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FARMINVESTE 2
Relatório e Contas Individuais e Consolidadas 2016
Relatório e Contas 2016
2
FARMINVESTE 2
FARMINVESTE 2 – SGPS, Unipessoal, Lda. Sede
Travessa de Santa Catarina, 8 1200-403 Lisboa Contactos
Tel.: 213 476 300 Fax: 213 476 301 Mail: [email protected] Outros dados
Capital Social: € 4.500.000,00 N.I.F.: 507 396 774 Registo Comercial de Lisboa: Registo sob o nº. 507 396 774 Banco de Portugal: Registo sob o nº. 253
Relatório e Contas 2016
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FARMINVESTE 2
Índice
Índice ............................................................................................................................................. 3
Órgãos Sociais .............................................................................................................................. 4
Estrutura Acionista ....................................................................................................................... 5
Relatório do Conselho de Gestão ................................................................................................ 5
Nota Introdutória ....................................................................................................................... 6
A envolvente económica .......................................................................................................... 6
Atividade da FARMINVESTE 2 ................................................................................................. 7
Atividade da FINANFARMA ...................................................................................................... 8
Áreas de atuação ..................................................................................................................... 8
Produção .................................................................................................................................. 9
Evolução da carteira de crédito ................................................................................................ 9
Análise Económica e Financeira............................................................................................ 12
Produto Bancário (contas consolidadas) ................................................................................ 12
Estrutura de custos (contas consolidadas) ............................................................................. 13
Resultado Operacional (contas consolidadas) ........................................................................ 14
Resultado Líquido .................................................................................................................. 15
Estrutura do Balanço (contas consolidadas) ........................................................................... 15
Gestão de riscos ..................................................................................................................... 17
Modelo de Gestão de Riscos ................................................................................................. 17
Perspetivas para 2017 ............................................................................................................ 22
Informação relevante .............................................................................................................. 23
Proposta de aplicação dos resultados da FARMINVESTE 2 ............................................... 23
Agradecimentos ...................................................................................................................... 24
Demonstrações financeiras individuais – Farminveste 2 ........................................................ 25
Demonstrações Financeiras .................................................................................................. 25
Anexos às Demonstrações Financeiras ................................................................................ 28
Demonstrações financeiras consolidadas ............................................................................... 37
Demonstrações Financeiras .................................................................................................. 37
Anexos às Demonstrações Financeiras ................................................................................ 41
Relatório e Contas 2016
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FARMINVESTE 2
Órgãos Sociais
FARMINVESTE 2 – SGPS, Unipessoal, Lda.
Conselho de Gerência em funções durante o exercício de 2016 Paulo Jorge Cleto Duarte Vítor Manuel Lopes Segurado Nuno Vasco Rodrigues Viegas Vieira Lopes Fiscal Único Efectivo
Oliveira, Reis & Associados, SROC, Lda. representada por Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha
Suplente
Carlos Alberto Domingues Ferraz
Relatório e Contas 2016
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FARMINVESTE 2
Estrutura Acionista
Nos termos do disposto no Artº. 447º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que os
respetivos membros dos órgãos sociais não eram detentores de qualquer quota ou ação,
respetivamente, ou de qualquer obrigação das sociedades Farminveste 2 – SGPS, Unipessoal, Lda.
e Finanfarma – Sociedade Financeira de Crédito, S.A.
Relatório do Conselho de Gestão
(Relatório conjunto - contas individuais e consolidadas)
Em cumprimento das disposições legais e estatutárias, vem o Conselho de Gerência submeter à
apreciação do Sócio único o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras e a Proposta de
Aplicação dos Resultados do exercício findo em 31 de dezembro de 2016.
100 %
100 %
FARMINVESTE 2
FINANFARMA
Relatório e Contas 2016
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FARMINVESTE 2
Nota Introdutória
O presente documento pretende congregar os Relatórios de Gestão em base individual da
sociedade FARMINVESTE 2 – SGPS, Unipessoal, Lda. (FARMINVESTE) e consolidada com a
sociedade FINANFARMA – Sociedade Financeira de Crédito, S.A. (FINANFARMA).
A FARMINVESTE 2, com sede em Lisboa, na Travessa de Santa Catarina 8, foi constituída em 22
de setembro de 2005, no âmbito do processo de reorganização societária do Universo empresarial
da Associação Nacional das Farmácias (ANF).
Salvo se expresso em contrário, os valores são apresentados em Euros.
A envolvente económica
Segundo o FMI, a economia mundial em 2016 apresentou pelo segundo ano consecutivo um
abrandamento no seu crescimento, devido ao menor dinamismo das economias desenvolvidas,
apesar das economias emergentes terem mantido a tendência de crescimento. A economia mundial
terá crescido em 2016 cerca de 3,1%.
Nos EUA o crescimento do PIB situou-se em 1,6%, o mais fraco desde 2008/09. Esta situação ficou
a dever-se a um primeiro semestre marcado pela turbulência dos mercados financeiros mundiais e
a uma redução do investimento num quadro de maior incerteza política. Relativamente às economias
emergentes, a China continuou a liderar, com um crescimento acima do previsto, suportado por
vários estímulos políticos, em contraste com as situações de recessão que vivem as economias do
Brasil, Rússia e Turquia que enfrentou uma redução significativa das receitas do turismo.
Na zona Euro continuou a verificar-se um crescimento abaixo do expectável tendo em conta o
desempenho positivo do consumo, suportado pelo baixo nível de taxas de juro e pelo aumento do
emprego. O PIB deverá apresentar um crescimento de 1,7% em 2016, depois de em 2015 ter
Relatório e Contas 2016
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FARMINVESTE 2
crescido 1,6%. Entre as economias mais desenvolvidas destaca-se o Reino Unido com um
crescimento de 1,8%, apesar da decisão de abandonar a União Europeia.
Em 2016 a economia portuguesa terá crescido 1,4%, abaixo do crescimento de 1,6% verificado em
2015. Esta perda de dinamismo face a 2015 ficou a dever-se essencialmente a contração do
investimento e a uma desaceleração do consumo privado.
Atividade da FARMINVESTE 2
A FARMINVESTE 2 é a sociedade gestora de participações sociais para a área financeira do Grupo
Associação Nacional das Farmácias, constituída com o objetivo de apoiar a autonomização da área
de atividade financeira do Universo ANF numa sociedade com características específicas.
A Farminveste 2 – SGPS, Unipessoal Lda. é a sociedade gestora de participações sociais para a
área financeira, sendo a única accionista da Finanfarma – Sociedade Financeira de Crédito, S.A.
A FINANFARMA iniciou a sua atividade de factoring e serviços complementares a 2 de Janeiro de
2007, estando sujeita à permanente supervisão do Banco de Portugal onde se encontra registada,
nos termos da legislação que regula as Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.
Em 8 de Abril de 2016, o Banco de Portugal deferiu o pedido de autorização para transformação da
Finanfarma em sociedade financeira de crédito (SFIC), e em 26 de Outubro de 2016 procedeu ao
seu registo especial.
Nesta sequência, a Finanfarma passou a operar com a denominação de Finanfarma – Sociedade
Financeira de Crédito, S.A alargando o âmbito das atividades e serviços que pode oferecer aos seus
clientes com destaque para a concessão de crédito direto para apoio à tesouraria e ao investimento.
Relatório e Contas 2016
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FARMINVESTE 2
Na qualidade de SGPS e acionista única da FINANFARMA, a atividade da FARMINVESTE 2
passou a ficar sujeita à supervisão do BdP nos termos do nº 1 do Artº. 117º. do Regime Geral das
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiros (RGICSF).
De salientar que a FARMINVESTE 2 não possui qualquer estrutura ou atividade operacional, toda
a sua atividade é desenvolvida através das funções de grupo partilhadas com a estrutura da
FINANFARMA.
Atividade da FINANFARMA
Áreas de atuação
Durante o ano de 2016 a Finanfarma deu continuidade à sua linha estratégica de atuação,
focalizando a sua atividade na área das Farmácias, nomeadamente através da aquisição dos
créditos destas (relativos às comparticipações nos preços dos medicamentos) sobre o Serviço
Nacional de Saúde (SNS) e outros organismos, que representa cerca de 95% do total de créditos
tomados.
O “Serviço de Pagamento a Fornecedores”, dirigido primordialmente aos clientes Farmácia e que na
sua essência consiste numa garantia de bom pagamento a fornecedores por conta do Cliente,
cresceu 1,5% face a 2015.
Por sua vez o produto Easypayment, cuja comercialização pela Finanfarma se iniciou em novembro
de 2014 com o objetivo de oferecer alternativas de apoio à gestão de tesouraria dos seus clientes,
cresceu em 2016 cerca de 10% no volume de créditos tomados. Através de um processo de
contratação mais expedito, o Easypayment veio reforçar o poder negocial das farmácias na obtenção
de vantagens financeiras e comerciais junto dos seus fornecedores ao garantir-lhes recebimentos
nas datas de vencimento acordadas.
Relatório e Contas 2016
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FARMINVESTE 2
Produção
O valor global dos créditos tomados pela Finanfarma em 2016 manteve-se sensivelmente ao nível
de 2015, apresentando um aumento marginal de 0,1% para 1.350 milhões de Euros.
Fora do âmbito do SNS, o total dos créditos tomados apresentaram uma redução de 5,3%, atingindo
o valor de 65,7 milhões de Euros
Evolução da carteira de crédito
A carteira de crédito no final de 2016 apresentou uma redução de cerca de 39% face a dezembro
de 2015, ascendendo a um valor de 131 milhões de Euros.
Este desempenho foi largamente
influenciado pelo volume de créditos
tomados no âmbito do SNS, no montante
de 1.284 milhões de euros, um aumento
ligeiro de 0,3% face a 2015, refletindo a
tendência de estabilização da atividade dos
clientes farmácias que até 2014 foram
impactadas por uma redução no volume de
comparticipações do Serviço Nacional de
Saúde e outros organismos devido às
alterações legislativas introduzidas na
política do medicamento.
Relatório e Contas 2016
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FARMINVESTE 2
(montantes expressos em milhares de Euros)
De referir, pela sua importância na estratégia da Finanfarma, que no total da carteira de crédito sobre
entidades privadas, no montante de 19,1 milhões de Euros em dezembro de 2016,
aproximadamente 11,4 milhões de euros respeitavam ao Sistema de Pagamento a Fornecedores.
Esta redução ficou a dever-se à
regularização do crédito em atraso por
parte da Administrações Regionais de
Saúde o Alentejo, do Centro e do Norte,
que totalizava em dezembro de 2015
aproximadamente 85 milhões de euros
Relatório e Contas 2016
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FARMINVESTE 2
O crédito vencido à data de 31 de dezembro de 2016 registou um total de 5,5 milhões de euros, dos
quais 2,3 milhões de euros respeitantes a atrasos nos pagamentos de juros de mora debitados às
Administrações Regionais de Saúde por atraso destas entidades nos pagamentos. O crédito vencido
superior a 90 dias reduziu-se para 3,75 milhões de euros, representando em dezembro 2016, 2,9%
do total da carteira de crédito.
Carteira 109 917 668 € 546 934 € 131 636 € 1 197 070 € 19 133 143 € 130 926 451 €
Total Vencido 2 554 128 € 178 010 € 0 € 6 € 2 769 457 € 5 501 601 €
% 2,3% 32,5% 0,0% 0,0% 14,5% 4,2%
Vencido > 90dias 2 550 498 € 0 € 177 968 € 0 € 1 018 964 € 3 747 431 €
% 2,3% 0,0% 135,2% 0,0% 5,3% 2,9%
Carteira 192 827 839 € 1 089 291 € 711 646 € 252 009 € 19 649 487 € 214 530 272 €
Total Vencido 87 730 147 € 13 € 283 106 € 0 € 3 444 553 € 91 457 819 €
% 45,5% 0,0% 39,8% 0,0% 17,5% 42,6%
Vencido > 90dias 2 811 360 € 0 € 257 533 € 0 € 1 193 879 € 4 262 772 €
% 1,5% 0,0% 36,2% 0,0% 6,1% 2,0%
Totais
2016
2015
Serv.Nac.
Saúde + Ilhas
Sector
Emp. Estado
Administração
LocalSPA Ent. Privadas
A distribuição por setores de atividade da
carteira de crédito da Finanfarma em
dezembro de 2016 revelava o enfoque da
sociedade no Sector da Saúde, representado
este 96% da faturação em carteira.
De referir que os clientes Farmácia, no âmbito
da cessão de créditos sobre o Serviço
Nacional de Saúde e Outros Organismos,
representa 87% da carteira total.
Relatório e Contas 2016
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FARMINVESTE 2
O crédito vencido superior a 90 dias do Sistema Nacional de Saúde, no montante de 2,55 milhões
de euros (68% do crédito total vencido superior a 90 dias) decorre de situações de diferendo com
as Administrações Regionais de Saúde, relativamente ao método de cálculo de juros de mora.
No segmento de Entidades Privadas, o credito vencido superior a 90 dias refere-se a casos de
contencioso e encontra-se totalmente provisionado.
(montantes expressos em milhares de Euros)
Análise Económica e Financeira
Produto Bancário (contas consolidadas)
O Produto Bancário registou em 2016 um total de 5,086 milhões de euros, refletindo um aumento
de 5% face aos 4,836 milhões de euros registados em 2015.
Relatório e Contas 2016
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FARMINVESTE 2
(montantes expressos em milhares de Euros) (montantes expressos em milhares de Euros)
A redução da margem financeira ocorrida em 2016, em cerca de 383 mil euros face ao período
homologo, tem subjacente dois efeitos: por um lado, reflete uma redução da margem financeira
sobre os crédito em mora das Administrações Regionais de Saúde em virtude da necessidade de
contratação de linhas especificas para o efeito e por outro lado reflete uma liquidação extraordinária
de juros de mora, ocorrida em 2015, resultante do desfecho favorável à Finanfarma, da contestação
judicial da Administração Regional de Saúde Norte ao método de imputação de pagamentos
utilizado pela Finanfarma para o cálculo de juros.
