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ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DOCÊNCIA – I
RELATÓRIO DE ATIVIDADES
I: Fase de Observação
A educação, nas últimas décadas, tem sido muito questionada, sobretudo a educação
oferecida pelas escolas públicas. Introduziram-se novas técnicas com o intuito de resolver os
problemas pedagógicos, entretanto há ainda muitos problemas para serem superados. É inegável
que a educação e o ensino fazem parte do contexto social e, como esse contexto é dinâmico, a
educação e o ensino também o são.
Historicamente a palavra educação tem sido utilizada com dois sentidos: social e
individual. Para Haydt (2003) “do ponto de vista social, é a ação que as gerações adultas exercem
sobre as gerações jovens, orientando a sua conduta, por meio da transmissão do conjunto de
conhecimentos, normas, valores, crenças, usos e costumes aceitos pelo grupo social”. Ainda de
acordo com a referida autora, do ponto de vista individual, “a educação refere-se ao
desenvolvimento das aptidões e potencialidades de cada indivíduo, tendo em vista o aprimoramento
de sua personalidade”.
1.1 Considerações Iniciais
Com a evolução das sociedades e do conhecimento a simples imitação e mera
transmissão oral do conhecimento (educação assistemática) deixaram de ser suficientes para
transmitir os valores culturais acumulados pelas gerações anteriores o que resultou na necessidade
de se organizar o processo educacional por meio de uma ação deliberada e organizada (educação
sistemática), neste sentido surge o ensino. Ensinar é a atividade pela qual o professor, por
intermédio de métodos adequados, orienta a aprendizagem dos alunos. As complexas
transformações sociais e a evolução do conhecimento foram os fatores decisivos para a necessidade
da educação escolar.
Assim, para compreender melhor o processo ensino-aprendizagem que se materializa
nas instituições educacionais, o Estágio Supervisionado em Docência dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental representa um momento ímpar em que a teoria e a prática se integram em um espaço
rico que é a escola no qual o futuro profissional pode vivenciar a prática docente, construindo
conhecimentos pedagógicos e adquirindo experiência profissional por meio da vivência cotidiana
do ensinar e aprender com outros profissionais.
1.2 Realização do diagnóstico e Análise da Proposta Pedagógica da Escola Campo
Diagnóstico da Escola
A escola é o espaço por excelência destinado à formação integral do indivíduo e é vista
como um ambiente educativo, como espaço de formação, construído pelos seus componentes.
Assim, a escola possui uma função social de grande relevância para toda a sociedade, e é neste
espaço que as situações de ensino e aprendizagem se materializam o que torna essencial a presença
de futuros educadores com o intuito de vivenciar experiências profissionais.
Diante do exposto, convém ressaltar que para criar contextos significativos em que
teoria e prática possam se materializar em uma ação crítico-reflexiva fez-se necessário adentrar no
universo profissional dos professores e conhecer a prática cotidiana dos mesmos. Neste sentido, o
Colégio Estadual Juscelino Kubitschek, situada à Avenida Rui Barbosa nº522, Bairro: São
Francisco, na cidade de Quirinópolis-Go tem uma representação marcante na vida profissional
escolhida por mim, acadêmica: Edilaine Maria silva, a de educadora – nesta unidade escolar buscar-
se a realizar as primeiras experiências de ensino, as quais contam com o apoio de professores que
com seus conhecimentos experienciais e pedagógicos prestarão auxílio e orientação aos estagiários,
na construção de sua identidade profissional.
Para conhecer melhor a realidade, na qual se atua um professor, ou seja, o colégio deu-se
início no dia 12 de março de 2013 o Colégio Estadual Juscelino Kubitscheck, ao Estágio
Supervisionado em docência 2013, inicialmente com a realização do diagnóstico estrutural e
funcional da escola. Neste dia houve uma recepção cordial pelo grupo gestor. A coordenadora
pedagógica Elizabeth Rodrigues disponibilizou toda a documentação necessária para realização
desta atividade, as quais passam a relatar.
