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2012-2013 RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO Segunda Liga 5ª Jornada 01/09/2012 | 18:00 Horas Sporting B Marítimo B SC Marítimo B Observador: Marco Santos

Relatório de Observação Sporting vs Martimo B | 2012-13

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2012-2013

RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO Segunda Liga – 5ª Jornada

01/09/2012 | 18:00 Horas

Sporting B – Marítimo B

SC Marítimo B

Observador: Marco Santos

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Relatório de Observação SC Marítimo B

Caracterização da Equipa

O Marítimo apresenta três derrotas fora de casa e duas vitórias no seu estádio,

caracterizando-se uma equipa mais forte a jogar em casa (arriscando mais) e, a jogar fora, uma

equipa a procurar jogar mais no erro (arriscando menos). Registo para todas as derrotas por

diferença de um golo apenas (equipa que não entrega o resultado nem desiste do jogo, luta até ao

fim).

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Relatório de Observação SC Marítimo B

Ficha de Jogo

01/09/2012 | 18:00 Horas – Estádio Municipal de Rio Maior – Relvado

Equipa Inicial: Sporting B

Equipa Inicial

Nº Jogador CA CV Subs G

Nº Jogador CA CV Subs G

32 Victor Golas

-2

1 Welligton

-3

33 Diego Rúbio 6’

70’ 1

6 Marakis 38’

64’

34 Ilori

11 Ibrahim

40 P. Mendes ©

24’

14 Gégé 57’

43 Chaby

24 Bauer 40’

1

47 Esgaio

1

28 Brígido

45’

49 J. Eduardo

31 Igor Pita

51 Bruma 89’

49 Armando

76 Mika

52 Romeu © 29’

73’

87 Betinho 20’

75’ 1

74 Kukula

90 Zézinho

88 Nuno Rocha

Suplentes

Suplentes

Nº Jogador CA CV Subs G

Nº Jogador CA CV Subs G

69 L. Ribeiro

12 Cárin

37 Kikas

22 Rui

64’

45 Iuri

70’

29 J. Vieira

45’ 1

55 T. Figueiredo

24’

34 Ricardo Alves

60 Nii Plange

75’

66 Alex Soares

92 Patinho

70 A. Ferreira 78’

73’

99 Gael

78 Tiago

Legenda CA – Cartão Amarelo; CV – Cartão Vermelho; Subs – Substituição; G - Golos

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Relatório de Observação SC Marítimo B

Sistema de jogo usado

Substituições

14 – Gégé Defesa Central 1,83m | 78Kg

24 – Bauer Defesa Central 1,92m | 84Kg 31 – Igor Pita

Lateral Esquerdo 1,82m | 74Kg

6 – Marakis Médio Defensivo

1,78m | 76Kg

88 – Nuno Rocha Interior direito 1,83m | 77Kg

52 – Romeu © Interior Esquerdo

1,79m | 69Kg 28 - Brígido

Extremo Esquerdo 1,71m | 65Kg

74 - Kukula Extremo Direito

1,75m | 70Kg 11 - Ibrahim

Ponta de lança 1,92m | 82Kg

49 – Armando Lateral direito 1,72m | 67Kg

1 - Wellington Guarda-redes 1,91m | 86Kg

29 – João Vieira Avançado

1,89m | 79Kg

22 - Rui Médio centro 1,81m | 73Kg

70 – A. Ferreira Extremo

1,82m | 73Kg

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Relatório de Observação SC Marítimo B

Análise individual (em relação ao que foi o jogo frente ao Sporting B)

Nº | Nome Posição Características

1 | Wellington GR Com o seu 1,91 transmite segurança à equipa no jogo aéreo, é seguro entre os postes. Não compromete. Esquerdino. Sente-se à vontade a jogar com os pés. Tem um pontapé forte.

Bons reflexos e elasticidade.

31 | Igor Pita LE Lateral ofensivo. Tanto sobe pela linha, procurando cruzamento, como se infiltra em

espaços interiores para cruzar ou até rematar. Rápido. Em situação defensiva dá espaço ao extremo. Tem lançamento longo.

24 | Beuer DC Alto e forte fisicamente. Forte no jogo aéreo. Arrisca pouco, apertado bate na frente.

