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DIRECTOR JOSÉ ROCHA DINIS | DIRECTOR EDITORIAL EXECUTIVO SÉRGIO TERRA | Nº 3956 | QUARTA-FEIRA, 01 DE FEVEREIRO DE 2012 10 PATACAS 5% para funcionários públicos Ao contrário do que tinha sido afirmado pelo director dos Serviços de Administração e Função Pública, na primeira reunião da comissão nomeada para decidir eventuais aumentos para os funcionários públicos, o próprio José Chu avançou com uma proposta de 4,8%, garantiu ao JTM o presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública, Pereira Coutinho. Mas a proposta subiu até aos 5%, longe dos 7% que Coutinho queria. PÁG 3 Wynn contesta “hipérboles” e “meias verdades” de Okada A Wynn Resorts solicitou a um tribunal do Estado do Nevada a anulação do processo judicial interposto por Kazuo Okada, sublinhando que os argumentos do ex-vice presidente da empresa são baseados em “insinuações, hipérboles, meias verdades e generalizações”. A operadora liderada por Steve Wynn sustenta que, ao abrigo da Lei do Nevada, os accionistas não têm direito a inspeccionar os registos financeiros de empresas cotadas na Bolsa, como pretendia o magnata japonês, e contesta alegações do empresário nipónico sobre um potencial uso “inadequado” de fundos no caso da doação de 135 milhões de dólares à Universidade de Macau. A Wynn frisa mesmo que, apesar de ter sido o único administrador a opor-se à aprovação do donativo, Okada até deu sinais de apoiar a iniciativa ao viajar para Macau para participar na respectiva cerimónia comemorativa. População do Japão em queda devido a fraca actividade sexual A população japonesa diminuirá cerca de 30 por cento para 86,7 milhões de pessoas até 2060, sendo que quase 40 por cento terá mais de 65 anos, indica um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde do Japão. De acordo com o jornal japonês “Mainichi Daily News”, o estudo revela que muitos jovens do país não têm interesse em sexo e 40 por cento dos casais entrevistados não possuem vida sexual activa. Os homens casados (19,7 por cento) justificam a falta de actividade sexual com o cansaço sentido depois do trabalho e as mulheres alegam que o acto em si traz problemas (26,9 por cento). Muitos dos casais (20,9 por cento) evitam as relações íntimas para não engravidar. Segundo o estudo, citado pela agência EFE, a queda da natalidade e o aumento dos idosos será a tendência dominante nos próximos 50 anos. Taxa de desemprego recuou para mínimo histórico em Dezembro PÁG 4 Casa de Portugal assume ambição de subir à 1ª Divisão do Futebol PÁG 7 Satélite alemão por sete minutos que não caiu sobre Pequim ÚLTIMA Dificuldades na tradução em debate CENTRAIS Ramos-Horta recandidata-se para “continuar reforma” e garante que não fará campanha ÚLTIMA PÁG 2 APOMAC avança para tribunal para reclamar subsídio de residência para 169 aposentados Vitórias na luta anti-tabagismo *Aplicadas 260 multas após a nova lei *Procura por ajuda médica subiu 30% desde Dezembro PÁG 5

JTM 01-02-2012

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Jornal Tribuna de Macau

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Director José rocha Dinis | Director eDitorial executivo sérgio Terra | Nº 3956 | quarta-feira, 01 De fevereiro De 2012

澳門論壇日報 10 PaTacas

5% para funcionários públicosAo contrário do que tinha sido afirmado pelo director dos Serviços de Administração e Função Pública, na primeira reunião da comissão nomeada para decidir eventuais aumentos para os funcionários públicos, o próprio José Chu avançou

com uma proposta de 4,8%, garantiu ao JTM o presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública, Pereira Coutinho. Mas a proposta subiu até aos 5%, longe dos 7% que Coutinho queria. Pág 3

Wynn contesta “hipérboles”e “meias verdades” de Okadaa Wynn resorts solicitou a um tribunal do estado do Nevada a anulação do processo judicial interposto por Kazuo okada, sublinhando que os argumentos do ex-vice presidente da empresa são baseados em “insinuações, hipérboles, meias verdades e generalizações”. a operadora liderada por Steve Wynn sustenta que, ao abrigo da lei do Nevada, os accionistas não têm direito a inspeccionar os registos financeiros de empresas cotadas na Bolsa, como pretendia o magnata japonês, e contesta alegações do empresário nipónico sobre um potencial uso “inadequado” de fundos no caso da doação de 135 milhões de dólares à universidade de Macau. a Wynn frisa mesmo que, apesar de ter sido o único administrador a opor-se à aprovação do donativo, okada até deu sinais de apoiar a iniciativa ao viajar para Macau para participar na respectiva cerimónia comemorativa.

População do Japão em queda devido a fraca actividade sexuala população japonesa diminuirá cerca de 30 por cento para 86,7 milhões de pessoas até 2060, sendo que quase 40 por cento terá mais de 65 anos, indica um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde do Japão. De acordo com o jornal japonês “Mainichi Daily News”, o estudo revela que muitos jovens do país não têm interesse em sexo e 40 por cento dos casais entrevistados não possuem vida sexual activa. os homens casados (19,7 por cento) justificam a falta de actividade sexual com o cansaço sentido depois do trabalho e as mulheres alegam que o acto em si traz problemas (26,9 por cento). Muitos dos casais (20,9 por cento) evitam as relações íntimas para não engravidar. Segundo o estudo, citado pela agência efe, a queda da natalidade e o aumento dos idosos será a tendência dominante nos próximos 50 anos.

Taxa de desempregorecuou para mínimohistórico em Dezembro Pág 4

Casa de Portugal assumeambição de subir à 1ª Divisão do Futebol Pág 7

Satélite alemão por sete minutos quenão caiu sobre Pequim última Dificuldades

na tradução em debate centrais

Ramos-Horta recandidata-se para “continuar reforma” egarante que não fará campanha

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APOMAC avança para tribunal para reclamar subsídio deresidência para 169 aposentados

Vitórias na lutaanti-tabagismo *Aplicadas 260 multas após a nova lei *Procura por ajuda médicasubiu 30% desde Dezembro

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jornal tribuna De macau quarta-feira, 01 de fevereiro de 2012 pág 03pág 02 quarta-feira, 01 de fevereiro de 2012 jornal tribuna De macau

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jornal tribuna De macau

localPARA RECLAMAR DIREITO AO SUBSÍDIO DE RESIDÊNCIA DE 169 APOSENTADOS

aPoMac vai avançar para tribunalA Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC) está a preparar-se para lutar em tribunal pelo direito dos pensionistas que se viram privados do subsídio de residência por, segundo o Governo, terem regressado temporariamente a Portugal com despesas pagas. Francisco Manhão e Pereira Coutinho reiteram que as pessoas lesadas são aposentados e residentes permanentes de Macau e lamentam as declarações do director dos SAFP

Recorreu à tutela da Economia e Fi-nanças para reivindicar o subsídio de residência também para os apo-

sentados que antes da criação da RAEM aceitaram a passagem de fixação de re-sidência em Portugal, mas não obteve resposta. A Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC) soube ontem pelos jornais que o Governo não cederia, já que con-sidera que estes pensionistas não obede-cem aos requisitos necessários.

Considerando “lastimáveis” as de-clarações do director dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP), a associação está a preparar-se para avançar para tribunal ainda este mês. “Estamos dispostos a lutar até à última instância”, assegurou ao JTM o presiden-te da APOMAC, garantindo que não há disposição legal que determine que os reformados e pensionistas nesta situação não possam ter o mesmo direito.

A APOMAC já está a tratar de uma procuração que inclua a assinatura dos 169 pensionistas lesados, e a qual espe-ra entregar ao advogado ainda no final desta semana, disse Francisco Manhão, notando que a decisão do Governo foi determinada pelo seu “entendimento” e não pelo que consta na legislação.

Neste sentido, o responsável da APOMAC refere que as declarações de José Chu “são lamentáveis” e explica porquê. “Refere que os funcionários pú-blicos aposentados regressaram a Portu-gal na altura da transferência, mas não regressaram. A maioria dos que pediram

o subsídio de residência encontra-se a re-sidir em Macau”, expôs. “A Lei já é mui-to clara e não nos podemos esquecer que somos aposentados de Macau”, acrescen-tou, citando o artigo 10º do regulamento administrativo que rege a atribuição da subvenção.

De acordo com o estipulado na le-gislação, só não poderão recorrer a este subsídio de residência os trabalhado-res da função pública “que habitem em moradia do património da RAEM ou de qualquer outra pessoa colectiva de direi-to público”, bem como os “que recebam mensalmente subsídio para arrendamen-

to ou equivalente”.UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA. Francis-co Manhão considera que os argumentos apresentados não têm sustento, e salien-ta que as pessoas em questão, embora tenham efectuado a passagem de fixação de permanência numa altura em que o rumo de Macau se estava a decidir, aca-baram por se estabelecer na RAEM, ten-do o estatuto de residentes permanentes.

Também o presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) se mostrou indignado com as palavras de José Chu. Pereira Coutinho sublinha que as declarações do director do SAFP, “são infelizes e não contribuem para o desenvolvimento da harmonia social e desgastam a credibili-dade do Governo”.

O deputado alerta ainda que está a ser roubado um direito a poucas centenas de pessoas enquanto outros usufruem desta regalia sem dela deverem benefi-ciar. “Trata-se de uma situação injusta, quando vemos que outros pegam neste subsídio para outras despesas, enquanto os que mais precisam se vêem privados dele”, denunciou.

Para o responsável da ATFPM, o Governo está a negar uma oportunida-de de proporcionar melhores condições

de vida. “Tem tanto ao seu alcance para melhorar a qualidade de vida das pesso-as e faz o contrário, prejudica-as e fá-las infelizes. (...) Demonstra falta de vontade para resolver um problema que atinge poucas centenas de pessoas”, justificou.

Embora a ATFPM não tenha ponde-rado recorrer à justiça, Coutinho assegu-ra que a associação irá prosseguir com esta luta com o Governo. “Da nossa parte vamos continuar [a insistir] com o Chefe do Executivo. Porque como tenho dito o Chefe do Executivo ainda não tem rédeas no Governo”, mencionou ao referir-se ao comportamento de alguns Secretários.

Para Francisco Manhão, o objectivo do Governo de encontrar um subsídio de residência mais abrangente é positivo, mas lamenta que haja entidades que não tenham entendido a sua intenção políti-ca. O presidente da APOMAC mostra-se, por isso, descontente com uma situação que também considera injustiça.

Isto porque, diz, há pessoas que fora de Macau estão a receber este sub-sídio, enquanto os aposentados que per-manecem no território se vêem privados só porque na altura da transferência usufruíram de um direito que lhes foi concedido pelo Governo português. “Foi pedida a fixação de passagem e isto não quer dizer que tenham regressado para viver em Portugal. Foi um direito que o Governo nos deu na altura, não tem nada a ver com a RAEM. Estamos em Macau e somos portadores de residência perma-nente, não sei com que base de entendi-mento os SAFP mantêm esta decisão”, mencionou.

Os SAFP referiram-se a esta questão, na segunda-feira, vincando que os apo-sentados a quem foram pagas as despe-sas de bilhete de avião e contentor para Portugal, antes da criação da RAEM, não poderão receber o subsídio. Esta posição tinha sido vincada no segundo e último parecer emitido pelos SAFP.

Já o primeiro parecer dos SAFP, da-tado de Maio do ano passado, tinha sido favorável à causa da APOMAC. A “má” notícia surgiu apenas 20 dias depois: “so-mos do entendimento que o pessoal que exerça o direito de transporte por conta da RAEM deixa de reunir os pressupos-tos do Decreto Lei n.º 96/99/M, em con-sequência deixa de poder manter o direi-to ao subsídio de residência do ETAPM, desde 1 Abril de 2011”.

Francisco Manhão questiona ainda o facto de ser alegado nos documentos que a viagem foi “por conta da RAEM”, quando tudo aconteceu antes de 1999. Mesmo nos formulários de adesão ao subsídio chegou a constar este aspecto, mas foi posteriormente retirado, disse Francisco Manhão.

A associação não desistiu e interpôs um recurso hierárquico, em Setembro, à Secretaria da Economia e Finanças, mas não obteve resposta. Ontem, a APOMAC não poderia deixar de ter ficado surpre-endida com as declarações do responsá-vel dos SAFP. Porém, garante continuar a lutar pelas garantias dos pensionistas lesados.

fátima almeida

localFUNÇÃO PÚBLICA

Proposta para aumentos está afinal nos 5%As declarações do director dos Serviços de Administração e Função Pública, de que não tinham sido discutidos aumentos na função pública, foram ontem desmentidas pelas associações do sector. Pereira Coutinho confirmou que foi o próprio José Chu a abrir as hostilidades propondo subidas na ordem dos 4,8%. Mas proposta inicial cresceu 0,2% até ao final da reunião

Contrariando as afirmações do di-rector dos Serviços de Administra-ção e Função Pública (SAFP), os

representantes dos trabalhadores do sec-tor referiram que afinal José Chu chegou à primeira reunião da comissão nomeada para debater aumentos salariais e fez uma proposta: 4,8%.

O mesmo foi confirmado ao JTM pelo presidente da Associação dos Trabalhado-res da Função Pública (ATFPM), José Pe-reira Coutinho, que se mostra “indignado” não só como todo este processo tem sido conduzido, como pelo facto de “nem se-quer se ter analisado a proposta escrita da ATFPM” – que propõe 7% - e de na comis-são estarem elementos do sector privado. E critica: “5% não é aceitável”.

Aos jornalistas, na segunda-feira, José Chu era peremptório: “só na próxima reu-nião poderá haver propostas”. O que as associações do sector agora desmentem. Após José Chu ter avançado com a pro-posta de 4,8% para os aumentos da função pública, e com as associações do sector a re-clamar aumentos acima da taxa de inflação (5,81%) a proposta inicial foi subindo até chegar aos 5%.

Segundo Pereira Coutinho, os elemen-tos mais reticentes quanto a este aumento foram os pertencentes ao sector privado,

nomeadamente a Associação Comercial e a Federação das Associações dos Operários, cuja presença não é compreendida pelo sector público. “Porquê é que os privados estão presentes nesta comissão? O que têm que ver com a função pública?”, questio-na Coutinho, lembrando que foi da parte deste sector “que houve mais intervenções no sentido de travar uma actualização”. Por outro lado, quis saber se os funcioná-rios públicos também iriam passar a estar representados no Conselho Permanente da Concertação Social.

Para o também deputado, “a inclu-são de pessoas estranhas nesta comissão constitui uma espécie de conluio entre os Governantes e o sector industrial” que aca-ba por levar à falta de “pudor, dignidade e transparência em matérias governativas”.“GOVERNO NÃO TEVE CORAGEM DE ASSUMIR AUMENTOS”. Esta se-

mana, a comissão deve voltar a reunir-se, de forma a que seja enviada uma proposta para o Executivo o mais rápido possível. Mas o líder da ATFPM não poupa esta en-tidade, “que não tem utilidade”, uma vez que “os aumentos são da exclusiva respon-sabilidade do Governo, que não teve cora-gem de os assumir”.

