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CURSO TÉCNICO DE QUÍMICA Química Clínica Leandro José Dias Gonçalves de Oliveira João Monlevade/MG 2013 ESCOLA MUNICIPAL GOVERNADOR ISRAEL PINHEIRO Avenida Luzia Brandão Fraga de Souza, nº 201, Loanda - João Monlevade Minas Gerais - CEP: 35.931-023 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola Municipal Governador Israel Pinheiro para obtenção do título de Técnico em Química. Supervisor: Fernanda G. Ribeiro Orientador: Prof. Me. Huita do Couto Matozo

MODELO DE RELATÓRIO 2014

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Modelo para confecção do relatório para os alunos do Curso de Química da Escola Municipal Governador Israel Pinheiro de João Monlevade MG.

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Page 1: MODELO DE RELATÓRIO 2014

1

CURSO TÉCNICO DE QUÍMICA

Química Clínica

Leandro José Dias Gonçalves de Oliveira

João Monlevade/MG

2013

ESCOLA MUNICIPAL GOVERNADOR ISRAEL PINHEIRO

Avenida Luzia Brandão Fraga de Souza, nº 201, Loanda - João Monlevade

Minas Gerais - CEP: 35.931-023

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Escola Municipal Governador Israel Pinheiro

para obtenção do título de Técnico em

Química.

Supervisor: Fernanda G. Ribeiro

Orientador: Prof. Me. Huita do Couto Matozo

Page 2: MODELO DE RELATÓRIO 2014

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CURSO TÉCNICO DE QUÍMICA

Laboratório de Análises Clínicas

Leandro José Dias Gonçalves de Oliveira

Química Clínica

Leandro José Dias Gonçalves de Oliveira

Av. Gustave Peffer – n° 751 – Bairro: Louis Ensch

Tel.: (31) 9522-8095

E-mail: [email protected]

João Monlevade/MG

2013

ESCOLA MUNICIPAL GOVERNADOR ISRAEL PINHEIRO

Avenida Luzia Brandão Fraga de Souza, nº 201, Loanda - João Monlevade

Minas Gerais - CEP: 35.931-023

Page 3: MODELO DE RELATÓRIO 2014

3

Leandro José Dias Gonçalves de Oliveira

Química Clínica

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – Área de Concentração: Química

________________________________________

Farmacêutica/Bioquímica Fernanda G. Ribeiro

Supervisora de Estágio - RT

_______________________________________

Professor Me. Huita do Couto Matozo

Orientador de Estágio

_______________________________________

Mônica Faria da Silva Parente

Diretora da Instituição de Ensino – EMIP

_______________________________________

Leandro José Dias G. de Oliveira

Estagiário de Química

João Monlevade - Fevereiro de 2013

ESCOLA MUNICIPAL GOVERNADOR ISRAEL PINHEIRO

Avenida Luzia Brandão Fraga de Souza, nº 201, Loanda - João Monlevade

Minas Gerais - CEP: 35.931-023

Page 4: MODELO DE RELATÓRIO 2014

4

AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE

TRABALHO POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS

DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Oliveira, Leandro José Dias Gonçalves de.

Química Clínica / Leandro José Dias Gonçalves de Oliveira;

Orientador Huita do Couto Matozo;

Secretaria Municipal de Saúde e Meio Ambiente: Fernanda

G. Ribeiro – Rio Piracicaba, 2013. 123 p.

Relatório de Estágio (Técnico – Disciplina de Estágio

Supervisionado – Área de Concentração: Química) – Escola

EMIP – QUÍMICA.

1. Análises Clínicas. 2. Química. 3. Bioquímica. 4. Exames.

Page 5: MODELO DE RELATÓRIO 2014

5

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, já que têm a forma do nosso

corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo

da travessia e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, às margens de nós

mesmos.”

Fernando Pessoa

AGRADECIMENTOS

“Agradeço a Deus, sempre presente em minha vida.”

“Aos meus familiares e amigos, que juntos torceram pela minha vitória.”

“À minha avó materna Efigênia (in memorian), cuja presença espiritual sempre me ajudou a

progredir com afinco nos estudos.”

“Aos meus professores, que me guiaram durante toda minha jornada.”

“Aos colegas de trabalho do laboratório da secretaria de saúde, pela oportunidade que me

deram de mostrar meu conhecimento, possibilitando meu desenvolvimento profissional.”

Page 6: MODELO DE RELATÓRIO 2014

6

OLIVEIRA, L. J. D. G. Química Clínica, 2013 – 123 p. Relatório Técnico Supervisionado de

Conclusão do Curso Técnico de Química – EMIP – Escola Municipal Governador Israel

Pinheiro; João Monlevade – MG, 2013.

O laboratório do Centro de Saúde Dr. Gentil Alves Costa tem como objetivo a análise de

materiais biológicos (sangue, fezes e urina) cujo estudo visa apresentar laudos sobre a saúde do

paciente. As áreas nas quais os técnicos atuam são: coleta, hematologia, bioquímica,

imunologia, urinálise e parasitologia. As atividades realizadas estão em conformidades com as

recomendações e exigências pelo Conselho Regional de Farmácia e da Vigilância Sanitária

Estadual de Minas Gerais. No laboratório não se pensa apenas nos procedimentos e nos

resultados obtidos, mas também na ética profissional. Há, também, zelo pelos materiais de

trabalho e mais, pelo meio ambiente. No presente relatório constam as atividades desenvolvidas

durante o estágio supervisionado na área de análises clínicas. Apresenta aplicações vistas

durante o curso técnico de química e, também, a programação de estágio. As atividades estão

interligadas, e funcionam harmonicamente desde a entrada do paciente (cadastro) até a entrega

do resultado.

Palavras-Chave: Análises Clínicas; Bioquímica; Química; Exames.

Page 7: MODELO DE RELATÓRIO 2014

7

Sumário

Pág.

1. Introdução ............................................................................................................................. 10

2. Objetivos ............................................................................................................................... 11

2.1. Objetivo Geral ............................................................................................................... 11

2.2. Objetivo Específico ....................................................................................................... 11

3. Recursos para o Trabalho Laboratorial ................................................................................. 12

3.1. Materiais, Reagentes e Equipamentos ........................................................................... 12

3.1.1. Materiais .............................................................................................................. 12

3.1.2. Reagentes Analíticos ........................................................................................... 13

3.1.3. Equipamentos e Acessórios ................................................................................. 15

4. Metodologia Científica ......................................................................................................... 16

5. Assepsia e Coleta de Material Biológico .............................................................................. 16

5.1. Assepsia ......................................................................................................................... 16

5.2. Coleta ............................................................................................................................. 17

5.2.1. Sangue ..................................................................................................................... 17

5.2.2. Urina (de rotina) ..................................................................................................... 21

5.2.3. Fezes ....................................................................................................................... 21

5.2.3.1. Fezes sem MIF............................................................................................ 21

5.2.3.2. Fezes com MIF .......................................................................................... 21

6. Hematologia .......................................................................................................................... 23

6.1. Hemograma (Hc) ........................................................................................................... 24

6.1.1. Eritrograma ........................................................................................................... 24

6.1.2. Leucograma .......................................................................................................... 25

6.1.3. Plaquetograma ...................................................................................................... 25

6.2. Elementos do Sangue .................................................................................................... 29

6.2.1. Eritrócitos (Hemácias/RBC) ................................................................................. 29

6.2.2. Hemoglobina (HGB) ............................................................................................ 31

6.2.3. Hematócrito (HCT) ............................................................................................... 32

6.2.4. Leucócitos (WBC) ................................................................................................ 32

6.2.5. Linfócitos (LYN) .................................................................................................. 32

6.2.6. Monócitos ............................................................................................................. 33

Page 8: MODELO DE RELATÓRIO 2014

8

6.2.7. Neutrófilos ............................................................................................................ 33

6.2.8. Neutrófilos ............................................................................................................ 34

6.2.9. Mielócitos ............................................................................................................. 34

6.2.10. Metamielócitos ................................................................................................... 34

6.2.11. Basófilos ............................................................................................................ 35

6.2.12. Bastonetes ........................................................................................................... 35

6.2.13. Segmentados ....................................................................................................... 36

6.2.14. Trombócitos ........................................................................................................ 36

6.3. Preparo de Lâminas ...................................................................................................... 37

6.4. Contagem Diferencial de Células Leucocitárias ........................................................... 40

6.5. Grupos Sanguíneos + Fator Rh (GS + Rh) ................................................................... 43

6.6. Velocidade de Hemossedimentação (VHS) ................................................................. 45

6.7. Coagulograma (COAG) ................................................................................................ 46

6.7.1. Tempo de Protombina (TP) .................................................................................. 47

6.7.2. Atividade de Protombina (AP) ............................................................................. 47

6.7.3. Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPA) ............................................ 48

6.7.4. Relação Normalizada Internacional (RNI) ........................................................... 48

7. Bioquímica ............................................................................................................................ 49

7.1. Glicose (GLIC) .............................................................................................................. 52

7.1.1. Glicose (GLIC-J) ................................................................................................. 52

7.1.2. Glicose (GLIC-PP) .............................................................................................. 54

7.2. Colesterol Total (COL) .................................................................................................. 54

7.2.1. Frações do Colesterol .......................................................................................... 56

7.2.1.1. HDL ......................................................................................................... 56

7.2.1.2. LDL ......................................................................................................... 58

7.2.1.3. VLDL ...................................................................................................... 59

7.2.1.4. Triglicérides (TRIG) ................................................................................ 59

7.3. Uréia (UR) .................................................................................................................... 61

7.4. Ácido Úrico (AUR) ...................................................................................................... 64

7.5. Fosfatase Alcalina (FAL/ALP) ..................................................................................... 67

7.6 Proteínas Totais (PROT) ................................................................................................ 69

7.7. Albumina (ALB) ........................................................................................................... 69

7.8. Creatinina (CR) ............................................................................................................. 71

Page 9: MODELO DE RELATÓRIO 2014

9

7.9. Mucoproteínas (MUC) .................................................................................................. 73

7.9.1. Desproteinização .................................................................................................. 74

7.9.2. Precipitação .......................................................................................................... 75

7.10.3. Colorimetria ....................................................................................................... 76

7.10. Transaminase Glutâmica Oxalacética (TGO) ............................................................. 77

7.11. Transaminase Glutâmica Oxalacética (TGP) ............................................................. 78

8. Imunologia (Sorologia) ......................................................................................................... 81

8.1. HIV-1/2 .......................................................................................................................... 82

8.2. VDRL ............................................................................................................................ 83

8.3. Antiestreptolisina O (ASO/ASLO/AEO) ...................................................................... 87

8.4. Proteína C Reativa (PCR) .............................................................................................. 88

8.5. Fator Reumatoide (FR) ................................................................................................. 89

9. Parasitologia ......................................................................................................................... 91

9.1. Exame Parasitológico de Fezes (EPF) ........................................................................... 92

9.1.1. Método de Hoffman-Pons-Janes (HPJ) ................................................................ 92

9.1.2. Pesquisa de Controle de Esquistossomose (PCE) – Método Kato-Katz (KK) ..... 94

10. Urinálise .............................................................................................................................. 96

10.1. Análise Físico-Química .............................................................................................. 96

10.2. Análise Bioquímica .................................................................................................... 98

10.3. Sedimenstoscopia (EAS – Elementos Anormais do Sedimento) ............................... 99

11. Biossegurança ..................................................................................................................... 102

11.1. Procedimentos Operacionais Padrão (POP) ............................................................... 102

11.2. EPI’s e EPC’s ............................................................................................................. 102

11.3. Boas Práticas Laboratoriais ........................................................................................ 103

12. Lavagem de Material, Descarte de Resíduos e Esterilização ............................................. 103

13. Considerações Finais .......................................................................................................... 104

14. Conclusão ........................................................................................................................... 105

15. Referências ......................................................................................................................... 106

16. Anexos ................................................................................................................................ 116

Page 10: MODELO DE RELATÓRIO 2014

10

1. Introdução

Em cumprimento ao que regulamenta a Lei n° 11.788, de 25/09/2008, o aluno Leandro José

Dias Gonçalves de Oliveira, do Curso Técnico de Química, da Escola Municipal Governador

Israel Pinheiro – EMIP, localizada em João Monlevade, elaborou o seu Trabalho de Conclusão

de Curso, referente ao estágio curricular no laboratório do Centro de Saúde Dr. Gentil Alves

Costa, Química Clínica, em Rio Piracicaba, MG. Teve-se por base as atividades exercidas

rotineiramente em laboratório de análises clínicas, realizado no período de 01/06/12 a 30/11/12,

sob orientação da farmacêutica/bioquímica RT, Fernanda Ribeiro.

A análise clínica é o ramo de conhecimento que trabalha com o estudo de alguma substância de

forma a coletar dados e apontar diagnósticos a respeito da saúde do paciente. Essas análises

ocorrem a partir de um exame feito a pedido de um médico e são entregues em laboratórios

próprios para realização desses exames. A hematologia é a subárea especializada em observar

os elementos do sangue: hemácias, leucócitos, plaquetas e outras células. A bioquímica é a

parte que se encarrega das dosagens de elementos diversos (glicose, colesterol, proteínas etc)

utilizando o soro ou o plasma como material. A imunologia é o estudo das características do

sistema imunológico, também utilizando o soro. A urinálise é a parte responsável pela

observação dos elementos que compõe o sedimento urinário, avaliando possíveis

anormalidades. A parasitologia é a parte que trata da observação dos sedimentos fecais visando

à detecção de verminoses e outras anormalidades.

Nos procedimentos laboratoriais é fundamental o conhecimento teórico e saber interpretar os

resultados encontrados nas dosagens realizadas. Atualmente os processos são semi-

automatizados, mas mesmo assim o analista deve ter um conhecimento prévio, para que os

serviços sejam executados de maneira correta e eficiente, pois erros de qualquer natureza

devem ser evitados.

Page 11: MODELO DE RELATÓRIO 2014

11

2. Objetivos

2.1. Objetivo Geral

Concluir o estágio supervisionado de química demonstrando os conhecimentos obtidos durante

o mesmo.

2.2. Objetivo Específico

Detalhar minuciosamente todos os procedimentos realizados no laboratório de análises clínicas,

de maneira a obter o título de técnico em química pela apresentação deste TCC ao corpo

docente da EMIP.

Page 12: MODELO DE RELATÓRIO 2014

12

3. Recursos para o Trabalho Laboratorial

Os procedimentos realizados no laboratório são voltados para a análise de material biológico

humano: sangue, fezes e urina. Todo procedimento tem métodos diferenciados, bem como a

maneira de execução e interpretação dos mesmos. Os recursos de trabalho são os materiais,

reagentes e equipamentos.

3.1. Materiais, Reagentes e Equipamentos

3.1.1. Materiais

Agulha 0,70 x 25 mm

Agulha 0,80 x 25 mm

Balão Volumétrico

Bandagem Anticéptica

Bandeja Inox

Bastão de Vidro

Béquer de Vidro

Braçadeira de Coleta

Canudo de Plástico

Coletor de Urina/Fezes

Coletor para Perfurocortantes

Compressa de Gaze Hidrofílica 7,5x7x7,5 cm

Cronômetro Manual

Cuba Rim Inox

Cubeta para Coagulômetro

Detergente

Escova para Tubos de Ensaio

Esponja Dupla-Face Antibactérias

Estande para tubos de Ensaio

Frasco conta gotas

Funil de Polipropileno

Garrote

Impressora Matricial

Jaleco Branco

Lâminas sem Borda Fosca

Page 13: MODELO DE RELATÓRIO 2014

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Lápis Dermatográfico

Luvas de Procedimento Descartáveis

Macropipetadores

Micropipetadores de Volume Fixo

Micropipetadores de Volumes Variados

Papel Filtro Qualitaivo

Papel Matricial Branco de 1 via

Pêra de Borracha

Pincel Retroprojetor

Pipeta Graduada

Pipeta de Westergreen

Placa de Kline

Placa para reação imuno-látex

Ponteiras para Micropipetadores

Proveta de 50,0 mL

Seringa de 3,0 mL

Seringa de 5,0 mL

Seringa de 10,0 mL

Seringa de 20,0 mL

Suporte para Micropipetadores

Suporte de Westergreen

Suporte para Micropipetas Monocanais Automáticas e Semiautomáticas

Tampa para Tubos de Ensaio

Tiras Reagentes de Urinálise

Tiras Reagentes de β-hcg

Tubo de Cônico Graduado

Tubo de Ensaio de Plástico

Tubo de Ensaio de Vidro

Tubo para Bomba Peristáltica do Analisador Bioquímico BIOPLUS 2000

3.1.2. Reagentes Analíticos

Ácido Úrico

Água Deionizada

Albumina

Page 14: MODELO DE RELATÓRIO 2014

14

Álcool Ácido de Ziehl Neelsen 3%

Anticoagulante Citrato

Anticoagulante EDTA

Anticoagulante Flureto

Anticorpos Monoclonais Murinos para Classificação ABO – Soroclone Anti-A

Anticorpos Monoclonais Murinos para Classificação ABO – Soroclone Anti-B

Anticorpos Monoclonais Murinos para Classificação ABO – Soroclone Anti-D

Antiestreptolisina O Látex

Azul de Metileno

Colesterol HDL

Colesterol Total

Controle de Plasma Abnormal

Controle de Plasma Normal

Corantes Rápidos de Hematologia

Creatinina

Etanol a 70%

Etanol a 99,8%

Fator Reumatóide Látex

Fosfatase Alcalina

Fucsina Fenicada

Glicose

Hipoclorito de Sódio a 1%

HIV - 1/2

Mucoproteínas

Óleo de Imersão

Proteína C Reativa Látex

Proteínas Totais

Solução de Calibração HC-Diluent (Contador Hematológico Human Count Plus)

Solução de Calibração HC-Lyse (Contador Hematológico Human Count Plus)

Solução de Limpeza HC-Cleaner (Contador Hematológico Human Count Plus)

Solução de Limpeza para Analisador Bioquímico BioPlus 2000

Soro de Coombs BSA

Tempo de Protombina

Page 15: MODELO DE RELATÓRIO 2014

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Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada

Transaminase Glutâmico Pirúvica

Transaminase Glutâmico Oxalacética

Triglicerídeos

Ureia

3.1.3. Equipamentos

Analisador Bioquímico BioPlus 2000

Analisador Hematológico Human Count Plus

Banho-Maria Quimis

Centríguga Celm Combate

Coagulômetro Óptico Monocanal Human Clot Jr.

Computador e Impressora Matricial

Contador Diferencial de Células Benfer CC 900

Deionizador de Coluna Quimis

Estufa de Esterilização e Secagem Odontobrás

Geladeira Electrolux

Homogeneizador de Sangue Quimis

Microscópio Binocular Nikkon Eclipse

Page 16: MODELO DE RELATÓRIO 2014

16

4. Metodologia Científica

A metodologia (no presente relatório) é a parte da produção do TCC que trata dos

procedimentos e métodos realizados dentro do local de estágio. É de suma importância o

detalhamento das atividades, pois facilita o entendimento técnico e prático dos mesmos. De

acordo com EITERER (2006), o método científico compreende basicamente um conjunto de

dados iniciais e um sistema de operações ordenadas adequado para a formulação de conclusões,

de acordo com certos objetivos predeterminados. A rotina laboratorial não é leve e, por isso,

demanda uma rigorosa atenção na realização dos procedimentos. A metodologia é aplicada

como a maneira de se reproduzir todos os ensaios laboratoriais de maneira correta, eficaz e

segura. A elaboração e execução das análises necessitam, para que seus resultados sejam

satisfatórios, estarem baseadas em planejamento cuidadoso, reflexões conceituais sólidas e

alicerçados em conhecimentos já existentes. Na elaboração do TCC de Química é de grande

importância, também, além de demonstrar métodos e etapas de procedimentos, apresentar

fórmulas químicas, reações e interações moleculares, bem como os nomes dos reagentes,

produtos, e outros agentes participantes, para que haja um enriquecimento do mesmo.

5. Assepsia e Coleta de Material Biológico

5.1. Assepsia

Assepsia ou desinfecção é o conjunto de medidas que permitem manter um ser vivo ou meio

inerte de microrganismos. Os antissépticos utilizados no laboratório são o etanol a 70% (que

coagulam proteínas e lipídios das membranas dos microrganismos) e o Hipoclorito de Sódio a

1% (que inibem a atividade das proteínas e a síntese de DNA dos microrganismos). Chegando-

se ao laboratório, pega-se uma compressa de gaze, limpa, e umedecida com etanol 70%, e

limpa-se as bancadas, mas sempre em um único sentido (ou vertical ou horizontal), para evitar

a recontaminação. A assepsia é feita como demonstrado no grupo de figuras 01 abaixo:

Page 17: MODELO DE RELATÓRIO 2014

17

Fig.01 – Quatro maneiras de executar assepsia em bancada.

A realização desse procedimento é indispensável num laboratório de análises clinicas. Segundo

SENA, et.al (2011) a principal causa das infecções na área da saúde é a deficiência no processo

de assepsia. A assepsia também deve ser feita nas mãos. Deve-se lavá-las bem com sabonete

líquido neutro e depois passar álcool 70%.

5.2. Coleta

5.2.1. Sangue

A coleta de sangue para análise é realizada por uma auxiliar de enfermagem ou por uma

técnica em patologia clínica. Para realizar a coleta, o paciente chega com a solicitação médica

dos exames. O pedido médico é mandado ao laboratório, onde o paciente é cadastrado no

sistema, e recebe um número de entrada em sua ficha. Feito isso, o sangue é coletado. Os

demais materiais (urina e fezes são entregues no próprio laboratório). O paciente se senta,

coloca o braço sobre uma braçadeira de coleta revestida por compressa cirúrgica de gaze 45x50

cm; o local da punção no braço é

limpo com álcool a 70% INPM e, em seguida, garroteado. A pessoa que fará a coleta procura

sentir onde a veia do paciente está mais superficial, para que evite ter de aprofundar demais a

agulha, machucando-o. O bisel (agulha) deve ser injetado com o orifício para cima, para que

facilite a entrada do sangue. Deve-se colocar o sangue colhido nos respectivos tubos com

atenção. Feita a coleta, é colocada uma bandagem antisséptica no local da punção. (Informar

ao paciente para não dobrar o braço evitando, assim, hematomas.) Após ser coletado, o

sangue do paciente é colocado em tubos que contenham ou não anticoagulante; e que

anteriormente foram identificados com as iniciais do nome do paciente e o número de cadastro.

Quando o tubo possui anticoagulante, deve-se observar a cor da tampa do tubo. A quantidade

de sangue colhida depende dos exames solicitados.

