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1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COLÉGIO AGRÍCOLA ESTADUAL ADROALDO AUGUSTO COLOMBO C.A.E.A.A.C. ENSINO MÉDIO E PROFISSIONAL PALOTINA – PARANÁ Palotina, 2013.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

COLÉGIO AGRÍCOLA ESTADUAL

ADROALDO AUGUSTO COLOMBO

C.A.E.A.A.C.

ENSINO MÉDIO E PROFISSIONAL

PALOTINA – PARANÁ

Palotina, 2013.

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APRESENTAÇÃO _______________________________________________________ 5

1- DADOS DA INSTITUIÇÃO _____________________________________________ 6

1.1- Ensino Médio e Profissional: _____________________________________________ 6

1.2- Entidade mantenedora: __________________________________________________ 6

1.3- Caracterização da Instituição. ____________________________________________ 6

1.4 - Horário de funcionamento: ______________________________________________ 8

2. HISTÓRICO ___________________________________________________________ 8

3. ORGANOGRAMA _______________________________________________________ 12

4. MATRIZ CURRICULAR _______________________________________________ 13

5. RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS:________________________________ 14

5.1 Materiais de Laboratório: ________________________________________________ 14

5.2 Materiais Pedagógicos:__________________________________________________ 19

5.3 Materiais para Prática de Campo: ________________________________________ 19

5.4 Estrutura Física _________________________________________________________ 20

5.5 Recursos humanos: _____________________________________________________ 21

6. Justificativa _________________________________________________________ 22

7. Objetivos Gerais da Instituição:______________________________________ 24

8. DIAGNÓSTICO _______________________________________________________ 25

8.1 Caracterização do corpo discente________________________________________ 25

8.2 Requisitos de acesso ao curso __________________________________________ 32

8.3 Perfil____________________________________________________________________ 33

9. DADOS EDUCACIONAIS _____________________________________________ 33

10. Princípios filosóficos _______________________________________________ 41

10.1 Concepção de Sociedade_______________________________________________ 42

10.2 Concepção de Homem _________________________________________________ 42

10.3 Concepção de Mundo __________________________________________________ 44

10.4 Concepção de Educação _______________________________________________ 44

10.5 Concepção de Ensino e Aprendizagem _________________________________ 46

10.6 Concepção de Avaliação _______________________________________________ 47

10.7 Concepção de Currículo________________________________________________ 51

10.8. Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório e Não Obrigatório. ______ 52

10.9 Contextualização do Conteúdo / Conhecimento _________________________ 55

10.10 Interdisciplinaridade __________________________________________________ 56

11. Princípios didáticos e pedagógicos _________________________________ 56

11.1 A Escola e sua função social___________________________________________ 57

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11.2 A política da igualdade _________________________________________________ 58

12. Instâncias Colegiadas ______________________________________________ 59

12.1 Conselho Escolar ______________________________________________________ 60

12.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários. ___________________________ 61

12.3 Grêmio Estudantil ______________________________________________________ 62

12.4 Conselho de Classe ____________________________________________________ 62

13. Linhas de Ação. ____________________________________________________ 64

14. Formação continuada_______________________________________________ 67

15. Projeto Celem ______________________________________________________ 68

16. Feira de Ciências ___________________________________________________ 69

17. Projeto de Monitoria ________________________________________________ 70

18. Projeto Interdisciplinar de Arte, Língua Portuguesa e História________ 71

19. Projeto Cultura Afro Brasileira e Indígena ___________________________ 71

20. SEGUNDO TEMPO __________________________________________________ 72

25. MULTIMEIOS ______________________________________________________ 108

26. EDUCAÇÃO DA DIVERSIDADE – TEMAS CONTEMPORANEOS._____ 109

27. Educação Ambiental_______________________________________________ 109

28. O enfrentamento à violência na escola _____________________________ 110

29 . Relações Étnico raciais ___________________________________________ 111

30 . Prevenção ao uso indevido de drogas._____________________________ 112

31. Sexualidade _______________________________________________________ 113

32. Patrulha escolar comunitária_______________________________________ 113

33. História do Paraná (Lei nº 13381/01), Educação Fiscal e Educação Tributária (dec. nº 1143/99, portaria nº 413/02) __________________________ 114

34. BIBLIOGRAFIA ____________________________________________________ 116

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APRESENTAÇÃO

Apresentamos o Projeto Político Pedagógico, do Colégio Agrícola

Estadual Adroaldo Augusto Colombo, Ensino Médio e Profissional, elaborado de

acordo com as Leis de Diretrizes e Bases e conforme as propostas do Curso

Técnico em Agropecuária, de forma integrada e definida pela Secretaria de

Estado da Educação do Paraná, em consonância com a política nacional, com

cadastro no catálogo do MEC mostrando assim, a necessidade de oferta de um

ensino profissional que integre os conhecimentos da formação específica

profissionalizante com a Base Nacional Comum integrante do currículo dos

cursos.

Assim sendo, a proposta aqui explicitada procura incorporar este

direcionamento na acepção de que a formação técnica não prescinde dos

fundamentos científico-tecnológicos presentes nas disciplinas de formação geral.

É importante salientar que este documento foi construído e elaborado,

com a colaboração e participação de toda comunidade escolar. O mesmo é

composto pela caracterização de todo o contexto escolar, com informações

sobre os discentes, docentes, instalações e todas as atividades curriculares e

extracurriculares que fazem parte da organização pedagógica desta instituição.

A Educação tem como objetivo fundamental o desenvolvimento humano

integral, formado por valores éticos, sociais, políticos, de modo a preservar a

dignidade intrínseca do ser humano e a desenvolver ações junto à sociedade

com base nos mesmos valores, que requer uma leitura atualizada do mundo nas

suas implicações econômicas, culturais e científico-tecnológicas.

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1- DADOS DA INSTITUIÇÃO COLÉGIO AGRÍCOLA ESTADUAL ADROALDO AUGUSTO COLOMBO -

Ensino Médio e Profissional–C.A.E.A.A.C.

Linha Cinco Mil, S/N.

Cx. Postal 291

CEP- 85.950-000

Palotina-Paraná.

Telefone/fax: (44) 3649-5311

E-mail: [email protected]; [email protected] Site: potcaadroaldoacolombo.seed.pr.gov.br

1.1- Ensino Médio e Profissional:

- Curso Técnico em Agropecuária com organização curricular Integrada ao

Ensino Médio.

1.2- Entidade mantenedora:

Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR).

1.3- Caracterização da Instituição. 1.3.1- Alunos matriculados:

Ano Ensino Médio Integrado

2006 1º ano 2º ano 3ºano

Turmas 01 02 02

Total Alunos 42 57 53

Ano Ensino Médio Integrado

2007 1º ano 2º ano 3ºano

Turmas 02 01 02

Total Alunos 80 36 49

Ano

Ensino Médio Integrado

2008 1º ano 2º ano 3ºano

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Turmas 02 02 01

Total Alunos 80 78 36

Ano Ensino Médio Integrado

2009 1º ano 2º ano 3ºano

Turmas 03 02 02

Total Alunos 94 68 66

Ano Ensino Médio Integrado

2010 1º ano 2º ano 3ºano

Turmas 02 03 02

Total Alunos 73 84 69

Ano Ensino Médio Integrado

2011 1º ano 2º ano 3ºano

Turmas 02 2 2

Total Alunos 65 62 80

Ano Ensino Médio Integrado

2012 1º ano 2º ano 3ºano

Turmas 02 2 2

Total Alunos 74 46 57

Ano Ensino Médio Integrado

2013 1º ano 2º ano 3ºano

Turmas 02 2 2

Total Alunos 70 60 43

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1.4 - Horário de funcionamento:

O Colégio Agrícola Estadual Adroaldo Augusto Colombo – Ensino Médio e

Profissional atende 169 alunos sendo 62 (sessenta e dois) alunos em regime de

internato, funcionando em tempo integral, inclusive nos fins de semana. Os

alunos freqüentam nove aulas por dia, sendo 05 aulas no período matutino e 04

aulas no período vespertino, distribuídas entre teóricas e práticas.

2. HISTÓRICO O Ensino Profissional sempre esteve voltado para o mercado de trabalho

e seu ritmo de desenvolvimento tecnológico, acompanhando e respaldando as

suas fases.

O Ensino Agrícola Profissional no Brasil, surgiu em 1910, tendo sua

origem através do Ministério da Agricultura, e somente em 1946 pela Lei

9.613/4, a Lei Orgânica de Ensino Agrícola ficou definitivamente

institucionalizado como Ensino Agrícola. A Lei Orgânica classificou os

estabelecimentos de Ensino Agrícola em:

Escolas de iniciação agrícola – para ministrar o ensino de 1º e 2ª séries

do 1º ciclo, concedendo ao concluinte certificado de Operário Agrícola;

Escolas agrícolas – para ministrar as quatro séries do 1º ciclo, oferecendo

ao concluinte o certificado de Mestre Agrícola;

Escolas Agrotécnicas - para ministrar as quatro séries do 1º e as três

séries do 2º ciclo, conjuntamente, atribuindo ao concluinte o diploma de

técnico Agrícola.

Em 1967, com a Lei de Diretrizes e bases da educação Nacional,

surgiram os ginásios Agrícolas mediante o agrupamento das escolas de

Iniciação Agrícola e das Escolas Agrícolas, onde se ministrava somente

as quatro séries do 1º ciclo (ginasial) e mantinham a expedição de

certificado de Mestre Agrícola, enquanto que as escolas Agrotécnicas

passaram a denominam-se Colégios Agrícolas, ministrando apenas três

séries do2º ciclo (colegial), conferindo aos concluintes o diploma de

técnico agrícola.

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Em decorrência do Decreto-Lei nº 200/67,o Ensino Agrícola foi

transferido do Ministério de educação e Cultura e em 1970 passa para o

departamento de Ensino Médio.

Paralelamente às reformas administrativas que aconteciam na instância

Federal, ocorreram reformas administrativas a nível Estadual, e em 1972 o

governo do Estado do Paraná transfere para o Departamento de ensino de 2º

grau da Secretaria de Estado da Educação e Cultura, o Departamento de Ensino

Agrícola da Secretaria de Estado da Agricultura.

Com o advento da Lei 5.962/71, os Colégios Agrícolas e os Ginásios

Agrícolas passaram a ofertar o curso Técnico em Agropecuária, aprovado pelo

Conselho Estadual de Educação em 1973.

A região Oeste do Paraná tem sua economia fortemente estruturada na

agropecuária, desta forma esta região possui um grande potencial e demanda

para o Curso Técnico em Agropecuária, devido esta necessidade que em

meados de 1976 por iniciativa de destacados cidadãos palotinenses, imbuídos

de pioneirismo e amor a terra, levaram adiante a idéia de criação de um curso de

formação profissional que viesse de encontro ao perfil da região Oeste do

Paraná, isto é, sua base econômica a agricultura, assim em 1977 começa a

funcionar o Curso de Básico em Agropecuária, neste município, com três anos

de curso noturno, sendo que a SEED criou o 4º ano para egressos destes

cursos básicos, onde os alunos foram inseridos num projeto da COAGRI/SEED

que ganhou destaque mundial, estes eram filhos de agricultores e sabiam

trabalhar a terra, aliando o conhecimento à pratica e o “saber fazer”, hoje um dos

grandes pilares da educação.

Com as mudanças na legislação educacional, os cursos básicos de nível

de 2º grau caminharam para extinção. Neste contexto, em 1983 é criado o

Colégio Agrícola Oeste do Paraná com o curso Técnico em Agricultura. Esta

instituição inicia suas atividades com período integral, diurno, funcionando como

entidade particular. Como a vocação da região é a agropecuária, em 1993 esse

curso passa para uma nova habilitação: a Agropecuária.

No fim dos anos 90, com reformulações na Educação Profissional, o

Colégio Agrícola Oeste do Paraná, passa por dificuldades e busca manter um

convenio com o estado para continuar ofertando o curso técnico em

Agropecuária e nos anos seguintes também o curso Técnico em Meio Ambiente.

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Em 2005 iniciou-se a negociação para a estadualização e ficamos então

sob a responsabilidade administrativa e financeira do Colégio Agrícola Estadual

de Toledo. E no ano de 2006 este educandário passa a ser mantido pela SEED-

PR.

Com o Decreto nº 5.154 de 23 de julho de 2004, que regulamenta o § 2º

do Art. 36 e os Arts.30 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

retomou-se no Estado os cursos técnicos articulados ao Ensino Médio.

Atualmente a Rede de Colégios que ofertam Ensino Profissional em

Agropecuária e Florestal está constituída de 20 Colégios. Os Colégios Estaduais

possuem área de terra para o desenvolvimento das atividades didático-

produtivas no âmbito agropecuário e florestal em suas unidades, possibilitando

ministrar as aulas práticas. Os alunos permanecem nesses Colégios em regime

de internato e semi internato.

A partir de 2010 ocorre a reestruturação da matriz curricular dos cursos

Técnicos em Agropecuária de todo o Paraná, atendendo ao catálogo nacional de

cursos técnicos do MEC pertencendo eixo tecnológico de Recursos Naturais.

Neste ano letivo de 2012, temos a matriz do Técnico em Agropecuária em

todas as turmas, podendo assim ser avaliada integralmente.

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APMF

ALUNOS CONSELHO ESCOLAR DIREÇÃO

PEDAGÓGICO

PROFESSORES

COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO

GRÊMIO ESTUDANTIL

FUNCIONÁRIOS

CONSELHO DE CLASSE

PAIS

COMUNIDADE

ADMINISTRATIVO

COORDENAÇÃO DE CURSO

NRE

SEED

3. ORGANOGRAMA

ENSINO E APRENDIZAGEM ALUNO

UDP

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4. MATRIZ CURRICULAR

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5. RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS: 5.1 Materiais de Laboratório:

MATERIAL QUANTIDADE CONSERVAÇÃO Anel de ferro de diversos tamanhos 06 USADO Balão fundo redondo 2000 ml 01 USADO Base para tubo de ensaio (mad. Pequena) 01 USADO Cápsula de porcelana (evaporação) 01 USADO Copo de béquer 01 USADO Erlenmeyer de vidro com rolha 250ml 01 USADO Funil de vidro raiado haste curta 01 USADO Microscópio óptico monocular 01 NOVO Pinça inox c/ amianto para copos 03 USADO Proveta calibrada vidro 100 ml 01 NOVO Tubo de ensaio graduado 10 ml 01 USADO Garra 01 USADO Base para bureta 01 USADO Cadinho 02 USADO Copo de béquer 250 ml 02 USADO Estufa de secagem e esterel. Mod. 315 Se 02 USADO Microscópio óptico binocular 01 NOVO Pipeta graduada 50 ml 01 USADO Proveta calibrada de vidro 1000 ml 01 USADO Bastão de vidro (diversos tamanhos) 07 USADO Copo de béquer 500 ml 01 USADO Funil simples 01 USADO Laminas 30 USADO Microscópio esterescópio binocular 03 USADO Rolha de borracha (diversos tamanhos) 02 USADO Vidro de relógio 01 USADO Base para tubo de ensaio (metal Grande) 03 USADO Bureta com torneira de vidro 50 ml 01 USADO Erlemeyer de vidro sem rolha 125 ml 01 USADO Funil de vidro liso haste longa 05 USADO Lamínulas 150 NOVO Capela 02 USADO Tubo de ensaio (diversos tamanhos) 55 NOVO Forno Cinzas 01 NOVO Pipeta 20 ml 01 USADO Paquímetro 01 USADO Turbidimetro 01 USADO Medidor de O2 01 USADO Erlemeyer de vidro sem rolha 200 ml 02 USADO Autoclave 01 NOVO Conductivity meter 01 NOVO Eletrodo 01 NOVO Ictiometro 01 NOVO Fasimetro Mod SPI 200 portatil 1 NOVO Medidor de LCR MOD RCL 820 Digital 1 NOVO

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Conjunto de formas geométricas – aluno 5 NOVO Circulo fracionado – Professor 1 NOVO Circulo fracionado – Aluno 10 NOVO Conjunto para cálculo da área sobre uma curva 1 NOVO Becker graduado 2l confeccionado em vidro 1 NOVO Becker não graduado de 2l em vidro 1 NOVO Becker graduado 1l confeccionado em vidro 1 NOVO Becker não graduado de 1l em vidro 1 NOVO Quadro de aço formato A-1 1 NOVO Espelhos Angulares 5 NOVO Torre de Hanói 10 NOVO Vidraria 1 NOVO Ferragens e Correlatos 1 NOVO Régua de aço 10 NOVO Multímetro digital simples 10 NOVO Multímetro digital avançado 1 NOVO Conduteste 1 NOVO Equipamento com acessórios (eletrostática) 1 NOVO Magnetismo 10 NOVO Balança digital 1 NOVO Paquímetro universal 10 NOVO Massas e ganchos 1 NOVO Sensores para queda de corpos 1 NOVO Cronômetro digital 10 NOVO Sensor fotoelétrico 1 NOVO Trilho de ar linear c/ unidade geradora de fluxo

ar 1 NOVO

Colchão de ar superficial 1 NOVO Mesas de forças 1 NOVO Interface de aquisição de dados 1 NOVO Liberador e sensores 1 NOVO Plano inclinado 1 NOVO Movimento de queda 1 NOVO Lançador horizontal 1 NOVO Looping 1 NOVO Conjunto para estudos cinemáticos 1 NOVO Primeira Lei de Newton 1 NOVO Ressonância pendular 1 NOVO Banco ótico 1 NOVO Espectroscópio manual 2 NOVO Coeficiente de dilatação linear 1 NOVO Compreensão e energia 1 NOVO Temperatura e pressão 2 NOVO Dispositivo das Leis de Gases 2 NOVO Nível de escala 1 NOVO Paquímetro do professor 1 NOVO Conjunto de sólidos geométricos - planificação 1 NOVO Balança de Arquimedes 10 NOVO

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Kit para estudo de Balística 1 NOVO Plano de construção de Elipses 5 NOVO Recipiente Elíptico 1 NOVO Talha de Arquimedes 2 NOVO Pêndulo 1 NOVO Conjunto de engrenagens c/ contadores de

volta 1 NOVO

Conjunto Probabilidade 5 NOVO Conjunto para construir árvores de

possibilidades 5 NOVO

Ciclo Trigonométrico 2 NOVO Projeto de segmento 2 NOVO Conjunto banners p/ matemática e ensino

médio 1 NOVO

Multiuso para matemática e estatística 2 NOVO Conversor Binário 2 NOVO Conversor Multibase 2 NOVO Nível de escala 1 NOVO Paquímetro do professor 1 NOVO Conjunto de sólidos geométricos – planificação 1 NOVO Balança de Arquimedes 10 NOVO Kit para estudo de Balística 1 NOVO Plano para construção de elipses 5 NOVO Recipiente elíptico 1 NOVO Talha de Arquimedes 2 NOVO Pêndulo 1 NOVO Conjunto de engrenagens com contadores de

voltas 1 NOVO

Conjunto de Probabilidade 5 NOVO Conjunto para construir árvores de

possibilidades 5 NOVO

Ciclo Trigonométrico 2 NOVO Projetor de segmento 2 NOVO Conjunto de banners para matemática ensino

médio 1 NOVO

Multiuso para matemática e estatística 2 NOVO Conversor binário 2 NOVO Conversor multibase 2 NOVO Multímetro digital simples 10 NOVO Multímetro digital avançado 1 NOVO Conduteste 1 NOVO Equipamento com acessórios para estudo

eletrostática 1 NOVO

Magnetismo 10 NOVO Balança digital 1 NOVO Paquímetro universal 10 NOVO Conjunto de massas e ganhos 1 NOVO Sensores para queda de corpos 1 NOVO Cronômetro digital 10 NOVO

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Sensor fotoelétrico 1 NOVO Trilho de ar linear com unidade Geradora de

fluxo 1 NOVO

Colchão de ar superficial 1 NOVO Mesas de forças 1 NOVO Interface de aquisição de dados 1 NOVO Liberador e sensores 1 NOVO Plano inclinado 1 NOVO Movimento de queda 1 NOVO Lançador horizontal 1 NOVO Looping 1 NOVO Conjunto para estudos cinemáticos 1 NOVO Primeira lei de Newton 1 NOVO Ressonância Pendular 1 NOVO Banco ótico 1 NOVO Espectroscópio manual 2 NOVO Coeficiente de dilatação linear 1 NOVO Compreensão e energia 1 NOVO Temperatura e Pressão 2 NOVO Dispositivo das Leis de Gases 2 NOVO Conjunto Instr. medição e constr. em geometria 1 NOVO Conjunto de formas geométricas – professor 1 NOVO Conjunto de sólidos geométricos 1 NOVO Sólidos de revolução 2 NOVO Conjunto Produtos notáveis 10 NOVO Conjunto de cubos 5 NOVO Teorema de Pitágoras – Professor 1 NOVO Teorema de Pitágoras – Aluno 5 NOVO Relações métricas - triangulo retângulo - prof. 1 NOVO Relações métricas - triangulo retângulo -aluno 10 NOVO Conjunto de 7 frascos de acrílico 1 NOVO Plano inclinado p/ estudo de lanc. de projeteis 5 NOVO Eletricidade e eletrônica – recursos 6 NOVO Eletricidade e eletrônica – componentes 1 NOVO Multímetro digital tipo alicate 2 NOVO Balança de Prato 1 NOVO Dinâmetros tubular 5 Newton 5 NOVO Dinâmetros tubular 10 Newton 5 NOVO Processador eletrônico digital 1 NOVO Luxímetro eletrônico 1 NOVO Dilatação dos corpos 2 NOVO Transferência do calor 2 NOVO Fogareiro Portátil 1 NOVO Termômetro eletrônico 1 NOVO Máquinas simples 2 NOVO Decibelímetro 2 NOVO Ferragens e manipulação 1 NOVO Aparelho de esterilização e secagem 1 NOVO Medidor de Ph 2 NOVO

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Estufa incubadora 1 NOVO Reagentes 1 NOVO Aparelho para esterilização e secagem 1 NOVO Ferragens e correlatos 1 NOVO Pipetador compacto 2 ml 2 NOVO Reagentes 1 NOVO Soluções base para misturas 1 NOVO Frigobar 1 NOVO Vidraria 1 NOVO Balança eletrônica manual 1 NOVO Fogareiro 1 NOVO Dispositivo semi-automático 10 NOVO Homogeinizador portátil e compacto 1 NOVO Barrilete 1 NOVO Bússula a óleo com mira 10 NOVO Equipamento destinado a preparação 1 NOVO Banho maria 1 NOVO Water OD 1 NOVO Garrafa de Van Dorf 1 NOVO Salinômetro 1 NOVO Conjunto aquário, terrário e minhocário 1 NOVO Microscópio esterioscópio trinocular 1 NOVO Microscópio esterioscópio 1 NOVO Equipamento apreparação água destilada 1 NOVO Vidraria e correlatos 1 NOVO Dispositivo eletrolítico 1 NOVO Redox-tste 1 NOVO Multímetro eletrônico digital 1 NOVO Fogareiro portátil 6 NOVO Homogeinizador portátil e compacto 1 NOVO Equipamento - estudo do efeito da força

centrífuga 1 NOVO

Eq. de bancada prep. de água destilada em batelada

1 NOVO

Componentes e acessórios elétricos 1 NOVO Recipiente dessecador 1 NOVO Bomba de vácuo e pressão 1 NOVO Pipetador de líquidos e soluções 1 NOVO Copo de sedimentação 1 NOVO Lava olho de emergência 1 NOVO Acessórios laboratoriais 1 NOVO Modelos moleculares 1 NOVO Tabela periódica 1 NOVO Medidor de Ph 1 NOVO Condutivímetro de bolso 1 NOVO Balança eletrônica 1 NOVO Balança analítica de precisão 220g 1 NOVO Refrigerador duplex 1 NOVO Condutese 1 NOVO

