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imissão de Censura
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REDACÇÃO
umtsq.
NUMERO ÚNICO
Pirector, proprietário e Editor JOAQUIM ESTEVES
á TIPOGRÁFICA—Travessa Arco da Graça, 26 Domingo. 14 de Abril de 1940
C XXXV# ANIVERSARIO
DO "SPORT LISBOA E BENFICA"
ENTREVISTA A
GASPAR PINTO
L A TE então, eu nunca tinha
*AA Ivisto um jornalista na minha frente!»
. •. Sorimos ambos, ao evocar tal facto.Era verdade. Parece que ainda espu a ver o quadro no quartel dj telegrafistas, ali à Gra- ça. O Gspar Pinto ficou verda- deiramenj atónito quando lhe anunciarao a chegada de «gente dos jornai;»... Recordo-me bem.
Foi um castigo para lhe arran- car uma (llavra. A entrevista fêz- -se, — ma.género «saca-rôlhas»... Era a prmeira apresentação do Gaspar ao público. Defendia êle o Carcavelintos, e estava ganhando lentamente mas com segurança a categoria q|e pouco tempo depois lhe daria ®sejo para entrar na turma nacickal!
...Já lá vão sete anos!... O tempo corre célebre, — nuvem que passa e se precipita no infinito! Mas deixa sempre rastro...
0 Gaspar não esqueceu também. Sorri com vontade, com satisfação visível.
Que diferença entre o Gaspar de 1933 e o de 1940!...
Diferença em idade, naturalmen- te, mas diferença em personalida- de. em estilo próprio!...
O Gaspar do Quartel só era de- sembaraçado na bola. No resto não marcava... Nem sabia ler!...
Hoje, mais desenvolto no ma- nejo da bola, é um desembaraça- do na vida. Aprendeu a ler em menos de um ano. Cullivou-se dentro das suas possibilidades. Subiu, num desejo legítimo e hu-
Manifesta a sua opinião sobre o lagar de defesa, Que agora ocupa forçado pelas circunstâncias.
Que diferença em 7 anos! — Gaspar l933, Gaspar l94o ! — O jogo da maior emoção — O F. C. Porto ven- cerá O Benfica actual — Gaspar éo jogador Que mais convocações tem para a «turma» de Portugal !
mano. Tem um emprêgo onde é considerado e estimado pelas suas faculdades de trabalho. E é, dizem os que com êle privam, um exce- lente companheiro. Brincalhão irreverente. Irrequieto. Mas um bom camarada.
Portanto, que abismo separa ho- je, o Gaspar — recrutar de 33. do Gaspar — mecânico dos Telefones de 40!...
Fóra a sua primeira entrevista. A nossa missão estava facilitada pelo oficial de dia, que nos facul- tava a possibilidade de se fazerem fotografias dentro das casernas. Mas para o Gaspar que aflições, que confusões!... Lá se arranjou tudo, como era indispensável.
Sete anos volvidos, Gaspar Pin-
to recorda com emoção êsses mo- mentos • • •
«Eu não tinha, até então, visto na minha frente, um jornalista!...».
Depois habituou se. Mas aquela entrevista ficara-lhe de memória. Guarda-a religiosamente. Pedaços duma vida longa que um dia se revêm num fôlego...
Por isso, por tudo afinal, Gaspar Pinto ficou sendo um amigo — res- peitador e correcto.
Êle acorreu, pronto, ao meu chamamento, ao chamamento de Os Águias, que êle, uma vez feito leitor, nunca mais deixou de ser constante.
Êste caso do Gaspar, é um dos muitos em que o desporto trouxe ao de cima, quem, sem outras
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ÍÂLâ B@S Tí^OFIEU
14/4/940 :(! OS AGUIAS ||=
possibilidades de progressos, fica- ria talvez, eternamente vege- tando !...
Entrevista a GASPAR PI|\lTO
O Gaspar está na minha frente. Mais cêdo até do que a hora com- binada.
Afinal que quero eu do Gas- par?. .. Todos o conhecem. A sua biogra- fia entrou de há muito nos canhe- nhos dos curiosos, dc sabem de cór a vida desportiva dos ases dos eleitos favoritos das turbas !...
