20
G Neste número Um bom exemplo por GONÇALO CALADO . . . . . . . . . . . . . . 2 NOTÍCIAS DO IPM . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 Doutoramento em ambiente empresarial por RITA COELHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 IPM e Universidade Lusófona em expedição no Banco Gorringe por JOSÉ PEDRO BORGES & MÓNICA ALBUQUERQUE . . . . . . . . . 5 Notas sobre a espécie Ponentina subvirescens (BELLAMY, 1839) (Helicidæ: Higromiinæ) por JOSÉ MANUEL MENDES SIMÕES . . . . . 7 Primeiro curso «Introducción à la Paleontología de los Moluscos», Venezuela, Cubagua 2006 por CARLOS MARQUES DA SILVA & BERNARD LANDAU . . . . . . . . . . . . . 10 Congresso Internacional «Atlantic Islands Neogene» por SÉRGIO ÁVILA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 III Workshop «Paleontology in Atlantic Islands» por SÉRGIO ÁVILA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 3º Workshop Internacional de Malacologia e Biologia Marinha por ANTÓNIO M. DE FRIAS MARTINS . . . . 15 2º Workshop Internacional de Opistobrânquios por Manuel ANTÓNIO E. MALAQUIAS . . . 16 A MALACOLOGIA NAS ARTES Santiago, peregrinos e vieiras por CARLOS MARQUES DA SILVA . . . . . . . 17 NOTÍCIAS DO RECTÂNGULO 6 por ANTÓNIO MONTEIRO . . . . . . . . . . . . . 18 INFORMAÇÕES GERAIS — Publicações recentes . . . . . . . . . . 20 Reuniões, Cursos e Exposições . 20 P ORTUGALA n. o 8 * NOVEMBRO 2006 * semestral Noticiário Malacológico INSTITUTO PORTUGUÊS DE MALACOLOGIA Membro filiado da UNITAS MALACOLOGICA Editorial IPM tem novas instalações dentro do Z OOMARINE , uma nova área bastante mais espaçosa com uma sala ampla onde se instalou a biblioteca, toda ela já catalogada e devidamente organizada, um laboratório e um espaço de trabalho com várias secretárias. É nossa ambição que a melhoria das instalações constitua um pólo de atracção para que mais sócios e estudantes continuem a utilizar o IPM no desenvolvimento dos seus trabalhos. Nesta perspectiva é com grande satisfação que o IPM recebe o seu primeiro estudante de doutoramento (RITA COELHO) que nos próximos quatro anos fará uso das instalações para realizar as suas experiências e investigação. O ano de que se aproxima é ano de congressos: Para além no Mundial, em Antuérpia, no mês de Julho; teremos, mais lá para o final do ano, o Nacional. Ambos, serão oportunidades de excelência para promover a Malacologia que por cá se faz, revermos colegas e fazermos, seguramente, novos contactos para futuras e pródigas parcerias. Fica desde já aqui o repto para irmos pensando nestes eventos e preparando as nossas apresentações. A todos votos de Boas Festas e de um Excelente 2008. O EDITOR O

PORTUGALA · 2018. 11. 5. · PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006 3 Notícias IPM casa nova! No passado dia 20 de Julho, o ZOOMARINE inaugurou as novas instalações técnicas de apoio

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  • Neste número

    Um bom exemplopor GONÇALO CALADO . . . . . . . . . . . . . . 2

    NOTÍCIAS DO IPM . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3Doutoramento em ambiente empresarial

    por RITA COELHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4IPM e Universidade Lusófona

    em expedição no Banco Gorringepor JOSÉ PEDRO BORGES

    & MÓNICA ALBUQUERQUE . . . . . . . . . 5Notas sobre a espécie Ponentina

    subvirescens (BELLAMY, 1839)(Helicidæ: Higromiinæ)por JOSÉ MANUEL MENDES SIMÕES . . . . . 7

    Primeiro curso «Introducciónà la Paleontología de los Moluscos»,Venezuela, Cubagua 2006

    por CARLOS MARQUES DA SILVA& BERNARD LANDAU . . . . . . . . . . . . . 10

    Congresso Internacional«Atlantic Islands Neogene»

    por SÉRGIO ÁVILA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13III Workshop

    «Paleontology in Atlantic Islands»por SÉRGIO ÁVILA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

    3º Workshop Internacionalde Malacologia e Biologia Marinha

    por ANTÓNIO M. DE FRIAS MARTINS . . . . 152º Workshop Internacional

    de Opistobrânquiospor Manuel ANTÓNIO E. MALAQUIAS . . . 16

    A MALACOLOGIA NAS ARTES

    Santiago, peregrinos e vieiraspor CARLOS MARQUES DA SILVA . . . . . . . 17

    NOTÍCIAS DO RECTÂNGULO 6por ANTÓNIO MONTEIRO . . . . . . . . . . . . . 18

    INFORMAÇÕES GERAIS— Publicações recentes . . . . . . . . . . 20— Reuniões, Cursos e Exposições . 20

    PORTUGALAn.o 8 * NOVEMBRO 2006 * semestral

    Noticiário MalacológicoINSTITUTO PORTUGUÊS DE MALACOLOGIA

    Membro filiado da UNITAS MALACOLOGICA

    Editorial

    IPM tem novas ins ta la çõ e s den t r o doZOOMARINE, uma nova área bastante maisespaçosa com uma sala ampla onde se instalou

    a biblioteca, toda ela já catalogada e devidamenteorganizada, um laboratório e um espaço de trabalhocom várias secretárias. É nossa ambição que amelhoria das instalações constitua um pólo de atracçãopara que mais sócios e estudantes continuem a utilizaro IPM no desenvolvimento dos seus trabalhos. Nestaperspectiva é com grande satisfação que o IPM recebeo seu primeiro estudante de doutoramento (RITACOELHO) que nos próximos quatro anos fará uso dasinstalações para realizar as suas experiênciase investigação.

    O ano de que se aproxima é ano de congressos:Para além no Mundial, em Antuérpia, no mês deJulho; teremos, mais lá para o final do ano, oNacional. Ambos, serão oportunidades de excelênciapara promover a Malacologia que por cá se faz,revermos colegas e fazermos, seguramente, novoscontactos para futuras e pródigas parcerias. Ficadesde já aqui o repto para irmos pensando nesteseventos e preparando as nossas apresentações.

    A todos votos de Boas Festas e de umExcelente 2008.

    O EDITOR

    O

  • 2 PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006

    DEPOIS destes anos todos a arrumar a casa e a estrutura,teremos de ser mais engenhosos em conseguirdesculpas para não fazer coisas. Dinheiro à parte oua falta dele, no que à malacologia portuguesa diz

    respeito, julgo não ser a falta de ideias o principal problema.

    Antes sim, a mobilização individual com muito pouca tradição

    no nosso país. Ainda assim, os investigadores do

    IPM têm contribuído para grandes avanços no

    conhecimento da malacologia a nível internacional,

    como é visível pelas suas publicações. Destaco em

    tradução livre o que Ángel Valdés, investigador

    do Museu de Los Angeles diz no prefácio do

    catálogo de opistobrânquios ibéricos, acabado

    de publicar: …actualmente, existem mais

    investigadores de opistobrânquios activos em

    Espanha e Portugal do que no resto dos outros

    países todos em conjunto… Isto significa a criação de escola,

    de transmissão de conhecimento de uma maneira estruturante.

