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Sinais e Sistemas - 16
Rogério Largo – Setúbal 1999 16
Transformada inversa de Laplace
Já foi atrás apresentada a expressão que define a transformada inversa de Laplace. Esse integral pode ser de resolução complicada. Existem métodos expeditos de obter a transformada inversa. Vamos aqui apresentar um baseado na expansão em fracções simples. Método da expansão em fracções simples
Assume-se que a transformada de Laplace está representada por uma razão de polinómios, o que ocorre sempre para as funções que nos interessam no âmbito da engenharia.
( )( ) ( )1 1
1 1 0 1 1 01
1 11 1 0
... ...( )( )( ) ......
m m m mm m m m
n nn nn
b s b s b s b b s b s b s bN sX sD s s p s p s ps a s a s a
− −− −
−−−
+ + + + + + + += = =
− − −+ + + +
Sinais e Sistemas - 17
Rogério Largo – Setúbal 1999 17
Pólos são todos diferentes (pi≠pj se i≠j). Em geral n>m isto é há mais pólos que zeros pelo que X(s) pode ser escrito
como uma soma de termos em cujo denominador apenas existe um pólo (fracções simples):
( ) ( ) ( ) ( )1 2
1 2...
n
A A AnX ss p s p s p
= + + +− − − Ak é o resíduo de X(s) no pólo pk.
( ) ( )( )
k
k ks p
N sA s pD s =
= −
Das tabelas: k TLp t k
kk
AA es p
←→−
Sinais e Sistemas - 18
Rogério Largo – Setúbal 1999 18
Exemplo: Obter x(t) a partir da sua transformada de Laplace X(s)
( ) ( )( )( )31 25 3
1 2 3 1 2 3As A AX s
s s s s s s+
= = + ++ + + + + +
Os resíduos nos pólos {-1;-2;-3} obtém-se da seguinte maneira:
( )1 1A s= +( )
( )5 3
1s
s+
+ ( )( ) ( )( )1
5 3 11 2 1 32 3
ss s
=−
− + = = −− + − + + +
( )( )( )2
2
5 3 7 71 3 1
s
sA
s s=−
+ −= = = + + −
( )( ) ( )3
3
5 3 12 61 2 2
s
sA
s s=−
+ −= = = − + +
Então X(s) expandido em fracções simples e a sua transformada inversa são:
( )1 2 31 7 6 ( ) 7 6 ( )
1 2 3TL t t tX s x t e e e u t
s s s− − − −− − == + + → = − + − + + +
Sinais e Sistemas - 19
Rogério Largo – Setúbal 1999 19
Pólos de ordem múltipla Caso existam pólos de ordem superior à primeira (vários pólos iguais) aparecem no denominador da função termos do tipo (s+si)r. Exemplo:
( )( )( )( ) ( ) ( ) ( )
1 2 1 21
1 2 31 2 3 3 3
( ) ... rr r r
N s A A B B BX ss s s s s ss s s s s s s s s s −
= = + + + + +
+ + ++ + + + +
O pólo com multiplicidade r tem r resíduos que se calculam da seguinte forma: ( )
31 3( ) r
s sB X s s s
=− = + Notar que ( ) ( ) ( ) ( )3
1 2
( )r N sX s s ss s s s
+ =+ +
( )3
2 3( ) r
s s
dB X s s sds =−
= +
( )3
2
3 321 ( )2
r
s s
dB X s s sds =−
= + ........
( ) ( )3
1
311 ( )
1 !
rr
r r s s
dB X s s sr ds
−
− =− = + − Expressão genérica para os resíduos.
