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Artigo Foto: Augusto Coelho – Fenae Foram abordadas a questão dos tesoureiros, promoção por mérito, Sisag, entre outras (pág. 3) Reconhecemos as conquistas nos 10 anos de governo democrático e popular com Lula e Dilma na presidência, especialmente em relação à política de valorização do salário mínimo. Mas, sabemos que a luta política não se encerra nas conquistas econômicas. Seguimos questionando a hegemonia do capitalismo e suas diversas formas de opressão. Nossa concepção de sindicalismo é aquela que faz simultaneamente a luta econômica com a busca de igualdade social e política. As desigualdades, opressão e exploração geradas pelo capitalismo nos traz a dimensão de que este não é um sistema democrático. Neste sentido, nossa luta é por uma sociedade socialista e democrática que pretende a emancipação dos trabalhadores e trabalhadoras e todos os oprimidos. Avaliamos que o estado brasileiro mantém um caráter neoliberal com forte peso do capital financeiro, sistema que têm seu funcionamento garantido por pressão e força das elites no País. Temos um grande desafio em pressionar por um modelo de desenvolvimento que supere nossa tradicional matriz extrativista – exportadora, e tenha como prioridade o bem-estar coletivo e a sustentabilidade. A classe trabalhadora foi capaz de conquistar considerável protagonismo político, ainda assim, seguimos com nossa indignação diante da existência de trabalho escravo e infantil no campo e na cidade, nos revoltamos com as formas de flexibilização da remuneração e precarização do trabalho, jornadas extensas e o tempo cada vez mais reduzido da vida social. A CUT tem grande elaboração e prática no fortalecimento das diversas formas de economia solidária. Assim, o controle dos trabalhadores sobre a economia também deve operar no sentido de incorporar a economia solidária para o campo macroeconômico, construindo alternativas à propriedade privada dos meios de produção e integrando os diretos da classe trabalhadora. A plataforma da CUT não se restringe às conquistas econômicas da classe trabalhadora, tampouco aos períodos eleitorais. Nosso desafio é cotidiano, pressionando e disputando padrões regulatórios públicos da economia, levando em conta a democracia participativa e transformando a relação da classe trabalhadora com o Estado. Em 2013, ano em que a CUT completará 30 anos de fundação, devemos reafirmar nas ruas o papel protagonista de nossa Central na disputa de modelo de sociedade, com distribuição de renda e valorização do trabalho. A história da nossa central mostra que apenas com grandes mobilizações sociais conseguiremos avançar nas reformas estruturantes necessárias para democratização do Estado. Daniel Gaio, Alfredo Santos, Rosana Souza e Rosane Silva – Diretores da CUT nacional As conquistas econômicas não encerram nossa luta política Condições de trabalho é tema principal da primeira negociação permanente com a CEF em 2013 • Parcerias com parques de lazer garantem a diversão nas férias. IPark e Engenhoca Parque têm descontos especiais para bancários associados (pág. 2) • Bancários aposentados serão homenageados na próxima quinta-feira, 24/1. Um café da manhã com sorteio de brindes a partir das 8h marca o Dia do Aposentado (pág. 2) • Em reunião com diretor administrativo do BNB, Sindicato cobra solução para caos na agência Centro e protesta contra reajuste nas mensalidades da Camed (pág. 4) • Em audiência com o Ministério do Trabalho, Itaú e Santander se negam a negociar proteção ao emprego. Os dois foram os campeões de demissões em 2012 (pág. 5) Em sua primeira ação comemorativa dos 80 anos, o Sindicato dos Bancários do Ceará lança em 2013 o primeiro bloco de carnaval dos bancários. Já na quinta-feira, dia 31/1, a partir das 19h, na sede da entidade, acontece o Esquenta Tamborins, com apresentação do Bloco e cerveja e churrasquinho a preço de custo. Haverá também venda de camisas ao preço simbólico de R$ 10,00. O Bloco dos Bancários, cujo nome oficial será divulgado na próxima edição da TB, será lançado oficialmente no sábado, dia 2/2, com concentração na Praça Murilo Borges, a partir das 16h. O bloco desfilará pelas ruas do Centro em direção ao Concentra, Mas não Sai, na Praça do Ferreira. Bancários em ritmo de Carnaval

Condições de trabalho é tema principal da primeira ... · Iracema (Rua Boris, 90 – Praia de Iracema). Visitação gratuita. Mais informações: (85) 3252 2215. Já estão abertas

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Artigo

Foto: Augusto Coelho – Fenae

Foram abordadas a questão dos tesoureiros, promoção por mérito, Sisag, entre outras (pág. 3)

Reconhecemos as conquistas nos 10 anos de governo democrático e popular com Lula e Dilma na presidência, especialmente em relação à política de valorização do salário mínimo. Mas, sabemos que a luta política não se encerra nas conquistas econômicas. Seguimos questionando a hegemonia do capitalismo e suas diversas formas de opressão. Nossa concepção de sindicalismo é aquela que faz simultaneamente a luta econômica com a busca de igualdade social e política.

As desigualdades, opressão e exploração geradas pelo capitalismo nos traz a dimensão de que este não é um sistema democrático. Neste sentido, nossa luta é por uma sociedade socialista e democrática que pretende a emancipação dos trabalhadores e trabalhadoras e todos os oprimidos.

Avaliamos que o estado brasileiro mantém um caráter neoliberal com forte peso do capital fi nanceiro, sistema que têm seu funcionamento garantido por pressão e força das elites no País. Temos um grande desafi o em pressionar por um modelo de desenvolvimento que supere nossa tradicional matriz extrativista – exportadora, e tenha como prioridade o bem-estar coletivo e a sustentabilidade.

A classe trabalhadora foi capaz de conquistar considerável protagonismo político, ainda assim, seguimos com nossa indignação diante da existência de trabalho escravo e infantil no campo e na cidade, nos revoltamos com as formas de fl exibilização da remuneração e precarização do trabalho, jornadas extensas e o tempo cada vez mais reduzido da vida social.

A CUT tem grande elaboração e prática no fortalecimento das diversas formas de economia solidária. Assim, o controle dos trabalhadores sobre a economia também deve operar no sentido de incorporar a economia solidária para o campo macroeconômico, construindo alternativas à propriedade privada dos meios de produção e integrando os diretos da classe trabalhadora.

A plataforma da CUT não se restringe às conquistas econômicas da classe trabalhadora, tampouco aos períodos eleitorais. Nosso desafi o é cotidiano, pressionando e disputando padrões regulatórios públicos da economia, levando em conta a democracia participativa e transformando a relação da classe trabalhadora com o Estado.

