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Director: José Luís Araújo | N.º 253 | 15 de Agosto de 2015 | Preço 2,00 Euros | www.gazetarural.com Festas a gosto

Gazeta Rural nº 253

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O mês de Agosto é de festa um pouco por todo o lado. A Feira de S. Mateus, em Viseu; as Festas de S. Bernardo, em Sátão; as Festas do Município em Penalva do Castelo; o Cerco de Almeida; a Festa das Colheitas em Vila Verde; Fatacil, em Lagoa, são alguns dos certames com um cartaz de espectáculos apelativo. Nesta edição destaque também para a visita do Secretário de Estado da Agricultura a organizações de produtores na região do Minho; a Feira do Vinho do Dão, o III ‘Encontro com o Vinho e Sabores’, na Bairrada, ou a Vindouro, em São João da Pesqueira. Pode ainda ler outras notícias que marcam a actualidade rural. Boa leitura.

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Director : José Luís Araújo | N.º 253 | 15 de Agosto de 2015 | Preço 2,00 Euros | www.gazetarural .com

Festas a gosto

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Sumário4 Vila Verde na “Na Rota das Colheitas” até Novembro5 “Cerco de Almeida” recria invasões francesas6 Marisco no Largo pelo terceiro ano consecutivo em Setúbal7 Feira do Vinho e um Mercado Rural em destaque nas Festas de Penalva8 Festas de S. Bernardo com cartaz que atrai milhares de pessoas10 Festival das Aves e Natureza volta em Outubro a Vila do Bispo11 Fatacil 2015 sob o lema “o Vinho e a Vinha”12 Secretário de Estado da Agricultura visitou organizações de produtores14 Área de produção de castas nobres dos vinhos do Pico vai duplicar 16 Bairrada promete novidades na III ‘Encontro com o Vinho e Sabores’17 Lagaradas tradicionais e concerto de Rita Guerra são pontos alto da Vindouro 2015

18 Aumento de produção de vinho não afectará os preços 19 Nelas celebra o Vinho do Dão23 Açores não abdicam de envelope financeiro extraordinário da UE 24 Produção de mel cresce em Vila Pouca de Aguiar 25 Autarca de Oliveira do Hospital quer EXPOH de “outra dimensão”27 Feira do Pinhal tornou-se num evento de dinamização socioeconómica da região29 Pêra Rocha vai passar a ser exportada para Colômbia, Costa Rica e México 30 Meio rural reforçado com parceria impulsionada pela ADRITEM33 Florestas precisam de mais tempo que o previsto para recuperar de secas36 Crédito Agrícola lança segunda edição do Concurso de Vinhos38 Chaves recua 2000 anos até à época romana

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A quinta edição do “Na Rota das Colheitas” já arrancou em Vila Verde e vai prolongar-se até Novembro, com um total de 29 iniciativas a desenvolver em 16 freguesias do concelho, anunciou hoje o município.

Mostrar e reviver costumes e tradições do concelho e pro-porcionar aos produtores locais oportunidade de venda do “melhor que a terra dá” são os principais objectivos. O primeiro fim-de-semana foi preenchido com um arraial do melão casca de carvalho.

Uma das principais novidades da edição deste ano da “Rota” é a Festa do Sarrabulho, a 8 e 9 Novembro, na freguesia de Coucieiro. A outra novidade é a extensão da Festa das Colhei-tas para 10 dias (3 a 12 de Outubro), a pedido dos próprios ex-positores, que assim terão mais tempo para escoarem os seus produtos, mas também para fazer crescer o festival gastronó-mico que decorre simultaneamente. “Quatro dias mostravam--se escassos para experimentar todas as especialidades dos restaurantes presentes”, justificou a vereadora Júlia Fernandes.

O mês de agosto será dedicado aos arraiais e práticas agrí-colas e em Setembro os destaques vão para o primeiro aniver-sário do Museu do Linho e para fim-de-semana do Dia Mundial do Turismo (27 de Setembro), que conta com três festas.

Em Novembro, em destaque estará novamente a Gastro-nomia destaca-se entre as temáticas das actividades. “Esta programação atinge vários propósitos, desde a promoção de um ‘modus vivendi’ antigo e que queremos preservar, até à oportunidade gerada para que os produtores possam escoar directamente os seus produtos, nas diversas feiras e festas ao longo destes quatro meses”, referiu o presidente da Câmara, António Vilela. O autarca sublinhou ainda o impulso que estas iniciativas dão à actividade das unidades de alojamento e res-taurantes do concelho.

Com 29 iniciativas em 16 freguesias do concelho

Vila Verde na “Na Rota das Colheitas” até Novembro

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A vila de Almeida vai recuar no tempo até 1810, recriando a III invasão francesa, que entrou em território nacional por Almei-da. Este evento, que tem no rigor histórico um dos aspectos mais relevantes, atrai muitos milhares de visitantes àquela vila da raia.

Assim, de 28 a 30 de Agosto, Almeida transforma-se com a recriação do cerco. É que, à época, a Vila era um sério obstá-culo à progressão dos franceses, pois a sua estrutura era ca-paz de suportar um cerco prolongado. O exército anglo-luso contava com o seu valor defensivo, pelo que a praça recebeu obras, reforços humanos e materiais para ganhar o tempo ne-cessário para preparar as operações de defesa subsequentes, mas uma violentíssima explosão no seu paiol principal, a 26 de Agosto de 1810, levou à sua capitulação.

A autarquia de Almeida, com esta recriação, pretende não só atrair visitantes ao território, mas ao mesmo tempo promove o seu património através da sua animação histórica, que pas-sa não só pela recriação do Cerco, mas pela realização de um mercado oitocentista, exposições, seminário internacional de arquitectura militar, animação musical nocturna, um pacote de animação turístico-cultural único nesta região do interior.

E este é um evento diferenciador, pois não existe mais ne-nhum evento anual oitocentista com a mesma qualidade e ri-gor histórico e com a presença de cerca de 250 recriadores de várias nacionalidades em representação das associações napoleónicas internacionais.

O cenário particular de Almeida, com a sua fortaleza, per-mite transmitir ao público de uma maneira o mais realista pos-sível a forma de combater dos exércitos aliados e napoleóni-cos e a sua vivência quotidiana. Para a criação deste cenário contribui de forma significativa a utilização de pólvora seca, através dos disparos de mosquetes e peças de artilharia (som explosivo e fumo) bem como os ataques de cavalaria, gritos e ordens de comando.

De 28 a 30 de Agosto

“Cerco de Almeida” recria invasões francesasDestaques do programa:

28 de Agosto (sexta-feira)9.30-17.00 horas – Seminário Internacional de Arquitetura Militar – CEAMA10.00 horas – Abertura do mercado oitocentista – visita e participe no mercado, veja os ofícios oitocentistas e participe!19.00 horas – Jogo humano “O cerco de Almeida de 1810” – Forme a sua equipa e seja um soldado atacante francês, ou soldado defensor luso-britânico - junto ao Quartel das Esquadras19.00 horas – Arriar das Bandeiras – Paços dos Concelho22.00 horas – Baile Oitocentista – junto ao Jardim Municipal23.00 horas –Concerto Albaluna00.00 horas - Música pela noite dentro: FanFarra

29 de Agosto (sábado)9.30-10.30 horas – Inauguração da Exposição: Las Fortificaciones Militares de los Inginieros Antonelli com orientação de Carmén Fusté Bigorra 10.00/16.00 horas – Mercado oitocentista 10.00/20.00 horas – Jogo humano “O cerco de Almeida de 1810” 14.15 horas - Verão Total em Almeida – Programa RTP116.00 horas – Visitas guiadas às oficinas do Acampamento Histórico 18.00 horas – Zaragata entre soldados em ambiente de taberna do séc. XVII – Praça da República21.00 horas – Baile Oitocentista – junto ao Jardim Municipal23.00 horas – Batalha nocturna – O trágico episódio de Almeida em 1810: Explosão do Castelo – Fosso das Portas de Santo António23.30 horas – Arruada final no mercado.00.00 horas - Espectáculo piromusical.00.30 horas – Vox Angelis (Ópera Barroca) – escadaria do Quartel das Esquadras1.30 horas – Música pela noite dentro: Banda Índice

30 de Agosto (domingo)10.00 horas – Içar das Bandeiras dos países participantes - Paços do Concelho10.00/19.00 horas – Arruada de boas vindas ao mercado, comeres e beberes nas tabernas, prove e delicie-se! Divirta-se com os episódios burlescos no mercado oitocentista!10.30 horas - Desfile dos recriadores até ao local dos combates 11.00 horas – Combates nas ruas da vila – o assalto a Almeida: inicio Portas de Santo António12.30 horas – Missa solene - Igreja Matriz15.30 horas – “O cerco de Almeida” contado às crianças 16.00 horas – Música do Mercado - Manantial Folk

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Ameijoas, berbigão, camarão, gambas, lagos-ta, sapateira… sem esquecer as incomparáveis ostras da Reserva Natural do Estuário do Sado, são algumas das iguarias que pode encontrar no Festival Gastronómico Marisco no Largo, que pelo terceiro ano consecutivo decorre no Largo José Afonso, Setúbal, até 23 de Agosto.

E como as portas do recinto abrem a partir do final da tarde de cada um dos 11 dias de evento, nada como após uma ida à praia combinar as propostas gastronómicas com a colecção de cervejas artesanais Super Bock Selecção 1927.

Diariamente, das 18 às 24 horas, os menus são assegurados pelos restaurantes Martróia, Os-tras Neptuno, Poço das Fontaínhas, Rius e Solar do Marquês, totalizando mais de oito dezenas de opções, exclusivamente de mariscos, a que acrescem sobremesas. Em atmosfera informal, ideal para partilhar entre família e amigos, a gas-tronomia poderá ser harmonizada com a colec-ção de cervejas artesanais Imperial Stout, Casca-de Blond Lager, Munich Dunkel e Bavaria Weiss.

Para os mais curiosos, Marisco no Largo de-safia chefes de cozinha a transmitir preciosas dicas e truques culinários, que conferem brilho suplementar a receitas de mar. Ao fim de semana haverá sessões de cozinha ao vivo com as parti-cipações de renomados chefes de cozinha.

A programação de Marisco no Largo conta ainda música ao vivo, num evento que conta com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal, é a se-gunda etapa da temporada 2015 dos Encontros de Gastronomia promovidos pela Super Bock e pela EV-Essência do Vinho.

Encontros de Gastronomia são festivais gas-tronómicos de verão organizados pela Super Bock e EV-Essência do Vinho, que harmonizam receituário emblemático de diferentes regiões portuguesas com a colecção de cervejas artesa-nais Super Bock Selecção 1927.

A temporada 2015 iniciou-se em Lisboa, com a segunda edição de Tascas no Cais, seguindo-se a terceira edição de Marisco no Largo, em Setú-bal (13 a 23 de agosto), a estreia de Guimarães nas Artes, em Guimarães (27 de Agosto a 6 de Setembro), e a quarta edição de Francesinha na Baixa, no Porto (3 a 13 de Setembro).

Até 23 de Agosto, no Largo José Afonso

Marisco no Largo pelo terceiro ano consecutivo em Setúbal

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Um Mercado Rural é a novidade no programa das Festas do Município, que terão lugar em Penalva do Castelo de 21 a 25 de Agosto. Este Mercado terá lugar no dia da Feira do Vinho, a 23 de Agosto, e visa ajudar a escoar os produtos agrícolas dos agricultores do concelho.

Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Câmara de Penalva destaca a importância das Festas, numa altura em que muitos penalvenses regressam para gozar umas merecidas fé-rias, com um cartaz atractivo. Francisco Carvalho realça ainda a realização da Feira do Vinho, durante a qual serão entregues as medalhas, duas de ouro e uma de prata, a produtores do concelho premiados no concurso de “La Selezione del Sinda-co”. O autarca salienta ainda os novos projectos agrícolas que se têm instalado no concelho.

Gazeta Rural (GR): O que espera da edição deste ano das Festas do Município?

Francisco Carvalho (FC): Vão ser sensivelmente iguais às de anos anteriores. Em termos de cartaz, destaque para Ruth Marlene, Rebeca, João Claro, a fadista Mara Pedro e para o fe-cho das festas com a Orquestra Flash Show. Penso que é um cartaz que nos dá garantias de atrair público a Penalva.

Depois, à semelhança do ano anterior, iremos realizar a se-gunda edição da Feira do Vinho de Penalva para os produtores locais. Agregado a esse dia, e é a novidade deste ano, vamos ter um Mercado Rural destinado aos outros produtos agríco-las do concelho, como hortícolas, fruta, enchidos e o queijo. Vamos aproveitar já para comercializar uma grande parte de maçã que já em fase de colheita. Depois teremos também os enchidos e os queijos.

A Feira, o ano passado, revelou-se um sucesso e esta tem uma razão acrescida para ainda ficar melhor. Os produtores locais podem participar, pois estão isentos do pagamento de qualquer taxa.

