38
1 CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO CRANIOFACIAL Crescimento: é a seqüência de modificações somáticas que sofre um organismo, desde a fecundação até a maturidade. DEFINIÇÕES Desenvolvimento: é a diferenciação dos componentes de um orga nismo, que conduz à maturação das diversas funções físicas e psíquicas. CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO São programados geneticamente e bastante influenciados por fatores ambientais. São mecanismos biológicos praticamente inseparáveis, razão pela qual são comumente definidos conjuntamente. CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO CRESCIMENTO CELULAR O aumento da massa celular não é ilimitado, pois enquanto o volume cresce com o cubo, a superfície cresce ao quadrado. A superfície absorvente não sendo suficiente para as suas necessidades, torna a célula madura e pronta para se dividir. (Lei de Spencer)

Desenvolvimento craniofacial

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Page 1: Desenvolvimento craniofacial

1

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRANIOFACIAL

Cre scimento: é a seqüência de

modificações somáticas que sofre um

organismo, de sde a fecundação até a

maturidade.

DEFINIÇÕES

De senvolvimento: é a difere nciação dos

compone ntes de um orga nismo, que

conduz à maturação das div ersas

funções físicas e psíquicas.

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

São programados geneticamente e

bastante influenciados por fatores

ambientais. São mecanismos

biológicos praticamente inseparáv eis,

razão pela qual são comumente

definidos conjuntamente.

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO CELULAR

O aumento da massa celular não é ilimitado, pois

enquanto o volume cresce com o cubo, a superfície

cresce ao quadrado.

A superfície absorvente não sendo suficiente para

as suas necessidades, torna a célula madura e

pronta para se dividir. (Lei de Spencer)

Page 2: Desenvolvimento craniofacial

2

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO CELULAR

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO DOS TECIDOS

PROCESSOS DE CRESCIMENTO:

� HIPERPLASIA;

� HIPERTROFIA;

� HIPERTROFOPLASIA.

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO DOS TECIDOS

PROCESSOS DE CRESCIMENTO:

A HIPERPLASIA consiste no aumento do número de

células; a HIPERTROFIA no aumento do tamanho da

célula ou da massa de substância intercelular por

ela produzida; e a HIPERTROFOPLASIA na ação

conjunta e coordenada dos dois processos .

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO DOS TECIDOS

PROCESSOS DE CRESCIMENTO:

� INTERSTICIAL;

� APOSICIONAL;

� INTERSTICIOAPOSICIONAL.

Page 3: Desenvolvimento craniofacial

3

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO DOS TECIDOS

PROCESSOS DE CRESCIMENTO:

INTERSTICIAL: consiste na anexação de

novos elementos celulares nos interstícios

dos já existentes. A maioria dos tecidos

cresce desta maneira. EX: tec. Epitelial.

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO DOS TECIDOS

PROCESSOS DE CRESCIMENTO:

APOSICIONAL: consiste na anexação de

novos elementos em camadas superpostas

aos já existentes. Ex: tec. Ósseo.

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO DOS TECIDOS

PROCESSOS DE CRESCIMENTO:

APOSICIONAL

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO DOS TECIDOS

PROCESSOS DE CRESCIMENTO:

INTERSTICIOAPOSICIONAL: o crescimento

intersticial e o aposicional funcionam

coordenadamente entre si. Ex: cartilagens.

Page 4: Desenvolvimento craniofacial

4

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO DOS TECIDOS

PROCESSOS DE CRESCIMENTO:

O tecido cartilagíneo, por ter a possibilidade

de crescimento aposicional e intersticional,

tem sua velocidade de crescimento maior

que o tec. ósseo, por isso situa-se nas áreas

denominadas de ajuste incremental.

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

VELOCIDADE DE CRESCIMENTO

As diferentes partes do corpo humano crescem

com diferentes velocidades. Estas se modificam

com a idade. As proporções são obtidas porque os

tecidos e órgãos crescem com diferentes ritmos e

em diferentes épocas. Embora o crescimento seja

ordenado, há momentos em que ele se intensifica e

outros de relativa estabilidade.

