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____________________________________________________________________________________ FACULDADE DE TECNOLOGIA DE GARÇA - FATEC CURSO TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL ALEX GOMES GARÇA 2013 CONTROLE DE MÁQUINAS E PROCESSOS: A ESCOLHA ENTRE CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS E MICRONCONTROLADORES

ALEX GOMES - fatecgarca.edu.br · Os Controladores Lógicos Programáveis (CLPs) surgiram no final da década de 70, até à época de seu surgimento, os processos automáticos industriais

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE GARÇA - FATEC

CURSO TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

ALEX GOMES

GARÇA 2013

CONTROLE DE MÁQUINAS E PROCESSOS: A ESCOLHA ENTRE CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS E

MICRONCONTROLADORES

____________________________________________________________________________________

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE GARÇA - FATEC

CURSO TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

ALEX GOMES

GARÇA 2013

CONTROLE DE MÁQUINAS E PROCESSOS: A ESCOLHA ENTRE CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS E

MICRONCONTROLADORES Artigo Científico apresentado à Faculdade

de Tecnologia de Garça – FATEC, como

requisito para a conclusão do Curso de

Tecnologia em Mecatrônica Industrial,

examinado pela seguinte comissão de

professores:

_________________________________ Prof. Dr. Edson Detregiachi Filho

(Orientador) FATEC Garça

_________________________________ Prof.

(Presidente) FATEC Garça

_________________________________ Prof.

(Convidado) FATEC Garça

Data da Aprovação: 02/12/2013.

CONTROLE DE MÁQUINAS E PROCESSOS: A ESCOLHA ENTRE

CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS E MICRONCONTROLADORES

Alex Gomes

[email protected]

Resumo

O objetivo desse trabalho é elencar as variáveis relevantes para a decisão entre a

utilização de controladores lógicos programáveis (CLP) ou placas microcontroladas

no controle de máquinas e processos industriais. Os CLPs tem grande aplicabilidade

nos controles industriais, contudo apresentam como limitação de sua utilização o

custo e o consumo energético. Uma opção para eliminar essas limitações é a

utilização de placas microcontroladas. A decisão sobre a alternativa a ser utilizada

requer um estudo detalhado sobre as especificidades do processo ou máquina. Este

trabalho pretende orientar o projetista sobre a melhor opção, utilizando como categoria

de análise as principais variáveis relevantes para essa tomada de decisão. Esse

trabalho é relevante pois orienta a utilização de tecnologias, privilegiando a inovação

sob a ótica da otimização dos processos de controle industrial.

Palavras chave: Controladores, Automação, Projeto

Abstract

The objective of this work is the determination of the relevant variables for the decision

between the use of programmable logic controllers (PLC) or microcontroled boards in

control of machines and industrial processes. PLCs have wide applicability in industrial

controls, yet have limited its use as the cost and energy consumption. One option to

eliminate these limitations is the use of microcontroled boards. The decision on the

alternative to be used requires a detailed study of the specifics of the process or

machine. This work aims to guide the designer on the best option, as a category of

analysis using the main variables relevant to that decision. This work is important

because it guides the use of technologies, focusing on innovation from the perspective

of optimization of industrial control.

Keywords: Controllers, Automation, Project

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1. INTRODUÇÃO

Os Controladores Lógicos Programáveis (CLPs) surgiram no final da década

de 70, até à época de seu surgimento, os processos automáticos industriais tinham

seu controle feito praticamente de modo analógico, por meio de válvulas, relés,

sequenciadores mecânicos e temporizadores. Uma das vantagens da implantação

dessa nova tecnologia nas indústrias, principalmente para a indústria automobilística,

foi a facilidade para se alterar o layout, e/ou as tarefas de determinados processos.

No modo antigo de controle, poderiam levar dias para alterar o sistema para a

produção de um novo modelo de veículo, não só nas etapas de produção, como

também na ordem em que algum processo era feito. Com a chegada do CLP essa

“tarefa” ficou mais fácil, uma alteração na programação deste equipamento inteligente,

e o sistema já estava pronto para operar de uma nova forma.

A NEMA (National Electrical Manufacturers Association) deu a seguinte

definição para CLP, em 1978: “Um equipamento de lógica digital, operando

eletronicamente que usa memória programável para armazenamento interno das

instruções de implementação específica, tais como: lógica sequencial, temporização,

contagem e operações aritméticas, para controle de máquinas e processos industriais

com vários modelos de módulos de entradas e saídas digitais e analógicas em

máquinas ou processos. (NEMA Standard ICS3-1978)”. Esta norma NEMA foi

revogada com o surgimento da IEC 61131 (nos anos 90) que trata especificamente

sobre os CLPs, suas principais características, seu hardware, suas linguagens de

programação, seus guias para usuários e suas formas de comunicação.

