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MTTI Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação Republica de Angola CADERNO DE ENCARGOS - Arquitectura AGOSTO 2010 MEDIATECA - HUAMBO 1 CADERNO DE ENCARGOS Arquitectura

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ARQUITECTURA CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS 1.1. LAJES DE PAVIMENTO

Antes da execução desta laje é necessário assegurar uma correcta drenagem de todas as águas existentes no terreno e daquelas que eventualmente se possam vir a acumular, como garantia de uma perfeita impermeabilização do edifício. A execução de pavimento térreo interior é iniciada com a colocação de uma primeira camada de cascalho bem compactada que regularize e uniformize as cotas de pavimento. Se seguida deve ser colocada uma camada de pedra arrumada à mão com 0.20m de espessura com os vazios preenchidos a brita miúda bem apiloada, sobre a qual é colocada uma primeira camada de betão de limpeza com espessura mínima que assegure a cobertura das arestas das pedras. Imediatamente a seguir a esta deverá ser colocada impermeabilização com duas telas/folha cruzadas de polietileno 3mm com as juntas de 20cm no mínimo. A execução desta operação requer que a colocação de filmes de impermeabilização seja feita em mais algumas zonas, se, por observação visual se identificarem áreas mais sensíveis e ou passíveis de poderem vir a ser focos de infiltrações, quer directa, quer por capilaridade. Em cima desta é lançada uma camada de betão com 0.20m de espessura, armado com rede electrosoldada. Quanto ao isolamento é vital assegurar que o nível freático esteja abaixo da cota da camada de cascalho. É necessário assegurar na colocação do filme de impermeabilização, que este dobre pelo menos 20cm no interior das paredes, assim como a colocação de um dreno em todo o perímetro exterior da construção, com a respectiva camada filtrante, reduzindo substancialmente o risco de humidade nos pavimentos térreos e a humidade por capilaridade. A camada de betão, a aplicar directamente sobre este filme, será hidrofugada adicionando um impermeabilizante líquido. 1.2.COBERTURA 1.2.1. PÁTIOS. Sobre a laje de cobertura será aplicada uma betonilha de regularização (forma) pronta a receber duas telas asfálticas cruzadas de acordo com as condições técnicas do fabricante. Sobre estas serão aplicadas placas de poliestireno extrudido com 6cm de espessura do tipo "DOW, Roofmate" devidamente fixadas à camada inferior. A superfície exterior será capeada com a aplicação de lajetas de betão pré fabricadas com as dimensões 0,60x0,40x0,05m. 1.2.2. COBERTURA PLANA Sobre a laje de cobertura será aplicada uma betonilha de regularização de forma a criar as pendentes necessárias para o escoamento de águas pluviais, esta ficará pronta a receber duas telas asfálticas cruzadas de acordo com as condições técnicas do fabricante. Sobre estas serão aplicadas placas de poliestireno extrudido com 6cm de espessura do tipo "DOW, Roofmate" devidamente fixadas à camada inferior, sobre estas placas de isolamento irá ser colocada uma camada de “geotextil” . O acabamento será efectuado com a colocação de uma camada de aproximadamente 15 cm de “godo” (gravilha lavada com granulometria entre 20 e 40 mm). Referir que, está considerada uma platibanda que emoldura a parte superior do edifício e a execução de uma caleira de drenagem de águas pluviais na zona inferior da cobertura, todas revestidas a chapa de zinco nº. 12, com pingadeira para o interior. Todos os sistemas de fixação, remates dos rufos e impermeabilizações nas platibandas e nas caleiras deverão ser convenientemente realizados segundo as normas de boa execução, garantindo uma perfeita estanquicidade à cobertura. Na aplicação das telas de impermeabilização será obrigatória a dobragem das mesmas paras as paredes contíguas nas quais esta é inserida num pequeno rasgo a realizar a uma altura aproximada de 30 cm, posteriormente fechado com argamassa.

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1.3. PAREDES EXTERIORES As paredes exteriores serão constituídas por paredes de alvenaria dupla em tijolo perfurado de barro do tipo 30*20*11cm, nos dois panos, com argamassa de cimento e areia ao traço 1:3, incluindo caixa de ar com 8 cm preenchida com isolamento do tipo "Wallmate CW" com 6 cm de espessura, fracamente ventilada, execução de caleira com argamassa hidrofugada drenada por tubos PVC espaçados 3 a 4 metros e vergas de portas e janelas em betão armado, garantindo a inexistência de pontes térmicas e acústicas. Na face interior destas o seu acabamento será realizado a gesso projectado perfeitamente acabado segundo as regras da boa construção, exceptuando nos casos onde o seu interior coincida com zonas húmidas, onde irá ser realizado salpico emboço e reboco sarrafado e desempenado preparado para ser revestido a material cerâmico e/ou painéis do tipo “VIROC” assentes sobre estrutura metálica. No lado exterior, as paredes serão acabadas a reboco posteriormente areado a fino com acabamento a pintura flexível acetinada para exterior, tal como consta das peças desenhadas e escritas/medições. Nas zonas onde o acabamento está definido em painéis do tipo “VIROC” com 12 mm de espessura com acabamento a cinza bruto envernizado, também iremos proceder na sua zona inferior ao seu acabamento a reboco pintado a tinta flexível de cor cinza escuro, sobre a qual colocar-se-á estrutura metálica de suporte e fixação dos painéis “VIROC” . tecnicamente a solução será a mesma, nas zonas onde o material de revestimento exterior for painéis de resina fenólica do tipo “ PRODEMA” com acabamento a madeira cor claro. Será obrigatório o tratamento de todas as perfurações a realizar para a fixação dos perfis de sustentação dos painéis, com produtos á base de sílicas com flexibilidade e durabilidade necessária para impedir a entrada de todo o tipo de infiltrações. Nota: nas zonas de transição entre materiais será necessário armar o reboco de modo a minimizar a possibilidade de aparecimento de fissurações 1.4. PAREDES INTERIORES Na grande maioria, propõe-se que as paredes divisórias sejam executadas em painéis leves, compostos essencialmente por uma estrutura de suporte interior à qual serão fixos os parâmetros exteriores. A estrutura interior é formada por uma modulação de perfis metálicos em chapa fina de aço galvanizado enformada a frio e constituída por perfis colocados na vertical, fixos a travessas horizontais presas ao pavimento e ao tecto. Os paramentos a utilizar serão placas de gesso cartonado, tipo “PLADUR ”. Nos casos onde estas estiverem em contacto com zonas ditas húmidas serão utilizadas placas de gesso cartonado hidrófugo, prontas a receber os diferentes materiais de revestimento. As placas serão fixas aos perfis com parafusos próprios, formando a parede divisória. Pelo interior da estrutura e apoiados nos perfis verticais, prevê-se a passagem de todas as tubagens de infra-estruturas necessárias ao correcto funcionamento da mediateca. O preenchimento dos vazios com lã mineral é fundamental para assegurar um eficaz isolamento acústico. Nos casos em que as paredes interiores estão formadas pela própria estrutura de edifício prevemos a utilização de gesso projectado da classe P 40 com 2cm de espessura média, devidamente acabado para receber os revestimentos propostos. Na quase totalidade dos casos o remate parede pavimento será executado em chapa metálica em L tal como consta das peças desenhadas. Nas paredes que desenham a zona da recepção está proposta a aplicação de painéis de resina fenólica do tipo “PRODEMA” com acabamento a madeira cor claro, assentes sobre estrutura metálica, este mesmo acabamento é usado para forrar as paredes contíguas ao acesso para a zona do auditório e paredes envolventes á zona dos elevadores sendo também usado para

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construir as postas das zonas técnicas (corete) nos pisos “0” e “1” e nas zonas adjacentes ao acesso para a sala de administração. Uma das paredes da zona de internet é forrada painéis do tipo “VIROC” no seguimento do tratamento que já foi proposto para o exterior. No auditório o revestimento das paredes é composto por paineis de absorção sonora do tipo "Tecniwood Timber Acoustic" folheados a madeira faia, incluindo isolamento de lã mineral, estrutura de suporte, na zona superior das paredes está previsto usar o mesmo tipo de painéis mas com perfuração tal como consta das peças desenhadas. Em todos estes casos será necessário ter em atenção a distribuição da estereotomia dos painéis por forma, a dar cumprimento ao previsto nas peças desenhadas. Nas Instalações Sanitárias, será aplicado revestimento cerâmico, do tipo "CINCA", 20x20cm, tal como consta das peças desenhadas, a assentar sobre argamassa, incluindo betumação de juntas. Está também prevista a aplicação de “Pladur” hidrófugo, com 13mm de espessura, incluindo isolamento térmico composto por lã de rocha com 3cm de espessura, que deverá receber o material cerâmico pretendido. Em algumas das paredes será executada decoração em vinil colado, impresso a cores, segundo imagens a produzir. 1.5. PAVIMENTOS INTERIORES Imediatamente após a laje de pavimento, será colocado o isolamento acústico garantido pela aplicação de Acustitherm, tipo “BOLTHERM” com 2cm de espessura, sobre esta será colocada um lâmina de betonilha de 4cm de espessura média, com acabamento pronto a receber os diferentes tipos de materiais de acabamento, designadamente execução de pintura de resina epoxy de acabamento para pavimentos, após preparação de argamassas auto-nivelantes com mistura de sílicas apropriadas, do tipo “CIN, C-FLOOR” á cor RAL 7045. Este tipo de revestimento é resistente ao desgaste e proporciona acabamentos lisos e de fácil limpeza e é proposto para a generalidade do pavimento do edifício, incluindo zonas húmidas. Este material de acabamento será usado na quase totalidade do edifício. Sobre esta mesma base colocar-se-á na zona do Auditório soalho colado, em régua de madeira de Pau de Cetim com 120x1200x16 mm com pré-colagem de lâmina de cortiça com 4 mm de espessura, incluindo afagamento, amassamento e envernizado com verniz de alta resistência do tipo ' 'VERLAC-040-0040, ROBBIALAC' ', ou equivalente, para soalhos. Solução diferente da opção tomada para o revestimento da caixa a executar na zona de palco onde será utilizado, soalho em régua de madeira de Pau de Cetim com 120x1200x30 mm de espessura, incluindo estrutura de suporte, moldagem de degraus, espaços vazios preenchidos com granulado de cortiça, na sua totalidade, afagamento, amassamento e envernizado com verniz de alta resistência do tipo ' 'VERLAC-040-0040, ROBBIALAC' ', ou equivalente, para soalhos. Na zona técnica será aplicado pavimento falso em resinas “fenólicas” de 24mm apoiado em niveladores (a distribuição e cálculo dos apoios será efectuado após definição dos equipamentos a instalar), de forma a que seja facilitada o uso técnico do espaço inferior. Esta mesma solução poderá ser utilizada na zona que antecede o data-center, desde que se verifique necessário. 1.6. TECTOS Salvo raras excepções os tectos são executados em placas de gesso cartonado de 13mm, do tipo “PLADUR ”, suportadas por perfis metálicos em chapa fina de aço galvanizado enformada a frio, incluindo isolamento, incluindo refechamento das juntas com fita e massa de acabamento apropriada. A solução adoptada irá permitir que no espaço sobrante entre a laje e os tectos falsos, possam ser conduzidas todas as infra-estruturas e instalações (cablagens, condutas de ar, etc,…) criando-se uma zona de fácil acesso para manutenções e eventuais reparações, é de referir que pontualmente poderão existir algumas aberturas no tecto (portas falsas) para aceder mais facilmente ás instalações técnicas.

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O tecto da zona de balcão da recepção irá ser acabado com placas de resina fenólica do tipo “PRODEMA” , com acabamento a madeira à cor claro, no seguimento da estereotomia das paredes. Igual solução irá ser adoptada na zona exterior sob a zona de auditório. Os tectos das zonas húmidas, convém que rematem lateralmente na última fiada de azulejo 1.7. GUARDAS INTERIORES Guarda metálica, metalizada e pintada à cor cinza escuro RAL 7046, em tubulares de secção rectangular, na envolvente e cabos de aço de 7 mm com esticadores de aço inox aproximadamente de 3 em 3 metros, fixas ao pavimento sobre bolacha circular. 1.8. VÃOS INTERIORES As portas interiores, de batente, serão lisas do tipo Porta-Aro da "Vicaima modelo Essential-Colecção Plana/Lisa" com acabamento do tipo Exsyclean à cor branco, incluindo orla, aros, guarnições, ferragens em aço inox e todos os acessórios para um bom funcionamento de acordo com peças desenhadas. Portas interiores para zonas de arrumos serão executadas em duas chapas de contraplacado marítimo folheado a madeira de faia incluindo todo o tipo de ferragens e acessórios para melhorar o seu desempenho, de modo a que esta seja uniformizada com as restantes. Nas restantes portas divisórias quer de batente quer pivotantes também serão executadas em chapa dupla de contraplacado marítimo folheado a madeira de faia. Nos casos onde se verificou uma maior necessidade de transparência entre espaços optamos por colocar portas pivotantes em vidro temperado de 10 mm em alguns destes casos portas duplas, complementadas com os devidos acessórios e puxadores. As portas de corta-fogo de 90 minutos do tipo "TREDI" série IDRA, incluindo revestimento igual ao da parede interior contigua à porta, barras antipânico, ferragens e todos materiais e acessórios para um bom funcionamento. Referir que nas instalações sanitárias, serão aplicadas portas e divisórias e base de lavatórios em painéis compactos de fibras fenólicas, esp=13mm do tipo"KEMMLIT", SÉRIE NOXX, COR PALE GREY (7095), altura total 2.00m, incluindo pernas em aço inox com 0,15 de altura e estrutura reforçada em aço inox, incluindo dobradiças com mola incorporada e fechos de nylon reforçados a aço inox.. São consideradas em algumas áreas, tal como consta nas peças desenhadas, portas de batente duplas corta-fogo de 90 minutos do tipo "TREDI" série IDRA, incluindo revestimento igual ao das paredes contíguas, no caso das paredes contíguas serem forradas a contraplacado marítimo, incluindo barras antipânico, ferragens e todos materiais e acessórios necessários 1.9. SOLEIRAS Está prevista a colocação de soleiras em chapa de alumínio na continuidade da caixilharia, seguindo o modelo e referencia da mesma, de forma a fazer um eficaz remate e impermeabilização. Noutros casos tal como consta da peças desenhadas, serão executadas soleiras em chapa metálica l lisa de 5 mm metalizada e pintada a cor semelhante à caixilharia.

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1.10. SOMBREAMENTOS O sombreamento dos diferentes espaços será garantido pela aplicação de rolos de cortina “Black-out”, à cor cinza, incluindo automatismo. No auditório serão aplicadas cortinas e bambolinas à cor “bordeuax” com características ignífugas também com automatismo. Nas zonas das fachadas cortina, em vidro serão utilizadas lâminas de sombreamento com 269 mm (Brise soleil) do tipo “KAWNEER” dispostos na horizontal, tal como consta das peças desenhadas. 1.11. APARELHOS SANITÁRIOS Propõe-se a execução de bancadas em painéis compactos de fibras fenólicas, esp=13mm do tipo"KEMMLIT", SÉRIE NOXX, COR PALE GREY (7095), incluindo estrutura de suporte em aço inox. Os lavatórios serão do tipo “SANINDUSA”, série Arc, ref. 108760, incluindo torneiras do tipo “SANINDUSA, temporizada série ECO, ref. 5190341”. Prevê-se a colocação de sanitas compactas do tipo “SANINDUSA”, série Newday, ref. 113032 e urinóis do tipo “SANINDUSA”, série WCA, ref. 111500. Relativamente à Instalação Sanitária acessível, será aplicada uma sanita do tipo “SANINDUSA”, série Wc care, ref. 119012 e um lavatório do tipo “SANINDUSA”, série Wc care, ref. 119320, incluindo torneira do tipo “SANINDUSA”, série Easy, ref. 5368301. Relativamente aos acessórios previstos contamos com:

- Secador de mãos automático tipo “SENDA”, satinado cod. 001274; - Dispensadores de sabão, do tipo “SENDA”, satinado, cod 001005; - Porta rolos, do tipo “SENDA”, satinado, cod 001045; - Espelhos sem aro, do tipo “SENDA”, cod 000012; - Barras de apoio rebatíveis, do tipo “SENDA”, satinado, cod 10005;

1.12. SINALÉTICA Colocação de sinalética de identificação espacial e de referenciação funcional, executada em placas de acrílico sobre o qual será colada imagem em vinil alusiva às necessidades, suspensos à parede por fixadores em aço inox.

Guarda, Agosto de 2010

O arquitecto,

_________________________________________________ (João Cláudio Martins Madalena)

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BETÃO ARMADO E ESTRUTURAS METÁLICAS CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS 1. ESCAVAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DE FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS ENTERRADAS. 1.1. OBJECTIVO A escavação a efectuar refere-se a terreno de qualquer natureza inclusive ao desmonte de rochadura, de modo a permitir a implantação de fundações, maciços e outras estruturas. 1.2. GENERALIDADES O empreiteiro deverá certificar-se das dificuldades dos trabalhos, quer através dos desenhos do projecto, quer através do reconhecimento local. A bombagem e esgoto de águas pluviais, de infiltração, de nascentes ou outra origem qualquer são encargo do empreiteiro. Previamente ao começo dos trabalhos, serão colocadas em número suficiente e em locais convenientes, marcas de nivelamento bem definidas, verificadas pela Fiscalização, que servirão de apoio e controlo aos trabalhos de escavação e aterro, bem como, à implantação dos trabalhos.

1.3. ESCAVAÇÕES O modo de escavação é da livre escolha do Empreiteiro, à excepção do uso de explosivos que só serão permitidos se a fiscalização para tal der autorização. O equipamento e os meios humanos utilizados deverão permitir sempre o bom andamento dos trabalhos. No caso da escavação em rocha não será permitido o desmonte de uma camada sem se ter desmontado e retirado totalmente a camada superior. Dever-se-á ter o cuidado de retirar dos paramentos verticais, à medida que a escavação avança, os elementos de rocha soltos ou desagregáveis. Em qualquer caso, a escavação não deve ser levada abaixo das cotas indicadas nos desenhos, salvo por indicação da Fiscalização, face ao aparecimento de solos que não correspondam à tensão exigida em projecto para as fundações e que devem por isso ser removidos. Os materiais removidos abaixo das cotas do projecto, deverão ser substituídos por solos devidamente compactados, nas condições indicadas para aterros, ou por betão ciclópico quando indicado em projecto, ou ainda, mesmo se não indicado, quando a Fiscalização assim o entender. Deverá atender-se à conveniência de reduzir ao mínimo possível, o tempo que medeia entre a abertura dos caboucos ou valas e o seu enchimento, de modo a evitar o desmoronamento ou desagregação dos paramentos das trincheiras e/ou o alargamento demorado destas. O Empreiteiro executará todas as entivações e escoamentos necessários para satisfazer as condições de segurança do pessoal, o bom andamento dos trabalhos ou para evitar a descompressão dos terrenos limítrofes.

Os fundos das escavações serão regularizados e nivelados. O material escavado que pela sua natureza ou dimensões não possa ser aplicado em aterros, será transportado a vazadouro.

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1.4. ATERROS De igual modo, o equipamento e os meios humanos utilizados, deverão permitir sempre o bom andamento dos trabalhos. Os materiais para o aterro devem estar isentos de detritos orgânicos ou lixos e devem provir de solos seleccionados. Os solos a empregar nas camadas de aterro serão quando necessário, regados, devendo procurar-se sempre que possível conferir aos solos a humidade necessária a uma boa compactação. Sempre que se verificar que a humidade dos solos excede os valores óptimos a uma boa compactação, de acordo com a Fiscalização, tomar-se-ão as providências necessárias à sua correcção. O teor de humidade dos solos aplicados em aterro, poderá ser inferior ou igual ao teor óptimo determinado no ensaio "PROCTOR MODIFICADO". Os aterros serão cuidadosamente executados em camadas. A espessura da camada não deverá exceder os 0,20m. Não se deverá proceder ao espalhamento de uma camada sem que a anterior se encontre com o grau de compactação exigido. O grau de compactação exigido em toda a espessura das camadas não deverá ser inferior a 95% da baridade seca máxima, correspondente à obtida nos ensaios normalizados de compactação de solos "PROCTOR MODIFICADO" (AASHO) compactação pesada, ou 80% de densidade relativa, no caso de areias, de acordo com as indicações fornecidas pelos desenhos e pormenores do projecto.

1.5. TRANSPORTE A VAZADOURO O transporte dos produtos resultantes da escavação a vazadouro será encargo do Empreiteiro. Ter-se-á sempre em consideração que a acumulação dos produtos escavados no local não deverá prejudicar o bom andamento dos trabalhos, e em caso algum, poderá pôr em risco a segurança do pessoal. 1.6. ENTIVAÇÕES E ESCORAMENTOS O Empreiteiro executará todas as entivações e escoamentos necessários para satisfazer as condições de segurança do pessoal, o bom andamento dos trabalhos ou para evitar a descompressão dos terrenos limítrofes. A entivação e o escoramento das escavações e das construções existentes serão estabelecidas de modo a impedir movimentos de terrenos e danos nas construções e por outro lado a evitar acidentes às pessoas que circulem na escavação ou na sua vizinhança. A desmontagem das peças de entivação e escoramento apenas poderá ser realizada quando a sua remoção não apresente qualquer perigo. No caso de ter de abandonar peças de entivação das escavações, o adjudicatário deverá submeter à aprovação da fiscalização uma relação da situação, dimensões e quantidade de peças abandonadas. 1.7. PARTICULARIDADES Quando a natureza dos solos escavados não permitir a sua utilização em aterros ou se só o permitir parcialmente, os aterros serão efectuados em solos de empréstimo que obedeçam às qualidades exigidas no ponto 1.4.

No caso de serem utilizados explosivos, deverá haver todo o cuidado no seu armazenamento e utilização a fim de obter maior segurança relativamente a pessoas e bens. O Empreiteiro deverá munir-se de todas as autorizações e cumprir estritamente as disposições legais relativas ao emprego de explosivos, bem como as instruções complementares que lhe forem dadas pelo Dono da Obra ou pela Fiscalização. Todo e qualquer dano causado pelo uso de explosivos será sempre encargo do Empreiteiro.

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2. BETÃO CICLÓPICO 2.1. OBJECTIVO A presente especificação tem por finalidade fornecer indicações técnicas gerais referentes a betão ciclópico. 2.2. NORMAS DE EXECUÇÃO Os materiais de construção a adoptar e as regras de execução devem obedecer ao expresso nesta especificação e às normas em vigor, nomeadamente: Especificação do LNEC E378-1996 - Guia para a utilização de ligantes hidráulicos e à norma ENV 206 – Betão – Comportamento, produção, colocação em obra e critérios de conformidade. 2.3 MATERIAIS Só será admitida a utilização de cimento que se encontre em condições de aplicação. A água a utilizar deverá ser doce, limpa, isenta de substâncias orgânicas, ou outras impurezas. A areia a empregar no fabrico de betão deverá ser natural e de grãos siliciosos. A pedra de enchimento a utilizar não deverá exceder 25% do volume de betão a executar e será obtida da extracção de depósitos naturais apresentando superfícies nem excessivamente polidas, nem revestidas, total ou parcialmente, por películas de natureza orgânica ou material. 2.4. COLOCAÇÃO A colocação do betão ciclópico deverá ser executada por camadas com a espessura da mesma ordem de grandeza das pedras a incorporar. Cada camada será executada colocando primeiramente o betão e, sobre este, distribuindo uniformemente, a pedra a incorporar; seguir-se-á a compactação do conjunto, até que as pedras fiquem completamente embebidas no betão. Os bicos de pedra a incorporar, devem estar perfeitamente limpos, humedecidos e terem dimensões compatíveis com o seu manuseamento. A altura das camadas de colocação do betão deve ser da mesma ordem das pedras a incorporar. Os blocos de pedra deverão ser colocados á mão, segundo o eixo do seu maior comprimento, distribuídos uniformemente por toda a superfície, devidamente afastados entre si e parcialmente embutidos, cerca de metade da sua maior dimensão. A embebição deve ser obtida pela introdução do vibrador muito próximo da pedra, tendo o cuidado de a manter segura durante a operação para que se não incline.

Dever-se-á evitar que a parte inferior da pedra seja constituída por face plana e sensivelmente horizontal, para evitar formação de bolhas de ar nesta superfície em contacto com o betão. 2.5. PARTICULARIDADES Serão utilizados 200kg de cimento para cada metro cúbico de betão a executar. A pedra corrente amassada em betoneira juntamente com a areia, cimento e água não deverá exceder os 70mm e será percentualmente diminuída de cerca de 25%, para compensação da pedra de enchimento de maiores dimensões a introduzir para execução do betão ciclópico, se nenhuma outra granulometria especial se encontrar especificada. Daquela diminuição em volume, resultará um enriquecimento natural da argamassa de cimento e areia para recobrimento das superfícies das pedras de maiores dimensões.

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3. BETÃO DE LIMPEZA 3.1 OBJECTIVO Dar indicações gerais referentes à execução deuma camada de betão sob fundações ou estruturas enterradas, para saneamento do seu local de implantação. 3.2 MATERIAIS E EXECUÇÃO Utilizar-se-á um betão com dosagem mínima de 150 kg de cimento por metro cúbico. A espessura da camada de betão será de 5 cm se outra não estiver indicada nos desenhos de projecto. O trabalho iniciar-se-á pela regularização e compactação do terreno, a que se seguirá a aplicação da camada de betão depois de terem sido colocadas as marcas ou referências para cumprimento das cotas das fundações ou elementos a moldar.

4. MOLDES PARA BETÃO 4.1. OBJECTIVO Esta especificação destina-se a estabelecer as condições técnicas gerais a que deverão obedecer os moldes para betão. 4.2. GENERALIDADES O tipo e a qualidade dos moldes a utilizar, será proposto pelo Empreiteiro e aprovado pela Fiscalização. De qualquer modo, à partida, a qualidade dos materiais escolhidos para a confecção dos moldes deve ter em conta, o tipo de acabamento que se deseja conferir ao betão e, as tolerâncias admitidas para a peça a moldar. Os moldes devem ser executadas de modo a permitirem uma fácil montagem e desmontagem. Tanto os moldes metálicos como os de madeira, devem antes do lançamento do betão, apresentar as superfícies limpas, isentas de detritos, incluindo ferrugem, calda de cimento ou materiais desagregáveis. Sempre que um molde for reaplicado de igual modo, as suas superfícies deverão ser inspeccionadas, reparadas se necessário, e limpas antes da nova aplicação. Devem incluir-se na cofragem todos os tacos para fixações, contramoldes para tubagens ou mesmo tubos para atravessamentos, de modo a evitar posteriores operações de corte ou aberturas de roços. Quando os moldes forem de madeira, com a finalidade de diminuir a capacidade de absorção de água do betão fresco e de reduzir as juntas que houver, devem ser abundantemente regados de modo a incharem, sem todavia se deformarem, a água ressumar ou esta restar empoçada. A utilização de produtos auxiliares de desmoldagem, não deve provocar manchas nas superfícies de betão, não ser

formuladas à base de produtos gordurosos e não prejudicar a aplicação posterior de qualquer revestimento. 4.3. CARACTERÍSTICAS Qualquer que seja o tipo de moldes a utilizar, deverão ter as seguintes características:

Conferir ao betão a forma definitiva e prevista para a peça ou conjunto de peças a betonar;

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Ser suficientemente rígida e pouco deformável, para poder resistir às solicitações (pesos, pressões, vibrações, sobrecargas, cargas eventuais, choques, etc.), produzidas durante a betonagem, não se deformando senão dentro do limite das tolerâncias admitidas. Para tal, recorrer-se-á aos escoramentos, contraventamentos e travamentos necessários, que confiram aos moldes, a rigidez e indeformabilidade pretendida;

Ter uma permeabilidade e absorção suficientemente pequenas, para que a leitada de cimento e partículas finas do betão, não se percam em quantidade que possa afectar as características deste depois de endurecido. Por este motivo, não serão permitidos nós soltos - quando a cofragem for de madeira - orifícios ou juntas que permitam o escoamento da leitada;

Permitirem ou terem dispositivos que permitam a fácil colocação do betão. 4.4. DESMOLDAGEM A desmoldagem ou descimbramento só deverão ser realizados quando o betão tiver adquirido resistência suficiente. Não só para que seja satisfeita a segurança em relação aos estados limites últimos; mas também, para que se não verifiquem deformações e fendilhações inconvenientes, tanto a curto como a longo prazo. As operações de desmoldagem ou o descimbramento, devem ser conduzidas com os necessários cuidados, de modo a não provocar esforços inconvenientes, choques ou fortes vibrações. Nos casos correntes, a menos de justificação especial, em condições normais de temperatura e humidade e para betões com coeficientes de endurecimento correntes, os prazos mínimos para a retirada dos moldes e dos escoramentos, contados a partir da data de conclusão da betonagem, serão os indicados no quadro seguinte: Aos prazos de desmoldagem e descimbramento indicados no quadro, deverá adicionar-se o mínimo de dias em que a temperatura do ar se tenha mantido igual ou inferior a 5ºC, durante e depois da betonagem. Nos casos especiais ou em casos em que não se pretenda respeitar o acima dito, os prazos de desmoldagem e descimbramento serão estabelecidos e justificados tendo em atenção o preceituado e atendendo à evolução das propriedades mecânicas do betão, convenientemente determinadas por ensaios. Não poderá no entanto, proceder-se à retirada dos de faces inferiores e dos escoramentos de lajes e vigas antes que o betão atinja uma resistência á compressão superior ao dobro da tensão máxima resultante das acções a que a peça ficará então sujeita, com o mínimo de 10 MPa.

PRAZOS MÍNIMOS DE DESMOLDAGEM E DESCIMBRAMENTO

MOLDES E ESCORAMENTOS TIPO DE ELEMENTO PRAZO (dias)

Moldes de faces laterais Vigas, pilares e paredes 3*

Lages*** l 6m 7 Moldes de faces inferiores l > 6m 14

Vigas 14

Lages*** l 6m 14** Escoramentos l > 6m 21**

Vigas 21**

* Este prazo pode ser reduzido para 12 h se forem tomadas precauções especiais para evitar

danificações das superfícies. ** Este prazo deve ser aumentado para 28 dias no caso de lajes e vigas que, na ocasião do

descimbramento, fiquem sujeitas a acções de valor próximo do que, satisfeita a segurança, corresponde á sua capacidade resistente.

*** No caso das lajes em consola, tomar-se-á como vão l, o dobro do balanço teórico.

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4.5. PARTICULARIDADES As cofragens para moldagem de elementos decorativos no betão a ficar à vista, com os desenhos e relevos indicados em projecto, serão executadas com as reentrâncias, saliências, esquadrias ou concordâncias aí indicadas. Para tanto, recorrer-se-á a fasquias, moldados de madeira ou de outros materiais que, fixados por dentro do taipal, confiram ao betão o efeito desejado. As cofragens para betão à vista ou para betão decorativo, serão executadas com grande cuidado, tendo em conta não só a operação de desmontagem - por forma a obterem-se superfícies lisas, arestas vivas, cantos, esquadrias e concordâncias perfeitas - mas também, tendo em conta a rigidez dos conjuntos, a qual, deverá ser pelo menos igual à indicada para os moldes normais. Deve ainda ter-se em atenção que a granulometria do betão e a vibração serão os mais adequados a obterem-se superfícies com o acabamento pretendido, devendo este dispensar qualquer operação de reparação ou beneficiação.

5. AÇOS EM ARMADURAS 5.1 OBJECTIVO Fornecer indicações técnicas gerais sobre a execução e colocação de armaduras ordinárias em elementos de betão. 5.2. GENERALIDADES Os materiais a utilizar e as regras de execução devem obedecer ao expresso nesta especificação e ás normas e regulamentos oficiais, nomeadamente ao Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré - Esforçado- Decreto nº349- C/83 de 30 de Julho. As classes de aço e diâmetros a utilizar serão os indicados nos desenhos de execução do projecto. Durante o período de betonagem dever-se-á evitar a deslocação do posicionamento correcto e a deformação das armaduras. É por isso obrigatória a utilização de arames recozidos a fim de atar os varões entre si, de modo a conferir ás armaduras não só a rigidez suficiente para que estas não venham a sofrer deformações acentuadas durante a betonagem, respectiva vibração, compactação e operações complementares, como também, a manter o posicionamento e afastamento entre os varões; e, a forma que o conjunto das armaduras deve apresentar. Quando por si só, a ligação dos varões com arame de atar não se mostre suficiente à manutenção do posicionamento e indeformabilidade necessária às armaduras, recorrer-se-á a ferros auxiliares e complementares que o consigam, mesmo que não indicados nos desenhos do projecto. Os calços, de espessura constante e contendo já o arame de atar, serão pré-fabricados com materiais que possam ser incorporados na peça e não interfiram com a sua estabilidade. Os varões devem estar convenientemente limpos de ferrugem solta, de qualquer material destacável, de matérias orgânicas, óleos ou outros materiais que possam comprometer a sua aderência ao betão ou a durabilidade deste. 5.3. TIPOS CORRENTES DE AÇOS PARA ARMADURAS ORDINÁRIAS As armaduras ordinárias do tipo corrente são formadas por varões redondos simples ou constituindo redes electrosoldadas com as seguintes características:

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Designação Processo de fabrico Configuração da

superfície Características de

aderência

S 235 NL Laminado a quente Lisa Normal S 235 NR Laminado a quente Rugosa Alta

S 400 NR Laminado a quente Rugosa Alta S 400 ER Endurecido a frio Rugosa Alta S 400 EL Endurecido a frio com torção Lisa Normal

S 500 NR Laminado a quente Rugosa Alta S 500 ER Endurecido a frio Rugosa Alta S 500 EL* Endurecido a frio Lisa Normal

(*) - Somente sob a forma de redes electrosoldadas.

5.4. DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS

5.4.1. A utilização conjunta de aços de tipos diferentes exige que na obra se tomem precauções que evitem erros resultantes de incorrecta identificação dos aços.

5.4.2. Agrupamento de armaduras No caso de armaduras ordinárias, os agrupamentos de varões que haja necessidade de utilizar não devem ser constituídos por mais de 3 varões; admite-se porém que para armaduras verticais sempre comprimidas, este número possa aumentar para 4. Além disso, os varões de um agrupamento devem ser dispostos de tal modo que numa direcção, não existam mais de 2 varões em contacto, de acordo com o artº76 do R.E.B.A.P..

5.4.3. Distância mínima entre armaduras A distância livre entre armaduras ou entre agrupamentos destes elementos deve ser suficiente para permitir realizar a betonagem em boas condições, assegurando-lhes desta forma um bom envolvimento pelo betão e as necessárias condições de aderência. No caso de armaduras ordinárias, a distância livre entre varões não deve ser inferior ao maior diâmetro dos varões em causa (ou ao diâmetro equivalente dos seus agrupamentos), com o mínimo de 2 cm.

5.4.4. Recobrimento mínimo das armaduras O recobrimento das armaduras (ou dos agrupamentos destes elementos) deve permitir realizar a betonagem em boas condições e assegurar não só a necessária protecção contra a corrosão mas também a eficiente transmissão das forças entre as armaduras e o betão. Os recobrimentos mínimos a adoptar não laminares em que se utilize betão de classe inferior a C25/30 e armaduras ordinárias devem ser em função das classes de exposição ambiental referidas no quadro 7 da Especificação do LNEC E378-1996 - Guia para a utilização de ligantes hidráulicos.

5.4.5. Curvatura máxima das armaduras No caso de armaduras ordinárias, as dobragens dos varões devem ser executadas com diâmetros não inferiores aos indicados no seguinte quadro I.

5.4.6. Amarração de varões de armaduras ordinárias Para casos correntes, os comprimentos de amarração são dados pelo quadro II consoante o tipo de aço utilizado.

5.4.7. Amarração de redes electrosoldadas As extremidades dos varões longitudinais das redes electrosoldadas devem ser fixadas ao betão por amarrações rectas. Estas amarrações, devem em geral ter um comprimento superior a 35 cm e incluir o número de varões transversais a seguir indicado se outros valores não estiverem pormenorizados: - Redes duplas com varões longitudinais de diâmetro igual ou inferior a 8,5 mm;

Varões de aderência normal: 3 varões transversais;

Varões de alta aderência: 2 varões transversais; - Redes duplas com varões longitudinais de diâmetro superior a 8,5 mm;

Varões de aderência normal: 4 varões transversais

Varões de alta aderência: 3 varões transversais

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DIÂMETROS INTERIORES MÍNIMOS DE DOBRAGEM ARMADURAS ORDINÁRIAS

Quadro I

Tipo de aço

Ganchos, cotovelos, laços, estribos e cintas conforme o diâmetro dos varões (mm) Armaduras

< 18 18 < < 32 32 < < 40 em geral

S 235NL 2.5 5 5 15

S235NR 4 7 10 15

S400NR S400ER 5 8 12 20 S400EL

S500NR S500ER 5 - - 20 S500EL

(*) - Os valores indicados podem ser reduzidos de 5 quando o recobrimento lateral da dobra for maior que 5 cm ou 3

AMARRAÇÃO DE VARÕES DE ARMADURAS ORDINÁRIAS

Quadro II

Classes do betão e condições de aderência

Tipo de aço Tipo de B20 B25 B30 B35

amarração A B A B A B A B

S235NL Com gancho 35 50 30 45 30 45 25 40

S235NR Recta 25 35 20 30 20 25 15 25

S400NR S400ER Recta 40 60 35 50 30 45 30 40

S400EL Com gancho 60 85 55 80 50 75 45 65

S500NR S500ER Recta 50 75 45 65 40 60 35 50

A - Condições de boa aderência de acordo com o Artº 80 do R.E.B.A.P. B - Outras condições de aderência

5.4.8. Emenda de varões de armaduras ordinárias As emendas dos varões das armaduras ordinárias - que podem ser realizadas por sobreposição, por soldadura ou por meio de dispositivos mecânicos especiais - devem ser empregados o menos possível e, de preferência em zonas em que os varões estejam sujeitos a tensões pouco elevadas. As emendas de varões por sobreposição, devem ser realizadas de acordo com o estipulado no Artº 84º do R.E.B.A.P., devendo todavia salientar-se que os comprimentos mínimos de sobreposição, no caso de varões traccionados, não podem, em caso algum, ser inferiores a 15 nem a 20 cm. No caso de varões comprimidos, as emendas por sobreposição devem ser feitas apenas com troços rectos, e os comprimentos mínimos de sobreposição devem ser iguais ao valor definido no artº 81º do R.E.B.A.P. As emendas por sobreposição de agrupamentos de varões devem ser executadas varão a varão de tal modo que os pontos médios das emendas dos diferentes varões fiquem separados entre si, pelo menos 1,3 vezes o comprimento de sobreposição correspondente à emenda dos varões isolados. As emendas por soldadura somente são de admitir em varões que possuam as necessárias de soldabilidade, em face do processo de soldadura utilizado, e atendendo ao estipulado no parágrafo 84.6 do R.E.B.A.P.

