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MÓDULO 03 ECOLOGIA AULA 01 INTRODUÇÃO À ECOLOGIA A ecologia é a parte da biologia que estuda os seres vivos, a relação entre eles e entre eles e o ambiente. - O conhecimento da ecologia nos permite entender como os ecossistemas funcionam, e assim, percebemos a importância de preservá-lo. Cada ser vivo faz parte de um delicado equilíbrio. - Entender a ecologia nos permite criar estratégias para diminuir impactos ambientais e preservar as espécies, incluindo a nossa. Conceitos importantes - Teoria preservacionista : acredita que a melhor forma de preservar a natureza é restringindo o acesso humano em áreas de proteção ambiental. - Teoria conservacionista : credita que é possível conciliar o contato humano com a natureza, usando práticas sustentáveis. - Níveis de organização estudados em ecologia : aqui voltaremos a ver uma imagem que estudamos no primeiro módulo de nosso curso.

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Page 1: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

MÓDULO 03 – ECOLOGIA

AULA 01 – INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

A ecologia é a parte da biologia que estuda os seres vivos, a relação entre eles e entre eles e o ambiente.

- O conhecimento da ecologia nos permite entender como os ecossistemas funcionam, e assim,

percebemos a importância de preservá-lo. Cada ser vivo faz parte de um delicado equilíbrio.

- Entender a ecologia nos permite criar estratégias para diminuir impactos ambientais e preservar as

espécies, incluindo a nossa.

Conceitos importantes

- Teoria preservacionista: acredita que a melhor forma de preservar a natureza é restringindo o acesso

humano em áreas de proteção ambiental.

- Teoria conservacionista: credita que é possível conciliar o contato humano com a natureza, usando

práticas sustentáveis.

- Níveis de organização estudados em ecologia: aqui voltaremos a ver uma imagem que estudamos no

primeiro módulo de nosso curso.

Page 2: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- A unidade básica em ecologia é o organismo, sendo assim, estudamos a partir do organismo, mas com

foco na sua interação com outros organismos e o meio ambiente, perceba:

A união entre indivíduos da mesma espécie, vivendo no mesmo local e no mesmo período de tempo,

forma as populações. Diferentes populações formam as comunidades (biota ou biocenose). Quando

consideramos as comunidades mais o meio ambiente (biótopo), como a luz, a temperatura, o vento etc.,

nos referimos aos ecossistemas e a união entre todos os ecossistemas é a biosfera (esfera de vida –

Terra).

- Biótopo: é o termo usado para designar os componentes abióticos do meio ambiente como chuva, vento,

rocha, temperatura etc.

- Bioma: unidade ecológica onde características como vegetação, solo e fisionomia são típicos,

influenciado por um clima predominante.

- Fatores abióticos: tudo que não é vivo.

- Fatores bióticos: seres vivos.

- Habitat: é o local onde uma espécie vive, por exemplo: em um rio, em uma árvore, no mar, sob o

tronco de uma árvore caída.

- Nicho: é um termo mais amplo e complexo, representa todos os fatores relacionados a uma espécie,

como o seu habitat, sua alimentação e seu comportamento. Em outras palavras, é o papel ecológico de

uma espécie.

*Note que duas espécies podem ter o mesmo hábitat, mas não o mesmo nicho.

- Ecótono: é a região de transição entre duas comunidades, elas se sobrepõe, e por isso é um local

geralmente com um elevado número de espécies e nichos ecológicos.

Os demais conceitos serão estudados separadamente em cada aula, bem vindo ao maravilhoso mundo da

ecologia!

Page 3: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

AULA 02 – CADEIA E TEIA ALIMENTAR

- A cadeia e a teia alimentar representam as relações alimentares dos seres vivos.

- Existem 3 categorias: produtores, consumidores e decompositores.

Produtores: são os autótrofos, sintetizam sua matéria orgânica pela fotossíntese ou quimiossíntese

(temos aula sobre esses processos).

Consumidores: são os heterótrofos, não produzem seu próprio composto orgânico e, portanto,

depende de outros seres vivos para sua alimentação. Podem ser herbívoros (se alimentam de plantas),

carnívoros (se alimentam de outros animais) e onívoros (se alimentam tanto de plantas como de

animais). Os consumidores que se alimentam dos produtores são chamados de consumidores primários,

os que se alimentam dos consumidores primários, são os consumidores secundários, e assim segue.

Decompositores: são formados por algumas bactérias e fungos que degradam os restos mortais

dos outros seres vivos. São fundamentais para a reciclagem da matéria, tornando ela novamente utilizável.

CADEIA ALIMENTAR

- É uma forma esquemática e linear de representar o fluxo de energia entre os organismos. A posição dos

organismos é chamada de nível trófico. O primeiro nível trófico será sempre dos produtores, o segundo

nível trófico é dos consumidores primários, o terceiro nível trófico, dos consumidores secundários, e

assim segue.

