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Expediente Subsídio organizado pela Equipe do

Serviço de Animação Vocacional - SAV

da Diocese de Cruz Alta

Coordenação: Pe. Eliseu Oliveira

Diagramação: Greice Pozzatto

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APRESENTAÇÃO

O Serviço de Animação Vocacional (SAV) da Diocese de Cruz Alta é composto

por uma equipe, coordenado por um Padre diocesano escolhido pelo Bispo local, e tem

o auxílio das congregações que se dispõe a trabalhar pelas vocações neste território.

Esta equipe faz atividades com crianças, jovens e adultos na perspectiva do

discernimento vocacional.

A Animação Vocacional, porém, é uma tarefa de toda a Igreja. Toda a

comunidade é convocada a viver o chamado de Deus: o chamado comum à santidade

(vocação batismal) e o chamado para dar um sentido à vida fazendo da existência uma

doação a Deus e aos irmãos no matrimônio, no sacerdócio ministerial, na vida religiosa

masculina e feminina e na condição de solteiro que é liderança na comunidade e na

sociedade.

Na comunidade, é necessário que haja algumas pessoas que coordenam as ações

em vista de uma cultura vocacional. Essas pessoas vão fazer parte de uma Equipe

Vocacional Paroquial (EVPs).

O que é cultura vocacional? O que é vocação? O que é uma Equipe Vocacional

Paroquial? Qual o perfil e a espiritualidade de um Animador Vocacional Paroquial?

Qual é o caminho que a Diocese de Cruz Alta esta trilhando para construir uma cultura

vocacional?

Essas perguntas serão refletidas neste subsídio de encontros para grupos

vocacionais paroquiais. Cada encontro terá a previsão de mais ou menos uma hora, com

a metodologia da leitura orante, um texto de aprofundamento, partilha de experiências,

cantos e muita espiritualidade.

Esperamos que cada paróquia na diocese constitua a sua Equipe Vocacional

Paroquial e que utilize esse subsídio para crescermos na compreensão de que a vocação

é o horizonte comum de toda a atividade da Igreja.

Pe. Eliseu Oliveira

Coordenador do SAV na Diocese de Cruz Alta.

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1. VOCAÇÃO E CULTURA VOCACIONAL

AMBIENTE: Bíblia. Vela. Cruz. Terço. Pão.

ACENDIMENTO DA VELA: Canto: “Vem, Espírito Santo, vêm. Vem iluminar”

LEITURA BÍBLICA: Aclamação: “Pela Palavra de Deus saberemos por onde andar. Ela é luz e

verdade. Precisamos acreditar”.

Lc 24,13-31

Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos iam

para um povoado, chamado Emaús, a uns dez quilômetros de

Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham

acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se

aproximou e começou a caminhar com eles. Os seus olhos, porém,

estavam como vendados, incapazes de reconhecê-lo. Então Jesus

perguntou: “O que andais conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto

triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “És tu o único peregrino em Jerusalém

que não sabe o que lá aconteceu nestes dias?” Ele perguntou: “Que foi?” Eles

responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso

em obras e palavras diante de Deus e diante de todo o povo. Os sumos sacerdotes e as

nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós

esperávamos que fosse ele quem libertaria Israel; mas, com tudo isso, já faz três dias

que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo

nos assustaram. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele.

Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que ele está vivo.

Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham

dito. A ele, porém, ninguém viu”. Então ele lhes disse: “Como sois sem inteligência e

lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Não era necessário que o Cristo

sofresse tudo isso para entrar na sua glória?” E, começando por Moisés e passando

por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, as passagens que se

referiam a ele. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, ele fez de conta que

ia adiante. Eles, porém, insistiram: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem

chegando!” Ele entrou para ficar com eles. Depois que se sentou à mesa com eles,

tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles. Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram. Ele, porém, desapareceu da vista deles. Então um

disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo

caminho e nos explicava as Escrituras?” Naquela mesma hora, levantaram-se e

voltaram para Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros discípulos

cípulos. E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!”

Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como o tinham

reconhecido ao partir o pão.

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Onde aconteceu a passagem bíblica?

Quem eram os personagens?

O que aconteceu? O que os personagens dizem?

O que o texto bíblico ensina para nós, hoje?

APROFUNDAMENTO

CULTURA VOCACIONAL COMO A CAPACIDADE DE DAR UM

VERDADEIRO SENTIDO À VIDA

Vocação é perceber que a vida é um dom gratuito. Um dom

recebido que preenche o coração e a vida de quem o recebe e,

auxiliado pela comunidade e por um acompanhante, tornar-se um

dom a ser oferecido como gratidão. Esse dom é o amor infinito e

misericordioso de Deus cuja resposta é viver o amor.

Percebemos, com tristeza, que estamos vivendo uma

cultura antivocacional, ou seja, de um ser humano fechado em si mesmo, preso ao

instante pessoal e sem perspectiva de um horizonte universal futuro; sem abertura ao

outro como um irmão e abertura ao grande Outro, o divino. Com isso, a vida presa ao

aqui e agora também perde em orientação. Surge a dificuldade de respostar as perguntas

fundamentais da existência: de onde eu vim? Para onde eu vou? O que estou fazendo

neste mundo? Qual o sentido da existência?

O Caminho da Nova Evangelização é dar um significado à vida, ser capaz de

explicar porque estamos no mundo, como exercer bem nossa liberdade e como nos

relacionar melhor com os outros.

Se a evangelização falar direto ao coração da pessoa humana, ajudá-la a se abrir

a alguém maior que Chama, que a ama, que a envia, poderá surgir então uma cultura

vocacional.

A cultura vocacional é uma cultura da gratidão e ao mesmo tempo é uma cultura

da gratuidade. De sentir-se amado e de ser capaz de amar.

Por tudo isso que refletimos, podemos afirmar que Evangelho tem algo a dizer

para o mundo de hoje. Olhando para Jesus e a Boa Notícia que Ele veio trazer, a de

sermos amados por Deus no seu Filho, que se entregou na cruz, que morreu, ressuscitou

e nos abriu o caminho da vida em plenitude, temos uma imagem de quem somos e de

quem é Deus, pois Jesus é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem. Tudo se ilumina e

se esclarece quando fixamos os nossos olhos em Jesus. Jesus é o caminho e a meta do

cristão, que tem por objetivo à configuração ao mestre, ter as mesmas atitudes e

sentimentos de Cristo.