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Refrigerador industrial 700 L, 127V – marca frilux GCF 4P

1 NOVO

Turbo forno combinado 1 NOVO Fogão industrial 4 bocas com forno 2 NOVO Caixa d'água em aço inox 1 NOVO Triturador industrial 1 NOVO Processador de alimentos 1 NOVO Seladora de mesa 1 NOVO Seladora para potes de mesa 1 NOVO

5.2 Materiais Pedagógicos:

Quantidade Descrição Estado de Conservação 01 TV Multimídia (6) BOM 01 Vídeocassete RUIM 35 Fitas e DVDs MÉDIO 380 Acervo Bibliográfico MÉDIO 01 Aparelho de DVD MÉDIO 01 Aparelho de Som ( micro

sistem) BOM

01 Retroprojetor RUIM 32 Computadores BOM 01 Progetor multimídia NOVO 04 Progetores multimídeas

PROINFO NOVO

5.3 Materiais para Prática de Campo: MATERIAIS QUANTIDADE CONSERVAÇÃO

Distribuidor de Esterco Líquido

01 NOVO

Máquina de Cortar grama 01 NOVO

Ônibus 01 NOVO

Pulverizador 01 NOVO

Resfriador de Leite 01 NOVO

Semeadoura 01 NOVO

Subsolador 01 NOVO

Trator 01 MÉDIO

Enxadas 20 USADO

Facão 12 USADO

Foice 7 USADO

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Enxadão 9 USADO

Marreta 5 USADO

Machado 3 USADO

Tesoura de poda 8 USADO

Serrote 2 USADO

Martelo 4 USADO

Chave de fenda 15 USADO

Esmerilio 1 USADO

Alicate 3 USADO

Mochador 2 USADO

Teodolito 1 USADO

5.4 Estrutura Física

Quantidade Descrição Tamanho 04 Salas de aulas. 99m2 cada 03 Salas de aulas 81m2 cada 01 Sala de Video 99 m2 10 Salas Administrativa 35 m2

01 Biblioteca 81 m2

01 Auditório 220 m2

01 Quadra Poliesportiva 800 m2

02 Sala de Professores 56 m2 01 Refeitório 159 m2

01 Cozinha 100 m2

01 Almoxarifado/Oficina 65 m2

01 Almoxarifado/higienização 25m2 cada 01 Almoxarifado/jardim 04 m2

01 Depósito de Alimentos 20m2

01 Lavanderia 47m2

01 Laboratório 80 m2

02 Apartamento/Prof. 30 m2

02 Apartamento/Func. 30 m2

02 Sanitários Administrativos 30m2

02 Sanit. Alunos-masc./fem. 30 m2

03 Sanitários Prof/Func. 25 m2

13 Suítes (Internato) 30 m2 cada 01 Almoxarifado/horta 12 m2

01 Sala de Ordenha 25 m2

01 Pocilga 45 m2

01 Aviário postura 80 m2

01 Aviário Cortes (ruim) 45 m2

01 Galpão p/ Cunicultura 25 m2

01 Aprisco 20 m2

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01 Apicultura 16 cx 06 Tanques p/ piscicultura 1000 m2

02 Tanques p/ piscicultura 300 m2

01 Pomar - Fruticultura 02 hectares 01 Horta 02 hectares 01 Área p/ Agricultura 12,5 Alqueires 01 Casa p/ Funcionários 75 m2

01 Laboratório p/ Piscicultura 35 m2

01 Laboratório de Informática ProInfo

5.5 Recursos humanos:

5.5.1 Corpo docente:

Esta instituição de ensino conta atualmente com 16 docentes, destes sete

são contratados pela SEED no regime de PSS (Processo de Seleção

Simplificado) e os demais são do Quadro Próprio do Magistério (QPM). Além das

disciplinas da Base Nacional Comum temos professores estatutários nas áreas de

Agricultura e Pecuária, que formam a Formação Específica desta instituição.

5.5.2 Quadro Administrativo:

O quadro administrativo é composto pelo Diretor eleito pela comunidade

escolar, da Direção Auxiliar Pedagógica, da Direção Auxiliar da Unidade Didática

Produtiva, necessariamente um professor QPM concursado, um secretário, a

Coordenação de Curso, Coordenação e Supervisão de Estágio, a Equipe

Pedagógica e a Orientação de Internato. Todos envolvidos na busca de melhorar

o curso de Técnico em Agropecuária e priorizar o processo de ensino

aprendizagem.

Contamos também com pessoal técnico administrativo que tem suas

funções realizadas na secretaria, biblioteca, contabilidade, almoxarifado e

laboratório de informática

Para organização e manutenção da Unidade Didática Produtiva temos

Engenheiro Agrônomo e Médico Veterinário, que são responsáveis pelos setores

da instituição.

5.5.3 Serviços Gerais/ Manutenção.

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O serviço geral de nossa instituição é composto por agentes educacionais I

e são: Lavanderia, uma vez que temos alunos internos, que moram na escola e

necessitam deste serviço. Cozinha, pois os alunos internos e semi internos se

alimentam na escola, uns com almoço e lanches, outros com café da manhã,

almoço, lanches e jantar. Limpeza, que prioriza as salas de aulas e o prédio

administrativo. Funcionários de campo, para colaborarem com a UDP ( unidade

didático produtiva) e para o bom andamento das aulas práticas a campo.

Inspetores de alunos para o noturno, com exclusiva função de zelar, organizar e

acompanhar os alunos internos, vigia noturno, caseiro que é responsável pelo

manejo dos animais e um funcionário responsável pela manutenção dos setores

existentes na escola.

6. Justificativa

Em função da nova política para o ensino agrícola no Paraná, o

Departamento de Educação e Trabalho considera de fundamental importância

que se proceda à reformulação curricular desses cursos de forma a manter e

oferecer educação de qualidade, em consonância com as mudanças requeridas

pela sociedade, que vem ao encontro de diversas solicitações da comunidade

escolar, não perdendo de vista as mudanças no Ensino Médio/Educação

Profissional, que vem sendo debatidas no país, com a finalidade de dar

atendimento às necessidades de nossa comunidade escolar, tendo em vista que,

nossa região é extremamente voltada para agropecuária.

Como parte da política de valorização do campo, a educação também é

entendida no âmbito governamental como uma ação estratégica para a

emancipação e cidadania de todos os sujeitos que ali vivem ou trabalham, e pode

colaborar com a formação das crianças, jovens e adultos para o desenvolvimento

sustentável.

A partir da Lei Federal nº 9394/96 que estabeleceu as novas Diretrizes e

Base da Educação Nacional e da promulgação do Decreto 2208/97 mudou o

panorama da oferta educacional da Educação Profissional no país. Por sua vez o

Conselho Nacional de Educação definiu através do Parecer 16/99 as novas

diretrizes curriculares dos cursos profissionalizantes de nível técnico. A questão

crucial posta pela reforma foi a separação do antigo segundo grau, agora

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chamado de Ensino Médio, da Educação Profissional, que passou a ser um

Ensino pós-secundário agudizando a tradicional dualidade desse nível de

escolaridade. A partir de 1997, quem pretendia obter a formação profissional de

nível técnico deveria concluir o Ensino Médio primeiro, para depois cursar o

ensino profissional técnico. Essa mudança legal e política provocaram grande

impacto na forma de funcionamento das escolas agrícolas de nível médio

ofertadas no Paraná.

Com a revogação do Decreto 2208/97 e a promulgação do decreto

5154/2004 que prevê em seus artigos citados aqui na integra:

Art. 1º A educação profissional, prevista no art. 39 da Lei nº. 9.394, de 20

de dezembro de 1996 (LDB), observadas as diretrizes curriculares nacionais

definidas pelo Conselho Nacional de Educação, será desenvolvida por meio de

cursos e programas de:

lI – formação inicial e continuada de trabalhadores;

lII – educação profissional técnica de nível médio; e

lIII – educação profissional tecnológica de graduação e de pós-graduação.

lArt. 4º A educação profissional técnica de nível médio, nos termos

dispostos no § 2º do art. 36, art. 40 e parágrafo único do art. 41 da Lei nº 9.394,

de 1996, será desenvolvida de forma articulada com o ensino médio, observados:

l§ 1º A articulação entre a educação profissional técnica de nível médio e o ensino

médio dar-se-á de forma:

lI – Integrada

lII – Concomitante

Muda-se a visão do ensino profissional no Paraná, ofertando agora o

Ensino Médio Integrado á Educação Profissional, possibilitando a retomada de

investimentos nos Colégios Agrícolas tanto na parte estrutural, como na

capacitação dos docentes, melhorando assim a qualidade do ensino agrícola

neste estado.

A educação profissional é, antes de tudo, educação. Por isso mesmo, rege-

se pelos princípios explicitados na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional. Assim, a igualdade de condições para o acesso e a

permanência na escola, a liberdade de aprender e ensinar, a valorização dos

profissionais da educação e os demais princípios consagrados pelo artigo 3º da

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LDB devem estar contemplados na formulação e no desenvolvimento dos projetos

pedagógicos das escolas e demais instituições de educação profissional.

Os cursos de educação profissional de nível técnico, quaisquer que sejam,

em sua organização, deverão ter como referencia básica no planejamento

curricular o perfil do profissional que se deseja formar, considerando-se o

contexto da estrutura ocupacional da área ou áreas profissionais, a observância

destas Diretrizes Curriculares Nacionais e os Referenciais Curriculares por área

profissional.

O compromisso com uma Educação Profissional adequada aos interesses

dos que vivem do trabalho implica desenvolver um percurso educativo em que

estejam presentes e articulados à teoria e a pratica, contemplando sólida

formação cientifica e a formação tecnológica de ponta, ambas sustentadas pelo

domínio das linguagens e dos conhecimentos sócio-históricos. Dessa forma,

permitirá ao aluno dos cursos de formação profissional, com base em nível médio,

compreender os processos de trabalho e em suas dimensões cientifica,

tecnológica e social como parte das relações sociais.

Portanto, acredita-se que esta proposta possa permitir ao aluno apreender

os fundamentos técnicos e tecnológicos, políticos e culturais presentes no mundo

da produção, desde que os educadores se comprometam a articular e integrar os

conhecimentos históricos-sociais, como condição para uma sólida formação

científico-tecnológica caracterizada como indutora de uma educação

emancipatória que busca garantir o acesso e o direito de todo cidadão ao

trabalho.

7. Objetivos Gerais da Instituição:

Oferecer uma educação de qualidade atendendo as transformações

tecnológicas, científicas e sociais, tendo sempre como enfoque o homem

do campo.

Compreender as relações entre ciências e tecnologia.

Associar as diferentes tecnologias a solução de problemas que se

apresentarem no campo.

Promover a sustentabilidade agroecológica, buscando a conscientização

para o desenvolvimento da agricultura familiar e do meio ambiente.

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Promover o conhecimento aos alunos para a produção de alimentos com

responsabilidade ambiental.

Proporcionar programas de capacitação para os profissionais do Colégio

promovendo a formação continuada e atualização de toda comunidade

escolar;

Desenvolver ações educativas de integração com práticas agropecuárias

com vistas a subsidiar os educandos e a comunidade local na produção,

comercialização dos produtos agropecuários;

Relacionar teoria e pratica e parte e totalidade oferecendo mecanismos

que contribuam para a formação do individuo para o mundo do trabalho.

8. DIAGNÓSTICO 8.1 Caracterização do corpo discente

O Colégio Agrícola Estadual Adroaldo Augusto Colombo conta com uma

área de 49,62 ha, situado na Linha Cinco Mil de Palotina, com uma área de

aproximadamente 5.000 m2 de construções mais benfeitorias. O restante da área

se destina às aulas práticas das disciplinas da matriz curricular, através de

projetos de acompanhamento.

Como pudemos perceber o espírito de luta e trabalho, de nossa gente,

reunido com a força dos pais de nossos alunos, estiveram sempre presentes,

para preservar a terra e para dela tirar o sustento, produzir alimentos para o

mundo, contribuir com a economia do município, do estado e da nação. Mas fazê-

lo com técnica, com compromisso e sustentabilidade. O que hoje só é possível

com ensino e pesquisa, com a teoria e prática, com humanismo e tecnologia.

Oriundos de famílias que trazem o cultivo da terra como cultura e prática

social, com a consciência de que hoje se busca a qualidade e produtividade, com

manejo e uso adequado da terra, o que a escola oferece através do referencial

teórico, pesquisa, práticas nos projetos experimentais e estágio supervisionado.

Os alunos vêm de toda região Oeste do Paraná, de outros estados, e de

outro país na forma de intercâmbio, de instituições de ensino tanto da rede

pública quanto da rede privada de ensino.

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Os estudantes utilizam-se do transporte escolar e coletivo para o

deslocamento de suas casas até o Colégio, alguns diariamente e outros

semanalmente. Levam em média 50 minutos para chegaram até o Colégio.

Alguns alunos são dos municípios vizinhos de Assis Chateubriand, Jesuítas,

Maripá e Nova Santa Rosa, onde todos os dias vêem de ônibus fretado e levam

cerca de uma hora e meia de suas casas até o colégio.

O ensino desenvolve-se em tempo integral, assim, os estudantes

residentes em lugares mais distantes, não voltam para casa todos os dias,

permanecendo alojados em regime de internato. Atualmente o colégio conta com

62 (sessenta e dois) estudantes internos, alojando-se no colégio durante a

semana, os mesmos chegam na segunda-feira pela manhã e retornam para suas

casas na sexta-feira após o horário das aulas, sendo que alguns permanecem no

colégio nos fins de semana e ajudam na manutenção geral da escola.

Como temos uma diversidade muito grande de alunos oriundos de diversas

partes do estado, de outros estados e países percebemos que ao ingressarem

nesta instituição, no primeiro ano os alunos passam por uma fase de adaptação,

onde muitos verificam se realmente querem a formação oferecida por esta

instituição de ensino. Temos níveis baixos de reprovação, uma vez que sempre

buscamos avaliar o aluno com uma visão global de sua aprendizagem, tentando

avalia-lo por seu perfil profissional. Os níveis de evasão escolar também são

pequenos ( em 2006, não tivemos evasão escolar significativa), uma vez que

temos uma lista de espera a qual chamamos assim que ocorre uma transferência.

O que ocorre porém é a evasão do curso, mas os alunos são transferidos para as

escolas de origem para cursarem o ensino médio na rede estadual de ensino.

A partir do ano de 2010, no momento da matricula, realizamos o

preenchimento de uma ficha cumulativa para analisarmos algumas situações

corriqueiras dos educandos que tem influenciado no aprendizado destes. Foram

entrevistados neste ano letivo de 2012, 162 alunos que foram sistematizados nos

gráficos abaixo:

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1) Reside com os pais: ( ) Sim 146 ( ) Não 16

Se a resposta for "Não", descreva com quem reside: avós, tios, irmãos, mãe, república

2) Reside: ( ) Zona urbana 106

( ) Zona Rural 56

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3.) Como você se desloca para a escola? ( ) Ônibus 152 ( ) Carro 10

4.) Você tem algum problema de saúde?

( ) Não 141 ( ) Sim 21

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5. ) Recebe alguma medicação?

( ) Não 153 ( ) Sim 9

6. ) Sente dificuldade de:

( ) nenhum 144 ( ) Visão 14 ( ) Audição 3 ( ) outro 1

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3 - Informações sobre a vida escolar e perspectiva de estudo do aluno

3.1 - Você tem horário de estudo em casa?

( ) Não 94 ( ) Sim 68

3.2 Já frequentou sala de apoio durante a vida escolar?

( ) Sim 47 ( ) Não 115

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3.3 Frequentou sala de recurso?

( ) Não 143 ( ) Sim 19

3.4 Você tem internet em casa?

( ) Sim 100 ( ) Não 62

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3.5 Atendimentos que já fez durante sua vida ( psicólogo, neurologista, psiquiatra, fonoaudiólogo, psicopedagoga, fisioterapeuta):

( ) Não 121 ( ) Sim 41

Esses dados diagnosticaram algumas realidades que necessitam ser

acompanhadas pela equipe pedagógica e docente desta instituição. Como por

exemplo, os atendimentos mais declarados foram o de atendimento psicológico ,

tendo 26 alunos utilizados esse serviço, depois 19 alunos com atendimento de

fisioterapeuta, 13 de fonoaudiólogo, 8 de neurologia e 4 de psiquiatria.

Os alunos que declararam freqüentar sala de apoio também são

identificados e acompanhados com avaliações diferenciadas e análise do

rendimento, na medida do possível, uma vez que na Educação Profissional não

existe sala de apoio.

8.2 Requisitos de acesso ao curso

Para ingresso no curso técnico em agropecuária na forma integrada, o

aluno deverá preencher os seguintes requisitos:

Ter concluído o Ensino Fundamental

Responder questionário sócio-econômico;

Realizar entrevista individual.

Apresentar histórico escolar para somatória de médias.

Apresentar comprovante de renda per capta familiar

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Os critérios de matrícula para Educação Profissional do setor Primário

estão relacionados na Instrução 10/03 – SUED/SED.

8.3 Perfil 8.3.1 Perfil do Técnico em Agropecuária O Técnico em Agropecuária, será capaz de perceber de maneira sistêmica

as implicações sociais, econômicas, ambientais, políticas e técnicas de sua

atuação profissional, agindo para detectar os problemas e aplicar as soluções

técnicas, de forma suficientemente criativa, sustentável, rápida e coerente com a

realidade rural. Atuar em sistemas de produção agropecuária e extrativista

fundamentados em princípios de desenvolvimento sustentável. Planeja, executa,

acompanha e fiscaliza todas as fases dos projetos agropecuários. Administra

propriedades rurais. Elabora, aplica e monitora programas preventivos de

sanitização na produção animal, vegetal e agroindustrial. Fiscaliza produtos de

origem vegetal, animal e agroindustrial. Realiza medição, demarcação e

levantamento topográficos rurais. Atua em programas de assistência técnica,

extensão rural e pesquisa. Sendo tolerante e receptivo á diversidade cultural,

étnica. Religiosa, política e social das comunidades onde vier a se inserir no

mundo do trabalho

9. DADOS EDUCACIONAIS

A partir de 2006 o Colégio Agrícola Estadual Adroaldo Augusto Colombo é

estadualizado, contando com 1 turma com 42 alunos. Em 2007 possuía 2

primeiros anos com 80 alunos, um segundo ano com 36 alunos e 2 terceiros anos

com 49 alunos. Em 2008 contavamos com 2 primeiros anos com 80 alunos, dois

segundas séries com 78 alunos e um terceiro ano com 36 alunos. Em 2009

contamos com 3 primeiros anos com 94 alunos, 2 segundos anos com 68 alunos

e 2 terceiros anos com 66 alunos. Em 2010 contamos 2 primeiros anos com 73

alunos, 3 segundos com 84 alunos e os terceiros anos com 69 alunos. Em 2011

tivemos 65 alunos nos 2 primeiros anos, 62 alunos nos dois segundos e 80 alunos

nos dois terceiros anos. Em 2012 tivemos duas turmas de cada série: os

primeiros anos com 74 alunos, os segundos anos com 46 alunos e os terceiros

anos com 57 alunos. Para este anos de 2013 contamos com 70 alunos nos 2

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primeiros anos, 60 alunos nos 2 segundos anos e 43 alunos nos dois terceiros

anos.

No ano de 2006 não tivemos evasão escolar do curso técnico, uma vez

que até meados de junho conseguimos chamar alunos de uma listagem de

espera, de acordo com a classificação da seleção que é feita para o ingresso dos

alunos nesta instituição de ensino, uma vez que não dispomos do número de

vagas necessários para atender a procura deste curso.

Já no para o ano de 2007 tivemos um índice de evasão de 2% na segunda

série. O índice de reprovação da segunda série foi de 12%.

No ano de 2008 não tivemos evasão escolar, pois nossos alunos

transferidos foram para outras escolas agrícolas ou escolas da rede municipal. Os

índices de repetência neste ano foram de 8,2%, sendo que a maior parte desses

alunos eram de primeiro ano, caracterizando o pouco perfil destes.

No ano de 2009 tivemos 215 alunos matriculados sendo 4 reprovações ao

final do ano letivo, perfazendo um percentual de 1,86%. No ano de 2010 foram

211 matriculados até o final do ano letivo, sendo 4 retenções num percentual de

1,89%.

O ano letivo de 2011 foi bastante conturbado, com inúmeros casos de

indisciplina, acionamos a Patrulha Escolar diversas vezes para atender casos de

infração dentro do ambiente escolar. Tivemos um quadro de professores

modificado freqüentemente e o acompanhamento pedagógico das dificuldades

dos alunos foi dificultado devido ao grande atendimento de questões disciplinares.

Finalizamos o ano letivo com 207 alunos matriculados e um total de retenção de

27 alunos, no maior percentual de reprovação até o momento, 13,04%, desde a

estadualização desta instituição. Tivemos 3 casos de reprovação por freqüência,

o que nunca havia ocorrido. Foi um ano com bastantes dificuldades e o processo

de ensino aprendizagem ficou enfraquecido.

Essa experiência nos levou a repensar nossa pratica enquanto equipe

pedagógica, corpo docente, enfim de todo o coletivo escolar, fazendo com que

uma mudança urgente de postura fosse tomada para o ano letivo de 2012.

Iniciamos o trabalho com um planejamento coletivo para as questões

disciplinares, conversamos com os alunos e esclarecemos o Regimento Escolar.

Comunicamos os pais e responsáveis a cada dificuldade que tínhamos com os

alunos. Comunicava-mos o Conselho Tutelar e a Patrulha Escolar os atos

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infracionais, organizamos tarefas recreativas, pedagógicas e de integração para o

aluno se sentir valorizado e gostar de estar no Colégio. Isso trouxe a confiança

dos profissionais que aqui trabalho e dos alunos no que era combinado e

planejado, tendo como conseqüência a mudança de atitude.

A maior dificuldade que percebemos, é a mudança de ambiente escolar

que os alunos do primeiro ano sentem ao ingressarem na Educação Profissional,

principalmente no ensino agrícola, onde o tempo das aulas acontece de forma

integral, aulas pela manhã e tarde. Isso tem sido motivo de várias discussões e

reuniões com pais para que acompanhem mais as atividades que estes realizam

no colégio, para que essa mudança seja sentida de maneira mais tranqüila e que

seja breve a adaptação do aluno ao curso.

