49
VOLUNTÁRIOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA RELATÓRIO TÉCNICO PARCIAL ___ FINAL_ X_ IDENTIFICAÇÃO INSTITUIÇÃO: Universidade Salvador - UNIFACS NOME DO BOLSISTA: Vinicius Santana de Lacerda CPF Nº: 022.984.315.82 Matricula : 033141382 ORIENTADOR (A): Karla Eugênia de Souza Andrade TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA: TÉCNICAS CONSTRUTIVAS COM USO DE BAMBU TÍTULO DO PLANO DE TRABALHO: TÉCNICAS CONSTRUTIVAS COM USO DE BAMBU PERÍODO ABRANGIDO PELO RELATÓRIO: 23 / 02 / 2015 a 30 / 06 / 2015 EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS CONFORME PLANO DE TRABALHO PERÍODO PREVISTO PERÍODO DE EXECUÇÃO Organização e sistematização dos dados levantados na pesquisa bibliográfica e documental. Entre abril e Junho de 2015 Entre abril e Junho de 2015 Desenvolvimento de questionário para aplicação junto a fornecedores e especialistas no assunto; Junho de 2015 Junho de 2015 Levantamento dos projetos referenciais e arquivos existentes internacionais e nacionais. Março/Abril de 2015 Março/Abril de 2015 Comparação do bambu com outros materiais de mesma capacidade sustentável do ponto de vista econômico, ambiental e social. Entre abril e Junho de 2015 Entre abril e Junho de 2015 DESCRIÇÃO DA(S) ATIVIDADE(S) NÃO PREVISTA(S) ORIGINALMENTE NO PLANO DE TRABALHO (SE HOUVER) PERÍODO DE EXECUÇÃO 1

Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

VOLUNTÁRIOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

RELATÓRIO TÉCNICO PARCIAL ___ FINAL_ X_

IDENTIFICAÇÃO

INSTITUIÇÃO: Universidade Salvador - UNIFACS

NOME DO BOLSISTA: Vinicius Santana de Lacerda

CPF Nº: 022.984.315.82 Matricula : 033141382

ORIENTADOR (A): Karla Eugênia de Souza Andrade

TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA: TÉCNICAS CONSTRUTIVAS COM USO DE BAMBU

TÍTULO DO PLANO DE TRABALHO: TÉCNICAS CONSTRUTIVAS COM USO DE BAMBU

PERÍODO ABRANGIDO PELO RELATÓRIO: 23 / 02 / 2015 a 30 / 06 / 2015

EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS CONFORME PLANO DE TRABALHO

PERÍODO PREVISTO PERÍODO DE EXECUÇÃO

Organização e sistematização dos dados levantados na pesquisa bibliográfica e documental.

Entre abril e

Junho de 2015

Entre abril e Junho de 2015

Desenvolvimento de questionário para aplicação junto a fornecedores e especialistas no assunto;

Junho de 2015 Junho de 2015

Levantamento dos projetos referenciais e arquivos existentes internacionais e nacionais.

Março/Abril de 2015

Março/Abril de 2015

Comparação do bambu com outros materiais de mesma capacidade sustentável do ponto de vista econômico, ambiental e social.

Entre abril e Junho de 2015

Entre abril e Junho de 2015

DESCRIÇÃO DA(S) ATIVIDADE(S) NÃO PREVISTA(S) ORIGINALMENTE NO PLANO DE TRABALHO (SE HOUVER)

PERÍODO DE EXECUÇÃO

DIFICULDADES ENCONTRADAS:

HOUVE ALTERAÇÃO NO PLANO DE TRABALHO: ( )SIM ( x )NÃO

JUSTIFIQUE A ALTERAÇÃO:

1

Page 2: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

PROJETO (PLANO DE TRABALHO)

RESUMO: (aproximadamente 250 palavras)

O presente trabalho tem o objetivo de reunir estudos e fazer uma ampla revisão para o aprimoramento de técnicas quanto ao uso de tecnologias sustentáveis na arquitetura e construção civil com o foco na utilização do Bambu. Foi realizada a análise de edificações existentes que fazem uso do bambu e seus diversos usos como artesanato, produção de instrumentos musicais e móveis.

O domínio e desenvolvimento de novas técnicas nesta área promovem uma série de benefícios, principalmente no aspecto habitacional barateando os custos das obras e se tornando mais acessível à população por ser um material de alta resistência, zero de impacto ao meio ambiente e fácil plantio, se adaptando a quase todos os tipos de solo e com tempo de maturação para a utilização na edificação sendo considerado rápido, cerca de 4 anos e atingindo até 15 metros por ano. Sendo o bambu um material de uso milenar, o incentivo do desenvolvimento de técnicas se faz importante para a comprovação da sua eficiência construtiva, assim diminuindo a resistência que o Brasil ainda possui na sua utilização, principalmente nas habitações de interesse social, onde a falta de normatização, impedindo o uso de materiais sustentáveis, que trariam benefícios econômicos, quanto ambientais, na substituição de materiais poluentes e que causam desmatamento.

Foram pesquisadas as principais técnicas para a realização de construções em bambu, desde o seu plantio até suas principais utilizações numa edificação, questões socioeconômicas em relação à inserção de métodos bioconstrutivos nas habitações de interesse social no Brasil, além de vantagens e características físicas e mecânicas do bambu.

PALAVRAS-CHAVE (três)

Bambu; Sustentabilidade; Arquitetura.INTRODUÇÃO (tema/objetivos/hipóteses/justificativa)

Os conhecimentos sobre a técnica de utilização do bambu vêm ganhando espaço no mercado. O bambu tem sido apresentado como a madeira do século 21, devido as suas características de grande resistência mecânica, beleza e diversas utilidades. Apesar de tantas características positivas, o potencial arquitetônico e as possibilidades de industrialização do bambu enquanto material construtivo, ainda não se encontra devidamente analisadas. Os estudos sobre o bambu necessitam passar por uma normalização científica, fato que gerará maior credibilidade sobre o

2

Page 3: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

material. Buscando sempre novas descobertas sobre o bambu, arquitetos como Simon Vélez, Renzo Piano, Frei Otto, entre outros têm usado o bambu em combinação com outros materiais construtivos, principalmente com o concreto. O fácil manejo e o cultivo deste material têm proporcionado a disseminação das técnicas e dos conhecimentos em diversas partes do mundo (NOGUEIRA, 2009).

Para que seja possível a inserção do bambu nos meios construtivos usuais é necessária a disseminação das suas características e vantagens, assim expondo a gama de utilidades e aplicações na construção civil. Mas para que isso ocorra, o domínio de técnicas para uma correta utilização e manuseio do material desde a sua extração até o acabamento da obra é de extrema importância para manter um nível de qualidade das edificações, que em alguns aspectos se torna superior ao das edificações feitas com materiais usuais.

O bambu surge hoje como uma solução para o futuro, amigável para o homem e para a natureza, onde há que preservar recursos naturais que estão em colapso. Desde pontes, casas, monumentos, estruturas efémeras, mobiliário, papel, biodisel, fertilizantes, sustentação de barrancos, alimento. Temos no bambu uma alternativa viável de projeto sustentável, sensível, estético, estrutural; minimizando o problema ambiental (CAEIRO, 2010).