De referir ainda, que o Produto Bancário foi positivamente impactado em 240 mil euros pela rúbrica
de Outros Resultados de Exploração.
Estrutura de custos (contas consolidadas)
A sociedade teve como principais custos de estrutura as despesas com pessoal no total de 1.644
milhões de euros e os gastos gerais e administrativos no total de 1.639 milhões euros.
Os custos com pessoal tiveram um acréscimo de cerca de 61,8% relativamente a 2015 devido a
novas contratações para reforço e melhor adequação da estrutura de colaboradores da Instituição
no âmbito da sua transformação em Sociedade Financeira de Crédito (SFIC).
2 495
4 836 5 086
2014 2015 2016
Evolução do Produto Bancário
Relatório e Contas 2016
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FARMINVESTE 2
Os gastos gerais administrativos registaram em 2016 um aumento de 134,1%, tendo sido os custos
com consultores, a rubrica que mais contribuiu para este aumento. Os consultores foram contratados
para apoiar a sociedade na analise, seleção e implementação de novas plataformas tecnológicas
que assegurem de forma robusta e adequada a gestão de novos produtos.
Em 2016, foram constituídas imparidades no valor de 170,3 mil euros para risco de crédito.
Em termos individuais a FARMINVESTE 2 registou na rúbrica Gastos Gerais Administrativos o
montante de – 7.943,61 euros.
Resultado Operacional (contas consolidadas)
O Resultado Operacional registou em 2016 o valor de 1.6 milhões de euros, refletindo uma redução
de cerca de 955 mil de euros face ao ano anterior.
Para esta redução concorreu o aumento dos custos de estrutura, nomeadamente os custos com
pessoal subiram 628 mil euros e os gastos gerais administrativos subiram 937 mil euros. A
capacitação da organização com as competências e valências necessárias à prestação de serviços
inovadores aos clientes, assentes em processos robustos que garantam a sua qualidade e o
cumprimento de todas as normas vigentes, determinaram a incorporação em 2016 de novos
colaboradores e a contratação de consultores externos para apoio à sociedade.
(montantes expressos em milhares de Euros)
851 498
2 560
1 840 1 602
1 198
Result. Operacionais Resultados Liquidos
Evolução dos Principais Indicadores
2014 2015 2016
Relatório e Contas 2016
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FARMINVESTE 2
Resultado Líquido
Em termos consolidados a FARMINVESTE 2 registou em 2016 um resultado líquido de 1.198
milhões de euros, 643 mil euros inferior ao alcançado em 2015.
Em termos individuais a FARMINVESTE 2 registou um resultado negativo de (-) 7.943,61 euros.
Indicadores
Estrutura do Balanço (contas consolidadas)
O total do ativo líquido atingiu no final de 2016 os 132,2 milhões de euros representando uma
redução de cerca de 39% em relação aos 217,8 milhões de euros registados em 2015.
2016 2015
Volume de Créditos Tomados 1 349 959 1 349 174 0%
Carteira de Crédito (Líquida) 126 466 210 621 -40%
Activo Liquido 132 235 217 820 -39%
Passivo 120 811 207 594 -42%
Capital Próprio 11 424 10 227 12%
Margem Financeira 4 543 4 925 -8%
Produto bancário 5 086 4 836 5%
Resui.Operacionais (antes de Imparidades,
Provisões e Amortizações)1 804 3 120 -42%
Resultados antes de Impostos 1 602 2 560 -37%
Impostos sobre Lucros 404 719 -44%
Resultados Líquidos 1 198 1 840 -35%
(milhares de euros)
↘↗
Relatório e Contas 2016
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FARMINVESTE 2
Estes ativos foram financiados quase exclusivamente por linhas de crédito obtidas junto de
Instituições Financeiras e pelos Capitais Próprios que no final do ano ascenderam a 11,4 milhões
de euros.
O ano de 2016 encerrou com uma carteira de crédito líquida no montante de 126,5 milhões de euros,
40% inferior ao valor de dezembro de 2015. Esta redução reflete a regularização do crédito em
atraso por parte das Administrações Regionais de Saúde do Norte, do Centro e do Alentejo.
De referir ainda a redução verificada na carteira de crédito dos devedores públicos, nomeadamente
da Administração Local e dos Hospitais EPE, como resultado do plano de redução de dívidas e do
términus de alguns contratos.
A carteira de crédito da Finanfarma em 31 de dezembro de 2016 era composta em cerca de 84%
por créditos sobre o Serviço Nacional de Saúde e sobre o Serviço Regional de Saúde da Madeira e
Açores, representando o sector privado cerca de 14,6% da mesma.
A qualidade da carteira de crédito aferida com base nos indicadores de incumprimento evidencia
que o crédito vencido há mais de 90 dias, no montante de 3,7 milhões de euros, representava 2,9%
da carteira de crédito total, dos quais 2,6 milhões de euros representam créditos vencidos sobre o
Serviço Nacional de Saúde.
Em 2016, no âmbito da transformação da Finanfarma em sociedade financeira de crédito, foi
realizado um aumento de capital de 5,6 milhões de euros, por incorporação de reservas, passando
o seu Capital Social para 10 milhões de euros. Em dezembro de 2016, o Capital Próprio atingiu o
montante de 11,4 milhões de euros, aumentando 11,8% face ao valor registado em dezembro 2015.
O rácio de solvabilidade a 31 de dezembro de 2016 reportado ao Banco de Portugal foi de 34,9%.
A rúbrica “outros passivos” registava em 31 de Dezembro de 2016 um saldo no montante de 3
milhões de euros, cujas rubricas principais eram 2,1 milhões de euros referentes a saldos credores
por contratos de factoring (valores não adiantados a clientes de contratos sem recurso e posições
credoras das contas correntes), 504,6 mil euros referentes a encargos com pessoal e Gastos Gerais
Relatório e Contas 2016
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FARMINVESTE 2
Administrativos, 137 mil euros referentes a valores a pagar a fornecedores, 89 mil euros a pagar
ao Estado e 39,8 mil euros referentes a valores a pagar a outros credores.
Gestão de riscos
Modelo de Gestão de Riscos
De salientar que a FARMINVESTE 2 não possui qualquer estrutura ou atividade operacional, toda
a sua atividade é desenvolvida através das funções de grupo partilhadas com a estrutura da
FINANFARMA.
A função de Gestão de Riscos atua de forma autónoma e independente, tendo como objetivos a
definição e implementação dos processos que permitam a identificação, avaliação,
acompanhamento e controlo de todos os riscos a que a instituição se encontra exposta, quer
internamente, quer externamente.
Os riscos da atividade da Finanfarma são analisados e controlados pelo Conselho de Administração
da Instituição tendo em conta a estratégia geral da Instituição e a sua posição no mercado. A
verificação pelo órgão responsável da realização dos objetivos e orientações estabelecidos, é
garantida pela existência de um sistema de “reporting” de periodicidade mensal que permite aferir,
com rigor e tempestividade a evolução das principais variáveis de negócio e conferir capacidade de
gestão pró-ativa.
A Instituição encontra-se, naturalmente, exposta a diversos tipos de risco inerentes à atividade
económica que prossegue, uns mais relevantes que outros, em função da exposição decorrente da
sua dimensão, estrutura orgânica e sistémica e natureza das operações e negócios efetuados. O
Risco de Crédito e o Risco de Liquidez apresentam-se como os riscos mais relevantes da atividade
da Finanfarma.
Relativamente ao Risco de Crédito, todas as decisões de crédito relacionadas com as operações
realizadas obedecem a procedimentos definidos, sendo tomadas através de um processo de
Relatório e Contas 2016
18
FARMINVESTE 2
decisão colegial. Salienta-se, contudo, que este risco é minimizado pela composição da carteira da
Instituição, dado que 85,4% da mesma é constituída por créditos sobre o Estado (SPA, Municípios
e SEE).
O Risco de Liquidez é também um risco relevante para a atividade da Finanfarma, pelo que a liquidez
da Instituição é acompanhada regularmente, sendo revistas periodicamente as linhas de
financiamento a contratar. É permanentemente assegurado que a maturidade das linhas utilizadas
se encontra em consonância com os prazos contratuais estabelecidos com os clientes da
Finanfarma.
Em 2016, a Finanfarma contratualizou novas linhas de financiamento junto do setor bancário,
elevando o seu montante para 413 milhões de euros a 31 de dezembro de 2016.
Em complemento, apresentam-se os principais procedimentos de controlo adotados, assim como a
avaliação efetuada face às categorias de risco com maior relevância, nomeadamente, o Risco de
Crédito e o Risco de Liquidez.
I. Risco de Crédito Definição:
A probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido à
incapacidade de uma contraparte cumprir os seus compromissos financeiros perante a instituição,
incluindo possíveis restrições à transferência de pagamentos do exterior.
Aplicação à Instituição:
O âmbito inicial da atividade da Instituição centrou-se exclusivamente no sector farmacêutico
nacional, através da tomada sem recurso de créditos relativos a comparticipações do Serviço
Nacional de Saúde e Outros Organismos Públicos no preço dos medicamentos dispensados a
crédito pelas farmácias.
Deste modo, o risco de crédito da Instituição encontrava-se praticamente mitigado por ser composto
apenas por ativos sobre o Sector Público Administrativo.
Relatório e Contas 2016
19
FARMINVESTE 2
Fruto do desenvolvimento da Instituição, a mesma, alargou a sua base de clientes, tendo passado
a conceder crédito com base em contratos de Factoring com recurso sobre entidades de natureza
privada, e contratos sem recurso com cobertura do risco de falência sobre entidades públicas e
privadas (estes sem cobertura do risco de mora).
O risco de crédito envolvido nas operações de factoring pode ser integralmente assumido pela
Instituição, nas operações denominadas sem recurso.
As operações em que o risco de crédito é assumido pelo Aderente, são consideradas com recurso
e, neste caso, apenas se encontram relevados patrimonialmente os valores efetivamente adiantados
ao aderente. O valor não adiantado é registado numa rubrica extrapatrimonial.
Face ao exposto, os aspetos mais relevantes da Instituição quanto à determinação do risco de
crédito, são os que se seguem:
Uma parte significativa da sua atividade (85,4% da carteira à data de Dez-16) encontra-se
direcionada para a tomada de créditos sobre o Estado (Sector Público Administrativo,
Administração local e Regional e Sector Empresarial do Estado), o que diminui
significativamente o risco de crédito;
A carteira é maioritariamente constituída por créditos de maturidade muito reduzida,
considerando que o período de vencimento das faturas tomadas é um mês.
Com vista a prevenir os riscos de crédito, a Instituição estabeleceu uma política de gestão de risco
de crédito, a qual se encontra sistematizada em manuais internos cobrindo os processos de
concessão, acompanhamento e recuperação dos créditos.
Os procedimentos encontram-se ajustados ao perfil de cada operação, contemplando aquando da
proposta de concessão de crédito e/ou renovação de operações, a análise e emissão de pareceres
técnicos pelo Departamento de Risco de Crédito, com uma perspetiva histórica e previsional de
forma a avaliar a capacidade de reembolso dos clientes ou potenciais clientes.
O Departamento de Risco de Crédito produz ainda uma classificação de risco “rating”, que permite
analisar os proponentes na perspetiva de curto, médio e longo prazo, enquadrando sempre os dados
obtidos com o seu sector de atividade.
Relatório e Contas 2016
20
FARMINVESTE 2
Nas projeções efetuadas são efetuadas analises de sensibilidade e construção de cenários adversos
para testar a capacidade de reembolso dos passivos por parte dos clientes, mantendo-se os clientes
em exploração.
No processo de decisão de concessão de crédito, são também analisadas informações comerciais,
informações bancárias e as disponibilizadas na Central de Responsabilidades do Banco de Portugal.
A atribuição de limites de crédito a cada cliente é feita de forma a otimizar a sua utilização,
ponderando a capacidade de serviço da dívida e a adequação dos limites às necessidades de fundo
de maneio dos clientes.
Adicionalmente, as exposições a risco de crédito são objeto de aprovação por escalões de decisão
definidos em função do valor das respetivas operações do risco que lhe está associado, sendo
efetuada uma revisão semestral ou anual para efeito de reapreciação do risco da exposição
existente e decisão de renovação.
Com o objetivo de avaliar o nível de exposição ao risco de crédito a Instituição definiu como principais
aspetos monitorizar: i) a análise regular da capacidade de reembolso dos clientes ou potenciais
clientes ii) a probabilidade de incumprimento e recuperabilidade associada aos colaterais iii) o nível
de concentração e correlação iv) o nível de perdas potenciais por incumprimento e adequação de
imparidades e v) resultados dos planos de acompanhamento definidos e dos controlos efetuados.
Estes indicadores são analisados em reuniões regulares da Comissão Executiva, sendo tomadas
medidas em função dos diagnósticos apresentados e dos resultados verificados.
Desta forma, a exposição ao risco de crédito é monitorizada através da análise regular da
capacidade de reembolso dos clientes, e quando na presença de colaterais reais pela verificação
do seu valor de mercado e facilidade de liquidez.
Em situações supervenientes de crédito com indícios de potencial incumprimento, são tomadas
medidas especiais preventivas, tendo em vista acautelar e evitar o seu agravamento.
Relatório e Contas 2016
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FARMINVESTE 2
Risco de Liquidez Definição:
A probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrentes da
incapacidade da Instituição dispor de fundos líquidos para cumprir as suas obrigações financeiras,
à medida que as mesmas se vencem.