Os alunos que permanecem no colégio também recebem um apoio

diferenciado, contando com um Orientador de Internato, que tem como formação

a Pedagogia, para atender, orientar os estudos, organizar os horários e algumas

atividades no internato, tornando o ambiente mais humanizador.

No ano de 2011 realizamos avaliação institucional, citamos esta, devido ao

encerramento de um ciclo de matriz curricular e expressamos em gráficos os

pontos principais da avaliação. Em média 173 alunos responderam o

questionário, deixando alguns quesitos em branco, mas serviram para uma

análise de como os alunos vêem a instituição. Os gráficos abaixo demonstram

isso:

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De acordo com os alunos pesquisados, a qualidade dos professores de nossa

instituição está entre bom e ótimo, com ênfase aos professores da pecuária. Isso

demonstra o compromisso que temos com a formação dos professores e a busca

que estes fazem para a melhoria do curso.

Neste quadro percebemos que a maioria dos alunos tiveram suas

expectativas em relação ao curso parcialmente realizadas. Com essa análise

percebemos que o curso precisa ser melhor apresentado no inicio do primeiro

ano, com relação a matriz curricular, carreira, atribuições do técnico, formação e

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vestibular. Acreditamos que a implantação dos laboratórios a partir de 2012

também fará a diferença neste quesito.

As atividades complementares tiveram avaliação positiva dos alunos e

algumas sugestões que foram acatadas para o ano de 2012, como por exemplo a

comemoração do dia do estudante, pois apenas comemorávamos o dia do

Técnico em Agropecuária. A realização da Mostra técnica ao invés da Feira de

Ciências, a participação de Semanas Acadêmicas dos cursos de Ciências

Agrárias e os projetos extracurriculares que ocorrem ao longo do ano.

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Os estágios precisam ser melhorados, principalmente o atendimento aos

alunos e as avaliações de banca, relatórios e seminários. Os alunos questionaram

também a necessidade de realização de estágio curricular apenas em julho onde

o rol de culturas e os tratos culturais são reduzidos. Quanto ao período de

estágios estamos cumprindo a lei de estagio e orientando para que os alunos

façam estágios extra curricular em janeiro para conhecerem mais culturas. A

coordenação de estágio após ciencia desta análise retomou alguns

procedimentos como o atendimento aos pais via telefone, reuniões com os alunos

nos dias de projeto para o esclarecimento das duvida e orientação no

preenchimentos dos papéis de estágio e maior clareza nessas orientações, além

de e organizar melhor os horários de atendimento aos alunos.

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Com relação a direção, coordenação de curso, orientação de internato e

equipe pedagógica, em geral tiveram boa aceitação do trabalho desenvolvido

pelos alunos. As criticas recebidas foram repassadas, analisadas e atendidas no

que era de competencia de cada um. As principais mudanças foram a maior

participação dos alunos em decisões sobre as atividades relacionadas a eles.

Maior organização e planejamento da equipe para o trabalho pedagógico. Maior

envolvimento dos pais nas atividades escolares e de rendimento escolar.

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Este gráfico nos serve de apoio para planejarmos as atividades

extracurriculares e curriculares, uma vez que percebemos qual o tempo de

dedicação de estudo que cada aluno tem.

Depois de analisados os gráficos, pudemos replanejar o ano

letivo posterior e as mudanças que seriam necessárias para essa nova matriz

curricular totalmente implantada neste momento.

10. Princípios filosóficos

O Colégio Agrícola Estadual Adroaldo Augusto Colombo de Palotina, tem

como filosofia: A educação como um direito social básico e universal, fundamental

para a construção de uma nação autônoma, soberana e solidária, com

características humanistas e científico-tecnológicas condizentes com os requisitos

da formação integral do ser humano. Desenvolvendo no indivíduo o espírito de

cidadania e comportamento em relação ao meio ambiente.

Oferecer uma educação de qualidade que venha atender as mudanças

tecnológicas, científicas e sociais, valorizando o homem do campo. Pois, no

campo encontram-se as possibilidades que dinamizam a ligação dos seres

humanos com a própria produção das condições da existência social e com as

realizações da sociedade humana.

Educação entendida como uma ação de emancipação e cidadania de todos

os sujeitos, compromissada com o desenvolvimento sustentável e com a redução

das desigualdades sociais.

A proposta da Escola esta embasada na aplicação dos princípios filosóficos

da Educação Profissional e da Educação no Campo, no tratamento de conteúdos

de ensino que facilitem a constituição do fortalecimento dos laços de

solidariedade e de tolerância recíproca, para a formação de valores tendo como

finalidade o aprimoramento da pessoa humana, promovendo a formação ética e o

exercício da cidadania, tendo o trabalho como principio educativo.

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10.1 Concepção de Sociedade

O colégio tem papel formativo de democratização para transformação

social e realização do homem. É neste mundo que vive o homem, um ser social

essencialmente articulador de sua sociabilidade e das relações, imerso numa

variedade de recursos tecnológicos, consciente de que a disciplina pessoal e a

visão de futuro são elementos fundamentais para criar as condições necessárias

para fazer opções inteligentes nos variados caminhos que a vida oferece.

É preciso através de uma educação humanista proporcionar a todo cidadão

conhecimentos para que sejam capazes de compreender e intervir na realidade,

respeito ao meio ambiente, no desenvolvimento sustentável.

A Escola como instituição social, numa sociedade tecnológica que forma

consciências críticas capazes de gerar respostas para problemas atuais

decorrentes do avanço das ciências.

Conciliar humanismo numa sociedade com tecnologia, respeitando o meio

ambiente buscando cada vez mais uma sociedade sustentável.

10.2 Concepção de Homem

O sistema escolar deverá possibilitar a autonomia, a busca da identidade,

para que os alunos pratiquem e vivam a democracia. Saibam enfrentar os

desafios do mundo do trabalho, gerando para si e para os outros uma melhoria na

qualidade de vida.

Sujeitos históricos que saibam conquistar seu espaço, em condições de

serem empreendedores vivenciando valores humanos. A formação humana e a

capacitação dos sujeitos em diferentes campos do conhecimento que possam

gerar e gerir novas alternativas e ações no campo, estabelecendo sempre a terra

como mediadora deste.

Que busquem no conhecimento e na reflexão crítica condições para se

inserir na globalização do mercado, na competitividade do mundo dos negócios e

avanços científicos e tecnológicos, respeitando o desenvolvimento sustentável.

Sejam criativos, críticos, dinâmicos, sabendo usar a tecnologia a favor da

humanidade.

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10.2.1 Adolescência

A palavra “adolescência” tem uma dupla origem etimológica e caracteriza

muito bem as peculiaridades desta etapa da vida. Ela vem do latim ad (a, para) e

olescer (crescer), significando a condição ou processo de crescimento, em

resumo o indivíduo apto a crescer. Adolescência também deriva de adolescer,

origem da palavra adoecer. Adolescente do latim adolescere, significa adoecer,

enfermar. Temos assim, nessa dupla origem etimológica, um elemento para

pensar esta etapa da vida: aptidão para crescer (não apenas no sentido físico,

mas também psíquico) e para adoecer (em termos de sofrimento emocional, com

as transformações biológicas e mentais que operam nesta faixa da vida).”

A adolescência tem sido vista na Psicologia como uma fase do

desenvolvimento que apresenta características muito especiais, tais como

rebeldia, crise de identidade, conflito geracional, tendência grupal, necessidade

de fantasiar, evolução sexual manifesta e outras mais.

Na concepção sócio–histórica o HOMEM é histórico, isto é, um ser

constituído no seu movimento; constituído ao longo do tempo, pelas relações

sociais, pelas condições sociais e culturais engendradas pela humanidade. Um

ser, portanto, em permanente movimento.

A adolescência é um momento rico no desenvolvimento das pessoas.

Principalmente dentro do grupo que os alunos criam no Ensino Médio. Ela é

caracterizada pelo aumento do vínculo do sujeito com a realidade.

Dentro deste contexto vemos o adolescente, nosso aluno, como um

indivíduo em pleno conflito e construindo sua personalidade. Busca identificar-se

com o grupo em que está inserido e ainda imaturo, busca um caminho

profissional.

A transição do Ensino Fundamental para o ensino Médio Profissional tem

sido bastante discutida entre os professores, para que ao recebermos esses

alunos em nosso Colégio, a adaptação destes seja o mais rápida e menos

dificultosa para eles.

Há uma grande mudança, não só no roll de disciplinas, como também na

carga horária que nosso aluno enfrenta. O curso técnico em Agropecuária tem

seu turno integral e uma educação profissionalizante, o que demanda do aluno

uma responsabilidade inicial de já, no ensino médio, iniciar uma educação para o

mundo do trabalho.

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Essa educação que por hora pode assustar, tem sido trabalhada na

primeira série de forma mais amena, esclarecendo o perfil do Técnico em

Agropecuária e suas possibilidades de atuação. Desenvolvendo trabalhos

direcionados a esta série e entendo a adaptação do cotidiano escolar, como

processo transitório e passageiro.

10.3 Concepção de Mundo

Entendemos o mundo como o espaço historicamente construído pelo

homem, na forma de produção e nas relações sociais, e que sofrem constantes

mudanças econômicas, sociais, políticas e culturais, resultado da evolução

tecnológica.

Devemos preparar o aluno para a nova realidade, priorizando contudo a

formação humanística do ser humano, para o exercício da cidadania.

10.4 Concepção de Educação

A educação é um processo de construção de identidades. Educar sob

inspiração da ética, criar as condições para que as identidades se constituam pelo

desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito à igualdade

afim de que orientem suas condutas por valores que respondam ás exigências do

seu tempo. A concepção de educação profissional desta instituição assume um

compromisso com a formação humana dos alunos para o mundo do trabalho, a

qual requer a apreensão dos conhecimentos científicos, tecnológicos e histórico-

sociais pela via escolarizada. Define-se, portanto educação em seu conceito mais

amplo, admitindo que ela supera os limites da educação escolar, ocorrendo no

interior das relações sociais e produtivas; reconhecendo, pois, as dimensões

pedagógicas do conjunto dos processos que se desenvolvem em todos os

aspectos da vida social e produtiva.

Esta concepção incorpora a categoria trabalho como principio educativo,

reconhecendo a sua dimensão educativa, ao mesmo tempo em que reconhece a

necessidade da educação escolar vincular-se ao mundo do trabalho e à prática

social, principalmente no campo.

A educação é um processo de construção de identidades. Deve estar

comprometida com o desenvolvimento total da pessoa. Sendo a educação prática

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social com o objetivo de humanizar o homem, esta é intencional. A partir da

necessidade de aprender, de se educar dentro de um processo dialético de

desenvolvimento histórico, a educação organiza a sociedade.

Educação é a aquisição de um composto de conhecimentos abrangentes e

integrados que amplia a leitura da realidade, estimula o desenvolvimento cultural

e potencializa o raciocínio das pessoas.

Nosso objetivo é desenvolver um sistema educativo que forme um homem

auto-realizado, com uma educação geral completa, que o torne capaz de

assimilar as diversas tarefas e habilidades que o “novo tempo” exige e, por

conseguinte, capaz de mover-se no interior da organização social do trabalho.

10.4.1 Educação no campo

O campo deve ser entendido como um espaço de produção de vida onde

os seres humanos que ali vive, tenham condições de existir socialmente não

podendo mais ser visto somente como um local de produção agropecuária. O

campo é território de produção de história e cultura, de luta de resistência dos

sujeitos que ali vivem.

A educação do campo precisa levar em consideração uma série de

aspectos do mundo rural que influenciam a vida do educando do campo. No

entanto ela não pode abrir mão de seu sentido de pluralidade como fonte de

conhecimento em diversas áreas. Que se transforma em instrumento de

reafirmação da cidadania.

O estudante do campo é portador de rica experiência de vida, o que

contribui para sua formação profissional dentro do curso técnico em agropecuária,

uma vez que priorizamos o aluno do campo para o ingresso no Colégio Agrícola.

Um dos fundamentos das praticas pedagógicas do Colégio Agrícola esta

na metodologia e nos seus processos. As metodologias interdisciplinares estão

subsidiando e ampliando a compreensão a partir dos diversos campos do saber,

sem negar as especificidades dos campos científicos.

Respeitar e organizar o trabalho pedagógico dentro das diretrizes da

educação do campo, juntamente com a proposta da educação profissional é o

desafio do Colégio Agrícola. Preparar o aluno para o retorno ao campo

respeitando a natureza, com capacitação profissional para dele ser agente

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transformador da realidade ali existente sem descaracterizar ou minimizar a

função do campo.

10.5 Concepção de Ensino e Aprendizagem

O conceito de ensino aprendizagem propõe uma visão dialética desse

processo. Tanto ensino quanto aprendizagem são dois conceitos que estão

intimamente relacionados e por isso não é possível conceber o ensino sem

considerar a aprendizagem e vice-versa. Essa relação de interdependência é

marcada pela presença do outro, sem ser necessária a presença física do outro.

Isso significa que para aprender, o ser humano nunca está sozinho, pois, em

toda a situação de aprendizagem, o sujeito compartilha de um tipo de linguagens

que é permeada pelas múltiplas vozes que marcam a presença do outro no

processo de aprendizagem, e, portanto, também de ensino. Desse modo, a

produção do conhecimento pode ser relacionada à possibilidade de interlocução

com o outro e de negociação entre diferentes pontos de vista.

Aprendizagem é conceito que não pode ser desprezado quando se pretende

uma proposta de definição de ensino. E torna-se importante quando, através dele,

a idéia de intencionalidade de um objetivo a ser atingido perde seu caráter

unívoco de verdade, possibilitando a afirmação:

A aprendizagem também ocorre SEM INTENÇÃO de ensino.

Como ponto comum ao processo ensino X aprendizagem surge apenas

aquele referente “à necessidade de que aquilo a ser ensinado tenha condições de

ser aprendido pelo aluno” ou, a esta altura, utilizando termo mais adequado, “ser

aprendido por aquele submetido ao processo”.

Ensino é qualquer influência interpessoal cujo propósito é mudar os modos

segundo os quais as pessoas virão a comportar-se.

Para nos, porém, ensino é: “uma organização do ambiente, onde pessoas

se interinfluenciam direta ou indiretamente, com o objetivo de atingir, através de

atividades variadas, resultados previamente determinados”. Quando coloca o

ensino como inter-relação pessoal quer significar a influência do professor sobre o

aluno.

Entretanto, admitimos a possibilidade da ocorrência de ensino sem

professor, mas nunca sem interação/mediação. Vemos o ensino como uma

interinfluência, onde o professor também pode aprender com o aluno, alcançando

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modificações que podem ou não traduzir-se em modos de agir e interagir. Pois

sempre há uma intencionalidade na ação de ensinar seja ela formal ou não

formal.

Pretende esta definição abranger tanto o ensino formal que se desenvolve

nas instituições chamadas “escolas”, como as variadas maneiras de realizar

ensino não-formal que modernamente estão surgindo com uma força promissora

de realização humana.

10.6 Concepção de Avaliação

A avaliação deve ser cumulativa e interativa, onde se trabalha

permanentemente com processo e produto, estratégia e resultado, ao mesmo

tempo, como dimensões de uma totalidade. Esta avaliação subsidia, portanto a

construção do conhecimento. Nela são vitalizados o processo e a preocupação

com o percurso da construção do resultado da aprendizagem pelo aluno, neste

entendimento, avaliação é concebida como processo e não como medida, e os

erros, como hipóteses levantadas pelo aluno, na tentativa de acertar.

A avaliação está relacionada ao domínio do conhecimento de cada área,

de cada disciplina e de acordo com as características particulares de cada projeto

realizado pelos alunos nas áreas da Unidade Didática Produtiva.

Os critérios para a avaliação serão diversificados:

-Considerar o aluno como parte atuante avaliando seu desenvolvimento ao

longo do processo ensino/aprendizagem.

-O interesse em resolver “problemas”, bem como sua maneira de realizá-

los, e seu interesse de acordo com o que o aluno está aprendendo e em

que medida.

-A avaliação seguirá um processo contínuo, buscando todas as formas de

fazer com que o educando sinta a necessidade de participar deste

processo, sendo peça fundamental nesta transformação.

As formas e instrumentos de avaliação serão:

* Avaliações escritas;

* Avaliações orais;

* Auto avaliação

* Trabalhos individuais;

* Trabalhos em grupo;

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* Seminários;

* Participação em sala de aula, gincanas, torneios, feiras de conhecimento

e festivais;

* Provas práticas;

* Visitas técnicas;

* Mostra Técnica

* Dias de campo;

* Projetos

A avaliação entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o

professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio

trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de ensino

aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes

o seu valor. Para avaliar é preciso ter clareza dos objetivos que se quer atingir

com os alunos.

Todos os componentes curriculares devem fornecer um conjunto de

indicadores sobre o avanço de cada aluno. A avaliação enquanto componente

indissociável do processo ensino/aprendizagem, não deve ser classificatória,

superando assim, a prática fragmentária e mecanicista, e as formas autoritárias e

arbitrárias de tratá-la no trabalho desenvolvido pelo professor.

Ao ser considerado em sua função diagnostica, ela possibilita a análise da

situação de aprendizagem dos alunos de modo que se possa obter as

informações necessárias para a tomada de decisão de todos os agentes

educativos sobre as correções no encaminhamento do processo

ensino/aprendizagem.

A avaliação é uma atividade integradora porque revela, discute,

complementa, amplia e propõe outros caminhos, ainda não percebidos na prática

desenvolvida, mas que por ela podem ser apontados.

As formas e instrumentos de avaliação anteriormente citadas, portanto,

deverão ser diferenciadas e elaboradas de modo a auxiliar as decisões do

processo ensino/aprendizagem e a construir, aluno, a capacidade de autonomia

de reflexão e pensamento.

Compreendemos que a avaliação deve permear todas as atividades

pedagógicas, principalmente na relação professor com o aluno e no tratamento

dos conhecimentos trabalhados neste espaço. Portanto, a intervenção do

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professor ajuda a construir as mediações necessárias para a construção do

conhecimento.

Para instalar-se esse processo de avaliação, esta torna-se parte da rotina

de sala de aula, onde toda produção do aluno (participação, frequência, trabalhos,

assimilação de conceitos, etc.) será considerada e registrada sistematicamente e

no final do processo, revertida em nota. Nota esta que de acordo com a

Resolução 3794/04,de 23 de dezembro de 2004, a qual determina a média

considerada mínima para aprovação dos alunos em 6,0 (seis), sendo registrada

trimestralmente.

O aluno partilhará desta avaliação desenvolvendo a consciência dos

progressos feitos em relação ao conhecimento, tornando-se sujeito do processo

de aprendizagem. A auto-avaliação será também, utilizada como instrumento que

coloca o aluno em condições de olhar criticamente os resultados obtidos e

identificar os caminhos percorridos durante o processo.

Ao educando que por ventura não atingir a média mínima estabelecida pela

Resolução 3794/04 ou teve dificuldades com o conteúdo proposto, será ofertada

preferencialmente uma recuperação concomitante, que se realizara durante o

trimestre, assim que o professor detectar a dificuldade desse aluno. A

recuperação concomitante, prevista em lei ajuda a reelaborar estes conceitos

que por ventura não foram apropriados por alguma razão e que novas

oportunidades de recuperação devem ser oferecidas, não restringindo apenas no

sentido de realizar mais uma prova. Estas novas oportunidades deverão

estar devidamente registradas no diário de classe e devem ser lembradas

por todo educador que é um direito do aluno. Portanto o trabalho do

professor/a é fundamental na condução do processo. É função docente

estar atento a esta questão a avaliação.

A família também partilhará dessa avaliação participando do processo

avaliativo, comparecendo na escola, nas reuniões realizadas, estando sempre a

par dos acontecimentos.

O educando terá acompanhamento da equipe pedagógica sempre que

forem detectadas as dificuldades, sendo o atendimento registrado em fichas

individuais. As ações realizadas pela equipe também serão registradas nesta

ficha de acompanhamento e a família do educando terá ciência do trabalho que

vem sendo realizado, através dos atendimentos individuais.

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Conforme o Regimento Escolar o sistema de avaliação resume-se nesses

artigos citados abaixo:

Art. 152º - A recuperação paralela para o curso ofertado pelo Colégio será

contínua, realizando-se concomitantemente ao desenvolvimento dos

componentes curriculares, utilizando-se estratégias adequadas aos conteúdos,

podendo ser desenvolvidas em forma de projetos especiais, trabalhos de

pesquisa, provas escritas, apresentações orais de trabalhos, estudo

complementar, seminários e outros momentos avaliativos.

Parágrafo 1º - os resultados serão registrados em Livro de Freqüência que serão

incorporados nos resultados finais;

Parágrafo 2º - A proposta de Recuperação de estudos deverá indicar a área de

estudos e os conteúdos da disciplina.

§ 3º - Farão obrigatoriamente a recuperação que terá peso 10,0 (dez virgula

zero), todos os alunos que na soma das avaliações realizadas no trimestre não

tenham atingido média 6,0 (seis virgula zero) após a realização de todas as

formas avaliativas até então realizadas no trimestre em vigência.

§ 4º A nota da recuperação será a somada à média até então obtida e será

dividido por 2 (dois) e substitui a média já existente. Caso seja inferior, da já

adquirida pelo aluno esta será desconsiderada.

§ 5º A Recuperação é também oportunizada aos demais alunos que tenham

interesse em melhorar o rendimento já obtido.

Art. 160º - A média trimestral será composta por avaliações (provas, testes e

relatórios) com peso 10,0 e de trabalhos que somem 10,0. Os resultados serão

somados e divididos pela quantidade de avaliações com peso 10,0.

Ex: (T1= 4,0 + T2= 6,0) = 10,0 + (P1 = 10,0) + (P2 = 10,0)

3 Art. 161º - Para efeito de cálculo da média anual, do Ensino Médio Integrado a

Educação Profissional, é aplicada a seguinte fórmula:

MÉDIA ANUAL = 1º tri.+ 2º tri.+3º tri. 3

Art. 162º - Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão

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devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição

de documentação escolar.

10.7 Concepção de Currículo

O currículo, enquanto instrumentação da cidadania democrática, deve

contemplar conteúdos e estratégias de aprendizagem que capacitem o ser

humano para a realização de atividades nos três domínios da ação humana: a

vida em sociedade, a atividade produtiva e a experiência subjetiva, visando a

integração de homens e mulheres no tríplice universo das relações políticas, do

trabalho e da simbolização subjetiva.

Atendemos como todo curso profissionalizante de ensino médio ao

currículo integrado, proposto pelo atual governo do estado, contemplado dentro

da LDB e entendendo ao catálogo de cursos técnicos do MEC.

Concebemos, portanto um currículo integrado onde os conteúdos de

ensino não têm fins em si mesmos. Dois pressupostos filosóficos fundamentam a

organização curricular nessa perspectiva.