Já relativamente aos retroactivos, e apesar de José Chu ter assegurado ontem que a questão não esteve em discussão, Pereira Coutinho contrapõe e afirma que a ATFPM abordou o assunto mas que “não houve resposta sobre isso”.

De acordo com as declarações presta-das anteontem aos jornalistas pelo director dos SAFP, na primeira reunião da comis-são nomeada pelo Governo para elaborar uma proposta de aumento salarial para os funcionários públicos, apenas se tinha dis-cutido os critérios a ter em conta. José Chu

falou da situação financeira do Governo, da tendência e nível das remunerações pratica-das no sector privado, da inflação e da opi-nião da sociedade em geral. Só não revelou, apesar de ter sido questionado sobre isso, a proposta que o próprio avançou, segundo as associações, de aumento salarial. Preferiu remeter para uma segunda reunião, ainda a ser convocada e que serviria apenas para anunciar oficialmente este aumento.

Confirmando também que a propos-ta de 5% de aumentos não foi votada nes-ta comissão, Coutinho, que não acredita numa mudança desta percentagem, afirma que lhe resta “continuar a insistir nesta questão na Assembleia Legislativa, através de interpelações”.

Por esclarecer fica ainda o método, que deveria ser encontrado, que venha a agilizar estes aumentos de ordenados na função pública.

PSP deixou de cobrar rendas na obra Socialos funcionários públicos que vivem nas casas da obra Social da PSP deixaram de pagar renda há cerca de três meses, disse ao JtM o deputado Pereira coutinho. a decisão foi tomada pela entidade de segurança pública do território, depois da associação dos trabalhadores da função Pública ter pedido ao Governo para que os pensionistas a morar nestas casas também beneficiassem de subsídio de residência. o executivo não cedeu e em resposta a uma interpelação de Pereira coutinho, os Serviços de administração e função Pública alegaram que estas moradias eram de “natureza pública”, por isso, os arrendatários não poderiam usufruir do subsídio. Porém, a PSP decidiu isentar os antigos funcionários de pagar a renda. “como a PSP tem um Secretário diferente teve consciência e bondade em ajudar os seus colegas que contribuíram para a segurança do território”, referiu Pereira coutinho, satisfeito com esta acção que vai beneficiar cerca de 100 pessoas.

Francisco Manhão promete lutar “até à última instância” para defender direitos de 169 aposentados

Na primeira reunião da comissão, José Chu avançou com proposta de 4,8% segundo Pereira Coutinho

REFORMA DO SISTEMA POLÍTICO

Novo Macau já pensa no pós-PequimPara a associação, que tem criticado a falta de sessões públicas de esclarecimento e de auscultação sobre a reforma política em curso, esta primeira fase era essencial. Mas ainda há tempo para a discussão e para mais iniciativas da Novo Macau depois do Comité Permanente dar uma resposta sobre o relatório a ser enviado por Macau

A Associação Novo Macau voltou ontem a criticar o Governo devido à falta de sessões públicas de aus-cultação relacionadas com a reforma do sistema

político e à pouca divulgação que foi feita. Para sábado já está marcado um seminário mas segundo o presidente da associação, Jason Chao, “há mais actividades pensadas” e “não são rejeitadas quaisquer tipo de iniciativas” no futu-ro, após a recepção da resposta de Pequim, avisa.

“O Governo limitou os canais de expressão e houve muito mais sessões para as organizações tradicionais, o que foi injusto”, classificou.

Jason Chao reconheceu que o seminário de sábado, no Centro Pastoral Diocesano, perto do Mercado Verme-lho, já não vai contar para o Governo uma vez que o pra-zo de recepção das opiniões por escrito terminou ontem. “Pensamos nisto como todo um processo e ainda há mais [fases] em que se possa discutir”, explicou.

Ainda assim, apesar de o Executivo garantir que vai voltar a lançar um documento de consulta pública sobre esta temática, após a análise de Pequim, a Novo Macau continua a defender que mais pessoas deveriam ter sido ouvidas. “É claro que este primeiro passo é importante porque vai traçar um quadro e vai determinar direcções que a reforma política pode vir a seguir”, argumentou.

Por outro lado, estranhou nas várias sessões de con-sulta o alinhamento de muitas opiniões. “Muitas das ideias era cópias de outras que já tinham sido avançadas anterior-mente, é claro que as organizações tradicionais formaram muitos dos seus membros para darem a mesma opinião”. E nada disto está mal, a não ser “a falha do Governo na fal-ta de prestação de informações” ao público em geral sobre esta matéria.

Ontem terminou o prazo oficialmente designado pelo Governo para a recepção de opiniões, por email e por car-ta. No total, o director dos Serviços de Administração e Função Pública, José Chu, referiu anteontem que tinham sido enviadas mais de 1.000.

Ontem, os “Kaifong”, foram recebidos pelo Che-fe do Executivo para darem a sua opinião sobre a re-forma política.

Segundo o calendário avançado pelo Governo, agora no início do mês o Chefe do Executivo deve apresentar um relatório ao Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular, que tomará uma decisão, remetendo o documen-

to de novo para Macau. Nesta fase, deverá ser então apre-sentado um documento de consulta pública, contendo não só a decisão do Comité Permanente mas também as opini-ões recolhidas na primeira fase. Num terceiro momento, o Governo apresenta à Assembleia Legislativa uma propos-ta com alterações aos dois anexos da Lei Básica (sobre a es-colha dos deputados e do Chefe do Executivo), que terá de ser aprovada por uma maioria de dois terços dos deputa-dos. As alterações devem contar já para as eleições de 2013 (Assembleia Legislativa) e 2014 (Chefe do Executivo).

H.a.

Ng Kuok Cheong, Scott Chiang, Jason Chao e Au Kam Santêm criticado o Governo por não informar a população

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(...) José Chu “refere que os funcionários públicos aposentados regressaram a Portugal na altura da transferência, mas não regressaram. A maioria dos que pediram o subsídio de residência encontra-se a residir em Macau” (...) – Francisco Manhão

(...) O Governo “tem tanto ao seu alcance para melhorar a qualidade de vida das pessoas e faz o contrário, prejudica-as e fá-las infelizes. (...) Demonstra falta de vontade para resolver um problema que atinge poucas centenas de pessoas” (...) – Pereira Coutinho

(...) “A inclusão de pessoas estranhas nesta comissão constitui uma espécie de conluio entre os Governantes e o sector industrial [que acaba por levar à falta de] pudor, dignidade e transparência em matérias governativas” (...) - José Pereira Coutinho

(...) “[Resta] continuar a insistir nesta questão [dos aumentos salariais na função pública] na Assembleia Legislativa, através de interpelações” (...) - Idem

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Helder almeida

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pág 04 quarta-feira, 01 de fevereiro de 2012 jornal tribuna De macau jornal tribuna De macau quarta-feira, 01 de fevereiro de 2012 pág 05

fátima almeida

localPASSAGEIROS SOBEM 12% NA AIRASIA. a airasia, companhia aérea de baixo custo que efectua ligações para Macau, transportou um total de 7,9 milhões de passageiros no quarto trimestre de 2011, o que representa um aumento de 12,3 por cento face ao período homólogo do ano anterior. entre 2010 e 2011, a taxa de ocupação da airasia subiu de 78 para 80%.

CREDIT SUISSE MELHORA RATING DA MGM. analistas do credit Suisse melhoraram a recomendação para as acções da MGM resorts, grupo que controla a MGM Macau, elevando-a de “underperform” (abaixo da média do sector) para “neutro”. o preço alvo das acções da empresa foi fixado em 13 dólares americanos.local

DSAL VOLTA A AVISAR EMPREITEIROS. os Serviços para os assuntos laborais ameaçaram ontem aplicar sanções aos empreiteiros que não cumpram a obrigação de comunicar o início das obras de construção, com pelo menos sete dias de antecedência. tudo para que o organismo possa programar as devidas inspecções e supervisionar a segurança e saúde ocupacionais.

MAIS 40 MIL PATACAS PARA MARCHA DA CARIDADE. a ctM entregou 40.740 patacas ao fundo de Beneficência dos leitores do Jornal ou Mun, fruto de uma campanha de angariação promovida junto dos seus clientes, que foram incentivados a doar 30 patacas para a “Marcha de caridade Para um Milhão”, realizada em Dezembro. a ctM já tinha entregue um donativo de 300 mil patacas ao fundo.

TAXA CAIU PARA 2,1 POR CENTO EM DEZEMBRO

Desemprego atinge mínimo históricoA taxa de desemprego em Macau voltou a descer em Dezembro, atingindo 2,1 por cento, o nível mais baixo de que há registo no território

No último trimestre do ano transacto, a taxa de desempre-go foi estimada em 2,1%, o que representa uma descida de 0,2 pontos percentuais face ao período anterior (Setembro

a Novembro de 2011). Comparativamente a Dezembro de 2010, a descida situou-se nos 0,6 pontos percentuais, indicam dados on-tem divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

A taxa de desemprego estimada para o final de Dezembro passou a ser a mais baixa de sempre no território, de acordo com os registos disponibilizados pela DSEC desde 1996.

Em Dezembro, a taxa de sub-emprego foi calculada em 0,9%, o que traduz descidas de 0,2 e 0,8 pontos face ao mês anterior e ao período homólogo de 2010, respectivamente.

As estatísticas oficiais revelam ainda que, no final de Dezem-bro, a taxa de desemprego desceu 0,5 pontos em relação ao terceiro trimestre de 2011 (2,6%), sendo que no caso específico dos residen-tes decresceu 0,6 pontos para 2,7%.

No cômputo geral de 2011, o desemprego atingiu os 2,5%, me-nos 0,3 pontos do que no ano anterior. Por sua vez, a taxa de desem-prego dos residentes também recuou 0,3 pontos para 3,2%.MAIS 3.300 COM EMPREGO. No período de Outubro a Dezem-bro de 2011, a população activa era composta por 347 mil pessoas,

tendo a taxa de actividade cor-respondido a 72,9%, mais 0,4 pontos do que no final de No-vembro.

De acordo com a DSEC, a população empregada incluía 340 mil indivíduos, assinalan-do um aumento significativo de 3.300 comparativamente ao período entre Setembro e No-vembro. A situação do emprego melhorou sobretudo na área das lotarias e outros jogos de aposta e nos hotéis e unidades simila-res, compensando as quebras nos restaurantes e no comércio a retalho.

No universo da população desempregada foram contabili-zados 7,4 mil pessoas, evidenciando uma redução de 600 face ao período anterior. O grupo das pessoas que estavam à procura do primeiro emprego representou 12,4% do total da população desem-pregada, o que também representa uma descida de 2,9 pontos em relação ao período anterior.

No intervalo de três meses, a população activa aumentou em 2.900 pessoas. Nesse domínio, a DSEC realça, por um lado, o cres-cimento de 4.400 pessoas na população empregada e, por outro, o decréscimo de 600 indivíduos no grupo dos subempregados e de 1.500 entre os desempregados.

Mais 1.000 patacas para os residentesa mediana do rendimento mensal dos residentes empregados situou-se nas 12.000 patacas no final de 2011, traduzindo uma subida de 1.000 patacas, face ao terceiro trimestre do ano passado. Menos sorte tiveram os não residentes a avaliar pelos dados estatísticos sobre a mediana da população empregada global que colocam o valor do rendimento mensal nas 10 mil patacas, ou seja o mesmo nível do trimestre anterior.

Direcção dos Serviços de Finanças

EDITALDECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS DO IMPOSTO PROFISSIONAL

RESPEITANTE AO EXERCíCIO DE 2011

1. Em conformidade com o disposto no artigo 10.º, n.º 1 do Regulamento do Imposto Profissional, avisam-se todos os contribuintes do 1.° Grupo (assalariados e empregados por conta de outrem) e do 2.º Grupo (profissões liberais e técnicas) - sem contabilidade devidamente organizada - do referido imposto, que deverão entregar, durante os meses de Janeiro e Fevereiro de 2012, na Repartição de Finanças de Macau, em duplicado, uma declaração de rendimentos. conforme o modelo M/5, de todos os rendimentos do trabalho por eles recebidos ou postos à sua disposição no ano antecedente.

2. Ficam dispensados da apresentação da referida declaração os contribuintes do 1.º Grupo cujas remunerações provenham de uma única entidade pagadora.

3. Os contribuintes do 2.° Grupo (profissões liberais e técnicas) - com contabilidade devidamente organizada conforme n.º 1 do artigo 11.º do mesmo Regulamento - deverão entregar, a partir de 1 de Janeiro até 15 de Abril de 2012, na Repartição de Finanças de Macau, uma declaração de rendimentos, conforme o modelo M/5 e o Anexo A, em duplicado, juntamente com os seguintes documentos:a) Balanços de verificação ou balancetes progressivos do razão geral, antes e depois dos

lançamentos de rectificação ou regularização e de apuramento dos resultados do exercício;b) Mapa modelo M/3 de depreciações e amortizações dos activos fixos tangíveis e intangíveis e

mapa modelo M/3A da discriminação dos elementos alienados a título oneroso e dos abatidos a que se refere a alínea d) do n.º 1 do artigo 13.° do Regulamento do Imposto Complementar de Rendimentos;

c) Mapa modelo M/4 do movimento das provisões a que se refere a alínea e) do n.º 1 do artigo 13.º do Regulamento do Imposto Complementar de Rendimentos.

4. Todas as entidades patronais deverão entregar nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2012, na Repartição de Finanças de Macau, uma relação nominal, em duplicado, conforme o modelo M3/M4, dos assalariados ou empregados a quem. no ano anterior, hajam pago ou atribuído qualquer remuneração ou rendimento.

5. Conforme o Regulamento do Imposto Profissional, a falta da entrega da declaração de rendimentos e das relações nominais dos empregados ou assalariados, ou a inexactidão dos seus elementos, será punida com a multa de 500,00 a 5.000,00 patacas.

6. Os impressos da declaração e das relações nominais são disponíveis no Núcleo do Imposto Profissional do Edifício de Finanças, no Centro de Atendimento Taipa e no Centro de Serviços da RAEM.

Aos 14 de Dezembro de 2011.