Sinais e Sistemas - 20
Rogério Largo – Setúbal 1999 20
Exemplo: Obter a transformada inversa de X(s) ( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( )31 2 1 2
3 3 21
2 11 2 1 1BA A B BX s
s s ss s s s s= = + + +
+ ++ + + +
( ) ( )1 30
1 121 2
s
As s
=
= =
+ + ; ( )2 3
2
1 121
s
As s
=−
= =
+
Pólo triplo S3=-1 ⇒ ( )( ) ( )3 11
2X s s
s s+ =
+ . Assim os resíduos B1, B2 e B3
viram: ( )11
1 1 12 1
s
Bs s
=−
= = = − + −
( ) ( )2 22
11
1 (2 2) 0 02 12s
s
d sBds s s s s=−
=−
− += = = = + +
Notar que ( ) 21 1
2 2s s s s=
+ +
Sinais e Sistemas - 21
Rogério Largo – Setúbal 1999 21
( )( )
( )( ) ( ) ( )( )
( )
2
3 2 221
1
22 2
42
1
2 21 1 12 2 2 2
2 2 2 2 2 2 2 21 22 2
ss
s
sd dBs s dsds s s
s s s s s s
s s
=−=−
=−
− + = = = + +
− + + + + + = − +
A expansão em fracções simples e a transformada inversa vem:
( ) ( ) ( ) )(221
21
21)(
12
10
11
22
12
1)( 22
23
1
tueetetxsssss
sX tttTL
−++=→
+−
++
++−
++
+= −−−−
Sinais e Sistemas - 22
Rogério Largo – Setúbal 1999 22
Pólos de complexos conjugados Pólos complexos conjugados ocorrem em pares complexos conjugados: S1⇒ S1
* Na expansão em fracções simples, os resíduos A1 e A1* também são complexos conjugados:
[ ] )()()())((
)( *11
1 *11*
1
*1
1
1*
11
tueAeAss
Ass
Assss
sN tstsTL −− +→+
++
=++
−
Sinais e Sistemas - 23
Rogério Largo – Setúbal 1999 23
Exemplo:
sjsjss
sssssF
)866.05.0)(866.05.0(1
)1(1)( 2 −+++
+=
+++
=
=−=
−=−=−−
⇔−−+−+=−
⇔−−−
=+−−
⇔
++
+++
=+
+++
+=
−−=−−=
01
866.0866.0866.05.05.05.0
)866.05.0()75.0866.025.0(866.05.0866.05.0
866.05.0)866.05.0(
)1()1(
11
)(
2
1
21
21
21
21
866.05.0
22866.05.021
221
αα
αααα
αα
αα
αα
αα
jjjj
jj
sssss
ss
sA
ssssF
jsjs
1)1(
)1(
02 =
++
+=
=s
ssss
sA
Sinais e Sistemas - 24
Rogério Largo – Setúbal 1999 24
[ ]
[ ]
[ ]
)()23sin()
23cos()(
)(3
2)5.0(
23)5.0(
23
23)5.0(
5.0)(
)(4/3)5.0(
)(
11
)(
11
)(
5.05.0
2
2
12
2
11
211
12
11
2
tueetf
tu
s
TL
s
sTLsFTL
tus
sTLsFTL
sTL
sssTLsFTL
sssssF
tt ++−=
+
−
+−
+
+−
−−=
=+
+−
−=
=
+
++−
=
+++
−=
−−−
−−
−−−
Sinais e Sistemas - 25
Rogério Largo – Setúbal 1999 25
Resolução de equações diferenciais Aplicação da transformada de Laplace à resolução de equações diferenciais: Tomando a equação diferencial seguinte com as condições iniciais dadas:
=′−=
=++2)0(1)0(
)(5)(2)(3)(2
2
xx
tutxdt
tdxdt
txd
Aplicando transformada de Laplace a ambos os membros: 2 5( ) (0) (0) 3 ( ) 3 (0) 2 ( )S X S Sx x SX S x X S
S′− − + − + = ⇔
( )S
SSXSS 51)(232 +−−=++
Então: ( )235)( 2
2
+++−−
=SSSSSSX
Para obter a expressão temporal de x(t) é só calcular a transformada inversa.
Sinais e Sistemas - 26
Rogério Largo – Setúbal 1999 26
Representação de Fourier dos Sinais O estudo de sinais e sistemas usando representação sinusoidal é designado por
análise de Fourier (Joseph Fourier, 1768-1830). A representação de Fourier a aplicar depende da classe dos sinais. A tabela
apresentada abaixo mostra essa relação:
Tabela – Relações entre as propriedades no tempo dos sinais e a representação de Fourier adequada.
Propriedade temporal Periódico Não Periódico
Continuo Série de Fourier Transformada de Fourier
Discreto Série Discreta de Fourier Transformada Discreta de Fourier
Sinais e Sistemas - 27
Rogério Largo – Setúbal 1999 27
Transformada de Fourier (Sinais não periódicos em tempo contínuo)
Uma apresentação da transformada de Fourier pode ser feita como um limite
das series de Fourier quando o período tende para infinito. Definição de transformada de Fourier:
( ) ( ) jwtX jw x t e dt∞ −
−∞= ∫ Transformada de Fourier (Eq. de análise)
1( ) ( )2
jwtx t X jw e dwπ
∞
−∞= ∫ Transformada inversa de Fourier (Eq. de síntese)
( ) ( )TFx t X jw←→ X(jw) descreve o sinal x(t) como uma função de frequência w e designa-se
como a sua representação no domínio da frequência.
