda Inormática e das Tecnologias daInormação e Comunicação, reter ecaptar o know-how dos nossos jovenspromovendo a sua xação no conce-lho, premiar e divulgar os projetos eideias inovadoras, e ainda promover odesenvolvimento tecnológico do nos-

so concelho.Acompanhamos, de orma assídua,

os óruns de participação política ede cidadania, especicamente as As-sembleias de Freguesia e a AssembleiaMunicipal.

Entendemos que a inormação é ex-tremamente importante e, por isso,tentamos também levar dados essen-ciais ao conhecimento dos jovens so-bre diversos temas, nomeadamente naárea da habitação jovem, do emprego,do desporto e da cultura, da solidarie-dade e ação social, do ambiente e daeducação. Se os jovens estiverem me-lhor inormados, poderão agir de umaorma mais consciente. Queremosuma juventude responsável, participa-tiva e interveniente no nosso uturo e,sobretudo, no nosso presente.Poderão consultar e acompanhar

toda a nossa actividade em http://cartaxo-js.blogspot.com/ e nas redessociais do Facebook e Twitter. Lançotambém o apelo para participarem.

Atrevam-se.Muito obrigado pela oportunidade e

 votos de muito sucesso para o vosso  Jornal. É de jovens ativos, como vós,que o nosso concelho necessita.

que um coxo!” Temos outro dos “descuidos”, em queuma deputada do PSD apelida ama-

 velmente um camarada do PS de “pa-lhaço”, dizendo que ele devia estar ali“para entreter a malta com barulho deundo”. E a sinceridade volta a atacar!Mas como estes dois exemplos, há

muitos mais, no historial da sincerida-de dos nossos amados políticos.Há outros casos, em que a sincerida-

de vem, por acréscimo, digamos assim.Considero, o descuido do ex-minis-

tro Manuel Pinho, um acréscimo …de uma valente noite de copos!Ah! E se não és político, tem cuida-

do para não seres apanhado por essa

tal de “sinceridade”! Torna a tua vidaimensamente complicada. E como an-damos na onda da Educação Sexual,imaginem lá que o vosso namorado/a

  vos pede para azerem exames, para

  ver se tens alguma doença. Quandochegassem os resultados, seria algo dogénero:“Oh querido/a, acusou sinceridade!

Mas olha, não tenho Sida nem nadado género!” Estava tudo mais que aca-bado, disso podem ter a certeza.E camos por aqui, já estamos a abu-

sar na sinceridade.Acabamos esta crónica com uma

mensagem importante: protejam ospolíticos sinceros, são criaturas mui-to rágeis e sujeitas a qualquer tipo deataque de honestidade! Se encontra-rem algum, acolham-no e tratem-nobem!

•  Ana Casimiro e Fernando Rodrigues

Políticos SincerosBicharocos em vias de extinção?

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o nosso concelho12 o nosso concelho 13

Numa época tão conturbada na vidados portugueses, omos entrevistar onovo padre da paróquia do Cartaxo,a propósito da sua recente vinda paracá. Ricardo Mónica recebeu-nos mui-to bem e conversou connosco sobre acomunidade paroquial do Cartaxo, enão só.O padre Mónica veio para a nossa

paróquia a pedido do Senhor Bis-

po de Santarém e, apesar de estar hápouco tempo no Cartaxo, pensa que éuma paróquia com uma dinâmica di-erente das paróquias convencionais,é uma paróquia urbana com uma es-trutura organizada, com uma “máqui-na” a trabalhar atrás dela, com muitoscolaboradores, mas já com todas ascaraterísticas de uma paróquia de ci-dade. O ato de ter estado a trabalharnuma paróquia muito parecida com ado Cartaxo, a de Almeirim, ajuda-o aintegrar- se melhor.O Padre Ricardo Mónica desdobra –

se a atender aos éis nas reguesias doCartaxo, Vale da Pinta e Ereira e á-lo com muita satisaçãou m a

  vez queencontrou uma comunida-

de ativa, que responde aos apelos daigreja. Todavia conessa que é muitodiícil coordenar todo o trabalho quetem que realizar e que vai muito paraalém da celebração das missas.Para o padre Mónica é muito im-

portante que um pároco esteja in-tegrado em outras atividades dasociedade civil e, dessa orma, tocar