Em 2013, ano em que a CUT completará 30 anos de fundação, devemos reafi rmar nas ruas o papel protagonista de nossa Central na disputa de modelo de sociedade, com distribuição de renda e valorização do trabalho. A história da nossa central mostra que apenas com grandes mobilizações sociais conseguiremos avançar nas reformas estruturantes necessárias para democratização do Estado.

Daniel Gaio, Alfredo Santos, Rosana Souza e Rosane Silva – Diretores da CUT nacional

As conquistas econômicas não encerram nossa

luta política

Condições de trabalho é tema principal da primeira negociação permanente com a CEF em 2013

• Parcerias com parques de lazer garantem a diversão nas férias. IPark e Engenhoca Parque têm descontos especiais para bancários associados (pág. 2)

• Bancários aposentados serão homenageados na próxima quinta-feira, 24/1. Um café da manhã com sorteio de brindes a partir das 8h marca o Dia do Aposentado (pág. 2)

• Em reunião com diretor administrativo do BNB, Sindicato cobra solução para caos na agência Centro e protesta contra reajuste nas mensalidades da Camed (pág. 4)

• Em audiência com o Ministério do Trabalho, Itaú e Santander se negam a negociar proteção ao emprego. Os dois foram os campeões de demissões em 2012 (pág. 5)

Em sua primeira ação comemorativa dos

80 anos, o Sindicato dos Bancários do

Ceará lança em 2013 o primeiro bloco de

carnaval dos bancários. Já na quinta-feira, dia 31/1, a partir

das 19h, na sede da entidade, acontece o Esquenta Tamborins, com apresentação do Bloco e cerveja e churrasquinho a preço de custo. Haverá também venda de camisas ao preço simbólico de R$ 10,00. O Bloco dos

Bancários, cujo nome ofi cial será divulgado na próxima edição da TB, será lançado ofi cialmente no sábado, dia 2/2, com concentração na Praça

Murilo Borges, a partir das 16h. O bloco desfi lará pelas ruas do Centro em direção ao Concentra,

Mas não Sai, na Praça do Ferreira.

Bancários em ritmo de Carnaval

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Home Page: www.bancariosce.org.br – Endereço Eletrônico: [email protected] – Telefone geral : (85) 3252 4266 – Fax: (85) 3226 9194Tribuna Bancária: [email protected] – (85) 3231 4500 – Fax: (85) 3253 3996 – Rua 24 de Maio, 1289 - 60020.001 – Fortaleza – Ceará

Presidente: Carlos Eduardo Bezerra – Diretor de Imprensa: Marcos Aurélio Saraiva Holanda – Jornalista Resp: Lucia Estrela CE00580JP – Repórter: Sandra Jacinto CE01683JPEstagiária: Cinara Sá – Diagramação: Normando Ribeiro CE00043DG – Impressão: Expressão Gráfi ca – Tiragem: 11.500 exemplares

DICA CULTURAL

CAFÉ DA MANHÃ

CONVÊNIO

Complexo Ipark – O complexo turístico Ipark oferece 30% de desconto nos valores de ingressos de entrada e pacote com passeios para filiados e funcionários da entidade. Os descontos serão concedidos na portaria de entrada do parque mediante apresentação de documentos de identificação como bancário sindicalizado e identificação dos familiares.

Localizado ao pé da serra de Maranguape, a apenas 30 km de Fortaleza, o Ipark oferece diversas atrações, como o Museu da Cacha-ça. Trata-se de um passeio pela história de mais de 160 anos da Ypióca, onde se pode conhecer também o maior tonel de madeira do mundo, com capacidade para 374 mil litros de aguardente.

Outro destaque é o Campo de Aventura, que oferece atrações mais radicais, a exemplo da maior tirolesa do Nordeste (com 260 metros de extensão), além de arvorismo, trilhas ecológicas, muro de escalada e caiaque. Há ainda passeios de charrete e de jardineira, pedalinho, minifazenda e um restaurante regional onde são preparados pratos típicos do Nordeste.

Horário de funcionamento: de terça-feira a domingo das 9h às 17hEndereço: Sítio Ypióca S/N – MaranguapeContato: (85) 3341-0407 /[email protected] / www.ipark.tur.br

Parcerias do Sindicato garantem aos bancários diversão com

economia no bolsoA exposição “Uni-

verso Fantástico de Uma Memória Inventa-da” dos artistas plásti-cos Diego de Santos e Maíra Ortins está aberta à visitação até o dia 7 de fevereiro na galeria do Sesc-Senac Iracema. A mostra reúne obras que propõem uma viagem entre o real e o irreal.

Desde o dia 7 de dezembro, a exposição está aberta à visitação das 9 às 21 horas, com a entrada franca. A coletânea de obras reúne desenhos. No caso de Diego, o artista visual faz uso de uma personagem misteriosa que não tem sua identidade revelada.

Por sua vez, a pernambucana Maíra Ortins partiu de técnicas mis-tas (fotografi a, pintura e gravuras), para a memória coletiva. Em seus desenhos, a utilização do branco remete ao tempo, ao abismo, ao infi nito. Em comum, interpretação

Exposição “Universo fantástico” em cartaz no Sesc-Senac Iracema

fi losófi ca do cotidiano contempo-râneo através de características particulares de dois mundos.

SERVIÇO:Universo Fantástico de Uma

Memória InventadaPeríodo: até 7 de fevereiro, das

9 às 21h. Local: Sesc-Senac Iracema (Rua Boris, 90 – Praia

de Iracema).Visitação gratuita.Mais informações: (85) 3252 2215.

Já estão abertas as inscrições para o Vestibular 2013.1 da Facul-dade Maurício de Nassau, parceira do Sindicato dos Bancários. As tur-mas ofertadas são para os cursos de Administração, Biomedicina, Ciências Contábeis, Enfermagem, Farmácia, Jornalismo, Psicologia, Publicidade e Propaganda, Serviço Social e Sistema de Informação. O prazo para inscrições vai até o fi m de janeiro, mas pode ser estendido até fevereiro.