Ainda em relação à Feira do Vinho, vamos ter a entrega das medalhas dos vinhos do concelho premiados no concurso “La Selezione del Sindaco”, que foram galardoados com duas me-dalhas de ouro e uma de prata, bem como o lançamento de um CD por parte de um artista local.

GR: Há um parceiro novo para a realização das Fes-

tas?FC: Sim, é a Associação Castro Pena Alba que será respon-

sável por toda a logística. Os grupos de música tradicional do concelho vão marcar presença em todos os dias das festas.

Há várias exposições, nomeadamente uma exposição de fotografias com conterrâneos nossos que fizeram parte da história do concelho e que estará patente no edifício principal da câmara Municipal. Haverá também uma exposição ligada às férias activas dos jovens das escolas, que estará patente na biblioteca, entre outras, como uma sobre o tema das gráficas manuais.

GR: Como está o sector primário no concelho? Há novos investidores?

Em Penalva do Castelo, de 21 a 25 de Agosto

Feira do Vinho e um Mercado Rural em destaque nas Festas do Município

FC: Houve um aumento de plantação na vinha por parte de novos produtores. Por exemplo na área da maçã não houve al-terações. Houve a plantação de novos pomares, mas outros também abandonaram.

Noutras áreas, destacaria o aumento de área plantada de pequenos frutos, nomeadamente mirtilo, bem como a produ-ção de hortícolas, com a instalação de três estufas no con-celho, com área de produção significativa, duas das quais de jovens agricultores.

GR: E na produção de queijo?FC: Mantem-se a mesma produção. Há um novo produtor

de leite, mas que vende para fora do concelho. Já fiz uma inter-venção no sentido de tentar que venda o leite a um produtor de Penalva do Castelo. Não tenho nada contra as queijarias de fora do concelho, mas se isso acontecer vai potenciar uma queijaria de Penalva do Castelo e aumentar a produção de queijo no concelho.

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No Sátão, de 15 a 20 de Agosto

Festas de S. Bernardo com cartaz que atrai milhares de pessoas

O Sátão vai estar com muita animação nas tradi-cionais Festas de S. Bernardo, que decorrem de 15 a 20 de Agosto. David Carreira é o cabeça de car-taz, num programa que conta também com José Malhoa, bem como grupos do concelho.Numa altura em que a população do concelho aumenta significativamente, devido ao elevado número de emigrantes que por esta altura do ano está de férias, as festas servem para o reencontro de amigos, mas também de promoção e divulga-ção do concelho nas suas diversas vertentes, no-meadamente na gastronomia, de onde se destaca o Festival das Sopas, que decorre ao fim da tarde do dia 16 de Agosto.Alexandre Vaz, presidente da Câmara do Sátão, em conversa com a Gazeta Rural, destaca as novas di-

nâmicas do concelho no sector primário, mas tam-bém aproveita para criticar a opção pelo fim das cotas leiteiras que prejudica alguns agricultores do concelho que se dedicam à produção de leite e que têm visto os preços baixarem significativamente.

Gazeta Rural (GR): As Festas de São Bernardo mar-cam o concelho nesta altura?Alexandre Vaz (AV): Sim, já há muitos anos que se fazem estas festas, que marcam o concelho nesta altura. O Satão é um concelho de muita emigração e, por esta altura, temos a visita dos nossos emigrantes e a população aumenta quase em um terço. Por coincidência, e uma vez que as Festas de S. Bernardo já são muito antigas, junta-se o útil ao agradável e no dia 20 de Agosto festejamos o nosso padroeiro.

GR: As festas apresentam sempre um cartaz atrac-tivo?AV: Sim. Todos os anos temos um cartaz atractivo e este ano

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também. Esperamos muitos milhares de pessoas que nos vi-sitam por altura das festas. É isso que pretendemos e que-remos. Dar a conhecer o Satão, as suas gentes, que sabem bem receber, o nosso património e, naturalmente, a nossa gastronomia. Portanto, agradecemos e pedimos que do dia 15 ao dia 20 de Agosto todas as pessoas do concelho, e fora dele, visitem a vila, nomeadamente o Largo de São Bernardo.

GR: Quem vem de fora o que pode encontrar no Sa-tão? Diz-se que se atrai as pessoas pelo estômago e para isso há o Festival da Sopa?AV: Sim. O Festival da Sopa tem feito parte do cartaz das fes-tas, tal como acontecerá este ano. Haverá mais de uma dúzia de sopas à escolha, uma das quais é o nosso ex-libris, que é sopa de míscaro, ou não fossemos a Capital do Míscaro.Para além disso, os restaurantes do concelho, durantes esses dias, bem como durante o ano, servem algumas das igua-rias da nossa cozinha, como o cabrito assado ou o arroz de míscaros. Por tudo isto, acho que vale a pena visitar o Sátão, não só pelo cartaz, pelas festas ou pela música, mas também, e especialmente, pela cultura. O ano passado tivemos uma peça de teatro que abriu as nossas festas. Este ano teremos na abertura um grupo tribal, que fará um espetáculo de rua e, em frente à Câmara, haverá um pequeno espectáculo de teatro. No que diz respeito ao lazer, contamos com muita gente, so-bretudo no dia 20 de Agosto, atendendo ao cartaz que te-mos, sobretudo ao David Carreira.

GR: O sector primário também está presente com o concurso de gado. Mudou alguma coisa nos últimos

anos?AV: Julgo que não e até lhe digo que, se calhar, mudou para pior neste aspecto. A Europa resolveu acabar com as cotas leiteiras e, portanto, assim toda a gente pode produzir e ven-der leite. Isto fez com que, entendo eu, o leite baixasse de pre-ço e o agricultor, que até aí já se queixava, agora ainda mais se queixa.No que diz respeito ao concurso de gado, que todos os anos fazemos, recordo-me de há cerca 30 anos ter na feira muitas dezenas de cabeças de gado. Hoje, como tem acontecido há meia dúzia de anos para cá, temos meia dúzia de agricultores que resistem, porque estão agarrados à terra ou lhes vem de família ou porque gostam de o fazer. Continuam a ter algum gado para sustento próprio e para os ajudar a viver.

GR: O sector primário, no concelho, mudou muito nos últimos tempos? AV: Aquilo que mais se tem notado no concelho de Satão são algumas novas explorações sobretudo de míscaros os shiitake, normalmente produção em tronco. Há duas em pro-dução e outras três pedidas na Câmara. Verifica-se também, sobretudo, um aumento de produção de pequenos frutos.

GR: Há gente nova a chegar ao sector primário?AV: Há gente nova a querer instalar-se. Uns residem cá e ou-tros vêm de fora, mas resolveram instalar aqui a sua explo-ração. Diria, que há alguma coisa a mexer na agricultura. Se isso será suficiente, vamos ver e dar tempo ao tempo. Mas olhando isso de uma forma positiva, diria que há alguma coi-sa a mexer em relação a produção de cogumelos e pequenos frutos no concelho do Satão.

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De 1 a 4 de Outubro vai decorrer mais uma edição do Festival de Observação de Aves & Actividades de Natureza, em Sagres, no concelho de Vila do Bispo. Este ano, o maior evento de ob-servação de aves do país, que deu ao concelho o prémio de “Município do Ano”, tem previsto cerca de 200 actividades, e como já vem sendo habitual, muitas novidades.

Ateliers de educação ambiental, observação de golfinhos ou aves, passeios com burro ou de cavalo, caminhadas pedestres, mini-cursos sobre vários temas, visitas guiadas sobre a história de Sagres, passeios interpretativos de flora, geologia e arque-ologia, sessões de anilhagem de aves, passeios orientados por pessoas locais, várias palestras que darão a conhecer projec-tos de conservação são apenas algumas das actividades dis-poníveis durante os quatro dias do festival. A complementar as actividades de natureza e para proporcionar momentos de descontracção, estão também previstas sessões de yoga, alongamentos e massagens.

O evento promovido pela Câmara de Vila do Bispo, junta-mente com a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves e com a Almargem acontece nesta altura do ano para coincidir

De 1 a 4 de Outubro, em Sagres

Festival das Aves e Natureza volta em Outubro a Vila do Bispo

com a época alta da migração outonal, altura em que as aves migradoras abandonam o nosso país rumo às terras quentes de África. Celebra-se também a nível europeu, nesta mesma altura, o Fim-de-semana de Observação das Aves.

Segundo Adelino Soares, presidente do município, “o evento tem contribuído para consolidar Vila do Bispo como um impor-tante destino de Turismo de Natureza, atraindo cada vez mais visitantes nacionais e estrangeiros. O investimento feito nesta iniciativa, que decorre na chamada época baixa do ponto de vista turístico, tem-se reflectido positivamente nos restantes meses do ano, com turistas a regressarem e a usufruírem dos serviços das empresas locais parceiras do Festival”.

Quem desejar participar deve consultar o programa do Fes-tival, disponível durante o mês de agosto no site do evento e inscrever-se nas actividades que deseja. Existem actividades gratuitas e outras, dinamizadas pelas empresas parceiras, que apresentam um preço especial de Festival. Todos os anos há muitas actividades que esgotam pouco tempo após a abertura das inscrições, pelo que, quem desejar participar deve inscre-ver-se rapidamente!

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Vai decorrer de 21 a 30 de Agosto, no Parque Municipal de Feiras e Exposições, em Lagoa, a XXXVI Fatacil – Feira de Ar-tesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Lagoa, uma das maiores feiras portuguesas e que regista um cresci-mento de cerca de 17% em relação a 2014, com 700 exposi-tores.

Este ano o tema do certame é “o Vinho e a Vinha”, no âmbi-to da programação do Município de Lagoa para 2015: “Ano do Vinho e da Vinha – Lagoa Sabor da Cultura”, e que integra uma grande Mostra de Vinhos Portugueses, de diversas regiões vi-tivinícolas nacionais, com a presença de empresas produtoras e distribuidoras das regiões do Algarve, Alentejo, Península de Setúbal, Ribatejo, Lisboa, Beira Interior, Dão, Bairrada, Douro, Vinhos Verdes, Madeira. Cada dia do programa terá um tema com actividades alusivas ao mesmo.

“É indiscutível a importância da Fatacil na criação de ri-queza, concretização de negócios, promoção e comercia-lização de marcas, produtos e serviços de empresas expo-sitoras e patrocinadores, junto dos residentes e dos turistas nacionais e estrangeiros a passar férias no Algarve, tendo muitos deles já colocado este evento no seu roteiro obriga-tório”, refere a organização do evento.

Apresentando artesanato ao vivo; exposição de comércio e indústria; gastronomia variada; espectáculos equestres, como a Noite Ibérica – A Arte Equestre Portuguesa e Es-panhola, Doma Natural de Cavalos, Concursos de Saltos de Obstáculos, de Modelo e Andamentos, Equitação de Traba-lho, Desfile de Trajes à Portuguesa, Apresentação do Centro Hípico Belmonte, Batismos Equestres e Exposição de 100

De 21 a 30 de Agosto, em Lagoa

Fatacil 2015 sob o lema “o Vinho e a Vinha”

Cavalos Lusitanos; exposição de animais, parque de diver-sões; animações de rua e concertos com artistas de renome.

A FATACIL irá contar com 3 palcos. Pelo Palco Fatacil (principal) situado no mesmo local de 2014, mas com maior capacidade para público, devido a alterações feitas no seu posicionamento, passaram Carminho, Os Azeitonas, David Carreira, The Black Mamba, Quim Barreiros, Amor Electro, João Pedro Pais, Richie Campbell, Daniela Mercury e Ansel-mo Ralph são os cabeças de cartaz do certame.

No Palco Lagoa, no recinto das Tasquinhas, actuarão ar-tistas locais e regionais, com o principal objectivo de pro-mover os valores do concelho de Lagoa em particular e do Algarve em geral.

O Espaço “aMARaTERRA”, uma grande mostra dos produ-tos de excelência do Algarve, é coordenado pela Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, parceiro insti-tucional do Município de Lagoa, desde 1996, promovendo e valorizando os Produtos de Qualidade da região do Algarve, dando-os a conhecer aos algarvios e a todos aqueles que nos visitam.

Como novidades, a Fatacil 2015 terá cerca de 40% de ex-positores novos, mais artesãos a trabalhar ao vivo, maior diversidade regional no sector gastronómico, maior oferta cultural e de projectos interactivos com os visitantes, au-mento da capacidade dos parques de estacionamento, re-forço dos meios de prevenção e emergência médica da feira, nomeadamente com a certificação de DAE (Desfibrilhação Automática Externa), criação no recinto da feira de um es-paço para colóquios e palestras integrados no programa.