Quando o sangue é coletado e é colocado nos tubos deve-se adicionar, quando necessário,

substâncias denominadas anticoagulantes. Essas substâncias químicas são inibidoras da

Page 18: MODELO DE RELATÓRIO 2014

18

coagulação do sangue. Elas iram impedir, obviamente, que o sangue permaneça maior tempo

sem coagular em temperatura ambiente. O sangue deve ser colhido em jejum, e quando houver

preparos, deverão ser seguidos. O anticoagulante deve ser específico para os exames que se

deseja realizar. No laboratório há três anticoagulantes utilizados. O EDTA é o anticoagulante

utilizado em sangue que serão utilizados nos exames da área da hematologia (exceto

coagulograma). Sua nomenclatura, segundo IUPAC (2001), é ácido etilenodiaminotetracético.

Fig. 02 – Fórmula estrutural do EDTA.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/EDTA

Ele forma complexos muito estáveis com diversos íons metálicos. O tubo, de vidro, que receber

o anticoagulante EDTA deve ser de tampa roxa. Ele reage através de seus dois radicais ácidos

com o cálcio plasmático, formando um quelato, tornado-se insolúvel. O quelato é um composto

químico formado por um íon metálico ligado por várias ligações covalentes a uma estrutura

heterocíclica de compostos orgânicos. Como no caso da molécula abaixo, pela química de

coordenação, irão se juntar aos átomos de oxigênio, os metais que reagirem com o

anticoagulante. O EDTA é um líquido de cor alaranjada.

Fig. 03 – Complexo formado pela ação do EDTA.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Titula%C3%A7%C3%A3o_de_complexa%C3%A7%C3%A3o

Page 19: MODELO DE RELATÓRIO 2014

19

O Fluoreto de Sódio, cuja fórmula química é NaF, é o anticoagulante utilizado apenas para

alguns exames bioquímicos. É interessante citar que este anticoagulante também contém uma

fração mínima de EDTA. O tubo, de plástico, deve conter uma gota do anticoagulante, e a

tampa deve ser de cinza. O fluoreto de sódio possui uma cor azulada.

O Citrato trissódico é o anticoagulante utilizado quando são realizados os exames de

coagulograma, pois envolvem laudos que servem de base para que o médico analise as

condições do paciente de ser submetido a cirurgias. O sangue deve ser colhido sem que o

garrote esteja muito apertado, e uma gota do anticoagulante deve ser colocada no tubo, de

vidro, somente na hora que o sangue tiver sido colhido, ao contrário dos outros dois, que

podem ser colocados no tubo horas antes e até mesmo permanecer neles de um dia para outro.

As tampas dos tubos que contém o sangue para realizar COAG (coagulograma) são de cor azul.

O citrato possui uma coloração azul cintilante. O nome IUPAC dessa substância é trissódio-2-

hidroxipropan-1,2,3-tricarboxilato.

Fig. 04 – Fórmula estrutural do citrato trissódico.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Citrato_de_s%C3%B3dio

Os exames que necessitam utilizar o soro sanguíneo não utilizam anticoagulantes. Depois de

colhido o sangue, o mesmo é incubado em banho-maria a 37°C por alguns minutos. Após isso,

é centrifugado até que haja separação entre a ‘parte líquida’ e a ‘parte sólida’ do sangue. Várias

dosagens bioquímicas e imunológicas são realizadas no soro (obtido a partir do sangue sem

anticoagulante) ou no plasma (obtido no sangue com anticoagulantes). A diferença entre soro e

plasma é que o soro não contém fibrinogênio, o qual participou da formação do coágulo

(fibrina).

Para um maior entendimento e organização das informações sobre os exames, montou-se a

seguinte tabela:

Page 20: MODELO DE RELATÓRIO 2014

20

Tabela 01: Diferenciação dos tubos de coleta de sangue

Exame Material Anticoag. Tampa Área

Ácido Úrico Soro - - Bioquímica

Albumina Soro - - Bioquímica

Antiestreptolisina O Soro - - Hematologia

Atividade de Protombina Plasma Citrato Azul Hematologia

Colesterol HDL Soro - - Bioquímica

Colesterol Total Soro - - Bioquímica

Creatinina Soro/Plasma* Fluoreto* Cinza* Bioquímica

Fator Reumatóide Soro - - Hematologia

Fosfatase Alcalina Soro - - Bioquímica

Glicose Soro/Plasma* Fluoreto* Cinza* Bioquímica

Glicose Pós-Prandial Soro/Plasma* Fluoreto* Cinza* Bioquímica

Grupos Sanguíneos (ABO + Rh) Sangue não

centrifugado

com anticoag.

EDTA Roxa Hematologia

Hemograma Sangue não

centrifugado

com anticoag.

EDTA Roxa Hematologia

HIV 1/2 Soro - - Imunologia

Mucoproteínas Soro - - Bioquímica

Proteína C Reativa Soro - - Hematologia

Proteínas Totais Soro - - Bioquímica

RNI Plasma Citrato Azul Hematologia

Tempo de Protombina Plasma Citrato Azul Hematologia

Tempo de Tromboplastina

Parcial Ativada

Plasma Citrato Azul Hematologia

TGO Soro - - Bioquímica

TGP Soro - - Bioquímica

Page 21: MODELO DE RELATÓRIO 2014

21

Triglicerídeos Soro - - Bioquímica

Uréia Soro/Plasma* Fluoreto* Cinza* Bioquímica

VDRL Soro - - Imunologia

Velocidade de

Hemossedimentação

Sangue não

centrifugado

EDTA Roxa Hematologia

* as informações utilizadas ficam a critério do laboratório, podendo variar de um para outro.

5.2.2. Urina (de rotina)

O paciente deve higienizar os órgãos genitais, utilizando água e sabão. Depois, secá-los com

gaze estéril ou uma toalha seca e bem limpa. A urina deve ser colhida no frasco coletor, logo

pela manhã, pelo menos 12 mL. Porém, o primeiro jato deve ser desprezado, sendo colhido,

para o exame, o jato médio. O frasco deve ser levado em no máximo 30 minutos ao laboratório.

Caso não seja cumprido o prazo, a urina deve estar acondicionada em uma geladeira ou caixa

de isopor com gelo reutilizável, desde que se tome cuidado para que a água do gelo não entre

em contato com a amostra.

5.2.3. Fezes

5.2.3.1. Fezes sem MIF

Deve-se utilizar um frasco coletor seco e limpo. Coletar mais ou menos cinco pazinhas, sendo

que sempre deve-se retirar um pouco de cada extremidade e um pouco do meio da amostra.

Deve ser levada ao laboratório no mesmo dia, identificado com nome, estando previamente

acondicionada em uma geladeira. Não há necessidade de levar grandes quantidades de amostra.

5.2.3.2. Fezes com MIF

O MIF (merthiolate-iodo-formol) é o líquido avermelhado utilizado na conservação das

amostras pedidas para a realização dos exames parasitológicos de fezes. O paciente deve

coletar a amostra em um fraco coletor contendo o MIF, comprado na farmácia, onde recolherá

9 pazinhas de fezes (3 por dia). Deve-se retirar um pedaço de cada extremidade e do meio da

amostra, e ir acondicionando em geladeira, até o dia de entregar ao laboratório, identificado

com nome. (Não precisa haver excesso de amostra)

Page 22: MODELO DE RELATÓRIO 2014

22

6. Hematologia

A hematologia é a parte dos ensaios laboratoriais voltados para a observação das células

sanguíneas, sua contagem, características e anormalidades. O aparelho que realizam este exame

traz gráficos, curvas de concentração e valores de concentração relacionados a cada célula do

sangue. Antes de começar o hemograma, colocam-se os sangues de controle para

homogeneizar, já que ficam na geladeira e precisam de algum tempo pra se estabilizar. Quando

se passa o sangue de controle (L-baixo, N-normal e/ou H-alto) e os resultados conferem com o

padrão, podem-se iniciar os exames.

Fig. 05 – Sangues de controle hematológico.

O contador hematológico HUMAN COUNT PLUS é o equipamento utilizado para essa

finalidade. O mesmo é mostrado na figura abaixo.

Fig. 06 – Contador hematológico HUMAN COUNT PLUS.

Fonte: http://www.medville.com.br/infiniti/files/produto-arquivo/HumacountPlus.pdf

Page 23: MODELO DE RELATÓRIO 2014

23

O contador hematológico é semi-automatizado para diagnóstico in vitro. A sua interface

permite o envio de resultados para uma impressora matricial acoplada. Ele é capaz de acessar

até 60 amostras por hora com exatidão e reprodutibilidade. É capaz de gerar histogramas de

hemácias e leucócitos e, ainda, determinar 18 parâmetros utilizando 25µL de sangue, apenas.

Esses parâmetros são: WBC, LYM, MID, GRA, LYM%, MID%, GRA%, HGB, RCB, HCT,

MCV, RDW, MCH, MCHC, PLT, MPV, PCT e PDW. Após a coleta de sangue, deve-se deixar

os tubos com sangue no homogeneizador por alguns minutos. No aparelho, deve ajustar o sexo

e o número de cadastro do paciente. Após isso, deve-se mergulhar a agulha de sucção no tubo,

para que aspire o sangue e faça a leitura dos parâmetros indicados. Após a sucção do sangue os

resultados são visualizados. O analisador de sangue utiliza três reagentes de funcionamento.

São eles:

HC-CLEANER – solução de limpeza utilizada no contínuo processo de limpeza do

sistema fluídico do equipamento. Ele é composto por sulfato de sódio a 0,8% (Na2SO4),

fosfato de sódio a 0,5% (Na3PO4), cloreto de sódio a 0,3% (NaCl), enzimas proteolíticas

a 0,8%, corante Sky blue a 0,002% e conservantes a 0,1%.

HC-DILUENT – reagente utilizado na calibração e manuseio do equipamento. É uma

solução isotônica usada para diluir amostras de sangue total. É composto por sulfato de

sódio a 1% (Na2SO4), fosfato inorgânico tamponado <0,6%, cloreto de sódio a 0,3%

(NaCl) e estabilizantes.

HC-LYSE – reagente utilizado na calibração e manuseio do equipamento. É livre de

cianeto, usado para preparar sangue lisado para as medidas de leucócitos e

hemoglobina. É composto por sais de amônio quartenários a 3,5% e surfactantes

<0,05%.

Como se sabe, a hematologia é a parte das análises clínicas destinada à observação e

quantificação dos elementos sanguíneos. No laboratório os exames que se realizam nessa área

são: hemograma, grupo sanguíneo, coagulograma e velocidade de hemossedimentação.

Page 24: MODELO DE RELATÓRIO 2014

24

6.1. Hemograma (HC)

O hemograma é o exame clínico que quantifica as mais variadas células sanguíneas. Quando o

equipamento apresenta flags (erros) ou mostra valores alterados para mais ou para menos, faz-

se a lâmina do paciente. O sangue deve ser homogeneizado bem antes de ser passado no

aparelho.

Fig. 07 – Homogeneizador de sangue.

O hemograma é dividido basicamente em três partes: eritrograma, leucograma e

plaquetograma.

6.1.1. Eritrograma

É a parte do hemograma que visa à observação e quantificação das células vermelhas do sangue

(hemácias). De acordo com VIVAS (2010), constitui o estudo das células da série vermelha,

revelando tipos essenciais de alterações patológicas. Os parâmetros observados no eritrograma

são:

o número de eritrócitos (hemácias) em cada 1,0 µL de sangue;

quantidade de hemoglobina em cada 1,0 dL de sangue;

porcentagem de hematócrito;

tamanho médio dos hematócritos em fL (fenolitros);

quantidade média de hemoglobina em cada hematócrito em pc (picogramas);

concentração média de hemoglobina em 100 mL de eritrócitos em g/dL;

índice de variação do tamanho dos eritrócitos, que é quantificado, quanto à ocorrência,

em (+), (++) ou (+++).

O homogeneizador tem um movimento

contínuo, do tipo thundeler-burgger, para

frente e para trás, sendo capaz de

homogeneizar o sangue de maneira uniforme

pelo tempo que for necessário.

Page 25: MODELO DE RELATÓRIO 2014

25

6.1.2. Leucograma

Sendo o estudo das células da série branca, compreende a contagem global e específica dos

leucócitos, além do estudo qualitativo. Os parâmetros observados no leucograma são:

o número de leucócitos em cada 1,0 µL de sangue;

quantificação de várias células brancas: linfócito, monócito, neutrófilo (segmentado),

eosinófilo, metamielócitos, basófilos e bastonetes (segmentados jovens) etc.

6.1.3. Plaquetograma

Determina-se o número de plaquetas em cada 1,0 µL de sangue. Há índices como

plaquetócritos, por exemplo, que são apenas diagnosticados por equipamentos muito

sofisticados. Depois de homogeneizado, o analista programa o sexo e o número do paciente.

Feito isso, coloca o sangue para ser aspirado por uma haste metálica que sai do interior do

aparelho. Começa a análise, que dura em torno de 2 minutos para cada amostra. Quando a

análise da amostra termina o aparelho mostra uma interface semelhante à mostrada abaixo.

Fig. 08 – Resultado de hemograma no contador hematológico.

Page 26: MODELO DE RELATÓRIO 2014

26

É baseado nos dados mostrados na tela do aparelho e em alguns cálculos que os técnicos podem

lançar os resultados e tirar conclusões sobre os valores reais e suas alterações (quando houver).

De acordo o que mostra a figura, há gráficos com o pico de concentração plasmática de

leucócitos (WBC) e de hemácias (RBC), ao lado esquerdo. Do lado direito há o código do

paciente (3584), o sexo (fem (adulto)), a data do exame (04/10/2012) e a hora em que o

hemograma foi feito (10:17). Ainda do lado direito, na parte inferior, há as quantificações, as

quais estão transcritas na tabela abaixo, para melhor visualização dos valores. À essas

quantificações dá-se o nome de parâmetros. Os mesmos foram transcritos para a tabela abaixo

para melhor visualização.

Tabela 02: Parâmetros e índices hematimétricos (baseados na figura 08)

WBC 6,94 MCH 28,3

RBC 5,13+ MCHC 38,2+

HGB 14,5 PLT 114-

HCT 37.9 LY% 31,0

MCV 74- MI% 6,1

RDWc 12,0 GR% 62,9

É sabido que, quando há sinais (+) e/ou (-) no hemograma há alguma anormalidade no

parâmetro. Deve-e repetir o hemograma, adicionando um ‘ponto’ ao fim do número do paciente

para identificar a repetição. (Ex.: 3584.). Alguns parâmetros podem ser calculados pelo

analista; isso possibilita que ele tenha previamente um valor que permite dizer se os resultados

mostrados no aparelho estão realmente corretos. Isso é muito útil quando não se tem uma tabela

de referências no local no momento. Os valores encontrados para MCV, MCH e MCHC podem

ser determinados por cálculos. Deve-se observar que sempre haverá uma margem de erro entre

o aparelho e o cálculo do técnico. Esses parâmetros são chamados de índices hematimétricos.

Cálculo do VCM

VCM = (HCT : HEM) x 10

Pela fórmula, o volume corpuscular médio da hemácia é dado pela razão entre o valor de

hematócrito e o das hemácias multiplicado por 10. Voltando à tabela, viu-se que o VCM da

paciente deu 74-. Pelo cálculo têm-se:

Page 27: MODELO DE RELATÓRIO 2014

27

VCM = (37,9 : 5,13) x 10

VCM = 73 fL

O valor do cálculo foi bem próximo do valor do equipamento. Como o parâmetro está

diminuído, o equipamento mostra o sinal negativo.

Cálculo do HCM

HCM = (HGB : HEM) x 10

Pela fórmula, o volume corpuscular médio de hemoglobina é dado pela razão entre o valor de

hemoglobina e o das hemácias multiplicado por 10). O valor de HCM da paciente foi 28,2+ pg.

Pelo cálculo têm-se:

HCM = (14,5 : HEM) x 10

HCM = 28 pg

O valor foi bem próximo do valor do aparelho, que gera o sinal (+) pelo parâmetro estar

aumentado.

Cálculo do MCHC

MCHC = (HGB : HCT) x 100

A concentração de hemoglobina corpuscular média da paciente foi 38,2+ g / dL. O valor é dado

pela razão entre a quantidade de hemoglobina e a quantidade de hematócrito multiplicada por

100. Pela fórmula, têm-se:

MCHC = (14,5 : 37,9) x 100

MCHC = 38,2 g / dL

O valor encontrado foi igual ao mostrado pelo aparelho. O sinal positivo indica que o valor está

aumentado.

Para que se possam comparar valores quando não se dispõe de fórmulas, deve-se ter em mãos

uma tabela de referências.

Page 28: MODELO DE RELATÓRIO 2014

28

Tabela 03: Valores de referência de hemograma para crianças

Até 1 mês 1 mês a 1 ano 2 a 4 anos 5 a 10 anos

Leucócitos 4300 – 19300/µL 6000 – 17500/µL 5500 – 16000/µL 4500 – 13500/µL

Eritrócitos 2,7 – 5,8

milhões/µL

3,1 – 5,6

milhões/ µL

3,3 – 5,6

milhões/µL

3,8 – 5,8

milhões/µL

Hemoglobina 10 – 18 g/dL 10 – 14 g/dL 10,5 – 14,5 g/dL 12 – 15 g/dL

Hematócrito 27,7 – 58,4% 27,8 – 41,4% 29,5 – 41,3% 34,1 – 43,8%

MCV 86 – 120 fL 74 – 89 fL 74 – 90 fL 6 – 91 fL

MCH 31 – 37 pg 25 – 32 pg 26 – 32 pg 26 – 32 pg

MCHC 30,8 – 36 g/dL 33,8 – 36 g/dL 33,8 – 36 g/dL 33,8 – 36 g/dL

PLT 250 000 – 500 000

mm³

200 000 – 500 000

mm³

200 000 – 500 000

mm³

140 000 – 400 000

mm³

Metamielócitos 0 – 193/µL 0 – 175/µL 0 – 160/µL 0 – 135/µL

Bastonetes 129 – 1158/µL 180 – 1050/µL 165 – 960/µL 135 – 810/µL

Segmentados 1032 – 13703/µL 1140 – 5075/µL 1430 – 5760/µL 1935 – 7155/µL

Neutrófilos 1161 – 15054/µL 1320 – 6300/µL 1595 – 6680/µL 2070 – 8100/µL

Eosinófilos 0 – 772/µL 60 – 700/µL 55 – 650/µL 45 – 450/µL

Basófilos 0 – 193/µL 0 – 175/µL 0 160/µL 0 – 135/µL

Linfócitos 645 – 12545/µL 3420 – 11725/µL 2695 – 9760/µL 1440 – 5940/µL

Monócitos 86 – 1544/µL 240 – 1400/µL 220 – 1280/µL 180 – 1080/µL

*fonte: guia de interpretação de exames, vol.lll; p.27 – portal da educação.

Tabela 04: Valores de referência de hemograma para adolescentes e adultos

11 a 15 anos Homens Mulheres

Leucócitos 4500 – 13500/µL 5000 - 10000/µL 5000 - 10000/µL

Eritrócitos 3,9 – 5,9

milhões/µL

4,5 – 6,7

milhões/µL

3,9 – 5,9

milhões/µL

Hemoglobina 12 – 16 g/dL 13 – 18 g/dL 12 – 16 g/dL

Hematócrito 35,6 – 48,6% 41,5 – 54,7% 35,6 – 48,6%

MCV 82 – 92 fL 82 – 92 fL 82 – 92 fL

MCH 27 – 31 pc 27 – 31 pc 27 – 31 pc

MCHC 32,9 – 36 g/dL 32,9 – 36 g/dL 32,9 – 36 g/dL

PLT 150 000 – 400 000

mm³

150 000 – 400 000

mm³

150 000 – 400 000

mm³

Page 29: MODELO DE RELATÓRIO 2014

29

Metamielócitos 0 – 135/µL 0 - 100/µL 0 - 100/µL

Bastonetes 135 - 810/µL 150 - 600/µL 150 - 600/µL

Segmentados 1935 -7155 2750 - 6500/µL 2750 - 6500/µL

Neutrófilos 2070 – 8100/µL 2900 - 7200/µL 2900 - 7200/µL

Eosinófilos 45 - 540/µL 55 - 220/µL 55 - 220/µL

Basófilos 0 - 135/µL 0 - 100/µL 0 - 100/µL

Linfócitos 1440 - 1080/µL 1000 - 3200/µL 1000 - 3200/µL

Monócitos 180 - 1080/µL 200 - 800/µL 200 - 800/µL

*fonte: guia de interpretação de exames, vol.lll; p.27 – portal da educação.

6.2. Elementos do Sangue

Como já foi mencionado, o sangue é basicamente formado por células vermelhas, células

brancas e plaquetas. As hemácias são responsáveis pelo transporte de oxigênio para os órgãos e

tecidos. Os leucócitos são responsáveis pela defesa imunológica do organismo. As plaquetas

são responsáveis pela coagulação do sangue (em outras palavras, pelas cicatrizações e

regenerações).

6.2.1. Eritrócitos (Hemácias / RBC)

Hemácias são células anucleadas e com formato de disco bicôncavo, com cor variando entre

rosada e vermelha, dependendo da concentração de hemoglobina. As células vermelhas,

quando não apresentam alterações nem quanto à forma nem quanto à pigmentação recebem o

nome de hemácias normocíticas e normocrômicas. Quando estão em quantidade além do

normal indica ocorrência de eritrocitose (ou policitemia). Quando estão abaixo do normal

caracteriza uma eritroblastemia. As hemácias variam quanto ao tamanho, o que é medido pelo

valor de VCM (Volume Corpuscular Médio). Quando a hemácia está muito grande é chamada

macrocítica. E, quando está muito pequena, microcítica. As hemácias variam quanto à

pigmentação característica. A concentração de hemoglobina é que determina a coloração da

hemácia. Essa característica depende do valor de CHCM (Concentração de Hemoglobina

Corpuscular Média). Quando a hemácia está com coloração muito intensa é chamada

hipercrômica. Quando sua coloração está muito clara, é chamada hipocrômica. Pode até

Page 30: MODELO DE RELATÓRIO 2014

30

mesmo serem indícios de uma anemia aguda. Deve-se lembrar de que os valores de VCM e

HCM irão variar com a idade do paciente. Abaixo, encontram-se imagens ilustrativas dos

eritrócitos em algumas das condições mencionadas acima.

Fig. 09 – Hemácias normocíticas e normocrômicas.

Fonte: http://heloisagallo.site.med.br/index.asp?PageName=Sangue

Fig. 10 – Hemácias macrocíticas e hipocrômicas.

Fonte: http://www.icb.usp.br/mol/10-2-sangue2.html

Fig. 11 – Hemácias macrocíticas e hipercômicas.