Aparentou ser lento a reagir no drible. Saídas ao portador da bola nem sempre no timing correto. Falhas na ocupação do espaço na grande área. Com espaço sobre no terreno.

14 | Gégé DC Bom tecnicamente e forte na disputa física. Arrisca e tenta sair a jogar com bola no pé. Com

espaço, sobe no terreno e faz passe (quase sempre para a linha)

49 | Armando LD Lateral muito ofensivo. Sobe bem no terreno e cruza bem (tenso e normalmente para o 2º

poste). Com espaço procura zonas interiores e finalização.

6 | Marakis MD Médio mais posicional sempre à frente dos dois defesas centrais. Não se aventura na frente.

Defensivamente cai sobre os corredores laterias possibilitando espaços no espaço central. Lento. Não acompanha marcação até ao fim (nas penetrações).

88 | N. Rocha MID Joga simples. Aparece bem em zonas de finalização. Pouco dinâmico. Quase sempre joga

para a linha (Kukula).

52 | Romeu MIE Dificuldade em fechar o espaço na cobertura do MD. Comete demasiadas faltas. Com bola

joga simples sem comprometer nem arriscar. Procura o apoio do PL.

74 | Kukula ED Tecnicamente muito evoluído, sem medo de ter bola no pé mas algo lento. Rápido.

Raramente acompanha o lateral até ao fim. Desiquilibrador. Gosta das bolas no pé. Flete muitas vezes para o espaço interior procurando a tabela ou finalização. Pé direito.

28 | Brígido EE Rápido. Passou ao lado do jogo. Sem poder de explosão no 1x1. Dificuldade em defender o lateral. Saiu ao intervalo. Forte nas diagonais para a baliza. Gostas das bolas no espaço. Pé

direito.

11 | Ibrahim PL Passa despercebido mas tem importância fulcral na equipa. Joga quase sempre a 1,2 toques.

Muito inteligente na ocupação racional dos espaços. Forte fisicamente. Pé direito.

29 | J. Vieira AV Com mobilidade. Surge bem na finalização. Avançado móvel que foge bem à marcação.

Ocupara bem os espaços entre linhas.

22 | Rui MC Sentou dificuldades em preencher o espaço central. Raramente parou uma transição. Gosta

de subir mas depois faltou capacidade para recuperar.

70 | A. Ferreira EE Forte tecnicamente, sem medo de arriscar no 1x1, ágil. Drible fácil. Assistiu para o 2º golo

numa jogada individual pela esquerda. Pé direito.

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Relatório de Observação SC Marítimo B

Análise colectiva

Sistema táctico

O Marítimo organizou-se num 1-4-3-3. Um sistema pouco dinâmico que privilegia a

organização defensiva e equilíbrio colectivo. Jogadores com pouca mobilidade (excepção para

Brígido, Kukula), laterais ofensivos, médio defensivo pouco inteligente na racionalização espacial e

na forma como efectua as coberturas aos laterais e médios.

Ilustração 1 - Sistema táctico

A defender a equipa joga por momentos em 1-4-5-1 em que as linhas ficam mais próximas

(±40mts), o médio defensivo fica responsável pelos espaços entre linhas, os extremos ficam com os

laterais adversários e por vezes não fecham o espaço nas costas e/ou no espaço interior.

Fase Ofensiva

Organização Ofensiva

A construção de jogo é invariavelmente iniciada por trás quando têm espaço para o fazer, a

primeira fase é efectuada a partir dos centrais e na 2ª fase os médios articulam o jogo com os

extremos procurando explorar o 1vs1 no corredor lateral. Podem-se verificar vários padrões de

jogo: Os médios procuram colocar a bola nos espaços dos extremos sendo aqui perigoso deixá-los à

vontade uma vez que são extremos rápidos e fortes no 1x1.

Atacando pela direita o extremo direito recebe no pé e vai no jogo interior passando o

lateral direito a dar profundidade ao jogo subindo no terreno. Quando atacam pela esquerda a bola

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Relatório de Observação SC Marítimo B

é colocada no espaço para o extremo esquerdo procurar diagonal da baliza e o lateral esquerdo

fica.

O médio defensivo ou um dos médios interiores baixa para procurar receber a bola e e

endossa-la no extremo. Uma perca de bola nesta fase pode ser fatal pelo desposicionamento dos

médios que aproximam-se demasiado para o corredor da bola ficando o extremo do lado oposto

aberto.