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No sector dos pequenos frutos, na região do Minho

Secretário de Estado da Agricultura visitou organizações de produtores

Gazeta Rural (GR): O que viu durante esta visita?José Diogo Albuquerque (JDA): Levo esperança de or-

ganização e concentração de oferta no sector do mirtilos, que tem um passado recente, mas que começou com um certo pé esquerdo por ter muitos jovens com pequenos investimentos neste sector e a trabalhar de uma forma independente e não organizada. Isso foi algo que tentamos mudar já no ProDeR e depois do Programa Desenvolvimento Rural (PDR) com apoios maiores para quem faça investimentos na sua exploração quando pertença a uma organização de produtores. No caso dos jovens só conseguimos fazer essa mudança no PDR, pois não dava para mudar a medida no ProDeR.

A BFruit é uma empresa que põe em rede 120 produtores com 200 hectares de mirtilo, com programas organizados de exportação e, portanto, esta é a saída para o sector dos pe-quenos frutos, que tem mesmo que se organizar.

GR: Um exemplo a seguir por outras organizações e entidades da fileira?

JDA: Se calhar é mais um caminho, e uma porta, para os pro-dutores independentes virem aqui filiar-se e pertencer a orga-nização de produtores. Em Portugal temos muitos agricultores

O Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, visitou algumas empresas agrícolas na região do Minho, ligadas ao sector dos pequenos frutos, com o objectivo de conhecer o trabalho que ali se está a realizar em prol do desenvolvimento das agriculturas de Portugal. O governante, acompanha-do pelo Director Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Manuel Cardoso, visitou a Bioberço, em Sande S. Clemente, e a Bfruit, em Moreira de Cónegos, am-bas no concelho de Guimarães, tendo terminado o périplo na Espaço Visual, em Gondomar.

Em conversa com a Gazeta Rural, José Diogo Al-buquerque destacou o trabalho desenvolvido nes-tas organizações, mostrando confiança no futuro da agricultura em Portugal. O governante alertou para a importância e necessidade de ter Organizações de Produtores (OPs) fortes, exultando os agricultores e associarem-se para melhor enfrentarem o futuro.

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que estão fora de organizações de produtores, mas também temos muitas organizações de produtores. Portanto, o ideal é que os agricultores utilizem as estruturas que já existem para comercializar através delas e se inscreverem nessas OPs, em vez de estarem a criar novas e pequeninas. A esperança é que produtores independentes, que estejam a produzir perto des-tas organizações, se venham aqui inscrever e pertencer a esta empresa e exportar ou vender através dela.

GR: Há, contudo, um conjunto de questões para ultra-passar?

JDA: Há. Eu acho que o incentivo que foi feito no PDR vai fazer uma grande mudança. O facto de no apoio ao investi-mento, por exemplo, para quem planta um pomar tem 40% de apoio público, mas se tiver 50%, porque pertence a uma orga-nização de produtores, fará a grande mudança. E essa mudan-ça está a ter o seu caminho agora.

GR: O que pode mudar na agricultura portuguesa nos próximos anos?

JDA: Nos próximos anos haverá muita modernização e isso já está acontecer, mais inovação no produto para aumentar o seu valor e isso é um eixo. O outro eixo é haver mais concen-tração de oferta, ou seja, os produtores não venderem no mer-cado de forma isolada e espontânea, mas funcionarem mais em rede através de OPs mais fortes. Com isso acredito que te-nhamos um panorama diferente daqui a 5 a 7 anos, em que as vendas feitas pelo setor agrícola sejam cada vez maiores em valor e, portanto, consigamos de um lado exportar mais e do outro importar menos e com isso melhorar a nossa balança comercial.

Se os agricultores venderem em conjunto terão mais força, face ao elo da cadeia e com isso terem um rendimento mais protegido. No final, têm também um PDR a apostar muito na modernização e um sistema de seguros mais forte, que proteja o rendimento dos agricultores. Eu acredito que há tudo para a agricultura ser mais forte num espaço de 5 a 7 anos.

GR: Ouvimos aqui dizer que hoje, neste sector, já se produz com qualidade e que nós, em Portugal, temos que aproveitar a diferenciação e as janelas de merca-do?

JDA: Sim. Esse é um caminho. Nós somos um país peque-no, com a agricultura pequena e nunca vamos ter muita es-cala. Portanto, temos que apostar sempre na diferenciação, seja produtos embalados e desidratados, seja com frutos com denominação de origem ou produtos de quarta gama. O setor das frutas e hortícolas tem dado muito esse exemplo, e aqui na BFruit temos estes exemplos, com uma embalagem diferen-ciada para as escolas. Cada vez mais temos que ir para um produto dife-renciado para ter mais valor e essa é a única maneira de Portugal poder ter uma agricultara com uma balan-ça comercial positiva.

Vamos conseguir isso se formos sempre mais além daquilo que nos pensávamos, o que significa que o país está a ganhar dinheiro desse setor e então interessa investir nele e cada vez ter mais investimento nesse setor.

O que fizemos até agora foi tentar

privilegiar ao máximo os apoios comunitários para o sector. Prova disso, é o facto de este PDR ter começado mais cedo e sermos o primeiro país a abrir medidas da União Europeia, fomos também o primeiro país a fechar o programa anterior. Tudo isso é canalizar mais investimento.

O facto de termos agora áreas de fundos estruturais a inves-tir na agricultura, por exemplo o Alqueva é financiado com fun-dos estruturais, o que não acontecia antes, trás cada vez mais dinheiro para a agricultura. Se tivermos um setor cada vez mais forte, há interesse, em termos de política pública, em financiar este sector e, portanto, uma espiral positiva.

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A ilha do Pico, nos Açores, prepara-se para duplicar a produ-ção das castas nobres do seu vinho, numa altura em que surgi-ram mais quatro marcas no mercado e cuja oferta é insuficiente para a procura. “Desde que entrou em vigor o programa VITIS, em agosto de 2014, já foram entregues candidaturas para mais de 130 hectares no Pico, essencialmente para as castas tra-dicionais, como o verdelho, arinto dos Açores e terrantês do Pico. Estamos prestes a duplicar a área das castas nobres dos Açores em produção”, disse o presidente da comissão executi-va da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores (CVRA).

Actualmente, existem em produção no Pico, onde a paisa-gem da cultura da vinha é classificada como Património da Humanidade pela UNESCO, cerca de 130 hectares, acrescidos de cerca de 100 hectares que, segundo Paulo Machado, estão em fase de instalação e que resultam de projectos apoiados pelo Governo dos Açores ao abrigo do programa para a reabi-litação das vinhas abandonadas.

Estas vinhas, de acordo com o responsável pela CVRA, es-tarão em produção dentro de cerca de três anos, enquanto as do Regime de Apoio à Reestruturação e Reconversão da Vinha (VITIS) darão frutos dentro de cerca de quatro anos.

A maioria dos produtores do Pico manteve as marcas que tinham lançado em 2014, tendo surgido, entretanto, um novo produtor que recentemente lançou quatro produtos diferentes no mercado, designadamente um rosé, um tinto e dois bran-cos. “Os produtos estão a ter uma grande empatia e aceitação por parte do público, tendo a maior parte sido para exporta-ção, para diferentes países europeus, o que pode ser o abrir

Adiantou o presidente da CVR Açores

Área de produção de castas nobres dos vinhos do Pico vai duplicar

de algumas portas para toda a produção, não só do Pico mas também da região”, considerou Paulo Machado.

Numa altura em que existem cerca de 20 marcas de vinhos certificados, o presidente da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores sublinhou que, nos últimos anos, tem-se assistido a uma “evolução exponencial” em termos de valorização do preço dos vinhos, atingindo-se hoje o triplo de há cinco anos.

Paulo Machado admitiu que este ano se registe um “decrés-cimo muito ligeiro” da produção na ilha do Pico, havendo ainda a destacar o facto de, no âmbito da qualidade, começarem a aparecer sinais de podridão em algumas castas mais precoces. Tem chovido com alguma regularidade e o tempo tem estado muito húmido, o que é “extremamente favorável” a estas situ-ações, de acordo com aquele responsável.

“Este ano, vamos ter uma vindima antecipada porque as uvas estão mais avançadas no seu estado de maturação”, de-clarou o dirigente da CVRA, apontando que, “por enquanto, a maioria do produto é consumida na região e não chega para a procura”.

Regista-se o facto de começar a haver algumas marcas a percorrerem o caminho da internacionalização, o que dá “bons indicadores de que esta será também uma alternativa de mer-cado”, segundo Paulo Machado.

Há alguns anos que o produtor e consultor de vinho Antó-nio Maçanita tem conseguido colocar um vinho de origem da ilha do Pico (Arinto) em vários restaurantes europeus com três estrelas Michelin, como o belga ‘Carlet’, o que tem contribuído para a notoriedade do produto açoriano.

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“Não há duas sem três!”: uma expressão popular que assenta na perfeição no ‘Encontro com o Vinho e Sabores Bairrada’, que se realiza pelo terceiro ano consecutivo. Nos dias 11, 12 e 13 de Setembro o “encontro” volta a ter lugar no Velódromo Na-cional - Centro de Alto Rendimento de Sangalhos, no concelho de Anadia, numa organização conjunta da Turismo do Centro de Portugal, da Comissão Vitivinícola da Bairrada e do Municí-pio de Anadia, com produção da Revista de Vinhos e apoio da Rota da Bairrada, Instituto da Vinha e do Vinho, ViniPortugal, entre outras entidades.

Num ano em que se celebram 125 anos desde o lançamento do primeiro espumante da região, esta edição promete surpre-ender pelas novidades. A começar pelo projecto ‘Baga Bair-rada’, que a Comissão Vitivinícola da Bairrada apresentou re-centemente na Sala Ogival da ViniPortugal em Lisboa e que vai ter um espaço de divulgação próprio, não obstante o facto de os espumantes estarem à prova nos stands de cada produtor.

Este ano, e para reforçar a celebração, realiza-se pela pri-meira vez em Portugal um concurso inteiramente dedicado aos espumantes. O ‘Concurso de Espumantes Bairrada 2015’ tem lugar na sexta-feira de manhã e abre as hostes do ‘Encon-tro com o Vinho e Sabores Bairrada 2015’, cuja inauguração oficial acontece nesse mesmo dia às 17 horas.

Como novidade desta terceira edição, também dedicado aos vinhos mas no contexto gastronómico, está o ‘Concurso Carta de Vinhos Bairrada 2015’, cuja entrega de prémios acontece no último dia do certame.

A destacar estão as concorridas provas comentadas por críticos da Revista de Vinhos que o evento promove. Este ano são três e versam os ‘Espumantes Bairrada: identidade de uma

De 11 a 13 de Setembro no Velódromo de Sangalhos, em Anadia

Bairrada promete novidades no III ‘Encontro com o Vinho e Sabores’

região‘, por João Paulo Martins; ‘Bairrada década de 2000: a prova do tempo’, por Luís Lopes; e ‘Tintos de Baga, tintos com carácter’, por João Afonso. No que toca à gastronomia, os jan-tares temáticos de “Sabores da Terra” e “Sabores do Mar” são já habitués. Tendo como palco o restaurante do Velódromo são servidos pela Casa Vidal e Canastra do Fidalgo, respectiva-mente, e a harmonização com vinhos e espumantes Bairrada orientada por um crítico da Revista de Vinhos.

Uma feira que mostra o melhor da região da Bairrada

O ‘Encontro com o Vinho e Sabores Bairrada’ teve a sua pri-meira edição em 2013. A iniciativa surgiu de uma vontade con-junta de promover o que de melhor a região tem, capitalizando para (re)afirmar a identidade Bairrada através da promoção dos seus produtos mais emblemáticos, como sejam os vinhos e espumantes Bairrada – com certificação de Denominação de Origem –, mas também a sua gastronomia ímpar, com des-taque para o leitão da Bairrada, o pão da Mealhada e a sua riquíssima doçaria regional: ovos moles de Aveiro, Amores da Curia, queijadas de Águeda, Folar de Vale de Ílhavo, entre ou-tras iguarias.

Este é um evento capaz de atrair milhares de visitantes e que pretende valorizar a imagem da região numa oferta turística integrada onde as valências de enoturismo, do turismo termal, hotelaria e restauração constituem um factor dinamizador.

De 9 a 13 de Setembro, a organização do ‘Encontro com o Vinho e Sabores 2015’ tem prevista uma acção de promoção em mais de trinta restaurantes dos concelhos de Anadia, Mea-lhada, Coimbra e Aveiro. A entrada no evento é gratuita.

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Já é conhecido o programa oficial da 13ª edição da VINDOU-RO – Festa Pombalina, que decorrerá de 4 a 6 de Setembro em São João da Pesqueira, em pleno coração do Alto Douro Vinhateiro. Entre as várias novidades destaque para a realiza-ção de lagaradas tradicionais no recém-inaugurado Museu do Vinho onde, aliás, decorrerá boa parte de toda a programação.

Com entrada livre, durante três dias os visitantes terão ali acesso às mais recentes novidades apresentadas pelas duas dezenas de produtores da região que estarão representados. Serão também esses produtores protagonistas das duas laga-radas tradicionais que este ano a VINDOURO promove, logo no primeiro dia, 4 de Setembro, das 18,30 às 20 horas, e no dia seguinte, sábado, 5 de Setembro, ao longo de toda a tarde, das 14,30 às 20 horas.

