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EOM - Externato Oliveira Martins
Sebenta / Módulo
Turma: EOM - EBV - Apoio à Infância, Cuidados do Rosto e Cuidados do Cabelo - 2015/2016
Disciplina: História
Módulo: 1 - Da Fundação aos Descobrimentos
Docente: Tiago Daniel Serra Felgueiras da Canhota
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OBJETIVOS
- Reconhecer etapas, datas e acontecimentos relevantes para a identidade nacional.
- Identificar as diferenças sociais ao longo da história;
- Conhecer as figuras mais importantes para a história portuguesa;
- Reconhecer e caraterizar diferentes sistemas de governação;
- Caraterizar o pais contemporâneo;
- Interpretar mapas e documentos históricos;
BIBLIOGRAFIA
RAMOS, Rui, História de Portugal, Edição: Esfera dos Livros, 2009
WEBGRAFIA
- Http://www.junior.te.pt/servlets/Bairro?ID=365&P=Portugal
- Http://www.slideshare.net/xicao97/da-unio-ibrica-restaurao-da-independncia
- Https://lh6.googleusercontent.com/-
fxGYCflIWvQ/TYvGeOUec5I/AAAAAAAAABM/ZovpuA_Ob3g/s1600/LISBOA+POMBALINA_thu
mb%255B5%255D.jpg
- Http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/06/bloqueio-continental.jpg
- Http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_dos_Cravos
- Http://www.25abril.org/a25abril/
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ÍNDICE
1. DA IBÉRIA MUÇULMANA AO CONDADO PORTUCALENSE………………………..4
2. DA FORMAÇÃO DO REINO DE PORTUGAL À BATALHA DE ALJUBARROTA
1143 – 1385…………………………………………………………………………………….7
3. À CONQUISTA DO MUNDO……………………………………………………………..10
4 – DA UNIÃO À SEPARAÇÃO IBÉRICA………………………………………………….13
4
1. DA IBÉRIA MUÇULMANA AO CONDADO PORTUCALENSE
Mapa 1. Portugal no continente Europeu
Mapa 2 Portugal na península Ibérica
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Com sabes, antes da formação do que É hoje Portugal, para além da Pré – História
existiram muitos impérios e civilizações
não só na Europa mas igualmente nos
restantes continentes. No caso de
Portugal importa perceber o
imediatamente antes da nossa história.
Neste caso iniciamos o módulo com uma
introdução ao Império Romano, a sua
queda e ocupação da Península pelos
povos Bárbaros, neste caso os Visigodos.
O Reino Visigótico
Após a queda do Império Romano
a Península Ibérica é conquistada pelos
Visigodos que a dominam até ao ano de
711. Mapa 3 O império Visigótico
1.1 Os reinos cristãos e muçulmanos
Em 711 a Península Ibérica foi invadida e conquistada por tropas muçulmanas,
obrigando os cristãos a refugiarem-se no Norte de Espanha – Astúrias.
Mapa 4. A ocupação muçulmana da Península
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1.2 A reconquista cristã
A partir daí os cristãos iniciaram um período de guerras conquistando territórios para sul.
Este movimento designou-se de Reconquista. Ao longo dos anos da Reconquista nasceram
vários reinos cristãos: Leão, Castela, Navarra e Aragão
Mapa 5. As diferentes fases da Reconquista Cristã
Mapa 6. Os reinos cristãos
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1.3 A afirmação do Condado Portucalense
No entanto os muçulmanos não davam tréguas aos cristãos e devido a isto vieram vários
cavaleiros para os combater. Entre eles estavam o conde D. Henrique que ficou encarregue
de defender o Condado Portucalense . Após a sua morte fica com o condado D. Afonso
Henriques embora quem governe seja a sua mãe – D. Teresa. Embora o condado tivesse
uma certa independência ainda fazia parte do reino de Leão e Castela.