Quando os centrais ou médios não conseguem fazer chegar a bola aos extremos, colocam a

bola com algum sucesso nas costas dos adversários para tentar explorar a velocidade dos extremos

(principalmente Brígido), ou então no ponta de lança, Ibrahim, que se desmarca numa diagonal

pelas costas dos centrais e é o extremo que vai dentro.

Ilustração 2 - Comportamentos padrão

Pontos fortes: Linhas muito próximas permitindo coesão do bloco e muitas linhas de passe;

Boa circulação da bola (mais em largura) nem sempre de forma rápida; Ponta de lança (Ibrahim)

segura bem a bola (parece passar longe do jogo mas é referência na equipa). È responsável pela

profundidade da equipa.

Pontos fracos: Falta de apoio ao extremo aquando do 1x1 ofensivo; Ponta de lança lento;

Médios centro e centrais lentos, apresentando algumas falhas na ocupação de espaços e princípios

de jogo (contenção e coberturas).

X X

X X X X

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Relatório de Observação SC Marítimo B

Transições Ofensivas

Normalmente, após a recuperação da posse de bola a equipa tenta um passe de segurança

que tire a bola da zona de pressão para depois tentar construir o ataque. Porém, após a

recuperação, caso não sejam pressionados e aproveitando o espaço dado o primeiro passe tende a

ser para o corredor lateral, nomeadamente para os extremos. É uma equipa que apresenta

jogadores capazes de guardar a bola, pois apresentam qualidades técnicas para o fazer.

Cuidados: Exploram muito bem o corredor oposto ao lado da bola, através do passe longo

(diagonal) quase sempre pelos seus médios interiores.

Fase Defensiva

Organização Defensiva

Equipa bem organizada que procura defender à zona (pouco agressiva) num bloco médio-

alto, com a linha defensiva quase no meio campo (guarda-redes fica na zona de penalti). Quando o

adversário não imprime grande ritmo de jogo não o deixam sair facilmente a jogar. No entanto, os

extremos fixam-se na marcação aos laterais deixando espaços nas costas dos médios (ver ilustração

em baixo). Uma mudança de ritmo e circulação rápida da bola para essa zona deixa-os

desprotegidos sobre o defesa lateral.

Em situações difíceis para o adversário resolver pressionam imediatamente. Mantêm

sempre o médio defensivo muito posicional mas que cai demasiado nos corredores laterais o que

abre espaço no meio. Os médios não acompanham as desmarcações adversárias permitindo

inferioridades numéricas sobre os laterais ou mesmo sobre os centrais (A explorar).

Quando o guarda-redes adversário tem a bola, permitem que este saia a jogar de forma

controlada. Iniciam a pressão ao portador da bola no seu ¾ campo. Ponta de lança passivo na

pressão.

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Relatório de Observação SC Marítimo B

Ilustração 3 - Organização defensiva

Ilustração 4 – Desposicionamento do meio campo em organização defensiva

Transições Defensivas

No momento em que a equipa perde a posse de bola existe uma imediata pressão ao

portado da bola no sentido de permitir que a equipa se reorganize defensivamente. Procuram

sempre ter o bloco médio apresentando-se velozes na reorganização. Contudo, com o aumento de

ritmo do adversário (com e sem bola) a reorganização passou a ser mais lenta e desequilibrada.

Procurando explorar a velocidade de Brígido (ofensivamente) este acaba por não defender

tanto (não sei se para se resguardar fisicamente!). Este facto permite o adversário criar situações

de superioridade sobre o lateral (Igor Pita) que sentiu muitas dificuldades nestas situações.

Esquemas tácticos

Ofensivos

Os cantos ofensivos são cobrados de forma à trajectória da bola fugir da zona do guarda-

redes, para a entrada dos jogadores vindos de trás. Todos os cantos foram batidos para a esquina

da pequena área do lado do 2º poste.

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Relatório de Observação SC Marítimo B

Um jogador sai para a zona do primeiro poste para tentar arrastar jogadores consigo e abrir

espaço. Os restantes jogadores atacam as zonas de cabeceamento vindos de trás não sendo

possível definir um padrão. Fica um jogador para uma 2ª bola ao segundo poste.

