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SUMÁRIO
I. APRESENTAÇÃO...........................................................................................................03
II. INTRODUÇÃO................................................................................................................04
III.OBJETIVOS GERAIS.....................................................................................................05
IV. MARCO SITUACIONAL.............................................................................................. 07 V. MARCO CONCEITUAL.................................................................................................09 5.1. ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE.................................................................16 5.2. CALENDÁRIO ESCOLAR.......................................................................................16 5.3. REGIME ESCOLAR.................................................................................................16 5.4. AVALIAÇÃO.............................................................................................................18 5.4.1. PLANO PERSONALISADO DE ATENDIMENTO.................................................21
VI. MARCO OPERACIONAL............................................................................................ 21 6.1. CARACTERIZAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS..............................................21 6.2. ESPECIFICAÇÃO DA FUNÇÃO..............................................................................24 6.3. FORMAÇÃO CONTINUADA...................................................................................32 6.4. FERA COM CIÊNCIA..............................................................................................33 6.5. EDUCAÇÃO DO CAMPO........................................................................................34 6.6. JOGOS ESCOLARES.............................................................................................34 6.7. EDUCAÇÃO FISCAL...............................................................................................34 6.8. PROJETO ESCOLA DE PAIS.................................................................................35 6.9. ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO............................................................................. 36 6.10. TEMÁTICAS SOCIOEDUCACIONAIS................................................................. 36 6.11. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR...............................................................................37 6.12. CONSELHO ESCOLAR.........................................................................................37 6.13. CONSELHO DE CLASSE......................................................................................39 6.14. APMF.....................................................................................................................39 6.15. GRÊMIO ESTUDANTIL.........................................................................................40 6.16. PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO – GESTÃO 2012/2014.....................................41
VII. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL...................................................................................47
VIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................48 IX ANEXOS.......................................................................................................................49
ANEXO I PLANO DE ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO
ANEXO II PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL E
ENSINO MÉDIO.
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I. APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico será o documento que norteará todas as ações desta
instituição de ensino, com a intenção de formar cidadãos críticos, atuantes e responsáveis,
capazes de viver em sociedade, cumprindo seus deveres e exigindo seus direitos, ou seja,
exercendo cidadania.
A escola como instituição educativa, projeta uma sociedade idealizada pelos
princípios da igualdade, liberdade e justiça, pois é responsável pela construção de uma nova
sociedade pautada na mudança de atitude do educando, através do domínio de
conhecimentos e habilidades compatíveis com as demandas sociais.
Todos os envolvidos na organização do trabalho pedagógico escolar compreendem
que a escola faz parte do mundo social e histórico e que a realidade do educando deve ser
respeitada. Partindo deste contexto social, os profissionais são responsáveis pela busca de
informações que atendem às transformações da parcela da população que atendem.
A escola não é a única fonte de conhecimento e os alunos que a freqüentam
interagem na sociedade e precisam desenvolver determinadas ações. Portanto, são os
professores que devem orientá-los neste sentido, bem como viabilizar o acesso e a
apropriação do saber sistematizado, utilizando métodos e seqüenciando os conteúdos de
forma que se efetive o que se propõe.
A proposta de trabalho do Colégio Estadual Trajano Grácia visa a qualidade de
ensino por meio de alternativas organizacionais coerentes e participação coletiva.
3
II. INTRODUÇÃO
O Colégio Estadual Trajano Grácia – Ensino Fundamental localiza-se à Rua Miguel
Gadens, s/n, no bairro Engenheiro Gutierrez, município de Irati, estado do Paraná, à uma
distância aproximada de 7km do Nucleo Regional de Educação de Irati.
Este Estabelecimento de Ensino, possui suas atuais instalações graças ao empenho
do Sr. João Maria Pedroso, ex-presidente da APM do antigo Colégio Cenecista Prof. Antônio
Lopes Júnior que junto com a Prefeitura Municipal adquiriram um terreno com 109.118,40 m²
da RFFSA (Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima) a fim de construir o prédio que
atualmente abriga esta escola, pois as instalações já não eram suficientes para atender ao
crescimento da comunidade.
Devido a extinção da CNEC (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade) órgão
mantenedor do Colégio Cenecista Antônio Lopes Júnior, houve também a extinção do
referido colégio e foi autorizado o funcionamento da Escola Estadual Trajano Grácia, em 04
de dezembro de 1986, através da resolução 5246/86. Seu órgão mantenedor era o Estado e
a referida escola oferecia curso de 1º Grau Regular (5ª a 8ª série).
As novas instalações da Escola Estadual Trajano Grácia foram inauguradas em 07 de
julho de 1987 e atualmente o prédio possui 08 salas de aula (sendo que em uma destas
existe uma divisória para funcionamento do Laboratório de Informática), secretaria com uma
divisória para expediente da direção e professoras pedagogas, sala de professores, sala
para atendimento aos alunos da Sala de Recursos, almoxarifado, cantina, pavilhão coberto,
somando-se a área construída perfazem um total de 683,36 m². A biblioteca funciona em
uma construção de madeira, que foi adaptada para este fim. A escola possui uma quadra
esportiva coberta, quadra de areia, e um grande espaço físico propício para futuras
ampliações. O terreno é todo cercado com muros e grades na parte da entrada. Temos
espaço com bancos para momentos de lazer dos alunos e entrada adaptada com rampas
para cadeirantes.
Em 27 de outubro de 1988 foi reconhecido o curso de 1º Grau Regular, pela
resolução 3399/88, então a escola passou a chamar-se Escola Estadual Trajano Grácia –
Ensino de 1º Grau, e em 08 de setembro de 1998 o nome da escola foi regulamentado para
Escola Estadual Trajano Grácia – Ensino Fundamental.
Em 22 de março de 2004 foi autorizado pelo prazo de dois anos com implantação
gradativa, o funcionamento do Ensino Médio, pela resolução 1075/04 e o estabelecimento
de ensino passou a denominar-se COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO.
4
Em 31/12/2007 através do Parecer nº 215/2007 emitido pelo NRE-Irati, houve a
aprovação do nosso Regimento Escolar, estando este de acordo com a Deliberação nº
16/99-CEE e demais leis vigentes, tendo este documento a finalidade de garantir a unidade
filosófica, político-pedagógica, estrutural e funcional do nosso colégio.
O corpo docente deste estabelecimento de ensino está formado por 34 Professores, a
equipe administrativa é formada pela Direção, secretária e 03 auxiliares administrativos, a
equipe pedagógica é constituída por três professoras pedagogas, possui 03 auxiliares de
serviços gerais e órgãos colegiados como: Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil,
que ajudam a desenvolver o plano de ação.
Devido à localização, a escola, atende alunos, na maioria, oriundos de classe média
baixa, sendo grande porcentagem filhos de agricultores ou lavradores.
Atualmente estão regularmente matriculados 390 alunos, divididos em 12 turmas,
sendo dois 6ºs anos, dois 7ºs anos, dois 8ºs anos , dois 9ºs anos, dois 1ºs anos, um 2º ano
e um 3º ano do Ensino Médio. Como parte do programa de atividades curriculares
complementares, no período da tarde funcionam as Salas de Apoio à Aprendizagem de
Língua Portuguesa. Ofertamos também o CELEM de Língua Espanhola no período da tarde
e a Educação Especial na modalidade Sala de Recursos, em contra-turno nos períodos da
manhã e tarde.
Todos os alunos do colégio recebem os conhecimentos necessários para a
continuação de seus estudos e são identificados como produtores de conhecimentos
capazes de desenvolver suas potencialidades, através da prática educativa em uma
perspectiva crítica.
III. OBJETIVOS GERAIS
O Colégio Estadual Trajano Grácia, o qual oferta Ensino Fundamental e Médio
baseado nos princípios das Constituições Federal e Estadual, da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional e Diretrizes Curriculares da Secretaria de Estado da Educação
possui os seguintes objetivos:
3.1. Propiciar um ensino de qualidade, oferecendo um ambiente favorável para o
desenvolvimento pleno do educando, respeitando as diferenças individuais,
valorizando o potencial de cada um e incluindo educacional e socialmente os alunos
portadores de necessidades especiais, conforme deliberação 002/2003 da Educação
5
Especial.
3.2. Possibilitar que a avaliação seja contínua, cumulativa, formativa, informativa e
diagnóstica do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos. A mesma deve ser entendida como um dos meios do ensino
pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio
trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir- lhes
valor, conforme a Deliberação 007/99.
3.3. Ofertar matrícula de ingresso, matrícula renovada, por transferência ou em regime de
progressão parcial, nas diferentes modalidades, no Sistema Estadual do Paraná,
conforme Deliberação 009/01.
3.4. Garantir a elaboração do Projeto-Político-Pedagógico envolvendo todos os
segmentos da comunidade, bem como sua plena execução, zelando pela
aprendizagem dos alunos adaptado o currículo à função social da escola, conforme a
Deliberação 014/99.
3.5. Garantir a unidade filosófica, político-pedagógica, estrutural e funcional do
estabelecimento, conforme Deliberação 016/99, que trata do Regimento Escolar.
3.6. Estimular e viabilizar o desenvolvimento da consciência crítica, o questionamento, a
livre expressão de idéias e sentimentos, a participação, a cooperação e a
solidariedade, levando ao pleno exercício da cidadania, conforme orientações do
ECA, lei 8069/90.
3.7. Assegurar que a avaliação considere o ser humano como sujeito ativo, construtor do
próprio conhecimento, que prevaleça os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e
lhes sejam atribuídos vários instrumentos de aferição da aprendizagem.
3.8. Incentivar o protagonismo juvenil através da organização de grêmios estudantis e
estabelecer a parceria destes com as instâncias colegiadas promovendo atividades
de cunho social, político, cultural, artístico e esportivo.
3.9. Subsidiar o educador de uma fundamentação teórica, para que possa atender às
demandas de uma educação de qualidade.
3.10. Contemplar, de acordo com a Instrução Nº 009/2011-SUED/SEED,
concomitantemente aos conteúdos específicos da disciplina, em consonancia com as
Diretrizes Curriculares Estaduais, os seguintes conteúdos obrigatórios: História do
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Paraná (Lei nº 13381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena,
Música (Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade
humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência contra a
criança e o adolescente. Direito das Crianças e Adolescentes (L.F. Nº 11525/07),
Educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº
9795/99, Dec. Nº 4201/02.
3.11. Assegurar a adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais à organização do
trabalho pedagógico ofertado nos anos finais do Ensino Fundamental, com vistas à
uma educação contínua e de qualidade, efetivando assim, a Instrução Nº 008/2011-
SUED/SEED, que trata do Ensino Fundamental de 9 anos.
3.12. Normatizar a inclusão do nome “social” nos registros escolares (Livro Registro de
Classe, Edital de Nota e Boletim) do aluno que requeira esta inserção por escrito,
conforme Instrução Conjunta Nº 02/2010 – SUED/SEED/DAE e Parecer Nº 01/09 –
CP/CEE.
3.13. Promover campanhas de Educação Sexual, continuamente, a todos os educandos,
conforme a Lei Estadual Nº 11733/97; programas de informação e prevenção da AIDS
e demais doenças sexualmente transmissíveis, de acordo com a Lei Estadual Nº
11734/97, assim como, orientações sobre gravidez na adolescencia, como previsto na
Lei Estadual Nº 16105/09.
IV. MARCO SITUACIONAL
O mundo atual está passando por mudanças constantes, levando as pessoas a
transpor paradigmas e sentirem-se inseguras pela falta de oportunidades. Sobretudo, são
as classes desfavorecidas de recursos financeiros que mais sofrem diante desta realidade,
pois a busca incessante de conhecimentos e aperfeiçoamento tecnológico leva os
indivíduos a competirem. Esta competição gera conflitos emocionais, pois sobressaem- se
os melhores e os demais sentem-se desvalorizados, no aspecto humano.
A escola pública brasileira, nas últimas décadas, passou a atender um número cada
vez maior de estudantes oriundos das classes populares. Para atender essa clientela e
definir qual formação queremos proporcionar-lhes estamos contribuindo para determinar o
tipo de participação que lhes caberá na sociedade. Nesta perspectiva, acreditamos que a
opção pelo currículo disciplinar vem unificar e socializar o conhecimento para a
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transformação da realidade.
O corpo discente do Colégio Estadual Trajano Grácia é constituído por uma parcela
de alunos da zona rural, que utilizam- se do transporte escolar, saindo de suas casas de
madrugada e ao retornarem, ajudam seus familiares no desenvolvimento de atividades
agrícolas e pecuárias. Também há alunos carentes tanto financeira, como emocionalmente,
pois são oriundos das classes assalariadas e muitos têm famílias desestruturadas e
ausentes em relação à sua vida escolar. Dessa forma, os alunos apresentam-se rebeldes,
sem limites e demonstram desinteresse pelos estudos. Esta realidade gera dificuldades de
aprendizagem e há necessidade de interferir no processo educativo de forma a
redimensionar o trabalho para que sejam garantidas as aprendizagens fundamentais,
objetivando construir uma sociedade justa, onde as oportunidades sejam iguais para todos.
No entanto, nessa busca pela melhora do processo educativo, nos deparamos com alguns
entraves, como por exemplo, a rotatividade de professores e a falta de compreensão de
alguns que os alunos são a matéria- prima do nosso trabalho. Além disso, a escola possui
uma estrutura física precária para atender suas necessidades, pois não possui laboratórios
de Ciências e espaço apropriado para Biblioteca para enriquecer a transposição didática
dos conteúdos.
A valorização dos profissionais inicia com a possibilidade de trabalhar em condições
dignas, portanto, é necessário que possamos usufruir de uma Sala de Professores para o
cumprimento da hora-atividade, conforme prevê a lei e para recepcionar de forma
agradável, tanto a clientela interna, como externa. Da mesma forma, a Direção, Pedagogas
e segmento administrativo, também necessitam de salas.
Devido ao aumento da demanda, faz-se necessária a ampliação do número de salas
de aula e biblioteca, bem como construção de espaços adaptados e materiais didáticos
adequados para atender portadores de necessidades especiais. Os recursos financeiros
que a escola recebe são insuficientes para aquisição de materiais, equipamentos e acervo
bibliográfico, necessários para o planejamento estratégico que garante atingir nossos
objetivos educacionais. Contudo, trabalhamos no sentido de formar sujeitos que construam
sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que
são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e
transformadora na sociedade.
V. MARCO CONCEITUAL:
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O Colégio Estadual Trajano Grácia, almeja alunos interessados, que percebam que
o conhecimento adquirido pode modificar sua própria realidade ou seu destino e que não
vejam a escola, apenas como uma entidade assistencialista.
Espera-se que a família, a igreja e outras instituições sociais assumam suas
atribuições e a escola priorize sua especificidade, ou seja, que os alunos apropriem-se dos
conteúdos produzidos historicamente pela humanidade e saibam discerni-los e aplicá-los
em seu cotidiano.
De acordo com LIBÂNEO, (2004, p.45)
“o trabalho sempre esteve presente na escola, já que esta se constitui o pólo do trabalho intelectual por excelência, o que nos leva afirmar que os professores e alunos trabalham. Os primeiros, na transmissão dos conhecimentos acumulados historicamente e os últimos na apropriação destes conhecimentos. Juntos, professor e aluno constroem a produção de novos conhecimentos.”
Vemos assim que a ação escolar é marcada pelo fazer. Nesta perspectiva, o
professor é aquele que estuda e que, em meio a tantas demandas, busca aprimorar-se,
formar-se e capacitar-se, portanto é o sujeito que conduz a ação pedagógica devendo
mediar este saber, oferecê-lo ao seu aluno de forma organizada e sistematizada. O
professor é aquele que ensina, que seleciona o recorte do conteúdo movido por uma
intensão social, política, histórica e cultural. Os desafios do mundo contemporâneo levam os
profissionais da educação a novas atitudes, comportamentos, consciências, conhecimentos
e os obrigam a refletirem acerca da realidade que estão vivendo.
Contudo os professores são desvalorizados, não só pelos baixos níveis salariais,
mas também pelo tratamento que recebem, seja do poder público, seja da sociedade de
forma geral, ainda presa à concepção de que o professor é um mero técnico. O professor é
mais que um aplicador de saberes produzidos por outros; sua prática é um espaço de
produção, de transformação e de mobilização de saberes. É através da pesquisa, que este
profissional aprende a questionar e reformular suas perspectivas e com isso melhorar a
qualidade do ensino da escola pública.
Segundo a LDB, a educação é dever da família e do Estado, inspirado nos
princípios de liberdade, solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento
da educação, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Sendo que o ensino será ministrado com bases nos seguintes princípios :
• Igualdade de condições para o acesso, permanência e sucesso no processo educativo;
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• Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o
saber;
• Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
• Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
• Garantia de padrão de qualidade;
• Valorização de experiência extra-escolar;
• Vínculo entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Tendo por base, o que destaca a LDB, em relação à educação, nota-se que houve
uma revisão dos papéis do professor e do aluno, pois as reflexões e experiências, ao longo
dos últimos anos foram relevantes para discernir o momento atual; de modo que é preciso
romper com as práticas inflexíveis, e propor novas atuações considerando, no contexto, os
aspectos sociais, políticos e culturais, antropológicos e psicológicos. Só considerando os
distintos aspectos que concorrem para a formação do aluno é que o processo de
escolarização pode passar de fato a colaborar para atuação autônoma dos alunos, na
construção de uma sociedade democrática.
Almejamos é que nossos alunos dominem o conhecimento de que necessitam para
crescerem como cidadãos plenamente reconhecidos e conscientes de seu papel em nossa
sociedade, agindo assim, como protagonistas da sua própria história.
Sabemos que isto só será alcançado se oferecermos a eles, pleno acesso aos
recursos para conquista de sua cidadania e também para garantir uma sociedade livre,
justa e solidária, promovendo o bem de todos, sem preconceitos de origens, raça, sexo, cor,
idade, deficiência e quaisquer outras formas de discriminação.
Tal tarefa demanda a afirmação de um conjunto de princípios democráticos que ao
proporem uma educação com a cidadania, elegeram princípios, segundo os quais orientam
a educação escolar na igualdade de direitos, que se refere a necessidade de garantir a
todos a mesma dignidade e possibilidade de exercício da cidadania. Para tanto, deve se
considerar que existem diferenças étnicas, culturais, regionais, etárias, religiosas, e
desigualdades socioeconômicas, que necessitam ser levadas em consideração para que a
igualdade seja alcançada.
Pesquisas tem demonstrado discriminações e exclusões em múltiplos contextos nas
nossas escolas, estas situações inaceitáveis tem deixado marcas em nossas crianças e
adolescentes, trazendo consequências destrutivas, e para mudar esse quadro torna-se
necessário fundamentar as práticas pedagógicas da escola.
A escola como organização social, localizada no tempo e espaço deve desempenhar
junto à comunidade, uma função social de transformação e autosuperação e como o
10
compromisso da escola é com a democratização do saber na sua totalidade, ela deve ser
contra o empobrecimento do currículo e a mutilação dos conhecimentos sob qualquer
pretexto, pois a qualidade desse ensino se mede pela qualidade do cidadão que cada escola
forma.
Para avançar na teoria e na prática e a ser capaz de contribuir positivamente para o
ensino, precisamos integrar as diferentes contribuições, que são comprometidas com a
transformação social, desmitificando métodos de ensino, questionando “como fazer” , “por
que fazer” , “a quem fazer” , “qual o objetivo” ; partindo assim de condições reais em que se
desenvolve o ensino em nossas escolas e buscando novas formas de intervenção, o
professor tem o papel de mediador, na construção de conhecimentos. Na interação, o aluno,
por sua própria ação e pela mediação do professor deve apropriar-se e construir para si o
conhecimento e estabelecer relações deste com o contexto social.
Na sala de aula, a ação do professor tem como objetivo criar as condições para a
atividade de análise e das demais operações mentais do aluno, necessárias para a
realização do processo de aprendizagem.
Com a promulgação da nova LDB, se resgataram as preocupações pedagógicas
numa nova visão dando às escolas uma autonomia mais concreta: financeira, administrativa
e pedagógica, conforme artigo 15 da LDB:
• Financeira - refere-se a existência de recursos financeiros capazes de dar à instituição
educativa condições de funcionamento. A APMF e o Conselho Escolar, órgãos colegiados
de parceria da escola poderão ajudar a arrecadar e gerir os recursos financeiros da escola.
• Administrativa - considera-se a possibilidade de elaborar e gerir seus planos, programas
e projetos. Refere-se à organização da escola e tipo de gestão e envolve relações internas e
externas, ou seja, o sistema educativo e a comunidade na qual a escola está inserida. A
autonomia administrativa traduz possibilidade de garantir a indicação dos dirigentes por
meio de processo eleitoral, o qual realmente verificará a competência profissional e a
liderança dos candidatos, onde terão direito a voto: professores, pais de alunos, APMF.
• Pedagógica - consiste na liberdade de ensino e pesquisa. Está estritamente ligada à
identidade, a função social, à clientela, à organização curricular, à avaliação, bem como os
resultados e, portanto à essência de proposta pedagógica na escola.
Tomando como referência a Lei nº 11.788/08, a qual dispõe sobre o estágio de
estudantes, e concebendo o trabalho como princípio educativo, julga-se importante oferecer
subsídios, a partir das diferentes disciplinas, para analisar as relações e contradições
sociais, as quais se explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer
instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações de produção, de dominação,
11
bem como as possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho.
Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar esta dimensão
contraditória do trabalho, possibilitando ao aluno (possível estagiário), não somente sua
integração nas atividades produtivas, mas a sua participação nela, de forma plena,
integrando as práticas aos conhecimentos teóricos que as sustentam.
A sociedade vem passando por grandes transformações pelas quais, exigem um
novo perfil de cidadãos que a escola tem a função de formar.
Para SEVERINO (1998, p. 73),
a sociedade é um agrupamento tecido por uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais, produzindo bens e garantindo a base econômica.
Nesse sentido os profissionais da educação devem rever valores e posicionamentos
para atender esta demanda.
O mundo concebido é resultado do processo de estabelecimento das relações entre
a subjetividade individual do homem e a realidade objetiva. É no mundo que ocorrem as
interações homem-homem e homem, meio social, caracterizado pelas diversas culturas e
pelo conhecimento. É na integração destas duas dimensões da natureza humana que o
indivíduo vai se permitir e conseguir viver com a grandiosidade da pluralidade da sua
capacidade.
Mas devido à rapidez do processo de produção das informações e pela globalização
torna-se necessário proporcionar ao homem condições para que ele alcance objetivos
materiais, políticos, culturais e espirituais, que venham ao encontro da extirpação da
injustiça, diferenças, distinções, divisões e de todos os entraves que o detém na sua jornada
de aperfeiçoamento, na tentativa de se formar o ser humano que se imagina e deseja. É
neste ponto que a escola pode ser um espaço que contribua para a efetiva mudança social.
O homem é um ser natural e social, e que de acordo com SAVIANI (2000, p.58)
“necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar
a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la pelo trabalho”.
O homem contemporâneo, diante das exigências do mundo globalizado, é sujeito
criador e elaborador do conhecimento de acordo com as contradições ou conflitos com os
quais se depara, cabendo à escola em seu contexto social redimensionar sua prática
pedagógica, proporcionando condições de exercer plenamente sua cidadania, despertando
suas potencialidades para interagir na sociedade em que está
inserido, capacitando-o para viver como cidadão participativo interferindo no âmbito das
12
relações sociais.
A educação por sua vez busca receber e respeitar essas mudanças e suas
consequências, com tolerância e democracia, abrindo espaço para as manifestações dos
crescentes esforços em busca do melhoramento humano.
Segundo a LDB 9394/96, em seu Art. 1º “A educação abrange os processos
formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas
instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil
e nas manifestações culturais.” Explicitando também, em seu Art. 2º, que “a educação, dever
da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” Nesse sentido, cabe à escola
tornar efetivo o proposto na lei.
A escola tem sido desafiada a rever-se como instituição, desde sua organização até
suas finalidades. A escola tradicional, de forte influência positivista, com sua organização
burocratizada, hierarquizada, com um sistema de avaliação absolutamente quantitativo,
ainda está arraigada entre nós educadores.
Hoje, há necessidade que a escola mude e passe, efetivamente a atender os alunos
e não apenas a ensiná- los. O mundo de hoje pede uma nova escola, com espaço para que
os alunos se expressem e os educadores reflitam. A nova escola que se delineia interage
com o processo de globalização, os conteúdos tornam- se mais interessantes, os objetivos
se ampliam voltados para a formação ética; as artes, o esporte, os grêmios e o
protagonismo são incentivados. A instituição escolar procura acolher os alunos em suas
dificuldades, traçar limites aceitáveis de convivência, orientar pais e realizar um trabalho
conjunto com outros profissionais.
Dessa forma, o papel da escola não é o de preparar mão-de-obra, formar para o
mercado ou dar conta de todos os problemas sociais e econômicos; mas é o de possibilitar
para que, através do conhecimento, os nossos alunos possam ter compreensão da sua
condição como sujeito histórico.
O conhecimento tem sido sempre uma questão central para todas as sociedades,
foco de trabalho de muitos filósofos desde a antigüidade. Na contemporaneidade o
conhecimento se dá de diferentes fomas: senso comum, científico, teológico e estético,
pressupondo diferentes concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem sobre si,
sobre o mundo e sobre o conhecimento.
Cabe à escola considerar o conhecimento do senso comum trazido pelos alunos,
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transformando-o em conhecimento científico, sendo este, acumulado historicamente pela
humanidade. Implicando assim, em uma nova forma do indivíduo ver a realidade, interferir
sobre a mesma e transformá-la de acordo com as suas necessidades.
A aprendizagem, por sua vez, está atrelada ao conhecimento, pois o conhecimento
é o resultado da aprendizagem que se efetiva através da mudança de comportamento
daquele que passou por esse processo. Nesse contexto, a escola deve propiciar um
ambiente de desafios, fornecendo aos alunos instrumentos que possibilitem aos mesmos, a
mudança de seus pontos de vista, e a formalização de suas descobertas. Dessa forma,
aprendizagem e conhecimento fazem parte de um mesmo processo que envolve também o
ensino. Ou seja, ensino + aprendizagem = conhecimento, onde o campo de trabalho é a
escola e os professores, os mediadores.
A infância e a adolescência, são as fases em que as crianças, dentro do contexto
escolar, estão na Educação Básica, a qual compreende, a Educação Infantil, Ensino
Fundamental (anos iniciais e finais) e Ensino Médio.
Nossas vidas são marcadas por diversas e significantes mudanças: ser criança, virar
adolescente e tornar-se adulto. São situações inevitáveis e que acontecem juntamente com
o processo de escolaridade. Todas essas passagens são pródigas deexperiências, nem
todas prazerosas, mas necessárias.
Até o 5º ano as crianças aprendem a se relacionar sob a supervisão de um adulto,
geralmente uma professora, e isto vai acontecendo de um modo mais suave, ela está mais
protegida devido a sua fragilidade e a professora é mais maternal.
Neste momento, estabelece-se um impasse, o adolescente perde suasreferências
infantis, desestrutura-se e necessita que a escola supra esta lacuna. O tempo de meninice,
tempo de descobertas e de prazer no aprender e apreender a si e ao mundo, como o
equilíbrio – andar de bicicleta, ou a dor de cair e a alegria de se levantar. Nesta fase,
mesmo a escola pode ser mais uma experiência de ampliação de horizontes, aprender a ler
e a escrever, a se relacionar com um mundo mais amplo e conhecer novas pessoas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde a adolescência compreende um
período entre os 11 e 19 anos de idade e é desencadeado por mudanças corporais e
fisiológicas advindas da maturação fisiológica e o ingresso no 6º ano por volta dos 11 anos
acontece nesse período. Ele é marcado pela fase que corresponde a puberdade, ou seja, o
início da adolescência, que é considerada o período de desenvolvimento, entre a infância e
a idade adulta, na qual há muitas transformações, tanto física como psicológica, devido ao
14
aumento da produção hormonal, o que pode provocar alterações das emoções, explicando
assim a perda de controle e desequilíbrio psicológico do adolescente. Surgindo, neste
período, comportamentos irreverentes e desafiantes para com os outros e questionamentos
de modelos, de padrões, tão necessários para o próprio crescimento, mas tão
incompreendidos, até mesmo pelo próprio adolescente.
Quando nos deparamos com as crises relacionadas às transformações da passagem
da infância para a adolescência, vemos que têm muitos envolvidos: pais, educadores e
profissionais da saúde também fazem parte dela e frequentemente manifestam sintomas de
angústia ao enfrentar a convivência com os jovens, revivendo suas próprias adolescências.
Conforme todas as considerações colocadas anteriormente, percebe-se que o 6º ano
exige dos professores uma atuação diferenciada, um suporte técnico-pedagógico
direcionado para o desenvolvimento emocional/psicológico e social dos alunos. Nesse
processo de socialização do ser humano, especificamente na idade escolar, tornará mais
clara à compreensão dos professores quanto ao comportamento dos seus alunos e
consequentemente sua forma de agir será diferenciada.
Quanto à Afabetização e Letramento, sabemos que a escola não é responsável
apenas pela alfabetização do aluno, mas também pelo letramento, sendo que a
alfabetização é um processo praticamente mecânico apreendido, na maioria das vezes,
dentro das salas de aula e o letramento é um conjunto de conhecimentos que o indivíduo
acumula ao longo da vida. Seguindo esta linha de pensamento a alfabetização um dia tem
fim, isto é, termina quando o indivíduo adquire a capacidade de compreensão dos sinais
que compreendem determinada língua escrita. Logo, é importante ressaltar que
alfabetização e letramento caminham juntos embora nem todo sujeito letrado precisa,
necessariamente, ser alfabetizado. Nesse sentido, este estabelecimento trabalha
objetivando não só a alfabetização e sim também o letramento de seus alunos.
5.1 ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE
A organização da hora- atividade deve ser analisada na seguinte perspectiva:
aproveitar este tempo para com maior número possível de pares, estabelecer as propostas,
conteúdos, estratégias de planejamento, reuniões pedagógicas, correção de tarefas dos
alunos, estudos e reflexões sobre os saberes curriculares e de ações, projetos e propostas
metodológicas, troca de experiências, atendimento de alunos e pais e outros assuntos
educacionais de interesse dos professores.
15
5.2 CALENDÁRIO ESCOLAR
Elaborado anualmente, atende ao disposto na legislação vigente, sendo apreciado e
aprovado pelo Conselho Escolar, em primeira instância e posteriormente, enviado ao Núcleo
Regional de Educação para homologação.
5.3 REGIME ESCOLAR
O Colégio Estadual Trajano Grácia desenvolverá suas atividades educativas tendo
como base a matriz curricular, que entrou em vigor no ano de 2006, sendo 25 aulas
semanais de 50 minutos cada , perfazendo um total de 200 dias letivos ou 800 horas/aulas,
distribuídas por disciplinas e turmas, conforme a legislação vigente. O horário de
funcionamento do colégio é das 7:30h às 11:50h e das 13:00h às 17:20h.
O estabelecimento de ensino possui turmas do 6º ao 9º anos do Ensino Fundamental,
conforme a Instrução Nº 008/2011-SUED/SEED, a qual regulamenta a implantação
simultânea do Ensino Fundamental de 9 anos a partir do ano de 2012; e Ensino Médio, do 1º
ao 3º ano Regular, este último implantado no ano de 2004, de forma gradativa.
De acordo com a Instrução Nº 019/2008-SUED/SEED, desde o início do ano de
2011, o colégio oferta aos alunos da Rede Pública Estadual e à comunidade escolar
interessada, o Centro de Língua Estrangeira Moderna - CELEM – Língua Espanhola, que é a
segunda língua mais falada no mundo e assim o acesso a outras culturas, além de que o
Curso de Espanhol enriquece o currículo de candidatos a trabalhos em empresas que
mantém relacionamento comercial com os países do Mercosul. O CELEM tem duração de
02 (dois) anos, as aulas são práticas e teóricas, sendo 04 (quatro) aulas semanais,
totalizando 320 (trezentos e vinte) horas ao longo de 04 (quatro) semestres e, ao final do
Curso, o aluno recebe o certificado que é expedido pela Secretaria Estadual da Educação
(SEED) e tem apoio da APMF.
De acordo com a Instrução 007/2011-SUED/SEED, como parte do programa de
atividades curriculares complementares para o enfrentamento dos problemas relacionados à
aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática dos alunos dos anos finais do Ensino
Fundamental, 6º ao 9º anos, no que se refere aos conteúdos básicos dessas disciplinas, o
colégio oferece as Salas de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática, no
contraturno, com quatro horas aulas semanais e no máximo 20 alunos. A partir do segundo
semestre do ano de 2011, ocorreu a abertura automática das Salas de Apoio à
16
Aprendizagem para o atendimento aos alunos do 6º e do 9º anos, sendo que foi solicitada
também, autorização de funcionamento para 7º e 8º anos, mediante justificativa
fundamentada da escola encaminhada para o parecer do NRE de Irati e análise do
DEB/Coordenação de Educação Integral. O trabalho nas Salas de Apoio à Aprendizagem
requer metodologias diferenciadas visando à superação das dificuldades dos alunos e os
conteúdos a serem trabalhados devem levar em conta as defasagens remanescentes das
séries anteriores relacionadas à oralidade, leitura, escrita e cálculos. Para o ingresso nestas
Salas de Apoio, o aluno deverá ser encaminhado pelo professor regente da turma mediante
diagnóstico e Ficha de Encaminhamento para as respectivas séries, podendo este ser
desligado do programa assim que houver a superação das suas dificuldades.
Os alunos que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico
significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência intelectual são encaminhados para
a Sala de Recursos, que se constitui em um serviço especializado de natureza pedagógica
que apoia e complementa o atendimento educacional realizado em Classes Comuns do
Ensino Fundamental do 6º ao 9º anos.
A Sala de Recursos funciona 40 horas semanais (manhã e tarde) e atende no máximo
30 alunos por turno, sendo este atendimento por intermédio de cronograma, organizados
preferencialmente por faixa etária e/ou necessidades pedagógicas. O aluno é atendido em
horário contrário ao que está matriculado, podendo ser de duas a quatro vezes por semana,
não ultrapassando duas horas diárias. O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos parte
dos interesses, necessidades e dificuldades de aprendizagem específica, de cada aluno,
oferecendo subsídios pedagógicos e contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos da
classe comum.
Os conteúdos pedagógicos defasados, são trabalhados com metodologias e
estratégias diferenciadas e quando o aluno superar suas dificuldades, poderá ser desligado
com registro em ata e relatório pedagógico elaborado pelo professor do Serviço de Apoio
Especializado (Sala de Recursos), juntamente com a equipe técnico pedagógica e com
apoio dos professores da classe comum.
O Estado tem a responsabilidade de oferecer todas as condições de infraestrutura, de
caráter pedagógico, com apoio inclusive, de profissionais específicos que possam ajudar na
prática pedagógica do corpo docente das escolas (rede de apoio). As ações da escola
precisam de respaldo técnico pedagógico substancial para cumprir seus objetivos de uma
escola para todos, que se ajuste às necessidades dos alunos, que aceite as diferenças,
valorize a diversidade humana, respeito mútuo e que os pais sejam, efetivamente, parceiros
educativos.
17
Com o objetivo de aumentar o índice de aprovação em todas as disciplinas, assim
como, melhorar as habilidades de leitura, interpretação de textos e raciocínio lógico, foi
desenvolvido no ano de 2009, o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE-Escola),
com recursos liberados pelo FNDE (Fundo Nacional Desenvolvimento Educacional), o qual
vem contribuindo para a melhoria do índice de Desenvolvimento da Educação Básica- IDEB.
Através das ações do PDE-Escola, procurou-se também, conscientizar os pais da
importância da sua participação ativa na vida escolar e acompanhamento do processo
ensino/aprendizagem dos filhos, assim como todos os representantes da sociedade civil
(Igreja, associações de bairros, creche, clube de mães, associações esportivas, posto de
saúde, indústria e comércio), para que também auxiliassem na conscientização de seus
grupos para a participação ativa na educação.
Todas as ações tomadas, objetivaram melhorar a qualidade de ensino do colégio,
elevar o índice de aprovação, reduzir o índice de evasão e principalmente de repetência.
Podemos observar através dos resultados do IDEB que houve uma melhora significativa em
nossos índices: 2005 - 3,0; 2007 - 3,5 e 2009 – 4,3, justificando assim a relevância do
Programa em questão.
5.4 AVALIAÇÃO
Segundo VASCONCELLOS (1994, p.96), “o processo avaliativo é, antes de tudo, uma
questão política, portanto não pode ser entendida isoladamente, uma vez que reflete
determinada concepção de homem, de educação e de sociedade.” Repensar a avaliação
implica refletir sobre todo o processo educativo.
O ato de avaliar, de atribuir valor a alguma coisa, não pode limitar-se à simples
verificação da aprendizagem de conteúdos através de provas e de notas. Embora tais
instrumentos possam ser parte do processo, a avaliação tem um significado mais amplo,
uma vez que envolve a formação de juízos e a apreciação de aspectos qualitativos
dificilmente representáveis em uma escala numérica. A escola não pode eximir-se de
apreciar, o desenvolvimento integral do educando, ou seja, seu crescimento afetivo, social e
ético.
Para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos, é preciso criar condições para o
aluno atuar também como sujeito avaliador. Não se pode avaliar a aprendizagem sem
avaliar o ensino, a prática do professor e as condições oferecidas pela escola como partes
de um todo que se constitui o processo educativo.
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de
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diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da
prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse
processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma
reflexão sobre a ação da prática pedagógica. Para cumprir essa função a avaliação deve
possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e
a aprendizagem. Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação:
acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e
mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer
emergir novas práticas educativas. (LIMA, in DCE's Do Estado do Paraná, 2008).
Quanto aos procedimentos e instrumentos de avaliação, os professores poderão fazer
uso da observação sistemática ou informal, que permite conhecer melhor seus alunos em
todos os aspectos, analisar seu desempenho nas atividades e compreender seus avanços e
dificuldades, ajudando-o em sua aprendizagem. A observação deverá ser registrada para
que o professor acompanhe melhor o aluno. A utilização repetida e exclusiva de um mesmo
tipo de instrumento de avaliação reduz a possibilidade de observar os diversos processos
cognitivos dos alunos, tais como: memorização, observação, percepção, descrição,
argumentação, análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre
outros.
A prova se constitui em um importante instrumento de avaliação, porém não pode ser
o único indicador de desempenho, pois fornece um diagnóstico do aluno, individualmente, e
da turma, como um todo, levando o professor a repensar sua prática, direcionando suas
ações futuras para a solução de problemas identificados por meio dos resultados. Há vários
procedimentos para a aplicação destas, podendo ser: prova individual, em grupos, com
consulta, oral, etc.
Os trabalhos em grupo como: pesquisas, jogos, painéis, maquetes, relatórios, entre
outros, permitem desenvolver e avaliar a formação global do aluno quanto à cooperação,
troca de pontos de vista, confronto e comprometimento dos componentes do grupo. Para
que sejam efetivos é importante que sejam realizados na escola.
O número de avaliações de cada disciplina, utilizando os instrumentos descritos
acima, dependem do número de aulas. A nota bimestral do aluno será resultante da
somatória dos valores atribuídos em cada instrumento de avaliação, sendo valores
cumulativos em várias aferições, na sequência e ordenação de conteúdos.
Os conselhos de classe têm a finalidade de garantir a alta qualidade da educação e o
bom desempenho dos alunos, pois se constitui em um instrumento de avaliação diagnóstica
e processual, devendo ocorrer de maneira sistemática e contínua. Esse encontro não se
19
restringirá ao julgamento do sucesso ou fracasso do aluno, mas será compreendido como
um processo, ou seja, um conjunto de atuações que tem a função de sustentar e orientar a
intervenção pedagógica nas turmas ou alunos, individualmente.
Todos os alunos têm direito à recuperação de conteúdos e esta deve acontecer
paralelamente ao processo, todas as vezes em que os métodos empregados pelos
educadores não forem suficientes para propiciar a aprendizagem dos alunos. Dessa forma,
a recuperação é o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os
encaminhamentos metodológicos para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Neste
sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdos, e
sendo de caráter obrigatório, a lei determina que ocorra concomitantemente ao processo
educativo, cabendo à escola e aos educadores tomarem as providências e oferecerem
novas estratégias de recuperação a fim de que o aluno aprenda o que deveria ter aprendido.
Segundo o Regimento Escolar desta instituição de ensino, na avaliação do
aproveitamento escolar, deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem
sobre os dados quantitativos e entre os resultados obtidos durante o período letivo e os da
recuperação, prevalecerão aqueles de maior valor.
Na forma de comunicação dos resultados, os critérios, processos de avaliação,
classificação e promoção serão seguidos de acordo com o Regimento desta Instituição de
Ensino.
Em conclusão e consonância com as DCE's do Estado do Paraná, a avaliação do
processo ensino-aprendizagem, entendida como questão metodológica da responsabilidade
do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir, bem como: Prova
Brasil, SAEB, ENEM, IDEB, que avaliam o sistema escolar.
5.4.1 PLANO PERSONALISADO DE ATENDIMENTO
Para o atendimento e regularização da vida escolar do aluno em distorção idade/série
do Ensino Fundamental, poderá ser realizado o Plano Personalizado de Atendimento – PPA.
Este, é uma iniciativa da Assessoria de Mobilização de Pais, Professores e Amigos da Rede
Escolar – AMPARE e trata-se de um processo de atendimento individual e aplicação de
avaliações aos alunos do 6º ao 8º anos inscritos no plano, para realização de reclassificação
dos mesmos, de acordo com os resultados obtidos no decorrer do processo.
Quanto à estrutura e funcionamento do P.P.A., a instrução do mesmo esclarece que,
após levantamento dos alunos em defasagem idade e série, realizada pela Equipe
Pedagógica, os pais serão convocados para realizarem a inscrição dos filhos no Plano, bem
20
como assinarem os termos de compromissos, responsabilizando-se pelo acompanhamento
e orientação em casa, do aluno, para os estudos independentes, visando o bom
desempenho nas avaliações. Aos professores cabe elencar os conteúdos essenciais em
cada disciplina das séries finais do Ensino Fundamental, elaborar as apostilas, as avaliações
e auxiliar os alunos nos aulões de revisão. Aos alunos cabe realizar os estudos
independentes em casa, informar os pais sobre todas as atividades do P.P.A., comparecer
nos aulões de revisão e realizar as avaliações.
Após os resultados das avaliações, a secretaria da escola fará a inclusão dos alunos
nas séries adequadas e organizará a sua documentação, arquivando na pasta individual do
aluno, toda a documentação que prove a participação do mesmo no P.P.A. e assim, a sua
reclassificação.
VI. MARCO OPERACIONAL
Os ajustes operacionais devem ser realizados sempre que houver necessidade ou a
partir de dados obtidos na avaliação institucional. Trata-se de garantir a qualidade de ensino
que se traduza numa organização escolar capaz de promover o aluno e de prepará-lo para
a vida, assim como fortalecer a união entre todos os segmentos escolares e ampliar a
participação dos órgãos colegiados.
A garantia de um ambiente propício à educação, dentro da sala de aula, nas
dependências e no entorno da escola exigirá de todos os profissionais atitudes de co-
responsabilidade no resgate de valores educacionais, que promoverão e contribuirão para a
formação dos alunos, correspondendo dessa forma à confiança que as famílias depositam
na escola.
6.1 CARACTERIZAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO
Adriane de Fátima Borges ProfessoraLicenciatura: Geografia
Especialização: Geografia em Desenvolvimento Regional
Adriane Teixeira Remes Professora Licenciatura: Letras - Língua Portuguesa e Artes
Ana Maria Pedroso Professora Licenciatura: História
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Especialização: Literatura, Artes e História
Ana Maria Ruva ProfessoraLicenciatura: Letras
Especialização: Língua PortuguesaEspecialização: Processo do Ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa
Ana Paula Korevar Franco Professora Licenciatura: Química
Andréia Sikora ProfessoraLicenciatura: Ciências
Complementação em BiologiaEspecialização: Ciências Matemáticas e
suas Tecnologias
Carlos Gutervil Professor Licenciatura: História
Cecília Wantroba Filipus Professora Licenciatura: LetrasEspecialização: Língua Portuguesa
Claudenice Ianiski Professora Licenciatura: Letras
Crislaine Vieira Monteiro Professora Licenciatura: Letras – Língua Portuguesa e Espanhol
Darusa Nascimento dos Santos
Professora Licenciatura: Letras – Língua Portuguesa
Eloisa Van Der Neut Moraes ProfessoraLicenciatura: Ciências
Especialização: Metodologia do Ensino Aprendizagem Matemática do Processo
Educativo
Ernani Pedro de Ramos Professor Licenciatura: Ciências Naturais e Física
Evelyn Luitz DiretoraLicenciatura: Ciências
Complementação em MatemáticaEspecialização: Orientação Educacional,
Supervisaõ Escolar e Gestão Escolar
Gisele Zavelinski Zanlorensi Professora Licenciatura: Letras – Língua Portuguesa
Jaqueline Vosniak Venâncio Professora Licenciatura: Ciências Biológicas
Jean Carlo Mioranza Professor Licenciatura: História
22
Larissa Grokoviski Professora Licenciatura: CIências
Lia Mara Caos Professora Pedagoga
Licenciatura: PedagogiaEspecialização: Psicopedagogia
Lilian Zainedin
ProfessoraPedagoga
Licenciatura: PedagogiaEspecialização: Psicopedagogia
Lorena Luitz Byczkovski Professora Licenciatura: Ciências Complementação em Física
Lucas Hlatki Professor Licenciatura Plena: CiênciasEspecialização: Psicopedagogia
Luciano Mizinoski Agente EducacionalI
Licenciaturas: História e Geografia
Marcela Gadens Anciuti Kaminski
ProfessoraLicenciatura: Educação Física
Especialização: Didática – Fundamentos Teóricos da Prática Pedagógica
Marcela de Moraes Professora Licenciatura: Educação Física
Márcia Molinari ProfessoraLicenciatura: Letras Português – Inglês
Especialização: Ensino da Língua Portuguesa Teoria e Prática
Márcia Regina Cardoso Andrade
Secretária Ensino Médio – Técnico em Contabilidade
Maria Luiza Massuqueto Professora Licenciatura: Letras
Mari Eliane Blen da Silva Professora Licenciatura: Pedagogia
Maria Teresinha Wandrechoski
Professora Licenciatura: Letras e Artes Visuais
Marilda Gadens ProfessoraLicenciatura: Ciências
Especialização:Metodologia do Ensino – aprendizagem de Matemática no Processo
Educativo
Marines Michelon Beal Professora Licenciatura: Filosofia
23
Marivete Dártico NósAuxiliar de
Serviços Gerais Séries Iniciais do Ensino Fundamental
Mário Kanarski Professor Licenciatura: HIstória
Matilde de Fátima Souza dos Santos
Professora Licenciatura: Pedagogia
Miriam Margarida Stadikoski Professora Licenciatura: Matemática
Neusa Arantes de Campos Professora Pedagoga
Licenciatura: PedagogiaEspecialização: Psicopedagogia, Educação
de Jovens e Adultos e Orientação Educacional
Patricia Helena Borges Agente Educacional I Ensino Médio
Renata Daniela Molinari Prado Professora Licenciatura: Geografia
Rosângela Klosoviski Professora Licenciatura: Matemática
Rosicleia Alessi Agente Educacional II
Licenciatura: CiênciasEspecialização: Instrumentalização para o
Ensino de Ciências-Biologia
Sandra Beatriz Rodrigues França
Professora Licenciatura: Letras - Língua Portuguesa
Silvane Nogueira Agente Educacional II
Licenciatura: Pedagogia
Sueli Teresinha Filipaki Gadens
ProfessoraLicenciatura: Ciências
Especialização: Educação Especial Deficiência Mental
Victa Ogg Jonson Gonçalves Agente Educacional I Ensino Médio
6.2 ESPECIFICAÇÃO DA FUNÇÃO:
24
Compete ao diretor (a):
− Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
− Responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;
− Coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar;
− Coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação;
− Implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
− Coordenar a elaboração do plano de Ação Do estabelecimento de ensino e submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
− Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;
− Elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;
− Prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho Escolar e fixando-os em edital público;
− Coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a legislação em vigor, submetendo-o à precisão do conselho escolar e, após, encaminha-lo ao Núcleo Regional de Educação para a devida aprovação;
− Garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos da administração estadual;
− Encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente escolar, quando necessária, aprovadas pelo Conselho Escolar;
− Deferir os requerimentos de matrícula;
− Elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de acordo com as orientações da Secretaria de Estado da Educação, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para homologação;
− Acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente e o cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de conteúdo aos discentes;
− Assegurar os cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividades estabelecidos;
− Promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa no âmbito escolar;
− Propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou fechamento de cursos;
− Participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;
− Supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;
− Presidir o o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;
− Definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe auxiliar operacional (Agentes Educacionais I e II);
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Compete ao Professor Pedagogo:
− Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
− Orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma perspectiva democrática;
− Participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico escolar;
− Coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica Curricular do estabelecimento de ensino;
− Orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
− Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico;
− Coordenar os trabalhos da Equipe Multidisciplinar, assim como controlar a assinatura da frequência, encaminhando às fichas para a Coordenação de Formação Continuada, via NRE.
− Organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
− Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
− Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas;
− Organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;
− Proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;
− Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;
− Participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento, subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
− Orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;
− Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
− Participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e projetos de incentivo à leitura;
− Acompanhar as atividades desenvolvidas no Laboratório de Informática;
− Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
− Coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;
− Colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da Secretaria de Estado da Educação;
26
− Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
− Acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
− Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
− Coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
− Acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;
− Orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação, reclassificação (Plano Personalizado de Atendimento - PPA), aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme legislação em vigor;
− Organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de dias letivos, horas e conteúdos aos discentes;
− Orientar, acompanhar e vistar periodicamente os Livros Registro de Classe;
− Organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
− Solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades educacionais especiais;
− Coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;
− Acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento integral;
− Acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
− Acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver necessidade de encaminhamentos;
− Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;
− Manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;
− Acompanhar as práticas de Estágio não-obrigatório, desenvolvidas por alunos deste estabelecimento de ensino;
− Exigir do educando estagiário a apresentação de relatório semestral das atividades dessenvolvidas;
− Elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios dos educandos.
− Zelar pelo cumprimento do termo de compromisso firmado entre a instrituição de ensino e a concedente do estágio.
− Cuidar para que sejam cumpridas as demais obrigações da instituição de ensino, em relação aos estágios e seus educandos, descritas na lei nº 11788/08.
− manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;
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− zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;
− elaborar seu Plano de Ação;
− cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
Compete aos agentes educacionais I:
− Zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente físico escolar;
− executar atividades de manutenção e limpeza, tais como: varrer, encerar, lavar salas, banheiros, corredores, pátios, quadras e outros espaços utilizados pelos estudantes, profissionais docentes e não docentes da educação, conforme a necessidade de cada espaço;
− lavar, passar e realizar pequenos consertos em roupas e materiais; − utilizar aspirador ou similares e aplicar produtos para limpeza e conservação do mobiliário
escolar;− abastecer máquinas e equipamentos, efetuando limpeza periódica para garantir a
segurança e funcionamento dos equipamentos existentes na escola;− efetuar serviços de embalagem, arrumação, remoção de mobiliário, garantindo acomodação
necessária aos turnos existentes na escola; − disponibilizar lixeiras em todos os espaços da escola, preferencialmente, garantindo a
coleta seletiva de lixo, orientando os usuários – alunos ou outras pessoas que estejam na escola para tal;
− coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto; − executar serviços internos e externos, conforme demanda apresentada pela escola; − racionalizar o uso de produtos de limpeza, bem como zelar pelos materiais como vassouras,
baldes, panos, espanadores, etc.; − comunicar com antecedência à direção da escola sobre a falta de material de limpeza, para
que a compra seja providenciada; − abrir, fechar portas e janelas nos horários estabelecidos para tal, garantindo o bom
andamento do estabelecimento de ensino e o cumprimento do horário de aulas ou outras atividades da escola;
− guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição, quando for o caso, ou deixar as chaves nos locais previamente estabelecidos;
− zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio, atentando para eventuais anormalidades, bem como identificando avarias nas instalações e solicitando, quando necessário, atendimento policial, do corpo de bombeiros, atendimento médico de emergência devendo, obrigatoriamente, comunicar as ocorrências à chefia imediata;
− controlar o movimento de pessoas nas dependências do estabelecimento de ensino, cooperando com a organização das atividades desenvolvidas na unidade escolar;
− encaminhar ou acompanhar o público aos diversos setores da escola, conforme necessidade;
− acompanhar os alunos em atividades extra classe quando solicitado;− preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho; − participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários ou outros encontros correlatos às
funções exercidas ou sempre que convocado; − agir como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção do ambiente
físico, do meio-ambiente e do patrimônio escolar; − efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas; − preparar a alimentação escolar sólida e líquida observando os princípios de higiene,
valorizando a cultura alimentar local, programando e diversificando a merenda escolar; − responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação dos insumos recebidos para a
preparação da alimentação escolar;
28
− verificar a data de validade dos alimentos estocados, utilizando-os em data própria, a fim de evitar o desperdício e a inutilização dos mesmos;
− atuar como educador junto à comunidade escolar, mediando e dialogando sobre as questões de higiene, lixo e poluição, do uso da água como recurso natural esgotável, de forma a contribuir na construção de bons hábitos alimentares e ambientais;
− organizar espaços para distribuição da alimentação escolar e fazer a distribuição da mesma, incentivando os alunos a evitar o desperdício;
− acompanhar os educandos em atividades extracurriculares e extraclasse quando solicitado; − realizar chamamento de emergência de médicos, bombeiros, policiais, quando necessário,
comunicando o procedimento à chefia imediata; − preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho;− comunicar ao(à) diretor(a) , com antecedência, a falta de algum componente necessário à
preparação da alimentação escolar, para que o mesmo seja adquirido; − efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas.
______________________________________________________________________________
Compete aos agentes educacionais II
− Realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar onde trabalha; − Auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como educador e gestor dos
espaços e ambientes de comunicação e tecnologia; − Manter em dia a escrituração escolar: boletins estatísticos; redigir e digitar documentos em
geral e redigir e assinar atas;− Receber e expedir correspondências em geral, juntamente com a direção da escola;− Emitir e assinar, juntamente com o diretor, históricos e transferências escolares; − Classificar, protocolar e arquivar documentos; − Prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial; − Atender ao telefone; − Prestar orientações e esclarecimentos ao público em relação aos procedimentos e atividades
desenvolvidas na unidade escolar; − Lavrar termos de abertura e encerramento de livros de escrituração; − Manter atualizados dados funcionais de profissionais docentes e não docentes do
estabelecimento de ensino; − Manter atualizada lista telefônica com os números mais utilizados no contexto da escola; − Comunicar à direção fatos relevantes no dia-a-dia da escola; − Manter organizado e em local acessível o conjunto de legislação atinente ao estabelecimento
de ensino; − Executar trabalho de mecanografia e de reprografia; − Acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades extraclasse ou extracurriculares; − Participar de reuniões escolares sempre que necessário; − Participar de eventos de capacitação sempre que solicitado; − Manter organizado o material de expediente da escola; − Comunicar antecipadamente à direção sobre a falta de material de expediente para que os
procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados; − Executar outras atividades correlatas às ora descritas; − Catalogar e registrar livros, fitas, DVD, fotos, textos, CD; − Registrar todo material didático existente na biblioteca, nos laboratórios de ciências e de
informática; − Manter a organização da biblioteca, laboratório de ciências e informática;− Restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura; − Atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção do banco de dados; − Zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos da Biblioteca; − Conservar, conforme orientação do fabricante, materiais existentes nos laboratórios de
informática e de ciências; − Reproduzir material didático através de cópias reprográficas ou arquivos de imagem e som em
29
vídeos, “slides”, CD e DVD; − Registrar empréstimo de livros e materiais didáticos; − Organizar agenda para utilização de espaços de uso comum; − Zelar pelas boas condições de uso de televisores e outros aparelhos disponíveis nas salas de
aula; − Zelar pelo bom uso de murais, auxiliando na sua organização;− Agir como educador, buscando a ampliação do conhecimento do educando, facilitada pelo uso
dos recursos disponíveis na escola; − Quando solicitado, participar das capacitações propostas pela SEED ou outras de interesse da
unidade escolar; − Decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos na prática escolar; − Executar outras atividades correlatas às ora descritas.
Compete aos Professores:
− Elaborar com os demais segmentos, o Projeto-Político-Pedagógico do Estabelecimento de Ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação;
− Contribuir para o desenvolvimento da proposta pedagógica do estabelecimentos de ensino; − Elaborar o planejamento anual de sua disciplina e trabalhar pelo seu cumprimento em
consonância com a proposta pedagógica do estabelecimento de Ensino, com os princípios norteadores das políticas educacionais da SEED e com a legislação vigente para a Educação Nacional;
− Escolher juntamente com os pedagogos os livros e materiais didáticos comprometidos com a política educacional da Secretaria de Estado da Educação;
− Realizar a transposição didática dos conhecimentos selecionados, respeitando as especificidades dos alunos;
− Conduzir sua ação escolar contemplando as dimensões teóricas e práticas dos saberes e atividades escolares;
− Realizar a avaliação da aprendizagem de modo a acompanhar o processo de construção do conhecimento dos alunos;
− Intervir para que os alunos possam superar eventuais defasagens e/ou dificuldades; − Assumir compromisso com a formação continuada, participando dos programas de capacitação
ofertados pela mantenedora e/ou por outras instituições, mantendo atitude permanente de estudo, pesquisa e produção;
− Desenvolver procedimentos metodológicos variados que facilitem e qualifiquem o trabalho pedagógico;
− Organizar a rotina de sala de aula, observando e registrando dados que possibilitem intervenções adequadas, sobretudo nos momentos de dificuldade no processo ensino-aprendizagem e situações conflituosas;
− Utilizar o espaço e o tempo em sala de aula e demais ambientes escolares;− Procurar identificar e respeitar as diferenças entre os alunos; − Conhecer e utilizar técnicas e recursos tecnológicos, como instrumentos de apoio pedagógico; − Exprimir-se com clareza na correção de atividades propostas aos alunos;− Conduzir os procedimentos em sala de aula de maneira emocionalmente equilibrada e ter
capacidade para mediar situações de conflito;− Desenvolver aulas que proporcionem a interação aluno-professor e aluno-aluno, favorecendo a
atitude dialógica; − Adotar uma postura reflexiva, crítica, questionadora, orientando os alunos− a formular e expressar juízos sobre temas, conceitos, posições e situações;− Expressar-se por meio de várias linguagens, visando o enriquecimento e a inteligibilidade de
suas aulas bem como dos materiais produzidos para apoio pedagógico; − Expressar-se verbalmente de maneira objetiva e compreensível, com dicção clara; − Desenvolver as aulas de forma dinâmica, versátil e coerente com a disciplina e especificidades
30
dos educandos; − Obedecer aos preceitos vigentes na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, Estatuto da Criança e do Adolescente, na Legislação Estadual e demonstrar, em situações práticas, as atividades propostas aos educandos, utilizando-se como referência os estímulos visuais, auditivos e motores;
− Trabalhar, demonstrativa e conceitualmente, com materiais específicos de sua área/disciplina;− Participar e/ou colaborar com atividades lúdicas, culturais e desportivas dinamizadas dentro do
contexto escolar.− Ser assíduo, pontual e manter conduta adequada à sua condição;− Conhecer, cumprir e fazer cumprir as normas estabelecidas no Regimento Escolar deste
estabelecimento;
A partir da revisão constante dos processos educacionais, a escola realiza todos os
ajustes operacionais necessários.
A reflexão sobre as profundas mudanças que estão se processando na sociedade
dão a impressão de que o professor é dispensável e pode ser substituído por computadores
ou outros equipamentos tecnológicos, através dos quais o educando adquire
conhecimentos. Todavia, quando se buscam mudanças efetivas na sala de aula ou na
sociedade, imediatamente se pensa no professor, tanto no aspecto didático- pedagógico,
quanto no aspecto político.
O professor tem a nobre missão de facilitar a aprendizagem por meio de sua
mediação pedagógica entre o aluno e o objeto de conhecimento. Esse conhecimento do qual
o aluno se apropria não se destina à escola, mas a um âmbito maior, a sociedade.
Para que ocorram as transformações sociais esperadas, a escola deve delinear suas
ações, organizando o trabalho pedagógico escolar nas perspectivas: administrativa,
financeira, pedagógica e político- educacional.
Somos desafiados a saber lidar com o desinteresse, a falta de compromisso e
indiferença às questões de sala de aula, portanto refletir sobre valores como respeito e
responsabilidade são de fundamental importância. A escola com normas estabelecidas,
conhecidas e cumpridas pelos alunos; orientadas, acompanhadas e cobradas pelos
professores e famílias favorecem um ambiente organizado, saudável e seguro, propiciando o
processo ensino- aprendizagem.
Com a finalidade de reorganizar a escola, resgatando um ambiente propício à
educação e para preservar a boa imagem desta, a comunidade escolar deve conhecer e
cumprir as etapas de trabalho descritas no Plano de Ação.
Quanto à polêmica e incômoda indisciplina, faz-se necessário que a equipe
pedagógica , corpo docente e outros segmentos da instituição, procurem conhecer e analisar
a realidade educacional e familiar dos educandos e assegurem o cumprimento das normas
disciplinares e procedimentos operacionais contempladas no Regimento Escolar.
31
Para consolidar a questão acima mencionada, é de fundamental importância a
participação da família na escola, para que esta seja esclarecida que a harmonia se
estabelece em qualquer ambiente quando as pessoas passam a ser autodisciplinadas, ou
seja, convivem com respeito, responsabilidade e limite. As famílias participarão de encontros
frequentes através de reuniões no estabelecimento de ensino, nas comunidades de origem
dos alunos (reuniões descentralizadas), atividades de cunho artístico, cultural ou religioso ou
por meio de visitas domiciliares, quando necessário.
Fazendo referência às ações do Colégio Estadual Trajano Grácia quanto ao
desenvolvimento de projetos.
6.3 FORMAÇÃO CONTINUADA
A LDB 9394/96, TÍTULO VI, DOS PROFISSIOANAIS DA EDUCAÇÃO, do Art.61
ao Art.67, normatiza sobre a formação dos docentes para atuarem na Educação Básica de
qualidade, atendendo aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e as
características de cada fase do desenvolvimento do educando, tendo como fundamentos a
associação entre teorias e práticas, inclusive mediante capacitação em serviço e
aproveitamento da formação e experiências anteriores para o melhor desempenho
profissional.
Assim, atendendo a Lei e visando a preparação para o atendimento das
especificidades dos alunos oriundos do 5º ano, assegurando o entendimento dos objetivos
do Ensino Fundamental de Nove anos, no Colégio Estadual Trajano Grácia, a equipe de
professores e funcionários participam das capacitações ofertadas pelo NRE e SEED, assim
como outros cursos de formação continuada, oferecidos por entidades Estaduais, Federais
e Particulares, como por exemplo, a Universidade Estadual do Centro-Oeste –
UNICENTRO, a qual mantém parceria com este estabelecimento.
Quanto à articulação entre Educação Infantil, Anos Iniciais e Finais do Ensino
Fundamental, ocorreu neste estabelecimento, no 2º semestre de 2011, a implementação do
Projeto PDE da Professora Pedagoga Neusa Arantes de Campos, com o tema: “A transição
do 5º para o 6º ano, uma dificuldade a mais na Escola”, o qual buscou atender às
necessidades da nossa realidade com relação ao Ensino de 9 anos (Instrução nº 009/11),
bem como, todas as dificuldades que o aluno encontra neste período de transição. Este
trabalho terá continuidade no ano de 2012, iniciando-se com a recepção aos alunos do 6º
ano, reuniões com pais e professores.
32
6.4 FERA COM CIÊNCIA
Com o objetivo de estimular o desenvolvimento e a criatividade dos alunos, assim
como despertar a curiosidade intelectual e a motivação para a realização de pesquisas,
estes participam anualmente do projeto FERA COM CIÊNCIA, o qual é a integração do
Projeto Festival de Arte da Rede Estudantil (FERA) com o Projeto Educação Com Ciência,
ambos propostos pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná e que nos últimos anos
se configuram como atividades integradoras de grande expressão educacional.
O Projeto FERA, propicia o enriquecimento na formação de alunos e professores,
desperta talentos inatos e faz com que se criem laços de amizades e companheirismo entre
os jovens, além de aprimorar conhecimentos sobre a arte, valorizando assim as múltiplas
inteligências. Da mesma forma, o Projeto Educação Com Ciência oferece a oportunidade de
divulgação de trabalhos de natureza científica criando experiências diversificadas para a
formação de cidadãos críticos e conscientes de seu papel transformador. Ambos os
Projetos, programas pioneiros na Educação do Paraná, estimulam o aprendizado de
conteúdos curriculares e a produção cultural e despertaram na comunidade educacional o
interesse pela cultura, pela arte e pela ciência, fortalecendo-a para estender o conhecimento
adquirido a todos os domínios da vida.
6.5 EDUCAÇÃO DO CAMPO
A educação do campo é construída a partir das demandas, da luta e das experiências
das pessoas que vivem no campo.
Sabemos que especialmente os jovens, encontram limites para permanecer no
campo, pois falta-lhes perspectivas quanto às atividades desenvolvidas, geração de renda,
falta de terra e o modelo educacional que não os prepara para um trabalho direcionado para
o contexto social em que vivem.
Sendo função de escola possibilitar ao corpo discente, a compreensão da
realidade em que estão inseridos e o fato de uma parcela dos alunos deste estabelecimento
de ensino pertencer ao meio rural, estabelecemos uma parceria com o SENAR (Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural) e através do Projeto Jovem Agricultor Aprendiz, noções
básicas de Ovinocultura, Bovinocultura, Turismo Rural, Fruticultura e Tratorista estão sendo
trabalhados com alunos pertencentes ao meio.
Esta experiência acontece de duas a três vezes por semana, em contra-turno e a
33
metodologia utilizada vem resgatando a riqueza da diversidade que esta realidade
proporciona.
6.6 JOGOS ESCOLARES
Os alunos deste estabelecimento de ensino participam dos Jogos Escolares, que
promovem o desporto educacional, através de várias modalidades esportivas, dando
oportunidade de participação a um maior número de alunos, despertando o gosto pela
prática de esportes, com fins educativos e formativos.
Os jogos escolares tem os objetivos de congregar os alunos das várias regiões do
Estado, propiciando o estímulo recíproco, intercâmbio social, a vivência e reflexo sobre os
aspectos positivos do esporte, contribuindo para situar a escola como centro cultural,
desportiva e formativa da comunidade e propiciar a oportunidade para o surgimento de
novos talentos esportivos sem perder de vista os valores educacionais dos Jogos Colegiais
do Paraná.
6.7 EDUCAÇÃO FISCAL
A educação fiscal deve ser compreendida como forma de estimular o contribuinte a
garantir a arrecadação e o acompanhamento de aplicação dos recursos arrecadados em
benefício da sociedade, fazendo-o com justiça, transparência, honestidade e eficiência,
minimizando, dessa forma, o conflito de relação entre o contribuinte e o Estado. A educação
fiscal faz parte dos Desafios Educacionais Contemporâneos e será trabalhado sempre que
necessário fazendo parte dos conteúdos disciplinares.
O objetivo desse tema é promover e institucionalizar a Educação Fiscal para o pleno
exercício da cidadania.
Através da institucionalização da Educação Fiscal, o Colégio Estadual Trajano Grácia
pretende:
• Levar o cidadão a refletir a função socioeconômica do tributo.
• Levar conhecimento aos cidadãos sobre administração pública.
• Incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos
recursos públicos.
• Criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o
cidadão.
34
6.8 PROJETO ESCOLA DE PAIS
O Projeto Escola de Pais, existente desde o ano de 2007, proporciona o envolvimento
da família, escola e comunidade, na tentativa de alcançar um menor índice de evasão e
repetência, procurando a melhoria da qualidade de ensino. A Escola de Pais atua como elo
entre escola e pais, com o propósito de resgatar o respeito, a dignidade, a cumplicidade e o
apoio entre ambas as instituições.
O mesmo tem por objetivos:
− Despertar o interesse dos pais nos assuntos escolares;
− Orientar os pais na educação de seus filhos;
− Resgatar a autoestima dos envolvidos no projeto;
− Promover o entretenimento na família proporcionando o relaxamento das tensões diárias;
− Tornar o ambiente escolar mais atrativo para a comunidade;
− Proporcionar o resgate da cidadania e da criatividade;
A programação a ser desenvolvida na Escola de Pais, acontece em reuniões
bimestrais ou semestrais, em período noturno, oferecendo à comunidade: palestras,
seminários, oficinas, videos educativos, estudo dirigido dinâmicas de grupo, apresentações
artísticas e culturais e sorteio de brindes. Para ministrar as palestras e/ou demais atividades,
são convidadas pessoas da comunidade, profissionais liberais, professores, artistas locais,
grupos folclóricos, APAE, entidades afins, etc.
6.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO
Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de
trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo do educando. O estágio visa ao
aprendizado de competências, próprias da atividade profissional e à contextualização
curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.
Estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à
carga horária regular e obrigatória.
A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre o colégio, o
aluno estagiário, seu representante legal e a parte concedente, devendo constar no termo
de compromisso, ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar seis horas
diárias e trinta horas semanais.
O estágio, como ato educativo escolar, deverá ter acompanhamento efetivo de
professor orientador, como descrito no item 6.2 deste documento, o qual trata da
especificação da função da Pedagoga. Para efeitos legais seguir-se-ao os previstos na Lei
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Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, assim como, o Plano de Estagio Não-
Obrigatório deste estabelecimento (Anexo I).
6.10 TEMÁTICAS SOCIOEDUCACIONAIS
As Temáticas Socioeducacionais são demandas que possuem uma historicidade, por
vezes fruto das contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios
dos movimentos sociais e, por isso, prementes na sociedade contemporânea. Nesse
sentido, questões como Cidadania e Direitos Humanos: Bolsa Família, Educação Fiscal,
PETI, Programa Escola Aberta, Programa Saúde na Escola; Educação Ambiental,
Enfrentamento à Violência, Prevenção às Drogas (Lei Est. Nº 11.273/95, Lei Est. Nº
13.198/01 e Dec. 5679/05) são de relevância para a comunidade escolar, pois estão
presentes nas experiências, práticas, representações e identidades de educandos e
educadores.
Assim, dar-se-á abordagem pedagógica desses assuntos, a partir dos conteúdos
escolares e da apropriação dos conhecimentos sistematizados, visando propiciar o resgate
da função social da escola, ou seja, as questões sociais, econômicas, políticas, as
manifestações culturais, étnicas, etc, devem ser mediadas, bem como, respeitadas e
consideradas sem que tais demandas secundarizem o papel do conhecimento escolar.
6.11 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
A Equipe Multidisciplinar é uma instância de organização do trabalho escolar,
coordenada pela equipe pedagógica e instituída por Instrução da SUED/SEED, de acordo
com o disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e
auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Etnico-Raciais e
ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período
letivo, constituindo-se por meio da articulação das disciplinas da Base Nacional Comum e
em consonância com as DCE's, na perspectiva de contribuir para que o aluno negro e
indígena mire-se positivamente, pela valorização da história do seu povo, da cultura, da
contribuição para o país e para a humanidade. Para tanto, a Equipe formada por
professores, funcionários e pedagoga, devidamente cadastrados, realiza encontros para
discussão da temática e organização dos trabalhos, totalizando 80 horas anuais.
6.12 CONSELHO ESCOLAR
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O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de
natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização
do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as
políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o
Projeto Político-Pedagógico e o Regimento do Colégio, para o cumprimento da função
social e específica da escola.
A ação do Conselho Escolar deverá estar fundamentada nos seguintes pressupostos:
a) educação é um direito inalienável de todo cidadão;
b) a escola deve garantir o acesso e permanência a todos que pretendem ingressar no
ensino público;
c) a universalização e a gratuidade da educação básica é um dever do Estado;
d) a construção contínua e permanente da qualidade da educação pública está
diretamente vinculada a um projeto de sociedade;
e) qualidade de ensino e competência político-pedagógica são elementos indissociáveis
num projeto democrático de escola pública;
f) o trabalho pedagógico escolar, numa perspectiva emancipadora, é organizado numa
dimensão coletiva;
g) a democratização da gestão escolar é responsabilidade de todos os sujeitos que
constituem a comunidade escolar;
h) a gestão democrática privilegia a legitimidade, a transparência,a cooperação, a
responsabilidade, o respeito, o diálogo e a interação em todos os aspectos pedagógicos,
administrativos e financeiros da organização de trabalho escolar.
Art. 13 - Os objetivos do Conselho Escolar são:
I - realizar a gestão escolar numa perspectiva democrática , contemplando o coletivo, de
acordo com as propostas educacionais contidas no Projeto Político-Pedagógico da Escola;
II - constituir-se em instrumento de democratização das relações no interior da escola,
ampliando os espaços de efetiva participação da comunidade escolar nos processos
decisórios sobre a natureza e a especificidade do trabalho pedagógico escolar;
III - promover o exercício da cidadania no interior da escola, articulando a integração e a
participação dos diversos segmentos da comunidade escolar na construção de uma escola
pública de qualidade, laica, gratuita universal;
IV - estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do trabalho pedagógico na
escola,a partir dos interesses e expectativas histórico-sociais, em consonância com as
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orientações da SEED e a legislação vigente;
V - acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido pela comunidade escolar,
realizando as intervenções necessárias, tendo como pressuposto o Projeto Político-
Pedagógico da escola;
VI - garantir o cumprimento da função social e da especificidade do trabalho pedagógico da
escola, de modo que a organização das atividades educativas escolares estejam pautadas
nos princípios da gestão democrática.
Art.18 - O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e proporcionalidade, previsto nos artigos 16 e 17, é constituído pelos seguintes conselheiros:
a) Diretora: Evelyn luitz
b) Pedagoga: Neusa Arantes de Campo, Lia Mara Caos
c) Representante do corpo docente : Adriane de Fátima Borges, Renata Daniela
Molinari Prado
d) Representante dos funcionários administrativos: Márica Regina Cardoso
Andrade, Rosicleia Alessi
e) Representante dos funcionários dos Serviços Gerais: Marivete Dártico Nós
f) Representantes do corpo discente : Larissa Fernanda Zinco, André Vinícius
Machado
g) Representante dos pais de alunos: Tereza Cristina Magnabosco de Oliveira,
Maria Helena Sobotka Bartiechen
h) Representantes da Sociedade Civil: Lidalcir Tadeu Puquevicz, Adão da Silva
Gonçalves, Valdemar Barankievicz, Cheila Cristina Fernandes Mehl.
6.13 CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em
assuntos didático- pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de
ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino- aprendizagem na relação professor-
aluno e os procedimentos adequados a cada aluno.
O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre, em datas
previstas no calendário escolar e extraordinariamente, sempre que houver necessidade,
como por exemplo, para a reclassificação dos alunos participantes do Plano Personalizado
de Atendimento – PPA. Este órgão é responsável pela emissão de parecer sobre assuntos
38
referentes ao processo ensino-aprendizagem, pela análise de informações sobre conteúdos
curriculares, encaminhamento metodológico e processo de avaliação.
Se constitui em um espaço interdisciplinar de reflexão, discussão, estudo e tomada
de decisão sobre o trabalho pedagógico na escola.
6.14 APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)
A Associação de Pais, mestres e Funcionários possui as seguintes competências:
• Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica, sugerindo as alterações que
julgar necessárias ao Conselho Escolar do estabelecimento de ensino, para deferimento
ou não;
• Observar as disposições legais e regulares vigentes, inclusive resoluções emanadas da
Secretaria de Estado da Educação, no que concerne à utilização das dependências da
Unidade Escolar para realização de eventos próprios do estabelecimento de ensino;
• Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos, professores,
funcionários, assim como para a comunidade, após análise do Conselho Escolar;
• Promover palestra, conferências e grupos de estudos, envolvendo pais, professores,
funcionários e comunidade, a partir de necessidades apontadas por esses segmentos,
podendo ou não ser emitido certificado, de acordo com os critérios da SEED;
• Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras de entidade, com as
necessidades dos alunos comprovadamente carentes;
• Reunir- se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos advindos de
convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação, bem como, reunir-se
para prestação de contas desses recursos, com registro em ata;
• Apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade escolar, através de
editais e em Assembléia Geral;
• Mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização enquanto órgão
representativo para que esta comunidade expresse suas expectativas e necessidades.
A Diretoria da Associação de Pais, mestres e Funcionários é composta de:
• Presidente: Marisa de Fátima Batista de Souza
• 1ª Secretária: Lia Mara Caos
• 2ª Secretária: Eloisa Van Der Neut
• 1º Tesoureira: Neiva Stepka
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• 2ª Tesoureira: Luzia Luiz Mosele
• 1ª Conselheira Sócio- Cultural-Esportiva: Rosicleia Alessi
• 2º Conselheiro Sócio- Cultural- Esportivo: Luciano Muzinoski
O Conselho Deliberativo Fiscal está representado por:
Márcia Krevi Terezinha Souza Pereira Maria Alves Machado Isabel Rodachinski
6.15 GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil Trajano Grácia é o órgão máximo de representação dos
estudantes do Colégio Estadual Trajano Grácia. As atividades do grêmio são regidas por
estatuto próprio aprovado em assembléia geral convocada para este fim.
O Grêmio Estudantil tem por objetivos:
• Representar condignamente o corpo discente;
• Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do
Colégio;
• Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus
membros;
• Promover a cooperação entre administradores, funcionários,
professores e alunos no trabalho escolar buscando seus aprimoramentos;
• Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e
educacional com outras instituições de caráter educacional, assim como a
filiação às entidades gerais UMES (União Municipal dos Estudantes
Secundaristas), UPES (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas) e
UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas);
• Lutar pela democracia na escola, através do direito de
participação nos fóruns internos de deliberação da escola.
A Diretoria será responsável pelos bens patrimoniais do grêmio e responsável por eles
perante as instâncias deliberativas.
§ 1º Ao assumir a diretoria do Grêmio, o Presidente e o Tesoureiro deverão
assinar um recibo para o Conselho Fiscal, discriminando todos os bem da
entidade.
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§ 2º Ao final de cada mandato, o CF conferirá os bens e providenciará outro
recibo que deverá ser assinado pela nova diretoria.
§ 3º Em caso de ser constatada alguma irregularidade na gestão dos bens, o CF
fará um relatório e o entregará ao CRT e à Assembléia Geral para serem tomadas
providências cabíveis.
§ 4º O Grêmio não se responsabilizará por obrigações contraídas por estudantes
ou grupos sem ter havido prévia autorização da Diretoria.
A diretoria do Grêmio é constituída pelos seguintes cargos:
• Presidente: Larissa Fernanda Zinco
• Vice- presidente: André Vinícius Machado
• Secretário Geral: Nilceu Toniel Pereira
• 1º Secretária: Márcia Gabriela Pianaro Valenga
• Tesoureiro Geral: Ângelo Gabriel Klossovisk
• 1º Tesoureiro: Natali Cristine Pólo
• Diretor Social: Alcione Petrouski
• Diretor de Imprensa: Evandro Carlos Cardoso Teleginski
• Diretor de Esportes: Aline das Graças Soares
• Diretor de Cultura: Nandgello Faustino Razero de Oliveira
• Diretor de Saúde e Meio Ambiente: Andressa Tayna Borges
6.16 PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO - GESTÃO 2012/2014
QUADRO DE METAS
INDICADORESA ESCOLA QUE TEMOS HOJE
A ESCOLA QUE PRETENDEMOS
O QUE VAMOS FAZER
AÇÕES (CURTO, MÉDIO E LONGO
PRAZO)
POTENCIALIDADES DIFICULDADES
1- Gestão de resultados educacionais
-Análise e acompanhamento dos índices do IDEB e o desenvolvimento do Projeto PDE escola, visando
-Envolver toda Comunidade Escolar
-Elevação de índices na avaliação como IDEB e SAEB assim como atingir a melhoria e a qualidade de
-Continuar com ações que envolvam a Comunidade Escolar , na intenção de sensibilizar a
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alcançar elevação desses índices nos próximos anos.
ensino. família da importância do seu envolvimento no processo de ensino e aprendizagem de seus filhos.-Tomar como base, índices do IDEB, para redirecionar ações pedagógicas, visando alcançar a superação nas dificuldades encontradas.
2- Gestão participativa/democrática
-Participação dos órgãos colegiados nas decisões administrativas e pedagógicas
-Projeto Escola de Pais, com a intenção de trazer a Comunidade para o Espaço escolar.
-Presença de todos os envolvidos nesses órgãos
-Sensibilização de todos os envolvidos ,da importância da participação, no processo , priorizando a formação integral dos alunos.
-Desenvolver projetos e ações , com temas direcionados a Gestão Democrática, que tragam a Comunidade Escolar a refletir e perceber a Escola como sua.-Refletir sobre índices alcançados , na intenção da retomada de ações concretas para atingir melhoria nos resultados , cumprindo sua função social.-Continuar o projeto Escola de Pais, para sensibilizar a Comunidade Escolar na importância da sua participação no ambiente escolar.- Definir
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coletivamente as regras democráticas de gestão, aperfeiçoando-as permanentemente.
3- Gestão Pedagógicas
-Equipe pedagógica e direção acompanha todo o processo pedagógico, chamando a família para o acompanhamento do processo . O PPP atualizado, serve como diretriz de ações.
-Ausência de alguns pais.
-Aumentar a discussão do PPP junto à Comunidade Escolar;Equipe pedagógica e direção envolvendo-se no Processo educacional, analisando índices, reavaliando dados, reestruturando ações pedagógica, respaldando o trabalho do professor bem como o seu assessoramento.
-Chamar a Comunidade Escolar a envolver-se em todas as questões pertinentes a ações administrativas e pedagógicas;-Tomar como base o resultado do IDEB, alcançado em 2009 de 4,3 como referência , na busca de superar esse índice, na intenção de chegar o mais próximo possível da meta , onde a média é 6,0 a ser alcançada em 2022.-Refletir, junto a equipe de professores estratégias e ações para reverter resultados , superar dificuldades .-Promover o aperfeiçoamento coletivo( docente e discente), dos pontos que eventualmente venham a ser evidenciados, no decorrer do ano
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letivo, devendo ser aprimorados no processo educativo.
4- Gestão de Inclusão/ Socioeducacional
-Processo via NRE com o pedido de acompanhamento de um professor de libras- Intérprete de Libras, acompanhando o aluno com deficiência auditiva.
-Equipe de apoio pedagógico especializado para cada dificuldade encontrada na inclusão de alunos com deficiências educacionais.
-Procurar junto ao NRE e SEED a solução de problemas encontrados na inclusão sócio educacional, quanto ao suprimento de professores especializados.-Procurar junto aos órgãos competentes pela administração pública, adaptações que se fizerem necessárias.
5- Gestão de Pessoas
-Envolvimento de professores,alunos, equipe pedagógica funcionários e direção nas questões administrativas/ pedagógicas
Individualismo de alguns membros.
-Sensibilização dos envolvidos no processo educacional.
-Incentivar no âmbito escolar, a iniciativa e as ações inovadoras.-Todos envolvidos e responsáveis pelo processo educacional, visando o crescimento individual e coletivo da Comunidade Escolar.- Desenvolver e praticar os conceitos que valorizam e promovem a vida em clima favorável ao ensino e à aprendizagem, na escola em sua organização funcional.
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6- Gestão de serviços de apoio (recursos físicos e financeiros)
-Conhecimento e envolvimento de todos os órgãos colegiados nas decisões referentes a aplicação dos recursos recebidos pela escola, enviados pelos órgãos Federal e Estadual
-Decisão em grupo
-Aumentar o envolvimento e a participação do maior número possível de pessoas nas tomadas de decisões, na aplicação dos recursos oriundos dos Governos Federal e Estadual.- Solicitar ao órgão competênte, na SEED, a ampliação física do Colégio, pois não atende mais as necessidades atuais.
METAS DE MELHORIA DO PROCESSO EDUCATIVO
Prioridades Objetivos Ações Período Público Alvo
Recursos Responsáveis pela ação
Resultados esperados
Elevar os índices na avaliação do IDEB e SAEB
Melhorar a qualidade de ensino e aprendiza-gem
Dar suporte pedagógico a professores, alunos e chamar a Comunidade Escolar a participar dessa superação
2012/ 2014
Comunidade Escolar
Apostilas (Editora IBEP) , apostilas da Prova Brasil (Atualizadas)
Equipe pedagógica e professores
Conservar e/ou superar o atual ídice alcançado no IDEB(4,3)
Propiciar um clima de respeito , harmônico e favorável ao processo de ensino e aprendiza-gem
Sensibili-zar professo-res, alunos , funcioná-rios , equipe pedagógi-ca, quanto a importân-cia das
Paletras interativas ( gratuitas) para o público-alvo,que constam no PPP do Colégio, pois consta no Plano Gestor.
2012/ 2014
Professores, alunos equipe pedagógica e funcionários
Data show,slides, filmes, palestrante
Direção e equipe pedagógica
Respeito e harmonia nas relações interpesso-ais
45
relações interpessoais.
Uso das TICS no processo educacional
Incentivar professores para o uso dos TICS no processo educacional , bem como a alunos e Comunidade Escolar.
Manter em perfeito funciona-mento o laboratório de informática, televisores multimídias, data show, dvds e controles.-Solicitar técnicos do CRTE para apoiar e orientar, assim como funcionário contratado pela SEED, para acompanhar diariamente o laboratório bem como outros materiais tecnológicos.
2012/ 2014
Professores, alunos e Comunidade Escolar
Profissionais e recursos tecnológicos
Direção, equipe pedagógica, CRTE
Uso das TICS por todos os setores envolvidos
Prédio escolar em perfeito estado de higiene e conservação
Conservar o prédio escolar em perfeitas condições de uso e de higiene .
Aplicação de recursos financeiros disponíveis
2012/ 2014
Comunidade Escolar
Materiais necessários para a conservação
Direção e Órgãos Colegiados.
Prédio conservado ,ambiente físico agradável e em perfeitas condições de uso
Transparência na aplicação dos recursos financeiros
Consultar a Comunidade Escolar quanto a aplicação dos recursos- Divulgar amplamente a aplicação dos
Envolver os órgão colegiados nas decisões e ações
2012/ 2014
Órgãos Colegiados
Materiais para divulgação
Direção e Órgãos Colegiados
Comunidade Escolar participativa e envolvida nas questões financeiras
46
recursos em editais , murais e bilhetes informati-vos.
Materiais pedagógicos como apoio ao processo de ensino e aprendiza-gem
Disponibilizar recursos e materiais pedagógi-cos necessários para a melhoria do processo educacional
Adquirir e ofertar material pedagógico necessário ao desenvolvi-mento ações educativas
2012/2014
Professores e alunos
Materiais pedagógicos necessários para ações educativas
Direção e quipe pedagógica
Melhoria nas práticas pedagógicas
VII. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL:
A avaliação institucional, cuja finalidade é ser construída de forma coletiva, social e
pública tem grande relevância para a comunidade escolar e sociedade, pois contribui para
que estas lutem pela melhoria da qualidade da escola. A avaliação institucional se constitui
em um instrumento capaz de identificar as qualidades e deficiências da escola pública, além
de estabelecer a relação da instituição com o sistema.
Em primeira instância se inicia o trabalho de sensibilização envolvendo alunos de
todos os níveis e modalidades de ensino, professores, funcionários, pais. Após mobilizada, a
comunidade escolar realiza discussões permanentes decorrentes dos resultados da
avaliação para mudar o que deve ser mudado, aperfeiçoar o que deve ser aperfeiçoado e
construir o que deve ser construído.
Este processo faz parte da gestão democrática e serve para que os gestores
orientem ações na busca de resultados satisfatórios, contribuindo para a formação de
cidadãos críticos, autônomos e socialmente participativos.
O Projeto-Político-Pedagógico será avaliado para que se estabeleçam novos rumos e
para que a comunidade escolar se comprometa com ações inovadoras visando atingir os
objetivos delineados no plano de ação.
47
VIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ACÚRCIO, Marina R. B. Questões Urgentes na Educação. Coleção Escola em
Ação. Artmed, 2002.
AGENDA 21: Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento. IPARDES, 2001.
DCE's Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da
Educação do Paraná. Paraná, 2008.
ECA Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8069/90.
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Editora
Autores Associados. Campinas-SP, 2002.
LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96. Ministério
da Educação do Brasil.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola. Teoria e Prática. 5a ed.
Goiânia, Editora Alternativa, 2004.
LIMA, E.S. Avaliação na Escola. São Paulo: Sobradinho 107, 2003.
OLIVEIRA, Thelma Alves et al. Cadernos Temáticos: Avaliação Institucional.
Curitiba: SEED-PR, 2004.
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. 6a Ed. Cortez. São Paulo, SP. 2000.
SEVERINO, A .J. Os embates pela cidadania: ensaios de uma abordagem filosófica
48
da nova lei de diretrizes e bases da educação nacional. In: BRZEZINSKI, I. (Org.).
LDB interpretada: diversos olhares se entrecruzam. 2. ed. São Paulo: Cortez,1998.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: construção da disciplina consciente
e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1994.
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
IX. ANEXOS
ANEXO I - Plano de Estágio Não-Obrigatório
ANEXO II - Propostas Pedagógicas Curriculares do Ensino Fundamental e Médio.
49
Colégio Estadual Trajano Grácia – Ensino Fundamental e Médio
Engenheiro Gutierrez – Irati / PR - Fone (42)3422 2588
Res.3744/82 DOE 01/03/83 – Rec. 3999/88 DOE 08/11/88
PLANO DE ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO
Irati2009
I – Identificação da instituição de ensino
1 – Denominação Completa do Estabelecimento de Ensino
C. E. TRAJANO GRÁCIA – E.F. e MÉDIO
2 – Endereço completo
Rua Miguel Gadens, S/N
3 – Bairro/Distrito
Engº. Gutierrez
4 – Município
Irati
5 – NRE
Irati
6 – CEP
84500000
7 – Caixa Postal
8 – DDD
42
9 – Telefone
3422 2588
10 – Fax
3422 2588
11 – E-mail
iritrajanográ[email protected]
12 – Site
http://www.iritrajanogracia.seed.pr.gov.br
13 – Entidade mantenedora
SEED - Paraná
14 – CNPJ/MF
7646965/0001-21
15 – Local e data
Irati, 15 de outubro de 2009.
16 – Assinatura
Direção
II – Identificação do curso e eixo tecnológico
1. Ensino Médio a) Carga Horária do curso: 2500 horas
III – Professor Orientador
Pedagoga: Lilian ZainedinGraduação: PedagogiaEspecialização: Psicopedagogia
IV – Introdução
Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo do educando. O estágio visa o aprendizado de competências próprias da atividade profissional e á contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.
Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.
A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre o colégio, o aluno estagiário, seu representante legal e a parte concedente, devendo constar no termo de compromisso, ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar seis horas diárias e trinta horas semanais.
V – Justificativa
A Lei nº 11.788/08, que dispõe sobre o estágio obrigatório e não-obrigatório de estudantes, e a Deliberação nº 02/09 do CEE, que estabelece normas para a organização e a realização dos Estágios, definem, também, obrigações da Instituição de Ensino para com os estágios não obrigatórios.
No Parágrafo único do Art. 7º da Lei 11.788/08: “ O plano de atividades do estagiário, elaborado em acordo das 3(três) partes a que se refere o inciso II do caput do art. 3º desta Lei, será incorporado ao termo de compromisso por meio de aditivos à medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante.”
Na Deliberação 02/09 do CEE, Art. 1º, Parágrafo 1º, incisos I e II:“I – o estágio, obrigatório, e, não-obrigatório assumido pela instituição de ensino, deverá estar previsto no Projeto Político-Pedagógico;II – “o desenvolvimento do estágio deverá estar descrito no Plano de Estágio;”.A Deliberação 02/09, Art. 4°, Incisos III - “Plano de Estágio, a ser apresentado
para análise juntamente com o Projeto Político-Pedagógico, ou em separado no caso de estágio não obrigatório implantado posteriormente, visará assegurar a importância da relação teoria-prática no desenvolvimento curricular, deverá ser incorporado ao Termo de Compromisso e será adequado à medida da avaliação de desempenho do aluno, por meio de aditivos”.
VI – Objetivos do estágio
Estágio é um ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a prevalecer sob o aspecto produtivo.
7 Contribuir para a formação do aluno no desenvolvimento de atividades relacionadas ao mundo do trabalho que oportunizem concebê-lo como ato educativo.
8 O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, alem de integrar o itinerário formativo do educando.
9 Visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.
VII – Locais de realização do estágio não obrigatório
i) Prefeituras;j) Copel;k) Empresas;l) Comércio em geral...
VIII – Carga-horária e período de realização de estágio obrigatório
1 – A jornada de estágio terá, no máximo, a seguinte duração:a) 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos;b) 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio;c) até 40 (quarenta) horas semanais nos estágios relativos aos cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, desde que esteja previsto no Projeto Político do curso, no Plano de Estágio, no Termo de Convênio e no Termo de Compromisso de Estágio.d) O aluno que está cumprindo estágio obrigatório poderá realizar paralelamente o estágio não-obrigatório, desde que sem prejuízo do aprendizado.e) No Curso de Formação de Docentes, nos estabelecimentos de ensino da rede pública estadual, o estágio não-obrigatório só poderá ocorrer naterceira e na quarta séries, desde que o horário semanal destinado à Prática de Formação seja preservado.
A Instituição de Ensino deverá negociar com a instituição concedente o horário de início e término do estágio de cada aluno durante a semana, de forma a garantir que o aluno cumpra pontualmente seus compromissos escolares.