Esta padronização que foi possibilitada com a chegada da IEC 61131, facilitou

ainda mais a utilização flexível dos CLPs na indústria, seja para o controle de

processos, seja para o controle de máquinas específicas. Antes dessa normalização,

os CLPs criados pelas empresas, tinham suas linguagens de programação

proprietária, o que impedia que equipamentos de diferentes marcas “conversassem”

estre si, e/ou pudessem ser utilizados por outras empresas. Usando IEC 61131, um

programador pode desenvolver um algoritmo de controle para uma determinada

marca de controlador, e importar esse mesmo programa para outra marca, com

modificações mínimas, principalmente para processar as entradas e saídas dos

subsistemas.

3

Além da normalização a implantação de novas funções e a velocidade cada

vez maior com que os CLPs tratam as informações atualmente são outras vantagens

da utilização deste tipo de equipamento na indústria. Cada vez mais processos são

substituídos e interligados via controle por CLP, a velocidade das linhas de produção

é aumentada, a probabilidade de erro nos processos é diminuída, uma anormalidade

que surge no meio do caminho, pode ser identificada, e eventualmente corrigida pelo

CLP antes que todo o processo seja comprometido. A segurança também é uma das

grandes vantagens, procedimentos que no século passado eram feitos manualmente

e traziam algum risco à saúde, à integridade física ou até mesmo à vida do operador,

agora, são feitos por robôs controlados por CLP. Todas essas vantagens resultam em

algo que atualmente é o fator determinante na decisão das indústrias de se

automatizar, ou não, um processo ou sistema, o custo. A produtividade aumenta, o

retorno de produtos por falha no processo produtivo diminui, os gastos com salário e

eventuais acidentes com pessoal são evitados. Mas, ainda com relação ao custo,

surge aí uma desvantagem, vale à pena automatizar todo o sistema, todo o processo,

ou apenas uma máquina utilizando um CLP? O processo a ser automatizado precisa

de todo o poder de processamento, e toda a funcionalidade que um CLP oferece? Há

algo no mercado que faça um controle do processo, mas, que seja mais simples, e

gere um custo menor?

Os CLPs existem há um bom tempo, seu uso é muito comum nas indústrias,

não só para o controle de processos, mas também em algumas máquinas. Na última

década, com a evolução da tecnologia, e a preocupação com o consumo de energia,

surgiram novas alternativas para estes tipos de controles. Uma dessas alternativas

são os microcontroladores. Seu custo é menor, e seu consumo energético também,

isso o torna uma alternativa ao CLP para o controle de máquinas e pequenos

processos. Mesmo que o microcontrolador precise ser montado em uma placa, e

necessite que um circuito eletrônico seja feito para sua correta utilização e proteção,

seu custo ainda se mantém menor quando comparado ao CLP.

A programação dos microcontroladores é diferente da utilizada nos CLPs, mas

há softwares no mercado que facilitam este passo. As principais linguagens de

programação utilizadas para microcontroladores atualmente são a Linguagem C e a

Linguagem Assembly, enquanto para os CLPs tem-se o Diagrama de Blocos

Funcionais (FBD), Diagrama Ladder (LD), Texto Estruturado (ST), e a Lista de

Instruções (IL). Este estudo pretende fazer uma análise de quando é mais

4

recomendado usar qual tipo de controle, baseando-se nas variáveis que serão

controladas, a quantidade de entradas e saídas necessárias, a possibilidade de

interferências, a segurança do processo ou produto e as condições de utilização da

máquina controlada.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Funcionamento básico de um CLP

O funcionamento básico de um CLP pode ser apresentado dividido em 3 partes

principais: as entradas, a unidade de processamento central (CPU), e as saídas.

Quando falamos em projetos de processos industriais ou máquinas, as entradas são

representadas por sensores ou transdutores (botões, sensores de vazão, sensores de

nível, chaves de fim de curso, etc), a CPU é a central de processamento do CLP com

seus circuitos lógicos, e a lógica implementada pelo programador, e as saídas são

representadas pelos atuadores (válvulas e motores) ou sinalizadores (lâmpadas e

buzinas). A Figura 1 apresenta em forma gráfica as partes básicas do CLP e seus

representantes.

Figura 1 - Divisão da Estrutura Básica de um CLP

Fonte: Próprio autor

A CPU é a responsável por analisar as informações recebidas pelas entradas

e de acordo com a lógica implementada pelo programador, ela ativa ou desativa as

saídas do CLP. Por meio de varreduras sequencias (feitas em ciclos) o CLP processa

as informações e faz o controle do sistema.

ENTRADASSensores e

Transdutores- botões,- sensores de vazão,- sensores de nível,- chaves fim de curso.

CPUProcessador do CLP com seu circuito lógico e sua

lógica.

SAÍDASAtuadores e

Sinalizadores- motores,- valvulas,- lâmpadas,- buzinas.