O primeiro deles é a concepção de homem como ser histórico-social que

age sobre a natureza para satisfazer suas necessidades e nessa ação, produz

conhecimentos como síntese de transformação da natureza e de si próprio. O

segundo é que a realidade concreta é uma totalidade, síntese de múltiplas

relações.

O currículo é o instrumento sistematizador, organizador do processo

educativo escolar. É através dele que se materializa a ação educativa. Ele

envolve intenções (é um projeto político cultural para as jovens gerações) e

práticas, colocadas em ação para concretizar as intenções. O currículo gera

efeitos, contribui para a construção das identidades, deixa marcas.

O currículo integrado é aquele que tem como base a compreensão do real

como totalidade histórica e dialética. Este currículo afirma a educação como meio

pelo qual as pessoas se realizam como sujeitos históricos que produzem sua

existência pelo enfrentamento consciente da realidade dada, produzindo valores

de uso, conhecimento e cultura por sua ação criativa.

As novas demandas da Educação Profissional, portanto resultam da

própria natureza das mudanças ocorridas no mundo do trabalho, que passam a

estabelecer uma nova relação entre conhecimento compreendido como produto e

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como processo da ação humana, com o que se passa a demandar maior

conhecimento teórico por parte dos trabalhadores.

O currículo no Colégio Agrícola deve conceber a educação do campo,

portanto precisam ser desenvolvidos a partir das formas mais variadas de

construção e reconstrução do espaço físico e simbólico, do território, dos sujeitos,

do meio ambiente. O currículo precisa incorporar essa diversidade, assim como

precisa tratar dos antagonismos que envolvem os modelos de agricultura,

especialmente no que se refere ao patenteamento de matrizes tecnológicas e à

produção de sementes

O objetivo deste, não é somente a formação de técnicos, mas de pessoas

que compreendam a realidade, tenham autonomia intelectual e moral, capacidade

de comunicar-se e capacidade de comprometer-se com o trabalho

10.8. Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório e Não Obrigatório.

O estágio supervisionado, considerado como ato educativo e componente

curricular obrigatório, como está sendo concebido, representa muito mais do que

uma simples oportunidade de “estar na prática”, embora tenha sido marcado

historicamente como essencialmente relacionado a atividades de

instrumentalização técnica dos alunos dos cursos profissionalizantes.

Portanto, na acepção constante desta proposta, o estágio não pode ser

considerado apenas como uma oportunidade de “treinamento em serviço”, no

sentido tradicional do termo, uma vez que se deve representar para além de uma

oportunidade de integração com o mundo do trabalho, o momento de construir

nova percepção dos conhecimentos teórico-práticos, transformando-se pela

práxis.

A característica assumida pelo estágio, o qual, pela nova legislação, passa

a ser denominado estágio profissional supervisionado, é de construir momento de

inserção do aluno no mundo do trabalho, objetivando contribuir, para a sua

formação profissional, na perspectiva da omnilateralidade.

Assim, o estágio supervisionado não se confunde com o chamado “primeiro

emprego”. O estágio supervisionado é antes de tudo, uma atividade curricular da

escola, um ato educativo assumido intencionalmente pela escola, que visa

propiciar uma integração dos estudantes com a realidade do mundo do trabalho.

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A dimensão de estágio proposta incorpora a concepção de Educação

Profissional, que pretende superar à de considerá-la como parte de uma política

assistencialista ou de linear ajustamento às demandas do mercado de trabalho,

mas sim, de assumir a função social da formação para o trabalho como

importante estratégia para que os cidadãos tenham efetivo acesso às conquistas

científicas e tecnológicas da sociedade.

Esta compreensão presente na proposta tem por finalidade, firmar também

no estágio, a concepção que perpassa as propostas curriculares dos cursos de

Educação Profissional, Técnico de nível Médio, e, ao mesmo tempo, atender os

dispositivos de sua recente legislação específica. A normatização do estágio

sofreu alterações e o Departamento de Educação Profissional da Secretaria de

Estado da Educação discutiu com os professores as novas orientações e

aspectos legais a serem considerados, quais sejam:

� A Constituição Federal em seu art. 203, inciso III e art. 214, inciso IV;

� A Lei n° 6.494/77;

� O Decreto n° 87.497/82;

� A Lei 9394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional;

* Lei Federal nº 11788/08 de 25 de setembro de 2008.

� O dispositivo no art. 82 da Lei de Diretrizes e Bases, no que se refere a estágio

orientando os alunos do Ensino Médio e da Educação Profissional para os alunos

matriculados a partir do ano de 2004;

� A Resolução n° 01, de 21 de janeiro de 2004 (DOU n° 24, 04/02/2004, Seção

1, P. 21/22) que estabelece a Diretriz Nacional para a organização e a realização

de Estágio de alunos da Educação Profissional e do Ensino Médio.

� O Parecer n° 35, de 05 de novembro de 2003, que estabelece as normas para

a organização e realização de estágio de alunos do Ensino Médio e da Educação

Profissional.

Deliberação nº 02/09 do Conselho Estadual de Educação, que estabelece normas

para a organização e a realização de Estágio obrigatório e não obrigatório

Considerada as bases políticas, curriculares e legais, pode-se firmar que o

estágio supervisionado, no âmbito do sistema político educacional do Estado do

Paraná, é um componente curricular obrigatório, a ser operacionalizado como um

recurso didático-pedagógico, para permitir ao aluno estabelecer o confronto entre

os desafios profissionais e a sua formação acadêmica, entendida como formação

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teórico-prática, trazendo permanentes desafios a serem discutidos no âmbito

escolar, num intercâmbio profícuo entre escola e trabalho.

Pensando nesta dimensão, o estágio supervisionado é visto como

fundamental na formação dos alunos, para que venham a ser profissionais da

área agrícola, pecuária e ambiental com percepção crítica da realidade, com

capacidade de análise das novas relações técnicas e organizacionais de trabalho

e possibilidade de inserção no mundo do trabalho, de forma a poder a poder

ampliar as capacidades produtivas de sua propriedade rural, auxiliar e assessorar

técnica e tecnologicamente os produtores rurais, para que possam a vir a ser

agentes de seu próprio desenvolvimento, com consciência de sua contribuição

para a melhoria da qualidade de vida da sociedade em geral.

O Estágio Supervisionado desta instituição de ensino é de caráter

obrigatório uma vez que consta na matriz curricular como disciplina, portanto

atende a legislação desta modalidade de estágio. Também está previsto no

Projeto Político Pedagógico o estágio curricular não obrigatório ficando facultativo

ao aluno sua participação uma vez que a disponibilidade de tempo dos alunos do

Curso Técnico em Agropecuária é restrita, devido ao curso ser integral e com 200

dias letivos. Essa modalidade também segue a legislação e o acompanhamento

do estagiário será realizado pela coordenação de estágio da instituição, a equipe

pedagógica e o supervisor na empresa que acompanha o estagiário.

A partir do ano letivo de 2010 com a reestruturação da matriz curricular do

curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, houve a diminuição

da carga horária de estágio de 360 horas para 160 horas aulas.

Para atender o aluno e prepará-lo para o Estagio Supervisionado a partir

da segunda série, foi elaborada uma proposta neste estabelecimento, onde os

alunos tem aulas de informática, com temas relacionados a área de abrangência

do curso assim como formatação de relatórios de estágios, preenchimento de

papéis e planos de estágio.

Os alunos também participam de atividades nos setores da escola para

terem um conhecimento prévio das possibilidades de áreas de estágios. Visitam e

realizam atividades nos setores de pecuária, olericultura, silvicultura, fruticultura

para vislumbrarem e se identificarem com a área a ser escolhida para o estagio.

Esse trabalho foi realizado nos anos letivos de 2010 e 2011.

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Em 2012 a proposta foi modificada, uma vez que as aulas de prática

agropecuária não são mais contempladas na matriz curricular, nas ter séries

deste curso. Conforme projetos citados posteriormente neste projeto político

pedagógico, são realizadas atividades nos setores da instituição, para uma

integração teoria/pratica, acompanhados pelos professores que são suportes da

Unidade Didática Produtiva, como o médico veterinário e engenheiro agrônomo

de campo e como resultado dessas atividades realizar-se-a a Mostra Técnica de

Atividades UDP.

10.9 Contextualização do Conteúdo / Conhecimento

Contextualizar o conteúdo que se quer aprendido significa em primeiro

lugar assumir que todo conhecimento envolve uma relação entre sujeito e objeto.

Na escola fundamental ou média o conhecimento é quase sempre reproduzido

das situações originais nas quais acontece sua produção.

O Tratamento contextualizado do conhecimento é o recurso que a escola

tem para retirar o aluno da condição de espectador passivo. Se bem trabalhado

permite que, ao longo da transposição didática, o conteúdo do ensino provoque

aprendizagens significativas que mobilizam ente ele e o objeto do conhecimento

uma relação de reciprocidade. A contextualização evoca por isto áreas, âmbitos

ou dimensões presentes na vida pessoal, social e cultural, e mobiliza

competências cognitivas já adquiridas. As dimensões de vida ou contextos

valorizados explicitamente pela LDB são: o trabalho e a cidadania. As

competências estão indicadas quando a lei prevê um ensino que facilite a ponte

entre a teoria e a prática. É isto também que propõe Piaget, 1982: quando analisa

o papel da atividade na aprendizagem: “compreender é inventar, ou reconstruir

através da reinvenção, e será preciso curvar-se ante tais necessidades se o que

se pretende, para o futuro, é moldar indivíduos capazes de produzir ou de criar, e

não apenas de repetir” .

A riqueza do contexto do trabalho para dar significado às aprendizagens da

escola média é incomensurável. Desde logo sua experiência da própria

aprendizagem como um trabalho de constituição de conhecimentos, dando à vida

escolar um significado de maior protagonismo e responsabilidade. Da mesma

forma o trabalho é um contexto importante das ciências humanas e sociais,

visando compreendê-lo enquanto produção de riqueza e forma de interação do

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ser humano com a natureza e o mundo social. O contexto do trabalho é também

imprescindível para a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos, dos

processos produtivos a que se refere o artigo 35 da LDB.

10.10 Interdisciplinaridade

A interdisciplinaridade é fundamentalmente um processo e uma filosofia de

trabalho que entra em ação na hora de enfrentar os problemas e questões que

preocupam em cada sociedade. Embora não exista apenas um processo, nem

muito menos uma linha rígida de ações a seguir, existem alguns passos que, com

flexibilidade, costumam estar presentes em qualquer intervenção interdisciplinar.

Deve ir além da mera justaposição de disciplinas e ao mesmo tempo evitar

a diluição das mesmas em generalidades. De fato será principalmente na

possibilidade de relacionar as disciplinas em atividades ou projetos de estudo,

pesquisa e ação, que a interdisciplinaridade poderá ser uma prática pedagógica e

didática adequada aos objetivos do ensino médio.

O conceito de interdisciplinaridade fica mais claro quando se considera o

fato trivial de que todo conhecimento mantém um diálogo permanente com outros

conhecimentos, que pode ser de questionamento, de confirmação, de

complementação, de negação, de ampliação, de iluminação de aspectos não

distinguidos. A interdisciplinaridade também está envolvida quando os sujeitos

que conhecem, ensinam e aprendem, sentem necessidade de procedimentos

que, numa única visão disciplinar podem parecer heterodoxos, mas fazem sentido

quando chamados a dar conta de temas complexos.

É importante enfatizar que a interdisciplinaridade supõe um eixo integrador

que pode ser o objeto de conhecimento. Nesse sentido ela deve partir da

necessidade sentida pelas escolas, professores e alunos de explicar,

compreender, intervir, mudar, prever, algo que desafia uma disciplina isolada e

atrai a atenção de mais de um olhar. Explicação, compreensão, intervenção, são

processos que requerem um conhecimento que vai além da descrição da

realidade e mobiliza competências cognitivas para deduzir, tirar inferências ou

fazer previsões a partir do fato observado.

11. Princípios didáticos e pedagógicos

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O Princípio Pedagógico da valorização dos diferentes saberes no processo

educativo. Conhecimento, todas as pessoas possuem e podem construir, sendo

assim, a escola precisa levar em conta os conhecimentos que os pais, os/as

alunos/as, as comunidades possuem, e resgatá-los dentro da sala de aula num

diálogo permanente com os saberes produzidos nas diferentes dentro da sala de

aula num diálogo permanente com os saberes produzidos nas diferentes áreas do

conhecimento.

O Princípio Pedagógico do lugar da escola vinculado à realidade dos

sujeitos. Enquanto direito, a escola precisa estar onde os sujeitos estão como

assegura o artigo 6º das Diretrizes Operacionais ao instituir o regime de

colaboração entre os entes federados na oferta de educação aos povos do

campo.

O Princípio Pedagógico da educação como estratégia para o

desenvolvimento sustentável. Pensar a educação na relação com o

desenvolvimento sustentável é pensar a partir da idéia de que o local, o território,

pode ser reinventado através das suas potencialidades.

O Princípio Pedagógico da autonomia e colaboração entre os sujeitos do

campo e o sistema nacional de ensino. Para programar políticas públicas que

fortaleçam a sustentabilidade dos povos do campo, os sujeitos devem estar

atentos para o fato de que existem diferenças de ordem diversa entre os povos do

campo.

11.1 A Escola e sua função social

As práticas sociais e políticas, as práticas culturais e de comunicação são

parte integrante do exercício cidadão, assim como a vida pessoal, o cotidiano e a

convivência e as questões ligadas ao meio ambiente, corpo e saúde também.

Assim, trabalhar os conteúdos das ciências naturais no contexto da cidadania

pode significar um projeto de tratamento da água ou do lixo da escola. Assim

como, em outras áreas podem ser trabalhadas no contexto da comunicação na

sala de aula, na análise de programas de televisão, dos diferentes usos da língua

dependendo das situações.

Aprender sobre a sociedade, o indivíduo e a cultura e não compreender e

reconhecer as relações existentes entre adultos e jovens na própria família, é

perder a oportunidade de descobrir que as ciências também contribuem para a

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convivência e a troca afetiva. O respeito ao outro e ao público, essenciais à

cidadania, também se iniciam nas relações de convivência cotidiana, na família,

na escola, no grupo de amigos.

É função social da escola, comprometer-se com um projeto de

desenvolvimento justo, igualitário e sustentável. Ter o social como eixo, apoiar-se

no princípio da democratização do Estado e das relações sociais, exigir do

governo o comprometimento com os interesses da grande maioria da sociedade.

Assumir que o desenvolvimento econômico é fundamental para reduzir as

desigualdades extremas, consolidar a democracia e assegurar um mínimo de

soberania para o país.

11.2 A política da igualdade

O ponto de partida deste princípio inspirador é o reconhecimento dos

direitos humanos e o exercício dos direitos da cidadania, como fundamento da

preparação do educando para a sua vida civil.

Entende-se igualdade o ato de se expressar na busca da equidade e no

acesso à educação, ao emprego, à saúde, ao meio ambiente saudável e outros

benefícios, bem como, no combate a todas as formas de preconceitos e

discriminação por motivo de raça, senso, religião, cultura, condição econômica,

aparência ou condição física.

Outra faceta da Política da Igualdade é a do respeito ao bem comum com

protagonismo. Isto se expressa por condutas de participação e solidariedade,

respeito e senso de responsabilidade pelo outro e pelo público. Leva também o

ideal de igualdade para as relações pessoais na família e no trabalho. Além disso,

num outro sentido, provoca o envolvimento crescente das pessoas e

organizações não governamentais nas decisões antes reservadas ao “poder

público”.

“A Política da Igualdade, inspiradora do ensino de todos os conteúdos, é,

ela mesma, um conteúdo de ensino, sempre que nas ciências, nas artes, nas

linguagens, estiverem presentes os temas dos direitos da pessoa humana, do

respeito, da responsabilidade e da solidariedade, significados dos conteúdos

curriculares se contextualizarem nas relações pessoais e práticas sociais

convocatórias da igualdade” (DCNEM p. 23).

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11.3 A ética da identidade

A educação é um processo de construção de identidades. Educar sob

inspiração da ética, criar as condições para que as identidades se constituam pelo

desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito à igualdade

afim de que orientem suas condutas por valores que respondam ás exigências do

seu tempo.

A identidade se constitui mais com os semelhantes, diretamente na

convivência, a qual é o âmbito privilegiado do aprender a ser. Visa formar

pessoas solidárias, autônomas. A ética da identidade tem como fim mais

importante a autonomia, daí seu imenso valor na educação escolar, visto que o

jovem terá que fazer suas escolhas ou projeto de vida. Todas as situações de

fracasso escolar são profundamente antiéticas porque abalam a auto-estima de

seres que estão constituindo suas identidades e que acabam incorporando o

fracasso em suas vidas.

“Situações antiéticas” também ocorrem no ambiente escolar quando a

responsabilidade, o esforço e a qualidade não são praticados e recompensados.

Contextos nos quais o sucesso resulta da astúcia e não da qualidade do trabalho

realizado, que recompensam o “levar vantagem em tudo”, em lugar do esforçar-

se, não favorecem nos alunos identidades constituídas com sensibilidade, estética

e igualdade política”. (DCNEM, pag. 25).

A educação deve estar comprometida com o desenvolvimento total da

pessoa. A essência do currículo consiste no entrelaçamento do desvelar da

história do eu individual com o desvelar do eu coletivo.

12. Instâncias Colegiadas A filosofia de trabalho desta instituição tem uma visão de gestão

democrática, onde todos os atores do processo educativo participam das

decisões que são de forma colegiada.

Segundo VAZ ( 2006) a gestão democrática na educação é permitir que a

sociedade exerça seu direito à informação e à participação deve fazer parte dos

objetivos de um governo que se comprometa com a solidificação da democracia.

Democratizar a gestão da educação requer, fundamentalmente, que a sociedade

possa participar no processo de formulação e avaliação da política de educação e

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na fiscalização de sua execução, através de mecanismos institucionais. Esta

presença da sociedade materializa-se através da incorporação de categorias e

grupos sociais envolvidos direta ou indiretamente no processo educativo, e que,

normalmente, estão excluídos das decisões (pais, alunos, funcionários,

professores). Ou seja, significa tirar dos governantes e dos técnicos na área o

monopólio de determinar os rumos da educação no município.

A criação de mecanismos institucionais deve privilegiar os organismos

permanentes, que possam sobreviver às mudanças de direção no governo

municipal. Os órgãos colegiados, como conselhos, são os principais instrumentos.

É necessário que os mecanismos de democratização da gestão da

educação alcancem todos os níveis do sistema de ensino. Devem existir

instâncias de participação popular junto à secretaria municipal de educação, junto

a escolas e, onde for o caso, em nível regional. Também é possível imaginar

instâncias de participação especializadas, correspondentes aos diferentes

serviços de educação oferecidos (Educação Infantil, Ensino Fundamental anos

Iniciais, Ensino Fundamental Anos Finais, Ensino Médio, alfabetização de adultos,

ensino profissionalizante). Em qualquer instância, os mecanismos institucionais

criados devem garantir a participação do mais amplo leque de interessados

possível. Quanto mais representatividade houver, maior será a capacidade de

intervenção e fiscalização da sociedade civil.

Como a educação é uma política e um serviço público de grande

visibilidade, a democratização de sua gestão traz resultados positivos para a

ampliação da cidadania, por oferecer a um grande contingente de cidadãos a

oportunidade de participar da gestão pública.

A democratização da gestão da educação atua sempre como um reforço

da cidadania, constituindo-se em fator de democratização da gestão municipal

como um todo.

12.1 Conselho Escolar

O Conselho Escolar é responsável pela execução, acompanhamento e

avaliação do Projeto Político-Pedagógico, é discutir e delinear a educação a ser

construída, ouvindo os diversos segmentos sociais e debatendo com eles os

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problemas que afetam o dia-a-dia da escola, na busca de soluções. Nesse

sentido, sua função é política e pedagógica a um só tempo, pois o Projeto

Político-Pedagógico estabelece as transformações necessárias na prática

educativa e indica os mecanismos para que essas transformações realmente

aconteçam.

Para que a gestão democrática se realize de fato é necessário que todos

se expressem com liberdade sobre a atuação da escola, propiciando relações

mais dinâmicas, mais solidárias e menos autoritárias.

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade

Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a

organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição

escolar em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED,

observando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político-Pedagógico e o

Regimento Escolar, para o cumprimento da função social e específica da escola.

12.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários.

A APMF é um órgão de representação dos Associação de Pais, Mestres e

Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário,

religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes

e conselheiros.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão formado não

somente por pais, mas também com a participação de toda a comunidade

escolar, onde aqueles envolvidos no processo são igualmente responsáveis pelo

sucesso da Educação da Escola Pública que objetiva dar apoio à Direção de

escolas, primando pelo entrosamento entre pais, alunos, professores, funcionários

e toda a comunidade, com as atividades sócio-educativas, culturais e desportivas.

Uma de suas grandes responsabilidades é discutir, colaborar e participar

das decisões coletivas sobre as ações da equipe pedagógico-administrativa e do

Conselho Escolar, visando a assistência ao educando, o aprimoramento do

ensino e a integração família-escola-comunidade.

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12.3 Grêmio Estudantil

Os Grêmios Estudantis compõem uma das mais duradouras tradições da

nossa juventude. Pode-se afirmar que no Brasil, com o surgimento dos grandes

estabelecimentos de ensino secundário, nasceram também os Grêmios

Estudantis, que cumpriram sempre importante papel na formação e no

desenvolvimento educacional, cultural e esportivo da nossa juventude,

organizando debates, apresentações teatrais, festivais de música, torneios

esportivos e outras festividades. As atividades dos Grêmios Estudantis

representam para muitos jovens os primeiros passos na vida social, cultural e

política. Assim, os grêmios estudantis contribuem, decisivamente, para a

formação e o enriquecimento educacional de grande parcela da nossa juventude.

O grêmio é a organização dos estudantes da Escola. Ele é formado apenas

por alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e

esportivas, produzindo jornal, organizando debates sobre os assuntos de

interesse dos estudantes, que não fazem parte do Currículo Escolar, e também

organizando reivindicações, tais como compra de livros para a biblioteca,

transporte gratuito para estudantes e muitas outras coisas.

O Grêmio Estudantil de nossa escola está no início de seu segundo

mandato e vem desenvolvendo algumas atividades recreativas e pertinentes aos

discentes em seus anseios.

12.4 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é parte integrante do processo de avaliação

desenvolvido pela escola. Constitui um momento de reflexão sobre as práticas

presentes no cotidiano escolar, com o objetivo de atingir a real aprendizagem dos

alunos:

Deseja-se que todos os alunos aprendam. Os processos de reflexão/ação

nos tornam sujeitos através da tomada de consciência que nos situa

historicamente como agentes transformadores.

Um dos objetivos da educação é levar professores e alunos a serem

sujeitos da história. Neste contexto a avaliação (da qual o conselho é parte) deve

auxiliar o processo. Não pode tornar-se apenas um instrumento para a promoção

ou retenção de um processo educativo fragmentado.