Cadeia alimentar em ambiente terrestre

FLUXO DE ENERGIA

Page 4: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- No ambiente aquático os produtores são representados pelas algas e bactérias fotossintetizantes

(principalmente). O fitoplâncton são microalgas ou bactérias, o zooplâncton é constituído por

protozoários, moluscos, artrópodes microscópios e larvas de diversos animais.

- Perceba que a cadeia alimentar é algo esquemático, na natureza as relações entre os seres vivos são mais

complexas, o que ocorre, portanto, é um conjunto de cadeias alimentares, nesse caso chamamos de teia

alimentar.

- Perceba que o mesmo organismo pode ocupar diferentes níveis tróficos.

AULA 03 – PITRÂMIDES ECOLÓGICAS – FLUXO DE MATÉRIA E ENERGIA

É UMA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO FLUXO DE ENERGIA E DE MATÉRIA AO LONGO DA

CADEIA ALIMENTAR.

- Podem ser de número, de biomassa ou de energia.

OBS: Mesmo não

representados na

imagem, os

decompositores

estão atuando nessa

teia alimentar.

Page 5: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- Representa a quantidade (número) de seres vivos a cada nível trófico.

- Ela pode ser invertida, quando não possui o padrão “pirâmide”, veja abaixo:

- Quando envolve parasitas, a pirâmide também é invertida: imagine um cão parasitado por pulgas. É um

cão e podem ser centenas de pulgas (um nível trófico acima, pois estão se alimentando do cão).

Page 6: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- Note que a pirâmide de biomassa pode ser invertida, mas quando invertida é apenas em ambientes

aquáticos:

O fitoplâncton

pode ter menor

biomassa, mas por

se multiplicarem

muito rapidamente

continuam

presentes.

Page 7: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- A pirâmide de energia indica o quanto de energia existe em cada nível trófico, sempre será maior na

base.

- Todos os organismos usam energia para sobreviver, uma pequena parte dessa energia é armazenada e

poderá ser passada a um novo nível trófico.

- Perceba o que é PPB (produtividade primária

bruta) e PPL (produtividade primária líquida):

- A PPL é o que sobra de energia para o

próximo nível trófico.

- O fluxo de energia é unidirecional.

AULA 04 – CICLO DA ÁGUA – CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

- É o componente mais abundante nos seres vivos.

- 97% da água do planeta está nos oceanos.

- Pode estar nos estados: sólido, liquido e gasoso.

- Acompanhe o ciclo juntamente com a aula do prof. Samuel Cunha.

Page 8: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

AULA 05 – CICLO DO CARBONO– CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

- Os átomos de carbono estão presentes na atmosfera na forma de gás carbônico (CO2).

- Organismos fotossintetizantes assimilam esse CO2, transformando ele em matéria orgânica, que pode ser

usado na respiração celular ou seguir para outros seres vivos a partir da cadeia alimentar.

- Quando um organismo morre, o processo de decomposição também devolve o CO2 para a atmosfera.

- Alguns seres vivos que não foram decompostos devido ao soterramento, após milhões de anos, foram

transformados em petróleo (combustível fóssil).

- Como o CO2 é um gás efeito estufa, a queima do combustível fóssil devolve em grande quantidade esse

gás para a atmosfera, causando um aumento no efeito estufa.

- Acompanhe o ciclo a baixo.

Page 9: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

AULA 06 – CICLO DO OXIGÊNIO – CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

- O oxigênio (O) pode ser encontrado, entre vários exemplos, no CO2, no O2 e na H2O (atmosfera ou seres

vivos) ou ainda em substâncias orgânicas como na glicose C6H12O6 (seres vivos).

- Os organismos autótrofos assimilam o CO2 atmosférico pela fotossíntese.

- Juntamente com essa assimilação, na fotossíntese ocorre a liberação de oxigênio na forma de O2 (o

oxigênio nesse caso vem da água).

Page 10: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- Na respiração ocorre o contrário, o O2 da atmosfera é unido ao hidrogênio e forma a água.

- A radiação que chega à atmosfera é capaz de transformar o O2 em O3 (gás ozônio). Importante para a

proteção dos seres vivos contra o excesso de radiação.

AULA 07 – CICLO DO NITROGÊNIO – CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

- O nitrogênio faz parte do DNA, RNA, proteínas e ATP, por exemplo.

- O Gás nitrogênio (N2) representa 80% do volume da atmosfera. Porém na forma N2 não pode ser

assimilado pela maioria dos seres vivos.

- Alguns organismo fazem a fixação do nitrogênio: N2 NH3 (amônia).

Ex. algumas bactérias e cianobactérias de vida livre e outras bactérias do gênero Rhizobium (que

vivem associadas às raízes de plantas leguminosas).

- Mesmo algumas plantas conseguindo aproveitar a NH3, a forma mais acessível das plantas adquirirem

os átomos de nitrogênio é pelo nitrato (NO-3). O processo que transforma a amônia em nitrato é a

nitrificação e ocorre em duas etapas:

1° - Bactérias qumiossintetizantes no solo (Nitrossomonas) ou no mar (Nitrosococcus) oxidam a

amônia e produzem o nitrito (NO-2), utilizando a energia liberada no processo em sua sobrevivência.