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Figura 2 - Ciclo de varredura de um CLP

Fonte: ZANCAN (p.05, 2010)

No ciclo apresentado Figura 2, a primeira etapa é o momento em que o CLP é

ligado, nela todas as saídas são desativadas, é verificada a existência de programas,

bem como o funcionamento da CPU, das memórias e dos circuitos auxiliares. Na

segunda etapa, o CLP verifica o estado das entradas, para “saber” se alguma delas

foi acionada. Na terceira etapa o CLP transfere e armazena as informações obtidas

pela leitura das entradas numa memória conhecida como “memória imagem das

entradas e saídas”, é esta memória que o CLP consultará durante a execução do

programa. Na quarta etapa ele compara a memória imagem das entradas com as

instruções inseridas no programa que está sendo executado e de acordo com estas

instruções, ele irá atualizar as saídas (quinta etapa).

6

2.2 Estrutura interna de um CLP

Figura 3- Estrutura interna básica de um CLP

Fonte: ZANCAN (p.06, 2010)

O diagrama apresentado na Figura 3 mostra a estrutura básica de um CLP.

Nele tem-se a fonte de alimentação, que é responsável por converter a tensão de

alimentação do CLP em tensões menores para os circuitos eletrônicos, para a

comunicação com um PC e também para alimentação e acionamento das entradas e

saídas. No mercado existem CLPs que tem fonte interna bem como equipamentos

com fonte externa, alguns fabricantes restringem a utilização dos CLPs somente com

suas próprias fontes. É na memória do usuário que é armazenado o programa

desenvolvido pelo usuário, este programa pode ser alterado a qualquer momento e

normalmente é armazenado em memórias do tipo EPROM, RAM, EEPROM, e FLASH

EPROM. O tamanho e o tipo desta memória varia de acordo com o fabricante. A

memória de dados armazena valores de funções específicas do programa inserido no

CLP, tais como valores de tempo, contadores, senhas e flags (bits de memória

utilizados como contato para facilitar a programação). A unidade central de

processamento, também é conhecida como CPU.

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A CPU é responsável pelo funcionamento lógico de todos os circuitos. Em CLP modulares, a CPU geralmente está contida em apenas uma placa separada das demais. Já em CLP de menor porte, a CPU e os demais circuitos geralmente estão contidos numa mesma placa. (ZANCAN, 2010, p. 20)

A memória do programa monitor armazena o programa que é responsável pelo

funcionamento do CLP. É este programa que gerencia todas as atividades que são

executadas, como se fosse o sistema operacional de um computador. Este programa

também pode ser conhecido como firmware e não pode ser alterado pelo usuário. Ele

é armazenado em memórias do tipo EPROM, EEPROM ou PROM. Na memória

imagem de entradas e saídas são armazenadas as informações sobre os estados das

entradas e saídas, essas informações serão consultadas e atualizadas durante a

execução do programa do usuário. A bateria é utilizada para manter parâmetros e

programas salvos no CLP em caso de falta de energia, bem como para manter ativo

o circuito do relógio em tempo real, para os CLPs que possuem essa função. Os

circuitos auxiliares podem estar inclusos no CLP ou serem vendidos em módulos

separados. Estes circuitos basicamente servem como alguma proteção ao CLP

(módulos de backup de memória, módulos para identificação e sinalização de falhas),

ou como ampliação de sua capacidade de controle, no caso dos CLPs modulares.

2.3 Linguagens de programação CLPs

A norma IEC 61131-3 padroniza 2 tipos de linguagem textual (ST e IL) e outros

2 tipos de linguagem gráfica (FBD e LD). Ela também relata como devem ser definidos

os elementos do sequenciamento gráfico de funções (SFC) para organizar a estrutura

interna dos programas e blocos funcionais nos controladores programáveis. A Figura

4 ilustra os 4 tipos de linguagens e o sequenciamento gráfico de funções.

8

Figura 4- Linguagens padronizadas pela norma

Fonte: IEC (p.04, 1993)

A Tabela 1 exibe uma representação hierárquica das linguagens de

programação:

Tabela 1 - Representação Hierárquica das Linguagens de Programação

Sequenciamento Gráfico de Funções (SFC) TEXTUAIS GRÁFICAS

Lista de Instruções (IL)

Texto Estruturado (ST)

Ladder (LD)

Diagrama de Blocos Funcionais (FBD)

Fonte: Próprio autor

Dentre as linguagens padronizadas pela IEC, a linguagem Ladder é a mais

utilizada atualmente, e é a linguagem que permite um aprendizado mais rápido, visto

que sua lógica baseada em contatos se assemelha um pouco à simbologia utilizada

em diagramas elétricos.

2.4 Funcionamento básico de um Microcontrolador

O funcionamento do microcontrolador é muito parecido com o do CLP, a diferença fica

por conta da configuração das portas. Assim que ligado, o microcontrolador configura todas

as portas como sendo entradas. Após o fim desta etapa ele irá ler o programa feito pelo

usuário que está armazenado na memória flash. É no programa que estará definido quais

portas serão entradas, e quais portas serão saídas, bem como quais as “instruções” ele

deverá seguir, e como ele deverá atuar.