Cultura vocacional também é uma comunidade que mantem um “clima de fé, de

oração, de comunhão no amor, de maturidade espiritual, de coragem do anúncio, de

intensidade da vida sacramental”1. São comunidades geradoras de vocações. A oração

constante pelas vocações “é uma das estradas mais percorridas para criar nova

sensibilidade e nova cultura vocacional favorável ao sacerdócio e à vida consagrada”2

1 PONTIFÍCIA OBRA PARA AS VOCAÇÕES ECLESIÁSTICAS, 1997, n. 19 b

2 PONTIFÍCIA OBRA PARA AS VOCAÇÕES ECLESIÁSTICAS, 1997, n. 27 a

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Outra tarefa da cultura vocacional é formar os “educadores-formadores

vocacionais, verdadeiro elemento central e estratégico da atual pastoral vocacional”.3

Para construir uma cultura vocacional, precisa-se, em primeiro lugar, deixar

claro o que é cultura vocacional: é um ambiente cercado de valores e atitudes cristãs,

promotoras de vida e abertas à missão às periferias existenciais.

Do saber se passa ao sabor. É preciso passar da cabeça aos sentimentos e ao

coração. Quando, na cultura vocacional, já não se exige a explicação se Deus chama ou

não, mas “quanto na Igreja cada crente se sente chamado”.4

O terceiro componente da cultura vocacional é a ação. É quando o que se sabe o

conteúdo intelectual, se aceitou no coração e passa para as mãos, para o estilo de vida.

PARA REFLETIR

1. A partir do texto, o que entendemos por cultura vocacional?

2. Como construir uma cultura vocacional em nossa paróquia?

CANTO

Amar Como Jesus Amou

Padre Zezinho

Um dia uma criança me parou

Olhou-me nos meus olhos a sorrir

Caneta e papel na sua mão

Tarefa escolar para cumprir

E perguntou no meio de um sorriso

O que é preciso para ser feliz?

Amar como Jesus amou

Sonhar como Jesus sonhou

Pensar como Jesus pensou

Viver como Jesus viveu

Sentir o que Jesus sentia

Sorrir como Jesus sorria

E ao chegar ao fim do dia

Eu sei que eu dormiria muito mais feliz

Sentir o que Jesus sentia

Sorrir como Jesus sorria

E ao chegar ao fim do dia

Eu sei que eu dormiria muito mais feliz

Ouvindo o que eu falei ela me olhou

E disse que era lindo o que eu falei

Pediu que eu repetisse, por favor

Mas não dissesse tudo de uma vez

E perguntou de novo num sorriso

3 PONTIFÍCIA OBRA PARA AS VOCAÇÕES ECLESIÁSTICAS, 1997, n. 29 e

4 CENCINI, 2013, p. 14

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O que é preciso para ser feliz?

Refrão.

Depois que eu terminei de repetir

Seus olhos não saíam do papel

Toquei no seu rostinho e a sorrir

Pedi que, ao transmitir, fosse fiel

E ela deu-me um beijo demorado

E ao meu lado foi dizendo assim

Refrão.

E ao chegar ao fim do dia

Eu sei que eu dormiria

ORAÇÃO FINAL

Uma dezena do terço pelas vocações.

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2. ESPIRITUALIDADE VOCACIONAL

AMBIENTE: Vela. Bíblia. Cruz. Terço. Imagem de Maria.

ACENDIMENTO DA VELA: “Ó luz do Senhor que vem sobre a terra. Inunda meu

ser, permanece em nós”.

Aclamação: “É como a chuva que lava. É como o fogo que arrasa. Tua Palavra

é assim, não passa por mim sem deixar um sinal”.

LEITURA BÍBLICA: Mt 11,25-30

Naquela ocasião, Jesus pronunciou estas palavras: “Eu te louvo, Pai,

Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e

entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, assim foi do teu

agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o

Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele

a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a mim, todos vós que estais

cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo

e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis

descanso para vós. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

Onde aconteceu a passagem bíblica?

Quem eram os personagens?

O que aconteceu? O que os personagens dizem?

O que o texto bíblico ensina para nós, hoje?

APROFUNDAMENTO

ESPIRITUALIDADE VOCACIONAL

“A espiritualidade responde ao desejo e à busca do rosto de

Deus e da comunhão com Ele. Uma espiritualidade encarnada se

caracteriza pelo seguimento de Jesus, pela vida no Espírito, pela

comunhão fraterna e pela inserção no mundo.

Seguir Jesus não significa outra coisa do que ser discípulo e

discípula do Mestre. Uma opção radical e pessoal por Ele. Opção

esta que muda toda a vida.

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E são esses discípulos e discípulas, que a partir do seu testemunho de opção

radical e pessoal a Jesus, que se tornam os animadores vocacionais, apontando Jesus aos

outros, para que também entrem nesse Caminho de seguimento”.5

A espiritualidade vocacional é um encontro com o Deus que chama6. “A

autêntica espiritualidade é aquela que coloca em contato com a voz de Deus, que é a voz

diferente da minha, de meus sentimentos, gostos e desejos”.7

Na espiritualidade vocacional, permite-se que Deus nos convoque e provoque,

“permitir que ele nos possa pedir algo de custoso, de humanamente impossível, como

somente Deus pode fazer”.8

Em uma verdadeira espiritualidade vocacional, Deus vai destruído as fantasias e

imagens equivocadas que se possa ter sobre o chamado divino. A espiritualidade

vocacional “não favorece aquela interpretação da vocação como realização dos próprios

desejos, de uma atenção mais ou menos irresistível que o indivíduo descobriria dentro

de si, de uma sensação de sintonia imediata entre as exigências vocacionais e o próprio

mundo interior. Tudo isso é banal e forjado, pagão e estúpido; quantas vezes, nas

Escrituras, aquele que é chamado não se opõe, recalcitra, e gostaria de escapar,

manifestando uma atração bem diferente ou, no mínimo, achando estranho o pedido?

Criar cultura vocacional significa purificar a ideia da relação com Deus e da experiência

do divino.”9

A espiritualidade vocacional é estar atento ao Deus que chama constantemente,

nos acontecimentos do dia-a-dia.

O Documento Preparatório para o Sínodo dos jovens relembram algumas

palavras-chave na dinâmica do acolhimento do chamado: reconhecer, interpretar e

conhecer. Reconhecer, nos movimentos internos dos sentimentos e nos acontecimentos

da vida a voz de Deus, que quer se comunicar conosco. Interpretar essa variedade de

sinais. “Para interpretar os desejos e os impulsos interiores é necessário confrontar-se

honestamente, à luz da Palavra de Deus, com as exigências morais da vida cristã, na

situação concreta de vida”10

. O terceiro passo é escolher. “Uma vez reconhecido e

interpretado o mundo dos desejos e das paixões, o ato de decidir torna-se exercício de

