162
Rafael Zanelato Ledo MODELO DE IDENTIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO PROCEDIMENTAL DE ALTO DESEMPENHO PARA ATIVIDADE DE MODELAGEM DIGITAL 3D Tese submetida ao Programa de Pós Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do Grau de Doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Orientadora: Profa. PhD Alice Theresinha Cybis Pereira Florianópolis 2016

Rafael Zanelato Ledo - UFSC

  • Upload
    others

  • View
    8

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Rafael Zanelato Ledo

MODELO DE IDENTIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO

PROCEDIMENTAL DE ALTO DESEMPENHO PARA

ATIVIDADE DE MODELAGEM DIGITAL 3D

Tese submetida ao Programa de Pós

Graduação em Engenharia e Gestão do

Conhecimento da Universidade Federal

de Santa Catarina para a obtenção do

Grau de Doutor em Engenharia e

Gestão do Conhecimento.

Orientadora: Profa. PhD Alice

Theresinha Cybis Pereira

Florianópolis

2016

Rafael Zanelato Ledo

MODELO DE IDENTIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO

PROCEDIMENTAL DE ALTO DESEMPENHO PARA

ATIVIDADE DE MODELAGEM DIGITAL 3D

Esta Documento de Defesa foi julgado aprovado para a obtenção

do Título de “Doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento “, e

aprovado na sua forma final pelo programa de Pós-graduação em

Engenharia e Gestão do Conhecimento.

Florianópolis, 18 de fevereiro de 2016.

________________________

Prof. Dr. Roberto Carlos Pacheco

Coordenador do Curso

Banca Examinadora da Defesa de Doutorado:

________________________

Prof.ª, PhD Alice Theresinha Cybis Pereira

Orientadora

Universidade Federal de Santa Catarina

________________________

Prof. Dr.Tarcísio Vanzin,

Universidade Federal de Santa Catarina

________________________

Prof. Dr. Francisco Antonio Pereira Fialho

Universidade Federal de Santa Catarina

________________________

Prof. Dr. Emilio Takase

Universidade Federal de Santa Catarina

________________________

Prof.ª, Dr. Arivaldo Leão de Amorim

Universidade Federal da Bahia

________________________

Prof.ª, Dr. Benamy Turkienicz

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Dedico este trabalho à você Mateus. Te amo filho.

AGRADECIMENTO

À Deus, por tudo,

À toda minha família e em especial à Heloisa, companheira de todos os

momentos, pelo apoio e incentivo constante diante de todas às dificuldades

ocorridas durante o desenvolvimento deste trabalho.

À minha orientadora professora Alice Theresinha Cybis Pereira, pela

generosidade de ter aceito me orientar com o doutorado em andamento e pela

amizade e respeito construída durante todos estes anos de pesquisa acadêmica

em conjunto.

Ao professor Tarcísio Vanzin, pelo incentivo desde sempre na realização do

doutoramento, em especial no EGC.

Ao membros da banca pelas contribuições que possibilitaram a correção e o

aperfeiçoamento desta tese.

Aos acadêmicos do Ceres-Udesc Thiago Silva e Anaíze Jacinto, bolsistas do

Laboratório de Informática, pela ajuda imprescindível na contabilização e

organização dos dados desta tese.

Aos colegas do EGC pelos momentos compartilhados dentro da Pós Graduação.

.

“Tem gente que passa a vida inteira travando a inútil luta com os galhos sem saber que é lá no tronco que está o coringa do baralho”

(Raul Seixas em As aventuras de Raul Seixas na cidade de Thor)

RESUMO

O avanço da informática nas últimas décadas trouxe mudanças

significativas para as aplicações em computação gráfica. Uma destas

aplicações é o desenvolvimento de modelos digitais tridimensionais que

são utilizadas como ferramenta para desenvolvimento de projetos nas

áreas de Arquitetura, Design e Engenharia. O modelo digital 3D,

desenvolvido em softwares CAD, é central no desenvolvimento do

projeto contemporâneo pois a partir dele diversas outras ações são

realizadas como a análise bioclimática e a fabricação digital. Com base

neste contexto, é fundamental produzir modelos 3D com eficácia e

eficiência. O modelo deve ser correto nas suas dimensões (eficácia) e

produzido no menor tempo possível (eficiência). Para conseguir produzir

modelos eficazes e eficientes é necessário atingir a expertise na tarefa de

modelagem em softwares CAD. Porém, na atividade de modelagem, os

profissionais apresentam diferentes desempenhos, cujas razões ainda

carecem de respostas acadêmicas. Em revisão sistemática realizada, foi

verificado três lacunas nas pesquisas direcionadas à expertise em CAD.

A primeira é a ausência de uma pesquisa que identificasse as ações que

mais impactam o tempo total da tarefa. A segunda é a falta de uma

classificação da expertise. A terceira é a ausência da identificação do

padrão de comportamento do usuário de CAD que o conduz a perda ou

ganho de tempo na tarefa. Através da análise de um teste de modelagem

aplicado à 82 estudantes, foi possível identificar, sistematizar e organizar

as informações necessárias para responder às lacunas identificadas na

literatura. Foi identificado que são três ações que mais impactam o tempo

total da tarefa: o número de comandos dados, o tempo parado sem

modelar e a velocidade de execução dos comandos. Foi identificado

também os padrões de comportamento entre os usuários de CAD que

conduzem a melhor produtividade e proposto um sistema de classificação

da expertise com base nas informações obtidas na pesquisa.

Palavras-chave: Modelagem Digital 3D. CAD. Expertise. Conhecimento

Procedimental. Conhecimento Estratégico.

ABSTRACT

The advancement of information technology in recent decades has

brought significant changes to the applications in computer graphics. One

of these applications is the development of three-dimensional digital

models that used as a tool for development projects in the areas of

Architecture, Design and Engineering. The 3D digital model developed

in CAD software, is central in the development of contemporary design

because from it a number of other actions performed as bioclimatic

analysis and digital manufacturing. Based on this background, it is

essential to produce 3D models effectively and efficiently. The model

must be correct in its dimensions (effectiveness) and produced in the

shortest possible time (efficiency). To produce effective and efficient

models is necessary to achieve expertise in the modeling task in CAD

software. However, in the modeling activity, professionals have different

performances, whose reasons still lack academic answers. In systematic

review, it was found three gaps in research directed towards expertise in

CAD. The first is the absence of a survey to identify the actions that most

affect the total task time. The second is the lack of an expertise

classification. The third is the identification of common behaviors that

leads the CAD user to loss or gain time on task. Through the analysis of

a modeling test applied to 82 students, it was possible to identify, classify

and organize the information needed to respond the shortcomings

identified in the literature. It was identified that there are three actions that

most affect the total task time: the number of data commands, time

stopped without action and the speed of command execution. It was also

identified what common behavior among CAD users leading to better

productivity and was proposed a classification system based on the

information obtained in the research.

Key Words – 3D Digital Modeling. CAD. Expertise. Procedural

Knowledge. Strategic Knowledge.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Ações desenvolvidas a partir do Modelo Digital 3D ..........................29 Figura 2 - Processo de criação projetual com os ciclos internos de modelagem

num software CAD ............................................................................................29 Figura 3 - Grupo de variáveis que interferem no desempenho da atividade de

modelagem 3D/ CAD. .......................................................................................30 Figura 4 - Estrutura hierárquica do saber. ..........................................................43 Figura 5 - Modelo SECI.....................................................................................47 Figura 6 - Ivan Sutherland trabalhando no Sketchpad. ......................................52 Figura 7- IBM PC com software AutoCAD. .....................................................54 Figura 8 - Modelo 3D com esquemas de representação aramada (Wireframe). .55 Figura 9 - Modelo geométrico com estrutura de dados do tipo Surface Model. 56 Figura 10 - Modelo geométrico com estrutura de dados do tipo paramétrico. ...57 Figura 11- Classificação do software de acordo à interação com o modelo 3D. 58 Figura 12 - AutoCAD - aplicativo de Modelagem Direta. .................................58 Figura 13 - Plugin Grasshoper para Rhino3D - aplicativo de Modelagem

Paramétrica. .......................................................................................................59 Figura 14 - Software Revit - aplicativo de Modelagem Híbrida. .......................59 Figura 15 - Informação de funcionamento do comando Extrude na modelagem

3D no software AutoCAD. ................................................................................61 Figura 16 - Procedimento de alteração de um cubo. ..........................................62 Figura 17 - A diferença de desempenho em decorrência do encadeamento de

comandos (conhecimento procedimental) escolhidos dentro do mesmo software-

Trimble Sketchup...............................................................................................64 Figura 18 - Exemplos do uso do conhecimento estratégico na modelagem 3D. 65 Figura 19 - Componentes principais do modelo proposto de avaliação e

identificação da expertise na atividade de modelagem 3D. ...............................67 Figura 20 - Alunos durante teste de modelagem 3D. .........................................70 Figura 21 - Interface do software CAD utilizado no teste de modelagem –

Trimble Sketchup...............................................................................................74 Figura 22 - Figura ortogonal e isométrica forncecida para modelagem em

pesquisa de Rynne, Gaughran e Seery (2011). ..................................................75 Figura 23 – Modelo 3D número 1 do teste de modelagem 3D. .........................76 Figura 24 – Modelo 3D número 3 do teste de modelagem 3D. .........................77 Figura 25 - Setores definidos para análise das estratégias. ................................78 Figura 26 - Iconografia definida dos comandos para montagem de Mapas de

Procedimento. ....................................................................................................80 Figura 27 - Exemplo de três Mapas de Procedimento do modelo 3D três. ........81 Figura 28 - Gráfico com a distribuição dos tempos em segundos da tarefa de

modelagem 3D dos participantes na modelo 3D 1. ............................................83 Figura 29 - Gráfico com a distribuição dos tempos em segundos da tarefa de

modelagem 3D dos participantes no modelo 3D 2. ...........................................84 Figura 30 - Gráfico com a distribuição dos tempos em segundos da tarefa de

modelagem 3D dos participantes no modelo 3D três. ........................................84

Figura 31 - Histograma mostrando a distribuição dos participantes de acordo a

faixa de tempo alcançado nos modelos 3D 1 e 2. .............................................. 85 Figura 32 - Histograma mostrando a distribuição dos participantes de acordo a

faixa de tempo alcançado no modelo 3D 3. ....................................................... 86 Figura 33- Gráfico Boxplot apontado a concentração dos tempos totais

alcançados nos quartis e os tempos discrepantes encontrados ........................... 89 Figura 34 - Soma do tempo total de modelagem dos três modelos 3D entre

homens e mulheres. ........................................................................................... 92 Figura 35 - Análise de pontos discrepantes na gráfico de dispersão da vol. 1-

Correlação entre tempo total e número de comandos dados. ............................. 97 Figura 36 - Faixas aonde ocorrem os maiores (verde) e os menores (vermelho)

velocidades de execução de comandos. ............................................................. 98 Figura 37 - Classificação da expertise para os três modelos dos três primeiros

colocados do Tempo Total somado. ................................................................ 104 Figura 38 - A ação com falta de produtividade (números vermelhos) versus a

ação produtiva (números azuis) – Mover Aresta. ............................................ 106 Figura 39 - A ação com falta de produtividade (números vermelhos) versus a

ação produtiva (números azuis) – Mover Vértice. ........................................... 106 Figura 40 - O uso de linha guia paralelo a aresta apresenta maior produtividade

do que alinhado................................................................................................ 107 Figura 41 - Extração da sequência de setores modelados de E6 e E71 da modelo

3D 3 a partir do registro no Mapa de Procedimentos. ..................................... 111 Figura 42 - Sequência das folhas que foram entregues no teste de modelagem.

......................................................................................................................... 114 Figura 43 - Modelo de Identificação da Expertise na Modelagem 3D. ........... 116 Figura 44 - Proposta de aplicação computacional do modelo de identificação da

expertise proposto na tese. ............................................................................... 118

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Trabalhos do PPGEGC - Elicitação do Conhecimento de Experts ..39 Quadro 2 - Comparação de definições do conhecimento com base na dualidade

do conhecimento Explícito e Tácito. .................................................................45 Quadro 3 - Siglas das 40 variáveis medidas na tarefa de modelagem 3D. .........82 Quadro 4 - Quadro síntese dos estilos de modelagem identificados. ...............110

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Performance na modelagem 3D mostrando tempo, quantidade de

comandos usados e velocidade de execução. .....................................................32 Tabela 2 - Médias e porcentagens da amostra do teste de modelagem 3D. .......72 Tabela 3 - Quantidade de vídeos recolhidos disponíveis para análise. ..............79 Tabela 4 - Os valores de máximo, mínimo e média de 18 variáveis mensuradas

...........................................................................................................................87 Tabela 5 - Os valores de desvio padrão, moda e mediana de 18 variáveis

mensuradas. .......................................................................................................88 Tabela 6 - Correlação entre os dados do Questionário de Balizamento e o

Tempo Total da tarefa. .......................................................................................91 Tabela 7 - Matriz de correlação para os modelos 3D 1 e 2. ...............................93 Tabela 8 - Matriz de correlação para o modelo 3D 3 e geral que considera todos

os modelos. ........................................................................................................94 Tabela 9 - Tabela de classificação da expertise com dados do modelo 3D 1. ..102 Tabela 10 - Ranking dos melhores modeladores considerando a soma do tempo

dos modelos 1 2 e 3. ........................................................................................103 Tabela 11 - Tabela com sequência de setores feitos do modelo 3D 1. .............112 Tabela 12 - Tabela com sequência de setores modelados das três modelos 3D.

.........................................................................................................................113 Tabela 13 - Resultados encontrados na Revisão Sistemática. ..........................132

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AI - Acesso à Icones

ApM - Aplicar material

Apagar A - Apagar aresta

Apagar B - Apagar em bloco

Apagar C - Apagar cota

Apagar F- Apagar face

Apagar LG - Apagar Linha Guia

BDS - Building Description Systems

BIM - Building Information Modeling

B-Rep - Boundary Representation

CAAD - Computer Aided Architectural Design CAD - Computer Aided Design

Cópia A - Cópia de aresta

Cópia B - Cópia em bloco

Cópia F - Cópia de face

CRT- Cathode Ray Tube

CSG - Constructive Solid Geometry

DOS -Disk Operaion System

EC - Engenharia do Conhecimento

ESDA - Exploratory Sequencial Data Analysis

Faz G/C - Faz Grupo ou Componente

FDe - Faz Desfaz erro

Desfaz G/C - Desfaz Grupo ou Componente

FFig C - Desenho figura plana círculo FFig R -Desenho figura plana retângulo

IA - Inteligência Artificial

Inter F -Interseccionar Face

InvF - Inversão de Face

KA - Knowledge Acquisition

Linha F - Linha que gera face

Linha M - Linha de medição

MIT - Massachusetts Institute of Technology

Mover A - Mover aresta

Mover B - Mover em bloco

Mover F - Mover face

NCD - Número de Comandos Dados

NS/C - Número de Segundos por Comando

NR - Número de Rotações

NS/R - Número de Rotações por Segundo

Orfa - Ocultar/ Reexibir face e aresta

PP - Push Pull

RX - Modo de visualização raio X

SBC - Sistemas Baseado em Conhecimento

SE - Sistemas Especialistas

SECI - Socialização Externalização Combinação e Internalização

SEQ - EST - Sequência e Estratégia

TI - Tempo de Inicio

TO - Tempo Otimizado

TPA - tempo de Pausa

TPRO - Tempo Produtivo

TrM - Trena para medir

TrO - Trena Offset

TT - Tempo Total

UDESC - Universidade Estadual de Santa Catarina

VCD - Variedade de Comandos Dados

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................ 27 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E DEFINIÇÃO DO PROBLEMA DE

PESQUISA ........................................................................................................ 27 1.2 QUESTÕES DE PESQUISA ....................................................................... 35 1.3 OBJETIVOS ................................................................................................ 35 1.3.1 Objetivo Geral ......................................................................................... 35 1.3.1 Objetivos Específicos .............................................................................. 35 1.4 ABORDAGEM METODOLÓGICA ........................................................... 36 1.5 DELIMITAÇÕES E ESCOPO DA PESQUISA .......................................... 36 1.6 LIMITES DA PESQUISA ........................................................................... 37 1.7 INEDITISMO .............................................................................................. 38 1.8 ADERÊNCIA DO OBJETO DE PESQUISA AO PPGEGC ....................... 38 1.9 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ........................................................... 39 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................... 42 2.1 CONHECIMENTO ..................................................................................... 42 2.1.1 Tipos de Conhecimento .......................................................................... 43 2.2.2 Criação do Conhecimento ...................................................................... 46 2.2.3 Expertise ................................................................................................... 49 2.2.4 Elicitação do Conhecimento/Expertise .................................................. 50 2.2.5 Técnicas de elicitação da expertise ......................................................... 51 2.2 MODELAGEM DIGITAL 3D – SOFTWARES CAD ................................ 52 2.2.1 Tipos de Classificação da Modelagem Digital 3D ................................ 54 2.3 TIPOS DE CONHECIMENTO NA MODELAGEM 3D ............................ 60 2.3.1 Conhecimento Declarativo na Modelagem 3D ..................................... 60 2.3.2 Conhecimento Procedimental na Modelagem 3D ................................ 61 2.3.3 Conhecimento Estratégico na Modelagem 3D ...................................... 63 2.3.4 Conhecimentos avaliados na identificação da expertise ....................... 66 3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ....................................... 68 3.1 – MÉTODO QUANTITATIVO .................................................................. 68 3.2 – MÉTODO QUALITATIVO ..................................................................... 69 4 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E ORGANIZAÇÃO DOS

RESULTADOS DO TESTE DE MODELAGEM 3D ...................... 70 4.1 APRESENTAÇÃO DO TESTE DE MODELAGEM 3D ........................... 70 4.1.1 -Amostra .................................................................................................. 70 4.1.2 -Procedimento ......................................................................................... 73 4.2 TABULAÇÃO DOS DADOS DO TESTE DE MODELAGEM 3D ........... 78 4.3 RESULTADO E ANÁLISE QUANTITATIVA ENTRE A

PERFORMANCE NA ATIVIDADE DE MODELAGEM E AS VARIÁVEIS

MENSURADAS ................................................................................................ 82 4.3.1 Dados gerais de desempenho .................................................................. 83 4.3.2 Questionário x Desempenho................................................................... 90

4.3.3 Tempo Total x Variáveis ........................................................................ 92 4.4 PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO DO DESEMPENHO NA

ATIVIDADE DE MODELAGEM 3D ............................................................ 100 4.5 ANÁLISE QUALITATIVA DA PERFORMANCE NA ATIVIDADE DE

MODELAGEM 3D ......................................................................................... 104 4.5.1 – Identificação de ações estratégicas que auxiliam o desempenho na

modelagem 3D ................................................................................................ 104 4.5.2 – Identificação dos Estilos de Modelagem .......................................... 108 4.5.3 - Sub tarefas e estratégia ...................................................................... 111 4.6 MODELO DE IDENTIFICAÇÃO DO ALTO DESEMPENHO NA

ATIVIDADE DE MODELAGEM 3D ............................................................ 115 5 APLICAÇÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................... 117 5.1 SISTEMA DE DIAGNÓSTICO E IDENTIFICAÇÃO DO

PROCEDIMENTO DE ALTO DESEMPENHO ............................................ 117 5.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES PARA TRABALHOS

FUTUROS ....................................................................................................... 119 5.2.1 – Recomendação de trabalhos futuros ................................................ 121 REFERÊNCIAS ................................................................................. 123 APÊNDICE A – Revisão Sistemática ............................................... 130 APÊNDICE B - Quadro comparativo de pesquisas em CAD

Expertise...............................................................................................135

APÊNDICE C - Questionário de balizamento aplicado aos

participantes do Teste de Modelagem..............................................137

APÊNDICE D - Tabela completa com dados de balizamento dos

participantes do Teste de Modelagem..............................................139

APÊNDICE E - Planilha Geral com todos os dados mensurados do

Teste de Modelagem...........................................................................141

APÊNDIVE F - Mapas de Procedimento gerados a partir do Teste

de Modelagem.....................................................................................143

27

1 INTRODUÇÃO

Este capítulo introdutório aborda como temática o conhecimento

na modelagem digital 3D para desenvolvimento de projetos. É feita a

análise da sua relevância, da sua organização e das lacunas presentes nas

pesquisas na área. Com base neste recorte temático é definido o problema

de pesquisa que é base para o desenvolvimento deste trabalho.

Visando elucidar o problema de pesquisa proposto na introdução é

apresentado os objetivos a serem alcançados, a abordagem metodológica

utilizada e os limites e delimitações que a pesquisa possui.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E DEFINIÇÃO DO PROBLEMA DE

PESQUISA

Este trabalho de pesquisa é direcionado ao estudo do conhecimento

necessário ao desempenho da atividade de modelagem digital 3D por

estudantes e profissionais da área de Arquitetura, Engenharia e Design.

Trata-se de uma atividade onde esses profissionais apresentam diferentes

desempenhos e cujas razões ainda carecem de respostas acadêmicas.

A modelagem digital 3D, está inserida no contexto das

transformações ocorridas nas últimas cinco décadas no processo de

projeto, em decorrência da implementação das ferramentas

computacionais. A computação moderna surgiu durante a Segunda

Guerra Mundial com computadores como o alemão Z3 e os americanos

Mark-1 e Eniac (KALAY, 2004). A necessidade principal consistia em

aprimorar os cálculos matemáticos com fins militares, tendo como

objetivo a quebra de criptografia ou análise de alcance balístico (KALAY,

2004). Porém, após a guerra, o computador foi direcionado a fins civis. A

partir dos anos 60, a área de projetos se beneficiou das potencialidades da

computação. Isso se deveu em grande parte as pesquisas realizadas no

MIT (Massachusetts Institute of Technology). Entre as pesquisas feitas,

destaca-se as que envolveram computação gráfica desenvolvidas pelo

engenheiro Ivan Sutherland. Esse pesquisador auxiliou o

desenvolvimento da realidade virtual e a área de CAD (Computer Aided

Design). Sutherland desenvolveu o Sketchpad, considerado por muitos

autores o primeiro software de suporte ao processo de projeto

(WEISBERG, 2008).

Atualmente o CAD é parte integrante do projeto e representação

gráfica, influenciando o processo de produção de arquitetura e

engenharia. As pesquisas como as de Florio (2005) e Portella (2006)

mostram o impacto na questão formal, funcional e construtiva da

28

arquitetura coma adoção do CAD em seu atual estado de

desenvolvimento. Como descreve Kolarevic (2003), têm-se uma nova

arquitetura que emerge da revolução digital e encontra sua expressão em

formas curvilíneas e de alta complexidade. Essa arquitetura é concebida

dentro do se conhece como a Era do Design Digital (OXMAN, 2006).

A atual forma de projetar com o uso de computadores diferencia-

se daquela que se utilizava até o início dos anos 80, quando todo processo

de criação era feito à mão, com o uso da lapiseira e da prancheta. Oxman

(2006), descreve a atual forma de projetar utilizando o computador, a

partir de cinco distintas maneiras, que vão do tradicional uso do 2D e 3D,

dos anos 80, até os sistemas de algoritmos evolutivos usados atualmente.

O que se observa na descrição de Ryvka Oxman (2006) é que,

independente da forma usada para projetar, todas vão necessariamente

fazer uso de um modelo virtual 3D no processo.

Este conceito de se criar um edifício virtual em 3D a partir de um

modelo digital não é recente. Em 1974, Charles M. Eastman propôs o

Building Description System, um modelador de sólidos desenvolvido na

Universidade Carnegie Mellon. Em 1987 o software ArchiCAD já

propunha o Edificio Virtual, referência do início do paradigma BIM

(Building Information Modeling) (KALAY, 2004). Porém, o

desenvolvimento tecnológico de hardware e software, dos últimos 30

anos, proporcionou um aperfeiçoamento do processo de criação e uso que

se faz deste modelo digital 3D. Esse aperfeiçoamento elevou o modelo

digital 3D a papel de protagonista no processo de projeto contemporâneo.

Como exemplos dos avanços do modelo digital 3D, têm-se a evolução da

parametrização no processo de construção digital 3D, que trouxe

velocidade de criação e edição dos modelos (FLORIO, 2012). Têm –se a

colocação de toda informação dos elementos construtivos e dos processos

de projeto dentro do modelo digital 3D no paradigma BIMm- (UNWIN,

2014). Têm–se adoção da prototipagem rápida nos anos 90 e o

desenvolvimento da fabricação digital que permite a criação de modelos

físicos a partir de modelos digitais com uso de máquinas de corte a laser,

fresadoras e impressoras 3D (CELANI e PUPO, 2008).

Sendo o modelo digital 3D, elemento central para a produção de

arquitetura e engenharia atual (Fig. 1), a criação do modelo 3D pelo

projetista deve ser eficaz e eficiente de modo a agilizar o processo de

desenvolvimento do projeto. Entende-se por eficácia, a criação de um

modelo 3D digital preciso, sem erros dimensionais ou estruturais e

entende-se por eficiência a produção do modelo 3D com eficácia no

menor tempo possível.

29

Figura 1- Ações desenvolvidas a partir do Modelo Digital 3D

.

Fonte: Autor.

Atualmente, o desenho digital e a modelagem digital 3D são

representações inseridas dentro do processo de criação em arquitetura e

engenharia. A modelagem 3D está presente durante todo o processo de

projeto. Através de diversos ciclos de modelagem, o projetista busca o

refinamento volumétrico de uma ideia até alcançar uma proposição final

como ocorre, por exemplo, nas etapas iniciais de concepção (Fig. 2).

Figura 2 - Processo de criação projetual com os ciclos internos de modelagem

num software CAD

Fonte: Autor.

Com base nos conhecimentos que o projetista possui, ele imagina

uma nova forma ou arranjo para a resolução do problema de projeto. Com

30

isso, ele executa a atividade de modelagem dentro do ciclo criação/edição

que os softwares CAD possuem (PEKTAS 2009).

O uso do CAD insere, dentro do processo projetual, uma atividade

intensiva em conhecimento que exige do profissional uma considerável

bagagem de conhecimento prévio, treinamento e experiência. Nesse

sentido, o CAD deve ser examinado com mais relevância, pois pode vir a

ser obstáculo à produtividade e à criatividade de quem o utiliza.

Muitas pesquisas realizadas, como Ahmed, Wallace, e Blessing

(2003) Cross (2004), Lawson (2004), abordaram o desempenho na tarefa

do arquiteto no ato de projetar. Mas o fizeram considerando o ato de

projetar no modelo tradicional, com lápis e papel.

A inserção das ferramentas computacionais no processo de projeto

traz a necessidade de se considerar o CAD na análise de desempenho

projetual com base na bagagem de conhecimento do projetista. Como cita

Salman, Laing e Conniff (2014), muitos dos estudos se baseiam no

impacto do desenho no processo de projeto, o que é um debate de mídia

específica, sendo que a discussão e a reflexão sobre o CAAD ainda

precisa ser examinada em muitos detalhes. O que se verifica é que,

pesquisas que consideram somente o lápis, caneta e papel nos testes, não

verificam o impacto da variável da ferramenta computacional no processo

de criação tanto em 2D quanto em 3D. O entendimento aprofundado deste

elemento do processo de projeto, que é a modelagem 3D, envolve a

investigação sobre quais fatores interferem no desempenho dessa tarefa.

Na Figura 3, listou-se alguns fatores diretamente ligados a essa atividade.

Figura 3 - Grupo de variáveis que interferem no desempenho da atividade de

modelagem 3D/ CAD.

Fonte: Autor

31

Há os fatores ligados ao indivíduo (autor do projeto) que foram

listados na cor verde. Neste, estão os aspectos cognitivos, que podem

influenciar na atividade de modelagem 3D, como a habilidade

visuoespacial. Têm–se também os aspectos como a motivação e o

interesse na atividade como mostra o artigo de Hamade Artail e Jaber

(2011) e a questão emocional como mostra Liu et al (2014), E há o

aprendizado, que dependendo da forma como foi conduzido, pode ser

impactante no resultado final da tarefa como mostra Hamade (2012).

Na Figura 3 aparecem listadas, em azul, as variáveis que interferem

no desempenho, mas referem-se à infraestrutura de trabalho como; o

software utilizado, o hardware e espaço onde ocorre a atividade. As

variáveis em azul podem ser padronizadas numa empresa ou instituição

de ensino oferecendo os mesmo recursos a todos os usuários. Porém o

desempenho será diferente em decorrência das variáveis listadas em

verde.

Definida a relevância deste tipo de estudo fez-se necessário um

aprofundamento para conhecer o que há de pesquisa neste campo, qual a

abordagem teórica e qual os desenvolvimentos. Para isso foi realizada

uma Revisão Sistemática entre 12/08/2015 e 12/09/2015 buscando a

identificação das pesquisas que são destinadas a teorização, análise e

quantificação do desempenho na atividade de modelagem 3D em

softwares CAD. Neste levantamento foi feito uma síntese da área com as

potencialidades, carências e lacunas que precisam de aprofundamento.

A abordagem da revisão sistemática utilizou para as buscas as

palavras-chave: CAD, Expertise, Procedural Knowledge, Strategic

Knowledge,, Task Analysis. Os resultados encontrados, as etapas

desenvolvidas e os critérios de seleção encontram-se no Apêndice A.

Após o levantamento foram selecionados 15 artigos e trabalhos de

congresso para leitura em profundidade e análise. Estes 15

artigos/trabalhos que compreendem o intervalo dos anos de 1991 a 2015.

Esse material foi analisado seguindo critérios comparativos analisando

seus objetivos, metodologia, amostra, resultados etc.. Este quadro

comparativo encontra-se no Apêndice B.

A partir da análise, diversos fatores foram observados como: a

revisão da literatura utilizada na área, métodos de pesquisa e conclusões.

É a partir da lacunas que estes trabalhos apresentam que se delineia o

problema de pesquisa.

Na análise do direcionamento, metodologia e resultados das

pesquisas separadas na revisão sistemática três lacunas foram

identificadas. São elas:

32

Ausência de um modelo de composição do tempo total gasto na tarefa

de modelagem 3D

Partindo do pressuposto que um modelo 3D foi feito corretamente

(com eficácia), o principal componente de referência para determinar se

houve também eficiência na atividade é o tempo total gasto na tarefa. A

maioria das pesquisas mensurou o tempo total da tarefa. Porém nenhuma

delas decompôs todas as variáveis que contribuem para a formação deste

tempo. Quem mais se aproximou desta composição foi Lang et al (1991)

e Chi, Lan e Tsai (2000). Porém alguns aspectos foram desconsiderados.

No caso de Lang et al (1991), o autor não considera a análise do tempo

produtivo da tarefa, que consiste no tempo total da tarefa menos o tempo

que o cursor fica parado (quando não há comandos sendo executados).

Além da falta do tempo produtivo, observa-se na tabela 1 extraído

de Lang et al (1991) que não há uma correlação entre número de

comandos dados e tempo total da tarefa. A menor quantidade de

comandos dados não é do menor tempo na tarefa, como seria o esperado

pelo que aponta a maioria dos trabalhos do Quadro Comparativo do

Apêndice B. Todas as pesquisas ressaltam que o número de comandos

dados intervêm no tempo total da tarefa. Então como se explica o

resultado da tabela 1 no qual o menor tempo não possui a menor

quantidade de comandos dados. Há fatores intervenientes no tempo total

que não foram listados e identificados.

Tabela 1 - Performance na modelagem 3D mostrando tempo, quantidade de

comandos usados e velocidade de execução.

Fonte: Lang et al (1991)

Na pesquisa de Chi, Lan e Tsai (2000), foram considerados quatro

tipos diferentes de tempo na atividade. Foi analisado o denominado tempo

físico (que seria executando a atividade), o tempo mental amplo (o tempo

33

parado sem comandos, acima de 3 segundos) o tempo mental pequeno

(parado sem comandos, abaixo de 3 segundos) e o tempo de erro (erros

cometidos sem conclusão de comando).

Embora de grande importância essas medições, elas foram feitas

num sistema no qual a modelagem não fez uso de cursor de mouse (A

pesquisa se baseia num experimento de 1996, feito com software AutoCAD R10 para sistema DOS). Com isso muito do que foi feito está

longe da realidade atual do processo de desenho e modelagem 3D. Como

exemplo, têm-se a medição do tempo de erro que não seria feita da mesma

forma nos dias atuais. Os erros foram analisados somente quanto à

digitação de comandos, sem considerar erros de clique do cursor por não

utilizar mouse.

Além destes dois trabalhos citados, outros também analisaram

tempo total mas sem se ater em aspectos relevantes como o tempo mental

pequeno e grande de Chi, Lan e Tsai (2000). Ou seja desconsideram o

tempo gasto de processamento cognitivo que ocorre durante a tarefa.

Observou-se em pesquisas como em Bhavnani e Garrett (1993), Hartman

(2005) e em outras um foco demasiado em identificar formas de modelar

que os usuários criam. Buscou-se também enfatizar explicações para

desempenho díspares do que verificar o todo de variáveis que influenciam

o tempo total da tarefa. Em outras pesquisas como Chester (2007) e Peng

et al, (2015) o enfoque está no ensino de técnicas de estratégia e

verificação de quanto estas estratégias auxiliam o de desempenho na

tarefa. Porém, a eficiência na tarefa, que basicamente é o tempo total

pode não ser explicado somente pelo quesito estratégia. Outras variáveis

estão envolvidas e somente a identificação global dos fatores que

interferem no tempo total podem elucidar estas questões.

Se ater a um só aspecto da atividade como o número de comandos

dados, pode fazer com que as variáveis subjacentes que interferem

diretamente no tempo total da tarefa passem desapercebidas ou sejam

subjugadas. Portanto, visando o alto desempenho na tarefa se faz

necessário identificar onde ocorre perda significativa de tempo,

identificando seu impacto na composição do tempo total.

Ausência de classificação da expertise

Outra carência, observada nas pesquisas analisadas, é a ausência

de um sistema de classificação que aponte uma métrica para verificar o

grau de domínio do conhecimento declarativo, procedimental e

estratégico que o estudante/profissional possui. Muitas pesquisas como

Hamade (2012), Bhavnani e Garret (1993) analisam os modeladores na

34

dicotomia entre Novatos e Experts. Porém, há entre estes dois extremos

um crescente de aprendizado e evolução. Como identificar se um usuário

está mais próximo de um Novato ou de um Expert? Essa análise não é

feita a partir dos dados recolhidos das amostras.

A qualidade de um treinamento requer necessariamente

identificar em qual estágio de evolução o usuário do software CAD se

encontra. Uma ferramenta de classificação, baseado em dados

mensuráveis é útil para verificar a evolução até se alcançar a expertise.

Chester (2008) aponta que há dificuldades potenciais em se identificar a

expertise em sistemas computacionais complexos, especialmente

modelagem 3D em CAD. Chester (2008) relata que a expertise é feita por

indicação pelos pares ou pela experiência atestada. Chester (2006, 2008)

aponta que não há profissionais em quantidade para fazer a identificação

dos experts. Com isso, uma ferramenta computacional de suporte a

identificação dos experts se apresenta como uma alternativa para

minimizar o problema.

Ausência da verificação da existência e caracterização do estilo de

modelagem

Outro aspecto que não é abordado pelas pesquisas é a identificação

do “estilos de modelagem”. Este termo concebido nessa tese consiste num

padrão de comportamento existente pelo usuário quando faz uso do

software CAD. Este estilo seria uma assinatura caraterística de um

indivíduo ao proceder dentro da ferramenta. Essa caraterística única pode

aparecer na velocidade de execução de comandos, no uso de comandos

específicos ou na própria organização da tarefa.

Se o comportamento do usuário não é randômico, que muda a todo

momento, será explicitado, a partir de uma quantidade de modelagens

feitas, alguns comportamentos padronizados. Esse padrão de

comportamento gera algum tipo de influência no tempo total da tarefa. Se

durante a tarefa, o indivíduo utiliza, por exemplo, um comando específico

de medição extremamente demorado repetidas vezes, haverá impacto

relevante no tempo final de execução.

As pesquisas analisadas que repetiram diversas modelagens com o

mesmo usuário como em Bhavnani, John e Flemming (1999), Hamade e

Artail (2008) e Hamade (2012) não buscaram identificar padrões de

comportamento específico nos usuários. O foco foi listar a melhores

práticas entre os experts ou gerar curvas de aprendizado verificando o

tempo total da tarefa após diversas modelagens feitas ao longo de diversas

semanas. Em Hamade (2012) verificou-se que o tempo total da tarefa foi

35

reduzindo, que houve aprendizado, mas não se identificou com clareza

em que aspecto do comportamento da tarefa houve mais evolução. Talvez

dois alunos atingiram o mesmo tempo de modelagem ao final do

treinamento, mas se aperfeiçoaram em ações, dentro da tarefa, totalmente

distintas. Um pode ter melhorado a velocidade de execução dos comandos

e outro abandonou o uso de ícones.

Essas três lacunas identificadas na área de CAD Expertise

precisam ser contornadas se o objetivo for identificar procedimentos de

alto desempenho. Esses delineamento compõe o problema de pesquisa

desta tese.

Ao se propor uma pedagogia voltada a ensinar usuários de

software CAD a atingir a expertise ou propor um sistema de diagnóstico

do modelador 3D para uma empresa é necessário conhecer de modo

global quais comportamentos direcionam a ganho e perda relevante de

tempo. Além disso, identificar padrões de comportamento que levam a

perda de tempo é necessário para que os mesmos possam ser corrigidos e

as boas práticas sejam implementadas e incentivadas.

1.2 QUESTÕES DE PESQUISA

- Quais são as principais variáveis que impactam no tempo total da

tarefa de modelagem 3D?

- Quais os comportamentos padronizados que definem os “estilos

de modelagem” e trazem ganho e perda ao tempo total da tarefa?

1.3 OBJETIVOS

O presente trabalho está pautado pelos seguintes objetivos:

1.3.1 Objetivo Geral

Propor um modelo de identificação e classificação do

conhecimento procedimental e estratégico de alto desempenho na

atividade de modelagem 3D em software CAD.

1.3.1 Objetivos Específicos

- Identificar quais os tipos de conhecimento existentes dentro da

atividade de modelagem 3D, suas características e seu impacto no

desempenho.