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO DIFERENCIAL

Scammon e colaboradores mostraram, no

gráfico, o crescimento diferencial dos

diversos tecidos orgânicos, agrupados em

quatro padrões distintos: padrão geral,

padrão neural, padrão linfático e padrão

genital.

Page 5: Desenvolvimento craniofacial

5

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO DIFERENCIAL

PADRÃO GERAL: engloba os ossos, músculos e

vísceras que crescem mantendo uma certa

proporcionalidade com o crescimento das

dimensões externas e massa corpórea.

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO DIFERENCIAL

PADRÃO NEURAL: cérebro, medula espinhal,

bulbos oculares, parte do ouvido interno e

neurocrânio, os quais crescem muito rapidamente

antes do nascimento e durante os primeiros anos de

vida.

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO DIFERENCIAL

PADRÃO LINFÁTICO: timo, linfonodos, tonsilas e

tecidos linfóides do tubo digestivo. Todas essas

estruturas são proeminentes do recém-nascido,

crescem rapidamente durante o período da infância

e atingem o tamanho máximo um pouco antes da

puberdade. O timo e as tonsilas, após a puberdade,

entram em involução.

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO DIFERENCIAL

PADRÃO GENITAL: os ovários, testículos, órgãos

reprodutores acessórios e a genitália externa

crescem lentamente durante a infância e

rapidamente no período da puberdade.

Page 6: Desenvolvimento craniofacial

6

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO DIFERENCIAL

Segundo Graber, o neurocrânio se ajusta ao quadro

de crescimento neural; o esplancnocrânio( face) ao

padrão geral.

A base do crânio, pela sua complexidade, pode

assumir fatores genéticos intrínsecos assim como

um padrão de crescimento geral semelhante ao da

face.

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO DIFERENCIAL

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

FATORES DE CRESCIMENTO

�PRIMÁRIOS

�SECUNDÁRIOS

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

FATORES DE CRESCIMENTO

�PRIMÁRIOS: relacionados a hereditariedade que provoca o embalo evolutivo inicial. Os fatores genéticos atuam sobre o metabolismo das células em multiplicação.

Page 7: Desenvolvimento craniofacial

7

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO

FATORES DE CRESCIMENTO

�SECUNDÁRIOS:Con stituição(fator genético);Temperatura; Nutrição; Fatores Hormonais;...

Hormônio do crescimento(somatotrofina, elaborada pela adeno-hipófise), hormônio tireóideo e os Hormônios gonadais.

V

1. Processo frontal2. Processo nasal medial

3. Processo nasal lateral4. Processo maxilar

5. Processo mandibular

EMBRIOGÊNESE

V

EMBRIOGÊNESE

I Arco Branquial: bifurca-se originando-se os processos MAXILAR e MANDIBULAR, que junto com o processo FRONTAL

formam a cavidade oral, lábios, bochechas e cavidade nasal.

Um embrião de 4 semanas: sua boca esta limitada superiormente

pelo processo frontal, lateralmente pelo processo maxilar, inferiormente pelo processo mandibular e ao fundo pela membrana

bucofaríngica.

VEMBRIOGÊNESE

O palato se origina, em sua maior extensão por proliferação dos processos MAXILARES, exceto na região anterior, formada pelo

processo NASAL MEDIAL, que se constitui na pré-maxila.

O septo nasal surge como expansão caudal da eminência

FRONTAL a qual se funde posteriormente aos processos PALATINOS.(Separa-se deste modo a cavidade nasal da cavidade

oral).

Page 8: Desenvolvimento craniofacial

8

V

EMBRIOGÊNESE

O processo MANDIBULAR origina a língua que se acomoda de maneira a permitir a fusão dos processos PALATINOS e a

conseqüente separação da cavidade oral e nasal.