Fonte: http://www.ciencianews.com.br/doencaeritro/Principais%20Alt.%20Morf%20eritr.%20-

%206/althemog.htm

Page 31: MODELO DE RELATÓRIO 2014

31

6.2.2. Hemoglobina (HGB)

A hemoglobina é uma proteína presente no interior dos eritrócitos e eventualmente ligada a

outras proteínas plasmáticas (quando há destruição dos eritrócitos). É responsável por 97% da

composição da hemácia (desconsiderando a água) e 35% (considerando a água). É o pigmento

responsável pela coloração das mesmas, e forma um complexo químico conjugado cuja

substância central é a Heme. A Heme tem o ferro (II), Fe2+

, como átomo principal, em seu

centro (cuja carência acarreta à anemia). Está ligado a cadeias peptídicas chamas globinas.

Essa substância é mostrada abaixo, na figura 12.

Fig. 12 – Grupo Heme.

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Heme_b.png

Quando há a união de quatro grupos Heme e quatro cadeias de globina resulta na formação de

uma molécula de hemoglobina. Quando o paciente possui a taxa de hemoglobina baixa há

grandes de chances de ter adquirido uma anemia, que se torna tanto mais agudo quanto mais

baixo for o nível da proteína, acarretando até mesmo uma leucemia. Conforme citado, quando

há carência de hemoglobina as hemácias se tornam cada vez mais hipocômicas.

É interessante ressaltar que a bilirrubina é o principal produto do metabolismo da Heme na

hemoglobina. Cerca de 80% da bilirrubina são provenientes da destruição de eritrócitos velhos

ou defeituosos.

Page 32: MODELO DE RELATÓRIO 2014

32

Fig. 13 – Estrutura química da bilirrubina.

Fonte: http://www.infoescola.com/bioquimica/bilirrubina/

6.2.3. Hematócrito (HCT)

Conforme já mencionado, o hematócrito corresponde à porção sólida do sangue, ou seja,

eritrócitos, leucócitos e trombócitos. Sua quantificação é expressa em porcentagem.

6.2.4*. Leucócitos (WBC)

Chamamos de leucócitos todas as células da série branca, aquela responsável pela defesa

imunológica do organismo. Quando têm-se valores aumentados de leucócitos há uma

leucocitose. Alguns casos do aumento dos leucócitos são: recém-nascidos, puberdade,

gravidez, infecções, partos etc. Quando o nível de leucócitos está muito baixo há uma

leucopenia. Algumas das causas da leucopenia são: depressão, moléstias parasitárias, alteração

na distribuição dos leucócitos etc. Vários são os leucócitos:

6.2.5. Linfócitos (LYN)

São leucócitos que podem ser classificados como grandes ou pequenos. Seu citoplasma não

apresenta granulações e, por isso, são chamados de agranulócitos. Seu núcleo ocupa quase toda

a porção do citoplasma, e representam cerca de 20 a 30% das células brancas do sangue.

Fig. 14 – Linfócito. Fonte: guia de interpretação de

exames, vol.lll; p. 162 – portal da educação.

Page 33: MODELO DE RELATÓRIO 2014

33

6.2.6. Monócitos

São os maiores leucócitos do sangue. Assim como os linfócitos, são agranulócitos. Possuem

citoplasma azul-acinzentado. Seu núcleo é grande e sem segmentação.

Fig. 15 – Monócito.

Fonte: guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 162 – portal da educação.

6.2.7. Neutrófilos

São os leucócitos mais numerosos na circulação sanguínea, sendo que correspondem a mais de

60%. Possuem núcleo segmentado e, em seu citoplasma, são observadas pequenas granulações

de coloração avermelhada. Ele e os demais leucócitos (salvo linfócitos e monócitos) são

granulócitos.

Fig. 14 – Neutrófilo. Fonte: http://www.infoescola.com/citologia/neutrofilos/

Page 34: MODELO DE RELATÓRIO 2014

34

6.2.8. Eosinófilos

São um pouco maiores que os neutrófilos. Seu núcleo é segmentado e possui granulações no

citoplasma, esféricas e de contorno nítido. As granulações são alaranjadas ou avermelhadas.

Fig. 16 – Eosinófilo.

Fonte: guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 161 – portal da educação.

6.2.9. Mielócitos

Possui um núcleo frequentemente excêntrico, onde a cromatina se evidencia; há uma

aglomeração de nucléolos.

Fig. 17 – Mielócito.

Fonte: guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 160 – portal da educação.

Page 35: MODELO DE RELATÓRIO 2014

35

6.2.10. Metamielócitos

O núcleo possui cromatina disposta em grossos aglomerados. As granulações são maiores e

mais visíveis.

Fig. 18 – Metamielócito.

Fonte: guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 160 – portal da educação.

6.2.11. Basófilos

São os leucócitos mais raros. Apresentam núcleo segmentado e citoplasma com granulações

específicas, que se tornam violetas quando coradas.

Fig. 19 – Basófilo.

Fonte: guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 161 – portal da educação.

6.2.12. Bastonetes

Possui núcleo alongado como uma salsicha ou recurvado. A cromatina é intensamente

aglomerada. O citoplasma é roxo e possui finas granulações.

Page 36: MODELO DE RELATÓRIO 2014

36

Fig. 20 – Bastonete.

Fonte: guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 161 – portal da educação.

6.2.13. Segmentados

Parecem ter o núcleo totalmente granulado. Possuem aglomerações grossas e específicas.

Fig. 21 – Segmentado.

Fonte: guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 161 – portal da educação.

6.2.14. Trombócitos

São as plaquetas, responsáveis pela coagulação sanguínea. Está presente no sangue que é

formado na medula óssea. A sua principal função é a formação de coágulos. Uma pessoa

normal tem entre 150.000 e 400.000 plaquetas por milímetro cúbico de sangue. Sua

diminuição ou disfunção pode levar a sangramentos, assim como seu aumento pode

aumentar o risco de trombose. Trombocitopenia (ou plaquetopenia) é a diminuição do

Page 37: MODELO DE RELATÓRIO 2014

37

número de plaquetas no sangue. Trombocitose (ou plaquetose) é o aumento do número de

plaquetas no sangue.

Fig. 22 – Plaquetas normais (pontos pequenos).

Fonte: guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 172 – portal da educação.

Fig. 23 – Plaquetas gigantes (VPM alto) (pontos pequenos).

Fonte: guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 172 – portal da educação.

6.3. Preparo de Lâminas

Quando o aparelho mostra alterações ou quando a clínica do paciente não condiz com o

resultado apresentado, faz-se a lâmina, para observações e verificações. A contagem passa,

então, a ser manual. Inicialmente homogeneíza-se novamente o sangue do paciente. Em

seguida, coloca-se uma gota do sangue sobre uma lâmina previamente limpa com gaze

hidrofílica (quanto menor a quantidade de sangue melhor será a visualização). Deve-se iniciar o

procedimento para espalhar o sangue sobre a lâmina: o esfregaço. O sangue é “empurrado”

sobre a lâmina com o auxílio de uma lâmina mais grossa de bordas chanfradas, a extensora.

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38

Deve-se manter a extensora a 45° e realizar o esfregaço rapidamente, conforme ilustrado na

figura abaixo:

Fig. 24/25 – Exemplificação da execução do esfregaço.

Fonte: http://biomedicoscopia.blogspot.com.br/2012/06/um-bom-estiraco-sanguineo.html

Após a confecção do esfregaço escreve-se o código do paciente na parte superior da lâmina

utilizando um lápis dermatográfico azul. A lâmina fica secando por alguns minutos, até o

momento de ser corada. Os corantes hematológicos, na verdade, recebem o nome de quem os

desenvolveu através de pesquisas. Eles são preparados utilizando o metanol como solvente. O

procedimento de preparo da lâmina é divido em três partes: fixação, coloração e lavagem.

Atualmente mesclou-se a metodologia dos corantes em apenas uma. Esse método é o

Leishman (ou May-Grunwald-Giemsa), que é o mesmo utilizado no laboratório onde se

procedeu ao estágio. Quando o esfregaço seca as lâminas são colocadas dentro de um frasco

com ranhuras internas, contendo soluções denominadas corantes rápidos de hematologia. A

lâmina deve ficar no mínimo 40 segundos dentro do corante, para que o mesmo se fixe às

células de maneira eficiente. As lâminas são colocadas no corante intitulado rápido 1 (azul),

depois são retiradas e colocadas no corante rápido 2 (alaranjado) e, por último, no corante

rápido 3 (roxo). Somente após serem retiradas do corante 3 as lâminas são lavadas sob água

corrente. Depois são postas para secar em um local apropriado até a hora da observação.

Fig. 26 – Corantes hematológicos.

Page 39: MODELO DE RELATÓRIO 2014

39

Conforme foi dito, as lâminas coradas são postas para secar antes da observação. Elas são

colocadas com inclinação de 45° num suporte apropriado de madeira, conforme ilustra a figura

27, abaixo. Se acontecer de o esfregaço sair errado, a lâmina deve ser desprezada em um

recipiente com água e hipoclorito, que fica na bancada.

Fig. 27 – Lâminas coradas.

Os corantes de hematologia são soluções químicas alcoólicas que permitem uma coloração

rápida sendo, portanto, chamados de panóticos. Sua composição é dada abaixo.

Rápido 1: é uma solução azulada de trifenilmetano. Também é chamada tritano.

Sua nomenclatura oficial é 1,1’,1” – trifenilmetano.

Fig. 28 – Estrutura química do corante rápido 1.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Trifenilmetano

Page 40: MODELO DE RELATÓRIO 2014

40

Rápido 2: é uma solução alaranjada de xanteno. Seu nome IUPAC é 9-H-xanteno, 10-

H-9-oxaantraceno.

Fig. 29 – Estrutura química do corante rápido 2.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Xanteno

Rápido 3: é uma solução roxo-azulada de fenotiazina. É oficialmente conhecida como

tiodifenilamina ou dibenzoparatiazina.

Fig. 30 – Estrutura química do corante rápido 3.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fenotiazina

Os corantes não podem ficar abertos tempo demais, apenas o necessário, pois são voláteis,

mesmo que lentamente. Terminado o procedimento de corar lâmina, e passado pelo menos 01

hora de secagem, pode-se iniciar a fase de contagem das células.

6.4. Contagem Diferencial de Células Leucocitárias

Várias das células citadas anteriormente (antigamente contada sobre câmara de Newbauer)

atualmente são contadas ao microscópio, e usa-se um contador diferencial de células. No

laboratório a contagem diferencial é feita de maneira semiautomática. A contagem global e

diferencial, segundo alguns autores, é a principal informação fornecida na análise da série

branca e, a mesma deve ser feita com o auxílio de um bom microscópio.

É de grande importância o conhecimento das partes do microscópio e suas funções, pois ele é

largamente utilizado durante a rotina de análises em um laboratório.

Page 41: MODELO DE RELATÓRIO 2014

41

Fig. 31 – Microscópio binocular.

É muito importante saber utilizar o microscópio, pois é uma ferramenta de potencial e

indispensável à contagem celular na hematologia. Deve-se conhecer seus elementos e como

ajustar o foco de suas lentes para o trabalho. Abaixo, as partes do microscópio binocular óptico.

O microscópio binocular é utilizado tanto na

hematologia quanto na urinálise, mas deve haver

um para cada área. Na hematologia ele é utilizado

em conjunto com o contador diferencial de células,

que lê oito parâmetros de células brancas. A

visualização é feita na última objetiva (‘branca’),

utilizando óleo de imersão. O óleo facilita a

visualização e condensação das células

previamente coradas em lâminas. Para chegar à

objetiva ‘branca’ deve-se começar na menor

(‘vermelha’) e ir localizando o foco em cada uma.

A – Oculares: são os canais por

onde observamos as lâminas. São

formados por 6 a 8 lentes

sobrepostas.

B – Revólver: peça giratória que

sustenta as lentes chamadas

objetivas.

C – Braço: serve de suporte ao

canhão (ou tubo), que sustenta o

revólver.

Fig. 32 – Partes do microscópio. Fonte:

http://dc261.4shared.com/doc/9UBT_sUS/pr

eview.html

Page 42: MODELO DE RELATÓRIO 2014

42

D – Charriot: movimenta a lâmina de um lado para o outro, tanto em sentido longitudinal

quanto transversal.

E – Parafuso Macrométrico: responsável pelos movimentos verticais da platina, rápidos e

com grande amplitude.

F – Parafuso Micrométrico: responsável pelos movimentos verticais da platina, pequenos e

de pequena amplitude, permitindo aperfeiçoar o foco.

G – Liga/ Desliga: permite ligar e desligar a luz.

H – Base: dá apoio a todos as partes do microscópio.

I – Espelho ou lâmpada: Permite a passagem de luz.

J – Condensador: promove uma iluminação uniforme.

K – Regulador do Charriot: fuso que permite o deslocamento da lâmina para frente e para

trás, para a direita e para a esquerda.

L – Platina: é onde se apoia a lâmina quer será observada.

M – Objetivas: são as lentes que se prendem ao revólver. São compostas por 4 a 6 lente

sobrepostas.

O maior desafio antes da observação ao microscópio é a focalização das objetivas. Deve-se

iniciar pela objetiva menor e ir para a de maior aumento, sempre após encontrar o foco da

anterior. As objetivas, em ordem crescente de aumento, são:

‘vermelha’ – 4x/0.10

‘amarela’ – 10x/0.25

‘azul’ – 40x/0.65

‘branca’ – 100x/1.25

Quando se atinge a objetiva que aumenta 100 vezes mais, usa-se o óleo de imersão, que facilita

e torna mais translúcida a visualização das células. Não é necessário o uso de lamínulas.

Ajustado o foco, deve-se ligar o contador diferencial de células. À medida que as células forem

sendo vistas nos campos da lãmina, o analista deve ir apertando o botão do aparelho que

Page 43: MODELO DE RELATÓRIO 2014

43

corresponde àquela célula. Quando houver sido atingido o total de 100 células contadas o

aparelho irá emitir um sinal sonoro, finalizando a contagem.

Fig. 33 – Contador diferencial de células BENFER CC900.

O contador diferencial é capaz de realizar a contagem de 8 tipos diferentes de células:

basófilos, eosinófilos, metamielócitos, bastonetes, granulócitos, linfócitos, monócitos e

mielócitos. Cada vez que é visualizada uma célula de série branca ao microscópio, deve-se

apertar a tecla correspondente à célula o número de vezes que ela aparecer no mesmo campo.

6.5. Grupos Sanguíneos e Fator Rh (GS + Rh)

Quando o clínico solicita esse exame, tem o objetivo de identificar qual é o tipo sanguíneo do

paciente. O exame de grupo sanguíneo é feito com o sangue não centrifugado, contendo EDTA.

Devem-se separar duas lâminas. Primeiramente elas devem ser limpas com gaze hidrofílica.

Em seguida deve-se utilizar uma micropipeta com volume 50 µL da amostra de sangue, e

dispô-las nas placas conforme a ilustração abaixo.

Fig. 34 – Preparo de lâmina para teste de Gs + Rh.

Page 44: MODELO DE RELATÓRIO 2014

44

Na figura acima, o poço A representa o grupo sanguíneo A; o poço B representa o grupo

sanguíneo B. Já o poço D é o que indicará o fator Rh, ou seja, se o grupo A, B ou AB será (+)

ou (–). Para realizar o exame basta adicionar uma gota do reagente específico em cada poço.

(*os reagentes devem ser acondicionados na geladeira).

Fig. 35 – Reagentes para determinação de grupo sanguíneo + fator Rh.

Os reagentes para a determinação são antígenos, ou seja, irão aglutinar a amostra de sangue que

contiver os mesmos antígenos, revelando assim o grupo sanguíneo. Essas substâncias de

determinação são chamadas anticorpos monoclonais murinos. O sistema ABO, segundo os

fabricantes dos soroclones murinos, é o mais importante sistema de classificação sanguínea

existente. A determinação é feita através da identificação de antígenos na membrana

eritrocitária. Quando há aglutinação do poço de sangue pelo reagente usado significa que o

paciente tem aquele grupo sanguíneo. Caso não haja aglutinação significa que ele não tem

aqueles antígenos. Deve-se pingar 1 gota do reagente A sobre o poço A, 1 gota de B sobre o

poço B e 1 gota de D sobre o poço D. Homogeneizar. Se aglutinar em A o paciente é tipo A; se

aglutinar em B o paciente é tipo B; se aglutinar em A e B o paciente é tipo AB; caso não haja

aglutinação em nenhum dos dois, o pacientes é tipo O. Se houver aglutinação em D o paciente

tem fator Rh (+); se não houver aglutinação em D o paciente tem fator Rh (–). Quando

acontece de o paciente ter fator Rh negativo deve-se realizar a pesquisa do fator Du. O fator

Du serve para a confirmação do fator Rh negativo (uma vez que sangues do tipo negativo (-)

são raros).

Page 45: MODELO DE RELATÓRIO 2014

45

Pesquisa de Du

Primeiramente, deve-se preparar uma ‘suspensão de hemácias’ a 5%. Para isso, devem-se

seguir os seguintes passos:

centrifugar o sangue;

desprezar o plasma;

lavar hemácias com solução salina (cloreto de sódio – NaCl – 0,9%) 3 vezes;

centrifugar por 5 minutos;

desprezar o sobrenadante;

colocar em um tubo com 1000 µL (1 mL) de salina;

pipetar 50 µL da suspensão de hemácias;

Depois de feita a suspensão:

num tubo, colocar 200 µL da suspensão e adicionar 2 gotas do reagente Anti-D;

incubar em banho-maria a 37°C por 30 minutos;

retirar do banho-maria e adicionar 2 gotas de Soro Coombs;

centrifugar por 5 minutos.

Após essa série de procedimentos deve-se observar o tubo. Se houver aglutinação têm-se Du

+ e

se não houver aglutinação, Du –. Se o fator der negativo comprova o teste de Rh realizado

anteriormente.

6.6. Velocidade de Hemossedimentação (VHS)

A hemossedimentação, segundo um dos manuais de hematologia do laboratório, consiste na

medida da velocidade com que as hemácias se sedimentam dentro da pipeta de Westergreen.

De acordo com alguns guias de interpretação de exames, a VHS reflete os resultados entre as

forças envolvidas no movimento de sedimentação das hemácias e os mecanismos oponentes

exercidos por substâncias plasmáticas, principalmente o fibrinogênio. A presença de processos

inflamatórios favorece a hemossedimentação. A técnica consiste em pipetar o sangue do tubo

de ensaio com sangue não centrifugado e previamente homogeneizado. Após a pipetagem (com

pêra de borracha), devem-se limpar as bordas da pipeta e encaixá-la no suporte de

Westergreen. A pipeta é graduada em milímetros, e a leitura é feita após 1 hora. Abaixo, um

exemplo da realização da VHS (método Westergreen)

Page 46: MODELO DE RELATÓRIO 2014

46

Fig. 36 – Exame de VHS.

Valores elevados da VHS podem significar infecções bacterianas, hepatites agudas, processos

inflamatórios agudos, artrite reumatoide, anemias graves, leucemias, disfunção da tireoide etc.

Já valores muito baixos da VHS podem significar lesões hepáticas graves, insuficiência

cardíaca, microcitose, hemoglobinopatia, policetemia etc.

6.7. Coagulograma (COAG)

O aparelho utilizado no coagulograma é um coagulômetro óptico monocanal para a

determinação dos parâmetros da hemostasia (cascata de coagulação) em plasma citratado.

O suporte ao lado, que está com duas

pipetas, ainda comporta mais oito

amostras para a realização do exame.

Segundo alguns autores a referência

da VHS para homens entre 17 e 50

anos é de 1 a 7 mm. Para homens

acima de 50 anos é de 2 a 10 mm.

No caso das mulheres, de 13 a 50

anos é 3 a 9 mm e para mulheres

acima de 50 anos é 5 a 15 mm. A

VHS aumenta com o aumento da

idade.

Fig. 37 – Coagulômetro HUMAN CLOT Jr.

Page 47: MODELO DE RELATÓRIO 2014

47

O método utilizado é o coagulométrico (Quick Automatizado). O coagulograma é o conjunto

de exames que requer a maior precisão e atenção dentro do laboratório, na área de hematologia,

pois seus resultados servirão de parâmetros para avaliação médica em procedimentos pré-

operatórios. Os exames de coagulograma irão fornecer dados sobre a hemostasia, ou seja, a

capacidade de ‘parar’ o sangramento e iniciar o reparo tecidual, logo, estão relacionados às

características fisiológicas de coagulação do sangue. O material utilizado é o plasma citratado,

previamente centrifugado. Há quatro exames principais que são solicitados: TP, AP, TTPA e

RNI (juntos ou individualmente). Mas há métodos que foram se tornando obsoletos, porém,

ainda são utilizados em alguns laboratórios rudimentares, como a Contagem de Plaquetas

(Método de Brecher-Cronkite), pois já é fornecida a quantidade no hemograma, Prova do

Laço (Método de Rumpel-Leed), o Tempo de Sangria (Método de Duke) e o Tempo de

Coagulação (Método de Lee-White).

6.7.1. Tempo de Protombina (TP) / Tempo de Atividade Protombina (TAP)

O tempo de protombina consiste na determinação do tempo (em segundos) de coagulação de

um plasma citratado. Ao plasma descalcificado (retirada de cálcio) é adicionado um excesso de

tromboplastina. Considerando que a protombina se converte em trombina em um tempo

uniforme, a recalcificação (promovida pelo reagente de CaCl2) produz a coagulação do plasma.

O valor dado corresponde ao TP. O Tempo de Protombina considerado normal está entre 10 e

14 segundos.

* Importante: a coleta do sangue para exames de COAG deve ser feita no braço levemente

garroteado. Quando se aproximar o fim da coleta deve-se retirar o garrote. O anticoagulante

citrato deve ser pingado no tubo (usar tubo de vidro) no momento da coleta e, o sangue da

seringa deve ter o final desprezado em local adequado. O material deve ser centrifugado até que

o plasma esteja visivelmente separado da parte celular.

6.7.2. Atividade de Protombina (AP)

A atividade de protombina irá medir o percentual de ação da coagulação baseando-se na

concentração de protombina. Valores considerados bons para AP estão entre 70 e 120%.

Page 48: MODELO DE RELATÓRIO 2014

48

6.7.3. Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPA)

O teste de TTPA consiste na determinação do tempo (em segundos) de coagulação do plasma

citratado após a adição dos reagentes que contém um ativador plasmático (ácido elágico) e

fosfolipídeos, que irão atuar como substituintes das plaquetas. Valores considerados bons estão

entre 20 e 30 segundos (pessoas sadias) e 24 e 45 segundos (pessoas que utilizam medicação

anticoagulante)*.

*Há anticoagulantes que são medicamentos, com finalidade de impedir a trombose. Ex.:

Enoxaparina (Clexane), Varfarina (Marevan), Heparina, entre outros.