A unidade escolar foi criada para oferecer o ensino formal às crianças de diversos
bairros circunvizinhos. Com o objetivo de promover o desenvolvimento dos alunos, dando ênfase
ao crescimento dos mesmos como seres humanos que vivem em sociedade. Assim, com esta função
por iniciativa do poder público foi criado o Colégio Estadual Juscelino Kubitschek o qual recebeu
este nome para homenagear o Presidente da República dos anos 50, que com sua visão futurista e
democrática, indicou-se no Brasil uma abertura política e econômica que alavancou uma
modernização na indústria brasileira,necessitando desta forma de uma nova estruturação no mundo
do trabalho,isto se consegue através de uma educação inovadora e de qualidade,portanto o nome
Juscelino Kubitschek,foi escolhido justificando as inovações que este Presidente trouxe ao Brasil.
Com a lei de criação nº 9.932 de 23 de dezembro de 1985. No ano de 1986 a escola recém-criada
inicia suas atividades de ensino oferecendo o Ensino Fundamental, 1º ao 9º Ano do Ensino
Fundamental, Correção de Fluxo I, EJA – 2ª Etapa do Ensino Fundamental e EJA – 3ª Etapa do
Ensino Médiocom a autorização de funcionamento nº. 37 CEE/CEP de 04 de fevereiro de 2013.
Toda instituição precisa contar com instrumentos que contribuam para normatizar as
ações das pessoas envolvidas, no caso da escola, isto não poderia ser diferente, pois as instituições
de ensino devem elaborar um Regimento Interno e submetê-lo à aprovação. Neste sentido, com o
intuito de regulamentar os direitos e deveres do corpo discente, docente e administrativo o Colégio
Estadual Juscelino Kubitschek possui um Regimento Interno aprovado com o ato de aprovação nº.
-------- de --- de------ de 20---(obs)a diretora não estava para passar esta informação..
Além do Regimento Interno, a referida Unidade Escolar possui um Conselho Escolar
que tem atribuições consultivas, deliberativas e fiscais que são definidas na legislação estadual e no
Regimento Escolar e envolve questões relativas aos aspectos pedagógicos, administrativos e
financeiros.O Conselho de Classe é uma entidade representativa dos interesses da comunidade
escolar, que visa auxiliar a administração escolar, uma vez que a Escola é um sistema articulado,
objetivando promover a interação Escola Comunidade, por isso, a Unidade Escolar realiza o
conselho de classe bimestralmente nos três turnos de ensino (matutino,vespertino,noturno) e tem
por objetivo analisar os resultados tanto no que se refere ao desempenho do aluno como do
professor. O Conselho Escolar é eleito e é composto por docentes, especialistas em educação,
funcionários, pais e alunos. Outro conselho atuante na Escola é o Conselho de Classe que conforme
Libâneo (2001, p.104) “é um órgão de natureza deliberativa quanto à avaliação escolar dos alunos,
decidindo sobre ações preventivas e corretivas em relação ao rendimento dos alunos, ao
comportamento discente, às promoções e reprovações (...).” Geralmente participa do Conselho de
Classe todo o corpo docente, coordenador pedagógico, diretor, secretária geral, pais e os alunos
representantes de sala.
O Colégio Juscelino Kubitschek atende alunos de Ensino Fundamental, 1º ao 9º Ano do
Ensino Fundamental, Correção de Fluxo I, EJA – 2ª Etapa do Ensino Fundamental e EJA – 3ª Etapa
do Ensino Médio,assim relacionado,funciona nos turnos: matutino, vespertino e noturno. Conta
com um total de 604 alunos matriculados e tem a capacidade para atender até 45 alunos (quanto às
vagas, são fixadas repeitando a capacidade das salas que é de 1 m² por aluno). A equipe escolar
prima pela qualidade do ensino e concebe o processo ensino-aprendizagem como algo que se realiza
por meio do relacionamento interpessoal entre alunos e professores, alunos e alunos, professores e
professores, enfim, entre alunos, professores e direção. O ato de aprender é responsabilidade de
todos.
