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COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PLANALTO - PARANÁ NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE FRANCISCO BELTRÃO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO MAIO, 2017

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COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PLANALTO - PARANÁ

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE FRANCISCO BELTRÃO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

MAIO, 2017

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SUMÁRIO

I IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO ...................................... 04

1.1 Localização e dependência administrativa ..................................... 04

1.2 Aspectos históricos da instituição .................................................. 04

1.3 Caracterização do atendimento na instituição e quantidade de

estudantes .........................................................................................

06

1.4 Estrutura física, materiais e espaços pedagógicos ........................ 07

1.5 Recursos humanos ........................................................................... 09

1.6 Instâncias Colegiadas ....................................................................... 09

1.7 Perfil da comunidade escolar ........................................................... 11

II DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO ........................................ 13

2.1 Gestão Escolar .................................................................................. 13

2.2 Ensino-Aprendizagem ...................................................................... 17

2.2.1 Plano de Trabalho Docente ................................................................. 17

2.2.2 Avaliação ............................................................................................. 18

2.2.3 Conselho de Classe ............................................................................ 19

2.2.4 Registros da Prática Pedagógica ........................................................ 19

2.3 Atendimento Educacional Especializado ao público-alvo da

Educação Especial ......................................................................................

21

2.4 Articulação entre as etapas de ensino ............................................ 22

2.5 Articulação entre diretores, pedagogos, professores, e demais

profissionais da educação ..........................................................................

23

2.6 Articulação da Instituição de Ensino com os Pais e/ou

Responsáveis ...............................................................................................

24

2.7 Formação Continuada dos Profissionais da Educação ................. 25

2.8 Acompanhamento e realização da hora-atividade ......................... 27

2.9 Organização do tempo e espaço pedagógico e critérios de

organização das turmas ..............................................................................

28

2.9.1 O Atendimento às Modalidades .......................................................... 29

2.9.2 Atividades de Ampliação de Jornada Escolar ...................................... 30

2.9.2.1 Modalidade Esportiva Individual – Tênis de Mesa .................... 30

2.9.2.2 Modalidade Esportiva Coletiva – Futsal .................................... 31

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2.9.3 Sala de Apoio à Aprendizagem ........................................................... 31

2.10 Índices de Aproveitamento Escolar (indicadores externos e

internos), abandono/evasão e relação idade/ano ......................................

32

2.11 Relação entre profissionais da educação e discentes ................... 34

III FUNDAMENTOS TEÓRICOS (MARCO CONCEITUAL) .......................... 36

3.1.1 Educação e o Homem ....................................................................... 36

3.1.2 Diversidade dos sujeitos escolares ................................................ 37

3.1.3 Cuidar e Educar ................................................................................ 39

3.1.4 Formação humana integral e Educação em direitos humanos...... 39

3.1.5 Gestão Escolar .................................................................................. 41

3.1.6 Currículo e Conhecimento ................................................................ 42

3.1.7 Tecnologia e educação .................................................................... 47

3.1.8 Educação Ambiental ......................................................................... 48

3.1.9 Violências e o Uso do Álcool e outras Drogas em âmbito escolar. 50

3.1.10 Educação Especial ............................................................................ 51

IV PLANEJAMENTO (MARCO OPERACIONAL) ................................. 52

4.1 Calendário Escolar ........................................................................... 52

4.2 Projetos Desenvolvidos no Colégio ............................................... 53

4.2.1 EXPOANCHIETA ................................................................................ 54

4.2.2 ALUNO DESTAQUE ........................................................................... 55

4.2.3 Projeto de Leitura ................................................................................ 56

4.3 Ações Didático Pedagógicas ........................................................... 58

4.3.1 PROEMI .............................................................................................. 58

4.3.2 CELEM ............................................................................................... 59

4.4 Ações referentes à Flexibilização Curricular ................................. 59

4.5 Proposta Pedagógica Curricular ..................................................... 60

4.5.1 Proposta Pedagógica Curricular do Programa de Atividades de

Ampliação de Jornada ...................................................................................

60

V LEGISLAÇÕES ARTICULADAS AO CURRÍCULO .......................... 61

VI AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL .......................................................... 62

VII ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP ............................... 63

VIII REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................. 63

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I IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

1.1 Localização e dependência administrativa

Instituição de Ensino: ___COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA – EFM__

Código da Instituição:___00021_______________________________________

Endereço:__Rua Joaquina de Vedruna, 284, Bairro Nossa Sª de Lurdes________

Município: __Planalto – Paraná________________________________________

NRE: __Francisco Beltrão_____________________________________________

Código do NRE: __2000______________________________________________

Código do INEP: __41081366_________________________________________

Dependência administrativa: Estadual

Localização: urbana

Oferta de Ensino: Ensino Fundamenta Anos Finais, Ensino Médio, Educação

Especial.

Ato de autorização da instituição:

Resolução nº __1877/81____ de 18/08/1981

Ato de Reconhecimento da instituição:

Resolução nº __1482/88____ de 18/05/1988

Parecer do NRE de aprovação do Regimento Escolar nº: 268 de 2008

Entidade Mantenedora: __Secretaria de Estado da Educação do Paraná______

1.2 Aspectos históricos da instituição

A instituição teve a sua primeira autorização de funcionamento no ano de 1981,

na época sob a denominação de Grupo Escolar de Planalto, destinando-se somente

para 1ª à 4ª série do então Primeiro Grau. Em 1983, passou para Escola Estadual

José de Anchieta – Ensino de 1º Grau e, em 1986 foi autorizada a implantação

gradativa de 5ª a 8ª séries, tendo seu reconhecimento no ano de 1988. Somente dez

anos depois a instituição obteve a autorização para a implantação gradativa do Ensino

Médio.

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O Colégio nem sempre teve este nome. Na época de sua primeira autorização

de funcionamento, aprovada pela Res. 1.877/81 de 18/08/1981, se chamava Grupo

Escolar de Planalto, destinando-se somente para 1ª à 4ª séries. Foi em 1983 que

recebeu o nome de José de Anchieta, inicialmente como escola por ofertar somente

o Ensino Fundamental, só recebendo a denominação de Colégio quando passou a

ofertar, de forma gradativa o Ensino Médio, o que ocorreu em 1998, com a Resolução

1.452/2000.

O prédio utilizado desde a época de sua criação possuía dois blocos separados

em quadras diferentes. Num deles eram ofertadas a Educação Infantil e as Séries

Iniciais do Ensino Fundamental, e noutro as Séries Finais. Quando da municipalização

do ensino, a Educação Infantil e o Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série tornaram-se

escola municipal e permaneceram no bloco que utilizavam desde o princípio, restando

o outro prédio para a então Escola Estadual José de Anchieta – EF. Com a

implantação do Ensino Médio, o espaço tornou-se insuficiente. Gradativamente foi

faltando salas de aula. Com isso o diretor da época, em comum acordo com o prefeito

municipal, decidiu mudar o Colégio Estadual José de Anchieta para o prédio da CNEC

–Campanha Nacional das Escolas da Comunidade, e as turmas do ensino municipal

que usavam esse espaço mudaram-se para o espaço até então ocupado pelo Colégio

Estadual José de Anchieta. De lá para cá muitos problemas ocorreram. Inicialmente

foi todo o processo de regularização do endereço. Depois, a instituição deixou de

receber inúmeras melhorias, reformas, ampliação e outras benfeitorias, a exemplo da

falta de uma quadra coberta para a prática de atividades físicas, sempre com a

justificativa de que não havia documentação que dava posse do espaço para o

município ou estado. Recentemente a Prefeitura Municipal de Planalto conseguiu a

desapropriação dos terrenos e a documentação já está em seu nome. Aguarda-se um

Termo de Cessão de Uso em nome do Estado do Paraná, para que as reformas e

melhorias, finalmente possam acontecer.

Os documentos que atualmente dão amparo legal à instituição são: o

Regimento Escolar, que entrou em vigor pelo Ato Administrativo nº. 318/2008, através

da Deliberação nº16/99 – CEE e o Parecer Conjunto nº. 268/2008 –SEF/EP/NRE; a

Proposta Pedagógica Curricular em vigor que teve sua regulamentação pelo Parecer

nº. 106/2010, de 30/11/2010; e o Projeto Político Pedagógico, aprovado pelo Parecer

nº 025/2008.

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1.3 Caracterização do atendimento na instituição e quantidade de estudantes

A distribuição e ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos e suas

características seguem conforme quadros abaixo:

CURSOS OFERTADOS NÚMERO DE TURMAS

NÚMERO DE MATRÍCULAS

ENSINO FUNDAMENTAL 8 218 ENSINO MÉDIO 6 163

TOTAL 14 381

TURNOS ANO/TURMA NÍVEIS DE ENSINO NÚMERO DE MATRÍCULAS

MANHÃ 6º ENSINO FUNDAMENTAL 27 MANHÃ 7º ENSINO FUNDAMENTAL 25 MANHÃ 8º ENSINO FUNDAMENTAL 35 MANHÃ 9º ENSINO FUNDAMENTAL 22 MANHÃ 1ª ENSINO MÉDIO 60 MANHÃ 2ª ENSINO MÉDIO 40 MANHÃ 3ª ENSINO MÉDIO 33 TARDE 6º ENSINO FUNDAMENTAL 28 TARDE 7º ENSINO FUNDAMENTAL 25 TARDE 8º ENSINO FUNDAMENTAL 32 TARDE 9º ENSINO FUNDAMENTAL 24 NOITE 2ª ENSINO MÉDIO 9 NOITE 3ª ENSINO MÉDIO 22

PROGRAMAS E PROJETOS EDUCACIONAIS EM CONTRATURNO

NÚMERO DE TURMAS

NÚMERO DE MATRÍCULAS NO

ANO SAA – Língua Portuguesa 02 32 SAA – Matemática 02 34 CELEM – Espanhol 01 27 AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO ESPORTIVO

02 47

MODALIDADE EDUCAÇÃO ESPECIAL NÚMERO DE TURMAS

NÚMERO DE MATRÍCULAS

Atendimento Educacional Especializado em Salas de Recursos Multifuncionais para Deficiência Visual

04 04

Atendimento Educacional Especializado em Salas de Recursos Multifuncionais para Deficiência Intelectual, Deficiência Física Neuromotora, Transtornos Globais do Desenvolvimento e Transtornos Funcionais Específicos

08 33

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1.4 Estrutura física, materiais e espaços pedagógicos

O Colégio Estadual José de Anchieta - Ensino Fundamental e Médio,

atualmente está situado no Bairro Nossa Senhora de Lurdes, área urbana do

município de Planalto, Estado do Paraná. O local onde encontram-se suas edificações

dispõe de espaço de terreno amplo e livre, por onde os alunos podem circular

livremente, bem como para receber novas edificações. É um espaço bastante

agradável e o pátio é um dos espaços mais elogiados pelos alunos.

Em seu interior, atualmente o Colégio dispõe dos seguintes ambientes:

secretaria ampla e equipada de acordo com o necessário para o desenvolvimento dos

respectivos trabalhos. Uma sala recentemente reformada para a direção, com espaço

amplo e agradável para receber pais, alunos, professores, funcionários e comunidade

em geral. Uma sala, também recentemente reformada, para a equipe pedagógica

mobiliada e equipada de acordo com as necessidades exigidas pela função. Outro

espaço que recebeu pequenas melhorias de revestimento e pintura foi a cozinha.

Para a melhor organização dos materiais e suplementos, há também um

depósito para a merenda, uma sala onde são guardados os materiais esportivos e

pedagógicos da disciplina de educação física, além da previsão de um espaço para a

instalação de um almoxarifado, que atualmente funciona junto com a secretaria.

Pode-se listar também como espaços disponíveis na escola: 14 salas de aula

que, apesar da carência por reformas, são bastante amplas em sua maioria; uma sala

pra os professores, com um banheiro privativo e dividida em dois espaços, onde são

realizadas as horas-atividades; banheiros masculinos e femininos para os alunos e

funcionários, cada qual contendo duchas; saguão nos dois pisos; uma sala onde

funciona a Sala de Recursos Multifuncional I; uma sala onde funcional a Sala de Apoio

à Aprendizagem; uma sala para Sala de Recursos Multifuncional Tipo II – Deficiência

Visual. Muitos dos espaços do interior da escola passaram por diferentes reformas e

transformações no decorrer dos anos, para que pudessem atender as

necessidades/carências da instituição. A exemplo, onde hoje funciona a cozinha, já

foi um banheiro no passado. Portanto, o prédio já não está da forma como fora

projetado inicialmente.

O Laboratório de Informática está instalado numa das salas de aula e é utilizado

pelos professores como um recurso didático/pedagógico na realização de pesquisas,

visualização de vídeos, modelagens, jogos educativos, atividades interativas,

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traduções, entre outros. Este laboratório tem 32 computadores e destes, 14 estão em

funcionamento, os demais necessitam de reparos.

Há também o espaço da Biblioteca Professora Clair Maria Dahmer Mumbach,

cujo nome foi escolhido como homenagem a uma ex-professora que faleceu

precocemente, e é muito utilizado para aulas de leitura, troca de livros de literatura e

pesquisa, além de alguns professores a utilizarem para a realização da hora-atividade.

Pode-se dizer que o acervo que a biblioteca dispõe é muito amplo e há uma

preocupação constante em ampliá-lo, sempre com base em consulta a professores e

alunos. Está disponível para os alunos um cantinho com tapete e almofadas para

tornar agradável e aconchegante esse espaço, além de ter um mural onde alunos,

professores e funcionários podem trocar informações e sugestões sobre as obras

preferidas. Na biblioteca estão também mapas variados, além de jogos intelectivos

que são disponibilizados aos alunos quando da falta de professores.

No final do ano de 2016 o Colégio foi contemplado pelo programa Escola 1000,

da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, e receberá melhorias na

infraestrutura com o uso desse recurso, o que veio em boa hora, pois a estrutura física

do Colégio Estadual José de Anchieta, de modo geral, necessita de reformas e

ampliações urgentes. O fato de o colégio funcionar num espaço cedido tem dificultado

o repasse de recursos estaduais para efetivar melhorias e ampliações. Há problemas

de infiltrações e goteiras; a pintura interna já está danificada pela ação do tempo e

uso; os quadros das salas de aulas estão em péssimo estado; o padrão de energia

elétrica precisa ser ampliado para atender as necessidades demandadas pelos novos

equipamentos tecnológicos; a fiação elétrica também não segue um padrão, e foi

adaptada no decorrer do tempo para atender essas necessidades; o piso está

danificado pelos longos anos de uso e há uma mistura de madeira e concreto, porque

muitas vezes, de forma emergencial, foi-se tapando os buracos que ofereciam e ainda

oferecem riscos de acidente.

Como agora a documentação dos terrenos onde fica o Colégio já está em nome

da Prefeitura Municipal de Planalto, espera-se ser mais fácil conseguir a edificação

nova de um espaço adequado para a instalação de um laboratório de Física, Química

e Biologia, além da edificação de uma quadra poliesportiva coberta para oportunizar

as práticas das aulas de Educação Física de modo mais producente, que ainda

possibilitará o desenvolvimento de atividades culturais. Até recentemente o colégio

possuía uma quadra poliesportiva (não coberta), mas esta fora demolida e no local

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está sendo edificada uma unidade de Posto de Saúde. Porém, em troca desses

terrenos, a prefeitura está efetivando a cessão de outros terrenos ao Colégio para que

seja executado um projeto de quadra poliesportiva já aprovado pelo governo federal,

por meio de emenda parlamentar do Deputado Assis do Couto, recurso previsto para

ser liberado para o ano de 2017. Este é um anseio de toda comunidade escolar há

muitos anos. A quadra aberta e em péssimas condições de uso sempre fora uma

queixa de todos e, inclusive, o motivo para muitos mudarem de escola.

1.5 Recursos humanos

Atualmente responde pela Direção o Professor Fausto Antonio de Moraes,

formando junto com as Professoras Pedagogas a Equipe Gestora do Colégio Estadual

José de Anchieta - EFM.