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2.5 Estrutura interna de um Microcontrolador

Um microcontrolador tem sua estrutura básica praticamente igual à de um CLP,

e é basicamente composto pelos seguintes itens (Figura 5):

Processador ou CPU:A CPU se encarrega da decodificação e da execução do

programa.

Memória para o programa: Normalmente do tipo ROM (tipo de memória que não

perde os dados quando sem energia), é a memória em que fica guardado o programa

com as instruções feitas pelo programador e que será responsável pelo controle da

máquina ou sistema.

Memória para os dados: Normalmente do tipo RAM (tipo de memória e, que se perde

os dados quando sem energia), é a memória utilizada para guardar as variáveis e os

dados. É equivalente à uma junção da memória de dados e a memória imagem de

entradas e saídas de um CLP, mas, com uma quantidade de armazenamento mais

limitada.

Linhas de E/S: As linhas de E/S de um microcontrolador são responsáveis pela

“entrada” e “saída” do mesmo. São as portas do microcontrolador. Pode-se obter um

determinado dado através delas, e responder também através das mesmas portas.

Módulos para o controle de periféricos: (Temporizadores, Portas Série e Paralelo,

Conversores Analógico/Digital e Conversores Digital/Analógico).

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Figura 5 - Diagrama genérico da estrutura interna de um microcontrolador

Fonte: i-magazine (p.01, 2002)

2.6 Programação de um Microcontrolador

Existem duas linguagens de programação mais populares entre os

programadores de microcontroladores, o Assembly e a Linguagem C. Atualmente a

linguagem C é a mais utilizada pois permite que um mesmo programa escrito para um

microcontrolador, possa ser utilizado em outro sem grandes modificações. Por ser

uma linguagem de alto nível, ela se torna muito mais produtiva que o Assembly.

Segundo Pereira (2005, p. 17): “Utilizando C, a curva de aprendizado de um

novo microcontrolador pode ser substancialmente reduzida uma vez que o

11

programador tem de se preocupar basicamente com os periféricos e não com a

linguagem do chip.”

2.7. Categoria de Análise: As Variáveis Controladas

Alguns dos fatores importantes na escolha do tipo de controle à ser utilizado

são a quantidade e o tipo de variáveis que serão controladas. CLPs e

microcontroladores lidam de forma diferente com variáveis analógicas e digitais. Essa

diferença existe tanto no hardware, quando no software.

Por trabalhar com níveis de tensão muito baixos, os microcontroladores

necessitam que circuitos auxiliares sejam feitos para que eles possam trabalhar com

as variáveis desejadas. Daí a necessidade de se fazer uma placa de circuito impresso

para que o microcontrolador seja fixado nela e possa fazer o controle.

Existem CLPs que trabalham com níveis de tensão baixos, iguais aos

microcontroladores, porém a maioria dos que estão disponíveis no mercado

atualmente trabalham com tensões entre 12V e 24V. Se o nível de tensão utilizado

pelo CLP em seus sinais de entradas e saídas for compatível com o nível de tensão

especificado no projeto, não haverá a necessidade de adaptação ou compra de

módulos adicionais para a utilização do CLP.

Definido o valor da tensão utilizada no circuito e a compatibilidade com o

controlador a ser utilizado, outra questão que deve ser levada em conta neste caso, é

a quantidade de entradas e saídas que serão necessárias. CLPs normalmente são

vendidos com números fixos de entradas e saídas, podendo este número ser

expandido com a aquisição de módulos adicionais. Com os microcontroladores há

uma maior liberdade nesse caso, pois é possível configurar pelo programa, quais

pinos do microcontrolador serão as entradas e quais serão as saídas, além de que

muitos microcontroladores têm pinos específicos para funções de contagem,

temporização, etc. Os projetos das placas de circuito impresso (Figura 6) onde serão

fixados os microcontroladores também deverão levar em conta essa definição de

pinos.

12

Figura 6 - Placa de circuito com microcontrolador

Fonte: Texas Instruments (p.02, 2011)

Por último deve-se levar em conta os tipos de variáveis disponíveis, se são

analógicas ou digitais. Mais uma vez, os microcontroladores saem na frente, pois por

meio do programa feito pelo usuário é possível alterar o funcionamento de um porta

(pino), para que trabalhe com sinais digitais ou analógicos. Já no caso dos CLPs pode

ser necessário utilizar mais um módulo (Figura 7) extra para se trabalhar com as

variáveis analógicas.