MÉTODO (sujeitos/instrumentos/procedimentos)

A pesquisa está organizada em três etapas:

4.1. Pesquisa bibliográfica e documental

Através do levantamento de publicações impressas e/ou eletrônicas sobre o tema.

Levantamento dos projetos referenciais e arquivos existentes internacionais e nacionais.

4.2. Estudo de campo

Elaboração de questionários e/ou entrevistas a serem aplicadas junto a fornecedores e especialistas no assunto

Elaboração de indicadores a serem avaliados nas construções de bambu

Pesquisa, observação e avaliação do desempenho físico de construções em bambu.

Fazer comparações do bambu com outros materiais de mesma capacidade sustentável do ponto de vista econômico, ambiental e social.

3

Page 4: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

4.3. Análise e sistematização dos dados levantados

Organizar e sistematizar os dados levantados na pesquisa bibliográfica, documental e de campo.

Elaboração de relatório técnico.Divulgação dos resultados através da realização de cartazes e palestras.RESULTADOS PROPOSTOS/ALCANÇADOS

BIOARQUITETURAÉ um ramo da arquitetura que busca construir edificações em harmonia com a natureza, com baixo impacto ambiental e custos operacionais reduzidos. Os adeptos do conceito, surgido nos anos 1960, priorizam o uso de técnicas construtivas sustentáveis (tijolo adobe, cimento queimado ou taipa de pilão, entre outras) e matérias-primas naturais, recicláveis, de fontes renováveis e que não possam ser aproveitadas integralmente. Bambu, palhas e madeira reflorestada, ou proveniente de manejo certificado, são bastante utilizados, enquanto o alumínio, apesar de reciclável, é evitado por conta do impacto ecológico de sua fabricação.

ASPECTOS BOTÂNICOS

CLASSIFICAÇÃOBambu é o nome que se dá às plantas da subfamília Bambusoideae, da família das gramíneas. Essa subfamília se subdivide em duas tribos, a Bambuseae que são os bambus chamados de lenhosos e a Olyrae, os bambus chamados de herbáceos (HIDALGO-LÓPEZ, 2003).

Pelas características de seu colmo, é considerada uma planta lenhosa, classificada como angiosperma, pois tem as sementes protegidas e produz frutos, e monocotiledôneas, que são as plantas que possuem raízes fasciculadas (PANDOVAN, 2010).

CONSTITUIÇÃO E ESTRUTURA ANATÔMICAOs colmos do bambu se caracterizam por sua forma tubular dividida por uma sequência de nós transversais que contêm no seu interior diafragmas que separam os entrenós ocos. A grande concentração de fibras nesses nós proporciona grande resistência e flexibilidade ao bambu.

Nas suas mais de 1.000 espécies, o bambu apresenta uma grande variedade de diâmetro e altura. A altura varia de poucos centímetros acima do solo para as espécies herbáceas que têm diâmetros de poucos milímetros, enquanto outras podem atingir alturas de 40 metros e diâmetros por volta de 30 centímetros, como

4

Page 5: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

na espécie Dendrocalamus giganteus. Entre esses dois extremos encontra-se as mais variadas dimensões de alturas e diâmetros (NUNES, 2010).

O colmo do bambu brota do solo com o diâmetro definitivo que terá por toda a vida, nunca aumentando com o passar dos anos já que o bambu não apresenta crescimento radial como as madeiras. Segundo LIESE apud PEREIRA (2001), o comprimento dos entrenós aumenta da base até o meio do colmo, diminuindo daí em direção ao topo, tendo em média um comprimento de 20 a 35 centímetros na maioria das espécies. Os bambus atingem o seu diâmetro máximo por volta de cinco anos após o plantio.

PLANTIO

O processo de plantio consiste em três metodologias principais, sendo a primeira típico da Costa Rica: coloca-se a vara de bambu verde horizontalmente, fazendo um pequeno orifício em cada gomo, enche-se de água e cobre-se com terra a uma profundidade de 30 a 50cm; passadas 2 a 3 semanas começam a despontar os brotos de bambu. Na Ásia cortam pedaços de bambu com 2 ou 3 nós e plantam verticalmente, com um nó plantado a 1 metro de profundidade, tendo em atenção não deixar copo na extremidade de cima para que a água não se acumule e disso advenha apodrecimento da planta. A última e muito vulgar na América Latina cortam-se os nós de cada gomo e dispersam-se pelo terreno (NUNES, 2010).

PROPAGAÇÃOSegundo Salgado (2001), a velocidade de propagação de uma plantação de bambu, depois de estabelecida, é muito grande. O tempo de estabelecimento de uma plantação varia de cinco a sete anos, e o amadurecimento de um bambu acontece de três a quatro anos, quando atingem as dimensões características da sua espécie, sendo assim mais rápido para a colheita do que a mais rápida árvore. A média de produção de biomassa num bambuzal é de 10 toneladas por hectare por ano e não exige técnicas complexas para o seu estabelecimento como plantação (NUNES, 2010).

Em Sergipe, registramos a incidência de 4.800 colmos/ha da espécie Bambusa vulgaris em condições naturais, sem nenhum manejo, no município de Japaratuba em 2004 (NUNES, 2010).

COLHEITAPara sua extração é necessário que o bambu tenha no mínimo 3 anos, que é o seu período de maturação para que possua as características de resistência

5

Page 6: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

necessárias para a construção civil. O corte dos troncos deve ser feito a aproximadamente 20 cm do solo e antes de um nó, para evitar que retenha água no tronco e ali se hospedem insetos, especialmente mosquitos (LENGEN, 2014) e pode ser realizado com machado, serra ou facão, sendo a serra o mais indicado.

Os períodos de corte do bambu são nos meses mais secos do ano (entre maio e agosto) e nos meses mais frios, que é o período de hibernação dos insetos. Muitas das culturas que utilizam o bambu preservam a tradição de colher o bambu principalmente na lua minguante, garantindo colmos menos vulneráveis. Este fato foi comprovado cientificamente por PINZON (2002), que relacionou a presença de carboidratos em amostras de Guadua Angustifolia, com as fases da lua (MARQUEZ, 2006).

TIPOS DE TRATAMENTO

NATURAIS:

SECAGEM AO AR LIVRE O bambu deve ser mantido em locar com ventilação e sem exposição aos fatores climáticos, segundo Johan Van Lengen, no manual do arquiteto descalço (2014), o bambu deve ser disposto em camadas separados por troncos grossos por dois meses.

Imagem 1: Bambu em processo de secagem ao ar livre. Disponível em: http://www.apuama.org

6

Page 7: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

SECAGEM AO FOGO A secagem ao fogo pode ser utilizada quando se tem a necessidade de uma secagem mais rápida em dias de maior umidade do ar. Este método serve para aumentar a resistência do tronco contra insetos. Segundo LENGEN (2010) faz-se um buraco pouco profundo e se cerca com tijolos. O bambu deve ser colocado à 50 cm acima do fogo, necessitando serem viradas periodicamente para uma secagem uniforme.

Imagem 2: Processo de secagem ao fogo do bambu. Fonte: LENGEN (2010).