Aplicação à Instituição:
A liquidez da Instituição é avaliada relativamente a duas componentes: a posição atual e a posição
esperada. A análise, acompanhamento e monitorização da posição de liquidez visa avaliar se a
Instituição dispõe de fundos líquidos para cumprir as suas obrigações financeiras à medida que as
mesmas se vencem.
A posição de liquidez da Instituição é seguida diariamente, tendo em consideração a disponibilidade
das linhas de financiamento face à sua utilização atual e prevista, em função da rotação da carteira
(volume de cobranças) e contratação de novos negócios.
O financiamento da Finanfarma encontra-se a ser efetuado através de linhas contratadas para
cessão de créditos sobre o SNS, de contas correntes e através de empréstimos de médio prazo. Os
prazos das linhas de cessão de créditos e de conta corrente são de 6 e 12 meses, e o empréstimo
de medio prazo, com amortizações mensais de capital, tem um prazo residual de 48 meses.
As maturidades dos financiamentos da Finanfarma estão alinhadas com os prazos contratuais
estabelecidos nas operações ativas com os clientes da Instituição. As linhas negociadas têm em
consideração a rotação da carteira de créditos tomados pela Finanfarma, sendo que cerca de 87%
dos créditos tem uma rotação a um mês (créditos tomados sobre o Serviço Nacional de Saúde,
Serviço regional de Saúde da Madeira e Açores e Outros Organismos).
Com referência a 31 de dezembro de 2016 o rácio de crédito utilizado sobre o crédito contratado da
Finanfarma fixou-se em 29% tendo a esta data contratualizado junto setor bancário 413 milhões de
euros de linhas de financiamento. A Instituição dispõe, pois, de uma elevada margem para fazer
face às suas normais necessidades de financiamento e acomodar potenciais incrementos destas
por via de um crescimento da sua atividade enquanto sociedade financeira de crédito e/ou num
Relatório e Contas 2016
22
FARMINVESTE 2
cenário em que voltem a ocorrer atrasos por parte das Administrações Regionais de Saúde no
pagamento dos créditos cedidos pelas Farmácias à Finanfarma sobre o Sistema Nacional de Saúde.
Perspetivas para 2017
Segundo as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) o crescimento da economia mundial
e do comércio internacional vai ser mais dinâmico em 2017, depois do abrandamento ocorrido em
2016. A economia mundial deverá crescer 3,4% em 2017.
Na revisão efetuada às projeções publicadas em outubro de 2016, o FMI reviu em alta o crescimento
nos Estados Unidos para 2,3% em 2017 e 2,5% em 2018.
Na zona Euro, apesar dos riscos financeiros e do impacto da negociação do Brexit (saída do Reino
Unido da União Europeia), os técnicos do FMI reviram em alta, em mais uma décima, o crescimento
para 2017.
No entanto, a trajetória de crescimento é descendente, as projeções do FMI apontam para uma
descida do ritmo anual de 1,7% em 2016 para 1,6% nos dois anos seguintes. A Alemanha, a maior
economia, não deverá crescer mais de 1,5% em 2017, e a Espanha desacelerará de 3,2% em 2016
para 2,3% em 2017 e 2,1% em 2018.
Relativamente à economia portuguesa, as atuais projeções do Banco de Portugal apontam para a
continuação da recuperação moderada da atividade económica iniciada em 2013 prevendo-se um
nível de crescimento próximo do previsto para a zona Euro (1,4%).
Num enquadramento externo progressivamente mais favorável, a recuperação económica deverá
permanecer sustentada no dinamismo das exportações e no crescimento do consumo interno, mas
para o qual se prevê uma evolução moderada.
Persistem, no entanto, vários constrangimentos estruturais ao crescimento da economia portuguesa,
incluindo o elevado nível de endividamento dos vários setores da economia – famílias, nível de
desemprego de longa duração e um ritmo de recuperação do investimento lento.
Relatório e Contas 2016
23
FARMINVESTE 2
A prossecução de um esforço adicional de consolidação orçamental é crucial para que o nível de
endividamento público apresente uma trajetória descendente e sustentada e o sucesso das ações
em curso de redução de vulnerabilidades especificas do setor bancário e financeiro são
fundamentais.
Na sequência da aprovação e registo especial pelo Banco de Portugal em 2016 da transformação
da Finanfarma em Sociedade Financeira de Crédito, a sociedade reforçará em 2017 a sua aposta
na contratação e formação de colaboradores, no redesenho de processos e na atualização de
sistemas informáticos. A organização continuará a investir no reforço das competências e valências
necessárias à prestação de serviços inovadores aos seus clientes, designadamente às farmácias,
garantindo elevada qualidade e o cumprimento de todas as normas vigentes.
A Farminveste 2, acionista único de Finanfarma e a Associação Nacional das Farmácias, sócia única
da Farminveste 2, consideram fundamental que a Finanfarma reúna os meios necessários para
alargar, com eficácia e eficiência, o âmbito das opções de financiamento disponibilizadas, mantendo
uma gestão prudente e robusta.
A Farminveste 2 e o sua sócia Associação Nacional das Farmácias estão firmemente
comprometidos com a implementação da estratégia definida para a Finanfarma e realçam a
importância do sucesso da sua execução na concretização da missão de fazer das Farmácias a
rede de cuidados de saúde primários mais valorizada pelos portugueses.
Informação relevante
Nada a referir.
Proposta de aplicação dos resultados da FARMINVESTE 2
Considerando as disposições legais em vigor e os estatutos da sociedade, o Conselho de Gerência
propõe ao Sócio único a afetação do resultado líquido negativo apurado no exercício de 2016 no
montante de € - 7.943,61 integralmente para resultados transitados.
Relatório e Contas 2016
24
FARMINVESTE 2
Agradecimentos
O Conselho de Gerência da FARMINVESTE 2, deseja exprimir os seus melhores agradecimentos
a todas as pessoas e entidades que colaboraram com as sociedades e que contribuíram para atingir
os objetivos com o reconhecido sucesso.
Lisboa, 18 de abril de 2017
O Conselho de Gerência da FARMINVESTE 2 –SGPS, Unipessoal, Lda.
Paulo Jorge Cleto Duarte Vítor Manuel Lopes Segurado Nuno Vasco Rodrigues Lopes
Relatório e Contas 2016
25
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Demonstrações financeiras individuais – FARMINVESTE 2
(Base NCA) (montantes expressos em Euros – o Anexo faz parte integrante destas demonstrações)
Demonstrações Financeiras
Balanço em 31 de dezembro de 2016
O Contabilista Certificado O Conselho de Gerência
A C TIV O
N ot as /
Quadros
A nexos
V alor ant es de
p rovisões,
imparidade e
amort izações
Provisões,
imparidade e
amort izações
V alor Lí quido
2 0 16
V alor Lí quido
2 0 15
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 0,00 0,00 0,00 0,00
Disponibilidades em outras instituições de crédito 4 13 799,43 0,00 13 799,43 20 371,31
Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 5 4 400 000,00 0,00 4 400 000,00 4 400 000,00
Activos por impostos correntes 13 5 000,00 0,00 5 000,00 5 000,00
Outros activos 0,00 0,00 0,00 0,00
Totais 4 418 799,43 0,00 4 418 799,43 4 425 371,31
PASSIV O
N ot as /
Quadros
A nexos
2 0 16 2 0 15
Outros passivos 6 1 740,73 369,00
Total do Passivo 1 740,73 369,00
CAPITAL
Capital 7 4 500 000,00 4 500 000,00
Outras reservas e resultados transitados -74 997,69 -69 145,34
Resultado do exercício -7 943,61 -5 852,35
Total do Capital 4 417 058,70 4 425 002,31
Total de Passivo + Capital 4 418 799,43 4 425 371,31
Relatório e Contas 2016
26
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Demonstração dos resultados e do rendimento integral em 31 de dezembro de 2016
Demonstração das alterações do Capital Próprio
O Contabilista Certificado O Conselho de Gerência
N ot as /
Quadros
A nexos
2 0 16 2 0 15
Juros e rendimentos similares 0,00 0,00
Juros e encargos similares 0,00 0,00
Margem financeira 0,00 0,00
Encargos com serviços e comissões 8 202,93 237,35
Outros resultados de exploração 9 -1 001,00 -1 002,00
Margem complementar -1 203,93 -1 239,35
Produto bancário -1 203,93 -1 239,35
Custos com pessoal 10 0,00 0,00
Gastos gerais administrativos 11 6 739,68 4 613,00
Resultado antes de impostos -7 943,61 -5 852,35
Impostos 12 0,00 0,00
Correntes
Diferidos
Resultado após impostos -7 943,61 -5 852,35
Do qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas
Resultado líquido do exercício -7 943,61 -5 852,35
Movimentos não reconhecidos nos resultados 0,00 0,00
Rendimento integral do Exercício -7 943,61 -5 852,35
C apit al Social
Prest ações
sup lement ares
Prémio de
Emissão R eservas
R esult ados
Transit ados A cções Próprias
R esult ado
Lí quido Tot al
Saldo em 31 de Dezembro de 2014 4 500 000,00 0,00 0,00 38,21 -60 087,50 0,00 -9 096,05 4 430 854,66
Transferência para resultados transitados -9 096,05 9 096,05 0,00
Resultado líquido do exercício -5 852,35 -5 852,35
Saldo em 31 de Dezembro de 2015 4 500 000,00 0,00 0,00 38,21 -69 183,55 0,00 -5 852,35 4 425 002,31
Transferência para resultados transitados -5 852,35 5 852,35 0,00
Resultado líquido do exercício -7 943,61 -7 943,61
Saldo em 31 de Dezembro de 2016 4 500 000,00 0,00 0,00 38,21 -75 035,90 0,00 -7 943,61 4 417 058,70
Relatório e Contas 2016
27
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Demonstração dos fluxos de caixa em 31 de dezembro de 2016
O Contabilista Certificado O Conselho de Gerência
2 0 16 2 0 15
Fluxos de caixa das actividades operacionais
Juros e comissões recebidos
Juros e comissões pagas -202,93 -237,35
Recuperação de crédito e juros vencidos
Pagamento a empregados e a fornecedores -5 367,95 -5 922,96
Outros pagamentos e recebimentos operacionais -1,00 -2,00
-5 571,88 -6 162,31
(Aumentos) Diminuições de activos operacionais
Créditos sobre clientes
Acções próprias
Outros activos e outras contas de regularização
Aumentos (Diminuições) de passivos operacionais
Recursos de instituições de crédito
Fundo de Pensões
Outros passivos e outras contas de regularização
-5 571,88 -6 162,31
Imposto pago sobre o rendimento -1 000,00 -1 000,00
-6 571,88 -7 162,31
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Aquisições de activos tangíveis
Activos tangíveis em curso (Cancelamento / Anulação)
Vendas de activos tangíveis
Aquisições de activos intangíveis
Alienação de activos intangíveis
Aquisição de acções próprias
Investimentos Financeiros
0,00 0,00
Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Distribuição de reservas
Aumentos de capital
Distribuição de dividendos
Prestações suplementares
Investimentos em filiais- associadas e empreendimentos conjuntos
0,00 0,00
Aumento (Diminuição) de caixa e seus equivalentes -6 571,88 -7 162,31
Caixa e seus equivalentes no início do período 20 371,31 27 533,62
Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 20 371,31 27 533,62
Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 13 799,43 20 371,31
Depósitos à Ordem 13 799,43 20 371,31
Depósitos a prazo
Relatório e Contas 2016
28
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Anexos às Demonstrações Financeiras
Nota 1 – Base de Apresentação das Demonstrações Financeiras
As contas oficiais da FARMINVESTE 2 até 31 dezembro 2006, foram elaboradas com base no Plano
Oficial de Contabilidade (POC) aplicável às sociedades comerciais nos termos da legislação em
vigor.
Com o registo do início de atividade da FINANFARMA, a 02 de janeiro 2007, as demonstrações
financeiras individuais da FARMINVESTE 2 passaram a ser preparadas de acordo com as Normas
de Contabilidade Ajustadas (NCA), conforme estabelecido pelo Banco de Portugal no Aviso nº
1/2005, de 21 de fevereiro, na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo nº 1 do artigo
115 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.
As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, salvo
se mencionado o contrário;
A preparação das contas individuais com base nas IFRS requer dos órgãos de gestão um julgamento
no processo de aplicação das políticas contabilísticas, refletindo os ativos e passivos da
FARMINVESTE 2.
Nota 2 – Políticas e Critérios Valorimétricos Adotados As principais políticas e critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações
financeiras foram as seguintes:
a) Ativos e passivos financeiros
Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos pelo justo valor na data de
aquisição/constituição das operações.
b) Recursos
Relatório e Contas 2016
29
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Após reconhecimento inicial, os recursos financeiros obtidos de Instituições de Crédito são
valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva.
A taxa de juro efetiva resulta do desconto dos pagamentos ou recebimentos futuros estimados
durante a vida esperada do passivo financeiro para o valor líquido atual de Balanço. O cálculo
inclui as comissões consideradas como parte integrante da taxa de juro efetiva, custos de
transação e todos os prémios ou descontos diretamente relacionados com a transação.
c) Reconhecimento de custos e proveitos
Os juros incorridos por financiamentos bancários contraídos são calculados dia-a-dia sobre os
saldos devedores e especializados mensalmente, sendo imputados a custos do exercício pelo
período decorrido.
Os custos e proveitos do exercício são registados no exercício a que respeitam,
independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio
contabilístico da especialização dos exercícios.
d) Ativos intangíveis
Esta rubrica compreende a contabilização dos custos com a aquisição de sistemas
informáticos.
Estes ativos são amortizados pelo método das quotas constantes e por duodécimos ao longo
da vida útil esperada, que atualmente se encontra nos três anos.