Figura 7 - Módulo de saídas analógicas para CLP Siemens

Fonte: SIEMENS (p.01, 2012)

13

2.8. Categoria de análise: Interferência

Sanches (2003) cita que ruídos podem chegar em circuitos por meio de

condução ou irradiação. Segundo ele “o ruído irradiado é o ruído que chega ao circuito

em forma de radiação eletromagnética como pulso (EMP – Eletromagnectic Pulses) e

interferência de radiofrequência (ondas eletromagnéticas de aproximadamente 3kHz

a 300GHz).” Já o ruído conduzido é transmitido por conexões físicas elétricas entre o

circuito emissor de energia eletromagnética e o circuito vítima.

A maioria dos CLPs comercializados passam por testes e vem preparados

contra interferências eletromagnéticas. Mas, fatores como variações tensão,

frequência e aterramento devem ser levados em consideração, mesmo para os CLPs.

É altamente recomendado que se utilize fontes de alimentação separadas para o

controlador e para os sensores e atuadores utilizados no sistema de modo a evitar

assim a ocorrência de ruído conduzido pelas conexões de alimentação. A utilização

de “Filtros EMI” (Filtros protetores contra ruídos, Figura 8) é uma alternativa em

situações em que o ruído presente nas conexões de alimentação são inevitáveis.

Figura 8 - Filtros EMI

Fonte: Hugeton (p.10, 2012)

Segundo Durval (2010) pesquisas na área de compatibilidade eletromagnética

demonstram que no projeto do circuito impresso (da placa onde será colocado o

microcontrolador) as fases de: layout (disposição física dos componentes na placa),

encaminhamento (escolha do caminho do traçado condutor de conexão dos diversos

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componentes), escolha correta do substrato (tipo de material de que é feita a placa) e

o tipo de placa (face simples, dupla face ou multicamada); têm fundamentais

importâncias para a melhor compatibilidade eletromagnética do equipamento.

2.9. Estudo de caso

Com o desenvolvimento do artigo, fica claro que em várias situações um CLP

pode ser substituído por uma placa microcontrolada ou vice-versa. Para controles

básicos e não-flexíveis (controles compostos apenas por variáveis digitais e sem

necessidade de modificação futura no seu funcionamento) fica clara a vantagem dos

placas microcontroladas, pelas características já apresentadas anteriormente. Para

efeito de estudo de caso, foi utilizada a estação Sorting presente no Laboratório de

Robótica da Fatec Garça. O Laboratório é composto por várias estações que integram

o sistema didático MPS (Modular Production System, Sistema de Produção Modular

em inglês) fornecido pela empresa Festo. No total são 18 estações didáticas divididas

entre dois sistemas MPS, cada sistema contém oito estações controlados por um

modelo de CLP padrão, o CLP Festo FEC Standard FC640 e uma estação com um

robô Mitsubishi RV-2AJ, com 5 eixos e controlador específico. A estação Sorting

(Figura 9) é composta por:

- Um módulo de esteira*;

- Um módulo de escorregadores*;

- Uma placa de perfil;

- Uma estrutura de metal com rodas;

- Um painel de operação;

- Um painel de controle com CLP.

15

Figura 9 – Estação Sorting

Fonte: Festo (p.72, 2011)

Toda a parte funcional da estação (o módulo de esteira e o módulo de

escorregadores) está fixada na “placa de perfil” como pode ser visto na Figura 10.

Figura 10 – Vista Isométrica da Estação Sorting

Fonte: Festo (p.71, 2011)

16

A estação Sorting faz a identificação de peças via sensores instalados e as

separa por meio de seccionadores para os escorregadores presentes. Os itens que

fazem parte deste controle são:

Um motor de 24V com corrente nominal de 1,5ª, velocidade nominal de 65rpm

no eixo motor, torque nominal de 1Nm e torque inicial de 7Nm, responsável por

movimentar a esteira transportadora;

Dois cilindros de dupla ação com atuação linear máxima de 80mm,

responsáveis por mover os seccionadores (Braço 1 e Braço 2);

Um cilindro de simples ação (Stopper) com atuação linear máxima de 10mm e

retorno por mola, responsável por parar as peças na esteira para que seja feita

a identificação de cor e material;

Três válvulas simples solenoide com retorno via ar, responsáveis pelo controle

dos cilindros;

Um sensor óptico PNP, operando com 24VDC, e raio de operação de até

120mm, responsável pela identificação de peças no início da esteira;

Um sensor óptico PNP,operando com 24VDC, e raio de operação de até

120mm, responsável pela identificação da cor da peça. O sensor emite uma luz

vermelha, e dependendo da quantidade de luz refletida é possível fazer a

distinção de cor;

Um sensor indutivo PNP, operando com 24VDC, e raio de atuação de até

3,03mm, responsável pela identificação do tipo de material da peça identificada

(metal ou não-metal);

Quatro sensores magnéticos PNP, operando com 24VDC, e raio de atuação de

até 300mm, responsável pela identificação da posição dos cilindros de dupla

ação;

Um sensor óptico PNP, operando com 24VDC, e raio de atuação de até

2000mm com barreira reflexiva, responsável pela identificação de lotação

máxima dos escorregadores.

