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FICHA PARA CATÁLOGO€¦ · oeste do Paraná. A maior parte dos pequenos agricultores em função das modificações no campo vira-se obrigados em função de uma política agrícola

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FICHA PARA CATÁLOGOPRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: AS TRANSFORMAÇÕES NA AGRICULTURA NO MUNICÍPIO DE ANAHY (1970-2010)

Autor Maria Aparecida da Silva Lazarini

Escola de Atuação Colégio Estadual José Bonifácio E.F.M

Município da escola Anahy

Núcleo Regional de Educação

Cascavel

Orientador Rafaela Harumi Fujita

Instituição de Ensino Superior

Unioeste

Disciplina/Área (entrada no PDE)

Geografia

Produção Didático-pedagógica

Unidade Didática

Relação Interdisciplinar

-

Público Alvo Alunos do 2º Ano do Ensino Médio (matutino)

Localização Colégio Estadual José Bonifácio

Rua Duque de Caxias nº CEP: 85425000 - Pr

Apresentação: Este estudo busca analisar o desenvolvimento da modernização da agricultura ao longo das décadas de

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1950 -2010, bem como as dificuldades econômicas e sociais enfrentadas pela população nesse período. e

suas conseqüências no município de Anahy de 1970 a 2010 especificamente no que se refere as transformação que ocorreram no Oeste do Paraná em relação à agricultura. Em função dessa modernização no campo a maior parte dos pequenos agricultores viram-se obrigados em função de uma política agrícola a deixar suas terras em busca de outras, principalmente na região norte do Paraná. Levando assim não somente aos processos de êxodo rural e de imigração, mas também a um processo que atingiu a escola, a evasão escolar. Para a execução desse projeto serão realizados pesquisas bibliográficas,palestras e debates sobre a agricultura e os processos que ocorreram a partir dela na região centro oeste do Paraná.

Na próxima etapa, os alunos irão elaborar uma saída de campo para mostrar a realidade de algumas pequenas propriedades com agricultura familiar, onde os alunos aplicaram um questionário com os proprietários rurais com questões objetivas e subjetivas. Todo material será analisado e organizado de maneira que possa ser mostrado para todas as turmas do 2º Ano do Ensino Médio, já que o assunto faz parte do currículo.

Palavras-chave Modernização na agricultura, revolução verde,agricultura familiar, êxodo rural e evasão escolar

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIAS DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

UNIDADE DIDÁTICA

PROFESSORA PDE: MARIA APARECIDA DA SILVA LAZARINIÀREA PDE: GEOGRAFIANRE: CASCAVELPROFESSOR ORIENTADOR: RAFAELA HARUMI FUJITAIES VINCULADA: UNIOESTE MARECHAL CÂNDIDO RONDON

ANAHY2011

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UNIDADE DIDÁTICA

AS TRANSFORMAÇÃOES NA AGRICULTURA NO MUNICÍPIO DE ANAHY (1970 - 2010)

MARIA APARECIDA DA SILVA LAZARINI

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SUMÁRIO

FICHA PARA CATÁLOGO ...................................................................................................................... 1 PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA ................................................................................................ 1 Título: AS TRANSFORMAÇÕES NA AGRICULTURA NO MUNICÍPIO DE ANAHY (1970-2010) ........... 1 6 ............................................................................................................................................................ 6 JUSTIFICATIVA: ..................................................................................................................................... 6 7 ............................................................................................................................................................ 7 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 7 8 ............................................................................................................................................................ 8 1. MODERNIZAÇÃO NA AGRICULTURA NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ ....................................... 8 9 ............................................................................................................................................................ 9 10 ........................................................................................................................................................ 10 2. SUGESTÕES DE ATIVIDADES TEÓRICAS E PRÁTICAS ............................................................. 10 3. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Modernização na agricultura ........................................................ 10

3.1. CONTEÚDOS DE ENSINO MÉDIO...........................................................................................................................104. OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS .......................................................................................... 10

4.1. OBJETIVO GERAL ...........................................................................................................................................10 11 ........................................................................................................................................................ 11 4.2. Objetivos Específicos ..................................................................................................................... 11

1° procedimento – Apresentação do tema e discussão dirigida - Duração 1h/a..........................................11Questionamentos que serão registrados no caderno: .......................................................................... 11 12 ........................................................................................................................................................ 12

2° procedimento – Vídeos - Duração 1h/a....................................................................................................133° procedimento – Duração 2h/a..................................................................................................................13

............................................................................................................................................................ 13 4º procedimento – Apresentação de seminários – Duração 2h/a.................................................................1314...................................................................................................................................................................145° procedimento – Estudo de texto – Duração 2h/a.....................................................................................14

15 ......................................................................................................................................................... 15 6º Procedimento – Revolução Verde - Duração 2h/a....................................................................................177º – Procedimento – Duração 2h/a...............................................................................................................198º procedimento – Palestra – Duração 1h/a.................................................................................................19

10º- Procedimento- VIDEO E ESTUDO DE TEXTO - Duração 2h/a .................................................. 19 21 ......................................................................................................................................................... 21

11º procedimento - Organização de aula de campo – Duração 1h/a..........................................................2122 ......................................................................................................................................................... 22

15° procedimento – Aula de campo – Duração-das 13hrs as 15 hrs. ..........................................................2216° procedimento – REFLEXÃO– Duração 2h/a.........................................................................................2217° procedimento – ENCERRAMENTO – Duração 1h/a.............................................................................22

5. AVALIAÇÃO: ..................................................................................................................................... 22 6. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 23 ANEXOS .............................................................................................................................................. 24

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JUSTIFICATIVA:

O município de Anahy está situado no oeste do estado do Paraná (24°43’01”S, 53°05’03”W) a 651m de altitude, em uma área de 103km². O relevo é caracterizado por topos alongados, vertentes convexas e convexo-côncavas e vales em U aberto, modelado em rochas da Formação Serra Geral (MINEROPAR, 2006) e os solos classificados como NITOSSOLOS VERMELHOS eutroférricos, antiga terra roxa estruturada.