Quero simplesmente, preguntar- -lhe se se encontra satisfeito no seu lugar de defesa, que êle ocu- pa por recurso, desde o comêço da temporada; trocar algumas impressões mais, enfim, falar, porque as preguntas encadeiam-se umas nas outras...
fí o Gaspar, passada a evoca- ção do quartel, responde ao meu quesito:
—Não gosto do lugar de defesa. Ocnpo-o porque o meu clube tem nec jssidade que o faça. Mas cus- ta-rue muito, francamento.
—Mas vôce jogou muito tempo o defesa, quando em Oeiras...
—Joguei seis anos, de facto. Já conhecia pois o pôsto. Mas desde que no Carcavelinhos co- mecej a ser médio, creia que não prefiro outro lugar.
—Está mais de harmonia com o seu temperamento...
— Oh! íncomparàvelmente. Um del, ?a, embora corra, embora te- nha de prestar uma atenção minu- ciosa a todos os pormenores do ôgo descansa, repousa mais. E
eu ão me sinto bem parado. Mui- tas rezes tenho que fazer um es- fôrço enorme, para me dominar e r ? r mais adiante do que é acon- sei ivel. Porque com um extremo
rápido, torna-se difícil recuperar terreno e deter-lhe a marcha.
—Voltará ainda esta temporada á linha média ?
— Não o creio, infelizmente. r. »vo não está totalmente res- tabelecido, o mesmo sucedendo a Vieira. Portanto, não alimento grandes esperanças.
— E em médio, qual prefere: o lado direito ou esquerdo ?
— O esquerdo, sem dúvida. Mas adapto-me bem à direita. De res- to, eu jogo para o clube e não para mim. ..
—Oiça, Gaspar: V. tem tirado por certo, desde que joga a de- fesa, conclusões curiosas sôbre o lugar de médio...
—O capitão da turma encarna- da tem um gesto de convicto as- sentimento :
—Sim senhor. Bastantes. Um defesa tem mais tempo de «ver». Há mais campo aberto na sua frente. Especialmente no jôgo de colocação, colhem-se elementos valiosíssimos de observação. Ten- ciono aplicá-los quando voltar ao meu lugar.
Numa transição:—Só por isso, —independentemente de utilidade que por isso merecer ao meu clu- be— dou por bem empregado o tempo em que estou a defesa .. Porque por amor, não «vivo« bem na rectaguarda do grupo...
Considero - me absolutamente satisfeito com as explicações de Gaspar, — claras, precisas, defi- nindo uma opinião segura.
A conversa resvala depois para outro terreno:—
—O campeonato nacional... —Até ao fim, há jôgo. E eu só
me considero vencido no fim. To- davia, serenamente, creio que o Pôrto vencerá. Tem tido sorte nalguns jogos. Mas ela é precisa E incontestàvelmente o F. C. do Pôrto está jogando.
— O Sporting ainda tem proba- bilidades .. •
— E' um facto. Mas amanhã (a entrevista foi feita no sábado) vai a Belém, pode tropeçar e no Lu- miar, connôsco, não se conside- rará antecipadamente vencedor. Um Benfica-Sporting é sempre um Benfica-Sporting!..
— Você vibra com êsse jôgo... Numa explosão de entusiasmo,
de sincera satisfação desportiva, Gaspar confirma : — E' a partida que mais me emociona. Um en- contro com o Sporting, para mim, é tudo!
E então em campeonato, nem se fala...
— Aquele resultado das Amo- reiras ...
Gaspar não abdica entretanto, do seu desportivismo:
— Custou-me muito aquela der- rota. Mas o Sporting ganhou bem. Jogou mais — e melhor!
Gaspar aprecia agora o seu gru- po. Tarefa delicada, muito melin- drosa mesmo. Tem palavras de apreço para o seu companheiro Elói; para o seu substituto Bap- tista e mesmo César Ferreira, que jogou no torneio lisboeta. Reco- nhece que à linha avançada falta qualquer coisa... Não cita mais nomes. No fundo, todos se batem
generosamente pela vitória, pt. côres do clube. E a verdade, que há muitos sócios que não coi preendem ou não querem compr ender isso...