Padre Ricardo MónicaO Cartaxinho à conversa com o novo padre do Cartaxo

melhor a comunidade.A sua recente vinda para o Cartaxo

ainda não lhe permitiu detetar algumproblema mais urgente ou grave pararesolver na paróquia, mas a questãoque mais o preocupa tem a ver coma alta de vocações dos nossos jovens,em geral. De ato, a participação dos

  jovens na vida cristã do Cartaxo émuito pouco signicativa se compa-rármos com paróquias como Almei-rim e mesmo paróquias de cariz maisrural.Não podemos esquecer que neste

momento particularmente diícil da vida dos portugueses, a igreja não oe-rece só ajuda material, dá também es-perança e muitas pessoas buscam essaesperança e conança junto da igreja.Para o padre Mónica, esta oi umaconstante ao longo da História, Deuscontinua a ser um pouso seguro paraos momentos diíceis.Para este pároco, um objetivo a longo

prazo é o cativar jovens, não só para  virem à missa mas para a innidadede trabalho comunitário que podemazer – no G.A.J.I.C, nos escuteiros,etc .É muito importante que os jovens

tenham uma vida cristã ativa não sópela consolidação de valores, morais,sociais, que hoje são tão importantes,como para o desenvolvimento da di-

mensão espiritual. Podem desenvol- ver dentro da igreja o aspeto sócio -caritativo, o aspecto missionário …

Podem encontrar

ca-

mi -

nhos.

  •  Ana Casimiro,Joana Lemos,José Duarte

 Já não se usa!Uma viagem às profssões

antigas do Cartaxo

Fizemos uma viagem às pros-sões em vias de extinção no Cartaxoe muitas delas azem-nos bem alta!Escolhemos duas prossões que ou-

trora eram muito importantes não sóno Cartaxo como na maior parte das

nossas aldeias, vilas e cidades. As re-trosarias sem-pre oram mui-to importantesno nosso paíse ligadas a elastínhamos os al-aiates. Por issoomos visitar aretrosaria maisemblemática doCartaxo, o Ma-nel d`Água e umalaiate.No Manel

d`Água, a Sra.D. FilomenaRodrigues, maisconhecida porMena, disse - nosque abraçou esta prossão há 32 anos

porque gostava da costura e de con-tactar com o público. Já o nosso alaia-te, o sr.A n t ó -nio Fe-lício de

  J e s u s ,m a i sconhe-cido porFel ícioo Al- a i a t e ,d i s s eque oque otrouxe a

esta prossão oi uma doença que teveaos 7 anos designada por ebre reumá-tica onde o vírus se alojou no coração.A partir daí deixou de poder azermuitas coisas que azia e, por isso, es-colheu ser alaiate.Nenhum dos nossos entrevistados

mostra otimismo quanto ao uturodas suas artes e o sr. Felício disse-nos

mesmo que a sua morte vai ditar o de-saparecimento dos alaiates no Carta-

 xo. No atelier deste senhor vimos queo trabalho artesanal ainda domina,ainda trabalhacom entretela,o seu trabalhonão é muito malpago, no entantoo pronto a vestirarruína esta ve-lha prossão.

E com esta per-gunta terminá-mos esta viagemàs antigas pros-sões.

A D. Filomena a trabalhar

Entrada da loja Manel d’Água

O sr. Felício no seu ateliê

Quantas vezes já pensaram em tocaralgum instrumento? Quantas vezes jáchegaram a casa aborrecidos sem nadapara azerem? Pois o nosso grupo do

 jornal Cartaxinho saiu à rua para mos-trar aos nossos leitores um local ondese podem libertar do stresse da escolae descontrair um pouco… a escola de

música do Cartaxo.