2° - O nitrito é tóxico e não fica muito tempo na natureza, ele é absorvido e utilizado por outras

bactérias quimiossintetizantes para a produção de energia, as Nitrobacter que oxidam o nitrito em

nitrato (NO-3).

- O nitrato dissolvido é então assimilado pelos produtores, que incorporam o nitrogênio do nitrato em sua

matéria orgânica.

- Quando os consumidores primários se alimentam das plantas, adquirem o nitrogênio, que segue pela

cadeia alimentar.

Page 11: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- Plantas e animais morrem e liberam compostos nitrogenados a partir da ação de decompositores

(formando amônia).

- O nitrogênio também é liberado por excreção na forma de diferentes compostos nitrogenados,

dependendo do ser vivo.

- Desnitrificação: algumas bactérias como a Pseudomonas denitrificans convertem compostos

nitrogenados do solo em N2, que retorna para a atmosfera.

AULA 08 – CICLO DO FÓSFORO – CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

- Importante componente para o ATP e ácidos nucléicos (DNA e RNA).

- As plantas assimilam íons fosfato (PO4-3

) presentes no solo ou na água.

- Os animais obtêm esses íons pelo alimento e pela água ingeridos.

- O ciclo do fósforo não passa pela atmosfera.

- Quando um organismo morre os decompositores fazem os átomos de fósforos voltarem ao solo ou a

água.

Page 12: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- O fosfato também é liberado pela urina e fezes de animais (que sofre ação de decompositores).

- Outro caminho para o fósforo é a sua incorporação em rochas, levando muito tempo até que o

intemperismo faça os íons fosfatos ficarem novamente disponível aos seres vivos.

AULA 09 – INTERAÇÕES ECOLÓGICAS

- Os seres vivos estão relacionados. Quando a interação entre os seres vivos não tem prejuízo para

nenhuma das espécies envolvidas chamamos de interação harmônica, caso exista prejuízo para pelo

menos uma espécie, é desarmônica.

- As interações podem ser classificada da seguinte forma: (+) positiva, (0) indiferente ou (-) negativa.

- As interações (ou relações) podem ser entre indivíduos da mesma espécies (intraespecíficas) ou entre

espécies diferentes (interespecíficas).

Page 13: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS

HARMÔNICAS

Colônia: indivíduos de mesma espécie, fisicamente unidos. É positiva para todos os organismos

envolvidos (+/+). A colônia pode ser isomorfa, quando os indivíduos são semelhantes e não existe

divisão de trabalho. Ou heteromorfas quando os indivíduos apresentam diferentes formas e funções.

Colônia isomorfa (corais) Colônia heteromorfa (caravela-portuguesa)

Sociedade: os indivíduos são beneficiados (+/+), porém não são fisicamente dependentes entre si. Podem

sair e retornar ao local de moradia (ninho). Exemplos: cupins, formigas, abelhas.

Abelhas Cupins

DESARMÔNICA

Competição: indivíduos disputam recursos, a competição é sempre negativa para todos os envolvidos (-/-)

Canibalismo: quando um organismo mata e se alimenta de outro de mesma espécie. (Um exemplo é a

viúva-negra, que come o macho após a cópula, ou filhotes de tubarões que um pode se alimentar de outro

ainda no corpo materno). É (+/-).

Cnidários do gênero

Phisalia: alguns tem

função de flutuação,

outros alimentação e

outros defesa.

Page 14: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS

HARMÔNICA

Mutualismo: é uma relação positiva para os organismos envolvidos (+/+), pode ser optativo

(Protocooperação ou mutualismo facultativo) ou obrigatório (mutualismo obrigatório). Optativo

significa que os organismos não são dependentes um do outro (exemplo: pássaro-palito e crocodilo).

Obrigatório é quando os organismos envolvidos não sobrevivem isoladamente (exemplo os liquens).

Mutualismo facultativo Mutualismo obrigatório

Comensalismo: um indivíduo é beneficiado sem prejudicar o outro (+/o). A espécie comensal se alimenta

de restos alimentares da outra espécie, por exemplo, o peixe-piloto e os tubarões.

Page 15: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

Inquilinismo: uma espécie se beneficia de outro buscando abrigo (espécie inquilina) sem prejudicar a

outra espécie que serve de abrigo. Quando a espécie inquilina é uma planta, chamamos de epifitismo, por

exemplo, as bromélias ou as orquídeas que vivem sobre árvores.

DESARMÔNICA

Competição: duas espécies podem competir por um recurso limitado, isso é ruim para todos (-/-). O

biólogo russo Gause concluiu que espécies que competem pelo mesmo recuso não podem coexistir

indefinidamente no mesmo local. Ele concluiu isso ao fazer um experimento com protozoários, essa

conclusão ficou conhecida como princípio de Gause ou princípio da exclusão competitiva.

Page 16: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- Perceba que a introdução de espécies exóticas pode acarretar a exclusão competitiva, uma vez que é

uma espécie que pode compartilhar comportamentos semelhante às espécies nativas.

