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ECOLOGIA GERAL Fluxo de energia nos ecossistemas: cadeias e teias alimentares - níveis tróficos

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ECOLOGIA GERAL

Fluxo de energia nos ecossistemas:cadeias e teias alimentares - níveis

tróficos

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Energética ecológica

• Fundamentos lançados por Lindemann

(1942):

• - entender os processos dos ecossistemas

• - produção de alimento para a

humanidade.

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Termos utilizados

• Produtividade primária da comunidade

taxa de biomassa produzida na

fotossíntese/área/tempo.

• Expressa em cal (joules/m2/dia) ou

matéria orgânica seca (kg/ha/ano)

• PPB = produtividade primária bruta

• PPL= PPB - R

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Sem organismos autótrofos não haveria energia disponível para

àqueles que não possuem a capacidade de fixá-la.

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• Produtividade secundária taxa de

produção de biomassa pelos heterótrofos.

• Sistema Herbívoro-Carnívoro = sistema

consumidor de matéria viva

• Sistema decompositor (decompositores e

detritívoros)= sistema consumidor de

matéria orgânica morta

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Sistema de consumidores de

matéria morta

HeterótrofosAutótrofos

Produtores1ro nível trófico

Consumidores primários

2do nível trófico

Consumidores secundários

3ro nível trófico

Consumidores terciários

4to nível trófico

Decompositores ou detritívoros

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Produtividade primária líquida global

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Produtividade primária

• Importante para o funcionamento da biota

• PPL global = 115.109 ton.m2.ano-1

• Oceano = 55.109 ton.ano-1

• Média global – 400mg.m2.ano-1 (30% da superfície terrestre e 90% dos oceanos)

• Ecossistemas mais produtivos – pântanos, estuários, banhados, bancos de algas, recifes, florestas tropicais e campos cultivados.

• Lagos > PPL que oceanos

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Fatores limitantes da PPL

• Latitude – radiação solar X temperatura X

água

• Mar – produtividade baixa pela escassez

de nutrientes.

• Ecossistemas terrestres:

• - recursos: nutrientes, CO2, H2O

• - condições: radiação solar e temperatura

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• De 0 a 5 J de energia solar atinge/m2 de

superfície terrestre/minuto

• Se toda essa energia fosse convertida em

biomassa vegetal, teria 10 a 100x a

eficiência da fotossíntese.

• A comunidade terrestre mais produtiva =

coníferas entre 1 e 3%

• Plantas cultivadas manejadas = 3 a 10%

eficiência.

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• A escassez de água a fotossíntese

• A PP é variável ao longo do ano por vários fatores

• Comunidades aquáticas PP = nutrientes, intensidade da radiação solar na coluna de água.

• As comunidades aquáticas são produtivas nas zonas costeiras.

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O destino da Produtividade

primária

• Heterótrofos fungos, animais e a maioria das bactérias

• Obtenção: a) direta da biomassa vegetal; b) indiretamente do consumo dos heterótrofos

• Produtor 1ario. – 1º. Nível trófico

• Consumidor 1ªrio = 2º. Nível trófico

• Consumidor 2ario = 3º. Nível trófico

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Eficiência ecológica energética

• Relação entre PP X PS

• Relação PS/PP = 1/10

• Resulta numa estrutura piramidal.

• Explica a composição dos níveis tróficos

das comunidades biológicas

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A perda contínua de energia através das atividades metabólicas, limita a

quantidade de energia que está disponível para o próximo nível trófico, o

que é explicado pela segunda Lei da Termodinâmica.

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Sistema de consumidores de

matéria viva

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Assim, temos que o destino final da energia assimilada pelos

consumidores pode seguir 4 rotas:

• respiração

• acumulação de biomassa

• degradação da matéria orgânica por bactérias e outros decompositores

• consumo pelos heterótrofos

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Processos em um ecossistema

As relações de alimentação entre produtores, consumidores e

decompositores determinam uma estrutura chamada trófica,

através da qual a energia flui e os nutrientes são reciclados:

a cadeia alimentar ou trófica.