Todos os custos referentes a serviços notariais, constituição de empresas, formação,
publicidade e atividades de promoção, entre outros, por não se encontrarem previstos na IAS
38 (ativos intangíveis), não são reconhecidos em balanço, constituindo antes um custo do
exercício.
Relatório e Contas 2016
30
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
e) Ativos tangíveis
Nesta rubrica são registados, pelo valor histórico, os ativos tangíveis relacionados com o
desenvolvimento da atividade das Sociedades, quando deles resultem benefícios económicos
futuros.
f) Disponibilidades em outras instituições de Crédito.
Esta rubrica engloba os saldos das contas de depósitos à ordem domiciliadas em Instituições
de Crédito no país.
g) Impostos sobre os lucros
A FARMINVESTE 2 é detida a 100% pela Associação Nacional de Farmácias, sendo tributada,
a nível individual em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa
em vigor (21%) acrescida da derrama definida pela Lei das Finanças Locais, que atualmente
estão fixadas de 1,5% sobre o valor de lucros tributável.
Adicionalmente, está prevista uma derrama estadual, correspondente a 3% do lucro tributável
compreendido entre 1,5 e 7,5 milhões de euros, de 5% do lucro tributável compreendido entre
7,5 e 35 milhões e de 7% do lucro tributável superior a esse montante.
As Autoridades Fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal da Sociedade durante um
período de quatro anos, exceto nos casos em que exista reporte de prejuízos fiscais, podendo
por isso resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, eventuais liquidações
adicionais.
h) Impostos diferidos
Relatório e Contas 2016
31
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Os impostos diferidos, ativos e passivos, correspondem ao valor do imposto a recuperar e a
pagar em períodos futuros resultantes de diferenças temporárias entre o valor de um ativo ou
passivo no Balanço e a sua base tributável.
Os prejuízos fiscais reportáveis e os créditos fiscais são também registados como impostos
diferidos ativos.
Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos até ao montante em que seja expectável
existirem lucros tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias dedutíveis.
i) Ganhos e perdas em empresas do grupo e filiais
As participações encontram-se registadas pelo custo de aquisição e os seus rendimentos são
reconhecidos em rendimentos de participações de capital quando distribuídos.
Nota 3 – Principais estimativas e julgamentos utilizados na preparação das demonstrações financeiras
As IFRS determinam um conjunto de procedimentos contabilísticos, incluindo julgamentos por parte
dos órgãos decisores das sociedades e cálculos de estimativas necessárias.
No âmbito da atividade da Sociedade, a qual consiste, exclusivamente, na gestão das participações
financeiras ligadas a empresas do Grupo, é efetuada uma avaliação prudente aos investimentos
financeiros.
Nota 4 – Caixa e Equivalentes da Caixa
2016 2015
Numerário 0,00 0,00
Disponibilidades sobre outras instituições de crédito 0,00 0,00
Depósitos à ordem 13 799,43 20 371,31
Outras aplicações de curto prazo 0,00 0,00
Caixa e seus Equivalentes 13 799,43 20 371,31
Relatório e Contas 2016
32
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Nota 5 – Investimentos em Filiais, Associadas e Empreendimentos Conjuntos São consideradas empresas filiais as que a Sociedade detém o controlo ou o poder para gerir as
políticas financeiras e operacionais da empresa. Empresas associadas são aquelas em que a
Sociedade exerce, direta ou indiretamente, uma influência significativa sobre a sua gestão e a sua
política financeira, mas não detém o controlo da empresa.
Como regra geral, presume-se que existe influência significativa quando a participação de capital é
superior a 20%.
A participação no Capital da Finanfarma encontra-se registada ao custo histórico.
De referir que o capital da Finanfarma ascende atualmente a € 10 milhões no seguimento do
aumento do capital social, outorgado por escritura publica no dia 10 de outubro de 2016, no montante
de € 5.600.000 Euros, por incorporação de reservas livres no montante de € 5.221.479,42 e
incorporação de reservas legais no montante de € 378.520,58.
Este aumento de capital está diretamente relacionado com o deferimento pelo Banco de Portugal
do pedido de autorização de transformação em Sociedade Financeira de Crédito, dotando, desta
forma, a Sociedade do Capital necessário ao desempenho da nova atividade.
2016 2015
Investimento em Filiais 4 400 000,00 4 400 000,00
Participação do Capital da Finanfarma - Sociedade Financeira de Crédito, S.A. 100% 4 400 000,00 4 400 000,00
Investimento em Associadas 0,00 0,00
... 0,00 0,00
Empreendimentos conjuntos 0,00 0,00
... 0,00 0,00
Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 4 400 000,00 4 400 000,00
Relatório e Contas 2016
33
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Nota 6 – Outros Passivos
Nota 7 – Capital
Composto pelo Capital Social no montante de € 4.500.000,00, representado por uma quota de igual
valor nominal pertencente à sócia única Associação Nacional das Farmácias.
Nota 8 – Encargos com serviços e comissões Esta rubrica compreende os encargos bancários com a manutenção das contas bancárias.
Nota 9 – Outros Resultados de Exploração
A rubrica “Outros resultados de exploração” inclui a anulação do pagamento especial por conta do
exercício de 2011.
2016 2015
Outros passivos
Fornecedores 695,23 369,00
Outros encargos a pagar 1 045,50 0,00
Outros
Outros Passivos 1 740,73 369,00
2016 2015
Outros ganhos de exploração 0,00 0,00
Reembolso de despesas 0,00 0,00
Outros ganhos de exploração 0,00 0,00
Outros custos de exploração 1 001,00 1 002,00
Impostos indirectos 1,00 2,00
Imposto de selo 1,00 2,00
Taxas 0,00 0,00
Impostos directos 0,00 0,00
Outros 0,00 0,00
Outros custos de exploração 1 000,00 1 000,00
Anulação pagamento especial por conta 1 000,00 1 000,00
Outros custos de exploração 0,00 0,00
Outros Resultados de Exploração -1 001,00 -1 002,00
Relatório e Contas 2016
34
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Nota 10 – Efetivos de Trabalhadores Não existem colaboradores ao serviço, sendo as respetivas atividades asseguradas pela estrutura
funcional do Grupo.
Os órgãos sociais da FARMINVESTE 2 não são remunerados e não usufruem de qualquer outro
benefício.
A divulgação da política de remuneração prevista no Aviso n.º10/2011 pode ser consultada em
documento único no site oficial da Finanfarma (www.finanfarma.pt).
Nota 11 – Gastos Gerais Administrativos
Nos termos do disposto no Art.º 66º - A do Código das Sociedades Comerciais, informa-se os
honorários totais faturados à FARMINVESTE 2, durante o exercício de 2016, pela Sociedade de
Revisores Oficiais de Contas:
Nota 12 – Impostos A Sociedade não tem nas suas contas de ativos ou passivos resultantes de impostos diferidos.
2016 2015
Publicidade e publicações 160,00 160,00
Despesas jurídicas, contencioso e notariado 2 151,68 25,00
Outros serviços especializados 4 428,00 4 428,00
Gastos Gerais Administrativos 6 739,68 4 613,00
Revisão legal das contas anuais 4.428,00
Outros serviços de garantia de fiabilidade 0,00
Outros serviços que não sejam de revisão ou auditoria 0,00
Honorários totais facturados 4.428,00
(Inclui IVA)
Relatório e Contas 2016
35
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
O saldo da rubrica “Ativos por impostos correntes” refere-se unicamente aos pagamentos especiais
por conta efetuados.
Em 31 dezembro 2016 a Instituição não registava passivos por impostos correntes.
Nota 13 – Partes Relacionadas
De acordo com a IAS 24, são consideradas entidades relacionadas, aquelas em que a
FARMINVESTE 2 exerce, direta ou indiretamente, ou o controlo, ou uma influência significativa
sobre a gestão e a política financeira (designadamente, Empresas filiais, associadas e de controlo
conjunto) e as entidades que exercem uma influência significativa sobre a gestão desta sociedade
(Sócios e Órgãos de Gestão da FARMINVESTE 2).
Consideram-se, ainda, entidades relacionadas as sociedades em que os detentores de capital são,
direta ou indiretamente, comuns.
Em 31 de Dezembro de 2016, as entidades relacionadas com a FARMINVESTE 2 eram as seguintes:
ParticipaçãoNome da entidade relacionada Sede Directa
Sócios da FARMINVESTE 2Associação Nacional das Farmácias Portugal 100,00%
Conselho de Gerência da Farminveste 2Paulo Jorge Cleto DuarteNuno Vasco Rodrigues Viegas Vieira LopesVítor Manuel Lopes Segurado
Farmacoope
A Ver Navios em Santa Catarina
Infosaude
Genomed - Diagnósticos de Medicina Molecular, S.A.
Technophage, Investigação e Desenvolvimento em Biotecnologia, S.A.
Valormed
Farminveste, SGPS, S.A.
Farminveste, Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Alliance Healthcare, S.A.
Globalvet – Soluções e Inovação Veterinária, Lda.
hmR – Internacional
hmR – Health Market Research, Lda.
hmR – Health Market Research, España, S.L., sociedad unipersonal
hmR – Health Market Research, Irlanda
José de Mello Saúde, SGPS, S.A.
José de Mello Residências e Serviços, SGPS, S.A.
Imofarma – Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado
Farminveste Serviços
Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda.
Glintt – Global Intelligent Technologies, SGPS, S.A.
Sociedades onde os Membros do Conselho de Gerência
têm influência significativa
Sociedades em que os detentores de Capital são,
directa ou indirectamente, comuns
Relatório e Contas 2016
36
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Em 31 de Dezembro de 2016, o montante global dos ativos, passivos, proveitos, custos e
responsabilidades extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com sócios e órgãos de gestão
e sociedades em que estes têm influência significativa tinham a seguinte composição:
Lisboa, aos 18 de abril de 2017 O Contabilista Certificado O Conselho de Gerência
Sociedades em que os
Empresas filiais, detentores de capital são,
Sócios da Membros dos Orgãos Associadas e de directa ou indirectamente Total
FARMINVESTE 2 de Gestão Controlo Conjunto comuns
Activos
Participação Financeira 4 400 000,00 4 400 000,00
Prestações Acessórias de Capital 0,00
0,00 0,00 4 400 000,00 0,00 4 400 000,00
Passivos
… 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Proveitos
… 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Custos
… 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Relatório e Contas 2016
37
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Demonstrações financeiras consolidadas
(Base NIC) (montantes expressos em Euros – o Anexo faz parte integrante destas demonstrações)
Demonstrações Financeiras
Balanço em 31 de dezembro de 2016
O Contabilista Certificado O Conselho de Gerência
ACTIVO
Notas /
Quadros
Anexos
Valor antes de
provisões,
imparidade e
amortizações
Provisões,
imparidade e
amortizações
2016
Valor Líquido
2015
Valor Líquido
Disponibilidades em outras instituições de crédito 4 1 222 314,48 0,00 1 222 314,48 5 866 333,84
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 20 3 271,92 0,00 3 271,92 384,17
Aplicações em instituições de crédito 4 2 633 052,54 0,00 2 633 052,54 0,00
Crédito a clientes 5/6 130 743 858,68 4 277 713,86 126 466 144,82 210 621 993,93
Outros activos tangíveis 7 74 405,05 67 226,67 7 178,38 5 781,76
Activos intangíveis 8 783 465,39 762 547,75 20 917,64 48 455,72
Investimentos em filiais, associadas e empr. conjuntos 9 0,00 0,00 0,00 0,00
Activos por impostos correntes 12 729 500,18 0,00 729 500,18 253 061,00
Activos por impostos diferidos 12 683 699,29 0,00 683 699,29 565 977,30
Outros activos 10 469 162,89 0,00 469 162,89 458 453,81
Totais 137 342 730,42 5 107 488,28 132 235 242,14 217 820 441,53
PASSIVO
Notas /
Quadros
Anexos
2016
Valor
2015
Valor
Recursos de outras instituições de crédito 11 117 338 073,44 203 839 615,47
Passivos por impostos correntes 12 522 100,84 829 214,08
Outros passivos 13 2 950 676,18 2 924 965,86
Total do Passivo 120 810 850,46 207 593 795,41
CAPITAL
Capital 14 10 100 000,00 4 500 000,00
Outras reservas e resultados transitados 14 126 646,12 3 886 342,50
Resultado do exercício 1 197 745,56 1 840 303,62
Total do Capital 11 424 391,68 10 226 646,12
Total de Passivo + Capital 132 235 242,14 217 820 441,53
Relatório e Contas 2016
38
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Demonstração dos resultados e do rendimento integral em 31 de dezembro de 2016
O Contabilista Certificado O Conselho de Gerência
Notas /
Quadros
Anexos
2016
Valor
2015
Valor
Juros e rendimentos similares 15 7 723 700,09 8 179 112,31
Juros e encargos similares 15 3 181 013,69 3 253 765,83
Margem financeira 4 542 686,40 4 925 346,48
Rendimentos de serviços e comissões 16 2 028 219,19 2 009 314,14
Encargos com serviços e comissões 16 1 724 419,57 1 748 360,91
Outros resultados de exploração 17 239 894,18 -350 502,18
Produto bancário 5 086 380,20 4 835 797,53
Custos com pessoal 18 1 643 543,60 1 015 930,54
Gastos gerais administrativos 19 1 639 123,27 700 202,65
Amortizações do exercício 7/8 31 129,85 30 100,36
Imparidade do crédito líquido de reversões e recuperações 6 170 339,65 529 805,31
Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 6 0,00 0,00
Resultado antes de impostos e de interesses minoritários 1 602 243,83 2 559 758,67
Impostos 404 498,27 719 455,05
Correntes 12 522 220,26 828 565,17
Diferidos 12 -117 721,99 -109 110,12
Resultado após impostos antes de interesses minoritários 1 197 745,56 1 840 303,62
Do qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas
Resultado consolidado do exercício 1 197 745,56 1 840 303,62
Movimentos não reconhecidos nos resultados 0,00 0,00
Rendimento integral do exercício 1 197 745,56 1 840 303,62
Relatório e Contas 2016
39
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Demonstração das alterações do Capital Próprio
O Contabilista Certificado O Conselho de Gerência
C apit al Social
Prest ações
sup lement ares
Prémio de
Emissão R eservas
R esult ados