Predação: uma espécie predadora mata e devora a outra espécie, chamada de presa, portanto é uma

interação (+/-).

Parasitismo: uma espécie (parasita) retira alimento de outra (hospedeiro) normalmente sem levar a morte.

É uma relação (+/-). Existe os ectoparasitas (externos, como o piolho, pulga e carrapato) e os

endoparasitas (internos, como a lombriga).

A herbivoria é um tipo de parasitismo, pois uma espécie se alimenta da outra. Caso o herbívoro coma

toda a planta, lavando a morte, será um tipo de predação.

Parasitoidismo: é um tipo especial de parasitismo, mas nesse caso após um tempo leva obrigatoriamente o

hospedeiro a morte. A espécie que causa o parasitoidismo é o parasitóide (exemplo: vespas que se

desenvolvem nos ovos de barata).

Amensalismo: uma espécie (inibidora) secreta substâncias que impede o desenvolvimento de outra

(amensal). Por exemplo o fungo Penicillium que libera uma substância que impede o desenvolvimento de

bactérias.

Page 17: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

AULA 10 – DINÂMICA DE POPULAÇÕES

- População é o conjunto de indivíduos de mesma espécie vivendo no mesmo local e no mesmo tempo.

- A densidade de uma população é o número de indivíduos dividido pela área ou volume ocupado.

- O tamanho populacional corresponde ao número de indivíduos. Depende de taxa de natalidade,

mortalidade, imigração (entrada) e emigração (saída).

- Se a taxa de natalidade for maior que a de mortalidade, a população está crescendo. É claro que isso se

aplica e depende também da taxa de imigração e emigração.

- Perceba que indivíduos sésseis, como as plantas, não fazem emigração nem imigração.

Crescimento populacional

Uma população pode crescer até certo limite (curva de crescimento real), quando o ambiente não suporta

mais um número elevado de organismos. Se não considerar a resistência ambiental, uma espécie cresceria

exponencialmente (curva de potencial biótico de uma espécie). Veja o gráfico.

Page 18: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- A curva de crescimento real pode ser chamada de curva S. Ela cresce rapidamente no inicio, até

encontrar a resistência ambiental, onde a espécie mantém-se em número constante devido a falta de

recursos, aumento de doenças etc.

Veja as relações ecológicas que regulam o crescimento de uma população:

1 - Competição: na falta de recursos como espaço ou alimento, os indivíduos entram em conflito e nem

todos sobrevivem, ou sobrevivem com desgaste, o que impede um crescimento maior da população

(perceba que a competição entre espécies diferentes também afeta o crescimento populacional).

2 – Predação: quando existe pouca presa, o predador também tende a diminuir em quantidade, pois falta

alimento. Ao longo do tempo o predador fica com uma população muito pequena, o que favorece o

crescimento populacional da presa. A espécie presa fica, então, com muitos indivíduos, o que significa

muito alimento para a espécie predadora, fazendo com que ela aumente novamente de número e diminua

a população de presas... Assim “segue o baile” na relação chamada de “relação presa-predador”. Veja o

gráfico:

- Parasitismo: se o hospedeiro morrer, o parasita também morre. Se existe uma grande população de

hospedeiros, poderá ter também uma grande população de parasitas.

Tanto no parasitismo quanto na relação presa-predador existe uma forte coevolução. Por exemplo, se uma

espécie de presa evolui tornando-se mais rápida ao longo do tempo forma uma seleção natural sobre o

predador, que tem que ser mais rápido.

Page 19: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

ECOLOGIA – PARTE 2

AULA 11 – DINÂMICA DE COMUNIDADES: SUCESSÃO ECOLÓGICA

- A sucessão ecológica é o nome dado para as mudanças sucessivas das comunidades em um local ao

longo do tempo, desde o seu início (comunidade pioneira) até uma comunidade estável final (clímax).

Esse processo é gradual, ordenado e progressivo.

- Uma comunidade consegue suceder a outra, justamente pelas mudanças ambientais que ocorrem em

razão dos próprios seres vivos ali presentes.

TIPOS DE SUCESSÃO ECOLÓGICA

- Uma sucessão pode ser primária ou secundária.

- Sucessão primária (autogênica): ocorre em áreas que nunca foram habitadas, como após uma

erupção de vulcão – formação de novas ilhas ou rochas.

- Sucessão secundária (alogênica): ocorre em uma área que já foi habitada, mas teve alguma

perturbação ambiental, como queimada. Nesse caso o solo (ou outro substrato) está mais suscetível para o

restabelecimento de novos seres vivos.

ESTÁGIOS DA SUCESSÃO ECOLÓGICA

- É formado pela comunidade pioneira, intermediária e clímax.

1 - Comunidade pioneira – Na sucessão primária as espécies pioneiras, são resistentes e conseguem se

estabelecer em locais inóspitos com pouca umidade, grande incidência solar e poucos nutrientes.