A tabela a seguir apresenta a equipe de profissionais que atuam na escola, em

seus diferentes setores:

RECURSOS HUMANOS Função

Qtde

Formação Manhã Tarde Interm

. Noite

Diretor 01 20 20 Ensino Superior/ Especialização

Professor(a) Pedagogo(a) QPM

02 20 20 20 Ensino Superior/ Especialização

Professor(a) Pedagogo(a) PSS

01 20 Ensino Superior/ Especialização

Agente Educacional I QFEB 06 120 60 60 Ens. Médio/Superior/ PROFUNCIONÁRIO

Agente Educacional I PSS 01

60 60 Ens. Médio/Superior

Agente Educacional II QFEB 03 60 60 Ensino Superior/ Especialização

Agente Educacional II PSS 01 20 20 Ensino Superior/ Especialização

Professor/a QPM 24 212 117 04 50 Ensino Superior/ Especialização

Professor/a PSS 19 26 10 04 04 Ensino Superior/ Especialização

1.6 Instâncias Colegiadas

São instâncias colegiadas os órgãos que, dentro do contexto escolar, são

responsáveis por efetivar os princípios de uma gestão democrática. Em nossa

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instituição de ensino contamos com a Associação de Pais, Mestres e Funcionários

(APMF), Conselho Escolar, Conselho de Classe e Grêmio Estudantil, instâncias que

auxiliam para o aprimoramento do processo educativo. Cada instância colegiada tem

seu próprio estatuto, cada qual segundo as suas especificidades.

O Conselho Escolar desse colégio é concebido como local participativo, onde

ocorre debate e tomada de decisões, permitindo que professores, funcionários, pais,

alunos e comunidade explicitem seus interesses, suas reivindicações. O Conselho

Escolar é entendido como o principal espaço de decisão e deliberação das questões

pedagógicas, administrativas, financeiras e políticas da escola. As reuniões desta

instância ocorrem de forma extraordinária, sempre convocadas pela equipe gestora,

dificilmente excedendo o intervalo de sessenta dias.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, caracteriza-se, no

estado do Paraná, como mais um espaço de atuação democrática, no que diz respeito

a participação dos pais e responsáveis pelos alunos, bem como dos docentes e dos

agentes educacionais. A APMF do colégio exerce a função de sustentadora jurídica

das verbas públicas recebidas e aplicadas na escola. É um instrumento para que os

pais possam opinar, reivindicar e compreender a relevância de seu papel na vida da

escola, mobilizando a população para uma educação mais democrática e

compromissada. Porém, há um esforço contínuo para que sua organização e âmbito

de atuação possam ir além da mera função de unidade executora, considerando o

recebimento de recursos públicos e possibilidade de captação de recursos junto à

comunidade, quer de forma voluntária, quer por meio de parcerias. As reuniões

ocorrem de forma extraordinária sempre que necessário, geralmente partindo de

convocação por parte da equipe gestora e nunca ultrapassando um período de

sessenta dias.

O Grêmio Estudantil, historicamente, é uma instituição que tem sua origem,

(século XVIII) na mobilização estudantil, tendo em vista conjunturas políticas que vão

além da escola, diferentemente do Conselho Escolar e da APMF, os quais, de certa

forma foram organismos instituídos pelo Estado. O Grêmio Estudantil tem sua origem

da contradição da verdade, na conquista de seus ideais, portanto, tende a ser um

grupo a somar no crescimento das instituições escolares. É o órgão que incentiva a

participação política dos alunos do Ensino Fundamental e Médio. Participação esta,

que se inicia ainda no processo eleitoral. No intuito de organizar um processo

democrático e transparente, procura-se seguir um certo protocolo no momento das

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eleições, desde a composição da Comissão Eleitoral, passando pela publicação de

editais no decorrer do processo, culminando com o dia da votação. As reuniões

ocorrem extraordinariamente, segundo as necessidades do grupo e/ou quando há

convocação por parte da equipe gestora. Um ponto negativo é que na maioria das

vezes não há alguém da escola que possa acompanha-los e orientá-lo, assim como

manter em dia o processo eleitoral.

O Conselho de Classe é um espaço de encontro para reflexões relativas ao

desempenho dos educandos, composto por professores, alunos e equipe pedagógica.

Sua função é analisar questões didático-pedagógicas, aproveitando seu potencial de

gerador de ideias para melhorar o espaço educativo. As reuniões deste grupo ocorrem

ordinariamente uma vez por trimestre conforme previsão no Calendário Escolar. E,

tendo caráter pedagógico, contribuem para o estabelecimento de ações que visem

melhorar o desempenho escolar dos alunos. É precedido do Pré-conselho que é

realizado pelo professor regente de cada turma com os alunos, e o Pós-conselho que

acontece depois, em forma de devolutiva para as turmas.

1.7 Perfil da comunidade escolar

O Colégio Estadual José de Anchieta – EFM, está situado numa região do

Estado do Paraná em que predomina a pequena propriedade rural como ponto forte

da economia. Nestas pequenas propriedades a produção é diversa, como: produção

leiteira, avicultura, plantação de soja, milho, trigo, entre outros, e é esta variedade

produtiva que compõe a agricultura familiar, responsável pela renda de cerca de 40%

das famílias de nossos alunos. Os outros 60% das famílias vivem na área urbana. Na

cidade, o que movimenta a economia é o comércio, que depende significativamente

dos pequenos agricultores e de sua produção. Os alunos que vivem na cidade são,

em sua maioria filhos de trabalhadores assalariados que atuam nas mais diversas

áreas, como construção civil, indústria têxtil, comércio, setor público, frigorífico, entre

outros, além de que muitos são trabalhadores informais e autônomos. Ainda, cerca de

26% das famílias recebem algum tipo de benefício. Quanto à constituição familiar dos

alunos, 59% dela é constituída por pai, mãe, filhos; 23% dos alunos vivem apenas

com a mãe; cerca de 5% vive apenas com o pai e 13% com os avós, tios, irmãos, mãe

social. A média de pessoas que residem na casa é de 3 a 4 pessoas.

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Após análise dos resultados de um questionário aplicado aos pais, considera-

se importante registrar que cerca de 77% das famílias assinalam que residem em casa

própria. Porém, a renda familiar da maioria, ou seja, aproximadamente 86%, recebe

menos que três salários mínimos, sendo que destes, 42% recebem apenas o mínimo.

Ao serem indagados, 13,14% dos alunos do ensino fundamental e 44,26% dos alunos

do ensino médio afirmam que realizam algum trabalho fora de casa para contribuir

com a renda familiar. Quanto a locomoção/deslocamento, cerca de 70% das famílias

tem ao menos um automóvel ou moto, e ainda, cerca de 98% tem ao menos um

aparelho celular em casa, sendo que cerca de 70% já tem um aparelho por pessoa na

casa.

Esses dados indicam que, apesar de a renda não ser muito elevada, a maioria

das famílias tem uma estrutura mínima de moradia, locomoção e acesso a informação.

Além disso, os dados nutricionais apontam não haver carências alimentares na

maioria dos alunos, sendo que as famílias mais carentes são atendidas pela

assistência social. Vale ressaltar que os alunos tiveram uma participação de 70% no

preenchimento dos questionários destinados a eles. Já para os pais os questionários

foram entregues no dia da entrega de boletins e destes, somente cerca de 25% da

totalidade das famílias devolveu os questionários respondidos. Portanto, os dados das

famílias são estimados com base nesse percentual. Vale ressaltar que muitos boletins

permaneceram sem ser entregues e, muitos desses são de alunos que apresentam

médias avaliativas mais baixas e dificuldade de aprendizagem.

Se pensarmos que a comunidade possui 5,8% dos pais analfabetos, 43,84%

de pais com Ensino Fundamental, 26,92% com Ensino Médio e 9,23% com Ensino

Superior, pode-se entender que o nível educacional é inferior à média. Os filhos, no

entanto, têm expectativa de superar a escolaridade dos pais. Cerca de 50% pretende

cursar o ensino superior e 25% tem expectativa de concluir o ensino médio. Há,

porém, uma minoria que não espera ir além do ensino fundamental. Além disso, a

pesquisa aponta que 15% dos pais ou responsáveis não pratica nenhum tipo de

leitura, alguns afirmam não sentir necessidade de ler. Por outro lado, 64,4% afirmam

gostar e citam como preferência a leitura de livros de literatura. Esse resultado se

assemelha na pesquisa com os alunos, em que 65,95% afirmam gostar de ler; 20,56%

dizem ler por necessidade e 13,47% porque o professor exige. Professores e

funcionários também manifestam seu interesse pela leitura, com preferência especial

por livros e sites na internet.

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Nesse contexto cultural das famílias, alunos e pais/responsáveis indicam que

há a conversa e incentivo para o estudo em casa, ao contrário dos professores, que

se queixam de que uma de suas maiores dificuldades é motivar os alunos para o

estudo. Segundo estes, há inclusive uma resistência dos educandos em realizar e

entregar as atividades avaliativas. Já a presença de pais na escola acontece, na

maioria das vezes quando da entrega de boletins ou quando são convocados. Ainda

assim, é muito difícil atingir a totalidade e, geralmente, os que realmente precisam

comparecer são os que não vêm. Algumas vezes é preciso contar com o auxílio do

Conselho Tutelar para trazer os pais para a escola.

Apesar dessas dificuldades apontadas, está muito presente o sentimento de

pertencimento por parte de todos que compõem a comunidade escolar que com

frequência, em fala coletiva, fazem referência à “Família Anchieta”. O espírito de luta

e defesa do colégio é muito forte, seja nas competições esportivas, seja na briga

constante por melhores condições para o espaço físico, ou seja, no esforço pelo

reconhecimento de sua qualidade no ensino.

II DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

2.1 Gestão Escolar

A gestão do Colégio Estadual José de Anchieta é considerada democrática,

pois, conforme o resultado apresentado no questionário aplicado aos alunos, pais,

professores e demais funcionários, a maioria aponta que é convidado a participar das

decisões que envolvem os aspectos pedagógicos, financeiros e humanos da

instituição.

Os profissionais de educação sentem-se valorizados, sendo constantemente

incentivados a participar de cursos ofertados nas suas disciplinas/áreas de atuação e

sobre os temas da diversidade, jornadas, seminários e semana pedagógica, entre

outros. Avaliam que o sistema de comunicação tem melhorado com o uso de recursos

tecnológicos. Entretanto, alguns ainda não têm acesso às informações pelas vias

tecnológicas por não fazerem o uso constante de e-mails ou por não terem o recurso

do whatsapp, e apontam que ainda há falhas nos comunicados verbais.

Um ponto bastante positivo é a percepção de que há empenho na manutenção

da integração entre a equipe pedagógica, professores, funcionários e alunos, visando

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garantir um bom relacionamento entre as partes, e criando um ambiente colaborativo

e participativo. A respeito da organização do trabalho pedagógico, as dificuldades

encontradas são relativas a carga horária. A maiorias dos profissionais tem menos de

20 horas/aulas semanais nesta escola, o que compromete o envolvimento integral

com a instituição. A maioria divide seu tempo em mais de duas escolas e não

desenvolve o sentimento de pertencimento a nenhuma delas e, num processo de

gestão democrática, esse sentimento é essencial.

Quanto a interação com a comunidade escolar, há um esforço na busca de um

objetivo comum que é pautado na participação da elaboração coletiva do Plano de

Ação da escola, no planejamento curricular das disciplinas, na elaboração do

regimento interno, no conselho de classe, nas discussões em reuniões pedagógicas

e administrativas. Mesmo que nem sempre as ações definidas pelo grupo consigam

ser realizadas de forma efetiva e conforme o planejado, ou que nem sempre alcançam

os resultados esperados, ainda assim, há o empenho em discutir e planejar

coletivamente. Na tomada de decisões, no que ser refere ao ambiente escolar, a

maioria sente-se à vontade em opinar devido à disponibilidade e aceitação por parte

dos gestores. Nesse aspecto, a participação das instâncias colegiadas é fundamental,

pois a maioria de seus representantes têm participado assiduamente das reuniões e,

consequentemente, das decisões que são tomadas coletivamente, cumprindo seu

papel de decidir em conjunto com a equipe gestora e assim, representar seus pares

na gestão da escola. Nas reuniões com cada uma das instâncias, Grêmio Estudantil,

APMF, Conselho Escolar e Conselho de Classe, sempre se abre espaço para

apresentação de sugestões diante dos problemas/necessidades, e se coloca em

votação as ações definidas, respeitando a opinião da maioria.

Um dos aspectos mais importantes na gestão da escola é o olhar que se tem

sobre os equipamentos físicos e pedagógicos utilizados no processo educativo, afinal,

da sua conservação e disponibilidade é que resultarão metodologias de ensino mais

diversificadas e eficazes. Esse olhar se inicia com a preocupação em garantir que

todos os alunos tenham os livros didáticos em bom estado de conservação, uma vez

que neles estão reunidos os conhecimentos que competem à Educação Básica de

forma sistematizada e, assim, são o primeiro recurso pedagógico de que o professor

dispõe. Para sejam garantidos os três anos de uso, é muito importante que se

mantenha os livros didáticos encapados e que haja um bom controle na sua

distribuição. Em nosso Colégio, todos os alunos são incentivados a encapar e nominar

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15

seus livros, e mesmo assim, ainda ocorrem perdas e danos pois nem todos os alunos

tem essa preocupação de cuidar. Para os sextos anos, a pedido dos pais, há dois

anos é disponibilizado um armário com chave na sala para que os alunos possam

guardar seus livros, evitando carregar um peso enorme nas mochilas. Só levam para

casa quando têm alguma atividade ou quando for a vontade do aluno. De um modo

geral, se consegue atender a maioria dos alunos, mesmo que se tenha que buscar

sobras noutras escolas.

Outra preocupação do gestor, no que diz respeito aos equipamentos físicos e

pedagógicos, está na organização e higiene dos espaços físicos. Nesse aspecto,

pode-se dizer que em nosso colégio ainda há muito que se fazer. Alguns espaços já

ganharam reforma e ocorreu o descarte de materiais já inúteis, como é o caso da sala

da equipe pedagógica, mas ainda há outros em que esse trabalho será necessário.

Na sala dos professores, por exemplo, é urgente uma faxina geral para que

sejam selecionados os materiais realmente úteis e para que se dê maior

funcionalidade ao local e aparência mais aconchegante. Nesta sala, acumulam-se

trabalhos de alunos, inclusive de anos anteriores, além de materiais pedagógicos de

algumas disciplinas, como é o caso de Arte e Educação Física. Para estes, no entanto,

ainda não há outro local para guardar. O fator positivo é que uma reforma para melhor

aproveitamento desse espaço para os professores já está planejada e, brevemente

será executada. Assim como, a equipe gestora também prevê para este ano, com

recursos do PROEMI, a reestruturação do espaço do Laboratório de Ciências da

Natureza. O atual está acomodado numa sala muito pequena e quase não é utilizado

pela dificuldade de acomodação. Os materiais e equipamentos não estão mais

organizados como deveriam, porque já ocorreram diversas mudanças de local no

decorrer dos anos. A revitalização fará com que seja mais atrativo e possa acomodar

melhor os alunos. Para isso, será destinada uma outra sala que neste ano ficou ociosa

e, com o auxílio de estagiários, professores e técnicos da UFFS – campus de Realeza,

será reorganizado, recuperando materiais, selecionando o que pode ser reaproveitado

e adquirindo mais materiais de consumo e equipamentos para garantir o uso mais

frequente e qualitativo deste espaço.

O Colégio também dispõe de outros espaços de aprendizagem e que a equipe

gestora se esforça para mantê-los em pleno funcionamento e em boas condições de

uso, como é o caso da biblioteca, que possui um acervo considerável e é bastante

aconchegante. E, o laboratório de informática que é o espaço mais “cobiçado” pelos

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alunos e é um forte aliado dos professores para a realização de pesquisas,

desenvolvimento de diferentes habilidades por meio dos jogos ou softwares

educativos. Há, porém, a dificuldade na sua manutenção porque o Colégio não dispõe

de um funcionário laboratorista que possa acompanhar o dia a dia de seu uso e a

maioria dos professores também não consegue resolver os problemas técnicos que

podem surgir por causa do o uso contínuo por diversas pessoas. Uma forma que o

gestor encontrou para melhorar o acesso às possibilidades de pesquisa pela internet,

foi disponibilizando aos alunos um sinal por rede wireless, assim, com a indicação do

professor, podem acessar as mídias com seus celulares em sala de aula. Esse sinal

ainda precisa ser ampliado, mas já tem trazido bons resultados. Complementarmente,

em sala de aula o professor também tem a possibilidade de utilizar notebook e

Datashow, e pode-se dizer que desses equipamentos, até o momento é possível

atender a demanda.