Por conta do convênio, os bancários sindicalizados e seus dependentes têm descontos de 10% nas mensalidades dos cursos

Faculdade Maurício de Nassau abre inscrições para Vestibular 2013.1

de Graduação Tecnológica e 20% nas mensalidades dos cursos de Graduação Tradicional, Especia-lização e Pós-Graduação – além de isenção na taxa de inscrição do vestibular. Os interessados devem agendar a prova através dos telefones:

TIM: (85) 9605 1000Oi: (85) 8918 9550Vivo: (85) 9997 0802(falar com Neyara Benevides)

Faculdade Maurício de NassauCampus Fortaleza –

Av. Aguanambi, 251 – Fátima(85) 3201-2400

www.mauriciodenassau.edu.br

No dia 24 de janeiro, o País festeja o Dia Nacional dos Apo-sentados, mesma data em que se comemora a criação da Pre-vidência Social. Certamente que além dos “parabéns”, a diretoria do Sindicato dos Bancários do Ceará quer desejar para os seus fi liados aposentados novas conquistas e avanços nos seus direitos, dig-namente adquiridos após anos de dedicação ao seu banco e à sociedade.

Para celebrar a data, o Sindi-cato reitera o convite a todos os bancários aposentados e pensio-nistas para o café da manhã, que acontece na quinta-feira, dia 24/1, às 8 horas, na sede da entidade. O evento terá música e sorteio de brindes.

O Sindicato vem atuando, ao longo de sua existência de 80 anos, nas áreas política e jurídica para resgatar e assegurar os direi-

tos da categoria. “Não podemos dei-xar que a alegria da tão sonhada e almejada apo-sentadoria seja frustrada com a retirada de direitos e a imposição de difi culdades para lidar no dia a dia”, refl ete o diretor de Aposentados do SEEB/CE, Océlio Silveira.

Muitas vezes, a aposentadoria coincide com uma das fases mais delicadas do cidadão. Na grande maioria dos casos, os ganhos caem e as despesas aumentam – o apo-sentado passa a sustentar a família e a conviver com a necessidade de novos e cotidianos gastos. Não é

à toa que muitos voltam para o trabalho.

Para este ano de 2013, o Sin-dicato espera que os aposentados obtenham mais e novas conquistas. A você, aposentado, parabéns!

Sindicato celebra o Dia do Aposentado com música e sorteio de brindes

PROJETOS

Na terça-feira, 15/1, o Coletivo Cultural do Sindicato se reuniu pela primeira vez para iniciar as discus-sões sobre os projetos que deverão ser implantados em 2013. Quem se interessar por Arte e Cultura e quiser contribuir com mais ideias, entre em contato com a Secretaria de Cultura

Coletivo Cultural do SEEB/CE realiza primeira reunião

do Sindicato e participe dos próximos encontros.

O Coletivo, lançado em novem-bro do ano passado, tem como ob-jetivo ampliar os espaços dedicados a atividades culturais e promovê-los para toda a sociedade – não somente para o público bancário.

Ainda no clima das férias, o Sindicato dos Bancários do Ceará informa aos seus associados que tem firmado convênios com complexos turísticos/educativos, que são boas opções para diversão das crianças e adultos. São eles, o Engenhoca Parque, localizado no município de Aquiraz, e o Ipark, em Maranguape. Em ambos, os sindicalizados têm direito a descontos

especiais, graças a parceria com o Sindicato que oferece essa opção de lazer facilitada para toda a família do bancário.

Engenhoca Parque – O convê-nio com o Engenhoca Parque Ecoedu-cativo, que fica em Aquiraz, garante aos bancários filiados desconto espe-cial de 20% nos pacotes Aventura e Conhecer, garantindo acesso a todas as atrações do parque – inclusive para o acompanhante do beneficiado.

O Engenhoca possui atividades para crianças e adultos, com diversas opções para liberar a adrenalina como a Escalada, o Arvorismo e as Tirolesas. Os mais quietinhos podem praticar atividades leves e revigorantes como as Trilhas, Pula-Pula, Passeio de Pedalinho ou Caiaque. As crianças menores têm a opção divertida e aconchegante do Espaço Infantil com toda a estrutura de brinquedos e de acompanhamento que necessitam.

Horário de funcionamento: diariamente, das 9h30 às 17h, inclusive nos feriadosEndereço: Rua Raimundo Coelho, 200 – Centro de AquirazContato: (85) 3361 1010 ou www.parqueengenhoca.com.br

Foto: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

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SAÚDE

A primeira rodada de 2013 da mesa de negociação permanente entre a Contraf-CUT, federações e sindicatos com a Caixa Econômica Federal, realizada no dia 15/1, em Brasília, foi marcada pela ênfase dada pelos representantes dos empregados às questões relacio-nadas a condições de trabalho. A pauta da reunião contemplou ainda a implantação do Sistema de Automação de Produtos e Serviços de Agências (Sisag), o desligamento de empregado em estágio probatório, a promoção por mérito de 2012 e o andamento das discussões entre Caixa e Fun-cef sobre o contencioso jurídico da Fundação.

Tesoureiros – A rotina de trabalho dos tesoureiros, mar-cada por fortes demandas, por alto grau de responsabilidade e pela exposição a riscos, foi uma das principais preocupa-ções dos dirigentes sindicais na abordagem de condições de trabalho nas agências. A empresa foi questionada por continuar atribuindo aos ocupantes desta função a responsabilidade pelo preenchimento do Termo de Verificação de Ambiência (TVA), atividade que os deixa ainda mais atribulados. Em discussões anteriores, a Contraf-CUT havia reivindicado que tal atribuição não fosse direcionada aos te-soureiros, para que o gestor da unidade pudesse optar por designá-la a outro empregado.

A Caixa informou ter concluí-do que o preenchimento do TVA pode ser afeta a todos os técnicos bancários, incluído os que exer-cem função de tesouraria, e que o cumprimento dessa atividade pelos tesoureiros não só deu bom resultado como contribuiu para “empoderá-los”. Segundo os representantes da empresa, os TVAs do último período assina-laram 14 mil ocorrências, sendo que 11 mil delas puderam ser regularizadas.

A questão sobre quem deve ficar responsável pelo TVA se-gue em avaliação. Foi feita pelos representantes dos empregados a sugestão de se atribuir aos cipeiros a responsabilidade de preencher o documento. A Caixa informou que estão sendo to-madas providências em relação a agências que não possuem corredores para o abastecimento dos caixas. Disse que estão sendo providenciados também os trei-namentos para tesoureiros, com turmas previstas para a partir de fevereiro.

As discussões levaram os representantes da Caixa a as-sumirem o compromisso de, juntos com os dirigentes sindi-cais, fazerem visitas às agências

Bancários debatem com a Caixa condições

de trabalho

para verificação da realidade dos tesoureiros e dos demais empregados.