5.4.9. Emenda de redes electrossoldadas As emendas dos varões longitudinais das redes electrossoldadas devem ser realizadas por sobreposição de troços rectos e satisfazer o estipulado no Artº 85 do R.E.B.A.P.

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Os comprimentos mínimos de sobreposição nas emendas, devem ser em geral superiores a 45 cm e incluir a número de varões transversais a seguir indicado:

Varões de aderência normal: 5 varões transversais Varões de alta aderência: 4 varões transversais.

5.5. TOLERÂNCIAS 5.5.1. Posicionamento das armaduras O posicionamento das armaduras deve satisfazer ao que se encontra estabelecido nos artigos 149º e 151º do R.E.B.A.P. 5.6. PARTICULARIDADES As armaduras de espera para empalmes com outras, deverão ser se dobradas, endireitadas cuidadosamente de modo a não provocar fissuras nos varões. De igual modo serão limpas de argamassas e outras sujidades para que a sua aderência

normal ao betão em caso algum seja diminuída. Os empalmes far-se-ão em zonas desencontradas de acordo com os regulamentos, de modo a não haver cotas ou zonas sequenciais de empalmes.

6. BETÃO SIMPLES OU ARMADO 6.1. OBJECTIVO A presente especificação estabelece as condições técnicas gerais a que devem satisfazer os materiais, o fabrico, o transporte, a colocação e cura do betão de cimento a utilizar em obras de betão simples ou armado a que se não exigem técnicas especiais. 6.2. NORMAS DE EXECUÇÃO Os materiais a utilizar e as regras de execução, devem obedecer ao expresso nesta especificação e ás normas e regulamentos oficiais em vigor, nomeadamente: REGULAMENTO DE ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO E PRÉ-ESFORÇADO (R.E.B.A.P.) - decreto-lei nº349 - C/83 de 30 de Julho; NP ENV 206 "Betão: Comportamento, Produção, Colocação e critérios de conformidade"IPQ, Outubro de 1993; REGULAMENTO DE BETÕES DE LIGANTES HIDRÁULICOS (R.B.L.H.) - decreto-lei nº 405/89 de 30 de Dezembro e

Despacho M.O.P.T.C. nº 6/90 - X de 25 de Janeiro; ESPECIFICAÇÃO DO LNEC E378-1996 - Guia para a utilização de ligantes hidráulicos

Dever-se-á obedecer ao estipulado na NP ENV206 sempre que possível exceptuando alguns aspectos contidos no RBLH, que estando omissos na referida norma devem ser aduzidos nos procedimentos internos não contrariando o disposto na NP ENV206 e no seu Anexo Nacional.

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6.3. MATERIAIS 6.3.1. Cimento Os ligantes a utilizar devem satisfazer as características estabelecidas na Especificação do LNEC E378-1996 - Guia para a utilização de ligantes hidráulicos, de acordo com as exigências de durabilidade relacionadas com as classes de exposição ambiental referidas no referido documento nos quadros 3, 4 e 5. Salvo determinação expressa em projecto, o ligante a empregar deverá ser de presa normal. Só será admitida a utilização de cimento que se encontre em boas condições de aplicação. Não é autorizado o uso de ligantes com elevadas temperaturas resultantes de fabrico, com grânulos endurecidos que se não possam desfazer com a pressão dos dedos; ou, qualquer outra característica que ponha em perigo o tipo, classe e qualidade do betão pretendido.

6.3.2. Recepção e armazenamento O cimento poderá ser recebido no estaleiro a granel, em sacos de linhagem ou de papel impermeabilizado. Quando a recepção for feita a granel deverá ser armazenado em silos apropriados à sua conveniente conservação. No caso da recepção ser feita em sacos, estes devem ser armazenados em lotes, correspondentes a cada fornecimento, para permitir o seu emprego por ordem cronológica e para facilitar a sua identificação face a eventuais ensaios de recepção. Os sacos serão conservados até à sua utilização em armazém, exclusivamente destinado a esse fim, devidamente fechado, coberto e pavimentado com estrado ligeiramente sobre - elevado do chão, contendo todas as disposições necessárias para evitar a acção da humidade. 6.3.3. Dosagens mínimas A dosagem mínima de cimento a empregar na fabricação do betão, deve ser estabelecida por estudos prévios, tendo em vista a resistência - classe do betão - e os requisitos de durabilidade relacionados com a exposição ambiental referidos no quadro 3 da NP ENV 206. Para clarificar as classes de exposição ambiental estipuladas na referida norma poder-se-á aplicar a especificação nacional E378, na qual se estabelecem valores mínimos da dosagem de C de ligante e máximos da razão A/C nos quadros de: Classes de exposição ambiental relacionadas com a deterioração do betão por corrosão das armaduras: acção dos cloretos e carbonatação; Classes de exposição ambiental relacionadas com a agressividade química; Classes de exposição ambiental relacionadas com a acção de gelo- desgelo; O betão deve ser composto obedecendo aos valores estipulados na referida documentação assim como relações água/ligante, classes de resistência e recobrimentos em função das classes de exposição ambiental devem estar de acordo com o estipulado nos quadros que se seguem:

QUADRO III DOSAGENS DE LIGANTE, RELAÇÕES A/L, CLASSES DE RESISTÊNCIA E RECOBRIMENTO EM

FUNÇÃO DAS CLASSES DE EXPOSIÇÃO AMBIENTAL (CARBONATAÇÃO E CLORETOS)

Factores de corrosão das armaduras CARBONATAÇÃO ACÇÃO DOS CLORETOS

Classes ambientais EC 1 EC 2 EC 3 EC 4 Ecl 1 Ecl 2 Ecl 3

Mínima dosagem de ligante, C32 (Kg/m³) 260 280 300 320 340 320 360

Máxima razão a/ (-) 0.65 0.60 0.60 0.55 0.45 0.50 0.45

Classe de resist. mínima do betão (Mpa) C 20/25 C 20/25 C 25/30 C 28/35 C 32/40 C 28735 C 35/45

Recobrimento mínimo da armadura (mm) 20 25 40 40 45

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QUADRO IV MÍNIMA DOSAGEM DE LIGANTE, MÁXIMA RAZÃO A/l E CLASSE DE RESISTÊNCIA MÍNIMA DE BETÕES SUJEITOS A GELIFICAÇÃO E A ACÇÕES AMBIENTES QUIMICAMENTE AGRESSIVOS

Acções agressivas do betão Gelo/degelo Ambientes químicamente agressivos

Classes de exposição EG 1 EG 2 EQ 1 EQ 2 EQ 3

Mínima dosagem de ligante, C32 (Kg/m³)

300 340 340 360 380

Máxima razão a/l 0.50 0.45 0.45 0.45 0.40

Classe de resistência mínima do betão (MPa)

C28/35 C32/40 C32/40 C35/45 C40/50

Os valores da dosagem de cimento para betões com inertes com dimensão máxima do inerte superior a 32 mm, C32, os valores devem ser corrigidos em conformidade com a lei de Caquot,

2,0

322

D

CCD (Kg/m3 de betão)

em que D é a máxima dimensão do inerte, em milímetros;

Nos meios com sulfatos, o cimento Portland pode ser utilizado desde que a sua percentagem em aluminato tricálcico não exceda 5% ou 8%, nas classes de exposição ambiental classificadas na NP ENV 206 como 5a e 5b, respectivamente. 6.3.4. Água A água a empregar nas amassaduras ou na lavagem de inertes, deverá ser doce e limpa, isenta de substâncias orgânicas, de cloretos, sulfatos e outros sais em percentagens prejudiciais, bem como óleos, ou outras impurezas.

As águas captadas na zona das obras poderão ser utilizadas, desde que, obedeçam aos documentos normativos sobre o seu uso; e, após aprovação da Fiscalização. Sempre que o entender, a Fiscalização poderá mandar proceder à análise da água, mesmo que, esta aparente estar em condições para ser usada no fabrico de betões ou lavagem de inertes, garantindo os valores estipulados na documentação normativa em vigor. A recolha e acondicionamento das amostras, as análises e ensaios para averiguação da qualidade da água, são encargo do Empreiteiro. 6.3.5. Quantidades máximas de impurezas na água de amassadura. Quando houver necessidade de comprovar as características da água deve proceder-se à sua análise e os resultados terão de satisfazer os limites indicados nos quadros V a VIII.

QUADRO V

Tipos de água Análise / ensaios

Águas não potáveis Sem coloração intensa Análise das características fisico-quimícas (Quadro X)

Com coloração intensa Análise das características fisico-quimícas;

Ensaios comparativos (Quadro Y)

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QUADRO VI

Tipos de águas TIPOS DE BETÃO

Betão simples Betão armado e pré-esforçado

Águas potáveis N N

Águas superficiais e subterrâneas S (análise prévia) S (análise prévia)

Águas residuais industriais S (análises prévia e frequentes durante o

fabrico) S (análises prévia e frequentes durante o

fabrico)

Águas do mar ou outras águas com concentrações apreciáveis em sais

N S (análise do teor de cloretos)

Águas provenientes da lavagem de equipamento nas instalações de produção de betão e de betão

pronto: -Com óleos ou adjuvantes

introdutores de ar - sem óleos ou introdutores de ar

Não adequada Não adequada

Águas residuais domésticas Não adequada Não adequada

S - Necessita de ser analisada N- Não necesita de ser analisada

QUADRO VII

Exigência REGRA DE QUALIDADE

Documento Normativo Betão simples

Betão armado e pré-esforçado

PH 4 4 NP 411

Resíduo dissolvido (g/dm³)

35 10 E 380

Resíduo em suspensão (g/dm³)

5 2 E380

Consumo químico de oxigénio (mg/dm³)

500 500 NP 1414

Teor de sulfatos (mg/dm³)

2000 2000 NP 413

Teor de ortofosfatos (mg/dm³)

100 100 E379

Teor de nitratos (mg/dm³)

500 500 E382

Teor de sulfuretos (mg/dm³)

100 100 NP 1417

Teores de sódio e de potássio (mg/dm³)

1000 1000 E381

Teor de cloretos (mg/dm³)

4500* 600* NP 423

*- Para concentrações superiores deverá verificar-se que o teor total de cloretos no betão não excede os valores indicados no quadro VIII

QUADRO VIII

Tipo de betão Betão simples Betão armado Betão pré-esforçado

Teor de cloretos em (%) 1.0 0.4 0.2

O valor médio da tensão de rotura por compressão ou por flexão aos vinte e oito dias do betão fabricado com a água em causa, não deve ser inferior a 90% do correspondente valor do betão que serve de padrão.

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Além disso, o tempo correspondente ao princípio de presa da pasta normal, amassados com a água em estudo, não deve ser superior a duas vezes o tempo correspondente ao princípio de presa da pasta normal em que se utiliza água comprovada. 6.3.7. Areia Considera-se areia, o inerte resultante da desagregação de rochas, natural ou provocada, composto por partículas de dimensões compreendidas entre 0,06 e 5 mm de diâmetro. A areia a empregar no fabrico de betão, deverá de preferência, ser natural, de grãos siliciosos e arredondados, sem conter elementos alongados ou achatados.

Deverá ser isenta de quaisquer substâncias que prejudiquem a boa ligação com outros materiais, tais como: argilas (especialmente as aderentes ao grão ou em nódulos), mica, carvão, conchas, detritos, partículas vegetais ou outras matérias orgânicas, cloretos, sulfatos, ou outros sais em percentagens prejudiciais. Areia contendo argila nas percentagens toleradas pela Regulamentação Oficial, desde que se encontre sob a forma de partículas finas, muito disseminadas, poderá ser aceite. De igual modo, se poderá autorizar a utilização de areias marinhas, quando estas satisfaçam o exigido nos documentos normativos. A areia proveniente de britagem ou moagem de pedra deverá ser devidamente despoeirada. Quando nada for dito em contrário, a percentagem em peso de partículas e impurezas admitidas são as seguintes:

Partículas muito finas e matérias solúveis:

- Areia natural 3,0 %

- Areia britada 10,0 %

Partículas friáveis 1,0 %

Partículas moles 5,0 %

Quantidade de matéria orgânica Não prejudicial (NP-85) A granulometria da areia a utilizar será devidamente estudada e justificada para cada tipo de betão e obedecerá aos documentos normativos existentes. A areia deverá ser separada ou ensilada por granulometrias, de forma a não se misturarem no decorrer dos trabalhos. A Fiscalização pode impedir a entrada em estaleiro dos materiais que não estejam em condições; ou, promover a remoção imediata do material rejeitado. A Fiscalização poderá permitir a lavagem da areia, quando se verificar que da lavagem resulta a sua recuperação. No caso da areia ter de ser lavada para eliminar impurezas, somente deverá ser usada água doce potável.

6.3.8. Pedra A pedra para o fabrico de betão, poderá ser obtida por britagem ou pela simples extracção de depósitos naturais. Sempre que possível, deverá ser dada preferência a pedra britada, de origem calcária. Britas provenientes de rochas ígneas, poderão ser aceites, quando satisfaçam o exigido nos documentos normativos. Pedra proveniente de depósitos naturais, deverá tanto quanto possível ser de natureza siliciosa e as superfícies não devem apresentar-se excessivamente polidas. A pedra a utilizar deverá ser isenta de quaisquer substâncias que prejudiquem a boa ligação com os outros materiais, tais como: argilas (especialmente as aderentes à pedra ou em nódulos), mica solta, carvão, sulfatos; ou outros sais em percentagens prejudiciais. Deverá ser rija, apresentar aspecto homogéneo, não ser margosa nem geladiça, porosa ou quebradiça, alongada ou achatada. Quando nada for dito em contrário, a pedra a utilizar deve obedecer aos requisitos dos quadros IX, X, XI, XII e XIII. A pedra deverá ser separada ou ensilada por granulometrias de forma a não se misturar no decorrer dos trabalhos.

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A Fiscalização pode impedir a entrada em estaleiro dos materiais que não estejam em condições, ou, promover a remoção imediata do material rejeitado. A Fiscalização poderá permitir a lavagem da pedra, quando se verificar que da lavagem resulta a sua recuperação. No caso da pedra ter de ser lavada para eliminar impurezas, somente deverá ser usada água doce potável.

QUADRO IX

VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS INERTES RESISTÊNCIA MECÂNICA

Exigência Regra de qualidade Documento normativo Observações

Resistência à compressão(MPa) 50 NP 1040

Resistência ao esmagamento (%)

45 NP 1039

Desgaste de Los Angeles(%)

50 E 237 Não é significativo para inertes calcários

Desagregação pelo sulfato de sódio e de magnésio (%)

SO4 Na: Perdas peso<10 SO4 Mg: perdas peso<15

Ao fim de 15 ciclos NP 1387

Este ensaio é exigido quando o betão vai estar sujeito a ambientes em que a

temperatura pode atingir com frequência valores inferiores a 5º C ou quando se pretendem obter betões com elevada resistência à penetração de cloretos.

QUADRO X VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS INERTES

EXIGÊNCIAS FÍSICO-QUÍMICAS

Exigência Regra de qualidade Documento normativo

Observações

Absorção de água e massa volúmica (%)

De inertes grossos De areias

Absorção 5.0

Absorção 5.0

NP 581 NP 984

A regra de qualidade para esta exigência não se aplica a inertes leves

Índice volumétrico Godo Brita

... .0.12

.. ..0.15 E 223

Reactividade potencial com os álcalis do

cimento

Proc. Absorciométrico Proc. de barra de argamassa

Negativo

Extensão.. ..1.0E-3 ao fim de seis meses negativo

E 159 NP 1381

E 415

Reactividade com os sulfatos

Provete de argamassa

Provetes de rocha

Ausência de fendilhamento; Extensão < 0.5E-3

Extensão < 1.0E-3

Ao fim de seis meses

E 251

Este ensaio só é exigido quando os betões ficam em contacto com a água do

mar ou com águas ou solos que contenham sulfatos com teores iguais ou superiores aos da água do mar e quando

os inertes exibem feldspatos.

Teor de cloretos (%) Ver quadro XII, conforme

observações

E 253

O teor de cloretos dos inertes deve ser somado ao teor de cloretos dos outros constituintes do betão de forma a que o teor da massa d e betão sejam inferiores

aos valores do quadro seguinte.

Teor de sulfuretos Ver quadro XIII, conforme

observações NP 2107

O teor de sulfuretos deve ser somado aos ao teor de sulfuretos dos outros

constituintes do betão, com excepção do cimento, e o valor final não deve exceder

as percentagens, referidas à massa do cimento ou à massa do cimento e das

adições, indicadas no quadro

Teor de ssulfatos Ver quadro XIII conforme

observações NP 2106 O mesmo que para o teor de sulfuretos

Teor de álcalis Ver quadro XIII conforme

observações NP 1382

O mesmo que para o teor de sulfatos e de sulfuretos

Análise graulométrica Satisfazer o comportamento especificado e as exigências

normativas NP 1379

Ver também a Especificação LNEC E 355 para a classificação dos inertes em

classes granulométricas

Baridade NP 955 Usar para definir e controlar a composição

do betãao

Teor de água total NP 956 NP957

È usado quando necessário para corrigir a água de amassadura.

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QUADRO XI VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DE INERTES

QUANTIDADE DE PARTÍCULAS OU MATÉRIAS PREJUDICIAIS

Exigência Regra de qualidade Documento normativo Observações

Quantidade de matéria orgânica Não prejudicial NP 85

Quantidade de partículas muito finas e matéria solúvel (%)

Areia natural 3.0

Areia britada 10.0

Godo 2.0

Brita 3.0

NP 86

Partículas de argila (%) .... ..2.0 % da massa do ligante E 196

Quantidade de partículas friáveis (%)

Areia 1.0

Godo ou brita 0.25 E 1380

Quantidade de partículas moles (%)

Godo ou brita 5.0 NP 222

Quantidade de partículas leves (%)

Areias 0.5

Godos ou britas 1.0 NP 953

Os valores exigidos para esta exigência não se aplicam aos inertes leves.

-Este ensaio só se exige quando o betão vai estar sujeito a ambientes em que a temperatura pode

atingir com frequência, valores inferiores a 5º C ou quando se pretendam obter betões com elevada

resistência à penetração de cloretos

QUADRO XII VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS INERTES TEOR TOTAL MÁXIMO DE CLORETOS NO BETÃO

Tipo de betão Betão simples Betão armado

Teor de cloretos (%) 1.0 0.4

QUADRO XIII VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS INERTES TEORES DE SULFURETOS, SULFATOS E ÁLCALIS

Cimento Sulfuretos (expressos em SO3)

Sulfatos (expressos em SO3)

Álcalis Expressos em Na2O)

Tipo I 0.2 0.5 0.6

Tipo II 0.0 0.5 -

Tipo III 0.0 1.0 -

Tipo IV 0.2 2.0 0

6.3.9. Máxima dimensão do inerte (D) A granulometria dos inertes deve ser estabelecida de modo a conferir ao betão as propriedades que a sua utilização impõe, doseando -se os inertes finos e os inertes grossos de forma a obter a maior compacidade. Assim, a granulometria de pedra a utilizar será estudada e justificada para cada tipo de betão, e, obedecerá aos documentos normativos existentes. A máxima dimensão do inerte a adoptar deverá ser fixada em cada caso, uma vez que está relacionada com vários parâmetros como a geometria da peça, afastamento dos varões, dosagens dos ligantes, etc.

A título de orientação, recomenda-se para peças de betão armado correntes, a utilização de inertes, cuja máxima dimensão não exceda 38 mm; valor que, evidentemente, terá de ser reduzido em casos de grande densidade de armaduras. É aconselhável que a máxima dimensão do inerte respeite as condições a seguir indicadas:

D ¼ da menos dimensão do elemento estrututral

D distância livre entre armaduras menos 5 mm

D 1/3 da espessura de recobrimento das armaduras

Estes condicionamentos referem-se obviamente apenas às zonas das peças onde existam armaduras.

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6.3.10. Armazenamento dos inertes Os inertes das diversas categorias devem ser armazenados separadamente, por lotes, tomando-se os cuidados necessários para que não haja mistura dos inertes entre si ou com substâncias estranhas. Cada lote não deverá conter mais de 10% em peso, de partículas fora das dimensões limites, nem mais de 19%, também em peso, de elementos lamelares. A humidade dos inertes, na ocasião do fabrico do fabrico do betão deve ser tão uniforme quanto possível. Esta humidade, medida pelo teor de água total, deve ser devidamente tida em conta no estabelecimento da quantidade de água a utilizar na amassadura em face da dosagem fixada na composição do betão. 6.4. CARACTERÍSTICAS DOS BETÕES 6.4.1. Composição do betão As composições do betão devem ser expressas através dos seguintes elementos:

Tipo, classe e qualidade Natureza e dosagem do ligante Identificação, características, granulometria, máxima dimensão dos inertes e quantidades a empregar por cada categoria

do inerte Razão água-ligante, referida aos inertes secos Natureza e dosagem dos aditivos quando utilizados.

Qualquer que seja a composição do betão a utilizar, carece de aprovação da Fiscalização, que poderá exigir a apresentação dos estudos que conduziram às dosagens propostas para cada um dos componentes. A utilização do "betão pronto", não dispensa o Empreiteiro de submeter a respectiva composição à apreciação da Fiscalização sempre que esta o solicitar. 6.4.2. Adjuvantes A quantidade de adjuvantes, quando haja necessidade de serem utilizados na composição do betão, deve respeitar-se as seguintes condições:

2g/kg de cimento = 0,2% da massa do cimento

50g/kg de cimento = 5% da massa do cimento Só são permitidas quantidades menores de adjuvantes se estes forem dispersos em parte da água de amassadura. A quantidade de adjuvantes liquidos deve ser considerada no cálculo da razão água – cimento sempre que exceda 3 litros/m3 do betão. 6.4.3. Controlo de qualidade do betão O Empreiteiro é obrigado a submeter a aprovação, um plano de colheita de amostras, para controle de qualidade do betão aplicado. Quando não forem efectuadas directamente pela Fiscalização, as colheitas de amostras e confecção de provetes para ensaio, só serão reconhecidas válidas, se efectuadas na sua presença. Para o efeito, a Fiscalização deve ser avisada com a devida antecipação. Quando se utilizar "betão pronto", competirá à Fiscalização, decidir da dispensa dos ensaios de controle ou em parte, desde que lhe seja feita prova que o fabrico é controlado oficialmente. Os resultados dos ensaios serão devidamente anotados em boletins de registo, os quais, serão prontamente fornecidos à Fiscalização.

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Sempre que possível o controlo da qualidade deverá ser efectuado de acordo com o estipulado na NP ENV 206 através dos quadros 16 e 17. 6.4.4. Equipamentos e ensaios Sempre que nada em contrário seja expresso, o Empreiteiro é obrigado a dispôr no estaleiro, de moldes em número suficiente para confecção de provetes de ensaio à compressão. 6.5. FABRICO DO BETÃO 6.5.1. Medição dos componentes Medição do ligante deve ser sempre efectuada por pesagem ou por número de secos de embalagem de origem. De igual modo, a medição dos inertes deve ser feita em peso, podendo em casos a aprovar pela Fiscalização, ser feita em volume. A apreciação da medição dos componentes a utilizar em cada amassadura, deve ter em conta, a qualidade do betão que se pretende. 6.5.2. Amassadura O empreiteiro é obrigado a equipar-se com os meios necessários à satisfação das quantidades de betão a colocar. Todos os betões, qualquer que seja o seu tipo ou a sua aplicação, serão fabricados mecanicamente. Deve utilizar-se equipamento que promova a mistura homogénea dos componentes e que não dê lugar a segregação, assentamento ou fractura dos inertes. O volume de cada amassadura não deve ser superior à capacidade nominal da betoneira indicada pelo fabricante. Quando são dispersos adjuvantes em pequenas quantidades, deverão ser dispersos numa parte da água de amassadura. Caso haja adição de adjuvantes altamente redutores de água, convém amassar uniformemente o betão antes que o adjuvante em causa seja adicionado, devido à curta duração dos seus efeitos. Após esta adição o betão deve ser reamassado até que o adjuvante esteja completamente disperso na massa e se tenha tornado totalmente efectivo. O tempo de cada amassadura - contado a partir da junção do último componente não deve ser inferior a: - Betoneiras do tipo corrente: 30 rotações do tambor - Betoneiras de pás móveis: 10 rotações do tambor não podendo, em qualquer caso, ser inferior a 60s, nem ao tempo t, dado pela expressão.

tV

60750

25010

em que: t = é expresso em segundos V = volume da amassadura expresso em litros O valor numérico da fracção que figura na expressão, deve ser aproximado às unidades por excesso. Não são admissíveis paragens da betoneira depois de iniciado o seu carregamento e antes de completamente esvaziada. A saída das amassaduras das betoneiras, deve ser feita com esta em rotação, e, de modo a não provocar a desagregação total ou parcial dos materiais. De igual modo, não é permitida a descarga da betoneira por fracções. Dever-se-á dar atenção, ao fabrico e colocação do betão em condições de temperatura desfavoráveis e cumprir-se rigorosamente as disposições normativas para estes casos.

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6.6. BETONAGEM 6.6.1. Plano de betonagem Antes do início das betonagens, o Empreiteiro deverá apresentar à Fiscalização o plano das betonagens a executar onde se indique claramente a localização das juntas de trabalho. Quando seja de recear efeitos de retracção, a Fiscalização poderá mandar deixar em aberto as juntas de betonagem, com largura suficiente para que possam ser betonadas posteriormente.

6.6.2. Transporte Os processos a utilizar para o transporte ou o transbordo do betão, desde que a descarga da betoneira até ao local de aplicação, deverão ser submetidos à aprovação da Fiscalização. O intervalo de tempo entre a amassadura e a colocação do betão, deve ser o menor possível. Não será permitido qualquer processo de transporte ou transbordo que possa causar segregação, assentamento ou fractura dos inertes, excessiva secura, exagerada exposição à chuva e ao sol ou quaisquer outros inconvenientes que prejudiquem a sua qualidade. A duração máxima de transporte dependerá da composição do betão e das condições atmosféricas. 6.6.3. Depósito Sempre que o betão tenha de aguardar um certo tempo antes de ser colocado em obra, deve ser depositado em local limpo, não absorvente, protegido das intempéries, de modo que se mantenham as suas características de composição e uniformidade. Durante o período de depósito e quando da colocação em obra, não é permitida a junção ao betão de qualquer componente, em especial água. O betão apenas poderá ser remexido, reamassado, colocado e compactado. O tempo de permanência em depósito, deve ser o mínimo possível. Em qualquer caso, este tempo será sempre limitado pela possibilidade de boa colocação posterior, tendo em atenção os meios de compactação, a temperatura ambiente e o eventual uso de retardadores de presa. Nos casos correntes e salvo justificação especial, o intervalo de tempo referido não deve ser superior a hora e meia. 6.6.4. Colocação Os meios a utilizar para o betão "in situ", deverão estar em correspondência com as restantes instalações, com os volumes exigidos, o tipo, classe e qualidade do betão, bem como, o local da sua aplicação. Só se deverá colocar o betão no espaço que o irá conter, depois de se verificar que este está em boas condições de o receber. A colocação deve ser efectuada de modo a evitar a segregação e desagregação do betão, e, em condições de temperatura e humidade, que permitam que a presa e o endurecimento do betão se realizem normalmente. O enchimento deve processar-se tanto quanto possível de modo contínuo. No caso de interrupção, a escolha da localização desta; e, a preparação da superfície do betão para o recomeço da colocação, devem ser objecto de cuidados especiais. O enchimento deve fazer-se por camadas de espessura proporcionada aos meios de compactação. Em caso algum a espessura das camadas deve exceder os 50 cm. O espalhamento do betão para formar estas camadas, poderá ser efectuado por meios manuais ou mecânicos, mas nunca por vibração. Todas as operações de transporte, depósito e colocação propriamente ditas, deverão realizar-se antes de se iniciar a presa do betão.

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Durante a colocação e a posterior compactação do betão, não será permitido transitar directamente sobre as armaduras, se as houver, ou, por qualquer outra forma, modificar a sua posição em relação aos elementos estruturais.

6.6.5. Compactação Salvo determinação em contrário, todo o betão será compactado com vibração mecânica à massa; ou, no caso de peças pouco espessas, com vibração especial com réguas vibradoras ou chapas vibradoras, ou ainda, nos casos justificáveis e devidamente autorizados pela Fiscalização, por qualquer sistema de vibração a cofragem. A vibração deverá ser caracterizada por alta frequência e pequena amplitude. O número, a massa e a potência dos vibradores deverão estar de acordo com o volume de betão a vibrar. A frequência será regulada de harmonia com a granulometria dos inertes e a trabalhabilidade do betão. Cada camada deve ser vibrada até que, depois de obtido o refluimento da água e das partículas mais finas cesse a libertação de bolhas de ar. Os vibradores deverão trabalhar sempre que possível verticalmente e entrarem até atingirem a camada inferior, graças ao seu peso próprio. Mesmo quando haja necessidade de manter o vibrador inclinado, para levar o betão a envolver as armaduras, ou, até mesmo, para facilitar o seu espalhamento, dever-se-á repetir a vibração com o vibrador vertical, a fim de garantir que a camada inferior seja atingida. A extracção dos vibradores deve ser feita lentamente, de modo a não deixar vazios, não excedendo a velocidade de cerca de 10 cm/s. A compactação do betão deve portanto ser feita de modo que o betão venha a constituir dentro dos moldes uma massa homogénea. Após a desmoldagem ou descimbramento, as superfícies do betão deverão ficar sem pedra à vista, ninhos de pedras, poros, concavidades ou convexidades. 6.6.6. Interrupção da betonagem. Não serão permitidas interrupções da betonagem por períodos superiores a 1 hora. Períodos de tempo superiores ao acima indicado, poderão ter que ser encarados como juntas de trabalho ou betonagem. 6.6.7. Juntas de trabalho ou de betonagem. Quando houver necessidade de criar juntas de betonagem estas devem ser localizadas, tanto quanto possível, nas secções menos esforçadas das peças e ter orientação sensivelmente perpendicular à direcção das tensões principais de compressão. O plano de localização de juntas de betonagem deverá ser estabelecido pelo empreiteiro e submetido à aprovação da fiscalização. A sua disposição e frequência dependerão do rendimento das instalações e betonagem, das solicitações e hipóteses de cálculo das estruturas e finalmente das condicionantes arquitectónicas nas superfícies de betão à vista. A localização das juntas deve ser, portanto, estabelecida antes do começo das betonagens e dependerá do tipo da estrutura e das solicitações que nela actuam, da capacidade de fabrico e e colocação do betão, dos processos de compactação utilizados e de exigências estéticas quando se trate de superfícies que vão ficar á vista. Se uma interrupção de betonagem conduzir a uma junta mal orientada, o betão será demolido na extensão necessária por forma a conseguir-se uma superfície convenientemente orientada. Antes de se recomeçar a betonagem, e se o betão anterior já tiver começado a fazer presa, as superfícies assim tratadas deverão ser molhadas a fim de que o betão seja convenientemente humidificado, não devendo dar-se início à betonagem enquanto a superfície se encontrar a escorrer ou haja poços de água. Na execução das juntas devem ter-se os cuidados necessários para obter a ligação eficaz entre os betões a ligar, atendendo-se quando nada for especificado em contrário, às seguintes indicações:

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Antes do recomeço da betonagem, a superfície da junta deve ser tornada rugosa, com saliências e reentrâncias, de modo que os inertes grossos do betão fiquem a descoberto. Para esse efeito, poder-se-ão usar conforme o estado de endurecimento do betão: jactos de água, de ar comprimido ou de areia, escovas metálicas e, mesmo, meios mecânicos mais poderosos, como por exemplo, martelos pneumáticos, de modo a ficar descoberto o inerte do betão. No entanto, qualquer dos processos para pôr o inerte de maiores dimensões a descoberto não deve retirá-lo nem abalá-lo. A superfície da junta deve ser cuidadosamente limpa, retirando-lhe as partículas soltas e desagregáveis e molhando-se abundantemente com a necessária antecedência para que no momento da aplicação do novo betão a superfície assim tratada apresente um aspecto humido-mate e não retenha poças de água. Quando da aplicação do novo betão a superfície deve encontrar-se apenas humedecida, com aspecto mate e sem brilho resultante de água em excesso. No recomeço da betonagem, a aderência entre o betão fresco e o betão endurecido, pode ser assegurada pela interposição de uma camada de argamassa ou betão, do seguinte modo: Utilizando uma argamassa que pode ser a do próprio betão - cuja dosagem de ligante não exceda 800 kg/m3. A espessura da camada não deve exceder cerca de 2 cm. Sobredoseando o betão, por exemplo: - Mais 10% em areia - Mais 50 kg/m3 em ligante - Em água de modo a aumentar a trabalhabilidade A espessura da camada não deve exceder 10 cm. Utilizando o betão depois de excluído o inerte de dimensões superiores a 20 mm. Em caso algum deve ser utilizada calda de ligante. Em casos especiais poder-se-á utilizar colas apropriadas depois de aprovadas pela Fiscalização. Nas peças mais importantes ou em que os betões apresentem diferença de idade apreciável, empregar-se-á um produto à base de resinas epoxy. 6.7. CURA DO BETÃO A cura deve processar-se em condições que favoreçam a presa e o endurecimento do betão. Para tal, tomar-se-ão logo após a betonagem, as medidas convenientes face à temperatura ambiente ou outros factores que possam provocar a perda prematura da água do betão ou que impeçam a sua reacção com o ligante. Os cuidados a ter com a cura do betão deverão ser objecto de aprovação da Fiscalização. Em qualquer circunstância e nada sendo determinado em contrário, deverão ser observadas as normas seguintes: Pelo menos, nas primeiras setenta e duas horas após a betonagem, o betão deve ser protegido de temperaturas inferiores a 0ºC; A perda de água do betão por evaporação deve ser evitada, usando os seguintes meios: Manter as superfícies do betão protegidas pelos moldes, não os retirando prematuramente; Quando os moldes forem permeáveis, conserva-los humedecidos; Revestir as superfícies pelas quais se dá a evaporação, com materiais impermeáveis ou com materiais humedecidos; Aplicar sobre as superfícies, por pintura, películas que contrariem a evaporação; Manter continuamente molhadas as superfícies expostas. No quadro XIV indicam-se os tempos mínimos de cura em dias, para as classes de exposição 2 e 5a, aplicáveis ao cimento tipo I. Para outros cimentos, os tempos de de cura deverão ser dilatados. Processos especiais de cura de betão, devem ser aplicados de acordo com a técnica de eficácia comprovada. Devem além disso, ter-se em conta as eventuais alterações das propriedades do betão, motivadas por tais processos, em particular no que se refere à evolução da resistência no tempo, à relação entre as resistências à compressão e à tracção e às propriedades reológicas.

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Para evitar a fissuração superficial por retracção térmica, o betão deve ser protegido. O período de protecção contra o gelo deverá efectuar-se sempre que ocorram temperaturas abaixo dos 5ºC. As descofragens podem ser executadas sempre que o betão atinja resistências adequadas quanto à capacidade de carga ou deformações e quando a cofragem não for necessária para a cura.

QUADRO XIV TEMPOS MÍNIMOS DE CURA EM DIAS PARA AS CLASSES DE EXPOSIÇÃO 2 E 5a

Desenvolvimento da resistência do betão Rápido Médio Lento

Tenperaturas do betão durante a cura acima de ºC 5 10 15 5 10 15 5 10 15

Condições ambientais durante a cura Duração mínima da cura em dias

I – Ausência da exposição ao sol e humidade relativa do ar envolvente não inferior a 80%

2 2 1 3 3 2 3 3 2

II – Exposição ao Sol médio ou a vento de velocidade média ou a humidade relativa não inferior a 50%

4 3 2 6 4 3 8 5 4

III – Exposição a Sol intenso ou a vento forte ou a humidade relativa inferior a 50%.

4 3 2 8 6 5 10 8 5

6.8. TOLERÂNCIAS ADMISSÍVEIS Quando o projecto não indique as tolerâncias admitidas para as irregularidades, dever-se-ão distinguir pelo menos dois tipos:- bruscas e graduais. São consideradas irregularidades bruscas, os ressaltos ou rebarbas causadas por deslocação dos moldes ou das suas estruturas, por nós soltos ou por qualquer defeito dos moldes. Todas as outras irregularidades serão consideradas graduais. Dever-se-á ainda ter em atenção quando o projecto igualmente não indicar as tolerâncias admitidas que as dimensões das secções de betão- altura total de vigas e lajes, largura (a espessura de alma) de vigas, dimensões de secções de pilares - devem satisfazer as tolerâncias a seguir indicadas, em que a representa a dimensão em causa:

Para a < 40 cm a = 0,05 a Para a 40 cm a = 2,0 cm

As tolerâncias admissíveis para outras secções e outras superfícies noutras situações não deverão afastar-se muito do valor máximo acima indicado. Os valores das tolerâncias indicadas não devem fazer perder de vista a necessidade de, em todos os casos, se procurar cumprir tanto quanto possível os valores nominais indicados para cada peça no projecto, bem assim como, a posição relativa de cada uma em relação às restantes. Em qualquer caso, cabe à Fiscalização determinar ande e quais os defeitos a reparar, e ainda, os processos e os métodos a utilizar.