36

- Identificar quais ações na tarefa de modelagem 3D mais

impactam o tempo total da tarefa.

- Apontar quais comportamentos padronizados, dos usuários dos

softwares CAD, conduzem a ganho e perda de tempo na atividade de

modelagem 3D.

- Estabelecer um sistema de classificação do desempenho na

atividade de modelagem digital 3D.

1.4 ABORDAGEM METODOLÓGICA

Com base em Gil (2002), a pesquisa desta tese se classifica como

explicativa, pois como descreve o autor “pesquisas explicativas têm como

preocupação central identificar os fatores que determinam ou contribuem

para a ocorrência dos fenômenos”.

Com base nos procedimentos técnicos utilizados, essa pesquisa se

aproxima da pesquisa de campo proposta por Gil (2002). Isso pelas

características de pesquisa que visa observar comportamentos de um

grupo de pessoas em específico para análise e diagnóstico.

O fenômeno observado é o comportamento na atividade de

modelagem digital 3D e o objetivo é identificar as melhores práticas

visando a produtividade na tarefa.

Como o fenômeno se traduz num conjunto de procedimentos que

muitas vezes são criados conscientemente pelos projetistas e

modeladores, o conhecimento se configura como conhecimento tácito.

Em alguns casos, os projetistas e modeladores não têm consciência do

conhecimento que possuem e das ações que provocam na tarefa. Isso se

constitui em conhecimento implícito. A abordagem metodológica visa

identificar estes dois tipos de conhecimento que trazem produtividade

para a tarefa.

Para atingir o objetivo geral foi realizado o rastreamento do

processo de um teste de modelagem 3D. A partir dos dados coletados fez-

se uso de um conjunto de correlações visando identificar quais aspectos

impactam o tempo total da tarefa e a sua relação com os tipos de

conhecimento existente na tarefa. Fez-se também um conjunto de

medições visando identificar comportamentos específicos dos usuários e

as consequências para o desempenho.

1.5 DELIMITAÇÕES E ESCOPO DA PESQUISA

A atividade de modelagem digital 3D é uma sub tarefa do

processo de criação e detalhamento em arquitetura e engenharia. Porém o

37

escopo desta pesquisa está exclusivamente relacionado ao processo de

modelagem digital 3D, suas características, seus encaminhamentos e

atributos específicos. Aspectos associados a metodologia de projeto como

processo de criação, etapas de projeto e outros conceitos não foram

considerados. Está fora do escopo dessa pesquisa a análise de questões

ligadas à pesquisa em criatividade, como seria a análise da concepção de

uma forma 3D a partir de variáveis de projeto. Todos os modelos 3D que

foram feitas no teste de modelagem 3D foram disponibilizadas prontas

através de desenhos impressos.

A característica do objeto 3D produzido no texto de modelagem

é referente às etapas iniciais de projetos. Nessa tese não se verificou como

ocorre modelagens com detalhamento, como ocorre em fases finais de

projeto.

O impacto na atividade de modelagem 3D de aspectos de

interface e usabilidade não foram considerados nesta pesquisa. O motivo

é que interface e usabilidade compõe um campo específico com

metodologias próprias de avaliação e também porque o foco desta

pesquisa é de um modelo teórico multi plataforma, ou seja, os resultados

encontrados não ficam restritos a um tipo específico de software e

consequentemente de interface/usabilidade.

A expertise em modelagem 3D que trata esta tese está

relacionada somente à capacidade de se produzir um modelo 3D preciso

e no menor tempo possível. Outros aspectos de expertise como, por

exemplo, a capacidade de produzir modelos de fácil organização e leitura

para posterior edição não foi considerada.

1.6 LIMITES DA PESQUISA

A modelagem digital 3D envolve um amplo espectro de softwares

e disciplinas. Mas foi necessário limitar a pesquisa decorrente da amostra

disponível para realizar o teste de modelagem. Com isso estabeleceu os

seguintes limites:

a) Pela disponibilidade para aplicação do teste, essa pesquisa teve

como amostra alunos que estão cursando a graduação, e não profissionais

atuando no mercado.

b) Embora o uso de modelagem digital 3D esteja presente em

várias áreas como as engenharias, games, cinema e publicidade, a

pesquisa sobre modelagem 3D desta tese ocorreu com alunos de um curso

de arquitetura e urbanismo. Portanto o modelo proposto nessa pesquisa

tem o viés da área de Arquitetura na análise da modelagem 3D.

38

c) Para se alcançar uma amostra acima de 50 pessoas no teste de

modelagem 3D utilizou-se o software Trimble Sketchup que possuia

grande quantidade de usuários disponíveis. Com isso a pesquisa enfocou

somente a modelagem 3D do tipo modelagem direta. Outros tipos de

modelagem, como a modelagem paramétrica, necessitaria de outra

pesquisa com abordagem correlata.

1.7 INEDITISMO

O ineditismo é consequência do levantamento e análise feito no

Apêndice A – Revisão Sistemática. Verificou-se a ausência de uma

pesquisa que identifica-se os fatores que impactam de modo mais

preeminente o tempo total da atividade de modelagem, classificação da

expertise e verificação dos estilos de modelagem. A partir da identificação

destes fatores foi proposto um modelo de identificação da expertise em

modelagem 3D. O resultado possibilita aplicações futuras em sistemas

computacionais como a criação de um sistema de diagnóstico da expertise

apresentado no capítulo 5.

1.8 ADERÊNCIA DO OBJETO DE PESQUISA AO PPGEGC

A aderência ao Programa de Pós Graduação em Engenharia e

Gestão (PPGEGC) está alicerçada no conhecimento como elemento

central. O principal foco da pesquisa é o conhecimento, no caso o

conhecimento procedimental e estratégico num domínio específico. Sobre

estes dois conhecimentos se estabelece um pesquisa sobre os fatores

essenciais para o alcance da expertise na atividade de modelagem 3D.

O EGC estabelece três áreas de concentração: Gestão do

Conhecimento, Engenharia do Conhecimento e Mídias do Conhecimento.

Dentro destas três áreas de concentração cada uma possui três linhas de

pesquisa.

Esta pesquisa está enquadrada na área de concentração Mídias do

Conhecimento e na linha de pesquisa Mídia e Conhecimento na

Educação. Nesta linha estão pesquisas que buscam a eficiência do

processo de ensino sob a utilização de meios tecnológicos. A pesquisa

desenvolvida nesta tese apontou quais os aspectos que impactam o

processo de modelagem 3D e como estes devem ser reforçados no

processo ensino-aprendizagem. A tese propõe um sistema baseado no

conhecimento que faz a avaliação do estudante e a proposição de objetos

de aprendizagem específicos para cada deficiência identificada.

39

No PPGEGC outros trabalhos repetem o que foi feito nesta tese

com ênfase na identificação dos fatores que levam a ganho e perda de

produtividade e qualidade de atividades desenvolvidas. Estas pesquisas

utilizam técnicas para elicitação do conhecimento através de fontes

humanas como as citadas por Nazario et al (2012). O objetivo é o mesmo

deste trabalho que consiste na melhoria de processos baseado no

conhecimento a partir do entendimento aprofundado da competência de

uma atividade.

Como exemplo de trabalhos anteriores do PPGEGC, cita-se Matté

(2009), Fernandes (2011) e Lasso (2016). Todas estas pesquisas buscam

elicitar conhecimento existente em experts em busca do aprimoramento

do processo de trabalho. O trabalho mais similar à esta tese é Matté

(2009), que busca a identificação aprofundada da prática projetual de

designers gráficos profissionais para posteriormente criar um material

didático destes conhecimentos. Em Matté (2009) assim como nesta tese

há fases bem definidas para a elicitação do conhecimento, a organização

deste conhecimento elicitado e a retroalimentação deste conhecimento

num processo ensino-aprendizagem. A diferença principal em relação à

Matté (2009), é que esta tese avaliou arquitetos no domínio da modelagem

3D ao invés de designer gráficos em tipografia e esta tese propôs material

didático em vídeo ao invés de impresso.

Quadro 1 - Trabalhos do PPGEGC - Elicitação do Conhecimento de Experts

Fonte: Autor

1.9 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Este trabalho está organizado de acordo com a seguinte estrutura

listada abaixo:

40

1 - Introdução – No capítulo Introdução foi apresentado o recorte

temático da expertise na modelagem 3D, o delineamento do problema de

pesquisa, os objetivos alcançados, limitações, delimitações, ineditismo e

a aderência ao Programa de Pós Graduação do EGC.

2 - Fundamentação Teórica- No capítulo 2 foi feita a

fundamentação em três temas que servem de base para o entendimento e

a análise do teste de modelagem 3D realizado. Os temas são: O

conhecimento, A modelagem digital 3D e o conhecimento na modelagem

digital 3D.

3 - Procedimento Metodológico- O capítulo de Procedimento

Metodológico aponta como os objetivos foram alcançados e como foram

feitas as análises quantitativa e qualitativas presentes na tese.

4 – Apresentação, Análise e Organização dos resultados do teste

de modelagem 3D – Neste capítulo é apresentado como foi feito e que

resultados foram encontrados no teste de modelagem 3D realizado. A

partir dos resultados é apresentado um conjunto de análises que

possibilitaram a estruturação do modelo de identificação da expertise da

modelagem 3D.

5 - Aplicações e Considerações Finais – Neste capítulo é

apresentado um exemplo de aplicação do modelo de identificação da

expertise num sistema computacional e é feita a conclusão do trabalho

com sugestão de linhas de pesquisa para trabalhos futuros.

Referências – Nessa seção estão as referências que dão suporte à

este trabalho.

Apêndice A – Neste apêndice está descrição das etapas realizadas

da revisão sistemática realizada em CAD Expertise.

Apêndice B – Neste apêndice está o Quadro Comparativo de

pesquisas encontradas e separadas da Revisão Sistemática.

Apêndice C – Neste apêndice encontra-se o questionário aplicado

aos 82 participantes do teste de modelagem 3D realizado.

41

Apêndice D- Neste apêndice encontra-se o resultado do

questionário de todos os 82 participantes do teste de modelagem 3D

realizado.

Apêndice E – Neste apêndice encontra-se a Planilha Geral com os

dados mensurados da tarefa de modelagem 3D dos 82 participantes.

Apêndice F – Neste apêndice encontra-se os 163 Mapas de

Procedimento extraídos do teste de modelagem 3D. São 67 do modelo 3D

1, 55 do modelo 3D 2 e 41 do modelo 3D

42

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo é feita a revisão teórica e conceitual sobre os tipos

de conhecimento e sua relação com as definições do campo da

Modelagem digital 3D. Essas conceituações servem de base para as

análises proferidas nos resultados encontrados no teste de modelagem 3D

do capítulo 4.

2.1 CONHECIMENTO

Nos tempos atuais, o conhecimento têm sido reconhecido como

entidade de valor necessária para o sucesso das organizações do século

XXI. Como descreve Schreiber et al (2000) a economia e a vida social

está cada vez mais direcionada no conhecimento. Portanto, o

conhecimento, consiste num ativo de grande valor para sociedade

contemporânea. Entender, explicitar, sistematizar e incorporar

conhecimento dentro das corporações e instituições de caráter público ou

privada torna-se essencial para o progresso em geral.

O conhecimento em si já é discutido conceitualmente há muitos

anos na filosofia e é debatido sem uma definição definitiva (SCHREIBER

et al, 2000).

Para Davenport e Prusak (1998), o conhecimento é uma mistura

fluida de experiência estruturada, valores, informação contextual e

discernimento especializado que fornece um parâmetro para avaliar e

incorporar novas experiências em informação.

Para Setzer (1999), o conhecimento é como uma abstração interior,

pessoal, de algo que foi experimentado, vivenciado, por alguém.

Para Castell e Gerhardt (2000), o conhecimento é um conjunto de

declarações organizadas sobre fatos ou ideias, apresentando um

julgamento ponderado ou resultado experimental.

Nonaka, Toyama e Konno (2000), adotam a definição platônica de

que o conhecimento é um crença verdadeira e justificada, mas com

ressalvas. Nonaka, Toyama e Konno (2000) defendem esse pensamento

ao se posicionar mais próximo a palavra “justificada” do que da palavra

“verdadeira”, da definição platônica. Para os autores, na tradição

epistemológica ocidental, a veracidade é o atributo essencial do

conhecimento, sendo absoluto e estático. Portanto não humana. Para

considerar o relativo, o dinâmico e o humanístico no conhecimento é

preciso considerar o contexto.

De acordo Nonaka, Toyama e Konno (2000), o conhecimento sem

contexto é somente informação. Nesse sentido, Schreiber et al (2000)

43

discordam em parte, ao definir informação como um dado equipado com

significado para o contexto humano. Schreiber et al (2000) alerta para a

dificuldade de confusão entre os limites entre os termos conhecimento e

informação.

Shedroff (1999) também ressalta que informação e conhecimento

são contextuais como Schreiber et al (2000), mas de modo diferente. A

informação possuí um contexto global enquanto o conhecimento está num

contexto local. (Fig. 4)

Figura 4 - Estrutura hierárquica do saber.

Fonte: Adaptado de Shedroff (1999).

É de relevância a distinção dos limites entre dado, informação e

conhecimento para conseguir apontar aonde está o gargalo/potencialidade

de uma determinada tarefa, departamento ou organização.

No âmbito geral é importante considerar que nas definições de

conhecimento citadas, todas ressaltam a experiência individual. Embora

o conhecimento é atrelado a condição humana ele pode estar dentro de

um sistema especialista como Inteligência Artificial (IA) após ter sido

extraído e sistematizado pela Engenharia do Conhecimento (EC).

2.1.1 Tipos de Conhecimento

44

O conhecimento é dividido em diferentes tipos baseado em

classificações que consideram o contexto no qual ele se apresenta. Ter

clareza desses estes tipos de conhecimento é essencial para uma pesquisa

que envolva alguma abordagem de extração, sistematização, organização,

disseminação ou compartilhamento do conhecimento.

A classificação comumente utilizado do conhecimento é a divisão

em conhecimento declarativo e conhecimento procedimental

(STERNBERG,2010, p.226).

O conhecimento declarativo é relativo aos fatos que podem ser

enunciados, assim como data de nascimento ou como um coelho aparenta

ser.

O conhecimento de procedimentos é relacionado aos passos que

podem ser necessários para dar um laço no sapato ou dirigir um carro.

Está relacionado a memória procedural. A distinção entre ambos é entre

“saber que” e “saber como” (RYLE, 1949). Sternberg (2010) delineia o

conhecimento declarativo como consciente e explícito e o conhecimento

procedural como inconsciente, implícito e automático

Kratochvil (2009) propõe outro tipo de conhecimento que é o

condicional. Este está ligado ao “Quando e Porquê”, descrevendo as

circunstâncias de aplicação dos procedimentos. Este conhecimento

condicional aparece em Chester (2007) como conhecimento de estratégias

na modelagem 3D. O autor descreve como sendo o conhecimento ligado

ao controle de funções, sendo utilizado para escolha de soluções para

resolução de problema, monitorar o progresso, predizer consequências e

avaliar ações. É o conhecimento que determina quando e por que usar os

procedimentos conhecidos. Chester (2007) não utiliza o termo

conhecimento condicional e refere-se muitas vezes à este conhecimento

como estratégico. Pela caraterística de monitoramento, avaliação e

predição, Chester (2007) descreve também o conhecimento estratégico

como metacognição.

Outra classificação também relevante do conhecimento é quanto a

internalização/externalização. Nonaka e Takeuchi (1995) utiliza nas suas

pesquisas a taxonomia de conhecimento tácito e conhecimento explícito.

Essa classificação analisa outra dimensão além da classificação descrita

que divide o conhecimento em declarativo, procedimental e estratégico.

O conhecimento tácito está profundamente enraizado na ação,

procedimentos, rotinas, compromisso, ideais, valores e emoções. Está

incorporado em um conhecimento abrangente da mente humana e do

corpo. É difícil comunicar o conhecimento tácito para outros, uma vez

que é um processo análogo que requer um tipo de `processamento

simultâneo". Polanyi (1966) afirma que as pessoas sabem mais do que

45

eles podem explicar; isto é, os indivíduos têm um conhecimento que é

não-verbalizado, intuitivo e desarticulado. Schreiber et al (2000) pontua

que o conhecimento tácito atua como background da capacidade/aptidão,

parcialmente inconsciente e decorrente da experiência e é utilizado na

resolução de problemas e outras tarefas humanas.

O conhecimento explícito é expresso numa linguagem formal e

sistemática e distribuídos em forma de dados, formulários científicos,

manuais. Pode ser processado, transmitido e armazenado com relativa

facilidade. Binz-Scharf (2003) destaca que o exemplo clássico atual do

conhecimento explícito são os grandes bancos de dados existentes.

Bins-Scharf (2003) faz um quadro síntese (Quadro 1) que reúne

várias definições de taxonomias tendo por base a dualidade

tácito/explicito. Quadro 2 - Comparação de definições do conhecimento com base na dualidade

do conhecimento Explícito e Tácito.

Fonte: Bins-Scharf (2003. Tradução nossa)

Observa-se que Bins-Scharf (2003) posiciona o conhecimento

Explícito com o Declarativo e o Tácito com o Procedimental na linha de Anderson (1983). Embora questionável esse alinhamento rígido, ressalta-

se que o modo de proceder numa tarefa dependendo da atividade têm

realmente um variável personalizada muito proeminente.

Numa atividade como a manipulação de um maquinário da

indústria o script da tarefa é rígido visando a produtividade e a segurança

46

do empregado. Na atividade do design, da arquitetura, da engenharia e da

modelagem digital 3D, o modo de proceder é mais flexível pois depende

do contexto do que será produzido. Por conta disso o modo de agir é mais

customizado a maneira de ser do indivíduo baseado no conhecimento

explícito e tácito que possui. O conhecimento do tipo explícito na

atividade de modelagem 3D está presente atualmente nos manuais do

fabricante e tutoriais on line. Porém há muito conhecimento tácito que

pode ser descoberto, sistematizado e incorporado ao conhecimento

explícito existente.

2.2.2 Criação do Conhecimento

Nonaka, Toyama e Konno (2000) relatam que a criação do

conhecimento é um processo de auto superação contínua aonde a fronteira

do velho é superado pelo novo pela aquisição de uma nova visão de

mundo, um novo contexto e um novo conhecimento. Em síntese é sempre

a jornada no sentido do ser para tornar-se.

Porém, para alcançar o novo conhecimento citado, Nonaka,

Toyama e Konno (2000) relata que não basta ter o conhecimento explícito

ou o tácito. É necessário a junção de ambos os conhecimentos em

complementaridade. A criação do conhecimento ocorre pela interação

entre o explícito e o tácito.

Visando a criação de novos conhecimentos Nonaka e Takeuchi

(1997) propõe o modelo SECI (Fig 5).

Este modelo consiste em interações entre tácito e explicito visando

o avanço do conhecimento. O modelo está dividido em quatro dimensões:

Socialização, Externalização, Combinação e Internalização.

A Socialização consiste na conversão de tácito para tácito, é o

processo de conversão de novo conhecimento tácito através de

experiências compartilhadas. Como o conhecimento tácito é difícil de

formalizar, muitas vezes o conhecimento tácito só pode ser adquirida

através da experiência compartilhada, como gastar tempo juntos ou viver

no mesmo ambiente.

A Socialização geralmente ocorre em uma aprendizagem usual,

aonde aprendizes absorvem o conhecimento tácito necessário ao seu

ofício através da experiência direta, em vez de manuais escritos ou livros

didáticos. A socialização também pode ocorrer de modo informal em

reuniões sociais fora do local de trabalho, onde o conhecimento tácito,

tais como visões de mundo, modelos mentais e confiança mútua podem

ser criados e compartilhados. A socialização também ocorre além dos

limites organizacionais. As empresas costumam adquirir e tirar proveito

47

do conhecimento tácito incorporado em clientes ou fornecedores por

interagir com elas. (NONAKA, TOYAMA e KONNO, 2000).

Figura 5 - Modelo SECI.

Fonte: Adaptado de Nonaka, Toyama e Konno (2000)

A Externalização é a conversão de tácito para explícito. Quando

o conhecimento tácito é transformado em explícito ele é cristalizado,

permitindo assim que seja partilhado por outros, e torna-se a base de

novos conhecimentos. O conceito de criação no desenvolvimento de

novos produtos é um exemplo deste processo de conversão. Outro

exemplo é um círculo de controle de qualidade, que permite que os

funcionários façam melhorias sobre o processo de fabricação, articulando

o conhecimento tácito acumulado dentro da fábrica ao longo de anos no

trabalho. (NONAKA, TOYAMA e KONNO, 2000).

A Combinação é a conversão de explícito para explícito. Consiste

em converter o conhecimento explícito em conjuntos mais complexos e sistemáticos de conhecimento explícito. O conhecimento explícito é

recolhido a partir de dentro ou fora da organização para em seguida ser

combinado, editados ou processados para formar novos conhecimentos.

O novo conhecimento explícito é então disseminado entre os membros da

organização. O uso criativo de redes informáticas de comunicação e

48

bancos de dados de grande escala pode facilitar esse modo de conversão

do conhecimento. Quando o controlador de uma empresa coleta

informações em toda a organização e coloca junto num contexto para

fazer um relatório financeiro. Este relatório é o novo conhecimento de

modo que sintetiza o conhecimento de muitas fontes diferentes num

contexto. O modo de combinação de conversão do conhecimento é incluir

a quebra de paradigma ao propor uma nova visão corporativa de negócios

e produtos. Isso explícita novos conhecimentos. (NONAKA, TOYAMA

e KONNO,2000).

A Internalização é a conversão de explícito para tácito. Através

da internalização, o conhecimento explícito criado é compartilhado por

toda a organização e convertido em conhecimento tácito por indivíduos.

Internalização está intimamente relacionado com “aprender fazendo". O

conhecimento explícito, tais como os conceitos de produtos ou os

processos de fabricação, tende a sofrer atualização através da ação e

prática. Programas de treinamento, por exemplo, podem ajudar os

formandos a compreender uma organização e a si mesmos. Ao ler

documentos ou manuais sobre seus trabalhos e organização, os estagiários

podem internalizar o conhecimento explícito escrito em tais documentos

para enriquecer sua base de conhecimento tácito.

Quando o conhecimento é internalizado para tornar-se parte da

base de conhecimento tácito individual na forma de um modelo mental

compartilhado torna-se um bem valioso. Esse conhecimento tácito

acumulado no nível individual pode então detonar uma nova espiral de

criação de conhecimento, quando é compartilhado com os outros através

da socialização. (NONAKA, TOYAMA e KONNO, 2000).

Especificamente no domínio da tarefa de modelagem digital 3D,

foco desta tese, é possível fazer associação direta com as estratégias de

criação de conhecimento expostos. A Internalização acontece

frequentemente em decorrência dos diversos cursos e treinamentos

existentes e a Socialização através da troca de conhecimento existente

principalmente dentro de fóruns e redes sociais.

No entanto, a Externalização e Combinação apresenta-se como

desafio pela necessidade de se organizar um repositório de conhecimento

sistematizado que apresente as melhores práticas. A indústria de

softwares CAD necessita desta Externalização e posterior Combinação

visando a melhoria do controle de qualidade e proposição de novos

produtos e processos.

49

2.2.3 Expertise

A pesquisa sobre expertise abarca diversos domínios. Com isso há

uma diversidade de definições para expertise. Matlin (2004) define

expertise como uma “performance consistentemente superior em um

determinado conjunto de tarefas representativas de uma área em

particular”. Mieg (2001) aponta dois aspectos da expertise que são

desempenho superior e especialização. Mieg (2001) descreve que

nenhuma por si só define expertise. A definição de expertise pelo autor é

desempenho superior baseado numa especialização.

Outra definição de expertise é dada por Sternberg (1990) que

propõe que os experts podem fazer coisas “automaticamente” enquanto

os novatos fazem com grande esforço. De acordo Sternberg e Grigorenko

(2003), a habilidade de processar informação de maneira automática

libera o expert para usar o controle executivo para a tarefa de

planejamento, monitoramento e revisão. As informações que são

processadas de modo automatizado ocorrem de modo subjacente e

paralelo às atividades do controle executivo. Entretanto, o Novato se

dedica a um processamento em serial ao processar o conhecimento

necessário para controle do domínio da tarefa exigindo um gasto de tempo

elevado.

Chi, Glaser e Farr (1988) argumentam que a expertise é

caracterizada por altos níveis de domínio do conhecimento, velocidade no

tempo de execução da tarefa e superioridade tanto na memória de longo

termo quanto na memória de trabalho. Os experts têm grande habilidade

de reconhecer padrões significativos. Pesquisa de Groot (1965) apontou

a capacidade de experts em jogo de xadrez de serem aptos a reconhecer

ampla quantidade de jogadas válidas. Essa capacidade de reconhecer

grande quantidade de jogadas foi identificado em pesquisa posterior de

Cooke et al (1993). Numa atividade como a modelagem 3D pesquisada

nesta tese, verifica-se semelhança com o xadrez no aspecto de reconhecer

diversos padrões significativos. Quanto mais formas de modelar o

profissional tiver conhecimento, maiores as possibilidades de resolução

de problema e de eficiência.

As estruturas utilizadas para lembrar e reconhecer padrões de

informação de um domínio em particular são algumas vezes descritos

como esquemas (MATLIN, 2004). Esquema é uma estrutura mental para

organizar o conhecimento que cria conceitos relacionados baseado no

significado (STERNBERG, 2010). Os esquemas na modelagem 3D

permitem, por exemplo, o reconhecimento de complexas combinações

50

entre comandos e ações. Além dos esquemas estruturados pelos experts

Custers, Boshuizen, e Schmidt (1998) argumentam que os experts

desenvolvem roteiros (scripts) das suas atividades. Os roteiros descrevem

sequências apropriadas de eventos em um determinado contexto

(STERNBERG, 2010). Os experts têm organizado de forma definitiva a

sequência de ações que deve realizar num domínio específico. Na

modelagem 3D, tanto o reconhecimento de padrões quanto o

sequenciamento de ações, se apresentam como estruturadores do

conhecimento declarativo e procedimental da tarefa.

2.2.4 Elicitação do Conhecimento/Expertise

Na atual sociedade em rede descrita por Castells e Gerhardt (2000)

o conhecimento se configura como ativo estratégico de empresas e

nações. Entender como ocorre o conhecimento em diversos domínios e

como se atinge a expertise é um diferencial para criação de novos

produtos e processos. A Engenharia do Conhecimento têm um papel

relevante neste processo ao propor sistemas informatizadas baseados no

conhecimento identificado em diversos domínios.

Nazário et al (2012) descreve que o termo Engenharia do

Conhecimento (EC) nasceu na área da Inteligência Artificial (IA) como

uma subárea dedicada à concepção, desenvolvimento e implantação de

sistemas especialistas. Na Engenharia do Conhecimento Clássica, os

pesquisadores buscaram “transferir” ou “extrair” o conhecimento do

especialista para uma base de conhecimento. Nazário et al (2012) aponta

que na Nova Engenharia do Conhecimento muda-se o paradigma de se

extrair somente o conhecimento do especialista para o sistema. A partir

do novo paradigma, o conhecimento identificado nas pessoas, arquivos e

sistemas deve ser extraído e modelado em um formato computacional.

Dentro da Engenharia do Conhecimento, a ação de captar o

conhecimento de pessoas, arquivos e sistemas é conhecido como

Aquisição do Conhecimento (Knowledge Acquisition – KA). Existe duas

divisões na Aquisição do Conhecimento. Hoffman et al (1995) divide em

direta e indireta. A aquisição direta seria a apropriação do conhecimento

com as pessoas através de entrevista ou outro tipo de método. A aquisição

indireta é extraída da análise de textos e relatórios. Numa revisão

atualizada desta divisão, a aquisição direta das pessoas é denominada

Elicitação do Conhecimento e a aquisição de fontes não humanas é

denominado de Extração do Conhecimento (NAZÁRIO et al, 2012).

51

2.2.5 Técnicas de elicitação da expertise

Existe um conjunto de técnicas de Extração e de Elicitação do

Conhecimento. Como o objetivo desta tese é a identificação direta da

expertise dos usuários de softwares CAD, foi feita a análise somente de

técnicas de Elicitação. Em Hoffman et al (1995) é apresentado e analisado

um conjunto de técnicas de elicitação da expertise. Hoffman et al (1995) divide as técnicas de elicitação da expertise

em três grupos: Análise de Tarefas Familiares, Entrevistas e Técnicas

Forjadas. O primeiro grupo - Análise de Tarefas Familiares-, é

investigado o que o expert faz quando é necessário a resolução de

problemas e tomada de decisão em situações conhecidas. Neste primeiro

grupo Hoffman et al (1995) lista as seguintes técnicas: análise de

documentação, análise da tarefa, pensar alto (Think Aloud). O segundo

grupo Entrevistas é dividido em; entrevistas estruturadas e semi-

estruturadas. O terceiro grupo descrito como Técnicas forjadas é o oposto

do primeiro. Neste grupo, os experts são colocados em novas situações

diferente do que estão habituados para resolução de problemas. O grupo

está dividido em: Análise de decisão, análise de decisão em grupo,

ranqueamento e tarefas sorteadas, processos restritos e construção de

gráficos.

Na análise das técnicas verifica-se a existência de dois tipos bem

definidos. Um tipo de técnica busca a identificação do padrão de

comportamento do expert. Técnicas deste tipo são: Análise de

Documentação e Análise da Tarefa. O outro tipo busca identificar os

processos cognitivos que conduzem à expertise. Isso é alcançado, por

exemplo, com as técnicas: Think Aloud, Entrevistas e Construção de

Gráficos.

Analisando estes tipos no domínio da modelagem 3D, o primeiro

tipo de elicitação busca identificar como o expert procede, como se vê nos

trabalhos de Lang et al (1991) e Chi, Lan e Tsai (2000). No segundo tipo

busca-se entender porque o expert toma determinadas decisões na

resolução do problema de modelagem, como se vê em Bhavnani e Garret

(1993) e Chester (2008). A pesquisa desta tese se enquadra no primeiro

tipo que busca identificar como o expert age para atingir alto desempenho.

Cooke (2000), na classificação da Elicitação do Conhecimento,

propõe o Rastreamento do Processo visando identificar o padrão de

comportamento do expert. Cooke (2000) descreve o Rastreamento do

Processo como um método observacional de elicitação dos dados. Cooke

(2000) relata como ocorre o Rastreamento de Processo: “É coletado uma

sequência de eventos comportamentais e a partir da análise dos resultados

52

protocolados pode ser feito inferências dos processos cognitivos

subjacentes”.

2.2 MODELAGEM DIGITAL 3D – SOFTWARES CAD

A modelagem digital 3D voltada ao desenvolvimento de projeto é

representada pela sigla CAD (Computer Aided Design) que significa

Projeto Assistido por Computador. O inicio do desenvolvimento do

software CAD foi na universidade americana do MIT ((Massachusetts

Institute of Technology) no início dos anos 60 (KALAY, 2004).

Em 1963, como parte de seu Ph.D no MIT, Ivan Sutherland

desenvolveu um meio de integrar os sistemas computacionais existentes

à época com o desenho de projeto. Junto com seu orientador Steven

Coons, propuseram o conceito de CAD e as ferramentas para implementá-

lo. Foi desenvolvido o sistema denominado Sketchpad (Fig. 6).

O Sketchpad era composto por um monitor CRT , uma caneta de

luz que desenhava diretamente na tela e um terminal com botões que

formava comandos básicos como fazer linha. Também possuia dials para

rotação ou mudança de tamanho das figuras desenhadas. (WEISBERG,

2008).

Figura 6 - Ivan Sutherland trabalhando no Sketchpad.

Fonte: Weisberg (2008).

53

A proposta de Sutherland gerou interesse de toda a indústria de

projeto, principalmente o setor automobilístico e aeroespacial. Com isso

houve uma difusão de pesquisas nas universidades americanas e

posteriormente britânicas. Deste período, destaca-se o sistema URBAN5

desenvolvido por Nicholas Negroponte no MIT em 1964, os sistemas

OXSYS e HARNESS na universidade de Cambridge em 1970 e o sistema

BDS (Building Description Systems) por Charles Eastman na

Universidade Carnegie Mellon em 1974 e (KALAY, 2004).

Este primeiro período que vai até o final dos anos 70 compõe o que

se denomina primeira geração de CAD. Kalay (2004) divide a história do

CAD em 3 gerações; a primeira, que começou nos anos 60 e terminou no

início dos anos 80; a segunda que começou no início dos anos 80 e foi até

início dos anos 90 e a terceira fase, dos anos 90 até os dias atuais

Cada geração é marcada por características específicas com

softwares representativos de cada período. Na primeira geração, não

havia o conceito contemporâneo de software. O CAD era um sistema

integrado que incluía software e hardware no mesmo equipamento. Na

fase inicial, os principais clientes eram as indústrias automobilísticas. Os

sistemas CAD eram caros e com baixo desempenho computacional. Um

sistema CAD do período tinha 512 Kbytes de memória, espaço de

armazenamento de 20 a 300 Mbytes e preço de 125 mil dólares.

(WEISBERG, 2008). Destaca-se neste período os sistemas CAD utilizado

pala General Motors (CADANCE) e Lockheed (CADAM).

A segunda geração de CAD é caracterizada pelo surgimento do

computador pessoal (PC – Personal Computer) e pelo conceito de

software utilizado atualmente (Fig. 7). Houve diferença no modo como

foi disseminado o CAD da segunda geração em relação à primeira. No

primeiro período, houve em esforço em criar uma ferramenta

computacional que suportasse o processo de projeto, dentro do ânimo do

desenvolvimento de pesquisas com Inteligência Artificial. Na segunda

geração, houve um arrefecimento do ânimo inicial de conceber um CAD

que auxilia o processo de projeto. A partir disso surgiu os softwares CAD

com suporte ao processo de desenho. O softwares representativos do

período são o AutoCAD de 1982 e MicroStation de 1985.

A terceira geração é definida pelo ganho de potencial de hardware

e pelo resgate do ideal dos anos 70 ao utilizar o CAD como ferramenta de

suporte ao projeto (KALAY, 2004). Destaca-se o surgimento do primeiro

software comercial de modelagem parametrizada - Pro – Engineer (1988)

e o surgimento do ArchiCAD (1987), que foi o primeiro software

54

comercial com a tecnologia BIM - (Building Information Modeling)

(SVETEL, JARIĆ e BUDIMIR, 2014).

Figura 7- IBM PC com software AutoCAD.

Fonte: Weisberg (2008).

Na atual geração do CAD, a evolução do hardware em termos de

processamento gráfico associado ao resgate de uso de elementos de

projeto ao invés de elementos de desenho, traz a modelagem 3D para o

centro do desenvolvimento de projeto. Na área de edificações, o modelo

3D se consolida como o conceito de “Virtual Building” implementado

pela primeira vez pelo ArchiCAD em 87 (SVETEL, JARIĆ e BUDIMIR,

2014). Na etapa de projeto, é realizada toda a construção virtual da

edificação com todas as suas características para em etapa posterior

realizar a construção do edifício físico.

2.2.1 Tipos de Classificação da Modelagem Digital 3D

Em todas as três gerações, os softwares CAD permitiram o desenho

e a modelagem 3D. A modelagem 3D evoluiu em paralelo com aumento

da capacidade gráfica dos computadores. Na década de 70 na área de

Modelagem Geométrica, o esquema de representação 3D era do tipo

aramada (wireframe) decorrente da necessidade de economia de recursos

computacionais. (Fig. 8)

55

Figura 8 - Modelo 3D com esquemas de representação aramada (Wireframe).

Fonte: Ault (2009).

Com o avanço do hardware novas estruturas de dados 3D são

propostas. Estas estruturas de dados compõe a classificação quanto aos

tipos existentes de modelos geométricos. Os tipos de modelos

geométricos são Wireframe Models, Surface Models e Solid Models (KALAY, 2004; AULT, 2012).

Os modelos geométricos do tipo Wireframe Models

predominavam nos anos 70 pela baixa exigência de recurso

computacional e facilidade de construção. O modelo 3D só possui as

arestas, que são construídas somente por linhas e pontos. (Fig 8). Embora

tenha algumas vantagens, o Wireframe Model têm como desvantagem não

poder ter clareza de como é o modelo 3D, dificultando o entendimento,

principalmente de vistas ortogonais. Outra desvantagem é que não é

possível fazer o cálculo de área e volume pela ausência de faces.

O modelo geométrico do tipo Surface Model traz como evolução a

presença das faces que estão ausentes no modelo geométrico Wireframe. O Surface Model permite uma clareza na visualização da volumetria pela

capacidade de ocultar as arestas atrás das faces (Fig. 9). O Surface Model é composto essencialmente por um conjunto polígonos não relacionados.

Um cubo feito com Surface Model é na sua estrutura de dados um

conjunto de seis polígonos. A desvantagem da estrutura de dados é que

não permite a detecção de intersecção de faces e o cálculo de volume.

O modelo geométrico do tipo Solid Modeling, criado nos anos 80,

é definido por Ault (2009) como a melhor ferramenta de projeto feito em

56

termos de computação gráfica. Essa afirmação é pelo fato do Solid

Modeling permitir, pela sua estrutura, uma representação próxima ao

objeto real quanto as suas propriedades. É possível com isso calcular

volume e analisar intersecções.

Figura 9 - Modelo geométrico com estrutura de dados do tipo Surface Model.

Fonte: Ault (2009).

A modelo geométrico Solid Modeling possui um conjunto de

técnicas para sua criação. Destaca-se algumas técnicas básicas como:

Constructive Solid Geometry (CSG), Boundary Representation (B-rep),

Feature-Based Modeling e Constraint-Based Modeling (KALAY,

2004; AULT, 2012).

A técnica Constructive Solid Geometry consiste na criação de

modelos 3D a partir de primitivas que são objetos conhecidos: cubo,

pirâmide, cilindro, cone etc... Através de operações como união,

subtração e intersecção é possível criar diversas formas.

A técnica Boundary Representation (B-rep) gera maior

possibilidade formal que a CSG pois não trabalha com primitivas. A

representação do cubo é feita pela unidade básica que é o polígono.

Através de transformações nestes polígonos é possível criar diversas

formas.