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É uma instância que pode desenvolver um processo de luta pela

democratização do saber, que exige reflexão, consciência, coragem e

determinação. Necessita de exxpplliicciittaaççããoo ddooss ccrriittéérriiooss aa sseerreemm rreessppeeiittaaddooss nnoo

ddeeccoorrrreerr ddoo CCoonnsseellhhoo ddee CCllaassssee;; ddee aauuttoo--aavvaalliiaaççããoo ddooss pprrooffeessssoorreess((aass)) ssoobbrree oo

pprroocceessssoo ppeeddaaggóóggiiccoo;;

Pode contribuir para uma organização do trabalho escolar através de uma

proposta articulada com os interesses e necessidades dos alunos, com as

questões evidenciadas no dia a dia da escola e com suas possibilidades e

limitações.

Redefine as práticas pedagógicas na escola: o processo de ensino-

aprendizagem e o processo de gestão, elucidando novos encaminhamentos.

Propicia debate permanente e geração de idéias, resgatando o valor das

instâncias colegiadas na escola. É o local que dá voz aos sujeitos, apesar de

contraditoriamente existirem os que negam o seu papel e deslocam as questões

para um processo fatalista, pessimista, buscando encontrar os culpados.

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza deliberativa

em assuntos didático - pedagógicos, tendo por objetivo avaliar o processo

ensino aprendizagem na relação professor/aluno e os procedimentos adequados

a cada caso, que possibilita:

A avaliação global do aluno e o levantamento das suas dificuldades;

A avaliação dos envolvidos no trabalho educativo e no estabelecimento

de ações para a superação das dificuldades;

A avaliação do processo ensino aprendizagem desenvolvido pela escola

na implementação das ações propostas e verificação dos resultados;

A definição de critérios para a avaliação e sua revisão, quando

necessária;

A avaliação da prática docente, enquanto motivação e produção de

condições de apropriação do conhecimento, no que se refere: à

metodologia, aos conteúdos programáticos e à totalidade das atividades

pedagógicas realizadas.

O Conselho de Classe será realizado por turma, nos períodos trimestrais

e será proponente das ações que visem à melhoria da aprendizagem e o definidor

da aprovação ou não aprovação do/a aluno.

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13. Linhas de Ação. Neste plano de ação procuraremos envolver tanto aspectos administrativos

quanto pedagógicos e práticos, articulados por objetivos comuns, visando o

desempenho escolar do aluno juntamente com o bom desenvolvimento e

organização da entidade.

Este plano definira as metas que nortearão as ações administrativa e

pedagógica da escola como um todo, no qual terá a participação e o envolvimento

de toda comunidade escolar.

Buscaremos traçar linhas de ação, avaliação e construção, visando:

Consolidar uma gestão democrática;

Incentivar e proporcionar programas de capacitação para os profissionais

do Colégio promovendo a formação continuada e atualização de toda

comunidade escolar;

Desenvolver ações educativas de integração com práticas agropecuárias

com vistas a subsidiar os educandos e a comunidade local na produção,

comercialização dos produtos agropecuários;

Rediscutir as diretrizes didático-pedagógicas dos cursos ofertados no

Colégio, tendo em vista, oferecer qualificação que contribua na formação

para o mundo do trabalho.

Fortalecer os projetos já existentes no colégio, tais como a feira de ciências

que é realizada anualmente, o projeto de atividades esportivas Segundo

Tempo, projeto da Cultura Afro brasileira , Educação Ambiental, prevenção

no uso de drogas, sexualidade e diversidade etc.

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QUADRO DE METAS GESTÃO 2012/2014

A ESCOLA QUE TEMOS HOJE A ESCOLA QUE PRETENDEMOS

O QUE VAMOS FAZER AÇÕES (CURTO, MÉDIO E

LONGO PRAZO) INDICADORES

POTENCIALIDADES DIFICULDADES 1 Gestão de resultados educacionais

- O colégio tem garantido a

permanência dos alunos;

- O planejamento de algumas

atividades necessita ocorrer de

forma mais articulada com todos os

segmentos da comunidade escolar.

- Permanência dos alunos no colégio não apenas com quantidade, mas também com qualidade.

- Conscientizar todos os profissionais do colégio sobre a importância em se desenvolver um trabalho de qualidade visando a permanência de todos os alunos; - Trabalho articulado com a comunidade escolar.

2 Gestão participativa/ democrática

- Pouca participação dos pais, a

grande maioria reside em outros

municípios distante do colégio;

- O Grêmio Estudantil tem pouco

envolvimento nas tomadas de

decisões;

- A elaboração do Projeto Político

pedagógico ocorre de forma muito

fechada;

- Pouca socialização das

informações recebidas pelo colégio.

- IDEB – Atual: 31,9

- Envolver mais os responsáveis pelos alunos nas atividades realizadas pelo colégio; - Ter um Grêmio Estudantil mais participativo; - Envolver todos os segmentos do colégio na elaboração do Projeto Político Pedagógico; - Maior transparência de todos as informações recebidas pelo colégio.

- Conscientizar os responsáveis pelos alunos sobre a importância da participação da família no dia a dia do colégio; - Buscar junto ao NRE e SEED formação para todos os alunos que fazem parte do grêmio estudantil; - Dialogar mais com todos os segmentos que compõe o estabelecimento de ensino; - IDEB - Projeção: 33,9 em 2013.

3 Gestão Pedagógica

- Atualmente o colégio encontra-se

processo de alteração de matriz

curricular, além disso o mesmo tem

apenas cinco anos de existência,

não ocorreu nenhuma parada

significativa para fazer uma

avaliação geral do currículo;

- As formas de avaliação

apresentadas no Projeto Político

Pedagógico são relevantes para o

momento que estamos vivendo no

sistema de ensino e na sociedade;

- Cumprir o que se propõe o Projeto Político Pedagógico do colégio; - Valorizar os momentos de parada para reuniões pedagógicas e capacitações.

- A equipe pedagógica do colégio poderá propor ações onde todos os professores e funcionários tenham pleno conhecimento real do Projeto Político Pedagógico, regimento escolar e quais as finalidades dos mesmos; - Buscar junto ao NRE e SEED formação continuada para os professores técnicos na área pedagógica; - Estabelecer mais diálogo entre alunos, professores e família, fortalecendo o processo de ensino e aprendizagem.

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- Ocorrem algumas incoerências em

algumas avaliações realizadas

pelos professores, e o que está

proposto no Projeto Político

Pedagógico.

4 Gestão de Inclusão/ Socioeducação

- O colégio trabalha de forma muito

tímida assuntos relacionados à

diversidade e inclusão;

- Os profissionais do colégio têm

pouco conhecimento sobre o

assunto e possuem resistência em

trabalhar sobre o tema.

- Um colégio que acolha a todos sem nenhum tipo de discriminação; - Combater qualquer tipo de discriminação - Trabalhar as dificuldades de aprendizagem.

- Propor ações que envolva toda a comunidade escolar em busca de ações que promovam a inclusão; - Buscar junto ao NRE e SEED palestras e formação continuada relacionada à inclusão e diversidade.

5 Gestão de Pessoas

- Dificuldade de integração dos

professores e funcionários nas

ações desenvolvidas pelo colégio;

- Falta de compromisso de alguns

professores e funcionários com as

ações propostas pelo colégio.

- Integrar todos os funcionários e professores em todas as ações desenvolvidas pelo colégio.

- Cabe a direção do colégio propor ações de integração dos funcionários e professores em todas as ações do colégio; - Buscar junto ao NRE e SEED cursos de formação continuada que atenda as necessidades reais dos trabalhadores em educação. - Realizar palestras de cunho educativo com profissionais da sociedade civil organizada voltada para o bem estar e valorização de todos profissionais do colégio; - Buscar junto ao NRE e SEED a contração e ampliação em caráter de urgência aumento do número de funcionários efetivos para o colégio.

6 Gestão de - O prédio escolar aguarda uma - O colégio deverá - Buscar junto ao NRE e

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serviços de apoio (recursos físicos e financeiros)

reforma urgente;

- Ocorre um bom planejamento e

investimento dos recursos enviados

para o colégio;

- A prestação de serviço para a

comunidade acontece de forma

satisfatória;

- É notória a depredação do

patrimônio escolar, devido à falta de

inspetores, vigias etc.

ser um espaço agradável para todos: alunos professores, funcionários e comunidade escolar; - Manter o bom planejamento na aplicação dos recursos; - Conscientizar os alunos sobre os problemas relacionados a depredação do prédio escolar.

SEED a agilização dos projetos de reforma e ampliação do colégio; - Buscar junto a mantenedora do colégio maiores recursos para a administração do colégio.

14. Formação continuada

A efetivação da implantação dessa proposta passa pelo entendimento da

concepção do ensino integrado, pelo domínio dos conteúdos e pelo uso de

metodologias de ensino adequadas.

A formação continuada se faz necessária para capacitar os professores a

atuarem de forma integrada, articulando os conteúdos da Base Nacional Comum

com os da Formação Específica, envolvendo todos os professores que atuam no

curso.

A capacitação também efetivou-se através de cursos de formação

pedagógica para técnicos de nível superior das áreas de ciências agrárias,

considerando que a maioria não possuía licenciatura e necessitava desta

formação para serem professores. Hoje 100% de nosso quadro de professores do

quadro próprio do magistério, das disciplinas técnicas possuem essa formação.

Assim, faz-se necessário oferecer cursos que abordem a concepção de

ensino integrado, cursos para capacitar a Equipe Técnico-Pedagógica e cursos de

atualização pedagógica e dos conteúdos específicos para os professores, entre

outros.

Esses cursos serão oferecidos pela SEED/DEP, nas jornadas pedagógicas

realizadas na escola, a nível de Núcleo Regional e de maneira externa, buscada

pelo próprio professor e pela escola em sindicatos, cooperativas e empresas do

nosso município, como maneira de capacitar–se para melhor atender aos alunos

da rede.

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15. Projeto Celem

O ensino da Língua Espanhola na escola vem para atender as

necessidades dos alunos do Ensino fundamental, Médio e Profissional, pois o

atual contexto sócio econômico e cultural é marcado por intensas mudanças. Em

nossa realidade do Oeste do Paraná, região de fronteira e área de lazer, com

grande potencial turístico, é importante que os educandos recebam o

conhecimento básico da Língua Espanhola.

Através do CELEM pretende-se que o aluno não apenas manipule

estruturas e tenha domínio formal da língua, mas que faça uso apropriado e

significativo da linguagem, em seus vários contextos, interagindo com os outros

alunos, centrando-se em função de linguagens extraídos de contextos

culturalmente significativos e reais.

O CELEM é regido pela resolução nº 3977/2006 que regulamenta e

organiza a oferta de ensino extracurricular e plurilinguista de LEM para alunos de

Rede Estadual de Educação Básica, matriculados no Ensino Fundamental ( anos

finais), no Ensino Médio e Educação Profissional. Ofertamos em nosso

estabelecimento de ensino o curso de aprendizado de Língua Espanhola básico,

com carga horária de 320 horas/aulas, organizado em 4 semestres de 80

horas/aulas cada.

A carga horária semanal é de 4 horas/aulas, distribuídas em 2 dias letivos,

com turmas formadas com um mínimo de 20 e máximo de 30 alunos.

O CELEM em nosso Colégio atende primeiramente os alunos internos

nessa instituição que no período noturno fazem aulas de Língua Espanhola,

preparando-os para uma formação mais completa e aproveitando o tempo que

residem na escola.

Objetivos gerais do CELEM

1. Refletir sobre os costumes e as maneiras das pessoas de outros países.

2. Identificar no universo que o cerca a Língua Espanhola como cooperadora

no sistema de comunicação, percebendo-se como parte integrante de um

mundo multilingue e compreendendo o papel hegemônico que a Língua

Espanhola desempenha neste momento histórico.

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Nas aulas do CELEM o professor deverá propor um ensino que concentre

seus objetivos, atenção e atividades na dimensão sócio cultural da comunicação;

um ensino que organize as experiências de aprender em termos de atividades de

interação, de real interesse do aluno para que ele se capacite a utilizar o

Espanhol para a realização de ações autenticas.

Dentro das aulas deverão ser feitas leitura e produção de diferentes textos

utilizando materiais audiovisuais, como música, filmes, jornais, revistas e

reportagens. Também serão feitas simulações, diálogos, jogos mostrando ao

aluno a importância da língua e praticando o uso da mesma.

16. Feira de Ciências

A feira de ciências tem como objetivo despertar nos alunos o interesse pela

ciência, criando a necessidade do mesmo realizar estudos e pesquisas para o

desenvolvimento dos trabalhos, possibilitando que sua inventividade, criatividade,

e responsabilidade possam ser exercitadas e desenvolvidas além de proporcionar

uma maior interatividade com os professores e demais alunos.

A Feira de Ciências realizadas no Colégio Agrícola Estadual Adroaldo

Augusto Colombo, não é apenas um evento onde os alunos apresentam trabalhos

sobre as ciências exatas, disciplinas mais mensuráveis e experimentáveis.

É um evento onde priorizamos a integração entre as disciplinas da Base

Nacional Comum e da Formação Específica, apresentando trabalhos elaborados

pelos alunos, com a supervisão e orientação dos professores, que englobem duas

ou mais disciplinas do currículo do Curso Técnico em Agropecuário.

A feira de ciências é uma mostra dos projetos aplicáveis na escola e dos

possíveis projetos que podem ser aplicados nas propriedades e empresas do

ramo agrícola.

A integração com a comunidade é grande na mostra deste evento, uma vez

que a comunidade escolar e profissionais convidados avaliam os trabalhos

realizado pelo alunos, formando uma banca examinadora. São convidados alunos

de outras escolas para participarem do evento.

Buscamos aprimorar esse evento a cada ano e é uma das propostas de

ação amplia-la para ser realizada juntamente com as comemorações do dia do

Técnico em Agropecuária, que se comemora em 05 de novembro.

Os trabalhos para serem apresentados devem conter:

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Pesquisa, Conteúdo, Originalidade, Comunicação (Visual e Oral),

Tecnologia, Inventividade, Integração BCN e Formação Específica.

No ano de 2012 a Feria de ciências não foi realizada. Em seu lugar foi

realizada a I Mostra Técnica como detalhada abaixo.

17. Projeto de Monitoria Um maior vínculo das atividades produtivas do Colégio com os alunos é

uma questão fundamental para a melhoria tanto da qualidade de ensino e

aprendizagem, quanto para o próprio processo de produção agropecuária.

Em virtude desta afirmativa, a implantação de um sistema de integração

entre a administração escolar e seus alunos é de fundamental importância para

que as propostas da Unidade Didática Produtiva – UDP, bem como seus

resultados possam ser disseminados junto aos alunos e comunidade escolar.

O projeto objetiva a criação da atividade de Monitoria da UDP, que ofertará

a um grupo de alunos, o aprimoramento dos conhecimentos técnico- científicos e

aumento de sua prática em áreas correlacionadas às diversas atividades

produtivas do colégio.

A UDP em conjunto com a equipe pedagógica procederá a seleção dos

candidatos à monitoria, divulgando uma lista com a classificação dos alunos, e

estes serão divididos e encaminhados para participar dos projetos conforme

aptidão individual.

Os alunos realizarão as aulas práticas do colégio, sob a orientação da UDP,

que formalizará a sua nota bimestral e encaminhará ao professor responsável

pela disciplina de prática agropecuária na época do lançamento das notas.

Os alunos desenvolverão relatórios, e apresentarão para os demais alunos

do colégio, em datas pré agendadas pela equipe pedagógica, além de realizarem

visitas pré-estabelecidas em entidades e ou estabelecimentos públicos ou

privados relacionados com a Agropecuária.

Os projetos que estarão atrelados a monitoria serão discutidos e elaborados

juntamente com os professores que quiserem participar do projeto de monitoria,

sendo que os mesmos poderão utilizar até 50% de sua hora atividade na

participação do projeto.

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A avaliação individual de cada aluno será realizada pela direção da UDP,

em conjunto com a coordenação de curso da área técnica, enquanto a avaliação

do projeto de Monitoria, será pautado sobre a análise dos resultados obtidos

através dos projetos, bem como a relação entre as atividades programadas e

atividades realizadas.

18. Projeto Interdisciplinar de Arte, Língua Portuguesa e História

O conhecimento artístico é um dos tripés da educação. Junto aos

conhecimentos científicos e filosóficos, acreditamos contribuir para a plena

formação do aluno. A escolha pela metodologia está relacionada à motivação dos

educandos em participar de eventos de manifestações artísticas, como dança e

música, e o tema Cultura Brasileira relaciona-se ao ambiente escolar e/ou tipo de

curso profissionalizante, técnico em agropecuária, o qual nos remete à cultura do

campo e, no aspecto musical, à música e dança caipira, sertaneja e popular.

Com esse projeto busca-se incentivar o conhecimento artístico e valorizar a

cultura brasileira por meio da música, dança, pintura e outras manifestações

artísticas integrando corpo docente e discente em uma proposta interdisciplinar.

Tem como objetivos específicos:

Incentivar o trabalho interdisciplinar por meio da temática Arte e Cultura

Brasileira , integrando as disciplinas de Português, Artes, Educação Física,

Filosofia, Sociologia, Geografia e História;

Desenvolver o espírito de trabalho em equipe;

Valorizar as manifestações artísticas brasileiras;

Respeitar e valorizar a inteligência artística do educando, como parte

importante de sua formação.

19. Projeto Cultura Afro Brasileira e Indígena

Dentro do espaço democrático organizado na escola com princípios de

não discriminação racial e igualdade de condições à todos previsto em

constituição não se pode negar qualquer etnia e nem esconder parte de nossa

história e como nosso povo brasileiro foi formado. É necessário então que a

escola resgate a identidade afro-brasileira de alguma maneira.

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De acordo com a Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003 em seu parágrafo

2º “ os conteúdos referentes à Historia e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, serão

ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de

Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.

Para efetivação desse trabalho dentro do currículo do curso Técnico em

Agropecuário organizamos algumas formas de contemplar os conteúdos afro-

brasileiros dentro das disciplinas. Em agricultura trabalhamos as culturas e

pastagens oriundas dos países africanos e sua contribuição em nossa cultura

hoje através do melhoramento genético e biotecnologia.

Em pecuária trabalhamos as criações vindas da áfrica, seus cruzamentos

com raças europeias e o manejo realizado historicamente. Dentro da disciplina de

Agroindústria trabalhamos as influências gastronômicas e o processamento da

cana de açúcar, fubá e defumados.

Dentro de todos as disciplinas buscamos contemplar através de filmes,

textos, pesquisas e debates sobre a influencia afro em nossas raízes e costumes

e a importância de se valorizar as relações étnicas raciais.

Pretende-se usar vários recursos didáticos como: apresentação em vídeo,

documentários, cartazes, músicas com o objetivo de retratar a história, cultura

(danças, músicas, culinárias, costumes...).

Será possibilitada uma visita com um grupo de professores e alunos na

Aldeia Indígena Tekoha Itamarã no município de Diamante do Oeste, e como

resultado desta visita pretende-se posteriormente apresentar para os demais

alunos e professores um documentário sobre a cultura desta aldeia.

O mesmo ocorrerá com um grupo de professores e alunos que visitarão no

Quilambola do município de Guaíra, e como resultado desta visita pretende-se

posteriormente apresentar para os demais alunos e professores um documentário

sobre a cultura desta comunidade.

20. SEGUNDO TEMPO

É o programa com atividades esportivas, recreativas e artísticas

desenvolvido com alunos em contra turno escolar oportunizando a socialização e

o aproveitamento do tempo livre na escola.

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O projeto segundo tempo atendo os alunos internos e moradores da

vizinhança da escola no período noturno.

Atendemos 102 alunos com atividades esportivas das diversas

modalidades: futebol, futsal, xadrez, tênis de mesa, ginástica e atletismo.

Contamos com um professor de Educação Física para acompanhar as

atividades dos alunos, promovendo torneios inter quartos para integração e

socialização maior dos alunos que no noturno ficavam ociosos.

21. HORA TREINAMENTO

A proposta de atividade curricular em contraturno – hora treinamento

pertence ao macrocampo Esporte e Lazer e contemplara o Futebol de campo com

o objetivo de atender aos alunos deste educandário na perspectiva de

implantação de atendimento integral.

Inicialmente serão atendidos 32 alunos em turno intermediário.

A realização no turno intermediário visa criar possibilidades iguais para

todos os alunos, pois, como o colégio funciona de forma integral, período matutino

e vespertino, ofertar a atividade somente em um turno inviabilizaria a realização

do projeto.

Desta forma, adotando a oferta da atividade no período intermediário,

possibilitará a participação de todos os alunos.

Conteúdo

Determinantes histórico-sociais responsáveis pela constituição do esporte:

- Histórico da Modalidade;

- Futebol como lazer, para o aprimoramento da saúde e para integrar

os sujeitos em suas relações sociais;

- Conduta desportiva adequada para participar de uma competição;

- O futebol visto como um esporte não excludente;

- Um esporte coletivo que pressupõem compromisso com a

solidariedade e o respeito;

- Os preconceitos raciais presentes nos times e torcidas.

Condição técnica, tática, elementos básicos:

Características, Dimensões e Estrutura do campo de jogo;

A bola, peso, circunferência, composição;

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Fundamentos básicos, domínio, passes, chutes, arremesso lateral,

cruzamentos, cabeceio,tiro de meta, reposição de bola pelo goleiro,

posição e função de cada jogador;

Tática de jogo de acordo com a evolução dos treinamentos;

Regras oficiais e regras adaptadas.

Objetivos

- Desenvolver o conhecimento histórico da modalidade;

- Difundir o futebol meio de lazer, benéfico para a saúde e para integrar os

sujeitos em suas relações sociais;

- Estimular uma conduta desportiva adequada ressaltando a possibilidade

de participação de forma não entender o futebol como não excludente;

- Desenvolver o compromisso com a solidariedade e o respeito, evitando o

surgimento e demonstrando a inadequação de comportamento que caracterizem

preconceitos raciais;

- Possibilitar acesso a informações de ordem técnica, tática, elementos

básicos e das regras que compõe o futebol.

O encaminhamento metodológico prevê 03 etapas: - Aspectos conceituais

Para o desenvolvimento dos aspectos conceituais, utilizar-se-á de aulas

embasadas na história da modalidade, na sua organização e regulamentação,

apresentadas através de material bibliográfico, vídeos e discussão em grupo, de

situações ocorridas na prática do futebol.

- Aspectos práticos

Os aspectos práticos serão desenvolvidos em espaço de jogo, quadra,

campo, área aberta, etc., demonstrando, através de situações reais, a aplicação

da teoria na prática.

- Aspectos Comportamentais

Os aspectos comportamentais serão trabalhados através da exigência do

seguimento das regras tanto no espaço de jogo quanto no de torcedor.

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A relação da teoria com a prática será uma constante, utilizando o material

elaborado e/ou acessado nos aspectos conceituais, acompanhado de ações

voltadas para a conscientização no momento da ocorrência enquanto desenvolve-

se a atividade esportiva na prática.