A riqueza de seus solos foi fator decisivo para a sua colonização, já na década de 1950 (IBGE), levando Anahy a ter uma vocação agrícola. Nesse momento o município se concentra na produção de café, hortelã e feijão, todas elas desenvolvidas em pequenas propriedades e utilizando o trabalho braçal e de animais.

Com as transformações que ocorreram no oeste do Paraná em relação à agricultura, Anahy também se adapta a nova realidade, deixando de lado o plantio em pequenas propriedades para uma agricultura voltadas a cultura da soja, visando o mercado internacional. Isso levou a uma drástica diminuição populacional e a concentração de terras, como retratado por Rippel (2005) para os municípios do oeste do Paraná.

A maior parte dos pequenos agricultores em função das modificações no campo vira-se obrigados em função de uma política agrícola a deixar suas terras em busca de outras, principalmente na região norte do Brasil (Rondonia) e Centro Oeste (Mato Grosso). Levando assim, não somente aos processos de exôdo rural e de emigração, mas também a um processo que atingiu a escola, a evasão escolar.

O ensino de Geografia deve preparar o aluno para compreender e atuar no mundo complexo, isso ocorre quando o aluno diagnostica problemas em sua realidade e busca por meio de práticas e reflexões minimizar as dificuldades. Atualmente, um dos problemas enfrentados pelo município de Anahy ainda é a emigração da população para os grandes centros urbanos, em busca de melhores condições de trabalho e salários. Assim, sabendo da importância que a escola tem na conscientização dos jovens e comunidade é necessário o desenvolvimento de ações que mostrem a realidade dos processos que ocorrem no meio rural, apontando as novas técnicas e possibilidades econômicas voltadas à agricultura hoje, os quais podem muitas vezes não resolver mais minimizar o quadro demográfico do município.

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INTRODUÇÃO

Conforme Castrogiovani (1998) a importância da geografia na sociedade atual é orientar o trabalho para a formação do aluno na perspectiva e perceber a sociedade em que vive como construção humana e a si mesmo como sujeito deste processo através da construção da identidade, da formação para a cidadania, do desenvolvimento da autonomia intelectual, da criticidade, da criatividade e da promoção de atitudes de respeito, interesse, participação e cooperação.

Nas Diretrizes Curriculares do estado do Paraná (2008), o objeto de estudo da Geografia é:

“o espaço geográfico, entendido como espaço produzido e apropriado pela sociedade, composto pela inter-relação entre sistemas de objetos naturais, culturais e técnicos - e sistemas de ações - relações sociais, culturais, políticas e econômicas.”

A agricultura brasileira é umas das principais bases da economia do nosso país, desde os primórdios da colonização evoluindo das extensas monoculturas para atual diversificação da produção até o século XXI. Nos dias atuais, o Brasil pode ser classificado como um dos maiores exportadores do mundo em diversas espécies de cereais, frutas, grãos, entre outros. Mesmo assim, apresenta ainda grandes problemas e desafios, que vão desde aos problemas tecnológicos, ambientais a problemas sociais (BALSAN, 2006).

Este material didático propõe instigar o aluno do Ensino Médio (2° ano) a entender o processo de ocupação do espaço geográfico local e regional, a partir da modernização da agricultura e quais as transformações que ocorreram no município de Anahy no tocante as dificuldades econômicas e sociais ao longo das décadas de 1970 a 2010, desta forma , procura-se utilizar de atividades e exemplos de textos que abarquem as transformações na agricultura em seu contexto regional e local.

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1. MODERNIZAÇÃO NA AGRICULTURA NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ

No estado do Paraná como no Brasil a economia estava voltada para as

atividades agropecuária. Moro (2001) afirma que:

A partir do final da década de 60 com maior vigor durante a de 70,a agricultura paranaense entra no processo de sua modernização co considerada parcial,conservadora,e dolorosa. Parcial porque limitou- se a algumas regiões do país, a alguns produtos específicos e a certas fases da organização da produção. Conservadora porque não rompeu com a tradicional concentração fundiária, isto é, da posse da terra. Dolorosa porque concorreu para espoliar no campo milhares de pessoas ligadas às atividades agropecuárias, acentuando o êxodo rural a miséria (MORO, 2001, p.91).

O processo de Modernização da agricultura na sua dinâmica interna causou

sérios impactos capazes de alterar profundamente os componentes sócio-espaciais

na organização do espaço agrário regional. Os principais impactos manifestam-se

na utilização da terra, na estrutura fundiária, na condição do produtor e na situação

rural urbana da população.

Tratando-se da evolução temporal e espacial da modernização agrícola fica

clara a estreita relação das terras e de suas formas particulares de uso do solo.