autêntica liberdade humana e de responsabilidade pessoal”.11

O fundamento do chamado é o amor, é sentir-se amado por Deus: “no início está

sempre o amor, o amor de Deus-que-chama”12

PARA REFLETIR

1. O que entendemos por espiritualidade vocacional?

2. Como podemos cultivar essa espiritualidade vocacional?

CANTO

5 Texto de irmã Liane Terezinha Berres para o novo material do SAV Regional Sul 3

6 O texto seguinte é do Padre Eliseu Oliveira.

7 CENCINI, 2013, p. 39

8 CENCINI, 2013, p. 40

9 CENCINI, 2013, p. 40

10 DOCUMENTO PREPARATÓRIO DA XV ASSEMBLEIA DO SÍNODO DOS BISPOS,

2017. 11

DOCUMENTO PREPARATÓRIO DA XV ASSEMBLEIA DO SÍNODO DOS BISPOS,

2017. 12

CENCINI, 2013, p. 43

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9

Maria de Minha Infância

Padre Zezinho

Eu era pequeno, nem me lembro

Só lembro que à noite, ao pé da cama

Juntava as mãozinhas e rezava apressado

Mas rezava como alguém que ama

Nas Ave - Marias que eu rezava

Eu sempre engolia umas palavras

E muito cansado acabava dormindo

Mas dormia como quem amava

Ave - Maria, Mãe de Jesus

O tempo passa, não volta mais

Tenho saudade daquele tempo

Que eu te chamava de minha mãe

Ave - Maria, Mãe de Jesus

Ave - Maria, Mãe de Jesus

Depois fui crescendo, eu me lembro

E fui esquecendo nossa amizade

Chegava lá em casa chateado e cansado

De rezar não tinha nem vontade

Andei duvidando, eu me lembro

Das coisas mais puras que me ensinaram

Perdi o costume da criança inocente

Minhas mãos quase não se ajuntavam

O teu amor cresce com a gente

A mãe nunca esquece o filho ausente

Eu chego lá em casa chateado e cansado

Mas eu rezo como antigamente

Nas Ave - Marias que hoje eu rezo

Esqueço as palavras e adormeço

E embora cansado, sem rezar como eu devo

Eu de Ti Maria, não me esqueço.

ORAÇÃO

Uma dezena do terço pelas vocações.

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3. O ANIMADOR VOCACIONAL PAROQUIAL

AMBIENTE: Bíblia. Vela. Cruz. Uma foto ou cartaz que represente a paróquia.

ACENDIMENTO DA VELA: “A nós descei, divina luz. A nós descei, divina luz.

Em nossas almas acendei o amor, o amor de Jesus”

LEITURA BÍBLICA: Jo 1,35-42

Aclamação: “Eu vim para escutar. Tua Palavra. Tua Palavra. Tua Palavra de

amor”.

No dia seguinte, João estava lá, de novo, com dois dos seus

discípulos. Vendo Jesus caminhando, disse: “Eis o Cordeiro de

Deus”! Os dois discípulos ouviram esta declaração de João e

passaram a seguir Jesus. Jesus voltou-se para trás e, vendo que eles o

seguiam, perguntou-lhes: “Que procurais?” Eles responderam:

“Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras?” Ele respondeu: “Vinde

e vede”! Foram, viram onde morava e permaneceram com ele aquele dia. Era por volta

das quatro horas da tarde. André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham

ouvido a declaração de João e seguido Jesus. Ele encontrou primeiro o próprio irmão,

Simão, e lhe falou: “Encontramos o Cristo!” (que quer dizer Messias).

Onde aconteceu a passagem bíblica?

Quem eram os personagens?

O que aconteceu? O que os personagens dizem?

O que o texto bíblico ensina para nós, hoje?

APROFUNDAMENTO

O ANIMADOR VOCACIONAL PAROQUIAL13

Para início de conversa, queremos enfatizar que a missão do

Serviço de Animação Vocacional, não é somente de uma pessoa,

mas sim, “é responsabilidade de todo o povo de Deus, começa na

família e continua na comunidade cristã; deve dirigir-se

especialmente aos jovens para ajudá-los a descobrir o sentido da vida

e o projeto que Deus tem para cada um, acompanhando-os em seu

processo de discernimento”.

13

Texto de irmã Maristela Ganassini para o novo material do SAV Regional Sul 3.

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11

O dever de fomentar as vocações pertence a toda comunidade dos fiéis. Diante

das circunstâncias eclesiais, a fraca consciência da dimensão vocacional batismal e a

carência cada vez mais concreta de operários na messe do Senhor, sobretudo, de

vocações à vida consagrada e aos ministérios ordenados, a Igreja organiza uma pastoral

específica e institui a função dos animadores vocacionais, a fim de orientar e

acompanhar de forma mais organizada e eficaz as etapas do processo vocacional.

O animador vocacional é chamado para essa missão “chamado para chamar”. O

missionário vocacional deverá empenhar-se em educar as novas gerações para a escuta

da voz de Deus.

O animador vocacional é uma pessoa de fé, seguidora de Jesus Cristo e da

Igreja, confiante na oração e na ação do Espírito Santo, madura e equilibrada, com

capacidade de diálogo e de acreditar nas pessoas, inserido num trabalho eclesial, em

comunhão com o pároco e outras lideranças pastorais.

Elementos do Perfil do Animador Vocacional -“O olhar amoroso (a vocação dos primeiros discípulos, Jo 1,35-51);

- a palavra com autoridade (ensinava na sinagoga de Cafarnaum, Lc 4,32);

- a capacidade de “fazer-se próximo” (parábola do Bom Samaritano, Lc 10,25-

37);

- a escolha para “caminhar ao lado” (os discípulos de Emaús, Lc 24,13-35); e a

capacidade de escuta para ajudar jovens no discernimento vocacional”;

- o testemunho de autenticidade, sem medo de ir contra os preconceitos mais

difusos (lava-pés na última ceia, Jo, 13,1-20)”14

;

- a convicção e amor pela própria vocação, pois o testemunho de vida é mais

eficaz que as palavras;

- boa comunicação e sabedoria que lhe vem do evangelho lido, meditado e

vivenciado;

- gosto e aptidão para este ministério e a busca de aperfeiçoar-se sempre mais;

- amor a Jesus Cristo e à Igreja e por isso é capaz de trabalhar e doar a vida;

Segundo Pe. Adalíbio Barth, “o animador vocacional é uma pessoa entusiasta

que imprime esperança e favorece a escuta do chamado de Deus” 15

. Assim, é um

intermediário entre Deus que chama e o vocacionado que responde. Ele deve favorecer

e criar espaços de “silêncio para a escuta”, de forma que cada pessoa chegue a se

entender com Deus, que se manifesta livremente. Pois é o Mestre que dirige os convites

especiais às pessoas, chamando-as à vida laical, religiosa ou ministerial. Sendo que “a

tarefa do acompanhamento, no máximo, deve ser esta: estar junto para esclarecimento

sem pressa”16

.