IMERSÃO Este método tem o objetivo de reduzir ou eliminar o teor de amido presente nos colmos por meio de um processo biológico, evitando assim o ataque de insetos xilófagos. O tratamento por imersão pode ser feito em água corrente ou estagnada, onde se submergem os colmos que podem ser recém-cortados ou secos ao ar livre, por um período de 4 semanas LENGEN (2010).

QUIMICOS

Os métodos químicos para o tratamento dos colmos de bambu são mais eficientes do que os métodos tradicionais. O tratamento químico, quando bem conduzido, protege os colmos contra o ataque do caruncho, além de aumentar sua durabilidade quando são colocados em contato com o solo.

IMERSÃO QUIMICA Consiste na imersão dos colmos numa solução preservativa para que os agentes químicos tóxicos aos insetos xilófagos impregnem nas suas paredes internas, mantendo assim o bambu resistente aos ataques. Todas as peças devem ser totalmente submersas. A solução recomendada, segundo LENGEN (2010) é de

7

Page 8: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

para cada 100 litros de água, 1 quilo de Sulfato de cobre, 3 quilos de ácido bórico e 5 quilos de bórax.

Imagem 3: Estrutura para processo de imersão química. Fonte: LENGEN (2010)

SOB PRESSÃO

BOUCHERIEConsiste na aplicação de uma solução no interior do bambu por pressão hidrodinâmica através de uma mangueira ligada da extremidade do colmo a um tambor com a solução preservativa. Quando aplicada, a pressão injeta a solução que empurra a seiva presente no colmo para fora, a substituindo pela solução. A duração do processo pode varias de 10 a 30 minutos, dependendo das dimensões do colmo.

Imagem 4: Método Boucherie. Fonte: Disponível em: http://www.apuama.org

8

Page 9: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

AUTOCLAVE

Utiliza-se o mesmo equipamento para tratamento de madeiras usuais; no caso do bambu, deverá estar previamente tratado para evitar o ataque de insetos durante a secagem, assim como perfurado em seus internos para saída do ar durante a execução do vácuo. Esse método tem sido utilizado com grande sucesso em ripas e taliscas de bambus.

Imagem 5: Método de autoclave. Fonte: Disponível em: http://bamboo.ning.com/

ETAPAS DE PRODUÇÃO

CURA NA MATA

Após o corte, o colmo é deixado para secar na própria touceira dispostas na posição mais vertical possível apoiado em alguma pedra ou na própria touceira por aproximadamente 4 semanas até as suas folhas sequem e caiam. Durante esse tempo ocorre a fermentação do amido e seiva mantendo o colmo livre de insetos e pragas e aumentando a sua resistência. Porém, quando em contato com o solo, este processo se torna menos eficiente.

9

Page 10: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

Imagem 5: Cura na mata realizada na touceira. Fonte: Disponível em: http://www.apuama.org

CURA POR IMERSÃOOs colmos recém cortados são submersos em um tanque ou rio por um tempo maior que 4 semanas, após isso são postos para secar por um tempo. Este método não é muito recomendado por não ser muito efetivo, alguns colmos apresentam manchas e caso permaneçam por tempo demais submerso podem apresentar fissuras e perder resistência. (LOPEZ, 1981)

Imagem 6: Estrutura para cura por imersão. Fonte: Disponível em:

10

Page 11: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

http://www.mom.arq.ufmg.br

PROPRIEDADES FÍSICAS

O bambu apresenta excelentes características físicas e, segundo Ghavami; Marinho (2001), os colmos do bambu possuem características de leveza, força, dureza, conteúdo de fibras, flexibilidade e facilidade de trabalho, que são ideias para diferentes propósitos tecnológicos. A cor, a altura total, a distância entre nós, o diâmetro do mesmo e a espessura da parede, tudo isso depende da espécie e do período e idade do corte do bambu.

Uma característica física significante do bambu é a sua higroscopia, ou seja, ele tem a capacidade de absorver umidade, sendo portando, um material higroscópico. Assim, o bambu dilata-se com o aumento da umidade e contrai-se com a sua perda. Segundo Ghavami; Marinho (2001), a sua umidade natural varia entre 13 a 20%, dependendo do clima onde está inserido.

De acordo com Barbosa; Ghavami (2005), as propriedades físicas do bambu de maior interesse para a engenharia são peso especifico, umidade natural, absorção de agua e variações dimensionais e coeficiente de dilatação.

PESO ESPECÍFICO APARENTEO peso especifico interessa para se avaliar o peso próprio das estruturas de bambu, Janssen (2000) afirmou que a mais importante propriedade mecânica do bambu é sua massa específica pela unidade de volume, ou a densidade, expressa em kg/m³, que varia entre 700 kg/m³ e 800 kg/m³, de acordo com a qualidade do solo, a espécie, posição no colmo, etc. O autor demonstrou que o bambu, na relação resistência e dureza com relação à massa específica, é inferior apenas ao aço.(PANDOVAN, 2010)

TEOR DE UMIDADEA umidade natural serve para se fazer correções de resistência em relação à umidade padrão de 12%; a absorção e variações dimensionais são necessárias para se verificar possíveis mudanças de volume das peças de bambu. O coeficiente de dilatação térmica permite obter as variações de dimensões das peças de bambu (Barbosa; Ghavami, 2005).

Segundo Vijay Raj (1991 et. Al. PANDOVAN, 2010), o teor de umidade do colmo

11

Page 12: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

recém-cortado é de cerca de 80%; após o corte, torna-se necessário um período de um a quatro meses de secagem ao ar para que o colmo atinja uma umidade entre 12% a 20%. Colmos de bambu da espécie Dendrocalamus strictus, com 2,5 anos de idade, podem absorver entre 51 e 55% de água depois de quatro dias de imersão em água e entre 57 e 64%, depois de sete dias de imersão. Quando em contato com a água, o bambu demonstra grande fragilidade, tanto na questão da conservação quanto na sua resistência, merecendo cuidados na associação com outros materiais como o concreto, ou na exposição à chuva e à umidade.

VARIAÇÃO DIMENSIONALPor ser um material higroscópico, ocorrem variações dimensionais no bambu, devido à rápida absorção e posterior liberação de água. O bambu pode se 38 contrair aproximadamente 12% de seu diâmetro e 16% de sua espessura, quando tem seis meses de idade, porém, na idade adulta, reduz sua contração para 4% a 7% do diâmetro e 3% a 7% na espessura da parede do colmo (VIJAY RAY, 1991 et. Al. PANDOVAN, 2010)

Variação linear longitudinal axial: ocorre na direção do eixo vertical do colmo de bambu; a exemplo das madeiras, essas variações são desprezíveis, na casa de 0,5%. Variação radial: refere-se à movimentação na direção interior-casca. (PANDOVAN, 2010)

Imagem 7: Diferentes dimensões do bambu. Fonte: Disponível em: http://pilateslenir.com.br

PROPRIEDADES MECÂNICAS

12

Page 13: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

COMPRESSÃO As características mecânicas do bambu são influenciadas por diversos fatores: espécie, idade, tipo de solo, condições climáticas, época de colheita, teor de umidade das amostras e sua localização em relação ao comprimento do colmo. (GHAVAMI, 1989 citado por GHAVAMI; MARINHO, 2005).