Localizada no bairro São Francisco o Colégio Estadual Juscelino Kubitschek atende uma
clientela oriunda de vários bairros da cidade. A nossa clientela é constituída pela classe média,
classe média baixa e classe baixa, uma pequena porcentagem é oriunda da zona rural. Situada à
Avenida Rui Barbosa, nº. 522, Bairro São Francisco com uma área total e equivalente metade de
um quarteirão,a construção é dividida em dois pavilhões,tem construção de alvenaria,com portas de
chapa galvanizadas, revestido por telhas em cerâmica, janelas constituídas por vitrôs, com piso em
granitina. O colégio possui 11 salas de aula, em boas condições de funcionamento, com boa
iluminação e arejamento. Contendo também uma sala de direção, secretaria, cantina, biblioteca, sala
de informática, um depósito, cinco banheiros femininos para alunas sendo um para cadeirante, cinco
banheiros masculinos para alunos sendo um para cadeirante, todos com três lavatórios de mãos e
espelhos, um banheiro masculino para funcionários, um banheiro feminino para funcionárias,uma
sala para a biblioteca, uma sala para o laboratório de informática,uma cantina, uma sala para a
coordenação pedagógica, uma quadra coberta e o pátio.
A equipe gestora é formada pela Diretora Emilene Aparecida Alves Silva, Vice Diretora
Tereza Cristina da Silva e Souza, Coordenadoras Pedagógicas: Ana Cristina Alves dos
Santos,Elizabeth Rodrigues,Ismeni de Souza Vasconcellos que coordena, organiza e gerencia todas
as atividades da escola auxiliada pela Secretária Escolar:Kenis Martins do Carmo responsável pela
documentação, escrituração e correspondência da escola, dos docentes, demais funcionários e dos
alunos, respondendo também pelo atendimento ao público juntamente com os auxiliares da
secretaria. Além destes membros a equipe gestora conta com o setor técnico-administrativo
formado por merendeiras, zeladores, porteiros-serventes, bibliotecários e o responsável pelo
laboratório, etc.
O Colégio conta com uma coordenadora pedagógica para cada turno. O setor
pedagógico compreende as atividades de coordenação pedagógica que são: supervisionar,
acompanhar, assessorar, apoiar e avaliar as atividades pedagógico-curriculares. Sendo que a
atribuição prioritária deste profissional é prestar assistência pedagógico-didática aos professores em
suas respectivas disciplinas, no que diz respeito ao trabalho interativo com os alunos. Há também
outra atribuição do coordenador pedagógico que é fundamental: o atendimento dos pais e da
comunidade para prestar esclarecimentos sobre o funcionamento pedagógico-curricular e didático
da escola e comunicar e interpretar a avaliação do aluno.
O corpo docente da Escola é constituído por 28 professores, sendo que 21 são
profissionais concursados, pró-labore são 7,pós-graduados 0,não-graduados 3 e possuem apenas a
graduação são 3 e os mestres são 2. Os professores em exercício na escola são responsáveis pelo
objetivo prioritário da escola que é o ensino. Além do papel específico de docência, os professores
participam da elaboração do Projeto Político Pedagógico, das atividades realizadas na escola, das
decisões do conselho Escolar e de Classe, das reuniões com pais para comunicar e interpretar os
resultados da avaliação do aluno e das atividades cívicas, culturais e recreativas da comunidade
escolar.
Para Libâneo (2001) “a educação escolar tem a tarefa de promover a apropriação de
saberes, procedimentos, atitudes e valores por parte dos alunos, pela ação mediadora dos
professores e pela organização e gestão da escola”. Para realizar a sua ação toda escola precisa
contar com uma equipe: grupo gestor, corpo docente e apoio pedagógico. Além disso, necessita de
uma infraestrutura física, de recursos materiais e equipamentos.
Assim, ao fazer o diagnóstico da escola o estagiário passa a compreender que a escola é
muito mais que um simples edifício. Todo o seu espaço físico tem uma função essencial. O Colégio
Estadual Juscelino Kubitschek conta com um acervo de aproximadamente 1.563 livros na
biblioteca. Além da infraestrutura física a escola necessita de recursos didáticos para atender às
especificidades de cada área do conhecimento. Os professores contam com 2 televisores, 2
aparelhos de DVD, 1 aparelho de som,1 datashow e 1 retroprojetor. Os recursos didáticos são
essenciais para dinamizar o processo ensino-aprendizagem, pois contribuem para assegurar o
desenvolvimento das capacidades cognitivas, operativas, sociais e morais por facilitar o acesso ao
conhecimento e à informação.