O entusiasmo contagiante, a vibração pela causa do reino são elementos

importantes, decisivos para a missão do animador vocacional. Ao irradiar alegria,

satisfação, realização, otimismo pode contagiar a muitos. Dessa motivação nasce uma

ação criativa e as razões para buscar todos os meios que o tornam mais e mais apto para

o serviço.

Jesus de Nazaré é o animador vocacional por excelência. Nele todo animador

vocacional deve buscar luz e força, pois a tarefa é árdua, inclusive no tempo de Jesus. O

animador deverá ser um mensageiro peregrino, e, como Jesus, percorrer todas as

cidades e povoados, dando voz ao chamado do Senhor, “Vem e segue-me” (Mt 19,21;

14

Os jovens, a fé e o discernimento vocacional. 15

Barth, Adalíbio, Animação Vocacional, missão de todos, São Paulo: Loyola, 1999, p. 14 16

MARTOS, Juan Carlos. Animação Vocacional: para tempos difíceis e exigentes. São Paulo:

Editora Ave Maria, 2010, pág. 57.

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12

Mc 2,14). Deve ter consciência de que depois do despertar, vem o cultivar, discernir e

acompanhar, etapas que exigem muita dedicação, cuidado, zelo e vigilância.

PARA REFLEXÃO

1. Quem é o animador vocacional e qual suas características?

2. Como podemos incentivar para que mais pessoas se disponibilizem a atuar

como animadores vocacionais?

CANTO

Em águas mais profundas

Navegarei em águas mais profundas

E lançarei as redes ao mar

Vou sem temor, pois sei que vale a pena

Achar o rumo certo e o meu lugar

O bastismo que eu recebi

Numa fonte de divino amor

Foi início de uma relação com Deus

Enxertado no seu coração

Já sou parte deste novo irmão

Assembléia de chamados e de convocados

Para ser feliz! (navegareei!)

Fascinado por tão grande dom

Descobri a minha vocação

Na certeza de poder me encontrar

Deixei tudo para navegar

Na ternura de quem me chamou

Anunciar sua palavra, viver na justiça

Eis minha missão (navegareei!)

ORAÇÃO FINAL

Uma dezena do terço pelas vocações.

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13

4. AS EQUIPES VOCACIONAIS PAROQUIAIS

AMBIENTE: Bíblia. Vela. Cruz. Imagem de São João Batista.

ACENDIMENTO DA VELA:

LEITURA BÍBLICA: Jo 1,19-31

Este é o testemunho de João, quando os judeus enviaram, de

Jerusalém, sacerdotes e levitas para lhe perguntar: “Quem és tu?”

Ele confessou e não negou; ele confessou: “Eu não sou o Cristo”.

Perguntaram: “Quem és, então? Tu és Elias?” Respondeu: “Não

sou”. – “Tu és o profeta?” – “Não”, respondeu ele. Perguntaram-

lhe: “Quem és, afinal? Precisamos dar uma resposta àqueles que nos

enviaram. Que dizes de ti mesmo?” Ele declarou: “Eu sou a voz de quem grita no

deserto: „ Endireitai o caminho para o Senhor! ‟”, conforme disse o profeta Isaías. Eles

tinham sido enviados da parte dos fariseus, e perguntaram a João: “Por que, então,

batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?” João lhes respondeu: “Eu

batizo com água. Mas entre vós está alguém que vós não conheceis: aquele que vem

depois de mim, e do qual eu não sou digno de desatar as correias da sandália!” Isso

aconteceu em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando.

No dia seguinte, João viu que Jesus vinha a seu encontro e disse: “Eis o

Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo. É dele que eu falei: „Depois de

mim vem um homem que passou à minha frente, porque antes de mim ele já existia‟! Eu

também não o conhecia, mas vim batizar com água para que ele fosse manifestado a

Israel”.

Onde aconteceu a passagem bíblica?

Quem eram os personagens?

O que aconteceu? O que os personagens dizem?

O que o texto bíblico ensina para nós, hoje?

APROFUNDAMENTO

A MISSÃO DA EQUIPE VOCACIONAL PAROQUIAL17

A animação vocacional exige um trabalho perseverante e

organizado. A equipe paroquial cria e mantém viva nas

comunidades o ambiente favorável à descoberta e ao cultivo dos

17

Texto do padre Rafael Backes para o novo material do SAV regional Sul 3

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14

germes da vocação. Sua missão se assemelha ao papel bíblico desempenhado por João

Batista, o de apontar para a pessoa de Jesus Cristo. O encontro com Jesus Cristo, por

sua vez, provoca o discernimento vocacional. Os membros da equipe paroquial podem

ser escolhidos entre pessoas interessadas na animação vocacional, observando-se a

capacidade de provocar as pessoas para o encontro e o discernimento. Por isso mesmo, é

bom que sejam pessoas humanamente equilibradas e vocacionalmente realizadas, com

uma caminhada consolidada vocacionalmente.

Nas comunidades onde não é possível constituir uma equipe maior, escolha-se

um casal como animador vocacional. É bom que também algum jovem represente a

comunidade neste serviço juntamente com o casal, pois os jovens são receptivos às

provocações vindas de outros jovens, mas também precisam da clareza do testemunho

de quem já tem mais experiência de vida.

Objetivo

Equipe Vocacional Paroquial é um grupo de pessoas que, generosa e

gratuitamente, assumem um trabalho de animação vocacional na paróquia.

Assim como o Bispo é o primeiro responsável pelo SAV na Diocese, o Pároco

é o primeiro responsável desse trabalho na sua Paróquia. O Bispo exerce sua

responsabilidade através do SAV Diocesano e o Pároco através da EVP. Tanto o Bispo

como o Pároco contam com suas Equipes de Animação Vocacional para fomentar a

cultura e o chamado vocacional em seus respectivos espaços. Seu objetivo principal é:

fortalecer a Cultura Vocacional na vida das Comunidade Cristãs em vista do despertar

das diferentes vocações.

Áreas de atuação

Oração

É na oração e na escuta da Palavra de Deus que cada pessoa descobre a

vocação à qual Deus a chama. Como afirma o Papa Francisco em sua mensagem por

ocasião do Dia Mundial de Oração pelas Vocações 2018, “O chamado do Senhor –

fique claro desde já – não possui a evidência própria de uma das muitas coisas que

podemos ouvir, ver ou tocar na nossa experiência diária. Deus vem de forma silenciosa

e discreta, sem Se impor à nossa liberdade.” Por não ser algo auto evidente, a pessoa

chamada precisa de referências e critérios em vista da escuta da voz de Deus e do

discernimento vocacional.

Além de motivar para que os vocacionados façam esta experiência profunda de

oração, quem se propõe a integrar uma equipe vocacional também precisa buscar a

oração como alicerce para sua vida e missão. Ela não antecede a missão, mas já é parte

constituinte da mesma. Jesus nos manda que em primeiro lugar peçamos a Deus por

vocacionados dispostos a colocarem sua vida à serviço do Reino de Deus. Por isso a

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EVP deve rezar pelas vocações e motivar a sua comunidade a fazer o mesmo.