A sequência de funcionamento da estação é descrita abaixo:

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Posição inicial:

A. Stopper avançado

B. Braço 1 recuado

C. Braço 2 recuado

Sequencia inicial:

1. Peça identificada

2. Liga o motor da esteira

3. Identifica a cor e o material

Peça preta identificada, deverá ser depositada no último escorregador

4. Recuar Stopper

5. Peça liberada

Peça prateada identificada, deverá ser depositada no segundo escorregador

6. Braço 2 avançado

7. Stopper recuado

8. Peça liberada

Peça vermelha identificada, deverá ser depositada no primeiro escorregador

9. Braço 1 avançado

10. Stopper recuado

11. Peça liberada

Peça depositada no escorregador

12. Motor da esteira desligado

13. Stopper avançado

14. Braço 1 recuado

15. Braço 2 recuado

18

Figura 11 – Seleção padrão da estação

Fonte: Próprio autor (2013)

O controle desta estação é feito por um CLP Festo FEC Standard FC640 que

contém 32 entradas optoacopladas e 16 saídas transistorizadas, mas, somente 8

entradas e 4 saídas são efetivamente utilizadas para o controle de tal sistema. Este é

um exemplo de uma aplicação onde uma placa microcontrolada seria uma alternativa

mais barata e efetiva, pois tal placa seria feita sob medida para o sistema, evitando

assim que entradas e saídas do equipamento de controle fiquem ociosas.

O CLP vem acompanhado de um programa padrão do tipo Lista de Instruções para

que execute a sequência de funcionamento descrita. Para efeitos de comparação com

o controle via microcontrolador, o CLP foi reprogramado utilizando a Linguagem

Ladder e a ordem de armazenamento original das peças (Figura 11) foi invertida,

conforme Figura 12. A programação foi feita utilizando o software FST 4.10 da Festo.

Figura 12 – Seleção alterada da estação

Fonte: Próprio autor (2013)

VERMELHA

PRATEADA

PRETA

PRETA

VERMELHA

PRATEADA

19

Na tabela a seguir estão representadas as entradas e saídas utilizadas na

programação do CLP com seus respectivos endereços e qual componente estão

representando:

Tabela 2 – Entradas e Saídas utilizadas no CLP

ENTRADAS SAÍDAS

END. COMPONENTE END. COMPONENTE

I0.0 Sensor óptico, identifica peças no início da esteira

O0.0 Relé, liga o motor da esteira

I0.1 Sensor indutivo, identifica pela metálica

O0.1 Válvula solenoide, pilota o cilindro do Braço 1

I0.2 Sensor óptico, identifica cor da peça

O0.2 Válvula solenoide, pilota o cilindro do Braço 2

I0.3 Sensor óptico com barreira, identifica escorregador cheio

O0.3 Válvula solenoide, pilota o recuo do Stopper

I0.5 Sensor magnético, identifica posição do cilindro do Braço 1

I0.7 Sensor magnético, identifica posição do cilindro do Braço 2

Fonte: Próprio autor (2013)

Na Figura 13 está representada a parte da programação em Linguagem Ladder

que faz a identificação e seleção das peças.

Figura 13 – Programação Ladder / Identificação e seleção de peças

Fonte: Próprio autor (2013)

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Como o número de entradas e saídas presentes no sistema controlado são

pequenos, seria possível substituí-lo pelos conhecidos “Micro CLPs”. Micro CLPs são

CLPs de pequeno porte com número limitado de portas (entradas/saídas) e que tem

a possibilidade de expansão por meio de módulos vendidos separadamente. Um das

famílias mais conhecidas atualmente de Micro CLPs, é a família Logo da Siemens

(Figura 14) que possui vários modelos, alguns com a possibilidade de expansão por

meio da aquisição de módulos extras. Um módulo único com 10 entradas e 4 saídas

digitais, pode ser encontrado no mercado por R$582,00, e módulos de expansão para

ele podem ser encontrados a partir de R$160,00.

Figura 14 – Micro CLP Logo

Fonte: Siemens (p.10, 2012)

Outro Micro CLP disponível atualmente, é o modelo FPE (Figura 15), produzido

pela Panasonic, e comercializado pela Metaltex, este modelo tem 8 entradas e 6

saídas digitais, e não há a possibilidade de expansão por meio de módulos extras. O

micro CLP Metaltex FPE pode ser encontrado por R$977,00 se comprado diretamente

com a empresa. Tanto o modelo da Siemens quanto o da Metaltex acompanham

softwares para a programação em Linguagem Ladder.