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A interação do fenômeno da cadeia alimentar (isto é, a perda

de energia em cada transferência) com a relação entre

tamanho e metabolismo

Em uma estrutura trófica definida na comunidade, a qual,

muitas vezes, caracteriza um determinado tipo de

ecossistema

resulta

A estrutura trófica pode ser medida e descrita em termos de:

• Biomassa existente por unidade de área

• Energia fixada por unidades de área e tempo

• Níveis tróficos sucessivos

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Níveis tróficos

AutótrofosProdutores Primários

HerbívorosProdutores SecundáriosConsumidores Primários

CarnívorosProdutores Terciários

Consumidores SecundáriosEtc

• A cadeia alimentar é dividida em vários níveis, chamados de

tróficos,

• Estes níveis estão ligados por relações “alimentares” e sugerem

uma ordem particular para a passagem de energia ao longo da

cadeia alimentar.

• Assim como outros modelos muito simples, a idéia da cadeia

alimentar permite apenas uma abstração simples da natureza do

fluxo de energia nas comunidades

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• Ocorre uma transferência de energia e

nutrientes para os níveis tróficos

superiores

• A energia flui através do sistema,

havendo perda por dissipação em cada

passo

• Nutrientes também fluem, mas não

ocorrem perdas necessariamente: ciclos

ao invés de fluxo único

• Raramente apresentam mais do que 5 ou 6

níveis: porque será?

Nas cadeia alimentares

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999.000 é perdida

A eficiência de uso da E solar é, portanto: 1.000/1.000.000 = 1%

Exemplo: fluxo de E em uma floresta

A cada nível sucessivo, ~ 10% da E disponível para aquele nível é convertida em nova

biomassa.

Este valor também se aplica a produtores, os quais consomem 90% de sua própria

produção para a respiração

• RFA = 1.000.000 J

• ~1% desta E é transformada

pelos produtores em biomassa

vegetal ou seja 10 000 J.ano-1

de biomassa são produzidas.

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Os ecossistemas podem sustentar duas cadeias alimentares paralelas

• baseada na herbivoria

• animais relativamente

grandes se alimentam

de folhas, frutos e

sementes

A cadeia de pastoreio:

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Os ecossistemas podem sustentar duas cadeias alimentares paralelas

baseada no consumo por

microorganismos e

pequenos animais de

matéria orgânica morta

de origem vegetal ou

animal

A cadeia de detritos:

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Energia solar:1,254,000 Kcal.m-2ano-

1

~1% é capturada pelos PP no processo de

fotossíntese

…45% são usados no cresimento (PPL)

…11% entram na cadeia alimentar de

pastoreio

…34% entram na cadeia alimentar de detritos

…55% são utilizados na respiração

Importância da cadeia alimentar de detritos no balanço energético do ecossistema

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Ocorrem

conjuntamente

com o processo

de decomposição

Rmicrobiana : respiração de bactérias e fungos

Rsaprofítica: respiração de invertebrados que se alimentam de detritos orgânicos

Decomposição da matéria orgânica morta

A respiração microbiana

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A decomposição é um processo físico e químico de transformação das

moléculas orgânicas complexas da matéria orgânica morta em componentes

inorgânicos (ou orgânicos) mais simples

• Fonte de energia para o crescimento microbiano

• Libera nutrientes para a absorção pelas plantas

• Influencia o armazenamento de carbono

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O processo de decomposição inclui:

Fauna e micro-

organismos

Mineralização

Respiração

Deposição de serapilheira

serapilheira

Raízes

Solo

Humificação

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Decomposição anaeróbica:

• Libera menor quantidade de energia

• A quebra das moléculas orgânicas é substancialmente mais lenta e

incompleta

• Resulta na acumulaçãp de matéria orgância não degradada na forma de

turfas, solos e sedimentos orgânicos.