O nosso grupo do Cartaxinho en-trevistou o proesssor de trompete eeducação musicale diretor da esco-la, José Luís, parasaber mais acer-ca da mesma e oque ela signicapara os alunos naopinião deste. Oproessor José Luíslecciona na escolahá 17 anos desde omomento em queesta abriu. Ao todoa escola de músicaé constituída por 7proessores que en-sinam aos alunos diversos instrumen-tos como: bateria, guitarra clássica,guitarra eléctrica, baixo, piano, orgão,

acordeão, trompete, saxoone, clarine-te e trombone sendo o mais procuradoa guitarra clássica. Todos os anos osalunos juntamente com os proessoresrealizam um concerto no nal de cadaano lectivo. Para o proessor José Luísesta actividade é importante pois levaos alunos a habituarem-se a actuar empúblico e a terem alguma prática demúsica em conjunto.O nosso grupo cou curioso e per-

guntámos o que pretendiam ensinaraos alunos nesta escola. O diretor daescola disse que acima de tudo pre-tendiam ensinar música, porém aosalunos pequenos de 4 anos até aos10 anos pretendiam ensinar música

de acordo com as suas aixas etárias,pretendiam também azer com queos alunos independentemente da suaidade pudessem aprender qualquerinstrumento que gostem desenvol-

 vendo e aplicando assim os conheci-mentos adquiridos. Nesta entrevistaperguntámos também se o diretor e

proessor José Luís achava que algunsdos alunos pretendiam azer carreirana música; este respondeu-nos queevntualmente alguns podem seguircarreira, o que não é ácil pois nos

18 anos em que ensina na escola demúsica do Cartaxo apenas conseguiu

observar uma pequena percentagemde alunos que prosseguissem os estu-dos noutras escolas integrando alguns

deles no meio prossional, nomea-damente, banda da Guarda NacionalRepublicana, Orquestra Metropolita-na de Lisboa e Hot Club de Portugalexercendo também unções na área doensino em conservatórios. Segundo aopinião do proessor, para os alunosesta escola será a primeira escola quelhes dará contacto com a música, casoeles queiram seguir carreira. Para ter-minar a nossa entrevista perguntámosao director da escola de música doCartaxo o que é que diria a um alunoque quisesse entrar na escola, ao queeste nos respondeu da seguinte orma:“Sobretudo que se dedique ao instru-mento que quer aprender”.

Escola de Música do CartaxoObjetivos e conquistas

  • Ana Margarida Pereira, CátiaRodrigues,Cátia Serrão,Joana Neves

  • Catarina Vieira, João Barros,Rafaela Neves

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de azer alguma coisa, e ainda hojegosta imenso de estar perante umaplateia, que apesar de não ser imensa,é muito bom espiritualmente. O saberque as pessoas vão vê-lo...Aceitou o convite de Raposo porque

além da amizade que os liga, achou aideia muito interessante porque, sen-do ator, gosta de viver muito próximodo público, ou seja, mesmo num espe-táculo, mesmo sob o disarce de umapersonagem, gosta de estar ao pé dopúblico, de abraçar, de brincar muitocom eles, e isto é também uma ormade desmisticar um bocado esta coisados atores. O estar de cara lavada, jun-to das pessoas, alar normalmente, é…

uma coisa inormal, e é esta relação …o público é de ato o elo mais impor-tante desta prossão, e portanto estarao pé deles é maravilhoso.

O nosso jornal acompanhou a parti-cipação dos atletas do Ateneu Artísti-co Cartaxense na prova realizada emAsseiceira, no dia 7 de Novembro de2011.No escalão de 7 a 9 anos, Pedro

Ferreira oi o primeiro classicado,enquanto que Valério Ferreira oi se-gundo. Na categoria eminina, InêsGabriel oi a segunda classicada.No escalão de 10 a 12 anos, Miguel

Mascarenhas alcançou a segunda po-sição, Pedro Santos a quinta, e RubenCarvalho a décima quarta posição. Nacategoria eminina, Barbara Bentooi quarta e Soa Pereira conseguiu a

o nosso concelho14 o nosso concelho 15

No passado dia 31 de outubro, omosentrevistar José Raposo e João Baião,a propósito da tertúlia noturna quese realiza no último domingo de cadamês, no Centro Cultural do Cartaxo,de nome “José Raposo convida … “,que pretende promover o diálogo compersonalidades, que se apresentamaqui, prontas a responder a pergun-tas e a conversar com o público, par-tilhando experiências e muitas outras

histórias. Em setembro, José Raposoconvidou António Montez, conhecidoator e encenador, nascido no Cartaxo.Em outubro convidou João Baião,uma gura bastante conhecida pelasua carreira de ator e de apresentador.