A falta de coalescência ou fusão entre estes vários processos dará

origem as más formações congênitas (lábio leporino, fenda palatina, fissura facial oblíqua) com profundas influências no posicionamento

dos dentes, na estética facial e no psíquico do paciente.

OSTEOGÊNESE

Mecanismo de f ormação do tecido ósseo.

Pode ocorrer de duas maneiras:

� Ossif icação intramembranosa.

� Ossif icação endocondral.

OSSIFICAÇÃOINTRAMEMBRANOSA

É iniciada sobre um modelo

conjuntivo, por meio da

diferenciação celular, onde

osteoblastos sintetizam matriz

osteóide, que posteriormente

sofre mineralização progressiva.

OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA

Page 9: Desenvolvimento craniofacial

9

célula mesenquimal indiferenciada

diferenciação em osteoblasto

vaso sangüíneo

OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA

Osteoblastos sintetizam

matriz osteóide.

OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA

� Matriz engloba os

osteoblastos, “ilhando-

os”.

� Matriz mineraliza-se.

� Os osteoblastos

aprisionados no maciço

ósseo transformam-se

em osteócitos.

OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA

Page 10: Desenvolvimento craniofacial

10

OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA

Frontal

Parietais

Temporais (parte superior)

Occipital (parte superior)

Complexo Nasomaxilar (exceto septo nasal)

Ossos do Tímpano

Mandíbula (exceto cabeça da mandíbula

e sínfise)

OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA

OSSIFICAÇÃOENDOCONDRAL

É iniciada sobre um modelo cartilaginoso, que é autodestruído

gradualmente e substituído por tecido ósseo, formado por células

mesenquimais indiferenciadas advindas do tecido conjuntivo

adjacente.

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

Page 11: Desenvolvimento craniofacial

11

Cartilagem sof re

modif icações,

ocorrendo hipertrof ia

dos condrócitos.

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

Cartilagem sof re

modif icações,

ocorrendo hipertrof ia

dos condrócitos.

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

Morte dos

condrócitos,

deixando

cavidades

separadas por

finos tabiques

de matriz

carti laginosa.

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

Morte dos

condrócitos,

deixando

cavidades

separadas por

finos tabiques

de matriz

carti laginosa.

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

Page 12: Desenvolvimento craniofacial

12

Mineralização

dos tabiques

de matriz

carti laginosa.

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

Cavidades são invadidas por capilares sangüíneos...

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

...e em seguida por células indiferenciadas provenientes do tecido

conjuntivo adjacente.

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

Algumas destas células se diferenciam

em osteoblastos...

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

Page 13: Desenvolvimento craniofacial

13

...que sintetizam

matriz osteóide, utilizando como “arcabouço” os

restos de matriz cartilaginosa

mineralizada.

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

� O osso endocondral não é formado diretamente a partir da cartilagem, mas sim preenchendo o espaço

anteriormente ocupado por esta.

� É uma adaptação morfogenética, proporcionando

uma produção contínua de tecido ósseo em regiões especiais que envolvem níveis de compressão

relativamente altos.

� Esse tipo de ossificação está associado às

articulações móveis e à maior parte da base craniana.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

Occipital (parte inferior)

Temporais (parte inferior)

Esfenóide

Etmóide

Septo Nasal

Cabeça da Mandíbula

Sínfise

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

Occipital (parte inferior)

Temporais (parte inferior)

Esfenóide

Etmóide

Septo Nasal

Côndilos

Sínfise

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

Page 14: Desenvolvimento craniofacial

14

Occipital (parte inferior)

Temporais (parte inferior)

Esfenóide

Etmóide

Septo Nasal

Cabeça da

Mandíbula

Sínfise

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

Page 15: Desenvolvimento craniofacial

15

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

Page 16: Desenvolvimento craniofacial

16

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL

SUTURAS

E

SINCONDROSES

Page 17: Desenvolvimento craniofacial

17

SUTURAS

São articulações fibrosas,

onde o tecido interposto é

o conjuntivo, havendo

pequeno afastamento

ósseo.

frontonasal

frontozigomática

frontomaxilar

zigomáticotemporal

zigomáticomaxilar

EXEMPLOS DE SUTURAS

SINCONDROSES

São articulações

cartilaginosas, onde o

tecido interposto é a

cartilagem hialina,

havendo maior

afastamento ósseo.