Decomposição aeróbica:

• Mais eficiente na liberação de E contida nas moléculas orgânicas

• A cadeia de detritos é mais ativa em ambientes aeróbicos e a quebra de

materiais mais completa

Tipos de decomposição

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A decomposição consiste em três etapas

1. Lixiviação e conseqüente transferência de materiais solúveis como

nutrientes e compostos simples de carbono

2. Fragmentação pelos animais do solo aumentando a área superficial

para o ataque microbiano

Berg & Meentemeyer (2002)

3. Alteração química,

ou seja mudanças

na composição do

detrito

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Lixiviação

• Move (retira) os compostos

solúveis em água do

material em decomposição

• Tem início quando as folhas

estão ainda na planta

• Processo mais importante

da decomposição inicial

Fase 1

Fase 2 Fase 3

Lignina

Produtos microbianos

Celulose e

hemicelulose

Solubilizados

celulares

Trópicos

Ártico

Mas

sa r

eman

esce

nte

(%

do

ori

gin

al)

Tempo (anos)

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Fragmentação

• A serapilheira fresca é protegida

do ataque microbiano (peles,

epiderme, células vegetais

contendo lignina nas paredes)

• Efetuada por vários animais que

habitam o solo

• Aumenta a área superficial para o

ataque microbiano

• Importante em ecossistemas

aquáticos e terrestres

Fase 1

Fase 2 Fase 3

Lignina

Produtos microbianos

Celulose e

himicelulose

Solubilizados

celulares

Trópicos

Ártico

Mas

sa r

eman

esce

nte

(%

do

ori

gin

al)

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Alteração química

Converte a matéria orgânica em CO2 e nutrientes

Forma compostos complexos recalcitrantes (refratários)

Fase 1

Fase 2 Fase 3

Lignina

Produtos microbianos

Celulose e

hemicelulose

Solubilizados

celulares

Trópicos

Ártico

Mas

sa r

eman

esce

nte

(%

do

ori

gin

al)Assim, a composição química da

matéria orgânica morta é

alterada a medida que os

microorganismos degradam as

moléculas orgânicas

Os compostos são degradados a

taxas distintas e novos irão

aparecer como resultado do

metabolismos microbiano

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Lembrando que o solo é heterogêneo

• Composto pela serapilheira acima do solo a

matéria orgânica e a porção mineral

• Presença de agregados e macroporos

• Presença da rizosfera

Espacialmente

Quimicamente

• Líter fresco e a matéria orgânica velha apresentam

composição distinta

• As diferentes partes da planta têm composição

também diferenciada (ex.: folhas e madeira)

• As paredes celulares e o conteúdo celular são

diferentes

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Quem são os organismos responsáveis pela decomposição e por que eles realizam este processo?

Cadeia de detritos baseada nas folhas de mangue que caem em um estuário raso

do Sul da Flórida (Odum, 1972)

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Bactérias

• Apresentam um crescimento rápido

• São especilizadas em substratos lábeis

• Existem grupos anaeróbicos

• Dependem da difusão do substrato para dentro da célula

• Especialistas “espaciais” ou seja: geralmente

encontram-se na rizosfera, nos macroporos

ou no interior dos agregados.

• Especialistas químicos: diferentes bactérias

produzem diferentes tipos de enzimas

degradando diferentes substratos

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Fungos

• Responsáveis pela maior parte da decomposição aeróbica

• Ampla capacidade enzimática, produzindo compostos que degradam: as

paredes celulares (ou seja lignina, celulose e hemicelulose) e o conteúdo

celular (proteínas, açúcares e lipídios)

• Podem transportar os metabólitos através das hifas, podendo ser

encontrados no:

– Líter superficial, importam nitrogênio do solo

– Madeira, importam nitrogênio do solo

– Micorrizas, trocam carbohidratos por nutrientes

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Fauna edáfica:

• São responsáveis por 5-10% da

respiração do solo

• Os principais impactos na

decomposição são indiretos:

Alteram o ambiente do solo

Se alimentam de bactérias e

fungos

Excretam nitrogênio e fósforo

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Microfauna edáfica

• Protozoários como ciliados e amebas

– Aquáticos e móveis

– Predadores de bactérias (fagocitose)

– Esoecialistas da rizosfera

• Nematódios e elmintos ocupam vários níveis tróficos

– Nematóides são extremamente abundantes

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Mesofauna edáfica

• Animais que têm o maior impacto na decomposição

• Fragmentam o líter

• Ingerem partículas de líter e digeram bactérias

• Ex: Colembolos

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Macrofauna edáfica

• Minhocas, cupins, etc.