IX – Atividades de estágio
1 – Os alunos matriculados no Ensino Médio podem realizar atividades que possibilitem:• a integração social;
• o uso das novas tecnologias;• produção de textos;• aperfeiçoamento do domínio do cálculo;• aperfeiçoamento da oralidade;• compreensão das relações do mundo do trabalho, tais como: planejamento, organização e realizações de atividades que envolvam rotina administrativa, documentação comercial e rotinas afins.
X – Atribuições da instituição de ensino
• celebrar Termo de Compromisso com alunos e parte concedente após firmado o Termo de Convênio, autorizado pelo Sr. Governador;
• incluir o estágio não-obrigatório no PPP;• regimentar o estágio não-obrigatório;• indicar professor orientador, responsável pelo acompanhamento e avaliação das
atividades de estágio;• zelar pelo cumprimento do Plano de Estágio; • avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à formação
cultural e profissional do educando;• exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis) meses,
de relatório das atividades;• comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de
realização de avaliações escolares ou acadêmicas.
XI – Atribuições do Professor orientador de Estágio
• elaborar o plano de estágio e orientar sua execução;• organizar formulários e registros para acompanhamento do estágio de cada aluno;• manter permanente contato com os supervisores responsáveis pelo estágio na parte
concedente;• explicitar a proposta pedagógica da Instituição de Ensino e do plano de estágio
obrigatório e não-obrigatório à parte concedente;• planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de
atividades a serem realizadas pelo estagiário;• realizar avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio estão de
acordo com o Plano de Estágio e o Termo de Compromisso, mediante relatório;• zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;• orientar a parte concedente e o aluno sobre a finalidade do estágio;• orientar a parte concedente quanto à legislação educacional e às normas de realização
do estágio;• solicitar relatórios de estágios da parte concedente e do aluno;• realizar visitas nas instituições concedentes para avaliar as condições de
funcionamento do estágio;• orientar previamente o estagiário quanto:
- às exigências da empresa;- às normas de estágio;
- aos relatórios que fará durante o estágio;- aos direitos e deveres do estagiário.
Obs.: No caso de estudante com deficiência, que apresente dificuldades para elaborar o relatório, o professor orientador deverá auxiliar esse estagiário.
XII – Atribuições da parte concedente
4. Considerar-se-ão partes concedentes de estágio, os dotados de personalidade jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional.
5. A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada mediante:I. celebração de Convênio com a entidade mantenedora da instituição de ensino;
II. celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o estudante;
III. a oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;
IV. indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente;
V. contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, cuja apólice seja compatível com valores de mercado, devendo constar no Termo de Compromisso de Estágio nos casos de estágio não-obrigatório;
a) no caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro contra acidentes pessoais, poderá, alternativamente, ser assumida pela mantenedora/instituição de ensino;
VI. entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião do desligamento do estagiário, com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;
VII. relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo funcionário responsável pela orientação e supervisão de estágio, com prévia e obrigatória vista do estagiário e com periodicidade mínima de 6 (seis) meses;
VIII. a remuneração do agente integrador pelos serviços prestados, se houver.
XIII – Atribuições do responsável pela supervisão de Estágio na parte concedente
Acompanhar o plano de atividades do estágio proposto pela parte concedente e a instituição de ensino:6 tomar conhecimento do Termo de Compromisso;7 orientar e avaliar as atividades do estagiário em consonância com o Plano de Estágio;8 preencher os relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino;
9 manter contato com o Professor orientador da escola;10 propiciar instalações e ambiente favoráveis à aprendizagem social, profissional e
cultural dos alunos;11 encaminhar relatório de atividades, com prévia e obrigatória vista do estagiário, à
instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses.
XIV – Atribuições do estagiário
Considerando a Concepção de Estágio:ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na parte concedente como na instituição de ensino;celebrar Termo de Compromisso com a parte concedente e com ainstituição de ensino;respeitar as normas da parte concedente e da instituição ensino;associar a prática de estágio com as atividades previstas no plano de estágio;realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras, executadas, mas não previstas no plano de estágio;entregar os relatórios de estágio no prazo previsto.
XV – Forma de acompanhamento do estágio
O estágio como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo pelo professor orientados da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art.7º da Lei nº. 11.788, de 25 de setembro de 2008 e por menção de aprovação final.
XVI – Avaliação do estágio
Analisar em que medida o Plano de Estágio está sendo cumprido.
a) No que se refere ao aluno: embora não tenha função de veto ao estágio não-obrigatório, faz-se necessário avaliar em que medida está contribuindo ou não para o desempenho escolar do aluno. Desta forma o professor orientador utilizará três documentos do aluno:
· rendimento e aproveitamento escolar;· relatório elaborado pelo aluno.(Anexo II)· relatório de desempenho das atividades encaminhado pela parte concedente (Anexo III);
b) No que se refere à parte concedente: o professor orientador, mediante visitas às instituições e análise dos relatórios, tem a incumbência de avaliar as condições de funcionamento do estágio, recomendando ou não sua continuidade. Aspectos a serem observados: Cumprimento do Artigo 14 da Lei 11.788/98 e Artigos 63, 67 e 69 da Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente.
XVII – Referências Bibliográficas
6 Lei nº. 11.788/987 Lei nº. 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente.8 Decreto nº. 87.497 de 18 de agosto de 1982.9 Deliberação nº. 02/09 do CEE10 Instrução nº. 006/2009 – SUED/SEED
COLEGIO ESTADUAL TRAJANO GRACIAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ARTE
ENSINO FUNDAMENTAL
(6º ao 9º ano)
ENSINO MÉDIO
IRATI
2012
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A história da Arte se tornou presente, com a generalização do ensino
profissionalizante nas escolas públicas com o direcionamento às habilidades e técnicas,
valorizando a cultura do povo. O ensino da arte passou a ter enfoque na expressividade,
espontaneidade e criatividade.
A valorização da arte encontrou espaço na pedagogia da Escola Nova.
A partir dos anos 60 as produções e movimentos artísticos se intensificaram
nas artes plásticas. Em 1980 surgem movimentos para valorização da educação partindo
das influências da Pedagogia Histórico-Crítica.(Saviani 1980). Foi elaborado em 1990,o
Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Os PCNS em Arte tiveram como
fundamentação a Metodologia Triangular.
A nova LDB 9394/96 mantém a obrigatoriedade do ensino de arte nas escolas
de Educação Básica. Passam a considerar a música, as artes visuais, o teatro e a dança
como linguagem artística autônomas no Ensino Fundamental.
Durante 2003 a 2007 destaca-se uma carga horária mínima de duas aulas
semanais, a aquisição de livros de música, teatro artes visuais e dança para a biblioteca
do professor.
O ensino de Arte e o objetivo da mesma, é o entendimento do repertório
cultural a partir dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aproximando do
universo cultural da humanidade. O pensamento, a sensibilidade e a percepção articulam-
se numa organização que expressa sentimentos, envolvendo o contexto histórico. A arte é
criação e manifestação do poder criador do homem. O sujeito por meio de suas criações
amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho.
Sendo a educação básica um processo que inicia no Ensino Fundamental e se
concluiu no Ensino Médio, é necessário considerar as características e necessidades dos
alunos nos diversos níveis de modalidades de ensino. No Ensino Fundamental a arte é
tratada numa dimensão ampliada, o professor, ao selecionar os conteúdos que irá
desenvolver, enfocará essas formas de relação da arte com a sociedade, abordando o
objeto de estudo por meio dos Conteúdos Estruturantes; Elementos Básicos da linguagem
das Artes Visuais, Elementos Básicos da linguagem da música, Elementos Básicos da
linguagem do teatro, Produções/Manifestações Artísticas e Elementos Contextualizadores.
No Ensino Fundamental, o enfoque cultural será abordado como resultante do trabalho
que abrange as práticas sociais historicamente constituídos pelos sujeitos. Cada
Cultura possui sua lógica, funcionando como uma lente da qual o homem se vê, se
compreende, se inclui, se localiza, se insere na diversidade. O ensino de Arte ocupa
uma posição privilegiada ao aprofundar a exploração das linguagens artísticas e ao
reconhecer os conceitos e elementos comuns, presentes nas diversas representações
culturais, pelos seus contextos.
A seleção dos conteúdos poderá partir estabelecendo relações com os
conteúdos presentes nas produções, manifestações locais, regionais, globais, das diversas
linguagens artísticas. Fazer referencia à vivência social do educando, por meio de
conteúdos interdisciplinares relevantes às suas necessidades atuais, com relação ao
mundo, meio-ambiente, saúde, sexualidade, drogas, conhecimentos científicos e
tecnológicos, profissões, educação do campo, educação fiscal, datas nacionais
importantes, artes e a pluralidade cultural, especialmente a Afro-Brasileira. Desta forma,
proporcionar a reflexão e crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes
na sociedade contemporânea. Em suas aulas, o professor poderá explicitar através das
manifestações/produções artísticas. Esta materialização do pensamento artístico de
diferentes culturas coloca-se com um referencial (signos)que poderá ser interpretado pelos
alunos por meio do conhecimento dos códigos presentes nas linguagens artísticas.
Outra questão importante por essas diretrizes diz respeito ao processo de
releitura entendendo como fazer artístico, a leitura da obra de arte e a informação
histórica. Considerar a integração das linguagens artísticas, às manifestações e produções
artísticas culturais. Possibilitando o acesso e o estudo das informações visuais, musicais,
cênicas e expressões corporais. Oferecer oportunidades ao aluno para aquisição do
conhecimento, aliado à integração e à criatividade.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes da disciplina de Arte, para o ensino fundamental são:
6. Elementos Formais;
7. Composição;
8. Movimentos e períodos.
ELEMENTOS BÁSICOS
Área: Música
Elementos Formais:
• Altura;
• Duração;
• Timbre;
• Intensidade;
• Densidade.
Composição:
12 Ritmo;
13 Melodia;
14 Harmonia;
15 Tonal;
16 Modal;
17 Contemporânea;
18 Escalas;
19 Sonoplastia;
20 Estrutura;
21 Gêneros: erudita, folclórica...;
22 Técnicas: instrumental, vocal, mista, improvisação...
Movimentos e Períodos:
11 Arte Grego-Romana;
12 Arte Oriental;
13 Arte Africana;
14 Arte Medieval;
15 Renascimento;
16 Rap;
17 Tecno;
18 Barroco;
19 Neoclassicismo;
20 Romantismo;
21 Vanguardas Artísticas;
22 Arte Engajada;
23 Música Serial;
24 Música Eletrônica;
25 Música Minimalista;
26 Música Popular Brasileira;
27 Arte Paranaense;
28 Arte Indígena;
29 Arte Brasileira;
30 Arte Paraense;
31 Indústria Cultural;
32 World Music;
33 Arte Latino-Americana...
Área: Artes Visuais
Elementos Formais:
10 Ponto;
11 Linha;
12 Superfície;
13 Textura;
14 Volume;
15 Luz;
16 Cor
Composição
• Figurativa;
• Abstrata;
• Figura-fundo;
• Bidimensional;
• Tridimensional;
• Semelhanças;
• Contrastes;
• Ritmo visual;
• Gêneros: Paisagem, retrato, natureza-morta...
• Técnicas: Pintura, gravura, escultura, arquitetura, fotografia, vídeo...
Movimentos e Períodos
m) Arte Pré-histórica;
n) Arte no Antigo Egito;
o) Arte Greco-Romana;
p) Arte Pré-Colombiana;
q) Arte Oriental;
r) Arte Africana;
s) Arte Medieval;
t) Arte Bizantina;
u) Arte Românica; Arte Gótica;
v) Renascimento;
w) Barroco;
x) Neoclassicismo;
y) Romantismo;
z) Realismo;
aa) Impressionismo;
bb) Expressionismo;
cc) Fauvismo;
dd) Cubismo
ee) Abstracionismo;
ff) Dadaísmo;
gg) Construtivismo;
hh) Surrealismo;
ii) Op-art;
jj) Pop-art;
kk) Arte Naif;
ll) Vanguardas artísticas;
mm) Arte Popular;
nn) Arte Indígena;
oo) Arte Brasileira;
pp) Arte Paranaense;
qq) Indústria Cultural;
rr) Arte Latino-Americana;
ss) Muralismo...
Área: Teatro
Elementos Formais:
• Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais);
• Ação;
• Espaço.
Composição
• Representação;
• Texto Dramático;
• Dramaturgia;
• Roteiro;
• Espaço Cênico;
• Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, adereços, máscara,
caracterização e maquiagem;
• Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama, Épico, Rua, etc;
• Técnicas: jogos teatrais, enredo, Teatro direto, Teatro indireto (manipulação,
bonecos, sombras...), improvisação, monólogo, jogos dramáticos, direção,
produção...
Movimentos e Períodos
• Arte Greco-Romana;
• Arte Oriental;
• Arte Africana;
• Arte Medieval;
• Renascimento;
• Barroco;
• Neoclassicismo;
• Romantismo;
• Realismo;
• Expressionismo;
• Vanguardas Artísticas;
• Teatro Dialético;
• Teatro do Oprimido;
• Teatro Pobre;
• Teatro Essencial;
• Teatro do Absurdo;
• Arte Engajada;
• Arte Popular;
• Arte Indígena;
• Arte Brasileira;
• Arte Paranaense;
• Indústria Cultural;
• Arte Latino-Americana...
•
Área: Dança
Elementos Formais
• Movimento Corporal;
• Tempo;
• Espaço;
Composição
IX. Eixo;
X. Dinâmica;
XI. Aceleração;
XII. Ponto de apoio;
XIII. Salto e queda;
XIV. Rotação;
XV. Formação;
XVI. Deslocamento;
XVII. Sonoplastia;
XVIII. Coreografia;
XIX. Gêneros: folclóricas, de salão, étnica...
XX. Técnicas: improvisação, coreografia...
Movimentos e Períodos:
− Arte Pré-Histórica;
− Arte Greco-Romana;
− Arte Oriental;
− Arte Africana;
− Arte Medieval;
− Renascimento;
− Barroco;
− Neoclassicismo;
− Romantismo;
− Expressionismo;
− Vanguardas Artísticas;
− Arte Popular;
− Arte Indígena;
− Arte Brasileira;
− Arte Paranaense;
− Dança Circular;
− Indústria Cultural;
− Dança Clássica;
− Dança Moderna;
− Dança Contemporânea;
− Hip Hop;
− Arte Latino-Americana...
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos serão trabalhados conforme o grau de complexidade pertinente a cada
série, idade e a capacidade intelectual dos alunos.
− ARTES VISUAIS: Elementos Formais, Composição, Movimentos e Períodos.
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias.
Teoria das artes visuais e mídias; produção de trabalhos de artes visuais.
− MÚSICA: Elementos Formais, Composição, Movimentos e Períodos. Percepção dos
modos de fazer música através da mídia e cinema. Teorias sobre a música e indústria
cultural. Produção de trabalhos de composição musical.
− TEATRO: Elementos Formais, Composição, Movimentos e Períodos. Percepção dos
modos de fazer teatro, através de mídias. Teorias da representação no teatro.
Produção de trabalhos de representação.
− DANÇA: Elementos Formais, Composição e Movimentos e Períodos. Percepção dos
modos de fazer dança, através de diferentes mídias. Teorias da dança de palco, e
produções de trabalhos de dança.
3- METODOLOGIA
Artes Visuais
Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental nas Artes Visuais o
desenvolvimento dos conteúdos deverá contemplar os além da produção pictórica de
conhecimento universal e artistas consagrados, também formas e imagens de diferentes
aspectos, presentes nas sociedades contemporâneas.
O cinema, televisão, vídeo-clipe e outros são formas artísticas, constituídas pelas
quatro áreas de Arte, onde a imagem tem uma referência fundamental, compostas por
imagens bidimensionais e tridimensionais.
Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno.
Considerando artistas, produções artísticas e bens culturais da região, bem como outras
produções de caráter universal, dando ênfase ao cotidiano das crianças, adolescentes e
jovens, alunos da escola pública.
Uma obra de arte deve ser entendida como a forma pela qual o artista percebe o
mundo, reflete sua realidade, sua cultura, sua época, criando uma nova realidade, dentre
outros aspectos. Esse conjunto de conhecimentos deve ser o ponto de partida para que a
releitura da obra componha a prática pedagógica, que inclui a experiência do aluno e a
aprendizagem pelos elementos percebidos por ele na obra de arte.
Estabelecer relações das artes visuais com as outras áreas artísticas, essa prática
pedagógica promove uma forma de percepção mais ao se trabalhar com as manifestações
populares e midiáticas, que são compostas por áreas artísticas.
Dança
Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental na Dança é fundamental
buscar no encaminhamento das aulas, a relação dos conteúdos próprios da dança com os
elementos culturais que a compõem. É necessário rever as abordagens presentes e
modificar a idéia que a Dança aparece somente como meio ou recurso “para relaxar', 'para
soltar as emoções', 'para expressar-se espontaneamente', 'para trabalhar a coordenação
motora' ou até 'para acalmar os alunos” (MARQUES, 2005, p.23).
A dança tem conteúdos próprios, capazes de desenvolver aspectos cognitivos que,
uma vez integrados aos processos mentais, possibilitam uma melhor compreensão
estética da Arte.
Música
Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental de Música é necessário
desenvolver o hábito de ouvir os sons com mais atenção, de modo que se possa identificar
os seus elementos formadores, as variações e as maneiras como esses sons são
distribuídos e organizados em uma composição musical. Essa atenção vai propiciar o
reconhecimento de como a música se organiza, contemplando o disposto na Lei Nº
11769/2008 que trata da obrigatoriedade do ensino da música na Educação Básica.
Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a uma grande oferta
musical que tanto compõe suas preferências relacionadas à herança cultural quanto
interfere na formação de comportamento e gostos instigados pela cultura de massa. Por
isso, ao trabalhar uma determinada música, é importante contextualizá-la, apresentar suas
características específicas e mostrar que as influências de regiões e povos, misturam-se
em diversas composições musicais.
No panorama musical, existe uma diversidade de estilos e de gêneros musicais,
cada qual com suas funções correspondentes a épocas e regiões. Cada povo ou grupo
cultural produz músicas diferentes ao longo de sua história; surgem assim, diferentes
gêneros musicais, cada qual com suas funções correspondentes a épocas e regiões. Cada
povo ou grupo cultural produz músicas diferentes ao longo de sua história; surgem, assim,
diferentes gêneros musicais. Eles não são isolados; sofrem transformações com o tempo,
por influência de outros estilos e movimentos musicais que incorporam-se e adaptam-se
aos costumes, à cultura, à tecnologia, aos músicos e aos instrumentos de cada povo e de
cada época.
Na linguagem musical, a simples percepção, e memorização dos sons presentes no
cotidiano não se caracteriza como conhecimento musical.
Teatro
Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na educação,
destacam-se a: criatividade, socialização, memorização e a coordenação, sendo o
encaminhamento metodológico, proposto pelo professor, o momento para que o aluno os
exercite. Com o teatro, o educando tem a oportunidade de se colocar no lugar de outros,
experimentando o mundo sem correr risco.
A partir da linguagem teatral poderão ser explorados como conteúdo a dança, as
possibilidades de improvisação e composição no trabalho com as personagens.
Os recursos didáticos e tecnológicos usados durante o aprendizado serão sempre
usados quando necessários, sendo assim o laboratório de informática, a televisão
multimídia, entre outros. Propiciarão um melhor entendimento do assunto em questão.
Tais recursos, contribuirão para um melhor entendimento do clássico através do
contemporâneo, estabelecendo uma ligação do passado com o presente.
Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em
conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.
4- AVALIAÇÃO
A concepção de avaliação para a disciplina de Arte proposta pelas Diretrizes
Curriculares Estaduais é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do
professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os
momentos da prática pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação
da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a autoavaliação dos
alunos.
De acordo com a LDBEN (n. 9394/96, art.24, inciso V) e com a Deliberação 07/99
do Conselho Estadual de Educação (capítulo I, art.8),a avaliação em Arte deverá levar em
conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em arte e a sua
realidade, evidenciados tanto no processo, quanto na produção individual e coletiva
desenvolvidas a partir desses saberes é necessário referir-se ao conhecimento específico
das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experiências quanto conceituais.
É preciso que o professor tenha conhecimento da linguagem artística, bem como da
relação entre o criador e o que foi criado. Ela exige fundamentação para que abra portas e
aponte caminhos para o redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor
participa do processo e compartilha a produção do aluno.
Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam
os critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos, inclusive aqueles
referentes a seleção dos instrumentos que serão utilizados no processo de ensino e de
aprendizagem.
O professor deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como
ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo. As propostas podem ser
socializadas em sala, refletir e discutir sua produção e a dos colegas, sem perder de vista
a dimensão sensível contida na aprendizagem dos conteúdos da Arte.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários
instrumentos de verificação, como diagnóstico inicial e o acompanhamento da
aprendizagem no percurso e no final do período letivo, por meio de trabalhos artísticos
individuais e em grupos, pesquisas, debates, provas teóricas e práticas.
A nota bimestral será resultante da somatória dos valores obtidos em cada
instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em no mínimo 3 aferições na
sequência e ordenação de conteúdos.
Os alunos com necessidades educativas especiais serão avaliados de acordo com
suas especificidades, conforme a Lei nº 9394/96 da LDBEN, capítulo V, artigo 58.
A Recuperação Paralela
A recuperação de estudos é de caráter obrigatório e será considerada a aprendizagem
do aluno no decorrer do bimestre. Após a verificação de rendimento escolar, estará se
proporcionando novas situações de aprendizagem, concomitantemente ao processo
educativo para todos os alunos. A recuperação das notas é consequência da recuperação
dos conteúdos e entre os resultados obtidos entre os da avaliação e recuperação
prevalecerão os maiores, garantindo que a aprendizagem se efetive.
5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALALEONA, Domingos. História da Música de João C. Caldeira Filho, Ed. Ricordi
Brasileira, São Paulo, 1942.
ARTE / vários autores. Curitiba: SEED – Pr, 2006.
BIBLIOTECA MULTIMÍDIA, Centro Difusor de Cultura, Enciclopédia Digital, 1999.
BOSI, Afredo. Reflexões sobre a arte. Ed. Ática, São Paulo, 1991.
BRASIL, Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.
CALDEIRA, Eny. Ensino da Arte:os primeiros e a influência estrangeira na arte-educação
em Curitiba. Tese de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. 1998.
DCE's Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica. Arte. Paraná, 2008.
DISTRITO FEDERAL, Currículo e Educação Básica das Escolas Públicas, Educação
Artística - Distrito Federal, 1993.
DUARTE JUNIOR, J. F. Fundamentos estéticos da educação. Ed. Papirus 4ª ed.
Campinas, SP:, 1995.
LOPONTE, l. G. O ensino da arte na nova LDB: resgate histórico e perspectivas. São
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MAGALDI, Panorama do Teatro Brasileiro. São Paulo, 1997.
MARCHESI, Isaias Jr. Atividades de Educação Artística 1° Grau. Editora Ática, São Paulo,
1995.
MORAIS, Frederico. Arte é o que Eu e Você Chamamos Arte. Editora Ática, Rio de
Janeiro, 1995.
OSTROWER, Fayga Perla. Universos da Arte. Ed. Campus, Rio de Janeiro, 1989.
PEIXOTO, M. I. Arte e grande público: a distância a ser extinta Campinas: Autores
Associados, 2003.
PILLAR, A . D. (org). A educação do olhar e o ensino das artes. Ed. Mediação Porto
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TAYLOR ( Shapiro). Dança em uma época de crise social: em Direção a uma visão
transformadora de dança e educação.Revista Comunicação e Artes, 1994.
TAVARES, Isis Moura. Educação Artística 1° grau. Ed. Módulo, Curitiba, 1996.
VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. M. Fontes, São Paulo, 1999.
COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
CIÊNCIAS
ENSINO FUNDAMENTAL
(6º ao 9º ano)
IRATI
2012
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico
que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por
Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua
complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados
na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,
matéria, movimento, força, campo, energia e vida. A Natureza legitima, então, o objeto
de estudo das ciências naturais e da disciplina de Ciências. De acordo com Lopes (2007),
denominar uma determinada ciência de natural é uma maneira de enunciar tal forma de
legitimação.
Chauí (2005) corrobora tal afirmação ao lembrar que no século XIX, sob influência
dos filósofos franceses e alemães, dividiu-se o conhecimento científico a partir de critérios
como: tipo de objeto estudado, tipo de método empregado e tipo de resultado obtido.
Assim, as chamadas ciências naturais passaram a ser tomadas como um saber distinto
das ciências matemáticas, das ciências sociais e das ciências aplicadas, bem como dos
conhecimentos filosóficos, artísticos e do
saber cotidiano.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza
ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência do
ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas, conhecimentos
e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo assim, a cultura,
o trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e a circulação do
conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza, de
compreendê-la e se apropriar dos seus recursos .
O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se
estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à
educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e
recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas
sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (MARANDINO,
2005, p. 162).
A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de contextualização sócio-
histórica como princípio integrador do currículo. Isto porque ambas propõem uma
articulação que vá além dos limites cognitivos próprios das disciplinas escolares, sem, no
entanto, recair no relativismo epistemológico. Ao contrário, elas reforçam essas disciplinas
ao se fundamentarem em aproximações conceituais coerentes e nos contextos sócio-
históricos, possibilitando as condições de existência e constituição dos objetos dos
conhecimentos disciplinares.
De acordo com Ramos [p. 01, 2004?],
“Sob algumas abordagens, a contextualização, na pedagogia, é
compreendida como a inserção do conhecimento disciplinar em
uma realidade plena de vivências, buscando o enraizamento do
conhecimento explícito na dimensão do conhecimento tácito. Tal
enraizamento seria possível por meio do aproveitamento e da
incorporação de relações vivenciadas e valorizadas nas quais os
significados se originam, ou seja, na trama de relações em que
a realidade é tecida. ”
As concepções de Ciências adotadas ao longo da história interferem na
organização do currículo de Ciências. Hoje a concepção de Ciência deve ser vista como
processo de construção humana, provisória, falível e intencional e seus conteúdos devem
ser abordados de forma consistente, crítica, histórica, considerando as relações entre a
Ciência, a tecnologia e a sociedade.
Os estudos sobre a história da produção do conhecimento, seus métodos e
determinantes políticos, econômicos, sociais e ideológicos, relacionados com a história
das disciplinas escolares e as teorias da aprendizagem, possibilitam uma fundamentação
para o professor em discussões curriculares mais aprofundadas e alteram sua prática
pedagógica. Nessa práxis, os professores participam ativamente da constante construção
curricular e se fundamentam para organizar o trabalho pedagógico a partir dos conteúdos
estruturantes de sua disciplina.
O processo de ensino e de aprendizagem de Ciências valoriza a dúvida, a
contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento das certezas e incertezas,
superando o tratamento curricular dos conteúdos por eles mesmos, priorizando-se a sua
função social.
A Ciência está no dia a dia das pessoas de qualquer classe social, porque está na
cultura, na tecnologia, no modo de pensar e de agir das pessoas.
O aprendizado é proposto de forma a propiciar aos alunos o desenvolvimento de
uma compreensão do mundo que lhes dê condições de continuamente colher e processar
informações, desenvolver sua comunicação, avaliar situações, tomar decisões, ter atuação
positiva e crítica em seu meio social.
Considerando que os conhecimentos estão em contínua transformação, não se
pode mais conceber o ensino apenas como um processo de transmissão de
conhecimentos dogmáticos. Portanto, a escola deve atuar no sentido de estimular o
pensamento, desenvolvendo no aluno uma postura reflexiva, crítica questionadora e
investigadora, e não de passiva aceitação do que é estabelecido como verdade pronta e
acabada.
É preciso criar espaço para o aluno pensar, discutir, argumentar e formular suas
próprias explicações. É preciso, portanto, estimular no aluno o interesse pela investigação
que lhe permitirá reconstruir suas idéias e ampliar sua compreensão de mundo para além
do saber cotidiano.
Fenômenos como a industrialização, o desenvolvimento tecnológico e científico, a
urbanização, entre muitos outros, não podem deixar de provocar choques no currículo
escolar, pois assim estará respondendo às mudanças sociais, à crescente diversificação
cultural da sociedade, ao impacto das disciplinas tradicionais: Física, Química e Biologia.
Assim de acordo com as DCEs, a educação ambiental e a educação para a saúde são, de
forma geral, programas que estudam as relações dos fatores econômicos e sociais e a
melhoria de qualidade de vida, e as possíveis conseqüências do uso indevido do
ambiente.
Para isso, o desenvolvimento de atitudes e valores é tão essencial quanto o
aprendizado de conceitos e de procedimentos. Nesse sentido, é responsabilidade da
escola e do professor promoverem o questionamento, o debate, a investigação, visando o
entendimento da Ciência como construção histórica e como saber prático, superando as
limitações do ensino passivo, centrado na memorização de definições e de classificações
sem qualquer sentido para o aluno.
Os princípios da disciplina de Ciências exprimem a sua especificidade,
caracterizando assim as ações relacionadas aos conteúdos e estratégias próprias da área,
que configuram o processo de ensino e de aprendizagem. Esses princípios não se
resumem a simples parâmetros, mas se colocam como um instrumental propositivo para
orientar o ensino de Ciências.
II – OBJETIVOS
Os objetivos visam fazer com que o aluno compreenda a natureza como um todo
dinâmico e o ser humano, em sociedade, como agente de transformações do mundo em
que vive, em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do
ambiente para que possa identificar e tentar solucionar problemas que afetam a qualidade
de vida. Compreenda a Ciência como um processo de produção de conhecimento e uma
atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política e
cultural. Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e
condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e compreender a
tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre
riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas; Compreender a saúde pessoal,
social e ambiental como bens individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação
de diferentes agentes; Formular questões, diagnosticar, discutir, debater e propor soluções
para problemas reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática os
conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar; Saber utilizar
conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria, transformação, espaço,
tempo, sistema, equilíbrio e vida;
Compreender que a ciência não é um conjunto de conhecimento definitivamente
estabelecido, mas que se modifica ao longo do tempo, buscando sempre corrigi-los
aprimorá-los. Compreender os conceitos científicos básicos (através dos mapas
conceituais), de modo que ele possa entender melhor os fenômenos, sobretudo aqueles
relacionados ao cotidiano, e acompanhar as descobertas cientificas divulgadas pelos
meios de comunicação e avaliar os aspectos éticos dessas descobertas, exercendo sua
cidadania e capacitando-o para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Aplicar os
conhecimentos adquiridos de forma responsável, de modo a contribuir para a melhoria das
condições ambientais, da saúde e das condições gerais de vida de toda a sociedade.
Saber combinar leituras, observações, experimentações e registro para coleta,
comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e
informações; Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa
para a construção coletiva do conhecimento. Valorizar progressivamente a aplicação do
vocabulário científico como forma precisa e sintética para representar e comunicar os
conhecimentos sobre o muno natural e tecnológico; Identificar os elementos do ambiente,
percebendo-os como parte integrante de processos de relações, interações e
transformações, bem como, os recursos naturais que têm um ritmo de renovação,
havendo, portanto, um limite para sua retirada; Perceber a profunda interdependência
entre os seres vivos, inclusive nossa espécie, e os demais elementos do ambiente
avaliando como o equilíbrio dessas relações é importante para a continuidade de vida em
nosso planeta; Desenvolver flexibilidade para reconsiderar suas ideias reconhecendo e
selecionando os fatos e dados na reelaboração de seus conhecimentos e também um
olhar atento para a natureza e ousadia na busca de novas respostas para desafios;
Oportunizar o desempenho da consciência que desenvolvam o potencial da análise critica
do aluno no que diz respeito a sua sociabilidade, convivência, sexualidade, drogadição e
discriminação racial. Propiciar o desenvolvimento de desafios sociais contemporâneos e
outras atividades referentes a temas importantes como: Agenda 21, Educação do Campo,
Educação Fiscal e Cultura Afro; Reconhecer o papel da Ciência no sistema produtivo,
industrial, rural e social. Relacionando as ciências com as necessidades básicas dos seres
humanos: alimentação, vestuário, saúde, moradia, transporte, ambiente, etc.
III – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
O currículo de Ciências no Ensino Fundamental é constituído historicamente por um
conjunto de ciências que se somam numa mesma disciplina escolar para compreender os
fenômenos naturais nesta etapa de escolarização. Os conhecimentos físicos, químicos e
biológicos, dentre outros, são contemplados nessa disciplina com vistas à compreensão
das diferenças e inter-relações entre estas ciências, ditas naturais, no processo de ensino
aprendizagem.
Propõe-se, então, que o ensino de Ciências aconteça por integração conceitual e
que estabeleça relações entre os conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos
estruturantes da disciplina (relações conceituais); entre eles e os conteúdos estruturantes
das outras disciplinas do Ensino Fundamental (relações interdisciplinares); entre os
conteúdos científicos escolares e o processo de produção do conhecimento científico
(relações contextuais).
Nestas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes
fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a
disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:
• Astronomia
• Matéria
• Sistemas Biológicos
• Energia
• Biodiversidade
Propõe-se que o professor trabalhe com os cinco conteúdos estruturantes em todas
as séries, a partir da seleção de conteúdos específicos da disciplina de Ciências
adequados ao nível de desenvolvimento cognitivo do estudante. Para o trabalho
pedagógico, o professor deverá manter o necessário rigor conceitual, adotar uma
linguagem adequada à série, problematizar os conteúdos em função das realidades
regionais, além de considerar os limites e possibilidades dos livros didáticos de Ciências.
ASTRONOMIA
A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das
ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes.
Numa abordagem histórica traz as discussões sobre os modelos geocêntrico e
heliocêntrico, bem como sobre os métodos e instrumentos científicos, conceitos e modelos
explicativos que envolveram tais discussões. Além disso, os fenômenos celestes são de
grande interesse dos estudantes porque por meio deles buscam- se explicações
alternativas para acontecimentos regulares da realidade, como o movimento aparente do
Sol, as fases da Lua, as estações do ano, as viagens
espaciais, entre outros.
Este conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem e a
evolução do Universo. Apresentam-se, a seguir, os conteúdos básicos que envolvem
conceitos científicos necessários para o entendimento de questões astronômicas e para a
compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:
• universo;
• sistema solar;
• movimentos celestes e terrestres;
• astros;
• origem e evolução do universo;
• gravitação universal.
MATÉRIA
No conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que
privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como objetos
materiais quaisquer que se apresentam à nossa percepção (RUSS, 1994). Sob o ponto de
vista científico, permite o entendimento não somente sobre as coisas perceptíveis como
também sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento vemos,
sentimos ou tocamos.
Apresentam-se, a seguir, conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos
essenciais para o entendimento da constituição e propriedades da matéria e para a
compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:
constituição da matéria;
propriedades da matéria.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos sistemas do
organismo, bem como suas características específicas de funcionamento, desde os
componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que
constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a
digestão e a respiração.
Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e amplia- se a
discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos, a fim
de compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto
de sistemas que integram o organismo vivo.
Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos básicos que envolvem
conceitos científicos escolares para o entendimento de questões sobre os sistemas
biológicos de funcionamento dos seres vivos e para a compreensão do objeto de estudo
da disciplina de Ciências:
• níveis de organização;
• célula;
• morfologia e fisiologia dos seres vivos;
• mecanismos de herança genética.
ENERGIA
Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito
de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a Antiguidade.
Discute-se tal conceito a partir de um modelo explicativo fundamentado nas ideias do
calórico, que representava as mudanças de temperatura entre objetos ou sistemas. Ao
propor o calor em substituição à teoria
do calórico, a pesquisa científica concebeu uma das leis mais importantes da ciência: a lei
da conservação da energia.
Nestas diretrizes destaca-se que a ciência não define energia. Assim, tem- se o
propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de compreender o
conceito energia no que se refere às suas várias manifestações, como por exemplo,
energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia luminosa, energia nuclear,
bem como os mais variados tipos de conversão de uma
forma em outra.
Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos básicos que envolvem
conceitos científicos essenciais para o entendimento de questões sobre a conservação e a
transformação de uma forma de energia em outra e para a compreensão do objeto de
estudo da disciplina de Ciências:
• formas de energia;
• conservação de energia;
• conversão de energia;
• transmissão de energia.
BIODIVERSIDADE
O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além da
mera diversidade de seres vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número de
espécies seria o mesmo que considerar a classificação dos seres vivos limitada ao
entendimento de que eles são organizados fora do ambiente em que vivem.
Pensar o conceito biodiversidade na contemporaneidade implica ampliar o
entendimento de que essa diversidade de espécies, considerada em diferentes níveis de
complexidade, habita em diferentes ambientes, mantém suas inter- relações de
dependência e está inserida em um contexto evolutivo (WILSON, 1997).
Esse conteúdo estruturante visa, por meio dos conteúdos específicos de Ciências, a
compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos intrarrelacionados.
Espera-se que o estudante entenda o sistema complexo de conhecimentos científicos que
interagem num processo integrado e dinâmico envolvendo a diversidade de espécies
atuais e extintas; as relações ecológicas
estabelecidas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram, viveram e
ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido
transformações.
Apresentam-se, para este conteúdo estruturante, alguns conteúdos básicos que
envolvem conceitos científicos para o entendimento de questões sobre a biodiversidade e
para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:
• organização dos seres vivos;
• sistemática;
• ecossistemas;
• interações ecológicas;
• origem da vida;
• evolução dos seres vivos.
Todos os conteúdos básicos, apresentados nos conteúdos estruturantes, são
essenciais na disciplina de Ciências. No Plano de Trabalho Docente esses conteúdos
básicos devem ser desdobrados em conteúdos específicos a serem abordados pelos
professores de Ciências em função de interesses regionais e do avanço na produção do
conhecimento científico.
OBSERVAÇÕES
O professor poderá adaptar novos conteúdos, conforme a necessidade, durante a
exploração dos já apresentados, principalmente no que se referir às atualidades.
9. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Embora não haja uma estratégia única no ensino de Ciências, algumas idéias
gerais parecem estar hoje consolidadas.
A primeira é a importância de uma participação ativa do estudante no processo de
aprendizagem e a importância de compreendermos o que ele pensa a respeito dos
fenômenos.
A segunda é que é preciso estabelecer uma conexão entre os abstratos conceitos
científicos e as experiências do cotidiano. É preciso também que em um mundo em que os
conhecimentos científicos estão em constante transformação, ele aprenda a pesquisar as
informações pertinentes.
Para saber se o estudante realmente apreendeu determinado conceito, é preciso
lançar questões em que ele use o raciocínio, aplicando o que aprendeu a situações novas
– em vez de apenas ter que responder a questões que envolvem uma simples
memorização de nomes ou fórmulas.
O ensino deve ser contextualizado. Contextualizar significa abordar o tema de forma
a identificar a situação ou o contexto no qual o tema está inserido, ou seja, deve-se
estabelecer uma relação entre o que o aluno aprende na escola e sua vida (seu cotidiano,
sua saúde, sua relação com a sociedade e com o ambiente, sua interação com as
tecnologias, etc.). Com isso, a aprendizagem terá significado e será relevante para o
aluno.
É importante também que os diversos conhecimentos das várias disciplinas estejam
inter-relacionadas, isto é, que se busque uma interdisciplinaridade. Por meio de um
trabalho interdisciplinar, o aluno poderá compreender a integração entre as diversas áreas
do conhecimento e da cultura, além de desenvolver suas múltiplas habilidades cognitivas,
o que estimulará seu desenvolvimento global.
Diante de todas essas considerações propõem-se alguns elementos da prática
pedagógica a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a abordagem
problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura
científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos
instrucionais e o lúdico, entre outros.
Finalmente, não podemos esquecer que o ensino envolve também valores e
atitudes em relação aos problemas atuais. É importante que o estudante desenvolva uma
atitude responsável, de modo que ele possa contribuir para a melhoria das condições
gerais de vida (condições sociais, ambientais e de saúde) de toda a sociedade.
Para ensinar Ciências é imprescindível criar espaço para o aluno pensar, discutir,
argumentar e formular suas próprias explicações. É preciso estimular a participação ativa
do estudante no processo de aprendizagem, enfatizando a investigação, pesquisa e a
capacidade de reconstruir suas idéias, resolver problemas, ampliando assim sua
compreensão de mundo. É importante também compreender o que ele pensa a respeito
dos fenômenos e dos conceitos científicos, procurando sempre uma interação, um dialogo,
de forma a estimular uma curiosidade.
Deve-se valorizar as hipóteses e as perguntas dos alunos, suas conquistas, e
ajudá-los a mapear suas dificuldades, colaborar para o desenvolvimento da auto-estima e
de atitudes de respeito a si próprio e aos outros, observando e respeitando os limites dos
alunos com necessidades especiais, de acordo com a Lei 9.394/96 da LDB capítulo 5,
artigo 58.
Portanto, será feito uso de diversas atividades como, por exemplo: aulas
expositivas, atividades em grupo, trabalhos de pesquisa, leitura de reportagens, filmes,
documentários, aulas elaboradas em slides, pesquisa na Internet e aulas em laboratório
(experiência).
Para isso, serão utilizados uma variedade de recursos didáticos e tecnológicos
como: livro didático, materiais escolares de uso diário, cartolinas, tv multimídia, pendrive,
dvd, computadores, folhas sulfites, materiais de laboratório (quando dispõe a escola), etc.
Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED serão tratados em
conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.
• AVALIAÇÃO
Avaliação é um elemento do processo de ensino e aprendizagem que informa ao
professor o que foi aprendido pelo estudante; informa ao estudante quais são seus
avanços, dificuldades e possibilidades. Longe de ser apenas um momento final do
processo de ensino, a avaliação é o resultado de um acompanhamento paralelo e contínuo
e sistemático pelo professor como momentos específicos de formalização, ou seja, a
demonstração de que as metas de formação de cada etapa foram alcançadas.
Avaliação não pode mais ser concebida como um instrumento coercitivo, de
controle, ou ainda, como um mero recurso para mensurar conhecimento acumulado pelo
aluno em certo período.
Dessa forma, é fundamental que se utilize diversos instrumentos e situações para
poder avaliar diferentes aprendizagens.
Em Ciências, também são muitas as formas de avaliação possíveis: individual e
coletiva, oral e escrita. Os instrumentos de avaliação comportam, por um lado, a
observação sistemática, durante as aulas sobre perguntas feitas pelos estudantes, as
respostas dadas, os registros de debates, de entrevistas, de pesquisas, de filmes, de
experimentos, os desenhos de observação, dos mapas conceituais, etc.; por outro lado, as
atividades específicas de avaliação, como comunicações de pesquisas, participação em
debates, relatórios de leitura, de experimentos e provas dissertativas ou de múltiplas
escolha. É importante notar que esses últimos instrumentos, as provas, muitas vezes são
entendidos como a única forma de avaliação possível, perdendo-se a perspectiva da
avaliação como elemento muito abrangente.
Dentro deste contexto, a avaliação resultará em instrumento indicador dos aspectos
defasados da aprendizagem, reformulação da prática pedagógica. Ela ainda irá favorecer
o planejamento de aprendizagens futuras, assim como permitirá ao professor avaliar o
próprio desempenho. Uma avaliação, com abrangência, precisa utilizar diversas
oportunidades, instrumentos e forma de avaliar. A avaliação não formal permite aferir o
desenvolvimento do aluno muito além do que o teste escrito poderia fazê-lo. O professor
pode, para isso, observar o desempenho dos alunos nas diversas modalidades.
Ainda temos que levar em conta os alunos que apresentam alguma dificuldade na
aprendizagem pelo fato de apresentarem algum tipo de necessidade especial. Para estes
alunos, a avaliação será feita de uma forma diferenciada, visando cobrar os mesmos itens
acima citados, mas, com um grau adequado para estes alunos. Dentro deste contexto
podemos colocar: provas reduzidas, trabalhos em sala de aula, pesquisas e debates,
sempre observando o desempenho do aluno na sua condição, diferenciando do restante
da turma. O aluno será avaliado constantemente em todas as aulas.
Todos os alunos terão direito à recuperação de conteúdos e esta deve acontecer
todas as vezes em que os métodos empregados não forem suficientes para propiciar a
aprendizagem dos alunos. A recuperação de estudos, de caráter obrigatório, ocorrerá
concomitantemente ao processo educativo, conforme determina a lei.
A avaliação dar-se-á da seguinte forma: provas escritas, seminários, trabalhos de
pesquisa (tanto em livros quanto na internet – laboratório de informática).
A avaliação será de forma somatória, contínua e sempre que houver necessidade
será retomado o conteúdo para que os alunos sejam atendidos em suas dificuldades de
aprendizagem.
23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
34 ALVARENGA, J. P.; et al. Ciências no dia-a-dia. Belo Horizonte: Dimensão. 2000.
35 BARROS, C.. O corpo humano. São Paulo: Ática, 2002.
36 BARROS Carlos, PAULINO Wilson Roberto. Ciências 5ª a 8ª séries. São Paulo: Ática,
1998.
37 GEWANDSZNAIDER Fernando. Ciências: livro do professor – São Paulo: Ática,
2002.
38 Revista do professor, editora CPOEC, nº 44.
39 Regimento Interno da Escola
40 Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para a
Educação Básica. Curitiba, 2008.
41 VALLE, C.. Coleção Ciências. Curitiba: Nova Didática, 2004.
42 DURANT, J. O que é alfabetização científica? In: MASSARANI, L.; TURNEY, J;
MOREIRA, I. C. (Org). Terra incógnita: a interface entre ciência e público. Rio de
Janeiro:
43 UFRJ, 2005. CHASSOT, A. Ensino de Ciências no começo da segunda metade do
século da tecnologia. In: LOPES, A. C.; MACEDO, E. (Orgs.). Currículo de Ciências em
debate. Campinas, SP: Papirus, 2004. p. 13-44.
COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAREDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL(6º ao 9º ano)
ENSINO MÉDIO
IRATI2012
I. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física escolar é atualmente considerada pelos seus principais
pensadores, pela LDB e pelas Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental e Médio,
como um componente curricular. Através de sua história apresentou muitos processos e
concepções de ensino e em diferentes épocas e contextos contribuiu para reproduzir as
estruturas políticas vigentes. Foi inserida no contexto escolar na segunda metade do
século XIX e, durante muito tempo teve como referência o paradigma da aptidão física e
esportiva. Com base em análises realizadas sobre a evolução do processo da Educação
Física, pôde-se comprovar a existência de métodos e tendências pedagógicas que, com o
tempo, determinaram as linhas pedagógicas de ensino utilizadas pela Educação Física.