7. ESTRUTURAS METÁLICAS 7.1 OBJECTIVO Esta especificação tem por objectivo fornecer indicações técnicas gerais sobre estruturas metálicas, características dos aços e modo de execução do trabalho.

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7.2 PRESCRIÇÕES GERAIS 7.2.1 GENERALIDADES As estruturas metálicas a fornecer e a montar compreenderão todos os elementos metálicos e todos os órgãos de ligação tais como: rebites, parafusos, anilhas, porcas, etc., além dos eléctrodos para as soldaduras a efectuar. Os perfilados, chapas e os elementos de ligação que constituirão as estruturas serão de aço, com as características indicadas no Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios (R.E.A.E.) - decreto-lei nº 211/86 de 31 de Julho - e a NP 1729 de 1981, ou; no que estes documentos forem omissos e o Eurocode nº 3 for supletivo, por este. As estruturas serão constituídas por elementos de aço novo - ainda não utilizados -, trabalhados segundo técnica correcta e adequada à obra em que os elementos e as estruturas vão ser aplicados. 7.2.2 MARCAÇÃO Todas as peças devem ser convenientemente marcadas na oficina de modo que não se levantem dúvidas na montagem quanto à posição que devem ocupar. Os elementos estruturais serão identificados por marcas executadas a punção ou marcador de tinta indelével. As marcas a tinta indelével serão executadas após pintura de oficina. Quando a complexidade da obra o exija, a peça para além da sua marca de identificação terá outras indicações do, ou dos elementos a que se liga. Sempre que o Dono da Obra o exija, para além destas, haverá marcas referenciando o número ou números dos desenhos em que figura. Em qualquer caso, as marcas serão executadas em locais de fácil identificação, e, quando feitas a punção, o local da sua marcação devidamente assinalado. 7.3 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MATERIAIS 7.3.1. CARACTERÍSTICAS DOS AÇOS Os aços a utilizar deverão possuir textura compacta e homogénea, não ter inclusões, fendas ou outros defeitos prejudiciais à sua utilização. A caracterização dos diferentes tipos de aços deve ser efectuada com base no enchimento das suas propriedades mecânicas - determinadas por ensaio de tracção, de dobragem, de resiliência e, eventualmente de choque e de dureza -, da sua soldabilidade e da sua composição química. Os ensaios para a determinação das características anteriormente referidas devem ser efectuados de acordo com as normas portuguesas; ou na sua omissão, de acordo com as indicações fornecidas pela Euronorme 25-72. 7.3.2 AÇOS EM PERFIS E CHAPAS Os perfis e as chapas a utilizar deverão ter as dimensões, as secções e as formas indicadas nos desenhos de projecto, apresentarem-se desempenadas, com as superfícies lisas e sem rebarbas nas extremidades cortadas. As tolerâncias dimensionais e de massa admissível são as fixadas nas normas portuguesas indicadas no R.E.A.E. ou na sua omissão nas normas indicadas para tal, na Euronorme 25-72. Os valores das constantes elásticas a considerar devem ser as seguintes:

Módulo de elasticidade: E = 2,06 105 MPa

Coeficiente de Poisson: = 0.3

Módulo de distorção: G = 0,8 105 MPa

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Os perfilados designados em desenhos e pormenores de projecto poderão ser substituídos por perfis equivalentes desde que a qualidade do aço satisfaça as mesmas condições e a Fiscalização aprove. A título meramente indicativo apresenta-se um quadro auxiliar de equivalências no sentido de permitir um confronto das várias designações qualitativas. As suas designações, propriedades mecânicas e identificação cromática, são: Poderão ser utilizados aços diferentes dos referidos, desde que, possuam características que não diminuam ou ponham em risco a segurança, durabilidade e conservação das estruturas onde vão ser aplicadas. Nestes casos é obrigatório a apresentação prévia de cálculos justificativos da segurança das estruturas, de ensaios de controlo de fabrico dos aços, de certificados das suas características mecânicas e químicas e de todos elementos que permitam uma avaliação exaustiva e correcta da sua aplicabilidade e duração. Mesmo quando a qualidade dos aços obedeça ao Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios em vigor, às normas portuguesas e euronormas existentes, a Fiscalização pode sempre exigir a apresentação de ensaios de controlo de fabrico, ensaios de recepção ou outros, de acordo com a legislação e normas atrás citadas. 7.3.3. LIGAÇÕES As ligações entre elementos das estruturas podem ser executadas por rebitagem, aparafusamento ou soldadura. Numa ligação deve evitar-se para a transmissão dos esforços, a utilização de soldadura em conjugação com a rebitagem ou com o aparafusamento. As ligações devem efectuar-se sem introduzir esforços importantes nas peças. Nos casos especiais em que esteja prevista no projecto a introdução de tais esforços, deve proceder-se-á à sua verificação por métodos apropriados. A introdução de repuxos para acerto das peças deve fazer-se sem deformar os furos. 7.3.3.1. REBITES Os rebites a utilizar nas ligações devem satisfazer ao especificado nas normas portuguesas. Os valores característicos da tensão de cedência a adoptar para o aço dos rebites devem ser considerados iguais aos correspondentes valores garantidos mínimos indicados naquelas normas. 7.3.3.2 PARAFUSOS De acordo com as indicações fornecidas para cada projecto nos respectivos desenhos, poder-se-ão utilizar um dos dois ou ambos os tipos de parafusos a seguir mencionados: - parafusos correntes e/ou parafusos de alta resistência. Os parafusos, porcas e anilhas a utilizar nas ligações devem satisfazer ao especificado nas normas portuguesas. Os valores característicos da tensão de cedência ou da tensão limite convencional de proporcionalidade a 0,2% a adoptar para o aço dos parafusos devem ser considerados iguais aos correspondentes valores garantidos mínimos indicados naquelas normas. 7.3.3.3. METAL DE ADIÇÃO PARA SOLDADURA O metal de adição para soldadura deve apresentar propriedades mecânicas não inferiores às do metal de base e possuir as adequadas características metalúrgicas em face da natureza do metal de base, do processo de soldadura utilizado, do tipo de cordões a executar, das condições em que é efectuada a soldadura e ainda de eventuais exigências relativas à utilização da estrutura. Para o efeito, devem ser tidas em consideração as normas portuguesas aplicáveis. A natureza e o diâmetro dos eléctrodos devem ser ainda apropriados ao tipo de soldadura a efectuar e às características da corrente a utilizar.

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7.4 EXECUÇÃO E DIMENSIONAMENTO DAS PEÇAS 7.4.1 REGRAS GERAIS DE EXECUÇÃO. A traçagem será feita com precisão e de acordo com o projecto. Desde que no projecto sejam indicadas contra-flechas, devem estas ser tidas em consideração na traçagem e devidamente distribuídas para que a forma final seja a que se pretende. As peças devem ser desempenadas segundo as tolerâncias usuais. Os cortes efectuados a maçarico ou por arco eléctrico serão posteriormente afagados sempre que a irregularidade da zona de corte prejudique a execução das ligações. A abertura dos furos deve em geral ser realizada por brocagem. No caso de ligações importantes a abertura dos furos deve fazer-se:

Ou por brocagem simultânea dos diversos elementos a ligar, ou por brocagem ou puncionamento de diâmetro pelo menos 3 mm inferior ao diâmetro definitivo e posteriormente mandrilagem, realizada com as peças convenientemente ligadas.

Somente se admite a abertura de furos por puncionamento sem posterior mandrilagem no caso de furos que não tenham função estrutural importante.

7.5 MONTAGEM 7.5.1 REGRAS GERAIS DE MONTAGEM Na montagem das estruturas devem respeitar-se as prescrições da regulamentação em vigor sobre segurança no trabalho de Construção Civil.

7.5.2. MONTAGEM EM OBRA O plano de montagem e os meios utilizados terão de ser apreciados pela Fiscalização e merecer a sua aprovação. A montagem em obra será feita verificando cuidadosamente e respeitando a verticalidade, os alinhamentos e as cotas. Deverá evitar-se durante a manipulação danificar as peças ou o seu acabamento, se já o houver. As torções e outros danos ocasionados nas peças pelo seu transporte, manuseamento e manutenção não só deverão ser evitados como quando se verificarem corrigidos. As correcções a efectuar serão sempre feitas a frio. De igual modo, após a montagem, se verificarem que por essa acção foram introduzidos nas peças esforços e deformações indevidas, serão essas peças desmontadas e corrigidas.

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QUADRO I

Designação segundo NP

1729-81

Tensão de cedência mínima (ou tensão limite convencional de proporcionalidade a 0.2%)

Tensão de

rotura

Extensão após

rotura

Identificação

cromática

Fe 310.0(*) 175 310/510 18

Fe 360.A 235 360/470 26 Vermelho

Fe 360.B 235 360/470 26 Azul

Fe 360.BFU 235 360/470 26 Azul/Branco

Fe 360.BFN 235 360/470 26 Azul/Verde

Fe 360.C 235 360/440 26 Verde

Fe 430.A 275 430/540 22 Amarelo

Fe 430.B 275 430/540 22 Amarelo/Azul

Fe 430.C 275 430/510 22 Amarelo/Verde

Fe 510.C 355 510/610 22 Preto/Vermelho

Fe 490.1(*) 295 490/590 20 Branco/Amarelo

Fe 490.2(*) 295 490/590 20 Branco/Verde

Fe 590.2(*) 335 590/710 16 Amarelo/Preto

Fe 690.2(*) 365 690/830 11 Branco/Preto

NOTA (1): A designação compõe-se:

Do símbolo Fe Da indicação do tipo pelo valor mínimo garantido para a tensão de rotura expresso em M Pa. Da indicação de qualidade (0, 1, 2, A, B, C) Eventualmente do símbolo do processo de desoxidação (FU=aço efervescente, FN=aço calmado)

* As qualidades Fe 310.0, Fe 490.1, Fe 490.2, Fe 590.2 e Fe 690.2 não são recomendadas para trabalhos de soldadura por

arco ou por chama.

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QUADRO II

DESIGNAÇÕES

NP 1729 DIN 17100 NFA 35-501 UNI 7070 UNE 36080 BS 4360 EUR 25-72

Fe 310.0 St 33 A 33 Fe 33 - Fe 310.0

Fe 360.A - - - - Fe 360.A

Fe 360.B St 37.2 E 24.2 Fe 37.B A 360.B Fe 360.B

Fe 360.BFU U St 37.2 E 24.2 E - - Fe 360.BFU

Fe 360.BFN R St 37.2 E 24.2 NE Fe 360.BFN

Fe 360.C St 37.3 E 24.3 Fe 37.C A 360.C Fe 360.C

Fe 430.A U St 42.1 E 26.1 Fe 430.A

Fe 430.B St 44.2 E 28.2 A 430.B 43 B Fe 430.B

Fe 430.C St 44.3 E 28.3 A 430.C 43 C Fe 430.C

Fe 510.C St 52.3 E 36.3 Fe 52.C A 510.C 50 C Fe 510.C

Fe 490.1 St 50.1 A 50.1 Fe 490.1

Fe 490.2 St 50.2 A 50.2 Fe 50 A 490 Fe 490.2

Fe 590.2 St 60.2 A 60.2 Fe 60 A 590 Fe 590.2

Fe 690.2 St 70.2 A 70.2 Fe 70 A 690 Fe 690.2

Se os danos provocados atingirem uma gravidade tal que em obra não possam ser corrigidos sem perigo para os elementos estruturais, deverão estas peças ser devolvidas à oficina. Todas as reparações serão executadas por conta do Empreiteiro. 7.5.3 LIGAÇÕES. 7.5.3.1. LIGAÇÕES REBITADAS Para o dimensionamento das ligações rebitadas deve seguir-se o exposto nos artigos 18º, 19º e 20º do Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios em vigor e para a verificação de segurança o exposto nos artigos 56º e 57º do mesmo regulamento. Na execução de ligações rebitadas respeitar-se-ão as seguintes condições:

A rebitagem deve ser executada por meios mecânicos somente podendo efectuar-se a rebitagem manual em casos especialmente justificados;

No início da cravação os rebites devem estar ao rubro claro; terminada a operação, devem estar ainda ao rubro sombrio;

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Os rebites, depois de cravados, devem preencher completamente os furos e apresentar cabeças bem enformadas e centradas em relação ao corpo dos rebites;

Os rebites que ficarem soltos ou defeituosos devem ser substituídos.

7.5.3.2. LIGAÇÕES APARAFUSADAS CORRENTES E PRÉ-ESFORÇADAS Para o dimensionamento das ligações aparafusadas deve seguir-se o exposto nos artigos 21º a 25º (inclusive) do Regulamento de Estruturas de aço para Edifícios em vigor, e para a verificação de segurança o exposto nos artigos 56º, 58º e 59º do mesmo regulamento. Na execução de ligações aparafusadas correntes, respeitar-se-ão as seguintes condições: Os diâmetros dos parafusos devem ser 1 mm ou 2 mm inferiores aos diâmetros dos furos, conforme se trate de

parafusos "brutos" ou "ajustados"; A parte não roscada da espiga dos parafusos deve ter comprimento suficiente para abranger toda a espessura

dos elementos a ligar, isto é, a parte roscada deverá iniciar-se na zona correspondente á espessura da anilha; O roscado do parafuso deve sobressair pelo menos um filete das respectivas porcas; O aperto dos parafusos deve ser o suficiente para garantir a eficiência das ligações, tendo-se em atenção que um

aperto exagerado produz estados de tensão desfavoráveis nos parafusos; Os parafusos serão em geral munidos de anilhas, em cuja espessura deve terminar a parte roscada. Só se poderá

dispensar o uso de anilhas desde que as ligações sejam pouco importantes e se verifique que a zona lisa da haste do parafuso è suficiente para transmitir à chapa os esforços a que o parafuso está sujeito;

No caso de as superfícies sobre as quais se faz o aperto dos parafusos não serem normais aos eixos destes, devem colocar-se anilhas de cunha, de modo a que o aperto não introduza esforços secundários nos parafusos;

Sempre que se verifiquem condições que possam conduzir ao desaperto dos parafusos de serviço, por exemplo vibrações, devem utilizar-se dispositivos que impeçam esse desaperto, tais como anilhas de mola ou contra-porcas;

Em parafusos de alta resistência utlizar-se-ão porcas de aço que sejam no mínimo, de classe imediatamente inferior à do aço do parafuso correspondente;

Os parafusos das ligações com dilatação, serão munidos de contra-porcas. O aperto da porca deverá permitir a livre dilatação.

Na execução de ligações aparafusadas pré-esforçadas respeitar-se-ão condições anteriormente enunciadas desde que aplicáveis e ainda:

As superfícies dos elementos a ligar devem ser cuidadosamente limpas de quaisquer matérias susceptíveis de provocarem uma diminuição do atrito entre si - ferrugem, gordura, pintura, água, etc.. A limpeza será feita a jacto abrasivo ou outro processo de características adequadas, devendo executar-se em curto prazo - algumas horas - a montagem da ligação de modo a evitar que as superfícies se oxidem;

Aos parafusos devem ser aplicados os momentos de aperto especificados no projecto, utilizando chaves

dinamométricas aferidas - erro máximo de 10%. Posteriormente à montagem deverá ser verificado, em pelo menos 10% do número total de parafusos, se estão

instalados os momentos de aperto especificados. Para isso será medido o valor do momento necessário para fazer desapertar a porca de um sexto de volta; este valor deverá ser, no mínimo, 75% do momento de montagem.

Os parafusos devem ser munidos de anilhas, uma do lado da cabeça e outra do lado da porca. Mediante justificação a primeira poderá ser eliminada em parafusos cujas cabeças possuam dimensões estudadas de forma que possuam dimensões estudadas de forma que possam transmitir com segurança as chapas o pré-esforço instalado nos parafusos.

7.5.3.3. LIGAÇÕES SOLDADAS Para o dimensionamento das ligações soldadas deve seguir-se o exposto nos artigos 26º a 37º (inclusive) do Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios em vigor e para a verificação de segurança o exposto nos artigos 56º e 60º do mesmo regulamento.

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Quando a espessura e o tipo de cordões estiver indicado nos desenhos de projecto estas indicações prevalecerão sobre as atrás indicadas. Na execução de ligações soldadas empregar-se-ão processos de soldadura de eficiência comprovada, nomeadamente as soldaduras por arco eléctrico e a soldadura oxi-acetilénica, devendo respeitar-se as normas portuguesas em vigor e, em particular, as condições enunciadas a seguir: O trabalho de soldadura, na qual deve ser utilizada a aparelhagem conveniente, são poderá ser executado por pessoal

devidamente qualificado. Na soldadura por arco eléctrico as características das correntes e a natureza e o diâmetro dos eléctrodos devem ser

apropriados à qualidade dos materiais e ao tipo de ligação a efectuar. As superfícies a soldar devem estar bem limpas e sem escórias. No caso de o cordão ser obtido por várias passagens,

deve proceder-se, antes de cada nova passagem, à repicagem das escórias por um processo adequado e à limpeza a escova de arame.

Tanto as zonas a soldar como os eléctrodos devem estar bem secos. Os cordões devem ficar isentos de irregularidades, poros, fendas, cavidades ou outros defeitos. Na realização das soldaduras deve seguir-se a ordem de execução e as disposições construtivas indicadas no projecto.

Quando o projecto for omisso a este respeito, devem tomar-se as precauções convenientes para reduzir as tensões devidas às operações de soldadura e para que as peças fiquem nas posições pretendidas.

Não é, em geral, necessário proceder ao recozimento das peças para eliminação das tensões provenientes das operações de soldadura. Quando for considerado necessário, deve a respectiva indicação constar no explicitamente do projecto.

Deve-se procurar reduzir ao indispensável o número de soldaduras a efectuar fora da oficina. De igual modo se devem utilizar dispositivos que permitam reduzir ao mínimo as soldaduras de difícil execução, em particular as soldaduras de tecto. 7.6 FISCALIZAÇÃO. A acção fiscalizadora poderá exercer-se tanto na oficina como na obra, devendo o empreiteiro facilitar essa acção. Assim: O Empreiteiro apresentará quando lhe forem solicitados, os boletins de ensaio comprovativos dos diferentes materiais

utilizados e eventualmente deverá fornecer as amostras indispensáveis para a comprovação daquelas propriedades; Quando julgado necessário, nomeadamente em soldaduras solicitadas a esforços importantes, será exigido o seu

controlo, por métodos não destrutivos (radiografia ou ultra-sons); Concluída a execução, a Fiscalização realizará uma inspecção cuidada de toda a obra.

A Fiscalização recusará aceitar o trabalho sempre que se verifiquem ligações mal executadas, desvios de verticalidade, horizontalidade ou posicionamento incorrecto das peças, bem como, torções ou tensões indevidas introduzidas na estrutura. 7.7. ENSAIOS Quando for julgado conveniente e, em especial nos casos em que tiverem sido utilizados métodos de dimensionamento, materiais ou processos de execução não usuais, deve proceder-se à realização de ensaios com vista a averiguar a segurança da obra. Os ensaios consistirão em geral, na aplicação de solicitações convencionais representativas das previstas no projecto (as quais, de preferência, serão atingidas por acréscimos graduais), e na medição dos valores máximos e residuais, de deslocamentos, de extensões e de distorções. A segurança da obra deve ser julgada a partir dos resultados dos ensaios dos materiais e dos ensaios da estrutura e da sua comparação com os valores previstos no projecto.

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7.8. PARTICULARIDADES Para a execução do esquema de aparelho e pintura dos elementos metálicos serão consultadas as especificações correspondentes.

8. LAJES NERVURADAS DE BETÃO ARMADO COM ELEMENTOS OCOS E/OU LEVES INCORPORADOS 8.1 OBJECTIVO Apresente especificação tem por finalidade fornecer indicações técnicas gerais sobre lajes nervuradas de betão armado com elementos ocos e/ou leves incorporados, suas características, modo de execução e outros cuidados construtivos. 8.2 GENERALIDADES Estas lajes são constituídas por caixotões ocos de betão ou blocões de elementos leves colocados de modo equidistante entre si,perfeitamente alinhados em ambas as, direcções e nivelados, assentes sobre um estrado ou plataforma indeformável que constituirá a cofragem. O espaço compreendido entre fiadas de caixotões ou blocões de elementos leves será armado, constituindo depois da betonagem, um sistema reticulado de vigas de betão armado. Zonas armadas e amaciçadas constituirão as bordaduras, remates da laje ou capiteis que estabelecerão ou não ligação a outros elementos rígidos da construção, tais como: pilares e/ou paredes de betão armado. A camada de betão incorporado na laje acima dos elementos mais elevados constituirá a lâmina de compressão, a qual, é geralmente armada com uma rede electrossoldada. O conjunto de armaduras-caixotões e elementos rígidos da construção serão solidarizados por betão em enchimento contínuo. 8.3. CARACTERÍSTICAS 8.3.1. COFRAGEM. ARMADURAS E BETÃO Obedecerão aos tipos e classes designados nos desenhos de projecto e às respectivas especificações. 8.3.2. CAIXOTÕES OU BLOCÕES DE ELEMENTOS LEVES Serão elementos prefabricados com betão de finos ou de agregados de argila expandida do tipo Leca ou Ytong, não armado, sob patente de um representante e obedecendo às normas por este designadas.

8.4 EXECUÇÃO A execução das lajes consta das seguintes operações:

Montagem de um estrado ou plataforma rígida, de apoio aos caixotões e/ou blocões e das armaduras, perfeitamente nivelado, assente sobre escoramento, de modo a evitar deformações durante a betonagem.

Montagem das cofragens complementares à moldagem do betão.

Colocação dos caixotões e/ou blocões com as dimensões, em número e com a disposição indicada nos desenhos e pormenores do projecto. O acerto do afastamento entre caixotões e/ou blocões far-se-á através de cércea adequada.

Colocação das armaduras de acordo com os desenhos e pormenores de projecto.

Instalação de passadiços para transporte do betão e trânsito do pessoal.

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Rega abundante da cofragem, caixotões e/ou blocões, sem que todavia a água ressume ou forme poças, de forma a criar as condições óptimas de aderência de ligação do betão aos diversos elementos que constituirão a laje.

Lançamento, espalhamento, regularização e compactação do betão, tendo o cuidado de assegurar a perfeita aderência às faces expostas dos caixotões e/ou blocões e a manutenção da espessura prevista para a lâmina de compressão. O betão deverá ser composto de agregados cuja máxima dimensão será menor que a espessura míniima da lâmina de compressão. O lançamento, espalhamento e regularização do betão far-se-á de modo contínuo, isto é, não é permitida a interrupção da betonagem sobre qualquer parcela do vão. A betonagem executar-se-á continuadamente até aos limites periféricos da laje, ou, a ser interrompida (se a laje tiver continuidade) sobre apoios, se os houver. Estes casos só serão permitidos quando devidamente justificados e depois de submetidos à fiscalização. Devido à natureza da estrutura não se devem usar meios potentes de compactação e vibração; o que exige especial cuidado na execução da betonagem. A compactação e vibração do betão serão executadas de modo a manter o paralelismo, alinhamento e nivelamento dos caixotões, bem como, a disposição das armaduras. Deverá ser assegurada a manutenção da humidade do betão colocado "in situ", por meio de rega, e recobrimento - conservado húmido - sobre a superfície betonada ou outro meio, tendo em vista uma cura cuidada. 8.5 CUIDADOS CONSTRUTIVOS Em caso algum será permitida a colocação dos caixotes e/ou blocões com dimensões diferentes das indicadas nos desenhos de projecto, com outra disposição, cantos ou abas quebradas, fissuras, buracos ou outros defeitos de fabrico. Como atrás se disse, são excepcionalmente, em casos devidamente justificados e após aprovação da Fiscalização, será permitida a interrupção da betonagem sobre elementos rígidos existentes da construção. Dever-se-á dar especial atenção à implantação de aberturas inseridas nas lajes, tais como passagens para: coretes, chaminés, condutas de ar condicionado, de esgoto, etc.; portanto, não é permitida a demolição de elementos de laje, particularmente das vigas, que constituem o sistema reticulado. Quando, por qualquer motivo, houver queda do fundo de caixotões ou de blocões, proceder-se-á à reparação da superficie, dando-se continuidade ao fundo da laje. Em qualquer caso, não é permitido o corte das armaduras existentes.

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INFRAESTRUTURAS ELÉCTRICAS E TELECOMUNICAÇÕES CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS

1.1 OBJECTO DA EMPREITADA A presente empreitada é referente á execução das instalações eléctricas e de telecomunicações que vão equipar a construção de uma mediateca na cidade de Huambo, Huambo. 1.2 EXTENSÃO DA EMPREITADA Consideram-se incluídos nesta empreitada todos os trabalhos necessários para a completa execução e acabamento das seguintes instalações:

Instalações Eléctricas, incluindo:

Instalação de contador de energia

Alimentação e distribuição de energia

Posto de transformação

Grupo gerador,

Circuitos de iluminação

Circuitos de tomadas

Alimentação de equipamentos

Sistema de alimentação de socorro

Sistema gestão técnica do edifício

Terras de protecção

Instalações telecomunicações, incluindo:

Rede de tubagem

Rede de cabos de cobre

Rede de cabos coaxiais

Rede de cabos de fibra óptica

Bastidores

Rede de detecção automática de incêndio

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Rede de detecção de intrusão

Instalações de transporte de pessoas e mercadorias:

Elevador Monta-cargas

As instalações atrás indicadas serão entregues completamente equipadas, ensaiadas, configuradas, em pleno funcionamento e devidamente certificadas. O preço da empreitada incluirá, pois, a execução de todos os trabalhos que constam das peças escritas e desenhadas do projecto, bem assim como a execução de todos os trabalhos e fornecimentos subsidiários daqueles e que sejam necessários para a completa e perfeita execução da empreitada, bem como o bom acabamento e estética das instalações. 1.3 TRABALHOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 1.3.1 TRABALHOS INCLUÍDOS Consideram-se incluídos na presente empreitada todos os trabalhos de construção civil inerentes à execução das instalações do presente caderno de encargos e que consistem entre outros dos seguintes:

Abertura e tapamento de valas no exterior para as infra-estruturas do empreendimento;

Execução de câmaras de visita;

Abertura de roços, nichos e furos;

Colocação de tubagem de VD, ERM ou PEAD e seu fornecimento coberta com betonilha;

Colocação de tubagem de PVC ou PEAD e seu fornecimento enfiadas na estrutura de betão o qual deverá ser realizada durante os trabalhos de betonagem;

Colocação de tubagem de VD, ERM e seu fornecimento em roço ou à vista; 1.4 OBRIGAÇÕES COMPLEMENTARES DO EMPREITEIRO

O adjudicatário deverá apresentar á Fiscalização amostras de todo o material e equipamento a instalar que deverão ficar em obra para serem consultados sempre que a Fiscalização o pretenda.

O adjudicatário manterá na obra, desde o seu início, um técnico de reconhecida competência que ficará responsável pela boa execução dos trabalhos a seu cargo.

Os materiais a aplicar, qualidades e tipos, serão submetidos á aprovação da Direcção da Obra.

O empreiteiro obriga-se a instalar e a ligar os aparelhos que, sem fazerem parte do seu fornecimento, lhes forem fornecidos pelo proprietário e que sejam descritos no presente projecto.

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O empreiteiro compromete-se a substituir, durante o prazo de garantia, todos os materiais por ele aplicados que apresentarem defeito de fabrico ou de montagem sem qualquer encargo para o dono da obra. Esta garantia não cobrirá situações de má exploração, por parte dos utilizadores das instalações.

Compete ao empreiteiro desta empreitada a coordenação com os fornecedores de equipamentos excluídos do seu fornecimento de modo a pedir e a satisfazer as suas necessidades de informações para a instalação de toda a cablagem que venha a interferir com esses equipamentos.

Compete ao empreiteiro a coordenação entre os diversos sub-empreiteiros para a passagem de tubagens e ou cabos nos trajectos comuns a outras especialidades mantendo a Fiscalização a par das soluções encontradas.

1.5 ALTERAÇÕES O adjudicador reserva-se o direito de alterar o projecto durante a fase de execução das instalações, sempre que se torne necessário. Qualquer alteração ao projecto durante a execução da obra, só poderá ser tornada efectiva mediante comunicação por escrito do adjudicador. Se a alteração acarretar um acréscimo de encargos, terá o adjudicatário de apresentar um orçamento convenientemente descriminado do aumento e só depois do adjudicador ter comunicado por escrito o seu acordo, poderão os convenientes trabalhos serem iniciados. O dono da obra poderá vir a retirar da empreitada, qualquer instalação com a respectiva diminuição no preço.

1.6 RECEPÇÃO - PRAZO DE GARANTIA

1) A recepção provisória será precedida de ensaios de funcionamento, de medição de resistências de isolamento e de terra. A recepção provisório não podendo ocorrer sem a certificação das instalações pelas respectivas entidades certificadoras.

2) A recepção definitiva será efectuada no final do período de garantia de bom funcionamento das instalações o qual será de doze meses, sem prejuízo de caderno de encargos geral.

3) O empreiteiro, obriga-se pelo prazo de garantia a reparar, afinar ou substituir qualquer peça ou órgão nos quais se reconheçam defeitos de construção ou de montagem ou que apresentem um comportamento deficiente.

4) Durante o mesmo período de tempo, o empreiteiro compromete-se a prestar convenientemente toda a assistência técnica julgada conveniente e considerada no âmbito das condições de garantia devendo atender prontamente a toda e qualquer reclamação de mau funcionamento.

5) A recepção definitiva será efectuada no final do período de garantia de bom funcionamento das instalações.

6) Durante o período de garantia o empreiteiro compromete-se a reprogramar o sistema de gestão técnica nos aspectos que se verificarem que não foi correcta a sua configuração.

No caso das instalações, nesta data, apresentarem quaisquer deficiências, o prazo de garantia considerar-se-á automaticamente prorrogado até que as anomalias se possam considerar completamente sanadas.

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1.7 REGULAMENTOS E NORMAS Todos os trabalhos desta empreitada serão executados segundo as boas regras de arte, em especial, de conformidade com as peças desenhadas deste projecto, com os regulamentos em vigor e com as imposições da Fiscalização. 1.8 MATERIAIS Todos os materiais a utilizar serão da melhor qualidade e deverão obedecer aos preceitos estabelecidos pelas Normas de segurança. O empreiteiro deverá submeter a prévia aprovação da Fiscalização todas as amostras dos materiais a utilizar. As dimensões e calibres indicados entendem-se como valores mínimos, pelo que não poderão ser reduzidos. 1.9 ENSAIOS E VERIFICAÇÕES Antes da entrada em funcionamento e de se efectuar a recepção provisória do equipamento será efectuado um conjunto de ensaios, experiências e verificações destinados a demonstrar e comprovar que os equipamentos e materiais instalados obedecem ás normas e regulamentos em vigor e ao especificado neste projecto. O tempo necessário para a realização dos ensaios e verificações não deverá alterar a data de conclusão da empreitada pelo que o Empreiteiro deverá prever atempadamente. As verificações a efectuar serão as seguintes:

1) Comparação entre as especificações técnicas, desenhos e outros documentos aceite pelo Dono da Obra e a instalação executada.

2) Verificação da conformidade das instalações as exigências dos regulamentos de segurança e outras prescrições em vigor.

3) Verificação dos desenhos da obra efectivamente realizada e a instalação executada.

4) Verificar in loco que as boas regras técnicas foram aplicadas na realização das às instalações Para as verificações e ensaios a efectuar em obras elaborará o empreiteiro boletins completos onde se registarão todos os resultados e constatações. Os principais ensaios e medidas a realizar serão os que a seguir se descrevem, apenas a título de orientação e sem carácter exaustivo:

Medida dos valores de isolamento dos diversos circuitos.

Ensaio de todos os comandos e sinalizações.

Medida dos valores das tensões nas diversas situações de carga.

Medida dos valores das intensidades de corrente nos diversos circuitos.

Medida dos valores das intensidades luminosas nos diversos locais.

Medida do valor da resistência de terra

Medida da resistência de isolamento dos principais alimentadores da instalação

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1.9.1 EQUIPAMENTO PARA REALIZAR OS ENSAIOS Todos os equipamentos de medida e todos os materiais necessários para os ensaios são fornecidos pelo empreiteiro, sem mais custos para o Dono da Obra. Exige-se nomeadamente o equipamento seguinte para as instalações eléctricas:

Pinça amperimétrica

Multímetro

Megaohmimetro

Medidor de terras

Luximetro

Aparelho de teste para disparo de diferenciais e o seguinte especificamente para as instalações de telecomunicações:

Analisador de redes informáticas

Medidor de campo

OTDR (Optical Time Domain Reflectometer) 1.10 MEDIÇÕES APRESENTADAS Nas medições apresentadas com o projecto entende-se que:

1) Os cabos serão medidos entre as entradas dos aparelhos, caixas ou isoladores que limitam o troco em medição, entendendo-se devidamente enfiados, aplicados por abraçadeiras.

2) As caixas de derivação serão completas e devidamente assentes, incluindo entradas, terminais, ligação e tampas e bucins.

3) A aparelhagem compreende a respectiva caixa, espelho, entradas e ligações.

4) Os quadros serão executados completos com toda a aparelhagem indicado nos esquemas unifilarese dispositivos de protecção ligados e assentes com todos os acabamentos previstos.

5) As armaduras para iluminação contar-se-ão por unidade completa, compreendendo todos os acessórios, lâmpadas e condutores.

6) Quaisquer outros acessórios e aparelhos serão medidos por unidade, entendida devidamente aplicada e em condições de funcionamento normal.

1.11 PROPOSTAS As propostas deverão ser acompanhadas dos seguintes documentos:

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1) Orçamento descritivo indicando preços unitários para fornecimento e montagem de todos os materiais.

2) Memória Descritiva que permita ajuizar sobre o tipo e qualidades dos materiais propostos se diferentes dos prescritos. Neste caso devem ser acompanhados sempre de catálogos técnicos de material e de todos os equipamentos, com indicação das suas marcas e características técnicas fundamentais.

1.12 EXCLUSÕES

Os concorrentes juntarão, obrigatoriamente a proposta, fazendo parte integrante dela, uma folha de exclusões onde descreverão os trabalhos e/ou fornecimentos que excluem ou não cumprem integralmente. 2 CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS 2.1 ALIMENTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA Estão incluídos neste capítulo o fornecimento e montagem de todos os equipamentos e trabalhos relacionados com as seguintes instalações:

Alimentação de energia

Quadros eléctricos

Alimentadores dos quadros

Alimentação de equipamentos

Terras 2.1.1 ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA A alimentação de energia será efectuada em média tensão através de ligação em anel a partir do posto de transformação de distribuição pública identificado em peça desenhada em anexo. As condições do cabo de alimentação serão estabelecidas pelo distribuidor. 2.1.2 QUADROS ELÉCTRICOS Faz parte da presente empreitada o fornecimento e montagem dos quadros eléctricos apresentado em planta e esquemas unifilares. Os aparelhos de protecção devem possuir de forma visível, o símbolo de identificação do aparelho bem como as suas características deste como: calibre, curva de disparo, poder de corte e respectiva norma. Estes devem ser certificados apresentados os respectivos ensaios de certificação. 2.1.2.1 Características gerais dos Quadros Os quadro eléctricos serão concebidos e executados electricamente de acordo com os esquemas de projecto do tipo modulares de encastrar em poliéster reforçado, de acordo com a normas EN 60439-3 , IEC 60439-3 tal como a NF C 20-455. Poderão ser metálicos mas deverá ser garantido a classe II de isolamento garantindo a segurança das pessoas.