Reestruturação – Os representantes da Caixa con-firmaram a contratação de consultoria para realização de estudos, visando a reorganização de processos, mas negaram já estar em andamento qualquer medida de reestruturação. A empresa informou que foram abertas 564 agências em 2012 e que serão abertas outras 500 este ano. No ano passado, o quadro de empregados fechou em 92.810 e, nesses primeiros 15 dias de 2013, mais 59 foram contratados.

Promoção por mérito – A Caixa informou que o processo de avaliação para promoção por mérito transcorreu sem registro de qualquer tipo de problema e com a mesma efetividade na participação dos anos anteriores. A apuração do processo será con-cluída no próximo dia 21 e o pa-gamento das promoções ocorrerá em fevereiro. Os representantes dos empregados salientaram a importância de se manter em atuação a comissão paritária que trata do assunto, para que sejam viabilizadas avaliações e ajustes permanentes.

Sisag – Segundo os repre-sentantes da Caixa, a implantação do Sistema de Automação de Produtos e Serviços de Agências (Sisag) está em andamento em 243 unidades. A expansão para outros locais está suspensa por tempo indeterminado. A expe-riência nas unidades piloto é que irá dizer se o Sisag poderá de fato evoluir ao ponto de substituir o antigo sistema CAPV, que vem do início dos anos 90. A Contraf-CUT manifestou concordância com a internalização do sistema, mas ressaltou a necessidade de se dar tratamento diferenciado às ocorrências decorrentes do pro-cesso de implantação do Sisag, para que não seja imputada aos empregados a responsabilidade por problemas gerados por in-conformidades do novo sistema.

Estágio probatório – Se-gundo a Caixa, foram contratados 11.046 empregados no decorrer do ano de 2012, enquanto ocor-reram 60 desligamentos sem justa causa dentro do estágio probató-rio de 90 dias. Os que foram des-ligados representaram, portanto, 0,54% do total de contratados no ano, percentual considerado relativamente baixo. Outros 161 desligamentos registrados entre contratados de 2012 foram a pedido. Os representantes dos empregados informaram a ocor-rência em determinada região de São Paulo de desligamentos em níveis discrepantes dos apresentados pela empresa, no patamar de 10% entre os desliga-dos sem ser a pedido, e cobrou providências para que eventuais distorções nos procedimentos sejam corrigidas.

Contencioso Caixa/Funcef – O presidente da Fe-nacef e representante dos apo-sentados na mesa de negociação, Décio de Carvalho, informou que incluiu na pauta da reunião, que sua entidade terá esta semana com os presidentes da Caixa e da Funcef, o contencioso jurídico que envolve as duas instituições. Ele solicitou também à represen-tação da empresa informação quanto à possibilidade de se finalizar um acordo entre as partes, uma vez que o assunto vem sendo discutido há algum tempo. Segundo os represen-tantes da Caixa, as discussões entre os jurídicos da empresa e da Funcef avançaram bastante e já está praticamente definida a minuta que sela o acordo, o que indica que a assinatura poderá ocorrer muito em breve.

Crachás para os aposen-tados – A Caixa fez a entrega de crachás aos aposentados para acesso às dependências da empresa, na quinta-feira, dia 17/1, em cerimônia na sala do Conselho de Administração, no edifício Matriz I da Caixa. O livre acesso às unidades é uma antiga reivindicação das representações dos aposentados.

Foto: Augusto Coelho – Fenae

O setor fi nanceiro (bancos e fi nanceiras) fi cou em primeiro lugar nas queixas dos consumidores em 2012, ultrapassando o de telecomu-nicações, de acordo com boletim do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), que engloba os Procons, vinculados ao Ministério da Justiça.

Na divisão por assunto, entretan-to, a telefonia celular tirou a dianteira que os cartões de crédito ocuparam em 2011.

Os órgãos de proteção e defesa do consumidor (Procons) estaduais receberam 2,03 milhões de reclama-ções gerais no ano passado, ante 1,6 milhão em 2011, com aumento de 19,7%.

O setor fi nanceiro foi o que recebeu mais reclamações dos consumidores, com 23,85% das queixas totais. Em seguida veio o de telecomunicações, com 21,7% dos registros. A classifi cação por

Setor fi nanceiro é campeão de reclamações nos Procons em 2012

setor foi introduzida pelo Sindec ano passado.

Por temas, o primeiro lugar é da telefonia celular (9,17% do total das queixas), depois os bancos comerciais (9,02%), cartões de cré-dito (8,23%), telefonia fi xa (6,68%) e empresas fi nanceiras (5,17%). Em 2011, a maior parte das reclamações (9,21%) foi direcionada aos cartões de crédito, depois telefonia celular (7,99%), bancos comerciais (7,26%).

Os principais problemas apon-tados pelos consumidores foram relativos a cobranças (37,42% do total das reclamações); qualidade dos produtos (17,57%); oferta de produtos e serviços (17,31%) e problemas nos contratos (13,21%).

No ranking por empresas, a Oi foi líder em reclamações nos Procons em 2012, com 120.374 demandas, seguida pela Claro (102.682), pelo Itaú (com 97.578) e pelo Bradesco (61.257).

Nos últimos três anos, a média de gastos da Previdência Social com problemas de saúde gerados no próprio ambiente de trabalho cresceu acima das despesas com os afastamentos previdenciários gerais. O elevado número de registros de doenças mentais que podem ser as-sociadas a um cotidiano profi ssional insalubre, como estresse, depressão, transtornos de ansiedade, síndrome do pânico e até dependência de dro-gas e álcool, é um indicativo para a expansão mais fi rme das despesas com os chamados benefícios aci-dentários – quando um trabalhador é afastado por causa de doença comprovadamente adquirida em fun-ção do emprego ou acidente sofrido durante a jornada de trabalho.

Segundo o Ministério da Pre-vidência Social, o pagamento de benefícios de afastamentos previ-denciários (por causa de doença adquirida ou acidente sofrido sem relação direta com o emprego) regis-trou elevação anual média de 7,5% entre 2008 e 2011, para R$ 13,47 bilhões – de janeiro a novembro de 2012, o Instituto Nacional de Segu-ridade Social (INSS) desembolsou R$ 13,69 bilhões com essas obriga-ções. Já os gastos com auxílios-doen-ça acidentários passaram de R$ 1,51 bilhão em 2008 para R$ 2,11 bilhões em 2011, apontando crescimento médio anual de 12% – no acumulado de 2012, até novembro, o valor pago chega a R$ 2,02 bilhões. Os casos de aposentadoria por invalidez (por motivações diversas) também têm crescido: entre janeiro e novembro de 2012, o INSS desembolsou R$ 30,86 bilhões para apoiar profi ssionais que nunca mais poderão exercer suas atividades normalmente.