Seus objetivos e suas propostas educacionais foram modificando-se ao longo dos
últimos anos, e todas essas tendências, de algum modo, ainda hoje influenciam a
formação profissional e suas práticas pedagógicas. Na Educação Física, assim como em
outros componentes curriculares, não existe uma única forma de pensar e implementar a
disciplina na escola. Tornou-se componente obrigatório dos currículos escolares a partir de
1982. Tinha na ginástica a responsabilidade de promover a saúde do corpo por meio de
exercícios físicos. As práticas pedagógicas foram fortemente influenciadas pela instituição
militar e pela medicina. Na década de 30, medidas do governo para valorização da pátria
fizeram do esporte um instrumento de valorização patriótica. O esporte consolidou sua
hegemonia na Educação Física quando passou a fazer parte dos currículos, sendo
aplicado de forma tecnicista, com o objetivo de trabalho de base para a formação de
atletas que representassem o país em diversas competições. Mudanças significativas
surgiram a partir da década de 80, com a formação de uma comunidade científica,
configurando-se como um momento de intensas discussões, de modo que passaram a
existir tendências, cujos debates evidenciavam severas críticas ao modelo vigente. Assim,
em oposição à vertente mais tecnicista, esportivista e biologista, surgem novos
movimentos na perspectiva de desenvolver uma Educação Física voltada para o ser
humano e não mais para as necessidades do capital.
Desta forma, colocaram-se em cena diferentes concepções: desenvolvimentista,
humanista, construtivista, fenomenológica, antropológico-cultural, histórico crítica, crítico
superadora, critico emancipatória, entre outras, cujas propostas de ação visavam colocar a
educação, a prática pedagógica, portanto, na perspectiva da transformação social, rumo a
uma sociedade igualitária e justa. BRACHT (2005).
Amparadas nestas leituras, as Diretrizes Curriculares propõem a inclusão da
reflexão sobre as necessidades atuais de ensino e a superação de uma visão fragmentada
de homem. Assim, compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo significa
entender que ela é composta por interações que se estabelecem na materialidade das
relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos. Portanto, é importante
reconhecer as maneiras como o modo de produção capitalista influencia as formas de
pensar e agir sobre o corpo e seus efeitos diretos na prática pedagógica da Educação
Física.
O professor não é um técnico, ao contrário, ele exerce o trabalho intelectual,
devendo assumir suas responsabilidades pedagógicas e políticas. Sua atuação deve ser
de intelectual crítico, autônomo e criativo, que se preocupa em tornar o conhecimento
emancipador de que trata a Educação Física (Cultura Corporal) mais significativa.
Introduzir os indivíduos no universo da cultura corporal ou de movimento de forma crítica é
tarefa da escola e especificamente da Educação Física. Deve ter como objetivo principal
de seu trabalho na escola, localizar em cada um dos conteúdos da Educação Física (jogo,
esporte, dança, ginástica e luta) seus benefícios humanos e suas possibilidades de
utilização como instrumentos de comunicação, expressão, lazer e cultura.
Cabe aos professores de Educação Física compreenderem as diferentes
concepções e práticas pedagógicas que se desenvolvem nas relações sociais e produtivas
de cada época, transformando o conhecimento social e historicamente produzido em saber
escolar, selecionando e organizando conteúdos a serem trabalhados por meio de formas
metodológicas adequadas, buscando sempre novos métodos e formas de transmitir o
conhecimento. Os alunos têm diferentes experiências, conhecimentos, valores, religiões,
raízes culturais, classes sociais e essa heterogeneidade oferecem ao trabalho pedagógico
uma grande fertilidade.
Segundo Piccolo (1995, p. 12), a “Educação Física escolar deve objetivar o
desenvolvimento global de cada aluno, procurando formá-lo como indivíduo participante;
deve visar à integração desse aluno como ser independente, criativo e capaz, uma pessoa
verdadeiramente crítica e consciente, adequada à sociedade em que vive; mas esse
objetivo deve ser atingido através de um trabalho também consciente do educador, que
precisa ter uma visão aberta às mudanças necessárias do processo educacional”.
Segundo a autora, o professor tem condições, mas do que outros profissionais, de buscar
mudanças radicais na libertação de uma sociedade, e através de suas propostas, criarem
condições aos alunos para tornarem-se independentes, participativos e com autonomia de
pensamentos e ação. Aí o seu papel será de agente transformador, reconhecendo a sua
ação pedagógica como um fator de conscientização.
Segundo Coletivo de Autores, a Educação Física é uma prática pedagógica que no
âmbito escolar, tematiza formas de atividades expressivas corporais como: jogo, dança,
esporte, ginástica, formas estas que configuram uma área de conhecimento que podemos
chamar de cultura corporal. O conceito de cultura corporal parte da idéia de seleção,
organização e sistematização do que se considera ser produto social e cultural, acumulado
historicamente, acerca do movimento humano. Essa produção histórica referente ao
movimento humano foi organizada em eixos temáticos ou conteúdos da Educação Física,
isto é, o jogo, a luta, o esporte, a dança e a ginástica. Nesse sentido, a cultura corporal se
constitui como objeto de estudo e de ensino da Educação Física escolar. Ainda, o Coletivo
de Autores propõe que a escola deva fazer uma seleção e organização de conteúdos com
coerência e com o objetivo de promover a leitura da realidade. Oferecer condições para
produção e a transmissão de conhecimentos que tenham significado no processo escolar.
Possibilitando a multidisciplinaridade, contribuindo com informações científicas sobre o
assunto e consequentemente mudando a visão atual da educação Física. As Diretrizes
Curriculares de Educação Física, propõe que a Educação Básica seja fundamentada nas
reflexões sobre as necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de
contradições e na valorização da educação. A Educação Física precisa ultrapassar a idéia
de estar voltada apenas para o gesto motor. Muito mais que isso,cabe ao professor
problematizar, interpretar, relacionar, analisar com seus alunos as amplas manifestações
da cultura corporal, de tal forma que estes compreendam os sentidos e significados
impregnados nas práticas corporais. É importante que os alunos tenham a oportunidade
de vivenciarem o maior número de práticas corporais possíveis. Ao vivenciarem essas
práticas de forma coletiva, relações individuais e sociais são estabelecidas. Assim, esses
alunos poderão adquirir maior autonomia na vivência, na criação, na elaboração e na
organização dessas práticas corporais, como também, adotarão uma postura crítica
quando estiverem no papel de expectadores dessas práticas.
Para que a ação pedagógica seja eficaz, o educador deve buscar incessantemente
a superação da rotina. Contemplar a totalidade das manifestações corporais e sua
potencialidade formativa é superar uma visão reducionista do homem, ou seja, superar as
práticas que se restringem somente à experiência motora. A escola deve levar em conta a
diversidade de experiências culturais, pois cada aluno um corpo, cada corpo uma história,
uma expectativa, lembrando que o conhecimento é um legado da humanidade e não
apenas de um grupo de indivíduos ou classes específicos.
Em Educação Física, o tempo e o espaço escolar revelam valores, crenças, normas
que refletem a história de vida de cada comunidade. Esta relação entre sujeitos, sociedade
e cultura nos permite um maior enriquecimento pedagógico possibilitando um novo olhar
sobre as práticas escolares, que tem a corporalidade como elemento central no processo
formativo. As experiências vividas na escola, por meio das aulas de Educação Física, nos
conteúdos desenvolvidos devem ser estruturadas adequadamente, para que tanto dentro
como fora do espaço escolar, os alunos adotem posturas éticas, de acordo com suas
convicções e valores.
Nesse sentido, a escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em
diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem
(internalização) e de avaliação que permitam aos professores e estudantes
conscientizarem-se da necessidade de “...uma transformação emancipadora. É desse
modo que uma contraconsciência, estrategicamente concebida como alternativa
necessária à internalização dominada colonialmente, poderia realizar sua grandiosa
missão educativa” (MÈSZÁROS, 2007, p. 212).
ll. CONTEÚDOS
Ensino Fundamental - 6º ano
Esporte ColetivosIndividuais
Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras popularesBrincadeiras e cantigas de rodaJogos de tabuleirosJogos cooperativos
Dança Danças folclóricasDanças de ruaDanças criativas
Ginástica Ginástica rítmicaGinástica circenseGinástica geral
Lutas Lutas de aproximaçãoCapoeira
Ensino Fundamental - 7º ano
Esporte ColetivosIndividuais
Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras popularesBrincadeiras e cantigas de rodaJogos de tabuleirosJogos cooperativos
Dança Danças folclóricasDanças de rua
Danças criativas
Ginástica Ginástica rítmicaGinástica circenseGinástica geral
Lutas Lutas de aproximaçãoCapoeira
Ensino Fundamental - 8º ano
Esporte ColetivosRadicais
Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras popularesJogos de tabuleiroJogos dramáticosJogos cooperativos
Dança Danças criativasDanças circulares
Ginástica Ginástica rítmicaGinástica circenseGinástica geral
Lutas Lutas com instrumento mediadorCapoeira
Ensino Fundamental - 9º ano
Esporte ColetivosRadicais
Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiroJogos dramáticosJogos cooperativos
Dança Danças criativasDanças circulares
Ginástica Ginástica rítmicaGinástica geral
Lutas Lutas com instrumento mediadorCapoeira
Ensino Médio
Esporte ColetivosIndividuaisRadicais
Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiroJogos dramáticosJogos cooperativos
Dança Danças folclóricasDanças de ruaDanças de salão
Ginástica Ginástica artística/olímpicaGinástica de condicionamento físicoGinástica geral
Lutas Lutas de aproximaçãoLuas que mantêm à distânciaLutas com instrumento mediadorCapoeira
METODOLOGIA
O breve histórico da disciplina de Educação Física, apresentado anteriormente, aponta
marcos importantes para que se entenda as mudanças teórico-metodológicas que
ocorreram no decorrer dos anos e que, por sua vez, configuraram a atual concepção de
Educação Física defendida nas Diretrizes.
Propõe-se que a Educação Física seja fundamentada nas reflexões sobre as
necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de contradições e na
valorização da educação. Por isso, é de fundamental importância considerar os contextos
e experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da comunidade. Pode
e deve ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas que permitam entender a
Cultura Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação com as múltiplas dimensões
da vida humana, tratadas tanto pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da natureza.
A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar
articulada ao projeto político-pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensino próprios,
e trata de conhecimentos relevantes na escola. Considerando o exposto, defende-se que
as aulas de Educação Física não são apêndices das demais disciplinas e atividades
escolares, nem um momento subordinado e compensatório para as “durezas” das aulas
em sala.
Se a atuação do professor efetiva-se na quadra, em outros lugares do ambiente
escolar e em diferentes tempos pedagógicos, seu compromisso, tal como o de todos os
professores, é com o projeto de escolarização ali instituído, sempre em favor da formação
humana. Esses pressupostos se expressam no trato com os conteúdos específicos, tendo
como objetivo formar a atitude crítica perante a Cultura Corporal, exigindo domínio do
conhecimento e a possibilidade de sua construção a partir da escola.
Busca-se, assim, superar formas anteriores de concepção e atuação na escola
pública, visto que a superação é entendida como ir além, não como negação do que
precedeu, mas considerada objeto de análise, de crítica, de reorientação e/ou
transformação daquelas formas. Nesse sentido, deve-se possibilitar aos alunos o acesso
ao conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-o às práticas corporais, ao
contexto histórico, político, econômico e social. Isso representa uma mudança na forma de
pensar o tratamento teórico-metodológico dado às aulas de Educação Física. Significa,
ainda, repensar a noção de corpo e de movimento historicamente dicotomizados pelas
ciências positivistas, isto é, ir além da ideia de que o movimento é predominantemente um
comportamento motor, visto que também é histórico e social. Sendo assim, tais
consequências na prática pedagógica vão para além da preocupação com a aptidão física,
a aprendizagem motora, a performance esportiva, etc. Devemos entender que o
movimento que a criança realiza num jogo, tem repercussões sobre todas as dimensões
do seu comportamento e mais, que esta atividade veicula e faz a criança introjetar
determinados valores e normas de comportamento. Portanto, aquela ideia de que atuando
sobre o físico estamos automaticamente e magicamente atuando sobre as outras
dimensões, precisa ser superada para que estas possam ser levadas efetivamente em
consideração na ação pedagógica, através do estabelecimento de estratégias que
objetivem conscientemente o desenvolvimento num determinado sentido, destes outros
aspectos e dimensões dos educandos (BRACHT, 1992, p. 66).
Pensar a Educação Física a partir de uma mudança significa analisar a insuficiência
do atual modelo de ensino, que muitas vezes não contempla a enorme riqueza das
manifestações corporais produzidas socialmente pelos diferentes grupos humanos. Isto
pressupõe criticar o trabalho pedagógico, os objetivos e a avaliação, o trato com o
conhecimento, os espaços e tempos escolares da Educação Física.
A metodologia de ensino da Educação Física terá como ponto de partida uma práxis
pedagógica, vinculada aos conteúdos, proposta de forma a abranger interesses que
venham ao encontro das necessidades individuais do educando e expectativas da
realidade escolar, relacionando o movimento humano, historicamente constituído, ao
cotidiano escolar em todas as suas formas de manifestações culturais, políticas,
econômicas e sociais.
Será aplicada através de aulas expositivas, demonstrativas, vídeos, palestras,
implicando tarefas indissociáveis: reflexão- conhecimento- interpretação da realidade e a
sua transformação partindo da prática, fazendo com que o próprio aluno seja capaz de
superar seus desafios de uma maneira clara para que realize suas tarefas, refletindo sobre
as mesmas (através da reflexão crítica e coletiva), através de debates entre os alunos
chegando a um consenso onde todos entendam de maneira clara ao seu cotidiano
procurando sempre guiá-lo na direção desejada.
As atividades bimestrais ofertadas terão como objetivo o aprendizado dos
conteúdos tradicionais, incluindo nestes a contemplação da vivência social do educando,
por meio de conteúdos interdisciplinares relevantes às suas necessidades atuais. Os
conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em conjunto aos
conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE. Serão trabalhados
também, questões referentes à saúde, meio-ambiente, sexualidade, drogas,
enfrentamento à violência, conhecimentos científicos e tecnológicos, profissões, educação
do campo, educação fiscal, datas nacionais importantes, artes e a pluralidade cultural,
especialmente a Afro-Brasileira. Desta forma, proporcionar a reflexão e crítica às
contradições sociais, políticas e econômicas presentes na sociedade contemporânea.
Para tanto serão utilizados os seguintes recursos didáticos e tecnológicos: vídeos,
dvd's, laboratório de informática, TV multimídia, pendrive, data show, livros, revistas,
materiais esportivos em geral.
10. AVALIAÇÃO
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de
diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação
da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que,
o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que
haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica. Para cumprir essa função, a
avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que
envolva o ensino e a aprendizagem.
Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o
desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as
práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir
novas práticas educativas (LIMA, 2002). No cotidiano escolar, a avaliação é parte do
trabalho dos professores. Tem por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a
serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso
ao conhecimento.
A avaliação deve estar de acordo com o que se estabelece nos documentos
escolares como o Projeto Político Pedagógico e, mais especificamente, a Proposta
Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente, documentos necessariamente
fundamentados nas Diretrizes Curriculares. Esse projeto e sua realização explicitam,
assim, a concepção de escola e de sociedade com que se trabalha e indicam que sujeitos
se quer formar para a sociedade que se quer construir.
Para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos devemos propiciar condições
para o aluno atuar também como sujeito avaliador. Não se pode avaliar a aprendizagem
sem avaliar o ensino, a prática do professor e as condições oferecidas pela escola como
partes de um todo que se constitui o processo educativo.
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades
de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa
aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da
sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão
inseridos. Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o aluno
aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas como
sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos que se
apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em suas
contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de aula precisa
contribuir para essa formação.
Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão
metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de
investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a
clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a
diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas
oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe
acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o desenvolvimento dos processos
cognitivos.
A nota bimestral do aluno será resultante da somatória dos valores atribuídos em
cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na
sequencia e ordenação de conteúdos.
Quanto aos procedimentos e instrumentos de avaliação, faremos por meio de
provas, trabalhos escritos e expostos, e avaliação prática, para conhecer melhor os alunos
em todos os aspectos, compreender seus avanços e dificuldades, ajudando-o em sua
aprendizagem.
A prova se constitui em um importante instrumento de avaliação, porém, não pode
ser o único indicador de conhecimento, pois apenas fornece um diagnóstico do aluno,
individualmente, e da turma, como um todo e leva o professor a repensar sua prática,
direcionando suas ações futuras para a solução de problemas identificados por meio dos
resultados. A aplicação destas serão: prova individual, em grupos, com consulta, oral, etc.
Os trabalhos em grupo como: pesquisas, jogos, painéis, maquetes, relatórios,
festivais, entre outros, serão utilizados para desenvolver e avaliar a formação global do
aluno quanto à cooperação, troca de pontos de vista, confronto e comprometimento dos
componentes do grupo.
Todos os alunos terão direito à recuperação dos conteúdos ministrados,
permanecendo sempre a maior nota do aluno, como consta no PPP da Instituição de
Ensino. Para alunos com necessidades especiais, serão ofertadas avaliações
diferenciadas na Instituição. A recuperação de conteúdos, de caráter obrigatório, ocorrerá
concomitantemente ao processo educativo.
Segundo o Regimento Escolar do Colégio Estadual Trajano Grácia, na avaliação do
aproveitamento escolar, deverá preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem
sobre os dados quantitativos e entre os resultados obtidos durante o período letivo e os da
recuperação, prevalecerão os melhores resultados.
Os conteúdos não apropriados pelos alunos serão retomados e haverá novas
oportunidades de avaliação, prevalecendo a maior nota e garantindo que a aprendizagem
se efetive.
• REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALONSO, M.; QUELUZ, A.O trabalho docente: teoria e prática. São Paulo: Pioneira,
1999, p. 23.
BRACHT, Valter. Educação Física e aprendizagem Social. Porto Alegre: Magister, 1992.
BRACHT, Valter. Pesquisa em ação: educação física na escola. 2. Ed. Ijuí: Ed. Unijuí,
2005.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física (Coleção
magistério 2º grau. Série formação do professor). São Paulo: Cortez, 1993.
DARIDO, Suraya Cristina. RANGEL, Irene Conceição Andrade. Educação física na
escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2005.
DARIDO, Suraya Cristina. Júnior, Osmar Moreira de souza. Para ensinar Educação
Física: Possibilidades de intervenção na escola. Campinas, SP: Papirus, 2007.
DCE- Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica, Curitiba,
SEED, 2008.
KUNZ, Elenor. Transformação didático- pedagógica do esporte. 6. Ed. Ijuí: Ed. Unijuí,
2004.
MARCELINO, Nelson Carvalho. Lúdico, Educação e Educação Física. Ijuí-RS.
MELO, José Pereira. Perspectivas da Educação Física Escolar: reflexão sobre a
Educação Física como componente curricular. Revista Brasileira de Educação Física e
Esportes. São Paulo, v.20, p. 188-190, set. 2006. Suplemento n. 5.
PICCOLO. Vilma L. Nista. Educação Física escolar: ser...ou não ter? 3ª ed. Campinas,
SP: Editora da UNICAMP, 1995.
SHIGUNOV, Victor; VANILDO, Rodrigues Pereira. Pedagogia da Educação Física. São
Paulo: Editora Ibrasa, 1993. 134 p.
VERDERI, Érica beatriz Lemes Pimentel. Encantando a Educação Física. Rio de
Janeiro: 2ª edição: Sprint, 2002.
COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO RELIGIOSO
ENSINO FUNDAMENTAL
(6ºe 7º ano)
IRATI
2012
I. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A escola pública brasileira nas últimas décadas passou a atender um número cada
vez maior de estudantes oriundos de classes populares. Ao assumir essa função, que
historicamente justifica a existência da escola pública, intensificou-se a necessidade de
discussões contínuas sobre o papel do ensino básico no projeto de sociedade que se quer
para o país, e que, nestas sociedades dotadas de uma diversidade cultural, vê-se a
importância de ressaltá-la. O Ensino Religioso está intimamente ligado aos padrões
culturais. Assim sendo, desde a década de 30 do século XX as questões religiosas
(culturais) também passaram a fazer parte destas discussões, embora ainda, com
matrícula facultativa.
Na década de 60 o Ensino Religioso era ministrado por professores leigos e
voluntários sem nenhuma intervenção direta do Estado, onde na maioria dos casos,
somente escolas que possuíam esses profissionais de forma efetiva é que poderiam
oferecer a disciplina. Na prática muitos inverteram seus objetivos, buscando converter os
educandos para sua própria religião, ao paras as quais detinham exclusivo conhecimento.
Neste caso, desde então, a escola deveria incentivar a prática pedagógica
fundamentada em diferentes metodologias, valorizando as concepções de ensino, de
aprendizagem e de avaliação que permitam aos professores e estudantes
conscientizarem-se da necessidade e importância, também do Ensino Religioso na grade
escolar regular, embora ainda tivesse matrícula facultativa – LDBEN 4024/61.
Durante os anos de 1971 a 1998, aconteceram muitos programas, elaboração de
materiais, cursos, de modo a garantir um novo espaço para a Educação Religiosa na
Legislação Brasileira. O Ensino Religioso vedava qualquer forma de doutrinação ou
proselitismo.
ART. 33: O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básicado cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Educação Básica, assegurado o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedada quaisquer forma deproselitismo.
Este artigo foi corrigido pela lei 9475/97. É então oferecida uma educação religiosa
oriunda de um estado laico, colocando a religião como um objeto de estudo e
compreensão cultural do indivíduo, não intervindo em seu credo ou aferimento espiritual,
respeitando, portanto as diferenças culturais, pondo em foco as experiências vivenciadas
pelo aluno sem prejuízo a aprendizagem do conhecimento histórico e socialmente
construído pela humanidade.
O Ensino Religioso é componente curricular da Educação Básica e de importância
para a formação do cidadão e para seu pleno desenvolvimento como pessoa, pois ao
socializar e construir o conhecimento acerca das diferentes manifestações da Sagrado, os
alunos adquirem a possibilidades de compreender as diferenças culturais, modelos de
vida e de diversas formas de conviver com os contextos sacro-religiosos.
O Ensino Religioso se incorporou a um dos grandes desafios da escola, que é a
efetivação de uma prática de ensino voltada para a superação de preconceito religioso ou
de qualquer outra forma de descriminação, oportunizando ao aluno, no processo de
escolarização fundamental se tornar aptos a entender os movimentos religiosos
específicos de cada cultura, de modo a colaborar nas formações éticas, morais e sociais
das pessoas, fundamentando medidas de repúdio a toda e qualquer forma de aversão ao
conhecimento de que todos somos portadores de singularidades.
A Educação referente à religião e ao sagrado propõe também resgatar,
pedagogicamente os conhecimentos/conteúdos das tradições de matrizes africanas,
nativas e ocidentais e orientais, demonstrando ao longo de todo o processo, que existem
diversas formas de aprender o Sagrado e que nenhuma delas deve ser desconsideradas.
11. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O conhecimento religioso é entendido como um patrimônio, por estar presente no
desenvolvimento histórico da humanidade. Sob tal perspectiva, o Ensino Religioso é uma
disciplina que constitui para desenvolvimento humano, além de possibilitar o respeito e a
compreensão de que a nossa sociedade é formada por diversas manifestações culturais e
religiosas, tornando-os capazes de entender os movimentos específicos das diversas
culturas. São três os conteúdos estruturantes, a saber:
• Paisagem Religiosa – Define-se pela combinação de elementos culturais e
naturais que remetem à experiência com o Sagrado, e é constituído, predominantemente,
por astros; montanhas; florestas; rios; grutas; etc. (naturais) e por templos; cidades
sagradas; monumentos; etc. (arquitetônicos).
• Universo Simbólico Religioso – Conjunto de linguagens que expressam
sentidos comunica e exerce papel relevante para a vida imaginativa e para a constituição
das diferentes religiões do mundo. É representada por linguagens simbólicas – essência
da cultura humana.
3. Textos Sagrados – Expressam ideias e são meios de dar viabilidade à
disseminação e à preservação de ensinamentos de diferentes tradições e manifestações
religiosas. Os textos podem ser invocados em qualquer situação para agradecer, pedir e
demonstrar aspectos individuais e coletivos relacionados à religiosidade.
12.CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ano:
1- Organizações Religiosas
Os fundadores e/ou líderes religiosos e as estruturas hierárquicas das organizações que
compõem os sistemas religiosos.
Ex: o Budismo (Sidarta Gautama); o cristianismo (Cristo); o confucionismo; o taoísmo (Lao
Tsé), etc.
2- Lugares Sagrados
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência,
de culto, de identidade, principais práticas de expressão nestes locais.
Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.
3- Textos Orais e Escritos – Sagrados
Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas
religiosas.
Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.).
Exemplo: Vedas- Hinduísmo, escrituras Bahá’I, Tradições Orais Africanas, afro-brasileiras
e Ameríndias, Alcorão-Islamismo, etc.
4- Símbolos Religiosos
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:
Nos ritos, nos mitos, no cotidiano.
Exemplos: arquitetura religiosa, mantras, paramentos, objetos, etc.
7ºano:
1- Ritos
Colaboração das tradições e manifestações religiosas que possibilitam um encontro
interpessoal, representado em ritos de passagem; mortuários; propícios e outros.
Exemplos: dança (xire); candomblé, kiki (caingangues, fúnebre); via sacra; etc.
2- Temporalidade Sagrada
Tempos que remetem a atividades ordinárias, com os costumes Sagrados, marcadopelo
calendário Sagrado e/ou profano (nascimento de um líder espiritual, festas, datas de
rituais e representações).
Exemplos: Natal (cristão); Kumba Melo (hindú); Losas (budista); dentre outros.
3- Festas Religiosas
Eventos de diversas organizações religiosas que objetivam ritualização de um
acontecimento primordial, podendo ser realizado no ambiente familiar, templos ou por
ocasião datas comemorativas regionais e/ou universais.
Exemplos: Kuarup (indígena); Pessach (judaica); Natal (cristão); Ramadã (islã); etc.
4- Vida e Morte
Essência e ponto chave de quase todas as organizações religiosas - ancestralidade;
reencarnação; ressurreição. Como cada cultura/organização religiosa encara a questão
da morte e a maneira de como lidar com o culto aos mortos.
IV. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Sendo o Sagrado, o objeto de estudo do Ensino Religioso, se adotará para a
ministração desta disciplina uma metodologia, que buscará além do ensinamento um
esclarecimento de que o espaço escolar não é, e nem representa um Estado tradicional
que se feche em cima de questões religiosas de nosso estreito conhecimento. Assim, o
encaminhamento metodológico deverá ser baseado em aulas dialogadas, ou seja, a partir
de experiências e vivências religiosas dos alunos e de seus conhecimentos prévios, como
também da curiosidade dos mesmos para com as culturas consideradas Sagradas de
várias regiões e religiões e/ou seitas e crenças espalhadas pelo mundo.
Os conteúdos a serem trabalhados nas aulas de Ensino Religioso contribuirão para
a superação: do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa; de
toda forma de proselitismo, a partir de uma abordagem metodológica vinculada a
diferentes manifestações do Sagrado, construído historicamente no âmbito das diferentes
culturas e tradições, sendo este o propósito e objetivo a ser buscado.
Para um bom aprendizado de Ensino Religioso, a metodologia contará com a
inserção de músicas, filmes/vídeos, depoimentos gravados, escritos ou ao vivo,
apresentação de objetos de cunho religioso e/ou sagrado, além de textos e comentários do
cotidiano, através de relatos colhidos pelos próprios alunos, os quais poderão (com seus
consentimentos) serem comentados na classe.
Porém, para a utilização de tais mecanismos, sem deixar de lado os recursos
oferecidos pelo Portal da Educação e por todo o aparato do Paraná-Digital, os mesmos
serão antecipadamente analisados e avaliados, buscando-se evitar a descriminação para
a diversidade religiosa existente dentro das salas de aula.
Enfim, os conteúdos do Ensino Religioso devem ser trabalhados enquanto conheci-
mentos da diversidade sócio-político e cultural. A linguagem a ser utilizada nas aulas
deve ser a científica e não a religiosa, a fim de superar as tradicionais aulas de religião.
Para isso, serão utilizados recursos didáticos e tecnológicos como: quadro de giz,
materiais escolares de uso diário, TV-multimídia, pendrive, DVDs, rádios-cd, etc.
Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em
conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.
V. AVALIAÇÃO
Desde a década de 70 a disciplina de Ensino Religioso vem sendo incorporado nos
regimentos escolares, no início nas escolas municipais e gradativamente este processo foi
se ampliando, até que em 1988 foi pela Constituição, garantido implementação do Ensino
Religioso nas disciplinas escolares, porém sua matrícula continua sendo de caráter
facultativo e de notas e conceitos que impliquem aprovação ou reprovação do aluno. No
entanto, avaliação não é simplesmente um conjunto de métodos que proporcionem ao
aluno o direito de seguir ou não para a série seguinte, mas um meio de diagnosticar se
houve ou não a compreensão e/ou aprendizagem dos conteúdos por parte dos mesmos.
No entanto, a avaliação existirá e servirá como um mecanismo para diagnosticar se
os alunos assimilaram conhecimentos de aprendizagem capaz de lhes proporcionar uma
melhor relação com a diversidade de tradições e costumes oriundos de suas crenças ou
descrenças.
Trabalhos de pesquisas em grupo, jogos, produções de painéis, maquetes, cartazes
e relatórios, serão utilizados para desenvolver e avaliar a formação interativa do aluno.
Troca de ideias e comprometimento de respeito com o grupo. Tudo deverá ser realizado
dentro do espaço escolar, o que não impede que fatos e acontecimento de seus cotidianos
possam ser relevantes para a realização dos mesmos. Todos os alunos terão direito à
recuperação de conteúdos e esta deve acontecer todas as vezes em que os métodos
empregados não forem suficientes para propiciar a aprendizagem dos alunos. A
recuperação de estudos, de caráter obrigatório, ocorrerá concomitantemente ao processo
educativo, conforme determina a lei.
Também serão utilizados métodos de avaliação formal (provas orais e escritas,
seminários) e informais (trabalhos de pesquisa e debates, apresentações), através dos
quais serão analisados o desempenho e avanço dos alunos, Todos os alunos terão direito
à recuperação de conteúdos e esta deve acontecer todas as vezes em que os métodos
empregados não forem suficientes para propiciar a aprendizagem dos alunos. A
recuperação de estudos, de caráter obrigatório, ocorrerá concomitantemente ao processo
educativo, conforme determina a lei.
Valorização do aprendiz e da disciplina são os objetivos da avaliação, bem como,
da formação aluno-cidadão. O critério de maior interesse, sob os aspectos acima citados,
a serem avaliados estão relacionados ao seu convívio com os demais colegas, através do
respeito para com suas religiões e costumes/tradições familiares e regionais.
A recuperação de estudos é de caráter obrigatório e será considerada a
aprendizagem do aluno no decorrer do bimestre. Após a verificação de rendimento
escolar, estará se proporcionando novas situações de aprendizagem, concomitantemente
ao processo educativo para todos os alunos. A recuperação das notas é consequência da
recuperação dos conteúdos e entre os resultados obtidos entre os da avaliação e
recuperação prevalecerão os maiores, garantindo que a aprendizagem se efetive.
Alunos com necessidades especiais serão avaliados de forma diferenciada
conforme LDB 9394/97 capítulo V artigo 58, no que tange a dificuldades auditivas, visuais,
físicas, coordenação motora e outras as quais a instituição de educação possa oferecer ao
educando a capacidade de aprendizagem e socialização.
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
-HEIDEGGER, Martin. Conferências e Escritos Filosóficos. Coleção os Pensadores, São Paulo, Nova Cultural, 1989.
-NARLOCH, Rogério Francisco. Redescobrindo o universo religioso. Ensino Fundamental. V. 5. Petrópolis: Vozes, 2001.
-FILHO, Gil S. F.; ALVES, Luis Alberto de Sousa. O Sagrado como foco do fenômeno religioso. In.: Sérgio Rogério Azevedo Junqueira; Lilian Bianck de Oliveira (Org.). Ensino Religioso: memórias e perspectivas. 1ª ed. Curitiba: Editora Champagnat; 2005, v. 01, p. 51-83.
KANT, I.. A religião nos limites da simples razão. Tradução: Ciro Mioranza. São Paulo:
Escola Educacional, 2006.
-SEED/PR. D.C.E.-Diretrizes Curriculares da Educação básica de Ensino Religioso. Curitiba, 2008.
-P.P.P. - Projeto Político Pedagógico da escola e/ou colégio. (ano vigente)
COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL (6º AO 9º ANO)
ENSINO MÉDIO
IRATI2012
44 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Foi em 1837, durante o período regencial, que a História é implantada como
disciplina escolar da escola secundária, na fundação do colégio Pedro II. Neste mesmo
ano nascia o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), responsável por construir a
genealogia nacional, buscando uma identidade para a nação recentemente formada. O
IHGB era o local de produção da História que seria difundido nas escolas secundárias
através dos manuais didáticos. Neste momento, a nacionalidade era a grande questão
posta à sociedade, e a elite se atribuía o direito de escolha do passado, visto como um
caminho percorrido pela humanidade em direção ao progresso.
Foi do IHGB que surge um modelo de História nacional feita através da
hierarquização de alguns fatos que deveriam ser os centros explicadores, em torno dos
quais todo um conjunto de acontecimentos passava a ser referido. O descobrimento do
Brasil, a sua independência, entre outros fatos são vistos como os marcos fundadores da
História do Brasil, contada a partir de 1500 ano da chegada dos europeus.
Estas concepções nortearam os programas e currículos escolares até período
bastante recente. A História linear, cronológica e eurocêntrica passou a ser ensinada nas
escolas secundárias como um conhecimento pronto e acabado.
Em 1930, com a criação do Ministério da Educação e Saúde Pública e a reforma do
ministro Francisco Campos, acentuou-se o poder central do Estado e do controle sobre o
ensino. Constituiu-se a partir de então um modelo para o ensino de História para todo o
país, dando ênfase ao estudo de História Geral, sendo o Brasil e a América apêndices da
civilização ocidental. Para o ensino elementar (séries iniciais do ensino fundamental)
discutia-se, neste momento, a implantação dos chamados Estudos Sociais no currículo
escolar em substituição a História e Geografia.
O processo de industrialização e urbanização no país trouxe novas questões para o
debate acadêmico na História. Alguns historiadores procuravam identificar as causas de
nosso atraso econômico, enquanto outros apontavam para a necessidade de se buscar
conhecer a identidade nacional, integrando as três raças formadoras do país. A História
ensinada incorporou estas discussões através dos programas e currículos, e manuais
didáticos. Difundia-se nas salas de aula a tese da democracia racial, entendida como
ausência de preconceitos raciais e étnicos.
“Nessa perspectiva, o povo brasileiro era formado por brancos descendentes de portugueses, índios e negros, e, a partir dessa tríade, por mestiços, compondo conjuntos harmônicos de convivência dentro de uma sociedade multirracial e sem conflitos, cada qual colaborando com seu trabalho para a grandeza e riqueza do País.”(MEC)
Ensinava-se nas escolas a idéia de um Brasil sem preconceito racial, no qual cada
um colabora com aquilo que tem para a felicidade geral. A História não era o espaço para
discussões dos problemas brasileiros.
Durante o regime militar, a História é definitivamente substituída pelos chamados
Estudos Sociais, a partir da lei n. 5692/71. Os Estudos Sociais constituíram-se ao lado da
Educação Moral e Cívica em fundamentos dos estudos históricos mesclados por temas da
Geografia. Os temas da História e Geografia foram diluídos, ganhando contornos
ideológicos de um ufanismo nacionalista destinado a justificar o projeto nacional
organizado pelo governo militar implantado no País a partir de 1964.
A proposta metodológica tinha como pressuposto que os estudos sobre a sociedade
deveriam estar vinculados aos estágios de desenvolvimento psicológico do aluno, devendo
pois, partir do concreto ao abstrato em etapas sucessivas. Neste sentido, iniciava-se o
estudo do mais próximo, a comunidade ou o bairro, indo sucessivamente ao mais distante,
o município, o estado, o país e o mundo.
Neste momento assiste-se a uma divulgação da história de reis, heróis e batalhas,
redutoras do homem a categoria de objeto ínfimo no universo de monstros grandiosos que
decidem o caminho da humanidade e o papel de cada um de nós. Do passado só se
recordava dos fatos heróicos, a versão que engrandece. Da escravidão lembra-se apenas
da lei áurea, os seus quase 400 anos devem ser esquecidos. O desaparecimento da
população indígena fica sem explicação, mas comemora-se o dia do índio. E assim não
tendo compromisso em buscar na história as diversas vertentes explicativas, nada se
discutia do presente, do vivido. Como se este fosse obra de um destino, de uma
predestinação.
Este modo de ver a História predominou nos currículos escolares até bem pouco
tempo. Foi somente com o processo de democratização no país acontecido em meados
dos anos 80 é que verificamos algumas mudanças em relação à disciplina.
Acompanhando o processo de democratização acontecido em meados dos anos 80,
os conhecimentos escolares foram duramente questionados e redefinidos por reformas
curriculares. A clientela escolar vinha se modificando desde a década de 40, período no
qual as classes populares começam a ter acesso a escola. Esta nova geração de alunos
vai, ainda, ter um maior acesso as novas tecnologias de comunicação, principalmente o
rádio e a televisão. A nova realidade não podia mais ser ignorada pela escola. As
mudanças curriculares se tornaram urgentes.
Neste contexto inicia-se a discussão sobre o retorno da História e da Geografia
como disciplinas autônomas nos currículos das séries iniciais. O que de certa maneira
impulsiona esta discussão é a formação de associações como a ANPUH e AGB. Ao
mesmo tempo a profissionalização do Historiador se tornou crescente com a criação de
cursos de pós-graduação no país. Cresceu o diálogo entre pesquisadores e profissionais
do ensino, expresso nas publicações sobre ensino de História no período.
A produção historiográfica crescia a passos largos, influenciando as propostas
curriculares. “Os historiadores voltaram-se para a abordagem de novas problemáticas e
temáticas de estudo, sensibilizados por questões ligadas a história social, cultural e do
cotidiano, sugerindo possibilidades de rever no ensino fundamental o formalismo da
abordagem histórica tradicional.”(PCNS)
Contestava-se a história tradicional, dos grandes fatos, dos heróis. A visão da
história como um processo linear, evolutivo, em direção ao progresso, foi denunciada
como redutora da capacidade do aluno de se sentir parte integrante e agente de uma
história que desconsiderava sua vivencia e era apresentada como um produto pronto e
acabado.
Ao mesmo tempo em que este modelo de História era questionado abria-se espaço
dentro das ciências pedagógicas, especialmente no campo da psicologia cognitiva e
social, para as discussões sobre o processo de ensino e aprendizagem nos quais os
alunos eram considerados como participantes ativos do processo de construção do
conhecimento. No caso da disciplina História, significava então admitir um sujeito
construtor de sua história.
Os professores percebiam a impossibilidade de transmitir nas aulas o conhecimento
de toda a História da humanidade. Neste momento, passam a buscar novas formas de se
ensinar história rompendo com as visões reducionistas e simplificadoras da história oficial.
Duas propostas para o ensino de História surgem neste momento: a História temática e a
História integrada. Na primeira proposta trabalha-se com eixos temáticos, revendo a
dimensão cronológica do tempo histórico, as concepções de linearidade e progressividade.
Na segunda, intercala-se os conteúdos de história do Brasil com os de História Geral.
Os métodos tradicionais de ensino foram questionados, buscando alternativas que
levassem o aluno a construção do conhecimento histórico na sala de aula. Rompia-se com
métodos de ensino baseado na leitura de livros didáticos. O cinema, a música, a literatura
foram trazidos para o ensino de História como linguagens alternativas para se construir o
conhecimento histórico.
Todavia, esta mudança de perspectiva não atingiu de forma generalizada o ensino
de História. Nas séries iniciais a História tem permanecido distante do interesse dos
alunos, presa as fórmulas prontas do discurso dos livros didáticos ou relegada a práticas
esporádicas determinadas pelo calendário cívico. É necessário que se reafirme a
importância da História no currículo escolar e, acima de tudo, que se entenda que esta
disciplina pode desenvolver os alunos como sujeitos conscientes na pratica da cidadania.
O ensino de história não pode reduzir-se a memorização de fatos, a informação
detalhada dos eventos, ao acúmulo de dados sobre as circunstâncias nas quais
ocorreram. A história não é simplesmente um relato de fatos periféricos, não é o elogio de
figuras ilustres. Ela não é um campo neutro, é um lugar de debate, as vezes de conflitos. É
um campo de pesquisa e produção do saber que está longe de apontar para o consenso.
No ensino de história o principal objetivo é compreender e interpretar as várias
versões do fato, e não apenas memoriza-lo. Sem que se identifique, preserve,
compreenda, sem que se indique onde se encontram outros fatos e qual o seu valor, não
pode haver continuidade consciente no tempo, mas somente a eterna mudança do mundo
e do ciclo biológico das criaturas que nele vivem. O conhecimento da história da civilização
é importante porque nos fornece as bases para o nosso futuro, permite-nos o
conhecimento de como aqueles que viveram antes de nós equacionaram as grandes
questões humanas.
Os estudos de história contribuiriam para formar no aluno a idéia de que a realidade
como está foram produzida por uma determinada razão, e mais importante, podem ser
alteradas ou conservadas. Para isso é importante que a História seja entendida como o
resultado da ação de diferentes grupos, setores ou classes de toda a sociedade. É
importante que o aluno conheça a história da humanidade como a história da produção de
todos os homens e não como resultado da ação ou das idéias de alguns poucos.
Nessa medida a História seria entendida como um processo social em que todos os
homens estariam nele engajados como seres sociais. De outra parte, é fundamental que
se estabeleça a relação do passado e do presente, isto é, que os estudos não se
restrinjam apenas ao passado, mas sim que este seja entendido como chave para a
compreensão do presente, que por sua vez melhor esclarece e ajuda a entender o
passado. Aqui duas funções se evidenciam como básicas nos estudos da história:
capacitar o individuo a entender a sociedade do passado e a aumentar o seu domínio da
sociedade do presente.
Sob esse enfoque, não tem sentido um ensino de História que se restrinja a fatos e
acontecimentos do passado sem estabelecer sua vinculação com a situação presente;
como não têm sentido analisar os acontecimentos atuais sem buscar sua gênese e sem
estabelecer sua relação com outros acontecimentos políticos, econômicos, sociais e
culturais ocorridos na sociedade como um todo. Não é possível, portanto, analisar fatos
isolados. Para entender seu verdadeiro sentido é imprescindível remete-los á situação
socioeconômica, política e cultural da época em que foram produzidas, reconstituídas suas
evoluções na totalidade mais amplas do social até a situação presente.
Somente desta forma a escola pode oferecer ao aluno um ensino que lhe possibilite
o conhecimento e a compreensão das relações de tempo e espaço; ou seja, pelo
conhecimento da “temporalidade das relações sociais, das relações políticas, das formas
de produção econômica, das formas de produção da cultura das idéias e dos valores.”
17 METODOLOGIA
Para os anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), a proposta é que os
conteúdos temáticos priorizem as histórias locais e do Brasil, estabelecendo-se relações e
comparações com a história mundial.
O trabalho pedagógico com os Conteúdos Estruturantes, básicos e específicos tem
como finalidade a formação do pensamento histórico dos estudantes. Isso dar-se-à
quando estivermos(professor-aluno) utilizando, em sala de aula e nas pesquisas
escolares, os métodos de investigação histórica articulados pelas narrativas históricas
desses sujeitos. Assim, os alunos perceberão que a História está narrada em diferentes
fontes (livros, cinema, canções, palestras, relatos de memória, etc.), sendo que os
historiadores se utilizam destas fontes para construírem suas narrativas históricas.
Para o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento histórico, o
trabalho pedagógico será organizado por meio:
• do trabalho com vestígios e fontes históricas diversos;
• da fundamentação na historiografia;
• da problematização do conteúdo.
Essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas produzidas pelo
sujeito. Recorrer ao uso de vestígios e fontes históricas nas aulas de História pode
favorecer o pensamento histórico e a iniciação aos métodos de trabalho do historiador. A
intenção do trabalho com documentos em sala de aula é de desenvolver a autonomia
intelectual adequada, que permita ao aluno realizar análises críticas da sociedade por
meio de uma consciência histórica (BITTENCOURT, 2004).
Ao trabalhar com vestígios na aula de História, é indispensável ir além dos documentos
escritos, trabalhando com os iconográficos, os registros orais, os testemunhos de história
local, além de documentos contemporâneos, como: fotografia, cinema, quadrinhos,
literatura e informática. Outro fator a ser observado é a identificação das especificidades
do uso desses documentos, bem como entender a sua utilização para superar as meras
ilustrações das aulas de História. Quanto à identificação do documento, a sugestão é
determinar sua origem, natureza, autor ou autores, datação e pontos importantes do
mesmo.
Para fazer análise e comentários dos documentos, Bittencourt (2004) estabeleceu a
seguinte metodologia:
• descrever o documento, ou seja, destacar e indicar as informações que ele contém
mobilizar os saberes e conhecimentos prévios dos alunos para que eles possam explicá-
los, associá-los às informações dadas;
• situar o documento no contexto e em relação ao autor;
• identificar sua natureza e também explorar esta característica para chegar a
identificar os seus limites e interesses.
Entender tais aspectos possibilita que os alunos valorizem e contribuam para a
preservação de documentos escritos, dos lugares de memória, como: museus, bibliotecas,
acervos privados e públicos de fotografias, audiovisuais, entre outros. Isso se dá pelo uso
adequado dos locais de memória, pelo manuseio cuidadoso de documentos que podem
constituir fontes de pesquisas ou pelo reconhecimento do trabalho feito pelos
pesquisadores. A problematização desses documentos é que os transformam em fontes
históricas.
O trabalho com documentos e fontes históricas pode levar a uma análise crítica
sobre o processo de construção do conhecimento histórico e dos limites de sua
compreensão.
Tal abordagem é fundamental para que os alunos entendam:
• os limites do livro didático;
• as diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico;
• a necessidade de ampliar o universo de consultas para entender melhor diferentes
contextos;
• a importância do trabalho do historiador e da produção do conhecimento histórico
para compreensão do passado;
• que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que pode ser
complementada com novas pesquisas e pode ser refutada ou validada pelo trabalho
de investigação do historiador.
Então, ao adotar este encaminhamento metodológico, o professor precisa relativizar o
livro didático, uma vez que as explicações nele apresentadas são limitadas, seja pelo
número de páginas do livro, pela vinculação do autor a uma determinada concepção
historiográfica, seja pela tentativa de abarcar uma grande quantidade de conteúdos em
atendimento às demandas do mercado editorial. Isso não significa que o livro didático deva
ser abandonado pelo professor, mas problematizado junto aos alunos, de modo que se
identifiquem seus limites e possibilidades. Implica também a busca de outros referenciais
que complementem o conteúdo tratado em sala de aula.
Porém, como o livro didático é o documento pedagógico mais popular e usado nas
aulas de História, Schmidt e Cainelli (2004), sugerem alguns encaminhamentos
metodológicos para seu uso que permitam a sua transformação em uma fonte histórica:
• Ler o texto;
• construir uma enunciação da ideia principal de cada parágrafo;
• identificar e analisar as imagens e as ilustrações, os mapas e os gráficos;
• relacionar as ideias do texto com a imagens, as imagens, os mapas e os gráficos;
• explicar as relações feitas;
• estabelecer relações de causalidade e significado sobre o que aparece no texto e
nas imagens, imagens, mapas e gráficos;
• identificar as ideias principais e secundárias do texto;
• registrar, de forma organizada e hierarquizada, as ideias principais e as secundárias
do texto (TREPAT, 1995, p. 1994-220; atividades adaptadas por SCHMIDT e
CAINELLI. 2004, p. 140).