Avaliação

A atividade não prevê a realização de avaliações com finalidade de promoção e

sim, visando identificar o grau de entendimento e aproveitamento.

Com esta finalidade, tem-se como procedimento avaliativo:

- Diagnóstica: observar o estágio atual de cada aluno em relação a modalidade

desenvolvida;

- Comparativa: promover-se-á confrontação entre o estágio inicial, identificado a

partir da avaliação diagnóstica, com a evolução demonstrada em determinado

momento. Esta avaliação ocorrerá em dois momentos, definidos de acordo com o

aproveitamento demonstrado pelos participantes;

- Conclusiva: ao concluir a atividade será promovida uma avaliação teórica e

prática assim como uma auto-avaliação.

Para os procedimentos avaliativos, relatados, será desenvolvido um formulário

próprio visando promover os registros assim como divulgá-lo entre os

participantes.

Paralelo aos procedimentos descritos, de forma oral, sempre que necessário ou

em momentos específicos, será repassado aos participantes o estágio evolutivo e

avanços mais significativos nas etapas desenvolvidas.

Resultados esperados

PARA O ALUNO:

- Aprofundamento dos conhecimentos, dos alunos, em relação a modalidade

esportiva objeto do projeto;

- O envolvimento dos alunos de forma a evitar sua a vulnerabilidade social;

- Percepção e desenvolvimento de hábitos esportivos saudáveis;

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- O melhor aproveitamento dos alunos durante as aulas, resultando do

desenvolvimento da participação, colaboração e responsabilidade durante a

participação na atividade;

- A apropriação, por parte dos alunos, de noções básicas de futebol percebendo

sua importância como atividade que possibilita a integração;

- Desenvolvimento de habilidade de relacionamento e a assimilação e aceitação

de regras.

PARA A ESCOLA:

- Resgate da importância, significado e da valorização da atividade esportiva;

- Participação em competições esportivas visando a integração com outras

escolas e comunidades;

- Valorizar a atuação da escola e servir de motivação para o êxito dos objetivos

propostos.

PARA A COMUNIDADE:

- Possibilitará a menor frequência de adolescentes sem ocupação em condição de

vulnerabilidade social e/ou promovendo atos que possam trazer prejuízos para a

sociedade;

- Possibilitar a divulgação da comunidade quando da participação de eventos

esportivos.

22. PROJETO DE MUSICA MACROCAMPO: Cultura e Arte

TURNO: Noturno

CONTEÚDO: A música e o dia a dia do estudante

OBJETIVOS:

Perceber a música como um meio de sentir prazer, tranqüilidade, alegria.

Desenvolver a sensibilidade a coordenação, ritmo, percepção auditiva e memória;

Conhecer gêneros musicais brasileiros, ritmos diversificados;

Compreender rimas, versos, poesia.

Desenvolver habilidades musicais: instrumentalização e vozes.

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Proporcionar a um método do qual se utilize para refletir sobre o que é apresentado musicalmente.

Oportunizar o desenvolvimento na concentração, atenção e criatividade na produção escrita de músicas.

Estimular os talentos nas áreas musicais.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO - Inicialmente apresentar e motivar os alunos em relação ao projeto. Mostrando-

lhes a importância do som, do ritmo, bem como saber apreciá-los de forma

prazerosa e espontânea.

- Através de atividades, envolvendo música, identificar habilidades musicais

existentes no grupo, mostrando que a música nos leva a refletir ou entender: a

gramática, produzir textos ou diálogos usando de palavras de músicas, analisar,

refletir, interpretar a letra de uma canção, modificar a letra traduzindo o passado

no presente, a cantar diversas músicas formando um grupo com um conjunto de

vozes harmoniosas, a ler e estudar partituras musicais, a desenvolver a

habilidade de tocar violão, a usar músicas capazes de agir na parte pessoal do

aluno resgatando valores como linguagem, comportamentos na busca de uma

construção da identidade pessoal de cada um e criticidade do meio onde vivem.

AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada de forma diagnóstica procurando avaliar se os alunos

conseguiram compreender a música como um meio de sentir prazer,

tranquilidade, alegria se estão conhecendo os gêneros musicais, rimas, versos,

poesia se percebem que tipos de instrumentos são utilizados. Esta verificação

será feita durante a execução das aulas.

RESULTADOS ESPERADOS PARA O ALUNO: Possam estar mais voltados à arte musical e que tenham

desenvolvido múltiplas experiências sensoriais, perceptivas e expressivas,

sempre buscando favorecer seu desenvolvimento. Que desenvolva as duas

espécies de iniciação musical: aprenda a ouvir a praticar música, identificar ritmos

e reproduzi-los, o aluno consiga ler notas em uma partitura.

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PARA A ESCOLA: Maior facilidade de compreensão dos conteúdos, uma

formação para espírito de grupo, ser um espaço democrático onde todos tenha

voz e possa tocar a cantar. Aplicar a harmonia que a música traz na relação de

alunos e escola.

PARA A COMUNIDADE: Além de Técnico em Agropecuária o aluno tenha

habilidades musicais mínimas que configuram um profissional, e também tenha a

possibilidade de continuar desenvolvendo seu dom musical e contribuir para o

bem a comunidade.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• FONTERRADA, Marisa Tench de Oliveira, 1939- Música e meio ambiente: a ecologia sonora. São Paulo:Irmãos Vitale, 2003.

• PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba,

2008.

• SWANWICK, K. Ensino Instrumental enquanto ensino de música. In:

Cadernos de Estudo: Educação Musical. São Paulo: Através, 1994.

23. MOSTRA TÉCNICA

A Mostra Técnica busca despertar nos alunos o interesse pela profissão,

criando a necessidade do mesmo realizar estudos e pesquisas para o

desenvolvimento dos trabalhos a campo, possibilitando que o seu conhecimento,

criatividade e responsabilidade possa ser exercitadas e desenvolvidas, além de

proporcionar uma maior interatividade com a área a campo possibilitando dessa

forma, ao aluno uma ampla visão e compreensão dos principais manejos e

atividades inerentes as áreas dos Projetos e manutenção dos setores do colégio.

- Participação

A I Mostra Técnica corresponde ao resultado das experiências vivenciadas no

decorrer do ano letivo através do desenvolvimento e acompanhamento das

atividades do Programa dos Projetos. Todos os alunos deverão apresentar o seu

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setor de acordo com as atividades realizadas e acompanhadas no decorrer do

ano.

- Avaliação

A avaliação será realizada através do acompanhamento dos professores

responsáveis pela área do Projeto ao qual o aluno está inscrito, correspondendo

ao acompanhamento durante o ano letivo, no preparo e durante as atividades no

dia da I Mostra Técnica.

Cada professor irá atribuir notas de 0,0 à 10,0 em cada critério a ser

avaliado conforme o modelo da ficha de avaliação abaixo, sendo a nota final de

0,0 à 10,0, resultante da média.

*Obs: Os alunos ausentes no dia da realização da I Mostra Técnica, que não

tiverem justificativa amparadas por lei, a avaliação será parcial, de acordo com a

participação no decorrer do ano letivo. Para os alunos ausentes, que justificarem

legalmente sua ausência, dentro do prazo de 48 horas após o evento, a

Coordenação do evento se reunirá para definir as medidas a serem adotadas.

Aproveitamento na Nota Trimestral (3º Trimestre)

A nota da I Mostra Técnica irá compor como uma nota referente a uma

das avaliações (valor 0,0-10,0) no 3º trimestre, apenas nas disciplinas da área técnica cursadas pelos alunos participantes.

A participação na I Mostra Técnica é de caráter obrigatório a todos os

alunos, conforme disposto no regimento art. do Colégio Agrícola Estadual

Adroaldo Augusto Colombo. A não participação na I Mostra Técnica, implicará do

aluno poder reduzir a média final do 3º Trimestre nas disciplinas da área técnica.

Disposições Gerais

- A comissão organizadora será composta pela equipe pedagógica e

administrativa do colégio;

- As notas da comissão avaliadora serão entregues aos professores deste

estabelecimento de ensino, por turma, para a incorporação à média do 3º

trimestre.

- Os alunos deverão estar usando uniforme do colégio;

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- Após a entrega da ficha de inscrição e efetivação da mesma, não será permitido

a entrada ou saída de componentes do grupo;

- Não será permitido repetição de trabalhos;

- As equipes deverão ser responsáveis pelos equipamentos e objetos utilizados

na feira, devendo estes proceder à entrega dos mesmos, organização e limpeza

do espaço utilizado ao final do evento;

- Todos os materiais e equipamentos utilizados durante a exposição dos trabalhos

deverão ser recolhidos e levados embora, não podendo deixá-los no Colégio;

- Não será permitido o uso de qualquer material, equipamento, animal, feno sem a

autorização da direção e comissão organizadora.

24. PROJETOS

Com a extinção das aulas de Prática Agropecuária deste curso onde os

alunos tinham maior contato com a prática das disciplinas técnicas, assim como a

realização de projetos de monitoria dentro dos setores da UDP, e com a

diminuição da carga horária da matriz curricular, optou-se por trabalhar em forma

de projetos nos setores para que o aluno tenha esse contato com o cotidiano das

criações e das produções vegetais.

Estabeleceu-se que os professores de suporte técnico: médicos veterinário

e engenheiros agrônomos de campo e o diretor da UDP realizariam os projetos

integrando teoria e pratica, conhecimento cientifico e tecnologias, dentro das

possibilidades de cada setor em forma de projetos descritos abaixo.

Para a realização desses projetos, optamos por manter 9 aulas de segunda

a quinta-feira e disponibilizamos a sexta-feira no período da tarde para a

realização das atividades nos setores.

Essa proposta foi implantada em 2012 com grande sucesso, avaliado pelos

professores e pelos alunos. Para 2013 ampliamos as vagas de alguns projetos e

organizaremos a mostra técnica, que é o resultados desses projetos, em 2 dias.

Segue o regulamentos dos projetos do ano letivo de 2013:

II PROGRAMA DE PROJETOS - 2013

1. Público

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O Programa dos Projetos destina-se a todos os alunos matriculados

regularmente no Colégio Agrícola Estadual Adroaldo Augusto Colombo

(CAEAAC), onde serão ofertadas vagas para os alunos de ambos os sexos,

internos e externos.

As vagas serão abertas nas áreas da Agricultura e Pecuária, havendo um

professor responsável para cada área de projeto, o qual será responsável em

conduzir, acompanhar e orientar todas as atividades que serão desenvolvidas

junto com a Direção da UDP (Unidade Didático Produtiva).

2. Objetivo Geral

O Programa de Projetos busca despertar nos alunos o interesse pela

profissão, criando a necessidade do mesmo realizar estudos e pesquisas para o

desenvolvimento dos trabalhos a campo, possibilitando que o seu conhecimento,

criatividade e responsabilidade possam ser exercitadas e desenvolvidas, além de

proporcionar uma maior interatividade com a área do Projeto possibilitando dessa

forma, ao aluno uma ampla visão e compreensão dos principais manejos e

atividades inerentes ás áreas dos Projetos e manutenção dos setores do colégio.

Como resultado dos trabalhos desenvolvidos e experiências e a serem

vivenciadas no decorrer do desenvolvimento do II Programa dos Projetos,

pretende-se realizar a II Mostra Técnica do CAEAAC para a comunidade escolar.

3. Período e Horário dos Projetos

O período dos Projetos se estenderá durante todo o ano letivo de 2013 e

serão realizados durante as sextas feiras no período da tarde, como também,

no caso dos alunos internos, estes permanecerão disponíveis nos horários

extraclasse para eventuais complementações de atividades a serem realizadas.

O período de adaptação dos alunos aos projetos e atividades

corresponderão ao 1º Trimestre, sendo acompanhado pela Equipe Pedagógica e

Professores responsáveis pelos projetos.

Caso seja verificado pela Equipe Pedagógica e Professores responsáveis

pelos projetos, dificuldades no desenvolvimento das atividades dos Projetos, o

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período e horário poderá ser alterados e readequados de acordo com a

necessidade.

4. Processo de Seleção

4.1 Inscrições

As inscrições serão realizadas nas salas de aula em horário a ser determinado pela Comissão Organizadora (Direção Geral, Pedagógica, UDP,

Coordenação de Curso, Pedagoga). O período para a realização das inscrições

será de 27/02 à 01/03 de 2013..

4.2 Participação

Os projetos farão parte da grade semanal de disciplinas, sendo de suma

importância a participação de todos os alunos, uma vez que a frequência e o

aproveitamento das atividades serão utilizados como parte dos critérios na

avaliação da II Mostra Técnica, além de agregar conhecimento contribuindo para

o processo de ensino aprendizagem.

4.3 Distribuição das Áreas dos Projetos e Atividades.

Os critérios a serem adotados na distribuição dos alunos nos Projetos

serão estabelecidos pela Comissão Organizadora, a qual irá adequar o número

de alunos inscritos ao número de vagas ofertadas de acordo com a

particularidade de cada Projeto e Professor Orientador. Os alunos dos 2º e 3º

anos que já participaram do I Programa de Projetos em 2012 não poderão repetir

a área e o professor orientador, por isso, deverão se adequar no momento da

escolha na inscrição.

Cada professor é responsável em apresentar o setor e as atividades a

serem realizadas durante o ano aos alunos, conforme o planejamento entregue a

Equipe Pedagógica.

5. Início das Atividades

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Será montado pela Comissão Organizadora um cronograma com datas e

cidades referentes aos seus respectivos dias de projeto, o qual será

disponibilizado no mural do colégio.

As atividades terão início no dia 08 de março de 2013, com reunião inicial

entre os alunos, Equipe Pedagógica e Professores Responsáveis pelos projetos.

Nesta ocasião será passado para os alunos o resultado da distribuição das áreas

e atividades propostas.

6. Avaliação

A avaliação será realizada através do acompanhamento dos professores

responsáveis pela área do Projeto que o aluno está inscrito durante o ano letivo,

Para os alunos que participarem II Programa de Projeto durante o ano que tiver

será emitido um certificado de participação.

O acompanhamento realizado no decorrer dos projetos pelos professores

orientadores será usado como subsídios para compor parte da avaliação II Mostra

Técnica.

6.1 Critérios para a Emissão de Certificado

Como incentivo à participação, será emitido pela secretaria do colégio um

certificado de participação ao II Programa dos Projetos, onde constará freqüência,

aproveitamento (desempenho) e carga horária total do Projeto.

Para a emissão e entrega do certificado será necessário que o aluno tenha

no mínimo 70% de assiduidade (frequência) e aproveitamento mínimo de 75%,

conforme descrito a seguir:

O controle da assiduidade será realizado pelo professor do projeto em

documento próprio, assim como toda a atividade, seja ela prática e/ou teórica

realizada pelos alunos no período do projeto.

Ao final do projeto esse documento será entregue na secretaria para a

emissão dos certificados.

Fica a cargo da Equipe pedagógica e da coordenação de curso

acompanhar esse registro, assim como o desenvolvimento dos projetos.

a) Assiduidade

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Tabela 2. Avaliação da assiduidade conforme a freqüência:

Frequência (%) Nota

100% 10,0

De 90 a 99% 9,5

De 80 a 89% 8,5

De 70 a 79% 7,5

b) Participação, Iniciativa e Nível de Trabalho

Critérios a serem Avaliados Nota

Participa ativamente (perguntando, colabora com as atividades

propostas, e tomando a frente com iniciativa)

8,0 a 10,0

Participa moderadamente (pergunta razoavelmente, colabora

parcialmente com as atividades propostas, iniciativa razoável)

6,0 a 7,9

Participa pouco (poucas ou nenhuma pergunta, colabora pouco com as

atividades propostas, pouca iniciativa)

5,0 a 5,9

Não participa, não colabora com as atividades propostas, sem iniciativa) 0,0

Dentro dessa proposta organizamos os seguintes projetos com a descrição

das atividades de cada setor do Colégio.

24.1 Projeto de compostagem e minhocário

Público

O projeto destina-se a todos os alunos do CAEAAC. Serão abertas 14

vagas para estes projetos que funcionarão em sistema de rodízio de alunos, onde

todos conheceram o manejo e os procedimentos destas atividades. As vagas

serão ofertadas para os alunos de ambos os sexos, assim como para alunos tanto

internos quanto externos.

Período e Horário dos Projetos

O período dos projetos se estenderá por todo o ano letivo de 2013.

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Os projetos serão realizados durante as sextas feiras no período da tarde,

como também, no caso dos alunos de internato, estes permanecerão disponíveis

os horários extra-classe para eventuais complementações de serviços a serem

realizados.

Fundamentação Teórica

A forma mais eficiente de reciclagem dos resíduos orgânicos é por

intermédio de processos de compostagem.

A compostagem é definida como um processo biológico aeróbio e

controlado de tratamento e estabilização de resíduos orgânicos para a produção

de composto.

O composto proveniente do processo de compostagem pode ser utilizado

como substrato para a Minhocultura.

A Minhocultura é a criação racional de minhocas, sob condições

minimamente controladas, com o objetivo de produzir húmus para adubação

orgânica. As minhocas convertem e transformam os resíduos orgânicos em

húmus. O húmus é o excremento das minhocas, um produto natural, estável de

coloração escura, rico em matéria orgânica, tendo nutrientes e facilmente

absorvido pelas plantas.

Os métodos existentes de tratamento e reposição dos resíduos animais

tendem a se tornarem raros e caros e o interesse tem-se voltado para o

desenvolvimento para novos processos com a utilização de sistemas biológicos.

Há também a demanda pelo tratamento dos dejetos gerados na produção animal

do colégio, a qual será utilizada na produção de húmus. Outro aspecto de

relevância é a inclusão e motivação dos alunos no meio rural em contato com a

natureza, desenvolvendo paralelamente a educação ambiental e agroecológica,

além do que a Minhocultura é uma atividade zootécnica que fornece dois

produtos: o húmus e as minhocas.

Objetivo Geral

Objetiva-se integrar os alunos nestes projetos buscando mostrar e ensinar

uma forma alternativa para a produção e transformação do material orgânico, o

qual poderá ser utilizado como adubo orgânico para a produção de mudas, horta,

reduzindo desta forma o impacto ambiental. Objetivos Específicos

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- Ensinar sobre a importância de se trabalhar com a compostagem e seu destino,

conscientizando dessa forma, os alunos sobre a importância do uso do composto

como adubo orgânico para o meio vegetal;

- Produzir húmus através do aproveitamento dos resíduos animais gerados na

produção animal, reduzindo desta forma o impacto ambiental.

- Produzir húmus para ser usado como adubo orgânico na reposição de nutrientes

do solo na produção de hortaliças, frutíferas e jardinagem do colégio;

- Demonstrar a importância do trabalho da minhoca para o solo e a sua relação

com o meio ambiente;

- Promover a interdisciplinaridade entre as disciplinas de Biologia, Produção

Animal, Fundamento da Agroecologia, Produção Vegetal e Olericultura.

Justificativa Teórica e Prática do Projeto

O projeto visa aprimorar os conhecimentos dos alunos através do contato

com a prática e acompanhamento do dia-a-dia do manejo dos de um minhocário.

Além disso, destina-se também ao auxílio de serviços a serem executados para

melhoria das condições das criações.

A construção de um minhocário para produção de húmus com o uso de

minhocas tipo californiana, utilizando os compostos orgânicos de origem animal,

que serão transformado em húmus para ser usado na produção de mudas de

hortaliças para a horta da escola e outros setores que demandarem adubo

orgânico.

Metodologia

Projeto da Compostagem

Este será dividido nas seguintes etapas:

a) Escolha do local;

b) Limpeza e capina;

c) Construção da pilha: Os materiais a serem utilizados serão dejetos de origem

animal (aves, coelhos, caprinos, ovinos) e restos de palhadas;

d) Manejo das pilhas de Compostagem: Semanalmente será realizada a

reviramento da pilha de compostagem, controle da temperatura, umidade.

e) Durante a execução das atividades práticas serão realizados

encaminhamentos teóricos, que o aprendizado se efetive e os alunos possam

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fazer a verificação do conteúdo encaminhado em sala de aula e o realizado de

maneira prática.

Projeto da Minhocultura

Este será dividido nas seguintes etapas:

a) Escolha do local: O local utilizado será estrategicamente escolhido,

contemplando aspectos que atendam a facilidade ou otimização do uso de

matérias primas que possam ser utilizadas no processo de compostagem,

próximo do fornecimento de água limpa e abundante para irrigar os canteiros.

b) Construção dos canteiros: escolhido o local iniciaremos a construção dos

canteiros, cujas dimensões serão definidas de acordo com a disponibilidade de

substrato para a produção.

c) Preenchimento dos canteiros: Após a construção dos canteiros a etapa

seguinte consiste em preenchê-los com um substrato orgânico, rico em nitrogênio

e conter celulose e carboidratos. As principais fontes de matéria prima que serão

utilizados serão os estercos animais disponíveis na escola (Aves, coelho,

caprinos, ovinos, bovinos).

d) Introdução das minhocas no canteiro: Em cada canteiro será colocado cerca de

1 kg de minhoca/m2.

e) Atividades Semanais:Acompanhamento e manutenção das condições ideais ao

desenvolvimento das minhocas, através do controle de temperatura (ideal de 16 a

22 °C), umidade, aeração e drenagem e controle preventivo contra predadores

(formigas, galinhas, ratos, sapos).

f) Desdobra: Separação das minhocas do húmus produzido, decorridos de 40 a

60 dias, conforme as condições de cada canteiro, e a experiência da observação,

será determinado o momento que será efetuado o desdobramento dos canteiros,

colhidas manualmente, diretamente sobre o canteiro, nas horas mais frescas do

dia, tomando o cuidado para não deixá-las fora de seu ambiente natural, pois elas

são sensíveis aos raios solares e ao excesso de calor.

g) Durante a execução das atividades práticas serão realizados

encaminhamentos teóricos, que o aprendizado se efetive e os alunos possam

fazer a verificação do conteúdo encaminhado em sala de aula e o realizado de

maneira prática.

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Materiais

Projeto da Compostagem

Os materiais a serem utilizados no Projeto da Compostagem serão restos

de palhadas disponíveis no colégio e uso de dejetos dos animais (aves, coelhos,

caprinos, ovinos, bovinos).

Projeto da Minhocultura

a) Construção do Minhocário: Para a construção do Minhocário será utilizado

materiais alternativos como sobra de madeiras, bambus, restos de culturas

(palhada), tijolos, sombrite. Inicialmente pretende-se adotar o modelo do

Minhocário Campeiro (figura

1) Figura 1. Modelo do Minhocário Campeiro.

b) Aquisição das minhocas: As minhocas serão adquiridas com recursos próprios

da escola.

c) Substrato: De acordo com a disponibilidade, deseja-se utilizar o material

decomposto de vários tipos de dejetos de origem animais (aves, coelho, caprinos,

ovinos, bovinos), com o objetivo de avaliar o tempo para a produção do húmus e

a quantidade a ser produzida.