EXEMPLOS DE SINCONDROSES

esf eno-etmoidal

inter-esf enoidal

esf eno-occipital

intra-occipital

Page 18: Desenvolvimento craniofacial

18

esf eno-etmoidal

inter-esf enoidal

esf eno-occipital

intra-occipital

EXEMPLOS DE SINCONDROSES FONTANELAS

MECANISMOS E MOVIMENTOS DE

CRESCIMENTO

Processo de aposição e reabsorção óssea, que permite alteração na

forma, dimensões e proporções de um osso.

REMODELAÇÃO

Page 19: Desenvolvimento craniofacial

19

REMODELAÇÃO

Processo de aposição e reabsorção óssea, que permite alteração na

forma, dimensões e proporções de um osso.

RECOLOCAÇÃO

Processo de mudança na posição espacial de uma área, a fim de que seja mantida a proporção entre as estruturas

ósseas.

RECOLOCAÇÃO

O processo de recolocação ocorre

em conseqüência do processo de

remodelação.

DESLIZAMENTO

É a aposição e reabsorção (remodelação) direta do tecido ósseo e as combinações

características de ambas, produzindo um mov imento de crescimento na superf ície de

aposição (recolocação).

Page 20: Desenvolvimento craniofacial

20

DESLOCAMENTO

É o mov imento de todo o osso como uma unidade. Resulta da tração ou pressão pelos

dif erentes ossos e seus tecidos moles, separando-se a medida que continuam

crescendo.

DESLOCAMENTO

É o mov imento de todo o osso como uma unidade. Resulta da tração ou pressão pelos

dif erentes ossos e seus tecidos moles, separando-se a medida que continuam

crescendo.

DESLIZAMENTO X DESLOCAMENTO

�O deslocamento é necessariamente provocado pelo

deslizamento.

�Ambos podem ocorrer no mesmo sentido ou em sentidos opostos.

Em sentidos opostos.

DESLIZAMENTO X DESLOCAMENTO

Page 21: Desenvolvimento craniofacial

21

No mesmo sentido.

DESLIZAMENTO X DESLOCAMENTO

No mesmo sentido.

DESLIZAMENTO X DESLOCAMENTO

TIPOS DE DESLOCAMENTO

�Primário

�Secundário

DESLOCAMENTO PRIMÁRIO

Quando ocorrer às custas do

crescimento do próprio osso.

Page 22: Desenvolvimento craniofacial

22

DESLOCAMENTO SECUNDÁRIO

Quando ocorrer às custas do crescimento de ossos ou estruturas

adjacentes.CRESCIMENTO

DAS

ESTRUTURAS

CRÂNIOFACIAIS

ESTRUTURAS CRÂNIO-FACIAIS

CRÂNIO

FACE

�Abóbada

�Base

�Complexo Nasomaxilar

�Mandíbula

PROPORÇÃO CABEÇA/CORPODurante o crescimento, o homem sofre

mudanças nas suas proporções corporais, tais como a proporção do complexo crânio-facial em relação ao corpo como um todo.

Page 23: Desenvolvimento craniofacial

23

Nascimento(1/4)

1 ano(1/5)

8 anos(1/6)

Puberdade(1/7)

Adulto(1/8)

PROPORÇÃO CABEÇA/CORPO PROPORÇÃO CRÂNIO/FACE� Ao nascimento, o crânio tem o volume sete vezes maior que o da face, devido ao maior desenvolvi mento cerebral em comparação aos aparelhos mastigatório e

respiratório.

� Na idade adulta, o volume entre ambas se iguala.

CRÂNIO� Também denominado de neurocrânio,

delimita a cavidade craniana, envolvendo

e protegendo o encéfalo.