Fundamentar o conhecimento na historiografia significa compreendê-lo em suas
práticas, suas relações e pela multiplicidade de leituras e interpretações históricas
possíveis. Para isso, algumas questões poderão ser propostas aos estudantes:
• Como o historiador chegou a essa interpretação?
• Que documentos/fontes o ajudaram a chegar a essas conclusões?
• Existem outras pesquisas a esse respeito?
• Que relações o historiador contemplou em sua análise?
• No conteúdo trabalhado, como podem ser identificados os aspectos políticos, sócio-
econômicos e culturais?
• Existem aspectos que ainda podem ser pesquisados? Quais?
• Estas ideias historiográficas têm relação com as ideias históricas produzidas pelos
estudantes?
• Como os estudantes desenvolvem essas ideias históricas?
Para que os estudantes busquem conteúdos diversos daqueles apresentados nos
livros didáticos, o uso da biblioteca é fundamental. Torna-se essencial, no entanto, a
orientação para que conheçam o acervo específico, as obras que poderão ser
consultadas, e que se ensine os bons hábitos de manuseio e conservação das obras.
Existem caminhos interessantes caminhos o estudo das histórias locais:
• a importância da dimensão local na construção do conhecimento do passado e que
há fenômenos que devem ser analisados em uma pequena escala;
• a relação entre os fatos de dimensão local e os de dimensão nacional, continental ou
mundial;
• o estudo e a compreensão das histórias locais do Outro (como as histórias dos
indígenas, dos latino-americanos, dos africanos e dos povos do Oriente);
• o respeito pelo patrimônio que testemunha o passado local;
• os termos das questões relativas à administração e gestão do território em que
vivem;
• a função e o valor histórico-social das instituições incumbidas da conservação do
patrimônio e do estudo do passado;
• a utilização e divulgação pública de narrativas históricas das histórias locais.
A metodologia de ensino de História terá como ponto de partida uma práxis
pedagógica, vinculada aos conteúdos, proposta de forma a abranger interesses que
venham ao encontro das necessidades individuais do educando e expectativas da
realidade escolar, relacionando o comportamento humano, historicamente constituído, ao
cotidiano escolar em todas as suas formas de manifestações culturais, políticas,
econômicas e sociais.
Será aplicada através de aulas expositivas, demonstrativas, vídeos, palestras,
implicando tarefas indissociáveis: reflexão- conhecimento- interpretação da realidade e a
sua transformação partindo da prática, fazendo com que o próprio aluno seja capaz de
superar seus desafios de uma maneira clara para que realize suas tarefas, refletindo sobre
as mesmas (através da reflexão crítica, individual e coletiva), através de debates entre os
alunos chegando a um consenso de respeito as ideias que podem ser diferentes, onde
todos entendam de maneira clara o seu cotidiano procurando sempre guiá-lo na direção
desejada.
As atividades bimestrais ofertadas terão como objetivo o aprendizado dos
conteúdos tradicionais, incluindo nestes a contemplação da vivência social do educando,
por meio de conteúdos interdisciplinares relevantes às suas necessidades atuais. Os
conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em conjunto aos
conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.
Serão trabalhados também, questões referentes à saúde, meio-ambiente,
sexualidade, drogas, enfrentamento à violência, conhecimentos científicos e tecnológicos,
profissões, educação do campo, educação fiscal, datas nacionais importantes, artes e a
pluralidade cultural, especialmente a Afro-Brasileira. Desta forma, proporcionar a reflexão
e crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes na sociedade
contemporânea.
Serão utilizados os seguintes recursos metodológicos:
-Textos e documentos para análise;
- Vídeos e filmes;
-Livro didático;
-Ilustrações do livro didático;
-Tv pendrive;
-Mapas;
-Jornais, pinturas, gravuras, charges;
-Retroprojetor;
-Fotografias.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
6º ANO
OS DIFERENTES SUJEITOS SUAS CULTURAS E SUAS HISTÓRIAS
Conteúdos Estruturantes
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
Conteúdos Básicos
A experiência humana no tempoOs sujeitos e suas relações com o outro no tempoAs culturas locais e a cultura comum
7º ANO
A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO RURAL E URBANO E A FORMAÇÃO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS.
Conteúdos Estruturantes
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
Conteúdos Básicos
As relações de propriedadeA constituição histórica do mundo campo e a cidadeAs relações entre o campo e a cidadeConflitos e resistências e produção campo-cidade.
8º ANO
O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA.
Conteúdos Estruturantes
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
Conteúdos Básicos
Histórias das relações da humanidade com o trabalhoO trabalho e a vida em sociedadeO trabalho e as contradições da modernidadeOs trabalhadores e as conquistas de direito.
9º ANO
RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES
Conteúdos Estruturantes
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
Conteúdos Básicos
A constituição das instituições sóciasA formação do EstadoSujeitos guerras e revoluções.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
24 Relações de trabalho25 Relações de poder26 Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS - 1º Ano• Tema 1: Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.• Tema 2:Urbanização e industrialização.• 2º Ano• Tema 3: O Estado e as relações de poder.• Tema 4: Cultura e religiosidade.• 3º Ano• Tema 5: Os sujeitos, as revoltas e as guerras.• Tema 6:Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.
Os conteúdos estruturantes, relações de trabalho, poder e cultura, organizam a
investigação do conhecimento histórico e proporcionam um maior conhecimento sobre o
político, social, econômico e cultural.
Para o Ensino Médio, a metodologia proposta pelas Diretrizes Curriculares é a da
História Temática, onde a organização do trabalho pedagógico por meio de temas
históricos possibilita ao professor ampliar a percepção dos estudantes sobre um
determinado contexto histórico, sua ação e relações de distinção entre passado e
presente.
A História Temática requer a constituição de uma problemática das estruturas e das
ações humanas que formaram os processos históricos do presente, tais como a fome,
desigualdade e exclusão social , confrontos identitários ( individual, social, étnica, sexual,
de gênero, de idade, de propriedade, de direitos, regionais e nacionais). Isso deve ser feito
observando-se os recortes espaço/temporal e conceituais específicos.
AVALIAÇÃO
A avaliação estará a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o
conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a este processo.
Refutam-se as práticas avaliativas que priorizam o caráter classificatório, autoritário,
que desvinculam a sua função da aprendizagem. Uma avaliação autoritária e
classificatória materializa um modelo excludente de escolarização e de sociedade, com o
qual a escola pública tem o compromisso de superação.
[...] para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é (preciso)modificar a sua
utilização de classificatória para diagnóstica. Ou seja, a avaliação deverá ser assumida
como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o
aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no
seu processo de aprendizagem (LUCKESI, 2002, p. 81).
O aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como fenômeno
compartilhado, contínuo, processual e diversificado, o que propicia uma análise crítica das
práticas que podem ser retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos.
Várias formas avaliativas serão utilizadas tais como:
• Avaliação diagnóstica – permitirá identificar o desenvolvimento da aprendizagem
dos alunos para pensar em atividades didáticas que possibilitem a compreensão dos
conteúdos a serem trabalhados;
• Avaliação formativa – ocorrerá durante o processo pedagógico e tem por finalidade
retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir dos mesmos, identificar a
aprendizagem alcançada desde o início até ao momento avaliado;
• Avaliação somativa – permitirá tomar uma amostragem de objetivos propostos no
início do trabalho e identificar se eles estão em consonância com o perfil dos alunos e
com os encaminhamentos metodológicos utilizados para a compreensão dos
conteúdos. Esta avaliação é aplicada em período distante um do outro, como por
exemplo o bimestre, trimestre ou semestre.
Para o Ensino Fundamental , a avaliação da disciplina de História considera três
aspectos:
• A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes;
• A compreensão das relações da vida humana (Conteúdos Estruturantes);
• O aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.
Esses três aspectos são entendidos como complementares e indissociáveis. Para isso
é importante recorrer a diferentes atividades, tais como: leitura, interpretação e análise de
narrativas historiográficas, mapas e documentos históricos; produção de narrativas
históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação
de seminários, entre outras.
Após a avaliação diagnóstica, poderemos revisitar as práticas desenvolvidas até
então, de modo que identifiquem lacunas no processo pedagógico. Essa ação permitirá
que se planeje e se proponha outros encaminhamentos para a superação das dificuldades
constatadas.
Deseja-se que, ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos tenham
condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de
poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem de modo a
se fazerem sujeitos da própria História.
A avaliação escolar dos alunos enquadrados dentro do sistema de inclusão deve
ser a mesma aplicada aos demais. O que muda com o paradigma da inclusão é o que se
entende por avaliação escolar, não importa se ela é planejada para este ou aquele aluno.
A avaliação escolar inclusiva precisa ser contínua (e não pontual), ocorrendo, portanto, o
tempo todo ao longo de cada ano letivo. Para tanto, realizar-se-à inúmeras atividades que
revelem como e o que o aluno está aprendendo (e não somente a prova, que, aliás, é
dispensável). Esse tipo de avaliação serve para indicar o que o professor e a escola
precisam mudar para que o aluno efetivamente aprenda, e seu objetivo é manter os alunos
incluídos (e não eliminá-los), por isso busca avaliar cada aluno por ele mesmo (e não
compará-lo com os demais). Cada avaliação, em relação às anteriores, intenciona levar o
aluno à realização máxima (e não classificá-lo por nota).
Além disso será viabilizada a todos os alunos oportunidades de aprendizagem que
possibilitem a superação das dificuldades encontradas no percurso desse aprendizado. A
recuperação é um instrumento relevante para levar o aluno ao sucesso escolar. Contínua
ou Paralela objetivam combater a defasagem de conteúdo programático.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
13. Diretrizes curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.
14. PILETTI, Nelson. História do Brasil. 14.ed. São Paulo, Ática, 1996.
15. HOBSBAWN, Eric J. Era dos Extremos, breve século XX: 1914 – 1991. São Paulo, Companhia das Letras, 1995.
16. MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. O manifesto comunista. 6.ed., São Paulo, Paz e Terra, 1998.
17. ARRUDA, j. & PILETTI, N. Toda a história – história geral e do Brasil. 7.ed. São Paulo, Ática, 1998.
18. COSTA, L. & MELLO, l. Toda a história. 11. ed. São Paulo, Ática, 1999.
19. SACRISTAN, J. Gimeno, e Gomes, a. I. Perez . O Currículo: os conteúdos do ensino ou uma análise prática? Compreender e Transformar o Ensino. Porto Alegre, Armed, 2000.
20. CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. 9.ed. São Paulo, Ática, 1997.
21. VASQUEZ. Hiperatividade: Avaliação e Tratamento. In Rafael Batista, Necessidades Educativas Especiais. Lisboa, Dinalivro, 1997.
22. ABUD, Kátia. Currículos de História e políticas públicas: os programas de História do Brasil na escola Secundária
23. BRASIL. Secretaria de Educação fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: história, geografia. Secretaria da Educação Fundamental. Brasil: NMEC. SEF, 1997.
24. ANPUH, Associação Nacional de História. AGB, Associação de Geógrafos.
25. BOULOS JUNIOR, Alfredo. História: sociedade e cidadania. 1.ed. São Paulo, FTD, 2006.
COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: INGLÊS
ENSINO FUNDAMENTAL
(6º ao 9º ano)
ENSINO MÉDIO
IRATI
2012
Apresentação da disciplina
Devido a acentuada dependência econômica do Brasil em relação aos Estados
Unidos durante e após a Segunda Guerra Mundial, intensificou-se a necessidade de
aprender inglês. O aprendizado dessa língua passou a ser um anseio da população
urbana, de modo que a mesma ganhou cada vez mais espaço no currículo.
Hoje, a língua inglesa tem status de língua internacional, a língua dos negócios e da
tecnologia, com a qual todos se comunicam em reuniões internacionais. Aí a importância
que objetiva a inserção do inglês neste mundo globalizado, onde a comunicação e o
conhecimento pela cultura e línguas estrangeiras são de extrema necessidade para a
formação e reflexão de uma nova realidade brasileira. Torna-se difícil o indivíduo participar
ativamente e com sucesso num mundo tão competitivo, tanto sócio-econômico quanto
culturalmente, sem o conhecimento de ao menos uma das habilidades específicas.
Desta forma, espera-se que o aluno:
- use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
- vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
- compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
- tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
- reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Falar inglês, hoje, é o mesmo que abrir as portas para o mundo. Qualquer que seja
a língua nativa de um país, são 90% as chances de que alguém fale ou mesmo entenda
este idioma. Com ele, não só é possível como natural, se comunicar com pessoas de
qualquer parte do globo, como se estivessem conversando em sua língua nativa. Na
internet é muito mais fácil encontrar informações em inglês do que em qualquer outra
língua. Além disso, o inglês habita boa parte de nossa vida cotidiana: as músicas, os filmes
os desenhos e jornais transmitem informações senão em inglês muitas vezes traduzidas
dele. O domínio de uma LEM tem o poder nos colocar em contato com pessoas que
possivelmente nunca conheceríamos, inserir-nos em novas culturas, apresentar-nos um
diferencial profissional, na busca por uma vaga no concorrido mercado de trabalho,
passando a integrar o perfil do profissional ou futuro profissional, por mais jovem que ele
seja.
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação.
Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma visão sistêmica e estrutural
do código lingüístico. Ela é heterogênea, ideológica e opaca. No ensino de língua
estrangeira, o objetivo de estudo contempla as relações com a cultura, o sujeito e a
identidade visando no ensino da Língua Inglesa a conscientização dos alunos sobre a
importância de uma LEM por ser um instrumento de comunicação universal; a
possibilidade da compreensão e expressão na LEM, através da abordagem do discurso
(listening/speaking/reading); a construção do conhecimento sistêmico sobre a organização
textual e sobre como e quando utilizar a linguagem, nas situações de comunicação, tendo
como base os conhecimentos da língua materna; o incentivo a um nível de competência
linguística capaz de permitir o acesso a diversos tipos de informação contribuindo ao
mesmo tempo para sua formação geral enquanto cidadão.
26. Conteúdo Estruturante
O conteúdo estruturante que rege o estudo da língua inglesa é único e está
relacionado ao momento histórico-social, ao entender a língua como espaço social de
interação verbal para produção de sentidos. Tal conteúdo é definido como “discurso como
prática social” e, é por meio dele que a língua será tratada de forma dinâmica, através das
habilidades da leitura, oralidade e escrita.
Bakhtin já entendia a língua como dinâmica e em constante evolução, e não
podendo ser concebida como algo pronto, acabado. Através do discurso os sujeitos
passam a intervir na realidade, perceberem a interdiscursividade, as condições de
produção, a polissemia, a intenção e as marcas linguísticas.
27. Conteúdos Básicos da Disciplina
Para o desenvolvimento do conteúdo estruturante em sua função real é necessário
que sejam utilizados textos de diferentes gêneros, de diferentes esferas de circulação que
proporcionem a construção de sentido “na luta política contra a hegemonia, pela
diversidade, pela multiplicidade da experiência humana, e ao mesmo tempo colaborar na
inclusão de grande parte dos brasileiros que estão excluídos doa tipos de [...]
(conhecimentos necessários)1".
1 (MOITA LOPES, 2003, p.43, IN DCE – Língua Estrangeira Moderna, ed.2008)
É importante também procurar manter uma progressão entre as séries para
diagnosticar as condições de trabalho, a contemplação do objeto de estudo com o meio
social do aluno, o perfil dos educandos e a articulação da disciplina com as demais.
A qualidade dos textos e o seu grau de complexidade e de relevância quanto à
informatividade, induzindo o aluno à pesquisa e à discussão são fundamentais para uma
aula interativa e participativa. Os elementos linguísticos serão abordados na medida em
que forem sendo evidenciados nos textos e, retomados em qualquer bimestre ou série,
sempre que forem necessários para a total compreensão do discurso. Sempre que
possível os alunos poderão participar da escolha dos temas a serem trabalhados, para um
melhor relacionamento com o objeto de estudo e numa tentativa de inter-relação,
participação e de compreensão entre o autointeresse e interesses em grupo, esgotando
dúvidas e evitando visões estereotipadas.
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
são adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação.
A seleção desses gêneros é realizada de acordo com o Projeto Político
Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou
seja, em conformidade com as características da escola, com o nível de complexidade
adequado a cada uma das séries e em consonância com os todos os professores da
disciplina.
ENSINO FUNDAMENTAL: 6° ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Por meio dos mais variados gêneros como diálogo, imagem, jogo, vídeo,
vídeo clip, texto informativo, música, pictograma, charge, ilustração, narrativa, mapa,
árvore genealógica, álbum de família, história em quadrinhos, cartazes, anúncio, slogan e
desenho animado, são trabalhados os conteúdos básicos leitura, oralidade e escrita,
atendendo a identificação dos seguintes itens:
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extra linguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
ENSINO FUNDAMENTAL: 7° ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
Com relação ao ensino da Língua Inglesa na 6ª série/7º ano, são
selecionados gêneros como: classificados, anúncio, carta pessoal, e-mail, calendário,
horóscopo, cartão postal, música, exposição oral, biografia, letra de música, vídeo clip,
vídeo, poema, foto, imagem, ilustração, diálogo, cartazes, texto argumentativo, publicidade
comercial, propaganda e outros, que porventura se façam necessários no decorrer do ano
letivo, visando trabalhar os conteúdos básicos da leitura, oralidade e escrita.
Em conformidade com os gêneros citados, é necessário identificar:
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Informações explícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extra linguísticos: entonação, pausas,
gestos, etc;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.
ENSINO FUNDAMENTAL: 8º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
Por meio de gêneros como: cartão postal, informações metereológicas,
biografia, imagens, gravura, moeda, foto, conto, letra de música, vídeo, vídeo clip,
exposição oral, receita médica, relato histórico, gráficos, texto informativo, receita culinária,
diálogo, bilhete, dentre outros, onde são trabalhados os conteúdos básicos (leitura,
oralidade e escrita), com intuito de identificar:
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
- Léxico.
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Concordância verbal e nominal;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de
conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
ENSINO FUNDAMENTAL: 9º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Tabela nutricional, pirâmide alimentar, gráficos, imagens, receita, entrevista,
jogo, música, diário, biografia, texto informativo, relato histórico, letra de música, exposição
oral, vídeo, vídeo clip, cartazes, adivinha, mapa e carta, são gêneros propostos para essa
série, onde visa-se compreender os conteúdos básicos da oralidade, leitura e escrita:
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem);
• Léxico.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de
conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
Ensino Médio
Os conteúdos básicos que serão trabalhados pertencem às práticas da oralidade,
leitura e escrita. Tais conteúdos são abordados por meio dos mais diversos gêneros
textuais escolhidos em comum acordo pelo coletivo da escola. Dentre alguns destes
gêneros dá-se ênfase a biografia, fábulas, correspondências, crônicas, histórias em
quadrinho, artigos, pesquisas, cartazes, mapas, exposição oral, carta ao leitor, cartum,
charge, manchetes, classificados, e-mail, comerciais, fotos, vídeos, entrevista, filmes,
home pages, entre outros que se fizerem necessários para subsidiar a construção de
significados e promover o desenvolvimento de idéias.
Caberá ao professor selecionar um texto significativo pertencente a um gênero, que
deve ser compreendido em sua esfera de circulação. Importa menos a quantidade de
gêneros e mais a qualidade do trabalho pedagógico com aqueles selecionados pelo
professor.
Os gêneros serão retomados em diferentes séries respeitando-se o princípio de
complexidade crescente. Vale ressaltar que os gêneros indicados não se esgotam nesses
tópicos.
Assim, espera-se que o aluno compreenda e identifique através dos conteúdos
básicos da disciplina (leitura, oralidade e escrita):
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Partículas conectivas do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego e sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
• Léxico.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Partículas conectivas do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego e sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Intencionalidade do texto;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extra linguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
28. Metodologia
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica – DCE de Língua
Estrangeira Moderna, “o papel da escola define-se de formas muito diferenciadas. Da
perspectiva das teorias críticas da educação, as primeiras questões que se apresentam
são: Quem são os sujeitos da escola pública? De onde eles vêm? Que referências sociais
e culturais trazem para a escola?”. Entende-se, portanto, que é preciso, primeiramente,
diagnosticar, conhecer a realidade social da escola e definir os objetivos que irão permear
as práticas reorientar a definição dos conteúdos.
Assim, propõe-se a fazer da aula de LEM um espaço para que o aluno reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural de sua realidade, oportunizando-o a
engajar-se discursivamente nas três habilidades linguísticas: leitura, escrita e oralidade, e
perceber possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive.
O ponto de partida para tal é o discurso verbal e não verbal como unidade de linguagem
em uso.
Trabalhar a valorização do ensino, através metodologias diferenciadas, objetivando
atender a todos, independentemente da classe social, econômica, étnica ou cultural. Da
mesma forma, tratar os Conteúdos Básicos da disciplina (leitura, oralidade e escrita)
contextualizados à vida social do educando, por meio de conteúdos interdisciplinares
relevantes às suas necessidades atuais, com relação ao mundo, meio-ambiente, saúde,
sexualidade, drogas, conhecimentos científicos e tecnológicos, profissões, educação do
campo, educação fiscal, datas nacionais importantes, artes e a pluralidade cultural,
especialmente a Afro-Brasileira e a Indígena, conforme leis 11.645/08 e 10.639/03. Desta
forma, proporcionar a reflexão e crítica às contradições sociais, políticas e econômicas
presentes na sociedade contemporânea.
Os conteúdos obrigatórios conforme dispostos na Instrução 009/11 SUED/SEED
serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em
consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa.
Práticas diferenciadas e textos com crescentes graus de dificuldade darão suporte
para o aluno compreender a realidade linguística e ser capaz de perceber com autonomia
as idéias principais, a função, a composição e o grau de informação de cada texto, bem
como fazer a análise linguística do mesmo.
A diversidade de gêneros textuais permitirá reflexão, identificação de diferentes
estruturas, funções, autoria e público alvo e ainda o confronto com a língua materna do
educando. Exercícios de leitura, audiovisuais, orais e escritos, dramatizações, repetição
oral em grupo e individual, observação de figuras, fotos, cores e demais formas de
comunicação são algumas das estratégias usadas para ajudar os alunos a desenvolverem
as habilidades necessárias para uma comunicação efetiva. A análise gramatical será
efetivada no decorrer do processo, sempre que se fizer necessária.
Entende-se que o ensino de língua estrangeira deve possibilitar ao aluno relações
com culturas e ideologias diversas e formação necessária para a transformação da
realidade social, econômica e política de seu tempo, objetivando desenvolver consciência
e postura crítica sobre seu papel no mundo. Para tal é necessário o conhecimento
sistemático, baseado nas dimensões científica, artística e filosófica do conhecimento
adquirido na escola, dentro das mais diversas esferas sociais e através das mais variadas
práticas metodológicas confrontado com os conhecimentos do cotidiano popular e a
prática da leitura não linear.
Ao interagir com textos diversos, subsidiado por conhecimentos linguísticos, sócio-
culturais, discursivos e pragmáticos, o educando perceberá que as formas linguísticas são
flexíveis e variam conforme o contexto e a situação em que a prática social de uso da
língua ocorre, permitindo a si elaborar, construir ou reconstruir seu conhecimento e
visualizar o contexto sócio-histórico do autor, seu estilo e ideologia.
Quanto às três práticas discursivas: escrita, oralidade e leitura, deverá ficar explícito
o quê, para quê e para quem se objetiva comunicar, com objetivo e enunciados claros,
com orientação de gênero e variedade linguística esperados pelo professor, em situações
reais de uso.
Os conteúdos poderão ser retomados sempre que se fizerem presentes, com
observação do grau de importância e profundidade.
Finalmente, para proporcionar uma educação de qualidade serão utilizados diversos
instrumentos metodológicos como o livro de Língua Estrangeira Moderna, produzido pelos
professores da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná, bem como de outras
bibliografias da área, TV multimídia, DVD, rádio, Internet, CD-ROM, vídeos, dicionários,
cartazes, mapas e outros, disponíveis na escola.
29. Avaliação
A avaliação é um processo voltado a conhecer e acompanhar não só o
desenvolvimento do aluno dentro do espaço escolar, mas também nortear as práticas
metodológicas do professor, ou seja, é um recurso docente que estuda e interpreta os
dados da aprendizagem a fim de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aquisição de
conhecimento discente e diagnosticar resultados, atribuindo valores.
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades
de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa
aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da
sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão
inseridos.
Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve constituir um projeto de
futuro social, pela intervenção da experiência do passado e compreensão do presente,
num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica, em movimentos na direção da
aprendizagem do aluno, da qualificação do professor e da escola.
Pautada em princípios acadêmicos, políticos e culturais e baseados nos sujeitos
que deles usufruem, a avaliação levará em conta o mundo globalizado, desigualdades e
diferenças culturais. Deste modo será diagnóstica, somativa e formativa.
Considerando a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade dos conteúdos, serão
utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: leitura e interpretação de textos,
trabalhos individuais e coletivos de compreensão e produção de textos e análises
gramaticais, provas objetivas e/ou dissertativas, relatórios e pesquisas, utilização
adequada do discurso conforme a situação de uso, a fluência e a participação nos
diálogos, debates, reflexões, e análises, coerência e postura nos trabalhos de auto-
avaliação coletiva, cujos valores serão somados objetivando a média bimestral e anual.
Os critérios avaliativos serão determinados de acordo com os conteúdos básicos:
leitura, escrita e oralidade, que pretendem levar o aluno a realizar leitura compreensiva de
textos, localizar informações, argumentar, ampliar o horizonte de expectativas, ampliar o
vocabulário, identificar o gênero e a esfera de circulação do mesmo, identificar o tema e as
intenções do autor, o sentido conotativo e denotativo das palavras e a expressão clara de
ideias, elaborar textos concisos e coerentes com o gênero, a esfera de circulação e à
continuidade temática propostos, pontuar, usar corretamente os recursos linguísticos,
participar ativamente de relatos, diálogos, discussões e interpretações.
Desta forma, serão contemplados como critérios de avaliação da leitura exercícios
de compreensão e interpretação de textos de diferentes gêneros analisando o
conhecimento do aluno com relação ao tema, informações explícitas e implícitas e ideia
principal, ampliação de vocabulário e fundamentação para debates e argumentações.
Quanto à escrita serão propostas produções textuais de pequenos diálogos, frases,
manchetes, slogans, tirinhas, histórias em quadrinhos dentre outros critérios, utilizando o
vocabulário ampliado, recursos textuais e linguísticos, bem como clareza e continuidade
temática. Por fim, a oralidade, assim como as demais práticas, será avaliada no dia a dia
em sala de aula, por meio de situações de produções formais e informais, adequação do
discurso, apresentação de ideias claras e coerentes mesmo que em língua materna, uso
de recursos próprios desta prática como entonação, pausas, gestos, e turnos de fala.
Assim sendo essas práticas serão trabalhadas e avaliadas em valores próximos (3,0
pontos de leitura, 3,0 de oralidade e 4,0 de escrita) respeitando-se a importância e a
relevância de cada uma na formação de um cidadão ativo capaz de interagir com o
mundo.
A avaliação de Recuperação de Estudos deve ser feita sempre após retomada de
conteúdos e deverá ser ofertada para todos os alunos independente da nota alcançada. A
recuperação será paralela e por conteúdos trabalhados, os quais serão revistos e
avaliados através de recurso diferenciado devendo acontecer a partir de uma lógica
simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do
aluno, devendo ser ofertada a todos os alunos independente da nota alcançada. A
recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar
os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem.
Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de
conteúdos.
Serão considerados nesse processo, a organização do ambiente pedagógico, a
participação dos alunos e o engajamento discursivo na sala, na compreensão e interação
verbal de textos consistentes, entre os alunos e o professor ou entre os alunos na turma,
na interação com o material didático, nas conversas, mesmo que em Língua Materna, no
próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao promover o
desenvolvimento de ideias.
Através desse trabalho pretende-se valorizar o estudo da língua estrangeira como
disciplina relevante para a formação de cidadãos atuantes, participativos e críticos na
sociedade.
De acordo com a Lei 9394/96 da Lei de Diretrizes e Bases, capítulo5, artigo 58, os
alunos com necessidades educacionais especiais serão avaliados de acordo com suas
necessidades específicas.
30. Referências bibliográficas
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COSTA, M. B. Globetrotter: Inglês para o Ensino Médio. São Paulo: Macmillan, 2001.
FERRARI, M. & RUBIN, S. G. Inglês – Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2000.
GIMENEZ, T. Ensino de línguas estrangeiras no ensino fundamental: questões para
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MARCUSCHI, L. A. (2002). Gêneros textuais: definição e funcionalidade In DIONÍSIO,
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ORLANDI, E.P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 6ª ed. São Paulo:
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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação. Diretrizes
Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba:
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ROCHA, Analuiza Machado; FERRARI, Zuleica Águeda. Take your time 1, 2, 3 e 4. 3 ed.
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http://www.veramenezes.com/comunidades
COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRACIA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO FUNDAMENTAL (6º ao 9º ano)
ENSINO MÉDIO
IRATI2012
I. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou- se
com a educação jesuítica. Essa educação era instrumento fundamental na formação da
elite colonial, ao mesmo tempo em que se propunha a “alfabetizar” e “catequizar” os
indígenas (MOLL, 2006, p. 13). A concepção de educação e o trabalho de escolarização
dos indígenas estavam vinculados ao entendimento de que a linguagem reproduzia o
modo de pensar. Ou seja, pensava-se, segundo uma concepção filosófica intelectualista,
que a linguagem se constituía no interior da mente e sua materialização fônica revelava o
pensamento.
Nesse período, não havia uma educação institucionalizada, partia-se de práticas
pedagógicas restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos hegemônicos da
metrópole e da Igreja. O sistema jesuítico de ensino organizava- se, então, a partir de dois
objetivos: primeiro, uma pedagogia que por meio da catequese indígena visava à
expansão católica e a um modelo econômico de subsistência da comunidade. Segundo,
esse sistema objetivava a formação de elites subordinadas à metrópole, “favorecendo o
modelo de sociedade escravocrata e de produção colonial destinada aos interesses do
país colonizador” (LUZ-FREITAS, 2007 s/p).
As primeiras práticas pedagógicas moldavam-se ao ensino do latim, para os poucos
que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada. Essas práticas visavam à
construção de uma civilização de aparências com base em uma educação claramente
reprodutivista, voltada para a perpetuação de uma ordem patriarcal, estamental e colonial.
Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se, nessa época, às escolas de
ler e escrever, mantidas pelos jesuítas. Nos cursos chamados secundários, as aulas eram
de gramática latina e retórica, além do estudo de grandes autores clássicos.
No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi. O português
“era a língua da burocracia” (ILARI, 2007 s/p), ou seja, a língua das transações comerciais,
dos documentos legais. Entretanto, a partir do século XVIII, época que coincide com as
expedições bandeirantes e a descoberta da riqueza mineral do solo brasileiro, essa
situação de bilinguismo passou a não interessar aos propósitos colonialistas de Portugal,
que precisava manter a colônia e, para isso, a unificação e padronização linguística
constituíram-se fatores de relevância.
Com o fim de reverter esse quadro, em 1758 um decreto do Marquês de Pombal
tornou a Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral.
A partir da Reforma Pombalina, a educação brasileira passou por mudanças
estruturais. O ensino, até então dominado pelos jesuítas, não se limitava mais às escolas
de ler e contar, ou escolas elementares, dirigidas à população indígena. Eles também
mantinham cursos de Letras e de Filosofia, que eram considerados secundários, e o curso
de Teologia para a formação de sacerdotes (MOLL, 2006).
Com a corte no Rio de Janeiro, foram instaladas as primeiras instituições de ensino
superior no Brasil, eram faculdades voltadas para a formação da burocracia estatal que
emergia. Essas instituições de ensino, portanto, privilegiaram as camadas superiores da
sociedade, europeizando e produzindo uma educação que visava à manutenção do status
quo. As classes populares, que precisavam do ensino primário para aprender a ler e
escrever a língua portuguesa, continuaram negligenciadas.
Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua Portuguesa
passou a integrar os currículos escolares brasileiros. Até 1869, o currículo privilegiava as
disciplinas clássicas, sobretudo o latim, restando ao Português um espaço sem relevância
(LUZ-FREITAS, 2007).
O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871, data em que
foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português.
O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até meados do
século XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir da década 1960, um processo de
expansão do ensino primário público, o qual incluiu, entre outras ações, a ampliação de
vagas e, em 1971, a eliminação dos chamados exames de admissão (FREDERICO E
OSAKABE, 2004).
A Lei n. 5692/71 ampliaria e aprofundaria esta vinculação ao dispor que o ensino
deveria estar voltado à qualificação para o trabalho. Desse vínculo decorreu a instituição
de uma pedagogia tecnicista2 que, na disciplina de Língua Portuguesa, pautava-se na
concepção de linguagem como meio de comunicação (cujo objeto é a língua vista como
código), com um viés mais pragmático e utilitário em detrimento do aprimoramento das
capacidades linguísticas do falante.
O ensino de Língua Portuguesa fundamentava-se, então, em exercícios estruturais,
técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.
Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNs), do final da década de 1990, também fundamentaram a
proposta para a disciplina de Língua Portuguesa na concepção interacionista, levando a
uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita.
Considerando o processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal,
tanto na constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos que por meio dela
interagem, a linguagem deve ser vista como de ação entre sujeitos histórica e socialmente
situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas relações dialógicas.
Os homens e as mulheres interagem pela linguagem tanto numa conversa informal,
entre amigos, ou na redação de uma carta pessoal, quanto na produção de uma crônica,
uma novela, um poema, um relatório profissional.
Pela linguagem se expressam idéias, pensamentos e intenções, se estabelecem
relações interpessoais e se influencia o outro. A linguagem torna possível o pensamento
abstrato e contém em si a fonte dialética da tradição e da mudança.
A língua é um sistema de signos específicos, históricos e sociais, que possibilita a
homens e mulheres significar o mundo e a sociedade. Aprendê-la é aprender não somente
palavras e saber combiná-las e, expressões complexas, mas aprender pragmaticamente
seus significados culturais e, com eles, os modos pelos quais as pessoas entendem e
interpretam a realidade e a si mesmas.
As práticas da linguagem, enquanto fenômeno de uma interlocução viva, perpassam
todas as áreas do agir humano, potencializando, na escola a perspectiva interdisciplinar,
assumindo a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes práticas
sociais.
Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na Educação
Básica brasileira, e confrontando esse percurso com a situação de analfabetismo
funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos apresentada pelos
alunos – segundo os resultados de avaliações em larga escala e mesmo, de pesquisas
acadêmicas assume-se a concepção de linguagem enquanto a interação que dá ênfase à
língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e
produtiva. Tal ênfase traduz-se na adoção das práticas de linguagem como ponto central
do trabalho pedagógico.
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua,
busca:
• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada
contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e
propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas
sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do
contexto de produção;
• analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus
conhecimentos linguístico-discursivos;
• aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e
a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;
• aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas
de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno
condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se,
também, da norma padrão.
É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um
processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na alfabetização, consolida-
se no decurso da vida acadêmica e não se esgota no período escolar, mas se estende por
toda a vida.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
Durante muito tempo, o ensino de Língua Portuguesa foi ministrado por meio de
conteúdos legitimados no âmbito de uma classe social dominante e pela tradição
acadêmica/escolar. Esses conteúdos, entretanto, não conseguiram universalizar o domínio
das práticas linguísticas, notadamente as referentes à norma padrão, que constitui a
norma legitimada e prestigiada no contexto da sociedade brasileira. Na tentativa de mudar
esse quadro, no Brasil, na década de 1980, algumas pesquisas na área da linguística
foram realizadas e apresentaram abordagens pedagógicas pautando-se na concepção
interacionista de linguagem para o ensino/aprendizagem de Língua Materna.
Entende-se por Conteúdo Estruturante, em todas as disciplinas, o conjunto de
saberes e conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e organizam uma
disciplina escolar. A partir dele, advêm os conteúdos a serem trabalhados no dia a dia da
sala de aula.
A seleção do Conteúdo Estruturante está relacionada com o momento histórico-
social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de linguagem como
prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo assim, o Conteúdo
Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o discurso, como prática social.
A língua será trabalhada, na sala de aula, a partir da linguagem em uso, que é a
dimensão dada pelo Conteúdo Estruturante. Assim, o trabalho com a disciplina
considerará os gêneros discursivos que circulam socialmente, com especial atenção
àqueles de maior exigência na sua elaboração formal.
Os conteúdos básicos que irão ser trabalhados pertencem às práticas da oralidade,
leitura e escrita e análise linguística. Tais conteúdos devem ser abordados a partir de um
gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa,
política, literária/artística, produção e consumo, publicitária, midiática, jurídica.
Caberá ao professor selecionar um texto significativo pertencente a um gênero, que
deve ser compreendido em sua esfera de circulação. Importa menos a quantidade de
gêneros trabalhados e mais a qualidade do trabalho pedagógico com aqueles
selecionados pelo professor.
Os gêneros serão retomados em diferentes séries respeitando-se o princípio
complexidade crescente. Vale ressaltar que os gêneros indicados não se esgotam nesses
tópicos.
6º ANO
COTIDIANA- adivinhas, anedotas, bilhetes, cartão, convites, piadas, receitas.
LITERÁRIA/ARTÍSTICA- contos de fadas, fábulas, haicai, narrativas de aventuras,
narrativas de humor, narrativas fantásticas, poemas.
ESCOLAR-cartazes, mapas, resumo.
IMPRENSA- cartum, charge, classificados, fotos, horóscopo.
PUBLICITÁRIA- anúncio, cartazes, paródias.
MIDIÁTICA- desenho animado.
7º ANO
COTIDIANA- fábulas, cantigas de roda, carta pessoal, fotos, trava-língua.
LITERÁRIA ARTÍSTICA- contos, contos de fadas contemporâneos, fábulas
contemporâneas, lendas, narrativas de terror, paródias.
ESCOLAR- ata, exposição oral, pesquisas.
IMPRENSA- caricatura, entrevista (oral e escrita), mapas, notícia.
PUBLICITÁRIA-caricatura, comercial de TV, folder.
MIDIÁTICA- e-mail, entrevista.
8º ANO
COTIDIANA- cartão postal, causos,exposição oral, parlendas.
LITERÁRIA/ARTÍSTICA- biografias, literatura de cordel, letras de músicas, narrativas de
enigmas, narrativas místicas.
ESCOLAR- relatório, texto argumentativo, texto de opinião.
IMPRENSA- agenda cultural, manchete, reportagens.
PUBLICITÁRIA- e-mail, fotos, slogan, placas.
MIDIÁTICA- chat, filmes, telejornal,telenovelas, vídeo clip.
9º ANO
COTIDIANA- comunicado,Curriculum Vitae, diário,músicas, provérbios, quadrinhas, relatos
de experiências vividas.
LITERÁRIA/ARTÍSTICA- autobiografia, crônicas de ficção,narrativas de ficção, pinturas,
romances, textos dramáticos.
ESCOLAR- palestra, relato histórico, resenha.
IMPRENSA- artigo de opinião, sinopses de filmes, tiras.
PUBLICITÁRIA- músicas, publicidade comercial, texto político.
MIDIÁTICA- blog,homepage.
Serão trabalhados em todos os anos:
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Partículas conectivas do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas e variações linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Léxico.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Partículas conectivas do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Intencionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual,
pausas...
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
Os alunos poderão pesquisar seus trabalhos em livros didáticos, revistas, jornais e
outros meios que possam encontrar para que possam realizar suas pesquisas. Esses
temas serão trabalhados basicamente de uma só forma, ou seja, a conscientização, esta
começando a ser levada primeiramente à sala de aula para ser trabalhada com os alunos,
através de textos e outras formas de exposição do tema, e com isso se espera que seja
transmitida adiante, através dos alunos para sua família, amigos, comunidade e assim por
diante.
ENSINO MÉDIO
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Discurso como Prática Social
GÊNEROS DISCURSIVOS
1º ANOEsferas sociais de
circulaçãoCotidiana
A carta pessoal;cartão;parlendas; provévbios;músicas.
Literária ArtísticaPoema;Narrativas de enigma;Narrativas de Aventura;Narrativas de Ficção;Científica;Relato pessoal.
ImprensaArtigo de opinião;O texto da campanha comunitária;Sinopse de filmes;Tiras;Charge;
LEITURAConteúdo temático;
Interlocutor;Finalidade do texto;Intencionalidade;Argumentos do texto;Contexto de produção;Intertextualidade;Vozes sociais presentes no texto;Discurso ideológico presente no texto;Elementos composisionais do gênero;Contexto de produção da obra literária;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;Progressão referêncial;Partículas conectivas do texto;Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;Semântica:
Cartum.Escolar
Relatório;Relato de experiência científica;Relatório histórico;Seminário;Debate regrado.
PublicitáriaE-mail;Folder;Slogan;Paródia.
GÊNEROS DISCURSIVOS
2º ANOEsferas sociais de
circulaçãoCotidiana
Anedotas;Adivinhas;Comunicado;Convites.
EscolarCartazes;Resenha;Resumo;Crítica nos textos jornalísticos.
Imprensa Mesa redonda;Notícias;Reportagens;Entrevista (oral e escrita);Editorial.
Literária Artística Contos;Contos de fada;Contos de fada contemporâneos;
Publicitária Anúncio;Caricatura;Comercial.
GÊNEROS DISCURSIVOS
3º anoEsferas sociais de
circulaçãoCotidiana
Curriculum vitae;
-Operadores argumentativos;-Modalizadores;-Figuras de linguagem.
ESCRITAConteúdos temáticos;Interlocutor;Finalidade do Texto;Intencionalidade;Informatividade;Contexto de produção;Intertextualidade;Referência textual;Vozes sociais presentes no texto;Ideologia presente no texto;Elementos composicionais do gênero;Progressão referencialRelação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;Semântica:-operadores argumentativos;-modalizadores;-figuras de linguagem.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito etc.;Vícios de linguagem;Sintaxe de concordância;Sintaxe de regência.
ORALIDADE Conteúdo temático;Finalidade;Intencionalidade;Argumentos;Papel do locutor e interlocutor;Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas...;Adequação do discurso ao gênero;Turnos de fala;Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições;Elementos semânticos;Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
Comunicados;Convites;Músicas.
Literária ArtísticaAutobiografia;Biografia;Romances;Poemas;Pinturas;Textos dramáticos.
ImprensaCarta ao leitor;Carta do leitor;Caricatura;Editorial;Crônica Jornalística;Mesa Redonda.
EscolarAta;Júri Simulado;Palestra;Pesquisas;Resenha;Resumo;Texto de opinião;Texto argumentativo.
PublicitáriaTexto político;Publicidade comercial;Comercial para TV.
etc.);Diferenças entre o discurso oral e o escrito.
De acordo com a Instrução Nº 009/2011-SUED/SEED, concomitantemente aos
conteúdos específicos da disciplina, em consonancia com as Diretrizes Curriculares
Estaduais, serão contemplados os seguintes conteúdos obrigatórios: História do Paraná
(Lei nº 13381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, Música (Lei nº
11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade humana, Educação
Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência contra a criança e o adolescente.
Direito das Crianças e Adolescentes (L.F. Nº 11525/07), Educação Tributária Dec. Nº
1143/99, Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº 9795/99, Dec. Nº 4201/02.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica – DCE de Língua
Portuguesa, “o papel da escola define-se de formas muito diferenciadas. Da perspectiva
das teorias críticas da educação, as primeiras questões que se apresentam são: Quem
são os sujeitos da escola pública? De onde eles vêm? Que referências sociais e culturais
trazem para a escola?”.(Paraná, 2008). Entende-se, portanto, que é preciso,
primeiramente, diagnosticar, conhecer a realidade social da escola e definir os objetivos
que irão permear as práticas reorientar a definição dos conteúdos.
A concepção assumida em Língua Portuguesa pressupõe ações pedagógicas
pautadas na construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na
realidade, de modo a privilegiar a relação teoria-prática, na busca da apreensão das
diferentes formas de apresentação do saber. Nesse sentido, a organização do
planejamento pedagógico pressupõe a reflexão sobre a linguagem a partir das temáticas
que exploram os diferentes gêneros discursivos e tipos de textos, com o objetivo de
analisar as práticas de linguagem, ou seja, leitura, análise linguística e produção textual.
A prática de leitura pressupõe a análise de diferentes linguagens, seja na forma
verbal ou não verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors, entre
outros), cinética (sonora, olfativa, tátil, visual e gustativa) e alfabética, nos diferentes
níveis.
Os diferentes níveis de leitura constituem-se num meio para identificar, nos diversos
gêneros, os elementos de construção do texto, localizar as informações explícitas,
subentender as implícitas, fazer ligação entre o conhecimento do educando e o texto, bem
como estabelecer relações intertextuais.
Os gêneros textuais apresentados aos educandos precisam contemplar as possíveis
situações de uso social da linguagem nas atividades propostas, tendo por objetivo
identificar a finalidade do texto, a posição assumida pelo autor, o contexto social, político,
histórico, econômico, filosófico, entre outros, com destaque para as variedades
lingüísticas, os mecanismos gramaticais e os lexicais na construção do texto.
Nesse contexto, salienta-se a importância de apreender os dados sobre o autor
(biografia), a fonte referencial, (data, local, suporte de texto), além do interlocutor a quem
se destina o texto.
Os mecanismos gramaticais e lexicais não são estudados de forma descontextualizada
ou com a intenção da apropriação da metalinguagem, mas a partir do texto para que o
educando possa reconhecê-los como elementos de construção textual dos gêneros
estilísticos e do cotidiano, uma vez que o objetivo do ensino da língua é orientar para o uso
social da linguagem, de acordo com a norma padrão.
Para isso, faz-se necessária a prática orientada da produção oral e escrita de textos
dos diferentes gêneros do discurso. O desenvolvimento dessa prática é importante porque
o texto do educando revela, além do conhecimento de mundo, os conteúdos aprendidos e
os que devem ser priorizados no planejamento do educador.
Para a seleção de conteúdos essenciais do Ensino Fundamental e Médio, bem
como para as práticas da linguagem, foram utilizados os seguintes critérios: a diversidade
cultural; a experiência social construída historicamente e os conteúdos significativos a
partir de atividades que facilitem a integração entre os diferentes saberes. É importante
destacar que embora os conteúdos sejam os mesmos para os dois níveis de ensino, o que
difere é o grau de complexidade dos textos apresentados para a reflexão sobre a
linguagem.
Trabalhar-se-á a assimilação dos conteúdos focados em textos através de
exercícios aplicados que envolverão o funcionamento da Língua Portuguesa.
Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em
conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.