Sinais e Sistemas - 28
Rogério Largo – Setúbal 1999 28
Condições de convergência: Condições para garantir que X(jw) é finito é que x(t) seja de quadrado integrável (isto é que tenha energia finita):
2( )x t dt∞
−∞< ∞∫
Uma condição equivalente é estabelecida se x(t) for absolutamente integrável:
( )x t dt∞
−∞< ∞∫
e tiver um número finito de descontinuidades e de máximos ou mínimos locais em qualquer intervalo finito, e essas descontinuidades forem finitas.
Sinais e Sistemas - 29
Rogério Largo – Setúbal 1999 29
Transformada de Fourier de sinais básicos
Função exponencial:
a) x(t) = e-atu(t), a>0
( )( )
00
1( ) ( ) , 0a jw t
at jwt a jw t eX jw e u t e dt e dt aa jw a jw
− +∞ ∞− − − + ∞
−∞= = = − = >
+ +∫ ∫ X(jw) é uma função complexa. Pode ser representado em módulo e fase:
( ) 12 2
1 ( ) ( ) , ( ) , ( )j X jw wX jw X jw e X jw X jw tgaa w
∠ − = = ∠ = − +
x(t) |X(jw)| Fase de X(jw)
0 0.2 0.4 0.6 0.8 10
0.2
0.4
0.6
0.8
1
-5 0 50.1
0.2
0.3
0.4
0.5
-5 0 5-2
-1
0
1
2
Sinais e Sistemas - 30
Rogério Largo – Setúbal 1999 30
-1 -0.5 0 0.5 10
0.5
1
b) x(t) = e-a|t|u(t), a>0 x(t)
0 ( ) ( )
0
2 2
( )
1 1 2 , 0
a t jwt a jw t a jw tX jw e e dt e dt e dt
a aa jw a jw a w
∞ ∞− − − − +
−∞ −∞= = +
= + = >− + +
∫ ∫ ∫
Neste caso X(jw) é real.
Nota: - Em (a) e (b), se a for complexo o resultado é o mesmo. Apenas a
condição será Re{a} >0 . Impulso de Dirac: x(t) = δ(t)
( ) ( ) 1jwtX jw t e dtδ
∞ −
−∞= =∫
Notar que δ(t) = 0 para t ≠ 0 e que ej0 = 1.
t0
1 δ(t)
w0
1 X(w)
Sinais e Sistemas - 31
Rogério Largo – Setúbal 1999 31
Função rectangular: 1
1
1, ( )
0, t T
x tt T
<= >
( )
( )
11 1
1
1 1 11 1
1
1( ) ( )
2 1 2 ( ) . ( ) 22
T jwT jwTjwt jwtT
jwT jwT
X jw x t e dt e dt e ejw
sen wTe e sen wT Tw j w wT
∞ −− −
−∞ −
−
= = = − −
= − = =
∫ ∫ Sinc(w) = sen(w)/w
É uma função da forma ( )sen x
x , designada por sinc(x) Função rectangular na frequência:
0
0
1, ( )
0, w w
X jww w
<= > Aplicando a transformada de Fourier inversa:
-15 -10 -5 0 5 10 15-0.5
0
0.5
1
t-T1
1 x(t)
T1
Sinais e Sistemas - 32
Rogério Largo – Setúbal 1999 32
( )
( )
00 0
0
0 0 0 00
0
1 1 1( ) ( )2 2 2 .
( )1 1 1 . ( )2
w jw t jw tjwt jwtw
jw t jw t
x t X jw e dw e dw e ejt
w sen w te e sen w tt j t w t
π π π
π π π
∞ −
−∞ −
−
= = = −
= − = =
∫ ∫
Deve salientar-se aqui a dualidade entre as duas funções anteriores: Um rectângulo num domínio corresponde a uma função “sinc” no outro. É uma consequência do princípio da dualidade que se enunciará mais à frente. Nota. A função “sinc”, numa formulação exacta, é definida da seguinte maneira:
( )( ) sensinc πθθπθ
= . Desta forma as suas passagem por zero verificam-se nos pontos θ = ±1, ±2, etc.