Elencamos algumas iniciativas que podem ser propostas pelas EVP quanto a oração:

- Terço pelas Vocações.

- Missa ou Culto Vocacional.

- Oração pelas Vocações em diferentes momentos comunitários.

- Celebrar o Dia Mundial de Oração pelas Vocações no Domingo do Bom Pastor

(4º Domingo da Páscoa).

- Rezar pelos vocacionados da paróquia.

- Celebrar com intensidade o Mês Vocacional.

- Fortalecer a ação evangelizadora Cada Comunidade uma Nova Vocação.

Chamado Direto

Se rezamos pelas vocações, se as pedimos a Deus, vamos confiar que Ele as

enviará. Mas, aqui vale o provérbio: “confiar como se tudo dependesse de Deus,

trabalhar como se tudo dependesse de nós!”. Agora começa nossa tarefa de encontrar os

que foram chamados, despertar neles esse chamado e ajudá-los a compreender,

responder e realizar sua vocação. Esta é a área do chamado direto. O chamado direto é

feito pelo nome. Foi isso que Jesus fez na instituição dos doze, a quem deu o nome de

apóstolos (Lc 6,12-16). O chamado é direto, pois normalmente, chamar a todos

genericamente é o mesmo de não chamar ninguém.

Em nossas comunidades, a vocação precisa ser estimulada pela palavra e pelo

testemunho. Chamar é reconhecer que a vocação vem de Deus, mas que ele pode usar as

pessoas como instrumento, como mediadores do chamado (cf. Jo 1,40-51). Assim, o

chamado não divino acontece somente àquelas pessoas que julgamos pessoalmente

terem um perfil para serem padres, religiosos(as) ou leigos. A vocação é iniciativa de

Deus e seu despertar passa pela mediação humana.

Embora algumas vezes o chamado possa se dar em ambiente espontâneo, sem

protocolos, é fundamental ter propostas de atividades da EVP, tendo em vista o

chamado direto. Temos algumas sugestões:

- Retiro Vocacional.

- Presença dos membros das EVPs nas pastorais da comunidade.

- Aproximar-se dos grupos de jovens, provocando para a construção de um

projeto de vida.

- Participar do processo de Iniciação à Vida Cristã.

- Motivar outras lideranças da comunidade a ajudar no chamado direto.

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- Motivar os jovens que participam das celebrações da comunidade.

Formação

A formação é fundamental no cultivo da vida cristã, de modo especial, para

formar uma equipe que se coloca a serviço do Reino de Deus.

Para avançar é necessário que a EVP se encontre periodicamente para refletir e

estudar temas relacionados a vocação e o seguimento a Jesus Cristo. A presença do

pároco também ajuda na medida em que ele é o primeiro responsável pela animação

vocacional em sua paróquia. Convidar representantes da Equipe Diocesana do SAV

para ajudar na formação motiva para a sintonia com o trabalho diocesano e evita o

isolamento do grupo paroquial.

Destaca-se alguns conteúdos de formação para a Equipe Vocacional Paroquial,

os quais podem ser usados posteriormente na assessoria às pastorais, movimentos e

grupos existentes da comunidade:

- O que é vocação?

- Distinção entre vocação e profissão.

- Vocação universal à santidade e vocações específicas.

- Vocação na Bíblia.

- Reflexão sobre a Juventude e Projeto de Vida.

- Cartas do Papa para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações.

- Ação evangelizadora Cada Comunidade uma Nova Vocação.

- Documentos da Igreja sobre vocação e formação.

CANTO

IDA

Quem é que vai? (eu vou, eu vou)

Quem é que vai? (eu vou, eu vou)

Quem é que vai nesta barca de Jesus, quem é que vai?

Tem muita gente, esperando por você!

A caminhar, esperando por você!

Todos cantando, esperando por você!

Juntos por Jesus, esperando por você!

E tem lugar, esperando por você!

Para sentar, esperando por você!

A barca está, esperando por você!

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Para partir, esperando por você!

Jesus está, esperando por você!

Com um sorriso, esperando por você!

A caminhar, esperando por você!

Com a multidão, esperando por você!

A sua mão, esperando por você!

A acenar, esperando por você!

Chamando o vem, esperando por você!

De coração, esperando por você!

Quem é que vai

ORAÇÃO FINAL

Dezena do terço pelas vocações

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5. OS GRUPOS VOCACIONAIS

AMBIENTE: Bíblia. Vela. Cruz. Água. Sal.

ACENDIMENTO DA VELA:

LEITURA BÍBLICA: Lc 6,12-16

Naqueles dias, Jesus foi à montanha para orar. Passou a noite

toda em oração a Deus. Ao amanhecer, chamou os discípulos e

escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de apóstolos:

Simão, a quem chamou Pedro, e seu irmão André; Tiago e João;

Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e

Simão, chamado zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes,

que se tornou o traidor.

Onde aconteceu a passagem bíblica?

Quem eram os personagens?

O que aconteceu? O que os personagens dizem?

O que o texto bíblico ensina para nós, hoje?

APROFUNDAMENTO

OS GRUPOS VOCACIONAIS

O caminho de discernimento vocacional é pessoal e

comunitário. É pessoal porque Deus chama cada um. Comunitário,

porque somos inseridos em uma história maior, a história do povo

de Deus a caminho.

O primeiro chamado é a vida. Ninguém deu a si a sua existência. Depois, o

chamado é para seguir Jesus Cristo, se configurar a Ele, buscando a santidade. É o

chamado de todos os batizados. É um percurso comunitário: começa na família sendo os

pais os primeiros educadores na fé, junto com os padrinhos. O caminho segue na

comunidade que acolhe, cuida, orienta, educa e celebra. Tudo o que aqui foi descrito

tem um nome: iniciação à vida cristã. Nenhum batizado está isento deste percurso. É o

caminho que tem o ponto de partido no anúncio da pessoa da Jesus, sua vida, paixão,

morte e ressurreição (querigma), a vivência comunitária e sacramental, a prática da

caridade e a missão.

As vocações surgem do coração do Pai que escolhe, do Filho que chama e do

Espírito que envia: Ser padre, ser irmã religiosa ou irmão religioso, optar pelo

matrimônio ou pela condição de solteiro. Mas é uma caminhada que não dispensa a vida

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da comunidade. Por isso, a primeira atitude dos animadores vocacionais não é convidar

para a vocação específica, mas incentivar à vocação batismal: o percurso comunitário,

em especial, nos grupos de jovens, grupos de oração, pastorais, movimentos, serviços.

Quando perceber que nestes meios algum jovem mostre zelo pelo sagrado, gosto pelas

atividades pastorais, desejo de um encontro mais íntimo com o senhor, está na hora de

convidá-lo para o grupo vocacional.