Verificou-se aproximação do lateral do lado do canto, vindo de trás, para receber e cruzar

para a área. Poderão executar com vista aos desposicionamento da defesa à zona do adversário.

Ilustração 5 - Cantos ofensivos

Atenção aos lançamentos laterais próximos da grande área pois Igor Pita coloca a bola longa

para a área onde surgem jogadores altos para desequilibrar e finalizar. Nos restantes lançamentos

laterais surgem dois jogadores para receber que permutam entre si. O lançamento é quase sempre

efectuado para o pé de um dos apoios. Pode surgir um terceiro jogador vindo do espaço interior.

Ilustração 6 - Lançamento lateral ofensivo

Defensivos

Nos cantos defensivos o Marítimo coloca todos os jogadores na área e faz marcação à zona

(pode alterar para uma marcação mista). A equipa posiciona-se em “L”, deixando apenas 2

jogadores na zona de penalti e um na zona da meia lua. Um jogador fica no primeiro poste (sai para

defender o canto curto) e outro no primeiro espaço (1º poste). Os restantes colocam-se ao longo da

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linha da pequena área. Sentiram muitas dificuldades a defender os cantos com a bola ao 2º

poste. Arrastando o homem do 1º poste abre-se uma oportunidade para um desvio.

Ilustração 7 - Canto defensivo (lado direito)

Nos dois penáltis contra, Wellington lançou-se em ambos para o lado direito que pareceu

ser tendência (numa bola foi para a esquerda e no outro para o lado direito).

Alterações à estrutura do jogo

Em situação desfavorável no resultado, a primeira acção do treinador foi colocar João Vieira

por troca com um dos extremos (Brígido). Kukula passou para o corredor esquerdo ficnado João

Vieira na direita. Esta alteração deu mais fluidez e criatividade no 1x1. João Vieira decide melhor e é

mais eficaz nas suas decisões. Após esta alteração a equipa chegou mais vezes com a bola ao último

terço do campo criando mais desequilíbrios. Os médios alas não fecham nem baixam muito para

ajudar os 2 médios interiores que ficam algo “desamparados”. A troca de Romeu por André Ferreira

alterou o sistema de jogo para 4-4-2, com momentos em 4-2-4 na fase ofensiva. Com esta troca o

jogo do Marítimo ficou mais partido, sofrendo constantemente transições em contra-ataque por

parte do Sporting.

1

31 24 14

49

22 88

70 29 74 11

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Relatório de Observação SC Marítimo B

Jogadores predominantes

Ibrahim – Referência ofensiva do Marítimo. Alto, possante e com facilidade de remate quando tem

espaço. Segura muito bem a bola de costa para a baliza jogando no apoio frontal. Sem bola é muito

lento e passivo. Jogador difícil de marcação H-H. Abres espaço para a entrada dos extremos. Em

caso de dificuldades, a equipa joga direto nele para segurar a bola.

Kukula – Rápido, bom tecnicamente e forte no drible. Joga bem no jogo interior e procurando esses

espaços para desequilibrar. No caso de a equipa ganhar a bola jogam nele que tem a capacidade de

progredir com ele no 1x1 ou entra no espaço para a receber.

André Ferreira – Facilidade de drible. Desiquilibrador. Gosta de arriscar. Aparece bem na área para

finalizar.

Considerações Finais

O Marítimo é uma equipa bem organizada com pendor ofensivo. Apesar da subida dos

laterais a equipa fica sempre desguardada pela acção e posicionamento do médio defensivo

na fase ofensiva e a falta de ajuda aos extremos e laterias na fase defensiva.

Reduzida mobilidade com poucas trocas posicionais durante o ataque.

A equipa poderá estar motivada a jogar em casa mas precisa de vencer para não deixar fugir

as equipas da frente. (PODE SER ULTRAPASSADO PELO COVILHÃ EM CASO DE DERROTA)

Ainda não sofreram qualquer derrota em casa, nem qualquer golo;

Nos jogos em casa o apoio à equipa é mais forte motivando a equipa;

Jogo mais vertical na 2ª parte;

Em desvantagem nos últimos minutos ficam 4-2-4 e jogam directo no tudo por tudo. Podem

ter sucesso numa bola perdida.