Os alunos atendidos pela escola são oriundos em sua maioria pela classe média, classe
média baixa e classe baixa, uma pequena porcentagem é oriunda da zona rural. A escola atende 18
alunos da zona rural e 100 alunos são atendidos por programas sociais. E para atender às
necessidades dos alunos a escola oferece projetos extracurriculares como os Projetos: Conto de
Fadas, Leitura de Fábulas, Cantinho da Leitura, Contadores de História, História em Quadrinhos,
Literatura de Cordel. Além desses projetos a escola oferece projetos multidisciplinares envolvendo
todas as turmas do Ensino Fundamental.
Análise da Proposta Pedagógica
Quanto aos aspectos funcionais da escola foi possível perceber que esta utiliza de forma
racional os recursos materiais, físicos e humanos. A escola adota uma concepção democrático-
participativa de organização e gestão, por esse motivo defende uma forma coletiva de gestão em
que as decisões são tomadas coletivamente e discutidas entre a comunidade escolar.A organização
escolar incide diretamente na eficiência e na eficácia do processo ensino aprendizagem ao garantir
as condições de funcionamento da escola em uma ação unificada da equipe escolar por intermédio
da ação educativa em torno de diretrizes, normas, desempenho de funções e rotinas. Além disso, há
um bom relacionamento entre todos os membros que compõe a equipe escolar. Todas as pessoas
estão comprometidas com o seu trabalho realizando-o da melhor forma possível, contribuindo assim
para a concretização dos objetivos da escola que é promover um ensino de qualidade . A escola tem
um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo do ser humano. Por isso o processo ensino-
aprendizagem deve ser eficaz. Por aprendizagem entende-se o desenvolvimento da pessoa como um
todo: inteligência; afetividade; padrões de comportamento moral, relacionamento com a família,
com o bairro, com a cidade e com o país, desenvolvimento da coordenação motora, capacidades
artísticas; comunicação, etc (Masetto, 1994).
O processo ensino-aprendizagem ocorre numa escola que está situada em um
determinado local, numa certa época histórica, que segue orientações e diretrizes de profissionais da
Educação e de políticas governamentais. Estas últimas têm uma influência muito grande através da
legislação e normas que afetam a escola. Evidentemente, grande parte dos estabelecimentos de
ensino básico está diretamente subordinada ao Estado.
Para Masetto (1994) “a Educação é fator de desenvolvimento da cidadania, que
fundamenta e amplia a vivência da democracia, em um país tão cheio de contrastes, ambiguidades e
contradições como o nosso”. Com o intuito de melhorar a qualidade do ensino o Estado de Goiás
através da Superintendência de Ensino Fundamental e da Secretaria Estadual da Educação define as
Diretrizes Técnico-Pedagógicas para o Ensino fundamental com o intuito de consolidar a política
pública iniciada em 2003 com a rede de acompanhamento das classes de 1ª séries e em 2004 com a
implantação do Projeto Aprender.
As mudanças expostas acima afetam as instituições de ensino que oferecem a Educação
Infantil e o Ensino Fundamental, uma vez que passa a assegurar o ingresso da criança de 6 anos no
Ensino Fundamental garantindo-lhe um maior tempo para a sua alfabetização. Assim, a criança de 0
a 5 será atendida pelas instituições de educação infantil, modalidade de ensino não obrigatória e por
outro lado o Ensino Fundamental passa a ser obrigatório para a criança de 6 anos. Vejo estas
mudanças como medidas fundamentais para acompanhar a evolução das famílias e as necessidades
das crianças no mundo atual. Todavia, penso que tão importante quanto assegurar um tempo maior
para a alfabetização de nossas crianças é assegurar-lhes uma educação de qualidade.
A escola é sem dúvida uma instituição social, e como tal faz parte de nossa história, ao
mesmo tempo em que sofre influências ela também influencia aquilo que acontece ao seu redor.
Para Rodrigues (1988) a escola “não é apenas o local onde se reproduzem os interesses, os valores,
a cultura, a ideologia. Também pode influenciar a ideologia, os valores, a ciência, a política e a
cultura na sociedade em que está inserida”.