Sinais e Sistemas - 33
Rogério Largo – Setúbal 1999 33
Sinusóides: 0 0
0 0 01sin( ) ( ) [ ( ) ( )]2
TFjw t jw tw t e e w w w wj j
π δ δ−= − ←→ − − +
0 00 0 0
1cos( ) ( ) [ ( ) ( )]2
TFjw t jw tw t e e w w w wπ δ δ−= + ←→ − + + Como é conhecido as funções sinusoidais contêm uma única frequência. Logo
era de esperar que a sua representação em frequência desse conta desse facto. Em ambos os casos obtiveram-se Dirac’s localizados em ±w0 (apenas diferindo na fase).
ww0
π
TF{cos(w0 t)}
-w0
Sinais e Sistemas - 34
Rogério Largo – Setúbal 1999 34
Tabela – Transformada de Fourier de funções elementares
Função temporal
x(t)
Transformada de Fourier X(jw) Notas
e-atu(t) 1
( )a jw+ Re{a}>0
e-a|t| 2 2
2 aa w+ Re{a}>0
te-atu(t) 2
1( )a jw+ Re{a}>0
δ(t) 1 Delta de Dirac δ(t-t0) exp(-jw t0) Delta atrasado
1
( )2trectT 1 12T sinc(w T ) Função rectangular
00( )
2w sinc w tπ ( )
2 0wrectw Função rectangular na frequência
Sinais e Sistemas - 35
Rogério Largo – Setúbal 1999 35
sen(w0t) 0 0[ ( ) ( )]w w w wjπ δ δ− − + Função seno
cos(w0t) 0 0[ ( ) ( )]w w w wπ δ δ− + + Função coseno exp(jw0 t) 2πδ(w-w0) Exponencial complexa
Propriedades da transformada de Fourier
Usando funções simples cujas transformadas podem ser consultadas em tabelas e recorrendo às propriedades que se enunciam a seguir podem obter-se facilmente as transformadas de funções mais complicadas. i.) Linearidade
TF{x(t)} = X(jw) TF{y(t)} = Y(jw) ⇒ TF{ax(t)+by(t)} = aX(jw) +bY(jw)
Sinais e Sistemas - 36
Rogério Largo – Setúbal 1999 36
ii.) Deslocamento no tempo TF{x(t)} = X(jw) ⇒ TF{x(t-t0)} = exp(-jwt0)X(jw)
A demonstração é simples recorrendo a uma mudança de variável: τ = t-t0 : 0 0 0( )
0 0{ ( )} ( ) ( ) ( ) ( )jw t jwt jwtjwt jwTF x t t x t t e dt x e d e x e d e X jwτ ττ τ τ τ∞ ∞ ∞− − − −− −
−∞ −∞ −∞− = − = = =∫ ∫ ∫
iii.) Deslocação na frequência (Modulação)
TF {x(t)} = X(jw) ⇒ TF{x(t)exp(jw0t)}=X(j(w-w0)) O espectro do sinal que se encontrava em redor da origem é deslocado para w0. Fazendo o produto for por sinusóides, recorrendo às fórmulas de Euler obtém-se:
( ){ } ( )( ) ( )( )0 0 01( )s2
TF x t en w t X j w w X j w wj = − − +
( ){ } ( )( ) ( )( )0 0 01( ) cos2
TF x t w t X j w w X j w w = − − +
Sinais e Sistemas - 37
Rogério Largo – Setúbal 1999 37
iv.) Diferenciação e Integração
TF {x(t)} = X(jw) ⇒ TF{x´(t)} = jwX(jw) e TF{x(n)(t)} = (jw)nX(jw)
Também ( ){ } ( ) ( )1 0 ( )t
TF x d X jw X j wjw
τ τ π δ−∞
= +∫
v.) Escalonamento no tempo e em frequência
TF{x(t)} = X(jw) ⇒ ( ){ } 1 jwTF x at Xa a
= , a real não nulo.
Fazendo a = -1, também se obtém: TF{x(-t)}=X(-jw)
Se a > 1 temos uma compressão na escala de tempo de que resulta um expansão na frequência e vice-versa.