Fomos assistir a esta conversa, e no -nal, omos nós que conversámos como antrião e com o convidado, numa

agradável noite de domingo.  José Raposo disse-nos que esta ru-brica surgiu porque ele gostava muitode tertúlias; abordar temas e conver-sar com pessoas da terra pareceu seruma boa ideia, tanto para ele, comoator, como para a direção do CentroCultural do Cartaxo. Este projeto estáclaramente a superar as expetativas.E nós podemos conrmar. Estivemospresentes, as pessoas aderem e gostam.Até nós tivemos a nossa oportunidadede participar nesta agradável conversa.Perguntámos a José Raposo e a JoãoBaião como era trabalhar com FilipeLa Feria. João respondeu-nos que erauma “canseira”, mas no bom sentido.La Feria é conhecido pela sua exigên-cia para com os atores e pelo perec-cionismo. Ainda conseguimos azer

um comentário acerca dos espectácu-los que passam pelo CCC e que têmsala quase vazia.

Raposo concorda que Baião é umcomunicador nato, as pessoas gostammuito dele…. e os medos de Baião decasa vazia não se conrmaram, a salade espetáculo estava a abarrotar.O único objetivo deste projeto é

s i m p l e s -mente azercom queas pessoasconversemumas comas outrase voltema "tertu-liar"… A

ter tertúlias, a alarem, a conversa-rem, é basicamente isso; concertezaque com personalidades como o João,o chamariz, o interesse das pessoas,é muito maior; portanto é uma coisamaravilhosa.A nossa conversa oi alternando en-

tre Raposo e Baião para quem a vidade ator sempre oi um ascínio. Desdepequenino que vivia encantado portudo o que tivesse a ver com o espe-táculo, com o teatro, com a música, eportanto, tinha de comunicar com aspessoas através desta arte, seja no tea-tro, seja na televisão, na música, tinha

 José Raposo convidaTertúlias no Centro Cultural do Cartaxo

A comemoração do Centenário daImplantação da República inspirou aorganização do concurso “A Rainhadas Vindimas 2010”. As bailarinas

do Ateneu Artístico Cartaxense e doprograma “Viver Mais, Viver Melhor”oram as primeiras a pisar o palco,para uma representação que culminoucom Hino Nacional, cantado ao vivo

por Ana Soa Antunes.No primeiro desle da noite, as oito

candidatas apresentaram trajes tradi-cionais dos nais do século XIX e p ri-meira metade do século XX. Desde otraje de pescadora ou de trabalho nocampo até ao traje domingueiro, deesta e romaria e de azendeira abasta-da. Este desle permitiu recuar quasecem anos no tempo e perceber comose vestiam os cartaxeiros naquela épo-ca.No segundo desle, a ganga asso-

ciou-se aos acessórios de pele e aos“ténis sanjo”.

Por último, as candidatas apresen-taram vestidos de noite, exclusivos dadesigner de moda Madalena Toscany,que se inspirou nos trajes que as se-nhoras abastadas do inicio do século

 XX vestiam ao montar a cavalo.

Este espetáculo da eleição da Rainhadas Vindimas 2010 contou ainda coma interpretação dos alunos do curso deExpressão Dramática do Centro Cul-tural do Cartaxo, que apresentaramuma reconstituição histórica dos mo-mentos mais marcantes da Implan-tação da República, e com música daorquestra da SFIP (Sociedade Filar-mónica Incrível Pontevelense).

Vanesssa Descalço, de 18 anos, é anova rainha das vindimas do Conse-lho do Cartaxo.Momentos depois da revelação da

  vencedora deste concurso - que nãopremeia apenas a beleza das jovens doconcelho, mas que é sobretudo uma

tradição que enaltece a identidadecartaxeira e a juventude, como símbo-lo de esperança e de uturo, VanessaDescalço não conseguia esconder aemoção “ser rainha é uma sensaçãoúnica, é ótimo poder representar oconcelho do Cartaxo e eu vou tentarazê-lo da melhor orma”, revelou.A Rainha das Vindimas 2010 rece-

beu o prémio das mãos do presiden-te da Câmara Municipal do Cartaxo,Paulo Caldas, e sentou-se no tronoque antes era ocupado por Ana Filipa

Campos.Inês Cabaço, de 16 anos e represen-tante da Freguesia de Vale da Pinta,oi a 1º Dama de honor e CatarinaSilva de 16 anos oi 2º Dama de ho-nor. O premio Vítor de Sousa, que visapremiar a candidata mais simpática eque é a tribuído pelas concorrentes, oientregue a Ana Lígia Tão, de 14 anos,da Ereira. 