Ainda no Museu do Vinho, Manuel Moreira, sommelier e crí-tico de vinhos da revista WINE – A Essência do Vinho, conduz três conversas informais sobre vinho que pretendem transmitir conselhos e dicas práticas de selecção e consumo: “Brancos do Douro” (dia 5, 16 horas), “Tintos de Eleição” (dia 5, 18 horas) e “Vinhos do Porto” (dia 6, 15 horas).

No evento será igualmente realizado um workshop dirigido a profissionais do vinho sobre “Estratégias de Internacionaliza-ção”, com a presença de importadores europeus convidados (dia 6, 16 horas). E o cair do pano terá o habitual leilão de vi-nhos generosos (dia 6, 18,30 horas), cujas receitas revertem a favor de causas sociais do município de São João da Pesqueira.

Animação e jantar pombalinos, concerto de Rita Guerra e Dj’s

Uma vez mais, a VINDOURO – Festa Pombalina inspira-se na figura tutelar da região, o Marquês de Pombal, e recria a atmosfera do século XVIII pelas ruas do centro histórico da Pesqueira. O Mercado Pombalino funcionará em permanência durante os três dias do evento e o sempre aguardado Desfile Pombalino está agendado para as 17 horas de sábado, dia 5. Já o Jantar Pombalino, com serviço assegurado pelo restaurante DOC do chefe Rui Paula, será novamente realizado no Jardim do Palácio do Cabo, dia 4, pelas 20 horas.

Em matéria de espectáculos musicais, Rita Guerra é cabeça de cartaz e atua no dia 5, pelas 23 horas, no Anfiteatro Muni-cipal. Pelo mesmo palco passarão na noite anterior US7 (23 horas) e já na madrugada de sexta para sábado a banda Brico-lage Total Trip (00,30 horas) e os Dj’s Mikas e Johnny Boy (01,30 horas). Na madrugada de sábado para domingo, a DJ session “Wine White Party” terá aos comandos das mesas de mistura os dj’s Rita Mendes, Danny Project e Master.

A VINDOURO – Festa Pombalina chegará também a todo o país através da RTP1. O programa “Verão Total” será emitido em directo de São João da Pesqueira, no sábado, dia 5 de Se-tembro. O evento é uma organização da Câmara Municipal de João da Pesqueira, com produção da EV – Essência do Vinho, Beira Douro e Cryseia.

De 4 a 6 de Setembro, em São João da Pesqueira, com duas dezenas de produtores

Lagaradas tradicionais e concerto de Rita Guerra são pontos alto da Vindouro 2015

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O aumento de oito por cento na produção de vinho da pró-xima campanha não deverá afectar os preços, afirmou o presi-dente do Instituto da Vinha e do Vinho salientando que há es-tabilidade no mercado. “Não é expectável que haja mexida nos preços”, afirmou Frederico Falcão, salientando que tal como o preço dos vinhos não aumentou em anos anteriores quando houve quebras na produção, também não são esperadas des-cidas em 2015, apesar do aumento da quantidade de vinho.

“O mercado está muito estabilizado nesse aspecto e, por isso, não há uma relação muito directa hoje em dia entre a pro-dução e os preços a que os vinhos chegam ao mercado e aos consumidores”, justificou o dirigente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).

A produção de vinho na região de Douro e Porto deve au-mentar 20 por cento em 2015/2016 face à campanha anterior para cerca de 1,7 milhões de hectolitros, indicam as perspecti-vas de colheita do Instituto da Vinha e do Vinho.

A principal região vinícola portuguesa, responsável por cer-ca de um quarto da produção total, deverá atingir assim o va-lor mais elevado desde 2010/2011, numa campanha em que se perspectiva um aumento global da produção na ordem dos oito por cento.

As estimativas apontam para um volume global de 6,7 mi-lhões de hectolitros de vinho, 6,2 milhões de hectolitros na campanha de 2014/2015, com crescimento da produção na generalidade das regiões, à excepção da Península de Setúbal, com uma quebra de 10 por cento, e das regiões do Tejo e do Alentejo, onde não se prevê variação.

Além da região do Douro e Porto, também as Terras do Dão deverão aumentar a produção em 20 por cento, para 288 mil hectolitros, face à campanha anterior, com a previsão a apon-tar para uvas de boa qualidade em ambos os casos.

Na Península de Setúbal, pelo contrário, espera-se uma vin-dima inferior em 10 por cento, ainda que com uvas de muito boa qualidade. “As vinhas não regadas apresentam sintomas acentuados de falta de água com provável diminuição da pro-dução, principalmente nas castas brancas», adianta o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).

A região do Alentejo deverá manter-se estável em torno de 1,2 milhões de hectolitros, esperando-se um rendimento qui-

Na região do Dão a produção será superior em 20 por cento

Aumento de produção de vinho não afectará os preços

lo/litro mais baixo, devido ao menor tamanho dos bagos, mas com melhor qualidade do vinho. Também na região do Tejo, que deverá produzir 578 mil hectolitros, a produção será se-melhante à da campanha passada.

Nas regiões Terras da Beira, Minho, Beira Atlântico e Algarve prevê-se uma subida de 10 por cento, para 1,2 milhões de hec-tolitros no total; na região de Lisboa, de 11 por cento, de 992 mil hectolitros e nas Terras de Cister, de cinco por cento, de 56 mil hectolitros.

Na região da Madeira, perspectiva-se “uma boa vindima ao nível qualitativo” e um crescimento de três por cento, 42 mil hectolitros, e nos Açores espera-se um aumento de dois por cento, 13 mil hectolitros, excepto nas ilhas Graciosa e do Pico, devido à instabilidade das condições climatéricas.

Se as previsões se confirmarem, são “boas notícias” que po-derão contribuir para a reposição dos stocks necessária para satisfazer a procura. “Portugal precisa de repor os seus stocks e precisa de ter quantidade para continuar a crescer em ter-mos de exportação”, já que os stocks em adega se tem vindo a reduzir de ano para ano, salientou Frederico Falcão.

As exportações de vinho aumentaram nos últimos cinco anos consecutivos e em 2014 Portugal foi um dos únicos três países que conseguiu aumentar as vendas ao exterior entre os 11 principais produtores mundiais.

Também o mercado doméstico compra cada vez mais vinho, após alguma retracção no consumo que deixou de se verificar em finais de 2014. “Em 2015 voltou a crescer. Temos um au-mento da procura interna e da venda de vinhos em Portugal e as exportações, felizmente, continuam a crescer portanto há boas notícias para o sector dos vinhos”, congratulou-se o mesmo responsável.

As razões para o aumento da produção prendem-se com vários factores, entre os quais as condições climatéricas, mas também resultam da reestruturação de vinhas que tem sido feita ao longo dos últimos anos, explicou Frederico Falcão. “Temos arrancado vinhas velhas e colocado vinhas novas. Na-turalmente, muitas das vinhas velhas que foram substituídas ti-nham baixa produtividade e as vinhas novas são vinhas já com melhores castas, melhores clones, com melhores produtivida-des, sem que com isso se prejudique a qualidade”, adiantou.

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É já nos dias 4, 5 e 6 de Setembro que a vila de Nelas acolhe a XXIV Feira do Vinho do Dão, o maior certame do género na re-gião dedicado a este produto. Esta será a maior edição de sem-pre, reunindo cerca de 150 stands, de onde se contam cerca de 50 produtores da região demarcada do Dão, instituições e asso-ciações, agentes comerciais, artesanato e mostras de produtos regionais, para além de cinco restaurantes, duas pastelarias e duas associações presentes ao serviço da gastronomia regional e petiscos na Praça da Alimentação.

O certame assume contornos de grande importância no pa-norama económico e turístico da região, servindo de montra para os seus produtos e produtores, sendo determinante não apenas para a economia local, directamente relacionada com o produto Vinho do Dão ou todo o enoturismo por ele potenciado, seja na hotelaria ou na restauração, mas também para impul-sionar o comércio local que ganha outra visibilidade com este evento que atrai milhares de pessoas à vila de Nelas e que vem reforçar a centralidade do concelho na dinâmica económica da Região Demarcada do Vinho do Dão.

A Feira do Vinho do Dão é uma montra de excelência dos produtos e produtores da região, servindo como plataforma comercial directa para os empresários do sector, que têm en-carado este evento com um veículo de promoção de excelência, apostando na forma como se apresentam no certame, assumin-do o carácter de qualidade e excelência associado ao vinho e às suas marcas.

Nelas é o Município “Coração do Dão”, facto que se evidencia nos recentes roteiros criados aquando da delimitação da Rota do Vinho do Dão, onde se verifica que todos os caminhos pro-

Nos dias 4, 5 e 6 de Setembro

Nelas celebra o Vinho do Dãopostos se cruzam no concelho de Nelas, com especial destaque para Santar, a vila Vinhateira do Dão.

Ao nível económico, o sector do vinho é prioritário para a definição das políticas públicas locais e regionais, sendo, para tal, determinantes as parcerias activas e permanentes entre os municípios da região e a CVR Dão, assumindo presença o con-celho de Nelas no trabalho de equipa entre os congéneres e as entidades que respondem aos desafios que a Região e o Vinho do Dão apresentam.

A aposta no desenvolvimento deste sector é importante e, exemplo disso, será o projecto estratégico no Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão, sedeado na Quinta da Cale, em Nelas, num esforço conjunto entre o município de Nelas, a CVR Dão, a DRAP Centro, a CIM Viseu Dão Lafões e o Politécnico de Viseu, com vista a potenciar o conhecimento lá desenvolvido e colocá-lo ao serviço dos produtores e da cultura do vinho e da vinha, ga-rantindo um futuro promissor a esta região.

A Feira do Vinho do Dão é a única feira de vinhos de toda a Re-gião Demarcada do Dão, com produtores de todos os 16 muni-cípios que a compõem, com vinhos representativos de todas as sub-regiões do Dão, dando o devido relevo à cultura e costumes da região, com uma programação variada e pensada para todos os públicos, com destaque para o musical, propositadamente produzido para este evento e que durante três noites vai encher de luz e cor o recinto do evento, com mais de 150 atores em pal-co, e nomes de referência da cultura nacional como o actor Ví-tor de Sousa. Este musical, intitulado “As Músicas que os Vinhos Dão”, tem produção da Contracanto, Associação Cultural com sede em Lapa do Lobo e encenação de António Leal.

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A mais antiga feira franca viva da Península Ibérica está na moda: a Feira de São Mateus de 2015 registou números histó-ricos de visitantes nos primeiros dias. O dia de abertura regis-tou 37.425 visitantes, um incremento de 20% face ao primeiro dia da edição de 2014 e, porventura, o recorde de entradas no grande certame popular de Viseu. A primeira semana tem ul-trapassado as expectativas em número de visitantes.

“A nova Feira entrou com o pé direito”, considerou o presi-dente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques. “A aposta na renovação e na revitalização da Feira está a ser ganha: a re-ceptividade às inovações introduzidas e a afluência de público estão a superar as melhores previsões fixadas”, referiu o edil viseense.

Almeida Henriques afirmou ainda que este “é o ano 1 da nova Feira de São Mateus, uma feira antiga e contemporânea, com

A “nova Feira de S. Mateus começou com o pé direito”

Feira de São Mateus 2015 conquista mais visitantes

dimensão nacional. Esperamos um milhão de entradas: o pró-ximo passo é a internacionalização”, acrescentou o autarca.

Com 623 anos, a Feira de São Mateus apresenta-se em 2015 renovada e revitalizada, com novo “layout”, um novo palco so-bre o espelho de água com a Sé de Viseu como cenário, novos desenhos de luz, nova imagem, mais tradições recuperadas e um cartaz de espectáculos e eventos reforçado e para todos os públicos. A recuperação do antigo “picadeiro”, avenida cen-tral de passeio até ao palco, é uma das novidades mais mar-cantes e desejadas. A “ilha da memória” (espaço de partilha de memórias da Feira) é outra originalidade desta edição.

A Feira de São Mateus arrancou também este ano com uma nova imagem de marca, um novo slogan – “Feirar está-nos no sangue!” – e canais de comunicação mais completos e pode-rosos. Os bilhetes de entrada para os 17 dias pagos (dos 38 que fazem o certame) estão também à venda online, na plataforma Blueticket, e nas redes das lojas Fnac, Worten, El Corte Ingles e ACP.

Com um site completamente novo, em www.feirasaomateus.pt, este ano, a Feira faz ainda sua estreia no universo das APP para smartphones e tablets. Pela primeira vez, os amigos da Feira podem fazer o download da APP deste grande certame viseense, nas versões Android e iOS.

O “feirar” passa também pela televisão. A “Feira de São Ma-teus TV” emite na posição 8008 do MEO Kanal. O canal corpo-rativo de televisão é um projecto da equipa de comunicação do município, que conta com alunos das escolas de ensino superior e tecnológicas da cidade de Viseu. O Banco BIC é o patrocinador principal da Feira de São Mateus.