A Directora dos Serviços,Vitória da Conceição

Gabinete para as Infra-estruturas de TransportesANÚNCIO

CONCuRSO PÚbLICO PARA A “CONSTRuÇÃO DA SuPER-ESTRuTuRA DO PARquE DE MATERIAIS E OFICINA DA

1.ª FASE DO SISTEMA DE METRO LIGEIRO -C385”

1. Entidade que põe a obra a concurso: Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes.2. Modalidade de concurso: concurso público.3. Local de execução da obra: num terreno do parque de materiais da 1.ª fase do Sistema de Metro Ligeiro situado na parte leste do

Cotai, a Sul do Aeroporto Internacional de Macau, o Oeste da Avenida do Aeroporto.4. Objecto da Empreitada: Construção da Super-estrutura do Parque de Materiais e Oficina da 1.ª Fase do Metro Ligeiro, bem como

as relativas obras.5. Prazo de construção: o prazo máximo de construção é de 1015 (mil e quinze) dias de calendário, respeitando as datas chaves

(parcelares vinculativas), permitindo acesso ao Estaleiro por parte de outros Empreiteiros, nas condições estabelecidas no artigo 14 das Cláusulas Complementares do Caderno de Encargos.

6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do acto público do concurso, prorrogável, nos termos previstos no programa do concurso.

7. Tipo de empreitada: a empreitada é por série de preços.8. Caução provisória: é de $14,000,000.00 (catorze milhões de patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancária

ou seguro-caução aprovado nos termos legais.9. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o empreiteiro tiver a receber, em cada um dos

pagamentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, para reforço da caução definitiva a prestar).10. Preço base: não há.11. Condições de admissão:

• Serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução de obras, bem como as que à data do concurso tenham requerido a sua inscrição ou renovação, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição ou renovação.

12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas:Local: Sede do Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes,

sita na Rua Dr. Pedro José Lobo nº 1-3, Ed. Banco Luso Internacional, 26º andar.Dia e hora limite: dia 10 de Abril de 2012, (terça - feira), até às 17:00 horas.

13. Local, dia e hora do acto público:Local: Sala de reunião do Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes,

sita na Rua Dr. Pedro José Lobo nº 1-3, Ed. Banco Luso Internacional, 11º andar.Dia e hora: dia 11 de Abril de 2012, (quarta-feira), pelas 9:30 horas.Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público de abertura de propostas para os efeitos previstos no artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

14. Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo:Local: Sede do Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes,

sita na Rua Dr. Pedro José Lobo nº 1-3, Ed. Banco Luso Internacional, 26º andar.Hora: horário de expediente;Preço: $ 15. 000,00 (quinze mil patacas).

15. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação:- Preço razoável 55%- Plano de trabalhos 15%- Experiência e qualidade em obras 26%- Integridade e honestidade 4%

16. Junção de esclarecimentos:Os concorrentes poderão comparecer na sede do GIT, situada na Rua Dr. Pedro José Lobo nº 1-3, Ed. Banco Luso Internacional, 26º andar, GIT, Macau, a partir de 1 de Fevereiro de 2012, inclusive, e até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.

Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes, aos 26 de Janeiro de 2012.

O Coordenador, Substituto,Ho Cheong Kei

Valor da venda de apartamentos subiu em DezembroO preço médio por metro quadrado das fracções autónomas destinadas à habi-tação que foram declaradas para liqui-dação do imposto do selo por transmis-sões de bens atingiu 53.254 patacas em Dezembro de 2011, indicam dados on-tem publicados pela Direcção dos Ser-viços de Finanças na sua página da in-ternet. Este valor representa acréscimos de cerca de 39 e 50 por cento, compara-tivamente ao mês anterior e ao período homólogo do ano anterior, quando os preços médios situaram-se em 38.271 e 35.416 patacas. Durante o último mês do ano passado registaram-se 885 transmissões de bens, incluindo 627 na península de Macau, 243 na Taipa e 15 em Coloane. No entanto, os Serviços de Finanças realçam que cerca de 30 e 50 por cento do total das transacções rea-lizadas em Dezembro na península de Macau e na Taipa, respectivamente, en-volvem fracções dos mesmos projectos habitacionais recentemente colocadas à venda. Em Coloane, mais de 70 por cento das 15 transacções realizadas in-tegra o mesmo projecto habitacional, sendo mais de metade das fracções do tipo “duplex”. Em causa estão três projectos de “gama alta”, notam os Ser-viços de Finanças, ao justificarem os preços médios relativamente elevados das transacções feitas nas três zonas do território.

ENTRE DEZEMBRO E JANEIRO PROCURA POR AJUDA MÉDICA SUBIU 30 POR CENTO

Mais 600 tentam abster-se do tabacoCom a chegada do regime de prevenção e controlo do tabagismo 601 pessoas decidiram procurar um médico para cortar os cigarros das suas vidas. Os Serviços de Saúde falam num aumento de 30% entre Dezembro e Janeiro e referem que a legislação vigente há um mês está a ser implementada com sucesso. 36% das 1.272 pessoas que seguiram para tratamento nos centros de saúde públicos estiveram sem fumar pelo menos seis meses

Desde que o regime de prevenção e controlo do tabagismo entrou em vigor, há um mês, as in-fracções aumentaram de dia para dia, mas o

prenúncio de uma lei penalizadora também levou as portas dos centros de saúde a abrirem-se para cente-nas de pessoas que manifestaram a intenção de apagar o cigarro das suas vidas. Segundo os Serviços de Saú-de (SSM), só entre Dezembro e a última segunda-feira 601 pessoas procuraram ajuda médica para deixar de fumar, o que representa uma subida de 30%. A maio-ria dos que manifestaram este desejo tinham entre 30 e 60 anos.

Já no ano passado, no total, os SSM registaram

2.977 casos em que houve procura de um médico. Desde a criação deste serviço de consulta externa para “abstenção de tabagismo” foram, no entanto, 1.272 pessoas que efectivamente aceitaram seguir para tra-tamento, sendo que 36% conseguiram não tocar num cigarro pelo menos durante seis meses.

A chefe do Gabinete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo referiu que atenção agora está voltada para “a saúde dos jovens”. “Os Serviços de Saúde vão colaborar com a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude para realizar actividades”, disse Li Siu Tin, durante a conferência de imprensa de balanço do pri-meiro mês em vigor da legislação.

Apesar de os SSM continuarem a insistir numa política sem fumo e salientarem o “sucesso” da imple-mentação da lei, as passagens de nível, os jardins e os restaurantes – locais onde é proibido fumar continu-am ainda a ser apetecíveis. Até segunda-feira, durante as 18.760 inspecções realizadas, registaram-se 260 in-fracções, tendo 140 sido praticadas por residentes de Macau.

Embora se vejam obrigados ao pagamento de uma multa que pode chegar às 600 patacas, os infractores não têm levantado problemas, assegurou o director

dos Serviços de Saúde, mostrando-se satisfeito com a implementação da lei. “Os cidadãos apoiam esta lei e quando os agentes os avisam da proibição de fumar colaboram apagando de imediato os cigarros”, men-cionou.

Apesar da polícia ter sido chamada a intervir em 22 situações, Lei Chin Ion, garante que não se regista-ram casos de agressões. O dirigente dos SSM referiu que em nove situações as autoridades tiveram de ac-tuar por os acusados se terem recusado a fornecer do-cumentos ou não estarem na posse dos mesmos, mas “houve ocorrências violentas”.

Das multas emitidas 40% continuam por pagar, avançou ainda Lei Chin Ion, desvalorizando esta questão, ao notar que em muitos casos o prazo estabe-lecido para o pagamento ainda não terminou. Quando findar o período de pagamento os Serviços de Finan-ças procederão à cobrança obrigatória da multa no caso de residentes de Macau. Já os não locais se não cumprirem o pagamento da multa verão recusada a sua entrada em Macau no futuro, esclareceu ainda o mesmo responsável.

As pessoas acusadas - 97% são do sexo masculino - foram apanhadas a infringir a lei em passagens para peões (42), jardins (33), restaurantes (30), lojas (28) e paragens de táxis (20 pessoas). Das infracções verifica-das 136 foram registadas na zona da Areia Preta, 54 no Tap Seac, 28 no Fai Chi Kei, 17 no Porto Interior, 13 em São Lourenço, 10 na Taipa e duas em Coloane.

As acusações foram deduzidas pelos Serviços de Saúde (210), pelo Instituto de Acção Social (41), pela PSP (9). Ainda houve 384 queixas remetidas, sobre-tudo relativas ao fumo em zonas de proibição de fu-mar, sendo que destas resultaram 55 acusações. Ainda que só em meia centena de casos se tenham gerado em multas, Li Siu Tin assegura que todas as queixas são seguidas. Até segunda-feira foram ainda recebi-das 1096 chamadas, das quais 672 diziam respeito a pedidos de esclarecimento, 401 a reclamações e 121 a opiniões.

Por sua vez, o responsável pelos Serviços de Saú-de, referiu ainda que caso seja detectado o uso de taba-co electrónico em lugares onde é proibido fumar será feito um teste laboratorial para determinar se contém nicotina. Se tal se vier a confirmar será também dedu-zida uma acusação.

TAXAS DE OCUPAÇÃO A RONDAR OS 90%

ano Novo lunar favorável aos hotéisA procura de quartos durante os sete dias de feriado em Macau rondou os 20.000 por dia. Nestes feriados, o número de visitantes (diferente do número de turistas) ascendeu a 860 mil, segundo dados provisórios do Turismo

O Ano Novo Lunar começou por ser favorável às unidades hoteleiras de três, quatro e cinco estrelas que es-

tiveram com taxas de ocupação a rondar os 90%. Mas este período também ficou mar-cado pelo aumento do preço médio dos quartos, principalmente das pensões, cuja subida passou os 28%. A média diária de quartos alugados nesta altura foi superior a 20.000 por dia, um crescimento de 19,2%, de acordo com dados divulgados pela Di-recção dos Serviços de Turismo.

Nesta altura, os hotéis de três estrelas registaram uma taxa média de ocupação na ordem dos 92%, uma subida de 4,8 pontos percentuais. No caso dos hotéis de quatro estrelas, a taxa média de ocupação diária foi de 88,8%, mais 5,1 pontos percentuais, os hotéis de cinco estrelas registaram 94,9%,

uma subida de 3,7 pontos percentuais.O preço médio por quarto das pen-

sões e hotéis de todas as categorias regis-tou, por outro lado, uma tendência notó-ria de aumento neste período. Durante a semana dourada, o preço médio por quarto das pensões foi de 557 patacas, um aumento de 28,1%. Já os preços nos hotéis de duas estrelas situou-se nas 956.2 patacas, uma subida de 2,8%, dos hotéis de três estrelas 1.983 patacas, mais 8,4%, dos hotéis de quatro estrelas 1.953 pata-cas, mais 21,6%, e de cinco estrelas 2.401 patacas, um aumento de 9,1%.

Durante os sete dias de feriado Ma-cau recebeu mais de 860 mil visitantes (dados ainda provisórios e que diferem do número de turistas, que também cres-ceu), o que representa um aumento de 6,9% em relação a idêntico período no ano passado. Entre os visitantes, 540 mil (quase 94% do total) vieram do Interior da China, uma subida de 14,5%. Já os vi-sitantes de Taiwan cresceram 15%.

A DST anunciou ainda ter recebido neste período seis casos de queixas e pedi-dos de ajuda de visitantes, entre os quais, três referentes a alegados incumprimentos

de itinerário de excursões por agências de viagem, dois a reservas de quartos de hotel e um relativo a um visitante que se encon-trava perdido.

No âmbito do combate à prestação ile-gal de alojamento, no período entre 22 e 30 de Janeiro, a DST selou ainda três fracções

suspeitas, tendo sido identificado um ex-plorador, um controlador e dois angariado-res, contra os quais já foi iniciado um pro-cesso sancionatório. Um explorador pagou entretanto uma multa de 200.000 patacas aplicada pela DST por prestação ilegal de alojamento.

Regras para salassem fumo “a curto prazo”o Governo assegurou ontem que o relatório de qualidade do ar pedido ao laboratório Principal Nacional de fumo e fogo da china continental, “será concluído a curto prazo”, mas não revelou mais pormenores. Só depois de ser conhecido o resultado deste estudo os casinos poderão proceder à construção de áreas para fumadores que não ultrapassem os 50 por cento do espaço total de jogo. as operadores terão até ao final do ano para realizar todas as mudanças necessárias, altura em passam a estar obrigadas à proibição de fumar.

540 mil visitantes (quase 94% do total) vieram do Interior da China, uma subida de 14,5%

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pág 06 quarta-feira, 01 de fevereiro de 2012 jornal tribuna De macau

localMAIS DUAS MULHERES NA “REDE” DA PROSTITUIÇÃO. Duas mulheres, de 27 e 41 anos, ambas do continente, foram conduzidas à esquadra por suspeita de prostituição. Durante a fiscalização a um apartamento, foram encontrados diversos preservativos, tendo as mulheres alegadamente confessado que prestavam serviços de prostituição.

FURTO EM MOTOCICLO. o dono de um motociclo esteve ausente apenas 20 minutos, mas foi o suficiente para ser vítima de furto. Do interior do veículo desapareceu uma carteira contendo cerca de quatro mil patacas. as autoridades acreditam que terá sido usada uma chave falsa já que não foram encontrados vestígios de arrombamento.

jornal tribuna De macau quarta-feira, 01 de fevereiro de 2012 pág 07

localMACAU.COM PROMOVE GASTRONOMIA. o portal Macau.com passou a integrar a secção “tasting Kitchen” por forma a divulgar o panorama gastronómico do território. residentes e turistas podem aceder a uma vasta lista de restaurantes, filtrados pelo tipo de cozinha, preços e localização.

METEOROLOGIA COM SELOS PERSONALIZADOS. os 60 anos da fundação da Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos vão ser celebrados com a criação de selos personalizados da autoria de chen Ya Sin, vencedor de um concurso organizado com esse intuito. a iniciativa foi organizada pelos Serviços Meteorológicos e Geofísicos e Serviços de correios, em colaboração com a “Macau artist Society” e associação de Designers de Macau.

A Sands China vai pagar dividendos interinos no va-lor de 0,58 dólares de Hong Kong por cada acção. O pagamento ontem anunciado pela operadora de

jogo deverá ser concretizado a 28 de Fevereiro e vai con-templar aqueles que possuam acções da empresa no dia 20 do mesmo mês.

Esta é a primeira vez que a subsidiária do grupo Las Vegas Sands decide distribuir dividendos pelos seus ac-cionistas, seguindo o exemplo de empresas como a Wynn Macau e a Sociedade de Jogos.

No anúncio ao mercado de capitais, a Sands China su-blinha ainda que possui fundos suficientes para financiar os seus planos de expansão em Macau, nomeadamente no CO-TAI. “Após o pagamento deste dividendo interino, a empre-sa tem reservas suficientes para financiar as suas operações e a expansão de negócios, incluindo o desenvolvimento de mais resorts integrados em Macau”, refere o comunicado da operadora dos complexos Venetian e Sands Macau.

No final de Março, a operadora deverá inaugurar a pri-meira fase do “Sands Cotai Central”, projecto desenvolvido nos lotes cinco e seis do COTAI que abrange três unidades hoteleiras, das marcas Conrad, Sheraton e Holiday Inn. No total, o novo complexo vai disponibilizar 5.800 novos quar-tos, 110.000 metros quadrados de espaços comerciais, entre-tenimento e de restauração e de convenções e reuniões além de 28.000 metros quadrados de áreas de jogo.