6.7.4. Relação Normalizada Internacional (RNI)

A RNI é uma derivada do TP. É solicitado, portanto, junto ao TP quando pacientes utilizam

anticoagulantes orais. A RNI é um exame que visa padronizar os resultados do TP, pois pode

haver variações inerentes ao método e ao reagente utilizado neste último exame. Pacientes que

fazem uso de anticoagulantes orais devem fazer o exame de TP juntamente com a RNI de

forma periódica (o ideal é que seja pelo menos mensal). Os valores podem se elevar nas

seguintes situações (além do uso dos anticoagulantes): deficiência da vitamina K (em casos de

anorexia, má absorção intestinal, destruição da flora bacteriana intestinal por antibióticos),

insuficiência hepática, elevações graves do colesterol etc. Os valores podem estar

reduzidos com o uso de drogas de inibem os anticoagulantes (antiácidos, corticoides e

diuréticos) ou em pacientes com uma dieta rica em vitamina K. Os valores de RNI ideais

variam de acordo com a situação: entre 1,0 e 1,3 (pacientes sadios) e entre 2,0 e 3,0 (pacientes

em uso de medicação anticoagulante). Para a realização dos exames TP (TAP), AP, e RNI,

colocam-se as cuvetas nas câmaras do fotômetro. Cada uma das cuvetas menores (existem 08)

deve conter 25 µL de soro do paciente. Nas cuvetas maiores (existem 02) devem haver 50 µL

de reagente. Ajusta-se o aparelho para análise de TP e programam-se 180 segundos. Coloca-se

a cuveta com amostra no canal de leitura (situado entre as câmaras de reagentes) e, quando o

aparelho emitir um sinal sonoro, deve-se despejar o reagente. Deve-se aguardar a leitura dos

três exames, que é fornecida simultaneamente.

Tabela 05: Exames TP (TAP), AP e RNI

Amostra 25 µL

Reagente (Formador de Coágulo, CaCl2) 50 µL

Page 49: MODELO DE RELATÓRIO 2014

49

Para a realização do exame TTPA o procedimento é o mesmo, diferindo apenas nos reagentes e

suas dosagens.

Tabela 06: Exame TTPA

Amostra 25 µL

Reagente n° 1 (Ativador) 25 µL

Reagente n° 2 (Formador de Coágulo, CaCl2) 25 µL

Abaixo, uma síntese dos valores de referência para o coagulograma completo:

TP: 10 – 14 s

AP: 70 – 120%

RNI: 1,0 – 3,0 s (pessoas sadias) / 2,0 – 3,0 s (uso de anticoagulantes orais)

TTPA: 20 – 30 s (pessoas sadias) / 24 – 45 s (uso de anticoagulantes orais)

7. Bioquímica

A bioquímica é parte mais extensa e trabalhosa (e mais interessante) das análises clínicas, pois

compreende a maior parte dos exames que são realizados em qualquer laboratório. As práticas

de bioquímica requerem muita atenção, pois há detalhes que podem por os resultados a desejar

caso as etapas não sejam rigorosamente obedecidas. Esta área estuda mais intimamente a

química do metabolismo humano através de métodos específicos (os quais estão descritos nas

bulas dos reagentes). O foco da bioquímica, então, são as biomoléculas: carboidratos

(açúcares), lipídios (óleos e gorduras), ácidos nucleicos (DNA e RNA) e aminoácidos

(proteínas).

No laboratório onde se realizou o estágio os exames realizados são: glicose (jejum e pós-

prandial), colesterol total e suas frações (HDL e Triglicérides – sendo que VLDL e LDL são

determinados por cálculos), ureia, ácido úrico, fosfatase alcalina, proteínas totais, albumina,

TGO, TGP, creatinina e mucoproteínas. Na análise bioquímica uma coisa é igual para todos os

procedimentos: o paciente, em jejum, irá colher o sangue conforme os procedimentos citados

anteriormente. Os tubos da bancada são identificados com o número do paciente, mas o tubo

que contiver o soro ou plasma deve ser identificado com iniciais do nome e o número. O

sangue é pré-aquecido em banho-maria (36-37°C) antes de ser centrifugado.

Page 50: MODELO DE RELATÓRIO 2014

50

Fig. 38 – Sangue sendo colocado em banho.

A parte líquida é sempre pipetada e separada da parte celular que sedimentou durante a

centrifugação, e é colocada em tubos de plástico, identificados, numa estante diferente.

Costuma-se dizer que o sangue foi “sorado”.

Fig. 39 – Material “sorado” (soro/plasma)

Todos os exames bioquímicos são dosados no analisador bioquímico BIOPLUS 2000. Ele é um

fotômetro com leitura monocromática e bicromática com banda de 6 a 10 nm (nanômetros) e

Page 51: MODELO DE RELATÓRIO 2014

51

luz espúria de 0,01% T (transmitância), equipado com leitura de cuveta quadrada e capaz de

trabalhar com apenas 32 µL de amostra.

Fig. 40 – Analisador bioquímico BIOPLUS 2000.

Quase todas as dosagens possuem uma amostra chamada ‘branco’, a qual deve ser sempre lida

antes da amostra. O branco (B) corresponde a um tubo de ensaio apenas com o reagente. O

padrão é usado para o controle de linearidade dos resultados, e tem valores específicos para

cada dosagem. O tubo do padrão (P) deve conter apenas padrão + reagente. Já os tubos onde

foram utilizados soro ou plasma deverá conter reagente de trabalho + amostra do material.

Antes de utilizar o aparelho ele deve aquecer, e inicialmente ser lavado 10 vezes com água

deionizada pelo seu sistema de aspiração. Feito isso, ele deve ser reprogramado a cada

mudança do tipo de dosagem. É importante dizer que as dosagens bioquímicas, em sua maioria,

dependem de aquecimento em banho-maria para serem realizadas.

Page 52: MODELO DE RELATÓRIO 2014

52

Fig. 41 – Banho-maria sendo aquecido.

Aquecido o analisador bioquímico e preparadas as amostras, deve-se iniciar a formação das

matrizes bioquímicas, que serão dosadas quantitativamente.

7.1. Glicose (GLIC)

A Glicose (C6H12O6) é um importante carboidrato no metabolismo dos seres vivos. Os kits de

glicose contém um frasco com o reagente de trabalho e outro com o padrão de calibração, e

devem ser acondicionados em geladeiras entre 2°C e 8°C. O reagente n° 1 é aquele que

contém as enzimas: é formado por um tampão (pH=7,0) a 36 mmol L-1

, fenol a 10 mmol L-1

, 4-

aminoantipirina a 0,03 mmol L-1

, azida sódica a 7,7 mmol L-1

, glicose oxidase > 100,0 mg dL-1

e peroxidase > 700 U L-1

. O reagente n° 2 é o padrão, e é formado por glicose a 100,0 mg dL-1

(5,56 mmol L-1

) e conservantes.

7.1.1. Glicose em Jejum (GLIC-J)

Quando houver pós-prandial deve-se colocar “J” no tubo de glicose em jejum e “PP” ou “POS”

no outro tubo. O sangue será colocado em tubos de plástico (com tampa cinza) contendo o

anticoagulante fluoreto. A amostra, depois de homogeneizada será centrifugada até que a

Page 53: MODELO DE RELATÓRIO 2014

53

máxima quantidade de plasma seja separada. Realiza-se a glicemia sempre em duplicata, para

uma maior confiabilidade dos resultados.

Tabela 07: Exame Glicose

Método: Enzimático-Colorimétrico

GOD-PAP

Tubo Branco Tubo Padrão Tubo Teste

Reagente n° 1 (enzimas) 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL

Reagente n° 2 (padrão) - 10 µL -

Amostra - - 10 µL

Os tubos devem ser homogeneizados e incubados em banho-maria a 37ºC durante 10 min.

Aparecerá uma coloração estável por 30 minutos.

Fig. 42 – Exames de glicose sendo realizado.

Nesse teste a glicose é oxidada enzimaticamente pela glicose-oxidase (GOD) de acordo com a

reação:

glicose + O2 + H2O ácido glucônico + H2O2

Na segunda etapa da reação, o peróxido de hidrogênio, em presença da enzima peroxidase

(PAP), reage com a 4-aminoantipirina e fenol, formando um cromógeno vermelho cereja, cuja

intensidade da cor é proporcional à concentração de glicose. Essa coloração é a mesma

Page 54: MODELO DE RELATÓRIO 2014

54

mostrada na figura acima. Após retirar a glicose do banho, deve-se programar o aparelho para

sua dosagem. A cada intervalo entre as leituras das amostras deve-se ‘lavar’ o equipamento,

para evitar contaminação da próxima amostra e/ou entupimento da via de sucção. Após a

dosagem, o fotômetro imprime os resultados mostrados em seu visor. O limite de referência

para a glicose dosada no sangue é 70 – 110 mg dL-1

. A sua dosagem é um dos exames mais

solicitados pelos médicos, e serve para diagnosticar distúrbios nesse açúcar, que leva à

hipoglicemia (glicose diminuída) ou hiperglicemia (glicose elevada). Um dos problemas mais

frequentes envolvendo os carboidratos é o diabetes mellitus, que pode ser descrito como um

grupo de doenças metabólicas capazes de comprometer o sistema vascular e neural, levando

órgãos importantes a graves lesões.

7.1.2. Glicose Pós-Prandial (GLIC-PP)

A glicose pós-prandial é aquela colhida após a glicose jejum, porém, após a primeira coleta, o

paciente deve fazer um lanche reforçado, e ficar em repouso (sentado ou deitado) por 02 horas.

Após esse tempo ele retorna para colher o sangue novamente. O sangue é centrifugado e o

procedimento é repetido da mesma maneira que no exame de glicemia em jejum.

7.2. Colesterol Total (COL)

O colesterol é um dos lipídios encontrados nos tecidos animais, e desempenha funções

fisiológicas importantes, como a síntese de ácidos biliares, vitamina D e hormônios. Os kits de

colesterol devem ser armazenados em geladeiras, entre 2°C e 8°C. Eles contém o reagente n°

1, que é composto por um tampão (pH=7) a 75 mmol L-1

, fenol a 4,5 mmol L-1

, 4-

aminoantipirina a 0,3 mmol L-1

, colesterol oxidase > 200 U L-1

, lipoproteína lípase > 700 U L-1

,

peroxidase > 300 U L-1

, azida sódica 14,6 mmol L-1

, estabilizantes e surfactantes. O reagente

n° 2 é o padrão, que é formado por colesterol a 200,0 mg dL-1

, estabilizantes e solubilizantes. O

paciente tem o sangue coletado (sem anticoagulante), o qual é incubado em banho-maria a

37°C por alguns minutos. Em seguida é levado à centrífuga até que a maior porção do soro se

separe do sangue.

Page 55: MODELO DE RELATÓRIO 2014

55

Tabela 08: Exame Colesterol Total

Método: Enzimático-Colorimétrico

COD-PAP

Tubo Branco Tubo Padrão Tubo Teste

Reagente n° 1 (enzimas) 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL

Reagente n° 2 (padrão) - 10 µL -

Amostra - - 10 µL

Os tubos devem ser homogeneizados e incubados em banho-maria a 37°C durante 10 min.

Aparecerá uma coloração estável por 60 minutos, conforme mostrado na figura abaixo.

Fig. 43 – Exame colesterol total sendo realizado.

Na primeira fase reacional os ésteres de colesterol são catalisados pela enzima lípase, conforme

a reação:

ésteres de colesterol colesterol + ácidos graxos

Na segunda etapa o catalisador é a enzima colesterol oxidase:

colesterol + O2 colesterol-3-ona + H2O2

Na última etapa, a enzima peroxidase é a catalisadora, conforme mostrado abaixo:

2 H2O2 + fenol + 4-aminoantipirina cromógeno vermelho cereja + 4 H2O

Page 56: MODELO DE RELATÓRIO 2014

56

A intensidade da coloração é proporcional à concentração de colesterol na amostra. Quando o

colesterol total encontra-se < 200 mg dL-1

está ótimo; quando está entre 200 e 239 está no

limite tolerável; se for > 240 mg dL-1

está alto. A concentração de colesterol plasmático é

influenciada por caracteres hereditários, função endócrina, nutrição e integridade dos órgãos

vitais como fígado e rins. O colesterol muito elevado pode levar à obstrução das vias coronárias

e outros vasos sanguíneos (aterosclerose), dificultando a circulação do sangue. O colesterol

encontra-se aumentado em pacientes com diabetes, cirrose biliar, hipotiroidismo e

hiperlipoproteinemias. Encontra-se diminuído em pacientes com hepatites virais, pneumonia,

hipertiroidismo, anemia e desnutrição.

*Obs.: O cromógeno avermelhado formado nas reações é devido à presença de uma

substância chamada quinoneimina, cuja nomenclatura sistemática IUPAC-2001 é 2,6-

dicloroquinona-4-cloroimida.

Fig. 44 – Estrutura química da quinoneimina. Fonte: http://chemeo.com/cid/33-757-5

7.2.1. Frações do Colesterol

7.2.1.1. HDL

O HDL (High Density Lipoprotein), lipoproteínas de alta densidade, é o chamado bom

colesterol. As HDL são pequenas partículas constituídas de cerca de 50% de proteínas, 30% de

triglicerídeos e 20% de colesterol. Sua função é a de levar colesterol até o fígado, contribuindo

para a diminuição do mesmo na corrente sanguínea ou nas células. Para o ensaio bioquímico

das HDL realizam-se duas etapas: a primeira é a precipitação e a segunda é dosagem da

lipoproteína. O reagente n° 1 é o padrão, soro liofilizado de HDL. O reagente n° 2 é o

precipitante enzimático, composto de tampão a 100 mmol L-1

(pH = 7,0), DSBT a 24 mmol L-

1, colesterol oxidase < 300 U L

-1, peroxidase < 1000 U L

-1 e detergente.

Page 57: MODELO DE RELATÓRIO 2014

57

Para um tubo de plástico, previamente numerado com o código do paciente, pipetar volumes

conforme a tabela abaixo:

Tabela 09: Exame Colesterol HDL – precipitação

Método: Enzimático Tubo Branco Tubo Padrão Tubo Teste

Reagente n° 2 (enzima) - - 250 µL

Amostra - - 250 µL

A seguir, agitar manualmente ou em vórtex por 3 minutos até que se forme uma densa espuma

por cima da fase líquida. Levar para centrifugar por 15 minutos. Após isso, pipetar o

sobrenadante, tomando cuidado para não dispersar o corpo de fundo. Deve-se utilizar tubos de

vidro para a segunda etapa.

Tabela 10: Exame Colesterol HDL – dosagem

Método: Enzimático Tubo Branco Tubo Padrão Tubo Teste

Sobrenadante - - 50 µL

Reagente n° 1 (padrão) - 50 µL -

Reagente* (enzima COL) 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL

* usar o mesmo reagente de determinação do Colesterol Total.

A primeira etapa da reação ocorre em presença da enzima colesterol estrease:

colesterol esterificado + H2O Colesterol + ácido graxo

A segunda etapa ocorre em presença da enzima colesterol oxidase:

colesterol esterificado + H2O + ½ O2 colestenona + H2O2

A última etapa ocorre em presença da enzima peroxidase:

2 H2O2 + 4-aminoantipirina + DSBmT* quinoneimina + 4 H2O

* DSBmT = N,N’-bis (4-sulfobutil)-m-toluidina

Page 58: MODELO DE RELATÓRIO 2014

58

Deve-se homogeneizar e levar em banho-maria por 5 minutos, a 37°C. A coloração será estável

por 30 minutos.

Na interpretação das HDL para:

Mulheres

> 65 mg/dL é desejável;

45 – 65 mg/dL representa médio risco;

< 45 mg/dL representa alto risco;

Homens

> 55 mg/dL é desejável;

35 – 55 mg/dL representa médio risco;

< 35 mg/dL representa alto risco;

7.2.1.2. LDL

É uma fração do colesterol que pode ser determinada via cálculos. As LDL (Low Density

Lipoprotein), lipoproteínas de baixa densidade. Representa aproximadamente 50% em massa

das lipoproteínas que circulam pelo corpo. O colesterol representa cerca de metade da massa de

LDL, sendo a lipoproteína que mais carrega moléculas de colesterol. Também é chamado de

mal colesterol. Uma vez que LDL transporta colesterol para as artérias, níveis maiores estão

Fig. 45 – Exame HDL.

Page 59: MODELO DE RELATÓRIO 2014

59

associados com aterosclerose, infarto do miocárdio, ataque cardíaco e doença vascular. O

cálculo do LDL é feito através da Fórmula de Friedwald:

Pela fórmula, as LDL podem ser calculadas pela união dos valores de colesterol total, H DL e

da quinta parte do valor dos triglicérides. Segundo a “American Heart Association”, os valores de

referência para LDL são:

< 100 mg/dL está ótimo, sendo que o risco de doença cardíaca é menor.

100 – 129 está toleravelmente próximo do nível ótimo.

130 – 189 está limítrofe alto, ou seja, já não é mais tão aceitável.

160 – 189 está alto.

> 190 está muito alto, sendo que o risco de doença cardíaca é alto.

A atualização de 2004 das recomendações da "American Heart Association", para pessoas com

doenças de ateroscleroses é para um nível de LDL menor que 70 md/dL.

7.2.1.3. VLDL

As VLDL são as lipoproteínas de muito baixa densidade (Very Low Density Lipoprotein).

VLDL também é uma fração do colesterol total, sendo também uma transportadora de

lipoproteínas. Os níveis de VLDL têm sido relacionados com taxa aceleradas de aterosclerose e

elevação na quantidade de doenças e estados metabólicos. Não é interessante que as taxas de

LDL e VLDL sejam elevadas. Segundo o laboratório HERMES PARDINI, a taxa de VLDL

não deve exceder a 40 mg/dL. É avaliado a partir da concentração de triglicérides. Ainda pela

relação de Friedwald, o cálculo é feito TRIG / 5, ou seja, é a quinta parte do valor das

triglicérides.

7.2.1.4. Triglicérides (TRIG)

As triglicérides são também uma fração do colesterol total. São provenientes da alimentação e

do fígado. Esses lipídios são ésteres de ácidos graxos de glicerol, e representam a maior porção

da gordura de nossos corpos. As dosagens desses lipídeos servem para diagnosticar

hiperlipidemias, ou seja, presença de níveis elevados ou anormais de lipídeos no sangue. O kit

de triglicérides é composto por um reagente e um padrão, que devem ser conservados entre 2 e

Page 60: MODELO DE RELATÓRIO 2014

60

8°C. O reagente é enzimático, e contém tampão (pH 7,0) a 100 mmol L-1

, 4-clorofenol a 5

mmol L-1

, lípase lipoproteica 2500 U L-1

, glicerol quinase > 1500 U L-1

, peroxidase > 1000 U

L-1

, 4-aminoantipirina a 0,9 mmol L-1

, ATP a 1,5 mmol L-1

, glicerol-3-fosfato oxidase > 4000

U L-1

, conservante, ativante e estabilizante. O padrão contém triglicérides a 100 mg dL-1

(1,13

mmol L-1

) e conservante.

A técnica para dosagem das triglicérides é dada na tabela abaixo:

Tabela 11: Exame Triglicérides

Método: Enzimático-Colorimétrico Tubo Branco Tubo Padrão Tubo Teste

Reagente n° 1 (enzimas) 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL

Reagente n° 2 (padrão) - 10 µL -

Amostra - - 10 µL

Após a mistura do reagente de trabalho e o soro, deve-se homogeneizar bem e incubar em

banho-maria, 37°C, por 10 minutos. A coloração será estável por cerca de 60 minutos.

Fig. 46 – Exame triglicérides sendo realizado.

Page 61: MODELO DE RELATÓRIO 2014

61

A primeira reação do processo ocorre em presença da enzima lípase:

Triglicérides + H2O Glicerol + Ácidos Graxos

A segunda etapa é dada em presença do catalisador glicerol quinase e íons Mg2+

do soro.

Glicerol + ATP Glicerol-3-fosfato + ADP

O produto da segunda etapa irá interagir com O2, em presença de oxidase dihidroxiacetanona,

conforme a reação abaixo:

Glicerol-3-fosfato + O2 + H2O2

O fosfato formado na terceira etapa reage da seguinte maneira:

2 H2O2 + 4-aminoantipirina + p-clorofenol quinoneimina (cromógeno cereja) + 4 H2O

A coloração cereja aparece em presença da enzima peroxidase, cuja intensidade da cor é

proporcional à concentração de triglicérides. Quanto à interpretação dos valores de referência,

tem-se que:

< 150 mg/dL é desejável

150 – 199 mg/dL é limítrofe

200 – 499 é elevado

> 500 mg/dL é muito elevado

7.3. Ureia (UR)

A ureia é um produto do metabolismo de aminoácidos e proteínas. Gerada no fígado, é a

principal fonte de excreção de nitrogênio do organismo, em sua maior parte na urina.

Fig. 47 – Estrutura química da ureia.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ureia

Page 62: MODELO DE RELATÓRIO 2014

62

No organismo, o metabolismo das proteínas libera amônia, que é convertida em ureia pelo

fígado. Segundo USBERCO et. al (2001), a ureia antes só era obtida a partir da urina, sendo um

composto orgânico, mas hoje sabe-se que pode ser encontrada também no sangue. Um

aumento da taxa de ureia pode ser observado em dietas ricas em proteínas, insuficiência

cardíaca, deficiência renal aguda e hemorragias internas. A diminuição da produção da ureia

está relacionada com doenças hepáticas graves, redução do metabolismo de proteínas e dietas

com poucas proteínas. Conforme diz SILVA et. al. (2008), a ureia é excretada na urina, embora

40 a 70% seja reabsorvida por difusão nos túbulos renais. O nível de ureia no soro é afetado

pela função renal, conteúdo proteico da dieta e teor de catabolismo proteico, estado de

hidratação do paciente e presença de sangramento intestinal.

Os reagentes de ureia são um pouco mais complexos, pois há momentos em que se deve

prepará-los. O reagente n° 1 é um tampão tris (pH = 7,6) a 100 mmol L-1

, ADP a 0,7 mmol L-1

,

α-cetoglutarato 9 mmol L-1

, azida sódica 15,38 mmol L-1

, uréase > 6500 U L-1

e glutamato

desidrogenase > 1100 U L-1

. Tris é a abreviação de tris-hidroximetilaminometano, cujo nome

IUPAC é 2-amino-2-hidroximetilpropan-1,3-diol.