Testes de compressão em amostras de seção retangular apresentaram, conforme Pereira e Beraldo (2007), uma resistência à compressão situada na faixa de 20 a 120 MPa e o módulo de elasticidade variou entre 2,6 e 20 GPa. (PANDOVAN, 2010)

TRAÇÃO PARALELAEm ensaios realizados com colmos inteiros, Ghavami e Marinho (2005) obtiveram resultados de resistência à tração, módulo de elasticidade e coeficiente de Poisson da parede do colmo do bambu Guadua angustifolia. Observaram que o bambu atinge uma resistência média à tração de 86,96 MPa e que, no geral, a parte central apresenta maior resistência; 95,80 MPa no corpo-de-prova sem nó e 82,62 MPa no corpo-de-prova com nó.

FLEXÃO ESTÁTICAOs resultados dos testes à flexão estática são muito variáveis, em razão de diversos fatores: a posição dos corpos-de-prova para ensaios; sua forma irregular próxima a troncos de cone; a espessura não uniforme das paredes; a variação na orientação das fibras na região dos nós; a presença do diafragma, atuando como estribos em uma armação de ferragem; o esmagamento prematuro das paredes do colmo pela compressão do cutelo, antes do rompimento da peça como um todo, e a metodologia aplicada aos testes. Janssen (2000) comentou que, em colmos inteiros, foram encontrados valores oscilando entre 170 MPa e 62 MPa e o módulo de elasticidade variou entre 6 GPa e 14 GPa.

TORÇÃOA seção circular é a única seção ou arranjo geométrico possível, capaz de abarcar o máximo de conteúdo com o mínimo de perímetro ou superfície. Devido ao seu formato cilíndrico, o bambu possui boas propriedades quando submetido a forças de torção. Fazendo-se uma analogia com uma fila de pessoas, em formato circular, a força que uma pessoa exerce sobre a outra é passada adiante, já que não existe espaço para onde a força se desloque.

Contudo, as fibras do bambu são facilmente descoladas e esse deslocamento pode ser muito prejudicial ao sistema de tensão, causando-lhe uma descontinuidade, que

13

Page 14: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

tende a diminuir as resistências à torção da vara.

CISALHAMENTOOs testes de cisalhamento realizados tiveram o objetivo de caracterizar o cisalhamento Inter laminar (no sentido paralelo às fibras), que constitui a pior característica do material nas formas atuais de construção. No cisalhamento foi ensaiado um total de 12 corpos de prova, sendo estes: Um lote com 6 corpos de prova (três com nó e três sem nó) secos (sem passagem pela estufa). Um lote com 6 corpos de prova secos na estufa à 50ºC por uma semana. (Tempo em que se considerou estabilizada a massa do corpo de prova) No cisalhamento o bambu apresentou seu ponto mais frágil, com uma tensão de ruptura média dos corpos de prova secos em 7,02 Mpa. (FÁBIO LANFER, 2006)

Imagem 8: Demonstração do Cisalhamento. Fonte: HIDALGO (1981)

ESPÉCIES PRIORITÁRIAS

O bambu possui mais de mil espécies em todo mundo, as espécies de bambus nativos estão distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais do planeta, com exceção da Europa. O Brasil apresenta uma grande floresta nativa de bambu no sudoeste da Amazônia contendo mais de 200 espécies, dentre elas, as mais utilizadas na construção civil são:

Dendrocalamus giganteus (bambu balde ou bambu gigante), a altura dos colmos varia de 24 a 60m com diâmetro dos colmos de 10 a 20 cm e a espessura da parede de 1 a 3cm, é a maior espécie de bambu, possui alta resistência podendo ser utilizado com função estrutural.

14

Page 15: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

Imagem 9: Medição de bambu gigante. Fonte: Disponível em: http://www.bambooweb.info

Guadua angustifólia (Bambu Guadua), com a altura dos colmos que vão até 30 m, o diâmetro dos colmos chega até 20 cm e a espessura da parede varia entre 1,5 a 2 cm. É muito utilizado para conter erosão e sedimentos em terrenos degradados e erodidos, devido a distância que possui entre os colmos (varas) que são levemente afastados.

Imagem 10: Bambu Guadua. Fonte: Disponível em: www.ebiobambu.com.br

Bambuza vulgaris (bambu comum), a altura dos colmos pode variar de 8 a 20 metros, com o diâmetro dos colmos de 4 a 6 cm e a espessura da parede de 7 a 15 mm. É originário da China e mais comum pelo Brasil, possui grande apelo estético e

15

Page 16: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

pode ser utilizado para contenção de vento e fechamento de espaços.

Imagem 11: Bambuza Vulgaris. Fonte: Disponível em: www.jogindernursery.com

MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO EM BAMBU

VERNACULARArquitetura vernacular é toda arquitetura realizada com o conhecimento empírico, com conhecimento muitas vezes passado por gerações, sem o conhecimento técnico de engenheiros e arquitetos, se utilizando apenas de matérias encontrados no ambiente onde a edificação será erguida, trazendo assim características regionais e que se adequam ao ambiente que estão inseridas. Os principais materiais utilizados na arquitetura vernacular são pedra, palha, bambu, barro, madeira. Na Ásia, onde se encontram grandes concentrações de bambuzais, o desenvolvimento do conhecimento construtivo com bambu tornou-se bastante avançado, o que justifica ainda hoje encontrarmos edificações milenares que se utilizaram deste material na arquitetura asiática. (PANDOVAN, 2010)

16

Page 17: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

Imagem 12: Casa feita com materiais encontrados na região.

Fonte: Disponível em PANDOVAN, 2010

Porém o método vernacular não é muito eficiente, por geralmente as peças de bambu serem cortadas nas proximidades das construções, geralmente com facão ou machadinha, com imediata utilização para as diversas finalidades, sem prévio tratamento, recebendo, em alguns casos, apenas limpeza superficial e lixamento dos colmos, o que caracteriza sua baixa durabilidade, pela ausência de acabamento superficial.

UTILIZAÇÃONas construções tradicionais, o bambu é utilizado em sua maneira mais simples de aplicação, com utilização de colmos inteiros, réguas sem aparelhamentos, bambu trançado, cordas de bambu e argamassa adicionada de fibras naturais, utilizando-se métodos e ferramentas muito simples e acessíveis até mesmo para os jovens e para os não qualificados (JAYANETTI; FOLLET, 1998 et. Al. PANDOVAN, 2010)

FUNDAÇÃOAs fundações são de extrema importância nas edificações por sua função de receber todas as cargas da edificação e as mantê-las firmes, o que as transforma num fator determinante para o curto prazo de utilização das edificações construídas pelo método tradicional: quando não são tomadas as medidas preventivas contra a umidade proveniente do contato do bambu com o solo, ocorre rápida deterioração e falência estrutural da edificação. Segundo Jayanetti e Follett (1998), a durabilidade dessas fundações varia de seis meses a dois anos. (PANDOVAN, 2010)

17

Page 18: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

RIPAS As ripas são obtidas de maneira tradicional, por meio da divisão dos colmos, com uso de ferramentas como facão ou machadinha. O corte é iniciado com o instrumento e pode ser finalizado com uma barra metálica após a prévia abertura do colmo. Após isso, é retirada a parte branca interna para evitar ataques de pragas. (PANDOVAN, 2010)

Imagem 13: Corte de ripa de bambu. Fonte: LOPEZ (2003)

TIRASSão retiradas pela divisão tangencial das ripas, com auxílio de facas largas, separando a casca do colmo. São utilizadas para a confecção de tramas (PANDOVAN, 2010).