Uma série de outros recursos tem sido muito úteis, independentemente dos

ambientes e laboratórios específicos, disponíveis para serem usados durante as aulas

em sala comum, enriquecendo-as. Falamos de equipamentos como a televisão (TV

Pendrive), o videocassete, aparelho de DVD, filmadora, aparelhos de som e máquinas

fotográficas. Sem esquecer de mapas, globos, jornais, revistas, livros, dicionários,

cartazes. E ainda, os tablet’s distribuídos aos professores; computadores; a lousa

digital (pouco utilizada); jogos matemáticos e de língua portuguesa para a Sala de

Apoio à Aprendizagem; lupa eletrônica e uma tela touch scream para alunos inclusos;

além de muitos jogos pedagógicos.

Em se tratando de organização e melhor aproveitamento dos espaços, a escola

carece também de um depósito para equipamentos sem conserto e que não podem

ser descartados por pertencerem ao patrimônio da instituição. Muitas carteiras e

cadeiras estragadas estão depositadas na área exterior do prédio.

Quanto ao atendimento/acolhimento por parte da equipe gestora, o coletivo, em

sua maioria, afirma que há uma grande empatia e empenho em tentar ajudar a

solucionar os problemas apresentados pela comunidade escolar. Neste sentido,

aponta como necessário que se tenha conhecimento e consciência de qual é o

verdadeiro papel daquele que está à frente da escola, e afirmam que é preciso que se

vista a camisa, arregace as mangas e trabalhe muito, para que, ao final da gestão,

possa colher bons frutos e ótimos resultados. É uma tarefa árdua, porém possível de

realizar, se baseada no comprometimento e engajamento de toda a comunidade

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escolar num objetivo comum, de construir o conhecimento de forma coletiva e formar

cidadãos conscientes e responsáveis.

2.2 Ensino-Aprendizagem

O grupo entende o ensino-aprendizagem como um processo contínuo que

acontece por meio da mediação do professor e se efetiva quando o sujeito/aluno se

apropria de conhecimentos que lhe possibilitem a compreensão do meio em que vive,

do mundo real. A partir disso, o grupo defende que a apropriação do conhecimento

historicamente produzido pela humanidade, se dá no momento que o professor

consegue fazer uma ponte entre o conteúdo/objeto do conhecimento e o aluno, numa

concepção dialética de transformação.

Como esse processo depende de um planejamento, elenca-se alguns

mecanismos fundamentais no intuito de garantir o sucesso no processo ensino-

aprendizagem, que serão discutidos a seguir:

2.2.1 Plano de Trabalho Docente

Considerado como ponto de partida do professor, o PTD em nosso colégio é

estruturado com o Cabeçalho, Conteúdo Estruturante, Básicos e Específicos,

Justificativa/Objetivos, Encaminhamentos Metodológicos, Avaliação e Referências

Bibliográficas. Neste ano todos os professores receberam um modelo de Plano de

Trabalho Docente com o objetivo de estabelecer um documento padrão.

Anteriormente todos recebiam uma apostila com orientações sobre sua elaboração.

Cada professor organiza seu Plano de Trabalho Docente, agrupando os

conteúdos afins para cada trimestre, e procura organizar de uma forma que fique mais

fácil para o aluno aprender. Neste ano, os professores da rede estadual do município

reuniram-se na formação de início de ano para reorganizar coletivamente os PTDs,

objetivando maior unidade entre todas as escolas. Todo material produzido foi

mandado para que os técnicos do N.R.E avaliassem e dessem seu parecer. Isso

ocorreu em dois momentos no ano, no intuito de rever e replanejar o trabalho docente.

Como ponto negativo, os professores do colégio apontam que nos momentos

do planejamento anual há uma certa dificuldade em conseguir a participação de todos,

pois muitos atuam em mais de uma disciplina. E, em consequência disso, muitas

vezes o conteúdo numa mesma instituição é trabalhado em momentos diferentes.

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2.2.2 Avaliação

Por decisão da comunidade escolar, desde 2011 o ano letivo é dividido em

trimestres e, o sistema avaliativo se caracteriza como diagnóstico, formativo,

somatório e contínuo, realizado durante todo o processo de ensino-aprendizagem. No

entanto, para fins de registros numéricos, cada instrumento de avaliação tem peso

10,0. Os conteúdos avaliados nos instrumentos ofertados, são revisados e

recuperados por meio de um instrumento diferente de recuperação, que é ofertado na

sequência, prevalecendo a nota maior. Durante o trimestre, é garantido ao aluno um

mínimo de dois instrumentos de recuperação. Ao final do trimestre, é calculada a

média aritmética alcançada pelo aluno no respectivo período.

A avaliação é realizada em função da justificativa/objetivos propostos, através

da apresentação das atividades solicitadas e pela participação dos alunos nas

propostas de trabalho. Ao aluno cabe cumprir os prazos estabelecidos em aula,

conforme combinado com cada professor, além de corresponder quantitativa e

qualitativamente nos resultados apresentados em cada instrumento avaliativo

realizado nas diferentes disciplinas curriculares.

Para os alunos com necessidades especiais, os instrumentos de avaliação são

adaptados conforme as necessidades particulares de cada um. Com auxílio da equipe

pedagógica e professores da Educação Especial, é realizado o planejamento de

atividades e avaliações que contemplem as potencialidades, dificuldades e as

individualidades dos alunos inclusos matriculados na Sala de Recursos Multifuncional

do tipo I e Sala de Recursos Multifuncional tipo II, sendo realizadas adaptações

curriculares específicas.

Todos os alunos têm garantida a oportunidade de recuperação dos conteúdos,

através de novas situações/estratégias de ensino-aprendizagem propostas pelo

professor. Assim, após a aplicação de cada instrumento e depois de garantidas as

diferentes estratégias de recuperação dos respectivos conteúdos, aos alunos é

ofertado um novo instrumento de avaliação, cujo peso é equivalente a esta mesma

pontuação.

Neste modelo, o aluno deve atingir a soma anual de dezoito (18,0) pontos, e

média aritmética mínima de seis (6,0) pontos, para ser aprovado para o ano/série

seguinte.

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2.2.3 Conselho de Classe

Com a finalidade de acompanhar todo o processo educativo, o Conselho de

Classe é entendido como fundamental pela comunidade escolar, pois é o momento

em que se reúnem todos os envolvidos com o processo ensino-aprendizagem com

poder de deliberação. Desta forma, em nosso colégio ele é organizado em três

etapas: Pré-conselho: realizado com a turma na presença do professor representante

e sob orientação da equipe pedagógica, onde os alunos colocam as necessidades e

dificuldades encontradas no decorrer do trimestre. Conselho de Classe: formado

pelos professores da turma, direção, equipe pedagógica e alunos representantes, é o

momento em que o professor representante leva aos demais as propostas e

considerações da turma e procura-se de forma coletiva sanar as dificuldades

apresentadas e dar os devidos encaminhamentos. Pós-conselho: é o momento da

devolutiva para a turma. A equipe pedagógica leva aos alunos o que foi acordado no

conselho de classe, se a turma precisa melhorar ou não, traçar metas para o próximo

trimestre, sempre em busca de um melhor aprendizado. É acordado com os alunos

representantes, que somente no dia do Pós-conselho poderão comentar com os

colegas os assuntos discutidos no Conselho de Classe.

Numa avaliação com o coletivo da escola, chegou-se à conclusão que o

conselho de classe nem sempre alcança os resultados positivos esperados. Entende-

se que é um momento de desabafo, mas que por vezes se estende muito com relatos

extensos de fatos que ocorreram em sala, deixando de se refletir sobre os fatores que

impedem/dificultam a aprendizagem, bem como de se estabelecer de forma mais

prática e efetiva, os encaminhamentos necessários para garanti-la ao aluno. Além

disso, corre-se o risco de não ser imparcial e tomar medidas diferentes, para diferentes

alunos. Para evitar esse tipo de situação, decidiu-se no último conselho reunir todos

os participantes antecipadamente e estabelecer previamente alguns

encaminhamentos. Na opinião da maioria, já se percebeu alguns resultados positivos.

2.2.4 Registros da Prática Pedagógica

Todo o processo educativo do Colégio está organizado de forma que fique

registrado, a começar pelas fichas individuais dos alunos onde são anotados os

atrasos, saídas antecipadas, contatos com a família dos alunos, além dos

comparecimentos familiares e orientações mais simples que não demandam registro

de ocorrência. Além destas fichas, há também o Livro de Registro de Ocorrências,

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20

onde são escritas as atas de queixas e orientações pedagógicas para os casos mais

sérios, que exigem um registro mais formal. Como no caso de brigas, prática de

bullying, desacato e atos indisciplinares.

As atas dos Conselhos de Classe também são registros da prática pedagógica

porque nelas são pontuadas todas as situações que interferem na aprendizagem dos

alunos. Além dessas situações pontuadas, nestas atas ficam registradas as decisões,

encaminhamentos que serão dados para que esses problemas apontados sejam

resolvidos ou ao menos diminuídos.

Os registros das atividades pedagógicas em sala de aula, a partir deste ano,

são feitos no Registro de Classe OnLine – RCO, onde se relata a frequência dos

alunos, conteúdos trabalhados, avaliações, atividades pedagógicas e formativas.

Além disso, aos professores cabe registrar as situações diversas que ocorrem no dia

a dia em sala de aula, para que informações e atitudes importantes não sejam

esquecidas no decorrer do processo ensino-aprendizagem. Esta prática tem sido

muito interessante, pois a cada visita de um pai ou responsável na escola, é possível

emitir um relatório do aluno e a família pode acompanhar melhor seu desempenho

pedagógico. A equipe pedagógica forneceu aos professores uma apostila/tutorial com

orientações gerais para os professores quanto ao preenchimento do Registro de

Classe OnLine, tendo como base a INSTRUÇÃO Nº 005/2014 - SEED/SUED. Além

disso, a cada nova situação ou atividade diferente, a equipe pedagógica também faz

as devidas orientações de como proceder o registro. Durante o trimestre a equipe

pedagógica faz o acompanhamento dos registros e, ao final, emite seu parecer,

podendo ser favorável ou não, cabendo ao professor retomar e fazer as correções

necessárias. Essa é uma atividade bastante demorada e nem sempre consegue ser

eficaz, porque a demanda de trabalho é bastante intensa e esse acompanhamento

não ocorre com a frequência que deveria.

Não podem ser esquecidos e devem ser considerados como registros

pedagógicos as fotografias dos trabalhos pedagógicos desenvolvidos no Colégio e,

para este ano há a previsão da publicação de um livro/álbum para a divulgação de

trabalhos dos alunos selecionados pelos professores no decorrer do período letivo. Já

foi desenvolvido no ano anterior e o resultado foi muito bom, mas para este ano

pretende-se um trabalho mais abrangente e com um número de exemplares mais

significativo.

Page 21: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

21

2.3 Atendimento Educacional Especializado ao público-alvo da Educação

Especial

Neste estabelecimento funcionam duas modalidades de Atendimento

Educacional Especializado em Salas de Recursos Multifuncionais para Deficiência

Intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e

transtornos funcionais específicos, bem como, Atendimento Educacional

Especializado em Salas de Recursos Multifuncionais para Deficiência Visual.

Atendimento Educacional Especializado em Salas de Recursos Multifuncionais

para Deficiência Intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do

desenvolvimento e transtornos funcionais específicos funciona de acordo com a

Instrução nº 07/2017 – SEED/SUED, em 40 horas semanais. Este atendimento

compreende 20 horas no período da manhã e 20 horas no período da tarde, com

professor especializado e sala específica. O Atendimento é no turno contrário ao que

o aluno está matriculado, através de cronograma com 20 alunos em cada período

(manhã e tarde), divididos em 4 turmas (A,B,C,D), atendendo os alunos de 2 à 4 vezes

na semana, não ultrapassando 2 horas/aulas por dia. Este atendimento possui

natureza pedagógica que complementa a escolarização no ensino comum. O trabalho

é desenvolvido através de atividades lúdicas, jogos de estimulação, uso de

tecnologias, atividades práticas, leitura, raciocínio, adaptação de conteúdos afim de

suprir o déficit de aprendizagem.

Atendimento Educacional Especializado em Salas de Recursos Multifuncionais

para Deficiência Visual (antigo CAEDV - Centro de Atendimento Especializado em

Deficiência Visual), funciona de acordo com a instrução Nº 06/2016, com professor

especializado com 20 horas no período da manhã e está preparada para atender

alunos cegos e com baixa visão que, preferencialmente, estejam matriculados na rede

de ensino comum, em turno contrário ao atendimento. A matrícula do aluno é efetivada

após a procura da família que precisa apresentar o laudo oftalmológico.

No momento estão matriculados quatro alunos com baixa visão, que são

divididos nos cronogramas de atendimento e recebem atendimento duas vezes por

semana. Estes alunos, divididos nas turmas A, B,C,D, onde a intervenção pedagógica

é realizada de acordo com a especificidade de cada estudante. Este serviço de

natureza pedagógica, possibilita o trabalho de estimulação visual, para alunos de

baixa visão, buscando preservar e melhorar o aspecto visual que o aluno possui. Em

Page 22: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

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busca de melhores resultados trabalha-se com jogos pedagógicos, com atividades de

estimulação: com luzes, memória visual, focalização, fixação, acomodação visual,

entre outras. Bem como, trabalha-se através de um currículo básico, o sorobã,

atividade de vida autônoma, estimulação tátil, Braille e informática. Também, pode-se

trabalhar orientação e mobilidade, estimulação essencial.

A grande dificuldade que se sente na escola é a falta de convencimento e

comprometimento dos alunos quanto a necessidade de frequentar e aproveitar ao

máximo os atendimentos ofertados. Falta comprometimento dos pais e/ou

responsáveis em acompanhar e estimular seus filhos para melhorar seu desempenho

escolar. Para diminuir o problema da evasão nestes programas, os professores das

respectivas salas procuram utilizar metodologias diversificadas e interessantes para

atrair o interesse dos alunos. Procura-se manter um contato frequente com a família

e mostrar o quanto o atendimento pode auxiliar no processo ensino aprendizagem.

Além disso, o fato de os professores do ensino regular estenderem o tempo de

realização das atividades da sala regular para a Sala de Recursos, também tem

contribuído para a permanência dos alunos.

2.4 Articulação entre as etapas de ensino

A articulação entre as etapas de ensino no Colégio Estadual José de Anchieta

se restringe mais à recepção dos alunos. Não há um contato anterior quando ainda

estão no final da etapa anterior. Porém, algumas vezes a escola organiza uma

recepção especial para todos os alunos no centro cultural, com atividades culturais

para comemorar o início do ano letivo. Apesar do resultado positivo, os dois últimos

anos iniciaram de forma tumultuada por desacordos entre governo e profissionais da

educação, em função disso essa atividade não pôde ser realizada.

Quando chegam à escola, os alunos dos 6º anos do ensino fundamental são

recebidos de maneira diferenciada dos demais. Inicia-se o ano letivo com muito

diálogo, apresentação dos alunos aos professores, são realizadas dinâmicas de

socialização e apresentadas as normas do colégio. Nas aulas seguintes são levados

para conhecer o colégio e todos seus espaços, como o laboratório de informática, a

biblioteca, a cozinha, sala de recursos, secretaria, salas da direção e equipe

pedagógica, bem como o ambiente externo do colégio. Há também uma preocupação

com as saídas para o recreio e final da aula, e toma-se o cuidado de deixá-los sair

Page 23: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

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alguns minutos antes para evitar que sejam empurrados pelos maiores nos

corredores. Os professores relatam que os trabalhos desenvolvidos em sala também

são diferenciados com temas, imagens, textos com desenhos, figuras e com muita

ajuda individual. Neste ano, por solicitação dos pais, foi colocado na sala dos 6º anos

um armário para deixarem os livros didáticos, evitando o peso excessivo nas mochilas.

Levam para casa somente quando tem atividades para concluir. Até o momento o

resultado é bem positivo.

Já a articulação entre os 9º anos do ensino fundamental e as 1ª séries do ensino

médio se reconhece as fragilidades. Há algumas falhas na recepção dos alunos, e

nem sempre um atendimento diferenciado acontece. Há apenas uma conversa inicial

da equipe gestora com os alunos, principalmente em função dos que vem de outras

escolas do município, mas essa conversa se resume a apresentar os funcionários do

Colégio, as principais regras e espaços de aprendizagem disponíveis. Os professores

também são orientados a fazer uma breve revisão dos conteúdos básicos das

disciplinas. O coletivo da escola admite que precisa repensar e planejar algumas

ações para promover essa articulação entre o ensino fundamental e o ensino médio,

de forma a torna-la menos impactante para os alunos.