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Será da série FW da Hager ou equivalente de montagem saliente e ou montagem embebida conforme indicado na memória descritiva e instalados em local indicado nas peças desenhadas em anexo. As suas dimensões serão adequadas à instalação de toda a aparelhagem indicada nos esquemas, em condições de fácil montagem e de modo a que todas as ligações internas se possam efectuar folgadamente e de forma clara. Deve ainda ser deixado espaço de reserva de 20%. Os chassis serão extraíveis para facilitar a montagem fora do quadro. O aparelho de corte geral será do tipo tetrapolar com o calibre indicado na peça desdenhada dos esquemas unifilares. Os barramentos dos quadros serão construídos em barras de cobre electrolítico de secção normalizada, dispostas em escada apoiadas rigidamente sobre isoladores de resina epoxy, convenientemente espaçadas, e serão dimensionadas para correntes nominais In conforme memória descritiva, devendo ser identificados da seguinte forma: Fase 1 – L1 Fase 2 – L2 Fase 3 – L3 Neutro – N Terra - PE A barra da terra de protecção, ficará ligada ao condutor geral de protecção. Existem quadros com barramento de energia ininterrupta. Estes barramentos apresentam as mesmas características que o barramento normal. Os circuito de entrada, bem como os circuitos de saída, serão correctamente identificados por meio de etiquetas por forma a que seja fácil e rápida a interpretação das funções de cada aparelho. Estas identificação deverá ser realizada sobe a aparelhagem de modo a que mesmo com a retirada dos painéis os circuitos permaneçam perfeitamente identificados. Possuirão aparelho de corte geral omnipolar, do tipo interruptor de corte em carga indicado nos esquemas. O poder de corte dos disjuntores magneto-térmicos deverá ser no especificado no esquema unifilar dos respectivos quadros, devendo ter qualidade não inferior à série HM da Hager. 2.1.3 ALIMENTADORES DE QUADROS Faz parte da empreitada o fornecimento e montagem dos alimentadores dos quadros eléctricos e acordo com os desenhos do projecto. Os alimentadores serão do tipo H07V-U/R enfiados em tubos VD quer montados à vista fixados a paredes e tectos por abraçadeiras, quer embebidos. O adjudicatário deverá informar-se previamente junto da fiscalização dos trajectos mais convenientes para os cabos. 2.2 INSTALAÇÃO DE ILUMINAÇÃO Faz parte da empreitada o fornecimento e montagem da instalação de iluminação de acordo com as peças escritas e desenhadas do projecto. Todas as armaduras para iluminação serão fornecidas devidamente electrificadas com lâmpadas e

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acessórios para a tensão 230 V – 50 Hz. De uma forma geral os balastros das lâmpadas fluorescentes serão electrónicos e transformadores electrónicos. As caixas de derivação correspondentes aos circuitos de iluminação deverão ficar centradas e no cimo das portas dos compartimentos. Deverão ser evitadas caixas que não respeitem esta situação. Os comandos de iluminação nomeadamente botões de pressão deverão ser localizados à cota de 1.2 m para as situações “normais” e à cota de 1.4 m para o caso dos botões dotados de visualização. Estes serão sempre colocados do lado oposto ao sentido da abertura das portas. Complementarmente o comando da iluminação será realizado através de sistema de detecção de presença de pessoas nos respectivos espaços. No caso da iluminação das zonas de circulação o comando é realizado através de comando horário, o mesmo sucedendo com a iluminação exterior. Os circuitos de iluminação são accionados através de aparelhos electrónicos da gestão técnica do edifício. 2.2.1 APARELHOS DE ILUMINAÇÃO São previstas os aparelhos de iluminação indicados na memória descritiva. Antes da instalação dos mesmos deve ser apresentada uma amostra de cada um dos equipamentos à fiscalização/dono de obra para aprovação. Todos os equipamentos devem ser apresentar o respectivo certificado eléctrico de conformidade. 2.2.2 APARELHAGEM DE COMANDO DA ILUMINAÇÃO A aparelhagem de comando da iluminação será fornecida e montada pelo adjudicatário e será dos seguintes tipos:

própria para sistema de comando KNX( EIB) embebida, da série Katallisto da Hager ou equivalente; em todos os locais e que a instalação seja embebida. Tendo nas posições indicadas nas peças desenhadas LCD de Visualização

do tipo estanque/embebida IP 55 própria para montagem saliente em todos os locais onde a instalação ande á vista da série plexo 55 S da Legrand. Necessitando nestas situações de sistema de sensores KNX(EIB), refª TX302 da Hager ou equivalente para interacção com o sistema de gestão do edifício.

Deverão sempre ser apresentadas amostras para a aprovação prévia da fiscalização da obra.

2.3 INSTALAÇÃO DE TOMADAS 2.3.1 INSTALAÇÃO DE TOMADAS DE USOS GERAIS

Faz parte da empreitada o fornecimento e montagem de todas as tomadas de usos gerais e respectivos circuitos de acordo com as peças desenhadas. As tomadas para instalação em parede serão para montagem embebida, da série Katallisto da Hager para 16 A sob 250 V com terra do tipo schuko e com alvéolos protegidos. As tomadas para montagem saliente serão trifásicas com neutro e terra tipo CEE de 32 A, e as monofásicas serão estanques ( IP 55 ) do tipo schuko com terra para In = 16 A da série Plexo 55 E da Legrand. As tomadas previstas em caixas de pavimento devem ser da série Mosaic 45 da Legrand ou equivalente, devendo a caixa de pavimento garantir índice de protecção prescrito pelas RTIEBT para a presente situação. Todas as tomadas serão instaladas à cota de 30 cm a partir da cota do pavimento com excepção das tomadas previstas para cima dos balcões que serão colocados a 15/20 cm acima deste, outras situações são referidas explicitamente nas peças desenhadas.

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Estão ainda previstas tomadas a instalar em caixas de pavimento. As caixas serão próprias para instalação no pavimento da série TCP da Quintela e terão capacidade de 16 módulos.

2.3.2 INSTALAÇÃO DE TOMADAS DE USOS ESPECÍFICOS Faz parte da empreitada o fornecimento e montagem dos circuitos de alimentação de equipamentos cujo funcionamento e as suas características aconselham circuitos e protecções individualizados. Todas as tomadas serão instaladas à cota de 30 cm, 1.5 m ou 2.6 m acima do pavimento consoante o equipamento seja de parede ou de balcão, ou ainda no caso da alimentação do aparelho de TV e dos Access-points da rede sem fios. Os equipamentos a alimentar serão os seguintes:

Armário de Telecomunicações individual (ATI)

Bastidores informáticos de comunicações

Sistema automático de detecção de incêndio (SADI)

As características das canalizações e das suas protecções estão indicadas nos esquemas do projecto. Estas regras não invalidam que o empreiteiro das instalações eléctricas coordene com os fornecedores dos diversos equipamentos a sua adequada localização.

3 GESTÃO TÉCNICA 3.1 SISTEMA ADOPTADO O sistema de gestão técnica centralizada para o edifício é baseado na norma KNX/EIB sendo preconizados equipamentos da gama Tebis da Hager ou equivalente. Devem obedecer à norma EN50090-EN13321-1 e ISO/IEC 14543. Os equipamentos previstos são os apresentados nos esquemas unifilares de quadros, e os apresentados nas peças desenhadas dos sistemas de bus e ainda os módulos de comandos modulares previstos nas peças desenhadas da iluminação. 3.2 CONCEPÇÃO DO SISTEMA IMPLEMENTAR O sistema de gestão KNX será dotado de uma única área, possuindo uma linha principal e 4 linhas onde serão instalados os equipamentos. Adoptou-se pela instalação de duas linhas por cada piso de forma a não comprometer hipotética ampliação do sistema. 3.3 CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA Os equipamentos previstos devem ser configurados por um técnico certificado para o efeito pela associação gestora da Norma KNX. O edifício deverá ser entregue com as funcionalidades descritas nas subsecções seguintes. Todas as soluções deverão ser validadas junto do dono de obra/fiscalização. Discutindo eventuais melhorias às soluções propostas à data de elaboração do projecto.

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3.3.1 ABRIR MEDIATECA Esta funcionalidade prevê a ligação de todos os equipamentos necessários ao funcionamento da mediateca – apenas pessoal. Nomeadamente devem ser abertas as electroválvulas dos balneários. Colocar em modo automático o sistema de sombreamento. Este modo deve ainda colocar os blocos autónomos em modo de vigília. E outros equipamentos que a administração da mediateca /fiscalização da obra ajuíze como indispensável. 3.3.2 ABRIR MEDIATECA AO PÚBLICO Este modo diferencia-se apenas do modo anterior uma vez activa as zonas de público. Nomeadamente, as válvulas das instalações sanitárias, os aparelhos de TV que devem ter a capacidade de “autoascenção” – ligar quando a energia é ligada, as consolas e os computadores públicos. Também neste caso deve ser ouvida a administração da mediateca /fiscalização da obra para avaliar da eventualidade de activar outros equipamentos neste modo. 3.3.3 ENCERRAMENTO AO PÚBLICO Este modo desliga a iluminação da zona de público, as TV e as consolas. Este modo fecha ainda as electroválvulas das instalações sanitárias das zonas de público. Os estores e os blackouts devem ser descidos nestas zonas não usadas. As tomadas dos computadores públicos são alimentados através de comando do sistema de gestão técnica. Os computadores não devem ser desligados de forma abrupta, pelo que o domínio/subdomínio/gama de endereços dos comutadores públicos, depois de receber sinalização do sistema de gestão técnica, deve enviar ordem de shutdown a todos os computadores. A energia dos computadores será desligada após uma temporização que se julgue suficiente para todos os computadores encerrarem as sessões. 3.3.4 ENCERRAMENTO DA MEDIATECA Este modo para além de realizar o referido no modo anterior, desliga ainda a iluminação de todas as zonas do edifício, bem como fecha a válvula do balneário. Este modo desce ainda todos os estores. 3.3.5 GABINETES DE TRABALHO Nos gabinetes de trabalho o comando será local através de conjunto de sensores (botões) da Série Kallysto com 2 botões da Hager ou equivalente. No gabinete da direcção e salas de reunião o comando pode ser realizado através de comando à distância, por infra-vermelho. 3.3.6 SALA DE REUNIÕES/FORMAÇÃO O sistema de iluminação e accionamento na sala de reuniões será comandado através de um conjunto de sensores (botões) da Série Kallysto com 4 botões da Hager ou equivalente, de forma a que através de um único botão a sala de reuniões se adapte ao ambiente e funcionalidades indispensabilidades de cada evento. Estes possuem interface de comando infra-vermelho de comando à distância. Nestas salas prevêem-se as seguintes funcionalidades, sem prejuízo de outras que tecnicamente sejam possíveis de configurar com a solução projectada e que venham a ser solicitadas pelo dono de obra/fiscalização.

1) Ligar toda a iluminação da sala,

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2) Desligar tudo,

3) Cenário de projecção na qual será ligado vídeo projector, será baixada a tela motorizada e será reduzida a iluminação da sala. A ligação da alimentação de energia do vídeo projector será realizada através dos módulos de saída instalados nos quadros ou alimentados através de BCU embebidos na parede. 4) Cenário de sombreamento. Como as salas possuem uma fachada exposta a Norte totalmente envidraçada, previram-se dois sistemas de sombreamento, um de blackout de obscurecimento total da sala e outro de corte de luz de forma a fazer o sombreamento.

3.3.7 AUDITÓRIO No auditório o comando será realizado através de um conjunto de sensores (botões) da Série Kallysto da Hager ou equivalente. Este será baseado em tecnologia de rádio frequência RF, de forma a que através de um único botão o ambiente e as funcionalidades do auditório se adapte às necessidades de cada evento. Prevêem-se as seguintes funcionalidades:

1) Ligar toda a iluminação da sala;

2) Desligar tudo;

3) Cenário de conferência no qual é ligada a iluminação das mesas dos oradores e do público a um nível que se considere adequado;

4) Cenário de projecção na qual será ligado vídeo projector, será baixada a tela motorizada e será reduzida a iluminação da sala. A ligação da alimentação de energia do vídeo projector será realizada através dos módulos de saída instalados nos quadros ou alimentados através de BCU embebidos na parede; 5) Cenário de sombreamento. Como as salas possuem uma fachada exposta a Norte totalmente envidraçada, previram-se dois sistemas de sombreamento, um de blackout de obscurecimento total da sala e outro de corte de luz de forma a fazer o sombreamento. 6) Cenário de espectáculo. A definir.

3.3.8 ZONAS DE CIRCULAÇÃO E HALLS Nos espaços comuns do edifício (corredores e halls) a iluminação será actuada de duas formas distintas. Por funcionamento horário no qual existem níveis de iluminação predefinidos e que serão ajustados em função da luminosidade exterior de forma poupar-se energia quando não há necessidade de iluminação artificial e no período fora das horas de expediente a iluminação será realizada em função da detecção de movimento em cada espaço. A primeira situação é realizada através de programador horário previsto no painel Z38 coadjuvados pelos actuadores (de saídas) previstos nos quadros eléctricos. A detecção de movimento será realizada através dos detectores de presença previstos nas zonas de circulação. 3.3.9 REGULAÇÃO DO FLUXO LUMINOSO As zonas de trabalho possuem luminárias fluorescentes com regulação de fluxo luminoso baseado em tecnologia DALI. Para o efeito existem nas zonas de trabalho detectores de luminosidade que avaliam a necessidade de iluminação artificial e emitem a ordem de aumento ou diminuição do fluxo luminoso em função da iluminação natural existente na sala. Com este sistema o consumo de energia poderá ser reduzir em 40%.

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3.3.10 ILUMINAÇÃO EXTERIOR A iluminação exterior será comandada através de temporização horária e com a determinação da luminosidade existente, estando definidas dois níveis de iluminação. Existe um primeiro nível que engloba a iluminação decorativa e de segurança que permanecerá ligada desde o escurecimento até uma hora que os responsáveis da gestão da mediateca julguem oportuno (por exemplo 00h00) a partir dessa hora a iluminação passa a ser apenas aquela que garanta a segurança do edifício. 3.3.11 ILUMINAÇÃO EXTERIOR – REGULAÇÃO RGB A iluminação decorativa exterior é baseada num sistema RGB controlada através de interface DMX e permite mudar a cor da referida iluminação em ocasiões especiais, como por exemplo na época de Natal ou nos feriados nacionais de caris político ou religioso. Serão instalados interfaces DMX-KNX, modelo KNX-DMX512 Gateway da Arcus-eds, de forma a integrar esta regulação no sistema de gestão técnica. Serão, para além da iluminação habitual, configurados 5 cenário festivos os quais deverão ser accionados de forma simples através do painel táctil previsto para a recepção. A titulo de exemplo poderá desenhar-se a bandeira nacional da república de Angola no feriado nacional de 17 de Setembro e 11 de Novembro. 3.3.12 SOMBREAMENTO AUTOMÁTICO Através da estação meteorológica prevista para a instalação - Suntracer KNX-GPS, é possível saber em cada instante a altura solar e desta forma proceder de forma automática ao sombreamento das fachadas sobre as quais o sol está a incidir. Como os estores são de comando eléctrico e estão integrados no sistema de gestão técnica é possível posicionar o sistema de sombreamento na posição mais adequada em cada instante ao longo do dia. 3.3.13 GESTÃO DE ÁGUA POTÁVEL O edifício prevê a instalação de um reservatório de água potável de forma a fornecer água ao edifício. Deforma a gerir este recurso de forma mais eficiente dotaram-se todas as instalações sanitárias, vestuário, cafetaria e copa com uma válvula de corte geral que permite que quando o edifício se encontra encerrado não estejam a gotejar ou com fugas. Por outro lado o depósito de água é dotado de um detector de nível ultra sónico KNX da Elsner. Com a integração deste medidor de nível é possível determinar do depósito de água. Este nível é monitorizado de forma periódica podendo desta forma determinar a evolução do consumo (armazenando os valores adquiridos) emitindo alarmes quando o nível atinja um valor pré-determinado. Este alarme será realizado de três formas distintas. A primeira usando uma sinalética gráfica no sistema de visualização; a segunda através de uma mensagem de correio electrónico para a administração da mediateca e por fim através de uma mensagem de SMS para o responsável pela manutenção do edifício. Estes dados deverão ter a possibilidade de exportação para folha de cálculo e relatórios impressos. 3.3.14 GESTÃO DE COMBUSTÍVEL DO GRUPO GERADOR O depósito de combustível do grupo gerador será dotado de um detector de nível ultra sónico KNX da Elsner que permite avaliar o nível do referido depósito. Com a integração deste medidor de nível é possível determinar a quantidade de combustível. Este nível é monitorizado de forma periódica podendo desta forma determinar a evolução do consumo (armazenando os valores adquiridos) emitindo alarmes quando o nível atinja o valor da reserva. Este alarme será realizado através de uma mensagem de correio electrónico e de uma mensagem de SMS para o responsável pela manutenção do edifício.

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Este detector de nível permite avaliar o consumo de combustível em função das horas de funcionamento do grupo gerador, bem como as datas de reabastecimento. Estes dados deverão ter a possibilidade de exportação para folha de cálculo e relatórios impressos. O grupo gerador tal como referido na memória descritiva será ligado através de uma gateway ao sistema de gestão técnica de forma a conhecer-se os seus parâmetros de funcionamento. O aspecto de visualização dos mesmos serão definidos em obra entre o dono de obra, fiscalização, projectista e integrador dos sistemas. 3.3.15 GESTÃO DE ENERGIA O edifício é dotado, para além da contagem de energia do distribuidor, quer será realizada em média tensão, de 3 contagem de energia adicionais integrados no sistema de gestão técnica. A energia fornecida pela rede, bem como a energia produzida pelo grupo gerador é quantificada e é realizado o seu tratamento. Com uma periodicidade de 15 min é armazenada a corrente e a energia consumida pelo edifício. De forma a agilizar a consulta dos dados armazenados deverão ser calculados posteriormente a média horária, a média diária e a média mensal das grandezas referidas. Tal como referido existe ainda um terceiro contador de energia que avalia o consumo de energia dos sistemas de climatização. Este contador tem o objectivo de segmentar a energia consumida por este sistema. As grandezas de corrente instantânea e energia consumida devem ter o mesmo tratamento que a energia consumida pelo edifício. Estes dados deverão ter a possibilidade de exportação para folha de cálculo e relatórios impressos. 3.3.16 GESTÃO DE AVARIAS E DISPAROS DE PROTECÇÃO ELÉCTRICAS Nos quadros eléctricos os interruptores gerais, os interruptores diferenciais e alguns disjuntores possuem contactos auxiliares que permitem avaliar do estado de cada aparelhos de manobra/protecção. Quando ocorre uma avaria quer por curto-circuito, sobrecarga ou por corrente de fuga deve ser emitido um alarme por SMS para o responsável da manutenção da mediateca, bem como sinalizar no sistema de visualização o referido alarme. Estas avarias devem constar num histórico onde é registada a data e hora de alarme e a sua ligação. Nos esquemas unifilares dos quadros eléctricos estão previstos contactos auxiliares NF/NA que permitem conhecer o estado dos dispositivos de corte e protecção dos respectivos equipamentos. Estes serão ligados a módulos de entradas. 3.3.17 VISUALIZAÇÃO E SISTEMA DE GESTÃO A mediateca dispõe de um sistema de gestão e visualização baseado numa interface Web, que permite a partir de qualquer ponto com acesso à rede de dados aceder à gestão desde que tenham as credenciais adequadas. Esta visualização gráfica dispõe de quadros sinópticos do edifício e estados dos sistemas. Esta visualização deverá estar organizada por sistemas e por piso. Nomeadamente:

Sistemas de iluminação, com estado e nível de fluxo luminoso;

Ocupação dos espaços,

Estado (on/off) dos equipamentos comandados (TV, Vídeo projectores, electroválvulas, etc). Deve ainda apresentar as horas de funcionamento dos equipamentos;

Posição dos estores e blackouts.

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Qualidade do ar interior e evolução da temperatura e humidade dos compartimentos. Indicando paralelamente os parâmetros meteorológicos instantâneos e os respectivos valores históricos (temperatura do ar, velocidade do vento, luminosidade chuva).

Relatórios em tempo reais e respectivos históricos de energia consumida pelo edifício. A energia consumida deverá ser segmentada em energia proveniente da rede e do grupo gerador. Deverá ainda ser representada a energia consumida pelo sistema de climatização. Esta informação deverá ser apresentada em forma de gráfico de linha, permitindo comparação entre elas.

Evolução do nível de combustível com comparação com a produção de energia por parte do grupo gerador.

Evolução do nível do depósito de água potável.

Estado de alimentação dos quadros parciais e emissão de alarme por SMS para o responsável da manutenção quando existem cortes dos interruptores diferenciais e curtos circuitos ou sobrecargas.

Activação de cenários referidos nesta secção do caderno de encargos e da secção de gestão técnica da memória descritiva.

O sistema de gestão será constituído por um sistema Combridge Studio da IPAS para ligação a Base de dados SQL. Este será constituído pelos módulos “core and web tab service”, “visual director”, “visual editor”, “alarm”, “weekly schedule”, “anual schedule”, “email”, “cenário” e “data base sevices". Toda a interface gráfica carece de aprovação da fiscalização da obra e do projectista e ainda da comissão executiva da ReMA. 3.3.18 INTEGRAÇÃO DA MEDIATECAS DA REDE DE MEDIATECAS REMA O sistema de gestão técnica da presente mediateca está interligado à mediateca central. Desta forma a Comissão Executiva da Rede Mediatecas de Angola dispõe de um sistema de gestão técnica integrado de toda a rede de mediatecas distribuídas pelo seu território. Reportando cada mediateca os principais parâmetros de funcionamento. Este sistema de gestão técnica utiliza a rede de dados (TCP/IP) instalada para a distribuição de conteúdos e voz sobre protocolo IP (VoIP) para comunicar entre a mediateca e a central de gestão da REMA. Os dados enviados pelas mediatecas são armazenados numa base de dados do tipo SQL, processados previamente pelo sistema Combridge Studio da IPAS. 3.4 DOCUMENTAÇÃO E FORMAÇÃO As funcionalidades implementadas devem ser documentadas em dossiê da gestão técnica. Este deve conter toda a informação para posterior actualização do sistema. Este para além da descrição das funcionalidades e da metodologia adoptada, deverá possuir uma cópia impressa do projecto implementado. Esta cópia impressa deverá possuir no mínimo os seguintes relatórios: Endereços de Grupo de forma detalhada, Topologia, Vista do Edifício. O dossiê deverá ainda conter um CD com uma cópia da base de dados implementada no edifício. Este dossiê deverá ser redigido em Português. Por cada actualização da configuração do edifício deverá ser criado novo CD. Adicionalmente deverá ser adicionado relatório das alterações realizadas. Os funcionários da mediateca devem ter formação para operação do sistema de gestão técnica (do ponto de vista do utilizador). Esta formação deverá cobrir a utilização de todas as funcionalidades implementadas. Deverá o empreiteiro propor um plano de formação a ministrar as pessoas indicadas pela comissão executiva da REMA.

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3.5 ARRANQUE DA INSTALAÇÃO A configuração final do edifício caberá à fiscalização, que através da base de dados incluída no CD do dossiê da gestão técnica. Esta reprogramará todos os equipamentos. Apenas depois deste passo serão realizados os ensaios de funcionamento. 4 CANALIZAÇÕES / CONDUTORES 4.1 CONDIÇÕES GERAIS DE ESTABELECIMENTO DAS INSTALAÇÕES As instalações eléctricas serão estabelecidas da seguinte forma:

Instalações embebidas ou ocultas nas paredes

Instalações à vista: Zonas técnicas

Instalações enterradas: No logradouro Todos os componentes da instalação deverão marcação CE de conformidade às normas de segurança em vigor. 4.2 CANALIZAÇÕES As canalizações a instalar serão executadas dos seguintes modos:

Em montagem embebida realizada por condutores do tipo H07 V-U / R e XV para o abastecimento de energia e os cabos UTP categoria 6, RG6 e fibra óptica mono modo de 8 fibras para o caso da rede de comunicações. Estes cabos serão protegidos mecanicamente por tubo VD quando instalados em paredes e tectos e ERFE quando instalados em pavimentos. Estão ainda previstas em calha embebida em pavimento;

Em montagem enterrada à profundidade de 0.8m por cabos do tipo XV com condutor de protecção protegido por tubo do tipo PEAD.

4.2.1 TUBAGENS Quando a tubagem é fixa por abraçadeira a distância máxima permitida entre elas será de 0,5 m para tubo VD 16 / VD 20 e de 1 m para diâmetros superiores ao VD 25. Todos os parafusos de fixação de braçadeiras deverão ser de ferro ou latão cadmiado. Os tubos, quando embebidos em roço, deverão ser recolhidos em relação à superfície das paredes cerca de 3 cm e ser envolvido em argamassa de cimento da mesma composição do reboco. Os diâmetros dos tubos nunca deverão ser inferiores aos que se apresentam nos desenhos. As ligações dos tubos entre si deverão ser feitas por uniões de plástico apropriadas. Para maior facilidade de enfiamento de condutores, as canalizações levarão caixas de passagem com as dimensões adequadas ao número e diâmetro dos tubos de 10 em 10 metros nos troços rectos e em todos os pontos considerados fulcrais (mudança de direcção, curvas, etc). 4.2.2 CAIXAS As caixas deverão ficar instaladas de forma simétrica em relação aos elementos de construção. Dentro das mesmas dependências o empreiteiro deverá ter o cuidado de colocar as caixas sempre è mesma altura. Sempre que possível, as

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caixas devem ser agrupadas em conjuntos e devem possuir identificação do tipo de circuito a que pertencem (iluminação, tomadas, etc). Estas caixas serão fabricadas em PVC rígido e não deverão ser de qualidade inferior às da série 320 da JSL. Deverão ter as dimensões mínimas:

80x80x42 mm – para tubos VD 16 e VD 20 até ao máximo de 5 entradas

103x103x45 mm – para tubos VD 25 até ao máximo de 5 entradas

160x102x55 – para tubos até VD 32 Nas ligações das caixas aos tubos VD utilizar-se-ão boquilhas rígidas em PVC, com porca, da SIPE. Nas ligações de cabos às caixas utilizar-se-ão bucins com sede, com as dimensões adequadas aos diâmetros dos cabos. As tampas serão fixadas por meio de parafusos de latão cromados ou cadmiados. Nas caixas de derivação, as ligações dos condutores deverão ser efectuadas por meio de placas terminais em latão niquelado, com base em porcelana de qualidade não inferior às do tipo P.T. da electro-cerâmica. 4.2.3 CAIXAS DE DERIVAÇÃO E PASSAGEM PARA MONTAGEM EMBEBIDA Estas caixas deverão ter as dimensões mínimas indicadas para as caixas anteriores, serem próprias para montagem embebida, fabricadas em PVC rígido e não deverão ser qualidade inferior às da série 315 da JSL. Nas ligações destas caixas com tubos VD, utilizar-se-ão boquilhas rígidas com batente, devidamente coladas. 4.2.4 CAIXAS DE APARELHAGEM

Para montagem dos aparelhos de manobra, embebidos utilizar-se-ão caixas de aparelhagem em PVC rígido de boa qualidade não inferior às da série 319 da JSL. No caso de haver seguimento de circuitos, poderão utilizar-se, desde que seja no mesmo compartimento caixa de aparelhagem fundas (só em circuitos de tomadas). A aparelhagem deve ser fixada às caixas por meio de parafusos de latão niquelado ou cadmiado. Deverá ser criado um código de cores para marcação das caixas e tampas de caixas de derivação e passagem para identificação dos circuitos a que pertencem: Iluminação, Tomadas, Telefones, etc. Este código deverá constar de uma lista a afixar em saco plástico, junto dos quadros eléctricos. 5 EXECUÇÃO DOS TRABALHOS 5.1 MARCAÇÕES Antes do início de qualquer trabalho, o empreiteiro procederá à marcação dos traçados e à localização dos vários materiais a aplicar, atendendo nesta marcação a que:

Deverá evitar troços oblíquos, devendo os tubos e cabos serem instalados de forma paralela quando estes tiverem o mesmo percurso.

Os raios de curvatura de tubos e condutores serão adequados aos respectivos diâmetros, não sendo inferior a 6 vezes o valor destes.

Os traçados serão tais que se evite a entrada de humidade e água nos tubos e muito especialmente, a sua conservação dentro dos tubos.

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Os aparelhos e caixas da mesma natureza serão colocados à mesma altura: a sua localização será tal que nunca interferiram com sancas ou ombreira.

Deverá ter-se em consideração o estado em que na ocasião da marcação se encontre o acabamento dos trabalhos de construção civil, estabelecendo-se as devidas compensações para que as alturas e distâncias a respeitar resultem correctas relativamente às obras acabadas.

5.2 APARELHAGEM A localização dos interruptores e comutadores dependerá do sentido de abertura das portas, competindo ao adjudicatário executar a instalação de acordo com tal sentido e certificar-se junto do dono de obra do sentido da abertura das mesmas. Os interruptores deverão ficar à altura dos puxadores das portas. As tomadas nas paredes, colocadas a 0,3 m e as dos balcões em local a estudar por forma a não impedir a abertura de portas, gavetas, etc. As armaduras de iluminação, quando não haja especificação em contrário, deverão ficar centradas relativamente aos elementos de construção. 5.3 OUTROS APARELHOS A aparelhagem requerida em particular terá as características e será instalada conforme se referir nas respectivas peças desenhadas e de acordo com as indicações a fornecer pela fiscalização. 5.4 DIVERSOS Esta rubrica engloba tudo quanto não esteja indicado nos capítulos precedentes e que, podendo ou não considerados acessórios, seja necessário à completa realização das instalações previstas para funcionar normalmente. Está, nomeadamente considerado:

Apoios e suportes de armaduras, aparelhagem e equipamento

Ferragens de suportes ou prateleiras de cabos

Eventuais caixas para a aparelhagem e suportes de fixação respectivos.

Guarda, Agosto 2010

Fernando Melo Rodrigues (eng.º electrotécnico inscrito na DGE c/ o nº 33 508)

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Instalações Mecânicas – Instalações de Ventilação e Ar Condicionado

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INSTALAÇÕES DE VENTILAÇÃO E AR CONDICIONADO - AVAC CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS INTRODUÇÃO Este Projecto de Execução refere-se às Instalações de Ventilação e Ar Condicionado (AVAC), de uma Mediateca a construir em Saurimo – Angola. A solução adoptada é no nosso entender a que melhor se adequa aos condicionalismos arquitectónicos e económicos existentes. Pretendeu-se majorar os níveis de qualidade da instalação de AVAC, tendo como preocupação minimizar o investimento inicial e os custos de exploração. Pretende-se remover as cargas térmicas interiores através da instalação de um sistema VRV, de forma a colocar a instalação nos requisitos funcionais definidos nas condições de Projecto. Serão satisfeitas as exigências em matéria de ventilação, em termos da Qualidade de Ar Interior, limitando os níveis de dióxido de carbono e diluindo os efeitos resultantes da aglomeração das pessoas. A velocidade do ar ambiente e a eficiência de ventilação, são controladas de forma a reduzir o desconforto dos ocupantes. De modo a minimizar o nível de ruído provocado pelos sistemas de AVAC, todos os equipamentos seleccionados, são de baixo nível de ruído. Este Projecto de Execução será composto por uma Memória Descritiva e Justificativa, Condições Técnicas, Lista de Peças Desenhadas e Mapa de Medições. OBJECTIVO DA EMPREITADA

A empreitada de Instalações Mecânicas em que se incluem as Instalações de Condicionamento de Ar e Ventilação (AVAC), compreende o fornecimento, montagem e ensaios de todos os materiais e equipamentos em conformidade com as presentes Condições Técnicas, Memória Descritiva e Justificativa, Mapa de Medições e Peças Desenhadas. Nenhuma destas indicações poderá ser alterada sem prévia autorização da Fiscalização da obra. As instalações serão entregues prontas a funcionar dentro das devidas condições de segurança. TRABALHOS INCLUÍDOS NA EMPREITADA INSTALAÇÃO DE AR CONDICIONADO E VENTILAÇÃO, AVAC Estão incluídos na presente empreitada o fornecimento e montagem de todos os equipamentos e materiais necessários ao seu perfeito funcionamento, nomeadamente:

• Sistema VRV. • Ventiladores de extracção / insuflação de ar. • Redes de Condutas de Insuflação, Retorno e Extracção. • Registos de caudal de ar. • Grelhas e Difusores de insuflação e extracção de ar. • Rede de esgoto de condensados.

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• Estruturas e ferragens de suspensão e apoio dos equipamentos. • Quadros eléctricos de AVAC, de alimentação e protecção dos equipamentos. • Ligações de todas as unidades ao Sistema de Gestão.

INSTALAÇÃO ELÉCTRICA E CONSTRUÇÃO CIVIL

Estão incluídas na empreitada, todas as ligações de potência, comando e controlo dos ventiloconvectores a partir de uma caixa terminal colocada junto de cada unidade. Os trabalhos até à caixa inclusive, fazem parte das Instalações Eléctricas. Está ainda incluído nesta empreitada, o fornecimento e montagem de quatro quadros eléctricos de AVAC de comando e controlo dos diversos equipamentos. Para além das alimentações e ligações de potência, comando e controlo dos equipamentos a partir dos respectivos quadros eléctricos, estão ainda incluídas as ligações entre os diversos equipamentos constitutivos dos sistemas. Estão também incluídos todos os trabalhos de Construção Civil necessários à execução de todas as instalações, tais como a instalação do Estaleiro, aberturas nas fachadas para colocação de grelhas de admissão/exaustão de ar exterior, estruturas metálicas, construção de a abertura e tapamento de roços para passagem das condutas, tubagens e cabos eléctricos, furos em paredes e lajes, fixes e apoios antivibráticos para as máquinas incluindo maciços das unidades a instalar na cobertura, andaimes, escadas, etc., a utilizar nessas montagens. Serão ainda da conta do Adjudicatário todos os trabalhos de ligação dos diversos tabuleiros de condensados ao ponto de esgoto referido, preferencialmente os tubos de queda de águas pluviais. ISOLAMENTOS TÉRMICOS E ACÚSTICOS Estão incluídos os isolamentos térmicos, bem como os fixes e elementos apropriados para absorção de vibrações das unidades assim como os isolamentos acústicos necessários para a obtenção dos níveis de ruído exigidos pelas Normas em vigor. ACABAMENTOS E PINTURAS Todos os materiais metálicos, deverão ser pintados com duas demãos de primário e tinta de acabamento em conformidade com as indicações da Fiscalização e na cor a confirmar pela Arquitectura. Exigir-se-ão tintas de alta qualidade e métodos de pintura adequados. Deverão ainda ser metalizadas todas as peças e materiais que pela sua localização estejam sujeitas à corrosão, nomeadamente os equipamentos colocados na Cobertura à intempérie. MONTAGENS O transporte, carga, descarga e assentamento de máquinas a fornecer ou a utilizar na montagem, estão incluídos nesta empreitada. ENSAIOS A realização dos ensaios especificados no Caderno de Encargos, ou outros que a Fiscalização entender por bem mandar executar, nomeadamente ensaios de materiais e aparelhagem. Poderá ainda a Fiscalização pedir certificados de ensaios de materiais ao Adjudicatário para comprovação da sua qualidade.

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DISPOSIÇÕES REGULAMENTARES Para além do cumprimento das "Condições Técnicas Especiais" estabelecidas no Caderno de Encargos, o Empreiteiro executará as suas Instalações de acordo com as disposições regulamentares em vigor à data de execução, sendo o Adjudicatário responsável pela total eficiência de todos os órgãos ou dispositivos que compõem a Instalação, não podendo a sua interpretação, qualquer que seja, justificar alguma deficiência de funcionamento. As Instalações compreendem-se completas e prontas a funcionar nas melhores condições, de eficiência e segurança, após efectuados todos os ensaios. Assim, o Adjudicatário deverá incluir todos os dispositivos necessários ao perfeito funcionamento dos equipamentos instalados, mesmo que não explicitados ou pormenorizados no projecto. A Fiscalização reserva-se o direito de, antes ou durante a execução da obra, introduzir as modificações que julgar úteis ou convenientes, sem que o Empreiteiro se possa recusar a cumpri-las. Igualmente poderá mandar proceder à desmontagem de qualquer peça ou órgãos ou ainda não deixar proceder à sua montagem, mas sempre dentro dos princípios de justiça e mútua compreensão. APRESENTAÇÃO DE PREÇOS Os Concorrentes deverão indicar nas suas propostas a marca e modelo dos diversos equipamentos, bem como as suas principais características nas condições previstas no Caderno de Encargos. Deverão ainda apresentar os preços unitários de todos os materiais e equipamentos, incluindo a sua instalação e ensaio. ELEMENTOS A FORNECER PELO EMPREITEIRO APÓS A ASSINATURA DO CONTRATO No prazo a definir, quando da assinatura do contrato, ficará o Adjudicatário obrigado a submeter à apreciação da Fiscalização da obra, a pormenorização de todos os trabalhos a efectuar, particularmente no que respeita a esquemas de ligação e montagem. Simultaneamente apresentará o seu programa de trabalhos a executar, detalhado pelas diferentes tarefas. O Empreiteiro deverá submeter à Fiscalização para aprovação, os desenhos de implantação e pormenores de construção, os esquemas de quadros eléctricos e encaminhamento de cabos, rede de condensados, etc., bem como alterações que sejam necessárias efectuarem sobre peças desenhadas apresentadas, quaisquer que sejam as suas origens. Deverá igualmente apresentar a selecção definitiva dos equipamentos, assim como os desenhos de adaptação ao equipamento que se propõe instalar. ANTES DA RECEPÇÃO PROVISÓRIA

DESENHOS - Após a montagem, e antes da Recepção Provisória, o Empreiteiro fornecerá duas colecções completas de desenhos em papel e as telas finais em transparente ou suporte digital, das instalações e montagens definitivamente realizadas. LIVRO DE INSTRUÇÕES - O Empreiteiro fornecerá antes da Recepção Provisória dois exemplares dum livro de instruções em língua portuguesa e inglesa contendo as instruções necessárias ao funcionamento e manutenção de todos os equipamentos e Instalações. PESSOAL TÉCNICO - Todos os trabalhos incluídos na presente empreitada deverão ser feitos por pessoal especializado, de acordo com as normas em vigor e as Instruções e Regulamentos aplicáveis e ainda as boas

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regras de arte, sendo da exclusiva responsabilidade do Adjudicatário todas as obrigações relativas à mão de obra e técnicos empregados na empreitada, reservando-se porém a Fiscalização do direito de mandar suspender o pessoal técnico e operário que entender não possuir as habilitações suficientes, ou cuja permanência no local julgar inconveniente para a disciplina e bom andamento de todos os trabalhos. CARACTERÍSTICAS DA TENSÃO DA REDE - Os equipamentos que utilizem energia eléctrica serão alimentados em corrente alterna de 230/400 V; 50 Hz. CARACTERÍSTICAS ELÉCTRICAS E CONSTRUTIVAS DO EQUIPAMENTO - Os motores dos diversos equipamentos deverão absorver à rede uma intensidade de arranque tão baixa quanto possível. O Concorrente indicará em concurso o seu valor máximo e o tempo de duração, bem como a potência nominal. Todos os materiais a empregar sem excepção, serão de primeira qualidade pelo que, à Fiscalização da obra, é reservado o direito de verificar, quer durante a construção quer durante a montagem, a natureza e qualidade dos materiais a aplicar e mandá-los ensaiar para comprovação da sua qualidade, a expensas do Adjudicatário. Fica pois claramente expresso, que a aplicação de todos e quaisquer materiais está sujeito à prévia aprovação da Fiscalização da obra. ASSISTÊNCIA TÉCNICA E RESPONSABILIDADE Assistência técnica - Durante todo o período de garantia, o Empreiteiro deverá fornecer, gratuitamente, toda a assistência técnica necessária aos equipamentos, fazendo para além disso, a instrução de pessoal no funcionamento dos equipamentos e medidas de emergência. Com a proposta para a execução dos trabalhos, o Concorrente apresentará obrigatoriamente proposta separada com as condições que se propõe fazer para a assistência técnica aos equipamentos terminado o período de garantia e indicará a fórmula de revisão de preços a que esta proposta ficará sujeita.