O grupo vocacional é o espaço em que alguns jovens (meninos e meninas) serão

convidados e desafiados para aprofundar o sentido da vida, o amor de Deus e discernir o

chamado que recebeu para uma das vocações anteriormente citadas.

Os encontros podem ser por região de pastoral ou por paróquia, sobre os

cuidados de pessoas designadas pelas Equipes Vocacionais Paroquiais (EVPs). As

EVPs terão várias atividades que promovam o discernimento vocacional, sendo os

grupos vocacionais uma dessas atividades e, portanto, não a única.

PARA REFLEXÃO

1. O que significa vocação batismal e vocação específica?

2. Como deve ser convidado um/a vocacionado/a para os grupos vocacionais?

CANTO

Tu te abeirastes da praia

Tu, te abeiraste da praia

Não buscaste nem sábios nem ricos

Somente queres que eu te siga!

Senhor, tu me olhaste nos olhos

A sorrir, pronunciastes meu Nome

Lá na praia, eu larguei o meu barco

Junto a Ti buscarei outro mar

Tu sabes bem que em meu barco

Eu não tenho nem ouro nem espadas

Somente redes e o meu trabalho

Tu, minhas mãos solicitas

Meu cansaço que a outros descanse

Amor que almeja seguir amando

Tu, pescador de outros lagos

Ânsia eterna de almas que esperam

Bondoso amigo que assim me chamas

Tu, te abeiraste da praia

Não buscaste nem sábios nem ricos

Somente queres que eu te siga!

Senhor, tu me olhaste nos olhos

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A sorrir, pronunciastes meu Nome

Lá na praia, eu larguei o meu barco

Junto a Ti buscarei outro mar

Tu sabes bem que em meu barco

Eu não tenho nem ouro nem espadas

Somente redes e o meu trabalho

Tu, minhas mãos solicitas

Meu cansaço que a outros descanse

Amor que almeja seguir amando

Tu, pescador de outros lagos

Ânsia eterna de almas que esperam

Bondoso amigo que assim me chamas

ORAÇÃO FINAL

Uma dezena pelas vocações.

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6. OS LUGARES BÍBLICOS

AMBIENTE: Biblia. Vela. Cruz. Um mapa do Novo Testamento. Cartazes com as

palavras: Belém, Nazaré, Caná, Cafarnaum, Betânia, Jerusalém e Emaús.

ACENDIMENTO DA VELA:

LEITURA BÍBLICA: Lc 2,41-52

Todos os anos, os pais de Jesus iam a Jerusalém para a festa da

Páscoa. Quando completou doze anos, eles foram para a festa, como

de costume. Terminados os dias da festa, enquanto eles voltavam,

Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais percebessem. Pensando

que se encontrasse na caravana, caminharam um dia inteiro.

Começaram então a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Mas,

como não o encontrassem, voltaram a Jerusalém, procurando-o. Depois de três dias, o

encontraram no templo, sentado entre os mestres, ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas.

Todos aqueles que ouviam o menino ficavam maravilhados com sua inteligência e suas

respostas. Quando o viram, seus pais ficaram comovidos, e sua mãe lhe disse: “Filho,

por que agiste assim conosco? Olha, teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua

procura!” Ele respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devo estar

naquilo que é de meu pai?” Eles, porém, não compreenderam a palavra que ele lhes

falou. Jesus desceu, então, com seus pais para Nazaré e era obediente a eles. Sua mãe

guardava todas estas coisas no coração. E Jesus ia crescendo em sabedoria, tamanho e

graça diante de Deus e dos homens .

Onde aconteceu a passagem bíblica?

Quem eram os personagens?

O que aconteceu? O que os personagens dizem?

O que o texto bíblico ensina para nós, hoje?

APROFUNDAMENTO

O discernimento vocacional é um caminho, não um

momento único. O ponto de partida é a pessoa de Jesus: sua

vida, seu testemunho, seu gesto salvador de morrer pelos

nossos pecados.

Para ajudar os vocacionados e vocacionadas a ouvirem

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o chamado que Deus já faz no seu coração, apontamos para Jesus. A metodologia dos

lugares bíblicos nos revelam um Jesus próximo, amigo e capaz de dizer quem somos e

qual nossa missão.

Os grupos vocacionais são chamados a conhecer e trabalhar com esses lugares

bíblicos. Também as Equipes Vocacionais Paroquiais precisam aprender esse método.

BELÉM

Belém é o lugar do nascimento de Jesus (Mt 2,1). Esta cidade, o salvador

escolheu como porta de entrada para o mundo, tornando-se um de nós, menos no

pecado.

Na fragilidade da criança de Belém está toda a força de Deus, que se coloca

junto com todos os que são frágeis, que sofrem, que são perseguidos.

Cada um de nós nasceu na fragilidade... e foi preciso que fôssemos acolhidos por

alguém que nos alimentou, agasalhou, até que pudéssemos, aos poucos, tendo

autonomia. A criança que foi cada um de nós um dia precisou de um outro que a amou e

acolheu, na pura gratuidade. Sem isso, não estaríamos aqui.

NAZARÉ

Sabendo que Herodes queria matar o menino que havia nascido (Mt 2,1-12.16),

José e Maria fugiram para o Egito (Mt 2,14-15). Depois, voltaram para sua cidade

Natal, Nazaré.

Em Nazaré, Jesus cresceu e viveu até aos 30 anos de idade (Lc 3,23).

O que fez Jesus em Nazaré? Muitas coisas que seus habitantes também faziam:

estudou, trabalhou de carpinteiro com José, seu pai adotivo; rezava na sinagoga em

Nazaré, e também ia em procissão ao Templo de Jerusalém, como era costume na sua

época (Lc 2,41-42).

Todos nós crescemos e tivemos nossa infância. Tivemos o tempo de brincar.

Podemos nos lembrar do nosso primeiro dia de aula. Mas também das muitas vezes que

fomos repreendidos por ter feito algo de errado... porque receber um “não” também faz

parte de nossa educação.

Cada um de nós se encontra, ainda, no cenário de Nazaré. Estamos nos

preparando para uma grande missão que a vida tem para nos dar. Qual é ela? Cabe a nós

descobrir, na oração, no autoconhecimento.

CANÁ

Jesus foi convidado para um casamento, na cidade de Caná, na

Galiléia. Na festa estavam Jesus, seus discípulos e sua mãe. (Jo 2,1-2). Este

casamento simboliza a união entre Deus e os seres humanos. O céu e a terra se

unem em matrimônio para que na terra, se realize de acordo com o que foi

pensado no céu.

Em Caná acontece o primeiro milagre de Jesus e sua primeira atividade

na vida pública, depois e passar 30 anos em Nazaré (Jo 2,11).