Mapa 7. O condado Portucalense
2. DA FORMAÇÃO DO REINO DE PORTUGAL À BATALHA DE
ALJUBARROTA 1143 – 1385
2.1 Conquista, expansão e organização do território
Após a morte de D. Henrique, verifica-se a seguinte situação política:
D. Teresa
Regente do Condado e
apoiada pelos nobres galegos.
D. Afonso Henriques
Apoiado pelos nobres de Portucale.
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Os dois grupos enfrentam-se na Batalha
de S. Mamede em 1128. Com a derrota, D.
Teresa foge para a Galiza e D. Afonso
Henriques assume o Condado.
Após a Batalha de Ourique em 1139 declara
a independência do Condado face a Leão e
Castela. D. Afonso VII rei de Castela e Leão
reage mal á ação do primo, iniciando anos de
luta que acabam com o reconhecimento de
Portugal como reino no Tratado de Zamora
em 1143.
Embora independente a confirmação papal
chegou apenas em 1179 com bula Manifestis
Probatum. Quando em 1185 morre, o
Conquistador tinha já conquistado uma parte do
Alentejo.
Com a subida do 2º rei, D. Sancho I iniciou-
se uma campanha de povoamento do território.
Para isso concedeu carta de foral a várias
localidades. Ainda na luta contra os mouros em
1249 D. Afonso III conquista do Algarve.
A definição das fronteiras deu-se em 1297
com assinatura do Tratado de Alcanizes por
D. Dinis. Estava completo o território nacional
até hoje.
O século XIV foi na Europa e em Portugal
um tempo Fomes, Pestes e Guerras.
Maus anos agrícolas causam milhares
de mortos;
Peste Negra: morre cerca de um terço
da população europeia.
Guerra dos Cem Anos ou Guerras Fernandinas.
Mapa 10. A progressão da Peste Negra
Mapa 8. Território
conquistado por D.
Afonso Henriques
Mapa 9. Território
nacional.
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Em 1383 D. Fernando I morre sem filhos homens, ficando a rainha D. Leonor Teles como
regente.
Estas duas situações punham em perigo a independência do reino.
A nobreza portuguesa toma o lado de João, mestre de Avis e meio-irmão de D. Fernando I.
Em 1383 o Mestre mata o conde de Andeiro e é proclamada Defensor e Regente do reino.
Casado com a herdeira do reino, D. João de Castela ataca Portugal em várias batalhas. A
decisiva teve lugar em Aljubarrota.
Imagem 1 a Batalha de Aljubarrota
Após a vitória de Aljubarrota em 1385, o Mestre de Avis é proclamado D. João I iniciando a
2ª dinastia – Joanina ou de Avis.
Imagem 2. D. João I Imagem 3. Nuno Álvares Pereira Imagem 4. D. João I de Castela
A sua filha, D. Beatriz estava casada com D. João de Castela. Para agravar mais a
situação D. Leonor tem uma relação com o castelhano Conde de Andeiro.
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Para celebrar o feito D. João I manda erguer o Mosteiro da Batalha . Nuno Álvares
Pereira abandona a vida guerreira e funda o Mosteiro do Carmo.
Imagem 5. Mosteiro da Batalha
2.2 A sociedade medieval: o clero, a nobreza e o povo
Na Idade Média a sociedade estava organizada
em extratos ou camada, cada uma com um papel bem
definido.
Rei: Detentor de terras. Distribui-as como forma de
premiar o clero e a nobreza.
Clero: Detentores do saber. Não paga
impostos.
Nobreza: detentores de terras.
Fazem a guerra. Não paga
impostos.
Povo: não tem direitos. Paga
impostos.
Imagem 6 A sociedade medieval
3. À CONQUISTA DO MUNDO
Após a Crise de 1383 – 85 o reino de Portugal encontrou novamente a estabilidade
necessária com D. João I. Após a vitória em Aljubarrota o rei casa-se com D. Filipa de
Lencastre com a celebração do Tratado de Windsor entre Portugal e Inglaterra. Deste
casamento irão nascer vários filhos dos quais se destacam o futuro D. Duarte e o Infante D.