Para o pesquisador Eric Cal-deroni, doutor em psicologia social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Columbia University, de Nova York, a rotina do trabalhador é que se tornou mais estressante. “Sofrimento no ambiente profi ssional não é só ritmo e tempo,

Doenças do trabalho oneram mais a Previdência

mas sobretudo organização do tra-balho: ordens contraditórias, assédio, metas, questões éticas, autonomia, senso de dever bem cumprido, esta-bilidade no emprego, clima”, pondera.

Os auxílios-doença, previden-ciários e acidentários, concedidos a trabalhadores por causa de de-pressão ou transtornos depressivos recorrentes cresceram a uma média de 5% nos últimos cinco anos, supe-rando 82 mil ocorrências anuais. Esse quadro preocupa o governo e tem mobilizado sindicatos e empresas a criar novas práticas laborais com o objetivo de evitar as chamadas doenças da modernidade.

Bancários – Um setor onde as discussões sobre saúde no trabalho são bastante acaloradas é o bancário. Sindicalistas reclamam, principal-mente, das cobranças por metas exageradas, constrangimentos e atitudes autoritárias de superiores e associam esses problemas ao de-senvolvimento de mazelas por parte dos trabalhadores, com ênfase aos transtornos mentais, como estresse e depressão.

Walcir Previtale, secretário na-cional de saúde do trabalhador da Contraf-CUT, conta que questões ligadas à saúde e às pressões psi-cológicas no ambiente de trabalho têm ganho cada vez mais espaço na pauta de reivindicações sindicais no setor fi nanceiro. Em 2012, bancários e banqueiros entraram em acordo para incluir três itens sobre saúde e segurança do trabalho no dissídio co-letivo da categoria. Um deles garante antecipação salarial se o trabalhador precisar se afastar. Os outros dois sistematizam procedimentos para dar mais agilidade no encaminhamento de acidentes de trabalho. “Leva tempo para o profi ssional receber o benefício do INSS, tem que agendar a perícia e esperar o resultado. Nesse ínterim ele continuará recebendo do banco e quando os benefícios começarem a entrar, ele devolve o valor à empresa”, explica Previtale.

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CAMEDFoto: Drawlio Joca

Em reunião com o diretor administrativo do Banco do Nor-deste do Brasil (BNB), Nelson Antônio de Sousa, realizada no último dia 17/1, o Sindicato dos Bancários do Ceará cobrou uma solução urgente para o funcio-namento da agência Fortaleza Centro, que há meses presta à clientela péssimo atendimento e submete funcionários a ambiente de trabalho totalmente insalu-bre, face à reforma realizada no prédio pela Justiça Federal, proprietária do Edirb.

“A situação é insuportável e nós queremos uma resposta do Banco a respeito da nova agên-cia. Os funcionários não podem continuar trabalhando e atenden-do à população em meio à poeira e ao barulho, que é o cotidiano da agência”, cobrou Tomaz de Aquino, diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Na-cional dos Funcionários do BNB (CNFBNB/Contraf-CUT).

Diante da cobrança incisiva do Sindicato, o diretor do Ban-co apontou como data para a transferência da agência para o novo prédio, na Rua Major Facundo, o dia 18 de abril deste ano. Nelson Sousa esclareceu ainda que vem buscando junto à Justiça Federal que os transtornos com a reforma do prédio onde atualmente funciona a agência sejam minimizados enquanto a unidade estiver em horário de atendimento ao público. Além disso, ele informou que o em-bargo da obra onde funcionará a nova agência deve ser solucio-nado ainda esta semana.

“Vamos continuar atentos e

Sindicato protesta contra caos na agência Centro e Banco

promete transferência em abril

cobrando do Banco o cumpri-mento desses prazos, pois o que vemos diariamente na unidade são funcionários e população em um ambiente sem quaisquer condições de trabalho e/ou atendimento”, avisa a diretora do Sindicato, Carmen Araújo.

Entenda o caso – Há mais de um ano, o Sindicato dos Bancários do Ceará vem denunciando o caos em que se transformou a agência Centro do BNB, a maior e mais tradicional de Fortaleza.

Quando a unidade foi inau-gurada, o prédio pertencia ao BNB, mas há cerca de 12 anos foi vendido à Justiça Federal que deu um prazo para que o Banco desocupasse o prédio onde funciona a agência Centro e o Centro Cultural. Esse prazo expirou em dezembro de 2012, mas bem antes dessa data, a Justiça Federal iniciou a reforma do prédio com a agência em pleno funcionamento. Por outro

lado, a reforma do edifício onde deverá funcionar a nova agência também atrasou e, em meio a tudo isso, funcionários e clientes é que sofrem as consequências.

O Sindicato realizou várias manifestações na unidade e vem, frequentemente, cobrando do Banco providências urgentes para solucionar o problema. A entidade acionou, inclusive, a Procuradoria Geral do Trabalho (PRT) buscando uma solução para o caso.

“Hoje a agência não tem mais elevadores e teve seu espaço físico reduzido, ocasio-nando ainda uma superlotação da unidade, sem falar nos transtornos da reforma”, ex-plica Carmen. “Agora com essa promessa de data, esperamos que finalmente a via crucis dos funcionários da agência Centro tenha fim. Estamos atentos e vamos cobrar do Banco o cumprimento da sua palavra porque do jeito que está não dá mais para continuar”, finaliza.

POSSE

Sindicato participa da integração de 34 novos empregados da Caixa

Na quinta-feira, 17/1, o Sindicato dos Bancários do Ceará compareceu ao seminário de integração de 34 novos empregados da Caixa Econômica Federal. Desses, 8 serão lotados no Ceará, 12 no Maranhão e 14 no Piauí. A posse aconteceu na segunda-feira, 14/1.

Os diretores Bosco Mota, Áureo Júnior, Elvira Madeira e Jefferson Tramontini deram as boas-vindas aos novos bancários e falaram sobre a importância da sindicalização e da mobilização da categoria para a conquista de mais direitos.