18

Page 19: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

Imagem 14: Trama feita com tiras de bambu. Fonte: Disponível em: www.mulher.uol.com.br

CORDAS COM FIBRA DE BAMBUSão obtidas pela subdivisão da casca do bambu em tiras finas e posteriormente trançadas. É uma técnica muito utilizada pelos chineses até os dias de hoje, pois minimiza os problemas de cisalhamento e permite que o material seja reutilizado, montado e desmontado diversas vezes (MEIRELLES; OSSE, 2010).

ARGAMASSAS Servem para vedação dos painéis de ripas ou de tecidos de bambu e enchimento dos vãos, quando utilizado o sistema de paredes duplas. Possui como componente principal o barro, adicionado de diversos materiais naturais para dar liga, como estrume de animais, palha de fibras naturais, entre outros. As técnicas utilizadas geralmente são o COB, taipa, taipa de mão, taipa de pilão, entre outras (PANDOVAN, 2010).

Imagem 15: Parede feita com Taipa. Fonte: Disponível em: www.ecodesenvolvimento.org

ESTRUTURA Basicamente, as estruturas das edificações tradicionais utilizam colmos de bambu com diversos tipos de entalhes ou cortes e encaixes. Estas conexões, geralmente, são somente encaixadas ou amarradas por cordas de bambu, tornando o sistema estrutural muito flexível e leve com grande absorção de abalos sísmicos (DUNKELBERG, 1996 et. Al. PANDOVAN, 2010).

PISOSOs pisos podem ser compostos por colmos de bambu inteiros, colmos cortados ao

19

Page 20: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

meio, ripas de bambu, tiras de bambu trançadas ou pranchas de madeiras locais. Em todos os exemplos, os elementos que compõem a estrutura e a superfície dos pisos são simplesmente amarrados com cordas de tiras de bambu (PANDOVAN, 2010).

PAREDESNa Ásia, são utilizadas paredes compostas de colmos inteiros dispostos verticalmente, lado a lado, painéis de bambus cortados ao meio, painéis de ripas de bambu trançadas e painéis de tiras de bambu trançadas (tecidos), todos amarrados com cordas de bambu. Já no Peru, Chile e partes da Índia, as paredes denominadas quincha caracterizam-se pelos trançados de ripas de bambu na direção horizontal ou vertical, entre colmos de pequeno calibre. Estes painéis são montados em quadros de colmos robustos e amarrados, com posterior aplicação de argamassa, constituída de barro com adição de fibras vegetais, preenchendo os vazios (PANDOVAN, 2010).

COBERTURAA cultura local influi diretamente no modo de se construir com o bambu. Segundo HIDALGO-LÓPEZ (2003), em diversos países e ilhas do sudoeste da Ásia, algumas edificações podiam ser construídas também em madeira, com sua estrutura de cobertura realizada em bambu.

Na China, as construções tradicionais utilizavam colmos de grandes diâmetros cortados ao meio, com o comprimento de um internó como telhas tipo capa-canal, determinando o aspecto visual tradicional das coberturas chinesas. Seu design é repetido nos dias de hoje, com as telhas de barro nas mesmas proporções das telhas de bambu (HIDALGO-LÓPEZ, 2003).

20

Page 21: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

Imagem 16: Telhado tipo capa-canal feito com bambu.

Fonte: Disponível em www.bambubrasileiro.com

Algumas coberturas tradicionais utilizam tramas de tecidos de bambu sobre estrutura de colmos em duas camadas sobrepostas, que se desenvolvem desde a cobertura até as laterais, formando paredes, como nas comunidades tribais da África, com o método de construção denominado de Chenca ou Sidamo.

Imagem 17: Cobertura do tipo Sidamo. Fonte: Disponível em bjornandannette.wordpress.com

MÉTODO CONTEPORÂNEO

Sua utilização em edificações requer pesquisas como base de avaliação do material em seus diversos usos. É baseado em métodos tradicionais com o acréscimo de novas tecnologias aos materiais, que adquiriram novas características de uso, novos requisitos de resistência e de durabilidade, ampliando as possibilidades de utilização do bambu nas construções.

Os principais materiais utilizados

COLMOS DE BAMBU INTEIROSInjeção de argamassas no interior dos colmos, melhorando sua resistência ao

21

Page 22: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

esmagamento e tração à compressão perpendicular, utilização de esperas metálicas nas extremidades de ligação e o uso de modernas máquinas e equipamentos para confecção de cortes e encaixes precisos resultaram em melhorias da qualidade dos projetos, facilidade de execução e ampliação das possibilidades de utilização dos colmos de bambu para uso na construção (PANDOVAN, 2010).

RIPAS DE BAMBUUtilização de maquinas para uniformizar e possibilitar um padrão para as peças, aumenta a produção e acelera o processamento, sendo necessário para a composição de diversos materiais (PANDOVAN, 2010).

Imagem 18: Fases de produção das ripas de bambu. Disponível em: www.scielo.br

TIRASA cultura dos teares, com utilização de tramas tradicionais, é mantida e pode ser realizada de forma artesanal ou mecanizada, com acréscimo de tratamentos contra fungos e insetos nas tiras e nos painéis já tecidos (PANDOVAN, 2010).

ARGAMASSASUtilização do cimento Portland e da cal adicionados à areia, em substituição às fibras naturais, melhorando o aspecto final, com acabamento alisado, além de proporcionar a aderência e resistência às réguas de bambu (PANDOVAN, 2010).

Com a utilização dos modernos materiais de construção baseados no bambu, os elementos das construções tradicionais foram incrementados com finalidade de atender os usuários com construções de qualidade estrutural e estética.

22

Page 23: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

FUNDAÇÕES Para iniciar a construção, segundo LANFER (2006) as fundações são feitas em concreto armado e se estendem de meio a um metro acima do chão, assim protegendo o bambu da umidade do solo e criando uma base para a fixação do colmo do bambu que compõe a estrutura da edificação, que ainda nos seus primeiros 90 centímetros da base é preenchido com concreto fluido que é inserido através de aberturas feitas com serra-copo para uma maior fixação do bambu na base (MARQUEZ, 2007).

Imagem 19: Bambu inserido na base de concreto. Fonte: MARQUEZ, 2007

ESTRUTURASegundo JAYANETTI (1998) in (PANDOVAN, 2010), as estruturas de apoio nas fundações de concreto podem ser realizadas de acordo com as necessidades projetuais, podendo ser simplesmente apoiadas, permitindo a movimentação do sistema –muito utilizado em países com histórico de abalos sísmicos – ou incorporadas ao concreto, conferindo rigidez à estrutura.