Transit ados
A cções
Próprias
R esult ado
Lí quido Tot al
Saldo em 31 de Dezembro de 2014 4 500 000,00 0,00 0,00 3 448 077,49 -60 087,50 0,00 498 352,51 8 386 342,50
Transferência para resultados transitados -9 096,05 9 096,05 0,00
Transferência para reservas legais 50 744,86 -50 744,86 0,00
Transferência para outras reservas 456 703,70 -456 703,70 0,00
Acções próprias 0,00
Aumentos de capital 0,00
Devolução de prestações suplementares 0,00
Resultado líquido do exercício 1 840 303,62 1 840 303,62
Saldo em 31 de Dezembro de 2015 4 500 000,00 0,00 0,00 3 955 526,05 -69 183,55 0,00 1 840 303,62 10 226 646,12
Transferência para resultados transitados -5 852,35 5 852,35 0,00
Transferência para reservas legais 184 615,60 -184 615,60 0,00
Transferência para outras reservas 1 661 540,37 -1 661 540,37 0,00
Aumentos de capital 5 600 000,00 -5 600 000,00 0,00
Resultado líquido do exercício 1 197 745,56 1 197 745,56
Saldo em 31 de Dezembro de 2016 10 100 000,00 0,00 0,00 201 682,02 -75 035,90 0,00 1 197 745,56 11 424 391,68
Relatório e Contas 2016
40
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Demonstração dos fluxos de caixa em 31 de dezembro de 2016
O Contabilista Certificado O Conselho de Gerência
2016 2015
Fluxos de caixa das actividades operacionais
Juros e comissões recebidos 10 240 930,21 8 364 478,67
Juros e comissões pagas -5 110 330,65 -4 945 230,20
Pagamento a empregados e a fornecedores -2 981 821,89 -1 810 167,06
Outros pagamentos e recebimentos operacionais -205 284,50 284 098,85
1 943 493,17 1 893 180,26
(Aumentos) Diminuições de activos operacionais
Créditos sobre clientes 83 768 699,15 -88 882 433,18
Acções próprias
Outros activos e outras contas de regularização 13 958,82 508 943,95
Aumentos (Diminuições) de passivos operacionais
Recursos de instituições de crédito -86 425 382,40 89 747 793,57
Outros passivos e outras contas de regularização
-699 231,26 3 267 484,60
Imposto pago sobre o rendimento -1 306 772,68 -487 949,17
Outros Impostos -3,75 -102 613,80
Contribuições (Fundo Resolução) 0,00 0,00
-2 006 007,69 2 676 921,63
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Aquisições de activos tangíveis -4 988,39 -3 635,80
Vendas de activos tangíveis
Aquisições de activos intangíveis 0,00 0,00
Alienação de outros activos
Aquisição de acções próprias
-4 988,39 -3 635,80
Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Distribuição de reservas
Aumento de Capital
Distribuição de dividendos
Prestações suplementares
Investimentos em filiais- associadas e empreendimentos conjuntos
0,00 0,00
Aumento (Diminuição) de caixa e seus equivalentes -2 010 996,08 2 673 285,83
Caixa e seus equivalentes no início do período 5 866 333,84 3 193 048,01
Depósitos à Ordem 5 866 333,84 3 193 048,01
Depósitos a prazo
Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 3 855 337,76 5 866 333,84
Depósitos à Ordem 1 222 314,48 5 866 333,84
Depósitos a prazo 2 633 052,54
Relatório e Contas 2016
41
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Anexos às Demonstrações Financeiras
Nota 1 – Base de Apresentação das Demonstrações Financeiras
Na qualidade de SGPS e acionista única da FINANFARMA, a atividade da FARMINVESTE 2 está
sujeita à supervisão do Banco de Portugal (BdP) nos termos do nº 1 do Artº. 117º. do Regime Geral
das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.
Para efeitos da consolidação das contas da FINANFARMA na FARMINVESTE 2:
a) As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normais
Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) nos termos dispostos no Regulamento (CE) nº.
1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu de 19 de julho e na sua
transposição para a legislação nacional (D.L. nº. 35/2005 de 17 de fevereiro, e do Aviso do BdP
com o nº. 1/2005 de 21 de fevereiro);
b) As demonstrações financeiras agora apresentadas foram consolidadas pelo método integral;
c) As políticas contabilísticas foram aplicadas de forma consistente por ambas as empresas do
perímetro de consolidação, relativamente a todos os períodos cobertos por estas
demonstrações financeiras.
A preparação das contas consolidadas com base nas IFRS requer dos órgãos de gestão um
julgamento no processo de aplicação das políticas contabilísticas, refletindo os ativos e passivos da
FARMINVESTE 2 e da FINANFARMA.
Relatório e Contas 2016
42
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Nota 2 – Políticas e Critérios Valorimétricos Adotados
As políticas e critérios que serviram de base à elaboração das demonstrações financeiras foram as
seguintes:
a) Ativos e passivos financeiros
Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos pelo justo valor na data de
aquisição/constituição das operações.
b) Recursos
Após reconhecimento inicial, os recursos financeiros obtidos de Instituições de Crédito são
valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva.
A taxa de juro efetiva resulta do desconto dos pagamentos ou recebimentos futuros estimados
durante a vida esperada do passivo financeiro para o valor líquido atual de Balanço. O cálculo
inclui as comissões consideradas como parte integrante da taxa de juro efetiva, custos de
transação e todos os prémios ou descontos diretamente relacionados com a transação.
Os custos de empréstimos são reconhecidos de imediato em gasto, não sendo capitalizados
em qualquer elemento do ativo.
c) Créditos a clientes
Os ativos decorrentes de operações de factoring contratadas com recurso são relevados no
balanço como créditos concedidos pelo valor dos adiantamentos efetuados por conta dos
contratos respetivos.
Relatório e Contas 2016
43
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Os ativos decorrentes das operações de factoring contratadas sem recurso são relevados no
balanço como créditos concedidos pelo valor dos créditos tomados e tendo por contrapartida o
reconhecimento de um passivo na conta de “Credores por operações de factoring”. Esta rubrica
é debitada pelas entregas efetuadas pelos aderentes, ou por alguma entidade por conta destes,
nos termos do contrato de factoring.
Posteriormente, são valorizadas ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro
efetiva.
d) Créditos e juros vencidos
São classificados em crédito e juros vencidos os montantes vencidos a partir do primeiro dia,
não obstante as disposições legais em vigor permitirem que este período se estenda por 30
dias.
e) Provisões
A norma (IAS 37) define provisões como passivos de tempestividade ou quantias incertas.
Uma provisão deve ser reconhecida quando e somente quando:
i. Uma empresa tenha uma obrigação presente (legal ou construtiva) como resultado de um
acontecimento passado;
ii. Seja provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será
exigido para liquidar a obrigação; e
iii. Possa ser feita uma estimativa fiável da quantia da obrigação.
Relatório e Contas 2016
44
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
f) Ativos contingentes
A norma Internacional de contabilidade IAS 37 define um ativo contingente como um possível
ativo que surja de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela
ocorrência ou não ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o
controlo da empresa. Um exemplo é uma reivindicação que uma empresa esteja a intentar por
meio de processos legais, em que o desfecho seja incerto.
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo
divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.
g) Passivos contingentes
A norma (IAS 37) define um passivo contingente como:
i. Uma possível obrigação que surja proveniente de acontecimentos passados e cuja
existência somente será confirmada pela ocorrência de um ou mais acontecimentos futuros
incertos não totalmente sob o controlo da empresa; ou
ii. Uma obrigação presente que surja de acontecimentos passados, mas que não é
reconhecida porque:
a. Não é provável que resulte num exfluxo de recursos da entidade que incorporem
benefícios económicos; ou
b. A quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo
divulgados sempre que a exista a possibilidade de uma saída de recursos que incorporem
benefícios económicos.
Relatório e Contas 2016
45
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
h) Imparidades
Genericamente, considera-se que um ativo se encontra em situação de imparidade quando (i)
exista evidência objetiva de uma perda resultante de um ou mais eventos que ocorreram após
o seu reconhecimento inicial e (ii) quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor
recuperável dos fluxos de caixa futuros desse crédito, ou carteira de créditos, que possa ser
estimado com razoabilidade.
Em termos consolidados, é efetuada uma avaliação com a regularidade adequada para
verificação da eventual existência de evidências objetivas de imparidades na sua carteira de
crédito. As perdas por imparidades são registadas por contrapartida de resultados, sendo
subsequentemente revertidas em caso de verificação de diminuição da perda em momento
posterior.
i) Reconhecimento de custos e proveitos
Os juros incorridos por financiamentos bancários contraídos são calculados dia-a-dia sobre os
saldos devedores e especializados mensalmente, sendo imputados a custos do exercício pelo
período decorrido.
Os custos e proveitos do exercício são contabilizados de acordo com o princípio da
especialização do exercício, sendo registados nos períodos a que respeitam,
independentemente da data em que ocorrem os respetivos pagamentos e recebimentos.
As comissões por serviços de factoring são diferidas mensalmente, de acordo com o método
pró-rata temporis, tendo em conta o prazo que decorre entre a aprovação da operação a que
respeita e o seu termo.
j) Ativos intangíveis
Relatório e Contas 2016
46
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Esta rubrica compreende a contabilização dos custos com a aquisição de sistemas
informáticos. Estes ativos são amortizados pelo método das quotas constantes e por
duodécimos ao longo da vida útil esperada, que atualmente se encontra nos três anos.
Todos os custos referentes a serviços notariais, constituição de empresas, formação,
publicidade e atividades de promoção, entre outros, por não se encontrarem previstos na IAS
38 (ativos intangíveis), não são reconhecidos em balanço, constituindo antes um custo do
exercício.
k) Locação
As Sociedades classificam as operações de locação operacional em função da sua substância,
cumprindo o disposto na IAS 17 – Locações.
l) Ativos tangíveis
Nesta rubrica são registados, pelo valor histórico, os ativos tangíveis relacionados com o
desenvolvimento da atividade das Sociedades, quando deles resultem benefícios económicos
futuros.
As amortizações são calculadas numa base sistemática ao longo da vida útil estimada do bem,
a qual corresponde ao período em que se espera que o ativo esteja disponível para uso.
m) Benefícios aos colaboradores e órgãos sociais
Não existe qualquer compromisso em matéria de pensões de reforma, prémios de antiguidade
e créditos para com colaboradores ou qualquer membro dos órgãos sociais.
n) Disponibilidades em outras instituições de Crédito
Relatório e Contas 2016
47
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Esta rubrica engloba os saldos das contas de depósitos à ordem domiciliadas em Instituições
de Crédito no país, valorizadas ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro
efetivo.
o) Impostos sobre os lucros
As sociedades encontram-se sujeitas à tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento
das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa em vigor (21%) acrescida da derrama à taxa de 1,5% sobre
o valor de lucros tributável, fixada pelo Município de Lisboa.
Adicionalmente, está prevista uma derrama estadual, correspondente a 3% do lucro tributável
compreendido entre 1,5 e 7,5 milhões de euros, 5% do lucro tributável superior a 7,5 milhões
de euros e até 35 milhões de euros e 7% do lucro tributável superior a 35 milhões.
As autoridades fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal das Sociedades durante o
período de quatro anos, exceto nos casos em que exista reporte de prejuízos fiscais, podendo
por isso resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, eventuais liquidações
adicionais.
p) Impostos diferidos
Os impostos diferidos, ativos e passivos, correspondem ao valor do imposto a recuperar e a
pagar em períodos futuros resultantes de diferenças temporárias entre o valor de um ativo ou
passivo no Balanço e a sua base tributável.
Os prejuízos fiscais reportáveis e os créditos fiscais são também registados como ativos por
impostos diferidos.
Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos até ao montante em que seja expectável
existirem lucros tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias dedutíveis.
Relatório e Contas 2016
48
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Nota 3 – Principais estimativas e julgamentos utilizados na preparação das demonstrações
financeiras consolidadas
As IFRS determinam um conjunto de procedimentos contabilísticos, incluindo julgamentos por parte
dos órgãos decisores das sociedades e cálculos de estimativas necessárias. Nalguns casos, as
IAS/IFRS permitem tratamentos alternativos pelo que os resultados apresentados nas
demonstrações financeiras consolidadas poderiam ser diferentes se outros métodos tivessem sido
escolhidos.
Em base consolidada, as Sociedades estão potencialmente sujeitas a imparidades de crédito, cujo
valor é teoricamente determinado com base em estimativas dos fluxos futuros de caixa, baseadas
em informação histórica de perdas e avaliação de risco da carteira de crédito e do perfil dos clientes
(ver alínea e) da nota 2).
Eventuais diferenças entre as estimativas de fluxos futuros de caixa calculadas com base nos
pressupostos considerados como os mais adequados e o comportamento futuro dos créditos
concedidos poderão ter impacto nas estimativas efetuadas e, consequentemente, nas contas
consolidadas das Sociedades.