Nesse sentido Moro (2001) atesta que no contexto da modernização da agricultura a

profundidade da mudança no perfil da utilização das terras passou por profundas

modificações que foram:

Entre 1970 e 1985, as lavouras permanentes, representadas pelo café,foram reduzidas em cerca de 59%.Em contraposição, as lavouras temporárias, assentadas sobretudo na associação soja e trigo,foram ampliadas na mesma proporção de 59%. As pastagens foram ampliadas em torno de 32%,especialmente, no Noroeste do Estado, onde aumentaram em torno de 3600.000ha.(MORO, 2001.p.99)

Esses números nos indicam a profundidade da mudança que ocorreu na

utilização das terras. Atualmente vivemos as conseqüências deste processo que se

projetam sobre a população rural, reduzindo de forma expressiva o nível de emprego

e, consequentemente, engrossando as fileiras do êxodo rural e aumentando a

evasão escolar.

As principais formas de uso do solo na agropecuária paranaense entre os

anos 70 e 1985 as culturas capazes de gerar empregos no campo nada

contribuíram. Com a elevada demanda da mão-de-obra nas culturas de café durante

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as colheitas teve suas áreas reduzidas, já as culturas de algodão e cana-de-açúcar,

com a demanda da mão-de-obra na época das colheitas tiveram suas áreas

ligeiramente acrescidas na primeira metade dos anos 80.

Com chegada da mecanização, observa-se que as culturas de soja e o trigo,

tiveram suas áreas aumentadas. Outro grande problema gerado pelo processo da

modernização da agricultura paranaense foi com a estrutura fundiária da terra, nas

décadas de 1970 originando um fenômeno de concentração de tal magnitude que

veio a contribuir com êxodo rural e o processo de migração.

De acordo Rippel (2005) a região oeste do Paraná nas últimas décadas do

século XX passou por uma grande modificação quanto a sua população. A maioria

da população que vivia na zona rural hoje vive na zona urbana em conseqüência da

modernização no espaço rural.

A região Oeste do Paraná antes desenvolvia uma produção agrícola

totalmente dependente da mão de obra familiar simples e rústica com a

modernização da agricultura começou a se desenvolver uma produção intensiva em

tecnologia e baixo uso de mão de obra, tendo como conseqüência um grande

número de desempregados e o início de um movimento migratório nessa região,

levando a uma brutal redução da agricultura familiar e de seus trabalhadores.

Conforme Rippel (2005) nas décadas de 1970 e 1980 no oeste do estado do

Paraná observa-se que a produção agrícola regional teve um grande crescimento,

porém não houve um crescimento na população rural e regional. Como a

modernização do campo exige uma mão de obra qualificada, observa-se que houve

uma forte exclusão dos trabalhadores menos qualificados e da população

economicamente ativa presente no setor agrícola assim como no país.

Com as profundas modificações ocorridas no campo, na região oeste do

estado do Paraná, mas também em escala nacional, houve reduções muito grandes

no PEA (população economicamente ativa) no setor agrícola. Nesse sentido, Rippel

(2005) comenta que esse problema é resultado da reorganização da produção

regional, que, em função do aumento do desemprego no campo, e a redução dos

espaços territoriais disponíveis para os pequenos e mini produtores rurais, levou

grande maioria dos pequenos agricultores a emigrar para as áreas como pólos

regionais de Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo em busca de atividades econômicas

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na área industrial da região, gerando a evasão no campo mas também na escola.

Nesse mesmo enfoque Moro (2001) comenta que os retirantes do campo dirigiam-se

a outros Estados da federação, notadamente às fronteiras agrícolas das regiões

Centro-Oeste e Norte e á região metropolitana da capital paulista. Da mesma forma,

foi significativo o contingente que se deslocou para as terras agrícolas lindeiras ao

rio Paraná, no vizinho país Paraguai, concorrendo para a formação dos “brasil-

guaio.”

2. SUGESTÕES DE ATIVIDADES TEÓRICAS E PRÁTICAS

Para ensinar o tema, O Espaço Rural e a Modernização no Município de

Anahy(1950 -2010) com enfoque nas transformações da Agricultura, esta unidade

didática propõem os seguintes procedimentos que podem ser desenvolvidos em 16

h/a com os conteúdos que seguem:

3. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Modernização na agricultura

3.1. Conteúdos de Ensino médio

·Agricultura familiar; ·Êxodo rural; ·Agronegócio; ·Imigração;·Desemprego rural;·Revolução verde.

4. OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS

4.1. Objetivo Geral

O estudo da Geografia tem por objetivo desenvolver no educando a

capacidade de entender as diversidades e as mudanças que ocorreram na

Agricultura, tornando-os capazes de pensar esse espaço e perceber-se como parte

integrante dele na sua transformação.

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4.2. Objetivos Específicos

- Identificar o espaço rural antes e depois da modernização da agricultura;

- Analisar a tecnologia empregada na agricultura para o aumento da produção;

- Entender como a modernização da agricultura acelerou o desemprego no campo.

- Estabelecer a relação entre o uso de tecnologias nas diferentes atividades

econômicas e as conseqüentes mudanças nas relações sócio espaciais e

ambientais;

- Compreender como o homem se apropriou dos recursos tecnológicos por meio de

(sementes, máquinas agrícolas, adubos, agrotóxicos, transgênicos, etc) para a

produção de exportação;

Identificar a importância das culturas dos agricultores desenvolvidas nas regiões

brasileiras destacando a região oeste do Paraná e seu município;

- Conhecer as características e as conseqüências da revolução verde agrícola;

- Analisar as vantagens e desvantagens Modernização na Agricultura brasileira;

- Compreender a importância da agricultura familiar nas pequenas propriedades

como fonte de renda;

- Avaliar a compreensão do educando sobre as questões trabalhadas e o seu

posicionamento crítico perante o assunto;

1° procedimento – Apresentação do tema e discussão dirigida - Duração 1h/a

Para introduzir o tema – Espaço Rural e Modernização na Agricultura será

trabalhado o texto denominado “Modernização na Agricultura brasileira”. Após a

leitura do texto, será realizada uma discussão direcionada, com os seguintes

Questionamentos que serão registrados no caderno:

1-Como aconteceu chegada da modernização na agricultura brasileira?