Sinais e Sistemas - 38
Rogério Largo – Setúbal 1999 38
vi.) Conjugado Sendo: TF{x(t)} = X(jw) então: TF{x* (t)} = X* (-jw), Note-se que :
( ) ( )
( ) ( ){ }
**
*
( ) *
trocando por fica:
( ) * * , c.q.d.
jwt jwt
jwt
X jw x t e dt x t e dt
w - w
X jw x t e dt TF x t
∞ ∞−
−∞ −∞
∞ −
−∞
= =
− = =
∫ ∫
∫
- Propriedade do conjugado simétrico:
Se x(t) for real então x*(t) = x(t), X*(-jw) = X(jw). X(-jw) = X*(jw). Consequência : |X(jw)| é uma função par e Fase[X(jw)] é impar:
X(-jw)= |X(-jw)|ejΦ(-w) e X*(jw)= |X*(jw)|e-jΦ(w)
Sendo X(jw) = X*(-jw) ⇒ |X(jw)|= |X*(-jw)| e Φ(-jw) = -Φ(jw) De igual modo se vê que Re{X(jw)} é par e Im{X(jw)} é impar.
Sinais e Sistemas - 39
Rogério Largo – Setúbal 1999 39
Exemplo: Função real: x(t) = e-atu(t), a>0 ⇒ 1( )X jw
a jw=
+
portanto: 1( ) *( )X jw X jw
a jw− = =
− , como se esperava. - Consequências da propriedade do conjugado simétrico (a) x(t) real e par então também X(jw) é real e par: x(t) = x(-t) ⇒ X(-jw) = X(jw) (b) x(t) real e impar então X(jw) é imaginária pura e par:
x(t) = -x(-t) ⇒ X(-jw) = -X(jw) e X(jw) = Im[X(jw)] (c) Separando x(t) nas suas componentes par e impar, atendendo a (a) e (b), teremos: x(t) = xP(t) + xI(t) logo TF{x(t)} = TF{xP(t)} + TF{xI(t)} Pelo que: TF{xP(t)} = Re[X(jw)] e TF{xI(t)} = Im[X(jw)]
Sinais e Sistemas - 40
Rogério Largo – Setúbal 1999 40
Exemplo: Função real e par: x(t) = e-a|t|, a>0,
x(t) = 2Par[e-atu(t)] = 2{[e-atu(t)+ e atu(-t)]/2} , { } 1( )atTF e u ta jw
− =+
logo { } | |2 2
1 22 [ ( )] 2Re[ ] { }at a taTF Par e u t TF ea jw a w
− −= = =+ + c.q.d
vii.) Princípio da dualidade
Sendo: TF{x(t)} = X(jw) então: TF{X(t)} = 2π x(-jw)
Exemplo: Calcular 2
21
TFt
+ . Sabemos que: { }| |
2
2a t aFT ea w
− =+ .
A nossa função no tempo assemelha-se a esta transformada com a=1 , isto é:
{ }| |2
21
tTF ew
− =+ .
Pelo princípio da dualidade obtém-se: 2
2 21
wTF et
π − = +
Sinais e Sistemas - 41
Rogério Largo – Setúbal 1999 41
viii.) Convolução
Definição da convolução de x(t) com h(t): ( )* ( ) ( ) ( )t
x t h t x h t dτ τ τ−∞
= −∫ Esta propriedade estabelece que : TF{x(t)*h(t)} = X(jw)H(jw)
ix.) Relação de Parseval Estabelece que a energia do sinal x(t) pode ser calculada a partir da sua
transformada:
2 21( ) ( )2
x t dt X w dwπ
∞ ∞
−∞ −∞=∫ ∫
Sinais e Sistemas - 42
Rogério Largo – Setúbal 1999 42
Tabela – Propriedades da transformada de Fourier
Função temporal x(t)
Transformada de Fourier X(jw) Notas
a1x(t) + a2y(t) a1X(jw) + a2Y(jw) Linearidade
x(t-t0) exp(-jw t0)X(jw) Deslocamento no tempo
x(at)
aa1 jwX Escalamento no tempo
x*(t) X*(-jw) Conjugação x(-t) X(-jw) Reflexão no tempo
)0 x(te tjw X(j(w-w0) Modulação
( )n
n
d x tdt (jw)nX(jw) Derivação
tx(t) dw
jwdXj )(
Derivação na frequência
Sinais e Sistemas - 43
Rogério Largo – Setúbal 1999 43
( )t
x dτ τ−∞∫ )()0()( wjX
jwjwX δπ+ Integração
X(t) 2πx(-jw) Dualidade x(t)*y(t) X(jw)Y(jw) Convolução no tempo
x(t)y(t) 12π
X(jw)*Y(jw) Convolução na frequência
2( )x t dt
∞
−∞∫ 21 ( )
2X w dw
π∞
−∞∫ Relação de Parseval