2.5 Articulação entre diretores, pedagogos, professores, e demais

profissionais da educação

A Equipe Pedagógica na escola funciona como intermediária na relação aluno

X professor, aluno X direção, chegando até os pais ou responsáveis quando

necessário. Procura também auxiliar os professores e direção na parte burocrática de

registros e elaboração de documentos, bem como na orientação para as práticas

pedagógicas. Dentre os demais profissionais da educação, todos buscam

desempenhar seu trabalho da melhor forma possível. Enquanto os professores nas

práticas diárias vêm sempre buscando melhorias e respeitando a especificidade de

cada aluno, os Agentes I e II também procuram fazer o melhor possível de sua função

para que o trabalho pedagógico possa acontecer na escola. Alguns Agentes chegam

a ouvir e orientar alunos, dos quais ganharam a confiança e simpatia por estarem

dispostos a ajuda-los. A direção procura tomar decisões coletivamente, respeitando a

opinião de cada um, mas por outro lado, são poucos os momentos em que percebe a

interação entre toda a equipe da escola. Na maioria das vezes o trabalho se distancia.

Page 24: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

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Entre os professores há a carência de um tempo maior de contato entre si, pois

muitas vezes se utiliza a hora do recreio para falar de alunos ou no horário

intermediário, que, além de não ser o momento adequado, acaba por não atender as

expectativas. O grupo avalia que a equipe pedagógica está sobrecarregada de

funções e não consegue corresponder a toda demanda. Aponta que no dia a dia são

muitos os casos de indisciplina que são levados para orientação e registro, além de

muito trabalho burocrático. Como ponto positivo, o grupo destaca uma Reunião

Pedagógica cujo tema foi indisciplina. Foi organizada de forma que os professores

pudessem se agrupar de acordo com as turmas que trabalham e o resultado foi bem

produtivo, foram definidas ações e encaminhamentos necessários para solucionar os

problemas levantados. Destacou-se a dinâmica de trabalho coletivo desta atividade,

mas como um momento bastante restrito e que precisaria ser repetido outras vezes,

pois a participação dos professores, funcionários, equipe pedagógica, direção, pais e

comunidade, tornam a gestão mais transparente e dinâmica. Cada um, em seu

trabalho e nas suas relações, tem uma forma diferente e especial de perceber a sua

realidade, podendo sugerir e opinar na construção de uma escola mais participativa.

A divisão de funções e responsabilidade é definida em diversas reuniões

coordenadas pela direção e realizadas por setor, conforme as ações exigem. Porém,

fica evidente em todo o grupo da escola que há o anseio dos profissionais por um

entrosamento ainda maior dentro dos vários setores. Anseio por valorização da

coletividade e condições para que todos possam participar das atividades

desenvolvidas na escola. Neste sentido, a escola precisaria de mais profissionais e

mais tempo; do auxílio de um psicólogo ou psicopedagogo para tratar especificamente

dos problemas com o aluno; a previsão de mais tempo para as discussões e

planejamento no Calendário Escolar e dentro do período letivo, possibilitando reuniões

mais produtivas com levantamento de problemas e definição de ações efetivas.

2.6 Articulação da Instituição de Ensino com os Pais e/ou Responsáveis

No Colégio Estadual José de Anchieta, a articulação da instituição com a família

ocorre ainda no momento da matrícula, quando há o primeiro contato dos pais com a

escola. Entretanto, é na assembleia de pais e/ou responsáveis que ocorrem os

informes principais, como é o caso da explicação sobre o sistema de avaliação. Nesta

reunião também são colocadas em votação algumas normas de conduta, como o uso

Page 25: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

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do uniforme, a proibição do uso do celular em sala de aula, entre outras. E, os pais

são informados da forma de comunicação com as famílias por meio de bilhetes

(comunicado, convocação, entre outros), além do uso do telefone quando necessário.

Há um entendimento na instituição de que todo problema de indisciplina ou de

dificuldade de aprendizagem deverá ser levado ao conhecimento dos pais ou

responsáveis. Quando esses não comparecem, as convocações são encaminhadas

através do Conselho Tutelar. A prática é interessante, mas nem sempre se consegue

a efetividade e algumas convocações não atendidas acabam esquecidas em função

das inúmeras atividades que vão surgindo no dia a dia. Esse é um ponto que precisa

ser repensado e reorganizado.

Quanto à entrega de boletins, os pais fazem questão de vir retirar e conversar

pessoalmente com os professores. Em alguns casos especiais e conforme decisões

do Conselho de Classe, chama-se para reuniões específicas com particularidades de

determinadas turmas. Já houve momentos em que os boletins foram entregues

diretamente aos alunos que estavam com as notas acima da média e com bom

comportamento. Enfim, a escola busca formas diversas, em diferentes momentos e

situações, para proceder a entrega de boletins.

Após discussão, o grupo aponta que é preciso aproximar mais os pais ao

ambiente escolar, porém, esta é a grande dificuldade encontrada, trazer os mesmos

até a escola sem a necessidade de convocação, ou seja, comparecendo ao espaço

escolar por conta própria durante todo o ano. Essa ação, em especial, faz o nível de

rendimento dos alunos aumentar. Uma boa estratégia e argumento para a

conscientização dos pais citada pelo grupo é realização de atividades que envolvem

brincadeiras, palestras, sorteio de brindes, coquetéis, entre outras. Porém, apesar de

funcionar, não é o ideal, porque o maior interesse nos pais virem para a escola deveria

ser o sucesso e aprendizagem do aluno, pois a escola não pode abrir mão do

comprometimento e do compromisso da família com a educação, como vem

ocorrendo no cenário atual.

2.7 Formação Continuada dos Profissionais da Educação

Na instituição as formações principais são aquelas organizadas pela SEED, e

estão previstas em Calendário Escolar. Além destas, a direção e a equipe pedagógica

contam com a participação de todos os educadores em reuniões administrativas e

Page 26: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

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pedagógicas, nas quais são realizados estudos, troca de experiências e encontros por

disciplinas para elaboração dos Planos de Trabalho Docente, além de discussões

acerca da Proposta Pedagógica Curricular.

Houve também no colégio a adesão ao programa Pacto Nacional Pelo

Fortalecimento do Ensino Médio, que na ocasião contou com apenas seis

participantes. Mesmo com um número reduzido, a formação foi muito válida. Na

ocasião, pelo contato mantido com professores da UNIOESTE nas formações do

Pacto, a escola realizou uma formação com alguns desses professores utilizando

recursos do PROEMI (Programa Ensino Médio Inovador). Para este ano uma nova

formação neste formato está prevista, agora para atender as áreas das Ciências da

Natureza que não foram contempladas na outra ocasião.

Outra possibilidade de formação que a escola dispõe é a composição da Equipe

Multidisciplinar, que realiza encontros mensais, onde são realizados estudos que

proporcionam embasamento teórico sobre as diversidades, propondo ações a serem

realizadas, almejando o envolvimento e entendimento da comunidade escolar. Os

temas estudados são tratados ao longo do período letivo e não apenas nas datas

festivas. A escola possui um grupo formado e atuante na equipe multidisciplinar, que

tem a responsabilidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativo à

educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-

brasileira, Africana e Indígena. Fazem parte dela representantes da equipe

pedagógica, professores das diversas áreas do conhecimento, funcionários e

instancias colegiadas. As reuniões para os estudos acontecem no período

intermediário para que todos possam participar, e a cada encontro, um componente

fica responsável por preparar o estudo e discussões.

Há ainda as formações organizadas pela equipe do Núcleo Regional de

Educação e disponibilizados aos profissionais da educação. Essas formações

ocorrem eventualmente na sede do núcleo, ou de forma centralizada em alguns

municípios da região e dispõe de uma demanda de vagas para que os interessados

efetivem sua inscrição. Muitas destas formações são voltadas para o uso de mídias

na escola. Além destas, o Núcleo Regional de Educação tem estabelecido parcerias

com instituições de ensino superior da região e, por meio destas, também ofertado

formações na área educacional, como palestras, oficinas, seminários, entre outras.

Dos professores QPM que compõem o quadro de professores da escola, são

poucos os que cursaram e concluíram o PDE. Atualmente são quatro. O que ocorre é

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27

que a maioria não se enquadrava nos requisitos de pontuação quando ocorreu a

última seleção e agora, muitos que concluíram o curso a mais tempo, já estão

aposentados. Para que tivesse um retorno maior para a escola, deveria ser ofertado

aos professores quando ainda no auge de sua carreira.

O grupo avalia que a formação continuada e especializada deveria ser

organizada de forma itinerante, com apresentação e compartilhamento de trabalhos,

materiais e experiências de sucesso. Encontros centralizados por área, para troca de

experiência e conhecimento. Outra possibilidade de formação é a apresentação dos

trabalhos realizados no PDE aos demais profissionais da educação, para dar

conhecimento a todos.

2.8 Acompanhamento e realização da hora-atividade

A hora-atividade é um momento destinado para o professor, conforme a

instrução Nº 06/2017 – SUED/SEED, que deve ser cumprida na instituição de ensino

onde o professor esteja suprido, em horário normal das aulas a ele atribuído. Portanto,

ele pode estar preparando ou corrigindo atividades, planejando, pesquisando

metodologias, organizando o Registro de Classe OnLine, dialogando com pais

interessados em saber da vida escolar do filho, ou quando o próprio professor julgar

necessário, chamar os pais de alunos com defasagem, dificuldades de aprendizagem

ou com problemas de comportamento, também é um momento para conversar com

equipe pedagógica sobre assuntos referentes a escola e a aprendizagem dos alunos,

portanto, é neste momento que estará disponível para conversar junto com os demais

profissionais da escola sobre os problemas e as referidas soluções.

O acompanhamento e realização das ações executadas na hora-atividade dos

educadores é responsabilidade dos mesmos que vão desenvolver suas ações, com

orientação, supervisão e acompanhamento da equipe pedagógica ou do diretor da

escola. A escola possui um livro ata “ livro de convocações e outros informes” onde

contém as assinaturas e são registrados os dias que os educadores irão cumprir as

horas atividades. Porém, mesmo com este registro, tem-se dificuldade em

acompanhar a realização das mesmas. Contudo, os educadores realmente utilizam

deste momento para fazer suas atividades e seus planejamentos, pois cada um tem

consciência que este momento é para realizar ações referentes à escola e ao

planejamento.

Page 28: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

28

Sob estes aspectos levantados, a hora-atividade está atingindo os objetivos da

escola. As maiores dificuldades estão nas excessivas trocas de horários em função

das substituições de professores, inclusive por causa das inúmeras escolas que

alguns professores têm distribuída sua carga horária, e, também no número de horas

que tem sido insuficiente para a demanda de tanto trabalho pedagógico fora da sala

de aula. Como solução para este problema, a maioria dos professores acaba por levar

trabalho para fazer em casa, extrapolando sua carga horária semanal. Vale ressaltar

que noutros tempos era pior, não tinha este momento para planejar, e o professor

precisava planejar e organizar seus materiais em casa, no momento de folga e nos

finais de semana. Por isso, os professores hoje reconhecem que, se há este momento

para realizar suas atividades, devem aproveitá-lo ao máximo, então alguns, quando

já concluíram suas atividades pedagógicas, aproveitam o tempo para estudos,

realização de atividades e cursos, ou leitura em geral.

2.9 Organização do tempo e espaço pedagógico e critérios de organização

das turmas

Neste colégio, os alunos são separados por turmas nas séries em que estão

matriculados, de acordo com a opção ou disponibilidade de vagas no turno. De um

ano para o outro, procura-se manter os mesmos alunos, respeitando o vínculo já

criado. Em turmas da mesma série/ano, procura-se manter um equilíbrio no número

de alunos. Há porém, os casos em que tem alunos inclusos e há um esforço da escola

por deixar a turma menor, o que nem sempre é possível.

A rotina de horários se organiza da seguinte forma:

MANHÃ:

Entrada: 7h30min

Intervalo: das 10h00min às 10h15min

Saída: 11h55min

TARDE:

Entrada: :13h00min

Intervalo: das 15h30min às 15h45min

Saída: 17h25min

NOITE:

Entrada: :19h00min

Page 29: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

29

Intervalo: das 21h30min às 21h45min

Saída: 23h25min

Quanto ao uso dos espaços escolares, há algumas rotinas implementadas que

são constantemente melhoradas para dar mais funcionalidade ao atendimento. Na

biblioteca, por exemplo, os professores de Língua Portuguesa têm horário

determinado na semana para fazer as trocas dos livros de literatura com seus alunos.

Para usar o laboratório de informática com os alunos, o professor precisa agendar

com antecedência no almoxarifado, espaço que foi recentemente criado na escola. Já

o laboratório de Ciências Naturais está desativado por falta de espaço. Seus materiais

estão armazenados no almoxarifado e o professor leva o que precisa para a sala de

aula para utilizá-los como recurso pedagógico. Há, porém, uma ação prevista para

este ano, onde se pretende revitalizar o referido laboratório para que ganhe

funcionalidade e consiga acomodar os alunos.

2.9.1 O Atendimento às Modalidades

No Colégio Estadual José de Anchieta há a oferta da modalidade Educação

Especial através do Atendimento Educacional Especializado em Salas de Recursos

Multifuncionais para Deficiência Intelectual, deficiência física neuromotora,

transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos (período

da manhã e da tarde), e Atendimento Educacional Especializado em Salas de

Recursos Multifuncionais para Deficiência Visual (período da manhã) onde são

atendidos alunos que possuem laudo médico e/ou psicológico, de acordo com suas

dificuldades ou deficiências, e o trabalho é específico para suas necessidades.

Para o Atendimento Educacional Especializado em Salas de Recursos

Multifuncionais para Deficiência Intelectual, deficiência física neuromotora,

transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos, funciona

na Segunda, terça, quinta e sexta-feira, nos períodos da manhã e tarde, com alunos

distribuídos conforme a necessidade, nas turmas A (segunda e quinta-feira, 1ª e 2ª

aula), B (Segunda e quinta-feira, 3ª e 4ª aula), C ( terça e sexta-feira, 1ª e 2ª aula) , D

(terça-feira – 3ª e 4ª aula e sexta-feira- 2ª e 3ª aula) , quarta –feira é o dia sem

interação das Professoras. Em nossa escola, ocorre o atendimento de alunos da

própria escola e de escolas do interior do município que não possuem este tipo de

atendimento.

Page 30: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

30

Em relação aos aspectos de aprendizagem, percebe-se que na maioria dos

alunos, há significativas mudanças no seu processo de ensino e aprendizagem,

porém, muitas vezes estes não são percebidos pelos professores do ensino comum,

e sim, pela Professora especializada, que percebe estas especificidades, pois trabalha

na sua individualidade.

O Atendimento Educacional Especializado em Salas de Recursos

Multifuncionais para Deficiência Visual ocorre no período da manhã, com as turmas

A, B, C, D, sendo a Turma A na Segunda-feira (1ª, 2ª e 3ª aula) e quarta-feira (1ª e 2ª

aula), Turma B na Terça e Quinta (1ª, 2ª e 3º aula) Turma C na Terça e Quinta-feira

(4ª e 5ª aula) e Turma D também na Terça e Quinta-feira (1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª aula),

justifica-se este atendimento em sequência foi a aluna matriculada mora no interior e

vem para a escola de transporte público, e como possui pouca idade, optou-se

juntamente com a família, para que a mesma ficasse matriculada em todos os

períodos.

No que se refere ao atendimento dos alunos com baixa visão, não há nenhum

problema de permanência destes. Os alunos matriculados, são assíduos e as famílias

participativas e atuantes, assim, quando algum aluno falta, as famílias comunicam e

justificam. Também, querem ficar cientes das atividades que estão sendo realizadas

e os objetivos alcançados com cada um.

2.9.2 Atividades de Ampliação de Jornada Escolar

Nesta instituição de ensino, são ofertados no início de cada ano letivo, para

todos os alunos do ensino fundamental dos períodos da manhã e da tarde o

treinamento esportivo de Badminton e o Tênis de Mesa. Inicialmente se realiza uma

consulta com os alunos para a verificação do interesse pelas modalidades ofertadas

e informando os locais e horários, para que os mesmos levem ao conhecimento dos

pais e responsáveis essa oferta.