21

Figura 15 – Micro CLP FP-e

Fonte: Metaltex/Panasonic (p.05, 2012)

Para o controle com microcontrolador, foi utilizada uma placa com 16 entradas

optoacopladas, sendo 12 entradas PNP e 4 entradas NPN, e 4 saídas NPN. A

programação do microcontrolador foi feita em Linguagem C utilizando o software Code

Composer Studio 5.4, da Texas Instruments. A placa microcontrolada (Figura 16) foi

adquirida junto à empresa Inovus, por ser tratar de um modelo já pronto não houve

custos com projeto, apenas o custo de fabricação da placa microcontrolada que ficou

em R$120,00. De acordo com o engenheiro responsável da empresa, o valor do custo

de projeto depende muito do sistema ou máquina que será controlado, embora a

configuração padrão da placa possa ser reaproveitada em um outro projeto apenas

alterando-se a programação do microcontrolador.

O software utilizado para a programação, foi um software pago, mas, há

softwares gratuitos que podem ser utilizados, como o Energia, um software de código

aberto criado em 2012 com o intuito de levar a plataforma LauchPad da Texas

Instruments, controlada pelo microcontrolador MSP430 ao hardware do Arduíno.

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Figura 16 - Placa Microcontrolada utilizada no Estudo

Fonte: Próprio autor (2013)

Tanto o CLP quanto a placa microcontrolada atenderam às expectativas. A

identificação das peças e a separação foi feita com sucesso quando utilizado os dois

tipos de controle. Os dois seguiram a lógica implementada e realizaram as seguintes

etapas com sucesso:

Identificação de peça no início da esteira;

Ativação do motor da esteira;

Leitura do material e da cor da peça;

Liberação da peça para depósito nos escorregadores;

Ativação dos braços seletores de acordo com a cor da peça, sendo;

Peça preta direcionada ao escorregador 1 pelo braço 1;

Peça vermelha direcionada ao escorregador 2 pelo braço 2;

Peça prateada direcionada ao escorregador 3 sem acionamento dos braços.

23

3. CONCLUSÃO

Pelas pesquisas e testes realizados é possível concluir que a escolha do tipo

de controle à ser utilizado dependerá de três principais fatores: Ambiente de

instalação, Aproveitamento do sistema de controle e, o custo total da implantação do

sistema de controle.

Com ambiente de instalação, entende-se o local onde o CLP ou placa

microcontrolada será instalado. Se ficará em um painel junto com outros componentes

elétricos, se ficará próximo à grandes fontes de ruído como motores elétricos ou

inversores de frequência, se sofrerá a ação do tempo, sendo atingido por poeira ou

humidade, e se ficará num local sujeito à vibrações. Caso o ambiente seja muito hostil,

o CLPs levam vantagem, pois sua construção e projeto já prevê que ele possa atuar

em certos ambientes, mas, deve-se seguir as recomendações previstas nos manuais

do fabricante e evitar algumas situações prejudiciais ao aparelho.

Por aproveitamento do sistema de controle, entende-se a quantidade de vezes

que o CLP ou placa microcontrolada e sua programação serão utilizados. Embora um

microcontrolador tenha a flexibilidade de se definir via programa quantas entradas e

saídas o circuito terá, é o projeto do circuito impresso da placa onde será colocado o

microcontrolador que definirá efetivamente quantas serão as entradas e saídas que

estarão disponíveis nesta placa, no entanto é possível que seja feita uma nova placa

apenas com entradas e saídas e que receba apenas os sinais de entrada e saída de

uma placa-mestre. Para o controle de poucas máquinas ou sistemas, a utilização da

placa microcontrolada acaba sendo menos vantajosa que o do CLP, pois dependendo

do projeto da placa, o seu custo pode ser muito elevado e somando-se à fabricação,

o custo final de todo o projeto pode ficar muito elevado, caso a empresa não tenha um

projetista eletrônico e precise contratar um terceiro para realizar o projeto e a

fabricação do sistema de controle, e no caso do CLP será gasto apenas o valor da

compra do aparelho, sem custo de um projeto.

Caso deseja-se projetar um sistema de controle para máquinas ou sistemas

que terão uma grande quantidade em produção única ou uma produção em série, a

utilização da placa microcontrolada pode ser uma vantagem, pois seu custo de

projeto, poderá ser diluído entre todas as unidades que serão controladas por elas,

visto que o projeto será único, assim, ao fim da dissolução do custo do projeto, sobrará

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apenas o custo de fabricação da placa, que poderá, dependendo da complexidade do

projeto de controle, ser menor que o valor unitário de um CLP.

O número de variáveis a serem utilizadas no controle (como entradas e saídas),

o tipo dessas variáveis (se digitais ou analógicas) e também a necessidade ou

possibilidade de uma alteração futura na programação do sistema de controle também

são fatores que irão influenciar na escolha do tipo de controle a ser utilizado. Uma

placa microcontrolada com muitas entradas e saídas, pode ter um custo maior do que

a aquisição de um módulo de expansão para um CLP que já se tenha instalado. Se é

previsto em projeto que a máquina ou sistema, poderá futuramente sofrer alterações

ou atualizações (inclusão de mais sensores, controle analógico de velocidade, etc), a

utilização de um modelo de CLP que não aceite módulos de expansão pode ocasionar

a troca do sistema de controle completo, enquanto um modelo que aceite módulos de

expansão possa continuar sendo utilizado, e uma placa microcontrolada já preparada,

poderá continuar sendo utilizada, apenas necessitando alterações na programação.