A técnica Feature-Based Modeling está presente principalmente

em softwares de engenharia mecânica e design de produto como o Pro-

Engineer, NX, e Solidworks. A técnica consiste em aplicar transformações

geométricas específicas que criam elementos que as peças mecânicas

possuem como; chanfros, furos, cantoneiras, flanges e entalhes. Os

57

softwares que utilizam ao técnica Feature-Based Modeling têm o

histórico do registro de comandos utilizados (features).

A técnica de Constraint-Based Modeling consiste numa

modelagem paramétrica aonde as relações dimensionais definem o

formato do objeto 3D (Fig. 10) (KALAY, 2004; AULT, 2012). Este tipo

de modelagem está presente em softwares como Pro-Engineer, Revit, e

Solidworks.

Figura 10 - Modelo geométrico com estrutura de dados do tipo paramétrico.

Fonte: Ault (2009).

Além dos tipos de modelos geométricos e das técnicas usadas no

Solid Modeling, as modelagens 3D são classificadas de acordo a interação

com o modelo 3D. Quando o usuário interage diretamente na geometria

clicando com o mouse movendo vértices, arestas e faces, a modelagem é

conhecida como Modelagem Direta (Direct Modeling). Quando o usuário

não interage diretamente com a geometria e a troca das variáveis para

criar/alterar a geometria ocorre em caixas de diálogo é conhecido como

Modelagem Paramétrica (Parametric Modeling). Há modelagens que

possuem os dois tipos de interação que define um sistema híbrido aonde

o usuário interage com o modelo das duas formas. Um exemplo de

sistema híbrido é a técnica de Constraint-Based Modeling aonde um

comando como a Extrusão pode ter seu valor alterado diretamente no

modelo 3D ou pela alteração da variável direto na caixa de diálogo.

58

Na Figura 11 está uma síntese representado os softwares utilizados

para projetos/visualizações em Arquitetura e Engenharia com suas

respectivas classificações quanto à interação com o modelo 3D.

Figura 11- Classificação do software de acordo à interação com o modelo 3D.

Fonte: Autor

Figura 12 - AutoCAD - aplicativo de Modelagem Direta.

Fonte: Autor

59

Figura 13 - Plugin Grasshoper para Rhino3D - aplicativo de Modelagem

Paramétrica.

Fonte: Leitão, Lopes e Santos (2012)

Figura 14 - Software Revit - aplicativo de Modelagem Híbrida.

Fonte: Autor

60

2.3 TIPOS DE CONHECIMENTO NA MODELAGEM 3D

Para entendimento e identificação da expertise na modelagem

digital 3D é necessário verificar como se manifesta os diferentes tipos de

conhecimento na atividade. A análise tomou por base como os diversos

trabalhos do Quadro Comparativo (Apêndice B) identificam os três

conhecimentos dentro do processo de modelagem.

Os três tipos de conhecimento citado no item 2.1, conhecimento

declarativo, conhecimento procedimental e conhecimento estratégico

(também citado como metacognição e conhecimento condicional) não são

vistos da mesma forma pelos autores quando da sua aplicação na atividade

de modelagem 3D.

Lang et al (1991) e Peng et al (2012) não citam a existência de

um conhecimento estratégico. Quando cita estratégia e planejamento na

tarefa se refere ao conhecimento procedimental. Estratégia e

procedimento aparecem como um único bloco de conhecimento.

Para Bhavnani e Garret (1993), Bhavnani, John e Flemming

(1999), Chester (2007, 2008), Hartman (2005) e Rynne, Gaughran e Seery

(2011), a estratégia durante o ato de modelagem é citado como um ente

separado do procedimental e do declarativo. Para estes pesquisadores a

estratégia é o principal componente da expertise.

Para esta tese foi considerado a classificação de três tipos de

conhecimento. Nos próximos itens analisa-se os três tipos de

conhecimento e sua manifestação na atividade de modelagem 3D.

2.3.1 Conhecimento Declarativo na Modelagem 3D

O conhecimento declarativo da modelagem 3D possui diversas

espectros. Este conhecimento abrange todo o conhecimento técnico

necessário à tarefa de modelagem 3D. Uma referência para conhecimento

declarativo é o artigo de Hamade e Artail (2008). Neste trabalho se analisa

diversos conhecimentos e o desempenho na tarefa. São analisados

conhecimentos em matemática básica e avançada, geometria analítica e

conhecimento em hardware. Este conhecimento declarativo descrito é

genérico pelo fato de ser atributos técnicos para se trabalhar com qualquer

aplicativo CAD. Além do espectro do conhecimento declarativo genérico

há os conhecimentos declarativos específicos de CAD, como o

funcionamento específico da ferramenta escolhida pelo usuário para

desenvolvimento de uma modelagem 3D.

O conhecimento declarativo específico é voltado ao software que

o usuário trabalha. Envolve saber quais comandos existem, para que

61

servem, quando devem ser usados. Como descreve Chester (2007) o

conhecimento declarativo específico é o conhecimento sobre comandos

ou algoritmos disponíveis num software CAD. É modo individualizado

de criar linhas, copiar objetos e criar extrusões.

O conhecimento declarativo, tomando por base Nonaka e Takeuchi

(1995) é definido como um conhecimento explícito. Este conhecimento

explícito está presente nos manuais das empresas que produzem os

softwares. Os livros e manuais como em Autodesk (2013) ou em Sketchup User’s Guide mostram o Conhecimento Declarativo, que é um conceito,

ideia a respeito de algo, como define Sterberg (2010, p.268). Nestes

manuais, são apresentadas as informações para o que se destina o

programa, como está organizada a interface, o que faz cada comando e

como ele é operacionalizado (Fig.15).

Figura 15 - Informação de funcionamento do comando Extrude na modelagem

3D no software AutoCAD.

Fonte: Autodesk (2012).

2.3.2 Conhecimento Procedimental na Modelagem 3D

Diferentemente do Conhecimento Declarativo, o Conhecimento

Procedimental está diretamente ligado a ação, a experiência de produzir

modelos 3D nos softwares CAD. Envolve saber combinar comandos e

ações para produzir figuras como a esfera, pirâmides e cones ou modelos

complexos. Envolve saber moldar peças e modelos específicos em todos

62

os seus detalhes como chanfros, arredondamentos, partes adicionadas e

subtraídas (Fig 16). Quando o usuário não sabe como fazer uma peça ou

uma parte da peça é devido a falta do Conhecimento Procedimental.

Figura 16 - Procedimento de alteração de um cubo.

Fonte: Autor

Lang et al (1991) relata que estudos apontam que o conhecimento

procedimental tem igual ou maior influência no desempenho da tarefa de

modelagem 3D se comparado ao conhecimento declarativo. O autor

indaga porque os manuais CAD não ensinam este conhecimento. Não há,

portanto, nos manuais, informações detalhadas de como proceder. Lang

et al (1991) avalia que a falta do conhecimento procedimental nos

manuais é decorrente do fato que este tipo de conhecimento não é fácil de

ser verbalizado e os indivíduos estão constantemente propondo novos

modos diferenciados de proceder dentro do software. Configura-se,

portanto, como um conhecimento tácito sempre em evolução.

O conhecimento procedimental para modelagem 3D é possível

de ser encontrado em tutoriais no qual os usuários demonstram como se

deve proceder. Existem tutoriais oficiais presentes nos sites das empresas

de software (Ex: Site AREA da Autodesk.

https://area.autodesk.com/tutorials), em iniciativa de usuários (Ex:

tutoriais no Youtube.com) e empresas de treinamento (Ex: sites

lynda.com e render.com.br). Porém, estes tutoriais apresentam somente

uma forma de proceder para cada modelo 3D escolhido segundo critério

desconhecido. Não há, portanto, o enfoque em apontar quais comandos,

troca de visualização e configurações devem ser utilizados com

63

prevalência na maior parte dos modelos 3D com objetivo de reduzir o

tempo de modelagem. Portanto, fica a critério de cada usuário através de

cursos em centros de treinamento, estudo dirigido e autodidatismo fazer

esta descoberta de modo individualizado. Com isso, cada usuário

desenvolve um “estilo de modelagem” próprio, que seria a repetição

sistemática de um grupo de procedimentos na tarefa de modelagem 3D.

2.3.3 Conhecimento Estratégico na Modelagem 3D

Observa-se na Figura 17, um exemplo de dois modeladores, que

possuem o conhecimento declarativo e procedimental necessário para

realizar a tarefa de modelagem. Porém verifica-se que existe diferença

evidente no desempenho. Das formas de proceder existentes, o modelador

B escolheu a sequência com menor quantidade de comandos. Com isso,

o modelador B conseguiu finalizar o modelo 3D em 7 passos em

comparação com o modelador A que fez em 10 passos. O conhecimento

envolvido em escolher a forma mais produtiva de se trabalhar é a que

autores como Bhavnani e Garret (1993), Bhavnani, John e Flemming

(1999), Chester (2007, 2008), Hartman (2005) e Rynne, Gaughran e Seery

(2011) denominam conhecimento estratégico.

A estratégia é descrita como sendo uma função cognitiva que

escolhe entre métodos alternativos de resolução de problema, monitora o

progresso da atividade, prediz as consequências das ações, avalia

procedimentos e troca entre métodos de resolução de problemas. Diante

destas características, muitas vezes, num processo de modelagem, a linha

divisora entre procedimento e estratégia é tênue. Em decorrência disso há

confusão em alguns trabalhos na definição destes limites. Não saber como

proceder e encontrar uma forma de conseguir fazer modelo na insistência

não pressupõe conhecimento estratégico. Isto é observado muitas vezes

na técnica incisiva de tentativa e erro.

O conhecimento estratégico se traduz em fazer as melhores

escolhas dentro de um universo já conhecido de possibilidades. Isso

envolve definir a melhor sequência de sub tarefas a serem seguidas em

prol de completar determinado modelo 3D (Fig.18a). Envolve também

escolher a melhor sequência de comandos para resolver um modelo 3D

ou parte deste (opção 1 – empurrar a face; opção 2- empurrar a aresta;

opção 3- apagar faces e arestas – Fig.18b).

64

Figura 17 - A diferença de desempenho em decorrência do encadeamento de

comandos (conhecimento procedimental) escolhidos dentro do mesmo software-

Trimble Sketchup.

Fonte:Autor

65

Figura 18 - Exemplos do uso do conhecimento estratégico na modelagem 3D.

Fonte: Autor.

Após a seleção das melhores opções, a estratégia se define pela

constante avaliação e monitoramento da tarefa verificando se as escolhas

feitas estão conduzindo o processo a uma modelagem eficaz e eficiente.

Além do monitoramento, a estratégia se define também pelo seu caráter

preditivo.

O artigo de Peng at al (2012) ressalta este aspecto preditivo ao

descrever a importância do conhecimento estratégico para se alcançar

66

modelos 3D de boa manutenção. No modo de sistema de trabalho

colaborativo contemporâneo é comum a criação do modelo 3D ser

compartilhada. Um profissional faz o modelo 3D inicial e a alteração

deste modelo será feita por outro profissional. Por isso é importante deixar

um modelo de fácil manutenção, que seja de rápida identificação de sua

construção e de posterior edição facilitada. Peng et al (2012) destaca que

muita pouca atenção é dada para ensinar os estudantes a criar modelos 3D

que podem facilmente serem entendidos, alterados e reutilizado por

outros.

A falta de ensino de estratégia de modelagem citada por Peng et al

(2012) se deve pela própria natureza deste conhecimento. É um

conhecimento tácito que está intimamente ligado a um contexto

específico. Bhavnani, John e Flemming (1999) propõe um conjunto de

ações estratégicas durante o processo de modelagem denominada de

“estratégia abstrata”. De acordo os autores, estas “estratégias abstratas”

podem ser utilizadas em todas as situações para ganho de desempenho

independente do software. Mas no âmbito geral, a maioria dos autores

descrevem que a estratégia que impacta a tarefa está fortemente

influenciada pelo contexto no qual está inserido.

Ao contrário do conhecimento declarativo que possuem farto

material disponível para estudo e consulta, como os manuais dos

softwares, as estratégias na modelagem não são quase discutidas e

explicitadas. Pela importância que é para ganho de produtividade na

tarefa, verifica-se um relevante esforço de pesquisadores em identificar

como são as melhores estratégias (CHI, LAN e TSAI, 2000; HARTMAN,

2005; RYNNE e GAUGHRAN, 2007; OPREAN e BALAKRIISHNAN,

2013) e de criar propostas pedagógicas para a capacitação na escolha das

melhores estratégias na tarefa de modelagem 3D (BHAVNANI, JOHN e

FLEMMING ,1999; CHESTER ,2007).

2.3.4 Conhecimentos avaliados na identificação da expertise

O modelo de avaliação e identificação da expertise definido neste

trabalho é baseado em dois dos três conhecimentos citados. O foco é no

conhecimento procedimental e no conhecimento estratégico. O

conhecimento declarativo foi desconsiderado no modelo pelo fato de ser

um conhecimento explícito, formalizado e que está amplamente

estruturado no modo tradicional de ensino de computação gráfica. Além

disso, autores como Lang et al (1991) demonstram que o impacto do

67

conhecimento declarativo no tempo total da tarefa não é tão relevante

quanto os outros dois conhecimentos.

A partir disso a análise da composição do tempo total da tarefa, dos

“estilos de modelagem” e da classificação propostas estarão em

consonância direta com os procedimentos e as estratégias escolhidas

(Fig.19).

Figura 19 - Componentes principais do modelo proposto de avaliação e

identificação da expertise na atividade de modelagem 3D.

Fonte:Autor

68

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

O procedimento metodológico desta pesquisa foi organizado

visando gravar e protocolar os dados retirados de um teste realizado de

modelagem 3D (apresentado no capítulo 4). A partir da organização

destes dados é que se alcança o modelo de identificação da expertise que

apontou as melhores práticas e possibilitou suprir as três lacunas

apresentadas na introdução do trabalho. As lacunas são: uma análise

global mais completa do tempo total da tarefa, classificação da expertise

e identificação dos “estilos de modelagem”.

O processo de identificação de expertise é um processo de

Externalização do conhecimento (NONAKA, TOYAMA e

KONNO,2000) com a criação de um protocolo visando identificar a partir

de dados recolhidos como se comporta o conhecimento tácito presente na

atividade de modelagem 3D.

Essa pesquisa pela característica de seus objetivos, optou por

utilizar o rastreamento do processo usando observação e registro de dados

proposto por Cooke (2000). A técnica de observação visando um método

qualitativo de análise e o registro dos dados da tarefa de modo protocolar

para análise quantitativa.

3.1 – MÉTODO QUANTITATIVO

O método quantitativo de análise faz uso dos dados recolhidos do

teste de modelagem 3D realizado (descrito no capítulo 4). Estes dados

foram recolhidos na técnica de rastreamento de processo. Esse sistema

consiste no registro de todas as ações de uma atividade. O teste de

modelagem 3D, no qual consistia produzir três modelos 3D, foi gravado

em vídeo direto da tela via software de captura. Posteriormente os vídeos

foram assistidos e os dados da tarefa foram registrados. Foram

mensurados na tarefa de modelagem 3D 35 variáveis agrupados nos

seguintes grupos abaixo listados:

-Tempo – 3 variáveis

-Quantidade de comandos – 1 variável

-Interface – 1 variável

- Navegação – 1 variável

-Tipos de comando utilizados – 28 variáveis

-Sequência de Ações – 1 variável

69

Além destas 35 variáveis listadas, foi gerado pelo cruzamento de

dados mais 5 variáveis, totalizando 40. Quanto à escala das variáveis, 39

são do tipo Razão e uma variável é do tipo Ordinal. A variável com escala

Ordinal é a variável Sequência de Ações. A sua medição foi realizada com

o objetivo diferente das outras 39. O objetivo foi analisar a estratégia

utilizada na sequência de realização das sub tarefas da atividade. As

outras variáveis com a mesma escala foram correlacionadas entre si.

A partir da mensuração buscou-se a análise da composição do

tempo total da tarefa. Através da correlação buscou-se verificar quais

ações estão mais diretamente ligadas ao aumento ou redução do tempo

total final da tarefa. Sabe-se que o tempo total é a conjunção de diversos

fatores. O objetivo foi identificar quais impactam mais e quais quase não

possuem relação.

A partir dos dados mensurados também foi feita a medição da

repetição de comandos e procedimentos específicos pelos usuários

durante os três modelos 3D realizados no teste de modelagem buscando

identificar “estilos de modelagem” característicos dos usuários.

3.2 – MÉTODO QUALITATIVO

O método qualitativo consiste numa análise pormenorizada da

tarefa de modelagem 3D. O seu objetivo é identificar procedimentos,

estratégias e ações que impactam o tempo total da tarefa e que não são

detectados somente pela análise dos numéricos da tarefa. Essa análise

consiste na identificação de repetidos padrões de comportamento

identificados nos vídeos assistidos.

Neste método foi possível observar que parte dos modelos 3D que

os estudantes apresentam maior dificuldade e facilidade, que tipo de erros

são mais comuns e que estratégias se mostraram mais adequadas.

70

4 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E ORGANIZAÇÃO DOS

RESULTADOS DO TESTE DE MODELAGEM 3D

Neste capítulo é abordado os resultados encontrados no teste de

modelagem 3D que dão subsídios aos objetivos propostos neste teste.

4.1 APRESENTAÇÃO DO TESTE DE MODELAGEM 3D

O teste de modelagem 3D foi realizado com o objetivo de

verificar quais as variáveis, procedimentos e comportamentos que

influem na produtividade da atividade.

Diante dos objetivos e limites, um conjunto de critérios foram

adotados. Estes critérios e a organização do teste são apresentados na

sequência.

4.1.1 -Amostra

A amostra do teste consiste em 82 alunos de graduação do curso

de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Santa Catarina

(UDESC). O curso fica no campus VII na cidade Laguna –SC. Foram

escolhidos alunos da quinta, sexta e sétima fase pelo fato de já possuírem

conhecimento na software escolhido. Até a quarta fase não há ensino de

softwares no curso. Foram realizados três modelos 3D sendo dois no

primeiro dia e um no segundo. O teste foi realizado nos dias 30/09/2015

e 07/10/2015 (Fig. 20).

Figura 20 - Alunos durante teste de modelagem 3D.

Fonte: Autor

71

Foi realizado um questionário de balizamento para conhecer

caraterísticas da amostra analisada. O objetivo dos itens do questionário

é identificar um conjunto de relações com o desempenho na tarefa como

experiência no uso do aplicativo. Foi identificado, por exemplo, se a

idade, o sexo ou tempo de curso de graduação influência nos resultados.

O questionário aplicado encontra-se no Apêndice C. O quadro

completo com os resultados do questionário para cada estudante encontra-

se no Apêndice D

Itens do questionário:

1- Idade;

2- Sexo;

3 - Anos de curso de graduação;

4 - Anos de uso de algum software 3D para modelagem;

5 - Anos de uso do Trimble Sketchup (software utilizado no teste)

6 – Quantidade aproximada de modelos 3D produzidos com a

ferramenta Sketchup (A- 0 a 10; B- 10 a 20; C- 20 a 30; D - 30 a 40; E –

mais de 40);

7 – Auto avaliação da experiência no uso do software Trimble

Sketchup. (A- Iniciante; B- Amador, C- Intermediário; D- Avançado, E –

Profissional);

8 – Avaliação do interesse em trabalhar com modelagem digital

3D. (A- Muito Pouco; B- Pouco, C- Intermediário; D- Alto, E – Muito

Alto);

9 – Avaliação do nível de cansaço para realização da tarefa de

modelagem no primeiro dia. (A- Muito Pouco; B- Pouco, C-

Intermediário; D- Alto, E – Muito Alto);

10 – Avaliação do nível de cansaço para realização da tarefa de

modelagem no segundo dia. (A- Muito Pouco; B- Pouco, C-

Intermediário; D- Alto, E – Muito Alto).

Na análise da amostra presente na Tabela 2, a maior presença de

mulheres refletem a proporção existentes atualmente em cursos de

Arquitetura. Destaca-se também que maior parte da amostra encontra-se

na metade do curso. Quanto ao uso de software CAD, os números

parecidos do item 4 e 5 demonstram que o Sketchup é o software de

entrada, no qual os acadêmicos aprendem primeiro.

Outro aspecto relevante da amostra, presente na Tabela 2, é o

problema com a auto avaliação utilizado em pesquisas. Há um

descompasso evidente entre o número de modelos 3D realizados e o grau

72

de experiência. Do total de participantes, 30,5% anotam que fizeram

somente até 10 modelos 3D. Muito pouco para ganho de experiência em

uma atividade como essa. Quando avaliam experiência 15,9% se avaliam

como Iniciante, quando na realidade deveria ser próximo dos 30% se

considerarmos o número de modelos 3D realizados. Problemas na auto

avaliação serão descritos também no item 4.3.2 quando comparado com

o desempenho efetivo na tarefa.

Tabela 2 - Médias e porcentagens da amostra do teste de modelagem 3D.

Fonte: Autor

Devido à estes problemas, pesquisas apoiadas em auto avaliação

como ocorre em Hamade e Artail (2008), são de resultados questionáveis.

No artigo, presente na análise do Apêndice B, o desempenho na tarefa de

modelagem é todo correlacionado com atributos técnicos advindos da

auto avaliação. Foi feito auto avaliação quanto ao conhecimento técnico em matemática básica, geometria, conhecimento de hardware etc.

Foi analisado também na amostra, no item 8, o interesse em se

trabalhar com modelagem 3D. O interesse / motivação relacionado com

o desempenho na tarefa é tema da pesquisa de Hamade, Artail e Jaber

(2011).

73

Por fim, foi solicitado a auto avaliação com o nível de cansaço na

tarefa para identificar o tamanho do impacto no desempenho. Nenhuma

pesquisa analisada considerou este aspecto, nem mesmo a pesquisa de

curva de aprendizagem com diversos testes ao longo de 15 semanas de

Hamade (2012).

4.1.2 -Procedimento

O procedimento consistiu na modelagem de três modelos 3D pelos

82 participantes. Duas ocorreram dia 30/09/2015 e uma no dia

07/10/2016. Houve limitação de se fazer os três modelos 3D num único

dia pois os testes ocorreram em horário de aula. O propósito de fazer a

medição repetindo a atividade de modelagem três vezes foi para

identificação de um padrão de comportamento do usuário. Além da

repetição apontar com maior clareza o nível de expertise do participante,

diminuindo a possibilidade do acaso na tarefa, serviu também para

registrar ações específicas dos usuários que compõe um “estilo de

modelagem”. Esses comportamentos padronizados podem surgir no uso

de alguns comandos específicos, na velocidade de execução e outros.

Quanto ao software a ser utilizado, verificou-se que área de

arquitetura e engenharia é composta por quantidade elevada de programas

CAD como mostrado artigo de Abanda et al (2015) e listagem feita na

Figura 11. Considerando o atual cenário de desenvolvimento de

aplicativos para projeto, seria interessante o uso de softwares híbridos

(modelagem direta e paramétrico) como o Revit da empresa Autodesk ou

totalmente paramétricos como o plugin Grasshoper para Rhino 3D da Mc

Neel. Porém houve a limitação referente a restrita quantidade de usuários

destas plataformas. O uso no teste de um destes aplicativos citados

resultaria em amostras pequenas de usuários como aconteceu em

pesquisas como de Bhavnani e Garret (1993), Chi, Lan e Tsai (2000),

Hartman (2005), Rynne e Gaughran (2007). Estes trabalhos apresentaram

amostras respectivamente de 6, 6, 5 e 4 participantes. Como a pesquisa da

tese possui uma parte focada na análise quantitativa, amostras pequenas

potencializam muito o viés. Com isso foi utilizado um software CAD de

conhecimento de um amplo espectro de estudantes de graduação em

Arquitetura que é o Trimble Sketchup (Fig. 21).

O software Sketchup teve sua primeira versão em agosto de 2000.

É um software de modelagem direta no qual o modelo geométrico é Solid

Modeling. A técnica de representação é um B-rep estruturado com malha

poligonal.

74

No levantamento de pesquisas em CAD Expertise, a maioria dos

artigos foi na área de Engenharia. Portanto, prevalece a presença de

softwares como Pro/Engineer e Solidworks. Somente um trabalho de

pesquisa listado no Apêndice B apresenta um software com uso

disseminado na área e Arquitetura. A pesquisa é de Oprean e

Balakriishnan (2013), que utilizou o mesmo software desta pesquisa, o

Sketchup. Com isso uma comparação mais robusta de resultados

utilizando o software Sketchup ficou prejudicada por só aparecer uma

pesquisa com este aplicativo.

Figura 21 - Interface do software CAD utilizado no teste de modelagem –

Trimble Sketchup.

Fonte: Autor

Quanto ao encaminhamento do teste de modelagem 3D, os

estudantes tinham que desenvolver três modelos 3D com precisão e no

menor tempo possível. O tempo máximo era 30 minutos para cada modelo

3D, com a atividade encerrada após atingir o tempo máximo. Os modelos

3D propostos para modelagem já estavam definidos e não precisaram ser

criados pelos participantes. Eles foram disponibilizados impressos em 4

folhas. Cada folha possui uma imagem em perspectiva isométrica com o

modelo 3D cotado.

O uso da imagem do modelo 3D no modo isométrico foi no sentido

de facilitar ao máximo o entendimento do que se devia modelar. Pesquisas

anteriores já apontaram que a apresentação das figuras em vista ortogonal

75

amplia o tempo da tarefa de modo expressivo pois grande parte do tempo

é gasto no entendimento da forma. Isso foi apontado no trabalho de Rynne

e Gaughran (2007). Os autores descrevem que os estudantes possuem

maior dificuldade de visualizar objetos 3D de vistas ortogonais do que

isométricas. Na pesquisa citada, o uso de vistas ortogonais conduziu o

estudante com pior visualização espacial ao pior desempenho na tarefa.

Esse fato foi relatado novamente em Rynne, Gaughran e Seery

(2011), o qual os autores descrevem que os aprendizes têm muita

dificuldade em visualizar objetos 3D em vistas ortogonais. Os autores

eliminaram este problema da pesquisa ao fornecer aos estudantes vistas

ortogonais e isométricas da peça a ser modelada. (Fig. 22)

Figura 22 - Figura ortogonal e isométrica forncecida para modelagem em

pesquisa de Rynne, Gaughran e Seery (2011).

Fonte: Rynne, Gaughran e Seery (2011)

Os três modelos 3D para o teste de modelagem 3D da tese seguiram

dois critérios principais. O primeiro é que deveria ter uma complexidade

que não conduzisse a uma contagem de tempo excessiva gerando uma

quantidade de dados muito elevada. Isto estenderia em demasia o tempo

da pesquisa. O modelo 3D não poderia ser muito simples de forma que os

tempos de execução fossem tão reduzidos que seriam muito parecidos,

dificultando a diferenciação do desempenho na tarefa. Por isso foi criado

um modelo 3D calibrado para ser feito entre 5 e 20 minutos. Os modelos

3D foram testados para serem feitos com a quantidade mínima de

comandos entre 40 e 50.

76

Figura 23 – Modelo 3D número 1 do teste de modelagem 3D.

Fonte: Autor

77

Figura 24 – Modelo 3D número 3 do teste de modelagem 3D.

Fonte: Autor

O segundo critério utilizado é que os modelos 3D possuíssem

complexidade parecida para não gerar grande diferenciação entre as três

etapas. Foi proposto modelos 3D com quantidade de arestas e faces

parecidas.

O modelo 3D 1 têm 46 arestas e 19 faces (sem contar o cilindro),

o modelo 3D dois têm 42 arestas e 18 faces e o modelo 3D 3 têm 44

arestas e 19 faces. O modelo 3D 1 é o único que têm curvatura possuindo

um cilindro que gera muitas arestas e faces.

Considerando o cilindro, o modelo 3D 1 têm 130 arestas e 48 faces.

Nas Figuras 23 e 24 são mostradas os modelos 3D e a sequências de

imagens que foram apresentadas nas 4 folhas. A ordem foi definida de

modo aleatório.

Visando a análise da estratégia, foi rastreado a realização das sub tarefas. Em cada modelo 3D foram definidos cinco setores. Cada setor é

uma pedaço do modelo 3D composto de uma ou mais faces. O objetivo

foi verificar qual a sequência que cada participante iria seguir para

alcançar o modelo final. Aos participantes não foi dito para seguir

78

nenhuma sequência específica e eles não sabiam da definição dos setores.

Na Figura 25 estão os setores definidos

Figura 25 - Setores definidos para análise das estratégias.

Fonte: Autor

4.2 TABULAÇÃO DOS DADOS DO TESTE DE MODELAGEM 3D

O teste realizado foi gravado com um software gratuito de

captura de tela denominado Hypercam (www.hyperionics.com). A

princípio, o total de vídeos gravados seriam 246, se considerados os três

modelos 3D para 82 participantes. Porém, houve alunos que faltaram ao

79

teste agendado, gerando diminuição da amostra de vídeos. Outro fator que

diminuiu a amostra de vídeos foram os participantes que fizeram a

modelagem errada. Portanto, sem eficácia

Para poder comparar tempos é necessário que todos tenham

chegado ao mesmo resultado final na modelagem. Portanto, é

fundamental que se tenha os modelos 3D corretos ao final da tarefa. Com

os faltantes e os modelos errados a amostra final ficou com 163 vídeos,

sendo 67 no modelo 3D 1, 55 no modelo 3D 2 e 41 no modelo 3D 3. No

tabela 3 está o resumo dos vídeos disponíveis recolhidos para análise.

Tabela 3 - Quantidade de vídeos recolhidos disponíveis para análise.

M 1 M 2 M 3 SOMA

Modelos 3D Corretos 67 55 41 163

Modelos 3D Errados 15 26 22 63

Alunos faltantes 0 1 19 20

SOMA 82 82 82 246

Fonte: Autor

A partir dos vídeos coletados, foi organizado um protocolo de

registro das ações. Foi definido o registro de 28 comandos utilizados

organizados em sequência de ativação. Foi marcado também toda vez que

um setor estivesse completo. Para isso foi criado um Mapa de

Procedimentos. Este mapa é composto por ícones que representam os 28

comandos como mostra a Figura 26. Estes ícones foram separados por cor

de acordo o que representam numa ação de modelagem. Os grupos

criados como Criação, Edição, Visualização e outros estão presentes em

todos os softwares CAD, embora com comandos diferentes dependendo

do aplicativo.

Foram montados 163 Mapas de Procedimento. Estes mapas

permitem verificar graficamente diversos fatores do processo de

modelagem como o uso maior ou menor de comandos de cada

agrupamento, a sequência de comandos utilizados, quantos comandos

foram utilizados para atingir cada setor. Na Figura 27 têm-se o exemplo

da comparação entre três mapas de procedimento de diferentes

participantes do modelo 3D 3.

Observa-se que E6 e E34 seguiram os mesmos três setores

iniciais com diferentes quantidade de comandos. E31 seguiu outro

80

caminho e demorou 24 comandos para acessar o primeiro setor (Setor 1).

Todos os Mapas de Procedimento realizados encontram-se no Apêndice

F. Além do registro dos 28 comandos e da sequência dos setores

que estão presentes nos Mapas de Procedimento foram extraídas mais 6

variáveis que são: Tempo total da tarefa, Tempo de Pausa (tempo em que

o cursor está parado e/ou que não há nenhum comando em execução),

Tempo de Pausa Inicial (tempo que demora para começar a modelagem

3D), Acesso a Ícones (número de vezes que utilizou ícones da interface),

Número de Comandos Dados e Número de Rotações de Visualização

(Orbitar em torno do objeto 3D – Navegação). Essas 35 variáveis foram

registradas a partir dos vídeos recolhidos.

Figura 26 - Iconografia definida dos comandos para montagem de Mapas de

Procedimento.

Fonte: Autor

81

A partir de algumas das 35 variáveis, mais 5 variáveis foram

calculadas formando o número total de 40 variáveis.

Figura 27 - Exemplo de três Mapas de Procedimento do modelo 3D três.

Fonte: Autor

As variáveis calculadas são: Tempo Produtivo (Tempo total

menos o Tempo de Pausa), Tempo Otimizado (Porcentagem do tempo

total que ficou parado sem comandos – Tempo Pausa / Tempo Total ),

Variedade de Comandos Dados (Quantos comandos foram usados dos

28 listados), Velocidade de Execução (aponta a cada quantos segundos

em média é dado um comando – equivale a divisão do Tempo Produtivo

pelo Número de Comandos Dados ) e Quantidade de Navegação por

82

tempo (aponta a cada quantos segundo em média é feita uma rotação em

torno do objeto - equivale a divisão do Tempo Produtivo pelo número de

rotações dado). O Quadro 2 lista as 40 variáveis medidas e as respectivas

siglas presentes na Planilha Geral - Apêndice E.

Quadro 3 - Siglas das 40 variáveis medidas na tarefa de modelagem 3D.

Fonte: Autor

4.3 RESULTADO E ANÁLISE QUANTITATIVA ENTRE A

PERFORMANCE NA ATIVIDADE DE MODELAGEM E AS

VARIÁVEIS MENSURADAS

A análise quantitativa tem como objetivo identificar a correlação

entre dos dados mensurados no teste de modelagem 3D e o desempenho

na tarefa. É uma análise global e ampla sobre a tarefa de modelagem sem

TEMPO SIGLA N GRUPO COMANDOS - EDIÇÃO SIGLA

1 Tempo Total TT 20 Push Pull - Empurrar e Puxar PP

2 Tempo de Pausa TPA 21 Cópia de Aresta Cópia A

3 Tempo Produtivo TPRO 22 Cópia em bloco Cópia B

4 Tempo de Inicio TI 23 Cópia de Face Cópia F

5 Tempo Otimizado TO 24 Mover face Mover F

COMANDOS SIGLA 25 Mover aresta Mover A

6 Número de Comandos Dados NCD 26 Mover em bloco Mover B

7 Variedade de Comandos Dados VCD 27 Interseccionar Face Inter F

8 Número de segundos por comando NS/C 28 Apagar Aresta Apagar A

ÍCONES SIGLA 29 Apagar Face Apagar F

9 Número de Acesso à Ícones AI 30 Apagar em Bloco Apagar B

NAVEGAÇÃO SIGLA 31 Apagar Cota Apagar C

10 Número de Rotações NR 32 Apagar Linha Guia Apagar LG

11 Número de Rotações por Segundo NS/R GRUPO COMANDOS - PRECISÃO SIGLA

GRUPO COMANDOS - CRIAÇÃO SIGLA 33 Trena para medir com Offset TrO

12 Comando linha que gera face Linha F 34 Trena para medir TrM

13 Comando linha Linha 35 Colocação de Cota Cota

14 Desenho Figura plana retângulo FFig R 36 Linha criada para medição Linha M

15 Desenho Figura plana círculo FFig C GRUPO COMANDOS - GESTÃO SIGLA

GRUPO COMANDOS - VISUALIZAÇÃO SIGLA 37 Fazer Grupo ou Componente Faz G/C

16 Inverter Face InvF 38 Desfazer Grupo ou Componente Desfaz G/C

17 Ocultar/Reexibir Face e Aresta ORfa GRUPO COMANDOS - ERRO SIGLA

18 Modo de Visualização Raio X RX 39 Desfaz e Refaz Erro (CTRL Z - CTRL Y) FDe

19 Aplicar Material ApM SEQUÊNCIA - ESTRATÉGIA SIGLA

40 Descreve a ordem dos setores feitos SEQ-EST

83

foco sobre ações específicas que intervêm no desempenho. É dado

destaque para a quantificação dos resultados, análise e interpretação.

4.3.1 Dados gerais de desempenho

Nos gráficos das Figuras 28, 29 e 30 são apresentados os dados

gerais de desempenho atingido pelos participantes. Neles é mostrado o

tempo total de cada participante em cada modelo 3D. Houve 82

participantes na modelo 3D 1, 81 no modelo 3D 2 e 63 no modelo 3D 3

Nestes três gráficos de desempenho verifica-se como foi o grau

de dificuldade e como foram distribuídos os erros. No geral se observa

que os erros aparecem com maior prevalência por volta dos 10 minutos –

600 segundos, que são as colunas vermelhas. Foi identificado na análise

dos vídeos, que erros com baixo tempo estão diretamente ligados à

distração. Isso aconteceu com maior intensidade no modelo 3D 2 e 3 pelo

fato dos modelos possuírem duas arestas diagonais na parte superior que

muitos imaginaram serem horizontais.

Figura 28 - Gráfico com a distribuição dos tempos em segundos da tarefa de

modelagem 3D dos participantes na modelo 3D 1.

Fonte: Autor

Os erros que aconteceram com tempo elevado estão diretamente

ligados à falta de conhecimento procedimental. Nos vídeos ficou evidente

a dificuldade de modelagem nos tempos elevados que foram registrados.

Muitos dos tempos elevados com erro foram ocasionados por

desistência dos alunos por não conseguirem realizar a tarefa. Com relação

à dificuldade dos modelos 3D fica evidente, pelos gráficos, que o modelo

84

3D 2 apresentou mais dificuldade aos participantes. Na distribuição dos

tempos percebe-se que aproximadamente dois terços dos participantes

estão com tempo acima de 600 segundos.

Figura 29 - Gráfico com a distribuição dos tempos em segundos da tarefa de

modelagem 3D dos participantes no modelo 3D 2.

Fonte: Autor

Figura 30 - Gráfico com a distribuição dos tempos em segundos da tarefa de

modelagem 3D dos participantes no modelo 3D três.

Fonte: Autor

85

Como os erros encontraram-se em grande parte concentrados, a

retirada das amostras erradas fez com que a distribuição dos histogramas

do tempo total ficasse assimétrica principalmente nos modelos 3D 1 e 2

(Fig. 31).

Figura 31 - Histograma mostrando a distribuição dos participantes de acordo a

faixa de tempo alcançado nos modelos 3D 1 e 2.

Fonte: Autor

0

2

4

6

8

10

12

14

16

mer

o d

e al

un

os

Tempo gasto em segundos na modelagem

Histograma do Tempo Total de modelagem - 2

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

mer

o d

e al

un

os

Tempo gasto em segundos na modelagem

Histograma do Tempo Total de modelagem - 1

86

Figura 32 - Histograma mostrando a distribuição dos participantes de acordo a

faixa de tempo alcançado no modelo 3D 3.