O valor das acções da Sands China sofreu uma valori-zação de 19% em Janeiro na Bolsa de Hong Kong, superan-do os ganhos de 10% do índice Hang Seng.

Mulher pode ter informaçõesimportantes que ajudem a desvendar o caso

PROCURADA MULHER QUE PODE AJUDAR A DESVENDAR CASO DE VIOLAÇÃO

“caça” à testemunhaA Polícia Judiciária (PJ) divulgou ontem uma fotografia de uma mulher que poderá ser a chave para um caso de violação de uma jovem de apenas 13 anos, ocorrida em Setembro do ano passado

O caso ocorreu a 6 de Setembro do ano passa-do, mas a polícia continua em busca de provas para colocar um ponto final no assunto. Uma

jovem de apenas 13 anos de idade foi violada no inte-rior de um prédio nos arredores do Jardim do Istmo, tendo sido detido, dois dias depois, um homem que foi apontado como o principal suspeito.

No entanto, e como não existiam provas suficien-tes para o manter detido, o suspeito continuou em li-berdade enquanto aguarda julgamento.

A PJ divulgou ontem à comunicação social uma fotografia de uma mulher que poderá ter informações importantes que venham a contribuir para o sucesso das investigações.

Foi ainda lançado um apelo a quem tenha conhe-cimento da identidade da mesma para contactar as autoridades através do seu centro operacional.FURTOS PARA TODOS OS GOSTOS. O final do mês de Janeiro parece ter sido propício para uma “onda” de furtos, revelaram as autoridades. O caso mais ca-ricato terá acontecido no interior de um automóvel estacionado na zona da Areia Preta, tendo o ladrão levado uma mochila, cigarros e até um par de sapatos, lesando a vítima em cerca de quatro mil patacas.

Num restaurante, um homem teve uma surpresa desagradável quando se preparava para pagar, ten-do constatado que a sua carteira tinha desaparecido

do bolso do casaco. Pediu então aos funcionários do restaurante para ver as câmaras de videovigilância, tendo verificado que um indivíduo tinha mexido no casaco quando ele não estava a ver. O caso acabou por ter um final feliz já que a PSP conseguiu identificar e localizar o suspeito que estava nas proximidades.

O maior prejuízo acabou por acontecer num furto a uma habitação situada na Avenida Almirante Lacer-da, lesando a vítima em mais de 60 mil patacas, para além de cartões de crédito e documentos de identifi-cação. O caso ocorreu enquanto a vítima dormia, mas até poderia ter evitado o roubo já que, segundo contou à polícia, ouviu um barulho por volta das 3 da madru-gada, mas decidiu permanecer na cama.

Mais silencioso foi um assaltante que furtou a carteira e o telemóvel que estavam numa mesa junto à vítima enquanto esta dormia. Os prejuízos, neste caso, rondam as oito mil patacas.

EMPRESA DIZ QUE TEM FUNDOS SUFICIENTESPARA PLANOS DE EXPANSÃO

Sands paga dividendos

pedro andré santos

O Conselho de Administração da Sands China aprovou, pela primeira vez, o pagamento de dividendos aos accionistas e assegurou que a situação financeira da empresa é sólida

1ª Vez

Divisão de Coisa Comum nº CV3-10-0182-CPE 3° Juízo Cível

Autores: HO, SOI LAN, CHONG, KuN WA, CHONG, WAI KuN, CHONG, WAI SAN e CHIO, CHI KIT, residentes na Rua do Capão, 3-D, 4º B em Macau.Rés: CHONG WAI CHAN, residente na Rua do General Galhardo, 2-B, Edifício Mei Fong, 4º A em Macau.

FAz-SE SAbER quE por esta Secção, correm éditos de VINTE DIAS, contados da segunda e última publicação do anúncio, citando os Credores Desconhecidos, para no prazo de QuINzE DIAS, decorrido que seja o dos éditos, reclamarem o pagamento dos respectivos créditos pelo produto da fracção autónoma designada por A4, do 4º A, para habitação, do prédio sito em Macau, com os números 2-A a 2-B da Rua do General Galhardo, inscrito na matriz predial sob o númcero 37401 e descrito na Conservatória do Registo Predial sob o número 10002 a fls. 35v do Livro B27, sobre que tenham garantia real.

RAEM, 19 de Janeiro de 2012.

O Juiz de Direito,a) Rui Carlos Pereira RibeiroO Escrivão Judicial Principal,

a) Acácio Coelho

“JTM” - 1 de Fevereiro de 2012

TRIbuNAL JuDICIAL DE bASE JuízO CíVEL

ANÚNCIO Direcção dos Serviços de Turismo

Mandado de Notificação Nº 35/AI/2012

---Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor 胡跃华 que, na sequência do Auto de Notícia n.º 3/DI-AI/2011, de 08.01.2011, levantado pela DST e por despacho do Exmo. Senhor Director destes Serviços, de 25.11.2011, exarado no Relatório n.º 564/DI/2011, de 18.11.2011, foi desencadeado procedimento sancionatório, com vista ao seu alojamento na fracção autónoma situada na Alameda Dr. Carlos D’Assumpção N° 568, Edf. Chong Fu, 14º andar B e utilizada para a prestação ilegal de alojamento. ---No mesmo despacho foi determinado, que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria constante daquele Auto de Notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito. Nos termos do n.° 2 da artigo 14.° da Lei n.° 3/2010 não é admitida apresentação de defesa ou de provas fora do prazo. ---A matéria constante daquele Auto de Notícia constitui infracção ao artigo 2.º da Lei n.° 3/2010, tal facto é punível nos termos no n°. 1 do artigo 10.º da Lei n.° 3/2010. ---O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.ºs 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18° andar, Macau. ---Direcção dos Serviços de Turismo, em Macau, aos 27 de Janeiro de 2012.

A Directora dos Serviços, Substª., Maria Helena de Senna Fernandes

Direcção dos Serviços de Finanças

AVISO

ISENÇÃO DE IMPOSTO DO SELO SObRE TRANSMISSõES DE bENS

De acordo com o artigo 13º do Orçamento da Região para o ano de 2012, aprovado pela Lei nº 12/2011, os bens imóveis comprados para a finalidade de habitação do imposto do selo, até ao valor de $3 000 000,00 (três milhões de patacas) encontram-se isentos de imposto do selo por transmissão de bens, no ano de 2012, pelo que, avisa-se o seguinte:I. Para beneficiar da isenção do imposto do selo, devem os contribuintes

apresentar o requerimento, junto da DSF, desde que preencham os seguintes requisitos:1. sejam residentes permanentes da Região Administrativa Especial de

Macau, maiores de idade, e,2. não sejam proprietários no ano de 2012 de qualquer bem imóvel

(tais como: bens utilizados para a finalidade de habitação, de comércio, de escritório, de indústria, de estacionamento de veículos motorizados, etc.), na Região Administrativa Especial de Macau, com excepção do proprietário de um imóvel cuja finalidade seja destinada ao estacionamento de veículos motorizados.

II. Considera-se proprietário a pessoa singular que tenha adquirido bens imóveis por qualquer um dos documentos considerados como fonte de transmissão para efeitos fiscais, independentemente do registo de aquisição na Conservatória do Registo Predial.

III. A transmissão dos bens imóveis a terceiro, que não seja por motivo de sucessão hereditária, no período de 3 anos contados da data da concessão da isenção, determina a caducidade da mesma, devendo o seu beneficiário, antes daquela ocorrer, proceder ao pagamento do imposto do selo que seria devido nos termos gerais.

Aos 6 de Janeiro de 2012.

A Directora dos DSF,Vitória da Conceição

Casa de Portugal espera a equipaadversária da Alfândega “na expectativa”

PELÉ, TREINADOR DA CASA DE PORTUGAL:

“objectivo é a I Divisão”No arranque da II Divisão de futebol, o Organismo Autónomo Desportivo da Casa de Portugal não esconde a ambição de protagonizar uma época em grande e subir ao escalão principal de futebol em Macau

A Casa de Portugal, que hoje às 19:00 vai enfren-tar a equipa da Alfândega, está motivada para uma vitória no jogo e um lugar de destaque

no campeonato. Ao JTM, Pelé, o treinador da Casa de Portugal, assume que “o que falta é subir e estar junto do Porto e do Benfica”.

Motivação não falta e preparação também não. “Estamos a treinar intensivamente há quase 40 dias e os jogadores não têm faltado”, sublinha Pelé, referin-do que a formação que dirige “está unida no objectivo comum da subida de divisão.”

Para o primeiro jogo, Pelé vai contar com vários reforços, dos quais destaca a entrada do guarda-re-des Capitulé, de Eric Peres, ambos provenientes do FC Porto de Macau, e do médio ofensivo Dario Rio, proveniente das camadas jovens do Basileia, na Suíça. O técnico espera ainda uma resposta da Associação de Futebol de Macau (AFM), até sexta-feira, relativa-mente a um pedido de inscrição do jogador Jean Peres (irmão de Eric) que há alguns anos foi irradiado pela AFM.

Na equipa mantêm-se o capitão Cuco e os irmãos Jean e Nicholas Friedman, que Pelé classifica como “peças essenciais” na equipa. Quanto a saídas, apenas a registar Alexandre Santos, que foi para os Sub-18 e Pedro Duarte, que passou para a formação de vete-ranos.

A Alfândega está mais rodada na II Divisão, mas a equipa de Pelé, que subiu esta temporada, espera um adversário “na expectativa”, até por causa “da vi-tória na bolinha”.

Com uma formação que não recebe salários para jogar, o treinador assegura que a afluência de jogado-res que querem jogar na Casa de Portugal “é cada vez

maior”. Situação que é justifica com a “união” sentida no grupo.

Para já, em espera, fica um convite efectuado à equipa para participar no Torneio de Cebu, nas Filipi-nas, a 23 de Fevereiro. “Pedimos à organização para alterar a data do jogo porque a AFM marcou uma par-tida para o mesmo dia”, explicou Pelé.

Para além da Casa de Portugal e da Alfândega, há outras oito equipas na II Divisão: Chau Pak Kei, o Kei Lun, o Hong Lok, o Chan Wai, Sub-18, Artilheiros, Lai Chis e Autoridade Monetária e Cambial.

O campeonato da II Divisão disputa-se a uma volta e estende-se até 29 de Fevereiro, com os jogos a decorrerem no estádio da Universidade de Ciência e Tecnologia.

Breves

Idosos beneficiaram de IDD gratuito Nos feriados do ano Novo chinês, a ctM ofereceu serviços gratuitos de iDD para chamadas internacionais feitas por idosos, através de duas linhas telefónicas instaladas no lar de Nossa Senhora da Misericórdia da Santa casa e do lar de idosos da caritas. Segundo a empresa, a iniciativa beneficiou cerca de 100 idosos que, no total, passaram mais de 600 minutos ao telefone, em conversa com familiares que vivem em países e territórios como a china continental, Hong Kong, coreia do Sul, eua, canadá ou austrália.

Obras de Tomás Pereiraem destaque no CCCMo centro científico e cultural de Macau (cccM), em lisboa, acolhe hoje a sessão de lançamento da edição crítica em dois volumes das obras de tomás Pereira, S. J. (1646-1708). De nome chinês xu risheng, tomás Pereira S.J. é a mais destacada figura portuguesa nas relações interculturais Portugal-china, segundo salienta uma nota do cccM. esta edição crítica revela toda uma obra manuscrita e inédita e resulta do trabalho de investigação desenvolvido pelo cccM, a partir de 2006-2007, no âmbito de uma equipa coordenada por luís filipe Barreto (presidente do cccM) e composta por ana cristina da costa Gomes, isabel Murta Pina e Pedro lage correia (bolseiro da fct) para a leitura, transcrição e notas das inéditas e manuscritas obras em português e latim. arnaldo do espírito Santo (professor catedrático da universidade de lisboa) colaborou na tradução do latim para português de cartas e tratados.

Helder almeida

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pág 08 quarta-feira, 01 de fevereiro de 2012 jornal tribuna De macau pág 09

local

a omnipresença da política na escritaPara os intervenientes na sessão matinal do Festival Literário, escrita e política não se podem destrinçar. Rodrigues dos Santos considera que “tudo o que fazemos na vida, de certa forma, é político”, enquanto António Conceição Júnior pensa que o Homem é “um animal político”

Toda a escrita é política. Ou será que não? De que forma deve ser encara-da uma obra literária? É um fim em

si mesmo ou uma espécie de arma concep-tual ao serviço de uma determinada ideo-logia? Ontem, numa sessão integrada no terceiro dia do Festival Literário de Macau, vários escritores lançaram hipóteses de res-postas a estas questões.

José Rodrigues dos Santos cita o filóso-fo Louis Althusser, para quem “toda a arte é política”. “Althusser dizia que até o sapato de uma mulher é político e ideológico, por-que apresenta um conceito de beleza. Tudo o que fazemos na vida, de certa forma, é político”, analisa o conhecido jornalista da RTP, que é simultaneamente o escritor que mais livros vende em Portugal.

“Nunca quis escrever um livro políti-co, mas, ao fim de contas, todos os meus livros são políticos. Em todos os livros, há uma mensagem que se quer transmitir. Há um texto e um subtexto”, disse, acrescen-tando que “a política não é apenas parti-dária”. Rodrigues dos Santos aponta “A Fúria Divina” como o seu livro “mais po-lítico”, dado que chegou a uma conclusão

politicamente incorrecta, após a leitura do Corão e de outros textos islâmicos. “Tinha a ideia de que a religião era pacífica e que um bando de maníacos causavam a violên-cia. (...) Depois de estudar, não fiquei com tanta certeza. Fiquei a pensar para comigo mesmo: ‘Devo dizer isto?’ Mas julgo que um romancista tem que dizer a verdade.” A este propósito, recordou uma entrevista com Martin Amis, transmitida pela RTP, na qual o celebrado escritor inglês lhe disse que “escrever é liberdade” e que todo o es-critor tem que ser capaz de escrever coisas politicamente incorrectas. Dados os cons-trangimentos do jornalismo e mesmo do trabalho ensaístico, “a ficção é uma ferra-menta muito poderosa para dizer a verda-de, é essa a responsabilidade do escritor”, defendeu.

Com o pretexto da política, Rodrigues dos Santos introduziu o tema da beleza na arte, falando em pintores como Marcel Duchamp ou Picasso. “Não podemos di-

zer que o quadro Demoiselles d’Avignon é bonito. É um trabalho de arte significati-vo, mas não é bonito.” Segundo o autor de “best sellers”, este movimento de descons-trução estendeu-se à literatura, fazendo com que “a arte não precise de ser bonita, mas tenha que ter significado”.PALAVRAS “SAGRADAS”. António Conceição Júnior concorda com a posição de Rodrigues dos Santos sobre a omni-presença da política. “O Homem é um ser político, por isso, é natural ser político”, argumenta o artista, que recentemente lançou o livro “Conversas do Chá e do Café”. “Como ‘animal político’, o Homem tem que actuar politicamente em todos os eventos. Por isso, não vejo que haja ‘art for art’s sake’ [‘arte pela arte’]. Há sempre uma agenda no trabalho do artista, que pode ser a vontade de comunicar ou de descrever a alegria ou a dor que sente.”