Responsabilidade - Tanto no acto da proposta como após a escolha dos equipamentos o Empreiteiro apresentará declarações dos Fabricantes ou Representantes dos equipamentos e materiais em como estes se responsabilizam pela boa execução da montagem. Pretende-se com esta declaração de responsabilidade que esta não se dilua entre o Fabricante e o Instalador. O Fabricante terá que dar todo o apoio na montagem e execução da mesma e se encontrar deficiências naquela deverá alertar a Fiscalização da obra para que estas sejam corrigidas.

ESTRUTURAS DE SUSPENSÃO E APOIO - Fazem parte da empreitada, o fornecimento e a montagem de todas as estruturas e ferragens para suspensão e apoio dos equipamentos e materiais. As estruturas e ferragens deverão ser devidamente metalizadas. ISOLAMENTO ACÚSTICO E CONTRA VIBRAÇÕES - Todos os equipamentos móveis incluídos na presente empreitadas susceptíveis de originar ruídos e vibrações, deverão ter um funcionamento silencioso e equilibrado. A redução da amplitude das vibrações no espectro audível, entre as máquinas e o pavimento ou tecto, deverá ser superior a 45 dB (isolamento global de 99,5%) e nos extremos das mangas elásticas deverá ser superior a 20 dB (isolamento global de 90%). Para minimizar na origem, a produção de ruídos e vibrações, todos aqueles equipamentos deverão ser instalados tendo em conta o seu adequado isolamento e tratamento acústico, de modo a verificar as Normas em vigor. O dimensionamento dos maciços e espessura dos elementos resistentes de apoio dos equipamentos referidos serão efectuados pelo Empreiteiro, em função dos equipamentos propostos e da responsabilidade deste.

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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DOS EQUIPAMENTOS E MATERIAIS Sistema VRV Unidades Exteriores Unidade EXTERIOR – VRV – RXYQ18P – 1 MÓDULO Será do tipo expansão directa de produção centralizada, da marca DAIKIN, modelo RXYQ, série P, de Volume de Refrigerante Variável (V.R.V.), do tipo INVERTER, Bomba de Calor, própria para a montagem no exterior. É dotada de permutador de fluído refrigerante/ar em tubo de cobre alhetado a alumínio com tratamento cromático de protecção anti corrosão, equipado com um ventilador axial de descarga vertical, directamente acoplado a motor eléctrico de velocidade variável e com pressão estática disponível de 80 Pa na versão standard. Deverá estar equipada com um compressor do tipo hermético Scroll, de velocidade variável que possibilita uma variação de capacidade da unidade entre 9% a 100 % em 55 escalões de capacidade, e dotada de sistema de recolha de óleo de forma a possibilitar a sua correcta lubrificação em qualquer regime de funcionamento. O sistema de variação de velocidade do compressor será realizado pelo método de variação de frequência (Sistema Inverter), concebido em total conformidade com as Normas Europeias de Segurança e Interferências Eléctricas (89/392/EEC e 73/23/EEC). A unidade deverá ser concebida em concordância com a directiva ROHS (2002/95/CE) relativa à restrição de substâncias nocivas em equipamentos eléctricos e electrónicos, não contendo chumbo, cádmio, crómio hexavalente, mercúrio, bifenil polibrominado e difenileter polibrominado. O comprimento máximo da tubagem frigorífica entre a unidade exterior e a unidade interior mais afastada deverá ser inferior a 165 metros, permitindo interligar até 45 unidades interiores. Para protecção e controlo esta unidade está equipada com sistema de arranque progressivo dos compressores, o que evita picos de arranque, temporizador de arranque dos compressores, pressostato de alta pressão, protecção térmica dos compressores e ventiladores, controlo do fluído frigorigéneo R410a por meio de válvula de expansão electrónica e controlo das pressões de aspiração e descarga, em função do seu regime de funcionamento. Todas as ligações de tubagem no seu interior serão soldadas. As ligações à tubagem de distribuição de refrigerante serão igualmente soldadas. A potência das unidades interiores a ligar à unidade exterior deve estar situada entre os 50% e os 130% da sua capacidade nominal. Está preparada para funcionar, em termos standard, em arrefecimento de -5,0ºC a +43,0ºC DB e em aquecimento de +15,5ºC a -20,0ºC WB de temperatura do ar exterior. Tem possibilidade de funções de diagnóstico de avarias, de auto-carga, de avaliação e registo da carga de gás existente na instalação e registo de histórico de funcionamento dos últimos 5 minutos. Em caso de avaria de um compressor permite a continuidade de funcionamento com os restantes compressores sinalizando o respectivo código de avaria. Após 8 horas de funcionamento o equipamento deixará de funcionar, sendo possível, através da activação de um botão na placa de controlo, a colocação em funcionamento por um período máximo de 8 horas, ao fim das quais desligar-se-á até que se proceda à correcção da anomalia verificada ou se pressione novamente o botão na placa de controlo. A envolvente desta unidade é construída em chapa de aço galvanizada, devidamente tratada e pintada em estufa e dotada de grelhas de protecção dos ventiladores.

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Características Principais (para condições standard Eurovent): Modelo ..................................................................................................... RXYQ 18 P Fluido frigorigéneo ..................................................................................... R 410 a Capacidade de arrefecimento ................................................................... 49,0 kW Capacidade de aquecimento ...................................................................... 56,5 kW COP em arrefecimento .................................................................................. 3,02 COP em aquecimento .................................................................................... 3,69 Caudal de ar de rejeição .......................................................................... 239 m3/min N.º de ventiladores .......................................................................................... 2 N.º de compressores ....................................................................................... 3 N.º de escalões de funcionamento ................................................................ 55 N.º máximo de unidades interiores ................................................................ 45 Peso da unidade .......................................................................................... 325 kg Dimensões (Profund. x Larg. x Alt.), em mm ..................................... 765 x 1.240 x 1.680 Potência sonora RXYQ 18 ........................................................................... 83 dBA. Pressão sonora RXYQ 18 .............................................................................. 63 dBA Alimentação eléctrica ................................................................. Trifásica: 400V / 3 F / 50 Hz Unidade EXTERIOR – VRV – RXYQ 20 p – 2 MÓDULOS A unidade exterior será do tipo expansão directa de produção centralizada, da marca DAIKIN, modelo RXYQ série P, constituída por dois módulos exteriores, cada um é do tipo de Volume de Refrigerante Variável (V.R.V.), da série Inverter, Bomba de Calor. Estes módulos são próprios para montagem no exterior e cada um é dotado de permutador de fluído refrigerante/ar em tubo de cobre alhetado a alumínio com tratamento cromático de protecção, cada módulo é equipado com um ou dois ventilador axiais de descarga vertical, directamente acoplado a motor eléctrico de velocidade variável com pressão estática disponível de 78 Pa na versão standard. Cada um dos dois módulos exteriores está equipado com dois ou três compressores do tipo hermético Scroll, um é sempre do tipo Inverter (de velocidade variável) e os outros são do tipo On/off, a combinação de funcionamento dos compressores possibilita uma variação de capacidade da unidade exterior entre 7% e 100%, em 46 escalões de capacidade. A unidade exterior, assim como cada um dos seus módulos, estão dotada de sistema de equalização e recolha de óleo de forma a possibilitar a sua correcta lubrificação em qualquer regime de funcionamento. O sistema de variação de velocidade do compressor é feito pelo método de variação de frequência (Sistema Inverter), concebido em total conformidade com as Normas Europeias de Segurança e Interferências Eléctricas (89/392/EEC e 73/23/EEC).

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A unidade deverá ser concebida em concordância com a directiva ROHS (2002/95/CE) relativa à restrição de substâncias nocivas em equipamentos eléctricos e electrónicos, não contendo chumbo, cádmio, crómio hexavalente, mercúrio, bifenil polibrominado e difenileter polibrominado. O comprimento máximo da tubagem frigorífica entre a unidade exterior e a unidade interior mais afastada deverá ser inferior a 165 metros, permitindo interligar até 32 unidades interiores. Para protecção e controlo esta unidade está equipada com sistema de arranque progressivo dos compressores, o que evita picos de arranque, temporizador de arranque dos compressores, pressostato de alta pressão, protecção térmica dos compressores e ventiladores, controlo do fluído frigorigéneo R410a por meio de válvula de expansão electrónica e controlo das pressões de aspiração e descarga, em função do seu regime de funcionamento. Todas as ligações de tubagem no seu interior serão soldadas. As ligações à tubagem de distribuição de refrigerante serão igualmente soldadas. A potência das unidades interiores a ligar à unidade exterior deve estar situada entre os 50% e os 130% da sua capacidade nominal. Está preparada para funcionar, em termos standard, em arrefecimento de -5,0ºC a +43,0ºC DB e em aquecimento de +15,5ºC a -20,0ºC WB de temperatura do ar exterior. Tem possibilidade de funções de diagnóstico de avarias, de auto-carga, de avaliação e registo da carga de gás existente na instalação e registo de histórico de funcionamento dos últimos 5 minutos. Em caso de avaria de um compressor permite a continuidade de funcionamento com os restantes compressores sinalizando o respectivo código de avaria. Após 8 horas de funcionamento o equipamento deixará de funcionar, sendo possível, através da activação de um botão na placa de controlo, a colocação em funcionamento por um período máximo de 8 horas, ao fim das quais desligar-se-á até que se proceda à correcção da anomalia verificada ou se pressione novamente o botão na placa de controlo. A envolvente desta unidade é construída em chapa de aço galvanizada, devidamente tratada e pintada em estufa e dotada de grelhas de protecção dos ventiladores. Características Principais (para condições standard Eurovent): Modelo da unidade exterior ..................................................................... RXYQ 20 P Constituição da unidade exterior ............................................ (RXYQ 8 P + RXYQ 12 P) Fluido frigorigéneo ..................................................................................... R 410 a Capacidade nominal de arrefecimento ...................................................... 55,9 kW Capacidade nominal de aquecimento ........................................................ 62,5 kW COP em arrefecimento .................................................................................. 3,68 COP em aquecimento .................................................................................... 4,08 Caudal de ar de rejeição .......................................................................... 367 m3/min N.º de ventiladores .......................................................................................... 2

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N.º de compressores inverter ......................................................................... 2 N.º de compressores On / Off ......................................................................... 1 N.º máx. de unidades interiores ..................................................................... 32 Peso da unidade .......................................................................................... 427 kg Dimensões módulo RXYQ 8 (Prof. x Larg. x Alt.).............................. 765 x 930 x 1.680 mm Dimensões módulo RXYQ 12 (Prof. x Larg. x Alt.) ........................... 765 x 930 x 1.680 mm Pressão Sonora RXYQ 8 ............................................................................. 57 dB(A) Pressão Sonora RXYQ 12 ........................................................................... 60 dB(A) Alimentação eléctrica ................................................................. Trifásica: 400V / 3 F / 50 Hz Unidade EXTERIOR – VRV – RXYQ22 p – 2 MÓDULOS A unidade exterior será do tipo expansão directa de produção centralizada, da marca DAIKIN, modelo RXYQ série P, constituída por dois módulos exteriores, cada um é do tipo de Volume de Refrigerante Variável (V.R.V.), da série Inverter, Bomba de Calor. Estes módulos são próprios para montagem no exterior e cada um é dotado de permutador de fluído refrigerante/ar em tubo de cobre alhetado a alumínio com tratamento cromático de protecção, cada módulo é equipado com um ou dois ventilador axiais de descarga vertical, directamente acoplado a motor eléctrico de velocidade variável com pressão estática disponível de 78 Pa na versão standard. Cada um dos dois módulos exteriores está equipado com dois ou três compressores do tipo hermético Scroll, um é sempre do tipo Inverter (de velocidade variável) e os outros são do tipo On/off, a combinação de funcionamento dos compressores possibilita uma variação de capacidade da unidade exterior entre 7% e 100%, em 46 escalões de capacidade. A unidade exterior assim como cada um dos seus módulos está dotado de sistema de equalização e recolha de óleo de forma a possibilitar a sua correcta lubrificação em qualquer regime de funcionamento. O sistema de variação de velocidade do compressor é feito pelo método de variação de frequência (Sistema Inverter), concebido em total conformidade com as Normas Europeias de Segurança e Interferências Eléctricas (89/392/EEC e 73/23/EEC). A unidade deverá ser concebida em concordância com a directiva ROHS (2002/95/CE) relativa à restrição de substâncias nocivas em equipamentos eléctricos e electrónicos, não contendo chumbo, cádmio, crómio hexavalente, mercúrio, bifenil polibrominado e difenileter polibrominado. O comprimento máximo da tubagem frigorífica entre a unidade exterior e a unidade interior mais afastada deverá ser inferior a 165 metros, permitindo interligar até 35 unidades interiores. Para protecção e controlo esta unidade está equipada com sistema de arranque progressivo dos compressores, o que evita picos de arranque, temporizador de arranque dos compressores, pressostato de alta pressão, protecção térmica dos compressores e ventiladores, controlo do fluído frigorigéneo R410a por meio de válvula de expansão electrónica e controlo das pressões de aspiração e descarga, em função do seu regime de funcionamento. Todas as ligações de tubagem no seu interior serão soldadas. As ligações à tubagem de distribuição de refrigerante serão igualmente soldadas. A potência das unidades interiores a ligar à unidade exterior deve estar situada entre os 50% e os 130% da sua capacidade nominal.

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Está preparada para funcionar, em termos standard, em arrefecimento de -5,0ºC a +43,0ºC DB e em aquecimento de +15,5ºC a -20,0ºC WB de temperatura do ar exterior. Tem possibilidade de funções de diagnóstico de avarias, de auto-carga, de avaliação e registo da carga de gás existente na instalação e registo de histórico de funcionamento dos últimos 5 minutos. Em caso de avaria de um compressor permite a continuidade de funcionamento com os restantes compressores sinalizando o respectivo código de avaria. Após 8 horas de funcionamento o equipamento deixará de funcionar, sendo possível, através da activação de um botão na placa de controlo, a colocação em funcionamento por um período máximo de 8 horas, ao fim das quais desligar-se-á até que se proceda à correcção da anomalia verificada ou se pressione novamente o botão na placa de controlo. A envolvente desta unidade é construída em chapa de aço galvanizada, devidamente tratada e pintada em estufa e dotada de grelhas de protecção dos ventiladores. Características Principais (para condições standard Eurovent): Modelo da unidade exterior ..................................................................... RXYQ 22 P Constituição da unidade exterior .......................................... (RXYQ 10 P+ RXYQ 12 P) Fluido frigorigéneo ..................................................................................... R 410 a Capacidade nominal de arrefecimento ...................................................... 61,5 kW Capacidade nominal de aquecimento ........................................................ 69,0 kW COP em arrefecimento .................................................................................. 3,62 COP em aquecimento .................................................................................... 4,04 Caudal de ar de rejeição ......................................................................... 22.860 m3/h N.º de compressores inverter ......................................................................... 2 N.º de compressores On / Off ......................................................................... 2 N.º máx. de unidades interiores ..................................................................... 35 Peso da unidade .......................................................................................... 480 kg Dimensões módulo RXYQ 10 (Profund. x Larg. x Alt.) ..................... 765 x 930 x 1.680 mm Dimensões módulo RXYQ 12 (Prof. x Larg. x Alt.) ........................... 765 x 930 x 1.680 mm Pressão Sonora RXYQ 10.....................................................……. 58 dB(A) Pressão Sonora RXYQ 12................................……...................... 60 dB(A) Alimentação eléctrica ................................................................. Trifásica: 400V / 3 F / 50 Hz

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Unidade Exterior – VRV – RXYQ 30 p – 2 MÓDULOS A unidade exterior será do tipo expansão directa de produção centralizada, da marca DAIKIN, modelo RXYQ série P, constituída por dois módulos exteriores, cada um é do tipo de Volume de Refrigerante Variável (V.R.V.), da série Inverter, Bomba de Calor. Estes módulos são próprios para montagem no exterior e cada um é dotado de permutador de fluido frigorigéneo/ar em tubo de cobre alhetado a alumínio com tratamento cromático de protecção, cada módulo é equipado com um ou dois ventiladores axiais de descarga vertical, directamente acoplado a motor eléctrico de velocidade variável com pressão estática disponível de 80 Pa na versão standard. Cada um dos dois módulos exteriores está equipado com dois ou três compressores do tipo hermético Scroll, um é sempre do tipo Inverter (de velocidade variável) e os outros são do tipo On/Off, a combinação de funcionamento dos compressores possibilita uma variação de capacidade da unidade exterior entre 5% e 100%, em 51 escalões de capacidade. A unidade exterior assim como cada um dos seus módulos está dotado de sistema de equalização e recolha de óleo de forma a possibilitar a sua correcta lubrificação em qualquer regime de funcionamento. O sistema de variação de velocidade do compressor é feito pelo método de variação de frequência (Sistema Inverter), concebido em total conformidade com as Normas Europeias de Segurança e Interferências Eléctricas (89/392/EEC e 73/23/EEC). A unidade deverá ser concebida em concordância com a directiva ROHS (2002/95/CE) relativa à restrição de substâncias nocivas em equipamentos eléctricos e electrónicos, não contendo chumbo, cádmio, crómio hexavalente, mercúrio, bifenil polibrominado e difenileter polibrominado. O comprimento máximo da tubagem frigorífica entre a unidade exterior e a unidade interior mais afastada deverá ser inferior a 165 metros, permitindo interligar até 49 (RXYQ30P) ou 52 (RXYQ32P) unidades interiores. Para protecção e controlo esta unidade está equipada com sistema de arranque progressivo dos compressores, o que evita picos de arranque, temporizador de arranque dos compressores, pressostato de alta pressão, protecção térmica dos compressores e ventiladores, controlo do fluído frigorigéneo R410a por meio de válvula de expansão electrónica e controlo das pressões de aspiração e descarga, em função do seu regime de funcionamento. Todas as ligações de tubagem no seu interior serão soldadas. As ligações à tubagem de distribuição de refrigerante serão igualmente soldadas. A potência das unidades interiores a ligar à unidade exterior deve estar situada entre os 50% e os 130% da sua capacidade nominal. A unidade está dotada de microprocessadores que balanceiam as cargas de arrefecimento e de aquecimento das unidades interiores, posicionando esta unidade num regime de funcionamento adequado. Está preparada para funcionar, em termos standard, em arrefecimento de -5,0ºC a +43,0ºC DB e em aquecimento de +15,5ºC a -20,0ºC WB de temperatura do ar exterior. Tem possibilidade de funções de diagnóstico de avarias, de auto-carga, de avaliação e registo da carga de gás existente na instalação e registo de histórico de funcionamento dos últimos 5 minutos. Em caso de avaria de um compressor permite a continuidade de funcionamento com os restantes compressores sinalizando o respectivo código de avaria. Após 8 horas de funcionamento o equipamento deixará de funcionar, sendo possível, através da activação de um botão na placa de controlo, a colocação em funcionamento por um período máximo de 8 horas, ao fim das quais desligar-se-á até que se proceda à correcção da anomalia verificada ou se pressione novamente o botão na placa de controlo. A envolvente desta unidade é construída em chapa de aço galvanizada, devidamente tratada e pintada em estufa e dotada de grelhas de protecção dos ventiladores.

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Características Principais (para condições standard Eurovent): Modelo da unidade exterior ..................................................................... RXYQ 30 P Constituição da unidade exterior ......................................... (RXYQ 12 P+ RXYQ 18 P) Fluido frigorigéneo ..................................................................................... R 410a Capacidade nominal de arrefecimento ...................................................... 82,5 kW Capacidade nominal de aquecimento ........................................................ 94,0 kW COP em arrefecimento .................................................................................. 3,20 COP em aquecimento .................................................................................... 3,81 Caudal de ar de rejeição .......................................................................... 435 m3/min N.º de ventiladores .......................................................................................... 3 N.º de Compressores Inverter ......................................................................... 2 N.º de Compressores On/Off ........................................................................... 3 Nº máx. de unidades interiores ...................................................................... 49 Peso da unidade .......................................................................................... 565 kg Dimensões módulo RXYQ 12 (Prof. x Larg. x Alt.) ........................... 765 x 930 x 1.680 mm Dimensões módulo RXYQ 18 (Prof. x Larg. x Alt.) ......................... 765 x 1.240 x 1.680 mm Pressão sonora RXYQ 12 ............................................................................ 60 dB(A) Pressão sonora RXYQ 18 ............................................................................ 63 dB(A) Alimentação eléctrica ................................................................. Trifásica: 400V / 3 F / 50 Hz Unidades Interiores Tipo 1 - Conduta Serão do tipo de ligação a condutas, próprias para montagem encastrada em tecto falso, da marca DAIKIN, modelo FXSQ-P. São dotadas de permutador Fluido Refrigerante/Ar em tubo de cobre alhetado a alumínio, optimizado para funcionar com gás refrigerante R410a. Possuem ventiladores do tipo centrífugo, de média pressão estática, acoplados a motor eléctrico Inverter DC, electricamente protegido. São dotadas de filtro de ar do tipo lavável e bomba de condensados. O painel decorativo (Grelha de retorno Opcional) é do tipo basculante, para facilitar o acesso para manutenção. O controle deste tipo de unidades é feito por microprocessador do tipo P.I.D. (Proporcional, Integral e Derivativo), actuando sobre válvula electrónica de expansão, de controlo linear de passagem de fluído refrigerante, entre os 40 % e 100 % da sua abertura.

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Para o posicionamento da válvula, esta unidade é dotada de várias sondas de temperatura, o que lhe permite responder individualmente às solicitações térmicas do ambiente onde está instalada, informando a unidade exterior do seu posicionamento para que aquela se ajuste às necessidades térmicas da instalação. O controlo anteriormente referido comunica também com o comando remoto desta unidade, providenciando informações sobre o seu estado de funcionamento e fazendo um auto-diagnóstico de avarias, de forma a facilitar as intervenções de manutenção preventiva e ainda alterar a pressão estática externa, vencida pelo ventilador de insuflação. Características Principais (para condições standard Eurovent): Modelo ..................................................................................................... FXSQ 25 P Capacidade nominal de Arrefecimento ....................................................... 2,8 kW Capacidade nominal de Aquecimento ........................................................ 3,2 kW Caudal de Ar Mínimo / Máximo ...........................................................6,5/ 9,0 m3/min Peso da unidade ........................................................................................... 23 kg Dimensões (Alt. x Larg. x Prof), em mm ............................................... 300 x 550 x 700 Potência Sonora ......................................................................................... 55 dB(A) Nível de Pressão Sonora (Velocidade Mín./ Max.) ................................. 26 / 32 dB(A) Potência Sonora ......................................................................................... 55 dB(A) Dimensões da Grelha (Comp. x Larg. x Alt.), em mm ............................ 650 x 500 x 55 Tipo da Grelha (Opcional) ...................................................................... BYBS 32 DJW1 Peso da Grelha (Opcional) ............................................................................. 3 kg Alimentação eléctrica .............................................................. Monofásica: 230V / 1 F / 50 Hz Ligações de Tubagem: Liquido ......................................................................................................6,35mm Gás ............................................................................................................12,7mm

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Modelo ..................................................................................................... FXSQ 32 P Capacidade nominal de Arrefecimento ....................................................... 3,6 kW Capacidade nominal de Aquecimento ........................................................ 4,0 kW Caudal de Ar Mínimo / Máximo ............................................................ 7/ 9,5 m3/min Peso da unidade ........................................................................................... 23 kg Dimensões (Alt. x Larg. x Prof), em mm ............................................... 300 x 550 x 700 Nível de Pressão Sonora (Velocidade Mín./ Max.) ................................. 27 / 33 dB(A) Potência Sonora ......................................................................................... 56 dB(A) Dimensões da Grelha (Comp. x Larg. x Alt.), em mm ............................ 650 x 500 x 55 Tipo da Grelha (Opcional) ...................................................................... BYBS 32 DJW1 Peso da Grelha (Opcional) ............................................................................. 3 kg Alimentação eléctrica .............................................................. Monofásica: 230V / 1 F / 50 Hz Ligações de Tubagem: Liquido ......................................................................................................6,35mm Gás .....................................................................................................12,7mm Modelo ..................................................................................................... FXSQ 40 P Capacidade nominal de Arrefecimento ....................................................... 4,5 kW Capacidade nominal de Aquecimento ........................................................ 5,0 kW Caudal de Ar Mínimo / Máximo ........................................................... 11 / 16 m3/min Peso da unidade ........................................................................................... 26 kg Dimensões (Alt. x Larg. x Prof), em mm ............................................... 300 x 700 x 700 Nível de Pressão Sonora (Velocidade Mín./ Max.) ................................. 29 / 37 dB(A) Potência Sonora ......................................................................................... 63 dB(A) Dimensões da Grelha (Comp. x Larg. x Alt.), em mm ............................ 800 x 500 x 55 Tipo da Grelha (Opcional) ...................................................................... BYBS 45 DJW1 Peso da Grelha (Opcional) ........................................................................... 3.5 kg

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Alimentação eléctrica .............................................................. Monofásica: 230V / 1 F / 50 Hz Ligações de Tubagem: Liquido ......................................................................................................6,35mm Gás ............................................................................................................12,7mm Modelo ..................................................................................................... FXSQ 50 P Capacidade nominal de Arrefecimento ....................................................... 5,6 kW Capacidade nominal de Aquecimento ........................................................ 6,3 kW Caudal de Ar Mínimo / Máximo ............................................................11 / 16m3/min Peso da unidade ........................................................................................... 26 kg Dimensões (Alt. x Larg. x Prof), em mm ............................................... 300 x 700 x 700 Nível de Pressão Sonora (Velocidade Mín./ Max.) ................................. 29/ 37 dB(A) Potência Sonora ......................................................................................... 63 dB(A) Dimensões da Grelha (Comp. x Larg. x Alt.), em mm ........................... 800 x 500 x 55 Tipo da Grelha (Opcional) ...................................................................... BYBS 45 DJW1 Peso da Grelha (Opcional) ........................................................................... 3.5 kg Alimentação eléctrica .............................................................. Monofásica: 230V / 1 F / 50 Hz Ligações de Tubagem: Liquido ...................................................................................................... 6,35mm Gás ............................................................................................................ 12,7mm Modelo ..................................................................................................... FXSQ 63 P Capacidade nominal de Arrefecimento ....................................................... 7,1 kW Capacidade nominal de Aquecimento ........................................................ 8,0 kW Caudal de Ar Mínimo / Máximo .......................................................... 16/ 19,5 m3/min Peso da unidade ........................................................................................... 35 kg Dimensões (Alt. x Larg. x Prof), em mm ............................................. 300 x 1.000 x 700

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Nível de Pressão Sonora (Velocidade Mín./ Max.) ................................. 30 / 37 dB(A) Potência Sonora ......................................................................................... 59 dB(A) Dimensões da Grelha (Comp. x Larg. x Alt.), em mm .......................... 1.100 x 500 x 55 Tipo da Grelha (Opcional) ...................................................................... BYBS 71 DJW1 Peso da Grelha (Opcional) ............................................................................4,5 kg Alimentação eléctrica .............................................................. Monofásica: 230V / 1 F / 50 Hz Ligações de Tubagem: Liquido ....................................................................................................... 9,5mm Gás .............................................................................................................. 15,9mm Modelo ..................................................................................................... FXSQ 80 P Capacidade nominal de Arrefecimento ....................................................... 9,0 kW Capacidade nominal de Aquecimento ....................................................... 10,0 kW Caudal de Ar Mínimo / Máximo ........................................................... 20 / 25 m3/min Peso da unidade ........................................................................................... 35 kg Dimensões (Alt. x Larg. x Prof), em mm ............................................. 300 x 1.000 x 700 Nível de Pressão Sonora (Velocidade Mín./ Max.) ................................. 32 / 38 dB(A) Potência Sonora .......................................................................................... 63dB(A) Dimensões da Grelha (Comp. x Larg. x Alt.), em mm .......................... 1.500 x 500 x 55 Tipo da Grelha (Opcional) ..................................................................... BYBS 125 DJW1 Peso da Grelha (Opcional) ............................................................................6,5 kg Alimentação eléctrica .............................................................. Monofásica: 230V / 1 F / 50 Hz Ligações de Tubagem: Liquido ....................................................................................................... 9,5mm Gás ............................................................................................................ 15,9mm

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Modelo .................................................................................................... FXSQ 100 P Capacidade nominal de Arrefecimento ...................................................... 11,2 kW Capacidade nominal de Aquecimento ....................................................... 12,5 kW Caudal de Ar Mínimo / Máximo ........................................................... 23 / 32 m3/min Peso da unidade ........................................................................................... 46 kg Dimensões (Alt. x Larg. x Prof), em mm ............................................. 300 x 1.400 x 700 Nível de Pressão Sonora (Velocidade Mín./ Max.) ................................. 32 / 38 dB(A) Potência Sonora ......................................................................................... 61 dB(A) Dimensões da Grelha (Comp. x Larg. x Alt.), em mm .......................... 1.500 x 500 x 55 Tipo da Grelha (Opcional) ..................................................................... BYBS 125 DJW1 Peso da Grelha (Opcional) ............................................................................6,5 kg Alimentação eléctrica .............................................................. Monofásica: 230V / 1 F / 50 Hz Ligações de Tubagem: Liquido .......................................................................................................9,5mm Gás ............................................................................................................ 15,9mm Modelo .................................................................................................... FXSQ 125 P Capacidade nominal de Arrefecimento ...................................................... 14,0 kW Capacidade nominal de Aquecimento ....................................................... 16,0 kW Caudal de Ar Mínimo / Máximo ........................................................... 28 / 39 m3/min Peso da unidade ........................................................................................... 46 kg Dimensões (Alt. x Larg. x Prof), em mm ............................................. 300 x 1.400 x 700 Nível de Pressão Sonora (Velocidade Mín./ Max.) ................................. 33 / 40 dB(A) Potência Sonora ......................................................................................... 66 dB(A) Dimensões da Grelha (Comp. x Larg. x Alt.), em mm .......................... 1.500 x 500 x 55 Tipo da Grelha (Opcional) ..................................................................... BYBS 125 DJW1

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Peso da Grelha (Opcional) ............................................................................6,5 kg Alimentação eléctrica .............................................................. Monofásica: 230V / 1 F / 50 Hz Ligações de Tubagem: Liquido .......................................................................................................9,5mm Gás ............................................................................................................15,9mm Modelo .................................................................................................... FXSQ 140 P Capacidade nominal de Arrefecimento ...................................................... 16,0 kW Capacidade nominal de Aquecimento ....................................................... 18,0 kW Caudal de Ar Mínimo / Máximo ........................................................... 32 / 46 m3/min Peso da unidade ........................................................................................... 47 kg Dimensões (Alt. x Larg. x Prof), em mm ............................................. 300 x 1.400 x 700 Nível de Pressão Sonora (Velocidade Mín./ Max.) ................................. 34 / 42 dB(A) Potência Sonora ......................................................................................... 67 dB(A) Dimensões da Grelha (Comp. x Larg. x Alt.), em mm .......................... 1.500 x 500 x 55 Tipo da Grelha (Opcional) ..................................................................... BYBS 125 DJW1 Peso da Grelha (Opcional) ............................................................................6,5 kg Alimentação eléctrica .............................................................. Monofásica: 230V / 1 F / 50 Hz Ligações de Tubagem: Liquido ....................................................................................................... 9,5mm Gás ............................................................................................................15,9mm Tipo 2 - Mural Serão do tipo Mural, da marca DAIKIN, modelo FXAQ, para montagem na parede. São dotadas de permutador Fluido Refrigerante/Ar em tubo de cobre alhetado a alumínio, optimizado para funcionar com gás refrigerante R410a. Possuem ventilador do tipo centrífugo tangencial, acoplado a motor eléctrico de duas velocidades de funcionamento, electricamente protegido. São dotadas de filtro de ar do tipo lavável.