Convém ressaltar que a escola tem a função de preparar o indivíduo para o exercício da
cidadania moderna, ou seja, preparar o homem capaz de conviver numa sociedade em que o
conhecimento evolui constantemente. Diante disso o ensino enciclopédico, baseado na
memorização de informações não atende mais às necessidades da sociedade. O homem moderno e
instruído é aquele capaz de resolver conflitos relacionados à sua atividade profissional e que seja
um autodidata, ou seja, uma pessoa capaz de instruir-se. Estas exigências fizeram surgir um novo
paradigma para a educação: o paradigma da competência.
Nunca se falou tanto em desenvolver as competências do aluno. No entanto, o que
significa ensinar para competências? Para Moretto (2002) competência é a capacidade do sujeito de
mobilizar recursos (cognitivos) visando abordar uma situação complexa. O conceito de
competência envolve cinco recursos que o sujeito precisa desenvolver na abordagem de uma
situação complexa, são os chamados recursos disponíveis para a mobilização ao abordar uma
situação complexa. Qualquer que seja a situação complexa para resolvê-la é preciso conhecer os
seus conteúdos específicos, além disso, é necessário ter habilidades e procedimentos, habilidade
significa “saber fazer”, outro recurso também imprescindível é a linguagem, pois conhecer a
linguagem específica para resolver uma situação complexa é indicador de competência, os valores
culturais também são componentes essenciais e estabelece o contexto cultural da situação, e por
último a administração das emoções o estudante deve aprender administrar seus conflitos pessoais e
familiares.
O paradigma da competência exige uma nova postura por parte de alunos e educadores,
pois cada um deve construir e reconstruir o seu conhecimento diariamente. Assim ambos devem ser
reflexivos e buscar cada vez mais soluções para os problemas com os quais se deparam, seja na
escola, na atividade profissional ou na vida em sociedade.
É por esta razão que o conceito de competência está bastante presente no vocabulário de
todos os profissionais da educação. A organização curricular das escolas de educação básica se
estrutura em torno das competências (Objetivos gerais) dos alunos alcançáveis a longo prazo e para
alcançá-las foram elaboradas matrizes de habilidades (objetivos específicos) para cada ano
alcançáveis a curto prazo com o intuito de formar pessoas competentes.
Diante do exposto foi essencial fazer a análise da proposta pedagógica da escola (PPP e
Projeto Aprendizagem) para compreender como a escola define objetivos, conteúdos, metodologias,
recursos e formas de avaliação. Assim ao fazer a análise da proposta pedagógica da escola pude
perceber que atualmente o ensino fundamental no Estado de Goiás tem como fundamento o ensino
por competências e habilidades em conformidade com os quatro pilares da educação, o currículo
prioriza a interdisciplinaridade e a aquisição de conhecimentos e valores universais. E que nos anos
iniciais tornou-se prioritária a implementação de ações específicas para aquisição e consolidação da
base alfabética.
As matrizes curriculares têm como eixos norteadores a leitura, a produção de textos e a
valorização da cultura local e infanto-juvenil em todas as áreas do conhecimento. A aprendizagem é
concebida como um “processo de assimilação de determinados conhecimentos e modos de ação
física e mental” mediado pelo processo de ensino, que envolve a relação cognitivo-afetiva entre o
sujeito que conhece e o objeto do conhecimento.
A aprendizagem entendida como construção e reconstrução do conhecimento requer as
seguintes competências: cognitivas (aprender a pensar), atitudinais (aprender a ser e a conviver) e
operativas (aprender a atuar). As competências devem orientar a seleção dos componentes
curriculares e estes são desdobrados em conteúdos factuais, conceituais, atitudinais e
procedimentais.
O Projeto Aprendizagem traz como uma orientação para o trabalho pedagógico as
matrizes de habilidades previstas para cada ano e para cada área do conhecimento. Atualmente há
uma preocupação em torno da qualidade do ensino, e a organização curricular ao colocar em
evidencia o que cada criança precisa saber fazer, isto é, ter habilidade ao final de cada etapa de
escolarização é uma forma a meu ver de melhorar a qualidade da aprendizagem de nossas crianças.