2-Como foi recebida pelos pequenos e médios proprietários as novas mudanças na

agricultura?

3-Cite pontos positivos dessa modernização agrícola.

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12

Modernização na Agricultura Brasileira

Valdir Gregory

A agricultura brasileira, atualmente passa por imensas modernizações

tecnológicas permitindo uma rápida expansão produtiva, fazendo com que os

proprietários não somente retomassem as terras cedidas em arrendamentos e

parceria, como também incorporassem mais terras às suas propriedades.

Para os médios produtores tecnificados que possuíam entre 20 e 50 hectares os

que melhores condições tinham de se ajustarem às mudanças, ao passo que os de

menos de 20 hectares tinham limitações econômicas para suportarem os requisitos

da tecnificação.(GREGORY p.215)

Para melhor entendermos a chegada da modernização brasileira, precisamos

analisar a participação do Estado capitalista como um todo nesse grande processo.

A política agrícola contemplava cultivares e técnicas de cultivo dependente das

inovações tecnológicas e era do poder publico que se empunhava para que

houvesse a difusão e a adoção de novas técnicas .O Estado, pagava aos

produtores na proporção em que estes tivessem acesso ao crédito, para que

aceitasse incorporar-se ao processo de modernização e endividamento(Persagri ll,

1891,p. 81)bancários. Surge as cooperativas e a ACARPA atuando na expansão de

elaboração de projetos,de financiamentos bancários.(Persagri ll,1981, p,81)Porém

os pequenos produtores escapavam dos custos referentes a elaboração de projetos

de créditos exigidos pelos bancos. Para trazer maiores facilidades no acesso ao

crédito foi abolida a exigência de projetos para pequenos tomadores,sendo sendo

estabelecido o crédito rotativos para tomadores de reconhecida capacidade

financeira. Desta forma, os cooperativados não precisavam apresentar projeto

individual. Tivemos o crédito de custeio e de investimento que ajudaram a difundir as

técnicas modernas.

Este sistema de crédito trouxe facilidades para que empresas vendedoras de

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máquinas, com requisitos para vender via crédito bancário,exigissem, também, a

venda de implementos,às vezes,dispensáveis. (Persagri ll, 1891,p. 81)Vemos então

o “CREDITO” de custeio como um condutor tecnológico para modernização da

agricultura.

Fonte de Pesquisa: Os eurobrasileiros e o espaço colonial – Valdir Gregory –

gerações Migrações no Oeste do Paraná 1940 -1970 p. 214,215 e 216.

2° procedimento – Vídeos - Duração 1h/a

Dando continuidade ao estudo do tema proposto, será apresentado dois

vídeos com duração de (Agricultura no Brasil com duração de 04 minutos e história

do Mapa e Agricultura Brasileira com duração de 07 minutos) a disposição no

youtube, com o objetivo de mostrar a importância da transformação na Agricultura

brasileira e como essa transformação proporcionou ao Brasil a se tornar um país de

grande potência na produção graneleira e exportadora. Incentivar os pequenos e

médios agricultores para uma cultura de subsistência para o país.

3° procedimento – Duração 2h/a

Será distribuído o tema “Agricultura Brasileira” para pesquisas bibliográficas

em grupo. Cada grupo irá pesquisar sobre as principais agriculturas das regiões

brasileiras, dando maior destaque para o Estado do Paraná, Região Oeste e seu

Município, com a finalidade de observar e identificar o tipo de produção.

Essas pesquisas serão realizadas no laboratório de informática com

orientação da professora.

4º procedimento – Apresentação de seminários – Duração 2h/a

Os alunos, sob forma de seminário apresentarão os resultados das pesquisas

realizadas sobre a Agricultura no Brasil, Estado do Paraná, Região Centro- Oeste do

Estado e município de Anahy através de cartazes, textos e TV pendrive.

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5° procedimento – Estudo de texto – Duração 2h/a

Serão distribuídos textos referentes à Agricultura na Região Oeste do Paraná

e do município de Anahy, logo a leitura destes será realizada uma explicação e

contextualização dos mesmos.

Primeiramente será trabalhado um texto sobre a Agricultura do Oeste do Estado do

Paraná, de Ricardo Rippel. Através deste texto, o aluno irá analisar as

conseqüências que a modernização da agricultura trouxe a Região Oeste do

Paraná como o êxodo rural, o desemprego em função da tecnologia a substituição

do homem pela máquina.

Em seguida, será trabalhado um texto sobre a Agricultura do município de Anahy,

texto produzido com informações cedidas pela Secretaria da Agricultura do

município de Anahy. O estudo desse texto auxiliará os alunos a analisar as

transformações que modernização trouxe a população do campo nas décadas de

1970 e 2010.

TEXTO -1

MODERNIZAÇÃO NA AGRICULTURA NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ

A região oeste do Paraná nas últimas décadas do século XX passou por um

grande modificação quanto a sua população. A maioria vivia na zona rural e passa a

viver na zona urbana em conseqüência da modernização no espaço rural.

A região Oeste do Paraná que antes desenvolvia uma produção agrícola totalmente

dependente da mão-de-obra familiar simples e rústica, agora passa a desenvolver

uma produção intensiva em tecnologia com baixo uso de mão-de-obra, gerando um

grande movimento migratório na região.