Fonte: Autor

A distribuição de frequência mostra, que apesar de serem três

modelos 3D diferentes, a concentração de tempos ficou na mesma porção

de tempo, na faixa entre 400 a 600 segundos. Os experts ficaram abaixo

desta faixa e os participantes com mais dificuldade ficaram acima desta

faixa. Observa-se também, nestes gráficos, que há algumas amostras de

caráter discrepante por estarem muito afastada da concentração de

ocorrência. No modelo 3D 1 há um tempo de 1244 segundos da estudante

E49, no modelo 3D 2 há um tempo de 1410 da estudante E22 e no modelo

3D 3 há um tempo de 1200 novamente da estudante E49.

Nas tabelas 4 e 5 é apresentada a estatística descritiva das variáveis

mensuradas na tarefa. Das 39 variáveis, foram selecionadas para análise

18, pois muitas variáveis do grupo de comando apresentam muito pouca

incidência. Os comandos, como apagar em bloco, aplicar material e

apagar cota, por exemplo, só foram usados uma vez em 163 amostras

válidas.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

mer

o d

e al

un

os

Tempo gasto em segundos na modelagem

Histograma do Tempo Total de modelagem - 3

87

Tabela 4 - Os valores de máximo, mínimo e média de 18 variáveis mensuradas

Fonte: Autor

Valores Máximo, Mínimo e Média dos modelos 3D 1, 2, 3 e de Geral de toda amostra

SIGLA Máx-

V1 Máx-

V2 Máx-

V3 Máx-

G Min-V1

Min-V2

Min-V3

Min-G

MD-V1

MD-V2

MD-V3

MD-G

TT 1244 1410 1200 1410 194 283 217 194 544,9 650,3 549,1 581,5

TPA 305 403 551 551 7 27 10 7 95,0 119,8 106,0 106,2

TPRO 1060 1160 993 1160 183 256 207 183 452,0 530,4 443,1 476,2

TI 75 90 85 90 0 0 0 0 12,0 13,6 17,8 14,0

TO 0,39 0,42 0,46 0,46 0,03 0,05 0,05 0,03 0,16 0,19 0,18 0,18

SIGLA Máx-

V1 Máx-

V2 Máx-

V3 Máx-

G Min-V1

Min-V2

Min-V3

Min-G

MD-V1

MD-V2

MD-V3

MD-G

NCD 210 180 160 210 39 46 44 39 81,5 83,4 73,4 80,1

VCD 14 12 13 14 7 6 4 4 10,1 8,2 8,2 9,0

NS/C 10,11 9,25 9,42 10,11 3,20 3,89 4,11 3,20 5,65 6,46 6,13 6,05

SIGLA Máx-

V1 Máx-

V2 Máx-

V3 Máx-

G Min-V1

Min-V2

Min-V3

Min-G

MD-V1

MD-V2

MD-V3

MD-G

AI 65 86 77 86 0 0 0 0 18,1 17,3 11,4 16,2

SIGLA Máx-

V1 Máx-

V2 Máx-

V3 Máx-

G Min-V1

Min-V2

Min-V3

Min-G

MD-V1

MD-V2

MD-V3

MD-G

NR 156 200 86 200 16 21 10 10 55,6 72,4 32,2 55,4

NS/R 18,06 37,14 33,20 37,14 4,40 2,92 4,92 2,92 9,18 9,28 16,45 11,04

SIGLA Máx-

V1 Máx-

V2 Máx-

V3 Máx-

G Min-V1

Min-V2

Min-V3

Min-G

MD -V1

MD -V2

MD -V3

MD-G

Linha F 27 28 34 34 0 1 2 0 8,0 12,9 15,1 11,4

Linha 46 52 65 65 3 10 9 3 23,5 29,3 26,6 26,2

SIGLA Máx-

V1 Máx-

V2 Máx-

V3 Máx-

G Min-V1

Min-V2

Min-V3

Min-G

MD-V1

MD-V2

MD-V3

MD-G

PP 25 9 8 25 1 0 0 0 8,8 3,4 3,3 5,6

Apagar A 54 52 56 56 2 1 0 0 19,9 18,4 11,9 17,4

Apagar F 12 19 12 19 0 0 0 0 2,0 2,0 2,2 2,1

SIGLA Máx-

V1 Máx-

V2 Máx-

V3 Máx-

G Min-V1

Min-V2

Min-V3

Min-G

MD-V1

MD-V2

MD-V3

MD-G

Linha M 11 12 18 18 0 0 0 0 4,0 4,4 5,4 4,5

SIGLA Máx-

V1 Máx-

V2 Máx-

V3 Máx-

G Min-V1

Min-V2

Min-V3

Min-G

MD-V1

MD-V2

MD-V3

MD-G

FDe 71 46 16 71 0 0 0 0 8,4 7,4 4,1 7,0

88

Tabela 5 - Os valores de desvio padrão, moda e mediana de 18 variáveis

mensuradas.

Fonte: Autor

Valores de Desvio Padrão, Moda e Mediana dos modelos 3D 1, 2, 3 e de Geral de toda amostra

SIGLA DP-V1

DP-V2

DP-V3

DP-G MO-V1

MO-V2

MO-V3

MO-G

MDI-V1

MDI-V2

MDI-V3

MDI-G

TT 219,6 239,1 225,1 231,6 430 445 413 439 519 595 474 516

TPA 66,9 69,5 90,0 74,5 31 100 55 59 82 113 83 89

TPRO 182,8 210,0 171,0 192,5 472 #N/D #N/D 400 418 506 380 416

TI 13,6 16,4 19,4 16,2 0 0 0 0 8 7 12 8

TO 0,08 0,09 0,09 0,08 #N/D #N/D #N/D #N/D 0,16 0,17 0,17 0,17

SIGLA DP-V1

DP-V2

DP-V3

DP-G MO-V1

MO-V2

MO-V3

MO-G

MDI-V1

MDI-V2

MDI-V3

MDI-VG

NCD 32,8 32,9 27,4 31,7 89 50 70 74 73 71 68 71

VCD 1,8 1,7 1,8 2,0 9 7 7 9 10 8 8 9

NS/C 1,40 1,28 1,33 1,38 #N/D #N/D #N/D #N/D 5,33 6,44 5,78 5,81

SIGLA DP-V1

DP-V2

DP-V3

DP-G MO-V1

MO-V2

MO-V3

MO-G

MDI-V1

MDI-V2

MDI-V3

MDI-G

AI 16,5 18,8 15,0 17,1 1 1 2 1 16 12 5 11

SIGLA DP-V1

DP-V2

DP-V3

DP-G MO-V1

MO-V2

MO-V3

MO-G

MDI-V1

MDI-V2

MDI-V3

MDI-G

NR 31,0 43,9 18,2 36,7 29 34 16 16 48 60 27 46

NS/R 1,28 1,33 1,38 3,10 #N/D #N/D #N/D #N/D 8,62 7,62 15,18 9,03

SIGLA DP-V1

DP-V2

DP-V3

DP-G MO-V1

MO-V2

MO-V3

MO-G

MDI-V1

MDI-V2

MDI-V3

MDI-G

Linha F 5,7 6,0 6,9 6,8 4 14 14 14 7 13 14 11

Linha 8,7 8,1 11,8 9,7 21 30 25 21 22 30 25 25

SIGLA DP-V1

DP-V2

DP-V3

DP-G MO-V1

MO-V2

MO-V3

MO-G

MDI-V1

MDI-V2

MDI-V3

MDI-G

PP 3,9 2,7 2,7 4,2 7 0 0 0 8 3 4 6

Apagar A

9,6 13,3 11,3 11,8 12 15 1 12 20 15 8 16

Apagar F

2,4 3,1 2,8 2,7 0 1 0 0 1 1 1 1

SIGLA DP-V1

DP-V2

DP-V3

DP-G MO-V1

MO-V2

MO-V3

MO-G

MDI-V1

MDI-V2

MDI-V3

MDI-G

Linha M 2,6 3,3 3,7 3,2 3 1 5 5 4 5 5 5

SIGLA DP-V1

DP-V2

DP-V3

DP-G MO-V1

MO-V2

MO-V3

MO-G

MDI-V1

MDI-V2

MDI-V3

MDI-G

FDe 12,5 10,7 3,8 10,4 2 1 0 1 4 3 3 3

89

Destacam-se alguns dados das tabelas para análise. Como

mencionado anteriormente, a dificuldade em modelar o modelo 3D 2 dos

participantes é possível de ser identificada. O tempo mínimo alcançado

foi de 283 segundos, bem acima dos modelos 1 e 3 (194, 217 segundos).

O tempo médio da tarefa no modelo 3D 2 confirma esta avaliação. Ficou

em 650 segundos, bem acima o modelo 1 e 3 (544 e 549 segundos). Outra

variável que aponta dificuldade é a média do tempo de pausa de 119,8.

Foi necessário um gasto maior de tempo parado, sem comandos sendo

dados que podem-se supor ser devido à dificuldade apresentada em

elaborar uma estratégia de modelagem.

Destaca-se também o índice médio de rotações (giro em torno do

objeto 3D modelado). O índice do modelo 3D três é bem mais baixo do

que dos modelos 1 e 2. Isso acaba incidindo em outro índice que é Número

de Segundos por Rotação (divisão dos segundos do Tempo Produtivo pelo

número de rotações). Em média, o modelo 3 fez uso da rotação em torno

do objeto 3D uma vez a cada 16 segundos e meio. No modelo 1 e 2 o

valor é bem mais baixo.

Figura 33- Gráfico Boxplot apontado a concentração dos tempos totais

alcançados nos quartis e os tempos discrepantes encontrados

Fonte: Autor

90

Na análise dos vídeos, buscando a razão desta diferença, verificou-

se no modelo 3 que pouco se observava a parte inferior do modelo 3D.

Como a volumetria não possui reentrâncias que necessita visualizar o

objeto de baixo, a rotação foi menos usada. Isso mostra que essa variável

é sensível a volumetria a ser modelada e isso deve ser sempre considerada

na sua medição.

Na figura 33 o gráfico boxplot apresenta a variância e distribuição

dos tempos totais (em segundos) alcançados no modelo 3D 1, 2 e 3.

Observa-se no gráfico a alta concentração de tempos no modelo 3D 3,

tendo o segundo quartil concentrado todos os tempos no intervalo de 431

segundos a 474 segundos. Observa-se também nos gráficos a dispersão

dos tempos da mediana para frente em todos os três modelos reiterando o

que os histogramas mostraram.

O Boxplot aponta também os valores discrepantes (outliers) em

cada modelo 3D. Estes valores discrepantes alcançados são importantes

para identificar variáveis subjacentes que impactam o tempo total da

tarefa e que muitas vezes não estão evidentes. Uma análise pormenorizada

dos outliers é feita no item 4.3.3.

4.3.2 Questionário x Desempenho

O objetivo da aplicação do questionário foi de, além conhecer as

características da amostra pesquisada, fazer relação dos dados dos

participantes com o desempenho na tarefa. Foi verificado se parâmetros

como a idade, o sexo ou tempo de curso de graduação influência nos

resultados. Foi verificado também se a auto avaliação de experiência está

de acordo ao desempenho obtido.

Para isso foi feita uma correlação simples entre o tempo total da

tarefa e as variáveis (Tabela 6). Para variável qualitativa auto avaliação

de experiência foi processada a correlação após a numeração de cada

resposta (1-iniciante; 2-amador; 3-intermediário; 4-avançado e 5-

profissional).

Os resultados mostraram que não há nenhuma relação direta das

variáveis com o tempo total no desempenho da tarefa. Os valores de r de

Pearson ficaram abaixo de 0,33 gerando um coeficiente de determinação

de apenas 10%. Isso aponta que deve-se ter cautela em utilizar como base

para uma pesquisa de correlação a auto avaliação como feita em Hamade

e Artail (2008).

91

Tabela 6 - Correlação entre os dados do Questionário de Balizamento e o

Tempo Total da tarefa.

Fonte: Autor

Para a relação entre o gênero do participante e o desempenho foi

feita uma análise separada para averiguar eficácia e eficiência. Na amostra

desta tese, os homens mostraram mais eficácia e eficiência.

Para esta conclusão, foi feita a análise sobre o tempo total de

modelagem somando o tempo dos três modelos realizados de quem fez

todos corretos. Primeiro foram separados 63 dos 82 participantes pois

foram excluídos 19 participantes (1 estudante faltou na vol. 2 e vol. 3).

Estes participantes não teriam como ter feito os três modelos 3D.

Na amostra de 63 participantes, ficaram distribuídos 21 homens e

42 mulheres. Desta amostra de 63 participantes, a quantidade que

conseguiu fazer os três modelos 3D sem erro foi de 32 participantes,

sendo 17 mulheres e 15 homens. Portanto houve mais eficácia dos

homens pois houve a mudança da proporção entre os que fizeram os três

modelos (H-21; p = 33% / M-42; p =66%) em relação aos que fizeram os

três corretos (H-15; p=46% / M-17; p =53%). As mulheres erraram mais.

No que se refere à eficiência, foi somado o tempo dos três modelos

feitos corretos. Os homens aparecem com as menores somas dos três

tempos comparados com as mulheres (Fig. 33). Com relação à média da

soma do tempo dos três modelos 3D, os 15 homens atingiram o valor

médio de 1346 segundos e as mulheres 1870 segundos.

Correlação de Dados entre o Questionário e o Desempenho

Qtde de modelos 3D produzidos

Conhecimento Sketchup

Idade Anos

Curso de ARQ

Anos de uso do software

Sketchup

Tempo Total somado todos os modelos 3D

-0,14 -0,33 0,33 0,14 -0,17

92

Figura 34 - Soma do tempo total de modelagem dos três modelos 3D entre

homens e mulheres.

Fonte: Autor

4.3.3 Tempo Total x Variáveis

Visando atingir a um dos objetivos desta pesquisa que é a

identificação dos fatores que impactam o tempo total da atividade de

modelagem 3D, foi feito o cruzamento de dados entre 18 variáveis e o

tempo total da tarefa. Este cruzamento e as análises subsequentes

identificaram como maiores impactantes no tempo total da tarefa de

modelagem por ordem de importância; o número de comandos dados, o

tempo de pausa e a velocidade de execução dos comandos.

Visando identificar quais foram os fatores mais impactantes, foi

realizada uma matriz de correlação entre 18 variáveis mensuradas na

tarefa, Essa matriz de correlação foi feita separada, apresentando o

resultado para cada modelo 3D e uma matriz geral considerando todos os

resultados (Tabela 7 e 8). Nas tabelas foram marcados os maiores valores

encontrados de correlação: vermelho para valores de 0,9 a 1, laranja para

valores de 0,8 a 0,9, amarelo para valores de 0,7 a 0,8 e bege para valores

de 0,6 a 0,7.

93

Tabela 7 - Matriz de correlação para os modelos 3D 1 e 2.

Fonte: Autor

94

Tabela 8 - Matriz de correlação para o modelo 3D 3 e geral que considera todos

os modelos.

Fonte: Autor

95

O primeiro item a ser observado nas matrizes é a variável que

possui forte correlação com o TT (tempo total da tarefa). Na matriz geral,

aparece correlacionando com relevância com o tempo total: o tempo de

pausa, o tempo produtivo, número de comandos dados, número de

rotações, e comando apagar aresta. Considera-se também, número de

erros e desenho de linhas, por aparecerem com correlação com o TT nas

matrizes dos modelos 1,2 e 3. Destas variáveis que correlacionam com o

TT destaca-se o NCD (Número de comandos dados). Nas matrizes

analisadas verifica-se que o NCD possui a maior quantidade de

correlações com outras variáveis. No total seis.

Pode parecer evidente, pois a maioria das variáveis são comandos

e estão englobados pelo Número de Comandos Dados. Porém há diversos

comandos com correlação inexpressiva com NCD como PP (Push Pull)

ou Li.F (linha que gera face). É importante sempre destacar que

correlação não é causalidade. Não pode-se afirmar que uma variável está

necessariamente causando outra. Mas há uma relação entre elas. Se

considerados o coeficiente de determinação (r2) entre o número de

comandos dados e o tempo total da tarefa, o valor é de 56%. Não é muito

alto, mas é considerável. Com isso 56% da variabilidade do tempo total é

explicado pelo número de comandos dados.

O NCD têm importância para explicar o tempo total da tarefa não

somente pela valores encontrados nas matrizes. O NCD é considerado

pelas pesquisas analisadas (Apêndice B) como o componente principal

para se atingir o conhecimento estratégico considerável dentro da tarefa

de modelagem 3D. Modelar com a menor quantidade de comandos

significa economia de recursos humanos e computacionais.

Consequentemente o caminho utilizado de poucos comandos gera a

redução de tempo e atinge-se a eficiência. Para se modelar com poucos

comandos é preciso fazer uso do conhecimento estratégico citado no item

2.3.3. É preciso escolher a melhor sequência, definindo a ordem mais

eficiente das sub tarefas a serem realizadas visando o objetivo final.

Também é importante escolher o melhor comando (com menor número

de passos) para cada detalhe da modelagem 3D. Com isso, na Planilha

Geral de desempenho (Apêndice E), nos menores valores de comandos

dados é onde estão as melhores estratégias. Mas o que se observa na

Planilha Geral é que nas amostras com menor número de comandos dados

não estão necessariamente os menores tempos totais da tarefa de

modelagem. Isso porque o tempo total é uma composição de ações e há

outros fatores intervenientes neste tempo.

Visando identificar outros fatores que impactam o tempo total além

do NCD, são analisadas novamente as matrizes de correlação. Observa-

96

se a relevância do Tempo de Pausa. Independente do cursor estar parado

ou não, o tempo de pausa é considerado quando não há nenhum comando

em execução. A maioria das pesquisas analisadas não considera a

medição do tempo de pausa, apesar da sua importância. Este tempo é

considerado nas pesquisas de Lang et al (1991), Chi, Lan e Tsai (2000).

A razão destas considerarem o tempo de pausa é porque foram baseadas

na metodologia GOMS, que considera a medição de tempo para cada

ação. Outra pesquisa que considera o tempo de pausa é Chester (2007).

Porém não é contada a pausa durante toda a tarefa. Somente é contado o

tempo de pausa antes do primeiro clique do mouse na atividade. O autor

chamou de “tempo de planejamento”. Nesta tese, este tempo também foi

mensurado com o nome de Tempo Inicial e ele é parte integrante do

Tempo de Pausa da tarefa. Chester (2007) descreve que este tempo inicial

está relacionado ao desempenho. Quanto maior este tempo de

“planejamento” melhor o desempenho na atividade. Essa pesquisa não

encontrou evidência disto. A correlação é muito baixa entre o tempo

inicial e o tempo total (r = 0,30).

O Tempo de Pausa apresenta correlação de 0,68 com o Tempo

Total da tarefa. Embora não seja muito forte, há variação considerável

entre estas duas variáveis. Com isso, outra variável ganha importância que

é o Tempo Otimizado. Este tempo é a porcentagem do tempo total que é

constituído pelo Tempo de Pausa. Nesta pesquisa têm-se casos extremos

como a estudante E41 com 3,2% no modelo 1. Isso significa que somente

3,2% do tempo ficou parado sem estar fazendo algum comando. E há a

situação da estudante E49 no modelo 3 com 45% de Tempo Otimizado.

Praticamente metade do tempo nenhum comando aconteceu.

Portanto, como o tempo de pausa varia com o Tempo Total é

importante que o Tempo Otimizado seja reduzido. No caso da estudante

E49, o tempo total da tarefa de modelagem do modelo 3D 3 foi de 1200

segundos. Se o Tempo Otimizado fosse de 5% seu tempo final seria de

720 segundos.

A princípio, a redução das variáveis NCD e TO seria o suficiente

para reduzir em grande parte o tempo total da tarefa. Mas foi encontrado

na amostra situações em que o NCD e o TO não é alto, mas o valor do

tempo total tarefa é elevado. Com isso, há outra variável subjacente

relevante interferindo no tempo total da tarefa. Essas situações atípicas

foram encontradas investigando amostras discrepantes na gráfico de

dispersão por pontos na correlação entre Tempo Total com NCD (Fig.

34). Na zona 1 marcada na Figura 34, a explicação para perda de tempo é

alto número de comandos dados mas isso não vale para a zona 2. Para os

tempos totais alcançados, foi verificado NCD e TO baixo para E63, E22,

97

E36, E49 e E16. E72 têm NCD baixo mas ainda teria explicação pelo fato

de possuir TO de 33%.

Figura 35 - Análise de pontos discrepantes na gráfico de dispersão da vol. 1-

Correlação entre tempo total e número de comandos dados.

Fonte: Autor

Para se verificar como essas amostras estão diferentes é possível

comparar numericamente com outras. E22 têm 73 comandos com tempo

total de 711 segundos. As outras amostras com aproximadamente 73

comandos têm no máximo 510 segundos. O TO de E22 não é excessivo.

É 14%, abaixo da média de todas as amostras que é de 17% (Tabela 4). O

mesmo ocorre com os outros. E63 - 573 segundos, NCD de 73 e TO de

21% - Amostras com NCD aproximados de 73 possuem no máximo 302

segundos. E36 – 910 segundos, NCD de 77 e TO de 22% - Amostras com

NCD de aproximadamente 79 possuem no máximo 442 segundos. E16-

730 segundos, NCD de 70 e TO de 10% -Amostras com NCD de aproximadamente 71 têm 548 segundos. E49- 1224 segundos (o maior

valor de todos), NCD de 102 e TO de 17%. Amostras com NCD de

aproximadamente 103 possuem no máximo 623 segundos.

Para identificar essa discrepância analisou-se o que estas amostras

têm em comum. O que se detectou é que o valor de NS/C é alto. O motivo

98

é que estes participantes executam seus comandos de forma muito lenta.

E49 têm NS/C de 10, 11 para o modelo 3D 1. O maior valor de todos.

Para comparação, quem apresenta a maior velocidade de execução,

portanto menor NS/C para o modelo 3D 1 é E50 com 3,20. E49 demora

quase 3 vezes mais tempo que E50 para realizar um comando. Os

estudantes identificados na Figura 34 estão com os maiores valores de

NS/C para o modelo 3D 1. Além de E49 (NS/C de 10,11) têm-se E63

(NS/C de 8,11), E22 (NS/C de 8,38), E36 (NS/C de 9,18) e E16 (NS/C de

9,37).

O NS/C é calculado pela divisão do Tempo Produtivo (Tempo

Total menos tempo de pausa) pela quantidade de comandos dados. A

Figura 35 ilustra aonde estão os NS/C baixos com alta velocidade de

execução na cor verde e os NS/C altos com baixa velocidade de execução

na cor vermelha. Quanto mais próximo dos extremos dessa faixa de cor

maior ou pior a velocidade execução.

Figura 36 - Faixas aonde ocorrem os maiores (verde) e os menores (vermelho)

velocidades de execução de comandos.

Fonte: Autor

99

Como conclusão da análise da influência global no tempo total

da atividade de modelagem, o NCD, o TO e o NC/S são as variáveis que

mais impactam o tempo total da tarefa de modelagem 3D. Porém como o

tempo total da tarefa é uma composição de ações, outras variáveis foram

consideradas e analisadas. Na matriz de correlação Geral (com todos os

dados) apareceu correlacionado com o Tempo Total com relevância o NR

– Número de Rotações e Apagar arestas com (r) de 0,61 e 0,60

respectivamente. Essas duas variáveis se correlacionam também com o

número de comandos dados com 0,62 e 0,68.

A análise das variáveis que se correlacionam com o número de

comandos dados é relevante pois além de ter impacto no tempo total da

tarefa, existe uma conexão com os tipos de conhecimento ligados com a

modelagem 3D. Se por um lado o número de comandos dados denota as

melhores estratégias como citado anteriormente, o número muito elevado

de comandos dados denota erros de conhecimento procedimental grave.

Na análise dos vídeos verificou-se que nos tempos mais altos, os

participantes não conseguiam modelar e em alguns casos caiam na tática

da tentativa e erro. Os estudantes não sabem como proceder, como fazer

um recorte, chanfro, rotação de face etc. Quando há erros graves de

procedimento dois expedientes são muito comuns nos vídeos. Apagar

linhas/arestas e utilizar “voltar” com o comando Crtl Z. Quando um

estudante erra um procedimento ou ele apaga as arestas para fazer de novo

ou ele dá comando CtrL Z para voltar e tentar fazer novamente. Quando

os valores destas variáveis são altos é indício de falta de conhecimento

procedimental. Portanto é esperado uma colaboração no aumento do

tempo total da tarefa quando estas duas variáveis são elevadas.

Com relação a variável Número de Rotações, a forte correlação

com o tempo total é por outro motivo. Verificou-se na análise dos vídeos,

que quando um participante estava em dúvida de como proceder duas

ações aconteciam. A primeira é o cursor ficar parado contribuindo para o

Tempo de Pausa e o outro é girando o objeto 3D tentando analisá-lo

visando modelar a partir de outra visualização ou outra parte do objeto

3D. No caso da rotação não é possível fazer uma relação direta com a falta

de conhecimento procedimental como as variáveis Apagar arestas (Ap.A)

e Erros (FDe). Apesar da correlação, o tempo gasto numa rotação pelo

participante pode estar ligado à definição de uma estratégia

(conhecimento estratégico) ou pode mesmo estar com dificuldade em

proceder. Por estes dados e análise feitas não há como afirmar.

Pela análise das variáveis que não apresentaram relação com o

tempo total ressalta-se o VCD (Variabilidade de Comandos Dados). Lang

et al (1991) aponta que os experts utilizam mais variedade de comandos

100

que os novatos. Nesta pesquisa essa evidência não apareceu. A correlação

entre a variedade de comandos usados e desempenho (tempo total) é nula.

Foram listados nesse teste 28 variáveis de comandos. Como exemplo, tem

participante que fez o modelo 3D 3 com quatro tipos de comandos

enquanto outro usou treze tipos. Mesmo com tanta diferença de

comandos, os tempos foram parecidos, 413 segundos para quem usou

quatro tipos e 446 segundos para quem usou treze tipos.

4.4 PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO DO DESEMPENHO NA

ATIVIDADE DE MODELAGEM 3D

A classificação da expertise está entre os objetivos desta tese. A

importância reside em alguns fatores. O principal deles é ter um meio de

identificar o atual estágio e o processo de evolução do profissional de

projeto no quesito expertise em modelagem. Através da aprendizagem e

experiência profissional ocorre naturalmente o ganho de expertise.

Porém, é importante saber o grau de expertise que o profissional se

encontra além do sistema dicotômico novato versus expert que as

pesquisas listadas no Apêndice B apresentam. A classificação da

expertise possibilita ao usuário saber em que aspecto específico se faz

necessário evolução e quão distante está de atingir alta performance. A

análise somente do produto final, só garante a verificação da eficácia.

A classificação proposta é derivada das conclusões tiradas da

análise do impacto as variáveis no tempo total da tarefa do item anterior

(4.3.3). Quatro variáveis foram escolhidas: Número de Comandos Dados,

Tempo Otimizado, Velocidade de Execução e Número de Erros. Dois

critérios foram definidos para a escolha destas variáveis para proposição

de um sistema de classificação. O primeiro é que tenham alto impacto no

tempo total da tarefa. O segundo é que estas variáveis tenham conexão

com os conhecimentos procedimental e estratégico. Ou seja, se os valores

destas variáveis estão muito elevados ou estão em baixa é indício da

presença ou falta de conhecimento procedimental e/ou estratégico.

Este formato de classificação é multi plataforma. Não está preso a

nenhum software específico. A classificação reflete de modo amplo a

atividade de modelagem 3D pelo fato das variáveis serem condições

existentes em todos os softwares. Esta classificação proposta também não

é definitiva pois é necessário fazer uma análise pormenorizada da

atividade como está descrito nos itens 4.5 para diagnóstico final do

modelador 3D.

A proposta de classificação feita têm como característica ser aberta

a qualquer usuário. Não está relacionada a nenhum grupo específico. Para

101

atingir isso, a classificação não é baseada em valores médios, isso porque

o valor médio de um grupo pode ser diferente de outro. Esse teste de

modelagem 3D, que foi feito por estudantes de graduação, obteve por

exemplo, número médio de comandos dados de 80 (tabela 4) . Um grupo

de modeladores de uma empesa poderia obter um valor menor. Com isso,

um expert de um grupo passaria a novato em outro.

Para evitar desvio de análise, a classificação se baseia no mínimo

obtido de cada variável. Optou-se por este método para as variáveis NCD,

NS/C e TO. A partir deste mínimo foram criadas faixas de 25% que vão

subindo sem limite. Cada faixa gera uma classificação. O valor de 25 %

foi definido analisando o número de comandos dados nos vídeos gravados

e nos mapas de procedimento (Apêndice F). Foi identificado que nas

modelagens que usaram aproximadamente até 25% a mais de comandos

acima do mínimo conseguido, não há erro de procedimento. No caso da

modelo 3D 1, a menor quantidade de comandos conseguida foi 39 pelo

estudante E19. Até 48 comandos (25% acima de 39), não há erros de

procedimento. Acima de 48 comandos começam a aparecer erros de

procedimento e estratégias inadequadas em termos de produtividade. A

faixa de 25% foi usada no NCD e NS/C. Para o Tempo Otimizado foi

utilizado uma faixa maior, de 100%. A variação do TO é muito grande

nas amostras recolhidas, com variação de 3% a 43%. O uso de faixas de

25% resultaria em faixas muito pequenas para a quantidade de variação.

Algumas faixas poderiam inclusive não ter nenhuma amostra.

No caso da variável Erro (FDe), como o menor valor será sempre

zero e esta variável possui características específicas, foram propostas

faixas de classificação diferente das outras variáveis. As faixas foram

criadas baseadas na análise da quantidade de erros visualizados nos

vídeos. Foram criadas quatro faixas. A primeira faixa com nenhum erro

(Zero); a segunda até cinco erros (< 6); a terceira faixa até 10 erros (<10);

quarta faixa acima de 10 erros. O que se observou nos vídeos analisados

é que até 5 erros não pode-se afirmar que houve falta de conhecimento

procedimental. É muito comum o erro por distração. As pessoas erram

por falta de atenção e por diversas ações que vão desde um simples clique

numa aresta a erros de medição. A classificação de faixas para a variável

Erro foi configurada para os modelos a serem resolvidos entre 3 a 20

minutos. Para testes mais complexos, com maior tempo, precisariam ser

refeitas as faixas. Modelagens de 30 a 50 minutos vão possuir mais erros

motivados por distração.

Para organizar a classificação foram criados códigos diferentes

para as variáveis Comandos (NCD e NS/C), Tempo Otimizado (TO) e

Erro (FDe). Foi definido Letras para Comandos, Número para Tempo e

102

símbolo de mais e menos (+/-) para quantidade de erros. Na tabela 9, está

o sistema de classificação. Utilizou-se os dados do modelo 3D 1 como

exemplo. Na planilha geral (Apêndice E) está aplicada a classificação

para toda a amostra de 163 modelagens feitas com correção.

Tabela 9 - Tabela de classificação da expertise com dados do modelo 3D 1.

Fonte: Autor

A classificação é feita para cada modelagem 3D realizada.

Observa- se na Planilha Geral é que há em alguns casos grande variação

da classificação entre os modelos 3D realizados. É importante o

modelador manter uma classificação parecida entre os três modelos 3D

apresentando estabilidade na tarefa. Um modelador que gera uma ótimo

desempenho no modelo 1 e péssimo nas outras duas apresenta uma

inconstância que gera dúvidas em relação a sua expertise. Pela existência

da instabilidade foi criado um ranking de desempenho geral baseado na

soma dos tempos das três modelagens. Na tabela 10 é apresentado este

ranking. Os melhores modeladores estão no topo deste ranking não

somente pelo fato de apresentar bons tempos no teste mas por

apresentarem estabilidade na tarefa.

103

Tabela 10 - Ranking dos melhores modeladores considerando a soma do tempo

dos modelos 1 2 e 3.

Fonte: Autor

Na Figura 36, é mostrada a estabilidade dos melhores modeladores.

É possível verificar que os melhores tempos possuem mais estabilidade.

E82 repete AA1 ++ nos modelos 1 e 3. E43 repete A para Número de

Comandos dados para os três modelos 3D. E25 e E19 já apresentam

tempos totais bem acima de E82 e E43. E82 e E43 estão na faixa de 800

a 900 segundos e E25 e E19 estão na faixa de 1100 a 1200 segundos

(Tabela 10). Essa diferença já é impactada pela perda da estabilidade. E25

e E19 possuem três classificações diferentes para TO. E25 possui TO de

3,2 e 1 para os modelos 1, 2 e 3 e E19 possui TO de 6,3 e 5 (Fig.36).

Classificação Tempo Total somado M1, M2 e M3

Colocação 1o 2o 3o 4o 5o 6o 7o 8o

Tempo em segundos

808 892 1141 1147 1271 1297 1298 1308

Estudante E82 E43 E25 E19 E34 E26 E1 E77

Colocação 9o 10o 11o 12o 13o 14o 15o 16o

Tempo em segundos

1327 1368 1392 1405 1415 1502 1541 1542

Estudante E38 E80 E3 E17 E53 E40 E9 E32

Colocação 17o 18o 19o 20o 21o 22o 23o 24o

Tempo em segundos

1564 1574 1575 1581 1609 1642 1746 1783

Estudante E18 E65 E71 E47 E6 E12 E31 E39

Colocação 25o 26o 27o 28o 29o 30o 31o 32o

Tempo em segundos

1998 2006 2080 2124 2157 2224 2511 3144

Estudante E68 E63 E7 E54 E23 E72 E36 E49

104

Figura 37 - Classificação da expertise para os três modelos dos três primeiros

colocados do Tempo Total somado.

Fonte: Autor

4.5 ANÁLISE QUALITATIVA DA PERFORMANCE NA

ATIVIDADE DE MODELAGEM 3D

A análise qualitativa consiste numa avaliação mais específica da

tarefa de modelagem 3D. Pela especificidade, a análise qualitativa está no

nível do software escolhido para o teste de modelagem 3D que é o Trimble

Sketchup. Com isso as conclusões da avaliação qualitativa não podem ser

todas extrapolados para outro software. Somente algumas podem ser

transferidas quando houver igualdade em algum aspecto entre aplicativos.

A análise qualitativa não se apoia prioritariamente na análise de dados

mensuráveis como no 5.3 – Análise Quantitativa. A análise identifica o

uso de comandos e ações que constituem evidente perda de produtividade

na tarefa.

4.5.1 – Identificação de ações estratégicas que auxiliam o

desempenho na modelagem 3D

Na análise dos vídeos foi possível identificar um conjunto de

ações que levam a ganho e perda do desempenho. Esta análise leva em

consideração a preocupação com os pequenos detalhes no momento da

modelagem 3D que levam a ganho de produtividade. Estes detalhes

podem não impactar fortemente o tempo final da tarefa, mas se foram

desconsiderados se tornará difícil atingir a expertise em níveis elevados

como a classificação AA1++ proposta. Na sequência, lista-se um

conjunto de ações que levam a ganho de tempo na tarefa que precisam ser

maximizados durante a atividade.

105

Usar polígono no lugar de linha –. O uso de linha foi dividido em

dois tipos. Somente linhas e linhas que geram face. Para as linhas que

geram face usa-se o mesmo comando da linha. Porém, quando esta linha

é criada uma face é gerada pelo fato de fechar um polígono. A separação

foi feita com o objetivo de identificar, dentro do processo de modelagem,

a proporção das linhas avulsas e as que geram face. Os dados recolhidos

no teste apontam uma elevada quantidade de uso de linhas. A tabela 4

aponta 26 linhas avulsas em média e 11 linhas que geram face. O que foi

identificado no teste é que em muitas situações o uso da linha é

desnecessário. Ela pode ser substituída pelo uso direto de polígono. O

retângulo substitui a execução de 4 linhas. Um exemplo de participante

que faz a substituição de linha por retângulo é o E19, citado na tabela 10

como quarto melhor modelador nos tempos somados de todos os modelos

3D.

Apagar em bloco – A ação de apagar a linha/aresta ocorre quando

se comete um erro durante o processo ou em algum modo de proceder que

é preciso trabalhar com intersecções. O que se verificou é que muitos

participantes apagam aresta por aresta o que leva a perda de tempo. Uma

variável que foi mensurada no teste de modelagem foi Apagar em Bloco.

Esta variável consiste em selecionar várias arestas e faces para apagar.

Pode ser observado na Planilha Geral (Apêndice E) como é pouco

utilizado pelos participantes do teste. O apagar individual deve ocorrer

quando há dificuldade de selecionar vários ao mesmo tempo.

Fazer grupos/componentes só em alguns casos – O uso de grupos

e componentes é muito útil para organizar a modelagem. Mas isso ocorre

em modelagens complexas com grande quantidade de elementos como

uma casa aonde há grupos para portas, janelas, vegetação etc. O uso de

grupos para modelagens simples se constitui perda de tempo.

Usar mover/copiar aresta, face e vértice – Um procedimento muito

comum encontrado no teste de modelagem é modelar partes para apagar

posteriormente. Esse procedimento pode ser substituído com muito

menos comando e tempo gasto pelo mover ou copiar arestas e faces. Este

aspecto é citado também por Bhavnani e Garret (1993). Os autores citam

que usuários novatos apagam muito mais do que editam. Um exemplo,

extraído do teste de modelagem é a parte superior do modelo 3D 1.

A maioria dos participantes do teste criou um triângulo para

extrusão na parte superior. Depois apagou arestas que utilizou na sua

construção. Só era necessário criar uma aresta e mover (Fig. 37)

106

Figura 38 - A ação com falta de produtividade (números vermelhos) versus a

ação produtiva (números azuis) – Mover Aresta.

Fonte: Autor

Figura 39 - A ação com falta de produtividade (números vermelhos) versus a

ação produtiva (números azuis) – Mover Vértice.

Fonte: Autor

107

Na sequência da Figura 37, os números vermelhos 3 e 6 arestas são

apagadas. Na sequência com números azuis mostra que não é necessário

apagar arestas. No número 2 é criada a aresta e no 3 ela é movida para

cima.

Na Figura 38, há um exemplo da importância de usar Mover

Vértice no modelo 3D 2. A maioria dos participantes preferiu desenhar

linhas diagonais para apagar posteriormente arestas e faces do que mover

um vértice. No três vermelho está marcada as arestas e faces a serem

apagadas. Ação desnecessária, se tivesse movido o vértice como mostra

o número um em azul.