Um aspecto de grande relevância diz respeito à formação do pequeno leitor por meio de
projetos de incentivo à leitura. Além dos acervos prioriza-se também a capacitação dos professores
e o acompanhamento do projeto “Cantinho da leitura” que é desenvolvido durante todo o ano letivo.
A preocupação com a qualidade do ensino está presente também na forma como são
realizadas as avaliações. Os alunos são acompanhados em suas dificuldades com aulas de reforço
no contraturno, são utilizados relatórios individuais para fazer o registro do desempenho dos alunos,
a freqüência às aulas é uma exigência para a garantia de uma boa aprendizagem e visitas regulares
na sala de aula para acompanhar o desenvolvimento do projeto. Além disso, são aplicados
instrumentos avaliativos para verificar se está ocorrendo de fato a aprendizagem dos alunos.
A avaliação prevista pela LDB 9394/96 Art. 24 Inciso IV é assegurada. Todos os
professores são orientados a realizar a avaliação processual, cumulativa, contínua, através de
observações sistemáticas e assistemáticas, ao longo do processo ensino-aprendizagem. Além disso,
o professor deve acompanhar a qualidade da participação do aluno às aulas, acompanhar a
qualidade de desempenho cognitivo: aquisição de conteúdos conceituais, procedimentais
(habilidades) em Língua Portuguesa e Matemática (leitura, produção escrita e operacional), o
desenvolvimento do aluno na área afetivo-social: competência atitudinal, relacional, avaliação
contínua, diagnóstica considerando o erro como ponto de partida para as intervenções necessárias.
São realizadas avaliações internas e externas, ou seja, a avaliação é utilizada para fazer o
acompanhamento dos alunos.
1.3 Relatórios de Observação da sala de aula
Após a realização do diagnóstico e análise do PPP da escola campo, deu-se início a outra
etapa do Estágio Supervisionado em Docência I que é a etapa de observação das atividades
pedagógicas. Nesta fase do estágio a atuação foi apenas como observadora da ação didática dos
professores. Na verdade este é um momento muito importante do estágio por permitir ao aluno
estagiário conhecer a rotina do trabalho docente, bem como vivenciar situações de ensino e
aprendizagem.
Com o intuito de cumprir a etapa de observação no dia 19 de março de 2013, foi
observada uma aula no 1° ano do Ensino Fundamental. A professora regente Ana Paula Ferreira
Soares, depois que todos chegaram a professora iniciou com as boas vindas e fez a oração, em
seguida ela direcionou para beber água e ir ao banheiro, depois que todos entraram para sala, a
vice-diretora fez a chamada dos alunos, a professora comunicou que ia entregar a prova de
matemática depois da prova entregue ela explicou sobre a mesma. Notei que durante a prova eles
tiveram muitas dificuldades em responder, teve alguns alunos que estavam até colando dos colegas.
Logo em seguida a professora recolheu as provas e as corrigiu no quadro, explicando
como deveria ser resolvida, depois ela entregou mais uma atividade de matemática, explicou o
modo de fazer e eles não tiveram nenhuma dificuldade para fazer, depois eles foram para o
intervalo, quando eles voltaram do intervalo a professora direcionou eles para fazer a higiene
pessoal, ao retornarem para sala a professora colocou um cd com fundo musical, ela disse para eles
que a aula agora era de português, ensinou as letras B,C,D do alfabeto, os 20 alunos se mostraram
bem interessados e motivados em relação ao conteúdo administrados, entregou uma atividade para
eles colorir em relação as letras estudadas. A professora cantou várias cantigas com os alunos e fez
várias brincadeiras, na sala tem um projeto contação de história, tem uma maleta toda decorada com
o tema da historia dos três porquinhos que cada criança leva para casa e fica três dias, em casa ela
vai ler e contar a historia através de desenhos os escrita feita por elas. Notei que a sala é bem
espaçosa e arejada, a professora não usou muitos recursos para estimular os alunos, mais a
metodologia que ela usa é o diálogo o tempo todo para manter os alunos atentos durante as
explicações, dando também atenção duvidas aparecidas, todas as tarefas foram corrigidas no
quadro-giz, com a participação dos alunos.