2.9.2.1 Modalidade Esportiva Individual – Tênis de Mesa:

Realizado no colégio, numa das salas que ficam vagas no período da tarde, o

treinamento esportivo de Tênis de Mesa trabalha desde os fundamentos básicos para

a iniciação do esporte, até as técnicas e táticas mais complexas para o bom

desempenho do aluno atleta, além de sistemas de jogo simples e de dupla com todos

os alunos e preparando-os para as competições estaduais (JEPS) e competições

Page 31: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

31

locais. Neste ano a equipe de Tênis de mesa de Nosso Colégio se classificou e

participou de todas as etapas dos Jogos Escolares do Paraná, alcançando uma

segunda colocação.

2.9.2.2 Modalidade Esportiva Coletiva – Futsal

Pelo fato de o colégio não ter quadra esportiva, as aulas de Futsal são

desenvolvidas nas dependências do ginásio de esportes da Escola Municipal

Professor Láudio Afonso Heinen, de nosso município, no período intermediário/tarde.

São trabalhados todos os fundamentos do esporte, bem como as atividades táticas e

técnicas para o bom desempenho do aluno atleta, esquemas do jogo coletivo,

preparando-os para competições escolares estaduais e locais. Nesta modalidade

nosso Colégio sofre muito por falta de condições físicas. Apesar disso, consegue boas

classificações para representar a instituição nos Jogos Escolares.

São pontuadas algumas dificuldades na manutenção e fortalecimento dos

programas. Primeiramente há uma deficiência de material, pois não vem uma verba

específica para a manutenção destes programas, o que sobrecarrega a escola pois

os materiais de futsal e tênis de mesa tem custos elevados. A instituição acaba tendo

que fazer rifas e pedir patrocínios na comunidade para tentar levantar alguns materiais

de qualidade. Outra dificuldade é que não existe uma política de incentivo a

competições paralelas aos jogos federados paranaenses, e isso acaba

comprometendo o interesse do aluno em participar assiduamente das aulas depois

que terminam os jogos estaduais. Como a participação noutras competições é muito

dispendiosa, seria interessante que houvesse algum tipo de fundo ou bolsa para

manter alguns atletas neste nível de competição, seria um grande estímulo para a

manutenção e permanência dos alunos nos projetos. Por fim, uma das maiores

dificuldades da instituição é a falta de um espaço adequado para a prática de esportes.

2.9.3 Sala de Apoio à Aprendizagem

A Sala de Apoio à Aprendizagem funciona nos períodos da manhã e tarde, em

contraturno escolar, atendendo os alunos de 6° e 7° anos que apresentam dificuldades

de aprendizagem diversas nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. A

seleção/encaminhamento dos alunos para a matrícula nesse programa é feita pelo

professor dessas disciplinas, de acordo com o momento em que as dificuldades são

apresentadas. Por isso, apesar de a organização da escola ser trimestral, na Sala de

Page 32: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

32

Apoio à Aprendizagem a organização é bimestral. A ficha de encaminhamento é

repassada para a equipe pedagógica que realiza o trabalho de comunicação e

solicitação de autorização por parte dos responsáveis. Depois de autorizados pelos

pais e/ou responsáveis, as turmas são formadas.

São turmas não muito grandes, no entanto os níveis de dificuldade são

variados, o que dificulta o atendimento individualizado. São trabalhados conteúdos

básicos de Língua Portuguesa e Matemática e, além disso, o professor da SAA

constantemente auxilia nas dificuldades pontuais que os alunos apresentam nos

conteúdos trabalhados na série regular, porém com metodologia diferenciada. Os

professores fazem uso de metodologias diferenciadas, materiais lúdicos e das

tecnologias disponíveis no colégio.

O programa é muito bom, pois dá um suporte pedagógico necessário para os

alunos que vem das séries iniciais trazendo consigo algumas dificuldades que os

acompanham desde o processo de alfabetização e, para os que tem frequentado

assiduamente, tem auxiliado bastante. Na escola, deve-se fazer um trabalho maior e

melhor no incentivo a frequência constante para garantir que o trabalho desenvolvido

seja contínuo. Entretanto, nem todos os alunos que necessitam conseguem participar

porque dependem do transporte escolar e a maioria dos ônibus só passam num dos

períodos do dia.

2.10 Índices de Aproveitamento Escolar (indicadores externos e internos),

abandono/evasão e relação idade/ano

Em análise dos dados do Colégio Estadual José de Anchieta, nota-se que o

rendimento escolar, entre 2007 e 2015, manteve-se na média de 87% de aprovação

no Ensino Fundamental e no Ensino Médio manteve média de 86%, caindo entre 2013

e 2015 11,5% em relação às aprovações. Já os dados sobre reprovação no Ensino

Fundamental apontam que a média entre 2007 e 2015 permaneceu em 12%,

aumentando nos últimos dois anos em torno de 4%. A média de reprovação no Ensino

Médio entre estes anos é em torno de 8%, porém no Ensino Médio entre um ano e

outro, em alguns casos esse percentual oscila quase 7%, como é o caso de 2013 e

2014. Há de se considerar também o fato de que muitos dos aprovados foram

beneficiados pela aprovação por Conselho de Classe. Em 2015, no Ensino

Fundamental houve uma grande taxa de aprovação (83,04%) de sexto ao nono ano,

Page 33: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

33

porém desse número 25% foram aprovados por conselho de classe, sendo o maior

número no nono ano. Já no Ensino Médio houve 79,17% de aprovação, sendo 23,98%

por conselho de classe, porém em torno de 10% dos alunos reprovaram e 10%

abandonaram o ensino.

Entendemos que é preciso verificar a qualidade do ensino em sala de aula e o

cotidiano dos nossos alunos, partindo do conhecimento prévio que eles possuem para

então estimula-lo a querer ir além do conhecimento habitual. Ao professor, cabe saber

da situação dos alunos, suas particularidades, incentivando-os a não desistirem,

principalmente no Ensino Médio. Esses dados nos mostram ser necessário pensar

estratégias de incentivo ao estudo para os alunos, tanto do ensino fundamental quanto

do médio, pois a maior queixa dos professores ao discutir esses resultados está na

falta de interesse dos alunos que sequer realizam os trabalhos avaliativos.

Outro fator importante que foi observado e que nem sempre se leva em

consideração é a taxa de distorção idade/série, que na escola em 2015, no Ensino

Fundamental nos quatro anos é de 14,29%, sendo o maior índice no 8º ano de

23,64%. No Ensino Médio a distorção é maior, principalmente na 1ª série que foi de

25,81%, diminuindo na 2ª série para 17,91% e na 3ª série para 10,71%, tendo uma

média nos três anos de 19,44% em relação a distorção de idade/série. Nesses casos,

a adaptação do aluno ao grupo é muito mais difícil e tende a piorar na medida em que

essa diferença aumenta. É um número que prejudica tanto o aluno que está fora da

faixa etária da turma, quanto o mais novo que se deixa influenciar pelo colega mais

velho nos atos de indisciplina.

Os dados sobre o abandono escolar apontam que no Ensino Fundamental há

um baixo percentual, chegando em alguns anos a 0%. A média entre 2007 e 2015 é

de 0,45%. Já no Ensino Médio houve um aumento considerável nos últimos nove

anos, sendo que houve anos que não teve abandono (2009) e a maior taxa de

abandono ocorreu em 2015, onde 10,3% dos alunos abandonaram a escola. A média

de abandono no Ensino Médio é de 5 %, porém é preocupante o aumento desses

índices que têm ocorrido nos últimos anos. Atribui-se ao fato de que o

insucesso/fracasso escolar também tenha aumentado, além de que, cada vez mais o

jovem precisa abandonar a escolar para poder trabalhar. Quando as causas do

abandono estão relacionadas a problemas de saúde, gravidez, uso de drogas, há um

empenho da escola em buscar nos serviços públicos de saúde e assistência no

sentido de oferecer orientação e amparo ao aluno e sua família, além das orientações

Page 34: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

34

que acontecem dentro da escola, com professores e equipe pedagógica. No intuito de

diminuir esses índices a instituição tem buscado auxílio na Rede de Proteção,

iniciando pelo contato com o Conselho Tutelar. Frequentemente os casos de

abandono têm sido informados, mas muitos destes acabam sendo informados ao

Ministério Público e, mesmo assim não retornam para a escola. Isso geralmente

ocorre com alunos do Ensino Médio, mas já houve casos de alunos do Ensino

Fundamental que não retornaram.

Nem todos os casos são de abandono. Há também muitos alunos que

apresentam falta excessivas e, a estes, a escola toma como procedimento, primeiro a

conversa com o aluno, na sequência o contato com os familiares. Se as faltas

persistem, os casos são também encaminhados ao Conselho Tutelar para que faça a

mediação com as famílias.

Após analisar esses resultados, estabeleceu-se um consenso entre os

profissionais da escola de que é preciso melhorar a qualidade no ensino ofertado para

os alunos do Colégio Estadual José de Anchieta. Que o conhecimento e seus

resultados sejam percebidos no dia-a-dia da escola e, para isso, os dados acima

apontados devem ser considerados e interpretados, no sentido de mostrar para onde

se está caminhando. Só então os índices também poderão ser modificados, e assim

será uma conquista para este e os demais anos letivos, pois toda prática precisa ser

repensada e avaliada sempre.

2.11 Relação entre profissionais da educação e discentes

Ao discutir sobre a relação entre os profissionais da educação e os alunos,

houve um entendimento por parte da maioria de que a educação, em toda a sua

história política e social, vem passando por mudanças e que a escola precisa, cada

vez mais, dar conta do comportamento dos alunos que são um resultado dessas

mudanças. A escola e seus profissionais precisam repensar sua prática e atender a

uma demanda que exige cada vez mais inovação na prática pedagógica. Neste

sentido, os profissionais da instituição apontam que a sociedade capitalista em que a

escola está inserida, através das propagandas e apelos comerciais, leva os jovens a

ter uma visão imediatista da realidade, denotando superficialidade sobre o

conhecimento e uma falta de significado ao ensino que os educadores procuram

incessantemente oferecer para que a sua formação seja verdadeiramente humana e

Page 35: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

35

integral. Há que se resgatar um processo de ensino mais voltado para a oferta do

conhecimento clássico, aquele que pertence a todas as épocas.

Dentre principais dificuldades apontadas como fatores que interferem na

aprendizagem e no relacionamento entre os profissionais da escola com os alunos

estão a falta de limites e o desrespeito à figura do professor e também aos demais

profissionais da escola, além do declarado desinteresse pela formação acadêmica.

Isso vem ocasionando problemas de relacionamento interpessoal no decorrer das

aulas, e os profissionais não estão dando conta das inúmeras adversidades e

contrariedades que afetam o aprendizado. Acabam envolvendo a equipe de apoio

para mediar essas questões de conflito, e com isso, além do enorme tempo gasto, há

também muito desgaste emocional. Por outro lado, as famílias e até mesmo os alunos,

reconhecem, nas entrevistas realizadas, que à escola, aos professores e demais

profissionais cabe preparar os alunos para a vida acadêmica, garantindo-lhes o

acesso ao conhecimento historicamente construído pela humanidade e uma formação

humana integral. Entendem que tal formação permitirá aos estudantes a compreensão

do mundo, da realidade ao seu redor e que pode também contribuir para a sua

realização pessoal e, consequentemente para uma formação/qualificação pessoal e

profissional mais abrangente e com capacidade de transformação da realidade. Essa

percepção da família dá à relação professorXaluno um aspecto mais sério,

responsável e técnico, mas ao mesmo tempo denota um conflito entre o que esperam

da escola e em que medida estão dispostos a contribuir para que esta alcance seus

objetivos.

Entre os professores fica claro o entendimento de que não cabe somente à

escola a responsabilidade de educar, mas principalmente à família, que deve ter o

compromisso de orientar, dando aos filhos os limites e responsabilidades necessários

para um desenvolvimento sadio e compromissado com a educação escolar.

Neste sentido e para a ciência e melhor compreensão de todos quanto ao

respeito aos limites impostos pela convivência, o Colégio tem definido normas de

convivência. Algumas estão previstas no Regimento Escolar, outras são definidas e

aprovadas em Assembleia de pais e/ou responsáveis, professores e funcionários. Tais

normas são dispostas anualmente num documento chamado “Termo de Ciência das

Normas do Colégio” que é trabalhado com todos os alunos e suas respectivas turmas

no início do ano letivo. Deste documento, uma cópia é distribuída para cada aluno

levar para seus pais, que assinam confirmando o recebimento. Há também uma cópia

Page 36: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

36

que é assinada por todos os alunos de cada turma, onde consta a data em que essas

normas foram apresentas e discutidas com os estudantes.

Com professores e funcionários as normas de funcionamento e convivência

são apresentadas pela direção do Colégio no início das atividades, quando da

realização de reunião pedagógica e administrativa. Registra-se em ata onde todos os

presentes assinam. Além disso, neste ano a direção entregou a cada funcionário uma

cópia com as devidas orientações. Apesar dessas ações, ainda existem alguns

conflitos internos, que precisam ser mediados pontualmente pela direção do Colégio.

Paralela e concomitantemente às ações sistematizadas, a instituição ainda

discute sobre questões que envolvem o respeito, a solidariedade e a aceitação das

diversidades, sejam elas: éticas, religiosas, culturais e também sociais, durante o

período letivo. Essas reflexões contribuem diretamente para uma melhora nas

relações entre os sujeitos da escola.

III FUNDAMENTOS TEÓRICOS (MARCO CONCEITUAL)

3.1.1 Educação e o Homem

Percebe-se que desde a gênese humana houve a necessidade de adquirir

conhecimento, demostrando a capacidade da evolução humana, partindo de um

conhecimento mais dinâmico em sua infância como nas brincadeiras de jogar bola, no

qual a criança desenvolve a socialização para convivência em sociedade. Evoluindo

para sua adolescência em que ela começa a ter o conhecimento cientifico na escola

que é produzido pela humanidade, para poder assim chegar na fase adulta. O sujeito

torna-se, assim, um ser político, com capacidade de criticar e exigir seus direitos sem

deixar de lado seus deveres exercendo a sua cidadania. A exemplo, uma determinada

categoria, que sem esquecer de seu trabalho, ou seja de seus deveres, pode discutir

e procurar garantir seus direitos, estando fundamentada no conhecimento que

formalmente adquiriu ao longo de sua formação, sendo acadêmica ou não.

Porém, no entendimento do coletivo da escola, existe uma diferença de tempo

e espaço entre a criança, o adolescente, o adulto e o idoso, nesse processo de

evolução. Isso exige do professor a utilização de linguagens e metodologias

diversificadas, buscando atender as necessidades de cada fase, tanto no ato de

ensinar, quanto no de aprender. Conforme SNYDERS (1993), “A cada idade

Page 37: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

37

corresponde uma forma de vida que tem valor, equilíbrio, coerência que merece ser

respeitada e levada a sério; a cada idade correspondem problemas e conflitos reais

(...pois o tempo todo, ela (a criança) teve de enfrentar situações novas...). Temos de

incentivá-la a gostar da sua idade, a desfrutar de seu presente”. (SNYDERS, 1993).

Nesse sentido, é importante para os educadores perceberem que, tanto a

criança quanto o adolescente e o jovem, constroem progressivamente conceitos, cada

um seguindo seu próprio ritmo. Cabe ao professor proporcionar experiências,

situações de aprendizagem que permitam aquisição desses conceitos, sempre

respeitando essa individualidade dos educandos.

Entretanto, apesar de a instituição trabalhar com crianças, adolescentes e

jovens, não pode esquecer da importância do respeito ao idoso. Sendo a escola um

espaço de integração e socialização, não se pode deixar de abordar a questão da

“Educação para o envelhecimento digno e saudável”, que é assim entendida pela

responsabilidade que cabe ao currículo escolar “em apontar os conhecimentos que

favoreçam a preparação das novas gerações para o próprio envelhecimento e para o

convívio harmônico com aquelas pessoas que já envelheceram”. (PARANÁ, 2014).