Uso de linha para medição – Um item essencial para modelagem

3D em qualquer software é a medição. No Sketchup há comandos

específicos para isso. Um comando específico auxiliar de medição é a

linha guia. Foi quantificada essa variável como TrM - Trena para medir.

Alguns participantes utilizavam o comando para medir e outros para gerar

linha guia. As linhas guias após serem utilizadas precisam ser apagadas

para não poluir o desenho, o que gera uma perda de tempo extra. Para isso

é possível desenhar uma linha sobre a existente com a medida que precisa

ser encontrada. O Sketchup não faz sobreposição de linhas como outros

softwares como AutoCAD. Com isso não há a necessidade de apagar pois

naquela posição sempre haverá uma única linha/aresta. Deve-se priorizar

a linha para medição. Mas o uso de linha guia é necessário em algumas

situações mas sempre utilizado paralelo à medida que se quer descobrir,

nunca alinhado. Ao se fazer alinhado muitas vezes se faz em cima da

linha/aresta e é difícil conseguir apagar. (Fig. 39).

Figura 40 - O uso de linha guia paralelo a aresta apresenta maior produtividade

do que alinhado.

Fonte: Autor

108

Fazer constante uso de alinhamento - O alinhamento de vértices no

Sketchup é de grande importância pois é o que permite gerar faces quando

se desenha uma figura fechada. Muitos dos erros de procedimento

observados nos vídeos foram por não observar essa premissa. Deve-se

utilizar os vetores X (linha verde), Y (linha vermelha) e Z (linha azul)

como referência, além do vetor alinhamento (linha rosa) que acompanha

a aresta que pretende-se alongar.

Não usar ícones – Embora evidente para qualquer análise de

usabilidade e produtividade, o uso de ícones ao invés do teclado foi muito

utilizado pelos participantes do teste de modelagem 3D. O tempo gasto

percorrendo a interface para acionar um ícone envolve uma perda de

tempo que o comando direto do teclado minimiza. Das 163 modelagens

analisadas somente em 13 não houve nenhum uso de ícone. Em alguns

casos extremos como o estudante E22, no modelo 3D 2, acessou os ícones

86 vezes.

4.5.2 – Identificação dos Estilos de Modelagem

A identificação dos “estilos de modelagem” compõe elemento

importante nessa pesquisa visando identificar as melhores práticas. O

“estilo de modelagem” compreende o uso constante de comandos,

visualizações, configurações por um usuário nas modelagens que são

desenvolvidas. Esse padrão de comportamento não ocorre somente no

software desta pesquisa (Trimble Skethup). Essa padrão de

comportamento ocorre por hábito ou algum aprendizado adquirido pelo

usuário que persiste ao longo do tempo no seu modo de trabalhar.

Analisando a modelagem 3D pela ótica da produtividade, o padrão de

comportamento pode-se comportar como um vício ou uma virtude. O

item anterior - 4.5.1, foi elencado um conjunto de ações que ao serem

empreendidas diminuem a perda de tempo. Quando o usuário realiza uma

ação que envolve perda de tempo reiteradas vezes, a mesma se configura

num “estilo de modelagem” prejudicial à produtividade.

Para identificar “estilos de modelagem” entre os participantes foi

proposto, nesta pesquisa, a realização de mais de uma modelagem 3D.

Quanto maior quantidade de repetições na atividade de modelagem maior

confiabilidade na identificação de um padrão de comportamento. Diante

dos prazos disponíveis para coleta e análise das modelagens foi possível

realizar três modelos 3D visando a repetição da tarefa de modelagem. Dos

82 participantes, ficou uma amostra de 32 que não faltaram no teste de

modelagem e fizeram com correção. Essa amostra foi analisada quanto à

109

repetição de padrões que levam a perda de produtividade. Para análise

foram selecionados os aspectos elencados do item anterior - 4.5.1. O

único aspecto não analisado foi o uso constante de alinhamento pois não

é passível de ser realizado pelos dados coletados. Os “estilos de

modelagem” foram identificados de acordo as análises abaixo:

Uso de polígono

O uso de polígono é importante para reduzir o número de linhas

criadas. Na análise da amostra de 32 participantes foi verificado quais não

usaram nenhuma vez o retângulo. Mais da metade dos participantes da

amostra não usou nenhuma vez o retângulo durante as três modelagens.

No total são 19 participantes que não cogitaram utilizar polígono durante

o processo de modelagem, apontando um modo de trabalhar

preferencialmente com linhas.

Apagar em bloco.

Da amostra de 32 participante analisados, quatro não utilizaram

em nenhum momento, o expediente de apagar em bloco. São eles: E6,

E47, E72 e E82. Embora o participante E82 tenha boa produtividade nos

testes, apagar em bloco poderia ter reduzido o número de 12 arestas

apagadas no modelo 3D 2.

Fazer grupo ou componente

A ação de fazer grupo ou componente quase não foi utilizada. Da

amostra analisa somente 1 fez uso que foi o estudante E65. Pela

simplicidade do modelo 3D, este tipo de comportamento, que se mostrou

padrão no usuário, contribuiu para a perda de tempo.

Mover/Copiar Arestas, Faces e Vértices

No item Mover/Copiar foi analisado quais participantes não

usaram nenhuma vez Mover Aresta. Este tipo de ação poderia ter sido

utilizado para reduzir número de comandos nas três modelos 3D

realizados. Foram identificados 17 participantes que não utilizaram

nenhuma vez Mover Aresta. Destes 17 nenhum também utilizou Mover

Face.

110

Uso de linha de medição

Foi analisado, nos 32 participantes separados, quantos usaram

trena para medir arestas e espaçamentos para modelar. Foi encontrado

somente o participante E36. Todo o resto da amostra usou linha sobre

linha para medir (linha de medição). A estudante E36 fez uso deste

recurso uma só vez no modelo 3D 1.

Uso de ícones

De todos os 32 participantes analisados somente um não fez uso

de ícone nenhuma vez durante a realização dos três modelos 3D. Foi o

estudante E65. Dos outros destacam-se 11 que tiveram uso excessivo de

ícones com uma média acima de 15 acessos à ícone por modelo.

Quadro 4 - Quadro síntese dos estilos de modelagem identificados.

Fonte: Autor

111

No Quadro 3, apresenta-se uma síntese dos itens analisados.

Neste quadro aparece a presença ou falta de ações que os usuários

repetiram nos três modelos 3D. Estes comportamentos conduziram à

perda de tempo na tarefa. Isso define o estilo de modelagem destes

usuários. Destaca-se na análise deste quadro que E36, E63, E71, E72 e

E80 estão com a maior quantidade de campos marcados. São 4 de 7

possíveis. Ao verificar os tempos obtidos no teste de modelagem destes 5

participantes, verifica-se que todos são elevados, com baixa performance.

Com isso ressalta-se a importância de se verificar os padrões de

comportamento visando eliminar procedimentos que não contribuem para

a produtividade na tarefa.

4.5.3 - Sub tarefas e estratégia

A única variável ordinal registrada na Planilha Geral da tarefa

(Apêndice E) é a sequência dos setores modelados pelos participantes. O

objetivo desta variável é fazer a análise da sub tarefa. Pesquisas como

Lang et al (1991), Bhavnani, John e Flemming (1999), Chester (2006),

Chi, Lan e Tsai (2000), Rynne e Gaughran (2007) apontam a importância

de analisar as sub tarefas visando mapear como ocorre a realização de

partes da modelagem.

Os dados sequenciais da Planilha Geral foram extraídos do

ordenamento registrado no Mapa de Procedimentos (Fig. 40)

Figura 41 - Extração da sequência de setores modelados de E6 e E71 da modelo

3D 3 a partir do registro no Mapa de Procedimentos.

Fonte: Autor

112

A análise da sub tarefas nessa pesquisa consistiu em verificar o

impacto no desempenho no tempo total da tarefa dependendo da

sequência que o participante escolhesse para a modelagem. Não foi

possível gerar um índice de correlação entre Tempo Total de Tarefa e

Sequência por se tratar de variáveis com diferentes escalas – (Tempo

Total – Escala de Razão / Sequência – Escala Ordinal). A análise da

relação entre desempenho e sequência foi feita diretamente na análise dos

resultados na Planilha Geral. Na tabela 11 foi selecionado para análise os

10 melhores tempos e 10 piores tempos da modelo 3D 1 com as

respectivas sequências de setores modelados pelos participantes.

Tabela 11 - Tabela com sequência de setores feitos do modelo 3D 1.

Sequências dos Setores modelados

Primeiro Segundo Terceiro Quarto Quinto

1 4 1 5 2 3

2 1 5 2 4 3

3 1 5 4 2 3

4 5 1 4 2 3

5 4 2 3 1 5

6 1 5 4 2 3

7 1 5 2 4 3

8 2 4 3 1 5

9 1 5 2 3 4

10 1 2 3 4 5

Primeiro Segundo Terceiro Quarto Quinto

58 1 4 2 3 5

59 1 5 4 2 3

60 1 5 3 2 4

61 1 5 4 2 3

62 1 5 2 4 3

63 4 1 5 2 3

64 1 5 4 3 2

65 1 5 2 4 3

66 1 4 2 3 5

67 1 5 3 4 2

Fonte: Autor

113

O que se identificou na análise da tabela 11 é que não há relação

entre sequências adotadas com o desempenho. Tanto nos 10 primeiros

tempos quanto nos 10 últimos, as sequências se mostraram similares. Há

uma preferência em se modelar primeiro o setor 1 e por último modelar o

setor 3. Visando identificar o padrão global de preferência na sequência

de modelagem de cada modelo 3D foi montada uma tabela geral para cada

uma. (Tabela 12).

Tabela 12 - Tabela com sequência de setores modelados das três modelos 3D.

MODELO 3D 1

ORDEM SOMA

1 2 3 4 5

SETORES

1 56 5 0 6 0 67

2 3 4 30 24 6 67

3 0 4 12 22 29 67

4 5 8 19 15 20 67

5 3 46 6 0 12 67

SOMA 67 67 67 67 67

MODELO 3D 2

ORDEM SOMA

1 2 3 4 5

SETORES

1 4 7 18 19 7 55

2 4 11 20 13 7 55

3 6 11 6 17 15 55

4 11 11 5 4 24 55

5 30 15 6 2 2 55

SOMA 55 55 55 55 55

MODELO 3D 3

ORDEM SOMA

1 2 3 4 5

SETORES

1 7 2 18 7 7 41

2 2 28 7 2 2 41

3 28 8 4 1 0 41

4 2 3 11 17 8 41

5 2 0 1 14 24 41

SOMA 41 41 41 41 41

Fonte: Autor

114

Na análise da Tabela 12 fica evidente a existência de um padrão.

Quase toda a amostra do modelo 3D 1 começou modelando pelo setor 1

(56 de 67) e depois modelou o setor 5 (46 de 67). Há uma forte tendência

também no modelo 3D 2 aonde 30 de 55 começaram modelando pelo

setor 5. No modelo 3D 3 também verificou-se uma tendência relevante

com metade da amostra modelando primeiro o setor 3 (28 de 41) e por

último o setor 5 (24 de 41).

Averiguou-se todo processo de modelagem e foi identificada

uma relação entre a sequência preferencial dos participantes e a ordem

que as figuras, em vista isométrica, foram apresentadas nas 4 folhas

entregues para o teste. No modelo 3D 1, o primeiro setor mais modelado

foi o número 1 que encontra-se visível na primeira folha das quatro

entregues (Fig. 41). O setor 3 não está visível nesta primeira folha. O setor

3 está visível na terceira e quarta folha. O mesmo acontece com a O

modelo 3D 2 aonde o setor 5 foi o mais modelado na primeira ordem. Este

setor está visível na primeira folha.No modelo 3D 3, o setor 3, preferido

Figura 42 - Sequência das folhas que foram entregues no teste de modelagem.

Fonte: Autor

115

por mais da metade da amostra como o setor inicial a ser modelado, está

visível na primeira folha. O setor 5, que foi feito por último pela maioria,

não está visível nesta folha (Fig. 41).

Como todos os participantes observam a primeira página antes

de ver as outras, muitos optaram por começar a fazer do ângulo que lhes

foi apresentado à primeira vista. Há um forte indicativo de indução por

parte do material impresso entregue para realização da tarefa. Isso denota

uma falta de preocupação em organizar uma estratégia de modelagem,

desconsiderando a possibilidade de que a sequência realizada impacta o

tempo final da tarefa. Esta falta de consciência estratégica conduziu

muitos participantes a resultados ruins no modelo 3D 2, mesmo após ter

tido um bom tempo na realização do modelo 3D 1. É o caso de E79 e E82.

Estes dois participantes começaram modelando a volumetria pelo lado e

não debaixo para cima como os modeladores com melhor tempo fizeram.

Isso custou perda de tempo. A falta de preocupação em analisar a

sequência a ser modelada foi o motivo que causou a desistência de E70.

Assim como E79 e E82 iniciou o processo de modelagem pelo pior lado.

A série de complicações consequentes desta escolha gerou a desistência

de concluir a modelagem.

4.6 MODELO DE IDENTIFICAÇÃO DO ALTO DESEMPENHO NA

ATIVIDADE DE MODELAGEM 3D

O modelo para identificação do alto desempenho na modelagem

3D proposto por esta é tese é composto do conjunto dos três objetivos

alcançados nos itens 5.3.3 – (Tempo Total X Variáveis). Item 5.4

(proposta de classificação) e item 5.5.2 (Identificação dos Estilos de

Modelagem).

O modelo possui duas abordagens principais quanto a identificação

da expertise do modelador. Uma é a identificação de um conjunto de

características gerais que impactam com relevância o tempo total da

tarefa. As variáveis identificadas foram o NCD (Número de Comandos

Dados), NS/C (Tempo de Execução) e o TO (Tempo Otimizado). Essa

abordagem geral possui variáveis que identificam a expertise no ato de

modelar em 3D num ambiente digital. Não está relacionada à nenhum

software específico.

A segunda abordagem é uma identificação da expertise no nível

específico do software escolhido. Esta abordagem constitui a

identificação do “estilo de modelagem”. Este estilo está relacionado ao

uso de um comportamento padrão num software específico que conduz a

116

perda de tempo no processo. Esta perda de tempo está relacionada ao uso

de ações, comandos e configurações reiteradas vezes de forma

improdutiva.

Além das duas abordagens de identificação da expertise foi

proposto um sistema de classificação que visa dar um diagnóstico do nível

de expertise do usuário. Esse sistema de classificação foi proposto

somente para a primeira abordagem. O critério para ser feita somente para

a primeira abordagem está baseado em dois objetivos. O primeiro é que a

classificação possa ser utilizada em outros softwares, algo que é possível

pela característica das variáveis da primeira abordagem. O segundo

objetivo é que a classificação possibilitasse diagnosticar a presença ou

ausência dos conhecimentos listados no capítulo 2. Por isso foi

acrescentado a variável Erro (FDe) ao sistema de classificação. A variável

Erro (FDe), além de ser genérica e poder ser mensurada em outros

softwares, representa evidências significativas de falhas no conhecimento

procedimental. Na Figura 42 t6em-se o esquema gráfico que ilustra o

modelo de identificação da expertise em modelagem 3D.

Figura 43 - Modelo de Identificação da Expertise na Modelagem 3D.

Fonte: Autor

117

5 APLICAÇÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

O modelo de identificação proposto pela tese possui algumas

aplicações. Identificar a expertise é de interesse tanto do meio profissional

quanto do meio educacional.

No mercado de trabalho, a identificação do expert incide no

recrutamento dos melhores profissionais. Além do recrutamento, a gestão

do trabalho também se apropria da identificação dos experts. O

profissional com alta performance numa atividade como a modelagem

3D, têm que estar inserido na cadeia produtiva de projeto aonde obtém

maior rendimento. Para isso é preciso identificar as potencialidades e as

limitações destes profissionais.

No meio acadêmico, a identificação de como se forma um expert

se traduz em contribuição à formulação de propostas pedagógicas mais

eficientes. Um sistema de identificação da expertise pode servir de apoio

à docência, principalmente nas disciplinas de modelagem 3D na

graduação em cursos como Arquitetura, Design e Engenharia.

5.1 SISTEMA DE DIAGNÓSTICO E IDENTIFICAÇÃO DO

PROCEDIMENTO DE ALTO DESEMPENHO

O modelo proposto para identificação da expertise desta tese foi

delineado com base nos propósitos das pesquisas desenvolvidos dentro da

Engenharia do Conhecimento. Ao identificar as potencialidades e

deficiências das atividades intensivas em conhecimento é possível propor

sistemas especialistas (SE) ou sistemas baseado em conhecimento (SBC)

que transferem a sistemas computacionais atividades feito pelos

humanos. Com foco nessa abordagem é feita uma proposta de uso do

modelo de identificação da expertise da tese dentro de um sistema

computacional. A proposta têm por objetivo ilustrar umas das possíveis

aplicações da pesquisa realizada e do modelo concebido.

A aplicação proposta é um sistema de apoio ao ensino de

modelagem. O objetivo deste sistema é identificar e classificar a expertise

em modelagem 3D oferecendo suporte ao professor. A Figura 43 mostra

o fluxograma do sistema proposto.

A entrada do sistema consiste na testagem com os modelos 3D e a

gravação das variáveis, como foi feito no teste de modelagem 3D da tese.

Estas variáveis gravadas são quantificadas, organizadas e filtradas de

acordo o modelo proposto na tese. Estes dados alimentam um banco de

dados que reúne os dados para cada modelo 3D criado e testado com os

alunos. É possível fazer mais testes com os três modelos 3D criados nessa

118

tese aumenando a base de dados, assim como é possível propor novos

modelos 3D a serem testados.

A partir da base de dados estruturada, duas ações podem ser

realizadas após serem gravados os vídeos e os modelos 3D de todas as

modelagens. A primeira ação é separar os vídeos dos menores tempos

alcançados. Os vídeos com modelagens erradas são descartadas. A análise

é feita baseado nos modelos 3D gravados junto com os respectivos vídeos.

Os vídeos dos menores tempos alcançados são disponibilizados aos novos

alunos. Estes alunos têm a possibilidade de visualizar quais estratégias e

procedimentos foram criados para atingir alto desempenho. A segunda

ação que o sistema pode fazer é classificar um novo aluno que fizer uma

modelagem 3D que está na base de dados do sistema.

Figura 44 - Proposta de aplicação computacional do modelo de identificação da

expertise proposto na tese.

Fonte: Autor

119

O resultado da tarefa é comparado com a base de dados para

posterior aplicação da classificação proposta na tese. A partir da

classificação é identificada qual a deficiência do novo aluno. Para cada

deficiência identificada para os itens de classificação, que são NCD,

NS/C, TO e FDe, é proposto um vídeo tutorial específico ou atividade

correlata.

Este sistema não têm como objetivo substituir o professor, que

deve fazer o diagnóstico final da falta ou presença de conhecimento do

aluno. Mas o sistema funciona como apoio para fazer diversas análises no

qual se gastaria muito tempo para fazer. A atuação do sistema é

principalmente na análise do processo de modelagem, identificando

eficiência que é muito mais trabalhoso que a análise da eficácia que

consiste apenas em verificar se o modelo 3D está correto. O sistema serve

como alternativa aos treinamentos tradicionais que Bhavnani, John e

Flemming (1999) descrevem que se apoiam somente no resultado do

produto final.

5.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES PARA

TRABALHOS FUTUROS

O projeto de produtos e edificações, atualmente na indústria, têm

utilizado cada vez mais o recurso de se fazer um “produto virtual” durante

as etapas de projeto através das ferramentas CAD. As demandas atuais da

indústria demandam cada vez mais das universidades que os engenheiros,

arquitetos e designers sejam graduados com habilidades em modernas

ferramentas CAD. O profissional que não estiver capacitado vai ser posto

em desvantagem no ambiente altamente competitivo (PENG et al, 2012).

Pesquisa citada por PENG et al (2012), com as indústrias, apontam

que 74% consideram inadequado a ensino de CAD. Muito do que é

ensinado é focado no Conhecimento Declarativo, que significa mostrar o

que faz os comandos. Hartman (2005) aponta que em decorrência da falta

de uma efetiva educação e treinamento, muitos usuários não desenvolvem

habilidades que focam no uso efetivo de estratégias dentro do software.

Hartman (2005) destaca que as universidades não encorajam os

estudantes as melhores práticas. Elas estão estritamente preocupadas na

proficiência de seleção de menus e comandos dos aplicativos.

A ausência das melhores práticas dentro das sala de aula é apontada

por Chester (2008) pela dificuldade que há ainda em identificar a

expertise. Chester (2008) aponta que, a indicação dos experts, ainda é

feita por experiência ou por indicação dos pares.

120

Diante deste contexto, foi realizada uma Revisão Sistemática

analisando diversas pesquisas que focam na expertise em CAD. O

objetivo foi verificar como as pesquisas estão analisando e identificando

a expertise. Este levantamento apontou que algumas abordagens ainda

não foram realizadas. São lacunas que precisam ser sanadas visando uma

panorama mais preciso do que compõe a expertise na atividade de

modelagem 3D. Foram identificados três aspectos a serem abordados: A

falta de uma análise no Tempo Total da tarefa identificando as variáveis

que mais impactam o tempo final, a ausência de um sistema de

classificação da expertise e a identificação dos “estilos de modelagem”

que conduzem a perda/ganho de tempo na atividade.

Todos os três aspectos listados não foram considerados em outras

pesquisas. Os resultados encontrados na tese, a partir da resolução dos

aspectos ausentes em outras pesquisas, contribuíram para o entendimento

da expertise e para a elicitação das melhores práticas.

Os resultados foram alcançados através da análise da atividade de

modelagem 3D e foi proposto um modelo global de identificação da

expertise que englobou as três abordagens propostas. A análise da

atividade foi feito através do rastreamento da tarefa de modelagem 3D.

Foi identificada, na atividade realizada por 82 alunos de graduação, as

variáveis que mais impactam o Tempo total da atividade de modelagem

3D. Foram identificadas por ordem de importância: O Número de

Comandos Dados (NCD), O Tempo Otimizado e a Velocidade de

Execução.

Cada variável identificada está relacionada diretamente à

produtividade da atividade de modelagem 3D. O NCD explicita a

existência de Conhecimento Estratégico, que é considerado pela maioria

dos autores pesquisados como o ponto principal que precisa de melhoria

de ensino nas universidades. Rynne, Gaughran e Seery (2011) apontam

que certamente uma mudança relevante no atual “mundo do CAD” é uma

mudança no foco pedagógico no qual os aprendizes desenvolvem o

pensamento projetual e a capacidade de resolução de problemas. Isto será

obtido através do desenvolvimento e aplicação dos conhecimentos

estratégicos de modelagem em CAD.

A partir da identificação das variáveis que impactam o Tempo

Total da tarefa foi proposto um sistema de classificação. A classificação

possibilitou a verificação do atual conhecimento de modelagem em

detalhes de cada estudante. Isso permite a possibilidade de concentrar

esforços em aperfeiçoar somente as limitações específicas de cada

indivíduo. Também dentro do mesmo propósito, foi feita a identificação

dos “estilos de modelagem” que permitiu uma noção mais aprofundada

121

ainda das deficiências dos estudantes. A análise dos “estilos de

modelagem” possibilitou identificar vícios que estudantes carregam e

muitas vezes não tem noção, quando trabalham com as ferramentas CAD.

A identificação das variáveis que mais impactam o tempo da tarefa

de modelagem, a classificação e a identificação dos “estilos de

modelagem” compõe o modelo de identificação da expertise proposto por

este trabalho.

A síntese da contribuição desta tese foi o Modelo de Identificação

da Expertise em modelagem 3D que engloba:

- A identificação das variáveis que mais impactam o Tempo Total

da tarefa de modelagem 3D.

- A proposição de um sistema de classificação da expertise a partir

das variáveis que impactam a produtividade da atividade de modelagem.

- A identificação que usuários de softwares CAD possuem um

padrão de comportamento quando modelam. Foi destacado quais destes

comportamentos prejudicam/auxiliam o desempenho de modelagem

quando é utilizado o software Trimble Sketchup. (caso especifico desta

tese).

5.2.1 – Recomendação de trabalhos futuros

Para trabalhos futuros, é proposta três linhas de pesquisas:

1- A pesquisa dos dados registrado na tarefa através de outras

abordagens estatísticas e metodológicas. Foco na identificação de um

padrão de resolução de problema de modelagem através de redes neurais

com a predição do comportamento.

2- A pesquisa voltada especificamente para aprendizagem.

Monitorar e sistematizar como muda a classificação da expertise (proposta pela tese) ao introduzir novas propostas pedagógicas de ensino

de estratégias na atividade de modelagem 3D.

3- A pesquisa com viés da ciência cognitiva e neurociência.

Correlacionar os resultados dos testes encontrados neste trabalho com

testes psicotécnicos. Identificar a atividade cerebral com testes da

neurociência como o EEG (Eletroencefalograma) durante a criação de

122

estratégias, tomada de decisão e resolução de problemas durante a

modelagem 3D.

Independente da linha de pesquisa para trabalhos futuros a serem

adotados, o foco nos próximos anos é uma investigação aprofundada no

Conhecimento Procedimental e Estratégico. É necessário entender melhor

como ele é estruturado, como se desenvolve e como desenvolvê-los.

Todas as pesquisas analisadas na revisão da literatura apontam de maneira

veemente a importância do aperfeiçoamento dos procedimentos e das

estratégias tanto para ganho de produtividade quanto para a criação de

modelos 3D mais “inteligentes”. Este trabalho também corrobora com

esta visão, ao observar os resultados encontrados, que apontaram que

saber proceder e ter uma boa estratégia é fundamental para um

desempenho eficiente na modelagem digital 3D.

123

REFERÊNCIAS

ABANDA, F. H. et al. A critical analysis of Building Information

Modelling systems used in construction projects. Advances in

Engineering Software, v. 90, p. 183-201, 2015.

ANDERSON, J. R. (1983). The Architecture of Cognition. Cambridge,

MA: Harvard University Press.

AHMED, Saeema; WALLACE, Ken M.; BLESSING, Luciënne T.

Understanding the differences between how novice and experienced

designers approach design tasks. Research in engineering design, v. 14,

n. 1, p. 1-11, 2003.

AULT, Holly K. 3-D geometric modeling for the 21st

century. Engineering Design Graphics Journal, v. 63, n. 2, 2009.

AUTODESK. AutoCAD 2013 User’s Guide. 2012

Link:http://docs.autodesk.com/ACDMAC/2013/ENU/PDFs/acdmac_20

13_users_guide.pdf. Acessado em 28/09/2015.

BHAVNANI, Suresh K.; GARRETT, James H.; SHAW, Doris S.

Leading indicators of CAD experience. In: CAAD Futures. 1993. p.

313-334.

BHAVNANI, Suresh K.; JOHN, Bonnie E.; FLEMMING, Ulrich. The

strategic use of CAD: An empirically inspired, theory-based course.

In: Proceedings of the SIGCHI conference on Human Factors in

Computing Systems. ACM. p. 183-190. 1999.

BINZ-SCHARF, Maria Christina. Exploration and Exploitation:

Toward a Theory of Knowledge Sharing in Digital Government Projects. Dissertação (Doutorado em Economia). Universität St. Gallen,

Hochschule für Wirtschafts-, Rechts- und Sozialwissenschaften (HSG),

Zurich, 2003.

CASTELLS, Manuel; GERHARDT, Klauss Brandini. A sociedade em

rede. São Paulo: Paz e terra, 2000.

CELANI, Maria Gabriela Caffarena, e PUPO, Regiane Trevisan.

Prototipagem rápida e fabricação digital para arquitetura e

124

construção: definições e estado da arte no Brasil. Cadernos de pós-

graduação em arquitetura e urbanismo8.1 (2008).

CHESTER, Ivan Robert; TEACH, Dip; TEACH, Adv Dip. Delineating

and Developing Expertise in Three-Dimensional Computer Aided

Design. 2006. Tese de Doutorado. Griffith University.

CHESTER, Ivan. Teaching for CAD expertise. International Journal

of Technology and Design Education, v. 17, n. 1, p. 23-35, 2007.

CHESTER, I. Researching expertise development in complex

computer applications. In International Technology Education Series,

Rotterdam/Taipei: Researching technology education: Methods and

techniques (pp. 70-88).2008

CHI, M.T.H., GLASER, R. e FARR, M.J. The nature of expertise.

New Jersey:Lawrence Erlbaum Associates.1988

CHI, Chia-Fen; LAN, Woei-Shuoh; TSAI, Jeng-Ru. Deriving and

analyzing performance strategy in a two-dimensional drawing

task. International Journal of Industrial Ergonomics, v. 25, n. 4, p. 393-

404, 2000.

COOKE, N. J., ATLAS, R. S., LANE, D. M., e BERGER, R. C. Role of

high-level knowledge in memory for chess positions. American

Journal of Psychology,Vol. 106, pp. 321-351.1993

COOKE, N.J. (2000) Knowledge Elicitation. In Durso, F.T. Ed (2000)

Handbook of Applied cognition. West Sussex: Ed Wiley and Sons.

CROSS, Nigel. Expertise in design: an overview. Design studies, v.

25, n. 5, p. 427-441, 2004.

CUSTERS, E.J.F.M., Boshuizen, H.P.A., & Schmidt, H.G.

Cognition and Instruction. Vol. 16, No. 4, pp. 367-398. 1998. DAVENPORT, Thomas H; PRUSAK, Laurence. Conhecimento

empresarial: como as organizações gerenciam o seu capital

intelectual. 8. ed. Rio de Janeiro: Campus. 237p.1998

125

FLORIO, W., O Uso de Ferramentas de Modelagem Vetorial na

Concepção de uma Arquitetura de Formas Complexas. Tese

(Doutorado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade

de São Paulo. 2005

FLORIO, W. Modelagem Paramétrica, Criatividade e Projeto: duas

experiências com estudantes de arquitetura. Gestão & Tecnologia de

Projetos, 6(2), 43-66. 2012.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São

Paulo: Atlas, 2002.

GROOT, DE A.D. Thought and choice in chess. The Haig:

Mouton.1965

HAMADE, Ramsey F.; ARTAIL, Hassan A.; JABER, Mohamad Y.

Evaluating the learning process of mechanical CAD

students. Computers & Education, v. 49, n. 3, p. 640-661, 2007.

HAMADE, Ramsey F.; ARTAIL, Hassan A. A study of the influence

of technical attributes of beginner CAD users on their

performance. Computer-Aided Design, v. 40, n. 2, p. 262-272, 2008.

HAMADE, Ramsey F.; ARTAIL, Hassan A.; JABER, Mohamad Y. A

study of the impact of the willingness-to-learn of CAD novice users on their competence development. Computers & Industrial

Engineering, v. 61, n. 3, p. 709-720, 2011.

HAMADE, Ramsey F. Learning Curves for CAD Competence

Building of Novice Trainees. 2012. Researchgate.net

HARTMAN, Nathan W. Defining expertise in the use of constraint-

based CAD tools by examining paracticing professionals. Engineering

Design Graphics Journal, v. 69, n. 1, 2005.

HEDLUND, G. A model of knowledge management and the N-form

Corporation. Strategic Management Journal, 15.73-90.1994

HOFFMAN, Robert R. et al. Eliciting knowledge from experts: A

methodological analysis. Organizational behavior and human

decision processes, v. 62, n. 2, p. 129-158, 1995.

126

KOGUT, B. , ZANDER, U. Knowledge of the firm, combinative

capabilities, and the replication of technology. Organization Science,

3(3): 383-397.1992

KALAY, Yehuda E. Architecture's new media: principles, theories,

and methods of computer-aided design. MIT Press, 2004.

KOLAREVIC, B. Architecture in the digital age: design and

manufacturing. New York, Spon Press, 313 p. 2003

KRATOCHVIL, Claudia Finger. Letramento e tecnologia: o aprendiz

estratégico e crítico na era da informação. In: NASCIMENTO, A. D.,

LANG, George T, EBERTS, Ray E, GABEL Michael G. MOSHE, M.

Barash. Extracting and using procedural knowledge in a CAD

task. Engineering Management, IEEE Transactions on, v. 38, n. 3, p.

257-268, 1991.

LAWSON, Bryan. Schemata, gambits and precedent: some factors

in design expertise. Design studies, v. 25, n. 5, p. 443-457, 2004.

LEITÃO, António; SANTOS, Luís; LOPES, José. Programming

languages for generative design: A comparative study. International Journal of Architectural Computing, v. 10, n. 1, p. 139-162, 2012.

LIU, Y. et al. A fuzzy psycho-physiological approach to enable the

understanding of an engineer’s affect status during CAD

activities.Computer-Aided Design, v. 54, p. 19-38, 2014.

MATLIN, Margaret. Psicologia cognitiva5. ed. Rio de Janeiro (RJ):

LTC. 403p. 2004

MIEG, H.A. The social psychology of expertise: case studies in

research, professional domains, and expert roles. Mahwah, N.J.;

London : LawrenceErlbaum Associates.2001

NAZARIO, Debora C., PACHECO, Roberto C.S., TODESCO, José L. e

ROTTA, Maurício J. R. O Processo de Aquisição na Engenharia do

Conhecimento: técnicas de Extração e Elicitação. In: CONTECSI-

127

International Conference on Information Systems and Technology

Management. 2012. p. 499-517.

NONAKA, I. A dynamic theory of organizational knowledge

creation. Organization Science, 5(1): 14-37.1994

NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa:

Como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. Rio

De Janeiro: Campus, 1997.

NONAKA, Ikujiro; TAKEUCHI, H. The knowledge-creating

company. Oxford. UK. Oxford University Press.1995

NONAKA, I.; TOYAMA, R.; KONNO, N. SECI, ba and leadership:

A unified model of dynamic knowledge creation. Long Range

Planning,

v. 33, p. 5-34, 2000.

OPREAN, Danielle; BALAKRISHNAN, Bimal. Quest for Efficiency:

Examining Cognitive Processes Underlying the Use of 3D Modeling

Tools. In:eCAADe 2013: Computation and Performance–Proceedings

of the 31st International Conference on Education and research in

Computer Aided Architectural Design in Europe, Delft, The

Netherlands, September 18-20, 2013

OXMAN, Rivka. Theory and design in the first digital age. Design

studies, v. 27, n. 3, p. 229-265, 2006.

PENG, Xiaobo et al. Assessing novice CAD model creation and

alteration.Computer-Aided Design and Applications, PACE (2), p. 9-

19, 2012.

PENG, Xiaobo et al. Integration of contextual exercises in computer-

aided design education. Computer-Aided Design and Applications,

v. 12, n. sup1, p. 13-21, 2015.

PEKTAŞ, Şule Taşlı. Cognitive styles and performance in traditional

versus digital design media. eCAADe Conference Proceedings, 2009

POLANYI, M. The Tacit Dimension. London: Routledge.1966

128

PORTELLA, Underléa Bruscato.De lo digital en arquitectura. Tese de

Doutorado. Universidad Politecnica de Cataluña, Barcelona, 2006.

RYNNE, Anthony; GAUGHRAN, William. Cognitive modeling

strategies for optimum design intent in parametric

modeling. Computers in Education Journal, v. 18, n. 1, p. 55-68, 2007.

RYNNE, Anthony; GAUGHRAN, William F.; SEERY, Niall. Defining

the variables that contribute to developing 3D CAD modelling

expertise. In:Graphicacy and Modelling. The International Conference

on Design and Technology Educational Research and Curriculum

Development, Loughborough, UK.. p. 161-233. 2011

RYLE, Gilbert. The concept of mind. London: Hutchinson. 1949.

SALMAN, Huda S.; LAING, Richard; CONNIFF, Anna. The impact of

computer aided architectural design programs on conceptual design in an educational context. Design Studies, v. 35, n. 4, p. 412-439,

2014.

SCHREIBER, G. et al. Knowledge engineering and management: the

commonKADS methodology, Massachusetts: MIT Press, 2000.

SETZER, Valdemar W. Dado, informação, conhecimento e

competência.DataGramaZero Revista de Ciência da Informação, n. 0,

1999.

SHEDROFF, Nathan. Information interaction design: A unified field

theory of design. Information design, p. 267-292, 1999.

SPENDER, J. C. Making knowledge the basis of a dynamic theory of

the firm. Strategic Management Journal, 17: 45-62.1996

STERNBERG, R.J. Metaphors of mind; conceptions of the nature of

intelligence.Cambridge, New York: Cambridge University Press.1990

STERNBERG, Robert J. Psicologia cognitiva. 5 ed. São Paulo:

Cengage Learning,. 584p. 2010

129

STERNBERG, R.J. e GRIGORENKO, E. (2003). The psychology of

abilities, competencies, and expertise. New York: Cambridge

University Press.

SVETEL, Igor; JARIĆ, Marko; BUDIMIR, Nikola. BIM: Promises

and reality.Spatium, n. 32, p. 34-38, 2014.

TRANFIELD, D.; DENYER, D.; SMART, P. Towards a methodology

for developing evidence-informed management knowledge by means of systematic review. British Journal of Management, v. 14, n. 3, p.

207-222, 2003

UNWIN, Simon. Manual de BIM: Um guia de modelagem da

informação da construção para arquitetos, engenheiros, gerentes,

construtores e incorporadores. Bookman Editora, 2014.

WEISBERG, David E. The History of CAD. 2008.

www.cadhistory.net. Acessado em 10/01/2014

130

APÊNDICE A – Revisão Sistemática

Foi realizada uma Revisão Sistemática entre os dias 12/08/2015 e

12/09/2015 com o objetivo de identificar pesquisas relacionadas a

desempenho e produtividade na atividade de modelagem 3D.

Foi utilizado como referência para o planejamento da revisão

sistemática nos estágios descritos por Tranfield, Denyer e Smart (2003).

Os três estágios compõe 10 fases (1- 3 fases;2- 5 fases; 3 – 2 fases). Nessa

revisão não será mostrado todas as fases porque muitas delas estão

descritas na própria tese como a fase 0 que descreve a necessidade de se

fazer a revisão sistemática. Com isso será descrito somente os três

estágios:

01 – Planejamento da Revisão

O primeiro estágio descreve o objetivo da revisão e as palavras

chaves, base de dados utilizada, critérios de inclusão e exclusão e escala

temporal analisada

02 – Protocolo de acesso aos dados da revisão

O segundo estágio demonstra os resultados encontrados com as

respectivas filtragens com base no planejamento do estágio 1

03 – Relatório final

O estágio final aponta as pesquisas selecionadas. Descreve os

trabalhos mais importantes, as potencialidade e as lacunas encontradas.