� É constituído por 8 ossos, sendo 2 pares

(parietal e temporal), e 4 ímpares

(frontal, occipital, esfenóide e etmóide),

sendo que o osso frontal é formado por

duas metades até cerca de 6 anos.

frontalparietal

temporal

occipital

CRÂNIO

Page 24: Desenvolvimento craniofacial

24

etmóide

esfenóide

CRÂNIO

CRESCIMENTO

DA

ABÓBADA

CRANIANA

ABÓBADA CRANIANA

frontalparietal

temporal (porção escamosa)

occipital(porção escamosa)

� A abóbada craniana, acompanhando o crescimento cefálico, triplica de volume

nos dois primeiros anos de vida.

� Dos 2 aos 7 anos de idade, o ritmo de crescimento craniano diminui

gradativamente, após os quais o aumento anual torna-se imperceptível.

ABÓBADA CRANIANA

Page 25: Desenvolvimento craniofacial

25

�� À medida que o cérebro expande, os ossos da abóbada são deslocados para f ora, de f orma

centríf uga. Acredita-se ser um mov imento passiv o dos ossos, como conseqüência do

crescimento cerebral.

ABÓBADA CRANIANA� Os ossos da abóbada sof rem um processo de

remodelação diferencial, com reabsorção das superf ícies internas e aposição das superf ícies

externas.

ABÓBADA CRANIANA

� O deslocamento das partes ósseas induz à

tensão nas membranas suturais, que respondem imediatamente com a deposição

óssea nas margens.

ABÓBADA CRANIANA ABÓBADA CRANIANA

� O deslocamento das partes ósseas induz à

tensão nas membranas suturais, que respondem imediatamente com a deposição

óssea nas margens.

Page 26: Desenvolvimento craniofacial

26

CRESCIMENTO

DA

BASE

CRANIANA

BASE CRANIANA

Frontal(porção basal)

Etmóide

Esfenóide

Temporal(porção basal)

Occipital(porção basal)

� Diferente da abóbada, a base craniana tem

maior importância para o ortodontista, por

guardar relação de continuidade com a

face.

� Os principais centros de crescimento da

base do crânio são 4 sincondroses:

BASE CRANIANA

Sincondrose Esfeno-OccipitalSincondrose Esfeno-Etmoidal

Sincondrose Intra-OccipitalSincondrose Inter-Esfenoidal

BASE CRANIANA

Page 27: Desenvolvimento craniofacial

27

Sincondrose Esfeno-Occipital(apresenta atividade até 18 a 25

anos de idade).

BASE CRANIANA

Sincondrose Esfeno-Etmoidal(apresenta atividade até 7 a 10

anos de idade).

BASE CRANIANA

Sincondrose Intra-Occipital(apresenta atividade até 3 a 5

anos de idade).

BASE CRANIANA

Sincondrose Inter-Esfenoidal(ossifica logo após o nascimento).

BASE CRANIANA

Page 28: Desenvolvimento craniofacial

28

� A mais significativa alteração no crescimento da base craniana consiste num processo de remodelação que

ocorre na fossa craniana média. Essa remodelação provoca um deslizamento da base craniana anterior e das

estruturas superiores da face localizadas no complexo nasomaxilar, com conseqüente deslocamento do mesmo

para baixo e para frente.

BASE CRANIANA� Outra alteração de crescimento que ocorre na base craniana é sua remodelação na base

craniana anterior. Isto ocasiona um deslizamento anterior do osso f rontal (porção

basal) e da área nasal.

BASE CRANIANA

� Na cefalometria, a base do crânio assume importância

fundamental na sobreposição dos traçados

cefalométricos, feitos a partir da linha SN, coincidindo

o ponto S.

BASE CRANIANA

CRESCIMENTODO

COMPLEXONASOMAXILAR

Page 29: Desenvolvimento craniofacial

29

COMPLEXO NASOMAXILAR� Osso de origem intramembranosa, seus mecanismos de

crescimento ocorrem por meio de reabsorção e aposição óssea a partir do tecido conjuntivo (ossificação

intramembranosa), exceto no septo nasal.