O primeiro-ministro, Passos Coelho, inaugurou o certame que decorre em Viseu até 13 de Setembro, com um “cartaz mais arrojado”. Daniela Mercury, Anselmo Ralph, José Cid ou Tony Carreira são alguns dos nomes que compõem o cartaz da Feira de S. Mateus, cujo orçamento total ascende a 1,2 milhões de euros.

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Inaugurada no passado mês de Junho, a Casa de Baixo é uma nova unidade de turismo em espaço rural localizada na bela al-deia ribeirinha de Alvoco das Várzeas, no concelho de Oliveira do Hospital. A nova unidade hoteleira resulta da reconstrução de uma antiga casa senhorial, datada do século XVI, agora re-cuperada pelo proprietário Vasco Campos.

O sonho de construir um turismo rural, a partir da recupera-ção de património de família, acompanhava-o desde a juven-tude. Mas é em 2010 que o empresário e conhecido dirigente florestal, Vasco Campos, decide avançar com aquele que pro-mete ser o primeiro de vários investimentos no sector do turis-mo, na terra que “ama” tal como ela é: Alvoco das Várzeas, uma pacata aldeia ribeirinha do concelho de Oliveira do Hospital, que tem como ex-libris o rio Alvoco, cujas águas são conheci-das como as mais límpidas e despoluídas de Portugal.

Quase cinco anos depois de ter iniciado o projecto, a Casa de Baixo, propriedade da família de Vasco Campos, renasce agora com uma nova roupagem, assumindo-se como uma unidade hoteleira de “charme”, onde a tradição de bem receber se cru-za na perfeição com a modernidade, espelhada sobretudo no requinte dos seus espaços interiores e exteriores.

A casa oferece sete quartos, todos eles temáticos, que têm como objectivo ser uma homenagem a vários temas e pesso-as que marcaram e marcam a região onde está inserida, bem como a vida do seu proprietário. Sofisticada e pensada ao pormenor, a decoração dos quartos é também ela “uma nova experiência” para os hóspedes, que podem optar entre dormir no quarto da Floresta, no quarto do rio Alvoco, na Serra da Estrela, no quarto do Azeite, ou mesmo no quarto do Vinho, tendo em todos eles elementos alusivos ao tema que faz jus

Proposta de fuga

Casa de Baixo: Requinte em Alvoco das Várzeas

ao nome. Existe ainda o quarto do Senhor Doutor, que é uma homenagem ao médico e poeta já falecido, Vasco Campos, avô do promotor, onde se podem encontrar antigos utensílios e li-vros de medicina que foram propriedade do prestigiado clínico da região da Beira Serra.

Igualmente requintada, a sala de refeições e a sala de estar com vistas para o amplo relvado do jardim e a bonita piscina que ali foi implantada, possui vários espaços e recantos propí-cios ao convívio ou simplesmente ao descanso depois de uma horas de veraneio, nesta época do ano, pois, além da ampla piscina, a Casa de Baixo dispõe de uma praia fluvial privativa, onde os hóspedes podem nadar, desfrutar de uma terapia “na-tural” com peixes do rio, ou até alugar um barco a remos e dar um passeio pelas águas translúcidas do Alvoco.

A Casa de Baixo é ainda criadora da raça de cavalos Gar-ranos, pelo que pode encontrar vários exemplares desta raça espalhados pela propriedade, o que se assume como um dos grandes atractivos deste projecto.

Com dois meses de existência, a nova unidade hoteleira, ro-deada de serras por todos os lados – serra da Estrela e serra do Açor -, é já uma referência em termos de alojamento na região, recebendo os mais rasgados elogios de quem a visita para pas-sar uns dias ou apenas respirar “ar puro” das serras, enquanto toma uma refeição junto à piscina.

Contactos:Casa de Baixo, Turismo em Espaço RuralRua da Arrifana, nº 5 - Alvoco das Várzeas - Oliveira do Hos-

pitalTelefones: 238 092 777 | 91 544 68 83email: [email protected]

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O presidente do Governo dos Açores declarou que não vai deixar cair a pretensão de que a União Europeia disponibilize um pacote financeiro extraordinário para fazer face aos im-pactos negativos da liberalização das quotas leiteiras. “Não podemos deixar cair junto da Comissão Europeia, e através do Governo da República, a necessidade de ser reivindicado um envelope suplementar, no âmbito do POSEI (programa de apoio às regiões ultraperiféricas), que possa ajudar a produ-ção a ultrapassar esta fase e as consequências da abolição das quotas leiteiras”, declarou Vasco Cordeiro.

O chefe do executivo açoriano falava em Ponta Delgada, na cerimónia de assinatura de protocolos do governo com cinco instituições financeiras aderentes a uma linha de crédito bo-nificado para o sector agrícola, o Agro-crédito, no valor de 30 milhões de euros. Vasco Cordeiro tem vindo a defender, sem que esta pretensão seja atendida pelo executivo comunitá-rio, um envelope financeiro extraordinário ao abrigo do POSEI para que a produção leiteira dos Açores possa enfrentar a libe-ralização do mercado do leite.

Apesar de a recente decisão de manter os apoios ao arma-zenamento de leite em pó, queijo e manteiga ser considerada positiva, o líder do Governo Regional considera que a medida não resolve o fundo da questão, devendo ser percebida por di-ferentes Estados-membros, que deverão levar esta perspecti-va à Comissão Europeia.

Embora afirme que os Açores devem ter esta “atenção acrescida” por parte da Comissão Europeia, face à sua depen-dência do sector leiteiro, Vasco Cordeiro entende que com os instrumentos à disposição da região se deve “trabalhar para ultrapassar estes desafios”, visando dar maior competitividade ao sector nas componentes da produção, indústria e comer-cialização.

Defendeu o presidente do Governo Regional

Açores não abdicam de envelope financeiro extraordinário da UE

O governante defendeu a procura de novos mercados e canais de comercialização, sublinhando que a Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente, em parceria com a Sociedade Desenvol-vimento Empresarial dos Açores (SDEA), tem trabalhado neste sentido, desde logo com o Canadá.

O presidente do Governo dos Açores declarou que o Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma dos Açores (Pro-rural +) está a ser devidamente aproveitado pelos beneficiários na região, exemplificando que, em poucos meses do seu funciona-mento, deram entrada mais de 120 projectos, num total de cerca de 23 milhões de euros, relativos a medidas vocacionadas para o investimento. Nas medidas do Prorural + que têm a ver com a manutenção da actividade agrícola em zonas desfavorecidas já surgiram seis mil candidaturas, que totalizam cerca de 15 milhões de euros anuais de apoio, de acordo com Vasco Cordeiro.

Onze das 16 medidas do programa já estão implementadas, prevendo-se que em 2015 todas as suas medidas estejam ope-racionalizadas, acrescentou. Outra das ferramentas citadas por Vasco Cordeiro que estão disponíveis nos Açores para o sector, da responsabilidade do Governo Regional, é o Programa de Apoio à Modernização Agrícola (PROAMA), que desde 2009 apoiou cerca de 5.200 projectos, num investimento dos agricultores de cerca de nove milhões de euros. O apoio governamental foi de 4,5 milhões.

Ao abrigo do Regime de Incentivo à Aquisição de Terras Agrí-colas, foi possível adquirir por parte do sector agrícola cerca de 1.400 hectares, na sequência de 300 candidaturas, num montan-te de 18,5 milhões de euros.

O governante destacou ainda os investimentos a nível estru-tural, exemplificando que, no caso de abastecimento de energia eléctrica das explorações, se espera que em 2015, com 1,8 mi-lhões de euros, seja possível electrificar mais 71 propriedades.

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A produção de mel está a crescer no concelho de Vila Pou-ca de Aguiar, onde 84 apicultores produzem cerca de 100 to-neladas por ano com escoamento assegurado, disse fonte do município. Para divulgar esta actividade, a autarquia promo-veu mais uma edição da Feira do Mel, na vila termal de Pedras Salgadas.

A maior parte dos produtores de mel concilia a actividade profissional com a apicultura, que se tornou num complemen-to à economia familiar deste concelho do distrito de Vila Real. “Vila Pouca de Aguiar tem uma tradição na apicultura muito grande. Todos os anos saem daqui umas largas toneladas de mel de elevadíssima qualidade”, afirmou o presidente do muni-cípio, Alberto Machado.

O autarca referiu ainda que o número de pessoas que se dedicam a esta actividade tem aumentado nos últimos anos e que muitos projectos foram concretizados com o apoio de fundos comunitários, através do Proder. O concelho tem 84 apicultores, 186 apiários e 4.569 colónias. Esta é, segundo da-dos da Câmara, uma actividade que “”envolve cerca de cem mil euros por ano”. “Todo o mel produzido no concelho é escoado e a preços significativos e importantes para a nossa socio--económica. Oitenta e quatro apicultores são 84 agregados familiares e se todos tiverem um rendimento de um milhares

Apicultores do concelho produzem cerca de 100 toneladas por ano

Produção de mel cresce em Vila Pouca de Aguiar

de euros do mel que vendem é muito significativo”, salientou.Alberto Machado frisou que a procura pelo mel de Vila Pou-

ca de Aguiar “excede em muito a oferta” e adiantou que cerca de “80 por cento da produção é já exportada”. O autarca fez questão de salientar ainda o “bom impacto” desta actividade na natureza, disse que a limpeza dos apiários funciona como um controlo aos incêndios e enalteceu a “vigilância perma-nente” que os apicultores fazem nas manchas florestais.

Alberto Machado é também apicultor. Diz que a apicultura foi “uma herança genética” deixada pelo avô e pai e encara esta actividade como “um escape ao ‘stress’ do dia-a-dia”. O autarca possui oito apiários, 405 colónias e uma produção que, este ano, vai rondar as cerca de duas toneladas.

António Martins Sarmento está reformado e dedica agora grande do seu tempo às abelhas. Tem neste momento dois apiários, com cerca de 40 colmeias e cerca de 400 quilos de mel de produção este ano. “Vende-se todo o mel que haja. Apesar de haver muita produção também há muito consumo. Tenho a impressão que as pessoas estão a substituir o açúcar pelo mel o que é muito bom para a saúde”, frisou. Este apicultor queixou-se, no entanto, do ano difícil para a apicultura devido à seca que está a afectar o país. “Não chove e não havendo humanidade não há floração e logo não há mel”, explicou.

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Chegou ao fim mais uma edição da EXPOH, em Oliveira do Hospital, com um balanço muito positivo, o que, apesar disso, não deixou o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital sa-tisfeito. “Esta feira é uma grande mostra, mas temos uma grande la-cuna, porque este parque não reúne condições para termos aqui a indústria têxtil, que é de excelência no concelho, e que tem um número de trabalhadores muito elevados. Os melho-res fatos do mundo são produzidos em Oliveira do Hospital, as grandes marcas, consagradas mundialmente, muitas delas são feitas daqui. É uma lacuna que vamos tentar resolver”, revelou José Carlos Alexandrino.Para o efeito, o autarca diz que há que “perceber se há outros espaços em Oliveira do Hospital capaz de receber uma feira di-ferente”, pois o actual espaço, segundo o edil, “será um bom sítio para fazer concertos”. No resto, “estamos condicionados em termos de espaço para termos uma grande feira e para que possa atingir outro nível”. Apesar de tudo “não deixa de ser uma grande feira dentro des-tes condicionalismos”, mas “a ambição é uma coisa que me acompanha na minha vida política, pois quero sempre fazer mais e melhor. Consegui transformar um pequeno mercado de queijo numa Feira do Queijo de dimensão nacional. É isso que procuro. Que esta feira ganhe outro alcance. Tem apenas seis anos e é preciso fazermos essa aprendizagem. Mas acredito que somos capazes de a relançar e eu tenho ideias muito con-cretas sobre isto”, revelou o autarca à Gazeta Rural.Ainda assim, José Carlos Alexandrino fez questão de desfazer equívocos. “As minhas palavras não podem ser mal interpre-tadas. Esta EXPOH é uma feira, um pondo de encontro das gentes de Oliveira do Hospital e de todos quantos nos visitam, sendo também uma mostra das nossas potencialidade, mas ninguém me pode levar a mal por ter mais ambição e de querer uma feira de maior dimensão”, sustentou.

Rede Aldeias de Montanha apresentada a investidores

Oliveira do Hospital acolheu uma sessão de apresentação da Rede de Aldeias de Montanha participada por autarcas, ope-radores turísticos e outros agentes privados. O Município de Oliveira do Hospital integra esta rede, constituída por um con-junto de aldeias com características únicas que integram ou confinam com o Parque Natural da Serra da Estrela, através de S. Gião e Alvoco das Várzeas.