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O controle deste tipo de unidades é feito por microprocessador do tipo P.I.D. (Proporcional, Integral e Derivativo), actuando sobre válvula electrónica de expansão, de controlo linear de passagem de fluído refrigerante, entre os 40 % e 100 % da sua abertura. Para o posicionamento da válvula, esta unidade é dotada de várias sondas de temperatura o que lhe permite responder individualmente às solicitações térmicas do ambiente onde está instalada, informando a unidade exterior do seu posicionamento para que aquela se ajuste às necessidades térmicas da instalação. O controle anteriormente referido comunica também com o comando remoto desta unidade, providenciando informações sobre o seu estado de funcionamento e fazendo um auto - diagnóstico de avarias, de forma a facilitar as intervenções de manutenção preventiva. Actuando também sobre o dispositivo automático de variação da direcção do ar insuflado (Auto-Swing), facilitando a sua fixação na posição pretendida. Características Principais (para condições Eurovent): Modelo ..................................................................................................... FXAQ 20 P Capacidade Nominal de Arrefecimento ...................................................... 2,2 kW Capacidade Nominal de Aquecimento ........................................................ 2,5 kW Potência Absorvida .................................................................................... 0,019 kW Caudal de Ar Mínimo / Máximo .......................................................... 4,5 / 7,5 m3/min Nível de Pressão Sonora (Velocidade Mín./ Max.) ................................. 29 / 35 dB(A) Dimensões (Comp. x Prof. x Alt.), em mm ............................................ 795 x 238 x 290 Peso da Unidade ........................................................................................... 11 kg Alimentação eléctrica .............................................................. Monofásica: 230V / 1 F / 50 Hz Ligações de Tubagem: Liquido .......................................................................................................6,4mm Gás ........................................................................................................... 12,7mm Modelo ..................................................................................................... FXAQ 25 P Capacidade nominal de Arrefecimento ....................................................... 2,8 kW Capacidade nominal de Aquecimento ........................................................ 3,2 kW Potência Absorvida .................................................................................... 0,028 kW Caudal de Ar Mínimo / Máximo ............................................................. 5 / 8 m3/min Nível de Pressão Sonora (Velocidade Mín./ Max.) ................................. 29 / 36 dB(A) Dimensões (Comp. x Prof. x Alt.), em mm ............................................ 795 x 238 x 290

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Peso da unidade ........................................................................................... 11 kg Alimentação eléctrica .............................................................. Monofásica: 230V / 1 F / 50 Hz Ligações de Tubagem: Liquido .......................................................................................................6,4mm Gás ...........................................................................................................12,7mm Modelo ..................................................................................................... FXAQ 32 P Capacidade nominal de Arrefecimento ....................................................... 3,6 kW Capacidade nominal de Aquecimento ........................................................ 4,0 kW Potência Absorvida .................................................................................... 0,030 kW Caudal de Ar Mínimo / Máximo .......................................................... 5,5 / 8,5 m3/min Nível de Pressão Sonora (Velocidade Mín./ Max.) ................................. 29 / 37 dB(A) Dimensões (Comp. x Prof. x Alt.), em mm ............................................ 795 x 238 x 290 Peso da unidade ........................................................................................... 11 kg Alimentação eléctrica .............................................................. Monofásica: 230V / 1 F / 50 Hz Ligações de Tubagem: Liquido .......................................................................................................6,4mm Gás ...........................................................................................................12,7mm Modelo ..................................................................................................... FXAQ 40 P Capacidade nominal de Arrefecimento ....................................................... 4,5 kW Capacidade nominal de Aquecimento ........................................................ 5,0 kW Potência Absorvida .................................................................................... 0,020 kW Caudal de Ar Mínimo / Máximo ............................................................ 9 / 12 m3/min Nível de Pressão Sonora (Velocidade Mín./ Max.) ................................. 34 / 39 dB(A) Dimensões (Comp. x Prof. x Alt.), em mm .......................................... 1.050 x 238 x 290 Peso da unidade ........................................................................................... 14 kg

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Alimentação eléctrica .............................................................. Monofásica: 230V / 1 F / 50 Hz Ligações de Tubagem: Liquido .......................................................................................................6,4mm Gás ...........................................................................................................12,7mm VENTILAÇÃO Ventiladores com recuperação Para renovação do ar ambiente interior utilizar-se-ão ventiladores com recuperação de energia do tipo AR/AR, dotados de dois circuitos de ar (um de insuflação e outro de exaustão), de fluxos cruzados em permutador entálpico, possibilitando a transferência de calor do ar de rejeição para o ar novo de insuflação, conseguindo-se assim uma economia de energia. Cada um dos circuitos de ar anteriormente referidos é dotado de um ventilador do tipo centrífugo, que em conjugação permitem um equilíbrio de caudais de ar entre a extracção e insuflação ou um desequilíbrio entre esses mesmos dois caudais, proporcionando uma insuflação ligeiramente superior à exaustão, por forma a evitar a migração de odores de umas para outras zonas ventiladas. De igual modo é possível fazer o „bypass‟ ao elemento permutador evitando a transferência em condições do ar menos favoráveis. Devido à compatibilidade do seu sistema de controlo, estas unidades estão especialmente concebidas para o funcionamento associado a unidades interiores dos sistemas de VRV e SKY-AIR, podendo ser controladas pelos comandos destas unidades, ou funcionarem independentemente quando dotadas do seu próprio controlador (BRC 301 B 61). Este tipo de recuperadores está preparado para funcionar em condições ambientais de -10º C a + 40º C e humidade relativa igual ou inferior a 80 %. Características Principais (para condições standard EUROVENT): Modelo .........................................................................................................VAM 800 FA5/7VE Caudal de ar nominal (Ultra High/High/Low) ............................................. 800 / 800 / 670 m3/h Pressão estática disponível (Ultra High/High/Low) ........................................ 137 / 98 / 49 Pa Número de Ventiladores ............................................................................................ 2 Eficiência nominal de permuta em temperatura (Ultra High/High/Low) ....... 74 / 74 / 76 % Eficiência de permuta entálpica, em arrefecimento (Ultra High/High/Low) .. 60 / 60 / 62 % Eficiência de permuta entálpica, em aquecimento (Ultra High/High/Low) .... 65 / 65 / 67 % Peso da unidade ..................................................................................................... 48 kg Dimensões (Alt x Larg x Prof.), em mm .......................................................... 348 x 988 x 852 Nível de ruído nominal (Ultra High/High/Low) ............................................ 37 / 36 / 31 dB(A)

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Modelo ............................................................................................... VAM 1000 FA5/V7E Caudal de ar nominal (Ultra High/High/Low) ............................. 1.000 / 1.000 / 870 m3/h Pressão estática disponível (Ultra High/High/Low) ........................................ 157 / 98 / 78 Pa Número de Ventiladores ............................................................................................ 2 Eficiência nominal de permuta em temperatura (Ultra High/High/Low) ...... 75 / 75 / 76,5 % Eficiência de permuta entálpica, em arrefecimento (Ultra High/High/Low) .. 61 / 61 / 63 % Eficiência de permuta entálpica, em aquecimento (Ultra High/High/Low) .... 66 / 66 / 68 % Peso da unidade ..................................................................................................... 61 kg Dimensões (Alt x Larg x Prof.), em mm ......................................................... 348 x 988 x 1.140 Nível de ruído nominal (Ultra High/High/Low) ............................................ 37 / 36 / 32 dB(A) Modelo .............................................................................................. VAM 1500 FA5/7VE Caudal de ar nominal (Ultra High/High/Low) ......................... 1.500 / 1.500 / 1.200 m3/h Pressão estática disponível (Ultra High/High/Low) .................................. 137 / 98 / 49 Pa Número de Ventiladores ............................................................................................ 4 Eficiência nominal de permuta em temperatura (Ultra High/High/Low) ....... 75 / 75 / 78 % Eficiência de permuta entálpica, em arrefecimento (Ultra High/High/Low) .. 61 / 61 / 64 % Eficiência de permuta entálpica, em aquecimento (Ultra High/High/Low) .... 66 / 66 / 68 % Peso da unidade .................................................................................................... 132 kg Dimensões (Alt x Larg x Prof.), em mm ......................................................... 710 x 1.498 x 852 Nível de ruído nominal (Ultra High/High/Low) ........................................... 41,5 / 39 / 36 dB(A) Modelo ........................................................................................................VAM 2000 FA5/7VE Potência absorvida ........................................................................................... 4x0,230 W Caudal de ar nominal (Ultra High/High/Low) ......................... 2.000 / 2.000 / 1.400 m3/h Pressão estática disponível (Ultra High/High/Low) ................................. 137 / 78 / 59 Pa

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Número de Ventiladores ............................................................................................ 4 Eficiência nominal de permuta em temperatura (Ultra High/High/Low) ....... 75 / 75 / 78 % Eficiência de permuta entálpica, em arrefecimento (Ultra High/High/Low) .. 61 / 61 / 66 % Eficiência de permuta entálpica, em aquecimento (Ultra High/High/Low) .... 66 / 66 / 70 % Peso da unidade .................................................................................................... 158 kg Dimensões (Alt x Larg x Prof.), em mm ....................................................... 710 x 1.498 x 1.140 Nível de ruído nominal (Ultra High/High/Low) ........................................... 42,5 / 41 / 37 dB(A) Condições standard eurovent - Capacidade de Arrefecimento para Condições Interiores de:

Temperatura Seca: 27ºC Temperatura Húmida: 19ºC

- Capacidade de Arrefecimento para Condições Exteriores de:

Temperatura Seca: 35ºC - Capacidade de Aquecimento para Condições Interiores de:

Temperatura Seca: 20ºC

- Capacidade de Aquecimento para Condições Exteriores de: Temperatura Seca: 7ºC Temperatura Húmida: 6ºC

VENTILADORES DE EXTRACÇÃO DE AR ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA Os ventiladores de extracção de ar provocarão a remoção de ar viciado, cheiros e odores dos espaços onde estão instalados os respectivos pontos de extracção constituídos por grelhas ou válvulas de ar. Os ventiladores de extracção de ar serão na sua generalidade próprios para montagem no exterior. Os ventiladores serão equipados com um variador de velocidades contínuo electrónico monofásico/trifásico, de modo a assegurar uma eficaz calibração do caudal de ar em movimento. Fazem parte desta Empreitada, as suas ligações de potência e a instalação e ligação dos variadores de velocidades,bem como as alimentações e protecções a partir do quadro eléctrico de AVAC respectivo.

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Apresentam-se de seguida as características técnicas dos ventiladores:

Designação Marca Modelo Caudal (m3/h) Pressão (Pa) Pot. (W) Tipo

VES1 France Air Silens‟air 250C

500 400 200 mono.

VES2 France Air Silens‟air 250C

950 2225 240 mono.

VES3 France Air Silens‟air 250C

500 400 200 mono.

VD CIAT MAGMA 250BP

5500 1800 5500 trif.

NOTA: a) Considera-se como parte integrante dos ventiladores, todos os acessórios necessários para o seu perfeito funcionamento nas condições supra-citadas, nomeadamente os variadores de velocidade electrónico. b) A pressão total dos ventiladores deve ser confirmada e indicada pelos Concorrentes, de acordo com o traçado definitivo dos circuitos e as performances dos ventiladores seleccionados. A marca de referência das unidades consideradas neste Projecto foi, France Air. Os Concorrentes podem no entanto apresentar outras marcas, desde que verifiquem estas condições técnicas e atravancamentos. CONDUTAS DE AR ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA As condutas, serão em chapa galvanizada de secção circular ou spiroval serão isoladas termicamente e à intempérie possuirão forra mecânica. As condutas de extracção dos Ventiladores de extracção, ligadas aos Ventiladores de Extracção, não são isoladas termicamente. Durante o transporte, armazenamento e montagem em obra, as condutas deverão permanecer tamponadas de forma a evitar a acumulação de lixo no seu interior. Condutas de secção circular As condutas de secção circular serão do tipo espiral por meio de costura helicoidal contínua, normalmente designadas do tipo spiro. Curvas, transições e outras singularidades serão executadas segundo as Normas S.M.A.C.N.A., no respeitante a condutas de baixa velocidade e secção circular. Regra geral serão construídas em chapa de aço galvanizado nas seguintes espessuras:

Perímetro conduta Espessura da Chapa

até 2230 mm 0,4 mm

de 2512 até 2860 mm 0,5 mm

de 3520 até 3926 mm 1,0 mm

acima de 4400 mm 1,6 mm

A marca de referência considerada neste Projecto foi, SANDOMETAL do tipo SPIROSAFE. Os Concorrentes podem,no entanto apresentar outras marcas, desde que verifiquem estas condições técnicas.

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Condutas de secção spiroval As condutas de secção oval, serão construídas a partir do tubo "Spiro" em chapa de aço galvanizado de acordo com as Normas S.M.A.C.N.A. As espessuras das chapas são as seguintes:

Perímetro conduta Espessura da Chapa

até 2230 mm 0,4 mm

de 2512 a 3140 mm 0,5 mm

de 3520 a 4400 mm 0,63 mm

As dimensões da secção transversal serão conformes a gama de fabrico da SANDOMETAL. Todos os acessórios e singularidades terão de ser fornecidos pelo mesmo fabricante. As juntas transversais dos troços serão feitas por mangas da mesma espessura, com um comprimento mínimo de 100mm, aparafusadas ou rebitadas. Condutas de secção rectangular Nas condutas de secção rectangular, a chapa de aço galvanizado deverá ter as seguintes espessuras:

Lado maior da secção BG Espessura da Chapa

até 400 mm 24 0,63 mm

de 401 até 650 mm 22 0,80 mm

de 651 até 900 mm 20 1,00 mm

de 901 até 1500 mm 20 1,00 mm

de 1501 até 2000 mm 18 1,25 mm

de 2001 até 2500 mm 16 1,50 mm

Deverão possuir portas de visita para limpeza de pelo menos 10 em 10 m, de modo a assegurar a manutenção e limpeza de toda a rede. Os diferentes troços de condutas devem ser transportados e manuseados durante a obra, devidamente tamponados, garantindo-se assim a sua limpeza interior quando do arranque das instalações. A ligação das condutas aos, ventiladores e aos plenos das grelhas serão sempre efectuadas por meio de mangas flexíveis, de modo a não propagar vibrações. Acessórios Deverão ser previstos os registos de caudal necessários ao equilíbrio da rede, com vista a respeitar os caudais indicados nas peças desenhadas. Deverão ser previstos todos os acessórios que, embora omissos nas peças desenhadas, sejam necessários ao bom funcionamento da instalação.

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Dimensões e Traçado As dimensões e os traçados indicados nas peças desenhadas correspondem aos da instalação existente, com as necessárias correcções. Isolamento Térmico No exterior as condutas de insuflação e retorno, deverão ser devidamente isoladas exteriormente com manta de lã de rocha de 30 mm de espessura, massa volúmica mínima de 40 kg/m3 com revestimento a alumínio, do tipo IBR-AL. O isolamento deverá ser colado à superfície exterior das condutas e reforçado em toda a sua envolvente por rede metálica de malha larga. Estanqueidade das condutas As condutas deverão ser estanques, de modo a não permitir a fuga do ar ou a admissão de ar não desejado nos circuitos. Deverão ser verificadas as normas SMANCA. O caudal de fuga nas condutas não pode exceder 1,5 l/m2 de conduta. Protecção mecânica das condutas No exterior a protecção mecânica das condutas será constituída por folha de alumínio de 0,5 mm de espessura a envolver completamente o exterior da conduta e o isolamento térmico. Poderá também ser efectuada por chapa galvanizada com 0,5 mm de espessura e pintada com tinta própria, sendo a cor definida em obra Na Cobertura, tanto as de insuflação como as de extracção são isoladas termicamente e com protecção mecânica.

Suspensão das condutas Nos troços horizontais o suporte das condutas deverá ser efectuado por varão roscado chumbado às lajes do tecto e paredes e o berço deverá possuir borracha apropriada que será colocada entre ambos. Nos troços verticais o suporte das condutas deverá ser efectuado por perfis com interposição de borracha apropriada entre o berço e as condutas, envolvendo a conduta nas quatro faces ou na totalidade do seu perímetro e devidamente chumbados às paredes. O espaçamento entre suportes é função da dimensão da conduta e nunca deve exceder os 3 m. A marca de referência considerada neste Projecto foi, SANDOMETAL. Os Concorrentes podem, no entanto apresentar outras marcas, desde que verifiquem estas condições técnicas.

Condutas de desenfumagem As condutas de desenfumagem devem ser protegidas exteriormente com um material que lhes confira um grau de protecção ao fogo CF60M. Este produto deverá possuir as seguintes características técnicas:

- Anti-fogo fibroso e isento de amianto; - Composto por ligantes tipo cimento, de cargas refractárias, de fibras minerais e adjuvantes específicos; - Densidade de 350 +/- 50 Kg/m3; - Aplicado por projecção mecânica directamente sobre a conduta; - Espessura de 30mm; - Certificado de ensaio de acordo com as normas em vigor com fogo no seu interior;

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A marca de referência considerada neste Projecto foi, Dossolan 3000. Os Concorrentes podem, no entanto apresentar outras marcas, desde que verifiquem estas condições técnicas. REGISTOS DE CAUDAL DE AR Os registos de caudal de ar serão em chapa de ferro galvanizado de espessura conveniente, quinada, equipada com manípulo acessível e possibilidade de fixação por elemento estável. Estes registos devem ser colocados nas bifurcações, de modo a assegurar a possibilidade de equilibrar correctamente os caudais de ar nos locais. Deve também ficar evidente a identificação de aberto e fechado, bem como o sentido da deslocação do ar. A marca de referência considerada neste Projecto foi, SANDOMETAL. Os Concorrentes podem, no entanto apresentar outras marcas, desde que verifiquem estas condições técnicas. NOTA IMPORTANTE: Deverão ser previstos registos de caudal de ar em todas as ramificações, referentes aos difusores/grelhas para além dos assinalados nas Peças Desenhadas.

Sistemas de difusão de ar Quadro resumo.

Designação Marca Modelo Caudal (m3/h)

Dimensão

BE1 France-Air Ensemble BC80 125 Ø 80

GP1 France-Air GAV91 500 400X300

GE1 France-Air GAC 81 até 1000 400X200

GE2 France-Air GAC 81 1000 a 2000 600X300

GEL1 France-Air LAC 40 até 3000 1500x200

GM1 France-Air GAC 81 1000 a 2000 675X675

GM2 France-Air GAC 81 1000 a 2000 675X675

GI1 France-Air GAC 21 500 300x150

GI2 France-Air GAC 21 1000 500X200

DC1 France-Air DAU 45 Até 600 Ø 355

DC2 France-Air DAU 45 600 a 1200 Ø 450

GD France-Air GLF 5500 800x900

BILA France-Air Elféa 125x1025 750 125x1025

Grelhas de insuflação, retorno e mista Grelhas de insuflação As grelhas de insuflação são constituídas por um aro e alhetas em aço galvanizado. Serão de dupla ou simples deflexão sendo as alhetas então dispostas verticalmente. O ajuste da inclinação das alhetas deve poder ser feito pela frente da grelha sem necessidade de a desmontar. Serão equipadas com registo e a sua forma permitirá a fixação directa na conduta por intermédio de parafusos. Estrutura em alumínio extrudido instalado em aro. Montagem por pressão numa estrutura com ranhura. O aro e barras frontais construídas em alumínio extrudido. A fixação deve ser efectuada por clips. De dupla deflexão serão fornecidas com registo e deflectores traseiros permitindo uma direccionalidade e alcance do ar. A regulação do registo de caudal será feita a partir do exterior da grelha por meio de uma chave de fendas. Estas grelhas serão instaladas e localizadas tal como se indica nas peças desenhadas. A ligação do pleno às condutas de insuflação será feita por intermédio de troços de secção circular de conduta com registo de caudal.

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A marca de referência considerada neste Projecto foi FRANCE AIR modelo GAC21. Os Concorrentes podem, no entanto apresentar outras marcas, desde que verifiquem estas condições técnicas. Grelhas de retorno e mistas Estas grelhas de retorno do ar serão de alhetas fixas inclinadas a 45º. Serão fornecidas com um dispositivo de regulação de caudal (registo). A regulação do registo de caudal será feita a partir do exterior da grelha por meio de uma chave de fendas. Estas grelhas serão instaladas e localizadas tal como se indica nas peças desenhadas. Os registos de caudal serão construídos em chapa de aço galvanizada, com espessuras compreendidas entre 0,8 e1,5 mm. Será formado por um caixilho rectangular. Um sistema de rodas dentadas e corrediças permitirá rodar as alhetas em sentidos apostos. O sentido de rotação das lâminas será alternado. Entre a posição totalmente aberta e totalmente fechada, as lâminas não rodarão mais do que 45º. Este sistema de regulação disporá de uma ranhura que permita a afinação do registo por meio de uma chave de fendas, a partir do exterior da grelha. Prevê-se que o acabamento superficial das grelhas a fornecer seja em alumínio, termolacadas a cor a definir pela Arquitectura. Contudo, deverá o Adjudicatário confirmar esta opção no decorrer da obra e antes de adquirir estes equipamentos. A marca de referência considerada neste Projecto foi FRANCE AIR modelo GAC 81. Os Concorrentes podem, no entanto apresentar outras marcas, desde que verifiquem estas condições técnicas. Grelha de extracção linear Estas grelhas serão de alhetas fixas inclinadas a 45º. Serão fornecidas com um dispositivo de regulação de caudal (registo). A regulação do registo de caudal será feita a partir do exterior da grelha por meio de uma chave de fendas. Estas grelhas serão instaladas e localizadas tal como se indica nas peças desenhadas. Os registos de caudal serão construídos em chapa de aço galvanizada, com espessuras compreendidas entre 0,8 e1,5 mm. Será formado por um caixilho rectangular. Este sistema de regulação disporá de uma ranhura que permita a afinação do registo por meio de uma chave de fendas, a partir do exterior da grelha. Prevê-se que o acabamento superficial das grelhas a fornecer seja em alumínio, termolacadas a cor a definir pela Arquitectura. Contudo, deverá o Adjudicatário confirmar esta opção no decorrer da obra e antes de adquirir estes equipamentos. A marca de referência considerada neste Projecto foi FRANCE AIR modelo LAC 40. Os Concorrentes podem, no entanto apresentar outras marcas, desde que verifiquem estas condições técnicas. Difusor Linear Os difusores serão circulares com sistema de multicones com 2 posições de forma a permitir modificar a intensidade e direcção do jacto de ar. Serão fornecidos com um dispositivo de regulação de caudal (registo). A regulação do registo de caudal será feita a partir do exterior. Estes difusores serão instalados e localizados tal como se indica nas peças desenhadas. Prevê-se que o acabamento superficial a fornecer seja em alumínio, termolacadas a cor a definir pela Arquitectura. Contudo, deverá o Adjudicatário confirmar esta opção no decorrer da obra e antes de adquirir estes equipamentos. A marca de referência considerada neste Projecto foi FRANCE AIR modelo DAU 45. Os Concorrentes podem, no entanto apresentar outras marcas, desde que verifiquem estas condições técnicas.

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GRELHAS DE PASSAGEM ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA Estas grelhas serão adequadas para a passagem de ar através de portas ou paredes divisórias, cuja espessura não ultrapasse os 60 mm. As grelhas serão fornecidas com contra-aro para remate de abertura do outro lado da porta ou da parede divisória. As grelhas serão fornecidas com acabamento superficial, sendo termolacadas a cor a definir pela Arquitectura. Estas grelhas serão compostas por uma fiada de lâminas paralelas e horizontais.Estas grelhas terão um perfil em V invertido. A secção transversal terá as dimensões mínimas de 32 mm x 32 mm. A espessura não será inferior a 1 mm.O espaçamento entre as lâminas não deverá ser superior a 20 mm. Os aros serão construídos com um perfil de alumínio extrudido com a configuração de um L, com as dimensões de 30 mm x 36mm e uma espessura não inferior a 1 mm. A marca de referência considerada neste Projecto foi, FRANCE AIR, modelo GAV 91. VÁLVULAS DE EXTRACÇÃO DE AR ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA As válvulas serão em disco cónico, regulável com baixa resistência ao ar e de fixação após regulação. A sua execução será em chapa de aço com acabamento em pintura de esmalte. Serão colocadas directamente na conduta ou no tecto falso. A sua dimensão depende do caudal de ar, tendo como características principais: A marca de referência considerada neste Projecto foi FranceAir modelo Ensemble BC. Os Concorrentes podem, no entanto apresentar outras marcas, desde que verifiquem estas condições técnicas.

INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS DE POTÊNCIA, COMANDO E CONTROLO Generalidades Alimentações eléctricas Estão incluídas na empreitada, todas as ligações de potência, comando e controlo dos ventiloconvectores, a partir de uma caixa terminal colocada junto de cada unidade. Os trabalhos até à caixa inclusive, fazem parte das Instalações Eléctricas. Está ainda incluído nesta empreitada, o fornecimento e montagem de um quadro eléctrico de AVAC. Para além das alimentações e ligações de potência, comando e controlo dos equipamentos, estão ainda incluídas as ligações entre os diversos equipamentos constitutivos dos sistemas. Quadro eléctrico de AVAC Características construtivas O quadro eléctrico será do tipo armário capsulado próprio para montagem saliente, onde serão instalados e divididos em dois painéis principais, um para o equipamento de potência e o outro para o comando, controlo e sinalização. Os quadros serão construídos em chapa de aço macio com tratamento por depósito de uma liga de zinco - alumínio, com 1,5 mm de espessura e dotados de estrutura com rigidez suficiente para a actuação da aparelhagem a manobrar. A aparelhagem será montada numa estrutura independente, desmontável, de modo a permitir a sua colocação só depois de efectuada a fixação dos quadros.

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Os quadros deverão ser dotados de uma porta interior com rasgos para encastrar a aparelhagem e uma porta exterior normal equipada com fechadura tipo “Yale”. Especificação geral O acesso a todos os componentes para manobra e manutenção deverá ser apenas efectuado pela parte frontal. A distribuição da aparelhagem nos quadros deverá ser criteriosa e simétrica. A entrada dos cabos e tubagem no quadro deve ser realizada por meio de bucins, de acordo com a canalização. Todos os circuitos de saída ligarão a uma régua de terminais convenientemente dimensionados e identificados. Todas as saídas deverão ser identificadas por etiquetas de trafolite gravadas com designação a indicar pela Fiscalização. Os quadros deverão ser dotados de barramento de terra devidamente identificado ao qual serão ligados os condutores de protecção da instalação e da massa dos quadros. Todas as partes metálicas devem ser protegidas por tratamento anti-corrosivo, incluindo parafusos e demais acessórios, que serão sempre cadmiados ou de material não oxidável. Todos os circuitos auxiliares serão executados por condutor flexível, na secção mínima de 2,5 mm2, correndo em calha plástica e identificados em ambas as extremidades. Todos os circuitos que encaminhem informação para o exterior do quadro, fá-lo-ão por intermédio de placas de bornes providas de identificação. Os quadros deverão ser providos de calhas plásticas apropriadas para fixação e encaminhamento dos condutores internos. As protecções dos quadros, quanto à penetração de líquidos ou poeiras devem ser adequadas ao local onde serão instalados, não sendo em nenhum caso de índice inferior a IP43. Deverá ser prevista a separação de bornes de força motriz dos bornes de comando. Os bornes deverão ser dimensionados para as secções e correntes dos condutores respectivos. Os bornes de sinal analógico deverão igualmente ficar separados dos bornes de força motriz, bem como dos bornes de comando. Todos os bornes, réguas, cabos e condutores, componentes e peças deverão ser devidamente referenciados com identificadores indeléveis e permanentes. A protecção dos aparelhos contra curto-circuitos será assegurada: -Para os motores, por disjuntores termomagnéticos ou relés térmicos diferenciais com um elemento por fase, com rearme manual. -Para a alimentação dos aparelhos de comando e controlo, por disjuntores bipolares. Deverá ser prevista uma tomada monofásica com terra, para ligação de equipamento de medição. O painel de potência terá na porta exterior rasgos para o manípulo do interruptor geral e os sinalizadores de tensão. O restante equipamento apenas será acessível após a abertura da porta. A electrificação do painel de potência será em condutor flexível “FV”, afilaçado em calha de PVC, devidamente identificado em todas as pontas. Todos os circuitos de saída ligarão a uma régua de bornes convenientemente dimensionados e identificados. A identificação dos cabos acima referida será repetida junto dos equipamentos e na saída dos quadros com etiquetas apropriadas. Os quadros deverão possuir no interior da porta o seu esquema eléctrico, realizado sobre material incombustível e todas as saídas deverão ser identificadas por etiquetas com designação a indicar pela Fiscalização.

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Normas de construção Os quadros eléctricos deverão ser construídos de acordo com o disposto no Regulamento de Segurança de Instalações de Energia Eléctrica e com as recomendações e instruções das seguintes normas:

Testes

Rigidez Dieléctrica

Distâncias de Isolamento

1Classe de Protecção

CEI 349

CEI 298

CEI 58

CEI 144 O Empreiteiro deverá entregar cópias dos certificados de ensaio aplicáveis a este quadro. Barramentos Os barramentos serão construídos em barra de cobre electrolítico, dimensionados para 1,5 vezes o valor da corrente nominal permanente. Da mesma forma estes barramentos serão dimensionados de modo a suportar os esforços electrodinâmicos da corrente de curto-circuito simétrico indicados nos esquemas unifilares. Os barramentos serão montados em compartimentos próprios, fechados e providos de tampas amovíveis. O conjunto de celas possuirá um circuito de terras constituído por um colector geral em barra de cobre. A marca de referência considerada neste Projecto foi PRISMA, modelo G da Merlin-Gerin. Aparelhagem e equipamento do quadro Interruptores dos quadros São os estabelecidos nos quadros e destinam-se ao comando e seccionamento dos circuitos de potência. Devem permitir em permanência a sua intensidade nominal, devendo suportar as correntes de curto-circuito previstas até à actuação dos disjuntores de protecção. Serão da marca Hager ou equivalente. Estes interruptores serão de actuação por manípulo com as posições de ligado e desligado facilmente identificáveis. Devem possuir acoplamento de porta e permitir a abertura da mesma, tanto na posição ligado como na posição desligado. Fusíveis Os fusíveis a instalar são de alto poder de corte, com curvas de disparo obedecendo ao Regulamento de Segurança de Instalações de Energia Eléctrica e dos seguintes tipos: Até 100 A - Fusíveis segundo a norma DIN 43620 e VDE0660 grandeza 0 (poder de corte de 100 KA) De 100 a 200 A - Idem, grandeza 1.

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Disjuntores

Serão do tipo magneto-térmico com a intensidade nominal indicada nas peças desenhadas, com poder de corte adequado à corrente de curto-circuito calculada para o quadro. Quando indicado, serão equipados com acessório para a função de protecção diferencial. Os disjuntores de calibre inferior a 40 A deverão ser do tipo C60 e para calibre de 80 A do tipo C100, da Hager ou equivalente, com características tipo N, H ou L conforme o poder de corte necessário no quadro onde sejam instalados e com curva de disparo do tipo C ou D. Interruptores e disjuntores diferenciais Os interruptores e disjuntores diferenciais de características indicadas nos quadros, sensíveis às correntes homopolares, destinam-se a desligar os circuitos com tensões de contacto perigosas. Devem ser da Hager ou equivalente. Deverão suportar sem danos as correntes de curto-circuito previstas no quadro até à actuação dos disjuntores de protecção. Contactores Na selecção dos contactores deve-se atender às classes de funcionamento que deverá ser AC3 para motores e AC1 para outros fins. Deverão ser dimensionados para as potências necessárias para os diversos equipamentos, com a tensão de comando de 24 V, 50 Hz. Devem ser iguais ou equivalentes aos da, Telemecanique. Sinalizadores Os sinalizadores de tensão a estabelecer nos quadros serão equipados com lâmpadas de néon para 230V, 50 Hz. A sua protecção contra defeitos far-se-á através de seccionamento/fusível de calibre apropriado, e ambos serão da marca Hager ou equivalente. Relógios programadores Do tipo electrónico, com dois canais para a tensão de 230 V, 50 Hz, com reserva de marcha de 100 h e programa horário, diário/semanal. Bornes de ligação Os terminais a estabelecer devem ser da marca equivalente. Bucins Os bucins a instalar no quadro devem ser metálicos. Cabos Cabos para os circuitos de potência Serão do tipo A05VV-U (VV) ou H1VV-R, para montagem assente em braçadeira ou calha metálica horizontal ou vertical, de códigos respectivamente 205100 e 305100 quando montados no interior e de códigos 205200 e 305200 quando montados à intempérie (bainha de cor preta).

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Cabos para os circuitos de comando Serão do tipo A05VV-U, para montagem assente em braçadeira ou calha metálica horizontal ou vertical, de código 205100 quando montado no interior e de código 205200 quando montado à intempérie (bainha de cor preta). Tubagem A tubagem a utilizar nas canalizações eléctricas é definida pela Norma NP 1070. O tubo VD é definido pelo código 5101100 e o tubo ERE é definido pelo código 7101100.

COMANDO E CONTROLO Controle Remoto Central – INTELLIGENT TOUCH CONTROLLER – DCS601C51 Este módulo de programação, do tipo cristal líquido (LCD), permite:

- Controlar independentemente 64 unidades interiores ou 64 grupos de unidades interiores (cada Grupo poderá ser constituído por um máximo de 16 unidades interiores). - Executar o controlo por zonas, para um máximo de 64 zonas, sendo cada uma constituída no mínimo por uma unidade ou um grupo de unidades. Também pode ser disponibilizado o arranque ou paragem colectiva. - Ligar e desligar, em conjunto ou individualmente cada uma das unidades interiores.

- Escolher individualmente as temperaturas de Verão e Inverno para cada uma das zonas definidas.

- Visualizar o estado de funcionamento (Ligado / Desligado) dos diversos grupos de unidades interiores.

-Sinalização e memorização de avarias, por código alfa numérico, para cada unidade interior. - Seleccionar individualmente as temperaturas de Verão e Inverno, para cada unidade ou grupo de unidades interiores. - Inibir ou desinibir funções de comando dos painéis de controlo locais das unidades interiores, como por exemplo a alteração das temperaturas memorizadas. - Inversão automática para aquecimento/arrefecimento. - Limites de temperatura. - Programação anual. - Distribuição proporcional de energia.

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- Comando de paragem de emergência para incêndios.

- Segurança através de uma palavra passe (em relação à alteração da configuração do sistema).

Detalhes dos controlos de horários: O “ITC” permite a execução detalhada de horários de funcionamento dos grupos, por zona ou colectivamente. Podem ser programados até oito horários diferentes. Cada horário pode incluir quatro tipos de planos: (a definir pelo Dono de Obra)

- Para fins-de-semana. - Para férias. - Dias especiais 1 e 2. - Cada plano permite ajustamentos até 16 operações.

Controlo manual automatizado O “ITC” tem capacidade para:

- Acerto do “Change Over”. - Comutação automática entre frio e calor de acordo com as temperaturas das salas. - Acerto do limite das temperaturas não permitindo um aumento ou uma diminuição bruscas das salas. - Optimização dos ajustamentos do aquecimento, evitando o desconforto criado pela ventilação quando o ventilador da unidade da sala insufla ar com o ciclo de aquecimento desligado (só unidades interiores VRV).

Comando remoto com ligação por cabo Standard Para comunicação com as unidades interiores, utilizar-se-ão painéis de controlo do tipo cristal líquido (LCD) do tipo BRC 1 D 52, com as seguintes funções: - Ligar e desligar a unidade

- Selector do modo de funcionamento da unidade (Arrefecimento / Aquecimento / Ventilação / Desumidificação / Automático)

- Orientação da direcção do fluxo de ar (Auto-Swing) e sua fixação, no caso de unidades com motor de auto-swing.

- Selecção de uma de duas velocidades de ventilação disponíveis.

- Selecção da temperatura pretendida, no intervalo de 16º C a 32º C.

- Memorização das temperaturas pretendidas para Verão e Inverno.

- Sinalização de filtro sujo.

- Temporizador de paragem e arranque diferidos. - Sinalização e memorização de avarias, por código alfa numérico.

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Este painel de comando poderá controlar apenas uma unidade ou um grupo de unidades, até a um máximo de 16 unidades interiores, para responderem a uma mesma temperatura pré seleccionada. PAINÉIS DE CONTROLE PARA VAM Para comunicação com as unidades e respectivo comando, utilizar-se-ão painéis de controlo do tipo BRC 301 B 61, com as seguintes funções: - Ligar e desligar a unidade

- Selector do modo de funcionamento da unidade (Automático / Recuperação / Bypass)

- Selecção de uma de duas velocidades de ventilação disponíveis. COMUTADOR DE CICLO MANUAL VERÃO / INVERNO Serão constituídos por duplo comutador, actuando directamente sobre as unidades exteriores do tipo RXYQ, da marca Daikin, modelo KRC19-26, possibilitando a selecção dos três tipos principais de funcionamento da instalação, ou seja, Arrefecimento / Ventilação / Aquecimento. Trabalhos de construção civil Está previsto nesta empreitada, a construção dos maciços de assentamento da unidade exterior. Estão ainda incluídos os trabalhos de furacões de paredes e tectos, abertura e tapamento dos roços necessários para a passagem das condutas e das tubagens de água e de cobre em calha metálica com tampa e dos cabos eléctricos de potência, comando e controlo, bem como todos os trabalhos necessários à completa execução e funcionamento das Instalações. O Estaleiro da obra a instalar nos terrenos circundantes do Edifício, deverá seguir as recomendações do Plano de Segurança e Higiene, bem como o Plano de Resíduos. Pinturas De uma maneira geral, todos os equipamentos e materiais devem ser pintados e acabados convenientemente. Utilizar-se-ão tintas de qualidade, nas cores a definir pela arquitectura. É de salientar o acabamento final de todos os equipamentos, nomeadamente os instalados na Cobertura à intempérie, as condutas e grelhas e os materiais sujeitos à corrosão. Ensaios das instalações Os ensaios de temperatura e humidade relativa, depois de executadas as instalações, terão lugar antes da Recepção Provisória. As datas dos ensaios serão fixadas a pedido do Adjudicatário. Os ensaios devem ser realizados em períodos de temperatura exterior não inferior a 27 ºC, no caso do Verão. A temperatura exterior será tirada comum termómetro de máxima e mínima, colocado sob abrigo, a 2 metros pelo menos, das paredes exteriores.

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As medições de temperatura e humidade relativa do ar ambiente devem ser realizadas simultaneamente por dois aparelhos, um junto ao pavimento e outro a 1,8 m acima deste. O gradiente de temperatura no interior da sala, entre a insuflação e a retorno não deve exceder pT = 10 ºC. As medições de temperatura e humidade relativa do ar ambiente tomadas a 1 m da periferia e no centro da sala, não devem ir além de ± 1 C e ± 5 % de humidade relativa. Devem ser recolhidas as medições de temperatura e humidade relativa em pelo menos três locais distintos da sala num período não inferior a 48 horas consecutivas. Velocidade do ar ambiente A velocidade do ar ambiente associada ao gradiente de temperaturas necessária para a remoção das cargas térmicas do interior das salas, não deve exceder v <0,2 m/s, tomada a 1,8 m de altura do pavimento. Ensaios de isolamentos acústicos De acordo com os espaços a condicionar e tipos de actividade que neles se desenvolvem, estima-se para o ruído de fundo, o nível sonoro de 30 a 35 dB (A) no período diurno. O ruído de fundo estabelecido, entende-se como sendo o ruído sonoro medido no interior dos espaços não ocupados, provenientes do ambiente que rodeia o edifício. Poderão ser exigidos ensaios de isolamentos acústicos para verificação das condições impostas. Entidade LNEC -Laboratório Nacional de Engenharia Civil. O ensaio das unidades exteriores far-se-á por verificação das pressões de alta e de baixa do ciclo frigorífico, em frio e em calor, do caudal de ar de arrefecimento e aquecimento da unidade e constatação do seu consumo eléctrico. Nas unidades terminais UI's deverão ser medidas as temperaturas de entrada e saída do ar, bem como do caudal de ar em movimento e o seu consumo eléctrico. Deverá ser testada ainda a bomba de condensados. Os sistemas de comando e controlo também deverão ser verificados. Ventiloconvectores O ensaio das unidades terminais VC's far-se-á por medição das temperaturas de entrada e saída do ar e da água, bem como do caudal de ar e água em movimento e pela constatação do seu consumo eléctrico. Os sistemas de comando e controlo das unidades, termóstatos, deverão também ser verificados. Ventiladores Nos ventiladores, das UTA‟s incluindo os das unidades URE‟s ter-se-ão que medir os caudais de ar nos circuitos de insuflação, retorno e extracção, as pressões estáticas e os consumos eléctricos. Ensaio de estanqueidade das condutas Todas as condutas deverão ser ensaiadas em termos de estanqueidade cujos valores de fuga permitidos são função dos sistemas onde estão inseridas. Estes testes deverão obedecer aos requisitos indicados na Norma SMACNA ou outros que a Fiscalização considerar.

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Aparelhagem de medida Para realizar os ensaios previstos são necessários os seguintes aparelhos de medida:

- Termómetros de máxima e mínima; - Higrómetros; - Termómetros; - Anemómetros; - Manómetros; - Barómetros;

Dispositivo para efectuar os ensaios de estanqueidade das condutas;

- Amperímetro e voltímetro; - Pinça amperimétrica. Mapas de ensaios Serão elaborados mapas de ensaios e de registos de valores para serem preenchidos com os resultados dos ensaios. Só depois de aqueles mapas serem preenchidos e rubricados, se procederá à Recepção Provisória das Instalações, caso os resultados tenham satisfeito ao disposto no Caderno de Encargos. Custo dos ensaios Todos os ensaios serão feitos a expensas do Adjudicatário. Do mesmo modo, o Adjudicatário fornecerá todos os materiais e aparelhagem necessária à realização dos ensaios. Fica o adjudicatário obrigado a entregar junto ao relatório de ensaios um plano de Manutenção adequado à instalação em questão. Erros e omissões Os Concorrentes deverão considerar nas suas propostas todos os materiais, ainda que não descriminados nas peças escritas e/ou desenhadas, que entendam ser necessários ao perfeito funcionamento das Instalações. O Adjudicatário será o responsável pelo perfeito funcionamento de todo o equipamento, pelo que não serão admitidas reclamações com base neste facto. Caso o Adjudicatário encontre um erro que impeça o sistema de funcionar convenientemente, fica este obrigado a alertar a fiscalização, para em conjunto com o projectista, encontrar uma solução. Se durante os ensaios ou no prazo de garantia se notarem ruídos ou interferências estranhas ao perfeito funcionamento do equipamento instalado, o Adjudicatário obriga-se a eliminar aqueles sem qualquer encargo para o Dono da Obra. Antes da entrada em funcionamento da Instalação, o Adjudicatário obriga-se a assegurar a completa limpeza do interior das condutas e tubagens.