CONEXÕES ESTRUTURAIS COM BAMBU

23

Page 24: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

A união das peças é algo de extrema importância e onde se deve haver muito cuidado, pois é nesta etapa que são feitos furos e cortes no colmo do bambu, algumas técnicas podem ser utilizadas, sendo essencial o conhecimento das técnicas para poder escolher a que melhor atenda a determinada demanda.

AMARRAÇÃOUnião estrutural das peças seria a utilização da amarração, que é uma técnica muito utilizada pelos chineses até os dias de hoje, onde as ligações são feitas amarradas com a própria fibra ou pode ser utilizado Junco sintético, Fitilho Sintético para amarração ou cipó sintético. Nesta se minimiza os problemas de cisalhamento e permite que o material seja reutilizado, montado e desmontado diversas vezes. (MEIRELLES; OSSE, 2010) Na Ásia, esta técnica é muito utilizada nas obras para se fazer andaimes, pela facilidade de montagem e desmontagem, podendo ser reutilizado em outras obras.

Imagem 20: Tipos de amarração no bambu. Fonte: Pinterest

24

Page 25: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

ENCAIXEEsse tipo de conexão, apesar de ser resistente, não oferece muita credibilidade e duração às estruturas feitas de bambu. Além de não usar o bambu da forma mais adequada, pois alguns encaixes desse tipo tendem a cisalhar o bambu, propriedade pouco resistente desse material. Contudo com o passar do tempo e o aumento de pesquisas nesta área e conhecimento acerca das propriedades do bambu, foram criadas novas conexões que são as mais usadas para as estruturas atuais.

Esse tipo de conexão, apesar de ser resistente, não oferece muita credibilidade e duração às estruturas feitas de bambu. Além de não usar o bambu da forma mais adequada, pois alguns encaixes desse tipo tendem a cisalhar o bambu, propriedade pouco resistente desse material. Contudo com o passar do tempo e o aumento de pesquisas nesta área e conhecimento acerca das propriedades do bambu, foram criadas novas conexões que são as mais usadas para as estruturas atuais. É necessário enfatizar que as conexões podem ser feitas dos mais diversos tipos e materiais, o importante e saber como as forças estão atuando e se a resistência é adequada.

A boca de pescado é uma das conexões mais usadas, possuindo diversas modificações. Com o uso de uma serra copo do mesmo diâmetro da vara que vai receber a conexão é feito um corte por toda a extensão da vara, fazendo um encaixe em forma de boca de peixe. É muito importante que o corte seja feito de forma a encaixar adequadamente na outra vara a fim de se evitar o cisalhamento no local de apoio entre as peças.

Segundo Hidalgo(1981) a solução para este problema seria a colocação de cilindros de madeira no interior dos colmos, porém outra técnica foi criada por Simón Vélez, conhecida como “Ligação Vélez”, que é a colocação de um parafuso metálico para o travamento da peça e em seguida é realizada a injeção de concreto no interior do colmo, evitando assim as fissuras e o cisalhamento. Esta técnica é muito utilizada para fazer a estrutura do telhado por haver muitos pontos de ligação.

O uso de arruelas de PVC é muito indicado em conexões de bambu, pois aumenta a área de contato e diminuiu a tensão de pressão feita com o aperto da porca sobre o bambu, diminuindo o aparecimento de fissuras por excesso de aperto.

ASPECTOS POSITIVOS

O fácil manejo e o cultivo deste material têm proporcionado a disseminação das técnicas e dos conhecimentos relativos a este material em diversas partes do

25

Page 26: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

mundo.

O bambu pode ser utilizado de diversas formas na construção civil, apresentando estilos e propósitos funcionais diferentes. A força e resistência deste material são 20 identificadas diante das grandiosas construções encontradas em países como a Colômbia e Equador. (NOGUEIRA, 2009)

Sua capacidade de crescimento rápido e anual permitir um aproveitamento de solos e de material muito melhor que a madeira. Ser resistente e contendo propriedades que permitem solucionar questões técnicas e estruturais na maioria das construções. (JOAO CAEIRO, 2010)

O bambu pode substituir e exercer facilmente as funções da madeira, cimento e aço sendo mais leve e flexível podendo ser utilizado em estruturas de telhados, vigas, pilares, revestimento de paredes na edificação por suas resistências físicas e mecânicas.

Redução do custo da obra em até 60% por ser um material de baixo custo e alta qualidade que seria uma solução para o déficit habitacional do Brasil que é de 6 milhões de unidades e afeta cerca de 30 milhões de pessoas (IBGE).

O bambu pode ser a solução para o desmatamento das florestas, já que somente na Amazônia, 15% da floresta original já foi desmatada, cerca de 4 milhões de km² (IBGE, 2010), além de 25% da extração de madeira do planeta ser comente destinada à construção civil. Ao contrário do Eucalipto que após três cortes necessita ser replantado, o bambu não possui limite de corte, crescendo anualmente e tornando-se uma fábrica natural e altamente produtiva (ALMEIDA, 2011). O bambu é também uma ferramenta importante contra o aquecimento global, pois além de eliminar o uso de alguns materiais utilizados na construção civil como cimento, que no seu processo de fabricação causa grandes impactos ambientais. Somente a Construção Civil é responsável por 54% das emissões de Carbono do mundo. Outro dado assustador é de que a taxa anual de resíduos da construção é de 500 quilos por habitante, quantidade que é maior que a de lixo doméstico. Ele também elimina o transporte destes materiais até a obra, diminuindo a emissão de Co2 além de já ser a planta que mais absorve este gás que em grandes quantidades é prejudicial à saúde e causador do efeito estufa, tornando o bambu um grande aliado na melhoria da qualidade de vida dos seres humanos (TEIXEIRA JR.; KENUPP; CAMPOS, 2009).Apresenta fácil manuseio e transporte por ser um material leve, também apresenta facilidade de treinamento de mão de obra.

26

Page 27: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

Estruturas fáceis de serem montadas, o que o torna um material perfeito para a execução de construções provisórias.

RECOMENDAÇÕES FUNDAMENTAIS

Os bambus têm diminuição gradual, na direção da base para o topo, do diâmetro do colmo e da espessura da parede, variáveis nas diversas espécies, características que devem ser previamente conhecidas pelos usuários da construção civil, Como engenheiros e arquitetos, com objetivo de selecionar os bambus com as dimensões necessárias para um determinado projeto (GHAVAMI; MARINHO, 2005).

O tratamento das peças deve ser realizado com métodos que melhor atendam às necessidades de uso, dando preferência aos métodos que possuam sua eficiência comprovado para melhor conservação das estruturas.

FORMAS DE UTILIZAÇÃO DO BAMBU

O bambu possui uma grande variedade de espécies, cada qual com suas características únicas como cores, diâmetro e tamanho, podendo ser usado em diversas atividades. O artesanato, produção de móveis, utensílios de cozinha, instrumentos musicais, andaimes e até edifícios inteiros podem ser alguns exemplos da diversidade de utilizações.

Nas últimas décadas, o bambu tem vindo a ser utilizado de forma industrial para o fabrico de esteiras, painéis e pavimento de bambu, entre outros.

Dependendo da idade do colmo, este pode ter variados usos e aplicações, podendo servir como alimento através do broto comestível nas primeiras semanas de vida, até usos na arquitetura e construção civil quando este atinge três ou mais anos.