Divaga-se a seguir sôbre as pai tidas internacionais de futebol. í f capitão do «onze» português ele | vado também, pela fôrça das cir- cunstâncias a defesa internacio- nal, recorda ser o jogador portu- guês que mais vezes tem sido con- vocado para a turma nacional.
— Sou seis vezes internacion; efectivo e sete suplente. Desc que em 1934 fui chamado pa , treinos da selecção, nunca maf deixei de as integrar, quer joand quer não.
Sintoma lisongeiro, evie- mente para a regularidade isse de Gaspar Pinto.
A conversa prolongou-inda mais uns instantes. Para [por- tagem, no entanto, só poàere- cer atenção, a resposta d^par à minha pregunta, de qu; jo- gará por muito tempo:
—Assim o espero, Conunos vejo um pouco longe ci... Não terei já muitas assoes, porque ascendi aos altcjstos do futebol. A minha aação agora, limita-se em pocuonti- nuar jogando. Quero t£aúde para isso. Por ora tenho-ai rija.
—E claro, voltar a ser dio... —Decerto. O desgôs seria
enorme, se tal não sucede*...
Gaspar, respeitador, qxto, amável, pede iicença par<e re- tirar. Tem onde ir. Um arto de mão, mais um obrigado aiguias e o Gaspar de 1940 rei-se, o Gaspar que em 1933 «nca ti- nha até então visto um nalista na sua frente...». A. R.
OS HOMENS DE PESO DO BENFIC/
sem conta, nem peso, item medida
Amigos "Os Sports" pesar, medir e vasculhar a configuração, parcela por parcela, unidade por unidade, dos grupos do futebol lisboeta.
Pois bem. Nós vamos pesar, medir e escalpelisar os directores do Eenfica, isto é, dos homens que mandam pêso lá dentro.
Comecemos pela
"Sapin Hache',' com o que ele se respastelava todo.
Tem 10 kilos a mais dos que tinha quando há anos tinha dez kuilos a menos.
É suplente à presidência e en- quanto o Julio tiver saúde, não se deve assentar na cadeira do meio.
Só come vegetais, incluindo o bacalhau e os bifes com batatas.
Já tinha previsto a sua eleição, com uma normalidade impressio- nante.
Pesa bastante e gosta do Ben- fica.
Está tudo dito.
CONSELHO FISCAL
ASSEMBLEIA GERAL Armando Teixeira de Sá Manuel Alves Júnior
campo das Amoreiras, o Benfi- ca comprou uma cautesinha no Gama e saíu-lhe a scê grande no campeonato de Luoa. Ora com um guarda fiscal <stes, com uma sorte destas, Gaa espera que o Benfica seja impião de tudo.
As dimensões delejá tôda a gente sabe,
(Continú na pag. 6)
Julio Ribeiro da Costa
Pouco mais ou menos 3 metros de altura e 20 gramas de pêso in- cluindo o bigode. Capitão nos bra- dos no campo. Vale muito mais "> que a gente imagina.
! futrica até aos 2 anos de . . isto é, quando deixou de
. ír. je ainda estuda, quanto mais eja, o processo de levantar alto o pindão benfiquista.
Alto, esguio, muito esguio, co- meçou a diminuir de estatura nos últimos tempos, conservando, porém, o mesmo volume, porque engordou.
Vencedor da maratona taquí- grafa e recordmam da Europa das actas de assembleias gerais.
Esteve para ser internacional na Sociedade das Nações, mas não chegou a Genebra.
Comandante da guarda fiscal do club é um dos seus mais furiosos diamaticos. Quem é que o não conhece ? o Alves e o seu alfinete de gravata ? o Alves não é pesa- do, mas na balança do club pesa e nos aguias é considerado peso pesado. ; A idade não se diz. porque ele disfarça-a bem.
É elemento de largo futuro.
Carlos Costa ionisio ia Silva Gama
v ino Pinheiro Machado
0 ando fez parte do Racing Club At Paris chamavam-lhe
Estatura normal, cabelo normal, fato normal, rosto normal.
Normalmente vai à Caixa Geral dos Depósitos do Crédito e da Previdência.