    Só assim é possível que uma estrutura guardiã de algum

    conhecimento científico não tenha fim. Que venham mais bons

    exemplos.

    Um bomexemplo

    por GONÇALO CALADOPresidente da Direcção

    PORTUGALA n.o 8 * NOVEMBRO 2006 * semestral ISSN 1645-9822 * Depósito Legal 210446/04Noticiário Malacológico do INSTITUTO PORTUGUÊS DE MALACOLOGIADirector: GONÇALO CALADO * Secretário: JOAQUIM REIS * Editor: MANUEL ANTÓNIO E. MALAQUIAS

    Colaboram neste número: ANTÓNIO M. DE FRIAS MARTINS ([email protected]) * ANTÓNIO MONTEIRO ([email protected]) * BERNARD LANDAU ([email protected]) * CARLOS MARQUES DA SILVA([email protected]) * GONÇALO CALADO ([email protected]) * JOSÉ MANUEL MENDESSIMÕES ([email protected]) * MANUEL ANTÓNIO E. MALAQUIAS ([email protected]) *JOSÉ PEDRO BORGES ([email protected]) * MÓNICA ALBUQUERQUE ([email protected])* RITA COELHO ([email protected] * SÉRGIO ÁVILA ([email protected]) * gráfico: M. M. MALAQUIAS

    INSTITUTO PORTUGUÊS DE MALACOLOGIAZoomarine - E. N. 125 km 65 - Guia - 8200-864 ALBUFEIRA - PORTUGALTel: 967 950 055 * Fax: 289 560 308 * E-mail: [email protected]

    O IPM é apoiado pelo Fundo de Apoio à Comunidade Científica, da Fundação para a Ciência e Tecnologia

  • PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006 3

    Notícias IPMcasa nova!

    No passado dia 20 de Julho,o ZOOMARINE inaugurou as novasinstalações técnicas de apoio aoBem-Estar Animal. É nestasnovas instalações que o IPM temagora a sua sede no primeiro pisocomposta por um laboratório,uma sala de biblioteca e uma áreade escritório, devidamente equi-padas com ar condicionado.Temos nestas novas infra--estruturas a companhia doDepartamento Veterinário, dossectores dos Mamíferos Mari-nhos, Curadoria e Serviço deSanidade do ZOOMARINE.

    Este edifício apresenta ainda uma sala de reuniões e uma sala destinada à formaçãointerna dos colaboradores, equipada com ar condicionado e equipamento multimédia,para o melhor aproveitamento dos formandos.

    Convidamos, todos os sócios, a virem visitar a nova casa do IPM!

    Vista parcial da biblioteca do IPM

    Vem aí oCONGRESSOPORTUGUÊS

    DE MALACOLOGIA2007

    Outubro/Novembro 2007

    Organização: INSTITUTO PORTUGUÊS DE MALACOLOGIA

  • APÓS a espera quase desesperante pelo resultadodo concurso a uma bolsa de doutoramentoem ambiente empresarial da Agência deInovação, as notícias foram muito boas!

    Ultrapassada a imensa maratona burocrática inerentea todo o processo, podemos iniciar os trabalhosno passado mês de Outubro.

    Este projecto tem como tema «Avaliação do poten-cial de cultivo de Moluscos Gastrópodes com interesse

    para a indústria aquariófila» e surge com o objectivo dedar resposta à solicitação crescente que a indústria daaquariofilia faz de espécies de gastrópodes menoscomuns, como sejam os nudibrânquios pelo seu imensovalor ornamental e espécies detritívoras ou comedorasde algas, que possam integrar as bio-equipas de limpezados aquários de água doce e salgada.

    São três as espécies alvo propostas, para os estudosa desenvolver neste projecto:

    — Aeolidiella alderi COCKS, 1852 — molusco opisto-brânquio (nudibrânquio). Alimenta-se de ané-

    monas de vários géneros, o que potenciao seu uso como controlador de pragas,como sejam crescimentos descontrolados deAiptasias sp.;

    — Hypselodoris villafranca RISSO, 1818 — umdos mais bonitos nudibrânquios da famíliaChromodorididae do grupo cromáticoazul. Alimenta-se de esponjas do género

    Dysidea e apre-senta desen-v o l v i m e n t odirecto. Seráa «jóia dac o r o a » d eq u a l q u e raquário ondeseja exibido;

    — Pomacea bridgesiiR E E V E ,1 8 5 6 —m o l u s c op r o s o -b r â n q u i oconhec idoc o m o« c a r a c o lm a ç ã » .Estes cara-m u j o s d eágua doce

    são muito comuns em diversas áreas tropicais esubtropicais e alimentam-se de detritos vegetais.

    Vão ser descritos estudos específicos de ciclos devida, de desenvolvimento larvar e experiências deoptimização de cultivo que permitirão aumentarde forma significativa o conhecimento actualmenteexistente sobre as espécies de gastrópodes selec-cionadas.

    Os trabalhos serão desenvolvidos nas instalações doInstituto Português de Malacologia, no Zoomarine, e naUniversidade do Algarve.

    4 PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006

    Doutoramento em ambiente empresarial

    por RITA COELHOInstituto Português de Malacologia

    Pomaceabridgesi

    em aquáriono IPM

  • ALusoExpedição 2006 foi um sucesso! Namanhã de 2 de Junho, cinquenta e duas pessoasembarcaram a bordo do Creoula. Professorese alunos da Universidade Lusófona, investi-

    gadores, mergulhadores, jornalistas e operadores decâmara, para registar todo o acontecimento, e claro estáuma delegação do Instituto Português de Malacologia.Depois de todos devidamente instalados a bordozarpamos em direcção ao Banco Gorringe, destino danossa expedição científica. Objectivo, estudar a faunadaquele local pouco visitado até à data.

    Com o marmagníf ico e umpouco de vento afavor estávamos apreparar o primeiromergulho no picoGettysburg comum dia de avançosobre o calendárioprevisto. A cerca dequarenta metros deprofundidade esper-ava-nos uma pais-agem magnífica depicos cobertos porgrandes quan-tidades de algas,intercalados porprofundas ravinas.Sobre as algas depa-ramo-nos com umagrande quantidadede exemplares do género Calliostoma cuja identificaçãonão nos foi possível determinar. Apesar de não sera primeira vez que esta espécie era observada,pois já tinha sido recolhida em expedições anteriores,é possível que estudos futuros revelem tratar-sede uma espécie nova. Também nos chamaramatenção alguns exemplares de Haliotis com dimensõesgigantes, atingindo algumas conchas doze centímetros.Estudos genéticos poderão determinar se esta popu-lação está re lac ionada com as populações deH. tuberculata do continente europeu ou aparentada

    com as populações de H. tuberculata coccinea das ilhasda Macaronésia. No curto tempo disponível para per-manecer no fundo a estas profundidades, foiainda possível recolher algas, efectuar raspagem e esco-vagem de pedras e ainda recolher detrito arenoso. Noregresso à superfície fomos acompanhados por car-dumes de centenas de lírios que curiosamente nosacompanharam durante todos os mergulhos que efectu-amos.