Foto: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

O Sindicato dos Bancários do Ceará questionou na última quinta-feira, dia 17/1, em reunião com o diretor administrativo do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Nelson Antônio de Sousa, o recente rea-juste nas mensalidades e serviços da Camed. Presente também, pelo Banco, o diretor Luís Carlos Everton, designado Presidente do Conselho Deliberativo da Caixa de Assistência.

De acordo com o Banco, o reajuste foi necessário para a própria funcionalidade do plano, que está defi citário. Entretanto, o Sindicato considera que o reajuste de 15,47% no Plano Natural poderia ser bem inferior se fosse levado em conta o estudo concluído em abril de 2011 pelo GT Camed que aponta várias alternativas para uma gestão mais funcional para a caixa de assistência.

Além disso, a entidade reforçou a reivindicação para que fosse indicado um representante eleito dos traba-lhadores para a direção executiva da Camed, como forma de tornar mais transparente o plano de auto-gestão, além de garantir a defesa dos interesses dos funcionários da ativa e aposentados. Para Tomaz de Aquino, diretor do Sindicato presente à reunião, “tivéssemos um diretor executivo eleito, a Camed certamente teria sido denunciada por implantar em 2011, quando já ostentava sério desequilíbrio fi nanceiro, novo plano de cargos de funcionários que au-mentou em R$ 600 mil por mês as despesas administrativas da caixa

Sindicato contesta reajuste das mensalidades e exige participação na

diretoria executiva da caixasegundo consta no voto do conse-lheiro deliberativo eleito, José Nilton Fernandes, ao se posicionar contra o reajuste abusivo”.

“A nossa reivindicação é de que o reajuste das mensalidades fi casse de acordo com o reajuste da cate-goria, para os funcionários da ativa, e o concedido pela Capef, para os aposentados. Além disso, queremos reforçar a importância do trabalho realizado pelo GT Camed em 2011 e cobramos que este mesmo trabalho seja aproveitado pelo Banco, pois traz contribuições fundamentais para a melhoria da Camed”, esclarece To-maz de Aquino que aponta ainda que, medidas outras, que reduzissem as despesas administrativas da Camed, poderiam aliviar a situação fi nanceira do plano, sem onerar de tal forma os associados.

Dentre as alternativas apontadas pelo estudo do GT Camed estão a adoção da política severa de redução de despesas administrativas; revisão da política comercial da Camed Vida; intensifi cação das ações no sentido da redução da sinistralida-de; retomada do fi nanciamento de tratamentos não amparados pelos planos de autogestão; aumentar o nível de participação fi nanceira do Banco; criar fundo para amparar associados impossibilitados de custear tratamentos sem cobertura obrigatória; redefi nir as metas de lucratividade para as empresas do grupo; intensifi car os programas de saúde preventiva, entre outros.

Foto: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

A Caixa Econômica Federal foi alvo de ação civil pública pela prá-tica de venda casada em unidades do banco no Espírito Santo. A ação foi ajuizada pelo Ministério Público Federal do Estado e aponta que a empresa utilizava os fi nanciamentos do programa federal Minha Casa, Mi-nha Vida para vender outros produtos como cartão de crédito, abertura de conta corrente, seguro e até planos de previdência.

Segundo a ação, o banco omitia a possibilidade do pagamento via boleto e liberava as linhas de fi nan-ciamento do programa apenas após abertura de conta corrente pelos interessados, o que constituiria uma violação ao Código de Defesa do Consumidor (CDC). A venda casada consiste em condicionar o forneci-mento de produto ou serviço a um outro e é vedada pelo CDC.

A Caixa vai pagar uma indeniza-ção de R$ 500 mil, a suspensão da venda casada e deverá realizar uma campanha publicitária em relação a proibição da prática.

A ação também aponta que a própria Caixa, quando questionada

Caixa é alvo de ação por suposta vendacasada no Minha Casa, Minha Vida

sobre a prática, teria afi rmado em ofício que “é perfeitamente lícito que uma Instituição Financeira conceda termos contratuais mais vantajosos para o fi nanciamento de um cliente que faça uso de diversos produtos por ela oferecidos do que os termos contratuais oferecidos a um cliente que se utilize do banco apenas para o fi nanciamento”.

Em outubro, o Banco Central já havia identifi cado a prática em ações da Caixa Econômica Federal. Na época, o chefe do Departamento de Normas do BC, Sérgio Odilon, afi rmou que a obrigatoriedade de abrir contas ao fi rmar o contrato do fi nanciamento é considerada venda casada e não pode ser adotada.

Outro Lado – Em resposta, a Caixa informou que ainda não foi notifi cada dos termos da ação e aguarda a citação para avaliação. Além disso, a empresa manifestou que não pratica venda casada e que a obtenção de fi nanciamento do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) não está condicionada à aquisição de outros produtos.

JURÍDICO

Local onde deverá funcionar a nova agência Centro do BNB ainda é um canteiro de obras.

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SETOR PRIVADO

DEMISSÕES

A presidente Dilma Rousseff se reuniu durante uma hora e meia na sexta-feira (11/1) com o presi-dente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, no Palácio do Planalto, em Brasília. Dilma discutiu a am-pliação do financiamento ao setor privado e a necessidade de manu-tenção dos empregos e defendeu o aumento da competitividade e até falou dos juros, que precisam continuar caindo.

O encontro com Trabuco inte-grou uma agenda de reuniões com líderes empresariais para discutir o crescimento da economia. No mesmo dia, Dilma conversou tam-bém com o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), Rodolpho Touri-nho. No dia anterior, a presidente havia recebido os empresários da Vale, Odebrecht e Cosan.

A reunião com o presidente do banco ocorreu um dia após a visita feita por ele para a Contraf-CUT, em São Paulo. Na ocasião, o emprego foi igualmente um dos temas debatidos. O presidente da

Dilma se reúne com Bradesco e discute emprego e redução dos juros

Confederação, Carlos Cordeiro, manifestou para Trabuco “a impor-tância de um sistema fi nanceiro sólido e forte, que amplie o crédito e que trate o emprego como fator de desenvolvimento”.

O dirigente da Contraf-CUT dis-se que “está muito preocupado com a redução do número de empregos no setor bancário, como no Itaú, no Santander e mais recentemente no Bradesco”, observando que “o corte de empregos não pode ser associado com efi ciência”. Para ele, “os bancos podem aumentar os lucros emprestando mais com juros e spread menores. Isso é bom para o emprego e o desenvolvimento do País”.