Fig. 48 – Fórmula estrutural Tris. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tris

O reagente n° 2 é uma coenzima, também chamada de tampão estoque, de NADH a 0,32

mmol L-1

. O reagente n° 3 é o padrão, a ureia a 70 mg/dL. Há um dado reagente n° 4, que é o

oxidante de trabalho. O tampão, que é o reagente n°1, é feito misturando-se 100 mL do

reagente n° 2 com 400 mL de H2O deionizada. Deve-se homogeneizar e estocar em frasco

âmbar; ele será estável por 12 meses se mantido entre 2 e 8°C. O reagente de trabalho, que é o

que contém a ureia na concentração adequada para dosagem, é feito misturando-se 1,0 mL do

reagente n° 2 com 20 mL do tampão. Deve-se homogeneizar e acondicionar em frasco âmbar;

Page 63: MODELO DE RELATÓRIO 2014

63

ele será estável por 20 dias (entre 2 e 8°C). O oxidante de trabalho deve ser preparado

adicionando-se o reagente n° 4 em 450 mL de água deionizada. Deve-se homogeneizar e

acondicionar em frasco de plástico escuro; o mesmo será estável por 12 meses (2 a 8°C).

Tabela 12: Exame Ureia – parte 1

Método: Colorimétrico Tubo Branco Tubo Padrão Tubo Teste

Reagente de Trabalho

(Reagentes n° 1 + Reagente n° 2)

1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL

Reagente n° 3 (padrão) - 10 µL -

Amostra - - 10 µL

Após as misturas das matrizes conforme a tabela 10 deve-se homogeneizar-se o material dos

tubos levemente e incubar em banho-maria, a 37°C, por 5 minutos. Quando o cronômetro

apontar o vencimento dos 5 minutos, deve-se proceder à segunda parte do procedimento:

Tabela 13: Exame Ureia – parte 2

Método: Colorimétrico Tubo Branco Tubo Padrão Tubo Teste

Reagente n° 4 (oxidante) 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL

De acordo com a tabela acima, deve-se acrescentar 1,0 mL do oxidante de trabalho em cada um

dos tubos que estão no banho. Após isso, homogeneizar levemente, e deixar no banho por mais

5 minutos. Aparecerá uma coloração estável por 60 minutos.

Fig. 49 – Oxidante de trabalho.

Page 64: MODELO DE RELATÓRIO 2014

64

Fig. 50 – Exame ureia sendo realizado.

A primeira etapa da reação ocorre em presença da enzima urease, que catalisa a hidrólise da

ureia.

(NH2)2CO + H2O 2 NH3 + CO2

Na segunda fase da reação a GLDH (glutamato desidrogenase), na presença de NH3 e α-

cetoglutarato, oxida o NADH para NAD+.

2 NH3 + 2 NADH + 2 α-cetoglutarato 2 L-glutamato + 2 NAD+ + 2 H2O

A oxidação de NADH a NAD+, medida pela diminuição de absorbância, é proporcional à

concentração de ureia na amostra. O valor de referência deste produto no soro varia de 15 a 40

mg/dL.

7.4. Ácido Úrico (AUR)

O ácido úrico é o maior produto do metabolismo das purinas (bases nitrogenadas). Segundo

FRAZÃO (2007), o ácido úrico é uma substância formada naturalmente pelo organismo, mas,

quando se encontra elevado pode gerar sintomas como inflamação e dor nas articulações,

especialmente dos membros inferiores.

Page 65: MODELO DE RELATÓRIO 2014

65

De acordo com os estudos do Dr. DRÁUZIO VARELLA, o depósito de cristais de urato (sais

de ácido úrico) nas articulações, em geral, provoca surtos dolorosos de artrite aguda nos

membros inferiores, mas pode comprometer qualquer articulação. O kit de ácido úrico contém

o reagente n° 1, um tampão fosfato (pH = 7,5) a 100 mmol L-1

e ácido

dihidroxibenzenosulfônico (DHBS) a 4 mmol L-1

, o reagente n° 2, enzimático, contém um

tampão (pH = 7,5) a 100 mmol L-1

, 4-aminoantipirina a 2 mmol L-1

, azida sódica a 7,69 mmol

L-1

, peroxidase > 18000 U L-1

e uricase > 3000 U L-1

, e o reagente n° 3, padrão, contém ácido

úrico a 6,0 mg/dL.

Tabela 14: Exame Ácido Úrico

Método: Enzimático-Colorimétrico

UOD-PAP

Tubo Branco Tubo Padrão Tubo Teste

Reagente de Trabalho

(Reagente n° 1 + Reagente n° 2)

1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL

Reagente n° 3 (padrão) - 25 µL -

Amostra - - 25 µL

Deve-se misturar 20 partes do reagente n° 1 com 1 parte do reagente n° 2 (ex.: 20 mL + 1 mL).

Ele será estável por 20 dias entre 2 e 8°C (fora do alcance de luz). Após colocar as misturas nos

tubos de ensaio, levar em banho-maria (37°C) por 5 minutos. A coloração será estável por 30

minutos. As reações ocorridas são:

O ácido úrico sendo hidrolisado em presença da enzima uricase (UOD):

Ácido Úrico + 2 H2O Alantoína + CO2 + H2O2

A alantoína, formada na primeira como produto principal da primeira reação, é resultante da

degradação hidrolítica do ácido úrico.

Fig. 51 – Estrutura química da alantoína.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Alanto%C3%ADna

Page 66: MODELO DE RELATÓRIO 2014

66

Seu nome IUPAC é 2,5-dioxo-4-imidazolidinilureia (como o nome da ureia segundo a IUPAC

é diaminometanal, o nome correto para a alantoína é 2,5-dioxo-4-

imidazolidinildiaminometanal). A alantoína é um metabólito gerado pela degradação do ácido

úrico por uma enzima chamada rasburicase. Não é tóxica, e é ligeiramente solúvel em água. É

uma das outras formas de os seres vivos excretarem nitrogênio.

Fig. 52 – Exame ácido úrico sendo realizado.

A segunda fase da reação é dada em presença da peroxidase (PAP).

2 H2O2 + DCHBS* + 4-aminoantipirina cromógeno cereja + 4 H2O

* DCHBS = ácido 3,5-dicloro-2-hidróxibenzenossulfônico

A intensidade da coloração é diretamente proporcional à concentração de ácido úrico na

amostra. Em crianças do sexo feminino valores aceitáveis estão entre 0,5 e 5,0 mg/dL e entre

1,5 e 6,0 mg/dL em crianças do sexo masculino. Em adultos do sexo feminino valores

aceitáveis estão entre 1,5 e 6,0 mg/dL e entre 2,5 e 7,0 mg/dL em adultos do sexo masculino.

Page 67: MODELO DE RELATÓRIO 2014

67

7.5. Fosfatase Alcalina (FAL/ALP)

Fosfatase alcalina é uma enzima presente em quase todos os tecidos do organismo,

especialmente nas membranas nas células dos túbulos renais, ossos, placenta, intestino e fígado.

Sua função está relacionada com o transporte de lipídios no intestino e os processos de

calcificação óssea. Há coisas interessantes de se notar, como: a fosfatase alcalina óssea e a

hepática partilham proteínas estruturais codificadas por um mesmo gene e, a fosfatase

intestinal, só se expressa em indivíduos com grupos sanguíneos O e B. Um kit de fosfatase

alcalina é formado por um tampão dietanolamina (pH = 9,9) a 0,3 mol L-1

e citrato de sódio a

10 mmol L-1

, surfactante e ativador (reagente n° 1), por um substrato, p-NFF (p-

nitrofenilfosfato) a 10 mmol L-1

e azida sódica a 15 mmol L-1

(reagente n° 2), por um reagente

de cor, composto de carbonato de sódio (CaCO3) a 150 mmol L-1

e hidróxido de sódio (NaOH)

a 100 mmol L-1

(reagente n° 3), e por um padrão formado de timolfitaleína a 0,4 mmol L-1

e

solubilizante (reagente n° 4).

*Importante: os reagentes devem ser conservados em temperatura ambiente. Porém, o padrão

e o tampão devem ser colocados em geladeia (2 a 8 °C) após abertos. Todos são muito voláteis

e, portanto, devem estar bem fechados.

O preparo das matrizes para análise no BIOPLUS 2000 é feita conforme a tabela abaixo:

Tabela 15: Exame Fosfatase Alcalina – parte 1

Método: Timolfitaleína

(Roy modificado)

Tubo Branco Tubo Padrão Tubo Teste

Reagente n° 1 (tampão) 250 µL 25 µL 250 µL

Reagente n° 2 (substrato) 25 µL 25 µL 25 µL

Reagente n° 4 (padrão) - 25 µL -

Incubar em banho-maria, a 37°C, por 2 minutos. Após esse tempo, adicionar 1,0 mL do

reagente n° 3 em todos os tubos, conforme tabela abaixo.

Tabela 16: Exame Fosfatase Alcalina – parte 2

Método: Timolfitaleína

(Roy modificado)

Tubo Branco Tubo Padrão Tubo Teste

Reagente n° 3 (reagente de cor) 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL

Page 68: MODELO DE RELATÓRIO 2014

68

A fosfatase alcalina hidrolisa o p-nitrofenilfosfato, que é incolor, produzindo fosfato e p-

nitrofenol, em pH = 9,0. A velocidade de aparição do ânion p-nitrofenolato (amarelo), a 405

nm, é proporcional à atividade enzimática da amostra. A dietanolamina (DEA), além de regular

o pH da reação, intervém na mesma, atuando como receptor de fosfato liberado pela enzima.

p-NFF + DEA p-nitrofenol + DEA-fosfato

Fig. 53 – Exame fosfatase alcalina sendo realizado.

A determinação laboratorial da fosfatase alcalina se aplica muito bem para o diagnóstico de

doenças do fígado e dos ossos. Valores elevados podem ser vistos em casos de cirrose,

obstrução biliar, tumor primário do fígado ou ossos e doença de Paget (distúrbios no

metabolismo ósseo). Valores muito baixos podem ser causados por hipertireoidismo,

desnutrição e hipofosfatemia. Consideram-se valores de referência de 75 a 390 U/L para

crianças e adolescentes e 27 a 100 U/L para adultos.

Page 69: MODELO DE RELATÓRIO 2014

69

7.6. Proteínas Totais (PROT)

As proteínas do sangue são basicamente compostas por frações, a albumina e as globulinas,

além de uma pequena porção de fibrinogênio e outras proteínas menores. A dosagem das

proteínas totais é utilizada na avaliação do estado nutricional. Aumentos são encontrados em

desidratação, doenças hepáticas, neoplasias, hanseníase e outras enfermidades. Valores baixos

são vistos em gravidez, cirrose, neoplasias, queimaduras etc. O kit de proteínas totais é

composto de um reagente n° 1, biureto : hidróxido de sódio 0,2 mol L-1

, tartarato de potássio e

sódio a 32 mmol L-1

, iodeto de potássio 6 mmol L-1

e sulfato de cobre 12 mmol L-1

, e de um

reagente n° 2, o padrão, de albumina a 4,0 g dL-1

e azida sódica 15,38 mmol L-1

.

Tabela 17: Exame Proteínas Totais

Método: Biureto-Colorimétrico Tubo Branco Tubo Padrão Tubo Teste

Reagente n° 1 (biureto) 2,5 mL 2,5 mL 2,5 mL

Reagente n° 2 (padrão) - 50 µL -

Amostra - - 50 µL

Os tubos devem ser homogeneizados e levados ao banho (37°C) por 10 minutos. A coloração

será estável por 60 minutos. Na reação, as ligações peptídicas das proteínas ( - COONH - )

reagem com os íons Cu2+

, formando um complexo violeta, que é proporcional à concentração

de proteínas no meio. A presença do tartarato de sódio e potássio estabiliza o reagente (meio

alcalino do biureto) e a concentração adequada de iodeto de potássio previne a sua

autorredução. A dosagem isolada das proteínas totais tem pouco valor clínico, pois a alteração

em uma das frações pode ser compensada por uma alteração em outra fração, como nas

doenças crônicas, onde há diminuição da albumina e aumento da gamaglobulina. Valores

normais de proteínas no soro estão entre 6,4 e 8,3 g/dL.

7.7. Albumina (ALB)

A albumina é a proteína mais abundante no soro. É sintetizada no fígado, por células chamadas

hepatócitos. Níveis elevados podem ocorrer na desidratação aguda. Níveis baixos podem ser

vistos em casos de cirrose, infecções agudas, queimaduras e doenças inflamatórias intestinais.

O kit de albumina contém o reagente n° 1: verde de bromocresol a 01, mmol L-1

, tampão

Page 70: MODELO DE RELATÓRIO 2014

70

citrato a 20 mmol L-1

(pH = 3,6), preservativos e surfactantes e o reagente n° 2: padrão de

albumina a 3,8 mg/dL e azida sódica 15,38 mmol L-1

. Para o teste, procede-se desta forma:

Tabela 18: Exame Albumina

Método: Verde de Bromocresol

(VBC)

Tubo Branco Tubo Padrão Tubo Teste

Reagente n° 1 (VBC) 2,5 mL 2,5 mL 2,5 mL

Reagente n° 2 (padrão) - 10 µL -

Amostra - - 10 µL

A dosagem utiliza o que se chama de “erro proteico dos indicadores”. Em presença da

albumina, o verde de bromocresol forma um complexo corado, que exibe um espectro de

absorção diferente do corante no seu estado livre, permitindo a dosagem. Valores normais de

albumina no soro estão entre 3,5 a 5,5 g/dL e o de globulinas, de 1,4 a 3,2 g/dL.

Abaixo, a figura 54 mostra a primeira etapa da realização do exame de proteínas totais, que é

feito ao mesmo tempo que o de albumina. De azul, as soluções de proteínas e, de amarelo, as

soluções de albumina.

Fig. 54 – Reagentes proteínas totais (azul) e albumina (amarelo).

Os testes com proteínas totais e albumina não precisam ser aquecidos em banho. Após

adicionar a amostra deve-se homogeneizar os tubos e deixar sob repouso por 10 minutos. A

coloração azul-arroxeada aparecerá no teste de proteínas e a coloração esverdeada aparecerá no

teste de albumina. Os tubos do ‘branco’ permanecerão com a mesma coloração incial.

Page 71: MODELO DE RELATÓRIO 2014

71

Fig. 55 – Reações de coloração proteínas totais / albumina.

7.8. Creatinina (CR)

A creatinina é um produto da degradação da fosfocreatina (depósito de energia nos músculos

esqueléticos). Seu nome IUPAC é 2-amino-1-metil-5-H-imidazol-4-ona.

Fig. 56 – Fórmula estrutural da creatinina.

Fonte: http://dredisondacreatinina.com.br/mandato/pronunciamentos/saude/creatinina-2/

O kit de creatinina possui 3 reagentes. O reagente n° 1, tampão, contém NaOH 110 mmol L-1

e

CaCO3 a 75 mmol L-1

. O reagente n° 2, contém ácido pícrico ( 2,4,6-trinitrofenol) a 60 mmol

L-1

, cuja estrutura é mostrada na figura abaixo.

Page 72: MODELO DE RELATÓRIO 2014

72

Fig. 57 – Estrutura química do ácido pícrico. Fonte:

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_p%C3%ADcrico

O reagente n° 3, padrão, contém creatinina a 3,0 mg/dL. A creatinina reage com o picrato

alcalino em meio tamponado, formando um cromógeno, cuja absorbância é proporcional à

concentração de creatinina na amostra. Valores aumentados de creatinina podem ocorrer em

função de doenças renais e valores mais baixos podem ocorrer em função de perda de massa

muscular.

Tabela 19: Exame Creatinina

Método: Cinético-Colorimétrico Tubo Branco Tubo Teste

Reagente n° 1 (tampão) 800 µL 800 µL

Reagente n° 2 (ácido pícrico) 200 µL 200 µL

Reagente n° 3 (padrão) 100 µL -

Amostra - 100 µL

No exame creatinina não existe um tubo apenas para o padrão. Nesse ensaio bioquímico ele é

colocado no mesmo tubo do branco. Após adicionar os reagentes no tubo deve-se ajustar o

BIOPLUS 2000 para o teste de creatinina. Apenas no momento da leitura a amostra será

agregada ao tubo de leitura.

Page 73: MODELO DE RELATÓRIO 2014

73

Fig. 74 – Exame creatinina sendo realizado.

Em mulheres, valores considerados normais estão entre 0,5 e 1,0 mg/dL e, em homens, entre

0,7 e 1,2 mg/dL.

7.9. Mucoproteínas (MUC)

As mucoproteínas são conhecidas como proteínas de fase aguda e são um importante índice

da atividade reumática. Sua concentração aumenta ou diminui em resposta a processos

inflamatórios. O kit de ensaio bioquímico das mucoproteínas é composto da seguinte forma:

reagente n° 1: ácido perclórico (HClO4) a 2,0 mol L-1

; reagente n° 2: ácido fosfotúngstico

(H3PW12O40) a 15 mmol L-1

; reagente n° 3: carbonato de sódio (Na2CO3) a 1,8 mol L-1

;

reagente n° 4: Reagente de Folin: tungstato de sódio (Na2WO4) a 300 mmol L-1

, molibidato de

sódio (Na2MoO4) a 100 mmol L-1

, ácido fosfórico (H3PO4) a 500 mmol L

-1, ácido clorídrico

(HCl) a 1,0 mol L-1

e sulfato de lítio (Li2SO4) a 1,2 mol L-1

; reagente n° 5: padrão de tirosina a

40 mg dL-1

(5 mg dL-1

de mucoproteínas). A tirosina é um dos componentes das proteínas nos

seres vivos.

Page 74: MODELO DE RELATÓRIO 2014

74

Fig. 59 – Fórmula estrutural da tirosina.

Fonte: http://www.tradegopt.com/product-pharmaceutical/l-tyrosine-789285.html

Para a análise das mucoproteínas, quando necessário, deve-se preparar o reagente n° 3,

chamado de também de reagente carbonato ou CAR. Para prepará-lo deve-se colocar 50 mL do

reagente e completar para 250 mL de solução com água deionizada (solução estável por 6

meses). O teste das mucoproteínas é divido em três partes: desproteinização, precipitação e

colorimetria.

7.9.1. Desproteinização

É o processo pelo qual as proteínas serão isoladas como analito de interesse. Para esse passo

deve-se proceder da seguinte maneira:

Tabela 20: Exame Mucoproteínas – desproteinização

Método: Colorimétrico (Winzler-modificado) Tubo Teste

NaCl 0,9% 3,0 mL

Reagente n° 1 (HClO4) 1,5 mL

Amostra 0,5 mL

Perfazendo 5,0 mL em cada tubo de análise, agitar manualmente ou em vórtex por 2 minutos

até observar a formação de uma densa espuma. Deixa filtrar em papel de filtro qualitativo, até

que todo o filtrado seja obtido. O mesmo deve ser límpido.

Page 75: MODELO DE RELATÓRIO 2014

75

Fig. 60 – Etapa de desproteinização das mucoproteínas.

7.9.2. Precipitação

As proteínas séricas são precipitadas pelo HClO4, permanecendo as mucoproteínas no

sobrenadante. A precipitação das mucoproteínas (filtrado) acontece na presença de H3PW12O40,

posteriormente dissolvidas e dosadas em níveis de tirosina pelo Reagente de Folin.

Tabela 21: Exame Mucoproteínas – precipitação

Método: Colorimétrico (Winzler-modificado) Tubo Teste

Filtrado 2,0 mL

Reagente n° 2 (H3PW12O40) 0,8 mL

Feito o segundo passo, conforme a tabela acima, deve-se agitar os tubos de teste e deixá-los sob

repouso por 10 minutos. Depois de passado esse tempo, centrifugar por 5 minutos. Desprezar o

sobrenadante e deixa os tubos de “cabeça para baixo” sobre papel absorvente. Deixar repousar

por mais 10 minutos para retirar o excesso de líquido.

Page 76: MODELO DE RELATÓRIO 2014

76

7.9.3. Colorimetria

É a última etapa do procedimento. Devem-se seguir os passos da tabela, conforme mostrado

abaixo:

Tabela 22: Exame Mucoproteínas – colorimetria

Método: Colorimétrico

(Winzler-modificado)

Tubo Branco Tubo Padrão Tubo Teste

Reagente n° 5 (Padrão) - 2,5 mL -

Reagente n° 3 (Na2CO3) 2,5 mL 2,5 mL 2,5 mL

Agitar fortemente até que o precipitado se dissolva. Após isso, adicionar o Reagente

de Folin (FOL) em todos os tubos.

Reagente n° 4 (Reagente de Folin) 100 µL 100 µL 100 µL

Agitar fortemente e incubar em banho-maria, 37°C, por 15 minutos.

Realizada a última etapa, será vista uma coloração azul-arroxeada, estável por 120 minutos,

cuja intensidade é proporcional à concentração de tirosina na amostra.

Fig. 61 – Teste de mucoproteínas.

Page 77: MODELO DE RELATÓRIO 2014

77

As mucoproteínas são uma fração heterogênea de glicoproteínas solúveis que podem ser

separadas por eletroforese em subfrações, conhecidas como proteínas da fase aguda. Existem

aproximadamente 30 dessas frações. Durante o processo inflamatório alguns eventos costumam

acontecer e, muitas vezes, servem como elementos ou sinais de alerta.

Segundo SZJUBOK (2013), esses eventos, geralmente descritos como eventos da fase aguda,

podem acompanhar tantos os processos inflamatórios agudos como os crônicos. Dentre eles

podem ser citados: febre, leucocitose, proteólise muscular, alterações endócrinas etc. Valores

aumentados nos resultados das mucoproteínas podem ser observados em casos de tuberculose

(TBC), doenças do colágeno, diabetes mellitus, gota e neoplasias.

Valores muito baixos são observados em nefroses e insuficiências hepáticas e hipofisárias. Os

valores de referência em função de tirosina são 1,9 a 4,9 mg/dL. Para converter o valor de

tirosina em mucopoteína, multiplica-se o mesmo por 23,8. Assim, o valor de referência passa a

ser de 45,22 a 116,62, que pode ser simplificado para 45 a 117 mg/dL.

7.10. Transaminase Glutâmica Oxalacética (TGO)

A enzima AST (aspartato aminotransferase), também conhecida por TGO, é encontrada em

diversos órgãos e tecidos, como o fígado e coração, e em células, como os eritrócitos. Valores

altos de TGO podem ser decorrentes de hepatites (virais ou tóxicas), hepatites por drogas,

mononucleose, cirrose e pancreatite. O kit de TGO possui quatro reagentes: o reagente n° 1 é

um substrato, formado por: LDH (lactato desidrogenase) + MDH (malato desidrogenase), ácido

L-aspártico a 100 mmol L-1

, azida sódica a 15,4 mmol L-1

, α-cetoglutarato a 2,0 mmol L-1

,

tampão tris pH = 7,8 e estabilizante; o reagente n° 2 é uma coenzima, formada por NADH,

azida sódica e estabilizantes.

