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Aval Online(2)

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Actv 3 Paulo Simões e José Carlos

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Nota Introdutória

Este trabalho, no âmbito da Unidade Curricular de Concepção e

Avaliação em E-Learning, do Mestrado em Pedagogia do E-Learning,

pretende reunir num único documento dois textos com perspectivas

diversificadas sobre formas de avaliação online.

Avaliação em processos de educação problematizadora online

da autoria de Alex Primo;

Aportaciones de la tecnología a la e-Evaluación de Elena

Barberà.

Se para Primo o enfoque da avaliação deve assentar em pressupostos

eminentemente colaborativos e cooperativos baseados na interacção

e partilha entre formandos. Por outro lado, para Barberà a avaliação

online deve ser observada sob vários contextos não estando

unicamente centrada numa única perspectiva teórica.

Avaliação Online

Ambos os autores iniciam os seus textos enquadrando teoricamente

as suas perspectivas sobre a avaliação online.

Por um lado, Primo identifica um modelo teórico “bancário”. Apesar

de ser um modelo bastante frequente na avaliação, com fortes

influências behavioroistas (estímulo - resposta), é extremamente

redutor, uma vez que o aluno é visto como um "repositório", de

forma a assimilar os conhecimentos ministrados pelo professor, para

posterior reprodução. Este modelo, de "sentido único", onde o aluno

trilha um percurso pré-definido pelo professor, vai limitar a sua

criatividade. A crescente introdução e aplicação, das Tecnologias de

Informação e Comunicação (TIC), no ensino a distância, segundo

Primo, apenas contribuiu para "digitalizar" o processo de ensino -

aprendizagem, através da produção em massa de tutoriais e o

recurso a sistemas de validação dos conhecimentos adquiridos (testes

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informáticos de correcção imediata), rotulando-se este novo processo

de e-learning.

Por outro lado Primo defende que a solução para avaliação online

está naquilo que apelida de Educação dialógica e problematizadora.

Este tipo de educação segundo este autor brasileiro, tem como

objectivo a pesquisa de soluções, para problemas de interesse dos

alunos, permitindo desta forma, compreender antes de tentar

resolver. O trabalho em pequenos grupos, torna-se uma excelente

estratégia, face ao envolvimento criado pelos intervenientes, no

decurso das várias etapas (investigar, descobrir, partilhar,

argumentar,...), recorrendo-se para isso, a fóruns, chats, blogs,...

devidamente medidos pelo professor, criando desta forma um

trabalho e consequente avaliação colaborativa. A aprendizagem, não

deve ser vista como um acto isolado e individual, mas sim um trilho

constante, onde a cooperação/interacção entre os intervenientes,

permite criar uma rede de aprendizagem, contrastando com o ensino

tradicional, onde a reprodução é premiada.

O recurso a esta estratégia, demonstra que o isolamento apontado

como crítica ao ensino a distância, se vai esbater devido à constante

interacção entre os diferentes elementos do grupo de trabalho.

O enquadramento de Barberá sobre a avaliação online é diferente. A

autora apresenta um conceito multidimensional sobre a avaliação

baseada em quatro componentes:

Avaliação da aprendizagem, Avaliação para a aprendizagem,

Avaliação como aprendizagem e Avaliação a partir da aprendizagem.

A autora defende que o contributo das TIC trouxe três modos de

operacionalizar a avaliação online.

Por um lado a avaliação automática com recurso a sistemas

informáticos, que permitem a aferição dos conhecimentos adquiridos,

permitindo ao aluno obter a avaliação de imediato, contudo apresenta

o grande inconveniente de limitar a comunicação e impedir a

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personalização, uma vez que estes sistemas funcionam com um

conjunto de perguntas padronizadas, para todos os estudantes. Primo

afirma que a este tipo de interacção se chama de reactiva e que

“depende da previsibilidade e da automatização nas trocas” (Primo

2006).

Por outro lado a grande quantidade de informação acessível na

Internet, permite que os alunos possam pesquisar diferentes fontes,

na realização dos seus trabalhos, contudo cria a possibilidade de

surgirem algumas situações de plágio, avaliação que Barberà apelida

de avaliação enciclopédica.

Finalmente, e concordando com Primo, Barberà afirma que também é

possível encontrar na avaliação online a avaliação colaborativa. Um

tipo de avaliação que, apresenta a grande vantagem de não se

restringir apenas a alguns momentos, pois permite ao professor

acompanhar todo o processo, intervindo em determinadas situações,

caso seja necessário, não se condicionando apenas o produto final.

Por outro lado, a colaboração entre os diferentes elementos, com o

recurso a fóruns, chats ou blogs, permite enriquecer todo o processo

e consequente o conhecimento adquirido.

Conclusão

Parece numa primeira análise que quaisquer das perspectivas

apresentadas pelos autores, ostentam vantagens e desvantagens. No

entanto parece ser possível concluir que será exequível utilizar em

contextos online todos os tipos de avaliação apresentados, tendo

sempre em conta, o contexto e as diferentes realidades de

aprendizagem, direccionando-se assim, para as necessidades do

aluno e não do professor/tutor.

A perspectiva de Primo é muito interessante dado que aponta no

caminho de um processo reflexivo por parte do aprendente, assente

na pesquisa e partilha dentro de uma rede de aprendizagem, onde o

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que conta não é apenas o produto final mas sim todo o processo de

aprendizagem trilhado pelo aluno, com o recurso às diferentes

ferramentas que a web oferece, nomeadamente aqueles que

possibilitam uma maior interacção, nomeadamente, blogs, chats,

listas de discussão ou fóruns.

Trabalho efectuado por:

José Carlos Figueiredo @jctf

Paulo Simões @pgsimoes