Semiotica Russa

Semiótica da Cultura

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• Segunda metade do século XIX: surge na Rússia “uma consciência semiótica”.

• A “consciência semiótica” na URSS tem uma tendência para uma visão globalizadora da cultura.

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M. BAKHTIN

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M. BAKHTIN

• 1924: Escreve o ensaio “O problema do conteúdo, do material e da forma na obra artística vocabular”.

• Cria o conceito de gênero: gêneros primários – comunicação oral e escrita; gêneros secundários – literatura, documentos, relatos científicos, música,filmes.

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“a estrutura da enunciação e da atividade mental a exprimir são de natureza social.

A elaboração estilística da enunciação é de natureza sociológica e a própria cadeia verbal, à qual se reduz em última análise a realidade da língua, é social. Cada elo dessa cadeia é social, assim como toda a dinâmica da sua

evolução”.

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 1930

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BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 1930

O pensamento individual não cria ideologia,

é a ideologia que cria pensamento individual.

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Bakhtin e os MCM:

Toda expressão midiática é baseada na visibilidade de um interlocutor e da situação social em que ambos os

sujeitos da comunicação – público e veículo - estão inseridos.

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POLIFONIA

Presença de outros textos dentro de um texto, causada pela inserção do autor num contexto que já inclui previamente textos anteriores que lhe inspiram ou

influenciam.

Heterogeneidade enunciativa:MOSTRADA

CONSTITUTIVA

Polifonia constitutiva

Influência de dramaturgos clássicos em Shakespeare, que não é mencionada diretamente, mas transparecida.

Intertexto do amorEntre Marílias era Dirceu,

poeta encantado pela existência calma de sua musa.

Entre Ritas, Jerônimo,incendiado pela paixão que surge nos cortiços da

vida;E entre todas, Aurélia,

A mais rica de todas as mulheres.

Polifonia Mostrada

Caso de citações de outros autores em obras acadêmicas, por exemplo.

“O mito é um sistema particular, visto que ele se constrói a partir de uma cadeia semiológica que existe já antes dele: é um sistema semiológico segundo. O que é signo (isto é, totalidade associativa de um conceito e de uma imagem) no primeiro sistema, transforma-se em simples significante no segundo” (BARTHES, 1993, p.136).

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A “Semiótica da Cultura” surge nos anos 60, na Universidade de Tartu, Estônia, após vários encontros de semioticistas, promovidos pelo professor de Literatura Yuri Lotman.

OBJETIVO: entender as relações entre comunicação e cultura e compreender os mecanismos geradores do signo na cultura.

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YURI LOTMAN

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Cultura: conjunto unificado de sistemas como mito, religião, literatura, teatro, artes, arquitetura, música, cinema, moda, ritos comportamentos.

Sistemas: seriam os códigos culturais. O relacionamento entre os sistemas da cultura foi chamado de modelização.

Modelizar: compreender a signicidade dos objetos culturais.

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Sistemas (códigos culturais)

MitoReligiãoLiteraturaCinemaRitos comportamentos

Modelizar:

compreender a signicidade dos objetos culturais -

relacionando-os.

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A Cultura edifica-se sobre a língua natural.

Cada tipo de cultura possui uma hierarquia de códigos (códigos culturais).

1. Sistema modelizante primário: língua natural.

2. Sistemas modelizantes secundários: mito, religião, arte, literatura, etc.

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Os textos são os fatos observados (material primário) e podem ser distinguidos de acordo com sua substância – homogênea ouHeterogênea.

• Homogêneo - Texto do Alcorão.

• Heterogêneo (elementos combinados) - Canto gregoriano – melodia+discurso.

Cultura Kaingang

MITOS

MÚSICAS

DANÇAS

PAJELANÇA

CULINÁRIA

PINTURAS

RITOS COMPORTAMENTAIS

Sist. Model.

PrimárioLÍNGUA KAINGAN

G

Sist. Model. Secundários