� O complexo nasomaxilar cresce em todas as direções do espaço, porém, seu crescimento para cima e para trás,

onde este faz contato com a base craniana, é o responsável por seu deslocamento primário para frente e

para baixo.

COMPLEXO NASOMAXILAR

A. Fronto-maxilar

B. Zigomático-temporal

C. Zigomático-maxilar

D. Ptérigo-palatina

� Mais precisamente, o deslocamento secundário é

promov ido por quatro pares de suturas:

COMPLEXO NASOMAXILAR

� As suturas f ronto-maxilares são as principais

responsáv eis pelo deslocamento v ertical.

COMPLEXO NASOMAXILAR

Page 30: Desenvolvimento craniofacial

30

� As suturas ptérigo-palatinas são as principais

responsáv eis pelo deslocamento horizontal.

COMPLEXO NASOMAXILAR

�� O complexo nasomaxilar

recebe aposição óssea

perióstica em toda sua

superfície, porém, a soma mais

significativa ocorre em sua

porção posterior (tuberosidade),

o que proporciona um aumento

do comprimento do arco

dentário e possibilita a erupção

dos molares.

COMPLEXO NASOMAXILAR

� O processo

zigomático apresenta

reabsorção em sua

superf ície anterior e aposição nas

superf ícies lateral e posterior.

COMPLEXO NASOMAXILAR� A maxila apresenta aposição em sua superfície bucal e

reabsorção em sua superfície nasal, tanto pela

participação genética quanto ambiental (pressão atmosférica/respiração nasal).

COMPLEXO NASOMAXILAR

Page 31: Desenvolvimento craniofacial

31

COMPLEXO NASOMAXILAR

�Também chamada de respiração nasal, é aquela que o ar entra pelo nariz sem esf orço e com o selamento simultâneo da cav idade bucal.

� No momento da inspiração ocorre uma pressão negativ a entre a língua e o palato duro, onde a língua se elev a e, ao apoiar-se sobre o palato, exerce um estímulo positiv o para seu crescimento.

RESPIRAÇÃO NORMAL� A pré-maxila é reabsorv ida

em sua superf ície labial e apresenta aposição em sua superf ície lingual,

adaptando-se ao crescimento mandibular.

� A aposição na espinha nasal anterior propicia

suporte ao crescimento da cartilagem nasal.

COMPLEXO NASOMAXILAR

� As paredes internas das cavidades nasais e dos seios

maxilares são reabsorvidas, ocasionando, como

conseqüência, um aumento em largura e altura,

proporcionando melhora na capacidade aérea.

COMPLEXO NASOMAXILAR COMPLEXO NASOMAXILAR

�� Estes mov imentos de crescimento permitem que a maxila acompanhe o crescimento do septo

nasal, da região orbitária, da expansão dos seios maxilares, das cav idades nasais e da erupção

dos dentes.

Page 32: Desenvolvimento craniofacial

32

COMPLEXO NASOMAXILAR

Características Faciais e Oclusais do Respirador Bucal

�Maxila atrésica;�Protrusão dos incisivos superiores;�Mordidas abertas/cruzadas;�Eversão do lábio inferior;�Lábio superior hipodesenvolvido;�Narinas estreitas;�Hipotonia da musculatura orofacial;�Altura facial anterior aumentada;

COMPLEXO NASOMAXILAR

Conseqüências da obstrução nasal

�Prejudica o desenvolvimento harmonioso da face.� Pode ocasionar maloclusões e desvios do crescimento facial.� Falta de crescimento transversal da maxila, mostrando clinicamente uma maxila atrésica, elevação da abóbada palatina, apinhamentoe/ou protrusão dos dentes anteriores.