EXPOH 2015 chegou ao fim

Presidente da Câmara de Oliveira do Hospital quer um certame de “outra dimensão”

Criada em 2013 pela Associação de Desenvolvimento Integra-do da Rede de Aldeias de Montanha (ADIRAM), visa a promo-ção do desenvolvimento turístico integrado da rede enquanto marca agregadora do potencial da Serra da Estrela.Nesta sessão, realizada no stand do Município na ExpOH 2015, Célia Gonçalves, técnica da ADIRAM fez a apresentação da Rede de Aldeias de Montanha (RAM), as suas características e valores associados, do plano de acção que está assente num conjunto de negócios colectivos e do plano de animação que se pretende vincado pelos valores do território, a natureza, au-tenticidade e cultura.Anfitrião do encontro, o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital sublinhou a importância da “entrada nesta rede” para o concelho e os agentes privados “para que se possa trans-formar aquele território num território de oportunidades”. “Es-tamos muito imbuídos nesta opção clara deste executivo, de integrar a rede e queremos encontrar privados para fazer can-didaturas para este conjunto de oportunidades”, referiu José Carlos Alexandrino, dizendo acreditar “neste projecto e acredi-tamos que, para desenvolver o turismo, temos de ter determi-nadas marcas e estarmos agregados em complementaridade”.

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Há 15 anos, a Feira do Pinhal começou por ser uma feira de artesanato local com apenas 28 expositores mas depressa se tornou numa feira de actividades económicas. A XV edição do certame, já com 120 expositores, é hoje um importante even-to de dinamização socioeconómica não só de Oleiros mas de toda a Região Centro.

A Feira do Pinhal 2015 foi inaugurada pelo Ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro. No ato da inauguração o Orfeão de Castelo Branco actuou e deslumbrou com um coro da ópera Nabucco de Giuseppe Verdi.

Apesar de ser uma Feira temática com ênfase no grande ex-líbris do concelho, a floresta, também a gastronomia está invariavelmente presente na Feira do Pinhal pela sua prepon-derância na região. Durante cinco dias, foi possível degustar algumas iguarias locais, como filhós, peixinhos da horta, peixe frito, cabrito estonado, entre outros.

Para os mais curiosos, houve a oportunidade de observar a farinha a ser moída e a fase posterior de confecção da broa de milho em forno a lenha. No recinto da Feira, um alambique destilou aguardente e houve ainda a possibilidade de assistir ao fabrico de tropeços e de sapatos ao vivo.

A Feira do Pinhal conta com uma componente não só eco-nómica mas também cultural, havendo cada vez mais a preo-cupação por apresentar aos visitantes um pouco da tradição oleirense. Neste âmbito, realizou-se no palco da Feira, a XI Mostra das Actividades Musicais do Concelho, por onde passa-ram o Rancho Folclórico e Etnográfico de Oleiros, a Sociedade Filarmónica Oleirense, o Grupo de Danças e Cantares do GAIO e ainda o acordeonista Abílio Alves e Rui Gaio.

Atraindo milhares de pessoas todos os anos, a Feira do Pi-nhal possui um cartaz musical próprio que levou a Oleiros no-mes tão conhecidos como José Cid, Quim Barreiros e os Dj’s Meninos da Vadiagem.

Nesta Feira estreou-se a nova mascote do Município, o “Pi-nhas”, a representação de uma pinha, fazendo também uma

Certame festejou 15 e contou com 120 expositores

Feira do Pinhal tornou-se num evento de dinamização socioeconómica da região

alusão à temática da feira. O “Pinhas” circulou pelo recinto da Feira, todos os dias, fazendo as delícias de miúdos e graúdos.

Como habitualmente, a Pirotecnia Oleirense, sedeada no concelho, fez também parte do programa. O espectácu-lo multimédia “Contemplar Oleiros”, desafiou a uma viagem pelo território e brindou os presentes com apontamentos de fogo-de-artifício integrados num espectáculo de água. Uma apresentação complexa, com algumas partes projectadas num espelho de água, narradas por Eduardo Rêgo, a voz tão conhe-cida do programa Vida Selvagem da BBC e por uma gotinha de água animada que conhecia Oleiros pela primeira vez.

No seu décimo quinto aniversário, a Feira do Pinhal primou mais uma vez pelo sucesso devido à entrega e dedicação de todos quantos colaboraram para que esta se mantenha diver-sificada, organizada e trazendo sempre novidades a quem a visita.

Quintais nas Praças do Pinhal voltaram a Oleiros

Os Quintais nas Praças do Pinhal voltaram a Oleiros no últi-mo dia da Feira do Pinhal, e contaram com a participação de cerca de 50 expositores dos cinco concelhos participantes (Oleiros, Mação, Sertã, Vila-de-Rei e Proença-a-Nova).

Num dia em que centenas de pessoas passaram pelo Jardim Municipal, não faltou animação desde os bombos da Casa do Benfica de Proença-a-Nova, à Filarmónica Oleirense e ainda um cantor conterrâneo. À tarde o Rancho Folclórico e Etno-gráfico de Oleiros realizou uma marcha singular, acompanhada de uma “junta de bois”, que há muito não se via no concelho. A actuação fez alusão às tradições oleirenses, seguindo com destino à Igreja Matriz para a concentração das fogaças, inse-rida nos festejos de Santa Margarida.

A XXXIV edição encerrou às 18 horas, altura em que abriu a Feira do Pinhal, e foi considerada a mais movimentada de sem-pre no concelho de Oleiros.

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Chegou ao fim o XXXII Festival do Vinho Português e a XXII Feira Nacional da Pêra Rocha, certame que repetiu o sucesso das edições anteriores e confirmou o crescimento que se tem vindo a verificar nos últimos anos.

Organizado pelo Município do Bombarral, em parceria com a Confraria dos Enófilos da Estremadura, o evento realizou-se na Mata Municipal, por onde passaram, ao longo dos seis dias do certame, mais de 30 mil pessoas, a avaliar pelos ingressos ven-didos. Este número de visitantes reflectiu-se nas transacções realizadas, principalmente ao nível dos expositores ligados ao sector do vinho, que necessitaram renovar, por várias vezes, o seu stock, e também no restaurante oficial do certame e nas tasquinhas, cuja lotação esgotou em todos os dias do evento.

Aliás, o sucesso do evento reflectiu-se não só nos espaços de restauração e tasquinhas da feira, mas na afluência aos es-tabelecimentos de restauração e bebidas existentes no conce-lho, que ao longo dos seis dias do certame contaram com um aumento significativo de clientes.

Primeiro-Ministro inaugurou o certame

A inauguração do certame foi presidida pelo Primeiro-Mi-nistro, Pedro Passos Coelho, que salientou o “desempenho de excelência” que os sectores do vinho e da pêra rocha têm tido nos últimos anos, sectores que o governante acredita terem capacidade para crescer ainda mais.

Por sua vez o presidente da Câmara, José Manuel Vieira, re-alçou o “evento como o principal acontecimento de promoção económica do concelho do Bombarral” e chamou a atenção para “alguns dos principais problemas relacionados com a pro-dução e comercialização dos produtos em destaque”.

Na inauguração do certame marcaram presença a secretá-ria de Estado dos Assuntos Parlamentares e Igualdade, Teresa Morais, bem como vários autarcas da Câmara e Assembleia Municipal, das Juntas e Assembleias de Freguesia e de vários deputados à Assembleia da República, bem como vários pre-

Mais de 30 mil pessoas passaram pelo certame

Festival do Vinho e Feira Nacional da Pêra Rocha confirmou a tendência de crescimento dos últimos anos

sidentes das câmaras que compõe a Comunidade Intermunici-pal do Oeste, autarcas que regressaram ao certame dias mais tarde a convite do presidente da Câmara do Bombarral, José Manuel Vieira.

Preocupações do sector estiveram em debate nas jornadas técnicas

Para além da vertente que engloba a parte da exposição dos produtos, o certame é cada vez mais um momento de refle-xão sobre os problemas que afectam os sectores do vinho e da pêra rocha, os quais estiveram em debate nas jornadas técni-cas, que este ano se realizaram na Mata Municipal.

As jornadas direccionadas para o sector vitivinícola inicia-ram-se com a apresentação de alguns esclarecimentos sobre o programa VITIS e outros apoios à viticultura, por parte dos oradores Gonçalo Daniel (APAS) e Nuno Gomes. Por sua vez Pedro Nunes, do COTNH, abordou a questão da inspecção de pulverizadores, apresentação à qual se seguiu a demons-tração de como são realizadas as inspecções. Por último, os participantes foram para o terreno assistir à demonstração de uma máquina de plantação de vinha, apoiada por sistema de GPS, acção que contou com o apoio de Vinomatos.

No dia seguinte, as jornadas foram dedicadas à Pêra Rocha, tendo sido debatidos alguns dos temas que mais preocupam actualmente a fileira: a fitossanidade e a conservação.

No primeiro painel, Nelson Isidoro (Coopval), apresentou os resultados do segundo ano do Projecto Qualipera, enquanto Cláudia Neto (SELETIS) falou sobre a prevenção do Fogo Bac-teriano das Pomóideas. Por último, João Pedro Luz (ESACB) e Maria do Carmo Martins (COTHN) apresentaram os resultados do Projecto FitoPromo, enquanto João Azevedo (APAS) abor-dou a problemática da estenfiliose.

Uma vez mais, o certame encerrou com um balanço extre-mamente positivo e já com o pensamento na edição de 2016.

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Os produtores de pêra rocha vão passar a poder exportar para o México, Costa Rica e Colômbia, anunciou o Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agro-alimentar, Nuno Vieira e Brito.

“O México abriu na passada semana as suas fronteiras à pêra rocha”, afirmou o secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agro-alimentar, adiantando que “a partir da pró-xima campanha” os produtores passarão a ter como alternati-va aquele que é “um mercado extremamente importante, que pela grande dimensão quer pela sua capacidade económica”.

O mesmo acontece com a Costa Rica, mercado que na pró-xima campanha poderá ser uma alternativa de escoamento da pera que, face ao embargo da Rússia, perdeu um mercado que valia 4,1 milhões de euros anuais. A par disso, afirmou Nuno Vieira e Brito, uma delegação da Colômbia “virá no final deste mês visitar as nossas explorações e organizações de produto-res para que possamos, também na próxima colheita, exportar para aquele país”.

Ao sector que no último ano viu aumentar a concorrência dos países europeus, impedidos de exportar para a Rússia, abre-se assim, segundo o governante, “um mercado mais exi-gente, mais valorizado e que poderá trazer maior riqueza para os produtores do Oeste”.

No Bombarral, onde visitou o XXXII Festival do Vinho Por-tuguês, que decorre paralelamente com a XXII Feira Nacional

Anunciou Nuno Vieira e Brito, no Bombarral

Pêra Rocha vai passar a ser exportada para Colômbia, Costa Rica e México

da Pera Rocha, Nuno Vieira e Brito, anunciou ainda que o Go-verno solicitou à Comissão Europeia que “autorizasse por mais um ano a aplicação da toxiquina, um produto fitossanitário, em pêra devidamente controlada que vá para países terceiros”.

A excepção, que já foi concedida nos últimos anos, pretende “salvaguardar problemas de conservação da pêra” para que esta possa continuar a ser exportada para “países que usam a toxiquina”, ou seja, mercados exteriores à União Europeia. Ain-da assim, adiantou, para que Portugal possa cumprir a direc-tiva europeia que impede a utilização da toxiquina, o Governo está também a “apoiar todos os mecanismos de inovação para que consigamos encontrar alternativas” para a conservação do fruto.

A garantia de Nuno Vieira e Brito foi dada durante o jantar anual da pêra rocha e do vinho, integrado no festival que de-correu na Mata Municipal do Bombarral. No evento foram ho-menageados os produtores presentes no certame e entregues os prémios do Concurso de Vinhos, sector que, ao contrário da pêra, cuja produção conheceu uma quebra, passa um momen-to positivo que mereceu referências do secretário de Estado.

“O vinho tem cada vez mais valores de exportação que são recordes atingindo os 730 milhões de euros”, recordou, subli-nhando ter-se registado uma “quer um aumento da produção e da exportação» quer o seu valor por unidade, sendo por isso «um bom exemplo do sector agro-alimentar”, rematou.

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A implementação de um instrumento de Desenvolvimento Lo-cal de Base Comunitária (DLBC) em território rural “será vantajosa para a região”, afirmou o presidente da Associação de Desenvol-vimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria (ADRITEM), Emídio Sousa.

“Com o envolvimento dos actores locais, é feito um trabalho orientado para o empreendedorismo e a criação de emprego, a inovação e o combate à exclusão sociais em territórios fragiliza-dos economicamente ou de baixa densidade populacional”, disse aquele responsável, também presidente da Câmara de Santa Ma-ria da Feira. “Estamos conscientes das oportunidades de finan-ciamento que poderão advir através do DLBC, numa perspectiva de desenvolvimento económico para o nosso território”, subli-nhou.