No dia 26 de março de 2013, no retorno a escola, foi observado a sala do 2° ano da
professora Silvia de Souza Zequim, na sala tem 17 alunos ela iniciou com as boas vindas, fez a
oração do Pai-Nosso, em seguida ela direcionou os alunos para ir beber água e ir ao banheiro, ao
retornarem para sala, a vice-diretora Tereza Cristina da silva e Souza foi na sal a e fez a chamada
dos alunos, a professora dando continuidade no conteúdo de matemática que ela tinha administrado
uma dia antes entregou uma atividade relacionada ao mesmo, reforçando o conteúdo, ela explicou
para os alunos como era para resolver, só os dois alunos que tiveram dificuldades para fazer, ela
tem em sala um total controle sobre os alunos e aparentemente os alunos possuem um bom
relacionamento entre si , em seguida eles foram para o intervalo, depois do intervalo, a professora
direcionou eles para fazerem as higiene pessoal , depois foi aula de português como estava perto
da pascoa, a professora entregou um texto pequeno ela leu com eles no quadro e depois pediu para
cada um ler , logo em seguida a professora levou eles para sala de informática para eles assistirem
um filme sobre a Pascoa, ao retornarem para sala a professora entregou uma atividade para eles de
colagem no coelho. A sala é bem arejada e espaçosa, os recursos utilizados pela professora foram
muito estimulantes e as crianças demonstraram muito interesse, o conteúdo foi bem trabalho, na
metodologia a professora usa muito o dialogo, assim mantendo a atenção e a interação dos alunos
durante as explicações e tirando sua duvidas. A professora tem um grande domínio de sala, todas as
atividades são corrigidas em sala e no quadro-giz com a participação dos alunos.
Dando continuidade a observação, no dia 2 de abril de 2013, estive na sala do 2° ano da
professora Elizabeth Durval da Silva tem 22 alunos, ela iniciou a aula com as boas vindas e com
uma musica religiosa e depois escolheu um ajudante do dia , a vice-diretora Tereza Cristina da Silva
e Souza fez a chamada, a professora disse para os alunos que a aula era de matemática, colou um
desenho da girafa com a medida de comprimento explicou para eles que tinha vários métodos de
medir, em seguida entregou uma atividade para eles em relação ao conteúdo, alguns tiveram
dificuldades em fazer, ela deus alguns minutos para eles e depois eles fez a correção no quadro
tirando todas as dividas que iam surgindo, em seguida foi o intervalo depois ao retornarem para
sala, a professora direcionou eles para fazerem a higiene pessoal , em seguida deu aula de
geografia, orientado pelo livro didático com conteúdo orientação , entregou uma atividade que
eles se saíram bem, ela corrigiu e elogiou a todos. A sala é bem arejada e espaçosa com
ventiladores. A professora tem um grande domino da sala tanto no que se refere ao conteúdo e
quanto ao controle da disciplina, os alunos são estimulados o tempo todo, além disso ela utiliza
recursos para estimular interação dos alunos, e toas as atividades são corrigidas em sala de aula e no
quadro –giz, com a participação dos alunos.
No dia 9 de abril ao retorno a escola foi observado a sala do 5° ano da professora Elida
com 26 alunos sendo 2 especiais tendo uma professora de apoio, a professora iniciou com as boas
vindas, em seguida fez a oração do Pai-Nosso, ela organizou as carteiras, o conteúdo foi sobre
gramatica, conjunções, durante a aula não houve problemas relacionados com desinteresse ou
indisciplina, os alunos mostraram bastante interessados o tempo todo, ela possui um grande
domínio da sala o conteúdo foi bem trabalhado, entregou uma atividade para ele e não tiveram
nenhuma dificuldade para fazer. A vice-diretora Tereza Cristina da Silva e Souza fez a chamada, a
sala é bem espaçosa e arejada possui ventiladores. Os alunos são estimulados o tempo todo, os
recursos utilizados pela professora, ela deixa o aluno a vontade para perguntar, questionar duvidas
existentes na sala ou fora dela, usa muito o dialogo o tempo todo e livros didáticos, as atividades
são todas corrigidas no quadro-giz com a participação dos alunos.