Aos 30 dias o bambu pode ser utilizado como alimento, O broto de bambu, também conhecido como takenoko, é muito utilizado para fabricar muitos utensílios como varas de pescas e até móveis, no entanto a versatilidade desse produto não fica por aí. O takenoko também é muito utilizado na culinária de muitos países asiáticos, pois além do sabor, ele traz muitos benefícios para a saúde, além de ser muito saboroso. Como o bambu possui várias espécies, o mais indicado para consumir como alimento é o da espécie takenoko, pois é o mais macio e saboroso dentre os bambus.

27

Page 28: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

Imagem 21: Broto de bambu para alimentação. Fonte: Disponível em www.basilico.uol.com.br

De 6 Meses a 1 ano o bambu pode ser utilizado para o artesanato desde artigos de decoração diversos à moveis, como camas, cadeiras, mesas, entre outras.

Imagem 22: Outras utilizações do bambu. Fonte: Barelli (2008)

2 Anos é possível a produção de esterilhas para Paredes e Ripas que são pranchas de bambu obtidas através da remoção dos nós e da abertura dos colmos em forma de tábuas.

Com 3 anos ou mais, o bambu pode ser utilizado na estrutura de edificações como vigas e pilares pela sua resistência, Laminado Colado para Piso, Mobília. (Oscar, 2003)

28

Page 29: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

CARACTERÍSTICAS BIOCLIMÁTICAS DO BAMBU

O conforto térmico proporcionado pelas construções com o bambu é outra boa característica que qualifica este material para a construção. Através de experimentos Ghavami (2001) comprovou que a condutividade térmica do bambu para uma transmissão de calor radial é 15% menor do que para madeira, nas mesmas condições de umidade. Para uma transmissão de calor longitudinal, a condutividade é 25% menor que na madeira.

O bambu também pode ser utilizado na parte de fechamento, inclusive em união com o COB, ou barro, formando uma estrutura do tipo taipa, ou em forma de painéis oferecendo ainda um grande conforto térmico, que é uma das características do bambu, chegando a atingir uma variação média de 9,7ºC com o ambiente externo pelo vazio que o bambu possui no seu interior, formando um colchão de ar. (Barbirato et. al. 2004)

APLICAÇÃO DO BAMBU NA HABITAÇÃO SOCIAL

Uma das maiores dificuldades para a utilização do bambu na construção civil é a falta de normatização do material. Na maioria dos casos, os ensaios são efetuados utilizando-se diferentes metodologias, muitas vezes análogas às de madeiras maciças, dificultando a comparação de resultados e tornando difícil extrapolar os dados e a sua utilização para diferentes localidades e espécies. A idade do colmo é o principal fator de distorção nos resultados (OBERMANN; LAUDE, 2008).

Contra a política habitacional praticada até então, visto que os grandes conjuntos habitacionais, além de não conseguirem resolver a demanda habitacional, geraram problemas de qualidade urbana, criminalidade e especulação imobiliária. (SOUZA, 2002)

A inserção e a disseminação do bambu como material de construção em larga escala no Brasil, apoiadas por políticas públicas de interesse comunitário, poderá promover uma considerável redução de custo na autoconstrução de interesse social, a geração de novos empregos e renda a partir da criação de uma nova cadeia produtiva para esse material. Além do bambu como material predominante a utilização de materiais convencionais como o concreto, aço e madeira conferem facilidade de trabalho e preços acessíveis às construções.

29

Page 30: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

(NOGUEIRA, 2009)

Em função dessa realidade, os recursos públicos passam a ter um caráter secundário, tornando-se mais importantes ações sustentáveis da própria população carente. Ações essas que tem como principal ferramenta a “informação” (treinamento, reeducação e requalificação da mão-de-obra existente) e o consequente acesso a ela que, em todas as suas formas, é o motor fundamental do processo social e territorial. (SOUZA, 2002)

EXEMPLOS DE OBRAS

GREEN SCHOOLÉ um projeto de uma escola com o intuito de ensinar e mostrar para as pessoas como construir com materiais sustentáveis, principalmente com o bambu, uma inciativa dos ambientalistas e designers John e Cynthia Hardy afiliados com a PT Bambu uma companhia de design e construção que promove o uso de bambu como um material primário na construção de edificações, na tentativa de evitar a devastação de florestas.

Imagem 23 e 24: Interior e exterior da Green School. Fonte: Disponível em www.archdaily.com.br

O projeto foi iniciado em 2007 e está localizado em Badung, Bali, Indonésia, possui uma área construída de 7542 m² onde se encontram salas de aula, academia, espaços de assembleia, habitação para os estudantes, oficinas, cafeterias e banheiros, localizados em espaços com diversas qualidades em relação a sua

30

Page 31: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

organização. O projeto também conta com o cultivo sustentável de bambu para seu uso e estudo dentro da arquitetura, na tentativa de inovar e experimentar métodos que possam ser passados adiante.

Imagem 25: Sala de aula da Green School. Fonte: Disponível em www.archdaily.com.br

O campus se desenvolve potencializado por fontes de energia alternativas, geradas a partir de serragem do próprio bambu que auxilia no aquecimento da água utilizada na cozinha. Além disso, conta com a ajuda de painéis solares e da energia provinda da água, através de uma espécie de moinho.

BAMBOO WINGBamboo wing ou “asa de bambu” é bar/restaurante com um amplo espaço livre de 1600 m² que pode ser utilizado para concertos musicais, cerimônias, casamentos, entre outras atividades. Projetado pelo arquiteto Vo Trong Nghia, foi construído em 2010, está localizado próximo a cidade de Hanoi, no Vietnã.

Este edifício não se utiliza de qualquer outro material estrutural artificial, apensas bambu. A forma da cobertura como as asas de um pássaro é eficiente para direcionar o vento para dentro do edifício. Isso contribui para o aspecto sustentável, minimizando o uso do ar condicionado. Com os amplos beirais e a água nos ambientes abertos, as pessoas se sentem vivendo na natureza.

31

Page 32: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

Imagem 26 e 27: Interior e exterior da Bamboo Wing. Fonte: Disponível em www.archdaily.com.br

Imagem 28: Croqui da fachada lateral do Bamboo Wing. Fonte: Disponível em www.archdaily.com.br

PROTÓTIPO DE CASA EM CAMPINAS, SÃO PAULO

32

Page 33: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

Imagem 29: Construção de protótipo em bambu.

Fonte: Disponível em http://pedreirochefe.blogspot.com.br

Este projeto, cuja finalidade foi a de contribuir para os possíveis programas habitacionais e de construções rurais, está aberto para, junto com outros estudos referidos à aplicação do bambu ser incorporado em futuras pesquisas.

Trata-se de uma casa de apenas um módulo de 4,00 x 3,00 m e pé direito de 3,00 m. O protótipo possui duas janelas, uma porta e cobertura em duas águas com caimento para o maior lado, e beirais de 0,60 m. Localiza-se no interior do estado de São Paulo, Brasil.