O Tartafin de Tarascon do ) Benfica. Não há prato ou pombo que lhe resista. Sempre na brecha.
Jogai no Gama! no Gama! rou- j fenha o alto falante do moribundo
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AGUIAR DA CUNHA
As provas do aniversario do Benfica
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As três provas de estafetas que o Sport Lisboa e Benfica incluiu no programa de festas do seu XXXVI, aniversário, constituíram excelente elemento de propa- ganda.
Benfica, Ateneu, Internacional, Belenenses e Vendedores fizeram magnifica propaganda de atletis- mo, prestando mais um bom ser- viço a êste desporto. As provas de estafetas proporcionaram um bom espectáculo desportivo. 0 Benfica foi brilhante vencedor, mas os outros clubs, a-pesar-de vencidos, portaram-se galharda- mente, demonstrando saber acei- tar a superioridade do adversário, E' de facto assim que deve ser compreendido o desporto.
O público vibrou intensamente com as corridas, demonstrando que o atletismo é modalidade do seu agrado. E realmente a exibi-
ção dos atletas do Benfica, como dalguns dos outros dos outros, foi de molde a interessar,
A-pesar-de ainda estar longe a época, os atletas provaram for- ma apreciável, revelando trabalho.
Os elementos novos da equipa do Benfica estiveram em evi- dência.
Matos Fernandes, um rapaz de «gabarit» impressionante, fez nos 30U metros uma corrida que ma- ravilhou os espectadores. E houve razão para isso. E' um jovem que dá bem a noção de beleza do Atletismo.
Harmonia de todos os movi- mentos, facilidade de execução e belíssima velocidade. A sua pas- sada— enorme e fácil — impres- siona.
Miranda fez nos dois quilóme- tros uma corrida que o classifica. Já numa vez dissemos estar ali um corredor de 1.500 e 5.000 metros de grande valor. Cada cor- rida de Miranda dá-nos mais razão. Todos os andamentos lhe convêm. E é extraordinariamente rápido e com um gôsto pela luta que é grande triunfo para um cor- redor de meio-fundo longo.
No seu estilo há ainda pontos a corrigir — o principal dos quais é um ligeiro saltar—mas o estôfo atlético é do melhor que tem apa- recido entre nós.
Nos elementos consagrados, Barreiros Gomes e Glória Alves continuam grandes detentores da velocidade prolongada.
Fernando Ferreira fez uns 200 metros muito bons, notando-se-lhe, no entanto, exagero de inclinação do tronco á frente.
Mira Barroso correu os 100 metros com facilidade. Liberdade de movimentos, passada certa — que não tinha — e velocidade magnifica.
Felgas, que durante o inverno ganhou uns cinco quilos preciosos, continua sendo uma das melhores realidades do nosso atletismo.
Joaquim Antunes e Borges da Silva fizeram provas interessantes, posto que a boa forma ainda esteja longe. Antunes com boa passada mas «saltando* dema- siadamente, sobretudo no princí- pio da corrida.
André afirma-se um homem de velocidade prolongada de grande futuro. Em relação ao ano passado — a sua primeira época — progre- diu em facilidade de execução.
Alguns atletas dos outros clu- bes também agradaram.
O Internacional teve em Cosme Benito e em Amaral os seus me- lhores corredores. Benito fez uns 400 metros como não esperáva- mos. E Amaial revelou qualida- des de «sprinter» a aproveitar.
0 «acelista» Ardisson, em boa fisica e com evidente progresso de estilo, correu, no entanto, abaixo das suas possibilidades. E' atleta que vale muito mais do que demonstrou no domingo.
Do grupo do Ateneu há ainda
a notar a facilidade com que o saltador em altura Plácido cobriu 300 metros e as aptidões do «sprinter» Marques — que tem estôfo — de Prazeres Pinto e de Mascarenhas.
Na estafeta do meio-fundo o belenense Alberto de Oliveira fez corrida interessante, ainda que a distancia de 1.000 metios seja curta para ele. O principiante Justo é que correu menos do que pode.
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*|| OS AGUIAS ||= 14/4/940
H O C K E V
Futebol Benfica venceu H.