Com o uso de modernas tecnologia, mecanização rural, agrotóxicos, maquinários,

adubos plantio direto e outros cresce a produção agrícola e seu comercio gerando

como conseqüência um grande numero de desempregados na zona rural.

Wood e Carvalho, (1994) apontam que a mecanização da produção agrícola

vem crescendo e em contra partida a uma redução na demanda da mão-de-obra do

campo,uma vez que a mecanização das fazendas,ocorre a substituição de grande

Page 16: FICHA PARA CATÁLOGO€¦ · oeste do Paraná. A maior parte dos pequenos agricultores em função das modificações no campo vira-se obrigados em função de uma política agrícola

partes dos empregados rurais permanentes,arrendatários,parceiros e, trabalhadores

15

assalariados temporariamente. Consequentemente a intensificação da tecnologia

alterou o sistema de produção tornando-os mais independente da mão de obra no

campo. Percebe-se que esta região com a chegada da mecanização vivenciou uma

brutal redução da agricultura familiar, de seus trabalhadores.

Nas décadas de 1970 e 1980 no oeste do estado do Paraná observa-se que a

produção agrícola regional teve um grande crescimento, porém não houve um

crescimento na população rural e regional. Como a modernização do campo exige

uma mão de obra qualificada, observa-se que houve uma forte exclusão dos

trabalhadores menos qualificados e da população economicamente ativa presente

no setor agrícola assim como no país.

Com as profundas modificações do campo regional (Região Oeste PR) e

nacional reduziu-se muito a PEA no setor agrícola. Observa-se que no período de

1970 - 2000 a maior parte da população trabalhavam no setor primário, o que

significa que a maior parte das atividades econômicas do Oeste do Paraná no

período concentrava-se neste setor. Observa-se que a partir de 1980 o setor

primário regional gradativamente vai se alterando à absorção de força de trabalho

reduzida. Cresce a prestação de serviço no campo e nas atividades industriais.

Entretanto, isto também não implica afirmar que o setor primário perdeu sua posição

de ramo da economia mais importante da área, em termos de absorção da PEA.

Significa isso sim, que o mesmo se ajustou a um novo cenário produtivo quando

comparado à situação de dez anos antes89.

Na verdade no período ocorreu um acelerado crescimento da PEA dos outros

setores da economia regional, tais como: o da prestação de serviços, que passou a

representar 13,93% do total da população regional; o de atividades industriais, que

alcançou 12,60% do total; o do comércio de mercadorias, que atingiu 13,60%;e o do

setor das atividades sociais, que cresceu Entretanto, isto também não implica

afirmar que o setor primário perdeu sua posição de ramo da economia mais

importante da área, em termos de absorção da PEA.

Em 2000, esse processo mais uma vez se, transforma, porém manteve-se a

tendência da queda da participação no setor primário na PEA regional. A região

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passou a apresentar um perfil mais URBANO em termos de PEA desenvolvendo

atividades econômicas com características mais urbanas.

116

Passamos a ter uma situação contraditória, apesar de a PEA participar no total e a

população total diminuída no valor econômico anual no setor primário com um

grande crescimento. Observa-se segundo Rippel então, que essa contradição é

resultado da reorganização da produção regional, que, já foi explanada resultando

no expressivo crescimento da produtividade rural e, de outro,em dois” efeitos

colaterais,”o aumento do desemprego no campo, e a redução dos espaços

territoriais disponíveis para os pequenos produtores rurais ,fato que levou grande

maioria destes a emigrar para as áreas como pólos regionais. Cascavel, Foz do

Iguaçu e Toledo em busca de atividades econômicas na área industrial.

Texto extraído de RIPPEL, R., 2005.

TEXTO 2

Agricultura no município de Anahy

Por Maria Aparecida Lazarini

Anahy possui uma área de 120km², sua topografia é ondulada, predominando

o solo de terra roxa, estruturada, latitude é de 24º 35’ Sul, longitude 53º 10’ W, a

altitude é de 610 m, tendo uma hidrografia muito rica, sendo banhada pelos Rios

Piquiri, Rio Sapucaí e Rio dos Porcos, além de inúmeros córregos e riachos.

A população do município foi estimada em 3.136 habitantes, sendo 70% esta

erradicada na Zona Rural, e é constituída na sua maioria por mineiros, baianos,

capixabas e sulistas.

O município de Anahy possui uma área cultivável de aproximadamente 8.700

hectares totalizando 80% do seu solo. No inicio de sua colonização (década de

1950) as culturas desenvolvidas eram o hortelã, café, algodão, feijão com trabalho

braçal e de animais.

Atualmente na produção agrícola predomina a cultura de soja, aparecendo

em segundo plano à cultura de milho e algodão em seguida temos a mandioca, trigo,

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feijão, aveia, girassol, fumicultura, hortaliças como alface, repolho, couve-manteiga,

café, canola,abacaxi, banana, alho,amendoim e outros.

17

No município temos uma variedade de culturas sendo a maioria, isto é cerca

de 90% são temporárias e 15% são perenes. Para desenvolver as culturas os

agricultores adquirem sementes e mudas através de viveiros ou horto com sementes

selecionadas e certificadas pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento

Agropecuário. As sementes de monoculturas como a de soja e milho através de

empresas fiscalizadas pelo Ministério da Agricultura vendidas em casas agrícolas e

cooperativas da região.

A mão de obra utilizadas nas pequenas propriedades é feita através das

próprias famílias dos produtores ou de bóia-fria com pagamentos diários. Nas

medias e grandes propriedades que cultivam a monocultura utiliza-se a tecnologia,

ou seja, 90% com maquinários e 10% com mão de obra.