“Esperamos que os bancos contribuam de fato com o desen-volvimento econômico, ampliando o crédito, reduzindo juros e tarifas e, especialmente, mantendo e ge-rando mais e melhores empregos para fazer com o Brasil saia da posição vergonhosa de 12º país com pior distribuição de renda”, salienta Cordeiro.

Esporte

No sábado, dia 12/1, aconteceu a final do I Campeonato Master de Futsoçaite dos Ban-cários, no Clube da Caixa. A equipe da AABB derrotou a APCEF com o placar de 2 x 1. Além de grande campeã, a AABB também levou o título de equipe mais disciplinada da compe-tição, sem nenhum cartão amarelo.

Já a APCEF perdeu na hora errada: invicta até os últimos instantes, a única derrota foi logo na final. Mas foi da equipe que saíram o artilheiro e o melhor goleiro do campeo-

AABB é a grande campeã do I Master de

Futsoçaite dos Bancáriosnato: Geraldo, com oito gols, e Wendel. O terceiro lugar ficou com os Combativos, que obteve vitória com o placar de 3 x 0 sobre o Bradesco Polo.

Futsoçaite – No sábado, dia 26/1, acon-tecerá a semifinal do XXVI Campeonato de Futsoçaite dos Bancários e a final está progra-mada para o primeiro sábado de fevereiro, dia 2. Para saber mais detalhes, acompanhe o site e as redes sociais do Sindicato.

Terminou frustrada a audiência de mediação ocorrida na quarta-feira (16/1) no Ministério do Traba-lho e Emprego (MTE), em Brasília, entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o Itaú e o Santander. Os dois bancos privados se nega-ram a negociar emprego, apesar de milhares de demissões imotivadas e da prática de rotatividade nos últimos anos.

O secretário do Trabalho do MTE, Manoel Messias, frisou a preocupação do ministro com o mercado de trabalho, destacando que o País atravessa um longo ciclo de crescimento com geração de empregos. Ele propôs a forma-ção de uma mesa de negociação do setor bancário, a exemplo de outros setores da economia, mas os bancos não aceitaram. Eles também se recusaram a garantir acesso das informações mensais do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) aos bancários.

“Mais uma vez, o Itaú e o San-tander se negaram a negociar em-prego, o que mostra que pretendem continuar dispensando funcionários em 2013, como admitiu um dos diretores do Itaú em declarações à imprensa. Essas demissões são injustifi cadas e, por isso, não acei-tamos pagar a conta da pequena redução dos juros e da chamada melhoria da efi ciência dos bancos”, afi rma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Além de representantes do Itaú e Santander, participou da audiência o negociador da Fenaban, Magnus Apostólico, que na Campanha Nacional dos Bancários de 2012 disse que o tema emprego devia ser discutido banco e banco. “Além de não negociar, eles usam a Fenaban para tentar esconder o descaso com o emprego dos trabalhadores”, critica Cordeiro.

Conforme dados dos balanços, o Itaú cortou 7.831 empregos entre janeiro e setembro do ano passado. Somente no terceiro trimestre de 2012, o banco reduziu 2.090 postos de trabalho. Desde abril de 2011, houve o fechamento de 13.595 vagas, segundo análise do Dieese.

Itaú e Santander se negam no MTE a negociar emprego e rotatividade

Já o Santander cortou 955 em-pregos só em dezembro, conforme dados fornecidos pelo banco para a Contraf-CUT, após determinação da procuradora do Ministério Público do Trabalho, Ana Cristina Tostes Ribeiro. Os representantes dos ban-cos ainda ironizaram, dizendo que o fechamento de quase mil postos de trabalho antes do Natal é muito pouco frente aos 51 mil empregados do Santander.

“Na Espanha, em crise fi nancei-ra, o Santander acaba de assinar um acordo com os sindicatos sobre o processo de fusão do Banesto, garantindo mecanismos de informa-ção, diálogo e respeito aos direitos dos funcionários, sem medidas traumáticas”, salienta Cordeiro. “No entanto, o banco rechaçou fi rmar acordo semelhante, alegando que ‘no Brasil as coisas são diferentes’”.

“Os trabalhadores brasileiros não são de segunda categoria, contribuem com 26% do lucro mundial do banco e merecem o mesmo respeito dos trabalhadores espanhóis”, aponta.

A Contraf-CUT cobrou ainda informações sobre os dados de em-prego e o índice de rotatividade, mas eles nada informaram. “Os bancos agem com falta de transparência ao negar o direito à informação aos bancários”, protesta Cordeiro.

“Diante dessa recusa ao diá-logo do Itaú e do Santander sobre emprego, só resta a nós, bancários, nos mobilizarmos para forçar os bancos a negociar compromissos de emprego, fi m da rotatividade, mais contratações reversão das terceirizações e melhores condi-ções de trabalho”, avalia o diretor do Sindicato e funcionário do Itaú, Ribamar Pacheco.

Já o diretor e funcionário do Santander, Eugênio Silva, analisa que nada justifi ca tantas demissões no setor fi nanceiro, que é um dos mais lucrativos do País. “Precisamos tomar providências urgentes para que práticas absurdas como essa do Santander, com demissões às vés-peras do Natal, parem de existir no Brasil e uma dessas medidas é nos mobilizarmos para mostrarmos aos banqueiros a nossa força”, reforçou.

Fotos: Drawlio Joca

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Banco do Brasil REUNIÃOSindicato dos

Empregados em Estabelecimentos

Bancários no Estado do Ceará

Rua 24 de Maio, 1289 – Centro – CEP

60.020-001

Contraf-CUT discute funções comissionadas de

6h no dia 22/1

“Eu sou apenas um

grão de areia numa enorme

praia que converge na

direção dessas três bandeiras [paz, justiça

e direitos humanos] que

constituem a maior

ansiedade da humanidade”

Frei Betto (Prêmio Internacional José Martí, concedido pela Unesco)

Cotas no SisuLevantamento do MEC aponta que quase metade dos candidatos no Sisu se inscreveram por meio da Lei de Cotas, aplicada pela primeira vez no sistema. Do total de 1.949.958 inscritos, 864.830 optaram pelas vagas destinadas a cotas raciais e socioeconômicas. A Lei de Cotas destina, este ano, 12,5% do total de vagas do ensino superior para estudantes que concluíram o ensino médio na rede pública, alunos com renda

familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo, além de garantir o acesso aos alunos autodeclarados pretos,

pardos ou indígenas. Em 2014, o percentual de reserva sobe para 25% do total.