    Durante os quatro dias que permanecemos na áreaem estudo, realizamos dois ou três mergulhos diários,

    visitando tambémo pico Ormonde.

    As amostras re-colhidas em cadamergulho foramcr i t e r io s amenteseparadas no con-vés do navio, pre-servadas em álcoole cuidadosamenteetiquetadas parafuturo estudo emlaboratór io. Osexemplares quenos pareciam maisinteressantes eramseparados e leva-dos para o labo-ratório de cam-panha, instalado nabiblioteca do navio,para serem obser-

    vados na lupa binocular e fotografados os animaisainda em vida.

    Entre as amostras observadas ainda a bordo, encon-tramos exemplares de uma espécie do género Jujubinus ede outra do género Setia que não nos foi possível iden-tificar e que poderão ser também espécies ainda nãodescritas. Também nos chamou a atenção uma espécieda família Triphoridæ, Similiphora triclotæ, descrita porPhilippe Bouchet a partir de exemplares recolhidos emSagres e Ceuta na costa atlântica de Marrocos, referindoser uma espécie rara. Nas amostras por nós recolhidas

    PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006 5

    IPM e Universidade Lusófonaem expedição malacológica

    no Banco Gorringepor JOSÉ PEDRO BORGES & MÓNICA ALBUQUERQUE

    Instituto Português de Malacologia

    Jujubinus sp.

  • 6 PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006

    esta espécie é a mais abundante entre a famíliaTriphoridæ. Será o Banco Gorringe o centro de disper-são da S. triclotæ?

    Como balanço provisório, baseado nas espécies quefoi possível identificar a bordo, constatamos que foram

    recolhidas vinte e duas dasquarenta e quatro espécies demoluscos referenciadas anteri-ormente para o BancoGorringe e vinte e quatro queconstituem novas ocorrênciaspara a área em estudo. Aotodo foram identificadasquarenta e seis espécies demoluscos no material pornós recolhido, o que aumentapara sessenta e oito o númerototal de espécies conhecidasaté ao momento no BancoGorringe.

    Prossegue ag ora nolaboratório da UniversidadeLusófona o trabalho detriagem das amostras paraelaboração de uma listacompleta das espécies demoluscos recolhidas durantea LusoExpedição 2006.A comparação destes

    dados com os dados faunísticos do continenteeuropeu e das ilhas da Macaronésia poderádar indicações sobre a importância destesbancos submarinos no processo de dispersãodas espécies.

    Os participantes, da esquerda para a direita: atrás, Ana Neves, Bruno Jesus.No meio: Gonçalo Calado, António Vitorino, Inês Tojeira, José Pedro Borges, Alberto Fernandes

    e Mónica Albuquerque. Em baixo: Ricardo Neves.

    INSTITUTO PORTUGUÊS DE MALACOLOGIAZoomarine - E. N. 125 km 65 - Guia - 8200-864 ALBUFEIRA - PORTUGALTel: 967 950 055 * Fax: 289 560 308 * E-mail: [email protected]

    Proposta de Sócio / Membership ApplicationNome completo / Full name _________________________________________________________Data de nascimento / Date of birth _____/___/____ Nº B.I. / Passport number ___________________Morada / Address: _______________________________________________________________

    Código Postal / Post code ___________________ Correio electrónico / E-mail ________________________ Telefone / Phone __________________Habilitações / Title ______________________ Profissão / Occupation ________________________Assinatura do proponente / Signature __________________________________________________

    Quota 2007: Sócio efectivo: 20 Euros; Sócio aderente individual: 20 Euros; Sócio aderente colectivo: 50 Euros;Sócio estudante 10 Euros (neste caso juntar cópia de comprovativo da situação de estudante).

    Subscription for 2007: Executive member: 20 Euros; Ordinary member: 20 Euros; Institutional member: 50 Euros;Student member: 10 Euros (please add copy of student ID card or other student status evidence).

    Formas de pagamento: Numerário; cheque ou vale postal em nome do INSTITUTO PORTUGUÊS DE MALACOLOGIA.Methods of payment: Cheque, money or postal order payable to the INSTITUTO PORTUGUÊS DE MALACOLOGIA.Enviar para / Send to: INSTITUTO PORTUGUÊS DE MALACOLOGIA

    ZOOMARINE E.N. 125, Km 65 - Guia — 8200-864 ALBUFEIRA — PORTUGAL

  • Abstract

    It is described a population representativeof the form once designated as Helix platylasiaBOURGUIGNAT in CASTRO, 1887, abundant at Serra deMontejunto. Diferences and similarities with theform here considered as the tipical Ponentina sub-virescens (BELLAMY, 1839) found in Portugal areanalysed.

    Aespécie Ponentina subvirescens (BELLAMY, 1839)apresenta-se na natureza sob formas e dimen-sões bastante variáveis, conduzindo aoestabelecimento de mais de duas dezenas de

    designações sinónimas:

    Helix revelata FÉRUSSAC, 1821Helix subviridis BELLAMY, 1841Helix occidentalis RÉCLUZ, 1845 Helix ponentina MORELET, 1845 Helix lisbonensis PFEIFFER, 1846Helix montivaga WESTERLUND, 1876

    Helix conimbricensis CASTRO, 1877 Helix martigenopsis SERVAIN, 1880Helix salmurensis SERVAIN, 1880 Helix salmurina SERVAIN, 1881 Helix ptilota BOURGUIGNAT, 1882Helix venetorum BOURGUIGNAT in LOCARD, 1882 Helix villula BOURGUIGNAT in LOCARD, 1882 Helix saxivaga MALTZAN, 1885Helix cinetarum MALTZAN, 1885Helix aporina CASTRO, 1887 Helix rosai CASTRO, 1887Helix nevesiana CASTRO, 1887Helix platylasia BOURGUIGNAT in CASTRO, 1887Helix ponsombyi WESTERLUND, 1888Helix aghardi PALLARY, 1898Helix labiosa LOCARD, 1899Helix utriculina LOCARD, 1899 Helix atachypora BOURGUIGNAT in LOCARD, 1899

    Dos sinónimos apresentados queremos salientar aforma que originou a designação Helix platylasia

    PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006 7

    Notas sobre a espéciePonentina subvirescens (BELLAMY,1839)

    (Helicidæ: Hygromiinæ)por JOSÉ MANUEL MENDES SIMÕES

    Fig. 1 — Fotografia de exemplar do lote n.º 278 da colecção de José da Silva e Castro,gentilmente cedida pelo Museu de Zoologia da Faculdade de Ciências do Porto

  • 8 PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006

    BOURGUIGNAT in CASTRO, 1887. Trata-se dumaforma extrema da espécie – pelo menos assimtem sido considerada – da qual podemosencontrar populações, entre outros locais, naSerra de Montejunto. Na colecção de José da Silvae Castro estão dois lotes com exemplares assim identifi-cados.

    A descrição original de Helix platylasia foi feitapor BOURGUIGNAT sobre exemplares do Norte deÁfrica, e publicada em 1887 em trabalho de Joséda Silva e Castro onde se refere, entre outrosaspectos, que a concha é de espira comprimida,quase plana, descendo a última volta em direcção à abertura, primeiro de forma gradual e depois deforma mais pronunciada. A abertura é oblíqua,pouco ampla, bem redonda, com os bordosmarginais bastante próximos. A concha é cobertapor pequenos pêlos esbranquiçados quase sempre deita-dos sobre a concha. Também LOCARD (1899)refere a espécie para Portugal salientando o trabalhode CASTRO.