Após a colheita a estocagem e o escoamento das grandes culturas (soja,

milho, mandioca, feijão, café aves de corte) é feito através de exportação, mercado

interno local, pela cooperativa que fazem todos transmites legais dos associados

para a exportarem seus produtos. No caso de frutas e verduras é feito o comercio

local e regional.

Em nosso município está sendo cultivados recentemente como alternativa

renda no campo produtos hortifrutigranjeira, produtos de panificação, massa,

verduras, frutas e derivados do leite o cultivo de noz pecam.

6º Procedimento – Revolução Verde - Duração 2h/a

Assistir um clipe (03 minutos) com a musica Capim Guiné de Raul seixas a

disposição no youtube,2011com a finalidade de que o aluno perceba a manipulação

na agricultura com as novas tecnologia .

ESTUDO DE TEXTO E QUESTIONAMENTO EM GRUPO.

Dando continuidade será distribuído texto digitado sobre Revolução verde

onde faremos leitura, contextualização e questionamento. A expressão Revolução

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Verde foi criada em 1966, em uma conferência em Washington. Porém, o processo

de modernização agrícola que desencadeou a Revolução Verde ocorreu no final da

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década de 1940.

Esse programa surgiu com o propósito de aumentar a produção agrícola

através do desenvolvimento de pesquisas em sementes, fertilização do solo e

utilização de máquinas no campo que aumentassem a produtividade. Isso se daria

através do desenvolvimento de sementes adequadas para tipos específicos de solos

e climas, adaptação do solo para o plantio e desenvolvimento de máquinas.

As sementes modificadas e desenvolvidas nos laboratórios possuem alta

resistência a diferentes tipos de pragas e doenças, seu plantio, aliado à utilização de

agrotóxicos, fertilizantes, implementos agrícolas e máquinas, aumenta

significativamente a produção agrícola.

Esse programa foi financiado pelo grupo Rockefeller, sediado em Nova

Iorque. Utilizando um discurso ideológico de aumentar a produção de alimentos para

acabar com a fome no mundo, o grupo Rockefeller expandiu seu mercado

consumidor, fortalecendo a corporação com vendas de verdadeiros pacotes de

insumos agrícolas, principalmente para países em desenvolvimento como Índia,

Brasil e México.

De fato, houve um aumento considerável na produção de alimentos. No

entanto, o problema da fome no mundo não foi solucionado, pois a produção dos

alimentos nos países em desenvolvimento é destinada, principalmente, a países

ricos industrializados, como Estados Unidos, Japão e Países da União Européia.

O processo de modernização no campo alterou a estrutura agrária. Pequenos

produtores que não conseguiram se adaptar às novas técnicas de produção, não

atingiram produtividade suficiente para se manter na atividade, consequentemente,

muitos se endividaram devido a empréstimos bancários solicitados para a

mecanização das atividades agrícolas, tendo como única forma de pagamento da

dívida a venda da propriedade para outros produtores.

A Revolução Verde proporcionou tecnologias que atingem maior eficiência na

produção agrícola, entretanto, vários problemas sociais não foram solucionados,

como é o caso da fome mundial, além da expulsão do pequeno produtor de sua

propriedade.

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www.brasilescola.com › Geografia › Geografia Geral - Por Wagner de Cerqueira e Francisco - graduado em Geografia.

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7º – Procedimento – Duração 2h/a

Dando continuidade dividiremos a turma em três grupos e faremos um sorteio

sobre as questões, cada grupo apresentará oralmente a sua compreensão.

Questões:

1-Qual é o tema do texto “O que é revolução verde?

2-Descreva os pontos positivos da revolução verde no texto.

3-Você concorda que a variação de sementes pode auxiliar na produção agrícola em

diversos países. Justifique a sua resposta.

8º procedimento – Palestra – Duração 1h/a

Para esta palestra será convidado o Técnico agropecuário da Emater -Anahy

(Rodrigo Dalla Vecchia) para falar sobre o Tema: Modernização na Agricultura e

Agricultura Familiar. Os alunos serão orientados a fazer anotações, após a palestra

será aberto a questionamentos. Esta palestra tem a finalidade de exibir como a

agricultura de hoje é dependente da modernização e como a Agricultura familiar

pode ser rentável.

9º procedimento – Discussão dirigida – Duração 2h/a

Nesse momento pós-palestra, faremos uma discussão dirigida a respeito dos

tópicos abordados. Desta forma, será possível fazer um panorama da compreensão

por parte dos alunos acerca da Agricultura no Brasil e suas transformações a partir

da Revolução Verde.

10º- Procedimento- VIDEO E ESTUDO DE TEXTO - Duração 2h/a

Assistir a um vídeo sobre a propriedade Borcher considerada modelo de

agricultura familiar, localizada no município de Quatro Pontes no Oeste do Paraná.

Este vídeo fala sobre como sobreviver do cultivo de frutas e verduras para sustentar

e garantir a renda da família sem o uso de agrotóxicos.

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A finalidade deste vídeo é mostrar aos alunos como se trabalha em uma

propriedade com agricultura familiar.

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Após o vídeo pedir aos alunos se conhecem uma propriedade que pode ser

considerada com agricultura familiar se conhece fazer comentários do que conhece.

Vídeo com duração de 3 min. está a disposição no youtube – VT AGRICULTURA

FAMILIAR.

Dando continuidade será distribuído texto digitado “AGRICULTURA FAMILIAR

E SEU GRANDE DESAFIO é mostrar que a maioria dos alimentos produzidos no

Brasil vem da agricultura familiar será trabalhado com leitura e contextualização”.