4. RECURSOS TECNOLÓGICOS
As aulas de leitura desenvolvidas através da abordagem de livros e textos. O
estímulo criativo, investigativo, a liberdade de fruição e de apropriação da leitura de modo
prazeroso, divertido, serão evidenciados. A leitura será o ponto alto do trabalho em sala de
aula, contemplando também os conteúdos obrigatórios, como o uso indevido de drogas,
enfrentamento à violência, bullying, etc. Os conteúdos poderão ser retomados sempre que
se fizerem presentes, com observação do grau de importância e profundidade. Finalmente,
para proporcionar uma educação de qualidade e auxiliar no trabalho pedagógico serão
utilizados diversos instrumentos metodológicos como o livro didático, bem como de outras
bibliografias da área, TV multimídia, DVD, rádio, Internet, CD-ROM, vídeos, dicionários,
cartazes, mapas e outros, disponíveis na escola.
Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a
reflexão sobre o seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de reestruturação ou
refacção, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre outros textos, de diversos
gêneros que circulam no contexto escolar e extraescolar.
4. AVALIAÇÃO
Precisamos praticar a avaliação a serviço do nosso plano de ação docente, a
serviço da obtenção dos resultados esperados, usar a avaliação como recurso de
diagnóstico da aprendizagem de nossos educandos, de modo a orientar nossas
intervenções para a melhoria dos resultados desejados. O instrumento de avaliação
deverá ser construído de forma metodológica, cientificamente adequada, e planejado para
cobrir os conteúdos ensinados e que deveriam ser aprendidos.
Deverá ser uma avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo
do período.
O professor deverá também usar a observação diária e instrumentos variados,
selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,
possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor
e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias
para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.
Sob essa perspectiva, recomenda-se:
• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações. Verificar-se-á a participação do aluno nos diálogos, relatos
e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência da sua fala, a
argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve
se posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários,
discursos políticos, programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou
informais, tendo em vista o resultado esperado.
• Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos,
relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de
posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor em
textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas, o
argumento principal, entre outros. É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os
conhecimentos prévios; se compreende o significado das palavras desconhecidas e
partir do contexto; se faz inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte
textual. Tendo em vista o multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de
se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc. O
professor pode propor questões abertas, discussões, debates e outras atividades que
lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
• Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção,
nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as
circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto
escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo-textuais, verificando: a adequação
à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto
exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência textual, a
organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno deve se posicionar como
avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio. No momento da
refacção textual, é pertinente observar, por exemplo: se a intenção do texto foi
alcançada, se há relação entre partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às
repetições, se é necessário substituir parágrafos, idéias ou conectivos.
• Análise Linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em todos
os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática
pedagógica, os elementos lingüísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser
avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem
compreender esses elementos no interior do texto. Dessa forma, o professor poderá
avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a
percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos lingüísticos e
estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e
modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do texto (causa,
tempo, comparação, etc.). Uma vez entendidos estes mecanismos, os alunos podem
incluí-los em outras operações linguísticas e de reestruturação do texto.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados
continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem
sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento
lingüístico constante, o letramento.
O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada
que possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na
condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação
pedagógica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário
aprofundamento teórico.
Considerando a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade dos conteúdos, serão
utilizados os seguintes recursos de avaliação: leitura e interpretação de textos, trabalhos
individuais e coletivos de compreensão e produção de textos e análises gramaticais,
provas objetivas e/ou dissertativas, relatórios e pesquisas, utilização adequada do
discurso conforme a situação de uso, a fluência e a participação nos diálogos, debates,
reflexões, e análises, coerência e postura nos trabalhos de auto-avaliação coletiva, cujos
valores serão somados objetivando a média bimestral e anual, entre outros.
Porém, as vezes, não é possível ter um diagnóstico real de quanto o aluno
aprendeu somente nas avaliações. O desempenho do aluno durante o processo de
aprendizagem também deve ser levado em conta. Portanto serão criadas outras situações
avaliativas, como: atividades de pesquisa; provas, trabalhos individuais ou em grupo;
produção, síntese e análise de textos, jornais e revistas; exercícios e outras formas mais
que se fizerem presentes e necessárias.
A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários deverão ser
assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação, bem como a sua participação
nas atividades realizadas em sala de aula, porém não consistem em instrumentos
avaliativos.
De acordo com a Lei 9394/96 da Lei de Diretrizes e Bases, capítulo 5, artigo 58, os
alunos com necessidades educacionais especiais serão avaliados de acordo com suas
necessidades específicas, portanto aos alunos portadores de algum tipo de deficiência lhe
será feita uma avaliação diferenciada como por exemplo: menor número de exercícios na
avaliação, uso de letra maior aos alunos com dificuldade visual, e outras de acordo com a
necessidade que o aluno possa apresentar.
A escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes
metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem (internalização) e de
avaliação que permitam aos professores e estudantes conscientizarem-se da necessidade
de “..uma transformação emancipadora. É desse modo que uma contraconsciência,
estrategicamente concebida como alternativa necessária à internalização dominada
colonialmente, poderia realizar sua grandiosa missão educativa” (MÈSZÁROS, 2007, p.
212).
A recuperação será paralela durante o processo de ensino-aprendizagem e
entendida como um dos aspectos do seu desenvolvimento contínuo oferecida a todos os
alunos. A recuperação paralela se constituirá de um conjunto integrado ao processo de
ensino além de se adequar às dificuldades do aluno. Essa recuperação poderá ser feita
através de trabalhos, pesquisas, textos e outras formas para que o aluno possa rever o
conteúdo (ou conteúdos) que não aprendeu e assim recuperá-los, bem como revisá-lo de
uma maneira diferenciada, por meio de novos encaminhamentos docentes.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Ministério da Educação. LDB 9394/96. MEC/SEF.
BUNZEN, C. Da era da composição à era dos gêneros: o ensino de produção de texto no
ensino médio. In: BUNZEN, Clecio.; MENDONÇA, Márcia. (orgs.) Português no ensino
médio e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006.
CANDIDO, A. A literatura e a formação do homem. Ciência e Cultura. São Paulo.
CEREJA, William e MAGALHÃES, Thereza –Português Linguagens.
FARACO, C. A. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua organização. In:
KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio –Construindo uma proposta para os que vivem
do trabalho. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2002.
_____. Linguagem & diálogo: as ideias lingüísticas do círculo de Bakhtin. Curitiba: Criar,
2003.
_____. Linguagem, escola e modernidade. In: GHIRALDELLI, P. J. Infância, escola e
modernidade. São Paulo: Cortez, 1997.
FREDERICO, E. Y.; OSAKABE, H. PCNEM – Literatura. Análise crítica. In:
MEC/SEB/Departamento de Políticas de Ensino Médio. Orientações Curriculares do
Ensino Médio. Brasília: 2004.
FONTES, J. B. As obrigatórias metáforas: apontamentos sobre literatura e ensino. São
Paulo: Iluminuras, 1999.
GARCIA, W. A. C. A Semiosis Literária e o Ensino. In: Maria de Fátima Sabino Dias;
Suzani Cassiani de Souza; Izabel Christine Seara. (Org.). Formação de Professores:
experiências e reflexões. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2006, v. , p. 172-177.
GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: O texto na sala de
aula. 5. ed. Cascavel: Assoeste, 1990.
KOCH, Ingedore Villaça & VILELA, Mário. Gramática da Língua Portuguesa. Coimbra:
Almedina, 2001.
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação. Diretrizes
Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná, Língua
Portuguesa. Curitiba: Secretaria do Estado da Educação, 2008. Curitiba.
COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
EDUCAÇÃO ESPECIAL / SALA DE RECURSOS
ENSINO FUNDAMENTAL
(6º ao 9º ano)
IRATI
2012
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A compreensão da Educação Especial no contexto geral de Educação passa
pelo entendimento histórico da pessoa portadora de necessidades especiais. Assim,
percorrendo os períodos da história universal, desde os mais remotos tempos, evidenciam-
se teorias e práticas sociais segregadoras, inclusive quanto ao acesso ao saber. Poucos
podiam participar dos espaços sociais nos quais se transmitiam e se criavam
conhecimentos. A pedagogia da exclusão tem origens remotas, condizentes com o modo
como estão sendo construídas as condições de existência da humanidade em
determinado momento histórico.
Duas correntes teóricas surgiram de acordo com a filosofia que permeou os
diferentes períodos da história da humanidade denominadas de pré- científicas (Amarilian,
1986).
As teorias pré-científicas vigoraram até a Idade Moderna e determinaram
comportamentos que se arraigaram nas diversas sociedades, destacando-se: a
terminologia preconceituosa empregada para identificar tais pessoas, levando-as à
marginalização social, a segregação e o assistencialismo, com caráter filantrópico ou
caritativo, a reclusão de deficientes em hospitais psiquiátricos, culminando, do ponto de
vista educacional, com a institucionalização desse grupo de pessoas.
Contrapondo-se a esta, sob a influência do renascimento, tem origem a
concepção científica, que provocou mudanças no encaminhamento dos ramos da ciência,
os quais repercutiram diretamente no processo de uma compreensão mais profunda do
ser humano; que passa a ser entendido em sua complexidade biológica, psicológica,
espiritual e social.
Esta concepção contribuiu para redimensionar a terminologia para excepcionais
portadores de deficiência, pessoas com problemas no seu desenvolvimento, necessidades
específicas e, atualmente, pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais.
O Brasil fez opção pela construção de um sistema educacional inclusivo ao
concordar com a Declaração Mundial de Educação para Todos, firmada em Jomtien, na
Tailândia, em 1990, e ao mostrar consonância com os postulados produzidos em
Salamanca (Espanha, 1994) na Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais
Especiais: Acesso e Qualidade.
Com a mudança conceptual, essas pessoas passaram a ser vistas como seres
integrantes de uma sociedade, capaz de agirem e interagirem socialmente com os demais
membros, de desenvolver sua criatividade, de sensibilizar-se diante de fatos do cotidiano e
do mundo, de executarem tarefas diversas, de terem o benefício da ciência, da tecnologia
e do acesso do trabalho, cultura, esporte e educação.
Atualmente, a política para a educação especial no Paraná, visa a continuidade e
expansão do ensino especial, ao aperfeiçoamento de critérios de avaliação diagnóstica, à
integração do aluno com necessidades educacionais especiais no âmbito da escola
comum, à garantia do acesso, permanência e da terminalidade escolar.
Sob a perspectiva do compromisso da escola com todos e para todos, trabalha-se na
construção de espaços sociais inclusivos, organizados para atender ao conjunto de
características e necessidades de todos os cidadãos, inclusive daqueles que apresentam
necessidades educacionais especias. Dessa forma, não é o aluno que se amolda ou se
adapta à escola, mas é ela que, consciente de sua função, coloca-se à disposição do
aluno, tornando-se um espaço inclusivo. Nesse contexto, a educação especial é concebida
para possibilitar que o aluno com necessidades educacionais especiais atinja os objetivos
da educação geral.
Cabe ao Estado a tarefa de buscar novos caminhos para superar obstáculos
presentes no seio social, os quais distanciam segmentos excluídos do acesso aos bens e
serviços e, no caso específico da inclusão escolar, do direito à educação.
2- OBJETIVO GERAL
De acordo com a LDB nº 9394/96 e sua regulamentação pelas Diretrizes Nacionais da
Educação Especial (Resolução nº 02/01), a Educação Especial é conceituada e praticada
como modalidade educacional cujo fim é oferecer recursos e serviços educacionais
especializados aos alunos que apresentam necessidades educacionais em todo o fluxo
educacional. Dentre tais modalidades, encontra-se a Sala de Recursos.
3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Áreas do desenvolvimento: cognição, sócio afetivo, emocional e motora.
Conteúdos:
. COGNITIVA : sensação, percepção, atenção, memória, raciocínio, sequenciação e
conceituação.
. AFETIVA EMOCIONAL: auto-estima, segurança e confiança em sua produção, controle
emocional e resistência a frustração.
. MOTORA: imagem esquema corporal, lateralidade, estruturação e organização espacial
e temporal, tônus, postura , equilíbrio e coordenação dinâmica manual.
Áreas do conhecimento: linguagem oral e escrita e cálculos matemáticos.
Conteúdos:
. Leitura, escrita, cálculos e desafios.
4- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Numa visão interacionista, o aluno aprende, agindo e interagindo, experimentando,
ousando, estabelecendo relações entre o eu e o outro.
Cabe ao professor, por intermédio de diversas técnicas e ferramentas educacionais,
criar situações reais de produção de seu conhecimento prévio e a partir de situação-
problema reconhecer o estágio em que o mesmo se encontra, e assim, direcionar a prática
pedagógica.
Assumindo o papel de mediador do processo ensino-aprendizagem, para que o aluno
desenvolva habilidades, conceitos, estratégias e alternativas que a levem a uma efetiva
interação com o conhecimento formal.
Certamente, cada aluno vai requerer diferentes estratégias pedagógicas, que lhes
possibilitem o acesso à herança cultural, ao conhecimento socialmente construído e à vida
produtiva, condições essenciais para a inclusão social e o pleno exercício da cidadania.
Entretanto, devemos conceber essas estratégias não como medidas compensatórias e
pontuais, e sim como parte de um projeto educativo e social de caráter emancipatório e
global.
Operacionalizar a inclusão escolar de modo que todos os alunos,
independentemente de classe, raça, gênero, sexo, características individuais ou
necessidades educacionais especiais, possam aprender juntos, numa clara demonstração
de respeito à diferença e compromisso com a promoção dos direitos humanos.
Área Motora:
-Desenvolver a coordenação motora ampla e fina, a consciência do próprio corpo,
relaxamento e ritmo respiratório através da música, da dança, teatro, jogos e mímicas.
-Trabalhar com o processo de análise e síntese, percepção espacial e temporal através de
:quebra-cabeça, dominó, dama, jogo da memória, tangram, torre de hanói etc.
-Realizar atividades de esquema corporal e expressão oral, facial e gráfico.
-Desenvolver a noção do conhecimento e consciência do corpo no espaço e no tempo,
consigo mesmo, com objetos e com o mundo.
Área Cognitiva:
-Trabalhar atividades que desenvolvam a atenção, raciocínio, concentração, memória
auditiva, visual e tátil e a persistência através de jogos intelectivos :xadrez, lince, memória,
jogo da velha, resta 1, música, histórias, poesias, o que é o que é, bingo, dominó...
-Estimular a verbalização espontânea.
-Manipular materiais concretos com o objetivo de realizar atividades mentais.
Área Afetivo emocional:
-Proporcionar um clima de amizade e confiança valorizando suas realizações e
reassegurando suas potencialidades, favorecendo assim sua autoestima.
-Desenvolver um ajustamento social adequado, participar, compartilhar, respeitar direitos e
deveres e cooperar no ambiente familiar, escolar e na comunidade.
-Expressar sentimentos, pensamentos e desejos.
Leitura, escrita e cálculos:
-Desenvolver o raciocínio verbal, reproduzindo histórias e acontecimentos, estimulando a
criatividade e ampliando o vocabulário.
-Expressar graficamente seu pensamento através de palavras, frases e produções de
textos.
-Compreender que o sistema de ortografia possibilita várias formas de se grafar um som,
mas uma de escrever as palavras, para que reconheçam a forma correta de grafá-las.
-Oportunizar o manuseio de livros, revistas, textos informativos que sejam de interesse e
adequados a sua faixa etária.
-Rever aspectos da construção do número através de classificação, seriação,
correspondência, conservação, reversibilidade, explorando primeiramente através de
objetos do cotidiano.
-Identificar tabelas, gráficos, desafios, auxiliando a compreensão das informações da vida
diária. -Analisar, interpretar e resolver situações problemas para que desenvolva o
raciocínio lógico.
Recursos didáticos:
- Caderno, caneta, lápis de cor, papéis, cola, folha com atividades, jogos: memória,
dominó, quebra-cabeça, xadrez, torre de hanói, tangran.., tesoura, livros didáticos,
revistas, dicionário, material dourado calculadora, computador, pendrive, Cd e DVD,
jornais, bola, corda, fantoches.
Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em
conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.
5- AVALIAÇÃO
O conhecimento é uma construção humana gradual, em que a partir de um
determinado conhecimento outros vão se somando paulatinamente cada aluno assimilará
o conteúdo de acordo com seu ritmo pessoal passando pelas etapas de assimilação e
acomodação. Assim ele trabalha e reelabora as informações recebidas de forma
progressiva e crescendo; por isso, surge a necessidade de se considerar na avaliação o
processo do rendimento escolar e não o produto.
O aluno da sala de recursos é avaliado cotidianamente, em todos os aspectos e
em todas as atividades elaboradas. Através de observação e intervenção da professora.
Sendo, portanto, uma avaliação diagnóstica, formativa, contínua e baseada na análise da
produção do aluno.
Através do relatório semestral, avaliando os avanços ou não dos alunos. Se
houver necessidade terão que ser retomados com outras intervenções e adaptações
pedagógicas.
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ,Conselho Estadual de Educação. Deliberação n} 02/2003.
SAVIANI, Nereide. Currículo: Um grande desafio para o professor. In: REVISTA DE
EDUCAÇÃO. Nº 16. São Paulo, 2003.pp.35-38.
FERNANDES, Sueli. Fundamentos para a Educação Especial. Curitiba: IBPEX, 2006a.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96. Brasília, 1996.
Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção dos Currículos inclusivos.
Curitiba – 2008 - SEED
COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
BIOLOGIA
ENSINO MÉDIO
IRATI
2012
I. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da
história da humanidade muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno numa
tentativa de explicá-lo e ao mesmo tempo, compreendê-lo.
A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou o
homem a diferentes concepções de vida, de mundo e de seu papel enquanto parte deste
mundo. Essa preocupação humana representa a necessidade de garantir sua
sobrevivência.
Essa tentativa de definir a vida tem sua origem registrada desde a antiguidade. As
idéias daquele período contribuíram com o desenvolvimento da Biologia tiveram como
principais pensadores e estudiosos, os filósofos Platão (428 / 27 a. C 347 aC.) e
Aristóteles (384 a.C. — 322 aC.), que, deixaram contribuições relevantes quanto à
classificação dos seres vivos.
Na zoologia, a descrição dos animais também se desenvolve porém, um pouco
diferente da botânica. Os animais eram analisados de forma comparativa com
preocupação maior sobre a classificação. Há registros que indicam que tais estudos
representam o aperfeiçoamento de observações feitas por Aristóteles (RONAN 1997).
Com Liné, o sistema descritivo possibilitou a organização da biologia considerando
a comparação das espécies coletadas em diferentes locais. Esta tendência reflete a
atitude contemplativa interessada em retratar a beleza da natureza partindo da exploração
empírica do mundo natural pautado por um método baseado na observação e descrição
da natureza caracterizando o pensamento biológico descritivo.
Contribuições foram dados pelo médico William Harvey (1578-1657) com a
proposição de um novo modelo referente à circulação do sangue. Este modelo, foi
acolhido por Descartes,(.1 596- 1650 ) como uma das bases mais consistentes do
pensamento biológico mecanicista.
Sob a influência do pensamento positivista reafirma-se o pensamento mecanicista.
Para entender o funcionamento da VIDA a Biologia fracionou os organismos vivos em
partes cada vez mais especializadas e menores procurando compreender as relações
causa e efeito no funcionamento de cada uma de suas partes.
No fim do século XVIII e início do século XIX a imutabilidade da VIDA é questionada
com as evidências de processo evolutivo dos seres vivos. Erasmus Darwin (1731 — 1802)
acreditava na herança de características adquiridas, e com essa crença produziu o que era
uma emergente teoria da evolução embora, de fato, ainda deixasse muitas questões sem
resposta ( RONAN 1997, p 9).
Para Lamarck, a classificação era importante mais artificial pois deveria haver uma
“seqüência natural “ para todos as criaturas vivas e que mudavam guiados pelo ambiente (
RONAN 1997, p 9).
Na história das ciências, Charles Darwin foi o nome que mudou a visão do homem
em relação ao passado, quando lançou seu livro. A Origem das Espécies, tendo uma idéia
de evolução através da seleção natural. Outro cientista importante foi Gregor Johann
Mendel (1822 — 1884 ) descobriu os princípios da hereditariedade os quais constituem a
base da genética
No século XX, as contribuições das ciências para a humanidade, considerando os
últimos 50 anos, ela evoluiu mais do que em dez mil anos. Em cada década tiveram um
grande crescimento em todos os níveis tendo as reformas educacionais da época sendo
essencial para o desenvolvimento econômico, cultural e social.
A partir dos anos 80, começaram a surgir várias críticas às concepções que
prevaleciam nos projetos inovadores para o Ensino de Ciência positivista e da utilização da
metodologia científica pelo aluno. Os projetos caracterizavam-se por uma concepção
empírico-indutivista para a Biologia, e visavam desenvolver essa concepção no ensino.
Em 1996, com os PCN’s de Biologia apresentaram propostas inovadoras de
avanços teóricos e metodológicos. Mas, na tentativa de romper com as concepções
teóricas anteriores, a reformulação curricular propiciou um retrocesso fortemente marcado
pela concepção neoliberal, descaracterizando os conhecimentos historicamente
constituídos, desvalorizando a teoria em prol do relativismo e da pedagogia das
competências.
A partir de 2003, iniciou-se um novo período na história da educação paranaense.
Instituindo o currículo escolar como eixo fundante da escola, essa proposta busca suscita
no professor a reflexão sobre a própria prática, oportunizando a formação continuada
fornecendo subsídios consistentes e úteis ao cotidiano da sala de aula.
A alusão de que o século XXI seria o da Biologia permanece viva. O crescimento
desta ciência, especialmente pela Genética e Biologia Molecular. Transgenia, clonagem,
células-tronco e reprodução assistida são apenas alguns exemplos da capacidade de
intervenção da Biologia em nossas vidas. Aptidão crítica e reflexiva, além de capacidade
de entendimento e aprendizado de conteúdos relacionados a Biologia são exigências
agora impostas àqueles que desejam exercer plena e livremente sua cidadania. Portanto o
ensino desta ciência extrapola fronteiras disciplinares e reivindica novas abordagens
pedagógicas e situações didáticas.
O objetivo da disciplina é fornecer ao aluno conhecimentos teóricos e práticos
possibilitando o prosseguimento nos estudos e uma conduta responsável. O aluno deve
ser capaz de refletir criticamente usando o conhecimento biológico para aprimorar-se
humanamente.
A Educação do Campo, Temas Sociais Contemporâneos: Educação Ambiental,
Educação em Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Cultura Afro-Brasileira e Africana e Educação
Fiscal, serão apreciados em todas as séries. Serão detectados juntamente com os alunos
as necessidades e os interesses reais deles para se trabalhar a diversidade cultural.
Poderá se buscar o envolvimento dos professores através de palestras, para que todos se
motivem a trabalhar de forma interdisciplinar com atividades diversificadas, num ambiente
de cooperação, onde as decisões sejam coletivas e compromissadas com o objetivo de
desenvolver nos estudantes a capacidade de concepção crítica de fatos da vida cotidiana
pondo-os em diálogo com essas tendências culturais e sociais.
II CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
Os conteúdos estruturantes são entendidos como os saberes mais amplos da
disciplina. Os conteúdos básicos são os conhecimentos fundamentais para cada série da
etapa final do Ensino Médio, considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos
estudantes. Os conteúdos básicos se articulam com os conteúdos estruturantes da
disciplina.
Conteúdos estruturantes
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
Conteúdos Básicos
1ª série
1- Teoria celular; mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
2- Histologia animal e vegetal.
3- Reprodução humana e mecanismos de desenvolvimento embriológico.
4- Clonagem, reprodução assistida, células tronco
2ª série
1- Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
2- Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.
3ª série
1- Transmissão das características hereditárias.
2- Organismos Geneticamente Modificados.
3- Teorias evolutivas.
4- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência
com o ambiente.
III. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA
A ciência vai além de um resultado pronto, acabado. A percepção da ciência como
algo em transformação e transformador, inclusive no cotidiano de cada ser, desperta a
necessidade de interagirmos com a vida. Além disso, há a perspectiva da
profissionalização futura, e os modos de ingresso a essas etapas.
Levar o aluno a conseguir se inteirar, interagir, usufruir e até mesmo a produzir
com as ciências, pode e deve respeitar todas as perspectivas históricas pela qual passou e
passa, utilizando os mais diversos encaminhamentos metodológicos possíveis.
A aprendizagem básica para a vida e para futura profissionalização precisa de
várias perspectivas de abordagem visto serem diversas as potencialidades de assimilar
determinados conhecimentos. Assim se cria várias perspectivas de êxito com a utilização
de várias metodologias, desde a observação direcionada, comparações,
contextualizações, análise de textos, pesquisa bibliográfica, elaboração de hipóteses,
experimentações, análise de resultados, projeções, produção de relatórios, esquemas,
desenhos, cartazes.
Os instrumentos didáticos serão:
Quadro de giz;
Livros;
Revistas;
TV pendrive;
Laboratório de Informática;
Materiais de laboratório.
Segundo as DCEs, “ O ensino dos conteúdos específicos de Biologia apontam
para as seguintes estratégias metodológicas de ensino: prática social, problematização,
instrumentalização, catarse e o retorno à prática social ( GASPARIN, 2002; SAVIANI,1997,
in DCEs).”
PRÁTICA SOCIAL: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde o objetivo é
perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de uma
visão sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado.
PROBLEMATIZAÇÃO: é o momento para detectar e apontar as questões que
precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em conseqüência, estabelecer que
conhecimentos são necessários para a resolução destas questões e, as exigências sociais
de aplicação desse conhecimento.
INSTRUMENTALIZAÇÃO: consiste em apresentar os conteúdos sistematizados
para que os alunos assimilem e os transformem em instrumentos de construção pessoal e
profissional. Neste contexto, que os alunos apropriem-se das ferramentas culturais
necessárias à luta social para superar as condições de exploração em que vivem.
CATARSE: é a fase de aproximação entre o que o aluno adquiriu de
conhecimento e o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos
culturais, transformados em elementos ativos de transformação social, e assim sendo, o
aluno passa do entendimento de elaboração de novas estruturas de conhecimento, ou
seja, passa de ação para a conscientização.
RETORNO À PRÁTICA SOCIAL: caracteriza-se pelo retorno à prática social com
o saber concreto e pensado para atuar e transformar as relações de produção que
impedem a construção de uma sociedade mais igualitária. A situação de compreensão
sincrética apresentada pelo o aluno no início do processo, passa de um estágio de menor
compreensão do conhecimento científico a uma frase de maior clareza e compreensão,
explicitada em uma visão sintética. Neste contexto, o processo educacional põem-se a
serviço da referida transformação das relações de produção. Ao longo do ano buscará se
trabalhar dessa forma, usando as estratégias propostas no DCEs.
Quanto aos alunos com necessidades especiais é fundamental que o professor
conheça cada membro do grupo, suas potencialidades e dificuldades, para ajudá-los a
superar-se frente aos desafios propostos na sala de aula. A ação pedagógica do professor,
portanto, deve ser baseada numa atitude que envolva a afetividade, para que o educando
adquira segurança e manifeste suas idéias com convicção e autonomia, expondo assim
suas necessidades, ansiedades e o conhecimento já adquirido.
Os conteúdos obrigatórios referentes ao “item g” da instrução 009/11 –
SUED/SEED, serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos, pertencentes a
disciplina, propostos nas DCE's.
IV. AVALIAÇÃO
Para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos, deverão ser criadas condições
para o aluno atuar também como sujeito avaliador. Não se pode avaliar a aprendizagem
sem avaliar o ensino, a prática do professor e as condições oferecidas pela escola como
partes de um todo que se constitui o processo educativo.
A nota bimestral do aluno será resultante da somatória dos valores atribuídos em
cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na
sequência e ordenação de conteúdos.
Quanto aos procedimentos e instrumentos de avaliação, os trabalhos em grupo
como: pesquisas, jogos, painéis, maquetes, relatórios, entre outros, serão utilizados para
desenvolver e avaliar a formação global do aluno quanto à cooperação, troca de pontos de
vista, confronto e comprometimento dos componentes do grupo. Para que sejam efetivos
serão realizados na escola.
A prova se constitui em um importante instrumento de avaliação, porém não pode
ser o único indicador de desempenho, pois apenas fornece um diagnóstico do aluno,
individualmente, e da turma, como um todo e leva o professor a repensar sua prática,
direcionando suas ações futuras para a solução de problemas identificados por meio dos
resultados. As provas poderão ser feitas de forma individual, em grupos, com consulta,
oral, etc.
Todos os alunos terão direito à recuperação de conteúdos e esta deve acontecer
todas as vezes em que os métodos empregados não forem suficientes para propiciar a
aprendizagem dos alunos. A recuperação de estudos, de caráter obrigatório, ocorrerá
concomitantemente ao processo educativo, conforme determina a lei.
Segundo o Regimento Escolar do Colégio Estadual Trajano Grácia, na avaliação do
aproveitamento escolar, deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem
sobre os dados quantitativos e entre e os resultados obtidos durante o período letivo e os
da recuperação, prevalecerão os melhores resultados.
Os conteúdos não apropriados pelos alunos serão retomados e haverá novas
oportunidades de avaliação, prevalecendo a maior nota e garantindo que a aprendizagem
se efetive.
De acordo com a LDB 9394/96, capítulo 5, artigo 58, os alunos com necessidades
educacionais especiais serão avaliados de acordo com suas necessidades específicas.
Para estes alunos, a avaliação será feita de uma forma diferenciada, visando cobrar os
mesmos itens acima citados, mas, com um grau adequado`a individualidade de cada
aluno. Dentro deste contexto podemos colocar: provas reduzidas, trabalhos em sala de
aula, pesquisas e debates, sempre observando o desempenho do aluno na sua condição,
diferenciando do restante da turma. O aluno será avaliado constantemente em todas as
aulas.
1ª série
Espera-se que o aluno:
- Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que
ocorrem no interior das células;
- Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;
- Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução,
respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;
- Compare e estabelece diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais frequentes
nos sistemas biológicos (histologia).
2ª série
É necessário que o aluno:
- Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
- Estabeleça as características específicas dos microrganismos, dos organismos vegetais
e animais, e dos vírus;
- Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular), tipo de
organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e
heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);
- Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e
molecular) dos seres vivos.
- Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos
(digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético,
excretor, sensorial e nervoso);
3ª série
O aluno deverá:
- Reconhecer e analisar as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das
espécies;
- Reconhecer a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos
seres vivos;
- Compreender o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres
vivos;
- Identificar os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações
existentes entre estes;
- Compreender a importância e valorizar a diversidade biológica para manutenção do
equilíbrio dos ecossistemas;
- Reconhecer as relações de interdependência entre os seres vivos e destes como meio
em que vivem.
- Identificar algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados
decorrentes de sua aplicação/utilização;
- Compreender a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos
aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócio-
ambientais;
- Relacionar os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na
diversidade biológica;
- Analisar e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da
pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BERKALOFF, A. ett alii. Biologia e fisiologia celular. São Paulo: Atheneu, 1995.
CASTRO, S. Anatomia Humana. 2.8 Edição. São Paulo: Mcgraw-Hill do Brasil.
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná –
BIOLOGIA. Curitiba: 2008.
FAVARETTO, José A. Biologia: volume único. 2.ª Edição. São Paulo: Moderna, 2003.
PAULINO, W. Biologia. 6.ª Edição. São Paulo: Ática, 2001.
http://www.sbenbio.org.br/
COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA
ENSINO FUNDAMENTALE MÉDIO.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
FILOSOFIA
ENSINO MÉDIO
IRATI
2012
1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Segundo as Orientações Curriculares da Secretaria de Estado da Educação do
Paraná para a disciplina de Filosofia, a questão dos conteúdos tem sido fonte de grandes
inquietações e interrogações por parte dos professores de Filosofia no Ensino Médio. A
questão colocada é: Quais conteúdos poderão ser trabalhados no Ensino Médio e com
que objetivos? Existem conteúdos específicos ou tudo pode ser objeto de reflexão
filosófica?
O recorte curricular proposto de forma mais geral opta por uma articulação a partir
de seis conteúdos estruturantes relevantes na História da Filosofia e que, segundo os
documentos apresentados pela Secretaria, desmembrados em um plano de ensino de
Filosofia, poderão garantir conteúdos mínimos, relevantes e significativos para que o aluno
possa refletir filosoficamente. Os conteúdos propostos são: Mito e Filosofia; Teoria do
Conhecimento; Filosofia Política; Ética; Filosofia da Ciência e Estética.
É com base, principalmente, nessa estrutura que a presente proposta está
formulada, porém, ainda outras propostas organizacionais são de grande valia em relação
ao desenvolvimento docente na prática, nesse sentido vale citar a organização encontrada
no livro: “Ética e Cidadania: Caminhos da Filosofia” de Sílvio Gallo; e também as reflexões
encontradas no livro: “De como fazer filosofia sem ser grego, estar morto ou ser gênio” de
Gonçalo Armijos Palácios, livro este que, ainda pouco divulgado e/ou citado quanto às
orientações curriculares do Estado do Paraná, possui um conteúdo de fato reflexivo sobre
uma Filosofia que possa talvez ser aclamada como “nossa” filosofia, em detrimento do
paradigma acadêmico estabelecido e enraizado no Brasil, onde a tradição prima
demasiadamente pelo estudo e entendimento das filosofias que já “estão prontas”, por
assim dizer.
Nesse sentido que diversos preconceitos, cada vez mais arraigados por tal
paradigma anteriormente citado, nos levaram a formar um entendimento de certa forma
incorreto e, por vezes, tais preconceitos nos levam a pensar que, boa Filosofia é aquela
que foi feita na Grécia antiga ou no período moderno na Alemanha, ou ainda qualquer
outra tradição filosófica a exemplo do citado que, de fato, são dignas de todo respeito e
podem ser consideradas grandes expoentes filosóficos, devido, principalmente, ao seu
alcance e profundidade. Porém, esse tipo de entendimento faz com que a Filosofia pareça
algo morto, meramente histórico, algo estático e que não poderá ajudar em nada nas
efetivas mudanças sociais que buscamos através da educação.
A Filosofia é algo vivo, pulsante e, considerando a intenção mais primordial da
disciplina no ensino médio que consiste no desenvolvimento do senso crítico do aluno, em
outras palavras, em possibilitar que ele possa “pensar por si mesmo”, não poderemos dar
continuidade a uma tal tradição de “comentários filosóficos”. Devemos então centrar
nossos esforços, acima de tudo, na criação de conceitos que estejam diretamente ligados
à nossa realidade, e não a um contexto social histórico completamente diferente da nossa
forma de vida.
Sendo assim, a presente proposta pedagógica curricular pretende apresentar uma
direção para a prática docente ao longo do ano, mas primordialmente deve justificar o
andamento das aulas em suas especificidades, ou seja, a confiança na capacidade dos
professores em trazer a Filosofia para mais próximo do aluno e que, acima de qualquer
intenção secundária como a preparação para a continuidade dos seus estudos através do
vestibular ou mesmo para o mercado de trabalho, ele possa tirar proveito das aulas para
sua vida, tornando-se, verdadeiramente, um cidadão.
A intenção principal das aulas pode, então, ser encontrada no esforço reflexivo
conjunto, que possa possibilitar aos alunos seu desenvolvimento intelectual e crítico
através do contato com temas e problemas filosóficos concordantes com nossa realidade
social; considerando ainda que, por vezes, surge a necessidade de perpassar para além
do dito “real”, tratando de termos especificamente filosóficos e da busca constante pelo
entendimento dessa “realidade”, das estruturas de mundo em seus diversos meandros, é
preciso força para perceber que toda estrada vai além do que se vê.
Obviamente que todo esse esforço não pode ser feito sem deixar de considerar a
história da Filosofia em vários de seus momentos significativos, mas através de um
exercício dialético de confronto entre ideias, intuitivas num primeiro momento, para um
posterior exercício de entendimento histórico. Buscando, dessa forma, atingir não uma
“verdade incontestável”, mas sim um consenso com intenções pragmáticas.
Na prática docente diária, a intenção é, buscar o aproveitamento mais abrangente
possível da disciplina, considerando também seu aspecto interdisciplinar. Portanto, alguns
conceitos e temas obrigatórios podem ser organizados ou reorganizados no decorrer do
ano letivo de forma talvez não tão convencional, ou seja, seguindo rigorosamente a
sequência cronológica de acontecimentos e empreendimentos filosóficos, uma vez que
não é essa a única intenção das aulas, isto é, estudar apenas e a rigor a história da
Filosofia. Assim, fica assegurada a liberdade dos professores em relação à estruturação
dos conteúdos e também a inclusão de temas que possam ser considerados igualmente
importantes.
O estudo da Filosofia auxilia a compreender com sabedoria a condição humana;
contribui para a construção dos sentidos para a existência; pode ajudar a julgar com tino
as circunstâncias, a enfrentar as vicissitudes próprias das situações concretas, colaboran-
do para o aperfeiçoamento pessoal do indivíduo, o que terá consequências para seu grupo
e sua comunidade. O estudante de Filosofia terá a oportunidade de adquirir uma formação
que lhe será proveitosa e ajudará a bem viver.
ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA:
A abordagem teórico-metodológica deve mobilizar os estudantes para o estudo da
filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. O ensino de Filosofia deverá dialogar
com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história,
cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante:
Mito e Filosofia e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Teoria do Conhecimento e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Ética e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência, os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Filosofia Política e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Filosofia da Ciência e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência, os textos filosóficos clássicos e seus comentadores. Estética e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência, os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ES-TRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
MITO E FILISOFIA
- Saber mítico;
- Saber filosófico;
- Relação mito e filosofia;
- Atualidade do mito;
-O que é Filosofia?
TEORIA DO
CONHECIMENTO
- Possibilidade do conhecimento;
- As formas de conhecimento;
- O problema da verdade;
- A questão do método;
- Conhecimento e lógica;
ÉTICA
- Ética e moral;
- Pluralidade ética;
- Ética e violência;
-Razão desejo e vontade;
- Liberdade:autonomia de sujeito e as normas;
CONTEÚDOS ES-TRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
FILOSOFIA
POLÍTICA
- Relações entre comunidade e poder;
- Liberdade e igualdade política;
- Política e ideologia;
- Esfera pública e privada;
- Cidadania formal e/ou participativa;
FILOSOFIA DA
CIÊNCIA
- Concepções de ciência;
- A questão do método científico;
- Contribuições e limites da ciência;
- Ciência e ética;
ESTÉTICA - Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico cômico, grotesco,etc.
-Estética e sociedade;
A intenção é que o processo de ensino e aprendizagem tenha o professor na posição de
mediador do conhecimento, que ele seja em certa medida neutro, mas que também
exponha posições contundentes, evitando qualquer relativismo exacerbado. Tal processo
será desenvolvido a partir das experiências e do conhecimento prévio do aluno para
chegar à sistematização rigorosa do conhecimento. As aulas devem levar em conta o
contexto em que estão inseridos os alunos e, através do movimento de reflexão e ação,
buscar sempre alcançar os objetivos estabelecidos. A partir do conhecimento que o aluno
possui o professor deve trabalhar em função de ampliar estes conhecimentos, e uma
forma de se atingir este objetivo é através da busca,a qual vai despertar no aluno o
espírito da aprendizagem, através da pesquisa, pois não se aprende Filosofia
simplesmente na escola, ela está no convívio familiar e social de cada um, assim sendo o
trabalho em Filosofia contempla estratégias dinâmicas que visam provocar a reflexão de
temas significativos relacionados à vivência dos alunos.
É necessário ainda que nas diferentes situações de ensino se possam valorizar os
conhecimentos já adquiridos, questionando e debatendo as relações entre a prática e o
conhecimento, estimular as trocas de informações, o estudo das relações.
De acordo com a Instrução Nº 009/2011-SUED/SEED, concomitantemente aos
conteúdos específicos da disciplina, em consonância com as Diretrizes Curriculares
Estaduais, serão contemplados os seguintes conteúdos obrigatórios: História do Paraná
(Lei nº 13381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, Música (Lei nº
11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade humana, Educação
Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência contra a criança e o adolescente.
Direito das Crianças e Adolescentes (L.F. Nº 11525/07), Educação Tributária Dec. Nº
1143/99, Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº 9795/99, Dec. Nº 4201/02.Os
conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em conjunto aos
conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.
As aulas, em sua maioria são expositivas, porém, de forma periódica, o aluno deve
se articular, através de apresentações em forma de seminários e também debates.
Quanto aos recursos utilizados para conduzir os alunos em direção aos objetivos
vale citar:
1-) Aulas expositivas utilizando: quadro negro, retroprojetor, livro didático e TV pen drive.
2-) Resolução de exercícios no caderno e desenvolvimentos dissertativos diversos.
3-) Seminários para apresentação de trabalhos e pesquisas. Leituras em sala e indicações
bibliográficas complementares diversas.
4-) Recursos complementares em sala e sugestões diversas sobre músicas, filmes,
poesias e textos literários.
5-) Pesquisas diversas utilizando recursos da biblioteca e sala de informática.
4 – AVALIAÇÃO
A avaliação deve democratizar o ensino, desvinculando-se da ideia classificatória. A
avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão da aprendizagem
do aluno, para fornecer subsídios para o avanço neste processo. “Assim, o aprendizado e
a avaliação poderão ser compreendidos como fenômeno compartilhado, contínuo,
processual e diversificado, o que propicia uma análise crítica das práticas que podem ser
retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos”.(DCEs, 2008,p.79)
O processo de avaliação será feito de forma continuada, segundo orientação
encontrada nas DCES e provenientes diretamente do núcleo regional de educação,
segundo os seguintes instrumentos diagnósticos e processuais:
1-) Produções dissertativas individuais e provas em formatos diversos (questionários
específicos e/ou questões de múltipla escolha) referentes ao conteúdo. Atividades diversas
que possibilitem ao aluno desenvolver capacidades específicas que os mesmos venham a
dispor, sendo estas atividades, em suma, exercícios envolvendo a capacidade de
articulação e expressão de ordem visual, auditiva e/ou cinestésica; atividades em grupos
e, ainda, atividades que possam contribuir para o desenvolvimento artístico do aluno, em
segmentos diversos.
2-) A participação em atividades de produção oral e escrita em sala é de suma importância
dentro do processo de avaliação e tem como instrumento de registro organizado pelo
professor o “Registro de Classe”.
3-) Serão levados em conta a realização de pesquisas solicitadas. Processos de
autoavaliação dos alunos e também avaliação de desempenho do professor serão
desenvolvidas sempre que oportuno visando o aperfeiçoamento conjunto de todos os
envolvidos.
4-) A recuperação de conteúdos é direito do aluno e está relacionada a todas as notas
atribuídas, sendo estas de qualquer valor. Desta forma, sempre que necessário, novas
explicações e atividades diversificadas, reestruturadas e tendo assim formato diverso das
anteriores serão propostas com o intuito de obter pleno aproveitamento das aulas. Estudos
de recuperação de conteúdo e questões referentes à nota que envolvam uma parcela
mínima da turma preferencialmente serão aplicados de forma paralela ao período normal.
5-) Conforme a lei 9394/96, capítulo 5, artigo 58,os alunos com necessidades educacionais
especiais serão avaliados de forma diferenciada considerando suas particularidades,
enfatizando o desenvolvimento qualitativo dos mesmos em oposição a uma avaliação
generalizada de forma quantitativa.
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lucia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução
à filosofia. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Moderna, 1993.
CHAUI, M. Convite a Filosofia. 13ª edição. São Paulo. Ática. 2003.
CHAUI, M. Filosofia – Ensino Médio. Livro do Professor. Editora Ática, São Paulo SP, 2003.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Tradução de Bento Prado Jr. e Alberto Alonso
Muñoz. Rio de Janeiro: Ed.34, 1992.
DCE - DIRETRIZES CURRICULARES DE FOLISOFIA. Secretaria do Estado da Educação do
Paraná, 2008.
GALLO, Sílvio. (Coordenador) – Ética e Cidadania: Caminhos da Filosofia. Editora Papirus
- Campinas, SP, 2003.
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO - SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ.
LIPMAN, MATTEW. Filosofia na sala de aula. Editora Nova Alexandria. São Paulo, 2001.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Proposta curricular para o ensino de
filosofia no 2.º grau. Curitiba, 1994.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica.
Filosofia. Curitiba: SEED, 2007. (Livro didático público impresso)
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Departamento de Ensino Médio.
Orientações Curriculares de Filosofia. Curitiba. 2006.
COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRACIAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULARENSINO MÉDIO
FÍSICA
IRATI 2012
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Na escola secundária, o ensino de Física era uma realidade desde 1808,
com a vinda da família Real ao Brasil. A inserção desse conhecimento no currículo visava
atender os anseios da corte para a formação de uma intelectualidade local.
Destinava-se, inicialmente, aos cursos de formação de engenheiros e
médicos,portanto, não era para todos. [...] o que já se iniciara com o mercantilismo,
quando os seres humanos passaram a ser também força-de-trabalho e a natureza passou
também a ser matéria-prima.
Em conjunto com as máquinas, a incorporação da ciência ao sistema fabril
como força produtiva reduziu o homem a mero operador de máquinas. O trabalho do
artesão que dominava todas as etapas do seu ofício foi substituído pelo trabalho
especializado e fragmentado. A compreensão do complexo sistema fabril era para poucos,
com mudanças na formação do trabalhador, que era diferenciada da formação dos
dirigentes. O conhecimento físico tornou-se, então, um importante aliado para o avanço da
sociedade capitalista.
Nesse contexto houve mais uma unificação na Física, cuja sistematização
coube ao escocês James Clerk Maxwell, por volta de 1861. [...] (Maxwell) previu que os
campos eletromagnéticos poderiam se propagar como ondas, o que foi logo confirmado
por Heinrich Hertz. A velocidade destas ondas coincide com a da luz, levando à
formulação da teoria eletromagnética da luz, completando assim, a unificação que Faraday
iniciara. Ao lado da teoria da gravitação universal, desenvolvida por Newton, a teoria do
eletromagnetismo, sistematizada por Maxwell, completou uma visão geral de todos os
campos de força até então conhecidos, ao mesmo tempo em que lançou as bases tanto
para a produção e uso da energia elétrica quanto para as modernas telecomunicações.
(MENEZES, 2005, p. 21)
No Paraná, as ideias de teóricos e educadores como Dermeval Saviani
mobilizaram as discussões e as ações para implementação dessa perspectiva pedagógica,
que tiveram início, primeiramente, na prefeitura de Curitiba e, depois, na rede estadual.
Desse movimento, nasceram o Currículo Básico e os documentos de Reestruturação do
Ensino de 2º Grau, entre eles o referente à disciplina de Física. Publicada em 1993, essa
proposta de reestruturação do ensino, inclusive de Física, para as escolas paranaenses,
buscava propiciar ao aluno uma sólida educação geral voltada à compreensão crítica da
sociedade para enfrentar as mudanças e atuar sobre elas, condição improvável sem a
aquisição do conhecimento científico. Além disso, o entendimento da relação ciência-
tecnologia, do processo e elaboração da ciência e sua aplicação à tecnologia, evitaria a
apresentação da ciência como verdade absoluta – à margem da sociedade – e contribuiria
para o
desenvolvimento da criticidade dos estudantes.