Agosto de 2010 _______________________________________

Sérgio Prata Monteiro, Eng.º O.E.: 60456

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Redes Prediais de Abastecimento de Água

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REDE DE ÁGUAS FRIA E QUENTE CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS

1. OBJECTIVO Esta Especificação tem por objectivo definir as características principais a satisfazer pelos equipamentos e materiais a utilizar nas instalações de água fria e quente, assim como as normas de procedimento adequadas à execução das redes de instalações, sem prejuízo das disposições regulamentares em vigor. As redes devem respeitar as disposições do Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e de Drenagem de Águas Residuais e Prediais de Distribuição de Água. O Projecto de Execução aqui apresentado, formalizado por todas as peças desenhadas e peças escritas, deverá ser interpretado como um todo. Não podendo, portanto, serem consideradas omissões em casos de situações desenhadas e não escritas, bem como em situações inversas, escritas e não desenhadas. Os erros ou omissões do projecto devem ser comunicados à fiscalização antes do início dos trabalhos, não se aceitando reclamações posteriores. Fazem parte integrante do presente Caderno de Encargos / Condições Técnicas todos os fornecimentos, trabalhos e o seu modo de execução, descritos nas listas de preços e peças desenhadas, que o empreiteiro se obriga a cumprir na íntegra. O empreiteiro deverá inteirar-se no local da obra e junto da fiscalização do volume e natureza dos trabalhos a executar, porquanto não serão atendidas quaisquer reclamações baseadas no desconhecimento da falta de previsão dos mesmos. Dever-se-á ainda contar com a execução dos trabalhos e fornecimentos, que, embora não explicitamente descritos neste Caderno de Encargos, sejam necessários ao bom acabamento da obra. Os materiais para os quais existam já especificações oficiais deverão satisfazer taxativamente ao que nelas é fixado. O Empreiteiro, quando autorizado pela Fiscalização, poderá empregar materiais diferentes dos inicialmente previstos, se a solidez, estabilidade, duração, conservação e aspecto da obra, não forem prejudicados e não houver aumento de preço da empreitada. O Empreiteiro obriga-se a apresentar previamente à aprovação da Fiscalização amostras dos materiais a empregar acompanhados dos certificados de origem, ou da análise ou ensaios feitos em laboratórios oficiais, sempre que a Fiscalização o julgue necessário, os quais depois de aprovados servirão de padrão. Os trabalhos que constituem a presente empreitada deverão ser executados com toda a solidez e perfeição e de acordo com as melhores regras da arte de construir. Entre diversos processos de construção, que porventura possam ser aplicados, deve ser sempre escolhido aquele que conduz a maior garantia de duração e acabamento. Serão da responsabilidade do Empreiteiro todos os desenhos complementares do Projecto, necessários à preparação da Obra e execução dos trabalhos, que terão de ser presentes à Fiscalização para aprovação. Todos os fornecimentos a efectuar referenciados por medições encontram-se cingidos a uma posterior adaptação em obra, sem que por isso advenham custos adicionais para o Dono da Obra. Todas as cotas do Projecto serão verificadas e corrigidas em Obra pelo Empreiteiro, sendo da sua responsabilidade o fornecimento e colocação de material de dimensões incorrectas ou não compreendidas nas tolerâncias admissíveis. O adjudicatário compromete-se a suportar todos os custos e trabalhos relativos à entrega das telas finais da Obra a que se propôs. Considera-se no entanto que o Dono da Obra se propõe a entregar, quando solicitado pelo Empreiteiro, uma colecção completa dos originais do Projecto em causa. Após a recepção provisória, o adjudicatário entregará duas colecções em papel, bem como uma colecção em suporte informático (CD ou DVD).

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2. GENERALIDADES. As dimensões (diâmetros) e encaminhamento dos tubos são os indicados nas peças desenhadas. Os diâmetros indicados são os nominais. Eventuais alterações ao traçado e diâmetros, não deverão conduzir a velocidades superiores às adoptadas no projecto. Toda a tubagem deverá ser montada e referenciada de maneira a permitir a sua identificação sem risco de engano tanto aquando da montagem como também em trabalhos de modificação e reparação. Para tal deverá ser seguida a Norma Portuguesa NP-182 ou outra que venha a ser exigida pela Fiscalização. 3. TUBAGEM As tubagens deverão apresentar marcação onde se identifique o fabricante, o seu diâmetro e espessura nominal, a temperatura máxima de utilização, a pressão máxima de serviço a essa temperatura, o ano de fabrico e a referência ao respectivo documento de homologação. Os tubos não deverão ser dobrados, utilizando-se os acessórios convenientes, tal como para as ligações. 3.1. TUBAGEM EM POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE Trata-se de tubos obtidos por extrusão duma mistura de polietileno de alta densidade e aditivos tais como estabilizantes e agentes de reticulação. Para a sua montagem deverão ser respeitadas as regras de instalação definidas pelo fabricante, sob pena de o seu desrespeito poder conduzir a anomalias no seu funcionamento. Toda a canalização será inserida em manga flexível anelada na cor vermelha para águas quentes e azul para águas frias. Devido ao elevado coeficiente de dilatação térmica linear destes tubos, torna-se indispensável ter, quando da instalação do tubo, os cuidados indispensáveis para que as variações do seu comprimento não afectem o bom funcionamento da canalização. 3.2. TUBAGEM EM AÇO INOX Tubagem de aço inox a utilizar nas redes de abastecimento de águas quentes deverá possuir as características adequadas para o transporte de água potável sob pressão, devendo estar de acordo com as recomendações do LNEC e com disposições preconizadas nas normas NP-513 e ISO1127:1980 ISO7598:1988 e ISO 4144:1979. 3.2. Tubagem de polipropileno. 4. LIGAÇÃO E ACESSÓRIOS As ligações e singularidades na tubagem (quer sejam de ângulo ou não) e os acessórios de tubagem, nomeadamente uniões, uniões de redução, tês, joelhos, curvas, etc., deverão ser conforme recomendação ISO/R49 e sempre que possível por rosca gás obedecendo às prescrições da Norma Portuguesa NP-45 equivalente às recomendações ISO/R7. Admitir-se-á, em casos justificados tal como a ligação a aparelhos e excepcionalmente para facilitar a montagem e desmontagem de um troço, ligações feitas por flanges roscadas de acordo com a mesma Norma. Os materiais de vedação a utilizar nas ligações roscadas serão de preferência em fita de teflon ou equivalente, podendo contudo aceitar-se outros tipos de vedação desde que sejam inertes e não tóxicos. Não se admite que na sua vedação se utilize linho e alvaiade.

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5. JUNTAS E VEDAÇÃO Os materiais de vedação a utilizar nas ligações roscadas serão de preferência em fita de teflon ou equivalente, podendo contudo aceitar-se outros tipos de vedação desde que sejam inertes e não tóxicos. Não se admite que na sua vedação se utilize linho e alvaiade. Nas ligações flangeadas as juntas de vedação deverão obedecer dimensionalmente às prescrições das Normas DIN 2690, 2691 e 2692, tendo em atenção as flanges a que se apliquem. Qualitativamente as juntas a utilizar poderão ser de qualquer um dos tipos que a seguir se especificam:

Junta plana, de borracha natural sem alma, preta ou vermelha com 1,5 mm de espessura.

Junta plana de couro, ebonite ou fibra. 6. ENSAIO DE PRESSÃO HIDROSTÁTICA As redes devem ser submetidas a um ensaio de pressão hidrostática para verificação da resistência das suas partes componentes e vedação das suas ligações definitivas após a montagem de todos os componentes das redes, com excepção daqueles que possam ser danificados ou que não permitam o excedente de pressão de sobre o ensaio sobre a de serviço (válvulas de redução, válvulas de segurança, indicadores de pressão com escala inferior à pressão de ensaio, etc.). Os componentes que não forem sujeitos a um ensaio hidrostático deverão ser substituídos por troços de tubagem com ligações idênticas às daqueles. As pressões de ensaio hidrostático e as condições gerais de ensaio, obedecerão às prescrições da Norma DIN 2401 ou equivalente. As pressões de ensaio serão obtidas por intermédio de bomba manual ou eléctrica equipada com manómetro devidamente aferido. A duração do ensaio será estabelecida de acordo com as facilidades de inspecção no local e em nenhum caso será inferior a 1/2 hora. 7. TRAVESSIAS Em cada travessia de parede, pavimento, tecto, etc., deverá prever-se uma bainha metálica de um diâmetro superior ao do tubo. As bainhas deverão ser devidamente chumbadas e saírem 2 cm dos tectos e 3 cm dos pavimentos no máximo. 8. SUPORTES E FIXAÇÕES Os apoios das tubagens deverão ser construídos em perfis de ferro dimensionados para resistir às cargas que irão suportar. As suspensões da tubagem deverão ser em varão de aço roscado, com diâmetro de acordo com a carga a suspender, terminando superiormente ou por uma noz encastrada no betão ou por uma rosca macho chumbadouro metálico com rosca fêmea do tipo expansível ou equivalente e inferiormente por uma braçadeira simples ou múltipla, em chapa de aço macio com as seguintes dimensões mínimas de:

Largura 30 mm Espessura 5 mm

sendo as dimensões máximas função do peso a suportar. Para a suspensão de mais um tubo, também poderá usar-se um trapézio em cantoneira ou viga T. O afastamento dos tirantes do trapézio não deverá ser superior a 120 cm aproximadamente. O assentamento de cada tubo far-se-á por intermédio de uma bainha semi-cilindríca de 15 cm de comprimento mínimo e de espessura não inferior aos 3 mm a fim de que a carga fique distribuída. Os espaçamentos entre suspensões indicados no Quadro I representam os limites máximos das distâncias de montagem.

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QUADRO I DISTÂNCIAS MÁXIMAS ENTRE SUPORTES

PARA TUBAGEM EM PLÁSTICO

Diâmetro Nominal (mm)

Tubo não isolado (m)

15 1.0

20 1.3

25 1.7

32 2.0

40 2.2

50 2.6

65 3.1

80 3.5

Os suportes que constituem pontos de fixação deverão ser dispostos de maneira a resistir aos esforços sem permitir o deslizamento dos tubos, sendo a fixação dos mesmos realizada por braçadeiras lisas ou por meio de travamento. Estes suportes deverão também estar solidamente fixos nos seus pontos de apoio. No caso de se utilizarem suportes múltiplos cada tubagem deverá ser fixada individualmente a fim de permitir a sua desmontagem sem interferir nos tubos adjacentes. As tubagens não deverão ser consideradas como possíveis suportes, não sendo permitido prender um tubo ao outro, qualquer que seja o sistema de ligação. Não será permitida a furação de partes metálicas da estrutura do edifício para a fixação de suportes. As partes em contacto dos suportes e das tubagens deverão ser pintadas antes da colocação e assentamento. Os suportes deverão ser criteriosamente colocados e espaçados para que a deformação das tubagens em serviço ou aquando dos ensaios não produza tensões inadmissíveis nos tubos, nem crie declives contrários não só ao escoamento dos fluidos como também à evacuação de possível ar existente nas tubagens de líquidos. 9.VÁLVULAS Todas as válvulas deverão poder suportar pressões de serviço não inferiores à PN10 e obedecerão às prescrições da Norma Portuguesa NP-45. O calibre das válvulas de comando manual será igual ao da tubagem em que ficarem montadas. As ligações das válvulas à tubagem serão feitas por rosca gás até ao diâmetro de 50mm inclusivé e por flanges para diâmetros superiores. Todas as válvulas e acessórios a montar serão da melhor qualidade, sujeitos à aprovação da Fiscalização da obra, com as características a seguir indicadas:

Tipo globo com o corpo, sede e obturador em bronze até 3" de diâmetro;

Tipo cunha com o corpo, sede e obturador em bronze a partir de 3" de diâmetro. O Empreiteiro deverá ainda juntar nas propostas todos os elementos que julgue necessários para uma boa apreciação técnica das válvulas propostas, nomeadamente:

Fabricante;

Tipo e dimensões;

Pressão nominal e máxima de serviço;

Furação das flanges ou rosca;

Peso;

Materiais constituintes;

Esquema de protecção anti-corrosiva;

Descrição das disposições funcionais de comando manual. 9.1 VÁLVULAS DE CUNHA Terão um corpo em bronze titulado (BS 1400), corrediças monobloco e anéis de obturação também em bronze.

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Haste em latão de alta resistência; Volante em duro alumínio injectado, especialmente concebido para uma perfeita manipulação; Serão submetidas a duplo ensaio hidráulico:

De resistência as pressões de serviço, são as que se deduzem para cada caso ou as indicadas nas peças escritas ou desenhadas do projecto. As pressões de ensaio são 1,5 vezes as pressões de serviço;

De estanquidade, com válvula na posição fechada, nas condições mais desfavoráveis de serviço (pressão e temperatura de fluído).

As ligações serão feitas por rosca, de acordo com as normas BS, até ao diâmetro 2½" e por flanges a partir do diâmetro 3"; Ao dono de obra assiste-lhe o direito de poder rejeitar qualquer válvula que não satisfaça as condições anteriormente enunciadas. Estas válvulas poderão instaladas em caixas de alvenaria no pavimento com tampas em chapa xadrez metalizada. 9.2 VÁLVULAS DE GLOBO

Terão corpo, sede, "castelo" e obturador em bronze ou latão, com anilhas de fibra substituíveis e ligações por rosca até ∅

2½" e por flanges a partir de ∅ 3"; Devem ser montadas de tal modo que o fluído tende a elevar o disco e a haste; Sempre que os restantes elementos de projecto o indiquem, a extremidade da haste poderá terminar num formato afilado em vez de possuir o disco obturador. Neste caso tomarão o nome de válvulas de agulha; No interior das instalações sanitárias possuirão manípulos iguais aos dos terminais dos aparelhos sanitários; Serão submetidas a um duplo ensaio hidráulico:

De resistência mecânica, com válvulas em posição aberta, sob uma pressão correspondente à pressão máxima de serviço majorada de 50%;

De estanquidade, com válvula na posição fechada, nas condições mais desfavoráveis de serviço (pressão e temperatura de fluído).

Terão a haste de manobra em latão de alta resistência e volante duro-alumínio injectado. O obturador deverá estar equipado com disco substituível de sola ou borracha. 9.3 VÁLVULAS DE MACHO ESFÉRICO As válvulas de macho esférico a utilizar serão de qualidade reconhecida com ligações por rosca até ao diâmetro 2½" e por flanges a partir de 3"; Terão corpo, sede e esfera obturadora em latão cromado e manípulo de comando em aço convenientemente tratado e revestido.

9.4 VÁLVULAS DE RETENÇÃO Terão o corpo em bronze, obturador guiado e sede e obturador também em bronze. As válvulas de retenção são geralmente instaladas nas canalizações de elevação. Quando da paragem das bombas, as válvulas retêm automaticamente a coluna da água contida na tubagem de elevação; Devem ser de construção robusta, e são constituídas por:

Um corpo munido de duas tubagens com flanges;

Um obturador, um batente ou um pistão que, sob a acção do seu peso ou por efeito duma mola se aplica sobre a respectiva sede obturando assim uma das duas tubagens e assegurando a estanquicidade. E a pressão da água que a afasta da sede provocando assim a abertura da válvula.

As válvulas de retenção serão, em geral, colocadas à saída das bombas, entre estas e as válvulas de seccionamento. Esta disposição facilita a sua visita e a sua manutenção; No caso da válvula ser instalada numa canalização vertical, o sentido de escoamento deve ser de baixo para cima;

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Todas as válvulas serão submetidas antes da instalação a um duplo ensaio hidráulico:

De resistência mecânica, com o aparelho em posição aberta, sob uma pressão correspondente à pressão máxima de serviço majorada de 50%;

De estanquidade, com válvula na posição fechada, sob uma pressão igual à pressão máxima de serviço admitida para estes aparelhos.

As válvulas de retenção poderão ser de três tipos:

Tipo Batente;

Tipo H;

Tipo Pistão; Certas válvulas de retenção, conforme indicações do projecto, deverão ser munidas de bypass; O seu papel é:

Quando da colocação em serviço da canalização, para enchimento da parte a jusante da válvula;

Em caso de necessidade, para purga da parte jusante da conduta. Estas válvulas poderão ser em ferro fundido ou em bronze. A junta da base da tampa será em amianto grafitado. Os parafusos e porcas de ligação serão em aço.

9.5 VÁLVULAS DE PESCA

Serão colocadas na extremidade dos tubos de aspiração e serão montadas na posição horizontal. Estas válvulas serão de qualidade superior, comportando um filtro de rede tubular de fabrico corrente em chapa de aço galvanizado ou cobre e uma válvula de retenção que retém a coluna de água existente no tubo de aspiração evitando assim que as bombas desferrem aquando da paragem desta, sendo o corpo da válvula e a sede em ferro fundido ou em bronze. 9.6 VÁLVULAS DE FLUTUADOR Deverão ser constituídas pelos seguintes componentes fundamentais:

Um corpo, em ferro fundido ou noutro material resistente a corrosão, munido duma tubagem de entrada flangeada e duma tubagem de descarga provida de uma sede;

Um chapéu, no qual está encaixada uma camisa em liga de cobre cujo papel é guiar um pistão;

Um mecanismo móvel, constituído por uma placa circular móvel que assenta sobre a sede do corpo e um pistão de igual secção deslizando na camisa do chapéu;

Uma alavanca, com uma união articulada ao eixo do mecanismo móvel. Dispõe na sua extremidade livre, dum flutuador e dum contrapeso. A pressão de água exerce-se respectivamente e ao mesmo tempo sobre a placa circular móvel e sobre o pistão. O mecanismo móvel é assim submetido a duas forças opostas e iguais. Forma-se um obturador equilibrado.

Conforme a sua implantação nos reservatórios, as válvulas de flutuador poderão ser de dois tipos:

Tipo 1 – A válvula é colocada no alto do reservatório, acima da superfície livre da água. O flutuador de forma esférica, será fixado directamente sobre a alavanca;

Tipo 2 – A válvula é colocada na parte inferior do reservatório, ficando imersa. O flutuador, de forma cilíndrica, será ligado a alavanca por uma cadeia.

As válvulas de flutuador poderão ser submetidas a um duplo ensaio hidráulico:

De resistência mecânica, com o aparelho na posição de abertura, sob uma pressão superior a 16 bars ou a 1,5 vezes a pressão máxima de serviço, no caso desta última hipótese ser mais desfavorável;

De estanqueidade, com os aparelhos na posição de fecho sob uma pressão igual à pressão máxima de serviço com um mínimo de 10 bars.

Antes de se proceder a montagem da válvula de flutuador, é necessário satisfazer as seguintes condições:

Proceder a uma limpeza cuidada da canalização de abastecimento para evitar a introdução de corpos estranhos susceptíveis de desregular ou bloquear o aparelho. Recomenda-se a colocação dum filtro tubular a montante da válvula;

Certificar que a flange da canalização sobre a qual vai montada a válvula de flutuador está correctamente furada e orientada, solidamente fixada e situada num plano perfeitamente vertical.

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9.7. VÁLVULAS REDUTORAS DE PRESSÃO

O dispositivo regulador a instalar deve fixar o limite máximo de pressão, reduzindo a pressão de entrada sempre que esta seja superior a esse limite; Deverá no entanto possibilitar a livre passagem da água sempre que a pressão seja inferior ao máximo admissível; Disporão dos seguintes componentes fundamentais:

Uma mola sensível em aço inox, para controlo exacto da pressão e com um grande campo de ajustamento;

Um diafragma de membrana elástica, resistente às temperaturas elevadas, para utilização em redes de água fria ou de água quente;

Uma sede de níquel, substituível, altamente resistente à acção abrasiva de matéria estranha arenosa;

Um disco, que acompanha o movimento do diafragma e da mola aplicando-se sobre a sede de níquel por onde passa a água e regulando, assim, a pressão;

Um filtro de aço inox incorporado no corpo da própria válvula, ou fornecido conjuntamente, de fácil remoção para limpeza;

Um corpo totalmente em bronze, contendo os dispositivos fundamentais enunciados nos pontos precedentes. A válvula deve ser mantida na posição aberta, em que a tensão da mola flecte o diafragma e, por isso, mantém o disco desencostado da sede. Depois da instalação, a água de abastecimento escoa-se livremente através da válvula enchendo o seu interior até que a pressão de abastecimento atinja um valor que produzirá uma força no diafragma maior do que a exercida pela mola em sentido contrário, originando assim a subida do disco que se aplicará intimamente contra a sede; Qualquer subsequente demanda do abastecimento causará uma queda de pressão sob o diafragma que possibilitará a abertura da válvula e a consequente entrada de água, numa situação de queda de pressão do abastecimento, abaixo do valor correspondente à abertura da válvula, o diafragma flectirá para baixo, abrindo a válvula e assegurando a livre passagem da água para jusante; As válvulas de redução de pressão instaladas serão do tipo "A. DESBORDES", "WATTS", ou de outra marca de qualidade superior, com os diâmetros indicados nos elementos de projecto; O adjudicatário apresentará ao representante do dono de obra catálogos, com todas as características técnicas das válvulas redutores de pressão a instalar. 9.8. TORNEIRAS DE LAVAGEM As torneiras de lavagem a implantar serão em latão cromado, com racord roscado para ligação de mangueira e chave de segredo; No caso das torneiras de lavagem a prever no interior das instalações sanitárias serão do tipo e de modelo idêntico ao das torneiras definidas na arquitectura; A escolha do modelo a aplicar está sujeita a aprovação por parte do dono de obra ou de um seu representante. 9.9. TORNEIRAS DE SERVIÇO As torneiras a utilizar deverão ser em latão estampado com acabamento cromado, tipo coluna, com fixação de espelho ao aparelho, referencias nos manípulos (azul para água fria e encarnado para água quente). 9.10. VÁLVULAS DE ESQUADRO Serão em latão estampado com acabamento cromado e espelho de fixação à parede.

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9.11. MISTURADORAS As misturadoras para lava-loiças serão em latão estampado com acabamento cromado, de bica alta móvel e fixação à parede. 10. PROTECÇÃO DA TUBAGEM Todas as tubagens deverão ser inicialmente limpas de todas as sujidades, principalmente óleos e gorduras. Nas tubagens metálicas será feita uma protecção contra a corrosão por meio de aplicação de uma demão de primário anti-corrosivo à razão de 0,3 kg/m2. Cada demão de tinta só deverá ser aplicada depois da demão anterior estar completamente seca. Nunca se deverão pintar superfícies húmidas ou molhadas ou que estejam a uma temperatura superior a 50°C. A primeira demão consistirá na aplicação de primário anti-corrosivo à razão de 0,3 kg/m2, seguida de duas demãos de uma tinta esmalte na cor indicada pelas Normas Portuguesas NP-182. A tubagem instalada em roço levará também este tipo de pintura anti-corrosiva. 11. ISOLAMENTO TÉRMICO Todas as tubagens em roço da rede de água quente deverão ser isoladas térmicamente através de material à base de polietileno expandido ou lã mineral, sob a forma de manga, coquilhas ou fita auto-adesiva. 12. CONDIÇÕES DE FORNECIMENTO E MONTAGEM As instalações serão executadas de acordo com as melhores regras da técnica da especialidade, utilizando-se materiais da melhor qualidade. Certos detalhes, eventualmente omitidos nos diversos documentos técnicos, sendo implícitos estarem dentro do âmbito do trabalho do empreiteiro, não darão por esse facto lugar a qualquer alteração do preço que venha a ser acordado. Os fornecimentos e montagens englobam os seguintes materiais e equipamentos e serviços:

Tubagem em PVC.

Tubagem e acessórios em PVC, bronze e latão cromado.

Ligações ao esgoto, suportes e pinturas caso necessário.

Válvulas de seccionamento.

Válvulas de passagem, torneiras, torneiras misturadoras, autoclismos e respectivos conjuntos metálicos necessários à sua montagem.

Suportes de base para as tubagens e andaimes para colocação das redes e equipamentos.

Pintura das redes caso sejam instaladas á vista, devendo ainda ser identificadas na sua totalidade, ou na modalidade de anéis, de acordo com a Norma Portguesa NP-182.

Assentamento de louças sanitárias com todos os acessórios descritos no projecto.

Ligação à rede de abastecimento de água.

Energia eléctrica necessária para os trabalhos de montagem e ensaios de instalações. Água da rede necessária para trabalho de montagem e ensaio das instalações.

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Drenagem de Águas Residuais e Pluviais

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REDE DE ESGOTOS DOMÉSTICOS E PLUVIAIS CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS

1. REDE DE ESGOTOS INTERIORES

1.1. OBJECTIVO presente especificação destina-se a estabelecer as condições a que devem satisfazer os trabalhos de execução das redes de esgotos sem prejuízo das disposições do Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e de Drenagem de Águas Residuais e Prediais de Distribuição de Água.

1.2. MATERIAIS A UTILIZAR Para a execução das tubagens das redes de esgotos deverão ser utilizados os materiais que a seguir se indicam :

2.1 Tubagem de PVC rígido da classe de pressão 0.4, com juntas autoblocantes por anel de neoprene e anilha de estanquidade em ramais de descarga em geral e tubos de queda para águas pluviais e residuais. 2.2 Tubagem de PVC rígido da classe de pressão 0.2, com juntas autoblocantes por anel de neoprene e anilha de estanquidade nas redes de ventilação secundária. 2.3 Tubagem de PVC rígido da classe de pressão 0.6, com juntas autoblocantes por anel de neoprene e anilha de estanquidade em rede de colectores enterrados, quer no interior, quer no exterior.

1.3. QUALIDADE DOS MATERIAIS Deverão ainda obedecer a todas as indicações indicadas pelo fabricante as quais estarão necessariamente de acordo com as recomendações do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, contidas nos respectivos documentos de homologação. Nas tubagens deverá estar inscrita a sua marca, diâmetro nominal e classe de pressão. Em todos os elementos do traçado serão utilizados os calibres indicados nos desenhos de projecto. 1.4. DIMENSÕES A UTILIZAR Em todos os elementos do traçado serão utilizados os calibres indicados nos desenhos de projecto. 1.5. ASSENTAMENTO DAS TUBAGENS 1.5.1. TUBAGENS ELEVADAS Na execução de todos os trabalhos deverão ser cumpridas com rigor as instruções do fabricante das tubagens. A fixação das tubagens à estrutura será obtida por meio de abraçadeiras com interposição de material isolante anti-vibratório.

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Chama-se especialmente à atenção para que não se admite o aquecimento do material de PVC por maçaricos de chama directa ou quaisquer ferramentas previamente aquecidas. Todas as confluências ou mudanças de direcção serão executadas por meio de forquilhas de 45 e nunca pela simples aplicação de tês. Deverão ser colocadas bocas de limpeza em todos os pontos necessários e segundo as disposições regulamentares, de modo a permitir a limpeza eficiente de todos os troços das tubagens. Em todos os atravessamentos estruturais as tubagens deverão ser envolvidas por material isolante, evitando o contacto directo e ao mesmo tempo permitindo o movimento das tubagens devido às dilatações. Após a execução de todas as tubagens deverá ser efectuado um ensaio de pressão interior de acordo com a especificação E-100 (1962) do L.N.E.C.

1.5.2. TUBAGENS ENTERRADAS As tubagens que constituem os ramais, serão assentes em vala aberta para o efeito, com a largura suficiente para a execução dos trabalhos, tendo em atenção as profundidades a atingir. A soleira da vala será recoberta com uma camada de 0,20m de areia devidamente compactada. As tubagens deverão apoiar-se sobre o fundo da vala em todo o seu comprimento e o seu encaixe deverá fazer-se e de forma a que cada troço compreendido entre caixas de ligação consecutivas, fique perfeitamente rectilíneo. Cada troço só poderá ser aterrado depois do dono da obra o ter inspeccionado e autorizado a reposição de terras. Os troços entre caixas de ligação deverão ser ensaiados mediante o seu enchimento com água, até à altura permitida pelas caixas, para verificação do comportamento das juntas. O aterro das valas será executado por camadas de 0,20 m de espessura, de terra cirandada, devidamente compactadas com maços de cunha, de forma a acompanhar todo o perímetro exterior da conduta e cobrir esta espessura de 0,20 m, contada a partir da geratriz mais alta do extradorso. O aterro da parte superior das valas será feito por camadas de espessura não superior a 0,30 m devidamente compactadas com maços mecânicos. A profundidade mínima a que as condutas enterradas deverão ser assentes, medida entre o seu extradorso e o pavimento ou o terreno natural, deverá ser:

Em condutas assentes no interior do edifício: A profundidade será tal que a altura da caixa de visita mais a montante (por conseguinte a mais baixa) seja de pelo menos 0.30m.

Em condutas assentes no exterior dos edifícios ou em locais onde circulem viaturas: A profundidade deverá ser a mínima exigida pelo Regulamento Geral.

1.6. CAIXAS DE VISITA 1.6.1. CAIXAS EM ALVENARIA Estas caixas serão executadas de acordo com os desenhos do projecto, em alvenaria hidráulica de tijolo, assente com argamassa de cimento e areia ao traço 1:3 com acabamento afagado, devendo nas soleiras em massame de betão ser construídas caleiras de concordância de modo a guiar o escoamento do líquido. As tampas serão em ferro fundido ou em betão armado de 300 kg de cimento por metro cúbico, ficando em ambos os casos à superfície. Nos casos em que se localizem no interior serão metálicas com um acabamento superficial igual ao dos pavimentos envolventes e deverão possuir uma vedação hidráulica no sentido de evitar a difusão de maus cheiros. Os enchimentos necessários à execução das caleiras, serão feitos com betão do mesmo tipo das soleiras, devendo os dois centímetros superiores serem de argamassa de 600 kg/m3, com a qual serão rebocadas todas as superfícies interiores das caixas.

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1.7. PROFUNDIDADE DAS CONDUTAS A profundidade mínima a que as condutas enterradas deverão ser assentes, medida entre o seu extradorso e o pavimento ou o terreno natural, deverá ser:

Em condutas assentes no interior do edifício: A profundidade será tal que a altura da caixa de visita mais a montante (por conseguinte a mais baixa) seja de pelo menos 0.30m.

Em condutas assentes no exterior dos edifícios ou em locais onde circulem viaturas: A profundidade deverá ser a mínima exigida pelo Regulamento Geral das Canalizações de Esgoto, ou seja de 1.40m.

1.8. CONDIÇÕES DE FORNECIMENTO E MONTAGEM As instalações serão executadas de acordo com as melhores regras da técnica da especialidade, utilizando-se materiais da melhor qualidade. Certos detalhes, eventualmente omitidos nos diversos documentos técnicos, sendo implícitos estarem dentro do âmbito do trabalho do empreiteiro, não darão por esse facto lugar a qualquer alteração do preço que venha a ser acordado. Os fornecimentos e montagens englobam os seguintes materiais e equipamentos e serviços:

Tubagem em PVC.

Tubagem e acessórios em PVC, bronze e latão cromado.

Pintura das redes caso sejam instaladas á vista, devendo ainda ser identificadas na sua totalidade, ou na modalidade de

anéis, de acordo com a Norma Portuguesa NP-182.

Execução das caixas de visita.

Ligação à rede de drenagem de esgotos.

Energia eléctrica necessária para os trabalhos de montagem e ensaios de instalações.

Água da rede necessária para trabalhos de montagem e ensaio das instalações.

2. MOVIMENTO DE TERRAS NA EXECUÇÃO DE REDES PREDIAIS 2.1 ESCAVAÇÕES DE TERRAS EM ABERTURA DE VALAS E POÇOS.

a) Estão previstos neste ponto todos os trabalhos que compreendem as escavações que forem necessárias para as valas

e poços a abrir, destinados às redes previstas, levadas às cotas previstas no projecto se outras não forem especificadas pela fiscalização.

b) Os trabalhos iniciar-se-ão pela implantação dos eixos gerais e dos eixos de cada elemento, assim como das respectivas dimensões quando for o caso;

c) Antes da execução de quaisquer trabalhos de abertura de valas, o empreiteiro deverá proceder, à sua custa, à marcação do respectivo traçado, após o que a fiscalização verificará se esta operação foi executada de acordo com o projecto aprovado;

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d) A escolha do processo de desmonte do terreno e sua remoção que vier a ser utilizado ficará ao arbítrio do empreiteiro, ficando no entanto assente que não devem ser postas em risco eventuais infra-estruturas existentes no subsolo, cujo conhecimento se considera obrigação do empreiteiro, e cujo funcionamento será por este assegurado durante a sua realização dos trabalhos. Eventuais danos provocados nas infra-estruturas existentes são da absoluta responsabilidade do Empreiteiro;

e) A menos que esteja previsto nas quantidades de trabalho como tarefa específica, consideram-se englobados na escavação constantes da proposta do empreiteiro, todos os eventuais encargos acessórios como sejam os referentes a sondagens, escoramentos, entivações e rebaixamento do nível freático;

f) Não será de atender qualquer reclamação ou proposta de alteração do preço baseada no facto da natureza do terreno

ser diferente da suposta pelo adjudicatário para a elaboração da proposta, ou na necessidade de esgotamento das águas, seja qual for a proveniência destas, trabalhos que serão da sua inteira responsabilidade. Também será aplicado o mesmo regime a quaisquer entivações que sejam executadas por iniciativa do adjudicatário ou por determinação da fiscalização;

g) Os trabalhos serão medidos e pagos por metro cúbico de terreno escavado, sem considerar qualquer empolamento. A

referida medição será avaliada pelo volume geométrico de escavação realmente executada. h) Quando a natureza das terras exigir entivação será o valor das mesmas considerado entrando na medição com um

volume de terras dado por uma secção trapezoidal com a base inferior igual à largura do maciço de fundação e a supracitada, resultando de taludes com 1.00m de altura para 0.70m de base.

i) Para consideração do estabelecido no ponto 1.4., torna-se necessário que a fiscalização concorde com a necessidade

de fazer as entivações e que estas sejam realmente feitas. j) Nas baldeações, aterros e transportes referidos nos pontos 2, 3 e 4, serão sempre considerados os volumes realmente

escavados, não tendo portanto aplicação o ponto 1.4.

2.2. REMOÇÃO À PÁ DE TERRAS ESCAVADAS

a) O trabalho compreende a remoção para a superfície do terreno das terras escavadas conforme especifica o ponto anterior.

b) As profundidades das valas deverão ser as necessárias para dar cumprimento ao respectivo projecto;

c) As larguras das valas, L, deverão considerar-se as seguintes:

L = 0,50m + diâmetro exterior da tubagem, para profundidades superiores a 2,00 m;

L = (0,50m + diâmetro exterior da tubagem) + n x 0,05, sendo n o número de acréscimos de profundidade além dos 2,00 m e considerando-se com “acréscimo” cada valor de 0,50m.

d) Na remoção das terras escavadas será considerado o empolamento de 10%, não sendo de atender qualquer

reclamação baseada no facto da natureza do terreno conduzir a empolamentos superiores à percentagem fixada.

e) O trabalho será pago e medido por metro cúbico de terras removidas, sendo considerada a medição das terras realmente escavadas aumentada de 10%.

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2.3. ATERRO REGADO E BATIDO A MAÇO a) O trabalho consiste no aterro das valas e poços para as redes de abastecimento de água e drenagem de esgotos

domésticos e pluviais.

b) Não será de atender qualquer reclamação ou proposta de alteração de preço baseada no facto da natureza do terreno ser diferente da suposta pelo adjudicatário para a elaboração da sua proposta.

c) O trabalho será pago e medido por metro cúbico de terras colocadas em aterro, sem considerar a redução do volume

devida à compactação, sendo a medição avaliada pelo volume geométrico do aterro, ou, o que é o mesmo, pelo volume de escavação como é especificado no ponto 1, deduzido do volume ocupado pelas condutas, caixas de visita e inspecção, ou outros dispositivos das redes utilizados na sua execução, desde a cota inferior da mesma até à cota da superfície do terreno quando da escavação da vala ou poço.

d) Os aterros serão efectuados por camadas de 0,20m de espessura devidamente compactadas, com produtos provenientes das escavações desde que isentos de matéria vegetal e pedras com dimensões superiores a 0,10m;

e) A compactação das valas deve ser feita por meios mecânicos e deverá ser acompanhada por rega em conformidade;

f) As valas deverão apresentar os fundos desempenados e os lados sem blocos salientes que prejudiquem a montagem de tubagens;

g) Quando nas medições e nas quantidades de trabalho for admitido o emprego de terra cirandada na protecção das canalizações, esta poderá ser obtida a partir dos produtos da escavação, convenientemente cirandada com malha inferior a 1,5 cm;

h) A protecção de tubagens com areia, saibro ou terra cirandada, inclui a execução de uma almofada de assentamento com 0,10m de espessura, para além da protecção com 0,20 m acima do extradorso das tubagens, após compactação;

2.4. CARGA, TRANSPORTE E DESCARGA DE TERRAS EM DEPÓSITO ATÉ DISTÂNCIA MÉDIA DE 100 METROS. a) O trabalho compreende o transporte de terras escavadas, seja qual for a sua proveniência, para depósito, incluindo as

operações de carga e descarga.

b) O transporte dos produtos escavados far-se-á pelo processo que mais convenha ao adjudicatário, sem prejuízo de outros trabalhos em curso, já realizados ou cuja realização se preveja.

c) O trabalho será medido e pago pelo metro cúbico de terra efectivamente transportado, considerando o empolamento de 10% sobre a medição geométrica, isto é, corresponderá à diferença entre o volume de escavação (ponto1) afectado de um coeficiente de 10% correspondente ao empolamento, e o volume de aterro (ponto3).

d) Será da conta do empreiteiro o fornecimento das terras que faltarem e a remoção das sobrantes para local conveniente, a indicar pela Fiscalização. Os materiais transportados a vazadouro serão obrigatoriamente espalhados.