Nota 4 – Caixa e Equivalentes da Caixa
2016 2015
Disponibilidades em outras instituições de crédito 1 222 314,48 5 866 333,84
Numerário 0,00 0,00
Depósitos à ordem 1 222 285,22 5 866 333,84
Juros a receber 29,26 0,00
Aplicações em instituições de crédito 2 633 052,54 0,00
Depósitos a prazo (muito curto prazo) 2 633 052,54 0,00
Caixa e seus Equivalentes 3 855 367,02 5 866 333,84
Relatório e Contas 2016
49
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Nota 5 – Crédito a Clientes
O conceito genérico da rubrica de “crédito tomado - operações de factoring“ inclui: (i) adiantamentos
efetuados sobre as operações de factoring com recurso e (ii) as faturas cedidas sem recurso,
registadas na respetiva data de aceitação.
Em 31 dezembro 2016, a rubrica de crédito inclui ativos que foram dados em garantia para fazer
face a responsabilidades assumidas por empréstimos obtidos no valor global de 97,6 milhões (em
31 dezembro 2015 totalizavam 126,2 milhões).
Enquadramento
No âmbito da sua atividade, a Finanfarma adquire créditos detidos pelas farmácias sobre as
Administrações Regionais de Saúde (“ARS”), Centros de Saúde dos Açores e IASAUDE – IP RAM
ao abrigo do regime de comparticipação do Estado e Serviços Regionais de Saúde das regiões
autónomas no preço de venda ao público dos medicamentos dispensados a beneficiários do Serviço
Nacional de Saúde (“SNS”) e Serviços Regionais de Saúde dos Açores e Madeira (“SRS”).
Tais créditos têm data de vencimento no 40º dia do mês seguinte ao da emissão das faturas
respetivas, registando-se, na quase totalidade das circunstâncias, um pagamento atempado dos
mesmos créditos pelas ARS.
Créditos 2016 2015
Vincendos Até 3 meses 3 a 6 meses 6 a 9 meses 9 a 12 meses + de 12 meses Sub-Total Crédito Total Crédito Total
Crédito 125 424 849,95 1 754 170,42 22 966,45 119,46 1 569,54 3 722 775,08 5 501 600,95 130 926 450,90 214 530 272,07
Crédito tomado com recurso 1 669 234,92 4 794,75 12 670,42 0,00 1 516,75 827 812,67 846 794,59 2 516 029,51 2 880 967,44
Nacional 1 669 234,92 4 794,75 12 670,42 1 516,75 827 812,67 846 794,59 2 516 029,51 2 880 967,44
Nacional - Sector Publico Administrativo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Exportação 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Importação 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Crédito tomado sem recurso 123 755 615,03 1 749 375,67 10 296,03 119,46 52,79 2 894 962,41 4 654 806,36 128 410 421,39 211 649 304,63
Nacional 15 131 717,38 1 745 739,75 791,86 1,87 354 138,80 2 100 672,28 17 232 389,66 17 540 971,72
Nacional - Sector Publico Administrativo 108 623 897,65 3 635,92 9 504,17 119,46 50,92 2 540 823,61 2 554 134,08 111 178 031,73 194 108 332,91
Exportação 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Importação 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Juros Vencidos a regularizar 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Receitas a receber 0,09 0,09 297 509,62
Receitas com rendimento diferido -182 592,31 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -182 592,31 -91 734,09
Imparidades 1 394 130,24 170 691,08 12 868,43 99,61 1 569,07 2 698 355,43 2 883 583,62 4 277 713,86 4 114 053,67
Crédito Líquido 123 848 127,49 1 583 479,34 10 098,02 19,85 0,47 1 024 419,65 2 618 017,33 126 466 144,82 210 621 993,93
Créditos Vencidos
Relatório e Contas 2016
50
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Existem, no entanto, algumas situações em que tal não aconteceu, verificando-se por isso alguns
casos pontuais em que tais créditos (ou parte residual de alguns deles) não foram pagos na data de
vencimento respetiva. Verificou-se ainda que, na maioria dos casos, tal falta de pagamento se ficou
a dever ao facto de as ARS (i) solicitarem às farmácias a retificação das faturas por estas emitidas
em função de aparentes desconformidades de algumas receitas médicas que servem de suporte às
mesmas faturas; e (ii) reterem os pagamentos relativos às retificações solicitadas até que as
desconformidades detetadas se encontrem definitivamente esclarecidas, o que em alguns casos
(isto é, naqueles em que as ARS e as farmácias não chegam a um acordo sobre a exigibilidade ou
não das retificações exigidas por aquelas) passasse inclusive pelo recurso a processos judiciais
para dirimir tal litígio.
No início de 2011, ficou institucionalizado, para o período de retificações de Fevereiro de 2010 a
Junho de 2011, um sistema de mediação entre as ARS e as farmácias tendo em vista a resolução
expedita das questões potencialmente litigiosas que se suscitassem entre aquelas, de modo a tentar
evitar o recurso a processos judiciais, ficando estabelecido entre as partes: (i) a confirmar-se que as
ARS não tinham razão nas retificações solicitadas, compete às ARS proceder ao pagamento
imediato dos montantes em falta; e, (ii) a confirmar-se que as ARS tinham razão nas retificações
solicitadas, estará a Finanfarma habilitada a proceder à imputação dos montantes em causa nos
créditos posteriormente adquiridos, pela Finanfarma, às mesmas farmácias.
Relativamente ao sistema de mediação acima referenciado, a avaliação foi positiva, não obstante o
processo se ter revelado mais moroso que o inicialmente previsto, face ao elevado número de
receitas em análise. O processo administrativo de reconferência ficou concluído em 2013, apesar
de em 2014 ainda se terem verificado algumas situações passiveis de reconferência. O processo de
regularização do crédito estendeu-se ao ano 2016, ficando na sua globalidade concluído, não
obstante permanecerem alguns valores pendentes de clarificação. Deste processo resultou o registo
em perdas operacionais no montante global que ascende a 18 mil euros relativos aos contratos que
se revelaram não passíveis de recuperação.
Salienta-se, no entanto, que com a entrada em vigor da Portaria n.º 193/2011, de 13 maio, que
regula o procedimento de pagamento da comparticipação do Estado no PVP dos medicamentos
dispensados a beneficiários do SNS, a Finanfarma passou a deduzir, na íntegra, os valores
Relatório e Contas 2016
51
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
deduzidos pelas ARS, sendo as reclamações tratadas exclusivamente em sede associativa. Este
novo tratamento das reclamações reduziu a entrada de novas situações de divergência na carteira
de crédito da Finanfarma, com impacto positivo no tratamento administrativo e da entrada de novo
crédito em vencido decorrente das divergências de receituário.
Qualidade do Crédito
Carteira de crédito antes de imparidades 31-12-2016 31-12-2015
Crédito total 130 926 450,90 214 530 272,07
Do qual,
SNS (Inclui, Administração Regional) 109 917 668,41 192 827 839,48
Outros Segmentos 21 008 782,49 21 702 432,59
Crédito com incumprimento (+ 1 dia) 5 501 600,95 91 457 818,93
Do qual,
SNS (Inclui, Administração Regional) 2 554 128,00 87 730 146,70
Outros Segmentos 2 947 472,95 3 727 672,23
Crédito com incumprimento (+ 30 dias) 4 687 267,22 28 199 822,38
Do qual,
SNS (Inclui, Administração Regional) 2 550 498,16 25 597 092,88
Outros Segmentos 2 136 769,06 2 602 729,50
Crédito com incumprimento (+ 90 dias) 3 747 430,53 4 262 771,92
Do qual,
SNS (Inclui, Administração Regional) 2 550 498,16 2 811 359,91
Outros Segmentos 1 196 932,37 1 451 412,01
Crédito total líquido de imparidades
Crédito total, líquido 126 648 737,04 210 416 218,40
Crédito com incumprimento, líquido (+ 90 dias) 1 034 537,99 1 407 562,48
Do qual,
SNS (Inclui, Administração Regional) 1 033 943,67 1 249 500,88
Outros Segmentos 594,32 158 061,60
Indicadores 31-12-2016 31-12-2015
% Crédito por segmento mercado
SNS (Inclui, Administração Regional) 84,0% 89,9%
Outros Segmentos 16,0% 10,1%
Rácio de crédito vencido (+ 1 dia) 4,2% 42,6%
Do qual,
SNS (Inclui, Administração Regional) 2,0% 40,9%
Outros Segmentos 2,3% 1,7%
Rácio de crédito vencido (+ 30 dias) 3,6% 13,1%
Do qual,
SNS (Inclui, Administração Regional) 1,9% 11,9%
Outros Segmentos 1,6% 1,2%
Rácio de crédito com incumprimento (+ 90 dias) 2,9% 2,0%
Do qual,
SNS (Inclui, Administração Regional) 1,9% 1,3%
Outros Segmentos 0,9% 0,7%
Rácio de crédito com incumprimento, líquido 0,8% 0,7%
Do qual,
SNS (Inclui, Administração Regional) 0,8% 0,6%
Outros Segmentos 0,0% 0,1%
Relatório e Contas 2016
52
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
O Serviço Nacional de Saúde, incluindo SRS-ilhas, continua a dominar significativamente o crédito
concedido da Instituição, com cerca de 84%. Salienta-se a redução absoluta de 82,9 milhões de
euros face ao período homólogo. Este comportamento evidência, essencialmente, a regularização
do atraso registado no final de 2015 das comparticipações dos medicamentos aos utentes do SNS,
no perímetro geográfico da ARS Norte, ARS Centro e ARS Alentejo.
Relativamente aos restantes sectores de atividade, de referir um ligeiro decréscimo de 694 mil euros
em relação ao período homólogo, oscilação que se considera dentro do padrão normal do sector.
O montante do crédito e juros vencidos atingiu, no final do exercício 5,5 milhões de euros, menos
86 milhões de euros face ao período homólogo do ano anterior, explicado no essencial pela
regularização do atraso registado no final de 2015 sobre o SNS. De acordo com o observado no
quadro acima, em 31 dezembro de 2016, o crédito vencido representava 4,2% do crédito total.
Considerando apenas o crédito vencido há mais de 90 dias, o indicador situa-se nos 2,9%, ou, 0,8%
se deduzidas as imparidades para crédito vencido.
De salientar que, nas transações comerciais, observa-se com alguma frequência o atraso na
liquidação de faturas. Esta situação é, muitas vezes, condicionada por fatores que não têm relação
com a solvabilidade do cliente.
Nota 6 – Provisões, Imparidades, Ativos e Passivos Contingentes
Imparidades
Genericamente, considera-se que um ativo se encontra em situação de imparidade quando (i) exista
evidência objetiva de uma perda resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu
reconhecimento inicial e (ii) quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável
dos fluxos de caixa futuros desse crédito, ou carteira de créditos, que possa ser estimado com
razoabilidade.
Em termos consolidados, é efetuada uma avaliação com a regularidade adequada para verificação
da eventual existência de evidências objetivas de imparidades na sua carteira de crédito. As perdas
Relatório e Contas 2016
53
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
por imparidades são registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente
revertidas em caso de verificação de diminuição da perda em momento posterior.
A Finanfarma, no âmbito da publicação da Instrução n.º 5/2013 do Banco de Portugal, desenvolveu,
a partir de 2013, um modelo de cálculo de imparidades para a sua carteira de crédito, de forma a
procurar responder aos requisitos da IAS 39 sobre a imparidade do crédito.
De referir que, a Finanfarma, com referência a 31 dezembro de 2016, introduziu melhorias ao nível
deste modelo, através da introdução de novos triggers para análise individual, da alteração da
metodologia de cálculo de imparidades, documentação de suporte inerente aos casos analisados
no âmbito da “análise individual”, governance do processo de análise e aprovação das imparidades
com a criação do “Comité de Imparidade”.
As melhorias implementadas ao nível do modelo cálculo de imparidades têm, naturalmente, como
objetivos continuar a dar resposta às exigências do Banco de Portugal sobre esta matéria e continuar
a refletir da melhor forma, nas demonstrações financeiras da Sociedade, as perdas potenciais que
poderão vir a ocorrer na sua carteira de crédito.
Determinou-se, no entanto, a manutenção do cálculo de imparidades de acordo com o registo
contabilístico nas contas individuais da Finanfarma, justificando assim a imparidade estimada
apresente um valor distinto do contabilizado em 83 mil euros.
Os resultados do cálculo de imparidade efetuado de acordo com a nova metodologia encontram-se
divulgados no âmbito da Carta Circular n.º 2/2014/DSPDR do BdP.
O processo de avaliação da carteira de crédito está sujeito a diversas estimativas e julgamentos. A
utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderia resultar em
diferentes níveis de perdas por imparidade reconhecidas com o consequente impacto nos resultados
consolidados do Grupo.
Na avaliação da carteira em base individual, destaca-se as perdas por imparidade em créditos a
clientes sobre a ARS Norte, no valor € 1.254.744,71, para cobertura da totalidade dos juros
Relatório e Contas 2016
54
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
contestados pela ARS Norte, resultante da diferente interpretação do momento em que se deve
considerar realizado um pagamento por transferência bancária em termos de pôr termo à contagem
de juros de mora (se o momento da ordem de transferência bancária emitida pelo devedor, conforme
defende esta ARS, ou a data em que é inscrita na conta do credor, conforme defende a Finanfarma),
e da diferente interpretação da convenção do calculo de juro, se «atual/360» ou «atual/365» e taxa
de juro aplicável.
Desta contestação, a Finanfarma instaurou um processo judicial para dirimir o litígio resultante da
diferente interpretação do momento em que se deve considerar realizado um pagamento por
transferência bancária.
Movimento de Imparidades
Ativos contingentes
Na sequência dos atrasos nos pagamentos da ARS do Norte ocorridos entre 2011 e 2013 a
Finanfarma passou a alocar os valores recebidos para pagamento das faturas referentes às
comparticipações dos medicamentos, em primeiro lugar aos juros das respetivas faturas e o
remanescente ao crédito vencido. A ARS Norte contestou este método e em consequência não
aceitou os juros sobre a faturação não regularizada resultante deste procedimento.