Durante a primeira assembleia de parceria do DLBC Rural de Terras de Santa Maria, que decorreu em finais de Julho na sede da ADRITEM, em Cesar (Oliveira de Azeméis), foi reconfirmado o consórcio tendo em vista a operacionalização do instrumento que surge no âmbito do programa Portugal 2020.

Mais de uma centena de entidades em torno de um objectivo comum

Meio rural reforçado com parceria impulsionada pela ADRITEM

Ao todo, 113 parceiros de diferentes sectores de actividade mar-caram presença nesta sessão em torno de um objectivo comum: a Estratégia de Desenvolvimento Local a submeter à segunda fase da candidatura DLBC, assegurada pela ADRITEM, enquanto entidade gestora do GAL ADRITEM Rural 2020.

O DLBC é um acordo estabelecido entre Portugal e a Comissão Europeia, que define as políticas económicas, sociais e territoriais e desenvolver nos próximos sete anos, em linha com os objectivos gerais de crescimento inteligente, sustentável e inclusivo.

Este instrumento visa especialmente promover, em territórios específicos, a concertação estratégica e operacional entre par-ceiros, orientada para o empreendedorismo e a criação de postos de trabalho, em coerência com o Acordo de Parceria - Portugal 2020.

Através do apoio às estratégias de desenvolvimento local, é possível promover uma resposta aos problemas de pobreza e ex-clusão social, em territórios rurais, através da dinamização eco-nómica local, da revitalização dos mercados locais e do estímulo à inovação social.

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A capela de Nossa Senhora da Ouvida, na freguesia de Mon-teiras, junto à A24, no concelho de Castro Daire recebeu a Feira Anual que anualmente atrai milhares de visitantes. Este ano, com o bom tempo e o fim-de-semana, “houve mais gente” na feira, diz o presidente da Junta de Monteiras, Américo Silva.

Esta feira de cariz popular, provavelmente uma das maiores da região centro e onde tudo se vende e tudo se compra, con-tou este ano com cerca de 400 expositores espalhados pelo largo fronteiriço à capela, numa festa onde as chegas de bois e os cantares ao desafio são as grandes atracções.

Já a pensar na edição de 2016, Américo Silva diz que o ob-jectivo é “atrair cada vez mais pessoas à Feira e criar melhores condições, tanto para quem expõe como para quem nos visitar, mas também de acessibilidade”.

Na freguesia de Monteiras, em Castro Daire

Feira Anual na Senhora da Ouvida

com mais gente

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A Verallia Portugal anunciou os vencedores do Concurso de Design & Criatividade, numa gala que decorreu no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, foram divulgados os vencedores. A apresentação da cerimónia esteve ao cargo do humorista NILTON.

Com o lema “Prático e Fácil de Utilizar”, a entrega dos pré-mios da segunda edição do Concurso de Design e Criatividade promovido pela Verallia Portugal revelou muito design, inova-ção, humor e casa cheia.

Todos os alunos de Design e Artes matriculados no Ensino Superior no ano lectivo 2014-2015, foram convidados a parti-cipar neste Concurso para criar projectos cujo objectivo fosse facilitar a utilização ou um gesto do quotidiano com base na inovação e na diferenciação para chegar a novos consumido-res. Os alunos tinham de relembrar as qualidades de proximida-de do vidro com o consumidor e propor soluções que possam simplificar, agilizar o dia-a-dia com a criação de embalagens em vidro que sejam práticas e fáceis de utilizar.

Os resultados ultrapassaram as expectativas, com 88 pro-jectos a concorrerem e a reflectirem uma elevada qualidade e criatividade por parte dos alunos.

Nilton aceitou o desafio de apresentar esta cerimónia, com base no humor, criatividade e boa disposição, num cenário de “5 para a meia-noite”, com o mobiliário cedido pelos “Móveis Silvério”, empresa sedeada na Zona Industrial da Gala – Fi-gueira da Foz.

A decisão e votação dos jurados revelaram-se difíceis devi-do ao grau de inovação que os alunos apresentaram nos pro-jectos. Contudo, os cinco melhores projectos receberam uma assinatura de 12 meses da Revista Exame, uma assinatura de 6 meses da Revista de Vinhos, entrada gratuita na VII Confe-rência da Marketeer e o livro de Design “Hooked: How to Build Habit-Forming Products Hardcover de Nir Eyal”:

O primeiro prémio foi atribuído a Márcio Coelho, com o pro-jeto Aureus, na categoria “Aguardentes e Licores”, da Universi-dade da Beira Interior – Covilhã. Recebeu igualmente um pré-mio de 2.000,00€.

O segundo prémio foi atribuído a Sara Silva com o projecto Degusta, na categoria “Vinhos”, da Escola Superior de Educa-ção de Coimbra. Recebeu igualmente um prémio de 1.500,00€.

O terceiro prémio foi atribuído a Adélia Marques com o pro-jecto Drink Pic, na categoria “Espumantes”, da Escola Superior de Educação de Coimbra. Recebeu igualmente um prémio de 1.000,00€.

O quarto prémio foi atribuído a Paulo Oliveira com o projeto Enfold, na categoria “Aguardentes e Licores”, da Escola Supe-

Promovido pela Verallia Portugal

Gala deu a conhecer os vencedores do II Concurso de Design e Criatividade

rior de Tecnologia e Gestão da Guarda. Recebeu um estágio de dois meses na Verallia Portugal.

O quinto prémio foi atribuído a Lisa Resende com o proje-to Diagonolive, na categoria “Azeites”, da Escola Superior de Educação de Coimbra. Recebeu também um estágio de 1 mês na Verallia Portugal.

As Menções Honrosas foram atribuídas aos projetos Duolive de Filipa Gomes da Universidade Lusíada do Port;, Wine Fit de Ricardo Brás da Universidade Lusíada do Porto; Grip de Rui An-tunes da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnolo-gias de Lisboa; RRR – Water Bottle – Reduce, Re-Use, Recycle de Pedro Silva da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa e Gin Premium de Luís Gonçalves da Es-cola Superior de Tecnologia e Gestão da Guarda.

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As florestas precisam de mais tempo do que os cientistas estimavam para recuperarem das secas, o que significa que afinal captam menos dióxido de carbono (CO2) que o calcu-lado, segundo um estudo divulgado pela revista norte-ame-ricana Science.

Em consequência, o aquecimento do planeta é mais rápido que o antecipado nas simulações, dado o papel crucial de-sempenhado pelas concentrações florestais na absorção de C02, preveniram os investigadores autores do estudo publi-cado esta semana na revista norte-americana Science.

As florestas captam enormes quantidades de CO2, o mais importante gás com efeito de estufa, libertadas na atmosfera, designadamente pela combustão de hidrocarbonetos. Esta componente chave da fotossíntese é a seguir armazenada pelos vegetais, que desempenham assim um papel importan-te na limitação do aquecimento global induzido pelas activi-dades humanas. Mas os vegetais precisam em média de dois a quatro anos para recuperar uma taxa normal de crescimento depois do fim de uma seca. Antes deste estudo, a duração da recuperação era desconhecida para a maior parte das espé-cies de árvores.

Ao investigarem bases de dados sobre os anéis das árvo-res, os cientistas calcularam o tempo necessário até o tronco começar a crescer depois das grandes secas ocorridas após 1948, em mais de 1.300 florestas de todo o mundo. Os anéis

Segundo um estudo divulgado pela revista Science

Florestas precisam de mais tempo que o previsto para recuperar de secas

de um tronco constituem um excelente registo do crescimen-to de uma árvore e registam a captura de CO2 do ecossistema no qual crescem.

Segundo as suas descobertas, o crescimento dos troncos foi cerca de 9 por cento mais lento do que o normal durante o primeiro ano de recuperação e 05% no segundo ano. “Esta descoberta muda as coisas porque as futuras secas devem ser mais frequentes e mais severas, devido precisamente às alterações climáticas”, explicou William Anderegg, professor adjunto de Biologia na Universidade do Utah.

Porque se as árvores precisam de mais tempo para recupe-rar de uma seca, a sua capacidade de armazenagem de CO2 é inferior à que os modelos climáticos incorporam para an-tecipar as alterações climáticas. “Se as florestas não são tão eficazes a capturar o CO2, isso significa que o aquecimento global vai acelerar”, preveniu Anderegg.

Esta diferença no regresso à normalidade do crescimento florestal “não é insignificante”, uma vez que, ao longo de um século, pode representar menos 1,6 mil milhões de toneladas de CO2 capturadas, cerca de 3%, apenas pelas florestas situ-adas em sistemas semiáridos.

As emissões de CO2 atingiram 32,3 mil milhões de tone-ladas no mundo em 2014, segundo a Agência Internacional de Energia. Em 2013, só os EUA emitiram 5,2 mil milhões de toneladas.

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O “Portugal Sou Eu” é um dos convidados de honra da edi-ção deste ano da Feira de São Mateus, que está a decorrer em Viseu até ao dia 13 de Setembro, através do “Dia Portugal Sou Eu”, que terá lugar a 19 de agosto.

O “Dia Portugal Sou Eu” estará repleto de iniciativas diver-sas, onde o palco principal será dos produtos com incorpora-ção nacional e das Empresas e Estabelecimentos Aderentes ao programa, representantes de diversos sectores de actividade.

Nesta sequência, o “Portugal Sou Eu” irá promover uma mostra de produtos, uma prova de vinhos, um showcooking - confeccionado com os produtos com o selo “Portugal Sou Eu” - e dará ainda a conhecer os novos Estabelecimentos (secto-res do Comércio e Restauração) e Empresas (sector dos Servi-ços) Aderentes ao programa. No mesmo dia, será apresentado, pelo Dux Palace, o “Menu Petisco”, que irá concorrer ao prémio “Menu Portugal Sou Eu”. Para terminar, o “ Portugal Sou Eu” promete um final de dia repleto de emoções com um espectá-culo de uma artista de fado que aderiu ao programa.

As acções de dinamização do “Dia Portugal Sou Eu” conta-rão com a presença da Directora-geral da AIP-CCI - Associa-ção Industrial Portuguesa, Norma Rodrigues, do Presidente da Câmara Municipal de Viseu, António Almeida Henriques e do Presidente da AIRV – Associação Empresarial da Região de Vi-seu, Carlos Marta.

Última HoraNo dia 19 de Agosto

“Dia Portugal Sou Eu” na Feira de São Mateus

Para a AIP-CCI, co-promotor do “Portugal Sou Eu” e orga-nizador desta participação em parceria com a AIRV, “a Feira de São Mateus é um espaço único, uma vez que estamos a falar da mais antiga feira franca da Península Ibérica, uma marca de Viseu, da região e de Portugal. O dia 19 de agosto, “Dia Portu-gal Sou Eu” na Feira de São Mateus, será transformado num palco de excelência para a produção nacional e irá promover e sensibilizar a população para a importância do “Portugal Sou Eu” na economia portuguesa”.

O programa “Portugal Sou Eu” foi lançado em Dezembro de 2012 para melhorar a competitividade das empresas portu-guesas, promover o equilíbrio da balança comercial, combater o desemprego e contribuir para o crescimento sustentado da economia.

Até ao momento estão qualificados com o selo “Portugal Sou Eu” 3.341 produtos que, no seu conjunto, representam um volume de negócios agregado superior a 3,1 mil milhões de eu-ros. A grande maioria dos produtos tem patentes e/ou marcas registadas e 67 por cento integra o sector da alimentação e bebidas. No portal www.portugalsoueu.pt estão registadas mais de 1.300 empresas nacionais, cujos produtos estão em processo de qualificação. De registar o inicio da adesão ao selo das empresas de serviços e das empresas de comércio e da restauração através do Estatuto Estabelecimento Aderente.

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Os vinhos portugueses premiados no concurso enológico internacional “La Selezione del Sindaco” receberam as meda-lhas durante a XXIII edição da Exporeg – Exposição de Activi-dades Económicas, que decorreu em Reguengos de Monsaraz.

Portugal obteve 17 medalhas Grande Ouro num total de 27 atribuídas, 78 de ouro, atribuídas 143 medalhas e 53 de prata, atribuídas 131 medalhas, e vai ser na Cidade Europeia do Vinho 2015 que se vão reunir os produtores e empresas vitivinícolas de norte a sul do país para receberem os prémios.

O concurso “La Selezione del Sindaco” foi realizado pela pri-meira vez em Portugal, em Maio, em Oeiras, numa organização da Associação de Municípios Portugueses do Vinho, em parce-ria com a associação italiana Cittá del Vino e a Rede Europeia das Cidades do Vinho (Recevin).

Este concurso enológico, que prevê a participação conjun-ta do produtor e do município, colocou à prova mais de 1.100 vinhos de toda a Europa e do Brasil, tendo os produtores de Reguengos de Monsaraz recebido oito medalhas de ouro e três de prata.