    A referência n.º 278 da colecção de José da Silvae Castro que reproduzimos na Fig. 1 mostra-nos um

    exemplar com a concha ainda não totalmente formada,mas que consideramos idêntica aos exemplares quetemos encontrado na Serra de Montejunto (Fig. 2).Por outro lado, o outro exemplar da colecção com a des-ignação de H. platylasia parece-nos diferente (referêncian.º 356), sendo provavelmente um juvenil típico dePonentina subvirescens (BELLAMY, 1839), ainda que com aespira pouco elevada.

    Os exemplares adultos e de concha completamenteformada da Serra de Montejunto apresentam umaconcha de espira plana, de voltas com ombros bemredondos, quer superiormente quer inferiormente,originando uma sutura bem marcada. A última voltadesce, primeiro lentamente e na fase final maisabruptamente, em direcção à abertura que é redondae ampla, sendo o peristoma cortante, frágil einterrompido, reflectido mais na face inferior (talcomo acontece nos exemplares típicos de Ponentinasubvirescens (BELLAMY, 1839), deixando ver perfeitamenteum umbigo fundo que representa cerca de 1/6 dodiâmetro da concha. Não observámos espessamentosignificativo do lábio em nenhum dos exemplares obser-vados, independentemente da época do ano em que se

    Fig. 2— Fotografiade exemplar típicoda populaçãoque se encontrana Serrade Montejunto

  • fizeram as observações, ao contrário do que acontececom os exemplares típicos de Ponentina subvirescens(BELLAMY, 1839) onde e existência de uma varizbranca é regra. Todos os exemplares vivos apre-sentam pêlos longos, bem espaçados, com tendênciaa encurvar na extremidade; tais pêlos estão dispostosem filas oblíquas, bem espaçadas, quase perpen-diculares às estrias de crescimento; em ambas as popu-lações há a tendência para os pêlos desapare-cerem nos exemplares adultos e completamente forma-dos. Os exemplares adultos que observámostêm dimensões que se situam entre os 6 e os 8 mmde diâmetro. Contrariamente ao que se observanos exemplares típicos de Ponentina subvirescens(BELLAMY, 1839), nunca conseguimos observar a bandaligeiramente mais clara que percorre a periferia da última volta, resultante de duas zonas paralelasmais escuras que limitam entre si uma zona maisclara. A observação dos bordos marginaispermite-nos constatar que na populaçãoda Serra de Montejunto eles se apresentam,de uma maneira geral, mais próximos do que naforma típica.

    Apesar de ser inquestionável a alta variabilidade daespécie Ponentina subvirescens (BELLAMY, 1839), cujaforma aqui considerada típica representamos na Fig. 3,é sempre com alguma relutância que identificamos osexemplares, tão abundantemente encontrados na Serrade Montejunto, como sendo desta espécie. Tal deve-senaturalmente às dúvidas que ainda subsistem e hão-desubsistir enquanto não se fizerem estudos mais detalha-dos, nomeadamente análises ao nível molecular, quevenham a mostrar que os exemplares há mais de umséculo designados de Helix platylasia BOURGUIGNAT inCASTRO, 1887 são sinónimos de Ponentina subvirescens(BELLAMY, 1839).

    Bibliografia

    LOCARD, A., 1899 - Conchyliologie Portugaise – les coquilles terrestresdes eaux douces et saumâtres. Extrait des Archives du Muséumd’Histoire Naturelle de Lyon, t.VII.

    CASTRO, J. da Silva e, 1877 - Contributions à la faune malacologique duPortugal (suite). II - Helices du groupe de la revelata. III - Planorbesdu groupe du Dufouri. IV - Helices du groupe de la pygmaea. Jornalde Sciencias Mathematicas, Physicas e Naturaes, Vol. XI (44): 232-249.

    PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006 9

    Fig. 3— Fotografiade exemplar típico

    da populaçãoque se encontra

    na Serrade Montejunto

  • 10 PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006

    AS CARAÍBAS

    Águas tropicais, quentes, límpidas, de uma soberbacor turquesa. Praias desertas de areia branca imaculada,coralígena, franjadas por coqueiros frondejantes.Fundos coralinos impolutos povoados por miríades demoluscos exibindo magníficas conchas multicolores.Gente calorosa, franca e hospitaleira. Sim, claro, e rumtambém! Muito rum!

    Mais coisa, menos coisa, este é o quadro queidealizamos quando imaginamos as Caraíbas. Pois bem,se a tudo isto adicionarmos alguns milhares de cactos(sim de cactos!) e fósseis de gastrópodes pliocénicosquanto baste, então teremos o cenário montado parao primeiro curso de «Introducción à la Paleontologíade los Moluscos», realizado nas Ilhas Margarita eCubagua, Venezuela, de 20 a 25 de Fevereiro docorrente ano de 2006.

    O CURSO

    Sob a égide da venezuelana Fundación La Salle deCiencias Naturales e com a organização da Estación de

    Investigaciones Marinas de Margarita (EDIMAR) e doDepartamento e Centro de Geologia da Faculdade deCiências da Universidade de Lisboa, o curso realizou-seem duas fases – introdução teórica e trabalho de campo– na Ilha Margarita e na estação de apoio a actividadesde campo de EDIMAR em Cubagua (estado NuevaEsparta, Venezuela). O curso, dirigido a biólogos,contou com a participação entusiástica e estimulantede uma vintena de estudantes de graduação e de

    pós-graduação (Fig. 1), oriundos, em boa, parte daUniversidade de Margarita (UNIMAR).

    A introdução teórica ao tema decorreu no dia 20de Fevereiro, nas excelentes instalações do Planetáriodo Campus Margarita de EDIMAR, em Punta dePiedras, Ilha Margarita. Esta parte do curso contoucom as intervenções de Carlos Marques da Silva, doCentro e Departamento de Geologia da FCUL(temas leccionados: Fósiles y Paleontologia; Tafonomíay Fosilización; Paleobiología; Paleomalacología),Bernard Landau, colaborador do Centro de Geologiada UL (temas: Moluscos del Neogéneo de Ibéria;Moluscos del Plioceno de Cubagua) e ainda devários investigadores de EDIMAR: J. C. Capelode EDIMAR (Introducción al Curso); J. Buitrago

    Primeiro curso «Introducciónà la Paleontolgia de los Moluscos»

    Venezuela, Cubagua 2006por CARLOS MARQUES DA SILVA1 & BERNARD LANDAU2

    1 Departamento e Centro de Geologia. Universidade de Lisboa. 2 International Health Centres e Centro de Geologia da Universidade de Lisboa.

    Fig. 1 — O animado grupo de campono cenário tipo «Far West»do Cañon de las Calderas,Ilha Cubagua, Caraíbas

  • (Historia de la Oceanografia); W. Olaya (Estratigrafiade la isla de Cubagua).