3.1.2 Diversidade dos sujeitos escolares

A diversidade assume diversos sentidos e usos. Na área da educação escolar,

entende-se a diversidade como característica da espécie humana e como

heterogeneidade. Os seres humanos são diversos em suas experiências de vida

históricas e culturais, são únicos em suas personalidades e são também diversos em

suas formas de perceber o mundo. Essa noção os remete à ideia de diferentes

identidades individuais e de grupos sociais que se constituem em espaços, em

ambientes e em tempos históricos com características diversas. Quanto à noção de

heterogeneidade, reconhece que todos somos diferentes. Portanto, a valorização das

diferenças está ligada ao respeito da diversidade de todo ser humano sem qualquer

discriminação. A diversidade é fruto da construção histórica dos diferentes grupos

sociais.

Neste contexto, Amaral (1998), ressalta que a educação precisa prestar um

bom serviço à comunidade, buscando atender as especificidades dos alunos que

chegam à escola, cabendo à educação adequar-se às necessidades dos alunos e não

os alunos às necessidades e limitações escola.

Page 38: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

38

A diversidade, na Proposta Curricular de Paraná, é concebida como princípio

formativo, visando à construção de uma escola pautada no direito à educação e à

diferença e na formação integral do aluno, em consonância com os movimentos de

superação das perspectivas monoculturais, etnocêntricas e hegemônicas que

predominam hoje na educação escolar.

A diversidade como princípio formativo está atrelada à educação integral e tem

por objetivo o reconhecimento e o respeito às diferenças. Desse modo, O estudo dos

hábitos do cotidiano e as manifestações religiosas e artísticas dos diferentes grupos:

colonizadores, índios, africanos, imigrantes, que compõem o segundo tema,

possibilitará a apreensão da unidade e diversidade do imaginário e do cotidiano como

elementos constitutivos da formação da sociedade brasileira contemporânea, cujas

manifestações concretas serão apreendidas na história do Município. O sistema

educacional deverá considerar a educação para as relações entre diferentes sujeitos,

possam afirmar identidades, negras, indígenas, ciganas, camponesas, lésbicas, gays,

travestis e transexuais e que combatem toda forma de preconceito. Em respeito à

identidade de gênero, quando a escola recebe estudantes trans, este estudante deve

ter o tratamento adequado à sua identidade de gênero. O ideal é o desenvolvimento

de ações de formação envolvendo todas/os profissionais e estendendo-se as/os

estudantes. Para efetivar o reconhecimento da diversidade humana à Formação

Integral.

Reconhecendo a importância a e relevância da temática em discussão, é

fundamental levar o professor a refletir que vivemos em um mundo de diversidades,

onde a individualidade humana deve ser respeitada, reconhecida e aceita, uma vez

que, comprovadamente somos diferentes uns dos outros, o que faz com que todos

nós tenhamos capacidades e limitações para aprender. Neste contexto, cabe ao

professor reconhecer seu papel de mediador de aprendizagens, para todos os alunos,

devendo ser esta mediação desprovida de preconceito, estigma e exclusão. As áreas

do conhecimento, Linguagens, Ciências Naturais, Matemática e Ciências Humanas,

deverão contribuir para a efetivação da diversidade como princípio formativo,

considerando na prática pedagógica os seguintes princípios: educação para a

alteridade; consciência política e histórica da diversidade; reconhecimento,

valorização da diferença e fortalecimento das identidades; sustentabilidade

socioambiental; pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; laicidade do

Page 39: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

39

Estado e da escola pública; igualdade de direitos para acesso, permanência e

aprendizagem na escola.

3.1.3 Cuidar e Educar

Segundo TIRIBA (2015), “O binômio cuidar e educar é, geralmente,

compreendido como um processo único, em que as duas ações estão profundamente

imbricadas”. Num aspecto ontológico dos termos a autora cita BOFF (1999),

acrescentando que “significa uma forma de existir e de co-existir, de estar presente,

de navegar pela realidade e de relacionar-se com todas as coisas do mundo. Nessa

co-existência e con-vivência, nessa navegação e nesse jogo de relações, o ser

humano vai construindo seu próprio ser, sua própria consciência e sua identidade ”.

Esse pensamento nos leva a crer numa educação ampla e completa, onde o educador

tem um olhar sobre o ser com quem trabalha, a quem ensina e também educa.

Para TIRIBA,

O ser humano é o único que se pergunta sobre o que é ser, sobre suas possibilidades de ser, como presente e como devir. Assim, o cuidado está na essência do humano porque possibilita a existência humana. Se existir é estar atento, é preocupar-se com a existência, o cuidar assegura e caracteriza esta existência. O cuidado possui uma dimensão ontológica que entra na constituição do ser humano. Desde o nascimento até a morte, não há ser humano sem cuidado. (TIRIBA, 2015).

Entende-se, portanto que, se o cuidado está na essência do humano, então o

ato de educar está, também, impregnado do ato de cuidar. A escola cuida quando um

aluno está ausente, cuida quando aparenta tristeza, cuida também quando está

fisicamente machucado ou doente. Nessa preocupação com o ser humano integral,

cuidar e educar são um só. Pois, conforme cita TIRIBA, “se, ao longo da vida, não

fizer com cuidado tudo que empreender, acabará por prejudicar a si mesmo e por

destruir o que está a sua volta. Por isso o cuidado deve ser entendido na linha da

essência humana (que responde à pergunta: o que é o ser humano?)”. (BOFF, 1999

apud TIRIBA, 2015).

3.1.4 Formação humana integral e Educação em direitos humanos

A partir da LDB, nº 9394/96, a Educação Básica passou a ter como um dos

objetivos formar o indivíduo em sua totalidade, garantido uma formação humana

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40

integral, cabendo então à escola, garantir a aquisição de conhecimentos necessários

para que o aluno, entendido como “ser humano” em sua totalidade, possa ser inserido

na sociedade de forma participativa e menos exclusiva. Neste sentido, não deve ser

levado em conta, para a formação humana integral na Educação Básica, o foco restrito

à preparação para o vestibular e para o ENEM, mas sim, garantir uma base igualitária

para todos. É preciso haver integração dos diferentes níveis e modalidades da

educação escolar e articulação entre as políticas educacionais e públicas relativas às

demais dimensões da vida social.

A formação integral implica em competência técnica e compromisso ético,

preparando o sujeito para conviver em sociedade. Assim, é fundamental atentar para

o fato de que o trabalho como princípio educativo não se restrinja ao “aprender

trabalhando” ou ao “trabalhar aprendendo”. Está relacionado, principalmente, com a

intencionalidade de que, por meio da ação educativa os estudantes compreendam a

realidade por meio da apreensão dos conhecimentos científicos, enquanto vivenciam

e constroem a própria formação. No entanto, antes disso há que se possibilitar as

condições para que o jovem possa, de fato, estudar, garantindo a sua permanência

na escola até a idade adequada com qualidade, e com um currículo que integre

sociedade, trabalho, cultura, ciência e tecnologia. Neste sentido, é preciso ainda,

garantir a igualdade no ensino, equilibrando o diurno e noturno, com ampliação de

recursos públicos e ações elaboradas de acordo com a realidade presente na escola,

afim de atender as necessidades/particularidades do educando no contexto social

local.

Eis a importância de o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual José

de Anchieta levar em conta a trajetória da sua comunidade escolar, sua história e

cultura, não só para garantir um percurso formativo de sucesso dos estudantes, como

também o seu compromisso com a sociedade.

A instituição aponta à necessidade de concentrar a atenção no processo

ensino-aprendizagem dos alunos, cujo foco principal é garanti-lhes o saber,

proporcionando-lhes experiências pedagógicas significativas que os tornem aptos a

entender demandas complexas, em situações particulares, condições de transformar

positivamente a realidade que os cerca. Então ao aspirar uma sociedade efetivamente

igualitária e democrática, necessariamente deve-se exercitar estes princípios no

cotidiano da escola e da vida, pois o ensino aprendizagem faz o educando conhecer-

se e conhecer o porquê das coisas no meio em que vivem. Para tanto, se o que se

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41

quer é uma sociedade esclarecida, crítica a ponto de discutir e debater os problemas

existentes em torno da escola, sujeitos que através do conhecimento possam refletir

sobre as ações globais e agir localmente, mudando hábitos e costumes da sociedade

capitalista, devastadora dos recursos naturais, é necessário formar indivíduos que,

pela vivência dos conteúdos selecionados pelos professores, possam pôr em prática

e reverter o quadro da desigualdade que ora se apresenta no país.

Assim, educar em direitos humanos é fundamental para construção de um

processo de cidadania, que leve em consideração, em outros aspectos, a existência

do “outro” como sujeito de direito, devendo à instituição como um todo, respeitar e

destruir preconceitos e visões limitadas, aceitando a pluralidade cultural e, ao mesmo

tempo, educar para o respeito à identidade e reconhecimento humano. Pois o projeto

deve contemplar o comprometimento com os direitos humanos, reafirmando o

entendimento de que os alunos são capazes de adotar atitudes, comportamentos e

crenças voltadas para a cidadania, a tolerância, ao respeito, à solidariedade,

contribuindo para efetivar uma cultura de paz.

Dessa forma, os saberes fazem parte da construção do educando como ser

humano. Ao repensar a história que constrói a escola, sua função e seu objetivo de

formação de seres que organiza para melhorar a convivência social.

3.1.5 Gestão Escolar

Em primeiro lugar, no Colégio Estadual José de Anchieta se entende e se

procura realizar a gestão de forma democrática e, desenvolver uma gestão

democrática significa dar voz e vez a toda a comunidade escolar, visando um

ambiente colaborativo e participativo. Gerir implica não só administrar a escola no

âmbito financeiro, mas construir relações que possibilitem uma convivência

harmoniosa.

Segundo Luck (2004, p 32), é do diretor da escola a responsabilidade máxima

quanto à consecução eficaz da política educacional do sistema e desenvolvimento

pleno dos objetivos educacionais, organizando, dinamizando e coordenando todos os

esforços nesse sentido e controlando todos os recursos para tal. Devido a sua posição

central na escola, o desempenho de seu papel exerce forte influência (tanto positiva,

como negativa sobre todos os setores pessoais da escola.

As funções do trabalho do gestor estão diretamente relacionadas à

organização e gestão da escola. O processo de organização escolar dispõe, portanto,

Page 42: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

42

de funções, propriedades comuns ao sistema organizacional de uma instituição, com

base nos quais se definem ações e operações necessárias ao funcionamento

institucional. São quatro as funções constitutivas desse sistema: a) planejamento: b)

organização: racionalização de recursos humanos, físicos, materiais, financeiros,

criando e viabilizando as condições e modos pares realizar o que foi planejado: c)

direção/coordenação: coordenação do esforço humano coletivo do pessoal da escola:

d) avaliação comprovação do funcionamento. Fica, pois, claro que o gestor

desempenha vários papéis dentro do ambiente escolar, cabendo a ele a articulação

de todos os setores e aspectos do mesmo.

O gestor precisa ser dinâmico e ter flexibilidade junto ao corpo docente.

Dourado (2001) relata a eficácia entre o líder e os seus liderados para a criação da

confiança entre eles. A atuação do diretor e da equipe gestora na mobilização de

pessoas e no desenvolvimento de liderança participativa é fundamental. Uma

liderança mobilizadora está sempre a compartilhar com os outros a solução de

problemas, a elaboração de planejamento e a implementação de ações pedagógicas

na escola. Sem negar os problemas, uma liderança mobilizadora procura programar

ações e consolidar mecanismos visando garantir a participação de todos. (p.76).

Este modelo de gestão nos remete a pensar em que tipo de escola temos e

queremos. Que conhecimentos queremos desenvolver com nossos alunos e qual o

seu papel social.

3.1.6 Currículo e Conhecimento

Ao questionar sobre “Para que servem as escolas? ”, Young (2007, p. 1294)

afirma que “elas capacitam ou podem capacitar jovens a adquirir o conhecimento que,

para a maioria deles, não pode ser adquirido em casa ou em sua comunidade, e para

adultos, em seus locais de trabalho”. Portanto, tal conhecimento, nessa perspectiva,

assume uma natureza distinta, que é a de conhecimento curricular ou escolar. Esse

conhecimento é denominado por Young (2007) de “conhecimento poderoso”, que se

refere que o conhecimento realmente tem o poder de fazer, ou seja, proporcionar um

novo jeito de pensar sobre o mundo. Em síntese, embora muitos pais aceitam e se

preocupam com o que seus filhos desenvolvem na escola como habilidades mínimas

de leitura, escrita e cálculo, eles não deixam de esperar que seus filhos adquiram, de

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acordo com Young (2007), o conhecimento poderoso, conhecimento esse não

acessível livremente dentro de casa.

De acordo com Young (2007, p.1295), no processo de apropriação do

conhecimento poderoso, as relações que se estabelecem entre professores e alunos

apresentam algumas especificidades, dentre elas, a diferença das relações entre

colegas e, portanto, hierárquicas. Diferentemente do que sugerem algumas políticas

governamentais recentes, elas não serão baseadas em escolhas do aluno, pois, em

muitos casos, o mesmo pode não ter o conhecimento prévio necessário para fazer

tais escolhas.

Teorizando sobre a produção de conhecimento científico, Bachelard defende

que em tal processo deve-se considerar o conhecimento prévio que os sujeitos

dispõem, bem como suas experiências, mas chama a atenção que essa ação “não se

trata, portanto, de adquirir uma cultura experimental, mas sim de mudar uma cultura

experimental, de derrubar os obstáculos já sedimentados pela vida cotidiana”. O autor,

assim, aponta este desafio como um obstáculo pedagógico. (BACHELARD, 1996, p.

23).

Em face das considerações apresentadas, compreende-se o currículo em um

cenário educativo complexo, no qual é necessário conhecer práticas “políticas e

administrativas que se expressam em seu desenvolvimento, às condições estruturais,

organizativas, materiais, dotação de professorado, à bagagem de ideias e significado

que lhe dão forma e que o modelam em sucessivos passos de transformação”

(SACRISTÁN, 2000, p. 21).

Para Saviani (1980, p. 51) a função das instituições educacionais seria de

“ordenar e sistematizar as relações homem-meio para criar as condições ótimas de

desenvolvimento das novas gerações [...]. Portanto, o sentido da educação, a sua

finalidade, é o próprio homem, quer dizer, a sua promoção”. Conforme Saviani (1980,

p. 52) promover o homem significa “torná-lo cada vez mais capaz de conhecer os

elementos de sua situação a fim de poder intervir nela transformando-a no sentido da

ampliação da liberdade, comunicação e colaboração entre os homens”. Isso implica,

afirma o autor, definir para a educação sistematizada objetivos claros e precisos, quais

sejam: educar para a sobrevivência, para a liberdade, para a comunicação e para a

transformação. Nesse sentido, Saviani (1980, p. 172) defende a luta pela difusão de

oportunidades e pela extensão da escolaridade do ponto de vista qualitativo. Para

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44

tanto, as escolas deveriam assumir a função que lhes cabe de dotar a população dos

instrumentos básicos de participação na sociedade.

Pela proposta de Gramsci (1979, p. 121), quando fala da escola unitária,

comenta que esta deveria assumir a função de “inserir os jovens na atividade social,

depois de tê-los levado a um certo grau de maturidade e capacidade, à criação

intelectual e prática e a certa autonomia na orientação e na iniciativa”. Para isso, no

entanto, defende-se a ideia de que para que esse nível de formação realmente ocorra

na escola, é importante que seja repensada a forma de realização das

capacitações/formações dos profissionais da educação, que precisam ter um tempo

maior dedicado ao estudo da realidade e as possibilidades de transformá-la por meio

de sua ação educativa, visando desenvolver técnicas e metodologias mais eficazes

para a garantia da aquisição dos conhecimentos pelos alunos.

Na escola, o conhecimento é organizado de forma sistêmica e essa

organização é que compõe o currículo. Este, porém, é um campo polêmico, permeado

de ideologia, cultura e relações de poder. Refere-se a uma realidade histórica, cultural

e socialmente determinada, refletida em procedimentos didáticos administrativos que

condicionam sua prática e teorização. Sua elaboração é um processo complexo que

envolve fatores lógicos, epistemológicos, intelectuais e determinantes sociais, como o

poder, interesses, conflitos simbólicos e culturais, propósitos de dominação dirigidos

por fatores ligados à classe, raça, etnia e gênero. Porém, como toda atividade

pedagógica, o currículo se fundamenta em pressupostos de natureza filosófica,

tornando evidente a visão de mundo dos envolvidos, visto que, como afirma Sacristán

(1999, p. 61) “é a ligação entre a cultura e a sociedade exterior à escola e à educação”.

O currículo evidencia o pensar e a ideologia da sociedade a qual a escola está

inserida, sendo estes, refletidos no ambiente escolar.

Considerando a relação do currículo com a sociedade na perspectiva de sua

transformação, pretende-se aprofundar os conceitos que envolvem a Pedagogia

Histórico-Crítica que, segundo SAVIANI, surgiu pela necessidade de “uma proposta

pedagógica que estivesse atenta aos determinantes sociais da educação e que

permitisse articular o trabalho pedagógico com as relações sociais” (SAVIANI, 2012,

p. 118). Na intenção de compreender como se materializa esse processo de

transformação esperado com a implantação da Pedagogia Histórico-Crítica, buscou-

se no autor uma explicação que é anterior à ideia de currículo e de conhecimento,

trata-se da natureza humana. Saviani, ao fazer uma abordagem sobre a natureza e

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45

especificidade da educação, no que brevemente compara o homem com os outros

animais, explicita que a transformação da natureza se dá pelo trabalho:

(...) o homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar à natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la. E isto é feito pelo trabalho. Portanto, o que diferencia o homem dos outros animais é o trabalho. E o trabalho instaura-se a partir do momento em que seu agente antecipa mentalmente a finalidade da ação. Consequentemente, o trabalho não é qualquer tipo de atividade, mas uma ação adequada a finalidades. É, pois, uma ação intencional. (SAVIANI, 2012, p. 11).

Assim, ao considerar as finalidades da escola amplamente discutidas nas

teorias críticas, nota-se que o autor, ao afirmar a necessidade de se antecipar

mentalmente à finalidade da ação, percebe a intencionalidade do ato educativo e sua

previsão por meio do currículo (apesar de não apresentar propriamente uma teoria

sobre currículo), principalmente porque também afirma que a própria educação é um

processo de trabalho. Ao fazer essa comparação, ainda denomina como “mundo

humano” ou “mundo da cultura” essa natureza transformada pelo homem no seu

instinto pela sobrevivência e categoriza o trabalho que se origina desse processo de

transformação, como material ou não material.

O autor, baseado nas ideias de Marx, situa a educação, especificando-a

enquanto categoria em que “o produto não se separa do ato de produção”, ou seja,

segundo o próprio autor, “(...) o ato de dar aula é inseparável da produção desse ato

e de seu consumo. A aula é, pois, produzida e consumida ao mesmo tempo (produzida

pelo professor e consumida pelos alunos)” (SAVIANI, 2012, p. 12). O autor ainda

destaca que “o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em

cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo

conjunto dos homens”, e coloca como o objeto da educação a “identificação dos

elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie

humana para que eles se tornem humanos” e a “descoberta das formas mais

adequadas para atingir esse objetivo”. Nesta breve abordagem pode-se identificar

elementos centrais do currículo, como sua finalidade, organização, objetivos,

metodologia e conteúdo, numa perspectiva de transformação da natureza/sociedade.

Outro ponto em que fica clara essa visão de transformação proposta pelo autor,

está expresso no texto em que Saviani questiona o sentido da pedagogia e o papel

do pedagogo, colocando que esta ciência e seus profissionais têm uma preocupação

com os métodos e processos, porém, o conteúdo sistematizado não lhes interessa

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como tal. Diante dessa observação, o autor constata que é preciso haver uma

transformação do saber elaborado em saber escolar. Para ele,

Essa transformação é o processo por meio do qual se selecionam, do conjunto do saber sistematizado, os elementos relevantes para o crescimento intelectual dos alunos e organizam-se esses elementos numa forma, numa sequência tal que possibilite sua assimilação. Assim, a questão central da pedagogia é o problema das formas, dos processos, dos métodos; certamente, não considerados em si mesmos, pois as formas só fazem sentido quando viabilizam o domínio de determinados conteúdos. (SAVIANI, 2012, p. 65).

Apesar dessa crítica ao campo da pedagogia, de modo algum o autor minimiza

a importância do método, ao contrário, apresenta cinco passos para os métodos de

ensino, caso fosse possível traduzi-los em passos, mantendo “presente a vinculação

entre educação e sociedade”. No primeiro passo, que denomina prática social, situa

professor e alunos “em níveis diferentes de compreensão (conhecimento e

experiência) da prática social”. O segundo passo, que chama problematização, trata

de “detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em

consequência, que conhecimento é necessário dominar”. Instrumentalização é o

terceiro passo, e consiste na “apropriação pelas camadas populares das ferramentas

culturais necessárias à luta social que travam diuturnamente para se libertar das

condições de exploração em que vivem”. Como quarto passo Saviani apresenta

catarse, que “trata-se da efetiva incorporação dos instrumentos culturais,

transformados agora em elementos ativos de transformação social”. O quinto e último

passo é a própria prática social, com os alunos ascendendo ao nível do professor,

com “capacidade de expressarem a compreensão da prática em termos tão

elaborados quanto era possível ao professor”. (SAVIANI, 2012, 70).

Como a sociedade atual é também conhecida como a sociedade do

conhecimento, pois as informações são produzidas e difundidas rapidamente,

currículo e conhecimento se aproximam ainda mais, e suscitem um repensar

constante. Com a velocidade com que as informações são veiculadas, impulsiona a

construção e reconstrução do conhecimento, compreendendo-o como algo que não é

pronto ou acabado, mas construído diariamente nas relações sociais e com a

natureza. O conhecimento até então entendido como verdade absoluta, cede lugar à

construção sedimentada no contexto histórico-político-social-cultural.

Compreendendo que o conhecimento precisa ser construído e não repassado, cabe

Page 47: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

47

à escola, a reorganização do seu papel, no sentido de proporcionar ao indivíduo essa

reconstrução.

Para isso, há algum tempo vêm-se assumindo uma postura crítica de ensino,

na qual o aluno participa ativamente, pensa, cria e constrói seu próprio conhecimento.

Desta forma, o currículo passa a ser flexível para se aproximar da realidade do aluno,

ao mesmo tempo que, conforme afirma SAVIANI (2012), não pode abrir mão do

conhecimento clássico, que “é aquilo que resistiu ao tempo, logo sua validade

extrapola o momento em que ele foi proposto. [...] o clássico não se confunde com o

tradicional”, acrescentando que “certas funções clássicas da escola não podem ser

perdidas de vista porque, do contrário, acabamos invertendo o sentido da escola e

considerando questões secundárias e acidentais como principais, passando para o

plano secundário aspectos principais da escola”. O autor ainda acrescenta que os

elementos clássicos do currículo escolar são a alfabetização, o ensino do português,

da matemática, das ciências naturais, da história, da geografia, e nisso, estamos de

pleno acordo.

3.1.7 Tecnologia e educação

O uso das tecnologias na educação contribui para as práticas educativas, com

a criação de uma nova ambiência na sala de aula e na escola, o que repercute em

todas as instâncias e relações envolvidas nesse processo. Dentre as mudanças

percebidas desde que os recursos tecnológicos foram ganhando espaço, destaca-se

as que ocorreram na gestão de tempo e espaço, nas relações entre o ensino e a

aprendizagem, nos materiais de apoio pedagógico, na organização e representação

das informações por meio de múltiplas linguagens.

Segundo LEVY (1993), “o pensamento das novas gerações se desenvolve no âmago de um sistema de co-produção mediatizado pelas tecnologias compondo uma ecologia cognitiva (...) na medida em que transforma a configuração da rede social, ou envolve pessoas, objetos técnicos, valores, práticas, significados e pensamentos articulados em “uma rede na qual, neurônios, módulos cognitivos, humanos, instituições de ensino, línguas, sistemas, de escrita, livros e computadores interconectam, transformam e traduzem as representações”. (LÉVY, 1993, p. 135).

Para compreender o porquê, para quê, com quem, quando e como se integram

com a cultura digital, é importante assumir uma posição crítica, questionadora e

reflexiva diante da tecnologia, que expresse o processo de criação do ser humano,

Page 48: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

48

com todas as suas ambiguidades e contradições, uma vez que: “[...] o exercício de

pensar o tempo, de pensar a técnica, de pensar o conhecimento enquanto se conhece,

de pensar o quê das coisas, o para quê, o como, o em favor de quê, de quem, o contra

quê, o contra quem são exigências fundamentais de uma educação democrática à

altura dos desafios do nosso tempo”. (FREIRE, 2000, p.102). E essa reflexão cabe

aos educadores, tanto na sua prática pedagógica quanto na orientação para os alunos

no uso adequado da tecnologia.

Uma questão bastante importante a ser considerada é o papel fundamental que

a formação de professores tem na garantia do sucesso da implementação tecnológica

nas escolas. “A formação de professores é essencial para a incorporação e integração

tecnológica, pois inter-relaciona as diferentes dimensões envolvidas no seu uso, quais

sejam: dimensão crítica humanizadora, tecnológica, pedagógica e didática”.

(ALMEIDA, 2007). Tais dimensões precisam ser compreendidas em suas

particularidades, para que os recursos tecnológicos possam melhorar o processo

ensino-aprendizagem, e ainda, garantir que a individualidade de seus usuários seja

respeitada.

A escola é uma instituição mais tradicional que inovadora. A cultura escolar

resiste às mudanças e os modelos de ensino focados no professor continuam

predominando, apesar dos avanços tecnológicos e dos estudos teóricos em busca de

mudanças no que se refere a novas formas de ensino. Entendemos que os alunos

estão aptos para as novas tecnologias, mas alguns professores ainda não, e

percebem, de forma muito clara, esse descompasso no domínio das tecnologias.

Nesse sentido, mantém uma postura tradicionalista, como forma de omitir a ausência

de conhecimento tecnológico. Neste sentido, o Colégio incentiva seus professores a

participarem de capacitações oferecidas pela SEED, com o objetivo de levar o corpo

docente a rever suas posturas e entender as novas tecnologias como uma nova forma

de pensar e fazer o ensino, como forma de aproximar pessoas, promover troca de

experiências em tempo real a uma velocidade impressionante, nos fazendo repensar

a questão tempo/espaço na vivência do dia a dia, concebendo as novas tecnologias

como parte do cotidiano da escola.

3.1.8 Educação Ambiental

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49

A educação ambiental é uma área do conhecimento que aborda questões

socioambientais, que devem ser tratadas de modo sistêmico, integrado na perspectiva

de uma visão de mundo que favoreça o diálogo, e a compreensão da sustentabilidade

no Planeta, em âmbito local e global. Neste sentido, objetiva-se o encontro de

situações que promovam uma sociedade justa, igualitária, sustentável e ambiental, na

construção de um projeto de sociedade que atue de forma mais consciente na solução

dos desafios e problemas enfrentados na atualidade, os quais comprometem o futuro

da humanidade. Assim sendo, acredita-se numa abordagem interdisciplinar,

transdisciplinar e transversal, tendo como finalidade superar a compartimentação e a

fragmentação dos saberes disciplinares, de modo que as questões ambientais não

sejam apenas abordagens pontuais, restritas as disciplinas cujos conteúdos já

contemplem os estudos do meio ambiente (Biologia, Geografia, Química e Física). As

temáticas ambientais devem ultrapassar os planos de trabalho docentes das

diferentes áreas e disciplinas do currículo. A Educação Ambiental deve ser

encaminhada na escola no âmbito de ações: no espaço físico, na gestão e na

organização curricular.

Diante das crises ambientais enfrentadas pela humanidade, a dimensão

ambiental deve se fazer presente no currículo escolar, pois é a escola o lugar ideal

para que esse processo aconteça.

A escola é um espaço privilegiado para estabelecer conexões e informações, com inúmeras possibilidades para criar condições e alternativas que estimulem os alunos s terem concepções e posturas cidadãs, cientes de suas responsabilidades e, principalmente perceberem-se como integrantes do meio ambiente. A educação formal continua sendo um espaço importante para o desenvolvimento de valores e atitudes comprometidas com sustentabilidade ecológica e social. (LIMA 2004).

Somente desta maneira, segundo SCHIKE (1986), “é que se torna possível

acreditar na possibilidade de mudar condutas e valores e, assim, formar pessoas que,

através da disseminação de suas convicções, trabalharão por uma nova maneira de

relacionar-se com o mundo e seus recursos naturais e também com as outras

pessoas”.

O trabalho pedagógico a ser realizado com os alunos poderá ser conduzido a

partir de experiências dos próprios educandos e de suas trajetórias pessoais. Através

da educação ambiental buscar-se-á desenvolver uma conscientização focada no

interesse dos alunos pela preservação ambiental. Ainda, poderão acontecer parcerias

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50

com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, além de contar com o apoio do Grêmio

Estudantil.

3.1.9 Violências e o Uso do Álcool e outras Drogas em âmbito escolar

Tem-se acompanhado ao longo dos anos, as mudanças comportamentais que

vêm ocorrendo no campo educacional, e isso tem aumentado a angústia dos

educadores que estão se vendo vencidos pelos atos de indisciplina, pelos

comportamentos desafiadores e pelo extremo desinteresse por parte de grande parte

dos alunos. É grande a frustração por não conseguir reverter esse quadro.

Segundo AUGUSTO (2011), “A escola é o lugar da disciplina. Ela serve para

ensinar obedecer às regras e seguir conhecimentos determinados por padrões

curriculares nacionais”. Numa análise retrospectiva, vemos escola era o lugar da

disciplina, servindo para ensinar a obedecer às regras e seguir conhecimentos

determinados por padrões curriculares nacionais. O autor recorda que:

Chegava-se, assim, ao produto direto da disciplina como maneira de produzir um bom cidadão, em que o “fracassado” escolar se juntava aos que nem à escola chegaram: os destinados desde o nascimento a compor a margem complementar do insuportável para a escola. Esses marginalizados compunham um duplo com os indisciplinados para justicar mais proibições, repressões e ampliar a rede de castigos. Aos que não atingiam o rompimento restavam-lhes o exercício regular dos castigos cotidianos e o medo, misturados com o fascínio em passar para o outro lado. Nesse circuito de violências, segundo a disciplina escolar, o desvio vinha de fora, e devia ser identi6cado, corrigido ou expelido. (AUGUSTO, 2011).

O autor ainda acrescenta que,

Foi o tempo em que a violência e as drogas estavam do outro lado dos muros; eram demônios a rondar as mentes de pais, professores e funcionários, e a provocar sedutoras tentações na mente e no corpo dos alunos comportados. Eram demônios a serem expelidos para a rua: o espaço a ser desfrutado apenas como passagem e com muito cuidado, evitando a sedução dos satânicos agentes de drogas e violências. (AUGUSTO, 2011).

Hoje, porém, as situações de violência apresentam-se de forma complexa e

multifacetada. Não se trata de questões exteriores. O problema da violência, do álcool

e das drogas está presente no cotidiano da escola e, na maioria dos casos a escola

não sabe mais como agir.

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AUGUSTO (2011) até fala que “antes interessava expelir os que traziam o mal

para o convívio escolar”, mas que “a flexibilização das práticas disciplinares austeras

e a democratização do acesso ao ensino mudaram a relação da escola com as drogas

e a violência”. No entanto, avalia-se que, ainda é opinião da maioria, que esses

supostos “maus alunos” sejam colocados para fora. Infelizmente, as tentativas de

“salvação” são poucas e frustradas. Parece mais fácil, e lógico, colocar para fora quem

não se adapta ao meio.

O que a escola precisa é o contrário. Opostamente, precisa mudar esse

pensamento e criar possibilidades de discussão e análise dos fatores que envolvem

as relações entre os sujeitos dentro da escola, bem como, compreender o que ocorre

histórica e socialmente com a violência presente no interior das instituições escolares

e, principalmente, entender que postura o profissional da educação deve ter no seu

enfrentamento.

3.1.10 Educação Especial

De acordo com a LDB 9394/96 e sua regulamentação pelas Diretrizes

Nacionais da Educação Especial, a educação especial é conceituada e praticada

como uma modalidade educacional, cuja finalidade é oferecer recursos e serviços

especializados aos alunos que apresentam necessidades educacionais.

No Colégio Estadual José de Anchieta a modalidade Educação Especial é

ofertada através do Atendimento Educacional Especializado em Salas de Recursos

Multifuncionais para Deficiência Visual e Atendimento Educacional Especializado em

Salas de Recursos Multifuncionais para Deficiência Intelectual, deficiência física

neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais

específicos. Sendo um serviço especializado ofertado no período contrário do aluno

que frequenta a classe regular, com professor de Educação Especial, em espaço

físico adequado onde o atendimento pedagógico específico se dá individualmente ou

em pequenos grupos, com cronograma de atendimento. O objetivo é o progresso

global dos alunos que apresentam dificuldade no processo de aprendizagem com

utilização de métodos, estratégias, atividades diversificadas e extracurriculares.