Geralmente são os liquens e os musgos (briófitas). Perceba que a chegada dessas espécies gera

modificação no ambiente e possibilita o estabelecimento de outras espécies. Na sucessão secundária as

espécies pioneiras são vegetais mais complexos como os pinheiros (gimnospermas) e plantas com flores e

frutos (angiospermas) e animais resistentes, geralmente que ocupavam o ambiente antes da sucessão.

- Após o estabelecimento da comunidade pioneira, as condições ambientais locais mudam e assim é

possível a chegada de novas espécies.

Page 20: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

2 – Comunidade intermediária – é formada por espécies geralmente maiores de plantas e animais, essas

espécies não conseguiriam se estabelecer no ambiente se a comunidade pioneira não estivesse chegado

anteriormente. A comunidade intermediária pode passar por diversos estágios.

3 – Comunidade clímax – é uma comunidade complexa e estável, está em equilíbrio e muda muito

pouco ao longo do tempo. Existe uma grande diversidade de seres vivos.

AULA 12 – BIOCICLOS: DINÂMICA DE ECOSSISTEMAS

Os seres vivos que compões a biosfera possuem diferentes ciclos, chamados de biociclos: limnociclo

(água doce), talassociclo (água salgada) e epinociclo (ambiente terrestre)

LIMNOCICLO

- Ambiente de água doce. Apresenta distribuição descontínua no ambiente. Pode ser lótico (água corrente)

ou lêntico (água parada).

- Lótico: estão em constante movimentação devido à correnteza. A temperatura e oxigênio variam

ao decorrer do rio. É mais frio e oxigenado próximo a fonte.

- Lêntico: a água é “parada”, variam de acordo com a proximidade das margens e profundidade.

A zona litorânea está em contato com o ambiente terrestre conferindo uma zona de transição (lembre-se

do ecótono), aqui existe uma grande diversidade pela maior abundância de nichos. A zona limnética

(pelágica) é a região que está longe da margem, porém iluminada. Existem nesse ambiente, os organismos

que fazem fotossíntese. A zona profunda está abaixo da zona limnética e por esse motivo a luz é

insuficiente (ou ausente), não existem organismos fotossintetizantes.

Comunidade clímax

Comunidade primária

Comunidade intermediária

Page 21: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

Existe também a zona bentônica, que é o substrato (solo) do fundo desse ambiente.

No limnociclo existem os seguintes organismos:

- Plâncton: fitoplâncton e zooplancton – vivem à deriva. (No ambiente lótico, devido à correnteza

existem poucos desses organismos)

- Nécton: são organismos que podem se locomover livremente e até mesmo nadar contra correntes

(peixes).

- Bentos: são os organismos sésseis, vivem presos no fundo dos rios ou lagos.

TALASSOCICLO

- Ambiente de água salgada, é o maior dos ciclos! É limitado por fatores físicos: pressão, temperatura,

salinidade, oxigenação, luminosidade e correntezas.

Page 22: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- Quanto à intensidade luminosa pode ser: afótica (sem

iluminação) ou fótica (com iluminação – aprox. 200m).

- A zona afótica pode ser dividida em zona batial (até 2000m) e zona abissal (até 6000m).

- A zona hadal é a de maior profundidade, é pouco conhecida devido a dificuldade de exploração.

- Quanto à proximidade da costa pode ser dividido em: zona litorânea, zona nerítica (até o final da

plataforma continental) e zona oceânica (profundidade aumenta rapidamente).

EPINOCICLO

- Ambientes terrestres. É o biociclo com maior variação climática e de relevo.

- Possui grande diversidade de nichos ecológicos.

- Pode ser classificado como: epígea (superfície) ou hipógea (subterrâneo – cavernas, grutas...).

- Possui pouca disponibilidade de água, organismos são adaptados aos diferentes ecossistemas.

AULA 13 – BIOMAS MUNDIAIS

Biomas são conjuntos de ecossistemas que possuem clima semelhante, sendo assim possuem e flora e

fauna semelhantes também.

Page 23: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

TUNDRA

- Fica no extremo norte da Terra.

- Pouca chuva (clima seco) e muito frio.

- Maior parte do tempo a temperatura é abaixo de 0°.

- No inverno: longas noites. No verão: longos dias.

- O solo fica na maior parte do tempo congelado (permafrost). Isso dificulta a penetração da água.

- Vegetação dominante: liquens, musgos, herbáceas.

- Os animais são adaptados ao frio, alguns hibernam durante o inverno.

TAIGA

- também conhecido por floresta boreal (ou de coníferas).

- Estão em altas latitudes (Alasca, Canadá, Rússia).

- A precipitação é moderada.

- Temperatura baixa ao longo do ano.

- O inverno é longo, frio e seco. O verão é mais úmido que o inverno, nessa estação os dias são longos.

- Solo com pouca profundidade e pobre em nutrientes (algumas camadas de solo estão sempre

congeladas).

- A vegetação é semelhante: coníferas na maioria (pinheiro, cipreste).

- Os animais aqui presentes são adaptados ao frio.

Page 24: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

FLORESTA TEMPERADA

- Temperatura moderada.