ESTÁGIO 01

O objetivo da revisão é selecionar pesquisas com foco na

produtividade na tarefa de desenho 2D e modelagem 3D com softwares

CAD. Embora o foco seja a modelagem 3D, a produção de representação

bidimensional é considerada no levantamento, sendo inclusive o 2D parte

constituinte do processo de criação 3D.

As bases de dados utilizadas foram: Science Direct e Scopus, Essas

três bases incorporam áreas tecnológicas no qual o CAD está inserido

como como ocorre nas engenharias. Também incorpora as ciência socias

131

aplicadas como a arquitetura e a parte de educação. Essas duas bases têm

a seguinte abrangência: Science Direct (2500 Journals) e Scopus (21000

sendo 3800 totalmente abertos).

Além das duas bases citadas de periódicos, foi consultada também

a base CuminCAD (Cumulative Index of Computer Aided Architectural

DesignI) que é exclusiva para pesquisas em CAD. O CuminCAD têm na

sua abrangência 12300 trabalhos de jornais e conferências como

ACADIA, ASCAAD, CAADRIA, eCAADe, SiGraDi, CAAD

futures, DDSS e outros.

Visando uma abrangência maior na pesquisa foi utilizada também

uma base de acesso à dissertações e doutorados que é a ProQuest OPEN.

Esta base acessa diversas universidades que disponibilizam acesso livre

aos trabalhos acadêmicos.

As palavras-chave escolhidas foram CAD (Computer Aided Design), Expertise, Procedural Knowledge, Strategic Knowledge, Task

Analysis.

ESTÁGIO 02

O estágio 2 foi feito em duas etapas. A primeira consiste na busca

das palavras chave dentro dos repositórios. As palavras – chave foram

divididas em grupos de busca e quantificada as ocorrências. Os grupos

forma criados pois a colocação de todas as palavras-chave na busca

incidiria em pouco retorno. Em todos os grupos têm a palavra CAD

porque as outras palavras são genéricas e não definem uma área em

específico. A palavra CAD não foi utilizado sozinha. Sempre foi

acompanhada de Computer Aided Design. Isso porque somente a palavra

CAD abrange também uma área da medicina (Coronary Artery Disease)

que não interessa à pesquisa.

Foram montados quatro grupos sendo CAD e Computer Aided

Design foram acompanhados de Expertise, Procedural Knowledge, Strategic Knowledge , Task Analysis.

O resultado das buscas encontra-se na tabela 1.

132

Etapa 1 – Resultado das buscas

Tabela 13 - Resultados encontrados na Revisão Sistemática.

Grupos Palavras - Chave BASES DE DADOS

SCOPUS

SCIENCE DIRECT

CUMINCAD PROQUEST

OPEN

Grupo 01 CAD, Computer Aided Design,

Expertise 708 2251 19 42

Grupo 02

CAD, Computer Aided Design, ,

Procedural Knowledge

40 130 1 2

Grupo 03 CAD, Computer Aided Design, ,

Strategic Knowledge 11 22 2 1

Grupo 04 CAD, Computer

Aided Design, Task Analysis

38 138 1 4

Fonte: Autor

Etapa 2 – Filtragem dos artigos, trabalhos e teses

A segunda etapa consistiu na filtragem dos trabalhos com os

seguintes critérios de exclusão. Foi rastreado o título de todas amostras

levantadas selecionando pesquisas relevantes à área da tese. Foram

separados 42 títulos. Depois foi feito a leitura dos resumos para a

filtragem segundo os critérios abaixo:

- A pesquisa teria que estar diretamente ligada a conceituação,

medição e análise do comportamento na tarefa de criação 2D ou

modelagem 3D em software CAD. Pesquisas sobre o desempenho do

sistema computacional sem a participação do usuário foi descartada.

- Foram descartadas pesquisas específicas de tecnologia relacionada à CAD como realidade aumentada, realidade virtual etc...

- Pesquisas que estão direcionadas ao processo de criatividade e a

concepção do projeto arquitetônico e engenharia foram descartadas.

- No levantamento realizado foi selecionado trabalhos que

possuíam além da base teórica, pesquisa prática aplicada com

133

metodologia, amostra, quantificação de dados e resultados. Pesquisas só

de aspecto teóricos não foram selecionadas.

- Foram descartadas as pesquisas repetidas.

Da amostra de 42 títulos foram separados 15 para leitura completa

e montagem de quadro comparativo do Apêndice B

A análise das pesquisas apresentam na maioria as seguintes

características:

Pesquisas na área de Engenharia: A maioria das pesquisas são na

disciplina de Engenharia Mecânica. Foi observado que dentro desta

disciplina existe grande interesse pela produtividade na atividade de

modelagem 3D, diferente da Arquitetura no qual somente 1 trabalho foi

encontrado.

Software – Pelo fato da maior parte das pesquisas serem na

disciplina de Engenharia Mecânica, os softwares mais utilizados para

teste com usuários foram Pro/Engineer e Solid Works com três

ocorrências e NX com duas ocorrências.

Amostras reduzidas: Metade das pesquisas apresentaram amostras

bem reduzidas para os testes realizados. Metade das pesquisas possui

menos de 30 participantes Essa quantidade reduzida amplia a

possibilidade de viés na pesquisa, principalmente nas que fazem análise

quantitativa.

Técnica de Elicitação mais utilizada: A técnica de elicitação mais

utilizada foi o Rastreamento do Processo com posterior correlação de

dados.

Objetivo – Embora cada pesquisa tenha um objetivo diferente dois

grupos principais foram identificados pela proximidade das propostas:

Grupo 01 - As pesquisas cujo objetivo é identificar as

características da Expertise

Grupo 02 - As pesquisas cujo objetivo é analisar a expertise com

um viés de ensino e aprendizagem.

Os principais trabalhos para tese são do grupo 1 pois buscam a

identificação da expertise na modelagem como faz este trabalho.

134

ESTÁGIO 03

As lacunas identificadas entre as pesquisas são três: A ausência de

uma análise da expertise focando nas ações que mais contribuem para o

tempo total da tarefa, a ausência de um sistema de classificação e a

ausência de verificação de um padrão de comportamento do usuário ao

longo de diversas modelagens realizadas. Das 15 pesquisas do Quadro

Comparativo, duas foram as que mais importantes pela proximidade da

pesquisa realizada nesta tese: Lang et al (1991) e Chi, Lan e Tsai (2000).

AUTOR ANO TÍTULOTAMANHO DA

AMOSTRA

PESQUISADA

CARACTERISTICA DA

AMOSTRASOFTWARE UTILIZADO OBJETIVO DA PESQUISA

METODOLOGIA

UTILIZADA para

TRABALHO COM OS

DADOS

METODOLOGIA UTILIZADA

para ELICITAÇÃO do

CONHECIMENTO Baseado em

(Cooke, 2000)

QUANTIFICAÇÃO PROPÓSITO e CONCLUSÕES

George T. Lang, Ray E.

Eberts, Michael G. Gabel

e Moshe M. Barash

1991

Extracting and Using Procedural

Knowledge in

a CAD Task

33

2 experts e 31 novatos

participaram da fase um. 2

experts e 2 novatos

participaram da fase dois

Computervision

CADD4X

Identificar os diferentes

procedimentos entre

novatos e experts na

tarefa de modelagem 3D

Análise descritiva e

pormenorizada da

tarefa

Rastreamento do processo

1- Variedade de comandos dados; 2-Número de comandos

dados; 3- tempo Total da tarefa; 4- Número de erros ; 4 -

precisão do modelo; 5 Tempo de pausa entre comandos

Enfatiza a diferença entre conhecimento declarativo e procedimental.Conclui-se

que embora sujeitos novatos possuam conhecimento declarativo idêntico, a

performance é diferente. O motivo é o conhecimento procedimental. Cita que o

conhecimento procedimental pode ser transferido entre softwares.

Suresh K. Bhavnani e

James H. Garrett, Jr.1993

Leading Indicators of CAD

Experience6

divido em 3 grupos de duas

pessoas ; G1-novatos. G2-

experts em CAD em geral e

G3 - experts no software

utilizado no experimento

CANVAS software

Identificar os

procedimentos de alto

desempenho na tarefa de

modelagem 3D com foco

em proposta futura de

interface adaptativa

Correlação de Dados

e Redes Neurais

Rastreamento do processo e

Relatórios Verbais (Think

Aloud )

1 - Lista todos os comandos dados e mensura quantas vezes

eles foram dados (comandos dividido em 4 categorias); 2-

Quantifica a variedade de comandos usados ; 3 - Quantifica o

tempo total da tarefa 4- Quantifica - Qualidade do desenho

Enfatiza a criação de um modelo de interface adaptativa baseado na experiência

do usuário.Modelo se baseia na identificação da expertise do usuário e habiliades

cognitivas. A conclusão do autor é que há diferenças visíveis na tarefa entre

diferentes expertises e essas diferenças deixam "assinaturas" possíveis de serem

gravadas. Cita como ferramenta de identificação do nível de expertise o uso de

redes neurais. Dados do Think Aloud mostraram-se inapropriados.

Chia-Fen Chi, Woei-

Shuoh Lan e Jeng-Ru

Tsai

2000

Deriving and analyzing

performance strategy

in a two-dimensional drawing task

6 6 experts em desenho 2D AUTOCAD

Verificar o impacto das

estratégias no tempo da

tarefa

Correlação de Dados Rastreamento do processo

1- Tempo total; 2- Tempo mental largo; 3- Tempo mental

pequeno; 4 - tempo de erro; 5 Número de comandos dados

(Function units) ; 6 - Unidade de Tarefa (Unit Goal ); 7- Grupos

da tarefa (Task Group )

Enfatiza que o modelo GOMS é útil para registro detalhado na tarefa como feito

anteriormente em artigo anterior denominado " Task analysis for computer-

aided-design (CAD) at a keystroke level "(1996). A partir dos dados da pesuisa de

1996 foi feita nova análise num nivel mais amplo que relacionasse os dados

coletados com a estratágia usada. Com isso demosntrou que é possível mapear o

impacto das estratégias nos diversos tempos mensurado na tarefa.

Nathan W. Hartman 2005

Defining Expertise in the Use of

Constraint-based CAD

Tools by Examining Practicing

Professionals

5

Todos considerados Experts.

4 em PRO ENGINEER e 1 em

SOLIDWORKS

PRO ENGINEER e

SOLIDWORKS

Identificar os

procedimentos de alto

desempenho na tarefa de

modelagem 3D

Mapas de

Conhecimento

Relatórios Verbais (Think

Aloud )

1- Dados coletados pelo Think Aloud ; 2- Criação de Mapas de

Conhecimento (Esses mapas são criados pela escolha dos

comandos que as pessoas consideram prioritários no

processo de modelagem)

Enfatiza a necessidade de se conhecer os métodos estratégicos de trabalho dos

Experts. Concluiu-se que apesar de ter usuário de diferentes softwares o

pensamento era muito similar.Os usuários vêem a tarefa como os comandos do

programa e não no contexto de criação, edição e precisão. Os participantes não

trabalham a estratégia somente ao declarativo e o procedimental. Por fim foi

identificado os procedimentos comuns a todos os experts, objetivo da pesquisa

Anthony Rynne e

William F. Gaughran2007

Cognitive modeling strategies for

optimum

design intent in parametric

modeling (PM)

4Estudantes de pós

graduaçãoSOLIDWORKS

Identificar diferentes

estratégias durante tarefa

de modelagem 3D

Análise descritiva

dos dadosRastreamento do processo

1- Contagem de número de features (comandos de gerar 3d

sobre desenho. Ex: Extrusão) ; 2 Questionário de balisamento

de conhecimentos prévios

Baseado em Lang et al (1991) ressalta o quanto é ensinado de conhecimento

declarativo e o quanto falta de ensino procedural. A falta do conhecimento

procedural é o que divide novatos e experts

Ivan Chester 2008

Researching Expertise

Development in Complex Computer

Applications

indefinido não descrito não descrito

Identificar os

procedimentos de alto

desempenho na tarefa de

modelagem 3D

Análise

pormenorizada da

tarefa

Rastreamento do processo e

Relatórios Verbais (Think

Aloud)

1 - Dados coletados pelo Think Aloud ;2- Quantificação de

todos os tipos de comandos usados; 3-Quantificação de

processos cognitivos; 4 - Tempo total da tarefa

Enfatiza a importância de se identificar o conhecimento estratégico. Elabora um

método para análise fina do comportamento do expert através da junção do

rastreamneto do processo e relatório verbal. Conclui-se que, assim como em

outros dominios, a estratéga na atividade de modelagem envolve planejamento,

seleção de estratégias, predição, verificação e monitoramento.

R.F. Hamade, , H.A.

Artail2008

A study of the influence of

technical attributes of beginner

CAD users on

their performance

44

Todos engenheiros

mecânicos seniors

participantes como trainee

de um treinamento em CAD -

PRO ENGINEER

Identificar o impacto dos

conhecimentos técnicos

prévios no desempenho na

tarefa de modelagem 3D

Correlação de Dados Entrevista/Questionário e

Rastreamento do processo

1- Dados coletados no Questionário 2- Tempo total da tarefa

2- Número de features (comandos de gerar 3d sobre

desenho. Ex: Extrusão)

Enfatiza a importância dos conhecimentos técnicos como informática, geometria,

matemática, engenharia e outros no desempenho na atividade de modelagem

digital 3D. Esses conhecimentos técnicos estão classificados como; Conhecimento

Declarativo. Como conclusão encontrou forte correlação entre matemática

básica e desempenho na atividade de modelagem 3D

Anthony Rynne, William

F Gaughran e Niall Seery2011

Defining the variables that

contribute to developing 3D CAD

modelling expertise

53

Partcipantes com

conhecimentos prévios do

software e de representação

gráfica

SOLIDWORKS

Identificar a relação entre

conhecimento de

representação gráfica e o

desempenho em

modelagem 3D

Correlação de Dados Rastreamento do processo

1- Tempo Total ; 2- Número de features (comandos de gerar

3d sobre desenho. Ex: Extrusão)

Enfatiza a importância do conhecimento estratégico baseado em outros

trabalhos. Ressalta o quanto o conhecimento estratégico é importante para

construção de modelos 3D que serão editados. Ressalta a importância do

conhecimento de representação gráfica para o desempenho no conhecimento

estratégico. A concusão é que não há evidência empírica que conecte habilidade

gráfica e expertise na modelagem

Xiaobo Peng, Prentiss

McGary, Michael

Johnson, Bugrahan

Yalvac e Elif Ozturk

2012Assessing Novice CAD Model

Creation and Alteration17

Participantes novatos do

curso de Engenharia

Mecânica . Dividido em dois

grupos; um deveria modelar

rápido e o outro criar um

modelo de fácil edição.

NX CAD Software

Identificar o impacto do

conhecimento

procedimental

(estratégico) no processo

de alteração de modelos

3D feito por terceiros

Correlação de Dados Entrevista/Questionário e

Rastreamento do processo

1- Tempo total da tarefa; 2- Avaliação de 4 aspectos na escala

de 1 a 7 das condições do modelo digital 3D recebido de

outro participante. ; 3-Quantificação de todos os tipos de

comandos usados

Enfatiza a importância de se criar modelos 3D que sejam fáceis de serem

editados por outros. É o que se denomina modelo 3D de fácil manutenção. Esses

modelos tornam o processo de modelagem mais rápido. A conclusão após teste é

que modelos feitos pensando em posterior alteração levam mais tempo para

serem criados. porém em caso de alterações o tempo perdido anteriormente é

ganho com folga.

Oprean, Danielle e

Balakrishnan,Bimal2013

Quest for Efficiency: Examining

Cognitive Processes

Underlying the Use of 3D Modeling

Tools

19Alunos de graduação em

ArquiteturaTrimble SKETCHUP

Identificar os

procedimentos de alto

desempenho na tarefa de

modelagem 3D

Relatórios Verbais (Think

Aloud)

1- Dados coletados pelo Think Aloud ; 2- Dados coletados da

tela como cliques e movimento do cursor

Enfatiza o impacto de estratégias erradas no tempo final da tarefa. Em teste

realizado o mais rápido modelou em 15 minutos e o mais lento em 50 minutos.

Essa grande diferença foi mapeado pelo autor num conjunto de estratégias

inadequadas. O autor us acomo referência o modelo de estratégias adequadas

citadas por Bhavnani,Bonnie e Flemming (1999).

Suresh K.

Bhavnani,Bonnie E. John

e Ulrich Flemming

1999

The Strategic Use of CAD:An

Empirically Inspired, Theory-Based

Course8

8 dividido em 7 de pós e um

de graduaçãoNão mencionado

Verificação de

aprendizagem de

conhecimento estratégico

em CAD

Correlação de Dados Rastreamento do processo

1- É dado o valor de 0 quando a tarefa feita pelo sujeito não

usa a estratégia adequada e 1 quando usa. Foram feitos 3 pré

testes e 3 pós testes em relação ao curso ministrados

verificando a aprendizagem

Cita que a experiência e a a boa interface não são garantias de eficiência na

tarefa de criação em CAD sem o conhecimento estratégico. Propõe um

treinamento para fortalecer a estratégia com ganho de produtividade e

eficiência. O teste piloto consiste ensinar estratégias no ensino de um curso e

verificar o aprendizado ao final. A conclusão demonstra ganho em habilidades de

estratégia.

Ivan Chester 2007 Teaching for CAD expertise 34

34 alunos de graduação.

Novatos em CAD. É dividido

em 2 grupos. Um é o grupo

controle e o outro é o grupo

que passará por um

treinamento

não descrito

Verificação de

aprendizagem com a

temática de alto

desempenho em CAD

Correlação de DadosRastreamento do processo e

Entrevistas/Questionário

1 - Questionário de balisamento. Dados de conhecimento

prévio.; 2- Tempo total da tarefa; 3- Tempo de planejamento

(Quanto tempo se passa até o primeiro clique no mouse); 3-

Número de estratégias com expertise utilizada; 4 - Modelos

feitos com correção

Enfatiza a importância do conhecimento estratégico para atingir a expertise em

modelagem 3D. Conclui-se que o ensino de estratégias teve resultado na análise

final em contraposição dos dois grupo: controle e treinamento. Porém ressaltou-

se que pessoas com elevado conhecimento prévio da ferramenta apresentaram

pouca absorção dos novos conhecimentos de estratégia ensinados.

Apresentaram um bloqueio as novas informações.

R.F. Hamade, , H.A.

Artail e Mohamad Y.

Jaber

2011

A study of the impact of the

willingness-to-learn of CAD novice

users on

their competence development

94Estudantes senior de

engenharia mecânicaPRO ENGINEER

Identificar a relação entre

a vontade de aprender

com o desempenho na

tarefa de modelagem 3D

Correlação de Dados Entrevista/Questionário e

Rastreamento do processo

1- pontuação no questionário de motivação; 2- Tempo total

da tarefa; 3 Número total de features (comandos de gerar 3d

sobre desenho. Ex: Extrusão) .

Enfatiza a importância da motivação para o aprendizado rápido visando a

obtenção da expertise em modelagem 3D . Conclui-se que a boa vontade em

aprender antes do treinamento garante uma velocidade inicial no aprendizado

mas não garante a formação de um expert ao final. O desenvolvimento durante

o treinamento é essencial para a expertise

Ke Liu, Xiaobo Peng,

Prentiss McGary,

Bugrahan Yalvac, Elif

Ozturk, Michael

D. Johnson & Lauralee

Valverde

2015

Integration of contextual exercises

in computer- aided-

design education

71

Dividido em dois grupos. Um

grupo controle com 29

estudantes e um grupo

experimento com 27

estudantes

NX CAD Software

Identificar a capacitação

do aluno num Expertise

Adaptativa após um

treinamento específico

com exercício contextuais

Correlação de Dados Rastreamento do processo e

Entrevistas/Questionário

1- Pontuação numa pré e pós entrevista do teste realizado ; 2 -

Tempo total fazendo o modelo; tempo de tentativa e erro; 3 -

Tempo de pensamento (cursor parado); 4- tempo de busca

(cursor em movimento sem comandos) ; 5 -Tempo de

regeneração do modelo

Enfatiza a importância de se alcançar a Expertise Adaptativa que entre outras

características esta a transferência de conhecimento de um software CAD para

outro. Mostra que a partir de um conjunto de exercícios contextualizados o aluno

alcança a Expertise Adaptativa

Ramsey F. Hamade 2012

Learning curves for CAD

competence building of novice

trainees

44

Todos engenheiros

mecânicos seniors

participantes como trainee

de um treinamento em CAD -

(Software-PROEngineer)

PRO ENGINEER

Verificação da curva de

aprendizagem

aprendizagem com a

temática de alto

desempenho em CAD

Correlação de Dados Rastreamento do processo

1- Tempo total da tarefa 2- Número de features (comandos

de gerar 3d sobre desenho. Ex: Extrusão)

Enfatiza a diferença entre Conhecimento Declarativo e Procedimental. Não

considera conhecimento estratégico. O foco da pesquisa é determinar a curva de

aprendizado de CAD. A curva é analisada sobre o tempo total e número de

comandos utilizados.Como conclusão é proposto uma curva de aprendizado que

busca separar conhecimento procedimental de conhecimento declarativo. Nessa

divisão é observado que o conhecimento declarativo é o principal componente

na curva de aprendizado. O conhecimento procedimental faz diferença no inicio

do treinamento aonde o uso de menos comandos impacta no tempo entre os

participantes.

Rafael Zanelato Ledo 2016

MODELO DE IDENTIFICAÇÃO DO

CONHECIMENTO PROCEDIMENTAL

DE ALTO DESEMPENHO PARA

ATIVIDADE DE MODELAGEM

DIGITAL 3D

82

82 alunos de graduação -

Arquitetura e Urbanismo -

em diversos estágios

(novatos, intermediários e

experts)

Trimble SKETCHUP

Identificar e classificar os

procedimentos e

estratégias de alto

desempenho na tarefa de

modelagem 3D

Análise descritiva e

Correlação de Dados

Rastreamento do processo e

Entrevistas/Questionário

1- Tempo Total da Atividade; 2 -Tempo produtivo da

atividade; 3 Tempo de Pausa; 4- Número de Comandos

Dados; 5- Variedade de Comandos Dados; 6- Quantificação de

todos os tipos de comandos usados; 7 - Ordenamento da

sequência de modelagem

Enfatiza a necessidade de se identificar e classificar as melhores práticas de

modelagem digital 3D. Conclui-se que o que mais prejudica o desempenho na

modelagem é erros severos de procedimento.Também com efeito prejucial a

produtividade na tarefa, demonstra que erros na estratégia derrubam o

desempenho. Porém erros estratégicos impactam menos que erros

procedimentais. Conclui também que o tempo de Pausa e a velocidade de

execução de comandos são fundamentais para a composição do tempo total da

tarefa. O desempenho de excelência identificado pela pesquisa envolve nenhum

erro de procedimento , a escolha da melhor estratégia de modelagem,

velocidade de execução de comandos e velocidade na tomada de decisão. Por

fim, a tese propõe um modelo de classificação para criação de um sistema de

diagnóstico de desempenho para atividade de modelagem 3D.

GRUPO 01 - IDENTIFICAÇÃO DOS COMPONENTES DA EXPERTISE NA MODELAGEM 3D

GRUPO 02 - IDENTIFICAÇÃO DOS COMPONENTES DA EXPERTISE NA MODELAGEM 3D COM VIÉS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

APÊNDICE B – Quadro comparativo de pesquisas em CAD Expertise 135

137

APÊNDICE C – Questionário de balizamento aplicado aos

participantes do teste de modelagem

QUESTIONÁRIO PESQUISA DE TESE DE DOUTORADO –

MODELAGEM DIGITAL 3D

PROF. RAFAEL ZANELATO LEDO

NOME:________________________________________________________

1- IDADE:___

2- SEXO: ( ) MASC. ( ) FEM.

3- ANOS DE CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO:______

4- ANOS DE USO DE ALGUM TIPO DE SOFTWARE DE

MODELAGEM 3D:______

5- ANOS DE USO DO SOFTWARE SKETCHUP: _____

6 -QUANTIDADE DE MODELOS 3D PRODUZIDOS NO SKETCHUP

ATÉ HOJE (APROXIMADO)

( ) 0 a 10 ( ) 10 a 20 ( ) 20 a 30 ( ) 30 a 40 ( ) + de 40

7 – COMO VOCÊ AVALIA SEU CONHECIMENTO EM SKETHUP?

( ) INICIANTE ( ) AMADOR ( ) INTERMEDIÁRIO ( ) AVANÇADO (

) PROFISSIONAL

8 – QUANTIFIQUE O SEU INTERESSE E MOTIVAÇÃO EM

TRABALHAR COM FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS DE

MODELAGEM 3D PARA ARQUITETURA?

( ) MUITO POUCO ( ) POUCO ( ) INTERMEDIÁRIO ( ) ALTO ( )

MUITO ALTO

9 – COMO VOCÊ AVALIA O NIVEL DE SEU CANSAÇO MENTAL

PARA A TAREFA DE MODELAGEM 3D HOJE? PRIMEIRO DIA

( ) MUITO POUCO ( ) POUCO ( ) INTERMEDIÁRIO ( ) ALTO ( )

MUITO ALTO

10 – COMO VOCÊ AVALIA O NIVEL DE SEU CANSAÇO MENTAL

PARA A TAREFA DE MODELAGEM 3D HOJE? SEGUNDO DIA

( ) MUITO POUCO ( ) POUCO ( ) INTERMEDIÁRIO ( ) ALTO ( )

MUITO ALTO

APÊNDICE D – Tabela completa com dados de balizamento dos participantes do Teste de Modelagem.

CÓDIGO Idade SexoAnos Curso

de ARQ

Anos de uso

de algum

software 3D

Anos de uso

do software

Sketchup

Qtde de

modelos 3D

produzidos

Como vc avalia

seu conhecimento

em SKP

Qual o seu

interesse trabalhar

com ferramenta

computacional de

modelagem 3D

Como vc avalia seu cansaço

mental DIA 1

Como vc avalia seu

cansaço mental DIA

2

E01 20 F 2,5 0,5 0,5 OP2 AMADOR ALTO ALTO MUITO POUCO

E02 28 F 2,5 0,5 0,5 OP1 INICIANTE INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO -----------

E03 22 F 2 0,5 0,5 OP3 INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO POUCO INTERMEDIÁRIO

E04 20 F 2 0,5 0,5 OP1 INICIANTE ALTO POUCO POUCO

E05 20 F 2,5 1 1 OP3 INTERMEDIÁRIO ALTO INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO

E06 22 F 2 4 4 OP4 INTERMEDIÁRIO ALTO INTERMEDIÁRIO POUCO

E07 21 F 2 0,5 0,5 OP1 INICIANTE POUCO INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO

E08 20 F 2 1 1 OP3 INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO

E09 20 F 2,5 0,5 0,5 OP3 AMADOR ALTO POUCO POUCO

E10 20 F 2,5 0,5 0,5 OP2 INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO

E11 19 F 2 0,5 0,5 OP1 AMADOR ALTO INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO

E12 21 F 2 4 4 OP5 INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO POUCO POUCO

E13 20 F 2 0,5 0,5 OP2 INICIANTE MUITO ALTO POUCO INTERMEDIÁRIO

E14 21 F 2 0,5 0,5 OP2 INTERMEDIÁRIO ALTO INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO

E15 19 F 2 0,5 0,5 OP2 INTERMEDIÁRIO ALTO POUCO INTERMEDIÁRIO

E16 36 F 2 0,5 0,5 OP1 INICIANTE ALTO ALTO INTERMEDIÁRIO

E17 35 M 3 0,5 0,5 OP2 INICIANTE POUCO INTERMEDIÁRIO POUCO

E18 20 F 2 0,5 0,5 OP3 AMADOR MUITO ALTO INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO

E19 22 M 2 1 0,5 OP1 AMADOR ALTO INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO

E20 20 M 2 0,5 0,5 OP1 INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO ALTO ALTO

E21 19 F 2 0,5 0,5 OP1 INICIANTE ALTO POUCO INTERMEDIÁRIO

E22 36 F 2,5 0,5 0,5 OP1 INICIANTE ALTO INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO

E23 19 F 2,5 0,5 0,5 OP3 AMADOR ALTO POUCO MUITO ALTO

E24 22 F 3 2 1,5 OP3 INTERMEDIÁRIO ALTO INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO

E25 20 M 2,5 0,5 0,5 OP2 INTERMEDIÁRIO ALTO POUCO POUCO

E26 20 M 2 1 0,5 OP2 INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO POUCO INTERMEDIÁRIO

E27 21 F 2 0,5 0,5 OP2 AMADOR ALTO POUCO INTERMEDIÁRIO

E28 20 F 2,5 0,5 0,5 OP1 INICIANTE ALTO INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO

E29 21 F 2,5 2 2 OP4 INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO MUITO ALTO INTERMEDIÁRIO

E30 20 F 2 2 2 OP4 INTERMEDIÁRIO ALTO INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO

E31 20 M 2,5 0,5 0,5 OP2 AMADOR MUITO ALTO MUITO POUCO POUCO

E32 21 M 2,5 1 1 OP3 INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO INTERMEDIÁRIO POUCO

E33 22 F 2,5 0,5 0,5 OP1 INICIANTE INTERMEDIÁRIO ALTO INTERMEDIÁRIO

E34 20 M 2 1 1 OP1 INTERMEDIÁRIO ALTO POUCO INTERMEDIÁRIO

E35 21 F 2,5 0,5 0,5 OP2 AMADOR ALTO INTERMEDIÁRIO ALTO

E36 49 F 3 1 1 OP3 AMADOR INTERMEDIÁRIO ALTO POUCO

E37 22 M 4 3 3 OP1 INTERMEDIÁRIO ALTO INTERMEDIÁRIO -----------

E38 20 M 2,5 5 3 OP4 AVANÇADO MUITO ALTO POUCO INTERMEDIÁRIO

E39 22 M 3,5 1 0,5 OP1 AMADOR ALTO POUCO POUCO

E40 23 F 2 0,5 0,5 OP4 INTERMEDIÁRIO ALTO INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO

E41 19 F 2 1 1 OP2 INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO INTERMEDIÁRIO POUCO

E42 23 F 4 3 3 OP1 AVANÇADO ALTO INTERMEDIÁRIO POUCO

E43 20 M 2 0,5 0,5 OP3 INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO ALTO INTERMEDIÁRIO

E44 21 F 3 0,5 0,5 OP1 INICIANTE MUITO ALTO INTERMEDIÁRIO POUCO

E45 21 F 2,5 0,5 0,5 OP1 INICIANTE ALTO ALTO ALTO

E46 20 M 2,5 0,5 0,5 OP3 AVANÇADO MUITO ALTO INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO

E47 20 F 2,5 0,5 0,5 OP2 AMADOR ALTO ALTO INTERMEDIÁRIO

E48 29 F 2,5 6 3 OP2 INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO POUCO -----------

E49 23 F 3,5 2 2 OP3 INTERMEDIÁRIO ALTO INTERMEDIÁRIO MUITO POUCO

E50 22 F 3 1,5 1,5 OP3 INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO INTERMEDIÁRIO -----------

E51 20 F 2,5 1 1 OP5 INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO POUCO -----------

E52 21 F 2,5 1 1 OP1 AVANÇADO ALTO INTERMEDIÁRIO -----------

E53 22 F 3,5 2 2 OP2 INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO POUCO MUITO POUCO

E54 20 F 2,5 0,5 0,5 OP1 AMADOR INTERMEDIÁRIO POUCO POUCO

E55 34 F 3,5 1,5 1 OP2 AMADOR INTERMEDIÁRIO ALTO -----------

E56 21 F 2,5 0,5 0,5 OP2 INTERMEDIÁRIO ALTO POUCO -----------

E57 21 F 3,5 1,5 1,5 OP1 AMADOR MUITO ALTO INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO

E58 20 F 3 1 1 OP1 INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO POUCO -----------

E59 22 M 2,5 0,5 0,5 OP2 INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO POUCO -----------

E60 20 M 2 1 1 OP2 INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO ALTO -----------

E61 21 F 2,5 0,5 0,5 OP2 INTERMEDIÁRIO ALTO INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO

E62 20 F 3 0,5 0,5 OP1 AMADOR POUCO INTERMEDIÁRIO -----------

E63 22 F 4 2 2 OP2 AVANÇADO MUITO ALTO POUCO POUCO

E64 24 M 4 2 2 OP1 INICIANTE ALTO POUCO MUITO POUCO

E65 23 M 2,5 5 5 OP3 INTERMEDIÁRIO ALTO POUCO POUCO

E66 21 F 3 1,5 1,5 OP1 INTERMEDIÁRIO ALTO INTERMEDIÁRIO -----------

E67 23 F 2,5 2 2 OP2 INTERMEDIÁRIO ALTO INTERMEDIÁRIO -----------

E68 28 F 2,5 1 1 OP2 AMADOR ALTO INTERMEDIÁRIO MUITO POUCO

E69 25 F 3 1,5 1,5 OP2 AMADOR ALTO INTERMEDIÁRIO -----------

E70 21 F 3 2 2 OP2 INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO ALTO -----------

E71 21 M 3 1,5 1 OP3 AMADOR MUITO ALTO ALTO POUCO

E72 24 F 5 2 2 OP2 AMADOR ALTO POUCO INTERMEDIÁRIO

E73 21 M 4 4 4 OP3 INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO INTERMEDIÁRIO -----------

E74 20 M 2,5 1 1 OP3 INTERMEDIÁRIO ALTO POUCO -----------

E75 20 F 2,5 0,5 0,5 OP2 INTERMEDIÁRIO ALTO POUCO POUCO

E76 20 F 3,5 2 2 OP1 AMADOR MUITO ALTO INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIO

E77 22 M 4,5 2 2 OP2 INTERMEDIÁRIO ALTO POUCO POUCO

E78 24 M 4 7 3 OP2 AMADOR MUITO ALTO ALTO ALTO

E79 24 M 5 4 4 OP5 AVANÇADO ALTO INTERMEDIÁRIO -----------

E80 24 M 3,5 1 1 OP4 INTERMEDIÁRIO MUITO ALTO POUCO MUITO POUCO

E81 21 M 3,5 6 6 OP5 AVANÇADO ALTO MUITO POUCO ALTO

E82 22 M 5 9 9 OP5 PROFISSIONAL MUITO ALTO MUITO POUCO POUCO

139

APÊNDICE E – Planilha Geral com todos os dados mensurados do teste de modelagem

COD

A.