0. P. nos [únicos desafios
da terceira jornada do cam-
peonato de Lisboa —em campo
2*5
A terceira «ronda» do ló.*1 cam- peonato lisbonense de hockey em campo, foi apenas preenchida com as partidas—de fhonra e reserva —entre os «teams» do Hockey C. P. e do Futebol Benfica, dis- putadas no campo «Francisco Lá- zaro». A jornada ficou assim in- completa, em virtude de não se terem efectuado os jogos Benfica • Cif» marcados para a Estrêla, a pedido do S. L. B., que no do- mingo começou as comemorações do seu 36.° aniversario.
O Futebol Benfica, patenteando nítida superioridade, venceu am- bos os desafios: em honra por 4-1 e em reserva por 3-0.
A classificação, depois destes jogos, ficou ordenada da maneira seguinte:
* * *
Para o desafio de «teams» de honra, alinharam:
HOCKEY — Amadeu, Antonio Campos e Julio Alves, Jorge Cos- ta, João Cruz e Raimundo Duarte, Manuel Carapito, Antonio Leite, Belem Rodrigues e Xavier.
FUTEBOL BENFICA —José Vaz, Américo e José Eugénio, Rodolfo, Espirito Santo e Men- donça, Perna, Silveira, Humberto Olivério e Fernando Pereira.
Na primeira parte, os benfi- quenses fizeram um «goal»—a cinco minutos do intervalo, por intermédio de Humberto.
A segunda parte foi de comple- to domínio dos campeões de Lis- boa. O Hockey, privado a certa altura do concurso de Julio Alves — que abandonou o terreno para ir jogar basket. . —lutou com de- nodo por melhor resultado. No No entanto, o Futebol Benfica ti- nha já feito três «goals• mais, no breve espaço de cinco minutos — por Oliverio, Silveira e Rodolfo— e perto do final os «hockistas» alcançaram o seu único ponto, da autoria de Belem Rodrigues.
Arbitraram, a pedido, os srs, Alfredo Fernandes (Batalha) e Manuel Rocha, na falta dos árbi- tros nomeados pela Associação.
Em reservas o Futebol Benfica venceu com facilidade, marcando três «goals» antes do intervalo — por Artur Coucelo, no primeiro minuto, Mario Ooulão e Justino Coucelo, cerca do final da pri- meira parte — descendo depois sôbre o resultado no segundo tempo.
Arbitrou o sr. António Fernan- des, apresentando a equipa ven- cedora a formação seguinte: — José Gomes; Manuel Rocha e
Sidónio Serpa; Rui Tiburcio, Henrique Cabral e Victor Carva- lho; Francisco Ferreira, Mário Goulão, Artur Coucelo, Justino Coucelo e Cesário Ferreira.
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Entre os principais estabelecimentos que se dedicam á vulcanização de pneus, a "Vulcanização de Santa Marta" esplendidamente instalada na Rua de Sania Marta, 230, Telefone 40842 ocupa um lugar de merecido destaque. As suas oficinas estão apetrechadas com aparelhagem moderna. Nelas, ope- rários competentes e adestrados, exe- cutam os mais variados consertos em camaras de ar e pneus de todas as dimensões, com a máxima perfeição.
A "Vulcanização Santa Marta" pertence ao sr. Jacinto S. Ricardo um técnico vulcanizador, profundo conhe- cedor do ramo em todos os seus segre- dos a que há dezenas de anos se dedica. A vulcanisação é feita empregando só materiais de incomparável resistência, pelo processo de moldagem que, além de dar aos pneus uma resistência per- feita, tem ainda a vantagem de não os deformar.
Na visita que fizémos a esta oficina assistimos a um trabalho de vulcaniza- ção que honra sobremaneira a "Vulca- nização Santa Marta". Operários há- beis, sob a direcção do sr. JACINTO S. RICARDO, procediam á vulgani- zação de pneus com 1 metro e cincoenta por cincoenta centímetros de largo 118 X 24) pertencentes ás escavadoras da Auto-Éstrada. Este trabalho que põe á prova a competência do Sr. JA- CINTO S. RICARDO, é feito com grande cuidado e atenção, utilisando aparelhagem especialmente destinada para a vulcanização de pneus de gran- des dimensões.