Na intervenção que ontem protago-nizou, o consultor do Museu de Arte de

Macau frisou o que apelida de carácter “sagrado” das palavras: ”No princípio era o verbo.... E no Tao te Qing ‘o Tao de que se fala já não é o Tao’, isto é, inominável, indi-zível. E é no Ocidente e Oriente que assim se sacraliza a palavras. As palavras são sa-gradas. Por isso, quando beneficiamos do trabalho dos escritores, estamos a absorver as suas vidas.”

O autor chinês Jimmy Qi releva o des-vanecimento das ideologias, ao dizer que “nos últimos dez anos, constatamos que nenhuma organização política existente é muito ideológica”. Apesar de os escritores não serem políticos, eles desempenham um papel que Jimmy Qi considera ser mais insubstituível do que o dos decisores políti-cos, ao revelarem as desigualdades sociais e ao serem visionários. “Os escritores têm mais influência do que os políticos. Eles li-deram, ao ver algo que os outros não vêem da mesma forma e alargam as perspectivas sobre a Humanidade.”

Um autor português que escreve sobre o Alentejo, uma escrita carregada de imagens e palavras da terra. Um tradutor do outro lado do mundo, na China, que sabe português mas

nunca viu as planícies nem as papoilas do sul de Portugal. Como nasce o entendimento? Como dar sentido àquelas imagens compos-tas por palavras? Foi sobre tradução, os seus limites e possibilidades, que ontem se falou durante a tarde, no âmbito da primeira edição do “Rota das Letras - Festival Literário de Macau”.

Não pense que esse é um assunto que só está presente quando existem duas ou mais línguas em confronto. Como lembra o escritor

LIMITES E POSSIBILIDADES DA TRADUÇÃO NO FESTIVAL LITERÁRIO DE MACAU

“Todos somos tradutores”Seja de línguas ou de linguagens cada um de nós é tradutor. Talvez em nenhum outro local faça tanto sentido debater o tema como em Macau. Tradutores e escritores sentaram-se ontem à mesa para reflectir sobre o triângulo amoroso “autor, tradutor e leitor”, as dificuldades em ultrapassar realidades distantes e os incontornáveis desafios linguísticos

português José Luís Peixoto, “todos somos tradutores”, seja de lín-guas ou de linguagens. “Creio que toda a gente faz isso traduzindo o mundo para si próprio”. Yao Jing Ming, professor na Universidade de Macau, anui rapidamente. “Concordo. Todos os dias temos de atravessar fronteiras, face a tons, voz, silêncio... Estamos a traduzir em qualquer momento”.

Os obstáculos são por vezes difíceis de ultrapassar, tamanha é a distância entre a língua de partida e a língua de chegada. “A maior dificuldade com que me deparo no processo de tradução, nomeada-mente de poesia, é encontrar imagens equivalentes. É claro que há imagens que são iguais tanto em português como em chinês, como ‘céu’, ‘estrela’, ‘água’ ou ‘rio’. No entanto, existem imagens que não são tão fáceis de encontrar, sobretudo aquelas que estão ligadas à cultura portuguesa, à realidade de uma região”, confessa Yao Jing Ming. O exemplo cristaliza a busca: “na poesia de Eugénio de An-drade existem muitas imagens e cenas do quotidiano alentejano. Como traduzir e interpretar uma imagem dessas para chinês é um desafio”.

É aqui que - quando possível - deve entrar o diálogo entre tra-dutor e autor. “Por vezes, uso uma linguagem regional, própria do Alentejo, repleta de vocabulário e expressões usadas pela minha avó e pela minha mãe. É claro que os tradutores vão perguntar o que é que aquilo quer dizer”, afirma José Luís Peixoto. Este trabalho, acredita o autor de obras como “Morreste-me” ou “Livro”, “permite ensinar muito sobre a própria escrita”. Aliás, “traduzir é escrever. A poesia, por exemplo, deve ser traduzida por alguém que também escreva poesia”.

Quer se queira, quer não, “há coisas que saem do cuida-do do tradutor”, retoma Yao Jing Ming. E esses grãos de areia que se escapam entre os dedos são ainda mais velozes quando

estão envolvidas línguas muito distantes. “É claro que o tra-dutor goza de mais liberdade para recriar, mas também é uma

tarefa muito dura e muito difícil”. ACTO AMOROSO. Nessa ponte frágil entre dois idiomas, há aqui-lo que se perde, mas também o que a obra ganha com a tradução. “Um texto pode ganhar ao ser traduzido, mas também pode perder...anda-se sempre entre estes dois limites, perder e ganhar”, entende o poeta e tradutor Yao Jing Ming. A “tradução pode mesmo contribuir para o sucesso ou para o fracasso de uma obra”, observa também José luís Peixoto, dando um exemplo bem humorado. “Li um livro em português de Paulo Coelho, que não me impressionou particu-larmente, mas já me disseram que era bom em francês”.

No entanto, acrescenta o vencedor do Prémio José Saramago 2001, “traduzir” não deve ser sinónimo de “transformar”, ou seja, o tradutor deve fugir a tentações como a “de procurar melhorar o texto”. No final das contas, o tradutor acaba sempre por ser - mer-gulhando na língua italiana - um “traidor”, porque “tem de assumir alguns compromissos e ser fiel à obra”. No entanto, “quando a trans-forma” deixa de ser um bom profissional, resume José Luís Peixoto.

Ainda assim, “o tradutor é uma peça às vezes tão importante quanto o autor”, acrescenta Rui Rocha, presidente do Instituto Por-tuguês do Oriente (IPOR), tendo lançado recentemente a obra de poesia “A Oriente do Silêncio”. “No Ocidente o tradutor não é tão conhecido como o autor, mas é também essencial”, reconhece José Luís Peixoto. “Enquanto leitor, por exemplo, resta-me confiar no tra-dutor”. A escritor formosina Lolita Hu vê também o tradutor como um “amigo”, uma espécie de figura invisível que dá a mão e ajuda a descodificar o mundo preso no papel.

Na perspectiva de Yao Jing Ming, o triângulo de afectos entre autor, tradutor e leitor é inevitável. “Antes de traduzir, os autores têm de gostar das obras. É como numa relação amorosa. Só depois de se apaixonarem pelo livro, é que podem traduzi-lo”, entende o poeta e tradutor. Com Su Tong, autor de “A Minha Vida Enquanto Imperador”, a corroborar a existência de um “fenómeno especial”, esse de exprimir uma realidade que os olhos que nunca viram.

E por muito que a tecnologia evolua, o programa mais apurado de computador nunca conseguirá fazer nada semelhante. “É uma área de acção absolutamente do humano. [A ferramenta de tradução do] ‘Google’ nunca terá a sensibilidade ou a destreza de um ser hu-mano”, prevê José Luís Peixoto. “Não acredito que vá existir um pro-grama que traduza romances”. Porque até onde conseguimos imagi-nar os computadores ainda estão desprovidos de cinco sentidos.

raquel carvalHo

Histórias de chineses fora de portasum fenómeno idêntico, a partir de ângulos distintos, cruzou-se ontem na tela do instituto Politécnico de Macau. um é sobre a emigração chinesa em Portugal, outro sobre o mesmo movimento em África. falamos dos filmes “vai com o vento”, de ivo ferreira, e “Porquê aqui? Histórias de chineses em África”, de Yara costa. o primeiro retrata a “emigração chinesa em Portugal, focando-se numa pequena cidade da província de Zhejiang”, explica ivo ferreira, que possui o desejo de exibir a longa-metragem naquele local. “Gostava de lhes devolver o filme que é deles”. Já o segundo, trata-se de um documentário que procura perceber a escolha de África, acompanhando a presença de comunidades chinesas em diversas partes do continente.

Esta vida dava um filmeMarvin farkas conheceu estrelas como orson Welles participou na produção de muitos filmes, mas a sua própria vida poderia inspirar uma película aventurosa. o octogenário norte-americano apresentou ontem “an eastern asia – a film Man’s Memoirs of a lost asia”. Depois de ter sido radialista e artista na Broadway, em Nova iorque, farkas veio para em Hong Kong em 1954, aportando a bordo do cargueiro “eastern Saga”. Depois de começar como revisor no Hong Kong tiger Standart, afirmou-se como produtor de cinema e fotojornalista, marcando presença em alguns dos momentos que mudaram a história da Ásia. o livro ontem apresentado reconta episódios testemunhados por farkas, tais como a expulsão dos holandeses da indonésia, a independência da Malásia e os anos iniciais da Guerra do vietname. São também relatados encontros com líderes como Zhou enlai, Sukarno e ali Bhutto. o aventureiro referiu que começou a escrever livros aos 77 anos e que, por isso, pode dizer tudo o que quiser dizer, “de forma livre”. farkas revelou-se um conhecedor de Macau e recorda ter conhecido Stanley Ho, em meados da década de 1950. “Deu-me conselhos para começar um negócio em Hong Kong. a sua esposa disse-me que eu deveria casar com uma portuguesa”. De Hong Kong guarda memórias de “uma cidade pitoresca sob administração inglesa”. “com a china perdeu a quietude, as torres foram crescendo e tornou-se em mais uma cidade asiática, onde é muito caro viver”, apontou.

(...) “Antes de traduzir, os autores têm de gostar das obras. É como numa relação amorosa. Só depois de se apaixonar pelo livro, é que pode traduzi-lo” (...) – Yao Jing Ming, tradutor e poeta

(...) A “tradução pode mesmo contribuir para o sucesso ou para o fracasso de uma obra” (...) – José Luís Peixoto, escritor

(...) “Nunca quis escrever um livro político, mas, ao fim de contas, todos os meus livros são políticos. Em todos os livros, há uma mensagem que se quer transmitir. Há um texto e um subtexto” (...) - José Rodrigues dos Santos, jornalista e escritor

(...) “Os escritores têm mais influência do que os políticos. Eles lideram, ao ver algo que os outros não veem da mesma forma e alargam as perspectivas sobre a Humanidade” (...) - Jimmy Qi, escritor

paulo barbosa

aldina Duarte hoje na casa do MandarimAldina Duarte prestou ontem um tributo ao fado, durante o concerto que prota-gonizou na Universidade de Macau. Ao longo do espectáculo, Aldina tocou temas de “Contos de Fados”, o seu último disco, que está cheio de referências literárias e cujas letras foram escritas por vários poetas portugueses. A fadista volta a apre-sentar-se hoje na Casa do Mandarim, pelas 20h30. O concerto tem entrada gratuita e promete ser mais intimista, unindo um estilo musical que foi recentemente con-siderado Património Intangível da Humanidade a um local que faz parte do centro histórico de Macau, também ele classificado pela UNESCO. Ainda hoje, e também no âmbito do I Festival Literário de Macau, vai ser exibido o documentário “Aldi-na Duarte – Princesa Prometida”. Realizado por Manuel Mozos, o trabalho partiu de uma ideia de Maria João Seixas e retrata a artista considerada como “uma das mais importantes vozes femininas do fado actual”. Em 1991, Mozos já tinha fil-mado Aldina Duarte a actuar na Mouraria. Dezoito anos depois, voltou a registar uma apresentação da fadista, desta vez no Palácio Fronteira. O filme é complemen-tado por depoimentos da própria cantora, de amigos e familiares, bem como de artistas como Jorge Silva Melo. A projecção acontece no anfiteatro B do Instituto Politécnico de Macau, às 16h30.

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acTualLUCROS DA TOSHIBA CAíRAM 70%. o grupo japonês toshiba teve lucros líquidos de 120 milhões de euros entre abril e Dezembro de 2011, os primeiros nove meses do ano fiscal japonês, traduzindo uma quebra de 70% face a 2010. em termos de lucro operacional, a toshiba registou valores equivalentes a 902 milhões de euros enquanto que as receitas caíram 6,6% o equivalente a 43.250 milhões de euros.

BAIxOU PRODUÇÃO DE VEíCULOS NO JAPÃO. a produção de veículos no Japão caiu 12,8% em 2011 para 8,39 milhões de unidades devido ao terramoto e tsunami de Março passado, anunciou a associação de fabricantes do país. os dados agora divulgados traduzem a primeira quebra em dois anos na produção de carros.

VOLTA AOMUNDNovo pacotede sanções contra o IrãoMembros do comité dos Bancos no Senado dos estados unidos planeiam aprovar uma nova ronda de sanções que têm como alvo o sector de energia iraniana, a fim de cortar os recursos que suspei-tam que o governo do irão usa para desenvolver armas nuclea-res. o pacote será mais uma dura medida restritiva, após o embargo petrolífero aprovado pelas nações europeias e as sanções ao sistema financeiro adoptadas pelo governo do presidente Barack obama.

Dissidente chinêsjulgado por poemaPromotores chineses citaram on-tem um poema e mensagens envia-das através do Skype no julgamen-to do dissidente Zhu Yufu, preso na cidade de Hangzhou em abril do ano passado, sendo acusado pela polícia de incitar «a subversão do poder do estado», disse o seu ad-vogado, li Dunyong.

Indústria cresce na Coreia do Sula produção industrial da coreia do Sul registou em 2011 um aumento de 3,8 por cento contra 2010 devi-do ao abrandamento económico do último trimestre, foi ontem anuncia-do. Nos sectores mineiro, manufac-tura e energia, a produção indus-trial cresceu 6,9 por cento, subida que foi contrariada com a queda de 6,9 por cento na construção.

Mortos pordrones americanosPelo menos 13 pessoas suspeitas de serem militantes da al-qaida, morreram na última madrugada em três bombardeamentos de «dro-nes» norte-americanos no sul do iémen, revelou à agência efe fon-tes dos serviços de segurança. en-tre os mortos estão dois alegados líderes da al qaeda na Península arábica que têm no iémen a sua base de operações.

BCP/Polóniacom lucros muito altos o Bank Millennium, instituição fi-nanceira polaca detida em 65,5 por cento pelo BcP, obteve em 2011 o lucro ao «nível mais alto na his-tória do grupo», ao apresentar um aumento do resultado líquido de 43 por cento.

China lamentadecisão da OMC

o Ministério chinês do comércio la-mentou a decisão da organização Mundial do comércio que reiterou a censura à china pela limitação que o país impõe à exportação de matérias-primas. em 2009, os es-tados unidos, a união europeia e o México apresentaram uma queixa na organização Mundial do comér-cio contra as restrições chinesas à exportação de nove matérias-pri-mas, como o magnésio e o fósforo amarelo.

acTualSOBE DESEMPREGO EM PORTUGAL. a taxa de desemprego em Portugal subiu para 13,6% em Dezembro de 2011, mais quatro décimas que no mês anterior, e é a terceira pior da zona euro no referido período, divulgou ontem o eurostat. esta taxa situa-se apenas abaixo da registada em espanha (22,9%) e irlanda (14,5%). espera-se, no entanto, que na Grécia o número seja elevado, já que os dados de outubro apontam para valores perto dos 20%.

EUA

ataques dividem republicanosEsta manhã em Macau já se saberá o resultado das primárias republicanas na Florida. Para convencer os seus eleitores os dois principais candidatos não têm hesitado em atacar-se mutuamente, de forma que muitos analistas e políticos classificaram já como “excessiva”

Iremos até à convenção”, garantiu Newt Gingrich, de 68 anos. E o ex-presidente da Câmara dos Represen-

tantes, que acabava de assistir no do-mingo ao serviço religioso numa igreja baptista da Floria, avançou: “Penso que o partido Republicano não irá nomear um moderado de Massachusetts que é a favor do aborto, que defende o controlo das armas e o aumento dos impostos.”

Gingrich, que todas as sondagens colocam em segundo lugar na Florida, referia-se ao homem que lidera as in-tenções de voto: o mórmon Mitt Rom-ney, de 64 anos. O ex-governador de Massachusetts também não poupou o seu adversário, que classificou como alguém “que encontra sempre descul-pas para tudo”. “O seu recorde é o de uma liderança falhada”, disse Romney,

que aconselhou Gingrich a “ver-se ao espelho”.

E o tom da retórica entre os dois subiu a tal ponto que vários respon-sáveis republicanos não hesitaram em insurgir-se contra o rumo que a cam-panha está a seguir. Chris Christie, go-vernador de Nova Jérsia, afirmou-se ofendido com os ataques de Gingrich ao carácter de Romney, porque garantiu “Mitt Romney é um homem com um ca-rácter impecável”.

Tim Pawlently, ex-governador do Minnesota, classificou os ataques como

“excessivos”. Opinião partilhada por analistas que revelam que uma das con-sequências da retórica de Gingrich foi levar muitos indecisos a preferir o ex-governador do Massachusetts.

Romney continua, entretanto, a ten-tar colher o apoio explícito de Jeb Bush, o filho do ex-presidente George Bush. Mas Jeb Bush, de 58 anos e que um dia também tentará chegar à Casa Branca, mantém o silêncio. Várias fontes avan-çam, porém, que aconselhou Romney a ser mais contido no que toca à imigra-ção para não alienar o voto hispânico.

Violentos combates opuseram tropas fiéis ao Presidente Bachar al-Assad, equipadas com armamento pesado e forças anti-regime praticamente às portas de Damasco. Ao mesmo tempo, anunciavam-se iniciativas diplomáticas para tentar pacificar o país que vive uma situação cada vez mais próxima da guerra civil

O balanço dos combates entre as tropas de Assad e o Exército Livre da Síria, e da repressão das forças do regime sobre os manifestantes pró-democracia era, ao início da tarde de

segunda-feira, de 27 mortos, 21 dos quais civis. Isto após um do-mingo particularmente mortífero: 80 pessoas perderam a vida em todo o país, metade delas eram civis que, na rua, exigiam democra-cia e respeito pelos direitos humanos.

Moscovo – apoiante incondicional de Assad – anunciou uma proposta que foi logo rejeitada pela oposição. Segundo Sergei La-vrov, chefe da diplomacia russa, o regime de Damasco está pronto para “negociações informais” com a oposição em Moscovo. E, em comunicado, o ministério de Lavrov acrescentou: “Esperamos que os opositores dêem o seu acordo nos próximos dias.”

“A demissão de Assad é uma condição para toda e qualquer negociação sobre a transição para um governo democrático na Sí-ria”, afirmou Burhan Ghalioun, presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS, oposição), em resposta à proposta veiculada por Mos-covo. Mas Ghalioun foi mais longe e considerou ser “irrealista da parte dos russos insistir na manutenção de Assad no poder. Se os russos querem uma solução negociada para a situação dramática no país, devem admitir que Assad tem de partir, porque ele é um assassino do povo e não deve supervisionar uma transição para a democracia.”

Em Nova Iorque, o Conselho de Segurança das Nações Uni-das prepara-se para ouvir a posição da Liga Árabe sobre a Síria. Nabil al-Arabi, secretário-geral da organização pan-árabe – que se faz acompanhar pelo primeiro-ministro do Qatar, xeque Hamad

AlThani – irá explicar ao Conselho o plano árabe que defende o “fim pacífico” do regime sírio, através da passagem de poderes de Assad para o seu vice, após o que se iniciará o diálogo entre o po-der e a oposição.

Vários chefes da diplomacia europeus – entre eles os minis-tros dos Negócios Estrangeiros de Paris, Alain Juppé, e de Londres, William Hague, e de Lisboa, Paulo Portas – anunciaram que esta-rão em Nova Iorque para apoiar a posição de Al- Arabi.

O Conselho tinha em agenda a aprovação de um projecto de resolução, da autoria de Marrocos e apoiado pela França e Reino Unido, a apoiar o plano da Liga Árabe. Mas, como tem aconteci-do com outros projectos, também este parece condenado. Ontem, Rússia e China – dois países com direito de veto no Conselho de Segurança – fizeram saber que se opõem ao texto em causa, o que significa que a reunião do Conselho irá ser mais um fracasso.

JTM/DN

SÍRIA

Rebeldes às portas da capital

PORTUGAL

Internados à força em hospitais psiquiátricosInternamentos compulsivos mais que triplicaram entre 1998 e 2007, a maioria dos casos dentro de famílias

O que é isto? O que se passa?”, perguntou Ma-nuela (nome fictício), 54 anos. “Vamos levar-te ao médico mãe... e tu ou vais de livre vontade

ou estes senhores vão ter de te amarrar”, explicava Jo-ana, 37 anos, que em 2010 mandou internar a mãe à força na ala psiquiátrica do Hospital de Setúbal.

O número de internamentos compulsivos ( con-tra a vontade do doente e com recurso aos tribunais) por doenças psiquiátricas triplicou numa década. Só desde 2005 até 2010 foram registados cerca de cinco mil internamentos. E desde que a lei de saúde mental entrou em vigor, em 1998, e até 2007, o número mais que triplicou, de 2,8% para 10% do total dos interna-mentos psiquiátricos feitos em Portugal. A maioria dos casos a pedido dos familiares, em grande parte de pais a pedir o internamento dos filhos, embora tam-bém aconteça o contrário.

“Não acredito que me estás a fazer isto, estás é a querer esconder a doença que tu tens”, gritava Ma-nuela à filha. A ex-estafeta da EDP, que se despediu ao fim de duas décadas de trabalho “porque estava a ser perseguida pelos chefes”, sentiu-se revoltada pelo internamento à força a que a sua filha única a obri-gou. “A minha mãe sempre teve uma personalidade bordeline, mas nunca achei que fosse tão grave, até que em 2009 comecei a perceber que ela estava a fi-car louca.” A mãe de Joana não assumia o distúrbio e vivia constantemente “acompanhada por pessoas e vozes imaginárias à sua volta”. Acreditava piamente que não sofria de nenhum distúrbio e “meteu na ca-beça que era eu que estava a morrer com uma doença terminal”, explica Joana.

“Na maior parte destes casos são doentes com esquizofrenia e doenças bipolares”, explica Álvaro de Carvalho, coordenador do Programa Nacional para a

Saúde Mental. Só esta instituição, que cobre dois mi-lhões da população portuguesa, contabilizou 500 ca-sos de internamentos não voluntários em 2005.

Mais de 50% dos internados têm um diagnóstico de psicose esquizofrénica e cerca de 19% de psicose afectiva. Ainda se registam alguns casos de psicose paranóide e de psicose de personalidade, segundo Mi-guel Talina, autor da tese de mestrado “Internamento compulsivo em psiquiatria”, na Universidade Nova de Lisboa.

Segundo Luís Galhana, enfermeiro- chefe do Hos-pital Júlio de Matos, a “maioria dos casos parte de pais com filhos esquizofrénicos”, ideia reforçada por quem dá apoio judicial às famílias. “A maior parte dos casos que acompanhei foram de pais que pediram o interna-mento dos filhos, mas também aconteceu o inverso”,

explica Luísa Tavares de Mello, advogada especialista em direito médico. “Mas a sensação que têm nunca é de alívio, porque esta é uma doença crónica e sabem que os surtos podem sempre voltar”, explica. “São fa-mílias que precisam de muito apoio psicológico”.

Mas situações que começam como não volun-tárias acabam por ser consentidas. “O internamento acaba por se tornar voluntário em poucos dias, porque os doentes sentem-se bem com a medicação”, diz o enfermeiro Luís Galhana. “Em todos os casos que tive, assim que se designa data para audição dos psiquia-tras, os internados acabam, invariavelmente, a prestar consentimento para o tratamento, geralmente em regi-me ambulatório”, explica um magistrado judicial.

JTM/DN

aumentaram assaltos violentos na via públicaTodos os dias de 2011, em média, uma pessoa foi assaltada em cada hora, com violência, na via pública. As estatísticas oficiais, ainda provisórias, produzidas pelo Sistema de Segurança Interna (SSI), registaram no ano passado um aumento de 21% de roubos por esticão.

Embora este valor se reporte a 11 meses, ao que o DN apurou junto a fontes policiais, a tendência deverá manter-se, no global , para

todo ano, quando forem somados os dados de De-zembro. Feitas as contas, de 2009, ano em que foram referenciados 5011 assaltos desta natureza, ao final do ano passado, cujo número deve atingir os 7900, o roubo por esticão disparou 57%.

Na última reunião do Conselho Coordenador dos Órgãos de Polícia Criminal, a 17 deste mês, a análise da evolução deste crime esteve na agenda dos chefes das polícias. No entanto, não chegou a entrar no “pacote” de crimes classificados como “os que estão a causar mais alarme social”, como os rou-bos a residências, viaturas, farmácias, ourivesarias e carrinhas de transporte de valores. Por sinal, alguns destes crimes desceram significativamente em 2011.

Segundo o ministro da Administração Interna, para esta criminalidade foi debatida uma “estratégia de reacção, a curto e médio prazo, de coordenação e

articulação entre as forças e serviços de segurança”. Em relação aos roubos por esticão, Miguel Macedo adiantou à saída do encontro, que juntou o Procu-rador Geral da República, o secretário geral do SSI, o comandante da GNR e os directores nacionais da PSP, Polícia Judiciária, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, que está a ser tratado “autonomamente no quadro das actividades normais” das polícias. A PSP e a GNR são as forças responsáveis.

Este é um tipo de crime que causa maior senti-mento de insegurança nas populações e que vitima principalmente os escalões etários mais vulnerá-veis, como os idosos ou os mais jovens. Uma maior presença policial nas ruas, associada à investigação criminal na PSP e GNR , é considerada por analis-tas de segurança e pelos próprios responsáveis das polícias como uma das soluções para combater este crime.

O presidente da Associação Sindical de Profis-sionais de Polícia da PSP, Paulo Rodrigues, acredita que este crime “deve ser combatido com dois tipos de policiamento: maior visibilidade com mais poli-ciamento de proximidade, por um lado, e, por ou-tro, uma utilização mais frequente de polícias não uniformizados, principalmente em locais de maior risco, em que há mais pessoas, como os transportes públicos”. Para Paulo Rodrigues, colocar mais polí-cias nas ruas exige “uma gestão racional do efecti-vo”, o qual, “neste momento, não é suficiente para mudar o paradigma actual na PSP”.

JTM/DN

filipa ambrÓsio de sousa

valentina marcelino

“lumena raposo

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pág 12 quarta-feira, 01 de fevereiro de 2012 jornal tribuna De macau jornal tribuna De macau quarta-feira, 01 de fevereiro de 2012 pág 13

CAPDEVILA NÃO SAI NO MERCADO DE INVERNO. o Deportivo da corunha assumiu, em comunicado, o interesse pelo futebolista Joan capdevila, mas confirmou que recebeu uma resposta negativa do Benfica que não quis deixar sair o internacional espanhol.

RONALDO PODE SAIR SE MOURINHO DEIxAR O REAL. apesar da elevada cláusula de rescisão de cristiano ronaldo, mil milhões de euros, o jogador português poderá sair do real Madrid no final da época, noticiou a edição online do jornal desportivo espanhol Sport. DESPoRTo

“Não pode haver tolerância para quem pretende transformar o mundo no seu tipo de sociedade”...

Hélder Fernando in “Hoje Macau”

Dit

o

oPINIãoIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

01/02/1992

Há 20 anos

rocha vieira piNtaum quadro optimistaMacau tem “muito boas condições” para se projectar para além do período da administração portugue-sa, com “uma identidade, uma autonomia e um papel próprios”, considerou o general Rocha Vieira. Em entrevista ao programa radiofónico “Conversa Aca-bada”, uma co-produção CMR/Lusa, o Governador de Macau adiantou que aquela seria mesmo a “prin-cipal prioridade em termos de herança portuguesa” no Território. Dos quatro sécu-los da presença portuguesa em Macau ficarão, segundo Rocha Vieira, “muito da maneira de ser portugue-sa, a arquitectura e mesmo um pouco da língua” mas sobretudo “um sistema político, administratrivo e judicial próprio, adaptado à situação de Macau, mas conforme aos valores e à cultura ocidental”. Esta herança permitirá ao Ter-ritório “desempenhar um papel útil na região, quer para o Ocidente, quer para a China”, acrescentou. Em-bora considerando que quer a Declaração Conjunta das autoridades portuguesas e chinesas apontam nesse sentido, salientou ainda a importância da participação dos residentes no Território, no trabalho conjunto com vista ao mesmo objectivo. Em relação às grandes obras previstas para Macau, nomeadamente o aeroporto e o fecho da Baía da Praia Grande, o Governador classificou-as como “instru-mento de uma estratégia”, visando conferir uma maior autonomia e competitivida-de ao Território e permitir-lhe tornar-se uma “ponte de ligação” ao resto da China e entre estes países e o Mundo. Vieira referiu que, relativamente a este objecti-vo, existe consonância entre as autoridades portuguesas e chinesas

Falo de ovelhas, já se vê; para dar a todos nós – residentes e visi-

tantes, as vítimas dos taxistas – para partilharmos uma grande, excepcio-nal e auspiciosa notícia: ontem, pela primeira vez em mais de 20 anos, fui transportado por um motorista competente! Ou seja, bom condutor, honesto, bem educado, atencioso e com o interior do carro em boas con-dições. Regozijemo-nos pois! Quem sabe se daqui a mais outros tantos me não aparecerá mais algum pare-cido…

Deve haver – e de certeza há – outros assim; só que a mim – e sou freguês habitual – ainda me não ti-nha calhado a sorte. É claro que ro-lam por aí muitos, também correc-tos e aceitáveis, com uma ou outra daquelas qualidades. Todas juntas, porém, confesso que não me lembro. Pena não lhe ter decorado o número da licença, que me daria o gosto de sugerir à DSAT que o propusesse ao Executivo não direi um Grande Lo-tus (pois limitou-se a cumprir o seu dever) mas, um simples certificado de Mérito Profissional.

Sendo assim, sinto que devo pe-dir desculpas doloridas aos taxistas – aos srs. condutores de táxi – por tanto os ter chibatado os últimos meses e alertado para os seus mui-tos podres outros comentadores e até alguns deputados (poucos e in-consequentes, por sinal). Solly solly solly…

Até porque, de acordo com a matéria há dias publicada neste jor-nal, as suas infracções (diria antes, os seus pecadilhos) mais não foram que cartuxitos de barquilhos, de pe-vides e tremoços: 240 casos de recu-sa de prestação de serviços e 61 por “tomada de passageiros em violação dos regulamentos”; números confir-mados pelas queixas apresentadas à dita DSAT no ano que findou – 484 por recusa de serviços, 260 por “falta de urbanidade (leia-se má criação) e condução perigosa e 273 “por outros motivos” (mas eles são tantos!)… Que pobreza! E eu – e nós – a jul-garmos que seriam pelo menos dez vezes mais… Hemos de convir, por-tanto, que não era caso para tantas mocadas como as que lhes assentá-mos.

Negras não, branquinhas

Serão, ainda assim, “ovelhas ne-gras” alguns deles? Penso que não, que as ovelhas, brancas ou negras, são os quadrúpedes mais dóceis, pa-cíficos e disciplinados de qualquer redil. Ora, as dos “anarco-taxistas” (que injustiça!) são, sabemos agora, brancas, branquinhas como lírios, como nenúfares, como açucenas, além de grandes douradores da ima-gem interna e externa da cidade.

É certamente por isso que aquela valiosa, esforçada e eficaz Direcção de Serviços se apressou a dar-nos uma explicação mais técnica – mais científica – para o pequeno número de ligeiras punições que durante o ano aplicou, com o facto de muitos queixosos “não conseguirem apre-

sentar informações essenciais sobre os casos de que reclamaram”. Pude-ra! Já nos não basta sofrermos as mui-tas e várias agressões de que somos quotidianas vítimas, quanto mais dar-nos ao trabalho de as investigar! Como se fosse nossa – e não dela – a responsabilidade… E isto, apesar de a dita (desditosa) DSAT, “com re-gularidade quase diária – sublinho, quase – mandar os seus inspectores fiscalizarem os pontos com maior procura de serviços de táxi”. Talvez por isso é que aquele prestimoso órgão tomou a sábia – e científica – decisão de os mandar quase (outra vez), quase todos para a rua nos dias das celebrações do novo ano lunar. Corajosa medida, já que, na nossa ignorante opinião, os inspectores – e todos – são para inspeccionar e não para ficarem nas suas secretárias a catarem percentagens e escreverem relatórios.

De qualquer forma, devo ter-me deploravelmente enganado. Ao que se vê, o serviço de táxis da nos-sa RAEM, não sendo propriamente como o da Suíça, o da Inglaterra – ou o do Japão – não fica muito longe dos da Nigéria, do Peru e da Papua. Donde que, ou nós – eu – temos sido ingratos e injustos ou… ou a valio-sa, esforçada e eficaz DSAT não é tão valiosa, esforçada e eficaz como se considera.

Em todo o caso, faz o possível por compreender-los – e já não é mau. Não aceitou ela a exigência “de-les” de aumentar a bandeirada para 15Mops mesmo antes da aprovação do novo Regulamento, que prevê punições um pouco mais fortes e de-verá ser já conhecido na Páscoa?

Procurando, também eu, com-preendê-los, saúdo os Senhores Ta-xistas, não pela sua competência – não exageremos – mas pelo poder efectivo que visivelmente têm. Eles, as suas associações e os seus alegados lobbies. E é por isso que, cumprindo de alma lavada o preceito evangélico de “perdoar aos nossos inimigos” – a todos eles, seus padrinhos e seus cúmplices – desejo um muito rentá-vel e próspero novo ano lunar.

*Docente. Anterior presidente do Instituto Politécnico de Macau.

car

toon

JTM/DN

PoSTaIS DaS IlHaS Luiz oliveira dias*

angola eliminada do caNOs ‘Palancas Negras’ perderam com uma equipa B da Costa do Marfim e deixaram o relvado em lágrimas. Por um golo, vão para casa mais cedo, mas só podem pôr as culpas em si mesmo

A selecção de Angola foi eliminada na primeira fase da Taça das Nações Africanas ao perder com a Costa do

Marfim por 2-0. Já qualificada a selecção da Costa do Marfim deixou no banco nove jogadores entre os quais, Didier Drogba e Kalou, mas mesmo assim o seu potencial veio ao de cima, demonstrando que é um dos favoritos do campeonato.

A equipa treinada por Lito Vidigal, por seu turno, precisava só de um empate para seguir para os quartos de final e assim igualar as melhores prestações de sempre

na prova, alcançadas nos dois últimos tor-neios (2008 e 2010).

Contudo, a tentativa de segurar o em-pate inicial, deixando o ataque entregue a

um desamparado Manucho e dois erros defensivos incríveis, eliminaram a selecção angolana, que esteve muitos furos abaixo do que fez noutros campeonatos.

Feitas as contas, os angolanos até poderiam ter perdido desde que tivessem marcado um golo ou que, no outro jogo, o Burkina Faso, orientado por Paulo Du-arte, não tivesse perdido com o Sudão, um dos países organizadores da prova. A verdade é que a selecção angolana não teve uma única oportunidade durante toda a partida, enquanto o Sudão se re-velava demasiado forte em relação ao Burkina Faso que não obteve qualquer ponto nesta fase inicial.Entretanto, já são conhecidos dois dos jogos dos “quartos”: o Sudão vai enfrentar a Zâmbia, enquan-to a Costa do Marfim joga com a Guiné Equatorial, outro dos organizadores des-ta edição da CAN.

“De qualquer forma, devo

ter-me deploravelmente

enganado. Ao que se vê,

o serviço de táxis da

nossa RAEM, não sendo

propriamente como o da

Suíça, o da Inglaterra

– ou o do Japão – não

fica muito longe dos da

Nigéria, do Peru e da

Papua. Donde que, ou nós

– eu – temos sido ingratos

e injustos ou… ou a

valiosa, esforçada e eficaz

DSAT não é tão valiosa,

esforçada e eficaz como

se considera.”

Djaló já treinano BenficaYannick Djaló, internacional português formado no Sporting, chegou à Luz a custo zero tornando-se no primeiro reforço de inverno dos encarnados

Yannick Djaló tinha chegado a acor-do para a revogação do contrato com o Sporting e, posteriormente,

esteve a um passo de rumar a França, ao Nice, mas a transferência não se concreti-zou. O avançado acabou por rescindir o vínculo com os gauleses, alegando justa causa, ficando em seguida livre para ne-gociar o futuro profissional.

Nas últimas horas, o Sporting, clube em que o futebolista se formou e desta-cou, reclamou ser detentor de uma par-te dos direitos desportivos de Yannick Djaló. Na última segunda-feira, o inter-nacional português, de 25 anos, fez-se acompanhar de Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), numa conferência de imprensa na sede do or-ganismo, em Lisboa.

Nessa mesma conferência, Joaquim Evangelista defendeu que Yannick era “li-

vre” de decidir qual o rumo a dar à carreira, uma vez que, sublinhou, “não tinha qualquer vínculo contra-tual” com os leões de Alvalade. O próprio jogador, na ocasião, mostrou-se “surpreso” com a posição assumida pelos verdes e brancos.

O futebolista chegou a ser apontado como possível reforço do Futebol Clube do Porto e, sabe o DN, houve nas últimas ho-ras uma tentativa, por parte do Villarreal, de Espanha, de adquirir o passe do atleta.

Yannick participou na manhã de ontem, no centro de treinos no Seixal, na primeira sessão de trabalho junto dos novos companheiros de equipa e respec-tivo treinador, Jorge Jesus, que fez uma aposta pessoal no ala.

FC PORTO

Gastar paraevitar o fracasso

Com estes dois “retoques”, e pelos números que ontem circularam colados às respectivas tansações –

entre 2 a 3 milhões no caso de Lucho e 5,5 milhões por Janko –, o FC Porto decidiu-se a ultrapassar o recorde de gastos jamais fei-tos numa só temporada, fazendo disparar para cerca de 46 milhões de euros o inves-timento de risco para tentar salvar a época do rótulo de fracasso que a ameaça.

A urgência retrata-se também no ca-rácter de excepção destas contratações. Lu-cho González tem 31 anos, Marc Janko tem 28. O último jogador com mais de 27 anos pelo qual há registo de o FC Porto ter gasto dinheiro foi o marroquino Tarik Sektioui, em 2006/ 07, e custou apenas um milhão. A política de contratar jogadores jovens com os quais a SAD possa fazer chorudas recei-tas anos depois foi aqui deixada de lado.

Carlos Abreu Amorim, deputado e adepto portista, acredita que se trata de uma inversão pontual nessa política habi-tual dos dragões. “São contratações para salvar o leite já derramado, para remediar o não foi bem feito no início da época”, refere, sem deixar de revelar “extrema preocupa-ção” pela saúde económica da SAD, “numa época com orçamento de 100 milhões e em que um dos objectivos (2. ª fase da Cham-pions) já ficou pelo caminho”. Preocupação sobretudo porque “o que define uma boa gestão no futebol é ganhar. E, esta época, não estou a ver que o FC Porto o vá conse-guir”, admite.

Antes desta temporada, o máximo que o FC Porto gastara foram 43,35 milhões em 2004/ 05, uma época com algumas seme-lhanças com a actual, pois sucedeu também a um ano de grandes sucessos – a Liga dos Campeões – que levou a uma mudança de ciclo (saiu Mourinho para o Chelsea, suce-deram-se três treinadores) e deixou uma

instabilidade que marcou toda a tempora-da: FC Porto ficou em segundo no campeo-nato, saiu precocemente da Taça e foi elimi-nado nos oitavos de final da Champions.

Contudo, esse forte investimento em 2004/ 05 foi ao mesmo tempo forçado e suportado pela venda de vários jogadores – Ricardo Carvalho, Deco, Paulo Ferreira –, que deixaram nos cofres da SAD quase 100 milhões de euros. Ao contrário do que sucede esta época, em que o FC Porto só recebeu dinheiro (45 milhões) pelas vendas de Falcao e Ruben Micael ao At. Madrid, às quais vai juntar agora dois milhões pelo empréstimo de Guarin ao Inter de Milão. E isto depois de na época passada a balança comercial ter ficado com saldo a vermelho, graças a um investimento em aquisições que também rondou os 43 milhões de eu-ros, contra receitas que não chegaram aos 39 milhões.

Ou seja, o FC Porto actual vive no li-mite do risco financeiro – como já o expuse-ram as rábulas de atrasos em pagamentos de várias transferências. Gasta como nunca, mas está longe de ter a certeza de sucesso.

JTM/DN

O FC Porto atacou as últimas horas do mercado de transferências com urgência. Acertou o regresso de Lucho González, e avançou para a contratação do austríaco Marc Janko – que à hora de fecho desta edição ainda estava em risco, devido à ausência de garantias bancárias dos dragões

rui frias

Nuno Gomes aproxima Braga do PortoNo palco onde o Benfica havia sido o único visitante a vencer, o Sp. Braga alcan-

çou um triunfo bastante difícil. Frente a frente, nos Barreiros, duas das equipas que melhor futebol têm apresentado, merecendo, por isso, a atenção e rasgados

elogios ao longo dos primeiros meses da época. Os minhotos saíram para o intervalo a perder, mas na segunda parte deram a volta ao resultado, com grande dose de influência de Nuno Gomes, que fez uma assistência e um golo.

No dia em que Baba – agora no Sevilha – regressou ao Funchal, mas para se despedir dos adeptos verde-rubros, foi Pouga quem fez o gosto ao pé, o que aconteceu pela pri-meira vez no campeonato. Com meia hora de jogo, o Marítimo adiantou-se no marcador, vantagem que defendeu até ao intervalo, apesar da rápida reacção do emblema minhoto.

Sempre equilibrado, assim se manteve o jogo no arranque do segunda parte, mas depois o Marítimo começou a denotar algumas falhas a meio-campo, isto enquanto o Sp. Braga subiu um pouco mais no terreno, numa tentativa de pressionar o adversário logo na sua zona de construção, o que dificultou a tarefa das unidades mais criativas da equipa verde-rubra. Aos 58’, Leonardo Jardim decidiu lançar Nuno Gomes, por troca com Paulo César, e os efeitos foram imediatos. Logo depois, o número 21 minhoto esteve na origem do empate, mas a aposta de Leonardo Jardim viria a dar ainda mais frutos, quando o in-ternacional português fez o 2- 1, a 15’ do fim.

Page 8: JTM 01-02-2012

pág 14 quarta-feira, 01 de fevereiro de 2012 jornal tribuna De macau

lazER“OLD IDEAS” É O NOVO DISCO DE LEONARD COHEN. com 45 anos de carreira, leonard cohen lançou mais um disco de inéditos, após um interregno de oito anos. “old ideas” inclui 10 novos temas e é o 12º álbum de estúdio do cantor e compositor canadiano.

DESCOBERTO SOLO INÉDITO DE GEORGE HARRISON. foi descoberta nos estúdios de abbey road uma parte da música dos Beatles “Here comes the Sun”, que não chegou a entrar na versão final. É um solo de guitarra inédito tocado por George Harrison para o tema lançado em 1969. o solo foi descoberto 43 anos depois pelo filho do músico, Dhani.

jornal tribuna De macau quarta-feira, 01 de fevereiro de 2012 pág 15

Fátima Almeida

COCHES NA RUA... E O RESTO

PARA AS PESSOAS SIMPLES,NO PALCO*Apaixonei-me por ele na fila da segurança social, em pleno Verão, quando esperava para perguntar quanto valeria uma vida depois dos 60, quanto valeriam mais de 45 anos a comandar teares como quem lavra terra, a defrontar fogões do tamanho de uma multidão. Já o tinha visto n’ O Ginjal, do Maria Matos, quase na noite da despe-dida, mas apaixonei-me por ele na fila da segurança social e já sabia que seis décadas de humanidade não são mais do que tro-cos por contar (e a mulher a pedir que uma mãe trabalhasse ainda alguns meses e, tal-vez, somasse 400 euros até à morte). Tem três irmãs, no teatro, que consomem o sonho de partir, de acabar com o quoti-diano. Uma gaivota no lago, e às vezes uma corda no pescoço porque poucos na sociedade dizem: “precisamos de novas formas... e não as havendo, mais vale não termos nada (consulta o relógio)”. Enquan-to os da fama e dos amores, no quarto acto, a replicarem: “Está com azar. Nunca mais consegue encontrar a sua verdadeira voz. Escreve de uma maneira estranha, inde-finida, aquilo às vezes parece um delírio. Não faz nenhuma personagem viva”. Isto dito por cima dos que acreditam, mesmo, que pensem, no entanto, que faltam “ob-jectivos definidos” para vingar as palavras: “Há nele qualquer coisa [refere-se o médi-co ao jovem Tréplev]. Há de certeza. Pen-sa com imagens, os contos dele têm cores vivas, sinto-os com força”. Impressionava, porque as peças eram sempre construídas com uma passividade que desencadeia as acções e o silêncio, a arrastar miseráveis, na rua. Há algum tempo coloquei no mural uma das suas frases, para sentir a companhia da fila da segurança social. “Em Moscovo, sento-mo numa sala enorme de um res-taurante, não conheço ninguém, ninguém me conhece e mesmo assim não me sinto estranho. Mas aqui, conheço toda a gente, toda a gente me conhece, mas sinto-me um estranho, um estranho. Estranho e sozinho (...) (Pausa)”. Com o cordão familiar preo-cupado, a minha prima, disse-me logo: “es-pero que a citação não reflicta o teu estado de espírito. Ademais, a solidão é, por vezes, uma oportunidade de reencontro”. Dada a semelhança das palavras com a vida, com-preendi a preocupação. Ingénua respondi: “É apenas Tchékhov, o homem que deixou entrar as pessoas simples no palco”, e de re-pente descobri que foi por isto que me apai-xonei por ele na fila da segurança social e já sabia que seis décadas de humanidade não são mais do que trocos por contar.