Atendendo à incerteza do influxo destes rendimentos, que dependiam do desfecho do processo
judicial, a Instituição deixou de reconhecer, a partir de 2012, os réditos e respetivos ativos
decorrentes dos juros calculados sobre a faturação não regularizada resultante deste processo.
Saldo Reversões e recuperações Saldo
em 31/12/2015 Reforços de perdas de imparidade Utilizações em 31/12/2016
Perda por imparidade de crédito a clientes 4 114 053,67 747 394,43 577 054,78 6 679,46 4 277 713,86
Perda por imparidade de outros devedores 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Imparidades 4 114 053,67 747 394,43 577 054,78 6 679,46 4 277 713,86
Relatório e Contas 2016
55
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Face ao desfecho favorável à Finanfarma do processo judicial, a ARS Norte regularizou em 2015 a
quase totalidade dos juros de mora, com impacto positivo na rubrica de juros de mora do exercício
de 2015 (Nota 15).
Nota 7 – Ativos Tangíveis
Nota 8 – Ativos Intangíveis
Nota 9 – Investimentos em Associadas e Filiadas (excluídas de consolidação)
Genericamente, esta rubrica inclui as participações em empresas nas quais o Grupo exerce um
controlo efetivo sobre a sua gestão corrente, de modo a obter benefícios económicos das suas
atividades, as quais são denominadas “filiais”. Normalmente o controlo é evidenciado pela detenção
de mais de 50% do capital ou dos direitos de voto.
Inclui ainda as participações em empresas em que o Grupo tem uma influência significativa, mas
sobre as quais não exerce um controlo efetivo sobre a sua gestão (“associadas”). Assume-se a
Activos Amortizações Nº Anos Amortizações do Abates e Valor Líquido
Brutos Acumuladas Aquisições Amortizações Exercício Transferências em 31/12/2016
Mobiliário e material 2 962,56 2 840,96 4 988,39 8 693,05 0,00 4 416,94
Máquinas e ferramentas 3 052,83 3 052,83 0,00 5 0,00 0,00 0,00
Equipamentos informáticos 63 401,27 57 741,11 0,00 3 2 898,72 0,00 2 761,44
Outros Activos Tangíveis Líquidos69 416,66 63 634,90 4 988,39 3 591,77 0,00 7 178,38
Saldo em 31/12/2015
Activos Amortizações Nº Anos Amortizações do Abates e Valor Líquido
Brutos Acumuladas Aquisições Amortizações Exercício Transferências em 31/12/2016
Sistemas informáticos 783 465,39 735 009,67 0,00 27 538,08 0,00 20 917,64
Gestão de factoring 535 817,77 535 817,77 0,00 3 0,00 0,00 0,00
Contabilidade 40 743,12 40 743,12 0,00 3 0,00 0,00 0,00
Gestão de tesouraria 62 502,75 62 502,75 0,00 3 0,00 0,00 0,00
Gestão de reportes 35 479,80 35 479,80 0,00 3 0,00 0,00 0,00
Outros 108 921,95 60 466,23 0,00 3 27 538,08 0,00 20 917,64
Outros Activos Intangíveis Líquidos 783 465,39 735 009,67 0,00 27 538,08 0,00 20 917,64
Saldo em 31/12/2015
Relatório e Contas 2016
56
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
existência de influência significativa sempre que a participação do Grupo se situa entre 20% e 50%
do capital ou dos direitos de voto.
Durante o exercício de 2016, o Grupo não deteve quaisquer participações em empresas excluídas
do perímetro de consolidação.
Nota 10 – Outros Ativos
A rubrica «outros devedores» corresponde essencialmente a uma posição pontual pela
intermediação da ANF nos contratos com as farmácias associadas na liquidação dos encargos. Os
saldos foram integralmente regularizados no início do mês seguinte.
Nota 11 – Recursos de Bancos Centrais e Outras Instituições de Crédito
2015
Valor Imparidades Valor Liquido Valor Liquido
Outros activos 440 199,07 0,00 440 199,07 419 770,29
Outros Devedores 440 199,07 0,00 440 199,07 419 770,29
Adiantamentos a outros fornecedores 0,00 0,00 0,00
Sector Público Administrativo 0,00 0,00 0,00
Despesas com custos diferidos 28 963,82 0,00 28 963,82 38 683,52
Seguros 9 540,23 9 540,23 5 191,16
Manutenção 6 583,72 6 583,72 20 250,96
Outras 12 839,87 12 839,87 13 241,40
Outras contas de regularização 0,00 0,00 0,00 0,00
Outras operações activas a regularizar 0,00 0,00 0,00
Outros 0,00 0,00 0,00 0,00
Outros Activos 469 162,89 0,00 469 162,89 458 453,81
2016
2016 2015
Recursos de Bancos Centrais 0,00 0,00
Recursos de Outras Instituições de Crédito 117 184 049,00 203 609 431,40
Empréstimos a muito curto prazo 0,00 0,00
Empréstimos 5 875 000,00 999 999,90
Outros recursos 111 309 049,00 202 609 431,50
Juros a pagar 165 524,44 240 701,83
Despesas com encargo diferido de operações passivas (associadas ao custo amortizado) -11 500,00 -10 517,76
Recursos de Bancos Centrais e Outras Instituições de Crédito 117 338 073,44 203 839 615,47
Relatório e Contas 2016
57
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Nota 12 – Impostos
O total dos impostos sobre os lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os
impostos diferidos.
Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável
apurado de acordo com as regras fiscais em vigor.
Os impostos diferidos correspondem ao impacto do imposto a recuperar ou a pagar em períodos
futuros resultantes de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos
ativos e passivos e a sua base fiscal.
As principais situações que originam diferenças temporárias ao nível da Instituição correspondem a
provisões e imparidades temporariamente não aceites fiscalmente.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em
vigor à data da reversão das diferenças temporárias. Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os
impostos diferidos foram calculados com base na taxa agregada de 22,5%.
A reconciliação entre a taxa nominal de imposto e a carga fiscal verificada nos exercícios de 2016 e
2015, pode ser analisada como se segue:
2016 2015
Activos por impostos correntes 724 500,18 253 061,00
Pagamentos por conta e especial por conta 724 500,18 253 061,00
Retenção na Fonte 0,00 0,00
Passivos por impostos correntes 522 100,84 829 214,08
Do exercício 522 100,84 829 214,08
IRC 21,00% 449 299,03 712 683,15
Derrama 1,50% 32 092,79 50 905,94
Tributação autonoma 21 523,44 8 813,11
Derrama Estadual 3,00% 19 185,58 56 811,88
Correcção de Impostos correntes 119,42 -648,91
Do exercício anterior 119,42 -648,91
Impostos diferidos -117 721,99 -109 110,12
Registo de diferenças temporárias -117 721,99 -109 110,12
Reversão de diferenças temporárias 0,00 0,00
(1) Total do imposto registado em resultados 404 498,27 719 455,05
(2) Resultados antes de impostos 1 602 243,83 2 559 758,67
Carga fiscal (1) / (2) 25,25% 28,11%
Relatório e Contas 2016
58
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
O movimento nos ativos e passivos por impostos diferidos no exercício de 2016 foi o seguinte:
Nota 13 – Outros Passivos
Taxa Taxa
Imposto Montante Imposto Montante
Lucro considerado para apuramento do imposto 1 610 187,44 2 565 611,02
Imposto apurado com base na taxa de imposto normal 22,50% 362 292,17 22,50% 577 262,48
Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidos
Provisões temporariamente não dedutíveis - Riscos Gerais Crédito 0,48% 7 682,89 0,03% 876,33
Outras Provisões / Imparidades temporáriamente não dedutíveis 6,83% 110 039,10 4,22% 108 233,79
Reversão de Impostos Diferidos - Provisões para Riscos Gerais Crédito 0,00% 0,00 0,00% 0,00
Reversão de Impostos diferidos - Outras Provisões / Imparidades 0,00% 0,00 0,00% 0,00
Diferenças permanentes
Tributações autónomas 1,34% 21 523,44 0,34% 8 813,11
Correcção de Impostos correntes - Exercicios anteriores 0,01% 119,42 -0,03% -648,91
Outras diferenças permanentes 0,09% 1 377,66 3,01% 77 216,49
Derrama Estadual 1,19% 19 185,58 2,21% 56 811,88
Imposto Corrente 522 220,26 828 565,17
Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos -117 721,99 -109 110,12
Registo de Impostos Diferidos - Provisões para Riscos Gerais Crédito -0,48% -7 682,89 -0,03% -876,33
Registo de Impostos Diferidos - Outras Provisões / Imparidades -6,83% -110 039,10 -4,22% -108 233,79
Reversão de Impostos Diferidos - Provisões para Riscos Gerais Crédito 0,00% 0,00 0,00% 0,00
Reversão de Impostos diferidos - Outras Provisões / Imparidades 0,00% 0,00 0,00% 0,00
Anulação de Impostos diferidos - Por alteração taxa IRC 0,00% 0,00 0,00% 0,00
Custo com impostos, incluindo imposto diferido 25,12% 404 498,27 28,04% 719 455,05
2016 2015
Saldo Trans- Alteração Saldo
31-12-2015 ferências Reforços Reversão Anulação da Taxa 31-12-2016
Activos por impostos diferidos
Provisões / Imparidades temporáriamente não
aceites como custo fiscal
Imparidade em crédito a clientes 565 977,30 0,00 117 721,99 0,00 0,00 0,00 683 699,29
Imparidade em outros devedores 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
565 977,30 0,00 117 721,99 0,00 0,00 0,00 683 699,29
Passivos por impostos diferidos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Saldo líquido 565 977,30 0,00 117 721,99 0,00 0,00 0,00 683 699,29
2016 2015
Outros passivos 2 352 773,25 2 520 559,64
Fornecedores 137 244,67 108 127,50
Credores por contratos de factoring 2 175 714,49 1 724 593,87
Credores diversos 39 814,09 687 838,27
Outras exigibilidades 88 862,87 55 963,35
Sector Público Administrativo 88 862,87 55 963,35
Outras exigibilidades 0,00 0,00
Outros encargos a pagar 504 596,18 205 507,45
Gastos administrativos 156 455,08 58 721,18
Subsídios de férias e natal 347 564,78 145 767,12
Outros encargos 576,32 1 019,15
Outras contas em regularização 4 443,88 142 935,42
Outros Passivos 2 950 676,18 2 924 965,86
Relatório e Contas 2016
59
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
A rubrica “Credores por Contratos de Factoring” inclui a parcela não adiantada dos créditos tomados
sem recurso registados na rubrica de “Crédito a Clientes”, as notas de crédito cedidas pelos
aderentes e não deduzidas pelos devedores e os saldos credores das contas correntes de Factoring.
A variação desta rubrica é explicada no essencial pelos créditos tomados sem recurso não
adiantados.
A rubrica “Outras contas em regularização” refere-se, essencialmente, aos valores recebidos dos
devedores e que se encontravam em 31 de dezembro 2016 e 31 de dezembro 2015 a aguardar
esclarecimentos para afetação de carteira.
Nota 14 – Capital
O capital social é detido integralmente pela Associação Nacional das Farmácias. Em 31 de
dezembro 2016, o capital social ascende, em termos consolidados, a €10.100.000,00 em resultado
do aumento do capital social da Finanfarma no montante de € 5.600.000 Euros, ocorrido em outubro
de 2016, por incorporação de reservas livres no montante de € 5.221.479,42 e incorporação de
reservas legais no montante de € 378.520,58.
Este aumento de capital está diretamente relacionado com o deferimento pelo Banco de Portugal
do pedido de autorização de transformação em Sociedade Financeira de Crédito, dotando, desta
forma, a Sociedade do Capital necessário ao desempenho da nova atividade.
O capital da sociedade é, assim, composto por:
2016 2015
Capital Social 10 100 000,00 4 500 000,00
Reservas e resultados transitados 126 646,12 3 886 342,50
Resultado liquido do exercicio 1 197 745,56 1 840 303,62
Capital (consolidado) 11 424 391,68 10 226 646,12
Relatório e Contas 2016
60
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Nota 15 – Juros – Rendimentos e Encargos
A redução da margem financeira ocorrida em 2016, em cerca de 383 mil euros, face ao período
homologo, reflete a redução da margem financeira sobre o crédito em mora das ARS’s, em virtude
da contratação de linhas especificas para o efeito e a liquidação extraordinária dos juros de mora,
ocorrida em 2015, resultante do desfecho favorável, à Finanfarma, da contestação judicial da ARS
Norte ao método de imputação de pagamentos utilizado pela Finanfarma.