Para o ensaio procede-se da seguinte forma:

Page 78: MODELO DE RELATÓRIO 2014

78

Não há tubos de ‘branco’ e padrão neste exame. Assim, no mesmo tubo, deve-se misturar 9

partes do reagente n° 1 com 1 parte do reagente n° 2, ou seja, 900 µL com 100 µL.

Tabela 23: Exame TGO

Método: Cinético UV Tubo Branco Tubo Padrão Tubo Teste

Reagente n° 1 (substrato) - - 900 µL

Reagente n° 2 (coenzima) - - 100 µL

Incubar em banho-maria, 37°C, por 1 minuto. Adicionar a amostra na hora de fazer

leitura no fotômetro.

Amostra - - 100 µL

A primeira fase da reação ocorre em presença da TGO.

Ácido L-aspártico + α-cetoglutarato Oxalacetato + NADH+ + L-glutamato

A segunda fase da reação é catalisada pela enzima MDH (malato desidrogenase):

Oxalacetato + NADH + H+ L-malato + NAD

+

A TGO catalisa a transferência de grupos amina do aspartato para o α-cetoglutarato levando à

formação de glutamato e oxalacetato que, por sua vez, em presença de MDH, reage com

NADH, reduzindo-se a malato e o NADH oxida-se a NAD+. A velocidade da oxidação é

proporcional à atividade da TGO na amostra. Valores desejados para TGO variam de 10 a 37

U/L para mulheres e 11 a 39 U/L para homens.

*Obs.: como os métodos das Transaminases são cinéticos o conteúdo nos tubos fica incolor.

7.11. Transaminase Glutâmica Pirúvica (TGP)

A enzima ALT (alanina aminotransferase), também conhecida como TGP é encontrada

abundantemente no fígado, moderadamente nos rins e em quantidades pequenas no coração. O

aumento da atividade da TGP reflete alterações nos tecidos. A maior atividade desta enzima

acontece no tecido hepático, estando aumentada em virtude de hepatites (virais ou tóxicas). O

kit de TGP é composto por dois reagentes: o reagente n° 1 é um substrato, formado por

Page 79: MODELO DE RELATÓRIO 2014

79

tampão Hepes (pH = 7,8), ácido α-cetoglutário a 2,0 mmol L-1

, LDH > 2300 U/L, azida sódica

(NaN3) a 15,4 mmol L-1

e L-alanina a 100 mmol L-1

e estabilizante. Hepes é o nome dado ao

tampão bioquímico formado por ácido 2-[4-(2-hidróxietil)piperazin-1-il]-etanossulfônico.

Fig. 62 – Fórmula química do Hepes. Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:HEPES.png

O reagente n° 2 é uma coenzima, contendo NADH a 1,13 mmol L-1

, azida sódica a 14,6 mmol

L-1

e estabilizante. O ensaio de determinação da TGP é semelhante ao da TGO, mudando

apenas na quantidade de reagentes utilizada. Assim, não há tubos de ‘branco’ e padrão neste

exame. E, misturar 8 partes do reagente n° 1 com 2 partes do reagente n° 2, ou seja, 900 µL

com 100 µL.

Tabela 24: Exame TGP

Método: Cinético UV Tubo Branco Tubo Padrão Tubo Teste

Reagente n° 1 (substrato) - - 800 µL

Reagente n° 2 (coenzima) - - 200 µL

Incubar em banho-maria, 37°C, por 1 minuto. Adicionar a amostra na hora de fazer

leitura no fotômetro.

Amostra - - 100 µL

A primeira etapa da reação é catalisada pela TGP:

L-alanina + ácido α-cetoglutárico Piruvato + L-glutamato

A segunda parte da reação ocorre em presença da LDH:

Piruvato + NADH + H+ L-lactato + NAD

+

Page 80: MODELO DE RELATÓRIO 2014

80

A TGP catalisa a transferência de grupos amina da alanina para o α-cetoglutarato levando à

formação de glutamato e piruvato que, por sua vez, em presença de LDH, reage com NADH,

reduzindo-se a lactato e o NADH oxida-se a NAD+. A velocidade da oxidação é proporcional à

atividade da TGP na amostra. Valores desejados para TGP variam de 10 a 37 U/L para

mulheres e 11 a 45 U/L para homens.

Todo o resíduo gerado das análises feitas no BIOPLUS 2000 vão para frascos com um funil,

conectados a bombas peristálticas. Após as análises são descartados adequadamente.

Fig. 63 – Descarte de bioquímica.

As ponteiras e pipetas de vidro usadas na análise são desprezadas em recipientes separados,

contendo água deionizada e hipoclorito de sódio a 1%.

Quando as dosagens realizadas no BIOPLUS 2000 terminam, deve-se fazer com que o aparelho

aspire uma solução de limpeza (uma espécie de sabão), que irá limpar as vias de succção,

impedindo entupimento. O sabão é feito utilizando-se 10 gotas da solução de limpeza com 10

mL de H2O deionizada.

* deve ficar claro que os reagentes (concentrações, quantidades e marcas) variam entre os

laboratórios, bem como os métodos utilizados.

Page 81: MODELO DE RELATÓRIO 2014

81

8. Imunologia (Sorologia)

É a parte das análises clínicas que visa a compreender os mecanismos de defesa do corpo

(sistema imunológico). Os órgãos ligados ao sistema imunológico são: amígdalas (ou tonsilas),

linfonodos, timo, medula óssea e baço. O corpo humano tem três barreiras de defesa: a

primeira é formada pela pele, mucosas, ceras e cílios. A segunda é formada por células e

substâncias químicas que não diferenciam os invasores. A terceira é formada por células

específicas para cada tipo de invasor. O funcionamento do sistema de defesa baseia-se em

especificidade e memória. Segundo LOPES & ROSSO (2008), a especificidade refere-se à

capacidade do sistema de reconhecer e combater certos microrganismos ou substâncias

estranhas ao corpo. Esse ato de defesa é estimulado pelos antígenos (proteína ou

polissacarídeo) que podem estar em vírus, bactérias e outras substâncias. Os antígenos induzem

que as células brancas, como os linfócitos, a reconheçam e produzam proteínas específicas

chamadas anticorpos, para combatê-los. Na área clínica chamamos os anticorpos de

Imunoglobulinas (Ig). Cada anticorpo é específico para um antígeno. A memória refere-se à

capacidade do sistema de reconhecer novamente um mesmo antígeno e produzir os mesmos

anticorpos específicos. Basicamente o sistema imunológico é formado por uma hierarquia de

células brancas. As células que podemos denominar principais são os fagócitos e os linfócitos.

Fagócitos: são as células brancas com função de fagocitar (digerir) os organismos

estanhos ao corpo. Essas células são: monócitos, mastócitos, basófilos e eosinófilos.

Linfócitos: são um tipo de leucócito, produzidos na medula óssea vermelha. Podem ser

do tipo T ou B. Os linfócitos T ora atuam estimulando os linfócitos B a produzirem

anticorpos, ora atuam como próprios destruidores de corpos estranhos no organismo.

Os linfócitos T podem ser de vários tipos, sendo que os principais são:

a) CD8 (T-citotóxicos ou linfócitos matadores): unem-se a células infectadas para

destruí-las. Eles não têm atividade fagocítica, por isso, atacam as células do corpo que

foram infectadas e não o invasor. São capazes de reconhecer células cancerígenas e

destruí-las antes de formarem um tumor maligno.

b) CD4 (T-auxiliares): ativam os linfócitos T e estimulam os linfócitos B a produzirem

imunoglobulinas.

Durante o estágio realizou-se alguns ensaios imunológicos, os quais detalham-se a seguir.

Page 82: MODELO DE RELATÓRIO 2014

82

8.1. Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV-1/2)

O HIV (vírus da imunodeficiência humana) é o retrovírus causador da AIDS, frequentemente

transmitido por contato sexual, transfusão de sangue, durante o parto, e até mesmo na lactação.

Segundo CANINI et.al (2004), o HIV causa no organismo disfunção imunológica crônica e

progressiva devido ao declínio dos níveis de linfócitos CD4, sendo que quanto mais baixo for o

índice desses, maior o risco do indivíduo desenvolver AIDS. É como se o vírus ficasse latente.

Do ponto de vista de SARAIVA et. al. (2010), o vírus impede que o sistema imunológico

proteja o organismo contra agentes agressores, como outros vírus, bactérias, protozoários,

células cancerígenas etc.

O kit de HIV contêm placas de teste (popularmente chamadas de ‘sabonete’) e o reagente

chamado diluente. Deve-se escrever o número do paciente na placa de teste e, em seguida

proceder à análise.

Tabela 25: Exame HIV-1/2

Método: Imunocromatográfico

Amostra 10 µL

Reagente (Diluente) 04 gotas

O sangue colhido deve ser o mesmo utilizado na bioquímica. Deve-se pipetar 10 µL de soro e

despejar na câmara de teste. Depois, adicionar 04 gotas do diluente na mesma câmara. Após

alguns segundos, na coluna cromatográfica a fase estacionária (soro diluído) e a fase de arraste

(diluente) irão determinar o resultado dependendo de onde a coloração da linha roxa parar.

Porém, é importante que a fase de arraste cruze a linha vermelha que, nos ensaios

cromatográficos, chamamos “linha de chegada”.

Linha C: HIV–

Linha C + Linha 1: HIV+ (tipo 1)

Linha C + Linha 2: HIV+ (tipo 2)

Linha C + Linha 1 + Linha 2: HIV+ (tipos 1 e 2)

Na figura abaixo, mostra-se o resultado gráfico do resultado. Caso a linha C não apareça, deve-

se repetir o teste.

Page 83: MODELO DE RELATÓRIO 2014

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Fig. 64 – Esquema da visualização dos resultados HIV-1/2. Fonte: bula Hexagon-HIV

Fig. 65 – Teste HIV-1/2 sendo iniciado.

8.2. VDRL

O teste de VDRL, também solicitado pelos médicos como Sorologia para LUES, é utilizado

no diagnóstico da sífilis, causada pela bactéria Treponema pallidum. De acordo com os dizeres

de SANTOS et. al. (2009), pode ocorrer contaminação por contato com lesões mucocutâneas

ricas em treponemas, transfusão de sangue, via placentária e relação sexual. Um teste negativo

quase sempre significa que a pessoa nunca teve contato com a sífilis, ou que teve e o tratamento

foi eficaz ao ponto de torná-lo negativo. Entretanto, num estado avançado da sífilis e numa

Page 84: MODELO DE RELATÓRIO 2014

84

pessoa a quem nunca tenha sido diagnosticada a doença e recebido tratamento adequado, o

VDRL poderá dar resultado negativo. Isto é chamado de resultado falso negativo e acontece

devido ao elevado número de anticorpos produzidos pelo organismo durante o estado latente ou

terciário da doença. Estando o médico na suspeita de um paciente encontrar-se nesta fase é

crucial a realização de um exame comprovativo, por norma o FTA-ABS. Por outro lado, o

VDRL é às vezes positivo na ausência da sífilis. Chama-se de resultado falso positivo. Como

exemplo, há: mononucleose infecciosa, lúpus, hepatite A, hanseníase, malária e,

ocasionalmente, até na gravidez podem ser encontrados pequenos títulos que não significam a

presença de sífilis.

O kit de teste apresenta apenas dois reagentes. O reagente n° 1 é um antígeno da sífilis. Ele

deve ficar na geladeira, entre 2 e 8°C; deve ser homogeneizado bem antes de usar. É composto

de cardiolipina a 0,44 µmol L-1

, lecitina 3,12 a µmol L-1

, colesterol 23,3 a µmol L-1

e tampão

(pH = 6,0) fosfato com cloreto de colina e EDTA a 10 mmol L-1

. A cardiolipina é um lipídio

da membrana mitocondrial da bactéria da sífilis. Seu nome IUPAC é 1,3-bis-3’-

fosfatidilglicerol.

Fig. 66 – Cadeia orgânica de cardiolipina. Fonte: http://es.wikipedia.org/wiki/Cardiolipina.

A lecitina é um tipo de gordura essencial em todos os tecidos orgânicos. Seu nome IUPAC é 1-

hexadecil-2-oleilfosfatidil-2-hidróxieiltrimeillamônio (ou, mais facilmente, 1-palmitil-2-

oleilfosfatidilcolina). É uma mistura de glicolipídios, triglicérides e fosofolipídios. Essa

substância capaz de reduzir a taxa de colesterol do sangue, reduzindo o risco à saúde causado

por várias doenças provenientes do colesterol alto, principalmente LDL e VLDL.

Page 85: MODELO DE RELATÓRIO 2014

85

Para iniciar o teste deve-se pipetar 50µL de soro e colocar em uma das escavações da Placa de

Kline de vidro (mostrada abaixo). Junto do soro, adicionar 20 µL do reagente. Homogeneizar

de maneira circular sobre a bancada durante 5 minutos.

Após a homogeneização, observar a placa ao microscópio na objetiva amarela (10x/0.25). Se

forem observados grumos, o resultado será positivo.

Tabela 26: Exame VDRL

Método: Floculação

Amostra 50 µL

Reagente n° 1 (antígeno) 20 µL

O reagente n° 2 é o controle positivo e o reagente n°

3 é o controle negativo.

Fig. 68 – Reagentes VDRL.

O reagente de tampa vermelha é o controle positivo, o

reagente de tampa branca é o antígeno e o reagente de

tampa preta é o controle negativo.

Fig. 67 – Cadeia química da lecitina.

Fonte: http://engenhariadealimentosufc.blogspot.com.br/2009/11/o-que-e-lecitina.html

Fig. 69 – Placa de Kline para VDRL. Fonte: http://www.hexasystens.com.br/produto/placa-

de-kline-moldada-em-vidro-12-pocos-gk-12-glasscyto.aspx

Page 86: MODELO DE RELATÓRIO 2014

86

Ao microscópio serão observados resultados semelhantes ao da figura acima, onde o primeiro é

SNR (soro não-reativo), o segundo e o terceito são SR (soro reativo). Quando o resultado é

positivo deve-se efetuar a diluição da amostra nos outros campos da placa (utilizar solução

salina: NaCl 0,9%).

Diluição

Pegando uma placa de Kline limpa, escolher uma das 12 escavações para ser a primeira (pode-

se marcar com um pincel a borda da primeira para evitar confusões). Depois, seguir os passos

abaixo:

1° escavação: 50 µL de soro + 50 µL de salina

2° escavação: 50 µL da 1° escavação + 50 µL de salina

3° escavação: 50 µL da 2° escavação + 50 µL de salina e assim por diante...

Após a diluição seriada, adicionar em 20 µL do reagente em cada escavação. Agitar novamente

por 5 minutos. Observar a microscópio na mesma objetiva. O resultado deve ser dado em

função da última diluição, assim:

Tabela 27: Diluição VDRL positivo

N° da escavação 1 2 3 4 5 6

Diluição 1:2 1:4 1:8 1:16 1:32 1:64

Fig. 70 – Observação da placa ao microscópio. Fonte: Bula reagente VDRL

Page 87: MODELO DE RELATÓRIO 2014

87

8.3. Antiestreptolisina O (ASO/ASLO/AEO)

O teste de ASO é indicado para diagnosticar infecções causadas por bactérias do tipo

estreptococo, que provoca febres reumáticas e glomerulonefrite aguda. A reação ocorrida

consiste em aglutinar partículas de látex revestidas com anticorpos ASO presente nessa

bactéria. O kit de diagnóstico contém o reagente n° 1: partículas de látex em suspensão,

sensibilizadas com antiestreptolisina O; reagente n° 2: controle positivo (solução aglutinante

de látex) e reagente n° 3: controle negativo (solução salina de NaCl a 0,9%).

Fig. 71 – Reagentes ASO.

Na realização do teste, deve-se colocar 20 µL de soro em um dos círculos da placa e, em

seguida, adicionar 20 µL do reagente. Vale saber que apenas o VDRL é feito na placa de Kline.

Homogeneizar com um palito de plástico (acompanha o kit). Logo em seguida, homogeneizar a

placa nas mãos de maneira thundeler-burgger, semelhante ao do homogeneizador de sangue.

Observar se houve aglutinação.

Se não houver, o resultado é transcrito na planilha como < 200 UI/mL. Em caso de aglutinação,

deve-se proceder à diluição.

Diluição

Pegando uma placa de teste limpa, escolher um dos poços para ser o primeiro. Semelhante ao

procedimento para VDRL, deve-se efetuar a diluição seriada.

1° poço: 20 µL de soro + 20 µL de salina

2° poço: 20 µL do 1° poço+ 20 µL de salina

3° poço: 20 µL do 2° poço+ 20 µL de salina e assim por diante...

Tabela 28: Exame ASO

Método: Látex

Amostra 20 µL

Reagente n° 1 (partículas) 20 µL

Page 88: MODELO DE RELATÓRIO 2014

88

Após a diluição seriada, adicionar em 20 µL do reagente em cada escavação. Homogeneizar da

mesma forma. O resultado será dado em função do número de diluições.

Tabela 29: Diluição ASO

N° do poço Amostra Concentração (Ul/mL)

1 Sem diluição 200

2 1:2 400

3 1:4 800

4 1:8 1600

5 1:16 3200

8.4. Proteína C Reativa (PCR)

É uma proteína plasmática produzida no fígado. Sua concentração é muito baixa em indivíduos

sadios, elevando-se bastante em presença de processos inflamatórios ou infecções, sendo um

indicador extremamente sensível das mesmas, muito mais que a VHS. O princípio da reação

também ocorre em função da aglutinação de partículas de látex com ɣ-globulinas anti-PCR.

O kit de determinação da PCR é composto por: reagente n° 1: partículas de látex sensibilizadas

em suspensão; reagente n° 2: controle positivo de soro > 6 mg L-1

e azida sódica a 15,38

mmol L-1

; reagente n° 3: controle negativo de soro < 6 mg L-1

e azida sódica a 15,38 mmol L-1

.

Fig. 72 – Reagentes PCR.

Tabela 30: Exame PCR

Método: Látex

Amostra 20 µL

Reagente n° 1 20 µL

Page 89: MODELO DE RELATÓRIO 2014

89

Assim como na realização do látex-ASO, na realização desse teste, deve-se colocar 20 µL de

soro em um dos círculos da placa e, em seguida, adicionar 20 µL do reagente. Homogeneizar

com um palito de plástico (acompanha o kit). Logo em seguida, homogeneizar a placa nas

mãos de maneira thundeler-burgger, semelhante ao do homogeneizador de sangue. Observar se

houve aglutinação.

Se não houver, o resultado é transcrito na planilha como < 6 mg/L. Em caso de aglutinação,

deve-se proceder à diluição.

Diluição

Pegando uma placa de teste limpa, escolher um dos poços para ser o primeiro. Semelhante ao

procedimento para ASO, deve-se efetuar a diluição seriada.

1° poço: 20 µL de soro + 20 µL de salina

2° poço: 20 µL do 1° poço+ 20 µL de salina

3° poço: 20 µL do 2° poço+ 20 µL de salina e assim por diante...

Após a diluição seriada, adicionar em 20 µL do reagente em cada escavação. Homogeneizar da

mesma forma. O resultado será dado em função do número de diluições.

Tabela 31: Diluição PCR

N° do poço Amostra Concentração (mg/L)

1 Sem diluição 6

2 1:2 12

3 1:4 24

4 1:8 48

5 1:16 98

8.5. Fator Reumatóide (FR)

O fator reumatoide positivo não significa reumatismo nem artrite reumatoide, mas, sim,

anticorpos contra anticorpos. Como se sabe, na imunologia diz-se que “anticorpos são proteínas

formadas por estímulo de corpos estranhos ao organismo”, porém, alguns estudiosos provaram

Page 90: MODELO DE RELATÓRIO 2014

90

que são possíveis algumas substâncias produzidas pelo corpo também atuarem como anticorpos

contra outras substâncias do mesmo, ou seja, seria possível o corpo produzir anticorpos para

anticorpos. Alguns cientistas, não concordando com a ideia, mas não podendo negar a

existência de tais substâncias, optaram por chamá-las de “fator”, para que fossem diferenciadas

dos verdadeiros anticorpos. Com o passar do tempo provou-se que essas substâncias tinham a

mesma composição química dos anticorpos sendo, portando, imunoglobulinas. O nome fator

permaneceu, pois a sociedade acadêmica não quis reconhecer essas substâncias realmente como

anticorpos e, o nome “reumatoide”, foi dado pelo fato de a pessoa que descobriu essas novas

substâncias ter artrite reumatoide. Atualmente sabe-se que o fator reumatoide são anticorpos

que atuam contra as imunoglobulinas do corpo. Essas substâncias ainda estão em estudo, mas

uma coisa é certa: fator reumatoide positivo não indica que uma pessoa está doente, muito

menos com reumatismo. O único que pode tirar conclusões sobre o fator reumatoide é o médico

reumatologista.

O kit de fator reumatoide, cuja reação também se baseia na aglutinação de partículas de látex,

contém: reagente n° 1: partículas de látex em suspensão sensibilizadas com ɣ-globulina

humana (IgG); reagente n° 2: controle positivo, solução aglutinante de látex e reagente n° 3:

controle negativo, solução salina de NaCl a 0,85%.

Assim como na realização do látex-ASO e látex-PCR, na realização desse teste, deve-se

colocar 20 µL de soro em um dos círculos da placa e, em seguida, adicionar 20 µL do reagente.

Homogeneizar com um palito de plástico (acompanha o kit). Logo em seguida, homogeneizar a

placa nas mãos de maneira thundeler-burgger, semelhante ao do homogeneizador de sangue.

Observar se houve aglutinação.

Se não houver, o resultado é transcrito na planilha como < 12 UI/mL. Em caso de aglutinação,

deve-se proceder à diluição.

Tabela 32: Exame FR

Método: Látex

Amostra 20 µL

Reagente n° 1 20 µL

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91

Diluição

Pegando uma placa de teste limpa, escolher um dos poços para ser o primeiro. Semelhante ao

procedimento para ASO e PCR, deve-se efetuar a diluição seriada.

1° poço: 20 µL de soro + 20 µL de salina

2° poço: 20 µL do 1° poço+ 20 µL de salina

3° poço: 20 µL do 2° poço+ 20 µL de salina e assim por diante...

Após a diluição seriada, adicionar em 20 µL do reagente em cada escavação. Homogeneizar da

mesma forma. O resultado será dado em função do número de diluições.

Tabela 33: Diluição FR

N° do poço Amostra Concentração (Ul/mL)

1 Sem diluição 12

2 1:2 24

3 1:4 48

4 1:8 96

5 1:16 192

9. Parasitologia

A parasitologia é ramo das análises clínicas que se dedica ao estudo dos parasitas e das doenças

parasitárias, seus métodos e diagnósticos. Parasitas são organismos que vivem que vivem em

um hospedeiro, sobrevivendo às suas custas. Há três tipos de parasitas e dois tipos de

hospedeiros.