Efeito EstufaMilhões de pessoas podem ser poupadas de secas e enchentes até 2050 se houver uma redução das

emissões de gases do efeito estufa a partir de 2016 em vez de 2030, de acordo com estudo científi co

publicado na revista “Nature Climate Change”. Políticas que reduzam as emissões de carbono em 5% por ano até 2016 poupariam a exposição de até 68 milhões de

pessoas a um maior risco de escassez de água em 2050. No cenário da redução a partir de 2016, entre 100 milhões e 161 milhões de pessoas poderiam ser

poupadas de inundações.

Filtro solar protege, não bloqueia!Muitos acreditam que o protetor solar bloqueia o sol e impede que a pele

fi que bronzeada. Porém, mesmo os produtos com fator de proteção acima de 50 não protegem 100% a pele contra os raios UVA, responsáveis pelo bronzeamento. Se o FPS for 30, isso signifi ca que o produto protege 30 vezes mais o tempo em que a pessoa se bronzearia, ou seja, se ela fi ca vermelha após 10 minutos no sol sem protetor, com o protetor ela fi caria

protegida por cinco horas. É seguro tomar sol antes das 10h e depois das 16h, sempre com protetor com FPS acima de 30.

Sem exageros!Grande parte das pessoas abusa e não sabe que o tempo de permanência e fi xação do perfume depende mais do tipo de pele. Quanto mais oleosa, maior

a duração do perfume. Por isso, não adianta exagerar na dose. O excesso de perfume pode também causar dores de cabeça e crises de espirro já que o cheiro muito forte pode irritar o nariz. Os melhores lugares para aplicar o perfume são os pulsos, a nuca e regiões do corpo que concentram maior

calor e circulação já que essas áreas exalam mais o cheiro.

No último dia 16/1, o Sindicato dos Bancários do Ceará participou de reunião com os caixas do Banco do Nordeste do Brasil da agência Al-deota e ouviu destes reclamações, inclusive sobre a falta de valorização dos caixas, cujo trabalho requer muita responsabilidade e atenção. Os caixas denunciam os baixos valores da função em comissão em relação às demais funções dentro do banco.

A diretora do SEEB/CE, Car-men Araújo, defende que “se o BNB implantasse o novo Plano de Funções, conforme reivindicado, contemplaria os Caixas, inclusive acabando com a deplorável distor-ção funcional da investidura, que prejudica os colegas e fragiliza as relações de trabalho”.

Uma das questões levantadas pelos caixas diz respeito à segu-rança no manuseio e liberação de valores. Ultimamente têm surgido várias situações de cheques clona-dos que estão sendo apresentados aos caixas sem que estes tenham a mínima condição de se precaver contra tal atitude criminosa. Os caixas reivindicam investimento em

Sindicato pede valorização e mais segurança para os caixas do BNB

tecnologia, como em outros bancos, onde o sistema bloqueia quando o cheque entra pela segunda vez. A tecnologia identifi ca logo que o cheque é clonado. “O BNB poderia melhorar seu sistema de identifi ca-ção desses cheques clonados, para dar mais segurança e valorizar a função dos seus caixas”, reclamam.

Essa preocupação leva em conta o aumento de cheques clo-nados, que chegam às agências diariamente. Há dois meses, os caixas estavam identifi cando os cheques com carimbos em frente e verso, como exclusivo para de-pósito. Agora, é pela contagem da numeração abaixo da assinatura do cliente. Se tiver aqueles quadrinhos de números diferentes do original, o caixa pode devolver que é cheque clonado.

Isso tudo, além de olhar a as-sinatura, conferir toda a numeração do cheque, olhar o valor e ligar para o cliente – gera muita preocupa-ção, por causa do risco, que hoje é totalmente do funcionário que sequer recebe quebra de caixas e a comissão é incompatível com a responsabilidade.

A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam o processo de negociação permanente em 2013 com o Banco do Brasil na próxima terça-feira (22/1), às 14 horas, em Brasília. Estará em pauta a implan-tação de funções comissionadas com jornada de 6 horas no BB.

“Esperamos que na primeira negociação deste ano possamos discutir o assunto e sugerir mudanças antes do banco implantar as funções”, afi rma William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coorde-nador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Durante todo o período de luta dos bancários para que fosse im-plantada a jornada de 6 horas para as funções comissionadas, o BB sempre afi rmou e segue afi rmando que não negocia com os trabalhado-res questões que ele entende como “de gestão”.

As entidades sindicais sempre apostaram em negociações entre as partes e nas relações modernas de trabalho. Em audiência ocorrida

em dezembro do ano passado, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) chegou a sugerir ao BB que aceitasse estabelecer mesa de ne-gociação com a representação dos trabalhadores, com possibilidades de alterações naquilo que a direção do banco pretende implantar.

“Naquele encontro”, salienta William, “o MTE citou exemplos de outras empresas públicas que ne-

gociaram com os trabalhadores os seus planos de funções e de carreira e que isso foi muito positivo para as empresas e o governo, o principal acionista”.

“Vamos ver se o BB vem disposto a valorizar as negociações coletivas e a ouvir propostas dos trabalhadores, acatando, inclusive, sugestões dos próprios órgãos do governo federal”, conclui o diretor da Contraf-CUT.

Na sexta-feira 11/1, véspera da prova para o concurso do Banco do Brasil, aconteceu a aula de encerra-mento do curso preparatório promo-vido pelo Sindicato em parceria com o Master Concursos. Durante três meses, 60 alunos assistiram às aulas na sede do Sindicato, que através da Secretaria de Formação, pretende ofertar mais cursos em 2013.

“É uma satisfação muito grande encerrar mais esse projeto com uma avaliação positiva dos alunos. Foi um curso bem aceito e que atraiu muito o interesse dos bancários e dependen-tes”, afi rma Iêda Marques, diretora e titular da Secretaria de Formação do Sindicato.

“Quero parabenizar a iniciativa da secretaria de Formação. Esse curso, além de ser uma formação téc-nica, se torna também uma formação

política. Porque muitos alunos aca-bam descobrindo o Sindicato como uma entidade próxima à categoria e que caminha junto a ela”, disse o pre-sidente da entidade, Carlos Eduardo Bezerra, destacando que os recentes

FORMAÇÃO

Termina o curso preparatório para o concurso do BB

concursos realizados pelo BB, pela Caixa e pelo Banco do Nordeste do Brasil e o aumento dos postos de trabalho são resultados da luta do movimento sindical, garantidos em acordos coletivos.

Foto: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

Foto: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE