56
GENÉTIC A

GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

GENÉTICA

Page 2: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Genética

Genes com segregação independenteCap. 03 – pág. 71

Prof. Lourenço

Algumas características, como a estatura e a cor da pele, são resultantes da ação simultânea de mais de um par de alelos (genes).

Page 3: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Os sete caracteres estudados por Mendel

Cor da corola

Posição da flor

Comprimento do caule

Forma da vagem

Cor da vagem

Forma da semente

Cor do cotilédon

e

Branca Terminal Curto Com constrições Amarela Rugoso Verde

Púrpura Axial Longo Lisa Verde Lisa Amarelo

Page 4: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Primeira Lei de Mendel

Cada característica é condicionada por um par de fatores, que se segregam na formação dos gametas.

Aaa

A

Page 5: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Cruzamento de Mendel – 1ª Lei

rr RR

r R

Rr

Rr

Rr

R r

R

r

RR Rr

Rr rr

R determina semente

Lisa r

determina semente

rugosa

Page 6: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

2ª Lei de Mendel - “Lei da Segregação Independente dos Fatores (genes).”

“Fatores (hoje genes) que condicionam dois ou mais caracteres, separam-se durante a formação dos

gametas, recombinando-se ao acaso, de maneira a estabelecer todas as possíveis

combinações entre si.”

Page 7: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Segunda Lei de Mendel

“Fatores para dois ou mais caracteres são transmitidos para os gametas de modo totalmente independente”.

Page 8: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

-2ª Lei de Mendel - Válida para genes que se encontram em diferentes

pares de cromossomos

A a

bB

A e a ; B e b são alelos

A B

a b

b

Ba

ACélula com dois pares de

cromossomos

MEIOSE

Page 9: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

DIIBRIDISMO OU LEI SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE

Page 10: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

SEGUNDA LEI DE MENDELGeração F2

v v r rv v R rV v r rV v Rrvr

v v R rv v R RV v R rV v R RvR

V v r rV v R rV V r rV V R rVr

VR

vrvRVrVR ♀

V VR R V VR r V vR R V vR r

VvRr x VvRr(amarelas/lisas) (amarelas/lisas)

Page 11: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

RESULTADO FINAL:amarelas / lisas: 9 amarelas/ rugosas: 3 verdes / lisas: 3 verdes / rugosas: 1

9:3:3:1

vvrrvvRrVvrrVvRrvr

vvRrvvRRVvRrVvRrvR

VvrrVvRrVVrrVVRrVr

VR

vrvRVrVR ♀

VVRR VVRr VvRR VvRr

Page 12: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

9/16 – Amarelas/Lisas

3/16 – Amarelas/Rugosas

3/16 – Verdes/Lisas

1/16 – Verde/Rugosa

9:3:3:1

SEGUNDA LEI DE MENDEL

Page 13: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço
Page 14: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Segunda Lei de MendelGeração F2

VR Vr vR vr

VR VVRR VVRr VvRR VvRr

Vr VVRr VVrr VvRr Vvrr

vR VvRR VvRr vvRR vvRr

vr VvRr Vvrr vvRr vvrr

Page 15: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

PROBABILIDADE – Pág. 623

P (ás qualquer) = 4/52 = 1/13

P (face 5) = 1/6

P (ás e 5) = 1/13 . 1/6 = 1/78

Page 16: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

PROBABILIDADE

XX – mulherXY - homem

Page 17: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Exercitando: Na Drosophila melanogaster, a cor do corpo ébano é produzida por

um gene recessivo (e) e o corpo de cor cinza, pelo seu alelo (E). A asa vestigial é produzida por um gene recessivo (v) e o tamanho normal da asa é determinado pelo seu alelo (V). Se moscas diíbridas são cruzadas entre si e produzem 256 indivíduos, quantas moscas desta progênie apresentarão o mesmo genótipo dos pais?

a) 144 b) 128 c) 64 d) 8 e) 16

EeVv X EeVv

EE – cinzaEe – cinza ee – ébano

VV – asa normalVv – asa normalvv - asa vestigial

E e

E EE Ee

e Ee ee

V v

V VV Vv

v Vv vv

P(Ee) = ½ P(Vv) = ½ P (EeVv) = ½ . ½ = ¼ P = ¼. 256 = 64 indivíduos

Page 18: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

INTERAÇÃO GÊNICA

Page 19: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Ocorre quando dois ou mais genes, localizados ou não no mesmo cromossomo, agem conjuntamente na determinação de uma mesma característica.

Ex: Cor da plumagem de periquitos, cor do olho da mosca da banana, forma da crista de galinhas.

Page 20: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Ocorre quando dois ou mais pares de genes não alelos se associam (interagem) determinando um dada característica.

Os genes tem segregação independente, porém não se manifestam independentemente.

Interação gênica simples ou genes complementares

Page 21: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Genes complementares

• Genes com segregação independente que agem em conjunto para determinar um fenótipo.

• Ex.: forma das cristas em galináceos.

Fenótipos Genótipos

crista noz R_E_

crista rosa R_ee

crista ervilha rrE_

crista simples rree

Bateson & colaboradores (1905)

Page 22: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Genótip

o das

Aves

R_E_

(RREE ou

RREe ou RrEe

ou RrEE)

R_ee

(RRee ou

Rree)

rrE_

(rrEE ou rrEe)

rree

Fenótip

o das

Cristas

Crista Noz Crista

Rosa

Crista

Ervilha

Crista

Simples

Page 23: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Outro exemplo: Abóboras

Esférica Alongada Discóide

Genótipo

das

Abóboras

A_B_

(AABB ou AABb ou

AaBb ou AaBB)

A_bb ou aaB_

(AAbb ou Aabb

ou aaBB ou aaBb)

aabb

Fenótipo das

Abóboras

Forma Discóide Forma Esférica Forma

Alongada

Page 24: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Epistasia

• Interação em que um par de genes inibe que outro par, não alelo, manifeste seu caráter.

• A epistasia pode ser dominante ou recessiva.

• O gene inibidor é chamado de epistático e o inibido é o hipostático.

• Ex.: Cor da penas em galináceos.

• Gene C penas coloridas.• Gene c penas brancas.• Gene I epistático sobre

gene C.

Fenótipos

Genótipos

Penas coloridas C_ii

Penas cc_ _

brancas C_I_

Page 25: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Epistasia Dominante

Genótipo das

GalinhasC_ii

(CCii ou Ccii)

C_I_ ou ccI_ ou ccii

(CCII ou CcII ou CcIi ou ccII ou

ccIi)

Fenótipo das

Galinhas

Galinhas

Coloridas

Galinhas Brancas

Gene Epistático= Dominante

Gene Hipostático = Recessivo

Page 26: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Epistasia Recessiva

Gene Epistático = recessivo

Gene Hipostático = dominante

Genótipo dos

Cachorros

B_E_

(BBEE ou BbEe ou

BBEe ou BbEE)

bbE_

(bbEE ou bbEe)

B_ee ou bbee

(BBee ou

Bbee)

Fenótipo da

Cor dos

Pêlos

Cor Preta Cor Marrom Cor Dourada

Page 27: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Outro exemplo de epistasia recessiva: pelagem em camundongos

Cor preta B___ parda bbcc epistático (impede a manifestação da

cor) C_ permite a manisfestação

(puras) branco (albino) X parda (puras)

BBcc bbCC

F 1 100% preto BbCc (intercruzando) x BbCc

F2 pretos 9/16 B__C__brancos 4/16 __ccpardos 3/16 bbC__

Page 28: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Epistasia Duplo Recessiva

Genótipo

dos

Indivíduos

D_E_

(DDEE ou DDEe ou

DdEE ou BbEe)

ddE_ou D_ee

(ddEE ou ddEe ou

DDee ou Ddee)

Fenótipo

dos

Indivíduos

Normal Surdo

Normal = D_E_

Surdez = ddee, DDee, Ddee, ddEE, ddEd

Page 29: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Epistasia no sistema sanguíneo ABO

Genótipos

IAIA, IAi

IBIB, IBi

ii

Todos

Representação esquemática dos grupos sanguíneos ABO.

Page 30: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Fenótipo Bombaim

Heredograma mostrando a herança do fenótipo Bombaim em uma mulher.

Funcionalmente seu grupo ABO é tipo O, mas geneticamente é tipo B, como pode ser deduzido de sua descendência.

EPISTASIA

Page 31: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Pleiotropia

• Herança em que um único par de genes condiciona várias características simultaneamente.

• Efeito múltiplo de um gene.

Exemplos:

• Síndrome de Lawrence-Moon: obesidade, oligofrenia, polidactilia e hipogonadismo.

• Síndrome de Marfan: defeitos cardíacos, problemas visuais, aracnodactilia.

• Fenilcetonúria: deficiência mental, convulsões, icterícia, queda de cabelo, urina muito concentrada.

Page 32: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Exemplo de pleiotropia: Anemia falciforme

Hemácias em forma de foice

HbAHbA = NormalHbAHbS = Anemia Leve (Anêmico)HbSHbS = Anemia Grave (Morte)

Page 33: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Polimeria

• Herança Quantitativa onde ocorre efeito cumulativo na ação de vários pares de genes.

• Há uma variação fenotípica gradual e contínua entre um valor mínimo e um valor máximo, devida a adição de genes dominantes no genótipo, seguindo uma curva normal de distribuição.

• Ex.: altura, peso, cor da pele, cor dos olhos, grau de inteligência, altura de plantas, produção de leite em bovinos, comprimento de pelos, etc.

• Para se saber o número de fenótipos ou quantos pares de genes estão envolvidos são utilizados modelos matemáticos.

número de poligenes = número de fenótipos - 1número de fenótipos = número de poligenes + 1

Page 34: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Cor da Pele em Humanos

Fenótipos Genótipos

Negro SSTT

Mulato Escuro

SsTTSSTt

Mulato Médio

SsTtSSttssTT

Mulato ClaroSsttssTt

Branco sstt

1

2

3

2

1

Negro

Mulato Escuro

Mulato Médio

Mulato Claro

Branco

Page 35: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

0

1

2

3

4

5

6

7

8

negro

mulato escuro

mulato médio

mulato claro

Branco

prop

orçã

o fe

notíp

ica

Classes fenotípicas

Page 36: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Algumas curiosidades antes de continuar...

- Utilizamos letras simbólicas para representar o sistema sanguíneo. De onde veio a letra I utilizada? (IA, IB)

I vem de isoaglutinação, refere-se a aglutinação do sangue ocorrida na transfusão entre indivíduos de mesma espécie com tipos sanguíneos diferentes.

- Qual a diferença entre alelos dominantes e co-dominantes em termos bioquímicos?

Page 37: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

- O fenômeno dominância está relacionado ao papel funcional da enzima produzida pelos alelos dominante e recessivo de cada par de alelos.

- Se alelo A codifica uma enzima A que cataliza determinada reação bioquímica seu alelo a codifica uma enzima inativa, incapaz de catalizar essa mesma reação.

-Como uma pequena quantidade de enzimas já é suficiente para catalizar a reação, tanto indivíduos AA ou Aa apresentam o mesmo fenótipo. Já os homozigotos recessivos aa, por produzirem enzimas inativas, apresentam um fenótipo diferente para esse caráter.

Subst. Precursora X

Produto A

Não se forma o produto A

Subst. Precursora X

Alelo A Enzima A

Alelo a Enzima inativa

Page 38: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

- Nos casos de co-dominância os dois alelos do par codificam a síntese de enzimas inativas, manifestando-se o fenótipo determinado por eles.

-As diferenças bioquímicas manifestadas por homozigotos e heterozigotos manifestam-se claramente.

Problema:

-Dois casais afirmam que determinada criança achada pela polícia é seu filho desaparecido. Os resultados dos testes para os grupos sanguíneos foram os seguintes:

Criança: O, MN, Rh-Casal 1 Casal 2Mulher: O, MN, Rh- Mulher: A, N, Rh+Homem: AB, M, Rh+ Homem: B, M, Rh+

Explique como esses resultados excluem ou não a possibilidade de a criança ser o filho desaparecido do casal 1 ou do casal 2.

Page 39: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

- Como atuam os alelos epistáticos em termos bioquímicos?

Na epistasia pares de alelos agem em conjunto para condicionar uma única característica.

Dependendo de as enzimas produzidas pelos alelos serem ativas ou inativas, verificam-se as diferentes relações epistáticas.

Em geral, os alelos epistáticos atuam antes dos genes que eles “cancelam” na sequência bioquímica.

Se em uma sequência existirem dois genes atuando, cada um dos dois alelos, os epistáticos são aqueles que vão comandar se haverá ou não o substrato sobre o qual atuará a enzima sintetizadas pelos alelos que entram a seguir.

Subst. Precursora 1

Alelo epistático

Subst. intermediária

ProdutoPonto onde atuam os genes de outro alelo

Page 40: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Problema 1

(Fuvest-SP) A pigmentação da plumagem de galinhas está condicionada por dois pares de genes autossômicos situados em cromossomos diferentes. O gene C determina a síntese de pigmento e seu alelo c é inativo, determinando a cor branca. O gene I inibe a formação de pigmentos e seu alelo i não o faz. Do cruzamento de indivíduos Ccii com indivíduos CcIi, quais os genótipos e fenótipos esperados?

Page 41: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Problema 2

Determinado fruto apresenta variação de massa entre 1,0 kg e 2,5 kg, com intervalos entre 250 gramas entre cada valor. Pergunta-se:

a) Quais fenótipos podem ocorrer para esse caráter e quantos alelos estão atuando?

b) Quais as classes fenotípicas esperadas e as proporções entre elas, resultantes do cruzamento entre heterozigotos?

Page 42: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Resolvendo o problema 2

Cálculo das proporções entre as classes fenotípicas

- Analisando os dados de herança quantitativa, verificou-se um padrão constante nas proporções fenotípicas resultantes do cruzamento entre dois hererozigotos.

- Essas proporções obedecem o binômio de Newton: (p+q)n

-Ondep= alelos efetivos, que produzem muito efeito no fenótipo (A, B, C)q= alelos não efetivos, que produzem pouco efeito no fenótipo (a, b, c)n= número de alelos.