ICONES ERRO

cod NCD NS/C TO FDe TT - Min TT -Seg TPA TPRO TI TO NCD VCD NS/C AI NR NS/R Linha F Linha FFIG r FFIGc PP Cópia A Cópia B Cópia F Mover A Mover F Mover B Apagar C Inter F Apagar A Apagar F Apagar LG Apagar B InvF ORfa RX ApM Tr O TrM Cota Linha M Faz G/C Dez G/C FDe

E1 E C 5 - 08:48 528 83 445 22 15,7% 85 14 5,2353 1 60 7,42 8 24 1 1 6 3 0 0 4 0 0 0 1 13 4 0 4 2 0 0 0 0 0 0 8 0 0 6 1 5 2 3 4

E1 C B 2 - 07:25 445 66 379 21 14,8% 70 11 5,4143 1 87 4,36 15 31 2 0 0 2 0 1 0 1 0 0 0 7 1 0 0 2 0 0 0 0 0 0 1 0 0 7 4 5 2 1 3

E1 A B 3 + 05:25 325 48 277 9 14,8% 53 7 5,2264 0 11 25,18 20 20 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 3 3 2 1 4 5

E1 21:38 1298

E2 17:39 1059

E2 14:16 856

E2

E2

E3 A B 3 + 04:00 240 26 214 0 10,8% 46 12 4,6522 1 29 7,38 3 8 1 1 8 0 0 0 2 0 0 0 1 10 0 0 4 2 0 0 0 0 0 0 4 0 0 2 1 5 4 2 3

E3 B D 2 + 09:18 558 88 470 9 15,8% 63 11 7,4603 0 69 6,81 1 17 3 0 5 0 0 0 7 0 0 0 0 5 0 0 5 1 0 0 0 0 6 0 10 0 0 3 5 3 1 2 4

E3 A F 2 - 09:54 594 76 518 65 12,8% 55 9 9,4182 4 34 15,24 2 14 1 0 6 0 0 0 10 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 9 0 0 9 3 2 4 5 1

E3 23:12 1392

E4 16:11 971

E4 B F 3 + 12:02 722 142 580 32 19,7% 63 8 9,2063 32 67 8,66 11 24 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 14 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 7 0 0 1 5 2 4 3 1

E4 C D 5 + 12:21 741 223 518 15 30,1% 74 9 7 27 41 12,63 10 21 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 19 9 0 0 0 0 1 0 0 2 0 5 0 0 3 3 4 2 1 5

E4

E5 F C 3 - 09:58 598 70 528 14 11,7% 95 9 5,5579 1 63 8,38 14 38 0 1 7 0 0 0 0 0 3 0 0 21 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 7 1 3 2 4 5

E5 D B 1 - 09:55 595 63 532 0 10,6% 91 8 5,8462 2 56 9,50 14 31 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 20 2 0 0 0 3 0 0 0 0 0 12 0 0 7 4 5 3 1 2

E5 09:36 576

E5

E6 D D 6 + 08:30 510 97 413 9 19,0% 73 7 5,6575 0 58 7,12 12 21 0 1 11 0 0 0 0 0 0 0 0 24 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 2 1 5 2 3 4

E6 G B 1 + 12:50 770 57 713 5 7,4% 125 9 5,704 5 137 5,20 22 33 0 0 4 2 0 0 1 0 0 0 0 45 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11 0 0 4 2 4 5 1 3

E6 A B 3 + + 05:29 329 56 273 5 17,0% 45 4 6,0667 1 15 18,20 18 22 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 3 2 1 5 4

E6 26:49 1609

E7 L A 5 - - 11:55 715 121 594 7 16,9% 150 10 3,96 32 79 7,52 27 46 0 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 44 7 0 1 2 0 0 0 0 0 0 4 0 0 16 1 2 3 4 5

E7 E C 2 - 12:31 751 111 640 1 14,8% 97 7 6,5979 30 46 13,91 22 41 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 21 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 6 5 4 1 3 2

E7 F A 2 + 10:14 614 80 534 4 13,0% 107 9 4,9907 22 18 29,67 13 34 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 31 12 0 0 2 0 0 0 0 1 0 7 0 0 3 1 2 3 4 5

E7 34:40 2080

E8 K B 1 - - 11:20 680 37 643 0 5,4% 139 10 4,6259 0 100 6,43 10 39 0 1 14 0 0 0 2 0 0 0 0 21 7 0 1 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 39 1 4 5 3 2

E8 21:00 1260

E8 C A 3 - 06:53 413 59 354 0 14,3% 74 8 4,7838 4 17 20,82 21 30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2 5 0 0 8 3 2 1 4 5

E8

E9 A C 2 + + 04:26 266 22 244 0 8,3% 46 11 5,3043 0 24 10,17 2 14 1 1 7 0 0 0 0 0 0 0 1 8 2 0 2 2 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 4 2 3 1 5

E9 A C 5 + 06:50 410 128 282 4 31,2% 46 8 6,1304 2 41 6,88 6 14 1 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 2 3 1 5 2 4

E9 E C 5 + 14:25 865 235 630 27 27,2% 101 8 6,2376 2 40 15,75 14 38 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 17 6 0 3 0 0 0 0 0 0 0 14 0 0 2 5 1 3 2 4

E9 25:41 1541

E10 F A 6 - - 06:27 387 71 316 8 18,3% 89 8 3,5506 1 29 10,90 6 27 0 1 14 0 0 0 0 0 0 0 0 23 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 13 1 5 4 2 3

E10 F A 1 - - 07:41 461 49 412 1 10,6% 106 8 3,8868 6 32 12,88 11 41 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 1 24 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 15 4 5 1 3 2

E10 08:02 482

E10

E11 I C 7 - - 13:00 780 169 611 20 21,7% 117 10 5,2222 51 71 8,61 9 27 0 1 9 0 0 0 2 0 0 0 0 28 1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 32 1 5 2 4 3

E11 22:50 1370

E11 14:20 860

E11

E12 D C 5 - 07:10 430 68 362 4 15,8% 72 10 5,0278 18 37 9,78 4 22 0 1 11 0 0 0 0 0 0 0 1 24 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 6 1 4 2 3 5

E12 B C 3 + 07:57 477 90 387 0 18,9% 58 9 6,6724 14 34 11,38 17 28 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 4 1 2 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 2 3 5 1 2 4

E12 G B 2 - 12:15 735 71 664 12 9,7% 117 9 5,6752 5 46 14,43 32 65 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 2 0 0 0 0 1 4 0 5 0 0 6 3 2 4 5 1

E12 27:22 1642

E13 19:48 1188

E13 13:57 837

E13 20:00 1200

E13

E14 F C 5 - - 09:06 546 88 458 0 16,1% 90 11 5,0889 6 104 4,40 0 17 2 1 14 0 0 0 0 0 0 0 2 20 1 0 6 0 0 0 0 0 3 0 7 0 0 17 1 4 5 2 3

E14 09:40 580

E14 08:25 505

E14

E15 B C 2 + 04:58 298 20 278 0 6,7% 53 12 5,2453 11 50 5,56 1 14 1 1 9 0 0 0 0 0 0 0 0 14 2 0 1 3 0 1 0 0 0 0 5 0 0 2 1 5 2 3 4

E15 A D 4 + 07:59 479 125 354 20 26,1% 51 11 6,9412 19 48 7,38 5 10 2 0 6 0 0 0 1 0 0 0 1 14 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 7 0 0 3 5 1 3 2 4

E15 09:27 567

E15

E16 D H 3 - 12:10 730 74 656 8 10,1% 70 10 9,3714 56 39 16,82 4 19 0 2 7 0 0 0 2 0 0 0 2 18 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 6 0 0 9 1 5 2 3 4

E16 19:43 1183

E16 K C 2 - - 18:51 1131 138 993 4 12,2% 160 9 6,2063 77 32 31,03 19 56 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 1 56 0 0 1 0 0 0 0 0 2 0 9 0 0 14 1 3 2 4 5

E16 50:44 3044

E17 B D 2 + 06:15 375 25 350 0 6,7% 57 10 6,1404 5 45 7,78 9 22 0 1 4 0 0 0 1 0 0 0 1 9 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 4 0 0 5 1 5 2 3 4

E17 B B 2 + 06:20 380 59 321 8 15,5% 58 9 5,5345 1 42 7,64 8 23 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 10 1 0 2 0 3 0 0 0 0 0 5 0 0 2 5 2 1 3 4

E17 C D 3 + + 10:50 650 96 554 10 14,8% 74 7 7,4865 2 40 13,85 7 34 0 0 5 0 0 0 2 0 0 0 0 20 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 3 2 1 5 4

E17 23:25 1405

E18 C D 4 + 07:15 435 59 376 0 13,6% 67 8 5,6119 18 47 8,00 5 25 0 1 9 0 0 0 0 0 0 0 0 19 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 3 2 3 4 1 5

E18 E B 3 - - 10:41 641 114 527 16 17,8% 101 8 5,2178 14 155 3,40 13 35 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 26 1 0 4 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 15 4 2 5 1 3

E18 B B + 08:08 488 118 370 0 24,2% 64 8 5,7813 15 36 10,28 12 19 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 16 2 0 2 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 3 3 2 1 5 4

E18 26:04 1564

E19 A E 6 + + 05:25 325 66 259 0 20,3% 39 11 6,641 1 25 10,36 2 6 5 1 8 0 0 0 0 0 0 0 1 10 1 0 1 3 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 5 2 3 4

E19 A C 3 + 06:31 391 82 309 33 21,0% 48 9 6,4375 4 45 6,87 4 14 6 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 9 1 0 4 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 1 2 5 4 1 3

E19 A C 5 + 07:11 431 104 327 37 24,1% 52 10 6,2885 4 16 20,44 8 9 7 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 6 1 0 0 4 0 0 0 0 2 0 2 0 0 5 2 3 1 4 5

E19 19:07 1147

E20 B B 1 + 04:24 264 14 250 0 5,3% 53 11 4,717 20 29 8,62 6 17 0 1 7 0 0 0 0 0 0 0 0 9 3 0 3 0 0 1 0 0 1 0 4 0 0 1 5 1 4 2 3

E20 21:40 1300

E20 B B 4 + 07:54 474 89 385 6 18,8% 63 7 6,1111 4 16 24,06 20 28 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 2 0 4 3 0 0 3 2 3 4 1 5

E20

E21 D E 4 + 09:08 548 82 466 12 15,0% 71 8 6,5634 30 33 14,12 10 25 0 1 4 0 0 0 0 0 0 0 0 22 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 8 0 0 1 1 5 4 2 3

E21 B B 5 + 08:20 500 140 360 14 28,0% 62 7 5,8065 28 25 14,40 11 27 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 13 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 1 3 5 2 1 4

E21 08:53 533

E21 26:21 1581

E22 D G 4 - 11:51 711 99 612 8 13,9% 73 8 8,3836 29 34 18,00 8 22 0 2 10 0 0 0 0 0 0 0 0 22 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 3 0 0 6 1 5 4 2 3

E22 L C 3 - - 23:30 1410 250 1160 23 17,7% 180 7 6,4444 86 157 7,39 27 52 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 50 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 32 5 3 2 1 4

E22 15:00 900

E22

E23 D D 1 - 07:57 477 27 450 0 5,7% 72 12 6,25 3 82 5,49 3 23 0 1 7 0 0 0 3 0 0 0 0 17 1 2 0 0 0 1 0 2 0 0 3 0 0 10 1 5 4 2 3

E23 H A 5 - - 14:41 881 250 631 21 28,4% 137 10 4,6058 4 148 4,26 14 32 0 0 7 0 0 0 1 0 0 0 0 25 3 0 1 0 0 0 0 0 1 0 10 0 0 43 5 2 1 3 4

E23 H B 3 - 13:19 799 113 686 30 14,1% 131 10 5,2366 9 86 7,98 26 48 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 17 1 0 4 6 0 6 0 0 0 0 7 0 0 10 4 1 3 2 5

E23 35:57 2157

E24 13:40 820

E24 16:58 1018

E24 G B 1 - 11:58 718 55 663 22 7,7% 116 7 5,7155 23 62 10,69 27 45 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 24 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 8 3 2 1 5 4

E24

E25 B B 3 + 04:28 268 31 237 2 11,6% 55 10 4,3091 1 16 14,81 4 13 0 1 8 0 0 0 0 0 0 0 1 17 4 0 0 1 0 0 0 0 0 0 5 0 0 1 1 5 4 2 3

E25 E B 2 - - 09:41 581 75 506 6 12,9% 100 6 5,06 5 57 8,88 19 52 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 4 5 2 1 3

E25 B A 1 + 04:52 292 18 274 3 6,2% 63 8 4,3492 2 19 14,42 14 16 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 12 3 0 0 0 0 1 0 0 0 0 10 0 0 1 3 2 4 5 1

E25 19:01 1141

E26 B D 7 + 06:18 378 89 289 15 23,5% 49 13 5,898 23 16 18,06 3 16 0 1 8 0 0 1 0 0 1 0 1 10 1 0 2 1 0 0 0 0 0 0 3 0 0 1 1 5 2 3 4

E26 B A 6 + 07:04 424 145 279 40 34,2% 63 9 4,4286 19 26 10,73 8 22 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 9 8 0 1 0 2 0 0 0 0 0 6 0 0 5 5 4 2 3 1

E26 C B 5 + 08:15 495 136 359 85 27,5% 70 13 5,1286 11 22 16,32 11 23 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 11 5 0 1 1 5 0 0 0 0 0 7 0 0 2 5 4 3 1 2

E26 21:37 1297

E27 16:36 996

E27 15:40 940

E27 09:00 540

E27

E28 12:38 758

E28 12:51 771

E28 08:30 510

E28

E29 10:12 612

E29 17:33 1053

E29 10:24 624

E29

E30 I C 1 - - 10:40 640 25 615 0 3,9% 126 11 4,881 0 68 9,04 4 32 2 1 8 0 0 0 5 0 0 0 2 23 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 41 5 1 2 3 4

E30 21:32 1292

E30 09:20 560

E30

E31 C B 4 + 04:57 297 40 257 0 13,5% 61 9 4,21 11 25 10,28 9 22 0 1 3 1 0 0 0 0 0 0 0 14 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 4 2 4 3 1 5

E31 L B 2 - - 17:46 1066 150 916 0 14,1% 178 10 5,15 13 200 4,58 26 42 0 0 3 12 0 0 0 0 1 0 1 52 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 27 4 3 2 5 1

E31 C A 2 + 06:23 383 51 332 8 13,3% 70 9 4,74 1 10 33,20 15 25 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 7 4 0 1 0 0 2 0 0 0 0 6 0 0 5 3 2 4 5 1

E31 29:06 1746

E32 F C 5 - 09:10 550 90 460 22 16,4% 89 11 5,17 8 48 9,58 11 28 2 1 11 0 0 0 0 0 0 0 0 21 3 0 0 1 0 1 0 0 0 0 5 0 0 6 2 4 3 1 5

E32 C B 2 + 07:59 479 56 423 6 11,7% 74 8 5,72 5 71 5,96 11 31 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 15 5 0 1 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 2 4 2 1 3 5

E32 C B 4 + 08:33 513 118 395 0 23,0% 70 9 5,64 5 46 8,59 15 25 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 7 4 0 1 0 0 2 0 0 0 0 6 0 0 5 3 2 4 5 1

E32 25:42 1542

E33 15:27 927

E33 21:30 1290

E33 20:47 1247

E33

E34 B C 3 + 05:02 302 31 271 7 10,3% 56 9 4,84 17 30 9,03 6 24 0 1 6 0 0 0 1 0 0 0 0 12 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 1 1 2 3 4 5

E34 G A 3 + 11:00 660 114 546 0 17,3% 118 9 4,63 29 62 8,81 14 37 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 1 47 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 5 5 4 2 1 3

E34 A B 1 + + 05:09 309 23 286 21 7,4% 50 6 5,72 12 13 22,00 4 21 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 3 2 1 4 5

E34 21:11 1271

E35 18:54 1134

E35 21:56 1316

E35 17:18 1038

E35

E36 D H 7 - 15:10 910 203 707 18 22,3% 77 13 9,18 36 83 8,52 9 27 0 1 9 0 0 0 1 0 0 0 1 8 3 0 2 0 2 0 0 0 5 0 1 0 0 8 1 5 2 4 3

E36 B E 7 + 16:00 960 403 557 33 42,0% 66 8 8,44 27 60 9,28 9 19 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 11 6 2 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 3 5 4 2 1 3

E36 A F 4 + 10:41 641 133 508 43 20,7% 55 9 9,24 25 24 21,17 10 19 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 8 6 1 1 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 2 3 2 4 1 5

E36 41:51 2511

E37 D D 3 + + 08:07 487 51 436 0 10,5% 75 8 5,81 8 63 6,92 20 27 0 1 3 0 0 0 0 0 0 0 1 21 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 2 3 1 5

E37 A D 1 + + 07:19 439 35 404 4 8,0% 56 6 7,21 19 57 7,09 15 27 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 2 5 1 3 4

E37

E37

E38 B D 5 + + 06:06 366 57 309 19 15,6% 54 8 5,72 26 53 5,83 2 16 4 1 6 0 0 0 0 0 0 0 1 20 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 4 1 5 2 3

E38 C A 7 - 08:29 509 214 295 26 42,0% 71 8 4,15 33 101 2,92 6 27 2 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 17 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 9 5 3 2 1 4

E38 C B 3 + 07:32 452 63 389 21 13,9% 74 7 5,26 28 79 4,92 14 26 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 2 4 3 2 1 5

E38 22:07 1327

E39 B D 6 + 06:34 394 71 323 0 18,0% 57 9 5,67 3 56 5,77 1 22 0 1 7 0 0 0 1 0 0 0 0 16 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 1 1 5 2 3 4

E39 B C 6 + 10:09 609 214 395 26 35,1% 67 7 5,90 1 75 5,27 9 20 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 15 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 4 2 5 4 1 3

E39 E C 2 - 13:00 780 78 702 35 10,0% 98 9 7,16 2 51 13,76 34 13 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 25 4 0 1 0 0 1 0 0 0 0 9 0 0 7 3 2 1 4 5

E39 29:43 1783

E40 C E 7 + 08:36 516 117 399 4 22,7% 62 9 6,44 11 28 14,25 3 21 0 1 10 0 0 0 0 0 0 0 0 16 2 0 2 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 2 1 5 3 2 4

E40 A E 4 + 08:32 512 118 394 6 23,0% 50 6 7,88 1 54 7,30 14 30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 5 2 1 3 4

E40 A D 3 + 07:54 474 83 391 7 17,5% 51 9 7,67 7 14 27,93 12 18 0 0 2 0 0 0 2 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 4 6 0 0 3 3 2 4 1 5

E40 25:02 1502

E41 C A 1 + 03:40 220 7 213 0 3,2% 63 14 3,38 2 27 7,89 2 14 0 1 7 0 0 0 1 0 0 0 1 14 1 2 5 0 4 0 0 5 0 0 0 1 0 5 1 5 2 4 3

E41 06:07 367

E41 B B 2 + 07:26 446 56 390 14 12,6% 68 13 5,74 2 20 19,50 5 18 1 0 8 0 0 0 2 0 0 0 0 7 2 2 4 0 0 0 0 8 5 1 0 0 0 5 3 2 4 5 1

E41

E42 P B 6 - - 18:00 1080 219 861 45 20,3% 188 11 4,58 5 143 6,02 12 35 0 2 14 0 0 0 5 0 0 2 0 54 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 10 1 0 45 1 4 2 3 5

E42 G C 3 + 16:28 988 171 817 45 17,3% 122 10 6,70 3 22 37,14 9 29 0 0 7 0 0 0 4 0 0 0 0 46 0 4 0 1 0 0 0 0 0 11 6 0 0 5 3 4 5 2 1

E42 20:00 1200

E42

E43 A E 2 + 05:11 311 27 284 0 8,7% 44 9 6,45 3 25 11,36 7 11 1 1 8 0 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 5 0 0 2 1 5 2 4 3

E43 A B 1 + 04:43 283 27 256 5 9,5% 50 7 5,12 3 22 11,64 14 30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 5 2 1 3 4

E43 A B 2 + 04:58 298 28 270 8 9,4% 50 9 5,40 2 22 12,27 13 15 2 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 2 3 2 1 4 5

E43 14:52 892

E44 11:40 700

E44 17:50 1070

E44 05:54 354

E44

E45 F E 4 - - 11:49 709 95 614 16 13,4% 89 8 6,90 37 79 7,77 7 26 0 1 7 0 0 0 1 0 0 0 0 34 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 11 1 5 2 4 3

E45 F E 1 - - 17:18 1038 91 947 0 8,8% 111 7 8,53 52 166 5,70 9 36 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 31 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 9 0 0 17 5 3 2 1 4

E45 20:20 1220

E45

E46 E C 5 - - 08:13 493 75 418 0 15,2% 79 11 5,29 44 39 10,72 11 21 1 1 6 0 0 0 1 0 0 0 1 20 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 6 0 0 11 1 5 4 2 3

E46 16:08 968

E46 A C 4 + 07:17 437 100 337 0 22,9% 51 7 6,61 6 27 12,48 15 26 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 0 0 4 3 2 1 4 5

E46 31:38 1898

E47 F C 4 - 09:40 580 74 506 33 12,8% 92 9 5,50 25 50 10,12 17 30 0 1 3 0 0 0 3 0 0 0 0 23 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 10 1 5 4 2 3

E47 C D 1 + 09:28 568 31 537 11 5,5% 70 6 7,67 12 69 7,78 20 30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 3 5 4 1 3 2

E47 C A 4 - - 07:13 433 80 353 12 18,5% 77 5 4,58 3 12 29,42 18 39 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 16 3 2 1 4 5

E47 26:21 1581

E48 C E 7 - 09:20 560 119 441 30 21,3% 67 10 6,58 12 38 11,61 3 23 0 1 11 0 0 0 2 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 1 1 7 1 5 3 4 2

E48 D C 3 + 11:40 700 130 570 7 18,6% 90 11 6,33 8 105 5,43 19 30 0 0 2 0 0 0 1 1 0 0 0 24 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 5 0 0 5 5 3 1 2 4

E48

E48

E49 G I 5 + 20:44 1244 213 1031 22 17,1% 102 8 10,11 24 156 6,61 26 42 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 16 1 5 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 4 1 5 3 4 2

E49 B E 6 + + 11:40 700 230 470 39 32,9% 60 7 7,83 8 30 15,67 17 32 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 3 0 0 0 0 3 0 0 3 0 0 0 3 5 1 2 4

E49 C E 9 + 20:00 1200 551 649 40 45,9% 73 7 8,89 7 45 14,42 22 39 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 3 0 0 0 0 0 1 0 3 0 0 1 1 3 2 5 4

E49 52:24 3144

E50 R A 8 - - 14:47 887 216 671 8 24,4% 210 12 3,20 6 99 6,78 9 43 0 1 25 0 0 0 0 0 0 0 0 36 5 0 2 4 0 0 0 0 5 2 7 0 0 71 1 5 4 2 3

E50 B C 3 + 08:12 492 100 392 5 20,3% 66 8 5,94 2 65 6,03 5 30 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 21 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 3 0 0 1 5 3 2 4 1

E50

E50

E51 E C 7 + + 08:59 539 123 416 7 22,8% 80 8 5,20 0 58 7,17 7 22 1 1 11 0 0 0 0 0 0 0 0 24 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11 0 0 0 1 5 2 3 4

E51 A E 3 + 07:50 470 84 386 7 17,9% 49 6 7,88 0 34 11,35 13 29 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 5 4 2 1 3

E51

E51

E52 07:20 440

E52 09:08 548

E52

E52

E53 F C 7 + 09:18 558 125 433 16 22,4% 89 8 4,87 17 88 4,92 12 34 0 2 7 0 0 0 0 0 0 0 0 29 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 3 1 5 2 3 4

E53 B C 1 + + 07:03 423 39 384 0 9,2% 58 7 6,62 9 92 4,17 15 31 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 1 0 1 0 2 0 0 0 0 0 3 0 0 0 5 1 2 3 4

E53 C B 3 - 07:14 434 61 373 5 14,1% 70 8 5,33 5 63 5,92 14 25 0 0 2 0 0 0 1 0 0 0 0 19 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 8 1 3 2 4 5

E53 23:35 1415

E54 I D 6 - 15:15 915 174 741 35 19,0% 123 9 6,02 37 101 7,34 20 44 0 1 11 0 0 0 0 0 0 0 0 30 0 0 2 4 0 0 0 0 0 0 1 0 0 10 4 1 5 2 3

E54 C F 2 + 12:04 724 100 624 8 13,8% 70 7 8,91 21 73 8,55 16 29 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 16 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 2 5 4 2 3 1

E54 A D 5 + 08:05 485 115 370 24 23,7% 49 9 7,55 37 29 12,76 11 21 0 0 4 0 0 0 1 0 0 0 0 4 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 5 0 0 1 3 2 4 5 1

E54 35:24 2124

E55 K D 3 - - 16:10 970 100 870 20 10,3% 143 13 6,08 60 95 9,16 10 25 5 1 12 0 0 0 0 0 0 0 0 33 8 8 2 6 2 0 0 0 8 0 0 0 0 23 1 5 2 4 3

E55 L C 1 - - 19:33 1173 113 1060 12 9,6% 173 12 6,13 54 85 12,47 7 31 2 0 6 0 0 0 0 0 0 0 1 38 19 12 1 0 1 0 0 0 9 0 0 0 0 46 5 4 3 1 2

E55

E55

E56 G C 4 - - 10:29 629 87 542 10 13,8% 103 9 5,26 34 47 11,53 8 33 0 2 9 0 0 0 0 0 0 0 0 25 2 0 0 3 0 0 0 0 0 0 6 0 0 15 1 5 4 2 3

E56 D C 2 - 09:32 572 67 505 3 11,7% 81 10 6,23 31 65 7,77 10 28 0 0 3 0 0 0 1 0 0 0 1 18 3 0 0 0 6 0 0 0 0 0 4 0 0 7 4 2 1 3 5

E56

E56

E57 J C 4 - - 14:14 854 125 729 12 14,6% 131 14 5,56 65 137 5,32 3 31 0 1 20 0 2 0 0 0 1 0 0 28 0 4 1 0 0 0 0 4 7 0 0 1 1 27 1 5 3 2 4

E57 20:50 1250

E57 07:32 452

E57

E58 16:24 984

E58 H D 3 - - 19:14 1154 213 941 20 18,5% 127 7 7,41 44 130 7,24 12 34 0 0 9 0 0 0 0 0 0 0 0 42 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 17 5 3 1 4 2

E58

E58

E59 C C 12 + 08:39 519 194 325 75 37,4% 61 10 5,33 18 30 10,83 8 21 0 1 7 0 0 0 0 0 1 0 0 16 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 4 0 0 1 1 5 2 3 4

E59 12:00 720

E59

E59

E60 H A 3 + 07:35 455 42 413 7 9,2% 110 9 3,75 3 64 6,45 18 32 0 1 10 2 0 0 0 0 0 0 0 31 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 4 1 5 4 2 3

E60 C B 1 + 07:25 445 45 400 5 10,1% 78 7 5,13 1 86 4,65 22 35 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 15 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 5 3 4 2 1

E60

E60

E61 C C 7 + 06:29 389 86 303 17 22,1% 59 7 5,14 5 36 8,42 4 23 0 1 7 0 0 0 0 0 0 0 0 19 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 2 1 5 3 2 4

E61 15:48 948

E61 07:30 450

E61

E62 15:50 950

E62 A D 5 + 08:26 506 149 357 3 29,4% 52 6 6,87 4 44 8,11 16 30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 3 1 2 5 4

E62

E62

E63 B G 6 + 09:33 573 119 454 22 20,8% 56 10 8,11 16 52 8,73 4 16 0 1 11 0 0 0 0 0 0 0 1 14 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 2 5 3 2 1 4

E63 E D 2 - 14:43 883 128 755 0 14,5% 103 8 7,33 8 25 30,20 9 39 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 30 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 10 5 1 2 3 4

E63 B C 4 - 09:10 550 114 436 0 20,7% 66 7 6,61 32 27 16,15 10 25 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 12 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 6 1 3 2 4 5

E63 33:26 2006

E64 H D 10 + 15:47 947 305 642 40 32,2% 111 13 5,78 38 74 8,68 6 25 1 2 10 0 0 0 2 2 1 0 0 43 12 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 3 1 5 4 3 2

E64 20:30 1230

E64 F D 5 + 17:10 1030 256 774 57 24,9% 107 11 7,23 34 51 15,18 14 28 0 0 2 0 0 0 4 0 0 0 0 17 0 2 0 3 0 0 0 2 20 0 10 0 0 5 1 4 5 3 2

E64

E65 C D 6 + 08:12 492 98 394 7 19,9% 65 11 6,06 0 77 5,12 7 21 0 1 7 0 0 0 0 0 5 0 0 12 0 0 0 2 0 0 0 0 3 0 3 3 0 1 1 5 3 2 4

E65 D C 2 + 10:43 643 75 568 0 11,7% 92 9 6,17 0 141 4,03 28 30 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 18 1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 5 1 0 1 4 5 2 1 3

E65 A B 6 + + 07:19 439 122 317 31 27,8% 52 9 6,10 0 37 8,57 9 17 0 0 4 0 0 0 1 0 0 0 0 10 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 2 2 0 3 2 1 5 4

E65 26:14 1574

E66 F E 8 - 13:24 804 205 599 35 25,5% 89 10 6,73 32 99 6,05 8 24 0 2 14 0 0 0 0 0 1 0 0 25 3 0 0 0 0 0 0 0 1 0 5 0 0 6 1 4 2 3 5

E66 C D 5 + 12:55 775 213 562 90 27,5% 75 7 7,49 4 105 5,35 15 37 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 15 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 1 1 5 2 3 4

E66

E66

E67 D C 5 - 07:10 430 76 354 6 17,7% 72 10 4,92 27 26 13,62 4 21 0 1 13 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 7 0 0 7 1 5 2 4 3

E67

E67

E67

E68 D D 13 - - 11:22 682 266 416 26 39,0% 74 14 5,62 7 59 7,05 5 14 1 1 10 0 0 0 0 0 2 0 1 11 7 0 2 3 0 0 0 0 0 3 2 0 0 12 1 5 4 2 3

E68 E D 3 - - 14:26 866 177 689 42 20,4% 95 8 7,25 5 34 20,26 8 30 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 24 1 0 0 0 3 0 0 0 0 0 11 0 0 14 5 4 2 1 3

E68 C A 6 - 07:30 450 138 312 30 30,7% 76 7 4,11 0 36 8,67 11 20 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 23 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 9 3 2 1 5 4

E68 33:18 1998

E69 26:19 1579

E69 21:23 1283

E69

E69

E70 E C 3 - 08:49 529 57 472 5 10,8% 85 9 5,55 33 84 5,62 7 26 0 2 9 0 0 0 0 1 0 0 0 20 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 9 1 5 4 2 3

E70 16:40 1000

E70

E70

E71 D E 1 - 08:46 526 29 497 4 5,5% 75 9 6,63 33 41 12,12 17 26 0 1 11 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 7 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 6 1 4 5 2 3

E71 B F 2 + 10:36 636 72 564 0 11,3% 61 7 9,25 14 74 7,62 20 31 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 2 1 5 3 2 4

E71 A E 1 + + 06:53 413 33 380 0 8,0% 44 5 8,64 2 48 7,92 16 27 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 3 2 4 1 5

E71 26:15 1575

E72 B H 11 - 13:30 810 271 539 6 33,5% 58 10 9,29 27 43 12,53 4 14 3 1 8 0 0 0 0 0 0 0 0 13 2 0 0 0 0 0 0 0 3 0 4 0 0 6 1 5 4 2 3

E72 D E 3 - 15:12 912 171 741 15 18,8% 91 8 8,14 34 60 12,35 9 31 1 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 27 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 6 5 2 1 3 4

E72 A C 7 + 08:22 502 177 325 18 35,3% 46 6 7,07 3 16 20,31 15 27 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 1 1 3 2 4 5

E72 37:04 2224

E73 D B 6 + + 06:45 405 85 320 16 21,0% 74 10 4,32 19 38 8,42 13 20 1 1 5 0 0 0 1 0 0 0 0 26 4 0 0 2 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 5 4 3 2

E73 A C 5 + + 07:24 444 121 323 10 27,3% 50 7 6,46 21 53 6,09 13 23 5 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 4 5 1 2 3

E73

E73

E74 F C 8 - 10:25 625 153 472 7 24,5% 89 9 5,30 23 69 6,84 15 21 0 1 12 0 0 0 0 0 0 0 0 23 1 0 0 2 0 0 0 0 0 0 6 0 0 8 1 5 4 3 2

E74 C D 3 + + 11:11 671 138 533 0 20,6% 74 7 7,20 35 59 9,03 13 25 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 22 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 4 5 2 1 3

E74

E74

E75 E B 6 + 07:22 442 82 360 14 18,6% 79 11 4,56 14 37 9,73 3 19 1 1 10 0 0 0 0 0 0 0 1 35 3 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2 0 0 2 1 5 2 3 4

E75 28:00 1680

E75 H A 3 + 12:50 770 110 660 0 14,3% 129 7 5,12 25 35 18,86 25 38 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 35 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 18 0 0 1 3 2 1 4 5

E75

E76 25:00 1500

E76 H D 1 - - 16:40 1000 95 905 11 9,5% 130 12 6,96 65 176 5,14 5 29 0 0 8 0 0 0 1 5 0 0 0 33 0 2 0 0 1 0 0 2 6 0 1 0 0 37 5 3 1 2 4

E76 17:26 1046

E76

E77 A D 7 + + 06:09 369 78 291 8 21,1% 48 10 6,06 2 29 10,03 2 13 2 1 8 0 0 0 0 0 0 0 0 11 2 0 3 3 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 1 5 2 4 3

E77 C C 2 - 10:21 621 100 521 11 16,1% 80 10 6,51 1 70 7,44 14 25 1 0 2 1 0 0 0 0 0 0 1 22 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 10 5 1 3 2 4

E77 A A 3 + 05:18 318 55 263 20 17,3% 56 8 4,70 0 24 10,96 15 18 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 2 0 0 0 0 0 1 0 6 0 0 4 3 2 1 4 5

E77 21:48 1308

E78 C C 6 + 07:19 439 88 351 31 20,0% 67 11 5,24 15 33 10,64 6 20 0 1 7 0 0 0 0 0 0 0 1 21 1 0 3 2 0 0 0 0 0 0 3 0 0 3 1 3 2 4 5

E78 B A 6 + + 07:29 449 158 291 33 35,2% 66 6 4,41 22 21 13,86 5 22 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 21 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 1 3 5 4 2

E78 06:51 411

E78

E79 B B 6 + 04:51 291 59 232 7 20,3% 56 12 4,14 26 16 14,50 6 3 4 1 8 0 0 0 0 0 0 0 1 12 4 6 1 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 2 1 5 2 4 3

E79 E C 3 + 11:11 671 115 556 6 17,1% 94 12 5,91 57 41 13,56 14 18 5 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 11 1 2 7 8 0 0 0 19 2 0 0 0 0 3 5 1 3 2 4

E79

E79

E80 C D 6 + 07:50 470 93 377 9 19,8% 63 8 5,98 17 35 10,77 8 25 0 1 8 0 0 0 0 0 0 0 0 12 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 1 1 5 2 3 4

E80 A D 2 + + 07:31 451 71 380 0 15,7% 54 6 7,04 18 29 13,10 5 24 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 5 2 4 1 3

E80 B B 3 + + 07:27 447 78 369 0 17,4% 61 7 6,05 13 24 15,38 11 22 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 19 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 3 2 1 4 5

E80 22:48 1368

E81 G C 3 + 09:25 565 51 514 19 9,0% 105 13 4,90 49 58 8,86 8 30 4 1 13 0 0 0 1 0 1 0 0 24 1 1 6 0 0 0 0 0 0 0 11 0 0 4 1 5 2 3 4

E81 07:12 432

E81 05:21 321

E81

E82 A A 1 + + 03:14 194 11 183 0 5,7% 46 9 3,98 10 21 8,71 13 21 2 1 1 2 0 0 1 0 0 0 0 4 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 1 5 2 3

E82 B B 1 + 06:37 397 29 368 7 7,3% 65 10 5,66 15 53 6,94 17 21 4 0 0 1 0 1 0 1 0 0 0 12 4 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 1 2 5 4 3

E82 A A 1 + + 03:37 217 10 207 3 4,6% 46 8 4,50 6 16 12,94 18 15 2 0 2 0 0 0 1 0 0 0 0 4 3 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 2 1 4 5

E82 13:28 808

COMANDOSTEMPOCLASSIFICAÇÃO

141

GESTÃO SEQ-ESTCRIAÇÃO VISUALIZAÇÃO PRECISÃOEDIÇÃONAVEGAÇÃO

m

SETOR 1

a

a

SETOR 5

m m

f

a a

fa

a

a a

a a

f f f

f

f

+f f f

a fSETOR 2

a a aSETOR 3

m m m m m

a

aa

a

fSETOR 4

a a

85 comandos

aSETOR 1

SETOR 5

a

m m m

m

aSETOR 4

ftrif

a

+

aSETOR 2

a a aSETOR 3

fa a a a

46 comandos

f

fa

fa

fa

f

fSETOR 1

a

a a aa a a aSETOR 5

fa

trifa

m

f

f

a a aSETOR 2

a a aSETOR 3

f

m

SETOR 4

fa a a

a a73 comandos

a

ab

a

b

a

b

ff

fm

fSETOR 1

f

a a

f

ff

f

a a a

f f

f f f

a a a

a a

f

a a

a

SETOR 3

aSETOR 2

m

SETOR 4

m

a a aSETOR 5

95 comandos

recf

m

SETOR 1

a a a aa a a a

SETOR 5

f

a f

a

m

m

m

a a

SETOR 4

SETOR 4

f

a a

a

a

f

f

f

a

a a aSETOR 2

a a aSETOR 3

89 comandos

mtrif

a

m m

SETOR 4

m

m

+

fSETOR 2

f

a a aSETOR 3a

a a

m

SETOR 1

f

SETOR 5

a

46 comandos

R

RR

C

C

C

C

C

C

B

B

B

B

B

BB

B

B

APÊNDICE F– Mapas de Procedimento gerados no teste de Modelagem 3D

VOLUMETRIA 1

fBase

ff

f fSETOR 1

fff f

A A A

f

ff f

A Af

m

f f

A f

A A

m

A

f f

A f A

m

fA A A

A A A

B

A A A A

f

A A A A

ff

A A A

A

A

A f A

A A A A

f

f

f

f f

SETOR 2

f

A A ASETOR 3

f

m

A A

f f

A

SETOR 4

f

C

A A

SETOR 5

150 comandos

E01 E03 E05 E06 E07 E07

cont.

E09 E10 E10

cont.

143

E08 E08

f

C

A A A A

B

f

m

m

m

A

f

AfA

ff A

AA A

A

f

f A

A

A

f

cont.

a

f f a

a a a a

SETOR 5

SETOR 1

m

SETOR 1

a

a a a aSETOR 5

trifa

m

m

a a

fSETOR 2

f

a a aSETOR 3 am m

SETOR 4

a a

53 comandos

basef

m

SETOR 1

a a

SETOR 5

m

a a

ff

ff

a

f

fa

a a aSETOR 2

f

m m

SETOR 4

f

a

SETOR 3

57 comandos

f

trifa

a a

m

f fSETOR 2

a a a

f

a a aSETOR 3

a

fa

m

a aSETOR 4

m

SETOR 1

SETOR 1

f

a

a a a a aSETOR 5

67 comandos

SETOR 1

a

a a aSETOR 5

trifa

a a

fSETOR 2

aSETOR 3

SETOR 4

f

a a

39 comandos

R R

R

R

R

R

C

C

C

C

B

B+

+

VOLUMETRIA 1

A

A

ABase

A

m m

SETOR 1

f

f

ASETOR 2

C

A ASETOR 5

C

A ASETOR 5

ASETOR 2

m

X

f

+A

A

+A A A

A A A

A A

m m

m

SETOR 3

f

SETOR 4

70 comandos

Basef

m

C

B

A A A ASETOR 5

SETOR 1

A A

m m

SETOR 4

ASETOR 2

X

m

f f f

f f

f

B B

f

A A ASETOR 3

53 comandos

m

SETOR 1

a a

m

m

m

m

a

m

a a

m

a

SETOR 4

aSETOR 5

a

a

a a a a

a a a

a

a a

fSETOR 2

aSETOR 3

90 comandos

R

R

C

B

B

B

B

+

+

E14 E14

cont.

E15 E16 E17 E18 E19 E20

145

fSETOR 1

f

f

aa a a a

m

SETOR 4

a a atrif

a

+

a a a aSETOR 2

a a aSETOR 3

a a a a

a a a aSETOR 5

72 comandos

C

BB

E12E11

f

R

B aa a a

f

SETOR 1

aa

A

Am

SETOR 5

SETOR 4

SETOR 2

m m

m

a a

f fa a aa

a a a a aa a f

f

a a

m

f a

a

a a aa

SETOR 3

R

R

basef

f

f A A Af

A

SETOR 2 A A

m

m

ASETOR 4

m m

f ff f

f

f fA A A A

ASETOR 3

f f

fSETOR 1

A

m

A A A AA A A A

SETOR 5

89 comandos

f

f

fA A

SETOR 1

f

f

ASETOR 2

A

m

m

A Af f

A A

A ASETOR 3

m

f

A A ASETOR 5

56 comandos

SETOR 4

C

C

VOLUMETRIA 1

basef

mSETOR 1

A A ASETOR 5

f

A A

A A

fA

A

m m

m m

fSETOR 4

f f A

+A f A

A A f

A A A

SETOR 2

SETOR 3

basef

mSETOR 1

A A ASETOR 5

f

SETOR 4

SETOR 3

49 comandos

f

A A

SETOR 2

A A

m

f

g

+

f A A A

m

f

basef

SETOR 1

SETOR 5

SETOR 4

SETOR 3

61 comandos

SETOR 2

A

f

fA A

m

f

A A

m

m

f A f

f

f

f f

A A

f f f

A A A A

A A A

C C

C

B

R Base

R Base

m

A

C

B

A A A ASETOR 5

A

SETOR 1

ASETOR 2

m

m

A

f f

A

f

A A

+A A A A

A A A

f

m

m

A A A

A

+A

A A A A

A A

m m

SETOR 3

SETOR 4

SETOR 2

126 comandos

E25 E26 E30 E30

cont.