Os parasitas podem ser:

Comensais: não causam efeitos perigosos óbvios. Ex.: piolho.

Patogênicos: causam doenças severas e a morte do hospedeiro se não forem

combatidos. Ex.: ascaridíase e teníase.

Page 92: MODELO DE RELATÓRIO 2014

92

Oportunistas: não causam doenças em hospedeiros sadios, mas podem afetar seriamente

os imunodeprimidos.

Os hospedeiros podem ser:

Definitivos: organismo no qual a vida sexual madura ou a forma adulta do parasita é

encontrada.

Intermediários: organismo necessário para que o parasita complete seu ciclo de vida.

Os parasitas patogênicos dividem-se em protozoários e helmintos (platelmintos e

nematelmintos). São exemplos de protozoários: tripanossomo, ameba, giárdia e paramécio.

São exemplos de helmintos platelmintos: esquistossomo e tência. São exemplos de helmintos

nematelmintos: ancilóstomo e lombriga.

O paciente, conforme dito no item 5.2.3, subitens 5.2.3.1 e 5.2.3.2, as fezes, previamente

colhidas, são acondicionadas em potes específicos e entregues no dia do exame, no laboratório.

O técnico deve escrever as iniciais do nome e o número de entrada do paciente na tampa do

frasco. Em seguida levam-se as fezes ao setor de parasitologia.

9.1. Exame Parasitológico de Fezes (EPF)

9.1.1. Método Hoffman-Pons-Janes (HPJ)

É o método mais comum utilizado para a realização do EPF. Chamado simplesmente de

Método HPJ, consiste na sedimentação espontânea resultante da simples mistura das fezes com

água. Às fezes, acrescentasse um pouco de água para que sejam maceradas com um bastão de

vidro. Em seguida, deve-se virar o recipiente no cálice utilizando uma peneira apropriada para

que não passem resíduos sólidos. O método pode ser realizado tanto para fezes com MIF

quanto sem o conservante. Deve-se descartar a peneira em local adequado de acordo com as

normas de segurança e saneamento.

Page 93: MODELO DE RELATÓRIO 2014

93

Fig. 73 – Cálices com material em processo de sedimentação.

Os cálices devem ficar em repouso 60 minutos, para que os sedimentos se depositem. Após

esse tempo, desprezar todo o sobrenadante na pia de expurgo adequada. Encher o cálice com

água até a metade e esperar mais 60 minutos.

Fig. 74 – Sedimentos fecais antes da análise.

Page 94: MODELO DE RELATÓRIO 2014

94

Ao iniciar a análise, pegar uma lâmina limpa e sem arranhões e, com um canudinho de plástico,

colher uma porção do sedimento. Espalhá-lo sobre a lâmina. Observar ao microscópio na

objetiva amarela (10x/0.25). O método HPJ permite a visualização de ovos, cistos e larvas nas

lâminas das amostras analisadas.

9.1.2. Pesquisa de Controle de Esquistossomose (PCE) – Método Kato-Katz (KK)

De acordo publicação da ASSOCIAÇÃO MÉDICA DE JOÃO MONLEVADE (2012), o Kato-

Katz é mais específico, servindo para a detecção de ovos do helminto Schistosoma mansoni,

permitindo a avaliação do número de ovos por gramas de fezes. O exame KK faz parte de uma

subdivisão laboratorial que responde um indicador chamado PCE, o qual deve notificar e

quantificar casos de paciente com schistose. Caso o resultado dê positivo, o paciente será

acompanhado em tratamento e medicado com o anti-helmíntico chamado Praziquantel, ou

simplesmente, PZQ (2-cicloexilcarbonil-1,2,3,6,7,11b-hexahidro-4H-pirazino [2, 1-a]-

isoquinolin-4-ona ).

Fig. 75 – Estrutura química do fármaco PZQ. Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Praziquantel

O fármaco provoca uma alteração no fluxo de íons de cálcio nas células do parasita,

diminuindo a capacidade do verme se contrair e relaxar. Desta forma, ele será expelido pelo

organismo, pois não consegue mais se fixar.

Algumas das visualizações ao microscópio feita no EPF são mostradas abaixo:

Page 95: MODELO DE RELATÓRIO 2014

95

Fig. 76 – Ovo de Ascaris lumbricoides. Fonte: atlas

de parasitologia

Fig. 77 – Ovo de Schistossoma mansoni. Fonte:

atlas de parasitologia

Fig. 78 – Ovo de Entamoeba coli. Fonte:

http://www.jornallivre.com.br/179240/tudo-sobre-

a-entamoeba-coli.html

Page 96: MODELO DE RELATÓRIO 2014

96

10. Urinálise

A urinálise é a parte que visa à análise da urina, desde aspectos físicos (como cor) até aspectos

bioquímicos (em busca de substâncias estranhas ao meio). Vários são os exames realizados

nessa área, mas, durante o estágio, fez-se análises de urina de rotina. Os exames de urinálise

são de grande importância na detecção de problemas renais. Na primeira etapa analisam-se as

características gerais da urina (cor, pH, densidade, cheiro...). Na segunda etapa faz-se uma

pesquisa de elementos anormais. Isso constitui uma pesquisa bioquímica, usando as tiras

reagentes. A terceira é a sedimentoscopia, que corresponde à análise microscópica da urina. A

urina é composta de 96% de água e 4% de diversas outras substâncias. Pode-se dizer que a

urina é uma solução salina diversificada. Assim como a uréia, muitas outras substâncias

orgânicas podem ser encontradas na urina, como a creatinina, a bilirrubina e o ácido úrico.

*Quando encontra-se um elemento do sangue na urina, este é nomeado com o sufixo –úria.

Ex.: albumina na urina = albuminúria / citrato na urina = citratúria / cálcio na urina = calciúria /

leucócito na urina = leucocitúria etc.

10.1. Análise Físico-Química

A análise físico-química é bem simples, e consiste na observação superficial das características

da urina, sendo que uma boa parte são métodos qualitativos.

Odor: a urina tem um cheiro característico denominado Sui Generis (SG).

Densidade: dada em mg/dL, irá depender do número de partículas nela contidas.

Substâncias presentes nas bebidas e nos alimentos, quando encontradas em excesso na

urina podem caracterizar glicosúria ou proteinúria, fazendo a densidade superar 1,03

mg/dL, o que não é considerado bom.

Aspecto: observa-se a urina a olho nu. O aspecto está relacionado à turbidez. Quando

mais turva for a urina mais substâncias dissolvidas há. Essa característica está atrelada à

cor.

Page 97: MODELO DE RELATÓRIO 2014

97

pH: a media do pH é feita utilizando a tira reagente . Nas áreas da fita há diversas

substâncias que irão reagir com a urina. É um método colorimétrico e comparativo.

Depois de alguns segundos basta comparar a cor da tira com a cor da legenda na

embalagem, anotando o resultado observado.

Cor: A urina pode apresentar colorações diversas. Isso irá depender de fatores como

ingestão de água, bebidas, alimentos e outras substâncias. A cor depende do conteúdo

dos pigmentos. A cor também está ligada à densidade. Pode classificar a urina, quanto á

coloração, da seguinte forma:

Amarelo âmbar

Amarelo avermelhado

Amarelo claro

Amarelo escuro

Amarelo esverdeado

Amarelo ouro

Amarelo pálido

Pardo avermelhado

Preto pardacento

Vermelho amarelado

Vermelho pardacento

Amarelo azulado

*Em caso de uso de determinados medicamentos o paciente pode apresentar urina com

coloração diferente, como verde, azul, alaranjada, rosa e até mesmo, preta.

Fig. 79 – Tubos cônicos com urina.

Quando a prática de urinálise se inicia, os tubos cônicos graduados devem estar identificados

com o número de entrada do paciente. Feito isso, são realizadas as pesquisas físico-químicas.

Page 98: MODELO DE RELATÓRIO 2014

98

10.2. Análise Bioquímica

A bioquímica é uma área muito importante dentro das análises clínicas, pois é através dos

métodos por ela disponíveis que se determina a maior parte dos analitos de interesse. Alguns

dos elementos que podem ser determinados nas análises bioquímicas de urina são: leucócitos,

sangue, bilirrubina, urobilinogênio, proteínas, cetonas e Glicose, os quais são identificados

por meio das tiras reagentes.

10.2.1. Tiras Reagentes para Urinálise

As tiras são fornecidas em frascos plásticos com um saquinho de sílica, para prevenir que

sejam danificas por qualquer tipo de umidade do ar. Cada tira contém 10 áreas reagentes.

Fig. 80 – Tiras reagentes de urinálise.

Fonte: http://www.infoescola.com/exames-medicos/urinalise/

Para o teste, deve-se imergir a tira na amostra e esperar pelo menos 5 segundos. Retirar e

comparar as colorações com a legenda no rótulo da embalagem.

Fig. 81 – Teste com tira reagente.

Page 99: MODELO DE RELATÓRIO 2014

99

As áreas de leitura possuem certa sensibilidade, ou seja, certas substâncias ou elementos da

urina só podem ser detectados se sua concentração existir dentro dos limites que a tira

consegue reagir com os mesmos.

Tabela 34: Legenda das tiras reagentes

Área Reagente Sensibilidade

Glicose 2,8 – 6,5 mmol L-1

Bilirrubina 3,3 – 8,6 mmol L-1

Cetona 0,5 – 1,0 mmol L-1

Sangue 150 – 450 UG L-1

Proteína 0,15 – 0,30 g L-1

Nitrito 13 – 22 µmol L-1

Leucócitos 5,0 – 15 células/mL

pH 5,0 – 8,5

Urobilinogênio 3,3 – 1,6 mmol L-1

Densidade 1000 – 1030 mg dL-1

Os resultados são escritos como AUSENTE ou PRESENTE (+, ++, +++, ++++), com exceção

do nitrito, que pode ser apenas AUSENTE ou PRESENTE. Caso haja cristais, devem ser

especificados.

10.3. Sedimentoscopia (EAS – Elementos Anormais do Sedimento)

A pesquisa de sedimentos é feita no microscópio binocular. Para isso, deve-se centrifugar a

urina por 10 minutos. Alguns dos elementos mais comumente analisados no laboratório são:

Leucócitos, Células Epiteliais, Hemácias, Cilindros, Cristais, Muco e Flora Bacteriana. Deve-

se pipetar 50 µL da amostra, colocar sobre a lâmina e ajustar as objetivas do microscópio.

Deve-se observar a lâmina em todas as objetivas (observar sempre 10 campos).

Leucócitos: Geralmente degenerados, indicando infecções, mas nem sempre sua

presença indica doença. Indica-se o resultado observado como X/CAMPO, onde X é o

número de leucócitos por campo. Ainda no resultado, deve-se escrever se forem

AUSENTES, RAROS ou INCONTÁVEIS.

Células Epiteliais: algumas vezes os epitélios da uretra, vagina, ureteres e bexiga

podem sofrer uma descamação. Isso pode significar uma infecção. Indica-se o

resultado observado da mesma maneira que os leucócitos;

Page 100: MODELO DE RELATÓRIO 2014

100

Hemácias: A presença de hemácias na urina é classificada como macroscópica quando

há quantidades suficientes para alterar a coloração do líquido da urina, tornando-a

mais escura e com tons leves de vermelho. O resultado também é dado em função do

número de hemácias por campo;

Cilindros Urinários: formam-se exclusivamente nos rins. Sua presença em urinas

significa infecção, já que em urinas normais não são encontrados. São de natureza

albuminosa. O resultado é dado como PRESENTE ou AUSENTE. Os cilindros podem

ser:

a) halinos: formações incolores de lados paralelos e extremides arredondadas.

b) granulosos: são mais grosseiros que os halinos, e provêm de epitélios degradados,

leucócitos, eritrócitos, albumina ou gordura.

c) fibrinosos (gordurosos ou lipóidicos): são gotas de substâncias gordurosas. Surgem de

nefrites, diabetes e inflamações renais agudas.

d) leucocitários (piócitos): têm leucócitos em sua estrutura, indicando processos

inflamatórios.

e) hemáticos: têm hemácias degeneradas em seu interior, podendo ser desde amarelos até

pardacentos. A infecção causada por esses corpúsculos é denominada hematúria.

f) Cilindróides: são parecidos com os halinos, mas possuem extremidades bifurcada e

aparência plana.

Muco: é um emaranhado de filamentos formados pela precipitação de microproteínas.

Em geral aparecem em casos de cálculo renal, DST’s e infecções urinárias. O resultado é dado como

AUSENTE ou PRESENTE (+, ++, +++, ++++);

Flora Bacteriana: é a presença de bactérias na amostra. O resultado é dado como DISCRETA,

MODERADA, LIGEIRAMENTE AUMENTADA, AUMENTADA ou MUITO

AUMENTADA;

Page 101: MODELO DE RELATÓRIO 2014

101

Espermatozoides: são encontrados em urinas colhidas após a ejaculação. Pode aparecer tanto

em urina masculina quanto feminina.

Cristais: podem ser encontrados tanto em urinas ácidas quanto em urinas alcalinas, conforme

mostrado na tabela 35 abaixo.

Tabela 35: Cristais Encontrados na Urina

Cristal Características

Uri

na

Áci

da

Ácido Úrico Possuem formas variadas e tem coloração amarelo-

avermelhada. Solúveis quando aquecidos a 60 °C.

Oxalato de Cálcio Incolores e brilhantes, com uma forma semelhante a

um envelope. Aparecem quando se ingere tomate e

espinafre. Solúveis em HCl concentrado.

Sulfato de Cálcio Parecem agulhas finas e compridas incolores. Pouco

solúveis em HNO3.

Cistina Incolores e de forma hexagonal. Solúvel em HCl

concentrado. Facilmente decomposto pelas bactérias.

Leucina Raros. Têm corpos esféricos, de aspecto gorduroso,

amarelo-acinzentados. Surgem das infecções

hepáticas. Solúveis ao calor.

Tirosina Aparecem juntos aos cristais de leucina. Parecem

agulhas finas e escuras. Solúveis HCl, NH4OH e

AcCOOH.

Uri

na A

lcali

na

Fosfato Amoníaco-Magnésio

Ou Fosfato triplo

Incolores e com forma de prisma. Solúvel em

AcCOOH.

Fosfato Amorfo Incolores e de aspecto granuloso.

Fosfato de Cálcio Incolores e brilhantes. Possuem a forma de placa ou

prisma. Solúveis em AcCOOH diluído.

Urato de Amônio Aspecto cristalino e semelhante a pequenas bolas de

espinhos. Podem estar sozinhos ou agrupados na

forma de um ‘colar’. Solúveis ao calor e NaOH.

Carbonato de Cálcio Aparece junto do fosfato amorfo, assemelhando-se à

cocos agrupados. Solúveis em AcCOOH com

desprendimento de gás.

Ácido Hipúrico Formas de agulhas incolores ou de formas rômbicas.

Aparecem após a ingestão de frutos ou vegetais.

Solúveis em ao calor.

Colesterol Semelhantes a vidros de janelas, geralmente

irregulares e sobrepostos. Solúvel em clorofórmio e

éter. *Fonte: atlas do sedimento urinário do laboratório.

Os cristais devem ser notificados como AUSENTES ou PRESENTES.

Page 102: MODELO DE RELATÓRIO 2014

102

11. Biossegurança

A segurança é importante em todos os lugares onde há riscos biológicos. No caso dos

laboratórios deve ser ainda maior, já que está-se em contato com material contaminante todo o

tempo. De acordo com ZOCHIO, L.B. (2009) a biossegurança é um conjunto de ações

voltadas para prevenção, minimização e eliminação de riscos para a saúde, ajudando, ainda,

na proteção do meio ambiente contra resíduos e na conscientização do profissional da saúde.

Mesmo sendo um assunto tão discutido hoje em dia, muitos ainda são os acidentes com

materiais perfurocortantes (80 a 90%). Na maioria das vezes o problema não está nas

tecnologias disponíveis para eliminar os riscos e sim, no comportamento dos profissionais.

Por isso, todos devem ser capacitados. Durante o estágio, todo material perfuro cortante era

descartado numa deskarpack, uma caixa amarela resistente, onde montamos a mesma com

seus respectivos acessórios e a lacramos para encaminhar à empresa de incineração quando

está cheia. Deve-se sempre usar as luvas de procedimento durante o trabalho dentro do

laboratório, bem com calçado fechado, jaleco e máscaras. Além do riscos ocupacionais

(ergonômicos, físicos e químicos) há os riscos biológicos, de diferentes potenciais. Por isso

foram adotadas as medidas de biossegurança. (Portal da Educação, 2009)

11.1. Procedimentos Operacionais Padrão (POP)

Para um funcionamento adequado do fluxo de serviço dentro do laboratório, a bioquímica

responsável faz aplicação do POP (Procedimentos Operacionais Padrão), que são

protocolos descritores detalhados de cada atividade no laboratório, desde a coleta até o resulto

final (incluindo a utilização de equipamentos), procedimentos técnicos, cuidados de

biossegurança e condutas a serem adotadas em acidentes.

11.2. EPI’s e EPC’s

Os equipamentos de proteção individual (EPI) e os de proteção coletiva (EPC) são

importantíssimos dentro do laboratório. Ex.: jalecos, máscaras, luvas, óculos, sapatos

fechados, pró-pés... são acessórios individuais, e jamais deve-se trabalhar sem eles. Ouros

como capela de exaustão de gases e extintores de incêndios, por exemplo, são de proteção

coletiva, pois protege várias pessoas ao mesmo tempo.

11.3. Boas Práticas Laboratoriais

Page 103: MODELO DE RELATÓRIO 2014

103

Segundo o MINISTÉRIO DA SAÚDE (2004) as práticas em laboratório devem ser seguidas

na íntegra, sob risco de penalidades mediante auditorias e fiscalizações. No ambiente onde

prestou-se o estágio as boas práticas e biossegurança são imprescindíveis. São elas:

usar calças compridas e sapatos fechados;

usar gorros ou amarrar os cabelos, caso sejam compridos;

não utilizar lentes de contato;

manter as mãos sempre lavadas e assepissiadas;

manter as unhas cortadas e limpas;

não utilizar maquiagens e esmaltes;

não utilizar joias e bijuterias;

não beber nem comer nada dentro do laboratório, nem conservar alimentos dentro das

geladeiras e freezers;

ao levar pessoas que não sejam funcionários para o laboratório;

evitar brincadeiras, distrações e conversas paralelas durante os procedimentos;

jamais pipetar substâncias com a boca;

não abrir armários, atender telefone, tocar interruptores e encostar em outras coisas

sem retirar as luvas;

jamais reencapar agulhas;

não cheirar placas de cultura nem nenhuma outra substância;

adicionar água aos poucos sobre o ácido, mas nunca ácido sobre a água;

guardar todo o material que não estiver sendo usado;

ler manuais e rótulos dos reagentes sempre que necessário.

12. Lavagem de Material, Descarte de Resíduos e Esterilização

Conforme dito no item antes, as agulhas e seringas utilizadas na coleta são descartadas numa

caixa própria para resíduos de perfuro cortantes, que depois é lacrada e colocada dentro do

saco de lixo branco, próprio para material infectado. As vidrarias quebradas são recolhidas e

descartadas numa bombona específica para essa finalidade. O material biológico é

neutralizado com solução de hipoclorito de sódio a 1% (NaClO) e depois descartados sob

água corrente na sala de expurgo. O material é lavado sob água corrente após a retirada dos

resíduos e submersos em bacias plásticas com uma mistura de água deionizada e hipoclorito

Page 104: MODELO DE RELATÓRIO 2014

104

de sódio a 1%. Bandejas metálicas, béqueres e tubos de ensaio são colocados na estufa de

esterilização e secagem após serem lavados.

Fig. 82 – Estufa de esterilização e secagem.

Materiais de plástico como alguns tubos, cálices, tampas de tubos e lâminas são secadas à

temperatura ambiente. Quando o material está seco, é guardado.

13. Considerações Finais

A realização do estágio é uma oportunidade que muitos têm, mas poucos sabem aproveitar. É

uma gama de aprendizado única e incomensurável. Nas análises clínicas há uma vastidão de

coisas a serem aprendidas e, ao mesmo tempo, várias coisas a serem ainda descobertas.

Segundo o artigo 2°, do DECRETO N° 87.497 de 18/08/82, que define regras para a

realização do estágio supervisionado, considera-se este como uma aprendizagem social,

profissional e cultural. Ainda na legislação, é dito na LEI N° 11.788 de 25/09/2008, que o

Page 105: MODELO DE RELATÓRIO 2014

105

estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à

contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e

para o trabalho.

14. Conclusão

Muitos fatores dificultam a inserção de profissionais qualificados no mercado. O estágio é,

sem dúvida, a melhor maneira de se treinar e selecionar um acadêmico para o mercado

profissional. Realizar o estágio supervisionado proporciona um excelente treinamento para o

verdadeiro mercado de trabalho, onde a experiência é levada em consideração como um

quesito de grande importância. No decorrer da realização do estágio algumas dificuldades

foram encontradas, tais como confecção dos esfregaços e utilização as micropipetas com

volumes muito pequenos. Porém, muitas expectativas foram superadas e os objetivos foram

alcançados, sendo satisfatório tanto para mim quanto em prol das atividades do laboratório. O

trabalho clínico da medicina preventiva é importantíssimo nas decisões médicas, pois os

prescritores se baseiam nos resultados obtidos nas análises para dar uma direção ou conduta

especializada ao paciente. A experiência adquirida na realização do estágio é única e deve ser

agarrada fortemente, pois a realização profissional só será alcançada com esforço e dedicação.

Page 106: MODELO DE RELATÓRIO 2014

106

15. Referências

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http://www.medville.com.br/infiniti/files/produto-arquivo/HumacountPlus.pdf. Acesso em

Nov. 2012.

Valor de referência de hemograma para crianças. Guia de interpretação de exames, vol.lll;

p.27 – portal da educação. Consulta em Nov. 2012.

Valor de referência de hemograma para adolescentes e adultos. Guia de interpretação de

exames, vol.lll; p.27 – portal da educação. Consulta em Nov. 2012.

Hemácias normocíticas e normocrômicas. Disponível em

http://heloisagallo.site.med.br/index.asp?PageName=Sangue. Acesso em Nov. 2012.

Hemácias macrocíticas e hipocrômicas. Disponível em http://www.icb.usp.br/mol/10-2-

sangue2.html. Acesso em Nov. 2012.

Hemácias macrocíticas e hipercrômicas. Disponível em http://www.icb.usp.br/mol/10-2-

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Grupo Heme. Disponível em http://en.wikipedia.org/wiki/File:Heme_b.png. Acesso em Nov.

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Estrutura química da bilirrubina. Disponível em http://www.infoescola.com/bioquimica/bilirrubina. Acesso em Nov. 2012.