Devemos elucidar ainda, que a "Vul- canização Santa Marta" é a ÚDica ca- sa no género que possue aparelhagem para a vulcanização dêsses pneus.
ABRIL, 9. — Jogaram no campo das Pratas os grupos do Sporting Ribeirense, da Ribeira de Santa- rém, e do Sport Lisboa e Cartaxo.
O desafio foi disputado com entusiasmo e correcção e o S. L. Cartaxo venceu por 2-1.
Salientaram-se, no grupo ven- cedor, os defesas e avançado cen- tro; do vencido, agradou o traba- lho dos defesas e guarda-rêdes.
OPTIMA
0Tipográfica 0
Traba I hoç
ipograficcO
58 2*2
mm.
Travessa Arco fla Graça
(A RUA DA PALMA)
Associação de Tiro
Pode considerar-se uma reali- dade a fundação da Associação do Tiro Desportivo de Lisboa. O sr. governador civil já deu o despacho favorável a esta iniciativa.
O trio desportivo, ou reduzido, vai entrar numa nova fase; acção intensa. Passará a desporto devi- damente organizado e disciplinado.
Até aqui, a-pesar do entusias- mo verificado, havia vários defei- tos, sendo um dos mais importan- tes a confusão das organizações no aspecto regulamentar.
A fundaçãa do novo Organismo contribuirá para a expansão do tiro reduzido. Para já a disputa do Campeonato de Lisboa.
A comissão organizadora nome- ada em começos de 1939 vai dar contas da sua tarefa no proximo dia 20.
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homens de peso do Benfica
sem conta, uem peso, nem medida
Domingos Pereira WenCESlaa Florindo ia Costa
Nunca foi presidente do Minis- tério, nem coisa que com isso se parecesse. A sua estatura anda à roda do metro e qualquer coisa, o chamado metro, virgula tal.
O Tal é o segredo que ele não confessa.
Elemento que joga actualmente nas reservas do Conselho Fiscal, é capaz de fiscalizar qualquer dia no team de honra.
E è assim mesmo.
Este homem é a nossa desgraça por causa do nome.
Faz-nos impressão aquelas ini- ciais e ainda com o Florindo ao meio.
O Wenceslau não é de gêssso nem de pau, é cronometrista.
Trata por tu os quintos de se- gundo, as horas são damas da sua estimação e a volta a Portugal dentro duma barraca, o seu sonho dourado.
O volume dele é avantajado.
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JOSE MARIA NICOLAU
Albano Pimenta Araújo
Um atleta completo. A sua es- tatura permite-lhe passar por bai- xo da barra a um metro e vinte.
Porém é forte, exageradamente forte, para não lhe chamarmos bucha.
É relator pela mesma razão de ser Albano. Não tem culpa disso.
A VIDA Em dois momentos se reparte a vida, Atenta bem no que ambos êles são: O passado, quimera vã, perdida; O futuro, um desejo, uma ilusão.
A. Castro
DIRECÇÃO
Augusto da Fonseca
Coimbra menina e moça Onde a aguia faz o ninho Não há terra como a nossa Lá viveu o Passarinho
Aquela varinha de condão que usa aos dias úteis, domingos e feriados. Pesa 4 kilos, oitocentas e cincoenta gramas, faz milagres, há-de fazer milagres, quando não... há pé de vento garantido.
Pesa, e é que pesa mesmo.
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O Benfica teve no Domingo a sua (Festa de Familia) — festa do seu 36.° aniversário. Esteve ani- mada e foi por assim dizer, pas- sada entre caras conhecidas. Em- bora, sem a assistência dos gran- des dias, o festival conseguiu, mesmo assim, atrair regular pú- blico.
A parada atlética agradou imen- so. Todas as secções do club se fizeram representar largamente. Participaram no desfile, os cursos de Gimnástica Infantil Feminina e Masculina e as Secções de Ciclis- mo, Futebol, Atletismo, "Rugby", "Hockey", "Basquet", "Tiro" e "Ping-Pong". Três centenas de atletas marchando garbosamente, com agradavel aprumo.
O equipamento irrepreensivel- mente limpo, bem arranjado, pro- duziu o melhor efeito.