COMPLEXO NASOMAXILAR

CRESCIMENTOCRESCIMENTOCRESCIMENTOCRESCIMENTOCRESCIMENTOCRESCIMENTOCRESCIMENTOCRESCIMENTO

DADADADADADADADA

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA

CRESCIMENTOCRESCIMENTOCRESCIMENTOCRESCIMENTOCRESCIMENTOCRESCIMENTOCRESCIMENTOCRESCIMENTO

DADADADADADADADA

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA

Page 33: Desenvolvimento craniofacial

33

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA

�Único osso móvel do complexo crânio-facial, constitui-se em um osso misto ou composto, ou seja, formado tanto por ossificação endocondral quanto

intra-membranosa.

� A mandíbula cresce em todas as direções do espaço, porém, o crescimento dos côndilos para cima e para

trás são os responsáveis pelo deslocamento mandibular para baixo e para frente.

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA� A mandíbula cresce em todas as direções do espaço,

porém, o crescimento dos côndilos para cima e para trás são os responsáveis pelo deslocamento

mandibular para baixo e para frente.

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA� A mandíbula cresce em todas as direções do espaço,

porém, o crescimento dos côndilos para cima e para trás são os responsáveis pelo deslocamento

mandibular para baixo e para frente.

Page 34: Desenvolvimento craniofacial

34

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA� A mandíbula cresce em todas as direções do espaço,

porém, o crescimento dos côndilos para cima e para trás são os responsáveis pelo deslocamento

mandibular para baixo e para frente.

� Há variação individual na direção do crescimento condilar. Quando esta se

processa predominantemente em direção vertical, provoca rotação mandibular no

sentido horário e aumento do ângulo gôniaco.

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA

� Quando esta se processa predominantemente em

direção horizontal, provoca rotação mandibular no

sentido anti-horário e redução do ângulo gôniaco.

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA� Quando esta se processa predominantemente em

direção horizontal, provoca rotação mandibular no

sentido anti-horário e redução do ângulo gôniaco.

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA

Page 35: Desenvolvimento craniofacial

35

� O côndilo possui três camadas distintas:

1. Camada Articular Fibrosa: atua como camada protetora.

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA

2. Camada de Células Proliferativas ou Zona de Repouso:

composta por 6 a 10 camadas de células

que possuem a capacidade

diferenciarem-se em condroblastos.

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA� O côndilo possui três camadas distintas:

3. Camada de Cartilagem Hialina:constitui-se de uma camada externa de formação de matriz,

uma camada intermediária de

hipertrofia celular, e uma camada interna

de ossificação.

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA� O côndilo possui três camadas distintas:

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA� Os côndilos são considerados os centros de crescimento endocondrais primários da mandíbula.

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36

� O centro endocondral

secundário localiza-se na sínfise, ossificando por volta dos dois anos

de vida, transformando a mandíbula em um

osso ímpar, passando a crescer em forma de

“V”.

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA

� O centro secundário

localiza-se na sínfise, ossificando por volta

dos dois anos de vida,

transformando a mandíbula em um osso

ímpar, passando a crescer em forma de

“V”.

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA

� Após a ossificação da

sincondrose

sinfisária, continua

ocorrendo aposição

óssea na sínfise

devido à diminuição

da inclinação

vestibular dos

incisivos.

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA � O ramo mandibular

apresenta aposição em sua parte posterior e reabsorção anterior,

sendo recolocado distalmente,

aumentando o comprimento do corpo

mandibular, possibilitando a

erupção dos molares

permanentes.

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA

Page 37: Desenvolvimento craniofacial

37

�Ocorrem ainda

remodelações

ósseas setoriais importantes no

processo

coronóide, chanfradura

sigmóide e corpo

mandibular.

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA�Ocorrem ainda

remodelações

ósseas setoriais importantes no

processo

coronóide, chanfradura

sigmóide e corpo

mandibular.

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA

�Ocorrem ainda

remodelações

ósseas setoriais importantes no

processo

coronóide, chanfradura

sigmóide e corpo

mandibular.

MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA MANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULAMANDÍBULA

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CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO CRANIOFACIAL