Avaliação Certificado

Como incentivo à participação, no final do ano será emitido pela secretaria

do colégio um certificado de participação ao Programa dos Projetos, onde

constará freqüência, aproveitamento (desempenho) e carga horária total do

Projeto.

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Para a emissão e entrega do certificado será necessário que o aluno tenha

no mínimo 75% de assiduidade (freqüência) e aproveitamento mínimo de 80%,

conforme descrito abaixo:

Assiduidade:

% Frequência Nota

100% 100

De 90 a 99% 90

De 80 a 89% 80

De 75 a 79% 75

Participação, Iniciativa e Nível de Trabalho

Critérios a serem Avaliados Nota

Participa ativamente (perguntando, colabora com as atividades

propostas, e tomando a frente com iniciativa)

100

Participa pouco (poucas ou nenhuma pergunta, colabora pouco

com as atividades propostas, pouca iniciativa)

50

Não participa, não colabora com as atividades propostas, sem

iniciativa)

00

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Disponível em: http://www.escolatomazini.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=197:minhoc

ario-na-escola&catid=39:projetos&Itemid=89. Acesso: 14/02/2012.

MARTINEZ, A. A. Minhocultura. 2006. Artigo em Hypertexto. Disponível em:

<http://www.infobibos.com/artigos/2006_2/minhocultura/index.htm>. Acesso em: 11/02/2011.

SCHIEDECK, Gustavo; et al. Minhocultura: Produção de húmus. Brasília:

Embrapa, 2009. 52 p.

VAILATTI, Alípio; CICHACEWSKI. Minhocultura. Curitiba: Emater, 1997.36 p.

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90

Disponível em: <http://www.petshopnet.com.br/old/anatomia_fisiologia_minhoca.htm> Acesso

em: 11/02/2011.

Disponível em: http://www.criareplantar.com.br/pecuaria/lerTexto.php?categoria=110&id=330

Acesso em: 12/02/2011.

SCHIEDECK, Gustavo; GONÇALVES, Márcio de Medeiros; SCHWENGBER,

José Ernani. Minhocultura e produção de húmus para a agricultura familiar.

Circular técnica. N 57. Pelotas: Embrapa, 2006.

24.2 Projeto de forragicultura

Público

O projeto destina-se a todos os alunos do CAEAAC, onde serão ofertadas

10 vagas para os alunos de ambos os sexos, internos e externos.

Período e Horário do Projeto

O período do projeto se estenderá por todo o ano letivo de 2013.

Os projetos serão realizados durante as sextas feiras no período da tarde,

como também, no caso dos alunos de internato, estes permanecerão disponíveis

os horários extra-classe para eventuais complementações de serviços a serem

realizados.

O período de adaptação dos alunos aos projetos e atividades

corresponderá ao 1º Trimestre, sendo acompanhado pela Equipe Pedagógica e

Professores responsáveis pelos projetos.

Caso seja verificado pela Equipe Pedagógica e Professores responsáveis

pelos projetos, dificuldades no desenvolvimento das atividades dos Projetos, o

período e horário poderão ser alterados e readequados de acordo com a

necessidade.

Objetivo Geral

Objetiva-se integrar os alunos neste projeto ensinar de forma prática sobre

as principais espécies forrageiras, época de plantio, forma de propagação,

estabelecimento, manejos de corte, adubação.

Objetivos Específicos

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- Diferenciar as espécies forrageiras em gramíneas e leguminosas;

- Identificar as principais plantas forrageiras e seu manejo;

- Identificar época de plantio e formas de propagação;

- Conhecer a utilização na alimentação animal.

Justificativa Teórica e Prática do Projeto

O projeto apresenta finalidade didático pedagógica visando aprimorar os

conhecimentos dos alunos através do contato com a prática e através do

acompanhamento dos manejos a serem realizados nos canteiros de forragens.

Metodologia

O Projeto consiste em uma área já implantada com canteiros

demonstrativos 2 x 2 m, contendo várias espécies forrageiras, as quais deverão

ser conduzidas no decorrer do período do projeto.

As atividades a serem desenvolvidas no projeto serão: Limpeza dos

canteiros, substituição de forragens nos canteiros (de acordo com a necessidade),

corte das forrageiras, adubação, controle de pragas, identificação das forragens

com nome comum e científico.

Durante a execução das atividades práticas serão realizados

encaminhamentos teóricos, que o aprendizado se efetive e os alunos possam

fazer a verificação do conteúdo encaminhado em sala de aula e o realizado de

maneira prática.

Avaliação Certificado

Como incentivo à participação, no final do ano será emitido pela secretaria

do colégio um certificado de participação ao Programa dos Projetos, onde

constará freqüência, aproveitamento (desempenho) e carga horária total do

Projeto, como atividade extra classe.

Para a emissão e entrega do certificado será necessário que o aluno tenha

no mínimo 75% de assiduidade (freqüência) e aproveitamento mínimo de 80%,

conforme descrito abaixo:

Assiduidade:

% Frequência Nota

100% 100

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92

De 90 a 99% 90

De 80 a 89% 80

De 75 a 79% 75

Participação, Iniciativa e Nível de Trabalho

Critérios a serem Avaliados Nota

Participa ativamente (perguntando, colabora com as atividades

propostas, e tomando a frente com iniciativa)

100

Participa pouco (poucas ou nenhuma pergunta, colabora pouco

com as atividades propostas, pouca iniciativa)

50

Não participa, não colabora com as atividades propostas, sem

iniciativa)

00

24.3 Projeto de olericultura e plasticultura

Público

O projeto destina-se a todos os alunos do CAEAAC. Serão abertas 30

vagas para este projeto, sendo que na medida da necessidade, os alunos serão

divididos para a realização das atividades . As vagas serão ofertadas para os

alunos de ambos os sexos, assim como para alunos tanto internos quanto

externos.

Período e Horário dos Projetos

O período dos projetos se estenderá por todo o ano letivo de 2013.

Os projetos serão realizados durante as sextas feiras no período da tarde,

como também, no caso dos alunos de internato, estes permanecerão disponíveis

os horários extra-classe para eventuais complementações de serviços a serem

realizados.

Fundamentação Teórica Projeto de Olericultura

Segundo MATOS, 2010, o agronegócio no Brasil é responsável por

aproximadamente um terço do Produto Interno Bruto, contribuindo com mais de

40% das exportações nacionais nos últimos três anos. Neste contexto, o

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agronegócio de hortaliças no Brasil, embora tenha participação menos

significativa em relação a outros commodites, como soja, carne bovina e outras,

participa com o valor da produção de 10 bilhões de reais, com uma área plantada

de 780 mil hectares, com produção de 17,5 milhões de toneladas de alimentos,

resultando em 4 milhões de empregos diretos.

As principais hortaliças cultivadas no Brasil são: tomate, cebola, cenoura,

batata, alho, batata doce, melão e melancia e com 75% da produção concentrada

nas regiões Sul e Sudeste.

Estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) tem evidenciado que o

baixo consumo de hortaliças e frutas estão associado à: obesidade (43 % dos

adultos e 21% dos jovens estão acima do peso); doença do coração (31% das

doenças isquêmicas do coração); derrames cerebrais (11% dos acidentes

vasculares cerebrais – AVC) e incidência de câncer (10% dos casos de câncer

gastrointestinal). Para ratificar esta situação a OMS, recomenda o consumo de

hortaliças e frutas na base 400g/pessoa/dia e no Brasil, o consumo atual é de

apenas 132g/pessoa/dia, portanto a necessidade de triplicar o nosso consumo.

Denota-se no mundo, bem como no Brasil a preocupação de promover

políticas de incentivos ao consumo de hortaliças, como eixo da promoção de

saúde e segurança alimentar e nutricional da população.

Projeto de Plasticultura ou Cultivo Protegido

Segundo Reis (2005), As casas de vegetação são um instrumento de

proteção ambiental para produção de plantas, como hortaliças e flores, onde o

ambiente interno é controlado. Prela (2007), define casa de vegetação como

estruturas que possuem condições adaptadas para cultivos, onde são controladas

a temperatura e umidade relativa do ar, umidade do solo (vaso) através de

irrigação, intensidade do vento, insetos entre outros. Sendo estes, fatores

essenciais para que a planta se desenvolva de maneira satisfatória, não se

esquecendo, é claro, de uma boa adubação.

A busca de práticas que concentrem a produção sob estruturas de

proteção na entressafra é importante para regularizar o abastecimento e obter

preços mais elevados (CARRIJO, 2004).

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Juntamente com o desafio que os agricultores enfrentam para controlar o

ambiente das plantas, o uso de casa de vegetação contribui sobremaneira para

uma maior produção de alimentos, em épocas mais extensivas durante o ano

(Celso, 2006).

Ao longo de mais de 25 anos de pesquisas no campo e em casas-de

vegetação (vidro, plástico, telados, abertos e fechados e casas de guarda-chuva)

em várias localidades do Brasil, em especial no Nordeste, próximo ao Equador,

verificou-se que existem resultados excelentes dentro de uma mesma espécie e

até cultivar. Resultados estes que comprovam a vantagem na relação custo

benefício de se utilizar uma casa de vegetação, devido a uma série de fatores

ambientais que são passíveis de controle, contribuindo dessa forma para uma

melhor competitividade para todos que desejarem investir nesse tipo de projeto.

Objetivo Geral

* Proporcionar ao aluno maior aproximação da teoria com a prática

pedagógica em campo, salientando a importância dos cultivares e as técnicas

condizentes com a realidade de nossa região.

* Proporcionar ao aluno maior aproximação da teoria com a prática

pedagógica em campo, salientando a importância dos sistemas de cultivos, tanto

em estufas plásticas como em telado de sombrite.

Objetivos Específicos

Direcionar ao aluno interessado mecanismos e suporte para o trabalho com

a olericultura;

Instigar a observação das particularidades que envolvem o manejo agrícola

das olerícolas;

Interagir com a disciplina teórica

Proporcionar trabalhos em equipe, como meio de construção social do

indivíduo;

Incentivar a pesquisa econômica e mercadológica da agricultura no Brasil.

Fornecer e incentivar a busca de informações relacionadas ao uso de

produtos orgânicos diferenciando-se do sistema inorganico.

Proporcionar ao aluno o conhecimento dos métodos de produção em

diferentes formas de cultivos protegido,

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Instigar o aluno a confrontar dados referentes as formas aplicadas no

sistema.

Interagir com a disciplina teórica

Proporcionar trabalhos em equipe, como meio de construção social do

indivíduo;

Fornecer e incentivar a busca de informações relacionadas ao uso de

produtos orgânicos dentro do cultivo protegido.

Justificativa Teórica e Prática do Projeto

Frente a necessidade de abordagens pedagógicas que envolvam o aluno

com a concretização da teoria, e que os habilitem à imergir com maiores

conhecimentos ao mercado agrícola, surge o ideal proporcionado pelo então

projeto.

O projeto visa aprimorar os conhecimentos dos alunos através do contato

com a prática e acompanhamento do dia-a-dia do manejo de uma horta.

Desta forma, o seguinte projeto justifica-se na formação continuada de um

indivíduo que por si mesmo estará buscando seu aprimoramento, auxiliado por

uma equipe e pelos próprios colegas, especializando sua mão de obra, já

estimulada durantes as aulas de horticultura da grade curricular do Colégio

Agrícola Adroaldo Augusto Colombo.

Metodologia Projeto de Olericultura

As práticas serão efetuadas em períodos semanais, em campo, no próprio

colégio, sendo orientadas por equipe específica, onde o principal foco será a

confecção e condução de canteiros de olerícolas em projeto experimental. Todo o

suporte financeiro será realizado pela própria Instituição de ensino, mantenedora

do Estado do Paraná. Também estará enfatizando-se o uso de produtos

orgânicos, dado a necessidade do crescente mercado mundial a estes produtos e

sua compatibilidade com a saúde da população.

Dentro do projeto de horticultura, desenvolver-se-á as seguintes atividades:

Coleta e amostra do solo;

Calagem e Adubação do solo;

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Preparo dos canteiros;

Plantio definitivo (semeadura direta no canteiro);

Preparo de sementeiras;

Semeadura em Bandejas;

Transplante;

Tratos culturais (adubação, controle de pragas, doenças e ervas daninhas,

regas, amontoa, desbaste, raleio, colheita).

Serão produzidas diversas variedades tais como:

Abobora;

Almeirão;

Alface;

Alho;

Berinjela;

Beterraba;

Cebolinha;

Cenoura;

Pepino;

Pimentão;

Repolho;

Rúcula;

Salsa;

Durante a execução das atividades práticas serão realizados

encaminhamentos teóricos, que o aprendizado se efetive e os alunos possam

fazer a verificação do conteúdo encaminhado em sala de aula e o realizado de

maneira prática.

Projeto de Cultivo Protegido

As práticas serão efetuadas em períodos semanais, em campo, no próprio

colégio, sendo orientadas por equipe específica, onde o principal foco será a

confecção e condução da cultura do tomate em ambiente protegido. Todo o

suporte financeiro será realizado pela própria Instituição de ensino, mantenedora

do Estado do Paraná.

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Durante a execução das atividades práticas serão realizados

encaminhamentos teóricos, que o aprendizado se efetive e os alunos possam

fazer a verificação do conteúdo encaminhado em sala de aula e o realizado de

maneira prática.

Materiais

Projeto de Olericultura

Ferramentas ( enxadas, picareta, rastelo);

Sementes (variados cultivares);

Adubos (orgânico e mineral)

Irrigação ( asperssão convencional, gotejamento e microasperssão);

Material bibliográfico para pesquisas;

Auxilio de agentes de apoio da própria instituição.

Projeto de Cultivo Protegido

Ferramentas ( enxadas, picareta, rastelo, tesoura de poda);

Sementes (variados cultivares);

Adubos (orgânico e mineral);

Outros materiais (barbantes, Tutores de bambu, arame, sombrite,);

Irrigação ( asperssão convencional, gotejamento e microasperssão);

Material bibliográfico para pesquisas;

Auxilio de agentes de apoio da própria instituição.

Avaliação Certificado

Como incentivo à participação, no final do ano será emitido pela secretaria

do colégio um certificado de participação ao Programa dos Projetos, onde

constará freqüência, aproveitamento (desempenho) e carga horária total do

Projeto como atividade extra curricular.

Para a emissão e entrega do certificado será necessário que o aluno tenha

no mínimo 75% de assiduidade (freqüência) e aproveitamento mínimo de 80%,

conforme descrito abaixo:

Assiduidade:

% Frequência Nota

100% 100

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De 90 a 99% 90

De 80 a 89% 80

De 75 a 79% 75

Participação, Iniciativa e Nível de Trabalho

Critérios a serem Avaliados Nota

Participa ativamente (perguntando, colabora com as atividades

propostas, e tomando a frente com iniciativa)

100

Participa pouco (poucas ou nenhuma pergunta, colabora pouco

com as atividades propostas, pouca iniciativa)

50

Não participa, não colabora com as atividades propostas, sem

iniciativa)

00

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MATOS, Francisco Antônio Cancio. IN: Emater (Evolução, Tendência, Perspectivas e Desafio Futuro do Agronegócio da Olericultura no Brasil e

Distrito Federal). Distrito Federal – 2010.

Site: http://www.emater.df.gov.br/sites/200/229/00001806.pdf

CELSO. E. L. de Oliveira et al. Comparação do Coeficiente Global de Perdas de Calor para casa de vegetação aquecida usando diferentes técnicas para eficiência energética. USP/FZEA. CONSTRUÇÕES RURAIS E

AMBIÊNCIA.Eng.Agríc. vol.26 no.2:SP, 2006. Disponível em www.sciello.gov.

Acesso em 21/11/08;

CARRIJO, Osmar A. et al. Produtividade do tomateiro em diferentes substratos e modelos de casas de vegetação. Horticultura Brasileira

. vol.22 no.1 .Embrapa Hortaliças, Brasília-DF, 2004. Disponível

emwww.cnph.embrapa.br. Acesso em 11 de novembro de 2008;

PRELA, Angélica. Física do Ambiente Agrícola. Revista Jardinagem nº 27, SP,

2007. Disponível em www.jardimdeflores.com.br/JARDINAGEM. Acesso em 27 de

novembro de 2008;

REIS. Neville V. B. dos. Construção de estufas para produção de hortaliças nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Circular Técnica nº 38/05.

Page 99: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COLÉGIO AGRÍCOLA … · 1 projeto polÍtico pedagÓgico colÉgio agrÍcola estadual adroaldo augusto colombo c.a.e.a.a.c. ensino mÉdio e profissional

99

Embrapa Hortaliças: Brasília, DF, 2005. Disponível em [email protected].

Acesso em 12 de outubro de 2008;

24.4 Projeto de fruticultura Público

O projeto destina-se a todos os alunos do CAEAAC, onde serão ofertadas

50 vagas para os alunos de ambos os sexos, internos e externos.

Período e Horário do Projeto

O período do projeto se estenderá por todo o ano letivo de 2013.

Os projetos serão realizados durante as sextas feiras no período da tarde,

como também, no caso dos alunos de internato, estes permanecerão disponíveis

os horários extra-classe para eventuais complementações de serviços a serem

realizados.

O período de adaptação dos alunos aos projetos e atividades

corresponderá ao 1º Trimestre, sendo acompanhado pela Equipe Pedagógica e

Professores responsáveis pelos projetos.

Caso seja verificado pela Equipe Pedagógica e Professores responsáveis

pelos projetos, dificuldades no desenvolvimento das atividades dos Projetos, o

período e horário poderão ser alterados e readequados de acordo com a

necessidade.

Objetivo Geral

O setor de fruticultura tem como objetivo principal a aprendizagem dos

alunos e a produção de frutas para o uso na alimentação dos alunos no refeitório

do colégio, na forma in natura e o excedente de frutas são utilizadas para fazer

geléias e doces.

Objetivos Específicos

* conhecer o manejo das frutíferas

* conhecer as frutíferas da região e as que se adaptam ao nosso clima

* estabelecer conhecimentos práticos de poda, estaquia e enxertia.

* verificar a viabilidade econômica das frutíferas da região

Justificativa Teórica e Prática do Projeto

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10

O projeto apresenta finalidade didático pedagógica visando aprimorar os

conhecimentos dos alunos através do contato com a prática e através do

acompanhamento dos manejos a serem realizados na área de fruticultura desta

instituição.

O plantio de espécies frutíferas é uma boa opção de diversificação para as

propriedades agrícolas, pois além de rentável, contribui para melhorar a qualidade

de alimentação do produtor e sua família, com utilização da fruta in natura e

industrializada.

Ao produzir seu próprio alimento, o homem deixa de adquiri-lo de outros e,

com isso, diminui sua despesa. O que sobrar do consumo familiar pode ser

vendido, tornando uma fonte de renda. A disponibilidade de frutas produzidas no

próprio pomar motiva o hábito de consumi-las regulamente e em quantidade

suficiente, resultando em suprimento de minerais e vitaminas que o corpo humano

necessita e que é fornecido pelas frutas.

Assim, procura-se repassar ao aluno as práticas realizadas para cada

espécie de fruta, visando obter um retorno considerável.

Metodologia

Iniciou-se a implantação de um novo pomar no colégio, tendo algumas

frutas já plantadas e outras a serem plantadas com isso os alunos desenvolvem

as seguintes práticas sempre acompanhados do professor:

Abacate (1 aluno)

Ainda não foi plantado. Os alunos terão que preparar as mudas, fazer as

covas, plantar, adubar e fazer os devidos tratos culturais necessários.

Abacaxi (2 alunos)

Já foram plantados alguns pés. Os alunos terão que conseguir mais coroas,

prepararem as mudas e plantar. Adubar e fazer os devidos tratos culturais

necessários.

Acerola (1 aluno)

Não foi plantada ainda. Existem algumas mudas no colégio, as demais os

alunos terão que produzir, preparar as covas, plantar, adubar e fazer os

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10

devidos tratos culturais necessários.

Ameixa (1 aluno)

Ainda não foi plantado. Necessita-se de comprar as mudas, plantar, adubar e

fazer os devidos tratos culturais necessários.

Ariticum (2 alunos)

Não foi plantado ainda. Os alunos terão que fazer as mudas, preparar as

covas, plantar, adubar e fazer os devidos tratos culturais necessários.

Banana (3 alunos)

Não foi plantada ainda. Os alunos terão que conseguir as mudas, preparar as

covas, plantar e realizarem os devidos tratos culturais necessários.

Butiá (2 alunos)

Não foi plantado ainda. Algumas mudas estão prontas no colégio e outras os

alunos terão que conseguir. Serão preparadas as covas, plantado, adubado e

realizados os tratos culturais necessários.

Caqui (2 alunos)

Algumas mudas já foram plantadas, serão adquiridas mais mudas pelo

colégio. Os alunos irão conduzir o que já tem e implantar as demais,

realizando todos os tratos culturais necessários.

Carambola (1 aluno)

Não foi plantado ainda, sendo necessário aquisição das mudas para que os

alunos possam preparar as covas, plantar, adubar e realizar os devidos tratos

culturais necessários.

Citros (4 alunos)

Os citros já estão plantados, sendo necessário somente a realização dos

tratos culturais necessários.

Figo (2 alunos)

Parte dos figos já está plantada, os alunos irão fazer mais mudas, praparar

mais covas, adubar, podar e realizar os demais tratos culturais necessários.

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Gabiroba (2 alunos)

Não foi plantada ainda. Os alunos irão fazer as mudas e preparar o local para

plantio. Após implantação, serão realizados os tratos culturais na cultura.

Goiaba (2 alunos)

Algumas mudas já foram plantadas, sendo necessário a aquisição de mais

algumas para plantio. Nas mudas já plantadas necessita-se realizar os tratos

culturais.

Ingá (1 aluno)

Não foi plantado ainda. O colégio possui algumas mudas, sendo necessária

aquisição de mais algumas para plantar. Deve-se realizar os devidos tratos

culturais necessários.

Jabuticaba (1 aluno)

Já foram plantadas , sendo preciso realizar os devidos tratos culturais.

Lichia (1 aluno)

Não foi plantada ainda, o colégio possui algumas mudas e outras terão que

serem feitas pelos alunos por alporquia. Serão plantadas as mudas já

existentes e preparadas as demais. Serão realizados todos os tratos culturais

necessários na cultura.

Maça (2 alunos)

Já foram plantadas algumas mudas, sendo necessário a aquisição de mais

algumas. Serão realizados os tratos culturais necessários para a cultura.

Mamão (2 alunos)

Não foi plantado ainda. Os alunos terão que fazer as mudas, preparar as

covas e plantar, fazendo todos os tratos culturais necessários.

Manga (2 alunos)

Algumas mudas já foram plantadas. Os alunos irão fazer enxertia e preparar

mais mudas para plantar. Serão realizados todos os tratos culturais

necessários.

Maracujá (2 alunos)

Não foi plantado ainda. Os alunos terão que fazer as mudas, preparar a área,

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implantar o sistema de condução e realizar os tratos culturais necessários.

Nêspera (2 alunos)

Não foi plantada ainda, mas as mudas já estão à disposição para o plantio.