    O trabalho de campo – recolha, preparação e iden-tificação de fósseis de gastrópodes pliocénicos –decorreu, sob a orientação de Carlos Marques da Silvae de Bernard Landau, na Ilha de Cubagua, cerca de13 km a SO de Margarita. Em Cubagua, uma pequenailha praticamente deserta, apenas com alguns abrigosde pescadores e pouco mais, sem água potável ou luzeléctrica de base, os participantes ficaram alojados nasfrugais, mas acolhedoras, instalações da FundaciónLa Salle, comummente conhecidas como «RancheríaHno. Gines II», destinadas a dar apoio à realização depráticas didácticas e tecnológicas.

    A ilha é magnífica e o seu registo fossilíferoplio-holocénico extraordinário, rico e bem preservado.Em Cubagua afloram rochas da Formação Cubagua(de idade mio-pliocénica) e da Formação Tortuga(holocénica) (Padrón et al., 1993). Os afloramentos daFormação Cubagua cobrem a maior parte da ilha.A formação é, basicamente, composta por doismembros: Cerro Verde (Membro Inferior) e CerroNegro (Membro Superior) (Bermúdez & Bolli, 1969).Em Cubagua apenas está representado o membroCerro Negro. O afloramento mais espectacular da ilhaestá localizado no belo Cañon de las Calderas. É nestelocal que se localiza a secção tipo da FormaçãoCubagua. No cañon a secção aflorante da formaçãoatinge os 82 metros de espessura. É no sector Oestedo cañon, na base da sequência, cerca de 4 a 6 m acimado nível do mar, que se localizam os afloramentos

    mais fossilíferos e foi aí, em sedimentos de idadepliocénica (segundo Padrón et al., 1993), que ostrabalhos de recolha de fósseis de gastrópodes secentraram.

    Os dias em Cubagua começavam cedo. A alvoradaocorria por volta das 6h00 da manhã, invariavelmentecapitaneada pelo chefe da logística na ilha, o nossoincansável colega e co-orientador do curso JuanCarlos Capelo, biólogo marinho de EDIMAR. Apóso pequeno-almoço, embarcávamos rumo ao Cañon delas Calderas, a cerca de 30 minutos de bote da«ranchería» (Fig. 2). Por terra seria uma caminhada decerca de 1h30, pelo meio dos cactos já anteriormentemencionados… O trabalho de campo era duro– temperaturas elevadas, terreno inóspito, muitoscactos, água potável racionada – mas os fósseis erammagníficos e o entusiasmo mais que muito. O regressoà «ranchería» ocorria cerca das 16h00. Ainda haviatempo, antes do jantar, para organizar, limpar e iden-tificar as recolhas do dia (Fig. 3). A jornada terminavacedo, pelos padrões citadinos. Cerca das 22h00 játodos estavam dormindo nos seus sacos-cama ounas suas redes, nas «hamacas», retemperando forçaspara o trabalho do dia seguinte.

    OS RESULTADOSE OS PLANOS PARA O FUTURO

    Como resultado do trabalho de campo foramrecolhidas centenas de exemplares de fósseis de gas-

    PORTUGALA - n.o 6 - Novembro 2006 11

    Fig. 2 — Embarque no bote,ao trabalho de campo

    no Cañon de las Calderas.Ao fundo,

    as instalações da «ranchería»

  • 12 PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006

    trópodes pliocénicos, representando cerca de 115táxones de categoria específica. De salientar a ocor-rência de exemplares de duas novas espécies– Cancellaria (C.) capeloi nov. sp. e Cancellaria (Massyla)cubaguensis nov. sp. – já em publicação (LANDAUet al., in press). Os respectivos exemplares-tipo encon-tram-se depositados nas colecções do MuseoOceanológico Hno. Benigno Roman de EDIMAR,em Margarita.

    Este curso integrou-se num plano mais amplo deestudo da taxonomia e da biogeografia dos moluscosgastrópodes pliocénicos da região caraíbense encetadopor investigadores e colaboradores do Centro e doDepartamento de Geologia da FCUL, em colabo-ração com colegas de EDIMAR. O estudo preliminardo material recolhido durante o período de campodo curso, em conjugação com dados recolhidosanteriormente, permitiu já definir algumas ideiassobre a biogeografia e os padrões de extinçãodos moluscos gastrópodes plio-holocénicos dasCaraíbas, ideias essas entretanto apresentadas emcomunicação ao Ist Atlantic Islands NeogeneInternational Congress, realizado nos Açores (LANDAUet al., 2006).

    O sucesso deste Primeiro Curso de Introduçãoà Paleontologia dos Moluscos deu-nos ânimo,aos colegas de EDIMAR e a nós, do Centro eDepartamento de Geologia da FCUL, para avançarpara o planeamento do Segundo Curso, previsto– se tudo correr como esperado – para Fevereirode 2008.

    AGRADECIMENTOS

    Os autores agradecem à Estación de InvestigacionesMarinas de Margarita, EDIMAR, e à Fundación La Sallede Ciencias Naturales, Venezuela, pelo seu inestimável eentusiástico apoio a este projecto.

    INFORMAÇÃO ADICIONAL

    Página web do Curso:http://correio.fc.ul.pt/~cmsilva/Cubagu06.htm

    Mais fotos do Curso:http://correio.fc.ul.pt/~cmsilva/Venezuel/Venezuel.htm

    Bibliografia

    BERMUDEZ, P. J. & BOLLI, H. M., 1969. Consideraciones sobre los sed-imentos del Mioceno Medio al Reciente de las Costas Central yOriental de Venezuela : Los foraminíferos planctónicos. Boletín deGeología del MMH, 10(20): 137-223.

    LANDAU, B. M.; PETIT, R. E.; & SILVA, C. M. DA, in press. The PlioceneCancellariidae (Mollusca: Gastropoda) of the Cubagua Formation(Cerro Negro Member) from Cubagua Island, with a new speciesfrom the Miocene Cantaure Formation, Venezuela. The Veliger.USA.

    LANDAU, B. M; CAPELO, J. C.; & SILVA, C.M. DA, 2006. Patterns ofextinction and local disappearance of tropical marine gastropods;contrasting examples form across the North Atlantic. First AtlanticIslands Neogene International Congress. Ponta Delgada, Açores, 12-14 deJunho. Abstracts volume, p. 18.

    Padrón, V.; Martinell, J.; & Domenech, R. 1993. The marine Neogeneof Eastern Venezuela. A preliminary report. Ciências da Terra(UNL), 12: 151-159.

    Fig. 3 —Trabalho de gabinete,ao fim do dia, de preparaçãoe identificação do materialrecolhido, na sala de refeições/tra-balho/dormitórioda «ranchería»

  • DECORREU em Ponta Delgada, nas instalaçõesda Universidade dos Açores, entre os dias 12e 14 de Junho de 2006, um congresso inter-nacional intitulado «Atlantic Islands

    Neogene». Este Congresso teve como principais objec-tivos a revisão do conhecimento científico acumuladonesta área, em particular desde 1990, e a definição dasestratégias da investigação futura a realizar nesta área,nos Açores e na Madeira.

    Organizado pelo Prof. Dr. Frias Martins(Universidade dos Açores), Dr. Sérgio Ávila

    (IMAR e Departamento de Biologia da Universidadedos Açores) e Dra. Patrícia Madeira (Departamento deBiologia da Universidade dos Açores), durante os trêsdias do Congresso foram apresentadas vinte e cincocomunicações orais. Os trinta participantes neste even-to representaram quinze Universidades/centros deinvestigação de nove países (Portugal, Espanha, França,Itália, Áustria, Alemanha, Inglaterra, Canadá e USA).