Autarquia de Reguengos de Monsaraz apresentou Passaporte Turístico

O município de Reguengos de Monsaraz aproveitou a Expo-Reg - Exposição de Actividades Económicas para apresentar o Passaporte Turístico, numa iniciativa em que foi também lançado um novo operador turístico, o «Alentejo Exclusive». O Passaporte Turístico é o documento comprovativo das aqui-sições de produtos e serviços efetuadas pelo seu titular em todos os agentes turísticos que pretendam participar nesta iniciativa, incluindo as olarias do Centro Oleiro de S. Pedro do Corval, considerado o maior do país com 22 olarias em acti-vidade. O documento é pessoal e intransmissível e pode ser requerido nos postos de turismo de Monsaraz e de Reguen-gos de Monsaraz, na Casa do Barro - Centro Interpretativo da Olaria de S. Pedro do Corval e em todos os agentes turísticos aderentes.

O Passaporte Turístico abrange a Rota da Olaria benefician-do todas as pessoas que efectuem quaisquer compras em pelo menos três olarias, num valor mínimo de dez euros por olaria. Para compras efetuadas entre 30 e 150 euros, o titular do Pas-saporte Turístico terá direito a uma garrafa de vinho DOC edi-ção Cidade Europeia do Vinho 2015 e para compras de valor superior poderá receber uma garrafa de vinho edição Premium Cidade Europeia do Vinho 2015. Na Rota Turística, quem ad-quirir pelo menos três produtos ou serviços nos sectores do enoturismo, restauração, alojamento, artesanato/produtos locais e actividades de animação, poderá receber uma garrafa de vinho DOC edição Cidade Europeia do Vinho 2015 por com-

Última HoraEm Reguengos de Monsaraz, durante a Exporeg

Vinhos premiados em concurso “La Selezione del Sindaco” já receberam as medalhas

pras efetuadas entre 150 e 300 euros, e uma garrafa de vinho edição Premium Cidade Europeia do Vinho 2015 por compras de valor superior num total de cinco produtos ou serviços.

Também nesta sessão foi apresentada a «Alentejo Exclu-sive», uma empresa startup com sede social e empresarial no concelho de Reguengos de Monsaraz, que numa primeira fase irá desenvolver um projecto base de gestão integrada com agência de viagens incomming a operar através de pla-taforma de e-commerce, para a venda de pacotes turísticos organizados na região Alentejo. A plataforma estará preparada para durante o próximo ano alargar o conceito a outras regiões nacionais através de franchising, funcionando como «Portugal Exclusive», dividido em segmentos regionais, réplicas do Alen-tejo mas adaptadas à realidade de cada uma.

Com parcerias já estabelecidas com alguns operadores in-ternacionais para uma abordagem eficaz aos mercados centro e norte europeus, americanos e asiáticos, o projecto assenta na venda de pacotes integrados com dormida, comida e acti-vidades, traduzidos numa experiência única e exclusiva.

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Ano XI - N.º 253Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), [email protected] | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda.Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo e Fernando FerreiraOpinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 362, Loja 11, Fracção AH - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320E-mail: [email protected] | Web: www.gazetarural.comICS - Inscrição nº 124546Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís AraújoSede Lourosa de Cima - 3500-891 ViseuCapital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04Execução Gráfica NovelGráfica | Telf. 232 411 299 | E-mail: [email protected] | Rua Cap. Salomão 121-123, 3510-106 ViseuTiragem média Mensal Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2000 exemplaresNota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

Realizou-se no dia 6 de agosto a primeira Assembleia-geral da Confraria Gastronómica do Cabrito Estonado. Neste primei-ro encontro foram eleitos os seus órgãos sociais e admitidos 45 novos elementos que se juntam agora aos 14 que assinaram a escritura de constituição da Confraria.

Os 59 confrades fundadores aprovaram a admissão de Ruy de Carvalho como confrade de honra, assim como o valor da jóia e da quota anual fixar. Foram ainda abordadas outras questões de interesse da Confraria, como a execução do traje ou o registo da marca Confraria Gastronómica do Cabrito Es-tonado.

Confraria Gastronómica do Cabrito Estonado reúne confrades

O Grupo Crédito Agrícola lançou, a partir do dia 06 de Agos-to, o “2º Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola” destinado a produtores e cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país, em parceria com a Associação dos Escanções de Portu-gal

A concurso estarão vinhos brancos e tintos produzidos em Portugal, agrupados por região vitivinícola e diferenciados por produtores e cooperativas. Para cada região vitivinícola e para as categorias “Vinho Branco” e “Vinho Tinto”, assim como “Produtores” e “Cooperativas” será atribuída a distinção Tam-buladeira dos Escanções de Portugal de ouro, prata e bronze.

O Concurso decorrerá na Feira Portugal Agro, de 21 a 23 de Novembro, na FIL, em Lisboa, da qual o CA é patrocinador ofi-

Depois do sucesso alcançado em 2014

Crédito Agrícola lança segunda edição do Concurso de Vinhos

cial. A 21 e 23 de Novembro terá lugar a realização das Provas Cegas pelo Júri do Concurso e no dia 24 de Novembro decorre-rá a Cerimónia de Entrega de Prémios, também na FIL, durante a Feira Expo/Alimentária 2015.

De sublinhar que em 2014, a primeira edição do Concurso de Vinhos registou a inscrição de 280 vinhos e premiou um total de 74 vinhos brancos e tintos, oriundos das regiões vitiviníco-las dos Vinhos Verdes, Trás-os-Montes, Douro, Beiras, Dão, Bairrada, Tejo, Lisboa, Península de Setúbal e Alentejo.

Esta é mais uma iniciativa do Grupo Crédito Agrícola para apoiar o sector e o desenvolvimento das economias locais, es-pecialmente as Cooperativas e os Produtores, promovendo e colocando à prova a qualidade dos vinhos nacionais.

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BrevesArmamar promove exposição de fotografias antigas do

concelho

A Câmara de Armamar lançou o desafio de se fazer uma exposição de fotografias antigas de Armamar de 27 de Setembro a 31 de Outubro no salão nobre do edifício sede da autarquia.

Os interessados em colaborar podem deixar as suas fotografias, a título de empréstimo, no Posto de Turismo de Armamar até ao próximo dia 15 de Setembro. Todo o material será devolvido aos seus proprietários no final do evento.

Esta iniciativa resulta do desafio lançado pela Direcção Geral do Património Cultural, no âmbito das Jornadas Europeias do Património que terão lugar entre os dias 25 e 27 de Setembro. Estas jornadas são uma iniciativa anual do Conselho da Europa e da União Europeia, envolvendo mais de 40 países, com o objectivo de sensibilizar os cidadãos para a importância da protecção do património.

Termas de Portugal reforçam oferta de programas de férias para toda a família

Agosto é o mês de férias da maioria das famílias portuguesas. Por esse motivo, as Termas de Portugal apresentam um leque de propostas diversificadas para as férias em família. Para além dos programas termais terapêuticos e de propostas de bem-estar e promoção de saúde adaptados para todas as idades, as férias nas Termas incluem actividades de animação, desportivas e culturais, privilegiando sempre o contacto com a natureza.

Através das virtudes excepcionais das águas minerais naturais, as férias nas Termas significam a reposição do equilíbrio orgânico, funcional e mental através das técnicas termais como: duches, banhos, massagens, relaxamento, anti-stress e outras pensadas no bem-estar dos clientes.

Uma estada em qualquer uma das unidades hoteleiras das Termas de Portugal permite explorar a beleza da região circundante - maravilhas naturais de enorme valor, monumentos históricos, museus, uma rica e vasta gastronomia local, etc. - bem como outras actividades a decorrerem durante a época estival.

As propostas de férias de verão das Termas de Portugal podem ser consultadas no site www.termasdeportugal.pt ou na página do Facebook www.facebook.com/termasdeportugal.

Nestas férias ligue o GPS e rume às Termas para reencontrar o equilíbrio depois de um ano de trabalho.

Serpa no reinado de D. Dinis

A VIII edição da Feira Histórica e Tradicional de Serpa decorre de 21 a 23 de agosto de 2015, no centro histórico da cidade. A Feira inclui no seu programa recriações históricas, animação musical, teatro, espectáculos equestres, palestras, oficinas e exposições, entre outras actividades.

A edição deste ano evoca o reinado de D. Dinis (1279-1325). Com o fim da empresa da “Reconquista”, em 1294, e com a assinatura do Tratado de Alcanizes, em 1297, o monarca deu especial atenção às povoações e fortificações que se localizavam ao longo da fronteira terrestre do reino. Assim, as obras realizadas por D. Dinis no castelo e nas muralhas de Serpa, que deram origem a três lápides com o brasão do monarca e inscrição, foram acompanhadas pela concessão de carta de foral, outorgada em 1295.

Do ponto de vista económico, as disposições do documento indicam que a pastorícia e a agricultura eram as actividades fundamentais. Quanto ao comércio, era o pão e o vinho, os panos de lã e linho, o pescado... O foral revela ainda uma sociedade em reorganização, onde é grande a tensão social e política. Vejam-se as penas que oneravam as violações, o roubo de objectos e de terras e até as dificuldades na travessia de barco do Guadiana, de uma para a outra margem. Mas nem só a travessia do Guadiana era vigiada. Os caminhos também não eram seguros e o foral pretende garantir a protecção da actividade mercantil, em particular a movimentação de mercadores cristãos, judeus ou mouros. A regência de D. Dinis assinala um tempo de convivência em paz e tolerância para os três credos.

Governo antecipa para Outubro pagamento das ajudas ligadas ao tomate e arroz

O Ministério da Agricultura e do Mar anunciou que vai antecipar em dois meses, para Outubro, os pagamentos das ajudas ligadas ao tomate e arroz. “Estes pagamentos, de 240 euros por hectare para o tomate e de 194 euros por hectare para o arroz, serão antecipados em dois meses”, indica o comunicado da tutela, segundo o qual “estes adiantamentos vêm no seguimento da antecipação já anunciada aos pagamentos ligados ao leite, bem como às vacas aleitantes, ovinos e caprinos”.

Segundo o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, “trata-se de uma boa notícia no ano de implementação da nova reforma da Política Agrícola Comum (PAC)”. “Foi um ano atípico, com muitas mudanças na PAC e com dificuldades que um primeiro ano de reforma sempre traz”, acrescentou, citado no comunicado.

O facto de Portugal figurar entre “os primeiros países a abrir as candidaturas vai permitir o adiantamento de todos os pagamentos”, destaca ainda o governante. O ministério garante continuar “a envidar todos os esforços para que […] mais apoios sejam antecipados ou veiculados o mais atempadamente possível”.

I Feira do Mel e Artesanato em Pendilhe

A freguesia de Pendilhe acolhe, no domingo, dia 16 de agosto, a primeira Feira do Mel e Artesanato, promovida pela Associação As Capuchinhas de Pendilhe e pela Junta de Freguesia, com o apoio do Município de Vila Nova de Paiva, entre outros.

O mel será um dos produtos de excelência deste certame e conta com a Rota do Mel, palestras e provas. Exposição e venda de artesanato e produtos típicos estarão à disposição dos visitantes. Para animar a feira, actuarão o Rancho Folclórico Terras do Alto Paiva e o grupo musical Brinca o Baile.

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A cidade de Chaves recua 2000 anos até à época romana, entre 21 e 23 de agosto, para acolher a “Festa dos Povos” que vai transformar centenas de figurantes em gladiadores, legionários, senadores ou escravos.

A Câmara de Chaves, no distrito de Vila Real, anunciou que, durante três dias, a “Aquae Flaviae” vai viajar até ao império de Tito Flávio Vespasiano. A “Festa dos Povos” inclui recriações históricas, o mercado galaico romano, espectácu-los e cortejos, envolvendo à volta de 100 mercadores e centenas de figurantes.

As Alamedas de Trajano e do Tabolado e as ruas circundantes serão o palco para a realização do evento, onde se irão misturar estarão artesãos, gladia-dores, senadores, músicos, bailarinos, mendigos, escravos, falcoeiros, perso-nagens mitológicas e divindades. Nesta festa não vão faltar as iguarias gas-tronómicas e o festim de bebidas galaico-romanas com “poderes curativos e preventivos dos males do corpo e da mente”.

As legiões romanas chegaram ao território há cerca de dois milénios. Fixa-ram-se onde hoje é a cidade e distribuíram pequenas fortificações, edificaram a primeira muralha que envolveu o aglomerado populacional, construíram a ponte de Trajano, tiraram proveito das águas minerais, implantaram balneários termais, exploraram filões auríferos e outros recursos.

Este núcleo urbano adquiriu tanta importância, nessa época, que foi elevado à categoria de município, quando no ano 79 dominava Vespasiano, primeiro César da Família Flavia. Será esta a origem de Aquae Flaviae, designação anti-ga da actual cidade de Chaves.

A Festa dos Povos - Mercado Galaico-Romano é organizada pelo município de Chaves e pela empresa Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso (EHATB), com o apoio da Associação Chaves Viva.

De 21 e 23 de Agosto, durante a “Festa dos Povos”

Chaves recua 2000 anos até à época romana

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