Page 43: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Resolvendo o binômio, o que podemos obter?

Quando n=2, o binômio fica assim: 1p2+2pq+1q2

Onde:p2 significa que há dois alelos efetivos (AA)

q2 significa que há dois alelos não-efetivos (aa)

2pq = 2 Aa

Page 44: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Binômio de Newton para cor da pele em humanos

Fenótipos Genótipos

Negro SSTT

Mulato Escuro

SsTTSSTt

Mulato Médio

SsTtSSttssTT

Mulato ClaroSsttssTt

Branco sstt

n= ?p= ?q= ?

(p+q)n

(p+q)4 =

1p4 + 4p3q + 6p2q2 + 4pq3 + 1q4

Page 45: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Uma maneira mais simples de se obter as proporções fenotípicas na geração resultante do cruzamento de heterozigotos é utilizar o triângulo de Pascal, construído com base na distribuição de coeficientes do binômio de Newton elevado à potência n.

Mas como se constrói um Triângulo de Pascal?

a) Escreve-se o número 1 em dois lados do triângulo e numera-se do dois em diante, a partir do ápice.

b) Os números seguintes correspondem à soma dos dois números anteriores.

número de poligenes = número de fenótipos - 1número de fenótipos = número de poligenes + 1

Page 46: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

1 1 fenótipo

1 1 2 fenótipos

1 2 1 3 fenótipos

1 3 3 1 4 fenótipos

1 4 6 4 1 5 fenótipos

1 5 10 10 5 1 6 fenótipos

1 6 15 20 15 6 1 7 fenótipos

Page 47: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Um caso interessante: pleiotropia na espécie humana

A fenilcetonúria é uma doença hereditária determinada pelo alelo recessivo. A pessoa afetada não consegue metabolizar o aminoácido fenilalanina e transformá-lo em tirosina, pois não sintetiza a enzima responsável por essa conversão.

Com isso, a fenilalanina se acumula no sangue, desencadeando uma série de consequências graves.

Os afetados podem ter vida normal, desde que restrinjam a ingestão de alimentos que contenham fenilalanina (rótulos de alimentos).

Diagnóstico: teste do pezinhoSe não diagnosticada a doença – problemas!!

Page 48: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Fenilalanina

Tirosina

Melanina Tiroxina (hormônio produzido pela glândula tireóide)

Adrenalina(hormônio produzido pelas glândulas adrenais

Outros produtos

Albinismo

Cretinismo: retardo geral do desenvolvimento Diminuição dos níveis de

adrenalina no organismo

bloqueio

Reação deixa de

ocorrer e há desvio na

via metabólica

Subst. derivadas

da fenilalanina acumulam-

se no sangue e no

líquido cérebro espinhal

Teste do pezinho positivo

Enzima B: tirosinase Enzima C

Enzima D Enzima E

Enzima A: fenilalanina hidroxilase

Page 49: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço
Page 50: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Herança QuantitativaCor da pele no homem

Fenótipos Genótipos Genes aditivos

Negro SSTT 4

Mulato EscuroSsTTSSTt

3

Mulato MédioSsTtSSttssTT

2

Mulato ClaroSsttssTt

1

Branco sstt 0

Page 51: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Quando cruzamos dois indivíduos com fenótipos extremos, 100% da prole será composta por indivíduos com fenótipo intermediário. Quando cruzamos indivíduos heterozigotos, aparecem na geração subsequente todos os genótipos possíveis, obedecendo a uma distribuição normal.

Exemplo: SsTt (mulato médio) X SsTt (mulato médio)na descendência tem-se: 1 negro, 4 mulatos claros,6 mulatos médios, 4 mulatos escuros,1 branco

Page 52: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

SsTt X SsTtmulato médio mulato médio

ST St sT st

ST SSTT SSTt SsTT SsTt

St SSTt SStt SsTt Sstt

sT SsTT SsTt ssTT ssTt

st SsTt Sstt ssTt sstt

Page 53: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

S’SP’P X S’SP’Pmulato médio mulato médio

S’P’ S’P SP’ SP

S’P’ S’S’P’P’ S’S’P’P S’SP’P’ S’SP’P

S’P S’S’P’P S’S’PP S’SP’P S’SPP

SP’ S’SP’P S’SP’P SSP’P’ SSP’P

SP S’SP’P S’SPP SSP’P SSPP

Page 54: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

0

1

2

3

4

5

6

7

8

negro

mulato escuro

mulato médio

mulato claro

Branco

prop

orçã

o fe

notíp

ica

Classes fenotípicas

Page 55: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

E mais...Páginas 627Exercícios: 1 a 9.

Page 56: GENÉTICA. Genética Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço Genes com segregação independente Cap. 03 – pág. 71 Prof. Lourenço

Prof. Lourençowww.detonei.com

Finish!!!