E31 E32 E34

147

a

f

m m

f

a a

m

a

m

a

a a a

aSETOR 1

a aSETOR 5

f

trif

a

a am m

a

ff

a aSETOR 4

m

m

a

f

f f

a a aSETOR 2

fSETOR 3

a71 comandos

f

a a

m

SETOR 1

m

a a

a a a

a a a aSETOR 5

f

a

m

a a

ftrif

a

SETOR 4

a a aSETOR 2

a a aSETOR 3 a

f

73 comandos

f

f

f

a

fm

SETOR 1

a

a a a a

a a a aSETOR 5

f

m

m

SETOR 4

f

lg a

lg

a

a

a

a afSETOR 2

a a aSETOR 3 a

72 comandos

C

C

C

C

E21 E22 E23

basef

m

aa c

f

SETOR 1

m

a

SETOR 2

m

a a a a

a a

f f

a

a aa

a

f

a a

am

m

a a a

a

m m

a a a aa a

m

a a af fSETOR 4

a

a

a

a

a

af ff f

a a

a

a afa a

a

a a a

a

a a

m

c am

a

a a aa a aa

SETOR 5

188 comandos

C

C

VOLUMETRIA 1

ABase

f

SETOR 1

C

BSETOR 5

f

ASETOR 2

SETOR 4

lg

+B

A A

B

A A

B

fA

A

lg

B

A A

SETOR 3

A

A A A A

basef

M

SETOR 1

A

A A

SETOR 5

ASETOR 2

M

f f f

A A AA A AA A AA A ASETOR 3

M M

A

M

SETOR 4

57 comandos

base

f

M

M

A A ASETOR 1

M

A A AA A A

SETOR 5

M

A

f

SETOR 2

fA A

f

A A

A

A

SETOR 3

M M

SETOR 4

f62 comandos

baseA

M

M

M

A A ASETOR 4

M

SETOR 1

A

A ASETOR 5

f fA

+A A A

A A AA A AA

SETOR 2

SETOR 3 A A54 comandos

Ladoff f f

f f ff f f ff fA A A AA A

ff

A

SETOR 4

SETOR 2

+

A A A ASETOR 3

A

ff f fSETOR 1 f

A A A A

A A A ASETOR 5

A

75 comandos

R

R

R

R

C C

C

C

B

B

B

E37 E38 E39 E40 E41 E42 E42 E42

cont. cont.

149

base baseff

Novo modelo

baseff

SETOR 1

A A A A

SETOR 5

ff

ASETOR 2

m

fSETOR 4

o

f

v+

A f f

A

A

f

A l

fSETOR 3

77 comandos

C

B

B

E36 E36

cont.

recf

SETOR 1

SETOR 5

SETOR 3

f

m

SETOR 4

SETOR 2

67 comandos

recf

recf

frec

ff

SETOR 1

SETOR 5

frec

ftri f

base fSETOR 3

tri f

recf

tri f

fSETOR 4

f

f

f

f

f

f

f

ftri f

f

f

f

fSETOR 2

f

102 comandos

recf

SETOR 1

SETOR 5

f

m m m m

f

SETOR 4

a

a

a a a

f

a a

a a aSETOR 3

SETOR 2

a

f

SETOR 4

a a

f

f f

a a aa

f

a

a

f

fa a aa

SETOR 2

SETOR 3

f

f

fa a aa

a a

a aa

SETOR 2

SETOR 3

216 comandos

m m

C

A A A

m

m

A

A

A

m

A A A A A A A

A

C

B

B

B

B

A

A A

A A A

A

A

A A A A

A A

A

A

B

A

A

C

m

m

A A A

m B

B

VOLUMETRIA 1

base

M

SETOR 1

A A A AA A A A

SETOR 5

f

f

ASETOR 2

M

f

A

A

Af

A A

Af f

A

A AA

A

A

f

A A AA A A

A

AA A AA A ASETOR 3

SETOR 4

89 comandos

base

m

SETOR 1

a aSETOR 5

f

m m m

SETOR 4

a am

m

a

f ff

f f

f

f f

fSETOR 2

f

a a

+a a

a a aa a aa a aSETOR 3

a a a

79 comandos

basef

m

SETOR 1

m

a a a aSETOR 5

ff

f

m

a a a

fff f

a

a af

a

fSETOR 4

f f

a

fa

fa a

a a

a a

aSETOR 2

f ff

f aa f

a a aaSETOR 3

92 comandos

R

CC

C

E45 E45

cont.E46 E47 E48 E49 E49

cont.E50 E50

cont.

151

base

M

SETOR 1

A A ASETOR 5

f

f fA

ASETOR 2

M

M

M M

f

SETOR 4

ff f

A AA ASETOR 3

44 comandos

R

C

E43

SETOR 3

recfrec

ffff

ff

aa a am

a a a

ffa

a a

a

a a

f

SETOR 4

fa a

f

ff

ff

a a a aSETOR 1

cir

a a a aSETOR 5

ff

tri fa

a a

a aSETOR 2

fa aSETOR 3

124 comandos

arec

f

f

f f fa

a algSETOR 1

cir

SETOR 5

recf

lgtrif

a

af f

a

f

f

a

rec

arec

a a

lg

SETOR 2

a

faf

a a aSETOR 2

lga

fa a

f faf

a aSETOR 4

a

alg

rec

a

lg lg

alg

rec rec

a a

afaf

a a

a

145 comandos

SETOR 3

recf

f

m

SETOR 1

cir

m

a am

cir

a a a a a a aSETOR 5

f

a

am

f+

a

af

m

trifa

am

f fa

a

SETOR 2

a

af

a

a a a a aSETOR 2 SETOR 3

104 comandos

a

a a

fSETOR 1

cir

a

a a a

SETOR 5a

base f

b

lg

a a

a

a alg

lg

a a

a

aSETOR 2

a a alg a

g

SETOR 3

a

a

fa

SETOR 4

a

a

a a132 comandos

b

b

B

B B

B

VOLUMETRIA 1

recf

m

SETOR 1

m

m

cir

a a a a aSETOR 5

arec

f

recf

tri fa a

fa a a

ffrec

a

fa a a a a

m m m

m

m

f f

a a a a a a

SETOR 2

SETOR 3

ma

m m

80 comandos

SETOR 4

recf

m

SETOR 1 a a

cir

a a a a a a a

a a a acir

a a a aSETOR 5

f

recfrecf

recf

f

fff

tri fa

trifa a a

a

a aSETOR 2 a a a a afSETOR 4

89 comandos

E51 E53 E54 E54

cont.

E55 E55

cont.

E56 E56

cont.

E57 E57

cont.

153

recf

m

SETOR 1

cir

a a a a a a a aSETOR 5

recf

tri fa

fa

f f

a am

ff f

fa

SETOR 2

a a aSETOR 3

m m

SETOR 4

b61 comandos

recf

m

SETOR 1

cir

a aSETOR 5

ff

trifa

a a

f

f

f

a

f a

f

aa af f

a a a

a

fa a a aa a a a a a

a a a

f

f

f f

f

ffam

m

m

m

a

ff

fa

SETOR 4

fa aSETOR 2

faSETOR 3

110 comandos

base f

m

a a a a aSETOR 1

cirSETOR 5

am

a

trifa

a

fa aSETOR 2

a a

a a am

a a a

f

SETOR 3

59 comandos

recf

m

f

f

m

cir

a aSETOR 5

trifa

a a

m

m

+

a a a a

f

a

SETOR 3

SETOR 2

a aSETOR 1

m

a aSETOR 4

56 comandos

recff f

aSETOR 1

cir

b

cir

a a a a a aSETOR 5

rec

a a a

f

trifa

a a

f f fa a a a a

fa a

f

a a aa a a a

f

trifa

a am

a

f fa

ff

aa a a aSETOR 4

m

m

f f

f

aa a a aSETOR 3

f

aa aSETOR 2

111 comandos

fa

f

ff

fSETOR 1

cir

g g gSETOR 5

f

trifa a a

g

gm

aa a

a a a aa a

SETOR 3SETOR 2

m m

SETOR 4

66 comandos

basefa

m

f

a

a

fa

faSETOR 1

b

a

fa

trifa

a am

SETOR 4

a a

f

a a

m

f

f f

aa aSETOR 2 a

f f

aa aSETOR 3 a

m

amcir

acir

SETOR 5

a

89 comandos

B

B

VOLUMETRIA 1

E59 E60 E60

cont.

E61 E63 E64 E64

cont.

E65 E66 E66

cont.

155

basef

rec

ff

m

fSETOR 1

cir

a a a a a a a aSETOR 5

f

fSETOR 4

f

f

f

ff

a a a a a

f fa a a a a

a

a

f fa a

f

a a

fa a a

SETOR 3

SETOR 2

75 comandos

recf

m

SETOR 1

m

cir

m

lg

a a aSETOR 5

fa

trifa

a a

m

a a

m

SETOR 4

fa a

m

m

a a a a aSETOR 2 SETOR 3

72 comandos

rec

m

SETOR 1

cir

a aSETOR 5

b b

ff

a

m

faSETOR 4

trifa

f f f f f f

f

+

fSETOR 2 a

aa a a aSETOR 3

75 comandos

f

m

f fSETOR 1

cir

f

a acir

a a aSETOR 5

m

m m

m

m

m

f fSETOR 4

f

aa a

f

aa a a

f fa

aa

f faa a a

SETOR 2

SETOR 3

a85 comandos

arec

ff

f fSETOR 1

f

fm

am m

fSETOR 4

trif

f

trif

f f f

f

f

f fm

cir

SETOR 5

SETOR 2

fSETOR 3

75 comandos

rec

SETOR 1

m

cir

a aSETOR 5

rec

rec

m

f

SETOR 4

m

m

trifa

f

f fSETOR 2

aa a a

f

a aSETOR 3

aa a a

58 comandos

recf

ff

f fSETOR 1

cir

a aa a a aSETOR 5

f

trif

m

m

f

a

fa

m m

f

SETOR 4

aam

fam

f f f

f

a a aSETOR 3

aa a aSETOR 2

a

aa a89 comandos

recf

frec

m

SETOR 1

cir

a a a aSETOR 5

a

a a a a

trif

+f af af a

a a a

a a a aSETOR 2

a a aSETOR 3

m

SETOR 4

a a a

a a a a

a

a a

a a a

79 comandos

B

B

B

B

a

VOLUMETRIA 1

E67 E68 E70 E71 E72 E73 E74 E74

cont.

E75

157

E82

base

SETOR 4

SETOR 1

SETOR 5

ASETOR 2

fSETOR 3

f

f

ff

ff

fff

f

ff

ff

ff

f

SETOR 5

f

lg lg

f

f

ff

56 comandos

SETOR 1

SETOR 2

SETOR 4

SETOR 3

m

SETOR 1

SETOR 5

tri f

SETOR 2

fm

m

SETOR 3

SETOR 4

f48 comandos

ff

SETOR 1

ff

f

m

SETOR 3

f

f

SETOR 5

SETOR 4

SETOR 2

67 comandos

recf

m

SETOR 1

cir

a a aSETOR 5

recf

fftrif

a

f

m

f

m m

m m

f f

a af aSETOR 2

a a aSETOR 3

SETOR 4

f

a a63 comandos

recf

rec

rec

rec

f fSETOR 1

fa a

m

m

cir

m

aa a a aSETOR 5

rec

m

m

trif

a a aSETOR 2

a a aSETOR 3

m

m

mam

a aa

b

a

a a

mtrif

a

f

a

fSETOR 2

a a aSETOR 3

m m

f108 comandos

SETOR 4

R

A

R

A

C

A A

A

A

R

R

R

C

R

A A

A

A

A A A A

+

A A

lg lg lg lg

A

A

B

R

B

C

A A A

R

A

A

A A

+BB

A A A A

m

m

+A A A A A A A

A A A A A ABB

A

A A

C

A A A

BA

A

BB

B

B

B

B

E77

VOLUMETRIA 1

E78 E79 E80 E81 E81

cont.

159

f

ff

m

a

f

f

ff

fSETOR 4

a

f fSETOR 5

f

fSETOR 2

a

f

f

fSETOR 1

a a aa

f

aa

f

fSETOR 3

70 comandos

m

m

SETOR 5

m

f

m m

a

aSETOR 3

m

a

m

a

aSETOR 1

m

aSETOR 2

m

m

aaSETOR 4

a a aa63 comandos

fa

f

m m

aa

m

a

m

fa

ff

a a

m

m

a a aa a

f

a

f

aa

a a aa

a a

m

aa

f

faa

f fSETOR 2

a

f

a aa

f

f

f

fSETOR 4

f

fSETOR 5

a

m m

a aa

aa

fm

SETOR 1

m

fa a aa

a a aa

aa

f

ff

fa

fSETOR 3

aa

125 comandos

f

a

m

f

f fSETOR 4

a

m

SETOR 5

m

m

m m

f

a a

ffm

m m

f

aa

fa

m

m

a a afSETOR 3

m

af

a a a

f fSETOR 1

a a

f

f

fSETOR 2

a a aa91 comandos

f

m

m

SETOR 3

m m

m

SETOR 1

m

SETOR 5

m

m

f

f

a

fSETOR 2

a aa

f fSETOR 4

a a aa46 comandos

R

R

R

R

R

R

B

B

B

B

B

B

B

B

VOLUMETRIA 2

APÊNDICE F– Mapas de Procedimento gerados no teste de Modelagem 3D

f Base

ff

A

f fSETOR 5

m

A A A A

A

f

A f

f f fSETOR 4

A A A A

f

f f f

ff f

fSETOR 1

A

f

A f A A

f

m

f fSETOR 3

A f A A

A A

fSETOR 2

A A A

A

m

f

fBase

f

A A

m m

SETOR 5

ff

SETOR 2

A

f

A

m

AX

f f f

f

f f

m

m

SETOR 4

fSETOR 3

A A A

m

A A ASETOR 1

A A

63 comandos

E01 E03 E05 E06E04 E07E05 E06

cont. cont.

E09

161

f

fa

f

ff

a

fSETOR 3

a

fa

f

fSETOR 5

f

f

f fSETOR 1

fSETOR 3

f

ff

fSETOR 4

lglg

58 comandos

m

SETOR 5

m

m m

aSETOR 1

m

m

a

f

aaSETOR 3

f

f fSETOR 2

aa

a

m

a

f fSETOR 4

+a a aa

a aa

51 comandos

f

m

SETOR 5

f

f

m m

f fSETOR 2

m

fSETOR 1

fSETOR 3

aa

f

a

f

a

m

a

a aa

aa

SETOR 4

58 comandos

f

m

fa

aa

f fSETOR 5

f

a aa

a a aa

a

f

f f

fSETOR 4

aa

a

fSETOR 2

aa

a aa

ffSETOR 5

a

m m

SETOR 1

a

SETOR 1

aaSETOR 1

m

a

fSETOR 3

aa

m

101 comandos

a

a aa

fSETOR 2

a

SETOR 5

aa

f

f

f fSETOR 4

aa

SETOR 1

SETOR 3

48 comandos

f faa

fa

m

m

a aa

fSETOR 3

m

SETOR 5

a

f

ff

aa

fSETOR 2

m

m

mSETOR 1

a aa

a

f

f fSETOR 4

f

62 comandos

ff

a

fa

m m

m

m

aa

m

SETOR 5

m

a aa

f

f f

f

aa

aa

f

f f

f

f f

a

f

f fSETOR 4

f

a

a aa

aa

SETOR 4

SETOR 4

f fSETOR 4

aa

fSETOR 4

a

f

aa

a

aa

SETOR 1

a

f

f

m

m

fSETOR 3

a aa

f

f

a aa

aa

a aa

a aa

a

fSETOR 2

a

f

fSETOR 1

a

aa

SETOR 4

SETOR 4

aa

aa

SETOR 4

172 comandos

R

R

R

R

R

R

R

R

R

B

B

B

B

B

B

B

B

B B

B

B

+

VOLUMETRIA 2

f

f

m

m

a a

f

f fSETOR 4

fSETOR 5

aa

f

am

a

fa

f

aa

fSETOR 1

f

a a aa

aa

m

m

a

fSETOR 3

aa

a aaSETOR 2

a aa

m m

106 comandos

E10 E10

cont.

E12 E15 E17 E18 E18

cont.

E19 E21 E22 E22 E22

cont. cont.

163

f

m

SETOR 5

m

m

f

f

f f

aa

m

m

ff

f

a aa

a aa

aa

aa

a

f

f f

a

fSETOR 2

aa

m

m

aSETOR 1

m

m

ff

fSETOR 3

aa

m

a

f fSETOR 4

a aa

aa

a

137 comandos

Ladof

fA A

A

f base

A A

AApagou tudo

A A

A

f f ffSETOR 4

f

f

f fSETOR 5

fSETOR 2

f

A A

f

f fSETOR 1

f

f

A A

ffSETOR 3

100 comandos

SETOR 4

SETOR 1

SETOR 3

63 comandos

f base

m

f f f

SETOR 2

A A

SETOR 5

m

A

o

f ff

f

v

f

m m

f f f

m

A

m

f f Af f

A A

A A

SETOR 4

SETOR 1

SETOR 3

178 comandos

f base

SETOR 2

A

SETOR 5

A A

A A

f

M

AA A

A A

f

A A

M

M

M

A A f

A

f f f

M

A

A A A A

f f f

A A f

f f fA f A

fA

A

A

A f A A

f fA A

f

A A A

A

AA A

fg

A

f f

A

fm

A A A AA

f f

f f

A A A A

f

A A

fA A A A

A+

f A

A A

fA A

f

f

A A

B

B

B

B

VOLUMETRIA 2

E23

cont.

E23 E25 E25

cont.

E26 E31 E31 E31

cont. cont.

165

basef

m

SETOR 5

m

f

f f

fSETOR 4 A

ff

f ff

f ff A ASETOR 2

A

m m

f

m

m

f

f A A ASETOR 1

A A AA

A A

A A

SETOR 3

74 comandos

basef

A A

fA A

m

m

SETOR 5

m

A A

ff

f f

A

+A

A A A

A AA A

f

SETOR 4

f

A A

A A A

A A A

m

fA A

f fA

f

A A A

fA

f f

A A A A

A A A A

A A

m

A A A A

ASETOR 1 A

m m

ASETOR 3

SETOR 2

118 comandos

basef

SETOR 5

A

f

ff fSETOR 4

ff

f fSETOR 2

l

f A fA Al

A

lf f A

f

f A ASETOR 3

SETOR 1

A A

A

66 comandos

B

B

VOLUMETRIA 2

cont.

E32 E34 E34 E36

f

SETOR 5

f f ff

f

SETOR 1

fSETOR 2

f fA

f f fA A

f fSETOR 3

M

A

f

A A A

SETOR 4

B

B

56 comandos

A

base

M

SETOR 5

A

M

A A

fAf fA

M

RE

M

A A ASETOR 3

fSETOR 2

A A

fA A

M

A

fSETOR 4

SETOR 1

A A A

71 comandos

R

R

B

E37 E38 E38

cont.

167

basef

f

M

SETOR 5

f

M

M

AfA ASETOR 3

M

A A

M

A A

A

f

A A

A A A

f fAfSETOR 2

M

A A A

A A AM

M

A A ASETOR 1

M

A

fSETOR 4

A A A

A A A

A111 comandos

fbase

fm

f

ffa aSETOR 5

f fm

f

f f fSETOR 4

fm

a

fa a

f f

a

f fa

fa a

fSETOR 1

m

fSETOR 3

f a a

fSETOR 2

70 comandos

basef

m

c

m

a a a

f

a a a

m

a

a

SETOR 4

m

f

SETOR 5

m

af

a aSETOR 3

a

a a a aa a a

a a a aa a a aa

f f

m

a a

a

aa a a a

fa

a aSETOR 2

a

f f

a a a aSETOR 1

a a c aa a c c

122 comandos

VOLUMETRIA 2

basef

M

f f

A A A

M

M

A

fM

M

f f

A A A

A

f fMf

Mf f

A A

Mf ff

A A

A A A

67 comandos

AffA

f

ff

ff fff f

M

fff f

50 comandos

base

M

M

f ffA

f

A

Af

fff

MM

M

A A A

M

M

A

f

A A

SETOR 2

SETOR 5

SETOR 4

SETOR 1

SETOR 3

SETOR 5

SETOR 2

SETOR 1

SETOR 3

SETOR 4

SETOR 5

SETOR 2

SETOR 4

SETOR 1

SETOR 3

50 comandos

R

B

E39 E40 E43E42 E42

cont.

E45 E45 E47

169

SETOR 4

66 comandos

basef

90 comandos

mmA

fA

f

f

fA A

f ff f

A

A

A A

A A

A

f f

m

m

A A AA A A

A

f f

A Af

Af

m

f

A Af

A A

ff f f

60 comandos

f

Af

f

fff

ff

f f f ff f

m

m

m

ff

f f

fbase base

m

A A A

f

A A

A A

ff f f

AA AA

m

A A AA

A A

m

A A

A A

A

49 comandos

f Lado

f ff

m

A

f

f

A Af f

f ff

ff

f Lado

m

f f

f ff f

ff

Base

AA

AA

f Base

f

m m

AA

ff

ff

V58 comandos

f Base

AA AA

f

mf

ff

A

A A

m m

A A Af f f

F

m ff

fAf f f

m f

A A A A Af

Af A

70 comandos

SETOR 5

SETOR 1

SETOR 3

SETOR 2

SETOR 3

SETOR 5

SETOR 1

SETOR 2

SETOR 5

SETOR 3

SETOR 2

SETOR 4

SETOR 4

SETOR 1

SETOR 5

SETOR 4

SETOR 2

SETOR 1

SETOR 3

SETOR 5

SETOR 1

SETOR 2 f

SETOR 3

SETOR 4

SETOR 5

SETOR 4

SETOR 2

SETOR 1

SETOR 3

B

B

B

B B

VOLUMETRIA 2

E48

cont.

E48 E49 E50 E51 E53 E54

171

f Base

l l

l

A

A

f f

A

AAA

A

AAAA

A

A A

l

+f f f

A A A

l

f

A l

f

f f A Af

173 comandos

A

f

f f Af

f AA

A

f f A

R

A A f

f f A A

A A A A l

l lf

A

f f f

A A A l

A A A l

f

f

l

f Base

m

f

A f

f f

V

m

f

f f

A A

+A

fA Af

A A A

mm

A

A

A

f f

AA A

A A Af f

AV

81 comandos

f Base

fAA AAf

AA

AA AA AA

AA A

M

AA

f f fAA AA AA

AA AA

AA AA

fAM

M

A

F A A

A A

M

F F AF A Af

A

A A

F F F

A A A

f fA A

A A A

fA A

F F AfA A A

127 comandos

f Ladof

ff

f

f f ff

fAA AAf fM

AA f

f f ff

f f

AA f

AA AA

f fAA AA AAA

AAAf f f

AA AA AA78 comandos

SETOR 4

SETOR 2

SETOR 5

SETOR 1

SETOR 3

SETOR 5

SETOR 1

SETOR 3

SETOR 4

SETOR 2

SETOR 5

SETOR 1

SETOR 2

SETOR 3

SETOR 4

R

B

VOLUMETRIA 2

cont.

E55 E55 E55

cont.

E56 E58 E58

cont.

E60

173

VOLUMETRIA 2

f BasefAA AA

ff

ff

ff

f f

fff

M

A

fff

f52 comandos

Basef

ff

AA AA

M

M

M

M

AA AA A

ff

AA AA A

AA AA A

A A AA

A A A

A A A

A A A

A f

A A

M

Af

AA AA

f

ff f

103 comandos

Basef

ff

A

M

A

ff

ff

fff

fM

f

ff

A

f f

Mf

fAA AA A

fA

A A A

A A

f

A A

f

AA

fA

ff ff

AA AA

f f

M Mf

AA AA92 comandos

ALadof

f

A

ffAA AA

fAA

f

ff

ff f

f A A

f

AA AA

M

AA

M

ff

f

f

A A A

A A

75 comandos

Basef

M

M

ff

f f

AA

fA A

A

f f

v

f

A A AV

MA

M

A A A

Af

A

M M

A

M

A A A

9

M

M

M

A A A

A

M

A A Af

95 comandos

SETOR 3

SETOR 1

SETOR 2

SETOR 5

SETOR 4

SETOR 5

SETOR 1

SETOR 2

SETOR 3

SETOR 4 SETOR 4

SETOR 5

SETOR 2

SETOR 1

SETOR 3

B

B

B

E62

cont.

E63 E63 E65 E65

cont.

E66 E68 E68

cont.

175

VOLUMETRIA 2

f Base

f f

f

Mf

f f

f

f

f

f

f f

f f f

Af

A

fM

f f f

61 comandos

R Base

M

M

A

M

A

M

A

M

f

f f

f fA A

f f

f

A A

A A

A A

A

A A

A A

A

A

M

A

M

A

A

A A

f

AA A

fAA A

f85 comandos

Basef f

A A

R

M

R

M

A A

f

f

f

R R R

ff

f

f ff

A

f

f50 comandos

f Base

M

f

f

fA A A

M

f fA Af f

A A

fA

f

f

f f

A A f

A

M

f

A A A

f

A A

M

A A A

A A A

f Base

A A

fA

A

A

A l

A A

A A

A

A A

fA

l

v

v

M

f

A

v

v

l

v

fA A A

A

A A

A A A

A A

A A

A

A A

A

A A

ll

130 comandos

f Base

f

f

A A

ff

fA

+

A

A

Af

M

fA

f

A A A

+A

f f f

A A A

R

A A A

A A

f

A A A A

80 comandos

74 comandos

BB

BBBB

BB

B

B

B

B

E71

cont.

E72 E72 E73 E74 E76 E76 E76

cont. cont.

E77

177

f BaseM

A A

M

M

A A

M

fA

f

M

A A A

A AM

A A

f

A A A

A A A

A A A

f66 comandos

R

A

f

Base

R Base

l

R

Af

R

R

f

f

A A

f f

f

l

f fA

A A A

f f f f

f

f

A A A

94 comandos

Base

M

M

f

f

f

A A A

A A A A

A

M

M

f fM

A A A

M

M

A

54 comandos

R

A

ff f

A A A

A

f

f

Af

f

A A

f f

A A A F

A

f

f fR

R

F

f

f

f

A A FR

F

f

f f

65 comandos

SETOR 1

SETOR 5

SETOR 2

SETOR 3

SETOR 4

B B

B

BB

B B

B

B

B

VOLUMETRIA 2

E78cont.

E79 E79 E80 E82

179

SETOR 1

SETOR 2

SETOR 3

SETOR 5

SETOR 4

f

AfSETOR 3

f

f

A

fSETOR 2

f

f

A

ff

A

f

f fSETOR 1

f

fA

ff

A

f f fSETOR 4

f A

m

f

fSETOR 5

53 comandos

R

m

m

A A

m

f

A

A

SETOR 3

m m

A

SETOR 3

f

ASETOR 2

m

A

A

m

A

SETOR 5

ASETOR 4

A

ASETOR 1

m m m

55 comandos

fB

f

f

f

m

f

f f f

fSETOR 4

f

f

SETOR 3m

f

f

fSETOR 2

f

ff

f

f

fm

SETOR 3f

f fSETOR 2

ff

fSETOR 4

f

m

f

m

fSETOR 5

f f fSETOR 1

A B lg

117 comandos

APÊNDICE F– Mapas de Procedimento gerados no teste de Modelagem 3D

VOLUMETRIA 3cont.

E01 E03

f

m

SETOR 3

mX

f fSETOR 4

f

ffSETOR 2

A A A

fm

f

f

f A A

f A

A A

fSETOR 1

f f A

A A

f A A

m

m

fSETOR 5

f f A

A A A

f A A74 comandos

f

f

fSETOR 3

f

A A

f

fSETOR 2

f

f fSETOR 1

m

f

f f

fSETOR 5

f

A

m

f

f

f fSETOR 4

45 comandos

A A A A

f

f f f

A A ASETOR 1

A

A A A

m m

f

ff

SETOR 2

A A

f f f

A A A ASETOR 3

A A A

A

m

m

f

f

f A A

m

m

f

f

f

fSETOR 4

f A

f A f A

A A A

A A

f

f

m

f

fSETOR 5

A

107 comandos

f

f

A

fSETOR 3

f

A A

fSETOR 2

f

f

f

f fSETOR 1

f

f

f

m

X

f fSETOR 4

f A

m

f

A

m

f

m

f

f

m

f

A

fSETOR 5

74 comandos

f

m

m

m

A A A

m

B

f

m

m

ffm

f f

A A

m

f

A A

fSETOR 5

m

A A

f

A

A

m

B

f

SETOR 1

B

A A

m

f f f

A A

m

fSETOR 3

f

f

fSETOR 2

A

m

m

f

f fSETOR 4

A101 comandos

E04 E06 E07 E07 E08 E09 E09

cont.E12

181

VOLUMETRIA 3

f

f

ff

f

m

f

fSETOR 2

fSETOR 3

f

f

f

fSETOR 4

f

fA

fSETOR 1

f

m=

f

m=

f f

A A

fSETOR 5

63 comandos

A

A

A A

A

A

A

f

m

m

f

m

fA

+A A A

A A A A

fA A A A

A A A A

A A A A A

f

m

m

m

m

A A A A A

A A A A A

A A A A A

A A

f

A

A A

f

A A A

fSETOR 1

f

A A A A B

f

m

ASETOR 3

f fSETOR 2

A

f f

f fSETOR 4

fm

f

m

fSETOR 5

160 comandos

f

m

SETOR 3

A

m

f

SETOR 2

f

A A

A A

A

fSETOR 1

A

m

m

A A

A A

fSETOR 5

f

A A A

A A A

A

m

A

A

A A

fSETOR 4

74 comandos

ff

A

fA

A A A

f f f

A A

m

SETOR 3

f

f fSETOR 2

A B

m m

A

SETOR 1

m

f f A

m

f

fSETOR 5

B

A

f

A A A

A A

fSETOR 4

65 comandos

R

R

R

R

A

ASETOR 3

SETOR 2

AR

ff f

SETOR 1

A A

m

f fSETOR 5

m

A

R

f

fR

f fSETOR 4

52 comandos

A A

f

f

f

m

f

m

f fSETOR 5

fAf

fB

f

m

m

fSETOR 4

A A A

A A

X

X

m

m

f

f

X

B

fSETOR 5

SETOR 1f

X

AX

ff

f f

f B A

A A AX

m

fSETOR 3

B

f

f fSETOR 2

A A A

A

f f

fSETOR 5

131 comandos

f

f

fm

fAm

f

A A

fA A

ff

ff

ff

A A

f A A

A A A

f A

f

f A A A

AAfm

f Af A

SETOR 3

f fSETOR 2

f

ff

SETOR 1fff

m

f

fSETOR 5

f

m

m

ff

SETOR 4

A A

A A116 comandos

E16

cont.

E16 E17 E18 E19 E20 E23 E24E23 E24

cont. cont.

183

VOLUMETRIA 3

fSETOR 3

fSETOR 2

A A

m

m

f

A A

fSETOR 1

f

f

m

m

X

f fSETOR 4

f A

m

f f

m

f fSETOR 5

m m m m

f f

A A A

A A

fSETOR 5

A

fSETOR 1

63 comandos

fA A

m

SETOR 3

m

SETOR 2

A A A A

m m

B B B ASETOR 1

m

m

ASETOR 4

m

f

m

f

fSETOR 5

A50 comandos

m

A

A

f

A

f

f fSETOR 1

f

A

f f

fSETOR 3

A

fSETOR 2

f

f

A

f fSETOR 4

m m

f

m

fSETOR 5

48 comandos

R

m

m

m

f

A

fSETOR 5

+f A A

A A

f

m

m

A

f

f fSETOR 4

A

f

m

m

f f

Af

fSETOR 3

ff

f

SETOR 1

fSETOR 2

f

B A A

A A

70 comandos

f

A

A

A A

f

f

A A

m m

X

fSETOR 3

f f

f f A

SETOR 2

m

fm

ff

X

SETOR 4

f

m

fm

ff

SETOR 5

f

f B

f fSETOR 1

70 comandos

R

R

R

R

R

R

R

f fSETOR 4

R

R

R

f

m

R

fA

R

R

f

A A

f

fSETOR 3

A

m

ff

A ASETOR 2

fA

B A A

ff

SETOR 1

A A

A A

R

f

fSETOR 5

A A74 comandos

f

SETOR 3

f

f fSETOR 2

A A A

f

f

ff

SETOR 4

f A

A

f f f

A A A

f

f BSETOR 1

f

fSETOR 5

lg55 comandos

f

m m

SETOR 3

A

ASETOR 2

m m

f

ff

fSETOR 4

f A

ff

SETOR 1

f

m

fm

f

f fSETOR 5

A

51 comandos

f

m

fA

fSETOR 3

A

f

f fSETOR 2

A

A A A

fA

A

ASETOR 1

f

f A

A A

mf

mf

A

m

A

f

A A

m

A

m

E25

cont.

E26 E31 E32 E34 E36 E38 E39 E40

A A

f

B

A

f

A A

A A

f

m

m

X

f

f

fSETOR 4

ASETOR 4

fSETOR 5

98 comandos

E39

185

VOLUMETRIA 3

fSETOR 3

f

fSETOR 2

f

f

f

ff f

f

m

f

A

ff

SETOR 4

f

m

f

SETOR 1

SETOR 5

51 comandosA

fB

SETOR 3

ASETOR 2

A lg

A

R

A

SETOR 4

lg

f

f B

AA

fSETOR 5

B

ff

SETOR 1f

A A A

B

lglg

71 comandos

A A

f

B

A

f

A A

A A

f

m

m

X

f

f

fSETOR 4

ASETOR 4

fSETOR 5

98 comandos

R

R

m

SETOR 3

m

m

f

ffSETOR 2

A B

ff

SETOR 1

fm

m

f

f

ff

SETOR 4

fmf

mf

fSETOR 5

50 comandos

ffSETOR 3

f

f

fSETOR 2

f

f

f

ff

SETOR 1

m

f f

fSETOR 4

m

ff

A

m

f f fSETOR 5

77 comandos

f

ff

f

fSETOR 4

f

f

B B

A

f

fSETOR 1

f

f

mSETOR 3

f

fSETOR 2

f

B

m

f

A

A

f

m

f

fSETOR 5

A

f

f f fSETOR 4

73 comandos

ff

A

fSETOR 1

ff

A A A A

A A A

f

m

A A A

SETOR 3f

A A A

f

f fSETOR 2

A A A

m m

m

m

f f

f fSETOR 4

A

f

fSETOR 5

f

A

76 comandos

A

f

SETOR 3

m

m

f

ASETOR 3

A

SETOR 2

A

m

m

f

f

fSETOR 4

f

f

m

f

f

fSETOR 5

f fSETOR 1

A49 comandos

ff

SETOR 1

m

m

A A A

fSETOR 3

m

f

f fSETOR 2

A A A

A A

m

m

f

f

A

f fSETOR 4

m

m

A A A

fSETOR 5

66 comandos

A

A A A

f

m

m

m

A

m

A

A A A A

f

f

f f

SETOR 2

SETOR 3

A A A

fSETOR 1

A A

ff f

m

m

fSETOR 4

A A A

f

fm

f

fSETOR 5

A

m

A

m

m

A

lg lg107 comandos

E41

cont.

E41 E43 E46 E47 E49 E53 E54 E63 E64 E64

cont.

187

A

m

fm

f f

m

ff

m

f

A A

A A

A A

m

f

f fSETOR 1

m m

m m

m

f AA

ff

SETOR 3

m

fAA A

m

ff

fSETOR 2

m m

ff

fA A

ff A

fA

f

f fSETOR 1

f

m

A A

A A

A A

A A A

A A

f

f A

A A

f

m

m

fSETOR 4

A A A

A A

m

fm

f

fSETOR 5

129 comandos

f

m

fA

SETOR 3

SETOR 2

fA

ff

f f

A A

A A A

fSETOR 3 SETOR 2

fSETOR 1

ff

m

m

f

fSETOR 4

B

m

f

m

m

f

fSETOR 5

56 comandos

f

m

SETOR 3

f

f

SETOR 2

A

f

A

f

A A A A

A A

f

A A ASETOR 1

m

m

f

f fSETOR 4

m

f

A

m

f

A A A A

f

A A ASETOR 5

61 comandos

R

f

f

fR

A

A

B

SETOR 3

SETOR 2

f f

fA

fSETOR 1

f f

f f

A f

f

A

f

f

SETOR 4

f f fSETOR 5

46 comandos

VOLUMETRIA 3

f

A

m

SETOR 3 SETOR 2

f

f

fSETOR 1

A A

fA

fA

m

fm

fSETOR 5

f

m

m

f

A A

fSETOR 4

A A A

A52 comandos

ff

A

m

SETOR 3

f

A A

A A

f fSETOR 2

m

SETOR 1

m

m

A A

f fSETOR 5

A

A A A

A A A

A A

fA

A A A

A A A

ff

f fSETOR 4

A76 comandos

f

ff

fSETOR 1

f

ff f

SETOR 3

fSETOR 2

f

f

fSETOR 4

fm

ff

SETOR 5

46 comandos

ff

ffSETOR 3

fSETOR 2

f

fm

fA

f

fSETOR 4

f

f

f fSETOR 1

m

f

fSETOR 5

44 comandos

E65

cont.

E68 E71 E72 E75 E75 E77 E80 E82

189