    Os temas principais do Congresso foram:

    1) Paleobiogeografia: As ilhas Atlânticas comocasos de estudo;

    2) Variações do nível do mar e a sua influênciana fauna e flora das ilhas Atlânticas;

    3) Influência das glaciações na fauna e flora insu-lares;

    4) Paleoceanografia;

    5) Processos e padrões de dispersão, colonizaçãoe especiação nas ilhas oceânicas;

    6) O subestádio isotópico 5e nos arquipélagosdos Açores, Madeira e Canárias.

    As comunicações apresentadas neste Congressoserão revistas por pares e publicadas num suple-mento especial da revista Açoreana (Editores A. M.de Frias Martins & S. P. Ávila). Mais informaçõespodem ser encontradas no seguinte endereço:http://www.uac.pt/~cicia

    De referir que a maioria dos participantes nesteCongresso se deslocaram posteriormente a SantaMaria, onde participaram no Workshop «Paleontologyin Atlantic Islands», organizado por membros doMPB-Marine Palaeobiogeography Working Group ofthe University of the Azores.

    PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006 13

    Congresso Internacional«Atlantic Islands Neogene»

    por SÉRGIO ÁVILADepartamento de Biologia, Universidade dos Açores.

    Participantes ao Congresso

  • NA sequência dos Workshops, anteriormente,organizados pelo Dr. Sérgio Ávila e outroselementos do Departamento de Biologia daUniversidade dos Açores, decorreu na Ilha

    de Santa Maria (Açores), entre 15 e 25 de Junho de2006, o III Workshop Internacional, «Palaeontologyin Atlantic Islands». A lista de participantes (vinte ecinco pessoas) compreendeu vários especialistas emdiversas áreas da paleontologia, provenientes de setepaíses, bem como umgrupo de seis estu-dantes da Universidadedos Açores. A expe-dição foi ainda acom-panhada pela Dra.Anunciação Ventura,directora do Centro deConservação e Protec-ção do Ambiente(CCPA, Universidadedos Açores). A conviteda organização doWorkshop, as técnicasda Ecoteca de SantaMaria, Dra. Rita Gagoe Dra. Mafalda Monizpuderam, sempre quepossível, acompanharas visitas às jazidasfósseis de Santa Maria,onde tiveram a opor-tunidade de observarem campo o trabalhodos especialistas.

    Para registar os achados científicos, Pedro Monteiro,um fotojornalista já veterano neste tipo de expedições,acompanhou diariamente os trabalhos de campo. Feztambém parte deste Workshop uma equipa profissionalde vídeo-reportagem da empresa Em Foco ProduçãoAudiovisual, Lda. que pela primeira vez documentou,em formato profissional, os trabalhos de campo paraposterior edição e produção de dois programas televi-sivos de divulgação científica (meia hora) sobre os fós-seis de Santa Maria.

    Dado que muitas das jazidas estudadas se encontramem locais só acessíveis por mar, incluiu-se uma equipade skippers da empresa Nerus, que esteve tambémpresente na primeira edição deste Workshop, em 2002.Contou-se ainda com a colaboração de skippers e barcosdo Clube Naval de Santa Maria.

    A RTP-Açores acompanhou a expedição durantedois dias, tendo produzido uma reportagem que passouno Jornal da Noite do dia 25 de Junho de 2006.

    Esta expedição aSanta Maria, teve umafor te componentedidáctico-pedagógica,com a participaçãoactiva no trabalho deinvestigação, de alunosda Universidade dosAçores.

    Como já é hábito,em Santa Mar i a ,durante o Workshoprealizaram-se no ClubeNaval de Vila do Portouma série de comuni-cações científicas, quedecorreram entre 16 e23 de Junho, inclusive,e que tiveram largaparticipação por parteda população local.Os palestrantes foram:o Dr. Mário Cachão(Universidade de Lis-boa), 17 de Junho;

    a Dra. Anunciação Ventura (Universidade dos Açores),20 de Junho; o Dr. Andreas Kroh (Museu de HistóriaNatural de Vienna, Áustria), 22 de Junho; e oDr. Sérgio Ávila (IMAR/Universidade dos Açores),24 de Junho).

    Mais informações sobre este Workshop (incluindo odiário da expedição) podem ser consultadas na páginado MPB-Marine Palaeobiogeography Working Groupof the University of the Azores” no seguinte endereço:http://www.uac.pt/~fosseis

    14 PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006

    III Workshop«Palaeontology in Atlantic Islands»

    por SÉRGIO ÁVILADepartamento de Biologia, Universidade dos Açores.

  • REALIZOU-SE em Vila Franca do Campo, de 17 a 28de Julho, o 3º Workshop Internacional deMalacologia e Biologia Marinha. Tratou-se deuma iniciativa liderada pela Sociedade Afonso

    Chaves, numa co-organização do Departamento deBiologia da Universidade dos Açores, da CâmaraMunicipal de Vila Franca do Campo e do Clube Navalde Vila Franca do Campo.

    O evento contou com vinte e dois participantes,metade dos quais da Universidade dos Açores; osrestantes provieram de Portugal Continental (Instituto

    Português de Malacologia), da Inglaterra (MuseuBritânico de Londres), da Holanda (Universidade deAmsterdam), da Dinamarca (Museu de Copenhagen),dos Estados Unidos (Smithsonian) e do Sri-Lanka(IUCN).

    O plano de trabalho do Workshop incluiu extensasdragagens a várias profundidades, de modo a permitiruma análise da biodiversidade dos fundos até cerca dostrezentos metros. Integrou, ainda, as propostas deinvestigação de antemão apresentadas pelos parti-cipantes e não directamente associadas com as draga-gens, nomeadamente mergulho com escafandro

    autónomo para recolha de opistobrânquios e de espon-jas, e ainda outros estudos costeiros.

    Parte do material recolhido foi fotografado de acor-do com as exigências dos projectos dos vários parti-cipantes. O material dragado, em grande parte por triar,está depositado no Departamento de Biologia daUniversidade dos Açores e conta presentemente como concurso de estudantes para a indispensável triagem.

    Como nas reuniões anteriores, serão publicadasactas que congregarão os trabalhos individuais dos par-ticipantes; prevê-se, ainda, a edição de um livro sobre a

    biodiversidade dos fundos marinhos de Vila Franca doCampo, com ênfase nos moluscos.

    O 3º Workshop Internacional de Malacologia e deBiologia Marinha, foi patrocinado pela DirecçãoRegional da Ciência e Tecnologia do Governo Regionaldos Açores, Fundação Luso-Americana para oDesenvolvimento, Câmara Municipal de Vila Francado Campo e Fundação para a Ciência e Tecnologia;contou ainda com a disponibilização de instalações,equipamentos e materiais do Clube Naval de VilaFranca do Campo e do Departamento de Biologiada Universidade dos Açores.

    PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006 15

    3º Workshop Internacionalde Malacologia e Biologia Marinha

    por ANTÓNIO M. DE FRIAS MARTINSOrganizador, Presidente da Sociedade Afonso de Chaves

    Bela nebulla (MONTAGU)

  • 16 PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006

    2º Workshop Internacionalde Opistobrânquios

    por MANUEL ANTÓNIO E. MALAQUIASMuseu de História Natural, Londres

    DECORREU no passado mês de Setembro nacidade de Bona, Alemanha o segundoworkshop internacional de moluscos opisto-brânquios. O evento foi organizado por

    Heike Wägele, Annette Klussmann-Kolb e MichaelSchrödl e teve lugar no Koenig Museum de História

    Naural e Atropologia. Contou com quarenta e nove par-ticipantes, tendo sido apresentados um total de quarentae oito trabalhos, vinte e quatro comunicações e outrostantos posters.

    De salientar a significativa participação de inves-tigadores jovens que mostram a que este ramo da

    Malacologia está bem e recomenda-se, mas igualmente de nomessonantes na área. Para além dos jámencionados organizadores é desalientar a presença de Bill Rudman,Conxita Ávila, Juan Lucas Cervera,Kathe Jensen, e de uma convidadade honra Luise Schmekel que em-bora há já algum tempo arredadadas lides científicas foi figura proe-minente entre os anos sessenta eoitenta, principalmente, pelos seustrabalhos sobre nudibrânquios esacoglossos. Merece, igualmente,destaque a presença de investi-gadores dos quatro cantos doglobo: América do Sul (Brasil),Estados Unidos, Europa, Austráliae Ásia (Indonésia).

    O encontro contou, fisicamente,com a presença de dois investi-gadores portugueses AlexandreLobo da Cunha e Manuel Malaquiastendo ambos proferido uma comu-nicação oral e com apresentação dedois posters nos quais RicardoNeves e Gonçalo Calado eramco-autores.

    Os temas abordados foramvários passando pela sistemática,filogenia, biogeografia, evolução,produtos naturais, neurofisiologiae histoquímica e evidenciama excelência dos moluscos e no-meadamente dos opistobrânquioscomo modelos de estudo dosmais diversos fenómenos danatureza.

    Lucas Cervera,Conxita Ávilae Angela Dinapoli

    Luise Schmekele Heike Wägele

    Fontje Kaligise Bill Rudman

    Heike Wägelee Michael Schrödl

  • PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006 17

    A Malacologia nas ArtesSantiago, peregrinos e vieiras

    por CARLOS MARQUES DA SILVA

    DESDE os tempos imemoriais que a concha davieira está associada a Santiago (Iacobus, nasua forma latina) e aos peregrinos doCaminho de Santiago.

    Segundo a lenda, aquando da dispersão dos após-tolos pelo mundo, Santiago foi pregar em regiõeslongínquas, passando algum tempo no noroeste daPenínsula Ibérica. No regresso à Palestina, no ano 44,foi preso e martirizado. Dois dos seus discípulos fur-taram o seu corpo e embarcaram-no de regresso àGaliza, onde o sepultaram, secretamente, numbosque.

    A descoberta do sepulcro do santo terá ocorridono século IX. Reza a lenda que um ermitão presen-ciou durante noites seguidas uma «chuva de estrelas»sobre um monte do bosque. Avisado do fenómeno, obispo da região demandou o local e encontrou umsarcófago de mármore com os ossos do santo e dosseus discípulos cobertos por um manto de conchasde vieira alusivas à sua longa viagem marítima.Deste «campo de estrelas» (campus stellæ) terá resulta-do o nome Compostela. Desde então a romagema Santiago de Compostela popularizou-se. Contudo,o caminho sagrado de peregrinação Este-Oestepelo Norte de Espanha, até Finisterra, seguindoo caminho do Sol – que diariamente renascia – e opercurso traçado pela Via Láctea, já era trilhado hámuito, pelo menos desde tempos romanos ou celtas.

    São símbolos originais da peregrinação a Santiagode Compostela a chuva de estrelas, juntamente com avieira, a cabaça e o bordão, atributos do peregrino.Com o tempo, a vieira – a concha de Santiago, daíPecten jacobeus (LINNAEUS, 1758) – acabou por setornar no símbolo maior da romaria, sendo a suaimagem estilizada que, ao longo do percurso, indicao caminho aos peregrinos.

    Ainda hoje, cada romeiro a Santiago deCompostela leva consigo, durante todo o percurso,uma vieira adquirida no início da jornada. Por issomesmo, estes peregrinos são muitas vezes apeli-dados de «concheiros». Mas porquê a vieira?As lendas são inúmeras, algumas delas já acima

    foram referidas, mas talvez o seu uso se tenhageneralizado devido ao facto de os primeirosperegrinos serem gente humilde, monges quehaviam feito voto de pobreza e que, por issomesmo, não transportavam consigo nenhum bemmaterial. As conchas eram, simultaneamente,alimento e utensílio – usavam-nas como «concha»para beber e como prato para comer – e eles trans-portavam-nas como símbolo da sua modéstia.

    Contudo, talvez a vieira – do latim veneria,concha de Vénus – seja um símbolo mais antigoque o próprio Caminho de Santiago. Alguns autores

    defendem que representa o Sol e os seus raiosluminosos e que a sua associação ao Caminhoremonta ao tempo em que este simbolizava otrajecto do Sol de Nascente para Poente, até ao fimdo mundo, até Finisterra.

    Para saber mais:Santiago Maior:http://pt.wikipedia.org/wiki/Santiago_MaiorCaminhos portugueses de peregrinação:http://ceg.fcsh.unl.pt/site/santiago2.aspCaminho de Santiago:http://es.wikipedia.org/wiki/Camino_de_Santiago

    Marca assinalando o caminho de Santiago, em Atapuerca.Em fundo de página (e na pág. 1):

    Imagem de Santiago «Mata-Mouros», na Catedral de Burgos

  • 18 PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006

    Nas linhas desta mo-desta coluna que consagramos àsnotícias nacionais de algum inte-resse para o mundo da Malacologia– na qual, por gosto, vocação efeitio, damos especial relevo às ini-ciativas que se prendem com ocoleccionismo de conchas – tivemosjá oportunidade de nos referirmosà actividade comercial de venda deconchas para coleccionadores, emPortugal.

    É, portanto, com muito gostoque hoje aqui deixamos a notíciada inauguração – que já anterior-mente prevíramos – da galeriaDeep’n Reef, em Sobral de MonteAgraço.

    Na verdade, no passado dia 20de Maio, um sábado, à parte datarde, reuniram-se nas reformuladase amplas instalações de um antigo

    restaurante local diversos colec-cionadores (por ordem alfabéticae para além do signatário destaslinhas: Ana e Luís Leal, António

    Fernandes de Sousa, Carlos Durãesde Carvalho, Carlos Pires, FernandoCecílio, Fernando Pena de Sousa,Fernando Pires, Fernando Serafim,João Amaral de Lemos, JoséAntónio Anacleto, Leonel Pinto,Luís Távora, Miguel PedroRodrigues, Rui Mendes, Rui Valla eVasco Franco), para acompanharemo faustoso evento, ainda abri-lhantado pela presença do presi-dente da Câmara de Sobral deMonte Agraço, sr. António Bugalho,bem como do vereador com oPelouro da Juventude, sra. LuísaSoares, ambos claramente satisfeitoscom a criação de um ponto de inter-esse local para um grupo alargado ediversificado de potenciais visi-tantes.