Rainha das VindimasEdição 2010

  •  Ana Casimiro,Vera Camacho

  •Tânia Duarte e Jéssica Fernandes

AtletismoDesportistas do Cartaxo em

destaque

  •Miguel Mascarenhas e Ruben Balula

nona posição.Relativamente ao escalão de 13 a 15

anos, João Vidais oi o terceiro clas-sicado, Bernardo Sequeira o oitavo,e Miguel Silva o décimo nono clas-sicado. Na correspondente categoriaeminina, Madalena Correia oi a pri-

meira atleta a cortar a linha de meta.Em termos globais, o Ateneu Artís-

tico Cartaxense venceu a classicaçãocoletiva, deixando em segundo lugar oClube Natação de Rio Maior, e reor-çando a excelente imagem do atletis-mo que se pratica na nossa localidade.

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Falar de crise é o tema preerido dosportugueses, mesmo os mais otimistas

 vivem estes momentos diíceis com al-guma apreensão.Será que a crise toca apenas quem

compra? Ou será que os vendedorestambém sentem os eeitos deste mo-

mento de recessão? E quais são osprodutos que agora são menos procu-rados por quem tem menos dinheiropara gastar? Como se comportam osconsumidores neste momento maisdiícil?A equipa do Cartaxinho resolveu

azer uma ronda por alguns estabele-cimentos comerciais da nossa cidadepara tentar responder a estas e outrasquestões. Visitámos a papelaria Gar-rett que nos conrma os eeitos daalta de dinheiro nos bolsos dos por-tugueses. No entanto, os consumido-res sempre tiveram algumas diculda-des em adquirir bens desta natureza ecompram sobretudo o essencial: livrosescolares.São sobretudo jovens e adultos que

requentam a papelaria, recorrendo ounão ao crédito, raramente este estabe-lecimento é visitado por idosos.O otimismo desta vendedora não é

nenhum; de ato, poucos acreditamnum uturo mais risonho. Também o cabeleireiro é requentadopor cada vez menos regueses, quandonão há dinheiro a mais, a poupança éeita sacricando o consumo de bensmenos essenciais e isso tem sido umaconstante desde há um ano, apesar denão se ter vericado subidas nos pre-ços a pagar pelos consumidores.O salão da D. Anabela é requen-

tado por pessoas dos 30 aos 50 anos,pertencentes à classe média e algumasdelas recorrem ao cartão Visa parapagar os serviços prestados. Tambémaqui se nota uma certa apreensão coma subida dos impostos uma vez que

isso vai agravar os preços e reduzir aclientela.O otimismo também não grassa nes-

te estabelecimento comercial.A ourivesaria Monteiro também está

a sentir os eeitos da quebra do poderde compra das pessoas, e essa situaçãoagravou-se nos últimos 3 meses, por-que os preços continuam a aumentar.

 Também este estabelecimento comer-cial é requentado mais por adultos e

  jovens que recorrem muitas vezes aocrédito para azer as suas compras.O aumento dos IVA irá, sem dúvidaalguma, ter eeitos neastos nas ven-das desta ourivesaria, as pessoas vãocomprar cada vez menos jóias e outrosobjetos aqui vendidos. Também nestaloja não há grandes otimismos, embo-ra nem queiram pensar muito no utu-ro, bem chega o dia-a-dia!A armácia Pereira é visitada sobre-

tudo por pessoas mais velhas que re-correm aos medicamentos como meiode aliviar as dores que chegam com aidade ou com as doenças crónicas. Noentanto também a venda dos medica-mentos é aetada pela crise, embora opreço de muitos medicamentos tenha

 vindo a baixar. No entanto as pessoasacabam sempre por recorrer à armá-cia, mesmo com o aumento do IVA a

necessidade de medicamentos existesempre.