O bambu utilizado nesta edificação foi colhido na fazenda do Instituto Agronômico de Campinas, com bambus de no mínimo 3 anos de Idade. O tratamento utilizado para a maioria dos bambus foi o método de imersão, já os bambus que seriam utilizados nos pilares, passaram pelo processo imersão química.

Na fundação, foram utilizados sapatada corridas de concreto armado. A estrutura possui 8 pilares de bambu da espécie Dendrocalamus giganteus com 3 metros de altura e Vigas da espécie Guadua angustifólia. As telhas foram confeccionadas com argamassa de cimento CP V-ARI e partículas de bambu da espécie G. angustifolia desfibradas em solução de soda cáustica (5%). Utilizou-se o traço, em massa, de 1:1,25:0,05 (cimento, areia e fibras de bambu). No acabamento, as taliscas de bambu dos painéis foram impermeabilizadas com piche e salpicadas com areia grossa para proporcionar uma maior aderência à argamassa de revestimento.

33

Page 34: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

CONCLUSÕES

Após analisar todas as técnicas que podem ser empregadas no processo construtivo do bambu, é possível perceber a quantidade de utilidades e possibilidades que temos à nossa disponibilidade, tanto para o lado arquitetônico e estético quanto estrutural com a sua resistência tanto à tração quando à compressão já comprovados por muitos estudiosos da área, porém o desenvolvimento de estudos deve ser incentivado para que cada vez mais possamos desenvolver novas tecnologias e conhecer cada vez mais este material tão rico.

Foi possível observar que pesquisas a respeito não faltam, muito tem se falado sobre a capacidade do bambu, testes têm sido realizados, porém o que falta é uma popularização para que cada vez mais surjam profissionais qualificados para que cada vez seja aumentada a confiança na utilização do bambu nas construções.

O bambu se mostrou ser um material do futuro, que possui a capacidade de diminuir, ou até resolver, problemas a níveis sócias, econômicos e ambientais em todo o mundo. Sua facilidade de plantio e manuseio, o torna um material muito superior a madeira, necessitando apenas ser normatizado e difundido principalmente no meio acadêmico, para que desde já, nossos futuros profissionais insiram o bambu no seu “leque” de possibilidades, tendo em vista a necessidade do uso de materiais sustentáveis.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E OUTRAS

CARDOSO, J. R. Arquitetura com bambu. 2000. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) - Convênio UNIDERP (Universidade para o desenvolvimento do estado e da região do Pantanal) – UFGRS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), 2000.

GHAVAMI, K.; MARINHO, A. B. Propriedades físicas e mecânicas do colmo inteiro do bambu da espécie Guadua angustifolia. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.9, n.1, p.107-114, 2005.

LEGEN, J. V., Manual do arquitecto Descalço, Porto Alegre: Livraria do Arquitecto & TIBA Editora, 2004

LOPEZ, O. H. Manual de Construccíon com Bambu. Cali, Colômbia: Estudios Tecnicos Colombianos, 1981. Universidad Nacional de Colombia y Centro de Investigacción de Bambu y Madera CIBAM.

34

Page 35: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

MARQUEZ, F. L.; MEIRELLES, C. R. M. Arquitetura em bambu: Técnicas construtivas na utilização do bambu como material arquitetônico. 2006 Jornada de Iniciação Científica - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2006.

MEIRELLES, C .R. M.; OSSE, V.C. A utilização do bambu na arquitetura: as questões de conforto ambiental e estrutura. p. 7. 2010. Disponível em: < http://www.usp.br/nutau/sem_nutau_2010/metodologias/meirelles_celia_regina_moretti.pdf >. Acesso em: 28 jun. 2015.

NUNES, A. R. S.; VARGAS, M. A. M. Construindo com a natureza bambu: uma alternativa de eco desenvolvimento. 2005. Dissertação (Pós-graduação em desenvolvimento e meio ambiente) – Universidade Federal de Sergipe, Sergipe, 2005.

OBERMANN, T. M.; LAUDE, R. Bambu: recurso sostenible para estructuras espaciales. Medelín: Universidad Nacional de Colômbia, 2008.

OLIVEIRA, Edith Gonçalves de. Bambu, Investigação de novos usos na construção civil. 1980. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1980.

PANDOVAN, R. B. O bambu na arquitetura: Design de conexões estruturais. 2010. Dissertação (Pós-graduação em Design) – Universidade Estadual Paulista, Bauru, 2010.

PEREIRA, M. A. R.; BERALDO, A. L. Bambu de corpo e alma. Bauru: Canal 6, 2007.

PINZÓN, T.M. Ensayo preliminar de contenido de azúcar em la guadua. Pereira, Colômbia: FMA, 2002. 12p.

SOUSA, K. R. P. et al. Caracterização física e química das fibras de bambu. p. 4, 2012. Disponível em: <http://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/viewFile/4594/2194>. Acesso em: 28 jun. 2015

Sites pesquisados:

http://pilateslenir.com.br

http://bambusc.org.br

35

Page 36: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

http://www.apuama.org

http://www.ctec.ufal.br

http://www.biosfera.org.br

www.babmbubrasileiro.com

www.archdaily.com.br

www.scielo.br

ANEXOS (se houver)

PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS CIENTÍFICOS, TECNOLÓGICOS OU DE INOVAÇÃO

ANÁLISE DE DESEMPENHO DO ALUNO

ASPECTOS ADEQUADO PARCIALMENTE ADEQUADO

INADEQUADO

,Qualidade do trabalho: considerar a qualidade do trabalho, tendo em vista as condições oferecidasDedicação: esforço revelado para aprender, a partir de indagações e dúvidas apresentadasAssiduidade: cumprimento do plano de trabalho com dedicação e zeloRendimento: considerar o cumprimento do plano de trabalho de acordo com os prazos estabelecidos

OBSERVAÇÕES DO ORIENTADOR

36

Page 37: Relatorio-Final-IC- Voluntários.doc

AVALIAÇÃO DO ALUNO EM RELAÇÃO A INIICAÇÃO VOLUNTÁRIA

Sugestão de estrutura: descrever de forma sucinta a visão analítica do bolsista em relação ao Programa de Iniciação Científica, destacando dificuldades, pontos positivos, integração no grupo de pesquisa onde o trabalho estava inserido, relação com colegas e orientação, e qualquer outra percepção tida em relação ao programa.

A falta de apoio e estrutura da instituição para maior desenvolvimento das pesquisas limita os resultados a serem alcançados pelos alunos.

A relação entre alunos e orientadores se mostrou bastante satisfatória, tendo o devido acompanhamento sempre que necessário.

O Programa de Iniciação Científica se mostrou muito importante para o desenvolvimento acadêmico do aluno, agregando conhecimento que será útil não somente no período de graduação como para a vida.

PARECER FINAL DO ORIENTADOR

( )APROVADO SEM MODIFICAÇÕES ( )APROVADO COM MODIFICAÇÕES ( )REPROVADO

LOCAL: DATA:

____________________________________ Assinatura do(a) Orientador(a)

Declaro estar ciente e concordar, para todos os efeitos legais, com as informações contidas neste relatório.

__________________________________ Assinatura do(a) aluno(a)

PARECER DA INSTITUIÇÃO

__________________________________________Assinatura da Coordenação PIBIC

37