Em nossa vida também acontece isso, este momento em que

começamos a sair de casa, explorar novas possibilidades, ter autonomia. Caná

é o lugar da decisão: decidir-se por um caminho a seguir, por uma profissão,

uma faculdade, uma vocação.

Para o cristão, o batismo é o símbolo da decisão. Assumir a vida nova

em Cristo. Todo o batizado já é um enviado como missionário de Jesus Cristo

e da sua Boa Nova.

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CAFARNAUM

Jesus, após decidir deixar Nazaré e sair pelo mundo, começa a pregar o Reino de

Deus. (Mc 1,15)

Mas o que é o Reino de Deus? O Reino de Deus é onde Deus reina: onde tudo

acontece como é da vontade de Deus.

O ser humano foi criado para fazer a vontade de Deus (paraíso, santidade

original), mas optou por fazer a vontade própria (pecado). Neste momento, deixou de

viver no „Reino de Deus‟ e passou a viver no „reino dos humanos‟, da carne, do pecado.

Jesus anuncia que Deus quer o mundo bom, assim como Ele o criou. Veio

restaurara a humanidade decaída. Veio para nós, os pecadores. As curas de Jesus, a sua

atenção para com os excluídos é a manifestação do Reino de Deus, a restituição daquilo

que deveria ter sido desde a criação.

Jesus cura, ensina, expulsa demônios, tudo isso em Cafarnaum e cidades

vizinhas. (Mt 4,12-13)

Cafarnaum é o lugar da atividade missionária e libertadora de Jesus.

Na nossa vida, depois que optamos por fazer algo, seguir um caminho, começam

os desafios, as aprendizagens. Muitas vezes nos cansamos, questionamos se é esse o

caminho.

Viver em Cafarnaum é ter atividades para realizar, buscando um objetivo:

vestibular, ganhar o salário do mês, organizar um grupo de jovens, ser catequista,

participar dos encontros vocacionais...

BETÂNIA

A vida de Jesus era cheia de atividades. Muita gente corria atrás dele em busca

de uma palavra, de um conselho, de um milagre.

Mas Jesus reservava muito tempo para si mesmo, para rezar e para se divertir

com os amigos. Além dos 12, Jesus tinha três amigos que ele amava muito: Lázaro,

Marta e Maria, que moravam na cidade de Betânia, na Judéia. (Jo 11,1-2)

Todos nós precisamos de amigos.

As vezes quando estamos ultrapassando uma fase difícil, temos um problema

para resolver, como é bom desabafar e se aconselhar com amigos! Como é bom,

também, tirar um tempo só para estar juntos. Conversar, rir, cantar, falar de tudo e não

falar de nada.

Este local de descanso, de amizade, de diversão, Jesus encontrou em Betânia. (Jo

12,1-3)

JERUSALÉM

Jerusalém, a capital da Palestina. Lugar de pecado e de santidade.

Ali existia o centro religioso, o templo, mas também, o centro do poder político:

Pilatos e o Sumo sacerdote.

Nos evangelhos, Jesus toma a firme decisão de subir para Jerusalém (Lc 9,51),

dizendo que lá ele seria morto, mas ressuscitaria no terceiro dia (Mt 16,21).

O Pai, que não poupou o filho da morte, o ressuscitou no terceiro dia. O Pai

retira o Filho das mãos dos malvados, dos injustos (At 3,14-15), porque está ao lado do

bem, da justiça, de todos os que são injustiçados e crucificados até os dias de hoje.

Na nossa vida de jovem, precisamos ter sonhos e convicções. Diante disso,

precisamos lutar e defender aquilo que acreditamos e sonhamos: lutar por um mundo

que sonhamos construir. Há sempre aqueles que querem nos impedir de conquistar o

que queremos, nos fazer desistir do que sonhamos. Diante destes, cabe a nossa

perseverança, o nosso suor.

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Assim como Jesus, não atacamos e matamos aqueles que se opõe aos nossos

projetos, mas somos capazes de morrer pela nossa fé, pelos nossos sonhos, por uma

sociedade que pretendemos construir.

O conflito com o anti-reino, contra aqueles querem nos fazer desistir de nossos

sonhos, acontece no nosso cenário interior de Jerusalém.

EMAÚS

Depois da morte de Jesus, os discípulos tinham perdido a esperança. Aquele que

deveria ser o salvador foi morto de forma injusta. Parecia que o mal havia vencido.

À caminho de Emaús tiveram um encontro com o ressuscitado que lhes explicou

as escrituras e, na casa, se revelou ao partir o pão. (Lc 24,13-35)

Emaús é a cidade da esperança. Esperança de que, mesmo em meio às

dificuldades, quanto tudo parece dar errado, no final é sempre o bem e a justiça que

vencem, e não os malvados e injustos.

Na nossa vida, quando enfrentamos uma situação difícil, um grupo que impede

que nossos sonhos se realizem, por meio de nossa insistência, conquistamos o que

havíamos planejado. Esta é a experiência de Emaús: acreditar que Deus caminha

conosco, mesmo nas dificuldades, e nos auxilia a alcançar nossos objetivos.

PARA REFLEXÃO

1. No que a vida de Jesus é parecida com a minha?

2. Em que sentido o trabalho com os lugares bíblicos da vida de Jesus apontam

para o discernimento vocacional?

CANTO

Tu És a razão da jornada

1. Um dia escutei teu chamado, divino recado batendo no coração. Deixei deste

mundo as promessas e fui bem depressa no rumo da tua mão.

Tu és a razão da jornada, tu és minha estrada, meu guia e meu fim! No

grito que vem do teu povo, te escuto de novo chamando por mim.

2. Os anos passaram ligeiro, me fiz um obreiro do Reino de paz e amor. Nos

mares do mundo navego e às redes me entrego, tornei-me teu pescador.

3. Embora tão fraco e pequeno, caminho sereno com a força que vem de ti. A

cada momento que passa, revivo esta graça de ser teu sinal aqui.

ORAÇÃO FINAL

Uma dezena do terço pelas vocações.

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7. O PROJETO DE VIDA

AMBIENTE: Vela. Bíblia. Cruz. Três cartazes, cada um com uma palavra: 1-

minha história, 2 – como eu vivo hoje, 3 – que caminhos seguir.

ACENDIMENTO DA VELA:

LEITURA BÍBLICA: Lc 4,14

Jesus voltou para a Galiléia, com a força do Espírito, e sua fama se

espalhou por toda a região. Ele ensinava nas sinagogas deles, e todos

o elogiavam. Foi então a Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu

costume, no dia de sábado, foi à sinagoga e levantou-se para fazer a

leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro,

encontrou o lugar onde está escrito: “ O Espírito do Senhor está

sobre mim, pois ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa

Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a

recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça

da parte do Senhor ”. Depois, fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Os

olhos de todos, na sinagoga, estavam fixos nele. Então, começou a dizer-lhes: “Hoje se

cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir.”