o nosso concelho16 o nosso concelho 17 

O comércio no CartaxoA crise passa por aqui

  • André Martins,Carolina Albuquerque,Claida Ferreira,Joana Matos

O ano de 1910 marcou denitiva-mente a História do nosso país por-que no dia 5 de Outubro, um gru-po de revolucionários instaurou umnovo regime político em Portugal – aRepública.À semelhança de todo o país, tam-

bém no Cartaxo se comemora esteacontecimento tão marcante da vidapolítica, social e cultural portuguesa.O Agrupamento Marcelino Mes-quita, desde logo, se associou a estascomemorações com a edição de umsuplemento do Jornal “O Cartaxi-

nho”, uma exposição alusiva ao temae diversas atividades que se oram de-senrolando ao longo do ano.A equipa do Cartaxinho oi conver-

sar com o Dr. Rogério Couto, um dosresponsáveis pelas comemorações doCentenário da República no Carta-

 xo. A Câmara Municipal do Carta- xo organizou, em colaboração com aPulsar (associação de animação cul-tural) e a Eco Cartaxo uma exposiçãocomemorativa dos 100 Anos da Im-plantação da República. A colabora-ção da Comunidade do Cartaxo oimuito importante para a cedência demateriais que testemunham os acon-tecimentos naquela época tão con-turbada da vida política portuguesa.Foram selecionados os testemunhosescritos e pictográcos mais antigostendo sido mesmo necessário algumtrabalho de restauro.Marcelino Mesquita oi um dos

personagens principais desta expo-sição, um republicano que negou umprémio ao Rei D. Carlos.

5 de Outubro de 1910Comemorações no Cartaxo 100 anos depois

  • Márcia Ferreira e Soraia Rocha

Lisboa oi palco de um grande acon-tecimento que, por dois dias, lançou onosso país para o estrelato, não pelasrazões habituais de vivermos numa si-tuação paupérrima, mas porque o Par-que das Nações teve a visita dos maisprestigiados chees de Estado queparticiparam na Cimeira da NATOnos dias 19 e 20 de Novembro.Durante dois dias debateram-se te-

mas cruciais para uns e desnecessáriose até prejudiciais para os muitos pa-cistas que encaram a NATO comouma simples organização militar queaz guerra. De qualquer orma oschees de Estado voaram até Lisboapara debater a prolieração das armasde destruição maciça e o terrorismo,tendo como objetivo reorçar a alian-ça transatlântica. Outros assuntos emdebate oram a aprovação do conceitoestratégico da NATO, a redeniçãodas relações com a Rússia e a localiza-ção geográca das novas estruturas decomando da organização.A par da Cimeira da Nato decor-

reu também a Cimeira EUA-UE, umencontro que se realiza anualmente eque contou com a presença dos líderesda UE e dos EUA. Claro que todas asatenções voltaram-se para o presiden-te dos Estados Unidos da América,Barack Obama.Esta oi a primeira Cimeira organi-

zada por Portugal desde a entrada em  vigor do Tratado de Lisboa. Pareceque o governo português não se pou-pou a esorços de toda a natureza parareceber condignamente as mais de5000 pessoas, entre delegações ociaisdos países membros e parceiros daNATO, organizações internacionais e

 jornalistas.Sem dúvida um evento muito im-

portante realizado por Portugal, queteve também a colaboração do meupai que, muito orgulhoso, conversoucomigo sobre o seu trabalho nesteevento. Explicou-me que a segurança

era muito apertada, toda a gente que

entrava no parque das Nações era ri-gorosamente controlada e revistada.O meu pai oi um dos muitos em-

pregados de mesa que serviu todos osconvidados que se deliciavam com osmanjares preparados especialmentepara o evento. Imaginem que o MEUPAI esteve pertinho de Barack Oba-ma!