REFERÊNCIAS

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de Janeiro: LTC, 2011;

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Amaral, José Franco Machado do Amaral. –Rio de Janeiro: LTC, 2008.

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projeto. Disponível em: <http://www.palpitedigital.com.br/wp/2007/05/14/como-

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Homologação de Produtos e Equipamentos na “Marcação CE”: Introdução às

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usando BOOTLOADER. Disponível em: < http://www.mecatronica.org.br/disciplinas/

programacao/002/transferindo-bl.pdf>. Acesso em: 24 out. 2013.

APÊNDICE A – PROGRAMAÇÃO EM LINGUAGEM LADDER

APÊNDICE B – PROGRAMAÇÃO EM LINGUAGEM C

/* * main.c * * Created on: 14/11/2013 * Author: Alex */ #include <msp430.h> #include "prototypes.h" void main(void) { unsigned char m_est = 0; // Relé liga o motor da esteira unsigned char v_retst = 0; // Válvula simples solenóide recua Stopper (mini cilindro, normalmente avançado, que para as peças para identificação) WDTCTL = WDTPW + WDTHOLD; Set_Directions(); /* P2IN & BIT0 = Sensor Indutivo identifica se peça é metálica P6IN & BIT0 = Sensor identifica peça no início da esteira; P2IN & BIT1 = Sensor identifica cor/reflexo da peça; P6IN & BIT1 = Sensor Escorregador Cheio; P1IN & BIT0 = Sensor Braço 1 Avançado; P1IN & BIT1 = Sensor Braço 2 Avançado; */ while(1) { if (((P1IN & BIT0) == 0) || ((P1IN & BIT1) == 0) || (v_retst == 1)) // Verifica se algum dos braços está acionado e se o Stopper está recuado { P4OUT &= ~(BIT0 | BIT1 | BIT2 | BIT3); // Reseta as saídas (desliga) P5OUT &= ~(BIT0 | BIT1 | BIT2 | BIT3); // Reseta os LEDs (desliga) v_retst=0; m_est=0; } if (((P6IN & BIT0) == 0) && (v_retst == 0)) // Verifica se há peça no inicio da esteira e se o Stopper está avançado { P5OUT |= BIT0; // Aciona LED para indicação de esteira ligada P4OUT |= BIT0; // Aciona relé do motor m_est = 1; // Flag para indicação de esteira ligada }

while (((P6IN & BIT1) == BIT1) && (m_est == 1)) // Verifica se estoque está cheio e se a esteira está ligada { if (v_retst == 0) // Verifica se o Stopper está avançado (indicando ciclo de seleção ativo) { _delay_cycles(2400000); // Tempo até a peça chegar à posição de identificação } if (((P2IN & BIT0) == BIT0) && ((P1IN & BIT0) == BIT0) && (v_retst == 0)) // Verifica se a peça NÃO É de metal, se o Braço 1 está recuado e se o Stopper está avançado. { if ((P2IN & BIT1) == 0) // Verifica se a peça TEM reflexo (PEÇA VERMELHA) { P4OUT |= BIT3; // Aciona a válvula que recua o Stopper P5OUT |= BIT3; // Aciona LED que indica Stopper recuado P4OUT |= BIT2; // Aciona válvula que aciona Braço 2 P5OUT |= BIT2; // Aciona LED que indica Braço 2 avançado v_retst = 1; // Flag que indica Stopper recuado } if (((P2IN & BIT1) == BIT1) && ((P1IN & BIT1) == BIT1) && (v_retst == 0)) // Verifica se a peça NÃO TEM reflexo, se o Braço 2 está recuado e se o Stopper está avançado. { P4OUT |= BIT3; // Aciona a válvula que recua o Stopper P5OUT |= BIT3; // Acende LED que indica Stopper recuado P4OUT |= BIT1; // Aciona válvula que avança Braço 1 P5OUT |= BIT1; // Aciona LED que indica Braço 1 Avançado v_retst = 1; // Flag que indica Stopper recuado } } if (((P2IN & BIT0) == 0) && ((P1IN & BIT0) == BIT0) && ((P1IN & BIT1) == BIT1) && (v_retst==0)) // Verifica se a peça É de metal, se TEM reflexo (PEÇA PRATA), e se o Stopper está avançado. { P4OUT |= BIT3; // Aciona válvula que recua o Stopper P5OUT |= BIT3; // Aciona LED que indica Stopper recuado v_retst = 1; // Flag que indica Stopper recuado } } } }