Onde aconteceu a passagem bíblica?

Quem eram os personagens?

O que aconteceu? O que os personagens dizem?

O que o texto bíblico ensina para nós, hoje?

APROFUNDAMENTO

ACOMPANHAMENTO DO PROJETO DE VIDA

Atitudes de acompanhante O primeiro passo é a atitude dos que se aproximam dos

adolescentes e jovens. Essas pessoas devem acreditar, de fato, que

eles e elas têm possibilidades para ser mais porque poderão

discernir, escolher e planejar as suas vidas e não querer «

recompensas ». Como disse muito bem uma assessora « os jovens

não me devem nada. Estou neste serviço por causa da minha opção ». Estas escolhas,

marcadas por horizontes amplos, chamaremos de « valores ».

Trata-se de convocar os adolescentes e jovens a fazerem um caminho e se

tornarem sujeitos na transformação da realidade. Desafiá-los a fazer um caminho de

discernimento e de formação para assumir um Projeto de Vida diferente com ousadia e

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valentia. Esta convocação tem raízes na história da salvação. Deus é alguém que

caminha com o povo ; ele sonha com pessoas organizadas ; não lhe agrada o espírito de

« Maria vai com as outras »...

Fazer o caminho O caminho pode parecer longo, ao dizer que este caminho será feito por etapas,

com descanso, celebrações, festas, e com empenho pessoal e do grupo. Na construção

do Projeto de Vida é preciso perguntar sobre as suas motivações, a sua história pessoal,

a história de sua família, a vida da sua comunidade, da sua região e do seu país.

Fazer as escolhas No caminho há sempre outros atalhos e muitas outras possibilidades. A direção

para onde se quer caminhar e o horizonte não podem ser negociados. Os valores que

marcam a vida para sua realização como pessoa, como a solidariedade, o respeito, a

austeridade, o cuidado com o/a outro/a e com a natureza, o temor frente ao sagrado e

outros que delineiam nosso modo de ser no mundo é a escolha fundamental que vai

marcar a história. Depois, há outras escolhas : seguir junto com outro/a companheiro/a

constituindo um grupo familiar ; ingressar num grupo religioso ; mantendo-se sem um

grupo ou um companheiro ; escolher como servir como profissional.

Discernir as escolhas Frente a todas as possibilidades que são colocadas para se viver, identificar o

caminho que desejo percorrer para minha vida para que as opções fundamentais possam

se concretizar. O tempo de discernimento é marcado pela escuta do próprio corpo, do/a

outro/a, do grupo e, principalmente, de uma escuta de Deus. É um tempo marcado por

angústias e por tensões porque exige decisão. Exige da pessoa uma « cisão », um corte,

uma escolha.

Elaborar o projeto Ao longo do processo vou registrando o que passa comigo. Anoto os sonhos, as

possibilidades, as dúvidas, os movimentos que passam pelo meu corpo e pelo meu «

coração ». Nesta etapa é tempo de organizar por escrito o projeto que delineio para

minha vida. Refazer e retomar na medida que for amadurecendo as escolhas.

Sugerimos um esquema muito simples a ser desenvolvido.

CANTO

Senhor se Tu me chamas

Senhor se tu me chamas, eu quero te ouvir.

Se queres que eu te siga, respondo: eis-me aqui.

Profetas te ouviram e seguiram tua voz,

Andaram mundo afora e pregaram sem temor.

Seus passos tu firmastes sustentando seu vigor.

Profeta tu me chamas: vê senhor, aqui estou.

Nos passos do teu filho toda igreja também vai,

Seguindo teu chamado de ser santa qual jesus.

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Apóstolos e mártires se deram sem medir.

Apóstolo me chamas: vê senhor, estou aqui.

Os séculos passaram, não passou, porém tua voz

Que chama ainda hoje, que convida a te seguir.

Há homens e mulheres que te amam mais que a si,

E dizem com firmeza: vê senhor, estou aqui.

ORAÇÃO FINAL

Uma dezena do terço pelas vocações.

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ANEXO DO PROJETO DE VIDA

MEU CHÃO : a realidade em que me encontro Situação pessoal – a autobiografia

Análise da conjuntura e da estrutura. Trata-se de dar-nos conta de tudo que nos

envolve e perceber o mundo que vai acontecendo, identificando as forças e motivações

que movem o mundo e a história concreta que vivo. A autobiografia, bem como a

análise de conjuntura, devem ser « minhas », levando-me a um compromisso diante

delas. O importante é termos, mais do que uma atitude racional diante dos fatos, uma

postura de opção.

MEU CREDO : as certezas na minha vida O projeto de Jesus : sua história e missão.

O Reino de Deus que queremos : família, escola, trabalho, lazer... Trata-se de

lançar os fundamentos de minha postura vital. Ao mesmo tempo sonhamos o mundo

que queremos e aprofundamos as razões que dão felicidade para mim e para todos.

Encontram-se, em mim, a fé pedagógica (o mundo como vou viver « meu mundo ») que

sabe falar das razões de minha esperança.

MEU CAMINHO : Os passos que devo seguir O que vimos, até agora, foram o que se chama de « Marco Situacional » e «

Marco Doutrinal ». Trata-se, agora, de chegarmos ao « Marco Operatório ». Importante,

por isso, de forma muito séria, explicitar (isto é, escrever), considerando todos os

ângulos da vida :

No geral Minhas opções/Meus Valores/Meus compromissos/Minhas prioridades.

Não se trata de dizer muitas coisas, mas descrever aquilo que dá a razão para a

minha vida, tanto nas opções, como nos valores, dos meus compromissos, das

prioridades, envolvendo : o político, a família, as relações afetivas, as relações de

trabalho, de lazer, do compromisso eclesial e social, a vivência da espiritualidade

primordial.

No dia-a-dia A vida cotidiana, os amigos, o trabalho e as lutas pela sobrevivência.

Os grupos que participo, a oração, a vida sacramental – Aqui se trata de elaborar

no nível mais prático o caminho a ser traçado pelo Projeto de Vida, definindo tempo,

indicando momentos de avaliação do Projeto, procurando a elaboração de cronograma

nos diferentes níveis, construindo estratégias que possibilitem a concretização das

decisões tomadas.

Na travessia A Minha mochila/minha mala para viagem (ferramentas) : o acompanhamento

pedagógico e espiritual. Trata-se de firmar a construção com diversos instrumentos

(livros, cursos, estudos de aprofundamento sobre determinados temas que formam parte

do meu projeto), retiros, conversas com pessoas e, não em último lugar, a escolha de

alguém de confiança para uma partilha mais sistemática durante a elaboração do Projeto

de Vida.

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