- Precipitação regular.

- Solo congelado no inverno.

- Vegetação: árvores de grande e pequeno porte.

- Quatro estações bem definidas.

- Árvores decíduas (folhas caem em estações frias), isso evita a perda de água.

- As folhas que caem no chão, fertilizam o solo.

Page 25: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

CAMPO

- Conhecido como pradaria ou estepe.

- Temperatura varia muito entre o inverno frio e o verão quente.

- Precipitação baixa.

- Vegetação predominantemente formada por gramíneas e plantas herbáceas, com raízes profundas.

- Solo muito fértil (por isso é ótimo para agricultura e pastoreio).

FLORESTA TROPICAL

- Próximo a linha do equador.

- Muita chuva.

- Altas temperaturas (média acima de 18°c).

- Solo infértil. Nutrientes são mantidos devido à queda constante de folhas e outros materiais orgânicos.

- Nesse bioma é onde existe a maior diversidade terrestre.

- Árvores altas, folhas largas e verdes. Floresta muito “fechada”.

Page 26: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

SAVANA

- No Brasil é chamado de cerrado (veremos na próxima aula).

- Duas estações bem definidas.

- Na estação de seca pode ocorrer incêndios naturais.

- Solo poroso, isso favorece a drenagem rápida (pouca água disponível nas camadas superficiais de solo).

- Solo é ácido, nutrientes em uma camada fina.

- Nas savanas, as plantas arbóreas possuem casca grossa, são resistentes ao fogo e as folhas são coriáceas

(isso diminui a taxa de transpiração).

- Espécies vegetais de pequeno porte com raízes profundas.

- Troncos retorcidos.

- Quando chove, plantas em dormência crescem rapidamente.

Page 27: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

DESERTOS

- Precipitação muito baixa.

- Solo arenoso.

- Vegetação esparsa. Essas poucas plantas são adaptadas a falta de água (xerófitas): raízes amplas, folhas

coriáceas ou transformadas em espinhos, tecidos que armazenam água, e cutícula espessa.

- Muitos animais que vivem nesse ambiente possuem hábitos noturnos e vivem escondidos em cavernas

ou fissuras em rocha e solo.

AULA 14 – BIOMAS BRASILEIROS

- O Brasil é muito grande, possui 6 grandes biomas:

Page 28: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- Além desses biomas existem outros (podemos chamar de sub-biomas) que estão localizados em zonas

de transição entre biomas, são eles: Mata dos Cocais e Manguezais.

AMAZÔNIA (FLORESTA AMAZÔNICA)

- 40% do território nacional.

- Chove muito. Umidade elevada, devido à evapotranspiração da floresta e da umidade que vem do

oceano.

- Temperatura alta o ano inteiro.

- Solo argiloso e arenoso, pouco fértil. Fertilidade é mantida pela intensa queda de folhas e outros

materiais orgânicos (serrapilheira).

- Seus rios carregam grande quantidade de sedimentos.

- Existem três regiões básicas:

- Matas de terra firme: não sofrem inundações regulares.

- Matas de igapó: constantemente inundadas, independentemente da época do ano.

- Matas de várzea: Intermediário entre as duas matas.

- Possuem muitas espécies de plantas e animais.

- A floresta é estratificada, ou seja, muitas camadas: árvores altas, médias e baixas. Por isso existem

muitas plantas epífitas (vivem sobre árvores).

- Grande quantidade de nichos, temperatura elevada todo o ano e grande disponibilidade de água são os

fatores que propiciaram grande número de espécies nesse bioma.

Page 29: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- Preservar a Amazônia é fundamental para o equilíbrio ecológico não só desse bioma, mas de outros

também.

MATA ATLÂNTICA

- Se estende por grande parte to litoral brasileiro.

- Grande umidade devido aos ventos marinhos, que ficam condensados na porção mais alta do bioma,

resultando em chuva frequente.

- Temperatura é variável, pois esse bioma se estende por uma longa faixa latitudinal.

- Solo granítico, pobre em nutrientes (nutrientes no solo vem da constante queda de material orgânico).

- Relevo montanhoso – grande incidência luminosa.

- Muitas espécies de plantas, incluindo epífitas.

- É o bioma brasileiro mais ameaçado. O problema se dá pelo desmatamento e fragmentação de habitat

(muitas cidades crescem nesse bioma).

MATA DE ARAUCÁRIA

- É considerada parte da Mata Atlântica, ocorre nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do

Sul.

- Clima subtropical, com invernos frios (pode gear) e verões quentes.

- Principal característica: presença de araucária, uma conífera de tronco reto e galhos voltados para cima.

Essas árvores possuem casca grossa.

Page 30: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- Esse bioma também sofre grande impacto ambiental, estima-se que restam menos de 2% de sua

cobertura original.

CERRADO

- É o bioma brasileiro equivalente a savana africana.

- Ocupa aproximadamente 23% do Brasil.

- Solo contém metais como o alumínio e ferro, o que dá a coloração avermelhada.

- PH do solo é acido, possui baixas concentrações de matéria orgânica.