– Fragmentam o líter ou ingeram solos

– Misturam o solo e transportam matéria orgânica para áreas mais

profundas do perfil

– Reduzem a compactação

– Criam canais para a água e as raízes

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Exemplo da quebra

mecânica (fragmentação)

de detritos de maior

tamanho. Observe como a

decomposição é menos

intensa nos sacos que não

permitiram a ação da

macrofauna

Ricklefs & Milles, 2000

Medida da decomposição utilizando diferentes dimensões de litter-bags

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Controles da decomposição variam a longo e curto prazos:

Longo prazo Curto prazo

A qualidade e a

quantidade de substrato

estão entre os principais

fatores controladores da

decomposição

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A qualidade do substrato depende do:

• Tamanho da molécula

• Tipos de ligações químicas: algumas são mais fáceis de romper que

outras,

• Regularidade da estrutura e aleatoriedade do contato com enzimas e

decompositores (lignina e humus são irregulares)

• Toxidade: fenóis que evoluíram para proteger plantas de herbívoros e

patógenos, em alguns casos, também afetam os decompositores

• Disponibilidade de nutrientes para sustentar o crescimento microbiano

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Como prever a taxa de decomposição?

• Análise da razão C:N

– Ídice da razão entre citoplasma e parede celular

– Medindo a concentração de N

– Afeta a decomposição diretamente na presença de C lábil

• Razão Lignina:N

– Medida que integra a concentração

de N e o tamanho/complexidade do

substrato

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Espécies de plantas diferem em termos de predictabilidade da qualidade do

liter. Por exemplo folhas de plantas adaptadas à elevada disponibilidade de

recursos decompõem rapidamente devido às maiores concentrações de

carbono lábil

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Efeitos importantes da decomposição no ecossistema

1. Retorno do carbono estocado e do

fixado na PP para a atmosfera

2. Torna o estoque de nutrientes

disponível para a absorção pela

vegetação

3. Primeiro passo na formação da

matéria orgânica do solo a qual

afeta propriedades como a

capacidade de troca de cátions e

a retenção de água

Consumidores

Produtores

Nutrientes dis-

poníveis para

os produtores

Reservatório

Processos

geológicos

Decompositores

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Energia solar:1,254,000 Kcal.m-2ano-

1

~1% é capturada pelos PP no processo de

fotossíntese

…45% são usados no cresimento (PPL)

…11% entram na cadeia alimentar de

pastoreio

…34% entram na cadeia alimentar de detritos

…55% são utilizados na respiração

Importância da cadeia alimentar de pastoreio no balanço energético do ecossistema

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Maioria dos ecossitemas: o modelo inicia com os Produtores Primários, que produzem

açúcares e compostos orgânicos pela fotossíntese. Uma vez produzidos, estes compostos

podem ser usados para criar vários tipos de tecidos vegetais

A cadeia de pastoreio:

modelo que descreve o fluxo geral de energia em parte do ecossitema

Consumidores Primários

ou hervívoros: segundo elo

na cadeia de pastoreio,

obtém E pelo consumo dos

produtores primários

Miller, 2001

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Consumidores secundários ou carnívoros: terceiro elo na cadeia. Obtém E pelo

consumo de herbívoros.

A cadeia de pastoreio

Miller, 2001

Consumidores terciários

ou carnívoros

secundários: obtém E

pelo consumo dos

carnívoros primários.

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Cadeia de pastagem

Cadeia de detritos

Herbívoros Predadores

PredadoresDetritívoros

Produtores

Ligação entre as cadeias alimentares de pastagem e de detritos

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Descrevem os padrões complexos de

fluxo de E em um ecossitemas pela

modelagem de quem consome quem.

Teias alimentares:

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TeiaCadeia

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As teias alimentares são muito mais complexas: (Elton, 1927)

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Cadeias alimentares: sistemas morfológicos que descrevem o

fluxo de energia

Este fluxo dentro das cadeias alimentares pode ser também

descrito quantitativamente, através de vários modelos

propostos na literatura.