Os alunos irão preparar as covas, plantar, adubar e realizar os demais tratos

culturais necessários.

Nozes (2 alunos)

Já foi plantado algumas mudas, sendo necessário a aquisição de mais

algumas para o plantio. Serão realizados os tratos culturais necessários.

Pêra (2 alunos)

Não foi plantada ainda. Terão que ser adquiridas as mudas para plantio. Os

alunos irão preparar a área, plantar e realizar os tratos culturais necessários.

Pêssego (1 aluno)

Algumas mudas já foram plantadas, sendo necessária a aquisição de mais

algumas. Serão preparadas as covas para as novas mudas e feitos os tratos

culturais nas já existentes.

Pitanga (1 aluno)

Não foi plantada ainda. Os alunos irão fazer as mudas, preparar a área e

plantar. Realizarão todos os tratos culturais necessários.

Romã (2 alunos)

Não foi plantado ainda. Os alunos terão que fazer as mudas, preparar a área

e plantar. Realizarão todos os tratos culturais necessários.

Seriguela (2 alunos)

Não foi plantada ainda. Os alunos irão fazer as mudas, preparar a área e

plantar. Realizarão todos os tratos culturais necessários.

Uva (3 alunos)

Algumas mudas já foram plantadas, sendo necessário a construção do

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sistema de condução, preparo de novas mudas, plantio e realização dos tratos

culturais necessários.

Durante a execução das atividades práticas serão realizados

encaminhamentos teóricos, que o aprendizado se efetive e os alunos possam

fazer a verificação do conteúdo encaminhado em sala de aula e o realizado de

maneira prática.

MATERIAS

Ferramentas ( enxadas, picareta, rastelo, tesouras de poda, pás, );

Sementes (variados cultiares);

Mudas ( várias frutíferas)

Adubos (orgânico e mineral)

Irrigação ( asperssão convencional, gotejamento e microasperssão);

Material bibliográfico para pesquisas;

Auxilio de agentes de apoio da própria instituição.

Avaliação Certificado

Como incentivo à participação, no final do ano será emitido pela secretaria

do colégio um certificado de participação ao Programa dos Projetos, onde

constará freqüência, aproveitamento (desempenho) e carga horária total do

Projeto, como atividade extra classe.

Para a emissão e entrega do certificado será necessário que o aluno tenha

no mínimo 75% de assiduidade (freqüência) e aproveitamento mínimo de 80%,

conforme descrito abaixo: Assiduidade:

% Frequência Nota

100% 100

De 90 a 99% 90

De 80 a 89% 80

De 75 a 79% 75

Participação, Iniciativa e Nível de Trabalho

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Critérios a serem Avaliados Nota

Participa ativamente (perguntando, colabora com as atividades

propostas, e tomando a frente com iniciativa)

100

Participa pouco (poucas ou nenhuma pergunta, colabora pouco

com as atividades propostas, pouca iniciativa)

50

Não participa, não colabora com as atividades propostas, sem

iniciativa)

00

24.5 Projeto de animais de pequeno, médio e grande porte Criações ofertadas: piscicultura, avicultura de corte e postura, cunicultura,

cotornicultura, sericicultura, bovinocultura de leite e corte, suinocultura,

caprinocultura, ovinocultura.

Público

O projeto destina-se a todos os alunos do CAEAAC, onde serão ofertadas

70 vagas para os alunos de ambos os sexos, internos e externos. Período e Horário do Projeto

O período do projeto se estenderá por todo o ano letivo de 2013.

Os projetos serão realizados durante as sextas feiras no período da tarde,

como também, no caso dos alunos de internato, estes permanecerão disponíveis

os horários extra-classe para eventuais complementações de serviços a serem

realizados.

O período de adaptação dos alunos aos projetos e atividades

corresponderá ao 1º Trimestre, sendo acompanhado pela Equipe Pedagógica e

Professores responsáveis pelos projetos.

Caso seja verificado pela Equipe Pedagógica e Professores responsáveis

pelos projetos, dificuldades no desenvolvimento das atividades dos Projetos, o

período e horário poderão ser alterados e readequados de acordo com a

necessidade.

Objetivo Geral

* proporcionar a prática das atividades dentro da disciplina de produção animal,

objetivando o entendimento pleno por parte dos alunos.

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Objetivos Específicos

* proporcionar a prática das atividades dentro da disciplina de produção animal,

objetivando o entendimento pleno por parte dos alunos.

* proporcionar a aquisição do conhecimento da prática do manejo da suinocultura,

caprinocultura, ovinocultura e piscicultura pelos alunos.

Justificativa Teórica e Prática do Projeto

O projeto apresenta finalidade didático pedagógica visando aprimorar os

conhecimentos dos alunos através do contato com a prática e através do

acompanhamento dos manejos a serem realizados na área de pecuária desta

instituição.

Os Projetos destinam-se a inserir os alunos à rotina das criações existentes

no âmbito do Colégio, no intuito de aprimorar seus conhecimentos através do

contato com os detalhes pertinentes ao dia-a-dia do manejo dos animais. Além

disso, destina-se também ao auxílio de serviços a serem executados para

melhoria das condições das criações.

A inserção dos alunos na prática da atividade fixa o aprendizado adquirido

em sala, assim tem-se a oportunidade de mostrar os fundamentos científicos para

o bom manejo (revistas de pesquisa, periódicos, livros, rede mundial de

computadores, etc), bem como a possibilidade do uso de tecnologias adequadas

para o rebanho do colégio, podendo se comparar com outras tecnologias usadas

para outros rebanhos de acordo com a região, clima e tamanho do rebanho

principalmente.

Metodologia

Os alunos serão selecionados para cada criação de acordo com a sua

afinidade. Serão divididos em grupos para cada criação e realizarão atividades

básicas como: limpeza e organização do setor; recolha e alimentação dos animais

e seu controle; manejo da ordenha; controle de parasitas e pragas; limpeza das

pastagens; manutenção básica das construções e cercas; controle sanitário;

controle da reprodução; controle da produção de leite; eventuais mochamentos,

castrações e tratamento de doenças.

A metodologia a ser utilizada para cada atividade são:

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- controle da alimentação através da pesagem e fornecimento de concentrado de

acordo com a produção de leite de cada vaca.

- manejo da ordenha compreendendo a higienização prévia dos materiais a

serem usados, retirada do leite e controle da quantidade individual produzida.

- prevenção da mastite através do uso da caneca de fundo preto antes da

ordenha e do reagente cmt.

- prevenção de doenças diversas através do controle do fornecimento de

alimentos e água, vacinações preventivas e observação do comportamento dos

animais.

- controle de parasitas e pragas através da observação e uso de carrapaticidas,

mosquicidas e raticidas (de preferência biológicos) e vermífugos.

- manutenção básica das construções e cercas com o uso de ferramentas

adequadas.

- limpeza das pastagens, retirando entulhos, galhos, podando árvores,

replantando forrageiras se houver necessidade.

- controle do rebanho e da reprodução através da observação de cios e chamada

de inseminação ou uso de touro, assim como o descarte de animais.

Avaliação Certificado

Como incentivo à participação, no final do ano será emitido pela secretaria

do colégio um certificado de participação ao Programa dos Projetos, onde

constará freqüência, aproveitamento (desempenho) e carga horária total do

Projeto, como atividade extra classe.

Para a emissão e entrega do certificado será necessário que o aluno tenha

no mínimo 75% de assiduidade (freqüência) e aproveitamento mínimo de 80%,

conforme descrito abaixo:

Assiduidade:

% Frequência Nota

100% 100

De 90 a 99% 90

De 80 a 89% 80

De 75 a 79% 75

Participação, Iniciativa e Nível de Trabalho

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Critérios a serem Avaliados Nota

Participa ativamente (perguntando, colabora com as atividades

propostas, e tomando a frente com iniciativa)

100

Participa pouco (poucas ou nenhuma pergunta, colabora pouco

com as atividades propostas, pouca iniciativa)

50

Não participa, não colabora com as atividades propostas, sem

iniciativa)

00

25. MULTIMEIOS

Dentro dos multimeios utilizados no colégio temos a TV Multimídia, os

laboratórios de informática do Paraná Digital e Proinfo, projetores multimídias,

softwares educacionais e o incentivo do uso das tecnologias na educação para

melhorar o apoio didático nas aulas.

O uso das tecnologias enriquece o processo de ensino-aprendizagem

desde que utilizados de forma adequada, de modo contextualizado, para que

tenha incidência sobre a aprendizagem dos alunos. A utilização de recursos

digitais no espaço escolar é recente e gera desafios aos professores.

De acordo com NEVADO(2006) “o papel do professor no contexto

educacional é proporcionar, mediar e intermediar o crescimento cognitivo e afetivo

de seus educandos, explorando através de experiências em sala de aula

situações que os façam interagir, trocar informações, indagar, debater e raciocinar

sobre os conteúdos que fazem parte do currículo". Dessa forma o conhecimento é

gerado numa relação dialógica entre alunos e professores.

A integração da TV e o pen drive possibilitam a acessibilidade aos objetos

de aprendizagem produzidos em diversas plataformas por diferentes ferramentas

e mídias. A inserção do recurso tecnológico na escola não é garantia de uma

transformação efetiva e qualitativa nas práticas pedagógicas, mas pode provocar

profundas transformações na realidade social, desde que seu uso seja adequado

com uma prática que propicie a construção de conhecimento e não a sua mera

transmissão.

A proposta da secretaria de educação consiste na integração e articulação

das mídias com o mundo moderno por meio de ações desenvolvidas pela TV

Paulo Freire, que produz e veicula conteúdos digitais educacionais; pelo

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Multimeios, que oportuniza o desenvolvimento e a produção de recursos

midiáticos; e pelo Portal Dia-a-dia-educação, que pesquisa e disponibiliza

diferentes conteúdos, os quais podem ser acessados nos laboratórios de

informática do Paraná Digital, armazenados no pen drive e exibidos na TV

Multimídia.

26. EDUCAÇÃO DA DIVERSIDADE – TEMAS CONTEMPORANEOS.

Desafios Educacionais Contemporâneos são demandas que possuem uma

historicidade, por vezes fruto das contradições da sociedade capitalista, outras

vezes oriundas dos anseios dos movimentos sociais e, por isso, prementes na

sociedade contemporânea. São de relevância para a comunidade escolar, pois

estão presentes nas experiências, práticas, representações e identidades de

educandos e educadores. Temos como temas contemporâneos trabalhados no

colégio: a Educação Ambiental, a Sexualidade, a Prevenção ao uso indevido de

drogas, o enfrentamento a violência na escola.

Muitas controvérsias e equívocos também são percebidos quando

buscamos novos referenciais e categorias de análise, isso, evidentemente, para

darmos conta das especificidades concernentes a alguns dos desafios

educacionais contemporâneos. A situação da exclusão social, historicamente

construída em nosso país em relação à população afrodescendente é um

exemplo e se explica na interseção entre a pertencimento étnico-racial e a

estruturação de uma sociedade de classes. Uma não exclui a outra, ambas se

complementam.

Assim, inserida nos conteúdos das diferentes disciplinas do currículo,

contempladas neste Projeto Político-Pedagógico, muito além de uma simples

pedagogia de projetos (pautada por ações esporádicas e pontuais), a abordagem

pedagógica desses assuntos, a partir dos conteúdos escolares e da apropriação

dos conhecimentos sistematizados, visa propiciar o resgate da função social da

escola.

27. Educação Ambiental É do conhecimento de todos que atualmente as questões ambientais não

mais podem ser tratadas como acessórias, visto que os padrões e modelos de

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desenvolvimento estão resultando, entre outros problemas, em desequilíbrios

climáticos e no esgotamento dos recursos naturais não renováveis, alguns deles,

como a água doce, indispensáveis à vida no Planeta. Ante essa configuração, é

indispensável que sujeitos e instituições sociais, entre elas as escolas, conheçam

mais profundamente e debatam a problemática, e planetária, questão do meio

ambiente, indo além da enumeração dos efeitos da chamada “crise ambiental”, ou

seja, relacionando-a com suas causas, em sua maioria identificadas aos fatores

de natureza econômica. Entendemos que este esforço deve ser feito por todos e

todas com um objetivo muito claro: a elaboração e, consequente prática, de

alternativas, quer sejam elas individuais, coletivas, regionais ou globais, visando

enfrentar ao desafio de manter o desenvolvimento com sustentabilidade e,

sobretudo, realizá-lo de forma a superar os dramas da desigualdade e da

exploração humanas.

Destacamos a preocupação em discutir, de modo científico e, ao mesmo

tempo, acessível, aspectos importantes relacionados ao atual quadro da

Educação Ambiental no Brasil. Dentro das disciplinas técnicas, principalmente

as disciplinas de Fundamentos da Agroecologia e Horticultura; e das disciplinas

da base nacional comum, principalmente Biologia, a comunidade escolar terá

acesso a um painel geral sobre a questão ambiental e sobre a aplicação

pedagógica dos temas ligados ao meio ambiente e à sustentabilidade, passando

por uma série de registros e reflexões sobre a situação legal e institucional acerca

da matéria, até os principais marcos legais da Educação Ambiental.

28. O enfrentamento à violência na escola

Vivemos em uma sociedade marcada pela desigualdade, resultante de

uma economia capitalista com feições liberais, alicerçada na exploração do

homem pelo homem. Como resultado dessa lógica, tem-se a visível distância que

separa homens e mulheres, segundo sua classe social. Temos clareza que os

fatores que determinam e condicionam os diferentes tipos de ações e

comportamentos violentos, infelizmente tão “corriqueiros” em nossa sociedade,

têm raízes na desigualdade social e na organização econômica que a configura e

a sustenta.

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Compreendemos que a comunidade escolar deva pautar suas discussões

sobre a violência com base em percepções mais globais dos mecanismos e dos

sujeitos sociais nela envolvidos. Esta postura supõe a compreensão e a reflexão

tanto da violência praticada por sujeitos sociais, dentro e fora da escola, como da

violência praticada pela ou a partir da escola.

A Violência, no âmbito das escolas públicas estaduais, pode ser entendida

como um processo complexo e desafiador que requer um tratamento adequado,

cuidadoso e fundamentado teoricamente, por meio de conhecimentos científicos,

desprovidos de preconceitos e discriminações. Por isso a atarefa da escola é

complexa pois necessitamos enfrentar e superar situações concretas de

violência, na medida em que aborda estes fenômenos a partir das discussões

contemporâneas acerca da organização da sociedade, assim como discute com

propriedade o caso especifico da violência vivida dentro e fora dos muros

escolares.

Falar em violência nos dias atuais não possibilita uma resposta a qual

possa elucidar ou justificar esse fenômeno tão simplesmente. Deve-se considerar

uma gama de fatores que contribuem para a sua existência. Não há, até o

momento atual, uma pesquisa que forneça dados numéricos cientificamente

comprovados sobre a violência nas escolas. Entretanto, os educadores sabem,

pela experiência que lhes é somada no dia-a-dia escolar, que as escolas estão

trabalhando, ensinando e aprendendo, e formando seus alunos. Os atos de

violência acontecem, o número deles aumentou nas duas últimas décadas, como

também aumentou o número de escolas e maior se tornou a população

numericamente.

29 . Relações Étnico raciais

Compreendemos que a instituição escolar é um espaço privilegiado de

formação dos cidadãos e cidadãs de nosso estado. Por isso, assumimos, uma

política educacional para as relações étnico-raciais, de forma que possamos,

mediante a formação dos coletivos escolares, contribuir para reverter esta dívida

histórica nacional, traduzida pela situações de exclusão e de invisibilidade às

quais foram remetidas, desde a colonização portuguesa, toda uma população de

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afrodescendentes e africanos buscando uma educação cada vez mais

comprometida com a construção dos ideais de justiça social e solidariedade.

Na busca de uma educação anti-racista, tem-se a perspectiva do

reconhecimento das diferenças para, a partir daí, construir identidades e efetivar

uma igualdade, tanto de condições, como de direitos e deveres.

Considerando a importância da presença do Negro na formação do povo

brasileiro é de fundamental importância que a escola promova ações no sentido

de discutir a diversidade cultural, enfocando a temática , africana. Desenvolvendo

também o senso crítico e a conscientização no aluno de que as origens de nosso

povo são formadas pela miscigenação cultural e étnica, sendo o índio o primeiro

elemento formador.

Pretende-se usar vários recursos didáticos como: apresentação em vídeo,

documentários, cartazes, músicas com o objetivo de retratar a história, cultura

(danças, músicas, culinárias, costumes...). Se possível será realizada uma visita

com um grupo de professores e alunos na Aldeia Indígena Tekoha Itamarã no

município de Diamante do Oeste, e como resultado desta visita pretende-se

posteriormente apresentar para os demais alunos e professores um documentário

sobre a cultura desta aldeia.

Será realizada também uma visita com um grupo de professores e

alunos no Quilambola do município de Guaíra, e como resultado desta visita

pretende-se posteriormente apresentar para os demais alunos e professores um

documentário sobre a cultura desta comunidade.

Essas atividades e demais realizadas com um trabalho interdiciplinar

vem a atender a lei da Cultura Afro-brasileira e Africana (Lei 11645/2008).

30 . Prevenção ao uso indevido de drogas.

A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, no âmbito das escolas públicas

estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que

requer um tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado teoricamente, por

meio de conhecimentos científicos desprovidos de preconceitos e discriminações.

As propostas de prevenção predominantes na sociedade legitimam um

discurso moralista e repressivo, limitando, assim, a compreensão das múltiplas

manifestações das drogas na sociedade. Diante disso, percebe-se a necessidade

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de problematizá-las e desconstruí-las, a fim de avançar em outras perspectivas

que possibilitem uma análise contextualizada sobre a questão das drogas e sua

prevenção.

31. Sexualidade

Podemos afirmar que a sexualidade e suas formas de expressão são

produções humanas e, como tais, estão sujeitas a uma série de determinantes

socioeconômicos. Assim, as desigualdades de direito e de fato que observamos

quando falamos de homens e mulheres são produções históricas, e, portanto,

passíveis de mudanças. Da mesma forma, é possível a superação de outros tipos

de preconceito sexual.

A necessidade de trazermos o tema para o interior das instituições de

ensino se justifica pelo intuito maior de proporcionar a toda a comunidade escolar,

o acesso a informações sérias e interpretações críticas acerca de diversos

assuntos e situações que permeiam a sociedade contemporânea. Entendemos

que a compreensão da realidade em que estamos inseridos é fundamental, pois é

por meio do conhecimento que nos emancipamos; é por meio do conhecimento

que nos damos conta de que as questões afetas à sexualidade humana são

tratadas de forma diferenciada, de acordo com o momento histórico em que se

manifestam.

A Sexualidade, nesta perspectiva, é entendida como uma construção

social, histórica e cultural e precisa ser discutida na escola – espaço privilegiado

para o tratamento pedagógico desse desafio educacional contemporâneo. O

trabalho educativo com a Sexualidade insere-se nas diversas disciplinas do

currículo por meio dos conteúdos elencados nas Diretrizes Curriculares Estaduais

da Educação Básica. Esse encaminhamento pedagógico considera os

referenciais de classe, raça/etnia, gênero e diversidade sexual.

32. Patrulha escolar comunitária

A Patrulha Escolar Comunitária é a alternativa inteligente que a PMPR

encontrou para assessorar as comunidades escolares na busca de soluções para

os problemas de segurança encontrados nas escolas. Problemas esses que se

faziam presentes em quase todos os estabelecimentos de ensino e que em uns,

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mais que em outros, determinavam comprometimento na segurança dos alunos,

professores, funcionários e instalações dos estabelecimentos.

Cabe aos educadores a formação e instrução dos cidadãos. A PMPR é a

instituição estadual mais especializada nas questões de segurança. Destes

conhecimentos nasceu a Patrulha Escolar Comunitária que visa assessorar os

estabelecimentos de ensino para restabelecer e manter a ordem e a segurança.

A participação efetiva de todos as autoridades locais juntamente com a

comunidade escolar nas reflexões sobre a realidade não desejada, as soluções

para mudanças e o compromisso de cada um para juntos se chegar à realidade

projetada é a retomada para a conquista do sentimento de segurança e das

rédeas do crescimento social. O processo educativo deve ser constante e certeiro

para que os resultados sejam satisfatórios.

Por isso, a Patrulha Escolar Comunitária acontece de acordo com o ritmo e

característica de cada Comunidade Escolar.

O trabalho educativo que a Patrulha Escolar vem realizando em nosso

estabelecimento de ensino tem nos ajudado a manter a segurança, a discutir a

violência com os alunos em forma de reflexão e tem diminuído as ocorrências de

delitos no âmbito escolar.

33. História do Paraná (Lei nº 13381/01), Educação Fiscal e Educação Tributária (dec. nº 1143/99, portaria nº 413/02)

De acordo com a Lei nº 13381/01, é obrigatório um novo tratamento dos

conteúdos da disciplina História do Paraná, no Ensino Fundamental e Médio,

objetivando a formação de cidadãos conscientes da identidade, potencial e

valorização do nosso Estado.

Para isso dentro da disciplina de Historia e Geografia trabalhamos os

conteúdos no ensino médio.

Também cantamos o hino do Paraná e hasteamos a bandeira do Paraná

semanalmente.

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Em relação aos conteúdos de Educação Fiscal e Tributária, são temas que

relacionamos com as disciplinas de História, Matemática e Administração e

Extensão Rural em conteúdos específicos ao longo dos 3 anos do curso.

Os professores estão realizando o curso de Educação Fiscal, para obterem

capacitação e materiais, e assim que possível implementando nas suas

disciplinas.

Para o futuro estamos estudando a possibilidade de estender esse

conhecimento como um projeto para a comunidade escolar, assim com o Projeto

Paraná sem Corrupção, que hoje é trabalhado apenas na disciplina de História.

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34. BIBLIOGRAFIA

BOCK, Ana Mercês Bahia. Adolescência: uma concepção crítica. 1999.

Conselho nacional de Educação : Diretrizes Curriculares Nacionais do

Ensino Médio, 1996.

www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

Estatuto da Criança e Adolescente.

FRIGOTTO, Gaudêncio e CIAVATTA: organização Ensino Médio, ciência,

cultura e trabalho: Brasilia, 2004.

FURTH, Hans G.: Piaget na sala de aula. Editora Forense Universitária. Rio

de Janeiro, 1982

Secretaria de Estado da Educação: O ensino médio integrado à educação

profissional: concepções e construções a partir da implantação na rede pública

estadual do Paraná. Curitiba, 2008.

Secretaria de Estado da Educação: Cadernos Temáticos: Desafios

Educacionais Contemporâneos – enfrentamento à violência na escola.

Secretaria de Estado da Educação: Cadernos Temáticos: Desafios

Educacionais Contemporâneos – prevenção ao uso indevido de drogas.

Secretaria de Estado da Educação: Diretrizes Curriculares da rede Pública

de Educação Básica do Estado do Paraná – Educação Profissional.

Secretaria de Estado da Educação: Caderno Pedagógico de História:

Representações, memórias e identidades.

VAZ, José Carlos. Administração pública. 2006

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