Nota 16 – Comissões
2016 2015
Juros e Rendimentos Similares 7 723 700,09 8 179 112,31
Juros de aplicações em Outras Instituições de Crédito no país 29,26 0,00
Depósitos a prazo 29,26 0,00
Juros de crédito interno 3 722 087,58 4 634 516,69
Com recurso 86 346,90 56 129,75
Sem recurso 3 635 740,68 4 578 386,94
Juros de crédito ao exterior 0,00 0,00
Com recurso 0,00 0,00
Sem recurso 0,00 0,00
Juros de crédito vencido 4 001 583,25 3 544 595,62
Com recurso 0,00 0,00
Sem recurso 4 001 583,25 3 544 595,62
Juros e Encargos Similares 3 181 013,69 3 253 765,83
Mercado monetário interbancário 0,00 0,00
Empréstimos 33 557,33 114 634,41
Outros juros e custos equiparados 3 147 456,36 3 139 131,42
Margem Financeira 4 542 686,40 4 925 346,48
2016 2015
Rendimentos de Serviços e Comissões 2 028 219,19 2 009 314,14
Comissões de factoring
Operações de crédito com recurso 47 212,06 44 727,70
Mercado nacional 47 212,06 44 727,70
Mercado de exportação 0,00 0,00
Mercado de importação 0,00 0,00
Operações de crédito sem recurso 1 915 818,09 1 896 244,41
Mercado nacional 1 915 818,09 1 896 244,41
Mercado de exportação 0,00 0,00
Mercado de importação 0,00 0,00
Outras comissões 65 189,04 68 342,03
Mercado nacional 65 189,04 68 342,03
Mercado de exportação 0,00 0,00
Mercado de importação 0,00 0,00
Serviços prestados 0,00 0,00
Encargos com Serviços e Comissões -1 724 419,57 -1 748 360,91
Comissões por serviços bancários prestados -1 724 419,57 -1 748 360,91
Comissões por seguros 0,00 0,00
Outras comissões 0,00 0,00
Margem Complementar 303 799,62 260 953,23
Relatório e Contas 2016
61
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Apesar da redução dos encargos financeiros decorrentes da melhoria das condições de
financiamento, a rubrica dos encargos com serviços e comissões reflete ainda um custo significativo
com a manutenção das linhas de crédito contratadas junto das instituições bancárias para fazer face
aos atrasos pontuais das ARS.
Nota 17 – Outros resultados de exploração
A rubrica “Outros ganhos de exploração” inclui 300 mil euros recebidos a título de incentivo para
desenvolvimento de novos produtos, no âmbito da sua transformação em Sociedade Financeira de
Crédito (SFIC).
A rubrica “Outros custos de exploração” inclui perdas operacionais no montante de €18.901,65
resultante do processo de regularização de crédito descrito na nota 5 do presente anexo.
Nota 18 – Custos com Pessoal
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2016 2015
Outros ganhos de exploração 302 908,17 26 385,62
Reembolso de despesas
Recuperação de créditos
Outros ganhos de exploração 302 908,17 26 385,62
Outros custos de exploração 63 013,99 376 887,80
Impostos indirectos 4,75 102 615,80
Imposto de selo 4,75 19,50
Contribuição Extraordinária Sobre o Sector Bancário 0,00 102 596,30
Taxas
Impostos directos 0,00 0,00
Outros 1 000,00 1 000,00
Anulação pagamento especial por conta 1 000,00 1 000,00
Outros custos de exploração 62 009,24 273 272,00
Rendas de locação operacional 37 592,22 29 885,65
Quotizações e donativos 5 500,00 5 500,00
Contribuição para Fundo Resolução 0,00 0,00
Outros custos de exploração 18 917,02 237 886,35
Outros Resultados de Exploração 239 894,18 -350 502,18
Relatório e Contas 2016
62
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
No cumprimento do aviso n.º 10/2011 do Banco de Portugal, divulga-se o montante anual da
remuneração auferida pelos membros do órgão de administração, incluindo remuneração fixa e
variável:
A FARMINVESTE 2 não tem quadro de pessoal, e os seus órgãos sociais não são remunerados e
não usufruem de qualquer outro benefício.
A divulgação da política de remuneração prevista no Aviso n.º10/2011 pode ser consultada em
documento único no site oficial da Finanfarma (www.finanfarma.pt).
2016 2015
Remuneração de órgãos sociais 413 242,41 175 000,00
Conselho de Gerência da Farminveste 2 0,00 0,00
Membros do Conselho de Administração da Finanfarma² 413 242,41 175 000,00
Remuneração de colaboradores¹ 916 303,02 647 116,95
Encargos sociais obrigatórios 313 998,17 193 813,59
Outros custos com o pessoal (Indemnizações) 0,00 0,00
Custos com o Pessoal 1 643 543,60 1 015 930,54
(1) Inclui remuneração variável no valor global €72.443,01 do qual € 58.560,92 respeita a
remuneração variável diferida não paga.
(2) Inclui remuneração de órgão social durante o período em que se aguardava autorização do
Banco de Portugal.
Remuneração
fixa
Remuneração
Variável
Total 2016Gasto 2015
Diferida não
pagaGasto 2016
Conselho de Gerência da Farminveste 2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Paulo Jorge Cleto Duarte 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Nuno Vasco Rodrigues Viegas Vieira Lopes 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Vítor Manuel Lopes Segurado 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Membros do Conselho de Administração da Finanfarma² 344 560,41 0,00 344 560,41 25 000,00 93 682,00 413 242,41
Paulo Jorge Cleto Duarte¹ 27 996,37 0,00 27 996,37 8 000,00 0,00 19 996,37
Vítor Manuel Lopes Segurado 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
José Luís Bonifácio Lopes 77 000,00 0,00 77 000,00 11 000,00 11 000,00 77 000,00
Tiago Prata Cerqueira Sopas² 197 564,04 0,00 197 564,04 0,00 76 682,00 274 246,04
Gonçalo França de Castro Pereira Coutinho 42 000,00 0,00 42 000,00 6 000,00 6 000,00 42 000,00
Remuneração paga 344 560,41 0,00 344 560,41 25 000,00 93 682,00 413 242,41
Remuneração Auferida
(1) Cessou funções de Administrador Executivo em março 2016, mantendo-se como presidente do Conselho de Administração
(2) Iniciou funções como Administrador Executivo em março 2016. Os valores englobam todas as remunerações auferidas no exercício de 2016. A
remuneração diferida e não paga inclui o montante de €48.682 referente a remuneração variável
Relatório e Contas 2016
63
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Em 31 de Dezembro de 2016 a FINANFARMA contava com 21 colaboradores, todos remunerados.
Nota 19 – Gastos Gerais Administrativos
Os gastos gerais administrativos registaram em 2016 um aumento significativo, tendo sido os gastos
com consultoria, a rúbrica que mais contribuiu para este aumento. Este acréscimo prende-se com a
contratação de serviços externos para criação e desenvolvimento de plataformas de suporte aos
produtos a desenvolver no âmbito da transformação da Finanfarma em SFIC.
Nos termos do disposto no Art.º 66º - A do Código das Sociedades Comerciais, informa-se os
honorários totais faturados ao Grupo, durante o exercício de 2016, pela Sociedade de Revisores
Oficiais de Contas:
Número de Efectivos em 31 dez 2015 15
Número de Contratações 8
Número de Rescisões -2
dos quais, antecipadas 0
Número de Efectivos em 31 dez 2016 21
2016 2015
Água, energia e combustíveis 16 758,32 13 925,68
Material de consumo corrente 6 346,86 5 422,18
Publicidade e publicações 526,00 404,00
Outros fornecimentos de terceiros 983,58 523,26
Rendas e alugueres 113 669,46 94 526,64
Despesas de comunicação e de expedição 30 008,40 29 129,73
Deslocações e estadas 18 267,51 675,55
Conservação e reparação 4 580,59 744,25
Transportes 18 927,24 1 153,64
Formação de pessoal 5 989,95 5 473,51
Seguros 14 402,45 9 347,92
Avenças e honorários 0,00 263,23
Despesas jurídicas, contencioso e notariado 160 869,95 140 485,79
Serviços especializados - informática 300 571,34 332 170,10
Bancos de Dados 24 213,24 17 046,33
Mão de Obra eventual 0,00 0,00
Outros serviços especializados 905 272,31 36 617,10
Outros 17 736,07 12 293,74
Gastos Gerais Administrativos 1 639 123,27 700 202,65
Relatório e Contas 2016
64
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Nota 20 – Outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados
A rubrica “Outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados” refere-se, na globalidade,
ao valor da contribuição para o Fundo de compensação do Trabalho.
Nota 21 – Partes relacionadas
Em 31 de Dezembro de 2016, as entidades relacionadas com as sociedades incluídas no perímetro
de consolidação eram as seguintes:
Revisão legal das contas anuais 19 188,00
Outros serviços de garantia de fiabilidade 9 458,70
Outros serviços que não sejam de revisão ou auditoria 7 134,00
Honorários totais facturados 35 780,70
(Inclui IVA)
ParticipaçãoNome da entidade relacionada Sede Directa
Sócios da FARMINVESTE 2Associação Nacional das Farmácias Portugal 100,00%
Conselho de Gerência da Farminveste 2Paulo Jorge Cleto DuarteNuno Vasco Rodrigues Viegas Vieira LopesVítor Manuel Lopes Segurado
Membros do Conselho de Administração da FinanfarmaPaulo Jorge Cleto DuarteVítor Manuel Lopes SeguradoTiago Galvão Alves PereiraJosé Luís Bonifácio LopesGonçalo França de Castro Pereira Coutinho
Farmacoope
A Ver Navios em Santa Catarina
Infosaude
Genomed - Diagnósticos de Medicina Molecular, S.A.
Technophage, Investigação e Desenvolvimento em Biotecnologia, S.A.
Valormed
Farminveste, SGPS, S.A.
Farminveste, Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Alliance Healthcare, S.A.
Globalvet – Soluções e Inovação Veterinária, Lda.
hmR – Internacional
hmR – Health Market Research, Lda.
hmR – Health Market Research, España, S.L., sociedad unipersonal
hmR – Health Market Research, Irlanda
José de Mello Saúde, SGPS, S.A.
José de Mello Residências e Serviços, SGPS, S.A.
Imofarma – Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado
Farminveste Serviços
Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda.
Glintt – Global Intelligent Technologies, SGPS, S.A.
Sociedades onde os Membros do Conselho de
Administração e Gerência têm influência significativa
Sociedades em que os detentores de Capital são,
directa ou indirectamente, comuns
Relatório e Contas 2016
65
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
De acordo com a IAS 24, são consideradas entidades relacionadas, aquelas em que uma sociedade
exerce, direta ou indiretamente, ou o controlo, ou uma influência significativa sobre a gestão e a
política financeira (designadamente, Empresas filiais, associadas e de controlo conjunto) e as
entidades que exercem uma influência significativa sobre a gestão desta sociedade (Acionistas,
Sócios e Órgãos de Gestão, bem como, Sociedades em que os detentores de capital são direta ou
indiretamente comuns).
Em 31 de Dezembro de 2016, o montante global dos ativos, passivos, proveitos, custos e
responsabilidades extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com Sócios, Órgãos de
Gestão e sociedades em que estes têm influência significativa tinham a seguinte composição:
O montante juros e comissões referenciadas na rubrica de proveitos obtidos de acionistas referem-
se ao pagamento de juros e comissões pela ANF por conta das farmácias aderentes da Finanfarma.
Os saldos referenciados na rubrica de ativos respeitam a uma posição pontual pela intermediação
da ANF nos contratos com as farmácias associadas na liquidação dos encargos. Os saldos foram
integralmente regularizados no início do mês seguinte.
O montante de juros e comissões referenciado na rubrica de proveitos obtidos de “Sociedades em
que os detentores de capital são, direta ou indiretamente, comuns”, referem-se aos encargos
cobrados no âmbito de contratos de factoring sem recurso celebrados com entidades relacionadas.
Sócios da Membros dos Órgãos Sociedades onde os Membros Sociedades em que os
Farminveste2 e de Gestão da dos Órgãos de Gestão da detentores de capital são,
Accionistas da Farminveste 2 e Farminveste 2 e Finanfarma directa ou indirectamente Total
Finanfarma Finanfarma têm influência significativa comuns
Activos
Créditos a clientes 0,00 0,00 0,00 23 567,75 23 567,75
Activos Tangíveis e Intangíveis 0,00 0,00 0,00 15 114,00 15 114,00
Outros Activos 435 943,42 0,00 0,00 12 224,34 448 167,76
435 943,42 0,00 0,00 50 906,09 486 849,51
Passivos
Outros passivos 0,00 0,00 0,00 70 783,72 70 783,72
0,00 0,00 0,00 70 783,72 70 783,72
Proveitos
Juros e Comissões 4 675 747,08 0,00 0,00 240 938,73 4 916 685,81
Outros resultados de exploração 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
4 675 747,08 0,00 0,00 240 938,73 4 916 685,81
Custos
Gastos gerais administrativos 0,00 0,00 0,00 403 980,63 403 980,63
Amortizações 0,00 0,00 0,00 16 395,32 16 395,32
0,00 0,00 0,00 420 375,95 420 375,95
Relatório e Contas 2016
66
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Nota 22 – Rubricas Extrapatrimoniais
A rubrica “Compromissos perante terceiros” refere-se a linhas de crédito revogáveis não utilizadas
pelos Aderentes.
A rubrica “Ativos contingentes” refere-se a juros não reconhecidos pela ARS Norte. Mais informação
sobre esta rubrica pode ser lida na Nota 5 – Provisões, Imparidades, Ativos e Passivos Contingentes.
Lisboa, aos 18 de abril de 2017
O Contabilista Certificado O Conselho de Gerência
Este documento foi aprovado pelo Conselho de Gerência da Farminveste 2 – SGPS, Unipessoal,
Lda.:
- Paulo Jorge Cleto Duarte;
- Vítor Manuel Lopes Segurado;
- Nuno Vasco Rodrigues Viegas Vieira Lopes
2016 2015
Garantias Recebidas 3 000 000,00 3 000 000,00
Garantias bancárias 3 000 000,00 3 000 000,00
Crédito Renegociado 0,00 0,00
Crédito Vincendo 0,00 0,00
Crédito Vencido 0,00 0,00
Provisões acumuladas para Crédito Renegociado 0,00 0,00
Créditos abatidos ao activo 6 679,46 0,00
Crédito 6 679,46 0,00
Compromissos perante terceiros (revogáveis) 9 173 707,65 10 049 605,20
Por contratos de factoring 9 173 707,65 10 049 605,20
Facturas não adiantadas 1 492 378,76 3 232 530,50
Por contratos de factoring Com Recurso 1 492 378,76 3 232 530,50
Outros 149 640,58 96 720,98
Activos contingentes 149 640,58 96 720,98