    A Deep’n Reef, recordemo-lo, épropriedade dos nossos amigosPaulo Granja e Manuel Amorim,sempre bem e solicitamente acolita-

    Notícias do rectângulo 66por ANTÓNIO MONTEIRO

    Imagem do interior da galeria

    Da esquerda para a direita. Manuel Amorim, José Luís Távora, Paulo Granja,Fernando Serafim, João Amaral de Lemos e António Monteiro

  • PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006 19

    dos por familiares do primeiro.O nome estrangeiro da firma justifi-ca-se pela era de globalização queatravessamos, tendo em conta que,nos nossos dias, qualquer firma dogénero tem de socorrer-se de umacarteira de clientes internacional,privilegiando os contactos por viada Internet.

    O ambiente era de festa, mani-festando todos os presentes o gostopor essa excelente oportunidadede reunião, de encontro, de trocade impressões sobre exemplares,livros e tantos outros aspectos rela-cionados com a colecção. Coma sua afabilidade habitual, o Paulo eos seus familiares (já que o ManuelAmorim tinha chegado na ma-drugada do próprio dia de Moçam-bique...) haviam preparado tudopara que os convidados passassemuma tarde agradável, não des-curando sequer um lauto lanche aque teríamos feito as devidas hon-ras, não fosse a circunstânciade, uma hora antes, termos deixadoainda à mesa toda a família, numfinal de um não menos lautoalmoço!

    As instalações da firma prestam--se à realização de múltiplas acti-vidades, esperando-se que, no

    futuro, passem a constituir pontode reunião dos coleccionadores.Para o efeito, o Paulo apontoujá o último sábado de cada mêscomo dia de reunião, em que seprocurará preparar um ou outroponto de interesse para todos.Está prevista a possibilidade derealização de palestras, mostras deexemplares, jogos, etc., tudo demolde a estimular o interesse doscoleccionadores e a apoiar o desen-volvimento das suas colecções.A primeira dessas reuniões perió-dicas teve lugar no dia 24 de Junho,embora o período estival sugerissee mesmo impusesse a sua suspensãoprovisória. Em Outubro, recome-çaram, esperando-se em cada umadelas a presença do maior númeropossível de coleccionadores.

    Não podemos, evidentemente,deixar de endereçar à Deep’n Reef,bem como aos seus proprietáriose familiares, os mais sentidosparabéns pela iniciativa, formu-lando sinceros votos de futurosêxitos e muitas alegrias, na certezade que esses êxitos e essasalegrias serão também os dequantos, em Portugal, se interes-sam por este fascinante tema decolecção e cultura.

    Num anterior nú-mero das «Notícias do Rectângulo»demos conta de que nos haviamchegado indicações de que aanunciada aquisição da colecçãode conchas da sra. D. MariaCândida Macedo por parte doMuseu Bocage, com vista à suaapresentação em sala expres-samente destinada a esse efeitohavia, afinal, ficado sem efeito.

    Cumpre-nos agora confirmaressa má notícia. Aparentemente,divergências de diversas índolesterão impedido a concretização doaliciante projecto, que dotaria apopulação de Lisboa da umaexposição permanente de conchas,de grandes dimensões e impor-tância, como veículo único e privi-legiado de difusão do interesse peloestudo dos Moluscos, no panoramamais vasto da Zoologia. Assimsendo, as únicas exposições per-manentes de exemplares mala-cológicos são as que se encontramno Aquário Vasco da Gama, noDafundo, e no Museu do Mar – ReiD. Carlos, em Cascais, qualquerdelas, de resto, bem merecedora deuma visita.

    Desconhecemos, neste mo-mento, se o Museu de HistóriaNatural tem quaisquer outrosplanos para o preenchimentodo espaço previsto, dentro domesmo sector, como seriadesejável.

    Segundo conseguimos apurar,a sra. D. Maria Cândida Macedodesenvolve esforços, ao que parecerelativamente bem encaminhados,para encontrar onde albergar o seuinteressante espólio, socorrendo-sede instâncias diversas, ao nívelautárquico.

    Um aspecto do convívio entre os presentes

  • 20 PORTUGALA - n.o 8 - Novembro 2006

    ARTIGOS

    CABRAL, J. P. 2006. A comunidadefrancisca da ilha da Ínsua (Noroestede Portugal) e o Poder. Conflitossobre a exploração dos recursosmarisqueiros da ilha nos séculosXVII-XIX. Murguía, 9: 85-108.

    CARVALHO, S., MOURA, A., &SPRUNG, M. 2006. Ecological impli-cations of removing seagrass beds(Zostera noltii) for bivalve aquaculturein southern Portugal. Cahiers deBiologie Marine, 47 (3): 321-329.

    CERVERA, J. L., CALADO, G.,GAVAIA, C., MALAQUIAS, M. A. E.,TEMPLADO, J., BALLESTEROS, M.,GARCÍA-GÓMEZ, J. C. & MEGINA, C.2004. An annotated and updatedchecklist of the opisthobranchs(Mollusca: Gastropoda) from Spainand Portugal (including islands andarchipelagos). Boletín Instituto Españolde Oceanografía, 20(1-4): 1-122.

    LAPÈGUE, S., SALAH, I. B.,BATISTA, F. M., HEURTEBISE, S,

    NEIFAR, L & BOUDRY, P. 2006.Phylogeographyc study of thedwarf oyster, Ostreola stentina fromMorocco, Portugal and Tunisia:evidence of a geog raphic dis-junction with the closely relatedtaxa, Ostrea aupouria and Ostreolaequestris. Marine Biology, 150: 103-110.

    LANDAU, B. M. & SILVA, C. M.DA. 2006. The genus Scaphella(Gastropoda: Volutidae) in theNeogene of Europe and its paleo-biogeographical implications. TheNautilus, 120 (3): 81-93.

    LANDAU, B. M. & SILVA, C. M. DA.2006. The Early Pliocene Gastropoda(Mollusca) of Estepona, SouthernSpain, Part 8: Olividae. Palaeontos,9: 1-21.

    VASCONCELOS, P., GASPAR,M. B., & CASTRO, M. 2006. Deve-lopment of indices for nonsacrificialsexing of imposex-affected Hexaplex(Trunculariopsis) trunculus (Gastropoda:Muricidæ). Journal of Molluscan Studies,72 (3): 285-294.

    Reuniões,Cursos

    e Exposições

    17-18 Março 2007:XIX Feira Internacional de

    Conchas de ParisBourse de Commerce, 2 rue des

    Viarmes, 75004 Paris, França.Contacto: [email protected].

    31 Março 2007:Invasive MolluscsUniversity of Cambridge, UK.Organizado pela Malacological

    Society of London.Mais informações: d.aldridge@

    zoo.cam.ac.uk (David Aldridge).

    15-20 Julho 2007:Word Congress of MalacologyAntuérpia, BélgicaPara mais informações contactar:

    Thierry Backeljau ([email protected]).

    6-9 Agosto 2007:International Congress on

    Invertebrate Reproduction andDevelopment

    Cidade do Panamá, Panamá.Organizado pela Smithsonian

    Trop ica l Resea rch Ins t i tu te(Dr Rachel Collin). Informaçõesadicionais em: http//sun.science.wayne. edu/~jram/isir.htm .

    Informações GeraisPublicações recentes

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