- Nas maiores altitudes desse bioma prevalecem plantas baixas, formando os chamados: campo sujo,

rupestre e limpo.

- Próximo aos rios existe o chamado cerradão.

- No entanto, a maior parte desse bioma é caracterizado pelas árvores de troncos retorcidos e distantes

umas das outras com grande variedade de recursos: o chamado típico cerrado. Existe grande número de

espécies animais e vegetais.

- A vegetação é predominantemente perene (vida longa), possuem órgãos subterrâneos – caules ou raízes

- (adaptação contra queimadas e secas).

- Na época de seca, muitas espécies morrem, gerando matéria orgânica seca, após a chuva as plantas

voltam a ficar abundantes (muitas espécies sobrevivem às queimadas).

Page 31: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- Também é um bioma muito impactado pela ação do homem.

CAATINGA

- Possui solo raso e pedregoso, rico em minerais, porém pobre em matéria orgânica.

- Possui secas prolongadas.

- A vegetação é formada por árvores baixas, arbustos, cactos, bromélias e outras plantas xerófitas

(adaptações contra secas prolongadas): tecidos que armazenam água, raízes superficiais para captar

rapidamente a água da chuva e raízes profundas para alcançar os lençóis freáticos. As folhas possui

cutícula espessa ou transformadas em espinhos, evitando assim a perda de água.

- As folhas caem nos períodos de seca (outra adaptação).

- A maior parte dos animais possui hábitos noturnos.

- A população que vive nesse bioma sofre muito com falta de água.

Page 32: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

PAMPAS

- Chamado também de campos sulinos, está concentrado no Rio Grande do Sul.

- Invernos frios e verões quentes.

- Temperatura pode ficar abaixo de 0°C.

- Vegetação predominante: gramíneas e herbáceas. Árvores ocorrem próximas a cursos de água.

- Solos férteis e profundos.

- Muito explorado pela agropecuária e pastoreio.

Page 33: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

PANTANAL

- É a maior planície alagável do mundo.

- 80% da sua cobertura ficam inundadas nas épocas de chuvas.

- O verão é quente e úmido, o inverno frio e seco.

- O solo é arenoso.

- O pantanal recebe muita água que escoa dos planaltos adjacentes.

- É um importante refúgio para aves migratórias.

- É o bioma mais conservado do Brasil, ainda assim sofre muito com caça e tráfico de animais.

- Pescas predatórias são comuns, inclusive no período de piracema, quando os peixes sobem os rios para a

desova.

- A agropecuária também destrói o bioma, devido o desmatamento.

MATA DE COCAIS

- É uma região de transição entre a Amazônia e a Caatinga.

- Vegetação característica formada por palmeiras como o babaçu, carnaúba e buriti. Importantes para a

economia local.

Page 34: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

MANGUEZAL

- Ocorre no litoral, no encontro entre água doce e salgada.

- As plantas dos manguezais apresentam raízes que saem do solo para realizar trocas gasosas

(pneumatóforos ou raízes respiratórias) e gerar sustentação. Além dos risóforos, caules que crescem em

direção ao solo e ajudam na sustentação.

Page 35: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

AULA 15 – HUMANIDADE E AMBIENTE

- Os impactos ambientais gerados pela humanidade afetam diversos ecossistemas, acelerando a extinção

de espécies e ameaçando o equilíbrio da natureza.

- Alguns ecossistemas possuem grande resiliência (capacidade de se recuperar após um impacto

ambiental), outros não.

- A extinção de espécies é algo normal, mas o ser humano vem acelerando esse processo de forma não

natural, dificultando o restabelecimento do equilíbrio ambiental.

- Um dos motivos é a perda de habitat. Espécies perdem sua moradia, acabam competindo com outras e

dessa forma podem entrar em processo de extinção. A fragmentação de um ecossistema é um exemplo:

- A fragmentação de habitat expõe as espécies que são adaptadas ao interior da mata, isso pode acelerar a

extinção.

- Outro mecanismo que gera impacto ambiental é a introdução de espécies exóticas. Essas espécies não

evoluíram no ecossistema introduzido, podendo assim competir diretamente com espécies nativas. O

resultado pode ser o grande aumento populacional da espécie introduzida, gerando impactos ambientais

ou até mesmo extinção de espécies locais.

- Um exemplo é o mexilhão dourado que chegou ao Brasil no lastro de embarcações e hoje causa grande

prejuízo como o entupimento de tubulações.

Page 36: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- Como resposta, os ecólogos lutam para que existam mais áreas de conservação, regiões protegidas por

leis que impedem as ações antrópicas (do homem) em determinados locais, com intuito de conservar

espécies vulneráveis.

- A poluição é outro problema. A poluição atmosférica se dá principalmente pela queima de combustíveis

fósseis pelos veículos e usinas termelétricas. Frequentes incêndios da vegetação também é um problema.

O monóxido de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO2), óxido de nitrogênio (NO ou NO2), entre outras

partículas suspensas, estão entre os principais poluentes do ar.