Esse processo político-educacional, todavia, foi interrompido porque as
novas demandas da educação no país, na década de 1990, passaram a ser orientadas por
diversos documentos oriundos de organismos financeiros internacionais,como por
exemplo, no Paraná, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A educação deveria, então, estar voltada à competitividade, numa sociedade
cada vez mais dominada por recursos tecnológicos de última geração. A necessária
reforma educacional para esse fim foi concretizada com a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDBEN) n. 9.394/96, com as Diretrizes Curriculares Nacionais e com
os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Nos textos desses documentos verificam-se
referências à necessidade de formação de cidadãos polivalentes, criativos e capazes de
adaptação permanente às novas formas de produção, e reorientação quanto à formação e
a qualificação profissional para que se alcance a qualidade e a competitividade.
O uso da tecnologia na educação, especialmente os recursos
computacionais, passou a ser exigência do novo padrão de formação e qualificação. Nos
documentos do Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio do Paraná
(Proem), de 1994, essa ideia foi usada como justificativa para reformular o Ensino de
2ºGrau no Estado (Paraná/SEED Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino
Médio – 1993) face à nova configuração brasileira e mundial, exposta à acirrada
competição. Tal concepção implicava reorientar a formação e a qualificação profissional
para melhorar a qualidade e a competitividade.
No Paraná, antes da publicação dos PCN, entre 1997-98, ocorreu uma
discussão por áreas de conhecimento, para implementar a reforma proposta pelo Proem,
exigindo-se que os Projetos Pedagógicos (PP) das escolas se fundamentassem na
Pedagogia das Competências. Assim, foi desconsiderado o artigo 3° da LDB que supõe
um ensino baseado nos princípios da “liberdade de aprender, ensinar,pesquisar e divulgar
a cultura, o pensamento, a arte e o saber” e, “pluralismo de ideias e de concepções
pedagógicas” (LDB n. 9.394/1996, Art. 3, parágrafos (I e III).
A partir de 2003, foi proposta uma mobilização coletiva para elaboração de
novas diretrizes curriculares estaduais, considerando-se a necessidade de um documento
crítico para orientar a prática pedagógica nas escolas paranaenses e o lapso de tempo em
que o professor ficou à margem dessas discussões.
Propôs-se, então, encontros para discussões curriculares de modo que o
professor se reencontrasse com o campo do conhecimento de sua formação inicial para
retomar o que é específico de sua disciplina e, a partir dela, estabelecer uma prática de
ensino que contemple relações interdisciplinares.
O tratamento dos conteúdos sob enfoque disciplinar prossegue porque
entendese que as disciplinas escolares estão vinculadas a campos de conhecimentos que,
embora estejam em constante construção, são socialmente reconhecidos e não devem ser
generalizados, nem esvaziados. Estas Diretrizes buscam construir um ensino de física
centrado em conteúdos e metodologias capazes de levar os estudantes a uma reflexão
sobre o mundo das ciências, sob a pecientífica. É preciso ver o ensino da física “com mais
gente e com menos álgebra, a emoção dos debates, a força dos princípios e a beleza dos
conceitos científicos”(MENEZES, 2005).
Entende-se, então, que a física, tanto quanto as outras disciplinas, deve
educar para cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento
científico sobre o Universo de fenômenos e a não-neutralidade da produção desse
conhecimento, mas seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos,
econômicos e culturais.
O ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes,
propostos nestas Diretrizes Curriculares com base na evolução histórica das ideias e dos
conceitos da Física. Para isso, os professores devem superar a visão do livro didático
como ditador do trabalho pedagógico, bem como a redução do ensino de Física à
memorização de modelos, conceitos e definições excessivamente matematizados e
tomados como verdades absolutas, como coisas reais.
Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual para além de uma
equação matemática, sob o pressuposto teórico de que o conhecimento científico é uma
construção humana com significado histórico e social.
O objetivo do conhecimento da Física é o comportamento energético da matéria,
visando a qualificação das diferentes formas de energia envolvidas nos fenômenos físicos.
Os assuntos serão próprios para o desenvolvimento do raciocínio lógico e o
desenvolvimento do homem junto a natureza e o seu entendimento junto à mesma.
2 .CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
A Física dispõe de uma interligação de conteúdos de séries diferentes porque o que
se ensina na 1ª séries, utiliza-se em outras séries. Há um contínuo uso dos conteúdos do
1º ao 3º ano. Não há como separar os conteúdos aprendidos anteriormente.
1ª Ano
- Movimento
Física , sua finalidade, ramos
31. O Sistema Internacional de unidades
32.Cinemática, ponto material, corpo extenso, repouso, matéria, referencial, trajetória,
função horária, origem das posições, origem dos tempos, posição inicial,
deslocamento, velocidade média, aceleração média, tipos de movimento.
33.Movimento uniforme.
34.Movimento Uniformemente Variado.
35.Momentum.
36.Queda dos corpos.
37.Cinemática vetorial, vetores, matéria, grandeza física, direção e sentido,
classificação das grandezas físicas, vetor, operações com vetores.
38.Composição de movimentos
39.Definições de vetor posição, vetor deslocamento, velocidade vetorial média.
40.Dinâmica, introdução, objetivo, conceitos fundamentais, sistema de referencia,
equilíbrio, inércia, força, tipos de força, ponto material isolado, dinamômetros.
41.Princípios fundamentais de Dinâmica, Princípio da Inércia, Força Peso, Princípio da
ação e reação.
42.Atrito e seus tipos.
43.Trabalho.
44.Potência, rendimento.
45.Energia e suas formas.
46.Gravitação Universal, Leis de Kepler.
47.Princípio da conservaçaõ de enegia
48.Estática, Principio da transmissibilidade das forças, movimentos de translação e
rotação.
49.Momento de uma força, binário.
50.Mecânica dos fluidos
Empuxo
2º Ano
- Termodinâmica
Termologia
51.Termometria
51.1. Conceito de temperatura
51.2. Medida de temperatura
51.3. Equação termométrica
51.4. Equilíbrio térmico
51.5. Termômetro
51.6. Escalas termométricas e suas conversões
52.Dilatação Térmica
52.1. Dilatação dos sólidos e líquidos
53. Calorimetria
53.1. Conceito de calor
53.2. Unidade de quantidade de calor
53.3. Calor latente
54.Mudanças de estado físico da matéria
54.1. Estados físicos da matéria
54.2. As mudanças de estado físico
55.Termodinâmica
55.1. Trabalho de um sistema
55.2. Lei Zero da Termodinâmica
55.3. Primeiro princípio da Termodinâmica
55.4. Lei de Joule
55.5. Segundo Princípio da termodinâmica
55.6. Rendimento de uma máquina
55.7. Ciclo de Carnot
56.Ótica Geométrica.
57. Introdução ao estudo da Òtica geométrica
57.1. Definições e conceitos
57.2. Transparência, lucidez e capacidade
57.3. Fenômenos luminosos
57.4. Princípios da Òtica Geométrica
58.Reflexão da luz
58.1. Espelhos
58.2. Leis de reflexão
58.3. Características de imagem no espelho plano
58.4. Formação de imagens
59. Instrumentos óticos
60.Fenômenos que ocorrem por refração e reflexão
61. Instrumentos Óticos
62.Ótica da visão
63.Ondulatória
64.Movimento harmônico simples
64.1. Funções horárias
64.2. Energias do movimento
65.Ondas
65.1. Classificação das ondas
65.2. Velocidade de propagação
65.3. Reflexão e refração de pulsos
65.4. Princípio de Huigens
65.5. Difração
65.6. Interferência
66.Acústica
67. Introdução
67.1. Produção do som
67.2. Transmissão do som
67.3. Fenômenos sonoros
67.4. Tubos Sonoros
67.5. Tubo de Kundt
67.6. Efeito Kepler
3º Ano
- Eletromagntismo
- Eletrostática
68.Primeiros conceitos
68.1. Átomos
68.2. Carga Elétrica
68.3. Eletrização de uma substância
68.4. Princípio da conservação de energia
68.5. Condutores e isolantes
68.6. Processos de eletrização
68.7. Lei de Gauss, Lei de Coloumb Lei de Faraday
69.Campo elétrico e ondas eletromagnéticas
69.1. Expressão de campo magnético
69.2. Características de vetor campo elétrico
70.Trabalho e potencial elétrico
70.1. Trabalho de força elétrica
70.2. Energia potencial
70.3. Potencial elétrico
70.4. Diferença de potencial
70.5. Relação entre trabalho e ddp
71.Capacidade de um condutor
71.1. Densidade de um condutor
71.2. Capacidade de um condutor
71.3. Blindagem eletrostática
71.4. Energia potencial de condutor eletrizado
72.Corrente elétrica
72.1. Natureza da corrente elétrica
72.2. Sentido da corrente elétrica
72.3. Intensidade da corrente elétrica
72.4. Efeitos da corrente elétrica
72.5. Potência elétrica dissipada
Energia elétrica consumida
73.Elementos de um circuito elétrico
73.1. .Elementos
74.Estudo Geral de Resistores
74.1. Resistência elétrica
74.2. 1a. Lei de Ohm
74.3. Condutância
74.4. Potência elétrica dissipada
74.5. 2a. Lei de Ohm
75.Associação de resistores
75.1. Resistor equivalente
75.2. Associação de resistores em série e em paralelo
75.3. Associação mista
75.4. Lâmpada de incandescência
76.Estudo dos circuitos elétricos
76.1. Circuito elétrico
76.2. Leis de Kirchhoff
77.Eletromagnetismo
78.Campo Magnético
78.1. Inseparabilidade dos pólos
78.2. Substâncias magnéticas e não magnéticas
78.3. Campo magnético
78.4. Vetor indução magnética
78.5. Ìmãs permanentes e transitórios
78.6. Campo magnético criado por corrente elétrica
78.7. Solenóide
78.8. Eletroímã
78.9. Influência da temperatura na imantação
79.Força magnética
79.1. Sobre cargas elétricas
79.2. Efeito da força magnética
80. Indução eletromagnética
80.1. Fluxo magnético
80.2. Efeito da força magnética
80.3. Lei de lenz
80.4. Transformadores
80.5. Usinas geradoras de energia elétrica
80.6. Correntes de foucault
81. Introdução à Teoria da relatividade de Einstein.
82.A natureza da luz e suas propriedades.
3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS E RECURSOS DIDÁTICOS/ TECNOLÓGICOS
Para a elaboração dos conteúdos da disciplina de Física, é necessário atingir os
objetivos para que a inteligência humana possa sintetizar a aquisição de conhecimentos
para que possam ser utilizados posteriormente para sua vida cotidiana. Ressaltando
assim:
-O relacionamento entre fatos concretos dos ramos da física com a realidade do dia-
a dia, devendo contribuir para o desenvolvimento e, a aplicação do conhecimento de
Física,
-Fazer evoluir o raciocínio lógico na compreensão de suas leis,
-Englobar a matemática para a resolução de problemas,
-Elaborar as experiências compatíveis com a realidade de elementos que a escola
possa disponibilizar,
-Estímulos ao discente para a utilização das fórmulas e sua comprovação, para que
os mesmos façam suas conclusões.
Com todos esses parâmetros, acreditamos que o aluno entenda o papel da Física,
principalmente, como uma das ciências que mais se destaca na modificação e
entendimento da realidade.
Haverá utilização de materiais didáticos propostos pela SEED, como TV Paulo
Freire.
Procurar-se-á introduzir o conhecimento do homem no campo no aprendizado,
dando se exemplos práticos do seu cotidiano, como o binário para a irrigação de lavouras.
Na Física, não há discriminação de qualquer espécie, pois é a aplicação de
conhecimentos gerados pela natureza, sendo de interesse coletivo.
Utilizar-se-ão equipamentos de informática, computadores, que estão à disposição
no colégio para exploração e aprofundamento dos conhecimentos repassados, pois
haverá mais material de visualização e praticidade encontrados em sites educativos.
Serão utilizados aparelhos de dvd, para explicações e demonstrações variadas
sobre o aprendizado da Física.
O Livro Didático Público também é de grande valia para apoio dos conteúdos
repassados e sempre será utilizado como material de apoio, assim como livros de Física,
que se encontram na biblioteca do referido colégio, tanto para os alunos como para
preparo de aulas do professor.
Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em
conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.
4. AVALIAÇÃO
A partir dos conhecimentos repassados, que devem ser cobrados de forma a
perceber se houve compreensão e discussão sobre os temas com os alunos, para que
posteriormente possam ser úteis na sua caminhada .
O estudo da Física deve ser direcionado a todo o tipo possível de material a
ser utilizado, de preferência o uso de material que a escola dispõe.
As avaliações buscam fazer com que o aluno desenvolva um raciocínio
lógico, sendo realizadas principalmente em cima dos conhecimentos repassados na sala
de aula. Os cadernos também são analisados para verificação da responsabilidade que o
aluno deve ter. Além disso, outros instrumentos como provas e trabalhos também serão
utilizados.
A participação do aluno é de fundamental importância, por essa razão
também deve ser levado em conta nas avaliações.
De modo geral, as avaliações são compostas de análise da fixação de
conteúdos, cadernos, participação.
Deve-se frisar que nenhuma avaliação tem intenção de prejudicar o aluno no
sentido de baixas notas, tanto que serão realizadas recuperações paralelas das avaliações
feitas em cima dos conteúdos, prevalecendo a maior nota entre a avaliação e sua
respectiva recuperação.
A somatória das notas dos itens acima citados é o que faz a média bimestral,
devendo as avaliações tem um valor que totalizem 60 pontos e trabalhos que ao fim
totalizam 40 pontos, adequando-se ao PPP do colégio. Faz-se a recuperação paralela de
conteúdos de cada atividade proposta, com revisões e respectivas recuperações de cada
atividade dada e trabalhada, de forma escrita, com experimentos, apresentações de
trabalhos.
Cada professor necessita primar pelo desempenho de cada turma
individualmente, sem deixá-los perder o ânimo, sempre os motivando para o seu melhor
resultado.
De acordo com a Lei 9394/96, capítulo 5, artigo 58, os alunos com
necessidades educacionais especiais serão avaliados de acordo com suas necessidades
educacionais específicas.
• REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, M. J. P. de. Discurso da Ciência e da Escola: Ideologia e Leituras possíveis.
Campinas, SP: Mercado das Letras, 2004
Diretrizes Curriculares da Educação Básica, de Física para o Ensino Médio Paraná,
2008.
FEYNMAN. R. P. Física em seis lições. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
KUENZER, A.Z. Constuindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo:
Cortez, 2001.
NEVES, M.C. D. A História da Ciência no Ensino de Física. In: Revista Ciência e
Educação, 5 (1), p. 73-81, 1998.
PIETROLOCA, M. Ensino de Física: Conteúdo, Metodologia e Epistemologia em uma
integradora. Florianópolis: Editora da UFSC, 2005.
COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRACIA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR GEOGRAFIA
ENSINO FUNDAMENTAL (6º ao 9º ano)
ENSINO MÉDIO
IRATI2012
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO E SEU PAPEL NA EDUCAÇÃO
A Geografia tem seu desenvolvimento enquanto ciência, juntamente com o
desenvolvimento da sociedade que, na medida em que avançava e evoluía, ia
estabelecendo relações com a natureza, como forma de garantir sua sobrevivência e
organizar -se. O homem assim, passa a “dominar” a natureza, a partir de suas técnicas,
adaptando -a às suas necessidades.
Em meados do século XIX, a Geografia é sistematizada, ganhando status de
ciência. São considerados os precursores da Geografia, os alemães Humboldt e Ritter,
mas é com Ratzel e sua Geopolítica que a Geografia é institucionalizada.
Num primeiro momento, a Geografia se restringiu a mera descrição das paisagens,
servindo de instrumento para o (re)conhecimento do espaço geográfico e para as
estratégias político-militares, que marcaram este período.
Outro nome de destaque no desenvolvimento da Ciência Geográfica é Paul Vidal de
La Blache, representante da escola francesa. A Geografia Lablachiana tem como marca,
as monografias regionais, as quais traziam a descrição das diferentes paisagens naturais e
culturais do globo, pautadas no Gênero de Vida.
Esta visão se destaca por ser contrária as ideias deterministas da Geografia Alemã,
apontando um novo olhar geográfico: o possibilismo e o Gênero de Vida. Embora estas
duas visões sejam contrárias, ambas pertencem à Geografia Clássica ou Tradicional.
O pensamento geográfico brasileiro e, consequentemente, a ciência Geográfica do
Brasil, se constrói a partir do possibilismo de La Blache.
No Brasil a Geografia se consolidou como ciência apenas depois da década de
1930, tendo como marco a criação do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
pelo então presidente Getúlio Vargas. O IBGE passou a realizar estudos para o
levantamento de dados demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais
do Brasil a fim de descrever o território brasileiro, servindo aos interesses políticos do
Estado, na perspectiva de um nacionalismo econômico, buscando efetivar as políticas
desenvolvimentistas do Estado: a exploração dos recursos minerais, o desenvolvimento da
indústria de base e o povoamento das áreas de fronteira (DCE, 2009).
Com relação à Geografia voltada para o ensino, até a década de 1970 os
procedimentos didáticos adotados, promoviam principalmente a descrição e a
memorização dos elementos que compõe as paisagens como dimensão do território e do
lugar, era a chamada geografia tradicional ou descritiva.
Com a revolução industrial, e o pós-guerra, tomou -se consciência de que as
diferenças culturais tinham raízes históricas, portanto, tornou -se importante que o aluno
compreendesse as diferentes formas das sociedades organizarem -se para produzir bens,
ou seja, como eram estruturados os modos de produção nos diferentes contextos
históricos.
Surge a Geografia Crítica no final da década de 1970, a qual tinha como proposta,
realizar uma revolução no pensamento geográfico, trazendo uma visão mais crítica acerca
dos fatos geográficos, da produção do espaço, das relações sociedade/ natureza, bem
como, das relações entre os diferentes grupos sociais. A Geografia passa, portanto, por
uma reformulação, deixando o caráter meramente descritivo e conteudista.
A atual Geografia, pautada no materialismo histórico, propõe que o ensino de
Geografia permita ao aluno, compreender o mundo em que vive, as espacialidades dos
fenômenos e da produção e, ainda, deve levar o aluno à uma reflexão acerca de seu papel
enquanto sujeito social, reconhecendo -se como agente, capaz de intervir no meio o qual
está inserido, de emancipar -se.
Assim fazemos com que os nossos educandos tenham uma visão crítica do espaço
ocupado por eles. Deixando de lado a teoria inativa que juntamente com a geografia
tradicional revelou por muito tempo uma sociedade determinista do espaço que
ocupávamos.
A realidade nesse início de século tem se transformado numa velocidade nunca
antes experimentada. Pode -se afirmar que vivemos um período de tempo acelerado, onde
“a rapidez, a profundidade e a imprevisibilidade de algumas transformações recentes
conferem ao tempo presente uma característica nova: a realidade parece ter tomado
definitivamente a dianteira sobre a teoria.” (SANTOS, 2000, p. 18).
Nesse sentido, Cavalcanti (1998, p. 24) coloca que:
O ensino de Geografia deve visar o desenvolvimento da capacidade de apreensão da realidade do ponto de vista de
sua espacialidade. Isso porque se tem convicção que a prática da cidadania, sobretudo nessa virada do século,
requer uma consciência espacial [...] deve ensinar – ou melhor, deixar o aluno descobrir – o mundo em que vivemos,
com especial atenção para a globalização e as escalas local e nacional, deve enfocar criticamente a questão
ambiental e as relações sociedade/natureza [...] deve realizar constantemente estudos do meio [...] e deve levar o
educando a interpretar textos, mapas, paisagens.
Contudo, para além das incertezas e em face mesmo dessas transformações é
urgente a reflexão acerca do ensino, não apenas em relação aos métodos de abordagem
utilizados pelas diferentes disciplinas, como também, acerca da relevância educativa dos
conteúdos e temas trabalhados pela mesma e da própria proposição de diretrizes para o
ensino de Geografia.
Para Pontuschka (1995) a Geografia no Ensino Fundamental e Médio não deve ter
como objetivo formar geógrafos, mas sim, contribuir para a construção da cidadania, em
uma sociedade tão desigual na qual se contesta até mesmo a existência de um cidadão.
Ainda segundo a autora (1994) a escola deve assumir o seu papel fundamental,
subsidiando professores e alunos com informações e relacionamentos que possam
contribuir para uma visão de mundo mais ampla e profunda.
A Geografia na atualidade serve de instrumento para a transformação da sociedade,
ao fornecer subsídios para a reflexão da dinâmica da sociedade, das formas de
apropriação do espaço, bem como das consequências desencadeadas no meio por esse
processo.
A Geografia Crítica busca, portanto, a formação do cidadão em uma perspectiva
crítica da realidade. Deve assim, unir o conhecimento científico-formal da disciplina à
realidade do aluno, auxiliando na junção do saber empírico e do saber formal.
A Corrente Pedagógica atual propõe que a práxis pedagógica deve levar ao aluno o
conhecimento de forma organizada, possibilitando ao mesmo a sistematização dos
conhecimentos adquiridos. Para tanto, as Diretrizes Curriculares estaduais organizaram a
disciplina nos seguintes conteúdos estruturantes: Dimensão Econômica do Espaço
Geográfico, Dimensão Política do Espaço Geográfico, Dimensão Socioambiental do
Espaço Geográfico e Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.
Assim sendo, os conteúdos básicos serão trabalhados dentro dessas perspectivas,
enfatizando a dimensão de acordo com o conteúdo específico trabalhado.
Nesta visão a Geografia no Ensino Médio deverá priorizar a compreensão dos
conceitos e aspectos da Geografia, em uma dimensão mais ampla e complexa, de forma
que o aluno seja capaz de compreender as relações Sociedade/Natureza e as relações
Espaço/Temporais a partir das diferentes escalas geográficas, compreendendo a inter-
relação existente entre o local e o global e estabelecendo as relações com as questões
ambientais, políticas e econômicas.
Dessa forma estaremos trazendo aos alunos uma Geografia viva e dinâmica, a qual
contribuirá efetivamente para a formação de um indivíduo crítico, ativo e capaz de atuar
como sujeito na sociedade atual.
CONTEÚDO 6º ANO ENSINO FUNADAMENTALCONTEÚDOS
ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO
DIMENSÃO POLÍTICA DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
Formação e Transformação das
Paisagens Naturais e Culturais.
Dinâmica da Natureza e sua Alteração pelo
Emprego da Tecnologias de Exploração e Produção
A Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A Distribuição Espacial das Atividades Produtivas, a
Reorganização do Espaço Geográfico.
Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os
principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os
conteúdos básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de
trabalho de uma forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade,
mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos propostos.
Buscando -se atender a realidade da comunidade escolar, que possui boa
parte de seus alunos provenientes da zona rural, contemplando temas relacionados
à realidade agrária, fazendo, sempre que possível, a ligação entre a teoria estudada
e a realidade dos alunos.
Deverá ainda, abordar os temas dentro de duas perspectivas: a cartográfica,
para que o aluno compreenda como os fenômenos se distribuem e se relacionam
no espaço geográfico, e a interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente
entre as diversas áreas do conhecimento.
Dessa forma estaremos trazendo aos alunos uma Geografia viva e dinâmica,
a qual contribuirá efetivamente para a formação de um indivíduo crítico, ativo e
capaz de atuar como sujeito na sociedade atual.
Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar-se-á alguns critérios
como: aulas expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de ideias e
experiências e pesquisas abordando temas da atualidade.
DIMENSÃO CULTURAL E
DEMOGRÁFICO DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTA
L DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
As Relações entreCampo e a Cidade naSociedade Capitalista.
A Transformação Demográfica, a
Distribuição Espacial e os Indicadores Estatísticos
da População.
A Mobilidade Populacional e as
Manifestações Socioespaciais da
Diversidade Cultural.
As DiversasRegionalizações doEspaço Geográfico.
Para isso serão utilizados:
-lousa e giz;
-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);
-leitura e de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;
-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV,
rádio, etc.) bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o
objetivo de promover a aprendizagem.
Observações: Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/11-SUED/SEED e a lei n° 10639 de 2003, que introduziu a obrigatoriedade do estudo da história da cultura afro-brasileira, africana e indígena no curriculo escolar serão trabalhados em forma de pesquisa e debates, inseridos ou não ao conteúdo.
CONTEÚDO 7º ANO ENSINO FUNADAMENTALCONTEÚDOS
ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO
DIMENSÃO POLÍTICA DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
A Formação, Mobilidade das Fronteiras e a Reconfiguração do
Território Brasileiro.
A Dinâmica da Natureza e sua Alteração pelo
Emprego de Tecnologias de Exploração e
Produção.
As diversasregionalizações do
espaçobrasileiro.
A transformação demográfica, a
distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
Movimentos migratórios e suas motivações.
Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os
principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os
conteúdos básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de
trabalho de uma forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade,
mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos propostos.
Buscando -se atender a realidade da comunidade escolar, que possui boa
parte de seus alunos provenientes da zona rural, contemplando temas relacionados
à realidade agrária, fazendo, sempre que possível, a ligação entre a teoria estudada
e a realidade dos alunos.
Deverá ainda, abordar os temas dentro de duas perspectivas: a cartográfica,
para que o aluno compreenda como os fenômenos se distribuem e se relacionam no
espaço geográfico, e a interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre
as diversas áreas do conhecimento.
Dessa forma estaremos trazendo aos alunos uma Geografia viva e dinâmica,
a qual contribuirá efetivamente para a formação de um indivíduo crítico, ativo e
capaz de atuar como sujeito na sociedade atual.
Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar-se-á alguns critérios como:
aulas expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de ideias e experiências e
pesquisas abordando temas da atualidade.
DIMENSÃO CULTURAL E
DEMOGRÁFICO DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
As manifestaçõessocioespaciais da
diversidade cultural.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a
(re)organização do espaço
geográfico.
A Formação, o Crescimento das
Cidades, a Dinâmica dos Espaços Urbanos e a
Urbanização.
O espaço rural e amodernização da
agricultura.
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e
das informações.
A Transformação das paisagens Brasileiras.
Para isso serão utilizados:
-lousa e giz;
-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);
-leitura e de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;
-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV, rádio, etc.)
bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de promover a
aprendizagem.
Observações: Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/11-SUED/SEED e a lei n° 10639 de 2003, que introduziu a obrigatoriedade do estudo da história da cultura afro-brasileira, africana e indígena no curriculo escolar serão trabalhados em forma de pesquisa e debates, inseridos ou não ao conteúdo.
CONTEÚDO 8º ANO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOSESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
DIMENSÃO ECONÔMICA DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
DIMENSÃO POLÍTICA DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
As Diversas Regionalizações do Espaço Geográfico.
Formação, Mobilidade das Fronteiras e a
Reconfiguração dos Territórios do continente
americano.
A Nova Ordem Mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
O Comércio em suas Implicações
Socioespaciais.
A Circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a
(re)organização do espaço geográfico.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os
principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os
conteúdos básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de
trabalho de uma forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade,
mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos propostos.
Buscando-se atender a realidade da comunidade escolar, que possui boa parte
de seus alunos provenientes da zona rural, contemplando temas relacionados à
realidade agrária, fazendo, sempre que possível, a ligação entre a teoria estudada e
a realidade dos alunos.
Deverá ainda, abordar os temas dentro de duas perspectivas: a cartográfica,
para que o aluno compreenda como os fenômenos se distribuem e se relacionam no
espaço geográfico, e a interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre
as diversas áreas do conhecimento.
Dessa forma estaremos trazendo aos alunos uma Geografia viva e dinâmica, a
qual contribuirá efetivamente para a formação de um indivíduo crítico, ativo e capaz
de atuar como sujeito na sociedade atual.
Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar-se-á alguns critérios como:
aulas expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de ideias e experiências e
pesquisas abordando temas da atualidade.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
DO ESPAÇO GEOGRÁFICA
DIMENSÃO CULTURAL E
DEMOGRÁFICO DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO
O espaço rural e a modernização da
agricultura.
A transformação demográfica, a
distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
Os movimentos migratórios e suas
motivações.
As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
Regionalização do Continente Americano e seus aspectos políticos,
econômicos e demográficos.
Para isso serão utilizados:
-lousa e giz;
-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);
-livros e obras literárias;
-leitura de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;
-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV, rádio, etc.)
bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de promover a
aprendizagem.
Observações: Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/11-SUED/SEED e a lei n° 10639 de 2003, que introduziu a obrigatoriedade do estudo da história da cultura afro-brasileira, africana e indígena no currículo escolar serão trabalhados em forma de pesquisa e debates, inseridos ou não ao conteúdo.
CONTEÚDO 9º ANO ENSINO FUNDAMENTALCONTEÚDOS
ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
DIMENSÃO ECONÔMICA DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
DIMENSÃO POLÍTICA DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
A Nova Ordem Mundial, os Territórios
Supranacionais e o Papel do Estado.
As Diversas Regionalizações do Espaço Geográfico.
A Revolução Técnico-científico informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
O Comércio Mundial e as Implicações Socioespaciais.
A Formação, Mobilidade das Fronteiras e a
reconfiguração dos Territórios.
As Manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
Os movimentos migratórios mundiais e
suas motivações.
Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os
principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os
conteúdos básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de
trabalho de uma forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade,
mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos propostos.
Buscando-se atender a realidade da comunidade escolar, que possui boa parte
de seus alunos provenientes da zona rural, contemplando temas relacionados à
realidade agrária, fazendo, sempre que possível, a ligação entre a teoria estudada e
a realidade dos alunos.
Deverá ainda, abordar os temas dentro de duas perspectivas: a cartográfica,
para que o aluno compreenda como os fenômenos se distribuem e se relacionam no
espaço geográfico, e a interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre
as diversas áreas do conhecimento.
Dessa forma estaremos trazendo aos alunos uma Geografia viva e dinâmica, a
qual contribuirá efetivamente para a formação de um indivíduo crítico, ativo e capaz
de atuar como sujeito na sociedade atual.
Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar-se-á alguns critérios como:
aulas expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de ideias e experiências e
pesquisas abordando temas da atualidade.
DIMENSÃO CULTURAL E
DEMOGRÁFICO DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
A distribuição das atividades produtivas, a
transformação das paisagens e a
(re)organização do espaço geográfico.
A circulação da mão - de- obra do capital, das
mercadorias e das Informações.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e
produção.
A transformação demográfica, a
distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.
Para isso serão utilizados:
-lousa e giz;
-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);
-leitura e de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;
-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV, rádio, etc)
bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de promover a
aprendizagem.
Observações: Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/11-SUED/SEED e a lei n° 10639 de 2003, que introduziu a obrigatoriedade do estudo da história da cultura afro-brasileira, africana e indígena no currículo escolar serão trabalhados em forma de pesquisa e debates, inseridos ou não ao conteúdo.
CONTEÚDO 1º ANO ENSINO MÉDIOCONTEÚDOS
ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
DIMENSÃO ECONÔMICA DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
DIMENSÃO POLÍTICA DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
A formação e transformação das
paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego das tecnologias de
exploração e produção
A formação, o crescimento das
cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.
Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os
principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os conteúdos
básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de trabalho de uma
forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência
dos fundamentos teóricos propostos.
Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar -se -á algumas
abordagens como: aulas expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de ideias e
experiências e pesquisas abordando temas da atualidade.
Deverá ainda, se buscar sempre que possível, abordar os temas dentro de
uma perspectiva interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre as
diversas áreas do conhecimento.
Considerando -se a realidade da comunidade escolar, que possui boa parte de seus
alunos provenientes da zona rural, estará se buscando também, contemplar temas
relacionados à realidade agrária, fazendo, sempre que possível, o link entre a teoria
estudada e a realidade dos alunos, ou seja, contextualizando-
-a.
DIMENSÃO CULTURAL E
DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
A Formação, Localização, Exploração
e Utilização dos Recursos Naturais.
As relações entre o campo e a cidade na
sociedade capitalista.
Para isso serão utilizados:
-lousa e giz;
-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);
-leitura de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;
-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV, rádio, etc)
bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de promover a
aprendizagem.
Observações: 1) Os conteúdos obrigatórios referentes ao “item g” da instrução 009/11 – SUED/SEED, serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina propostos nas DCE's.
CONTEÚDO 2º ANO ENSINO MÉDIOCONTEÚDOS
ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
DIMENSÃO ECONÔMICA DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
DIMENSÃO POLÍTICA DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
A formação e transformação das
paisagens.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a
(re)organização do espaço geográfico.
A transformação demográfica, a
distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
O comércio e as
Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os
principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os conteúdos
básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de trabalho de uma
forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência
dos fundamentos teóricos propostos.
Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar -se -á alguns critérios como: aulas
expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de ideias e experiências e pesquisas
abordando temas da atualidade.
Deverá ainda, se buscar sempre que possível, abordar os temas dentro de uma
perspectiva interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre as diversas áreas
do conhecimento.
Considerando -se a realidade da comunidade escolar, que possui boa parte de seus
alunos provenientes da zona rural, estará se buscando também, contemplar temas
relacionados à realidade agrária, fazendo, sempre que possível, o link entre a teoria
estudada e a realidade dos alunos, ou seja, contextualizando-
-a.
Para isso serão utilizados:
-lousa e giz;
-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);
-leitura de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;
DIMENSÃO CULTURAL E
DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
implicações socioespaciais.
A formação, o crescimento das
cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.
Os movimentos migratórios e suas
motivações.
O espaço rural e a modernização da
agricultura.
-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV, rádio, etc)
bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de promover a
aprendizagem.
Observações: 1) Os conteúdos obrigatórios referentes ao “item g” da instrução 009/11 – SUED/SEED, serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina propostos nas DCE's.
CONTEÚDO 3º ANO ENSINO MÉDIOCONTEÚDOS
ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
DIMENSÃO ECONÔMICA DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
DIMENSÃO POLÍTICA DO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
A circulação da mão-de- obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
O comércio e as implicações
socioespaciais.
Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os
principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os conteúdos
básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de trabalho de uma
forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência
dos fundamentos teóricos propostos.
Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar -se -á alguns critérios como:
aulas expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de ideias e experiências e
pesquisas abordando temas da atualidade.
Deverá ainda, se buscar sempre que possível, abordar os temas dentro de uma
perspectiva interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre as diversas áreas
do conhecimento.
Considerando -se a realidade da comunidade escolar, que possui boa parte de seus
alunos provenientes da zona rural, estará se buscando também, contemplar temas
relacionados à realidade agrária, fazendo, sempre que possível, o link entre a teoria
estudada e a realidade dos alunos, ou seja, contextualizando-
-a.
Para isso serão utilizados:
-lousa e giz;
-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);
-leitura de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;
DIMENSÃO CULTURAL E
DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
Formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios.
Os movimentos migratórios e suas
motivações.
As Implicações socioespaciais do
processo de mundialização.
As manifestações sociespaciais da
diversidade cultural.
A revolução técnico-científica informacional
e os novosarranjos no espaço da
produção.
-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV, rádio, etc)
bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de promover a
aprendizagem.
Observações: 1) Os conteúdos obrigatórios referentes ao “item g” da instrução 009/11 – SUED/SEED, serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina propostos nas DCE's.
AVALIAÇÃO
Tendo em vista a necessidade de mudança, desenvolverá um trabalho de avaliação baseado nas seguintes modalidades: -diagnóstica – realizada durante todo processo pedagógico para detectar se os alunos apresentam os requisitos necessários para novas aprendizagens. A partir da avaliação diagnóstica haverá retomada de conteúdos e elaboração de novas estratégias para que os objetivos propostos sejam atingidos.
-formativa – realizar durante todo o período, com a função de controle, verificando se os alunos estão atingindo os objetivos previstos para que conheçam os erros e acertos e encontrem estímulos para os estudos.-contínua e cumulativa – de acordo com o artigo 24 da LDBEN 9394/96, inciso V, a verificação do rendimento escolar observará o desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. Para isso, destacam -se como os principais critérios de avaliação em Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais para a compreensão e intervenção na realidade, de modo que os alunos possam formar os conceitos geográficos e assimilar as relações Espaço-Temporais e Sociedade-Natureza, e compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.
Serão utilizados os seguintes instrumentos de avaliação:-provas orais e escritas, -relatórios;-trabalhos de criação individual ou coletiva;-maquetes; -pesquisas;-apresentações artísticas; e -experimentações práticas. A nota bimestral será resultante da somatória dos valores obtidos em cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em no mínimo 3 aferições na sequência e ordenação de conteúdos. Os alunos com necessidades educativas especiais serão avaliados de acordo com suas especificidades, conforme a Lei nº 9394/96 da LDBEN, capítulo V, artigo 58.
A Recuperação Paralela
A recuperação de estudos é de caráter obrigatório e será considerada a aprendizagem do aluno no decorrer do bimestre. Após a verificação de rendimento escolar, estará se proporcionando novas situações de aprendizagem, concomitantemente ao processo educativo para todos os alunos, pois é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que eles aprendam. Por isso, será feita, sempre que necessário, a retomada dos conteúdos buscando novos encaminhamentos metodológicos, que propiciem aos alunos a possibilidade da aprendizagem. Neste sentido, a recuperação da nota será a simples decorrência da recuperação de conteúdo.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAVALCANTI, Lana de Souza. Ciência Geográfica e Ensino de Geografia. In: ____. Geografia, Escola e Construção do Conhecimento. Campinas, SP: Papirus, 1998. p. 15-28.
DCE . Diretrizes Curriculares Estaduais – Geografia .
MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. Geografia - A Construção do Mundo: Geografia Geral e do Brasil. 1 ed. São Paulo: Moderna, 2005.
PONTUSCHKA, Nídia Nacib. A Formação Pedagógica do Professor de Geografia e as Práticas Interdisciplinares. Tese (doutorado) Faculdade de Educação. Universidade de São Paulo – SP, 1994.
____. O Perfil do Professor e o Ensino/Aprendizagem da Geografia. In: Cadernos CEDES. N. 39. Campinas: Papirus, 1995.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política na transição paradigmática. 3ª ed., São Paulo: Cortez, 2001.
TERCIO, Marina L. Geografia Novo Ensino Médio (reformulado). São Paulo: Ática, 2009.
COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL
(6º ao 9º ano)
ENSINO MÉDIO
IRATI
2012
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da matemática para o Ensino Médio, é visto “como instrumento para a
compreensão, a investigação, a inter-relação com o ambiente, e seu papel de agente de
modificações do indivíduo, provocando mais que simples acúmulo de conhecimento
técnico, o progresso do discernimento político”(Paraná,1993,p.05).
Por isso busca-se um currículo para o ensino médio que forneça uma formação
humanística consistente, desenvolvendo um olhar crítico e reflexivo que possibilite uma
compreensão da lógica e dos princípios técnico-científicos que marcam o atual período
histórico e afetam as relações sociais e de trabalho.
A matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no mundo
e o conhecimento gerado nessa área do saber como fruto da construção humana na
sua interação constante com o contexto natural, social e cultural.
Em relação aos determinantes sociais, econômicos e culturais que regem o
funcionamento da sociedade, a fim de que o aluno venha atuar no mundo com a
consciência de seu papel de cidadão participativo. A matemática deve formar uma visão
ampla e cientifica da realidade, desenvolvendo no educando um pensamento crítico
tornando-o capaz de construir conceitos , buscar soluções de problemas, atuar nas
diferentes áreas do conhecimento e também em seu cotidiano.
A construção do conhecimento necessita ser numa perspectiva relacional entre
teoria e prática, para que o conhecimento ganhe significado, seja problematizado e
aprendido pelos alunos.
Em função do desenvolvimento das tecnologias, uma característica do mundo
atual é a exigência de pessoas críticas e ativas ao tomarem decisões. Nesse aspecto, a
educação matemática deve formar cidadãos com autonomia para resolver problemas e
enfrentar desafios individuais e coletivamente, que estejam em contínuo processo de
formação, capazes de selecionar, analisar e criar hipóteses.
Pensando- se na universalização da educação básica, devemos, então, desenvolver o
saber matemático tendo como meta a cidadania, a interação do aluno, bons materiais
didáticos, a participação ativa do aluno e uma prática de elaboração cultural, isto é,
dando condições ao educando para desenvolver a visão de mundo, atualizando- o nas
novas tecnologias e nos princípios básicos científicos. Com isso espera- se que a
disciplina também possa contribuir para a formação de um indivíduo crítico, capaz de
agir com autonomia nas suas relações sociais; possibilitando realizarem análises,
discussões, conjecturas,capacidade de comunicação, raciocínio, capacidade de
resolver problemas e apropriação dos conceitos e formulação de ideias a partir do
conhecimento matemático.
II – CONTEÚDOS
Os conteúdos estruturantes propostos pelas Diretrizes Curriculares para o Ensino
Médio da Rede Publica Estadual são : Números e Álgebra, Grandezas e Medidas,
Geometrias, Funções e Tratamento da informação serão desdobrados em conteúdos
básicos e específicos.
Os conteúdos específicos a serem trabalhados estão contextualizados com a
realidade onde o colégio está inserido explicitados pelo Projeto Político Pedagógico
(PPP) e pelo planejamento anual. A interdisciplinaridade é trabalhada em articulação
entre as outras disciplinas, visando compreender os complexos discursos científicos,
filosóficos e artísticos, através do diálogo entre os diferentes campos do conhecimento.
ENSINO FUNDAMENTAL
6º AnoNÚMEROS E ÁLGEBRA
Sistemas de Numeração;Números Naturais;Múltiplos e divisores;Potenciação e radiciação;Números fracionários;Números decimais.
6º Ano GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de comprimento;Medidas de massa;Medidas de área;Medidas de volume;Medidas de tempo;Medidas de ângulos;
Sistema monetário.
6º AnoGEOMETRIAS Geometria Plana;
Geometria Espacial.
7º Ano TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Dados, tabelas e gráficos;Porcentagem.
7º Ano NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Inteiros;Números Racionais;Equação e Inequação do 1º grau;Razão e proporção;Regra de três simples.
7º Ano GRANDEZAS E MEDIDASMedidas de temperatura;Medidas de ângulos.
7º Ano GEOMETRIASGeometria Plana;Geometria Espacial;Geometrias não euclediana.
7º Ano TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Pesquisa Estatística;Média Aritmética;Moda e mediana;Juros simples.
8º Ano NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Racionais e Irracionais;Sistemas de Equações do 1º grau;Potências;Monômios e Polinômios;Produtos Notáveis.
8º Ano GRANDEZAS E MEDIDASMedidas de comprimento;Medidas de área;Medidas de volume;Medidas de ângulos.
8º AnoGEOMETRIAS
Geometria Plana;Geometria Espacial;Geometria Analítica;Geometrias não eucledianas.
8º Ano TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Gráfico e informação;População e amostra.
9º Ano NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Reais;Propriedades dos radicais;Equação do 2º grau;Teorema de Pitágoras;Equações Irracionais;Equações Biquadradas;Regra de Três Composta.
9º Ano GRANDEZAS E MEDIDAS Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
Trigonometria no Triângulo Retângulo.
9º Ano FUNÇÕESNoção intuitiva de Função Afim;Noção intuitiva de Função Quadrática.
9º Ano GEOMETRIASGeometria Plana;Geometria Espacial;Geometria Analítica;Geometrias não euclidianas
9º Ano TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Noções de Análise Combinatória;Noções de Probabilidade;Estatística;Juros Compostos.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Reais; (1º Ano)Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmica e Modulares;(1º Ano)Sistemas lineares;(2º Ano)Matrizes e Determinantes;(2º Ano)Polinômios;(3º Ano)Números Complexos(3º Ano)
í
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de Área; (2º Ano)Medidas de Volume;(2º Ano)Medidas de Grandezas Vetoriais;(2º Ano)Medidas de Informática;(2º Ano)Medidas de Energia;(2º Ano)Trigonometria.(2º Ano)
FUNÇÕES
Função Afim;(1º Ano)Função Quadrática;(1º Ano)Função Polinomial;(1º Ano)Função Exponencial;(1º Ano)Função Logarítmica;(1º Ano)Função Trigonométrica;(1º Ano)Função Modular;(1º Ano)Progressão Aritmética;(1º Ano)Progressão Geométrica.(1º Ano)
GEOMETRIAS
Geometria Plana;(2º Ano)Geometria Espacial;(2º Ano)Geometria Analítica;(2º Ano)
Geometria não – eucledianas.(2º Ano)
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Análise Combinatória;(3º Ano)Binômio de Newton;(3º Ano)Estudo das Probabilidades;(3º Ano)Estatística;(3º Ano)Matemática Financeira.(3º Ano
III - METODOLOGIA
O encaminhamento metodológico para a área de matemática deve levar à
superação das deficiências apresentadas, tendo em vista as últimas avaliações
realizadas que mostra ser esta a disciplina responsável, na maioria das vezes, pela
evasão e repetência nas escolas.
O professor além de conhecer profundamente o conteúdo, deve selecioná- los
adequadamente aos sujeitos com o qual está trabalhando e criar estratégias
compatíveis com cada turma promovendo discussões para tornar o aprendizado
acessível a todos, considerando o conhecimento prévio dos alunos, transformando esse
saber comum em saber científico, respeitando as diferenças e interesses encontrados
na classe. Também deve considerar a realidade em que o Colégio está inserido.
A construção dos conceitos matemáticos dar- se- á através do uso de mídias e
tecnologias, etnomatemática,história da matemática, investigação matemática,
modelagem e de resolução de problemas aplicáveis no cotidiano dos alunos e também
em outras áreas do conhecimento (interdisciplinaridade), buscando desse modo um
aprendizado mais amplo e significativo.
Os Conteúdos Obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED e a Lei nº10639 de
2003, que introduziu a obrigatoriedade do estudo da história da cultura afrobrasileira,
africana e indígena no currículo escolar serão trabalhados em forma de pesquisa e
debates, inseridos ou não ao conteúdo.
Os conteúdos devem ser trabalhados a partir de uma abordagem histórica através
de aulas expositivas, trabalhos em equipe, pesquisa de campo, pesquisa, investigação,
debates, trabalho com textos diversificados, medições, jogos, intercalando um
conteúdo com outro, observar o comportamento de certos fenômenos, representando-
os visualizando então, o mundo em que vivemos.
Para isso utilizar- se- ão recursos didáticos e tecnológicos como: quadro, giz,
caderno, lápis, borracha,caneta,régua, compasso, transferidor, esquadro, livros
didáticos, jornais, revistas, laboratório de informática e tv pendrive.
IV. AVALIAÇÃO
Para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos, criaremos condições para o
aluno atuar também como sujeito avaliador. Não se pode avaliar a aprendizagem sem
avaliar o ensino, a prática do professor e as condições oferecidas pela escola como partes
de um todo que se constitui o processo educativo.
A nota bimestral do aluno será resultante da somatória dos valores atribuídos em
cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na
sequência e ordenação de conteúdos.
Quanto aos procedimentos e instrumentos de avaliação, utilizaremos a observação
sistemática ou informal, para conhecer melhor os alunos em todos os aspectos, analisar
seu desempenho nas atividades e compreender seus avanços e dificuldades, ajudando-o
em sua aprendizagem. Alguns critérios serão observados para orientar as atividades
avaliativas, tais como:
* comunica-se matematicamente, oral ou por escrito;
* compreende por meio da leitura, o problema matemático:
* elabora um plano que possibilite a solução do problema;
* encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
* realiza o retrospecto da solução de um problema.