Henrique – iniciador das Descobertas. Embora independente o reino era pobre e tinha apenas
o mar como saída. Assim foi natural o desejo de conquistar novas terras e riquezas.
REI
CLERO
NOBREZA
POVO
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3.1 O Norte de África e as ilhas Atlânticas
Os Descobrimentos portugueses iniciaram-se em 1415 e tiveram motivos:
1. Económicos: procura de ouro e de trigo.
2. Sociais e políticos: após Aljubarrota era necessário afirmar o novo rei e premiar os aliados
3. Religiosos: combater os Mouros e
espalhar a fé Católica.
A melhor cidade para conquistar era
Ceuta; cidade rica em ouro e trigo e
situada numa posição chave para o
controlo do Mediterrâneo. Com esta
conquista estava aberta a porta dos
Descobrimentos.
Assim, após Ceuta seguiram-se
outras cidades, entre as quais: Alcácer
Ceguer, Tanger e Arzila. Depois do
Norte de África os navegadores
portugueses viram-se para as ilhas do
Atlântico e para a costa Oeste de África.
Mapa 11. As cidades Portuguesas no Norte de África
O INICIADOR DOS DESCOBRIMENTOS
AÇORES
• Este arquipélago foi descoberto em duas fases:
• Os grupos oriental e central foram descobertos por Diogo de Silves em 1427.
• O grupo ocidental foi descoberto por Diogo de Teive em 1452.
MADEIRA • Em 1419 é descoberta a ilha do Porto Santo por João Gonçalves Zarco e em 1420 a
ilha da Madeira por Tristão Vaz Teixeira .
• Iniciada a sua colonização a ilha prosperou devido à plantação da Cana-de-açúcar –
produto raro e muito caro, tornando-se o principal produtor europeu.
Infante D. Henrique
Grande impulsionador dos Descobrimentos,
o Infante, patrocinou inúmeras descobertas
até à sua morte em 1460.
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3.2 África e o Cabo das Tormentas
Com a morte do Infante em 1460 as
Descobertas sofrem uma paragem e
retomariam com D. João II. No entanto
Bartolomeu Dias consegue ultrapassar o
Cabo das Tormentas ou o Cabo da Boa
Esperança em 1488. Estava aberto o
Caminho marítimo para a Índia. Em 1494
Castela e Portugal assinaram o Tratado de
Tordesilhas dividindo o Mundo em duas
metades.
Mapa 13. Tratado de Tordesilhas
3.3 Índia e Brasil
Em 1498 chega à
Índia uma armada que
tinha partido de Lisboa e
comandada pelo capitão
Vasco da Gama.
Em 1500 uma
armada comandada por
Pedro Álvares Cabral e
com destino à Índia
desvia-se da sua rota
tendo descoberto o
Brasil, chamada na
altura de Terras de Vera
Cruz.
Mapa 12. As Descobertas na África Ocidental
Mapa 14. As Rotas dos Descobrimentos
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Imagem 7. Esquema síntese dos descobrimentos
4 – DA UNIÃO À SEPARAÇÃO IBÉRICA
4.1 D. SEBASTIÃO E O DOMÍNIO FILIPINO
Após uma série de acontecimentos trágicos D.
Sebastião é proclamado rei com apenas 3 anos de
idade. Até atingir os 14 anos a regência do reino
esteve nas mãos do seu tio, o Cardeal D. Henrique.
Cheio de entusiasmo religioso lança-se na
conquista do Norte de África onde perderá a vida.
Em 1578, dá-se a Batalha da Alcácer – Quibir
morrendo aí e sem deixar descendência. Após a
sua morte, o cardeal D. Henrique reina até à sua
morte em 1580.
Imagem 8. D. Sebastião
Em 1580 Filipe II de Espanha, é reconhecido como
Filipe I de Portugal. Com este rei irá iniciar-se a 3ª Dinastia – Filipina. O seu filho, Filipe II de Portugal e
o seu neto, Filipe III de Portugal completaram a dinastia que reinará em Portugal até 1640.