Texto - Luis Fernando Toscano.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e o Fundo

das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) apresentou dado que

revelam que aproximadamente 85% do total de propriedades rurais do pais

pertencem a grupos familiares. São 13,8 milhões de pessoas que têm na atividade

agrícola praticamente suas únicas alternativas de vida, em cerca de 4,1 milhões de

estabelecimentos familiares, o que corresponde a 77% da população ocupada na

agricultura.

Cerca de 60% dos alimentos consumidos pela população brasileira vêm

desse tipo de produção rural e quase 40% do Valor Bruto da Produção Agropecuária

são produzidos por agricultores familiares. Cerca de 70% do feijão consumido pelo

país, alimento básico do prato da população brasileira vem desse tipo de produção

rural e quase 40% do Valor Bruto da Produção Agropecuária são produzidos por

agricultores familiares. Vêm daí também 84% da mandioca, 5,8% da produção de

suínos, 54% da bovinocultura de leite, 49% do milho e 40% de aves e ovos.

A agricultura familiar também vem registrando o maior aumento de

produtividade no campo nos últimos anos. Na década de 90, foi o segmento que

mais cresceu. Entre 1989 e 1999, a produção agrícola familiar aumentou em 3,8%

ao ano, o bom desempenho ocorreu mesmo em condições adversas para o setor,

quando nesse período sofreu uma queda de 4,7% ao ano nos preços recebidos.

Esses resultados positivos foram alcançados mesmo tendo agricultura familiar

um histórico de baixa cobertura de crédito rural. É bom ressaltar que apenas 23%

dos estabelecimentos familiares rurais acessaram financiamentos nos últimos três

anos.

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O esforço que o Governo Federal vem realizando, por meio da oferta do

crédito rural no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura

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Familiar - PRONAF, seguramente acarretará mudanças no histórico

desequilíbrio da política de concessão de crédito rural. Pretende-se fortalecer e

estimular a agricultura familiar com o objetivo de superar um padrão de carência

existente no meio rural em várias regiões do país. Para isso é impossível pensar um

projeto nacional de crescimento sustentável considerando não só o enorme

potencial da agricultura familiar pela sua expressão econômica, mas também por

sua dimensão sócio-cultural e ambiental.

As ações de Assistência Técnica e Extensão Rural deverão ser ampliadas,

seja ela pública ou privada; a pesquisa agrícola deverá dar atenção às necessidades

dos agricultores e da agricultura familiar;

11º procedimento - Organização de aula de campo – Duração 1h/a

Para organizar a aula de campo, os alunos serão orientados sobre o local

onde iremos visitar a uma chácara do Sr. Arnildo Fanck e em seguida serão

distribuídas as questões em cópias digitadas para um grupo,para o outro grupo

serão orientados a fazer um relatório do que observou na agricultura familiar.

A finalidade desta visita de campo e que os alunos percebam vendo a

realidade como os pequenos agricultores vêm enfrentando a situação atual da

Modernização do Campo.

Questionário a ser realizado em campo

ATIVIDADES AGRICOLAS

1-Que culturas existem, quais são tradicionais, quais foram introduzidas recentemente;

2-Como estão distribuídas no espaço;

3-São culturas perenes ou temporárias;

4-Como são obtidas as sementes;

5-Que tipo de mão de obra é utilizado;

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6-Utilização de adubos e correção de solo;

7-Utilização de Agrotóxicos;

8-Aceitação no mercado;

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9-Como é feito o escoamento dos produtos;

10- Cite as vantagens da Agricultura Familiar;

11- Há quanto tempo vem desenvolvendo a Agricultura Familiar;

12- O que o Senhor recomendaria aos pequenos agricultores;

15° procedimento – Aula de campo – Duração-das 13hrs as 15 hrs.

Faremos uma aula prática em campo em uma pequena propriedade, baseada

na agricultura familiar. As atividades a serem executadas foram discriminadas no

procedimento anterior.

16° procedimento – REFLEXÃO– Duração 2h/a

Após a execução da saída de campo, será realizada uma plenária na sala de

aula, onde serão expostos os resultados obtidos em campo, e o momento onde será

feita uma reflexão sobre as atividades executadas sobre o tema proposto nessa

unidade didática.

17° procedimento – ENCERRAMENTO – Duração 1h/a

Para encerrar as atividades sugeridas, deverá ser realizada uma produção

individual de texto em sala de aula, sobre a Modernização da agricultura com o

enfoque no município de Anahy.

5. AVALIAÇÃO:

O processo de avaliação será contínuo, observando a participação de cada

aluno no envolvimento de todas as atividades propostas como; pesquisa, análise de

textos, e produção participação na pesquisa de campo, envolvimento nas

discussões.

Outro instrumento que será utilizado é o da auto-avaliação, incentivando assim

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os alunos a valorizarem sua aprendizagem se tornando mais a autocríticas.

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6. REFERÊNCIAS

ANDRADES, T.O. & GANIMI, R.N., Revolução verde e a apropriação capitalista. CES Revista, v.21., Juiz de Fora, 2007. BALSAN, R. Impactos decorrentes da modernização da agricultura brasileira. CAMPO-TERRITÓRIO: revista de geografia agrária, v. 1, n. 2, p. 123-151, ago. 2006.