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3. ABERTURA DAS TRINCHEIRAS PARA CANALIZAÇÕES a) A programação dos trabalhos deve ser feita de modo a que a abertura de valas prossiga em ritmo compatível com o

assentamento e ensaio dos tubos. Caso a obra tenha de ser interrompida por muito tempo, não se deverão deixar abertas as valas em grandes extensões.

b) A operação de abertura de valas será executada com os meios propostos pelo empreiteiro e aceites pela fiscalização,

de natureza adequada ao objectivo e ao tipo de solo. c) A utilização de explosivos estará condicionada pela legislação em vigor.

d) Nos trabalhos de abertura de valas deve o empreiteiro actuar de modo a não danificar quaisquer estruturas, instalações ou canalizações existentes, e a preservar o acesso às propriedades, ao longo das ruas ou estradas.

e) O empreiteiro executará, por sua conta, todos os trabalhos de entivação das paredes das valas que tiver de abrir,

sempre que se manifestem necessários, sendo o único responsável pelas ocorrências que resultem da falta ou deficiência na execução destes trabalhos. Na escolha do tipo de entivação deve atender-se à natureza e constituição do solo, profundidade de escavação, grau de humidade e sobrecargas. As entivações deverão obedecer ao Regulamento de Segurança no Trabalho da Construção Civil (Decreto-Lei nº 41821 de 11 de Agosto de 1958).

f) O empreiteiro será responsável por todos os desastres que possam ocorrer.

g) Sempre que os trabalhos de abertura das valas ou assentamento e construção das caixas e colectores não possam ser

conduzidos por forma a assegurar o livre escoamento das águas que porventura existam, o adjudicatário terá de proceder à sua custa a todos os trabalhos de esgoto por bombagem e condução para local donde não possa retornar, devendo o empreiteiro dispor do equipamento necessário.

h) Os materiais resultantes da escavação devem dispor-se apenas num dos lados da vala, de modo a deixar livre uma

faixa de pelo menos 0,60m e a não formar um depósito tal, que ponha em perigo a estabilidade da vala. Recomenda-se que as terras retiradas sejam colocadas a uma distância à das margens da trincheira, superior à profundidade desta com o mínimo de 0.60m.

i) Os materiais aproveitáveis provenientes do levantamento de pavimentos, devem ser arrumados para uso posterior na

reposição dos mesmos pavimentos. j) As valas serão abertas de acordo com a implantação feita e serão levadas à profundidade indicada no projecto, tendo

em conta os perfis tipo. k) Se levar as escavações para além das dimensões nele fixadas, será responsável pelos prejuízos que daí resultem para

os proprietários confinantes, competindo-lhe então executar à sua custa, os aterros necessários para dar ás trincheiras as dimensões do projecto, quando esse trabalho lhe for determinado.

l) O fundo será regularizado cuidadosamente, por forma a ficar sem covas nem ressaltos, de modo a dar um apoio

perfeito e contínuo aos colectores. O adjudicatário deverá ainda remover quaisquer pedras ou porções de terra dos taludes das trincheiras que fiquem abalados, ameaçando desabar, sem direito a qualquer indemnização.

m) Quando o fundo de uma vala encontrar alvenaria ou rocha, aprofundar-se-á a vala de 0.20m, altura essa que será

preenchida com areia ou saibro bem apiloado com maço de peso não inferior a 20Kg.

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n) Após perfeita regularização do fundo da vala de acordo com o número anterior, espalhar-se-á uma camada de saibro

convenientemente desterroado com a espessura uniforme mínima de 0.25m, que constituirá uma almofada na qual se assentarão os colectores previstos.

o) Se se verificar que o terreno no fundo da vala não tem firmeza suficiente para o assentamento dos colectores, a vala será aprofundada até se encontrar terreno firme, preenchendo-se este aprofundamento com saibro bem compactado.

p) Se a escavação for levada a maior profundidade que a requerida por defeito de execução será cheia com betão igual ao

previsto para o restante sem direito a qualquer indemnização. q) A abertura de valas deverá ser executada com a largura que permita um espaço livre de cada lado do tubo de 0.30m,

para tubos com diâmetro menor que 1,0m e um espaço de 0.70m para tubos de diâmetro maior que 1,0m. r) As valas para fundações terão a largura mínima de 0.70m e considera-se como profundidade normal 1.50m se outra

coisa não for indicada no projecto. s) Antes do preenchimento do fundo das valas com saibro, estas devem ser aprovadas pela fiscalização. t) A sinalização dos trabalhos deverá merecer toda a atenção. Ela deverá ser clara e bem visível, tanto de dia como de

noite, devendo por isso todos os elementos utilizados na sinalização e balizagem ser providos de elementos reflectores e iluminados durante a noite.

u) A sinalização dos trabalhos deverá merecer toda a atenção. Ela deverá ser clara e bem visível, tanto de dia como de

noite, devendo por isso todos os elementos utilizados na sinalização e balizagem ser providos de elementos reflectores e iluminados durante a noite entendendo-se que o adjudicatário se inteirou devidamente antes do concurso das condições do trabalho que se propunha executar.

4. ENCHIMENTO DE VALAS PARA CANALIZAÇÕES

a) As valas deverão ter a menor largura possível e deverão evitar-se todos os desmoronamentos para o que devem ser

entivadas desde o princípio.

b) O enchimento das valas só será executado mediante autorização da fiscalização e após se terem feito os ensaios por ela considerados necessários.

c) À medida que os colectores vão sendo executados e aprovados pela fiscalização, ataca-se o espaço entre estes e as

paredes da vala, com terra limpa, isenta de pedras de dimensão superior a 2 cm, para isso cirandada se necessário, que será regada e comprimida de modo que não fiquem vazios na camada envolvente do colector. Este envolvimento abrangerá a parte superior dos colectores ou manilhas, de modo que a espessura da camada acima de geratriz mais elevada seja (extradorso da canalização), pelo menos de 0.20m e será efectuada logo que forem assentes e aprovadas pela fiscalização as canalizações. A compactação da primeira camada acima do extradorso da canalização deve ser feita partindo dos lados para o centro. A compactação uniforme e cuidadosa, será feita de preferência com maço de madeira.

d) A restante altura de aterro será feita por camadas não superiores a 0.10m, 0.15m ou 0.25m respectivamente para

maços de madeira, de ferro, rãs ou equipamento mecânico semelhante, bem apiloadas e regadas, devendo ficar com uma compactação no mínimo idêntica à das camadas confinantes com a vala aberta. O recalque das terras não deverá no entanto transmitir às canalizações pressões superiores às que elas suportam com segurança.

e) A humidade das terras de aterro deve ter sempre aproximadamente a mesma dos terrenos laterais.

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f) As canalizações para abastecimento de água serão assentes sobre almofada de areia.

g) A baridade do aterro deve ser de pelo menos 100% da do terreno virgem circundante. h) Serão de conta do empreiteiro todos os trabalhos de enxugo das valas ou do terreno que se tornem necessários. i) Os pavimentos, bermas e valetas serão repostos nas condições em que se encontravam antes do início dos trabalhos.

5. TUBOS DE PVC

Só poderão ser empregues os tubos de plástico de PVC para canalizações que obedeçam a todas as normas e especificações existentes e se encontrem homologados pelo L.N.E.C. Os ensaios de recepção e assentamento serão efectuados de acordo com os respectivos documentos de homologação.

5.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS a) Os tubos serão obtidos por extrusão a temperatura conveniente, duma mistura de policloreto de vinílo, designado

correntemente pela sigla PVC, com aditivos, estabilizantes, pigmentos e sem plastificante.

b) Os tubos devem ter cor uniforme, a superfície exterior e interior lisas e não devem apresentar bolhas, fissuras, cavidades ou outras irregularidades no seio da sua massa.

c) Os tubos devem ter cor uniforme, cinzenta. d) Os tubos devem ter 3 ou 6 metros de comprimento. As tolerâncias destas dimensões são de - 0.5% e +1% do

comprimento nominal.

e) Os tubos devem ter inscrito indelevelmente e de modo bem visível, de 3 em 3m:

A marca do fabricante.

As letras PVC indicativas de “polietileno” de massa volúmica baixa.

O numero que exprime em milímetros o diâmetro exterior nominal.

A indicação da série a que pertence ou a classe de pressão conforme se destina a canalizações de esgoto ou de água potável.

f) O fornecimento deve ser dividido em lotes de tubos com o comprimento total de 750m a 2000m se o diâmetro nominal exterior for inferior a 63mm, ou de 250m a 750m se o diâmetro nominal exterior for igual ou superior a 63mm. Do mesmo lote só podem fazer parte tubos que sejam da mesma marca e classe de pressão. São lotes simples os lotes de tubo de um só diâmetro. São lotes mistos os lotes de tubos de comprimento total insuficiente para formar lotes simples.

g) No mesmo lote misto não devem, porém, entrar tubos de diâmetro inferior a 63mm conjuntamente com tubos de diâmetro igual ou superior a 63mm. Quando o fornecimento for insuficiente para constituir ao menos um lote (tal como foi definido), pode o comprador ou a fiscalização considerá-lo, apesar disso, como de um lote se tratasse.

h) A colheita de amostras é feita no local da entrega do fornecimento, e a ela poderá assistir um representante do

fornecedor. De cada lote colhe-se uma amostra constituída por um tubo inteiro com 3 ou 6 metros de comprimento. Se for exigida a verificação da resistência ao choque a 0ºC, a amostra deve ser constituída por mais dois tubos inteiros com 3 metros de comprimento ou um tubo inteiro com 6 metros de comprimento. Se for exigido o ensaio de uniões, colhe-se do fornecimento, por cada tipo, uma união do maior dos diâmetros escolhidos para ensaio de tubos. Esta união deverá ser montada nas mesmas condições em que será utilizada, devendo cada um dos troços de tubo a ela ligados ter 0.30m de comprimento. A amostra deve possuir a marcação referida em 4 e ser identificada em correspondência com o lote de onde foi colhida.

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i) As características a verificar por ensaios em laboratório oficial são: Resistência à pressão interior dos tubos, por meio de ensaio de curta duração, a 20ºC. Estabilidade das dimensões, resistência ao choque a 0ºC, resistência à acetona e resistência ao ácido sulfúrico

quando tal for expressamente exigido pelo comprador ou pela fiscalização. Resistência das uniões, quando tal for expressamente exigido pelo comprador ou pela fiscalização.

j) A aceitação de um lote de tubos implica que se dê a sua aceitação relativamente a todas as características verificadas

numa inspecção de carácter geral ou por ensaios laboratoriais.

5.2. CLASSE DE PRESSÃO a) Os tubos são classificados, em função da pressão adoptada para o seu dimensionamento, numa das seguintes

classes de pressão normal: 0.25, 0.4, 0.6, 1.0

b) A classe dos tubos a adoptar será indicada no projecto ou fixada pela fiscalização em face das condições de montagem e de utilização das canalizações. Não devem, todavia, ser utilizados tubos de classe inferior à classe 4 em canalizações de água permanentemente sob pressão.

c) Pressão nominal de um tubo é a mais alta pressão que o tubo pode suportar, sem deformações permanentes, em

serviço contínuo a 20ºC, devendo, no entanto, resistir a sobpressões de curta duração (veja-se norma NP-253)

5.3. DIMENSÕES No quadro I indicam-se os valores mínimos e máximos do diâmetro exterior e de espessura para várias classes de pressão: 5.3.1. DIÂMETRO

a) Os diâmetros exteriores mínimos, “d”, dos tubos, expressos em milímetros, são os seguintes:

12, 16, 20, 25, 32, 40, 50, 63, 75, 90 110, 125, 140, 160, 180, 200

b) As variações do diâmetro exterior não devem exceder 0,2mm + 0,03d. Em cada secção transversal dos tubos o

diâmetro exterior é a média de dois diâmetros ortogonais entre si.

c) Para efeito de verificação de dimensões, em cada secção transversal o diâmetro exterior é a média de dois diâmetros perpendiculares entre si, e a espessura deve ser verificada nos quatro extremos dos diâmetros considerados. Uma e outra determinação são feitas com a aproximação de 0.1mm.

5.3.2. ESPESSURA

a) A espessura mínima, “e”, da parede dos tubos é dada pela expressão:

ep d

g p2 '

Sendo:

e - A espessura mínima da parede, expressa em milímetros. p - A pressão nominal, expressa em quilogramas-força por centímetro quadrado. d - O diâmetro exterior mínimo, expresso em milímetros. g’ - A tensão de segurança do material que constitui os tubos, a 20ºC, para a qual se adopta o valor de 2.5MPa.

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b) As variações da espessura não devem exceder 0,2mm + 0,1e. c) Em cada secção transversal dos tubos a espessura da parede deve ser vitrificada em quatro pontos equidistantes.

QUADRO I

DIÂMETRO ESPESSURA (mm)

EXTERIOR (mm) CLASSE 0.25 CLASSE 0.4 CLASSE 0.6 CLASSE 1.0

Min. Max. Min. Max. Min. Max. Min. Max. Min. Max.

12.0 16.0 20.0 25.0 32.0 40.0 50.0 63.0 75.0 90.0 110.0 125.0 140.0 160.0 180.0 200.0

12.6 16.7 20.8 26.0 33.2 41.4 51.7 65.1 77.4 92.9 113.5 129.0 144.4 165.0 185.6 206.2

- - -

1.6 1.6 1.9 2.4 3.0 3.6 4.3 5.2 6.0 6.7 7.6 8.6 9.5

- - -

2.0 2.0 2.3 2.8 3.5 4.2 4.9 5.9 6.8 7.6 8.6 9.7 10.7

- 1.6 1.6 1.9 2.4 3.0 3.7 4.7 5.6 6.7 8.1 9.3 - - - -

- 2.0 2.0 2.3 2.8 3.5 4.3 5.4 6.4 7.6 9.1 10.4

- - - -

1.6 1.7 2.1 2.7 3.4 4.3 5.4 6.8 8.0 9.6 - - - - - -

2.0 2.1 2.5 3.2 3.9 4.9 6.1 7.7 9.0 10.8

- - - - - -

2.0 2.7 3.3 4.2 5.3 6.7 8.3 - - - - - - - - -

2.4 3.2 3.8 4.8 6.0 7.6 9.3 - - - - - - - - -

5.4. Características a controlar por ensaios 5.4.1 – ÍNDICE DE FUSIBILIDADE O material que constitui os tubos deve ser tal que o índice de fusibilidade, determinado como se indica na NP-558 não exceda 2,5. 5.4.2 - RESISTÊNCIA À PRESSÃO INFERIOR. Resistência dos tubos

a) Pressão de rotura:

A pressão de rotura a 10 minutos, P10, determinada como se indica na norma P-692, não deve ser inferior ao valor indicado no quadro II. Aos tubos de classe 2,5 não é exigida uma pressão de rotura mínima. Como se refere na secção 3, os tubos desta classe não devem ser utilizados em canalizações de água permanentemente sob pressão.

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QUADRO II

TAXA DE DECRÉSCIMO PRESSÃO MÍNIMA DE ROTURA P10 (MPa)

(K/Percentagem) CLASSE 0.4 CLASSE 0.6 CLASSE 1.0

10 1.35 2.00 3.35

11 1.45 2.15 3.60

b) Tensão de rotura: A tensão de rotura reduzida, determinada como se indica na NP-692, não deve ser inferior a 2.5MPa se a taxa de decréscimo não exceder 10% e não deve ser inferior a 2.7MPa se a taxa de decréscimo for de 11%. c) Taxa de decréscimo: A taxa de decréscimo da pressão de rotura dos tubos, determinada como se indica na NP-692, não deve exceder 11%. d) Dispersão: A dispersão, determinada como se indica na NP-692, não deve ser superior a 0.1MPa.

Resistência das uniões

a) As uniões devem suportar durante 10 minutos, sem perda de estanquidade nem rotura, pressão igual ao triplo da pressão nominal dos tubos.

6. CÂMARAS DE VISITA E INSPECÇÃO

a) As câmaras de visita e inspecção obedecerão ao disposto no Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e de Drenagem de Águas Residuais e Prediais de Distribuição de Água (artigos 155 a 160), aprovado pelo Decreto-Regulamentar nº 23/95 de 23 de Agosto, e aos documentos normativos NP-881 (Câmaras de Visita - características), NP-882 (Elementos pré-fabricados para Câmaras de Visita - características e recepção) e NP-883 (Degraus de Câmaras - características e montagem.

b) A profundidade será a indicada nas peças desenhadas.

c) As câmaras de visita e inspecção serão implantadas nos locais fixados no projecto, de acordo com as disposições e

dimensões nele estabelecidas.

d) As caixas de visita quadradas serão construídas com paredes em alvenaria de blocos de cimento, cobertura e laje de fundo em betão armado.

e) As câmaras de visita serão construídas em elementos circulares de betão, com base de apoio em betão.

f) As caixas de visita e inspecção serão executadas de acordo com os desenhos de pormenor respectivos, com paredes

em alvenaria de tijolo com argamassa de cimento e areia ao traço 1:5 ou em betão de 250kg de cimento por metro cúbico.

g) O fundo nunca poderá ter uma espessura inferior a 0.20m e será executado em betão de 300kg de cimento por metro

cúbico, sendo construídas caleiras de ligação entre os colectores de entrada e saída, com uma altura igual ao diâmetro interior do colector de saída.

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h) As paredes interiores e fundo serão rebocados com argamassa de cimento e areia ao traço 1:5, incluindo impermeabilizante homologado pelo LNEC.

i) Até à geratriz superior da manilha mais baixa a parede da caixa de inspecção será executada em alvenaria de pedra, podendo ser a parte superior de betão de 300Kg, pré-fabricado com espessura nunca inferior a 0.08m. As juntas das peças pré-fabricadas serão executadas por forma a garantir a estanquidade total da caixa.

j) Se nada especificar em contrário, serão adoptadas as seguintes dimensões:

Profundidade até 1.00m

Dimensão interior 0.80 0.80m Parede de tijolo 1 1/2 vez.

Profundidade de 1.00 a 3.00m Diâmetro interior de 1.00m Paredes em betão simples com 0.10m de espessura

Profundidade superior a 3.00m Diâmetro interior de 1.20m

Paredes em betão armado de 0.15m de espessura, com malha 6mm afast. de 0.15m.

i) Todas as caixas serão acessíveis, devendo ter degraus de ferro de 25mm de diâmetro, afastados de 0.30m e com largura mínima de 0.30m. Os degraus deverão ser protegidos contra a corrosão por metalização.

j) As tampas das caixas de visita e inspecção serão metálicas ou de betão armado ( 10mm afast. 0.10m), providas de argolas ou outros dispositivos para a sua fácil remoção. As tampas serão assentes por forma a ficarem bem ajustadas e vedadas.

k) Quando estabelecidas em faixas de rodagem, as tampas serão sempre metálicas com características próprias para

arruamentos. l) As paredes interiores e fundo das caixas serão completamente ceresitadas com argamassa de cimento e areia ao traço

1:3 com aditivo hidrófugo, queimado à colher e com a espessura total de cerca de 2cm; m) As paredes exteriores serão pintadas com emulsão betuminosa com duas demãos cruzadas (2Kg/m2) após

refechamento das juntas; n) A Fiscalização poderá autorizar a alteração dos materiais que constituem o seu corpo cumprindo-se no entanto as

seguintes espessuras mínimas:

betão moldado no local: 12cm

alvenaria de tijolo : 1 ½ vez

pré-fabricados : 10cm

o) O fundo da caixa levará as convenientes meias-canas para perfeita condução do efluente em todo o percurso percorrido no interior das caixas;

p) O espaço compreendido entre a soleira e geratriz superior do colector situado à cota mais elevada será preenchido com

betão moldado no local com caimento mínimo de 20% no sentido da meia-cana; q) Nos casos em que a profundidade é superior a 1,0m serão instalados degraus de acesso em varão de aço plastificado; r) As tampas a utilizar nas câmaras de visita serão em ferro fundido com vedação hidráulica, diâmetro de 0,60m,

normalizadas NP EN 124, da classe de resistência conforme o local onde se aplicam, C250 nos pisos de estacionamento e D400 nos cais de carga e descarga;

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s) As tampas a utilizar nas caixas de visita serão quadradas, em ferro fundido, com as dimensões de 0,50x0,50m com

vedação hidráulica serem rebaixadas de forma a receberem o mesmo acabamento do pavimento onde estão inseridas;

t) O seu custo incluirá todo e qualquer trabalho acessório; u) Em tudo o omisso serão cumpridas as disposições referidas na NP 881, NP 882 e NP 883 (1971).

7. LIGAÇÃO AOS COLECTORES EXISTENTES

a) As ligações serão feitas de acordo com as indicações do projecto, devendo garantir-se a sua perfeita estanquidade, além de se evitarem quaisquer obstruções ou estrangulamentos nas secções interiores dos colectores.

b) Quando as ligações não forem especificadas no projecto e em especial nas ligações de tubos ou manilhas a colectores, as inserções, sujeitas a aprovação da fiscalização deverão fazer-se de acordo com o estipulado no Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e de Drenagem de Águas Residuais e Prediais de Distribuição de Água, aprovado pelo Decreto-Regulamentar nº 23/95 de 23 de Agosto.

c) O empreiteiro não terá o direito a qualquer indemnização se tiverem de ser alteradas as ligações previstas. Fica

entendido que o empreiteiro se informou da situação das diferentes instalações subterrâneas das companhias concessionárias, já existentes, e que executará por sua conta todos os trabalhos que possam resultar da sujeição a essas instalações.

8. ASSENTAMENTO DE COLECTORES DE ESGOTO

a) O assentamento ou construção de colectores não podem ser iniciados antes da vala ser aprovada pela fiscalização. b) Deve, em todos os casos, ser assegurado um perfeito escoamento hidráulico durante a construção. c) O assentamento dos tubos será feito de jusante para montante e, no caso de tubos com campânula, com esta para

montante. Os tubos deverão apoiar-se sobre o fundo da vala em todo o seu comprimento e o seu encaixe deverá fazer-se sem os forçar e de forma que cada troço compreendido entre câmaras de visita fique perfeitamente rectilíneo e respeite os declives e cotas indicadas no projecto.

d) O assentamento dos tubos deve fazer-se com o fundo da vala postos a seco. e) No assentamento de colectores de manilhas todos os tubos serão analisados antes do assentamento, para

impossibilitar a utilização de tubos defeituosos. Os tubos serão ajustados nos topos, sendo estes ligados com argamassa de cimento ao traço 500Kg de cimento para 1m3 de areia, e as juntas assim constituídas, vedadas por corda ou estopa de linho embebido em calda de cimento, por forma a garantir a estanquidade necessária. Evitar-se-á a formação de rebarbas de argamassa na parte interior do colector pelos processos que a fiscalização indicar.

f) Os colectores de betão terão a forma, dimensões e características nas peças desenhadas e ou escritas do projecto. Se

nos referidos elementos não for exigido doseamento mais elevado, ou determinada classe de betão os colectores serão executados com betão de 300Kg de cimento por m3 de inertes.

g) As superfícies terão de ser perfeitamente desempenadas e as interiores convenientemente alisadas e isentas de

quaisquer irregularidades e defeitos que possam prejudicar o bom funcionamento ou a conservação da obra. h) Os colectores de alvenaria terão a forma e dimensões indicadas nos desenhos e serão de alvenaria com argamassa

hidráulica ao traço de 250Kg de cimento para 1m3 de areia.

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i) Serão interior e exteriormente, no extradorso da abóbada, rebocados com argamassa hidráulica ao traço de 600Kg de

cimento para 1m3 de areia. j) Deverá evitar-se que o mesmo tubo se apoie directamente em terrenos de natureza variável. k) Quando o terreno, pela sua natureza, não assegure as necessárias condições de estabilidade dos tubos e respectivos

acessórios, terá então de ser previamente consolidado, por processo a aprovar pela fiscalização. l) Se o fundo da vala for constituído por terreno rochoso, ou nele existam alvenarias velhas, será nele aberta uma caixa a

toda a largura da vala e com profundidade de 0.10m a 0.15m, a qual se encherá com betão magro, areia ou terra solta isenta de pedras devidamente regada e batida a maço, que constituirá o berço para assentamento da canalização. Se os solos de fundo da vala tiverem pouca consistência, os tubos assentarão sobre berço de betão magro ou areia com 0.20m a 0.25m de espessura. Em casos extremos de terrenos muito moles, o leito será de betão magro ou areia com 0.10m a 0.15m de espessura, assente sobre caixa de betão simples ou armado com mínimo de 0.10m de espessura apoiada em terreno compactado ou estacas.

m) A vala será então aprofundada de uma altura igual à espessura dessa camada de apoio, e na extensão em que ela

exista, por forma que a profundidade a que as canalizações devem ficar enterradas, não sofra redução. n) A colocação das tubagens no fundo das trincheiras, será feita por forma que cada trainel fique perfeitamente rectilíneo,

não sendo permitido o emprego de calços ou cunhas de qualquer material duro no seu assentamento. o) A descida às trincheiras de quaisquer tubos ou peças acessórias, deverá ser sempre precedida de uma cuidadosa

inspecção, a fim de se verificar se possuem qualquer defeito, e bem assim se têm as dimensões, com as tolerâncias para mais ou para menos, permitidas neste caderno de encargos.

p) As canalizações de secção circular, serão assentes (tubos e juntas), por forma que fiquem perfeitamente apoiadas em

todo o seu comprimento, e completamente assentes, no quadrante inferior da sua periferia, ou seja até uma altura dada pela fórmula h=0.15D, em que D é o diâmetro exterior da canalização a assentar.

q) Tendo em vista a estanquidade e a continuidade da superfície interior, a execução das juntas deve ser objecto de

particular cuidado. No caso de tubos com campânula, a junta será constituída por corda alcatroada formando anel em torno da extremidade do fuste, completando-se com argamassamento envolvente (argamassa de cimento e areia ao traço 1:1), no caso dos tubos sem campânula, os tipos de junta adoptados serão aplicados de acordo com as instruções do fabricante.

r) As ligações aos colectores já existentes, de novos colectores ou ramais de diâmetro igual ou superior a 150mm, devem

fazer-se em câmaras de visita: Se a câmara já existir, executa-se na sua parede um abertura de forma apropriada e com as dimensões mínimas

para se poder adaptar o novo tubo, e na soleira executa-se uma caleira para ligar o novo tubo com o colector existente: o ângulo de convergência das duas direcções de escoamento nas caleiras deve ser o menor possível e nunca superior a 45º. à volta do novo colector deve betonar-se, contra a parede da câmara, um anel de espessura não inferior a 0.15m em qualquer direcção, procurando garantir a estanquidade das ligações e não deixar saliências na face interior da câmara.

Se não existir câmara de visita no local de ligação, recomenda-se aproveitar, para construi-la, o troço de colector existente que vai ficar dentro da câmara, para formar a caleira de escoamento do esgoto da primeira rede: para isso, executa-se a soleira, e quebra-se com o máximo cuidado, a meia-cana superior daquele troço, evitando a queda de fragmentos para o interior. Para a execução da soleira, se for arriscado deixar em falso o colector existente, deve escavar-se somente de um lado até ao eixo do colector, betonar-se e depois proceder-se do mesmo modo em relação ao outro lado, deve assegurar-se boa ligação de betão das duas metades.

s) A ligação de ramais de diâmetro inferior a 150mm, pode ser directa, excepto se as direcções do ramal e do colector a que aquele se vai ligar fizerem ângulo superior a 45º, caso em que é necessário alterar a direcção do ramal antes da

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junção, ou construir uma caixa de ligação de modo que, dentro dela, o ângulo das direcções de escoamento não exceda aquele valor: na ligação directa pratica-se na parede do colector existente uma abertura com a forma apropriada e as dimensões mínimas para se poder adaptar o novo colector ou ramal, e procede-se como antes foi indicado para a ligação em câmara de visita, pode também fazer-se ligação por forquilha.

t) Para evitar a interrupção do escoamento dos esgotos no colector existente, deve fazer-se a ligação acima do leito deste colector. É recomendável executar um ensoleiramento de betão bem compactado que dê apoio ao colector existente e ao novo colector ou ramal na zona de junção efectuada.

u) A concordância dos traineis dos colectores, far-se-á por intermédio das caleiras de secção semi-circular, moldadas nas soleiras das câmaras de inspecção e queda.

v) Quando os eixos dos colectores, tiverem alinhamentos diferentes, a caleira de concordância será circular e tangente aos

eixos dos colectores, junto das paredes das câmaras de inspecção ou queda. w) Deverá haver especial cuidado, por forma que, entre cada duas câmaras de inspecção ou queda consecutivas não haja

mais de um trainel nem mais de um alinhamento rectilíneo. x) Os trabalhos de assentamento de colectores de esgotos estão regulados pela NP-893 - Rede de Esgoto. Construção e

Conservação. y) Os colectores serão submetidos, depois de assentes, aos ensaios previstos no Regulamento Geral dos Sistemas

Públicos e de Drenagem de Águas Residuais e Prediais de Distribuição de Água, aprovado pelo Decreto-Regulamentar nº 23/95 de 23 de Agosto. Os ensaios serão realizados por troços compreendidos entre câmaras de visita, com as juntas postas a descoberto, de acordo com a NP-894.

9. ELEMENTOS PRÉ-FABRICADOS PARA CÂMARAS DE VISITA 9.1. TEXTURA 9.1.1. As superfícies de fractura, devem apresentar cor uniforme acinzentada, massa compacta, ausência de corpos

estranhos e revelar o emprego de brita de boa qualidade e areia lavada. 9.2. FORMA E DIMENSÕES 9.2.1. Anéis

a) Os elementos destinados ao corpo das câmaras de visita, são anéis com 0.45m de altura, diâmetro especificado no projecto e 0.10m de espessura. No caso de terem entalhes para facilitar a montagem, o valor indicado refere-se à dimensão útil.

b) Os anéis devem ter furação para os degraus.

c) Poder-se-ão empregar anéis de altura superior à indicada, mas só depois de prévia autorização da

fiscalização. 9.2.2. Elementos de cobertura

a) Estes elementos são troncos de cone simétricos ou assimétricos, providos de gola cilíndrica para assentamento do aro da tampa.

b) Devem ter entalhes na base para facilitar a montagem, caso os anéis também os possuam.

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9.3. RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DIAMETRAL

a) A força de rotura mínima por compressão diametral dos anéis deve ser de 3200Kgf / m para anéis de 1.00m de diâmetro interior e 2700Kgf / m para anéis de 1.25m de diâmetro interior.

9.4. DOCUMENTOS NORMATIVOS

a) Aplica-se a norma portuguesa NP-882 (Elementos pré-fabricados para câmaras de visita. características e recepção).

10. ENSAIOS DOS COLECTORES, CÂMARAS DE VISITA E SARJETAS

a) Sempre solicitado pela fiscalização, para verificação da vedação das juntas dos colectores, serão estes e bem assim os seus acessórios, sujeitos a provas fixadas no artigo 269º do Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e de Drenagem de Águas Residuais e Prediais de Distribuição de Água, aprovado pelo Decreto-Regulamentar nº 23/95 de 23 de Agosto.

b) Todos os defeitos ou deficiências serão verificadas, quer na execução nas juntas das canalizações, quer na dos seus acessórios serão imediatamente remediadas pelo adjudicatário.

11. DEPÓSITO DE MATERIAIS

a) O adjudicatário deverá ter sempre em depósito as quantidades de materiais necessários para garantir a laboração normal dos trabalhos durante um período não inferior a quinze dias.

b) Os materiais deverão ser arrumados em lotes de maneira a que se distingam facilmente.

c) Existirá um registo de todos os materiais entrados na obra em que conste a natureza, características e

quantidades dos materiais que constituem cada lote, bem como o resultado das análises ou ensaios que sobre eles tenham incidido, e as peças da construção em que se pretenda aplicá-los.

d) Cada lançamento desse registo será submetido ao visto da fiscalização.

12. PRESCRIÇÕES COMUNS A TODOS OS MATERIAIS E SUA VERIFICAÇÃO

a) O adjudicatário obriga-se a apresentar com a antecedência mínima de quinze dias antes do seu emprego, amostras de todos os materiais ou produtos que se propuser aplicar na obra, as quais, quando aprovadas, servirão de padrão.

b) Os materiais a empregar na obra serão submetidos aos ensaios e análises que a fiscalização julgar necessários para o perfeito conhecimento das suas propriedades e que serão realizados segundo os preceitos regulamentares em vigor, ou segundo as normas adoptadas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil, ou ainda conforme as prescrições indicadas no caderno de encargos.

c) Os materiais em que por simples exame ou em face do resultado dos ensaios ou análises, não satisfizerem as

condições exigidas, serão rejeitados.

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d) O facto da fiscalização permitir o emprego de qualquer material não isenta o adjudicatário da responsabilidade sobre a maneira como ele se comportar no local em que for aplicado.

e) A substituição dos materiais aprovados e recebidos por outros que não o tenham sido, será punida, mandando a fiscalização retirar pela forma que entender os materiais não aprovados, pagando inclusivamente renda de armazenagem ou devolvendo à proveniência, tudo por conta do adjudicatário, sendo de exclusiva responsabilidade deste a eventual deterioração ou extravio desses materiais.

f) Sempre que a fiscalização julgar conveniente para a garantia da boa execução dos trabalhos, indicará quais

as provas a que deverão ser sujeitos esses materiais depois de aplicados ou os respectivos elementos da construção.

g) Estas provas serão de acordo com os preceitos regulamentares ou com aquelas prescrições que, fixadas ou

não pelo caderno de encargos, permitam estabelecer valores comparativos da perfeita execução da obra adjudicada.

h) São sempre da conta do adjudicatário, mesmo que as Normas Portuguesas especifiquem o contrário, os

ensaios que se tornem necessários efectuar até à aprovação dos materiais a empregar e os ensaios destinados a, durante e após a execução dos trabalhos, verificar se os materiais e os equipamentos empregues pelo adjudicatário, e a construção satisfazem às condições do caderno de encargos.

13.REMOÇÃO DOS MATERIAIS REJEITADOS

a) Os materiais rejeitados por não satisfazerem as condições exigidas, deverão ser removidos pelo adjudicatário, para fora do local dos trabalhos, no prazo máximo de 48 horas após a rejeição.

b) Se o adjudicatário não cumprir a determinação anterior, a fiscalização procederá à remoção, sendo as despesas por conta do adjudicatário.

14.SIFÕES DE GARRAFA

a) Os sifões de garrafa serão em latão cromado, de 1 1/4", completos, com válvula de aperto por porca, incluindo ainda pitão, corrente e tampão (válvula de esgoto).

15.ASSENTAMENTO DE LOUÇAS SANITÁRIAS

a) Todas as louças sanitárias serão assentes completas com todos os acessórios cromados descritos e ainda

parafusos, emboques e demais acessórios inerentes a uma perfeita montagem.

16. SIFÕES DE PAVIMENTO

a) Os sifões de pavimento serão em PVC rígido;

b) As tampas serão em aço inox e de roscar;

c) As tampas serão perfuradas quando aplicadas em ralos de pavimento;

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d) A união ao ramal de descarga será feita por abocardamento ou com anel de borracha do tipo "O'RING";

e) Deverão apresentar-se novas e com a face visível ausente de riscos.

f) Deverá o adjudicatário apresentar especificações técnicas, bem como documentos de homologação de material, para uma apreciação técnica da proposta;

17.GRELHAS DE PAVIMENTO INTERIORES

a) As grelhas de pavimento serão em aço inox e de geometria definida pelo projecto ou na sua omissão pela

Fiscalização;

b) Os canais de drenagem devem ser executados na camada de forma dos pavimentos;

18.CANAIS E SUMIDOUROS DE DRENAGEM EXTERIORES

a) Os canais e sumidouros de drenagem serão de PP injectado, ou em betão polímero, com as dimensões definas em

projecto e com a classe de resistência adequada às solicitações a que está sujeito;

b) O sistema é um conjunto completo incluindo canal, grelha, sumidouro, tampões terminais, acessórios de união, saída e fundação;

c) A superfície da caleira não deverá apresentar rugosidades nem irregularidades devendo o fundo ter a forma de meia

cana; d) As caleiras serão envolvidas em betão C20/25 com 0,20m de espessura mínima incluindo armaduras S400; e) As grelhas serão em ferro fundido, da classe de resistência de acordo com o local de implantação, dotada de sistema de

fixação adequado; f) A caleira incluirá em cada ponto de saída um sumidouro dotado de cesto de retenção de lixo em ferro galvanizado,

podendo o ramal de saída ser dotado ou não de sifão conforme definido nas peças desenhadas; g) O custo apresentado incluirá todos os acessórios do sistema, caleira, grelha, fixação da grelha, cone metálico ou

sumidouro com cesto conforme o caso, fundação e todos trabalhos necessários; h) A escolha do tipo de sistema (caleira, grelha etc.) a aplicar está sujeita à aprovação do Dono de Obra ou seu

representante devendo para isso o adjudicatário apresentar as respectivas especificações técnicas e amostras.

19.ABERTURA E TAPAMENTO DE ROÇOS

a) Os trabalhos iniciar-se-ão pela marcação dos eixos gerais e dos eixos de cada elemento constituintes das redes hidráulicas;

b) Antes da execução de quaisquer trabalhos de abertura e tapamento de valas, o empreiteiro deverá proceder, à sua custa, à marcação do respectivo traçado, após o que a fiscalização verificará se esta operação foi executada de acordo com o projecto aprovado;

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c) Considera-se a abertura de roços em qualquer tipo de superfícies;

d) A abertura de roços em elementos estruturais deve ser evitada. Sempre que haja necessidade de abertura de roços em

elementos estruturais estes deverão efectuar-se com a autorização prévia da Fiscalização; e) O tapamento de roços deverá ser efectuado com argamassa de cimento e areia.