Cimeira da NatoCom um participante especial

  •Miguel Fialho

Agradecemos

o

apoio

Museu do BrinquedoA história de um museu muito especial

  • Carolina Costa, Diogo Amado, Emanuel Joanico, Inês Fernandes, Nuno Costa

A ideia de construir o Museu dosBrinquedos começou com uma sim-ples coleção do seu undador, JoãoArbués Moreira que concebe umbrinquedo como uma nova descobertae uma oportunidade para sonhar. Osbrinquedos ajudam a crescer e a perce-ber o mundo, a Humanidade sempreteve brinquedos!Os brinquedos alam sempre de uma

pessoa, de uma vida, de uma época. O

Sr João co-meçou porguardar earrumar osbrinquedosque lhe oereciam, começou a cole-cioná-los e aumentou o seu espólio.

A coleçãop a s s o unatura l -mente deprivada apú b l i c a ,g r u p o s

de pesso-as come-çaram ai n t e r e s -sar-se e a

 visitá-lana sua

casa. Tornou-se então essen-cial encontrar um espaço público.Assim, oi criada em 1987 a Fun-dação Arbués Moreira, à qual dooutodo o seu espólio. Em 1989, me-diante um acordo com a Câmara deSintra oi-lhe cedido por esta enti-dade um local para a instalação doMuseu do Brinquedo. Assim inaugu-rou-se o primeiro espaço do Museu.

Nunca parou de colecionar e, com aabertura do Museu ao público, as doa-ções aumentaram e as peças oram-seacumulando. Até ao momento exis-tem cerca de 40 000 brinquedos ex-postos de entre os quais se pode ob-servar Brinquedos dos séculos III e II

A.C. e Brinquedos Portugueses.A missão do Museu do Brinquedocumpre-se na divulgação da Históriado Homem através da preservação,conservação e mostra do Brinque-do enquanto património mundialque contempla múltiplos paradigmastemporais e geográcos permitindoa compreensão e a análise crítica domundo, dos seus habitantes e das suasmudanças, dos seus sonhos e desejos.Os primeiros brinquedos portugue-

ses datam dos nais do século XIX tendo sido produzidos, salvo algumasexceções, por artesãos, erreiros, uni-leiros, marceneiros. As próprias coresdas tintas dependiam dos stocks exis-

O Sr. João Moreira

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   •  C l a i d a F e r r e i r a, J o a n a M a t o s,

 R u b e n B a l u l a

tentes, tendo que se cingir às menosprocuradas para outros ns, e assimmesmo sendo de raca qualidade. Osabricantes mais importantes eram do

Norte do país.O apogeu do brinquedo português

oi entre 1939 e 1950, tendo em 1940sido introduzido o mecanismo nosbrinquedos, assim como novos ma-teriais como o alumínio e o celulóide.Atendendo à situação geográca dePortugal, é interessante salientar queexiste um grande número de brinque-dos relacionados com o mar.

O museu do brinquedo

A Gata Borralheira

O sonho é um tesouro xoA beleza de uma imagem,Um sorriso na alma,

Uma viagem.

Vamos ao paraísoPr’a viver uma aventuraLevando fores na mãoRindo da magia pura

Quando sonhamos Temos esperançaDa antasia que está para acontecerE quando menos esperamos, o tempo avança…

A lembrança desse sonhoÉ um sinal eliz E a marca que caFoi aquilo que sempre quis

O sonho de ir às nuvensÉ importante para mimPorque um dia já lá uiE adorei o mundoque esteve dentro de mim…!

Margarida Raael, 6.ºE

Os meninos mimados

  • Alunos do 5.ºD

É a menina que não escrevePorque o lápis é leve

É a menina que não quer cobertorPorque tem muito calor

É o menino malvadoQue não gosta de rebuçado

É o menino mal educadoQue está engasgado

É a menina que não quer forPorque acha um horror

É a menina que não quer brincarPorque preere dançar

É a menina que não quer bananaPorque lhe parece a Mariana

Que à escola não quer irPorque ca a dormir

É a menina que não gosta de bonéNem do chimpanzé

É a menina que não gosta de chupetaPorque toca pandeireta

É o menino que não se vestePorque é uma peste

Ele não gosta de sopaPorque sempre suja a roupa

É a menina maldosa

Que é muito vaidosaÉ a menina mal educadaQue nunca quer nada

É a menina teimosaQue não sabe azer uma prosa

É o menino que não quer cavalgarPorque tem medo de se sentar

Que também não se penteiaPorque sempre ca eia

Que não gosta de foresPorque têm imensas cores

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o cantinho dos mais pequenos20