- Essa poluição pode causar diversas doenças respiratórias na população.

- Alguns poluentes causam o “buraco” na camada de ozônio. Principalmente os CFCs. Em 1987, a partir

do Protocolo de Montreal, foi feito um acordo para substituir os CFCs por uma alternativa

ecologicamente adequada.

Page 37: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- Quando existe grande concentração de óxidos de carbono, nitrogênio e enxofre na atmosfera, pode

ocorrer a chuva ácida, que embora “não nos derreta” pode causar prejuízo pela corrosão de edificações,

estátuas e outras estruturas revestidas de calcário ou mármore, até a morte de animais suscetíveis como

plânctons, peixes ou plantações.

- A inversão térmica é um fenômeno natural, mas pode ser um grande problema: no fluxo normal o ar

quente tende a subir e levar a poluição junto. Mas o ar quente pode ficar acumulado em uma região mais

alta, aprisionando o ar frio que está abaixo dessa faixa. Consequentemente a poluição fica sobre as

cidades e ocorre o aumento de doenças respiratórias

- o Smog é outro problema, caracterizado pelo acumulo de poluentes que forma uma espécie de neblina.

Page 38: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- As ilhas de calor ocorrem em grandes centros urbanos. Isso ocorre devido a grande capacidade de

absorção de calor pelo solo das cidades (asfalto, por exemplo). gerando um acentuado aumento da

temperatura nesses locais.

- O aquecimento global é um fenômeno real causado pela elevação do efeito estufa. Perceba que o

aumento médio de 1°C no mundo pode não parecer muito, mas muitas espécies suscetíveis podem

desaparecer, causando uma grande reação em cadeia. Gases estufas como CO2, CH4, N2O, CFCs e H2O

atuam no efeito estufa, que naturalmente é fundamental para a vida na Terra, mas com o aumento desses

gases está ocorrendo o aumento do efeito estufa, e consequentemente da temperatura média global.

Page 39: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- Fontes de obtenção de energia:

- Biocombustíveis: feitos a partir de plantas como a cana-de-açúcar, que é renovável.

- Usinas hidrelétricas: a partir da água, que movimenta geradores de energia. Causam grande

impacto ambiental para a fabricação das represas.

- Usinas termelétricas: queimam biomassa para a produção de energia, contribui para a poluição

atmosférica.

- Usinas nucleares: possuem grande risco de contaminação ambiental. Ocorre poluição térmica

provocada na água usada para refrigeração.

- Energia eólica: converte energia cinética do vento em energia elétrica a partir da movimentação

de grandes aerogeradores (cata-ventos). Causam grande ruído, mas é uma ótima alternativa para

evitar poluição.

- Energia solar: converte a luz solar em energia elétrica, precisa de boas condições de iluminação

solar. Tem alto custo para a implantação, mas é uma excelente alternativa.

- A poluição de água e de solos também é um problema.

- Descarte de produtos tóxicos;

- Resíduos de lixões (chorume);

- Descarte de esgoto.

São alguns dos principais problemas.

- A BIOACUMULAÇÃO é um grande problema: espécies acabam acumulando metais pesados ou

fertilizantes em seu corpo, esses compostos não são metabolizados e ficam acumulados, sendo passado ao

longo da cadeia alimentar, como resultado, os organismos de topo de cadeia acumulam mais metais e

podem morrer (a nossa espécie está incluída no processo).

Page 40: MÓDULO 03 ECOLOGIA INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

- Outro problema da poluição de rios é a eutrofização: com o acúmulo de matéria orgânica, geralmente

proveniente de esgotos, ocorre a procriação acelerada de fitoplânctons e algas (deixando a superfície da

água esverdeada). Essa película impede a passagem de luz, causando a morte de algas fotossintetizantes

que vivem em camadas mais profundas. Isso compromete a liberação de gás oxigênio provocando a morte

dos animais, como os peixes. A grande quantidade de organismos mortos e a falta de gás oxigênio

favorecem a proliferação de bactérias anaeróbias, que fazem a decomposição e liberam gás metano.

Perceba o desequilíbrio que a poluição causou nesse ambiente.

- Outro ponto que temos que discutir é o destino do lixo urbano. A população cresce rapidamente e o

consumismo também. O lixo pode sofrer incineração, ir para lixões ou aterros sanitários. Caso os aterros

sanitários não estiverem impermeabilizados ou o lixo for depositado em lixões, o processo de

decomposição forma o chorume, um líquido que penetra e polui os lençóis freáticos.

- Coleta seletiva, reciclagem, compostagem, sacolas biodegradáveis e a diminuição do uso de plástico (ou

outros poluentes) são maneiras de evitar o problema com o excesso de lixo nos centros urbanos.

E você, é sustentável? Eu te convido a fazer o teste da pegada ecológica. Acesse o Google e faça a busca

por “teste de pegada ecológica”. Veja o resultado e reflita se é possível melhorar o seu relacionamento

com o ambiente.

Uma dica de documentário sobre poluição é o famoso vídeo chamado “a história das coisas”. Está

disponível no youtube.