Dando continuidade a observações, no dia 16 de abril de 2013, estive na escola na sala
do 4° ano da professora Marinez da silva Rodrigues com 28 alunos, iniciou a aula com as boas
vindas, depois ela colocou uma musica religiosa, a vice-diretora Tereza Cristina da Silva e Souza
fez a chamada, em seguida ela deu aula de matemática sobre fração, eles tiveram muita dificuldade
para fazer e não prestavam atenção, a professora não tinha o domínio da sala , alguns alunos tinha
interesse em aprender , ela deu alguns minutos para eles fazerem as atividades e depois ela fez a
correção no quadro e passou uma atividade para casa, o conteúdo foi bem trabalhado só não
consegui prender a atenção deles e nem estimular eles ao aprendizado, em seguida foi o intervalo,
ao retornarem eles a professora contou algumas histórias e depois eles cantaram a musica que iam
apresentar no dia do índio. A sala é bem arejada e espaçosa, o conteúdo e´ todo corrigido no quadro
–giz com a participação de alguns alunos.
A observação das aula foi muito importante, pois mostrou que toda aula possui uma
seqüência a ser seguida e que o planejamento é muito importante para que o professor não se perca
durante a execução, e que toda a ação educativa deve ser bem planejada. O professor ao delinear a
sua ação docente deve primeiramente planejar, depois executar e ao final avaliar. Além disso,
constata-se que atualmente os professores organizam as situações de aprendizagem com uma
metodologia dialética permitindo uma maior participação do aluno no próprio processo de
aprendizagem.
A metodologia de trabalho em sala de aula é uma síntese, uma concretização, um reflexo de toda uma concepção de educação e de um conjunto de objetivos (mais ou menos explícitos). Uma metodologia na perspectiva dialética baseia-se numa concepção de homem e de conhecimento onde se entende o homem como ser ativo e de relações. Assim, compreende-se que o conhecimento não é “transferido” ou “depositado” pelo outro (conforme a concepção tradicional), nem é “inventado” pelo sujeito (concepção espontaneísta), mas sim construído pelo sujeito na sua relação com os outros e com o mundo. (VASCONCELLOS: 2000:46).
Dentro desta perspectiva pode-se afirmar que qualquer conteúdo trabalhado pelo
professor na sala de aula só adquire significado para o aluno se for refletido, reelaborado, do
contrário não há aprendizagem, mas sim memorização de informações de forma superficial.
1.4 Participações em reunião
Para finalizar o período de Observação houve a participação em uma reunião Planejamento Semanal no dia 15 de abril de 2013. Neste trabalho estavam presentes: a coordenadora Elizabeth Rodrigues, as professoras do turno vespertino e as estagiárias. A reunião começou com a coordenadora Elizabeth, a pauta da reunião foi: verificar os planos de aula, entrega dos diários e seu preenchimento, avaliar o aluno no reforço – leitura e tabuada,a festa do dia do índio e sua culminância,a quantidade de tarefas que cada professor passa para o aluno na sala por dia. Ao finalizar a reunião a coordenadora fez alguns questionamentos aos professores em relação aos alunos;quais são os alunos faltosos,os que não acompanha a turma,os que tem dificuldade na escrita e também como os mesmos estão no reforço no turno matutino.
1.5 Considerações Finais
Diante desta vivencia na escola contribuiu bastante para minha formação profissional e pessoal
ajudando como desempenhar esse papel , no qual vivemos experiências inovadoras e truxe a
realidade da sociedade, da educação e do sistema da escolar, mostrou a importância da formação
continuada de se aprimorar os conhecimentos das área
1.6 Referências Bibliográficas
HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de didática geral. São Paulo: Ática, 2003.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. (Coleção Magistério). São Paulo. Cortez, 1994.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa,
2001.
MASETTO, Marcos Tarciso. Didática: a aula como centro. São Paulo: FTD, 1994.
MORETTO, Vasco Pedro. Prova – um momento privilegiado de estudo – não um acerto de contas.
2 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo:
Libertad, 2000.
Sites: http//: www.see.go.gov