Pirâmides tróficas

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Modelo de pirâmides de biomassa:

quantifica a biomassa total em cada

nível trófico

Exemplos:

Modelo de pirâmides de energia:

quantifica a quantidade de energia

presente em cada nível trófico

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Forma gráfica de representar a estrutura e

função tróficas Pirâmides Ecológicas

Tipos

Pirâmides de biomassa: são representados o peso

seco total ou o valor calórico ou outra medida da

quantidade de material vivo

Pirâmides de números: são representados o número

de organismos individuais presentes em cada nível

Pirâmides de energia: são representados o fluxo

energético e/ou a produtividade em níveis tróficos

sucessivos

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1. Números variam muito de acordo com o tipo

de comunidades, dependendo do tamanho

dos indivíduos

2. Muitas vezes os números entre um nível

trófico e outro apresentam variações muito

grandes, dificultando sua representação na

mesma escala

3. São estáticas: demostram os estados

instantâneos

Pirâmides de Números

Odum, 1983)

Pouco instrutiva em termos ilustrativo:

Exemplos:

Florestas: produtores primários -

poucos indivíduos grandes

Oceanos: produtores primários –

muitos indivíduos, pequenos

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Pirâmides de Biomassa

Odum, 1983)

1- Proporciona um quadro mais claro das relações de biomassa existentes entre os

grupos ecológicos como um todo

2- Espera-se uma pirâmide de inclinação gradativa, desde que o tamanho dos indivíduos

não difira muito

3- Esta pirâmide pode ser invertida quando os indivíduos dos níveis tróficos iniciais são

bem menores do que os dos níveis mais elevados (ex. Lagos e oceanos)

4- Apesar do fluxo de E ser maior dos produtores para os consumidores, o metabolismo

acelerado e a taxa de reposição maior dos produtores implicam em uma menor biomassa

em qualquer tempo

5- São estáticas: demostram os estados instantâneos

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Odum, 1983)

Pirâmides de Energia

1- Proporcionam a melhor imagem geral da natureza funcional das comunidades

2- O número e a massa de organismos que podem ser sustentados em um dado nível, em

uma dada situação não dependem da quantidade de E fixada presente, em um dado

momento no nível imediatamente inferior, mas sim da velocidade com que o alimento

está sendo produzido

3- São dinâmicas: demostram a velocidade da passagem da massa alimentar ao longo da

cadeia trófica

4- Forma da pirâmide não é afetada pelo tamanho ou taxas metabólicas

5- Se todas as fontes forem consideradas deve estar sempre na posição direta, devido

à Lei da Entropia

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Diminuição do número de

organismos com um aumento do

número de níveis tróficos

Base da pirâmide de uma

floresta temperada é estreita

pois os organismos são grandes

Pirâmide de número de organismos:

120.000

50.000

300

2

1.5000.000

100.000

10.000

1

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Eficiência ecológica ou

… qual energia útil é transferida entre níveis tróficos?

• Eficiência ecológica ou eficiência da cadeia alimentar: é definida

como o percentual da energia transferido de um nível trófico

para o seguinte:

• Eficiência ecológica: é geralmente apenas 10%, variando entre 5-

20%

• Estudar a utilização da energia dentro de cada nível

trófico

• Levar em conta a dissipação de energia que ocorre

em cada transferência entre níveis tróficos

Para entender melhor por que isto ocorre é necessário:

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Transferências energéticas dentro de cada nível trófico

Ingestão: energia contida no alimento ingerido

Excreção: energia contida nos dejetos

Assimilação: energia contida no alimento ingerido que é

absorvida pelo organismo

Respiração: energia consumida nos processos de

manutenção vital

Produção: energia residual utilizada no crescimento e

reprodução

Envolvem vários componentes:

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Relações energéticas fundamentais

O balanço energético de um consumidor resulta das

seguintes relações:

ENERGIA INGERIDA - ENERGIA EXCRETADA = ENERGIA ASSIMILADA

ENERGIA ASSIMILADA - RESPIRAÇÃO - EXCREÇÃO = PRODUÇÃO