O professor Rebêlo de Almeida dirigiu, com acerto, a parada e o desfile atlético.
* * *
O terno de clarins e a banda de música do Centro Escolar da Mo- cidade Portuguesa da Escola Pro- fissional D. Maria Pia, emprestou alegria e marcialidade ao desfile dos atletas do popular club. Após a parada, o curso de Gimnástica dos adultos, dirigido pelo prof. Rebêlo de Almeida exibiu-se com brilho. Crisostomo Teixeira
Vai ser demolido o Campo das Amoreiras
Não acreditávamos, que o ca- martelo municipal, destrui-se o campo atlético do Benfica, por- quanto ao verificarmos o traçado da auto-estrada e dos arruamentos que lhe vão dar acesso, via-se que não havia necessidade de inutili- zar totalmente èste terreno des- portivo, porquanto era fácil tor- nar as dificuldades, arrumando de maneira diferente o campo das Amoreiras, de modo que o Ben- fica não fosse obrigado a deslo- car-se para o "Campo 28 de Maio" para o terreno, que inicialmente foi pertença do Lisboa Foot-Ball Club e depois por largos anos, do Sporting, que ainda lá tem insta- lada a "caserna" dos seus profis- sionais. ..
A demolição do campo das Amoreiras, é para o Benfica um caso sério, devido á popularidade que o club disputava no bairro, devido a ter lá instalado o seu terreno de jogos, são algumas centenas de sócios, que apezar de tudo, deixarão de serem socios, porque já não podem reunir o util ao agradavel -..
A história do campo das Amo- reiras é fácil de fazer-se... serviu para os sócios do Benfica de- monstrarem a sua amisade clu- bista. quando alguns dirigentes sonharam, entre eles o Cosme Damião, construir um Estádio, durante dias a romaria de sócios que se deslocou á antiga sede do Sport Lisboa, a admirar os "pro- jectos do Estádio a construir" de- monstrou com eloquência que o Benfica era de facto um club popular.
Mas o projecto da construção do Estádio, foi posta de lado e trabalhou-se para saldar a divida existente com a Caixa Geral dos Depósitos, para depois se pensar, satisfeitos todos os cumpromissos, da construção .de um verdadeiro terreno desportivo.
Infelizmente as receitas não deram para a execução do tal projecto, porque as despesas com a secção de foot-Ball são um caso sério e o Benfica limi-
tou-se a ter nas Amoreiras um arrumado de campo atlético sem comodidades para o público, mas que para os sócios do Benfica, representam alguma coisa, porque era seu...
No terreno das Amoreiras dis- putou-se vários jogos, cujos re- sultados aindam perduram... a derrota do Sporting por 4-1 com um grupo salpicado de estran- geiros ... as derrotas recebidas pelo campião do Norte, por resul- tados pequeninos... a exibição do Vasco da Gama... e tantas jornadas de emoção, que com os olhos marejados de lagrimas os sócios do Benfica recordarão...
Na necessidade de alinhar, esta cidade que o Tejo beija e a cujos pés soluça de vez em quando, o camartelo municipal, vai destruir o terreno das Amoreiras, no qual com tantas dificuldades, por vezes vencidas, á custa de grande esforço o Benfica edificou o seu campo atlético.
Vai novamente o Benfica mu- dar de residência, de Benfica para Sete Rios, depois novamente para Benfica, depois para as Amorei- ras e agora o Campo 28 de Maio, e 16 anos de anos de lutas, e que os representantes do popular clube conquistaram gloriosos tro- feus e obtiveram para o clube o prestigio que actualmente disputa, condecorado pelo Governo, com a ordem de cristo, bem merecia o Benfica que o seu esforço ti- vesse sido compreendido e de que não tivesse necessidade de andar novamente com a casa ás costas...
A saída do Benfica do Campo das Amoreiras, vai-lhe acarretar de inicio grandes dificuldades, que serão tomadas pela amisade e dedicação que um punhado de socios sente pela colectividade e que os leva por vezes, a pratica- rem verdadeiras façanhas, para que o Benfica caminhe glorioso.
Vai ser demolido o terreno das Amoreiras. Vai o Benfica para o Campo 28 de Maio •. • quem tal diria.
Aníbal Torres