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Linfócito. Guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 162 – portal da educação. Consulta em

Nov. 2012.

Monócito. Guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 162 – portal da educação. Consulta em

Nov. 2012.

Eosinófilo. Guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 161 – portal da educação. Consulta em

Nov. 2012.

Mielócito. Guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 160 – portal da educação. Consulta em

Nov. 2012.

Metamielócito. Guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 160 – portal da educação.

Consulta em Nov. 2012.

Basófilo. Guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 161 – portal da educação. Consulta em

Nov. 2012.

Segmentado. Guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 161 – portal da educação. Consulta

em Nov. 2012.

Plaquetas normais. Guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 172 – portal da educação.

Plaquetas gigantes. Guia de interpretação de exames, vol.lll; p. 172 – portal da educação.

Exemplificação da execução do esfregaço. Disponível em

http://biomedicoscopia.blogspot.com.br/2012/06/um-bom-estiraco-sanguineo.html. Acesso

em Nov. 2012.

Estrutura química do corante rápido 1. Disponível em

http://pt.wikipedia.org/wiki/Trifenilmetano. Acesso em Nov. 2012.

Estrutura química do corante rápido 2. Disponível em

http://pt.wikipedia.org/wiki/Xanteno. Acesso em Nov. 2012.

Estrutura química do corante rápido 3. Disponível em

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fenotiazina. Acesso em Nov. 2012.

Partes do microscópio. Disponível em http://dc261.4shared.com/doc/9UBT_sUS/preview.html.

Acesso em Nov. 2012.

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110

Estrutura química da quinoneimina. Disponível em http://chemeo.com/cid/33-757-5.

Acesso em Nov. 2012.

Estrutura química da ureia. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Ureia. Acesso em

Nov. 2012.

Fórmula Estrutural Tris. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Tris. Acesso em Nov.

2012.

Estrutura química da alantoína. Disponível em

http://pt.wikipedia.org/wiki/Alanto%C3%ADna. Acesso em Nov. 2012.

Fórmula estrutural da creatinina. Disponível em

http://dredisondacreatinina.com.br/mandato/pronunciamentos/saude/creatinina-2/. Acesso em

Nov. 2012.

Estrutura química do ácido pícrico. Disponível em

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_p%C3%ADcrico. Acesso em Dez. 2012.

Fórmula estrutural da tirosina. Disponível em http://www.tradegopt.com/product-

pharmaceutical/l-tyrosine-789285.html. Acesso em Dez. 2012.

Fórmula estrutural do Hepes. Disponível em http://en.wikipedia.org/wiki/File:HEPES.png.

Acesso em Dez. 2012.

Cadeia orgânica de cardiolipina. Disponível em http://es.wikipedia.org/wiki/Cardiolipina.

Acesso em Dez. 2012.

Cadeia química da lecitina. Disponível em

http://engenhariadealimentosufc.blogspot.com.br/2009/11/o-que-e-lecitina.html. Acesso em

Dez. 2012.

Placa de Kline para VDRL. Disponível em http://www.hexasystens.com.br/produto/placa-

de-kline-moldada-em-vidro-12-pocos-gk-12-glasscyto.aspx. Acesso em Dez. 2012.

Estrutura química do fármaco PZQ. Disponível em

http://en.wikipedia.org/wiki/Praziquantel. Acesso em Jan. 2013.

Ovo de Entamoeba coli. Disponível em http://www.jornallivre.com.br/179240/tudo-sobre-a-

entamoeba-coli.html. Acesso em Jan. 2013.

Tiras reagentes de urinálise. Disponível em http://www.infoescola.com/exames-

medicos/urinalise/. Acesso em Jan. 2013.

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Hiperuricemia. Disponível em http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/acido-urico/.

Acesso em: Nov. 2012.

Manual de Operação HUMAN CLOT Jr. – Coagulômetro monocanal. Farm. Resp.: Patrícia

de Castro C. Vilela, CRF-MG: 4463. p. 9. Consultado em Fev. 2013.

Manual de Operação HUMAN COUNT PLUS – Analisador Hematológico. Farm. Resp.:

Geraldo Célio Fontes Lopes, CRF-MG: 4225. p. 15. Consultado em Fev. 2013.

Manual de Operação BIOPLUS 2000 – Fotômetro, p. 1. Consultado em Fev. 2013.

Modelo TCC; Programa de Estágio Curricular Supervisionado. Centro Universitário de

Jaraguá do Sul – UNERJ – SC (2006). Consultado em: Fev. 2013.

Guia de Interpretação de Parâmetros, Analisador Hematológico HUMAN COUNT PLUS,

p.1-3. Consultado em Fev. 2013.

Atlas de Parasitologia Humana, Paratest Sistema Parasitológico. Diagnostek, p. 1.

Consultado em Fev. 2013.

Bula Tira Reagente de Urinálise Labor Strips – URS – X – 10. Quím. Resp.: José Laércio

Soares Jr., CRQ-SP: 04345089. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente Biolátex Fator Reumatóide Bioclin. Fabricante: Quibasa Química Básica,

Belo Horizonte/MG. Revisto em Julho/12. p. 1-2. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente Hexagon HIV In Vitro. Fabricante: Invitro Diagnóstica Ltda, Itabira/MG.

Farm. Resp.: Patrícia C. C. Vilela, CRF-MG: 4463. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente VDRL Bioclin. Fabricante: Quibasa Química Básica, Belo Horizonte/MG.

Revisto em Julho/12. p. 1-2. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente Biolátex ASO Bioclin. Fabricante: Quibasa Química Básica, Belo

Horizonte/MG. Revisto em Março/12. p. 1. Consultado em Fev. 2013.

Bula do reagente Biolátex PCR Bioclin. Fabricante: Quibasa Química Básica, Belo

Horizonte/MG. Revisto em Fevereiro/12. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente TTPA Bioclin. Fabricante: Quibasa Química Básica, Belo Horizonte/MG.

Revisto em Novembro/10. p.1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente TP Bioclin. Fabricante: Quibasa Química Básica, Belo Horizonte/MG.

Revisto em Março/12. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Page 112: MODELO DE RELATÓRIO 2014

112

Bula do reagente Soroclone Anti-A, Anti-B, Anti-AB Reversel Plus, p. 1. Consultada em

Fev. 2013.

Bula do reagente Soroclone Anti-D (IgG/IgM) Prothemo. Farm. Resp.: Janaína Martins,

CRF-MG: 30.331. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente Transaminase ALT (TGP) Cinética Bioclin. Fabricante: Quibasa Química

Básica, Belo Horizonte/MG. Revisto em Fevereiro/12. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente Transaminase AST (TGO) Cinética Bioclin. Fabricante: Quibasa Química

Básica, Belo Horizonte/MG. Revisto em Março/12. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente Creatinina Cinética Bioclin. Fabricante: Quibasa Química Básica, Belo

Horizonte/MG. Revisto em Março/12. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente Proteínas Totais Bioclin. Fabricante: Quibasa Química Básica, Belo

Horizonte/MG. Revisto em Abril/12. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente Ácido Úrico Líquido Estável Bioclin. Fabricante: Quibasa Química

Básica, Belo Horizonte/MG. Revisto em Janeiro/12. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente Uréia Cinética Bioclin. Fabricante: Quibasa Química Básica, Belo

Horizonte/MG. Revisto em Março/12. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente Fosfatase Alcalina Cinética Bioclin. Fabricante: Quibasa Química Básica,

Belo Horizonte/MG. Revisto em Março/12. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente Triglicérides Monoreagente Bioclin. Fabricante: Quibasa Química Básica,

Belo Horizonte/MG. Revisto em Janeiro/12. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente Colesterol Monoreagente Bioclin. Fabricante: Quibasa Química Básica,

Belo Horizonte/MG. Revisto em Março/12. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente Mucoproteínas Gold Analisa. Fabricante: Gold Analisa. p. 1. Consultada

em Fev. 2013.

Bula do reagente Albumina Bioclin. Fabricante: Quibasa Química Básica, Belo

Horizonte/MG. Revisto em Abril/12. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente Solução de Limpeza BIOPLUS 2000 Bioclin. Fabricante: Quibasa

Química Básica, Belo Horizonte/MG. Revisto em Abril/11. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Page 113: MODELO DE RELATÓRIO 2014

113

Bula do reagente Glicose Monoreagente Bioclin. Fabricante: Quibasa Química Básica, Belo

Horizonte/MG. Revisto em Maio/12. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente HC-Cleaner In Vitro. Fabricante: Human GmbH Max-Plank-Ring,

Wiesbaden, Alemanha. Distribuidor: In Vitro, Itabira/MG. Farm. Resp.: Patrícia C. C. Vilela,

CRF-MG: 4463. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente HC-Lyse In Vitro. Fabricante: Human GmbH Max-Plank-Ring,

Wiesbaden, Alemanha. Distribuidor: In Vitro, Itabira/MG. Farm. Resp.: Patrícia C. C. Vilela,

CRF-MG: 4463. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente HC-Diluent In Vitro. Fabricante: Human GmbH Max-Plank-Ring,

Wiesbaden, Alemanha. Distribuidor: In Vitro, Itabira/MG. Farm. Resp.: Patrícia C. C. Vilela,

CRF-MG: 4463. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente Fluoreto Bioclin. Fabricante: Quibasa Química Básica, Belo

Horizonte/MG. Revisto em Julho/2010. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente EDTA Bioclin. Fabricante: Quibasa Química Básica, Belo Horizonte/MG.

Revisto em Novembro/2011. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Bula do reagente Citrato Bioclin. Fabricante: Quibasa Química Básica, Belo Horizonte/MG.

Revisto em Julho/2010. p. 1. Consultada em Fev. 2013.

Page 114: MODELO DE RELATÓRIO 2014

114

16. Anexos

Lista de Figuras

Pág.

01. Quatro maneiras de executar assepsia ................................................................................ 16

02. Fórmula estrutural do EDTA .............................................................................................. 18

03. Complexo formado pela ação do EDTA ............................................................................ 18

04. Fórmula estrutural do citrato trissódico .............................................................................. 19

05. Sangues de controle hematológico ..................................................................................... 22

06. Contador hematológico HUMAN COUNT PLUS ............................................................. 22

07. Homogeneizador de sangue …………………………………………………………….. 24

08. Resultado de hemograma no contador hematológico ......................................................... 25

09. Hemácias normocíticas e normocrômicas .......................................................................... 30

10. Hemácias macrocíticas e hipocrômicas .............................................................................. 30

11. Hemácias macrocíticas e hipercrômicas ............................................................................. 30

12. Grupo Heme ........................................................................................................................ 31

13. Estrutura química da bilirrubina ......................................................................................... 32

14. Linfócito ............................................................................................................................. 33

15. Monócito ............................................................................................................................. 34

16. Eosinófilo ............................................................................................................................ 34

17. Mielócito ............................................................................................................................. 35

18. Metamielócito ..................................................................................................................... 35

19. Basófilo ............................................................................................................................... 35

20. Bastonete ............................................................................................................................. 36

21. Segmentados ....................................................................................................................... 36

22. Plaquetas normais ............................................................................................................... 37

23. Plaquetas gigantes ............................................................................................................... 37

24/25. Exemplificação da execução do esfregaço .................................................................... 38

26. Corantes hematológicos ...................................................................................................... 38

27. Lâminas coradas ................................................................................................................. 39

28. Estrutura química do corante rápido 1 ................................................................................ 39

29. Estrutura química do corante rápido 2 ................................................................................ 40

Page 115: MODELO DE RELATÓRIO 2014

115

30. Estrutura química do corante rápido 3 ................................................................................ 40

31. Microscópio binocular ........................................................................................................ 41

32. Partes do microscópio ......................................................................................................... 41

33. Contador diferencial de células BENFER CC 900 ............................................................. 43

34. Preparo de lâmina para teste de GS + Rh ........................................................................... 43

35. Reagentes para determinação do grupo sanguíneo + fator Rh ........................................... 44

36. Exame VHS ........................................................................................................................ 45

37. Coagulômetro HUMAN CLOT Jr. ..................................................................................... 46

38. Sangue sendo colocado em banho ...................................................................................... 47

39. Sangue “sorado” (soro/plasma) .......................................................................................... 50

40. Analisador bioquímico BIOPLUS 2000 ............................................................................. 51

41. Banho-maria sendo aquecido .............................................................................................. 52

42. Exame glicose sendo realizado ........................................................................................... 53

43. Exame colesterol sendo realizado ....................................................................................... 55

44. Estrutura química da quinoneimina .................................................................................... 56

45. Exame HDL ........................................................................................................................ 58

46. Exame triglicérides sendo realizado ................................................................................... 60

47. Estrutura química da ureia .................................................................................................. 61

48. Fórmula estrutural Tris ....................................................................................................... 62

49. Oxidante de trabalho .......................................................................................................... 63

50. Exame ureia sendo realizado .............................................................................................. 64

51. Estrutura química da alantoína ........................................................................................... 65

52. Exame ácido úrico sendo realizado .................................................................................... 66

53. Exame fosfatase alcalina sendo realizado ........................................................................... 68

54. Reagente de proteínas totais (azul) e albumina (amarelo) .................................................. 70

55. Reação de coloração proteínas totais/albumina .................................................................. 71

56. Fórmula estrutural da creatinina ......................................................................................... 71

57. Estrutura química do ácido pícrico ..................................................................................... 72

58. Exame creatinina sendo realizado ...................................................................................... 73

59. Fórmula estrutura da tirosina .............................................................................................. 74

60. Etapa de desproteinização das mucoproteínas .................................................................... 75

61. Teste de mucoproteínas ...................................................................................................... 76

62. Fórmula química do Hepes ................................................................................................. 79

Page 116: MODELO DE RELATÓRIO 2014

116

63. Descarte de bioquímica ....................................................................................................... 80

64. Teste HIV-1/2 ..................................................................................................................... 83

65. Esquema da visualização dos resultados HIV-1/2 .............................................................. 83

66. Cadeia orgânica de cardiolipina .......................................................................................... 84

67. Cadeia química da lecitina .................................................................................................. 85

68. Reagente para VDRL .......................................................................................................... 85

69. Placa de Kline para VDRL ................................................................................................. 85

70. Observação da placa ao microscópio .................................................................................. 86

71. Reagentes ASO ................................................................................................................... 87

72. Reagentes PCR ................................................................................................................... 88

73. Cálices com material processo de sedimentação ................................................................ 93

74. Sedimentos fecais antes da análise ..................................................................................... 93

75. Estrutura química do fármaco PZQ .................................................................................... 94

76. Ovo de Ascaris lumbricoides .............................................................................................. 95

77. Ovo de Schistossoma mansoni ............................................................................................ 95

78. Ovo de Entamoeba coli ...................................................................................................... 95

79. Tubos cônicos com urina .................................................................................................... 97

80. Tiras reagentes de urinálise ................................................................................................ 98

81. Teste com tira reagente ....................................................................................................... 99

82. Estufa de esterilização e secagem ....................................................................................... 104

Page 117: MODELO DE RELATÓRIO 2014

117

Lista de Tabelas

Pág.

01. Diferenciação de tubos de coleta de sangue ....................................................................... 20

02. Parâmetros e índices hematimétricos .................................................................................. 26

03. Valores de referência de hemograma para crianças ........................................................... 27

04. Valores de referência de hemograma para adultos ........................................................... 28

05. Exames TP (TAP), AP e RNI ............................................................................................. 48

06. Exame TTPA ...................................................................................................................... 49

07. Exame glicose ..................................................................................................................... 53

08. Exame colesterol total ........................................................................................................ 55

09. Exame colesterol HDL – precipitação ................................................................................ 57

10. Exame colesterol HDL – dosagem ..................................................................................... 57

11. Exame triglicérides ............................................................................................................. 60

12. Exame ureia – parte 1 ......................................................................................................... 63

13. Exame ureia – parte 2 ......................................................................................................... 63

14. Exame ácido úrico .............................................................................................................. 65

15. Exame fosfatase alcalina – parte 1 ...................................................................................... 67

16. Exame fosfatase alcalina – parte 2 ...................................................................................... 67

17. Exame proteínas totais ........................................................................................................ 69

18. Exame albumina ................................................................................................................. 70

19. Exame creatinina ................................................................................................................ 72

20. Exame mucoproteínas – desproteinização .......................................................................... 74

21. Exame mucoproteínas – precipitação ................................................................................. 75

22. Exame mucoproteínas – colorimetria ................................................................................. 76

23. Exame TGO ........................................................................................................................ 78

24. Exame TGP ......................................................................................................................... 79

25. Exame HIV-1/2 ................................................................................................................... 82

26. Exame VDRL ..................................................................................................................... 85

27. Diluição VDRL positivo ..................................................................................................... 86

28. Exame ASO ........................................................................................................................ 87

29. Diluição ASO ...................................................................................................................... 88

30. Exame PCR ......................................................................................................................... 89

Page 118: MODELO DE RELATÓRIO 2014

118

31. Diluição PCR ...................................................................................................................... 90

32. Exame FR ........................................................................................................................... 90

33. Diluição FR ......................................................................................................................... 91

34. Legenda das tiras reagentes ................................................................................................ 99

35. Cristais encontrados na urina .............................................................................................. 101

Page 119: MODELO DE RELATÓRIO 2014

119

Programa de Estágio Curricular

Estagiário: Leandro José Dias Gonçalves de Oliveira

Grau: Técnico em Química

Instituição: Escola Municipal Governador Israel Pinheiro

Empresa: Secretaria Municipal de Saúde e Meio Ambiente

(Prefeitura Municipal de Rio Piracicaba)

Setor: Laboratório de Análises Clínicas

Supervisão: Fernanda G. Ribeiro (Farmacêutica/Bioquímica-RT) – bacharel em farmácia pela

Universidade Federal de Ouro Preto / especialista em análises clínicas pela mesma

universidade

Sub-setores: Coleta, Bioquímica, Imunologia, Parasitologia, Urinálise e Hematologia

Carga Horária Mínima: 480 horas

Page 120: MODELO DE RELATÓRIO 2014

120

Síntese de Carga Horária

Semana N° de Dias N° de Horas

01/06/12 01 04

04/06/12 a 06/06/12 03 12

08/06/12 01 04

11/06/12 a 15/06/12 05 20

18/06/12 a 22/06/12 05 20

25/06/12 a 29/06/12 05 20

02/07/12 a 06/07/12 05 20

09/07/12 a 13/07/12 05 20

16/07/12 a 20/07/12 05 20

23/07/12 a 27/07/12 05 20

30/07/12 a 03/08/12 05 20

06/08/12 a 10/08/12 05 20

13/08/12 a 17/08/12 05 20

20/08/12 a 24/08/12 05 20

27/08/12 a 31/08/12 05 20

03/09/12 a 06/09/12 04 16

12/09/12 a 14/09/12 03 12

17/09/12 a 21/09/12 05 20

24/09/12 a 28/09/12 05 20

01/10/12 a 05/10/12 05 20

08/10/11 a 11/10/12 04 16

15/10/12 01 04

16/10/12 a 17/10/12 02 08

19/10/12 01 04

22/10/12 a 26/10/12 05 20

29/10/12 a 01/11/12 05 20

05/11/12 a 09/11/12 05 20

12/11/12 a 14/11/12 03 12

16/11/12 01 04

Page 121: MODELO DE RELATÓRIO 2014

121

19/11/12 a 23/11/12 05 20

26/11/12 a 30/11/12 05 20

03/12/12 a 07/12/12 05 20

10/12/12 a 14/12/12 05 20

Período de Estágio: 01/06/12 a 14/12/12

124 dias = 496 horas

Page 122: MODELO DE RELATÓRIO 2014

122

Ficha de Avaliação

Estagiário (a): Leandro José Dias Gonçalves de Oliveira

Curso : Técnico em Química Área: Análises Clínicas

Horas Trabalhadas: 496 H Duração: 124 dias

Empresa: Prefeitura Municipal de Rio Piracicaba

Local: Secretaria Municipal de Saúde e Meio Ambiente

Aspecto Níveis Nota

1 – Conhecimento Teórico Demonstrado:

Refere-se aos conhecimentos teóricos necessários à execução das tarefas sob a responsabilidade do estagiário (a).

1 2 Muito fraco (irrecuperável) 3 4 Fraco (quase recuperável) 5 6 Regular 7 8 Bom 9 10 Ótimo

2 – Aproveitamento Prático: capacidade em desenvolver tarefas.

1 2 Muito fraco 3 4 Fraco 5 6 Regular 7 8 Bom 9 10 Ótimo

3 – Capacidade de Aprendizagem capacidade de desenvolver tarefas.

1 2 Pouco Capaz 3 4 Lento 5 6 Capacidade regular 7 8 Com rapidez 9 10 Com muita rapidez

4 – Iniciativa: resolução de problemas, colaboração na área, apresentação de idéias.

1 2 Pouca iniciativa 3 4 Alguma iniciativa 5 6 Resolve dificuldades normais 7 8 Muita iniciativa 9 10 Prevê, resolve problemas e promove

melhorias.

5 – Responsabilidade: assiduidade, pontualidade, disciplina e capacidade para responder pelos encargos que lhe são confiados.

1 2 Pouco responsável 3 4 Alguma responsabilidade 5 6 Responsabilidade regular 7 8 Responsável 9 10 Muito responsável

6 – Organização: rigor, cuidado, ordem na execução de tarefas ou trabalhos com maquinas e equipamentos.

1 2 Muito desorganizado 3 4 Desorganizado

5 6 Organização regular 7 8 Organizado e cuidadoso 9 10 Muito organizado e cuidadoso

7 – Capacidades de concentração 1 2 Muito dispersivo 3 4 Dispersivo 5 6 Regulamente atento

Page 123: MODELO DE RELATÓRIO 2014

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7 8 Atento 9 10 Muito atento

8 – Dedicação e interesse: contribuição positiva e permanente para com os objetivos do trabalho e da empresa

1 2 Muito desinteressado 3 4 Desinteressado 5 6 Interesse regular 7 8 Interessado e dedicado 9 10 Muito interessado e dedicado

9 – Relacionamento e sociabilidade: hábitos e atitudes condizentes com a harmonia e bom rendimento da equipe

1 2 Muito difícil de lidar 3 4 Difícil de lidar 5 6 Relacionamento e sociabilidade

regular 7 8 Conciliador

9 10 Muito hábil e conciliador 10 – Segurança: preocupação com as normas de segurança no trabalho

1 2 Muito relaxado 3 4 Descuidado 5 6 Cuidado regular 7 8 Cauteloso e precavido 9 10 Muito cauteloso e precavido

Total das notas

Fernanda G. Ribeiro Farmacêutica/Bioquímica

CRF-MG: 20 469

Secretaria Municipal de Saúde e Meio Ambiente

Rio Piracicaba/MG