* A Tchékhov, que deu título a este espaço, 152 anos depois da sua criação (29 de Janei-ro de 1860): “Na vida real, as pessoas não se matam, não se enforcam, nem fazem declarações de amor a cada instante e nem dizem a todo momento coisas inteligentes. É preciso fazer uma obra onde as pessoas entrem e saiam, comam, falem do tem-po, joguem baralho, e que na cena tudo seja tão complicado e ao mesmo tempo tão simples como na vida”.

Rainha Isabel II celebra este anoos 60 anos de reinado

Um anjo no paraísoadriana lima, um dos principais “anjos” da “victoria’s Secret” voltou a deslumbrar em mais uma campanha da célebre casa de lingerie, desta vez na paradisíaca praia de St. Barts, nas caraíbas. a estonteante “top model” brasileira comprovou toda a sua beleza e sensualidade durante a sessão promocional da nova colecção de biquínis da marca.

Spice Girls podem reunir-se para jubileu da Rainhaas “Spice Girls” deverão voltar aos palcos durante as comemo-rações do Jubileu de Diamante da rainha isabel ii, segundo a revista “rolling Stone”. Pelo menos, foi isso que deu a entender Mel B, durante uma entrevista a um canal de tv australiano. De acordo com algumas fontes, a cantora terá revelado mais do que devia e demonstrou alguma preocupação pelo facto, porque, segundo frisou, “é tudo ainda muito secreto”.

Zeta-Jones estará grávidaa actriz catherine Zeta-Jones, de 42 anos, poderá estar grávida, avançou a revista “Star”. Segundo a publicação, que cita fonte próxima da actriz, esta estava “desesperada” para engravidar. ainda não existe confirmação oficial de uma possível gravidez, mas os rumores adensaram-se depois de catherine Zeta-Jones

ter aparecido com barriga saliente num vestido justo durante um jantar de aniversário em Nova iorque. catherine Zeta-Jones e Michael Douglas já são pais de Dylan, 11 anos, e carys, oito.

Cher usa “Twitter” paraprovar que.... está viva“Não vou a lado nenhum até acabar o álbum”, ironizou cher, numa reacção aos boatos que davam como certo que a cantora tinha morrido. “Bem, aqui estou eu a twittar do além! É tudo muito azul por aqui e felizmente Deus deu-me uma boa vista para o mar, palmeiras e uma casa tradicional do Bali”, escreveu a cantora no twitter. Mais tarde, a cantora voltou a brincar com os fãs, afirmando que irá pedir “à Diane para escrever uma música para o álbum chamada ‘riP’”.

aceitam-se doações para oferecer um barco à rainhaO Governo britânico não autoriza a compra da embarcação. Milionários juntam-se para angariar cerca de 72 milhões de euros

O ministro da Educação do Governo de David Cameron considera que o Jubileu da Rainha Isabel II deve

ser assinalado com a devida pompa. Para isso apresentou a proposta de presentear a monarca com um iate, por forma a substi-tuir o emblemático “Britannia”, que lhe foi retirado, há 15 anos, pelo então Primeiro-Ministro, Tony Blair, e transformado em museu na doca de Edimburgo.

A ideia não foi bem acolhida e a polé-mica instalou-se entre os súbditos. Que se agudizou, ainda mais, quando o Governo decidiu analisar a proposta de desbloque-ar a verba, a rondar os 72 milhões de euros, para a possível compra do iate real.

A pressão mediática não se fez es-

perar e foi lembrado que o dinheiro é dos contribuintes e que nestes tempos de crise europeia não deve ser utilizado para “presentes reais”. O Governo re-

cuou nas suas intenções e avançou com uma alternativa: obter a verba através de doações privadas.

Esta, aliás, é uma solução que já foi utilizada por outra monarquia europeia. Em Espanha, o iate “Fortuna” foi ofereci-do ao Rei Juan Carlos, em 2000, por cerca de 20 empresários ligados ao turismo.

Em Inglaterra a ideia também está a ser bem aceite e a angariação de fundos já começou. O lorde Michael Ashcroff – que ocupa o 37º posto na lista dos mais ricos do Reino Unido – foi um dos primeiros a fazer chegar seis milhões de euros à fun-dação que foi criada para o efeito. Resta acrescentar que a embarcação não será de uso exclusivo da família real e deverá ser-vir como barco-escola.

JTM/DN

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Torre De macauJourney 2: The Mysterious Island 3D14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

galaXyTheaTer DirecT. cluB 1 (8*)The Descendants13:15* • 19:25* • 19:45 • 21:35* • 23:45*

TheaTer DirecTors cluB 2The Great Magician13:35

TheaTer DirecT. cluB 1 (9*)Puss in Boots 3D16:05 • 18:45*

TheaTer 8The Muppets 15:25

TheaTer granD TheaTer (7*)Journey 2: The Mysterious Island 3D13:50 • 16:10* • 17:35 • 19:30 • 21:25 23:50

TheaTer 7 (9*)The Viral Factor13:50 • 18:00 • 20:20 • 22:15*

TheaTer 6 (7*)I Love Hong Kong 2012 16:20 • 20:30 • 22:40*

TheaTer 6 (9*)All’s Well End’s Well 2012 13:50* • 18:15 • 22:25

TheaTer 9The Flowers of War 16:05

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Page 9: JTM 01-02-2012

pág 16 quarta-feira, 01 de fevereiro de 2012 jornal tribuna De macau feCHo deSta edição JtM - 00:00HoraS

úlTIMajornal tribuna De macau

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mais oito mil polÍcias para“reForÇar seguranÇa” em Xinjiang

A China vai recrutar oito mil agentes da polícia para “reforçar a segurança” nas zonas rurais de Xinjiang, região autónoma do noroeste do país, de maioria muçulmana, anunciou um respon-sável local citado ontem na imprensa oficial. O recrutamento dos primeiros 5.000 agentes “já começou”, disse ao jornal Global Times a di-rectora do departamento de propaganda da or-ganização do Partido Comunista em Xinjiang, Hou Hanmin. “Xinjiang cobre uma vasta área e é importante reforçar a segurança a todos os ní-veis(...) É uma política de longo prazo, que visa proporcionar mais serviços às populações locais,

incluindo a manutenção da ordem pública”, afirmou a responsável. Confinando com o Afeganistão, Paquistão e várias ex-repúblicas soviéticas da Ásia central, Xinjiang é uma das regiões da China mais vulneráveis ao separatismo, rico em petróleo e recursos minerais, com uma área quase 18 vezes maior que Portugal e cerca de 23 milhões de habitantes. Em Julho de 2009, conflitos étnicos em Urumqi, a capital de Xinjiang, causaram 197 mortos e mais de 1.500 feridos, a maioria dos quais han, a principal etnia da China. Pequim atribuiu a responsabilidade dos tumultos a uma organização separatista uigu-re, a maior etnia de Xinjiang, de religião muçulmana e cultura turcófona, que constitui 42 por cento da população da região. As autoridades locais acreditam que “muitos dos desordeiros eram vagabundos das vastas áreas rurais do Xinjiang”, disse o Global Times, publicação em língua inglesa do grupo Diá-rio do Povo, o órgão oficial do Partido Comunista Chinês.

satÉlite alemÃo por sete minutosQue nÃo caiu sobre peQuim

O telescópio espacial alemão Rosat, com mais de duas toneladas, que caiu em Outubro passa-do no Golfo de Bengala - 20 anos depois de ter sido lançado em órbita - poderia ter caído em Pequim se tivesse apenas mais sete minutos no ar, revelam agora os cálculos dos peritos. Quan-do a sua missão terminou, em 1999, o satélite começou a perder altitude. Na noite de 22 para 23 de Outubro, o telescópio espacial alemão caiu na Terra e, de acordo com os cálculos da Agência Espacial Europeia, fragmentos caíram a uma velocidade de 450 quilómetros por hora muito perto de Pequim. O satélite necessitou de

90 minutos para atingir a órbita terrestre e “Pequim estava mesmo no seu ca-minho”, afirmou Manfred Warhaut, chefe de unidade do Centro Europeu de Operações Espaciais em Darmstadt, Alemanha. “O impacto foi mesmo uma possibilidade”, acrescentou Heiner Klinkrad, chefe da equipa de detritos es-paciais da Agência Espacial Europeia. As consequências poderiam ter sido graves. O Rosat pesava 2,5 toneladas. Normalmente entre 20 a 40% dos saté-lites atinge a superfície da Terra, mas “relativamente ao Rosat sabíamos que seriam cerca de 60%, porque era feito de peças resistentes”. Os fragmentos do satélite provavelmente teriam provocado profundas crateras na cidade, poderiam ter destruído edifícios e quase certamente provocar vítimas.

EN PaSSaNT

Para mim, sempre foi fascinante acompa-nhar as campanhas eleitorais nos países democráticos, a escassez de debate de pro-jectos e ideias, e os excessos verbais, nos ataques aos adversários ou nas promessas irrealistas ao eleitorado.Nenhumas, contudo, são mais fascinantes que as campanhas dos partidos nos Esta-dos Unidos da América. De quatro em qua-tro anos, democratas ou republicanos (à vez conforme o inquilino da Casa Branca) “embarcam” numa viagem de “escárnio e mal dizer” que a todo o momento parece apenas poder acabar à bofetada. Este ano são os republicanos e, mais que nunca, tem sido um regabofe.Ainda estou para perceber quem é que, no final, vai conseguir colar os “cacos” feitos durante estes meses de primárias e assumir-se como candidato credível contra Obama...

josé rocha dinis

ramos-Horta recanDiData-se para“continuar reForma” Do paÍsJosé Ramos-Horta anunciou a sua candidatura à reeleição presi-dencial em Timor-Leste elegendo “como prioridade absoluta a con-tinuação da reforma, modernização e profissionalização das forças de defesa e segurança, bem como as vias de comunicação, saúde e a educação, principalmente ao nível do pré-escolar”. “Decidi então depois de muita reflexão, última reflexão aqui simbolicamente na igreja de Motael, submeter o meu nome também à eleição de 2012, à eleição presidencial”, afirmou José Ramos-Horta, acrescentando que a sua decisão foi tomada depois de muita reflexão e de ter ou-vido milhares de timorenses e amigos estrangeiros. Questionado sobre a sua campanha eleitoral, José Ramos-Horta disse que não fará campanha eleitoral e que se o povo não o conhece depois de quase 40 anos a servir o país é porque não deverá ser eleito. “Não vou fazer campanha, mas os pés descalços, as mães, as irmãs vão fazer campanha por mim. Eu não posso impedi-los, mas eu não vou correr o país. São só duas semanas. Quem não conhece o país, não é em duas semanas que vai percorrer o país. Se o povo não conhece não é em duas semanas que vai convencer, portanto, se eu ao fim de quase 40 anos a servir o país, 10 anos desde a indepen-dência como ministro dos Negócios Estrangeiros, como primeiro-ministro, como Presidente ainda tenho de fazer campanha para dizer quem sou eu, algo está mal comigo e então não deverei ser eleito”, explicou. José Ramos-Horta afirmou também que aguarda as “eleições com total serenidade e o veredicto do povo”. “Se o povo decidir votar em mim como fez em 2007, aceito uma vez mais esta cruz de pau pesado, que continuarei a transportar como vim a transportar ao longo dos últimos cinco anos”, afirmou. Em relação aos outros candidatos às presidenciais de 17 de Março, o Presidente timorense disse ter um “enorme respeito” por todos, salientando o general Taur Matan Ruak, o presidente da Fretilin, Francisco Lu Olo Guterres, e o presidente do Parlamento, Fran-cisco La Sama de Araújo. “Ambos reflectem o heroísmo o patriotismo dos timorenses e qualquer um deles, se vierem a ser eleitos, incluindo o actual presidente do parlamento e presidente do Partido Democrático, Fernando La Sama de Araújo, qualquer um de-les se vier a ser eleito, qualquer um deles sabem e o povo sabe que terão um aliado, um amigo, um colaborador incondicional, fiel, para que juntos possam continuar a garantir a estabilidade de Timor-Leste, a continuidade da nossa democracia, a continuidade da nossa prosperidade”, disse. O Presidente timorense disse também acreditar que os candidatos às eleições presidenciais vão dar “uma lição ao mundo” pelo comportamento que vão ter durante a campanha eleitoral.

cacos

magnata DeiXa 1,5 milHÕes ao motorista e ao porteiroAlan Meltzer, conhecido magnata de Nova Iorque, decidiu deixar uma fortuna de 1,5 milhões de dólares ao seu motorista e ao porteiro do prédio de luxo em que vivia, em Upper East Side, no-ticiou agora o ‘New York Post’. Magnata da indústria discográfica e jogador de póquer, Meltzer nunca chegou a ter descendentes com a mulher, de quem se divorciara um ano antes de falecer. O empresário morreu no dia 31 de Outubro de 2011.O motorista, Jean Laborde, de 54 anos, ficou com 762 mil euros e já prometeu levar todos os anos flores à campa do fundador da editora de música Wind-Up Records. O porteiro, Chamil Demiraj, recebeu 500 mil euros e disse ter ficado muito surpreendido com a herança. Generoso foi a palavra que utilizou para descrever Meltzer. Ao saber que não teve direito a nada apesar de ter estado 13 anos casada com o conhecido jogador de póquer, Diana disse que “ele era livre de deixar o dinheiro a quem quiser. Se quer deixá-lo a vagabundos então que o deixe”.