A prova se constitui em um importante instrumento de avaliação, porém não pode
ser o único indicador de desempenho, pois apenas fornece um diagnóstico do aluno,
individualmente, e da turma, como um todo e leva o professor a repensar sua prática,
direcionando suas ações futuras para a solução de problemas identificados por meio dos
resultados. A aplicação destas serão: prova individual, em grupos, com consulta, oral,etc.
Os trabalhos em grupo como: pesquisas, jogos, painéis, maquetes, relatórios, entre
outros, serão utilizados para desenvolver e avaliar a formação global do aluno quanto à
cooperação, troca de pontos de vista, confronto e comprometimento dos componentes do
grupo. Para que sejam efetivos serão realizados na escola.
Para todos os alunos será proporcionado a recuperação de conteúdos e esta deve
acontecer todas as vezes em que os métodos empregados não forem suficientes para
propiciar a aprendizagem dos alunos. A recuperação de estudos, de caráter obrigatório,
ocorrerá concomitantemente ao processo educativo, conforme determina a lei.
Segundo o Regimento Escolar do Colégio Estadual Trajano Grácia, na avaliação do
aproveitamento escolar, deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem
sobre os dados quantitativos e entre e os resultados obtidos durante o período letivo e os
da recuperação, prevalecerão os melhores resultados.
Os conteúdos não apropriados pelos alunos serão retomados e haverá novas
oportunidades de avaliação (recuperação paralela), prevalecendo a maior nota e
garantindo que a aprendizagem se efetive.
Alunos com necessidades especiais serão avaliados de acordo com suas
especifidades, conforme a Lei 9394 da LDB, capítulo 5, artigo 58.
V- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEZERRA, Manoel Jairo e PUTNOKI, José Carlos Bezerra. Matemática 2º Grau. V 1e
2.São Paulo, Scipicione.1994.
DOMÊNCIO, Luis Carlos. Matemática 3 em 1, Curso completo do 2º grau, São
Paulo, FDT, 1998.
GIOVANI, JOSÉ Ruy e outros. A Conquista da Matemática (teoria e aplicação), FTD,
São Paulo.
GIOVANI E GIOVANI JR. Pensar e Descobrir, São Paulo, FTD, 2002.
GUELLI, Oscar. Contando a história da matemática. São Paulo, Editora Ática.
SECRETÁRIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Identidade do Ensino Médio (versão
preliminar), julho de 2006.
Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Médio, Paraná, 2008.
SILVA , Claudio Xavier e FILHO, Benigno Barreto. Matemática Aula por Aula. 1ª, 2ª e
3ª Séries do 2º Grau. São Paulo ,FTD .2005
COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO MÉDIO
QUÍMICA
IRATI2012
I. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O estudo da Química tem como objetivo compreender que ela está presente em
todos os momentos do nosso dia-a-dia, e em muitas transformações que ocorrem no
mundo, assegurando ao educando a formação indispensável na compreensão das
transformações, que ocorrem no mundo, e as transformações que ocorrem no universo,
para que apresentem um progresso no trabalho, na capacidade de aprender e na
compreensão do ambiente natural que vive.
Diante da evolução que ocorre no planeta, ao longo da história, desde o domínio do
fogo até os atuais processos utilizados e estudados em Química, os seres humanos
necessitam, estabelecer nesse processo uma relação com a natureza, e consigo mesmo,
para produzirem modos de pensar, de ser e de viver com melhores qualidades.
Ao conceder a educação, cria condições para que o aluno desenvolva a capacidade
de “ver” a Química, nas diversas situações reais, para que ele entenda a linguagem
química, a partir das observações dos fenômenos cotidiano, que muitas vezes passam
desabercebidamente, aos nossos olhos, ou que são veiculados a meios de comunicação,
que muitas vezes são errôneos, exageradamente técnicos e sensacionalistas.
Compreender essa linguagem significa compreender as transformações que
ocorrem no mundo, de forma abrangente e interligada, sendo capaz de julgar de forma
fundamentada, as informações advindas, da tradição cultural, da mídia e da escola. Deve-
se considerar que a Química utiliza uma linguagem própria, para representação das
diversas transformações químicas, através de símbolos, fórmulas, convenções e códigos.
Sendo assim, é necessário que o aluno desenvolva competências adequadas, para
reconhecer e saber utilizar tal linguagem, sendo capaz de entender, a partir das
informações, os processos químicos em si e a construção de um conhecimento cientifico
com estreita relação com aplicações tecnológicas e suas implicações.
A abordagem no ensino de Química será norteada pela vinculação desses
parâmetros, com preocupação em resgatar a especificidade da disciplina, formando um
aluno capaz de interagir com o seu meio, ao mesmo tempo em que qualifica o aluno a ter
um bom relacionamento com as tecnologias e com assuntos que ocorrem no mundo,
estabelecendo ligações com outros campos do conhecimento, proporcionando um
entendimento amplo sobre o conteúdo em estudo.
II. OBJETIVOS
83.Descrever as transformações químicas em linguagem discursiva;
84.Compreender os códigos e símbolos próprios da Química atual;
85.Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da Química e vice-versa.
Utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas
modificações ao longo do tempo;
86.Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em Química.
87. Identificar fontes de informações e formas de obter informações relevantes para o
conhecimento da Química (livro, computador, manuais, etc.);
88.Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica (lógico
formal);
89.Compreender os fatos químicos dentro de uma visão macroscópica (lógico empírico);
90.Compreender dados quantitativos, estimativos e medidas, compreender relação
proporcionais presentes na Química (raciocínio proporcional);
91.Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou outros
(classificação, seriação e correspondência em Química);
92.Selecionar e utilizar idéias e procedimentos científicos (leis, teorias, modelos) para a
resolução de problemas qualitativos e quantitativos em Química, identificando e
acompanhando as variáveis relevantes;
93.Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à Química,
selecionando procedimentos experimentais pertinentes.
III. CONTEÚDOS
1o ANO
• Estrutura Atômica
1. Matéria e Energia;
2. Substâncias Simples e Compostas;
3. Modelo Atômico
4. Elemento Químico;
5. Configuração Eletrônica;
• Tabela Periódica
1. Classificação Periódica Moderna;
2. Períodos;
3. Famílias;
4. Elementos constituintes da Terra.
• Ligações Químicas.
• Funções Químicas.
27 Ácidos;
28 Bases;
29 Sais;
30 Óxidos;
31 Funções inorgânicas no cotidiano.
2o ANO
45 Reações Químicas:
45.4 Equação Química;
45.5 Balanceamento de Equação;
45.6 Tipos de Reações:
45.7 Mol;
45.8 Realização de Reações Químicas.
46 Estudo das Soluções:
18 Mistura dos Gases;
19 Massa molar;
20 A poluição gasosa.
• Estudo das Soluções:
• Soluções;
• Título;
• Molaridade;
• Fração Molar;
• Molalidade;
• Equivalente-Grama;
• Normalidade:
• Mistura de Soluções;
• Poluição das Águas.
XXI. Termoquímica.
XXII. Cinética Química.
XXIII. Equilíbrio Químico.
XXIV. Eletroquímica.
tt) Pilhas;
uu) Eletrólise;
vv)Construção de Pilhas Elétrica.
− Reações Nucleares.
− A utilização da energia nuclear.
3o ANO
• Química Orgânica:
• Hidrocarbonetos;
• Petróleo;
• Funções Oxigenadas:
1. Fenóis;
2. Álcoois;
3. Etanol e Açúcar;
4. Aldeídos;
5. Cetonas;
6. Ácidos Carboxílicos;
7. Ésteres;
8. Éteres.
• Funções Nitrogenadas:
• Aminas;
• Amidas;
• Nitrocomposto;
• Nitrilo;
• Haletos Orgânicos.
− Isomerias.
IV. METODOLOGIA
Todo o conhecimento assim como o da Química não é um conhecimento pronto,
mas que ao longo dos anos passa por processos adaptativos, o que se cria uma
necessidade de informações cada vez mais precisa e específica das ciências.
Nesse contexto propõem ao aluno que a compreensão e aquisição do
conhecimento aconteça espontaneamente por meio de uma vivência com o fato estudado,
que será conseguido com o uso de recursos disponíveis como: o laboratório e textos
informativos que serviram como ferramentas para tornar as aulas mais agradáveis e
interessantes.
Desta forma as atividades serão desenvolvidas de acordo com o conteúdo a ser
estudado.
Para trabalhar a estrutura do átomo, será utilizado conceito fundamental,
considerando o cotidiano, para poder formar um esquema que possibilite, entender as
aplicações que ocorre em sua volta, levantando dados, informativos de uma verdade, que
será buscada, por meios de pesquisas e hipóteses, aceitas na atualidade. A atividade
experimental estará sempre presente, assim como os recursos de informática, buscando
interligar a teoria, com a prática, por um meio realista, criando modelos de interpretação do
mundo, a nível microscópico e macroscópico, compreendendo os aspectos históricos, e
suas relações com o contexto cultural, socioeconômico e político.
A Tabela Periódica será vista como dispositivo que visa facilitar, o entendimento do
surgimento das substâncias a partir de sua estrutura básica. Sua construção trás para o
interpretando assuntos, que estejam relacionados ao conhecimento Químico podendo o
mesmo criar mecanismos que auxiliem na representação das substâncias.
As características das substâncias em se unir, formando milhões de novas
substâncias, existentes no universo, será estudada em Ligações Químicas, a partir da
elaboração de hipótese, conceitos e leis, podendo fazer previsões fundamentais nos
conhecimentos químicos, referentes às atividades: industriais, domésticas e aos hábitos de
consumo, a fim de propor alternativas para solucionar problemas da sociedade.
O estudo das Funções Inorgânicas fará o educando interpretar essas funções,
analisando através de atividades experimentais de laboratório, conceitos, e características,
podendo posicionar de maneira crítica, com base no conhecimento químico, com relação a
produtos de consumo, remédios, produtos de limpeza, e produtos agrícolas.
As transformações das substâncias, e suas representações serão conhecidas em
Reações Químicas, e no Estudo dos Gases, aplicando esse conceito, princípios, e leis na
solução de novos problemas, e na interpretação da linguagem Química, avaliando
implicações, de processos químicos para o ambiente e para a saúde.
Em Estudo das Soluções, Termoquímicas, Cinética Química, Equilíbrio Químico, e
Eletroquímica, o aluno, interpretando texto, elaborados com linguagem científica, que
contenha tabelas, figuras, gráfico, fórmulas químicas e equações matemáticas,
compreendendo o emprego, adequado das unidades de medidas do Sistema
Internacional, comparando processos químicos, de laboratório, será conduzido a entender
os processos práticos e teóricos da disciplina, e suas conseqüências no meio que vive, e
também a utilização de energias alternativas.
Um número muito grande de substâncias é encontrado: no comércio, na natureza, e
até mesmo em organismos vivos, destas grandes partes é formada por compostos
orgânicos, que serão analisados na Química Orgânica.
Mostrar ao aluno, as varias substâncias contidas no petróleo, frisando o fato de ele
ser constituído basicamente por compostos que contem carbono e hidrogênio, lembrando
que o carbono tem 4 elétrons na camada de valência e pode fazer ligações simples,
duplas e triplas.
Nas Funções Orgânicas será feita a classificação das cadeias carbônicas, sua
formulação e nomenclatura seguindo as regras IUPAC.
Em Funções Oxigenadas, serão reconhecidos esses compostos, sua nomenclatura
oficial, assim como o seu uso e aplicações industriais e a reação de esterificação.
Nas Funções Nitrogenadas o aluno será levado a reconhecer fórmulas
representativas das funções: amina, amida, nitrilo e nitrocomposto, assim como expressar
seus nomes usuais e oficiais.
No estudo das Isômerias, será possibilitado aos alunos, escrever e identificar a
ocorrência de compostos isômeros, a partir de suas fórmulas estruturais.
Finalizando o educando estará apto a compreender a importância do compostos
orgânicos.
Para a realização das atividades propostas serão utilizados recursos didáticos e
tecnológicos como: quadro de giz, folhas sultfites, livro didático, tv multimídia, pendrive,
dvd, cartolinas, materiais escolares de uso diário, laboratório de informática, etc.
Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em
conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.
• AVALIAÇÃO
Para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos, criaremos condições para o
aluno atuar também como sujeito avaliador. Não se pode avaliar a aprendizagem sem
avaliar o ensino, a prática do professor e as condições oferecidas pela escola como partes
de um todo que se constitui o processo educativo.
A nota bimestral do aluno será resultante da somatória dos valores atribuídos em
cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na
sequência e ordenação de conteúdos.
Quanto aos procedimentos e instrumentos de avaliação, utilizaremos os trabalhos
em grupo como pesquisas, jogos, painéis, maquetes, relatórios, entre outros, utilizados
para desenvolver e avaliar a formação global do aluno quanto à cooperação, troca de
pontos de vista, confronto e comprometimento dos componentes do grupo. Para que
sejam efetivos serão realizados na escola.
A prova se constituirá em um importante instrumento de avaliação, porém não pode
ser o único indicador de desempenho, pois apenas fornece um diagnóstico do aluno,
individualmente, e da turma, como um todo e leva o professor a repensar sua prática,
direcionando suas ações futuras para a solução de problemas identificados por meio dos
resultados. A aplicação destas serão: prova individual, em grupos, com consulta, oral, etc.
Todos os alunos terão direito à recuperação de conteúdos e esta deve acontecer
todas as vezes em que os métodos empregados não forem suficientes para propiciar a
aprendizagem dos alunos. A recuperação de estudos, de caráter obrigatório, ocorrerá
concomitantemente ao processo educativo, conforme determina a lei.
Segundo o Regimento Escolar do Colégio Estadual Trajano Grácia, na avaliação do
aproveitamento escolar, deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem
sobre os dados quantitativos e entre e os resultados obtidos durante o período letivo e os
da recuperação, prevalecerão os melhores resultados.
De acordo com a LDB 9394/96, capítulo 5, artigo 58, os alunos com necessidades
educacionais especiais serão avaliados de acordo com suas necessidades específicas.
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, Antônio. Química. SP; Ibep, 2002.
CARVALHO, Geraldo Camargo; SOUZA, Celso Lopes. Química: de olho no mundo do
trabalho vol. Único. SP; Scipione, 2.003.
CHASSOT, Attico Inácio.Catalisando Transformações na Educação. Ijuí; Unijuí,
1993.
FELTRE, Ricardo. Físico Química vol 2. SP; Moderna, 1994.
FELTRE, Ricardo. Química Geral vol 1. SP; Moderna, 1994.
FONTINHA, Paulo M.S.S.R..Matéria e energia em transformação, vol. 4. SP; Nacional,
1995.
MALDANER, Otávio Aloísio. Química vol. 1: Construção de Conceitos Fundamentais.
Ijuí; Unijuí, 1992.
MALDANER, Otávio Aloísio; ZAMBIAZI, Rui. Química vol. 2: Consolidação de conceitos
Fundamentais. Ijuí; Unijuí, 1992.
MORTIMER, Eduardo Fleury; MACHADO, André Horta. Química para o Ensino médio
vol. Único. SP; Scipione, 2002.
NOVAIS, Vera Lúcia Duate de. Química, volume 2. SP; Atual, 1999.
PCN. Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
PCN. Ensino Médio. Brasília: MEC, 1999.
PERUZZO, Tito M.; CANTO, Eduardo L..Química. vol. Único. SP; Moderna, 2000.
PERUZZO, Tito M.; CANTO, Eduardo L..Química: na abordagem do cotidiano vol 3. SP;
Moderna, 1.993.
SARDELLA, Antônio. Química . SP; Ática, 2000.
SEED - Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares de
Química para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
UTIMURA, Teruko Y.; LINGUANOTO, Maria. Química Fundamental vol. Único.
SP;FTD, 1.998.
VANIN, José Atílio. Alquimista e químicos: o passado, o presente e o futuro. SP;
Moderna, 1.994.
COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO MÉDIOSOCIOLOGIA
Irati2012
1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais
que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta
encruzilhada da ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a
clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da
modernidade do século XIX surge, na Europa, uma ciência disposta a dar conta das
questões sociais, que porta os arroubos da juventude e forja sua pretensa maturidade
científica na crueza dos acontecimentos históricos sem muito tempo para digeri-los. O
contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcado pelas
consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa de 1789;
uma social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o
Iluminismo, com sua fé na razão e no progresso da civilização.
Para compreender o sentido da sociologia como disciplina na grade curricular do
ensino médio deverá, antes de tudo, que compreender os objetivos que por meio dela se
pretende atingir. Esses objetivos podem ser divididos em duas classes: os que são
específicos para a disciplina e os que não se restringem a ela, indo ao encontro dos que
foram traçados para o ensino médio a partir de lei 9.394, de 1996.
A Sociologia contribui muito para o desenvolvimento do pensamento critico do
aluno, pois permite desenvolver o pensamento sociológico do mesmo; a compreensão da
Sociologia dentro as demais ciências como uma construção histórica e socialmente
determinada; perceber os direitos e respectivos deveres do cidadão como parte de uma
construção social; faz compreender as diferentes manifestações culturais como expressão
de povos, etnias, nacionalidade, segmentos sociais diversos; permite estabelecer relações
entre o conhecimento teórico e as práticas sociais; ampliar a noção de política, enquanto
um processo de tomada de decisões sobre os problemas sociais que afetam a coletividade
e produzir novos discursos sobre as diferentes realidades sociais e a partir das
observações e reflexões realizadas.
2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
94.Processo de Socialização e as Instituições Sociais
94.1. Processo de socialização;
94.2. Grupos sociais;
94.3. Instituições sociais: familiares, escolares e religiosas;
94.4. Instituições de ressocialização: prisões, manicômios, educandários e
asilos, etc.
• Cultura e Indústria Cultural.
1. Desenvolvimento antropológica do conceito de cultura e suas
contribuições na análise das diferentes sociedades; Diversidade cultural;
Identidade; Industria cultural; Meios de comunicação de massa; Sociedade
de consumo; Indústria cultural no Brasil;Preconceito; Questões de gênero;
Cultura afro-brasileira e africana; Cultura indígena.
Trabalho, Produção e Classes Sociais.
Conceitos de trabalho nas diferentes sociedades;
Desigualdades sociais, estamentos, castas, classes sociais;
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
Globalização;
Relações de trabalho;
Neoliberalismo;
Trabalho no Brasil;
32 Poder, Política e Ideologia.
32.1Formação e desenvolvimento do estado moderno;
32.2Democracia, autoritarismo, totalitarismo;
32.3 Estado no Brasil;
32.4Conceitos de poder, ideologia, dominação e ligitimidade;
32.5As expressões da violência nas sociedades contemporâneas;
47 Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.
20.3Direitos civis, políticos, sociais, humanos,
20.4 conceito de cidadania;
20.5Movimentos sociais;
20.6Movimentos sociais no Brasil;
20.7A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
20.8A questão das ONG's.
3- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA
Os conteúdos de Sociologia serão desenvolvidos através de aulas expositivas,
dialogadas como forma de esclarecimento dos conceitos. Apresentação de vídeos com
assuntos focados no conteúdo de Sociologia e afins.
Utilização de temas atuais (recortes de revistas e jornais, sites de internet) como
proposta de debates em grupos para que o aluno possa construir seu próprio
conhecimento. Trabalhos em grupos e debates, pesquisas de campo e comparações de
diversos textos relacionados ao conteúdo proposto.
Para isso, será necessário a utilização de recursos didáticos e tecnológicos como:
livros, xerox, recortes de jornais e revistas, músicas, mensagens, tv multimidia, pendrive,
computadores, DVDs, CDs, materiais escolares de uso diário e outros que se fizerem
necessário.
A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento
para que os alunos relacionem a teoria com a prática social, possibilitando a construção
coletiva dos novos saberes.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária
a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises , problematizações e
contextualizações propostas. Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED,
serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina, propostos
na DCE.
4 – AVALIAÇÃO
O aluno será avaliado em todos os momentos da aula. Será avaliado de forma
contínua, permanente e cumulativa pela participação e interesse.
A avaliação será contínua levando em conta sempre o crescimento do aluno,
partindo do simples para o complexo.
Os conteúdos serão cobrados em forma de discussão, debates, apresentações orais,
produção escrita onde o aluno irá expor o quanto aprendeu e assimilou o que ainda está
obscuro para ser revisto em forma de trabalho em grupo ou pesquisa. Será avaliado
também se houve a contextualização por parte do aluno, a relação entre a realidade e a
teorização. Durante cada bimestre será ofertado aos alunos recuperação paralela (após
cada avaliação) com a retomada dos conteúdos , para a efetivação da aprendizagem da
Sociologia, com objetivo de atingir o aproveitamento escolar.
As notas serão somatórias e cumulativas com valor 1,0 para perguntas orais, 2,5
para apresentação de trabalhos, 2,5 para a pesquisa e o trabalho propriamente dito, 2,0
para debates e 2,0 para textos produzidos pelos alunos sobre os temas trabalhados.
Alunos com necessidades especiais serão avaliados de acordo com suas
especifidades, conforme a Lei 9394 da LDB,cap.5 , artigo 58.
5- REFERÊNCIAS
COSTA, Cristina (1987). Sociologia: Introdução à ciência da sociedade. 1ª ed., São
Paulo: Moderna 248p.
NOVA, Sebastião, Vila (1992). Introdução à sociedade. 2º ed. São Paulo: Atlas.
OLIVEIRA, Pércio Santos (1994). Introdução a Sociologia. 7º ed. São Paulo, Ática, 144p.
REVISTA ESPAÇO ACADEMICO – ano 1, nº 5, out/2001 – mensal 15196186
DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA. Secretaria do Estado da Educação do
Paraná. 2008.
COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
CELEM - LÍNGUA ESPANHOLA
NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO
IRATI
2012
33 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Considerando que a Língua Espanhola é uma das mais faladas no mundo, e, que a
procura por esse idioma adquiriu um âmbito muito maior, tornou-se fundamental que
essa língua fosse inserida no currículo escolar, para possibilitar à toda comunidade seu
acesso. O ensino da língua espanhola é recente, iniciou-se a partir dos anos 90,
impulsionadas por um ideal de redemocratização do país (devido à abertura política) e
pela criação do MERCOSUL, as escolas voltaram a ofertar o ensino da língua
espanhola em seus currículos, porém sem suplantá-la.
O indivíduo tem necessidade de aprendizagem constante, programar mudanças
na sociedade na qual está inserido, transformando sonhos em valores, com objetivos de
dar apoio ao desenvolvimento da habilidade em aprender outros idiomas.
O estudo e o domínio de Línguas Estrangeiras são fundamentais à medida que
permite ao aluno conhecer outras visões de mundo e entender melhor as suas próprias,
dando oportunidades a vivências de valores ligados à cultura e a cidadania.
Sendo a educação o caminho viabilizador da conquista da cidadania, se garantido
o conhecimento, a permanência e a oportunidade àqueles que nela ingressam.
A aprendizagem de LEM se constituem na possibilidade de questionar a própria
identidade, já que aprender um LEM é apropriar-se do outro, desse modo aprender outra
Língua implica a reconstituição do próprio sujeito não no sentido de que este venha
apagar-se, mas de que ele possa ressignificar-se.
A LDB prevê uma Língua Estrangeira Moderna (LEM) como disciplina obrigatória e
uma segunda, como optativa (Art. 36, inc. III). Assim, o objetivo do ensino da Língua
Estrangeira (LE) é permitir ao educando conhecê-la e usá-la como instrumento de acesso
a informações e a outras culturas e grupos sociais.Precisa-se pensar-se o ensino e a aprendizagem das Línguas Estrangeiras
Modernas no CELEM em termos de competências abrangentes e não estáticas, uma vez
que uma língua é o veículo de comunicação de um povo por excelência e são através de
sua forma de expressar-se que esse povo transmite sua cultura, suas tradições, seus
conhecimentos.
A visão de mundo de cada povo altera-se em função de vários fatores e,
consequentemente, a língua também sofre alterações para poder expressar as novas
formas de encarar a realidade. Daí ser de fundamental importância conceber-se o ensino
de um idioma estrangeiro objetivando a comunicação real, pois, dessa forma, os diferentes
elementos que a compõem estarão presentes, dando amplitude e sentido a essa
aprendizagem. Nesse contexto, o Centro de Línguas Estrangeiras Modernas, como oferta
extracurricular e gratuita de ensino de Língua Espanhola é destinado a alunos,
professores, funcionários e à comunidade do Colégio Estadual Trajano Grácia.
Possibilitar aos alunos que usem uma língua estrangeira em situações de
comunicação – produção e compreensão de textos verbais e não verbais – é também
inseri-los na sociedade como participantes ativos, capazes de se relacionar com outras
comunidades e outros conhecimentos.
Ao estudar uma língua estrangeira, o aluno/sujeito aprende também como atribuir
significados para entender melhor a realidade.
O professor é quem deve oferecer isso a eles, ser aquele que possibilite essa
integração. Diante disso, a metodologia a ser aplicada deve ser aquela que satisfaça as
necessidades dos educandos, trabalhando neste contexto a realidade apresentada
pelos mesmos, valorizando as relações estabelecidas entre eles e acreditando que
cada um deles têm condições de aprender.
Propõe-se que a aula de LE constitua um espaço para que o aluno reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se engaje discursivamente e
perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo que vive.
Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente
construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.
Assim justifica-se a importância do CELEM de espanhol na educação básica de
nossa localidade pelo fato de que quando muitos dos alunos deste estabelecimento
ingressarem no mercado de trabalho necessitarão do aprendizado do espanhol, uma vez
que várias empresas instaladas na cidade e cidades vizinhas tem como proprietários,
argentinos e espanhóis. Também porque temos como países vizinhos o Paraguai, a
Argentina e o Uruguai, motivo pelo qual é de suma importância o conhecimento desta
língua para esses alunos, bem como para a comunidade escolar interessada.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos basilares para a compreensão do objeto de estudo da língua inglesa
são fundamentados em um único conteúdo estruturante, o qual está relacionado ao
momento histórico-social,ao entender a língua como espaço social de interação verbal
para a produção de sentidos. Tal conteúdo é definido como “discurso como prática social”
e, é por meio dele que a língua será tratada de forma dinâmica, através das habilidades de
leitura, oralidade e escrita.
Ao contrário de uma concepção de linguagem que centraliza o ensino na gramática
tradicional, o discurso tem como foco o trabalho com os enunciados (orais e escritos). O
uso da língua efetua-se em forma de enunciados, uma vez que o discurso só existe na
forma de enunciados.
Com isso, nas aulas de espanhol será oportunizada ao aluno a percepção da
interdiscursividade, as condições de produção dos diferentes discursos, das vozes que
permeiam as relações sociais e de poder. Os níveis de organização linguística – fonético-
fonológico, léxico-semântico e de sintaxe – sirvam ao uso da linguagem na compreensão e
na produção verbal e não verbal.
Em sala de aula será trabalhado os mais variados textos de diferentes gêneros, que
levará ao aluno o interesse à pesquisa e à discussão. Será oportunizada ao aluno a
escolha das temáticas dos textos, uma vez que um dos objetivos é possibilitar formas de
participação que permitam o estabelecimento de relações entre ações individuais e
coletivas. Por meio dessa experiência, os alunos poderão compreender a vinculação entre
auto- interesse e interesses do grupo. Além disso, esta iniciativa poderá levar as escolhas
de conteúdos mais significativos, porque resultam da participação de todos, e é este o
principal objetivo do ensino-aprendizagem de línguas.
3. CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos básicos que irão ser trabalhados pertencem às práticas da oralidade,
leitura e escrita e análise linguística. Tais conteúdos devem ser abordados a partir de um
gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa,
política, literário-artística, produção e consumo, publicitária, midiática, jurídica.
Caberá ao professor selecionar um texto significativo pertencente a um gênero, que
deve ser compreendido em sua esfera de circulação. Importa menos a quantidade de
gêneros trabalhados e mais a qualidade do trabalho pedagógico com aqueles
selecionados pelo professor.
Os gêneros serão retomados em diferentes séries respeitando-se o princípio
complexidade crescentes. Vale ressaltar que os gêneros indicados não se esgotam nesses
tópicos.
A abordagem teórico-metodológica e a avaliação estão inseridas na sequencia para
compreensão da proposta dos conteúdos básicos de Língua Estrangeira Moderna.
94.4.1. 3.1 CURSO BÁSICO DO CELEM (02 ANOS DE DURAÇÃO)
CONTEÚDOS BÁSICOS - P1
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de circulação:BilheteCarta pessoalCartão felicitaçõesCartão postalConviteLetra de músicaReceita culinária
Esfera publicitária de circulação:Anúncio**Comercial para radio*FolderParódiaPlacaPublicidadeComercial
Esfera produção de circulação:bulaembalagemPlacaRegra de jogoRótulo
Esfera jornalistica de circulação:AnúncioclassificadosCartumChargeEntrevista**HoróscopoReportagem**
Slogan Sinopse de filme
Esfera artística de circulação:AutobiografiaBiografia
Esfera escolar de circulação:CartazDiálogo**Exposição oral*MapaResumo
Esfera literária de circulação:ContoCrônicaFábulaHistória em quadrinhosPoema
Esfera midiática de circulação:Correio eletrônico(e-mail)Mensagem de texto(SMS)Telejornal*Telenovela*Videoclipe*
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.
** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.
LEITURA
Fatores de textualidade centradas no leitor:
·Tema do texto;
·Aceitabilidade do texto;
·Finalidade do texto;
·Informatividade do texto;
·Intencionalidade do texto;
·Situacionalidade do texto;
·Papel do locutor e interlocutor;
·Conhecimento de mundo;
·Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
·Adequação do discurso ao gênero;
·Turnos de fala;
·Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:
·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,
recursos semânticos;
·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e
informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);
·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
Fatores de textualidade centradas no leitor:
·Tema do texto;
·Conteúdo temático do gênero;
·Elementos composicionais do gênero;
·Propriedades estilísticas do gênero;
·Aceitabilidade do texto;
·Finalidade do texto;
·Informatividade do texto;
·Intencionalidade do texto;
·Situacionalidade do texto;
·Papel do locutor e interlocutor;
·Conhecimento de mundo;
·Temporalidade;
·Referência textual.
ORALIDADE
Fatores de textualidade centradas no texto:
·Intertextualidade;
·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem,
recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
·Partículas conectivas básicas do texto.
Fatores de textualidade centradas no leitor:
·Tema do texto;
·Conteúdo temático do texto;
·Elementos composicionais do gênero;
·Propriedades estilísticas do gênero;
·Aceitabilidade do texto;
·Finalidade do texto;
·Informatividade do texto;
·Intencionalidade do texto;
·Situacionalidade do texto;
·Papel do locutor e interlocutor;
·Conhecimento de mundo
·Temporalidade;
·Referência textual.
ESCRITA
Fatores de textualidade centradas no texto:
·Intertextualidade;
·Partículas conectivas básicas do texto;
·Vozes do discurso: direto e indireto;
·Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação,
polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;
·Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens
implícitas e explicitas;
·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
·Acentuação gráfica;
·Ortografia;
·Concordância verbal e nominal.
3.2 CONTEÚDOS BÁSICOS - P2
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
• Cotidiana: Comunicado, Curriculum Vitae, exposição oral, Lista de compras, etc.
• Publicitária: Anúncio, propaganda, etc.
• Jornalística: Entrevista, notícia, etc.
• Jurídica: Ofício, requerimento, etc.
• Escolar: Aula em vídeo, exposição oral, etc.
• Literária: Contação de história, peça de teatro, etc.
• Midiática: Aula virtual, correio eletrônico (e-mail), Videoclipe, etc.
LEITURA
Fatores de textualidade centradas no leitor:
·Tema do texto;
·Conteúdo temático do texto;
·Elementos composicionais do gênero;
·Propriedades estilísticas do gênero;
·Aceitabilidade do texto;
·Finalidade do texto;
·Informatividade do texto;
·Intencionalidade do texto;
·Situacionalidade do texto;
·Papel do locutor e interlocutor;
·Conhecimento de mundo;
·Temporalidade;
·Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
·Intertextualidade;
·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos
gráficos (aspas, travessão, negrito);
·Partículas conectivas básicas do texto;
·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras
italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos
próprios;
·Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre
itens lexicais recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.
ORALIDADE
Fatores de textualidade centradas no leitor:
·Tema do texto;
·Aceitabilidade do texto;
·Finalidade do texto;
·Informatividade do texto;
·Intencionalidade do texto;
·Situacionalidade do texto;
·Papel do locutor e interlocutor;
·Conhecimento de mundo;
·Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
·Adequação do discurso ao gênero;
·Turnos de fala
·Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:
·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,
recursos semânticos;
·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e
informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);
·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
ESCRITA
Fatores de textualidade centradas no leitor:
·Tema do texto;
·Conteúdo temático do texto;
·Elementos composicionais do gênero;
·Propriedades estilísticas do gênero;
·Aceitabilidade do texto;
·Finalidade do texto;
·Informatividade do texto;
·Intencionalidade do texto;
·Situacionalidade do texto;
·Papel do locutor e interlocutor;
·Conhecimento de mundo;
·Temporalidade;
·Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
·Intertextualidade;
·Partículas conectivas básicas do texto;
·Vozes do discurso: direto e indireto;
·Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação,
polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;
·Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens
implícitas e explicitas;
·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito);
·Acentuação gráfica;
·Ortografia;
·Concordância verbal e nominal.
No decorrer do ano letivo serão trabalhados os temas contemporâneos
contemplando assim a Lei 11645/08. A História e Cultura Afro-brasileira, e Africana e
Indígena. Esses temas serão abordados através de textos trazidos aos alunos, pesquisas
que eles irão efetuar e discussão em sala de aula.
4. METODOLOGIA
O ato de ensinar não se dá através de situações prontas, fechadas, definitivas,
mas sim como processo de reflexão contínua sobre as inúmeras possibilidades de
aprender. Os conteúdos serão desenvolvidos sempre de forma contextualizada, tendo
como referencial para a ação pedagógica a realidade social do aluno, e a intencionalidade
do trabalho está em sintonia com as exigências que o atual mercado de trabalho faz
àqueles que nele desejam ingressar. Os alunos trabalharão os conteúdos dados de forma
individual e em grupo na resolução de problemas.
O ensino da língua estrangeira se iniciará com um vocabulário básico, que faça
parte do seu eu e do mundo a sua volta. É preciso criar intimidade com a língua para
depois chegar aos objetivos mais específicos como a gramática por exemplo.
As aulas de língua espanhola constituirão um espaço para que o aluno reconheça
e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se engaje discursivamente
e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo que vive.
Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente
construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.
Trabalhar com textos de diversos tipos, como música, propagandas, rótulos,
poemas e informes diversos, é parte importantíssima no processo de ensino-
aprendizagem da língua estrangeira. Através de textos pode-se estudar, de uma maneira
integrada, estruturas gramáticas, vocabulário, compreensão, leitura e produção de texto.
Por isso, se trabalhará em sala de aula uma variação de textos, desde os mais simples, ou
seja, aqueles que o aluno tem um conhecimento prévio do assunto, até aqueles mais
complexos.
No que se refere a texto e baseados nas Diretrizes Curriculares, a ênfase do
ensino recai sobre a necessidade de os sujeitos interagirem ativamente pelo discurso,
sendo capazes de comunicar-se de diferentes formas, materializadas em diferentes tipos
de texto, considerando a imensa quantidade de informações que circulam na sociedade.
Isso significa participar dos processos sociais de construção de linguagem e de seus
sentidos legitimados, e desenvolver uma criticidade, de modo a atribuir o próprio sentido
aos textos.
O discurso entendido como prática social, que se realiza total ou parcialmente por
intermédio de textos. O texto é uma entidade concreta, realizada materialmente e
corporificada em um determinado gênero. O que ele produz, ao se manifestar em alguma
instância discursiva, é o discurso. Assim, o discurso se realiza nos e pelos textos. Nessa
visão, o discurso envolve o texto propriamente dito e os seus aspectos externos, as
condições de produção, ou seja, o contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi
produzido.
Com isso, nas aulas de língua espanhola será abordado vários tipos de textos, em
atividades diversificadas, tais como:
• comparação das unidades temáticas, linguísticas e composicionais de um texto com
outros textos;
• interpretação da estrutura de um texto a partir das reflexões da sala de aula;
• leitura e análise de textos de países que falam o mesmo idioma estudado na escola e
dos aspectos culturais que ambos veiculam;
• leitura e análise de textos publicados nacional e internacionalmente sobre um mesmo
tema e das abordagens de tais publicações;
• comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações sintáticas e
morfológicas da LEM estudada com a da LM.
O texto como unidade de linguagem em uso, ou seja, de comunicação verbal -
escrita, oral ou visual - será o ponto de partida da aula de LEM. Esse texto trará uma
problematização em relação a um tema. A busca por sua solução deverá despertar o
interesse dos alunos para que desenvolvam uma prática analítica e crítica, ampliem seus
conhecimentos linguísticos e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas
presentes num discurso.
Paralelo ao estudo das habilidades acima citadas, deverá ser feito um trabalho de
conversação em sala de aula, para que os alunos possam conhecer a modalidade oral
através da simulação de situações reais e proporcionar-lhes uma total integração com a
nova língua e mostrar seu uso no dia-a-dia, fato que os estimulará no processo de
assimilação da nova língua, levando-se em conta as limitações de cada aluno e,
explorando ao máximo seu potencial.
Ao interagir com textos diversos, subsidiado por conhecimentos linguísticos, sócio-
culturais, discursivos e pragmáticos, o educando perceberá que as formas linguísticas são
flexíveis e variam conforme o contexto e a situação em que a prática social de uso da
língua ocorre, permitindo a si elaborar, construir ou reconstruir seu conhecimento e
visualizar o contexto sócio-histórico do autor, seu estilo e ideologia.
Práticas diferenciadas e textos com crescente grau de dificuldade darão suporte
para o aluno compreender a realidade linguística e ser capaz de perceber com autonomia
as ideias principais, a função, a composição e o grau de informação de cada texto, bem
como fazer a análise linguística do mesmo.
Quanto à escrita, deverá ficar explícito o quê, para quê e para quem se escreve,
com objetivo e enunciado claros, com orientação de gênero e variedade linguística
esperados pelo professor, em situações reais de uso.
Os conteúdos poderão ser retomados sempre que se fizerem necessários.
Finalmente, serão utilizados instrumentos metodológicos como o livro de Língua
Estrangeira Moderna, produzido pelos professores da Rede Pública de Ensino do Estado
do Paraná, TV multimídia, DVD, rádio, internet, CD-ROM, vídeos, dicionários, cartazes e
outros, disponíveis na escola, para proporcionar uma educação de qualidade.
A leitura, processo de atribuição de sentidos, estabelece diferentes relações entre o
sujeito e o texto de acordo com as concepções que se têm de ambos. De acordo com as
DCEs, o trabalho proposto para a leitura está ancorado na perspectiva de uma leitura
crítica, a qual se efetiva no confronto de perspectivas e na (re)construção de atitudes
diante do mundo. A abordagem da leitura crítica extrapola a relação entre o leitor e as
unidades de sentido na construção de significados possíveis. Busca-se, então, superar
uma visão tradicional da leitura condicionada à extração de informações.
Nessa perspectiva, há confronto entre autor, texto e leitor. O leitor abandona uma
atitude de passividade diante do texto e passa a ser participante do processo de
construção de sentidos. Entretanto, ele não está sozinho ao construí-los, com ele estão
sua cultura, sua língua, seus procedimentos interpretativos, os discursos construídos
coletivamente em sua comunidade e as ideologias nas quais está inserido. A leitura é
considerada, então, como interação entre todos esses elementos, os quais influenciam
diretamente nas possíveis interpretações de um texto.
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos
orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem discursiva a
oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a expressar ideias em
Língua Estrangeira mesmo que com limitações. Vale explicitar que, mesmo oralmente, há
uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem implica e existe a
necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal como
ocorre na escrita e em Língua Materna. Também é importante que o aluno se familiarize
com os sons específicos da língua que está aprendendo.
Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma
atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É importante que o docente direcione as
atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da
produção e para quem se escreve, em situações reais de uso. É preciso que, no contexto
escolar, esse alguém seja definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o
aluno vai produzir um diálogo imaginário, fundamental para a construção do seu texto e de
sua coerência. Nesse sentido, a produção deve ter sempre um objetivo claro.
Demais procedimentos a serem adotados referentes à leitura, escrita e oralidade
estão descritos no quadro de conteúdos apresentado anteriormente.
Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em
conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação em língua estrangeira tem como objetivo verificar o crescimento do
educando e deve ser entendida como um dos aspectos do ensino, através do qual o
professor interpreta os resultados do ensino/aprendizagem, ou seja, de seu próprio
trabalho. Sua finalidade é acompanhar, diagnosticar, reavaliar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos, seus resultados, atribuindo-lhes valor.
O diagnóstico permeará o trabalho fazendo com que haja reflexão e crítica sobre o
processo de ensino/aprendizagem não só no desenvolvimento dos educandos, mas,
principalmente para verificar o desenvolvimento global da ação pedagógica.
De acordo com o PPP e Regimento Interno do Colégio Estadual Trajano Grácia,
as avaliações serão diagnósticas e somativas preponderando os aspectos qualitativos da
aprendizagem sobre os quantitativos, uma vez que dar-se-á maior importância à atividade
crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização, isto quer
dizer que a avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento escolar será
contínua, cumulativa e permanente.
Quanto aos procedimentos e instrumentos de avaliação, os professores poderão
fazer uso da observação sistemática ou informal, que permite conhecer melhor seus
alunos em todos os aspectos, analisar seu desempenho nas atividades e compreender
seus avanços e dificuldades, ajudando-o em sua aprendizagem. A observação deverá ser
registrada para que o professor acompanhe melhor o aluno. A utilização repetida e
exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação reduz a possibilidade de
observar os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como: memorização,
observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica, interpretação,
criatividade, formulação de hipóteses, entre outros.
A prova se constitui em um importante instrumento de avaliação, porém não pode
ser o único indicador de desempenho. Para a aplicação destas existem vários
procedimentos, podendo ser: prova individual, em grupos, com consulta, oral, etc.
Os trabalhos em grupo como: pesquisas, jogos, painéis, maquetes, relatórios, entre
outros, permitem desenvolver e avaliar a formação global do aluno quanto à cooperação,
troca de pontos de vista, confronto e comprometimento dos componentes do grupo. Para
que sejam efetivos é importante que sejam realizados na escola.
Os números de avaliações por bimestre, utilizando os instrumentos descritos
acima, dependem do número de aulas e do conteúdo. A nota bimestral do aluno será
resultante da somatória dos valores atribuídos em cada instrumento de avaliação, sendo
valores cumulativos em várias aferições, na sequência e ordenação de conteúdos. Os
registros dos resultados serão expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula
zero) e a média necessária para a aprovação é 6,0 (seis vírgula zero) em cada um dos
quatro bimestres, totalizando 24,0 (vinte e quatro vírgula zero) pontos ao final do ano
letivo.
As avaliações serão diagnósticas, somativas e contínuas divididas em provas
escritas, atividades de pesquisa, trabalhos individuais ou em grupo; produção, análise de
textos, jornais e revistas; exercícios e outras formas mais que se fizessem presentes e
necessárias. Sendo leitura valor 3,0; oralidade valor 3,0 e escrita valor 4,0 totalizando o
valor 10,0 que é a nota máxima bimestral.
Os alunos que não conseguirem o desempenho esperado em determinada unidade
curricular têm direito à recuperação paralela de conteúdos e esta deve acontecer todas as
vezes em que os métodos empregados pelos educadores não forem suficientes para
propiciar a aprendizagem dos alunos. Dessa forma, a recuperação é o esforço de retomar,
de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos para assegurar a
possibilidade de aprendizagem. Neste sentido, a recuperação da nota é simples
decorrência da recuperação de conteúdos, e sendo de caráter obrigatório, deve ocorrer
concomitantemente ao processo educativo, cabendo aos educadores tomarem as
providências e oferecerem estratégias de recuperação a fim de que o aluno aprenda o que
deveria ter aprendido.
A avaliação levará em conta o mundo globalizado, desigualdades e diferenças
culturais. Deste modo será diagnóstica, que possibilitará elementos que permitirão ao
próprio aluno fazer sua auto-avaliação a partir de critérios adotados pelo professor,
definindo uma meta a ser alcançada ao final do ano letivo; somativa, que permite somar
conhecimentos ao longo do processo de aprendizagem; e, formativa, pois permite
aperfeiçoar o aluno quanto à sua formação técnica profissional, aprimorando o processo
de trabalho e, consequentemente, o próprio trabalho do professor, adequando as
metodologias, objetivos e conteúdos ao processo de ensino/aprendizagem e ao contexto
diagnosticado na prática cotidiana.
Considerando a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade dos conteúdos, serão
utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: trabalhos individuais e coletivos, provas
objetivas e/ou dissertativas, relatórios e pesquisas cujos valores serão somados
objetivando a média bimestral e anual. Serão oportunizadas avaliações diferenciadas aos
alunos com necessidades educacionais especiais.
Será realizada após diagnosticada as dificuldades de cada aluno em sala de aula.
Será realizada de forma paralela .
Em conclusão e consonância com as DCE's do Estado do Paraná, a avaliação do
processo ensino-aprendizagem, entendida como questão metodológica da
responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir.
5.1 RECUPERAÇÃO PARALELA
A recuperação será paralela durante todo o processo de ensino-aprendizagem e
entendida como um dos aspectos do seu desenvolvimento contínuo ofertado para todos,
se constituirá de um conjunto integrado ao processo de ensino além de se adequar às
dificuldades do aluno. Essa recuperação poderá ser feita através de trabalhos, pesquisas,
textos e outras formas para a fixação do conteúdo, seguido de novas oportunidades de
avaliação, bem como revisão de uma maneira diferenciada.
A recuperação de estudos será paralela aos conteúdos no período letivo,
constituindo-se num conjunto integrado ao processo de ensino-aprendizagem. Nela se
desenvolverão estudos paralelos de recuperação propondo aos alunos desafios e
atividades diferenciadas complementares, articuladas aos conteúdos trabalhados
anteriormente.
Será feita adaptação curricular para aqueles alunos com necessidades
educacionais especiais.
Na recuperação de estudos, o professor considera a aprendizagem do aluno no
decorrer do processo e, para aferição do bimestre, entre a nota da avaliação e da
recuperação, prevalecerá sempre a maior.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA PARA
EDUCAÇÃO BÁSICA. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência da Educação. Curitiba, 2008.
BAKHTIN, M. (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. 12a ed. São Paulo: Hucitec,
2006.
ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes de. Dimensões comunicativas no ensino de línguas.
(Linguagem – Ensino ). Pontes, Campinas, São Paulo: 1998.
ERES FERNÁNDES, I.G.M. La producción de materials didácticos de español lengua
extranjera en Brasil. In. Anuário Brasileño de Estudios Hispánicos Suplemento “El
hispanismo en Brasil”. Madrid, Ministerio de Educación, Cultura y Deporte/Embajada de
España en Brasil, 2000.