CASTROGIOVANNI, A. C. et al. Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: Editora: UFRGS/AGB, 2006. GREGORY, V. Os eurobrasileiros e o Espaço Colonial – Migrações no Oeste do Paraná (1940-1970). Cascavel: Edunioeste, 2002.MINEROPAR, 2006

MORO, Dalto Áureo. Modernização da agricultura paranaense. In: VILLALOBOS, J. U. (Org.) Geografia social e Agricultura. Maringá: PPG em Geografia-UEM, 2000. p. 27-60. RIPPEL, R. Migração e desenvolvimento econômico no Oeste do estado do Paraná: uma análise de 1950 a 2000. Tese de doutoramento em Demografia, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP – Campinas- SP, 2005. SEED, Diretrizes Curriculares de Geografia, Curitiba – 2008 TEIXEIRA, J.C., Modernização da agricultura no Brasil: impactos Econômicos, sociais e ambientais. Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Três Lagoas, Três Lagoas-MS, V 2 – n.º 2 – ano 2, Setembro de 2005

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ANEXOS

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Contrato de Cessão Gratuita de Direitos Autorais

Pelo presente instrumento particular de um lado Maria Aparecida da Silva Lazarini brasileira, divorciada, professora, CPF nº 371.122.019-34. Cédula de Identidade RG nº 1.633992-0 residente e domiciliado à Rua General Osório na cidade de Anahy Estado do Paraná, denominado CEDENTE, de outro lado a Secretaria de Estado da Educação do Paraná, com sede na Avenida Água Verde, nº 2140, Vila Izabel, na cidade de Curitiba, Estado do Paraná, inscrita no CNPJ sob nº 76.416.965/0001-21, neste ato representada por seu titular Flávio Arns, Secretário de Estado da Educação, brasileiro, portador do CPF nº….........................., ou, no seu impedimento, pelo seu representante legal, doravante denominada simplesmente SEED, denominada CESSIONÁRIA, têm entre si, como justo e contratado, na melhor forma de direito, o seguinte:

Cláusula 1ª – O “CEDENTE, titular dos direitos autorais da obra com o título:” As transformações na agricultura no Município de Anahy de (1950-2010) “(título ou descrição do texto / poesia / letra de música / ilustração / fotografia / filme / painel / pintura / obra / discurso / palestra / melodia / outros arquivos de áudio / etc.), cede, a título gratuito e universal, à CESSIONÁRIA todos os direitos patrimoniais da obra objeto desse contrato, como exemplificativamente os direitos de edição, reprodução, impressão, publicação e distribuição para fins específicos, educativos, técnicos e culturais, nos termos da Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998 e da Constituição Federal de 1988 – sem que isso implique em qualquer ônus à CESSIONÁRIA.

Cláusula 2ª – A CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar a obra autoral ao qual se refere a cláusula 1.ª deste contrato em qualquer tipo de mídia, como exemplificativamente impressa, digital, audiovisual e web, que se fizer necessária para sua divulgação, bem como utilizá-la para fins específicos, educativos, técnicos e culturais.

Cláusula 3ª – Com relação a mídias impressas, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar a obra em tantas edições quantas se fizerem necessárias em qualquer número de exemplares, bem como a distribuir gratuitamente essas edições.

Cláusula 4ª – Com relação à publicação em meio digital, a CESSIONÁRIA fica

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autorizada pelo CEDENTE a publicar a obra, objeto deste contrato, em tantas cópias quantas se fizerem necessárias, bem como a reproduzir e distribuir gratuitamente essas cópias.Cláusula 5ª - Com relação à publicação em meio audiovisual, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar e utilizar a obra, objeto deste contrato, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, seja em canais de rádio, televisão ou web.

Cláusula 6ª - Com relação à publicação na web, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar a obra, objeto deste contrato, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, em arquivo para impressão, por escrito, em página web e em audiovisual.

Cláusula 7ª – O presente instrumento vigorará pelo prazo de 05 (cinco) anos contados da data de sua assinatura, ficando automaticamente renovado por igual período, salvo denúncia de quaisquer das partes, até 12 (doze) meses antes do seu vencimento.

Cláusula 8ª – A CESSIONÁRIA garante a indicação de autoria em todas as publicações em que a obra em pauta for veiculada, bem como se compromete a respeitar todos os direitos morais do autor, nos termos da Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998 e da Constituição Federal de 1988.

Cláusula 9ª – O CEDENTE poderá publicar a obra, objeto deste contrato, em outra(s) obra(s) e meio(s), após a publicação ou publicidade dada à obra pela CESSIONÁRIA, desde que indique ou referencie expressamente que a obra foi, anteriormente, exteriorizada (e utilizada) no âmbito do Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED-PR.

Cláusula 10ª – O CEDENTE declara que a obra, objeto desta cessão, é de sua exclusiva autoria e é uma obra inédita, com o que se responsabiliza por eventuais questionamentos judiciais ou extrajudiciais em decorrência de sua divulgação.

Parágrafo único – por inédita entende-se a obra autoral que não foi cedida, anteriormente, a qualquer título para outro titular, e que não foi publicada ou utilizada (na forma como ora é apresentada) por outra pessoa que não o seu próprio autor.

Cláusula 11ª – As partes poderão renunciar ao presente contrato apenas nos casos

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em que as suas cláusulas não forem cumpridas, ensejando o direito de indenização pela parte prejudicada.

Cláusula 12ª – Fica eleito o foro de Curitiba, Paraná, para dirimir quaisquer dúvidas relativas ao cumprimento do presente contrato.

E por estarem em pleno acordo com o disposto neste instrumento particular a CESSIONÁRIA e o CEDENTE assinam o presente contrato.

Curitiba, de de

______________________________________CEDENTE

______________________________________CESSIONÁRIA

______________________________________TESTEMUNHA 1

______________________________________TESTEMUNHA 2

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