O principal objetivo é apoiar o sistema de ensino, com vistas a complementar a

escolarização de alunos com deficiência visual, intelectual, deficiência física

neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais

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52

específicos, matriculados na Rede Pública de Ensino. É um trabalho de caráter

pedagógico que deve constituir em um conjunto de procedimentos específicos, de

forma a desenvolver os processos cognitivo, motor, sócio-afetivo emocional,

necessários para apropriação e produção de conhecimentos, não podendo ser

confundido como reforço escolar ou repetição de conteúdos programáticos da classe

comum.

Conforme Política da SEED que: “O desafio da inclusão escolar é enfrentado

como nova forma de repensar e reestruturar políticas e estratégias educativas, de

maneira a criar oportunidades efetivas de acesso para crianças e adolescentes com

necessidades educacionais especiais, e, sobretudo, garantir condições

indispensáveis para que possam manter-se na escola e aprender”. Assim, “o processo

de inclusão educacional exige planejamento e mudanças sistêmicas político-

administrativas na gestão educacional, que envolvem desde a alocação de recursos

governamentais até a flexibilização curricular (são denominadas adaptações

curriculares) que ocorre em sala de aula”. (MATISKEI, 2004).

“Nas escolas inclusivas são escolas para todos, implicando num sistema

educacional que reconheça e atenda às diferenças individuais, respeitando as

necessidades dos alunos”. (CARVALHO). Este processo exige pensamento e

mudanças existenciais para que a inclusão ocorra de fato, de verdade, e não

meramente matricular o aluno no Ensino e colocá-lo dentro da sala de aula, sem lhe

propor uma rede de apoio para que ele possa se desenvolver plenamente.

Assim, as Salas de Recursos Multifuncionais fazem parte desta rede, pois com

suas metodologias diferenciadas, ajuda os educandos a promover uma aprendizagem

significativa, havendo a valorização da sua autoconfiança para que ele se integre ao

processo de ensino e sinta prazer em aprender. É importante envolver, motivar,

indagar, o aluno para a vontade de adquirir novos saberes, desenvolvendo assim,

suas potencialidades.

IV PLANEJAMENTO (MARCO OPERACIONAL)

4.1 Calendário Escolar

O Calendário Escolar é feito anualmente, seguindo as orientações da

Secretaria Estadual de Educação e em consonância com a legislação vigente. Nele

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53

estão previstos os dias letivos, feriados (municipais, estaduais e federais), Por meio

de Resolução emitida pela SEED, a cada ano se estabelece um calendário base para

todas as escolas da Rede Pública Estadual de Educação Básica e para a Rede

Conveniada. Esse Calendário Escolar passa a ser praticado no ano letivo

correspondente à referida resolução.

O Calendário Escolar deve contemplar:

I. Atividades escolares para os professores:

a) Semana pedagógica;

b) Planejamento;

c) Formação continuada;

d) Formação disciplinar: 01 (um) dia, a ser definido pelo Núcleo

Regional de Educação – NRE em conjunto com o

Departamento de Educação Básica – DEB e a

Superintendência da Educação – SUED;

e) Fechamento do ano letivo.

II. Período do 1º semestre letivo;

III. Período do 2º semestre letivo;

IV. Início das aulas

V. Término das aulas

VI. Férias para os alunos

VII. Período de férias para os professores;

VIII. Recessos concedidos aos professores.

Além disso, cabe à instituição definir as datas de Complementação de Carga

Horária (diurno e noturno), caso seja necessário para garantir aos estudantes os 200

dias letivos e 800 horas de atividade escolar. Os feriados municipais deverão atender

às leis e/ou decretos municipais. E, o mesmo é construido coletivamente, aprovado

pelo Conselho Escolar e homologado pela mantenedora.

4.2 Projetos desenvolvidos no Colégio

Conforme ações previstas pelo coletivo no Plano de Ação do Colégio, pretende-

se desenvolver alguns projetos pedagógicos na instituição, com o intuito de melhorar

a aprendizagem dos alunos por meio do incentivo para a exposição de seus trabalhos

e o reconhecimento do mérito pelo bom desempenho escolar.

Page 54: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO …

54

4.2.1 EXPOANCHIETA

a) Objetivos:

• Apresentar para a comunidade escolar os trabalhos realizados pelos alunos.

• Conscientizar da importância que o trabalho elaborado trará para o

aprimoramento dos conhecimentos dos alunos, nas diversas áreas do saber.

b) Encaminhamentos:

A exposição pretendida acontecerá no último trimestre de cada ano e será

organizada de forma que os trabalhos desenvolvidos pelos alunos, sob a direção e

orientação de seus professores, no decorrer do ano letivo.

A exposição dos trabalhos será desenvolvida através da organização de murais

com imagens, textos, fotografias, poemas entre outros, relacionados aos conteúdos

que foram estudados. Além disso, contará também com experimentos, apresentações

culturais e artísticas. Dentre essas apresentações estarão contempladas a exposição

de conteúdos em vídeos, imagens e slides, além de danças artísticas, teatros, recitais

de poesia, trabalhos em tela, pinturas e demais trabalhos manuais realizados nas

diversas disciplinas.

c) Recursos:

• Datashow e notebook;

• Laboratório de informática;

• Internet;

• Murais do Colégio;

• Materiais de consumo.

d) Período:

Segunda quinzena de outubro.

e) Avaliação:

A EXPOANCHIETA será avaliada por toda comunidade escolar, por meio da

manifestação de opinião e sugestões para cada nova edição. Além disso, os

professores e funcionários, juntamente com direção e equipe pedagógica avaliarão

em momento de reunião pedagógica. Do mesmo modo, os alunos poderão dar seu

parecer sobre a atividade por meio do Grêmio Estudantil.

A atividade também será avaliada de acordo como o número de visitantes.

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55

4.2.2 ALUNO DESTAQUE

a) Objetivos:

• Valorizar o empenho e dedicação para os estudos.

• Incentivar, sobretudo, cada vez mais alunos a alcançarem melhores resultados

na aprendizagem, por meio do respeito às normas de convivência do Colégio,

respeitando princípios como a assiduidade e pontualidade.

b) Encaminhamentos:

O Aluno Destaque ocorre no Colégio Estadual José de Anchieta – EFM, sua

participação é voluntária e gratuita, de caráter exclusivamente incentivador

cultural/educacional, e aberto à todos os alunos do Ensino Fundamental e Médio.

Os alunos para serem Aluno Destaque devem ser frequentes às aulas,

participar das atividades acadêmicas, ter bom relacionamento interpessoal, sendo que

será verificado nos registros do Colégio se não há nada que desabone a boa conduta

do aluno. Serão também destaques os alunos que representarem o Colégio em

eventos externos.

Ao final de cada trimestre, (a partir de 2017 ao final dos dois primeiros

trimestres) o próprio Colégio identificará os alunos que alcançaram os objetivos, e a

premiação serve com um estímulo para àqueles que não foram indicados

anteriormente para que se superem, pois as chances são iguais para todos.

A premiação em geral, consiste em um certificado de Honra ao Mérito conferido

pelo Conselho Escolar do Colégio Estadual José de Anchieta – EFM, em cada

trimestre. O aluno que for destaque nos dois primeiros trimestres receberá, ao final do

ano, uma viagem de estudos, além de uma camiseta de “Aluno Destaque”. Aqueles

que não alcançarem nos dois trimestres, farão parte de um Livro/álbum do Colégio,

que evidenciará todos aqueles que, de alguma forma, foram destaque nas atividades

escolares.

Esta é uma forma de estimular os alunos a melhorar sua aprendizagem, bem

como, contribuir com o bom comportamento no Colégio, participando ativamente de

projetos organizados pela instituição.

c) Recursos:

• Relatórios do RCO;

• Livros de registros do Colégio;

• Fichas de registro individuais;

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56

• Recursos financeiros para a confecção dos certificados, confecção das

camisetas e do Álbum de destaques do ano, e, para custear as despesas

da viagem de estudos.

d) Período:

Primeiro e segundo trimestre - avaliação.

Terceiro trimestre – premiação.

e) Avaliação:

O “Aluno Destaque” será avaliado na medida que mais alunos forem motivados

a melhorar seu desempenho escolar. Será avaliado anualmente por toda comunidade

escolar, por meio da manifestação de opinião e sugestões para cada nova edição.

Além disso, os professores, juntamente com direção e equipe pedagógica, avaliarão

em momento de reunião pedagógica. Do mesmo modo, os alunos poderão dar seu

parecer sobre a atividade por meio do Grêmio Estudantil.

4.2.3 Projeto de Leitura

a) Objetivos:

• Utilizar estratégias de leitura em favor da construção do conhecimento.

• Desenvolver a leitura, oralidade e escrita de diferentes tipos de gêneros.

• Fomentar o gosto pela leitura, aos docentes e discentes, implementado práticas

diversificadas em todas as áreas do conhecimento.

• Incentivar os alunos a lerem, para ampliar seus conhecimentos no processo

ensino-aprendizagem.

• Ler textos de diversos gêneros com temas relacionados a problemas sociais

para auxiliar na busca de solução como instrumento de transformação eficaz

para a sociedade.

• Usar o poder da palavra como instrumento de denúncia e mobilização para a

prática e multiplicação das iniciativas da construção da paz.

• Apropriar-se de recursos linguísticos para contribuir socialmente com as

iniciativas de ações de tolerância e a responsabilidade social.

• Conhecer e valorizar a diversidade cultural e o estudo das variantes como

forma de expressão.

b) Encaminhamentos:

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57

O Projeto de Leitura é desenvolvido no Colégio Estadual José de Anchieta –

EFM todos os anos. Os professores de Língua Portuguesa utilizam uma hora aula

semanalmente para realizar com as turmas as atividades que envolvem o projeto.

Além disso, o horário escolar está organizado de forma a garantir que, todos os dias

após o intervalo, nos três períodos, os alunos têm quinze minutos para dedicar à

leitura. Os professores e funcionários também são incentivados a fazer a leitura neste

horário.

Paralelamente, os professores de Língua Portuguesa realizam as seguintes

atividades:

• Visita periódica a Biblioteca;

• Leitura individual ou compartilhada com alunos;

• Debates em sala sobre os gêneros lidos;

• Recontarão de assuntos que mais interessam;

• Criação de textos individuais e coletivos com a descrição das estruturas

que envolvem cada gênero (fato, personagens, tempo, ponto de vista,

narrador);

• Realização de estudos individuais e coletivos contidos nas obras;

• Transposição de textos estudados em outros gêneros textuais (resumos,

resenhas, paródias, poesias, tiras, histórias em quadrinhos, notícia,

propaganda e outras);

• Produções textuais que possibilitem aos alunos elaborarem um final

diferente para as histórias lidas, desenvolvendo a criatividade;

• Representações artísticas como: Teatro, poesia, poemas, paródias,

cartaz, imagens, piadas, entre outras.

c) Recursos:

• Acervo bibliográfico da Biblioteca Professora Clair Dahmer Mumbach.

• Livros didáticos.

d) Período:

Primeiro e segundo trimestre - avaliação.

Terceiro trimestre – premiação.

e) Avaliação:

O Projeto de Leitura será avaliado na medida que mais alunos forem motivados

a ler, demonstrando gosto e, consequentemente, melhorando seu desempenho

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escolar. Será avaliado anualmente por toda comunidade escolar, por meio da

manifestação de opinião e sugestões para cada nova edição. Além disso, os

professores, juntamente com direção e equipe pedagógica, avaliarão em momento de

reunião pedagógica. Do mesmo modo, os alunos poderão dar seu parecer sobre a

atividade por meio do Grêmio Estudantil.

4.3 Ações Didático Pedagógicas

4.3.1 PROEMI

O Colégio Estadual José de Anchieta – EFM aderiu ao Programa Ensino Médio

Inovador – ProEMI, implementando uma carga horária diária de 5h de atividades para

o desenvolvimento do referido programa. Na ocasião da adesão, o número de

estudantes no Ensino Médio era de 227 alunos, cujas matrículas distribuíam-se entre

os períodos da manhã e noite.

Para a implementação do programa foram selecionados os seguintes Campos

de Integração Curricular:

• Acompanhamento Pedagógico (Língua Portuguesa e Matemática)

• Iniciação Científica e Pesquisa

• Mundo do Trabalho

• Protagonismo Juvenil

• Comunicação, Uso de Mídias e Cultura Digital

Depois de realizada a adesão ao programa, coube à comunidade escolar

elaborar uma Proposta de Redesenho Curricular, com vistas a prever ações que

contemplem os Campos de Integração Curricular selecionados. Conforme orientação

da SEED, no seu Plano de Atendimento Global,

É importante que as instituições de ensino, ao realizarem a adesão do ProEMI, reúnam seus coletivos e reflitam à luz dos documentos orientadores (Documento Orientador do Programa Ensino Médio Inovador, Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Paraná, Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, Orientações Curriculares e Projeto Político Pedagógico), analisando os índices de rendimento escolar, identificando as principais dificuldades, desafios, metas a serem alcançadas, estratégias e ações necessárias para a superação dos problemas constatados. Ressaltamos a necessidade de que todas as propostas planejadas partam das necessidades apresentadas pela realidade de cada instituição e sejam construídas e elaboradas pela comunidade escolar, com a participação efetiva dos

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estudantes do Ensino Médio. As ações integradas devem partir da Proposta Pedagógica Curricular das instituições, se incorporarem ao Plano de Trabalho Docente e se efetivarem na prática realizada em sala de aula. (SEED, 2015).

Desta forma, tomou-se o cuidado para que houvesse a participação do coletivo

da instituição, assim como, foram considerados os indicadores e taxas que indicam a

distorção idade/série, bem como o rendimento escolar dos alunos do Colégio, para

que as ações fossem definidas.

Os projetos com as ações previstas para os respectivos Campos de Integração

Curricular que compões a Proposta de Redesenho Curricular constarão em

documento próprio.

4.3.2 CELEM

Com oferta extracurricular e gratuita de língua estrangeira no Colégio, o Centro

de Línguas Estrangeiras Modernas - CELEM é destinado a alunos, professores,

funcionários e à comunidade. Neste estabelecimento de ensino optou-se pelo ensino

do idioma da Língua Espanhola e funciona no período intermediário, como Atividade

Curricular Complementar.

Oferta-se o Curso Básico: 2 (dois) anos de duração (320 h), com 4 (quatro)

horas/aula semanais distribuídas em dois. Em função da demanda, não são ofertadas

as duas turmas todos os anos. Neste ano, por exemplo, há a oferta da Turma 1 do

Curso Básico.

O funcionamento do CELEM é acompanhado pelo Núcleo RegionaL de

Educação (NRE), que atende as orientações definidas pela Coordenação do CELEM

/SEED.

A Proposta Pedagógica Curricular do Programa constará na PPC.

4.4 Ações referentes à Flexibilização Curricular

Neste estabelecimento de ensino a flexibilização curricular será ofertada

levando em consideração os estudantes público-alvo da educação especial, os

estudantes atendidos pelo Serviço de Apoio à Rede Escolarização Hospitalar/SAREH,

estudantes afastados pelo Decreto-Lei nº 1044/69 e pela Lei nº 6202/75, atendimento

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60

aos estudantes em cumprimento de medida socioeducativa, estudantes do Programa

de Aceleração de Estudos (PAE) e outras situações que requeiram a flexibilização

curricular.

4.5 Proposta Pedagógica Curricular

A Proposta Pedagógica Curricular deste estabelecimento constitui um

documento que fundamenta e sistematiza a organização do conhecimento no

currículo. Expressa os fundamentos conceituais, metodológicos e avaliativos de cada

disciplina/componente curricular/áreas do conhecimento, elencados na Matriz

Curricular, assim como os conteúdos de ensino dispostos de acordo com as Diretrizes

Curriculares Nacionais, Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para

a Rede Estadual de Ensino e demais leis vigentes, por etapas e modalidades de

ensino.

A Proposta Pedagógica Curricular, é constituída pelos seguintes elementos:

a) Matriz Curricular contemplando as disciplinas da Base Nacional Comum e

da Parte Diversificada, indicando a etapa e modalidade de ensino a que se destina;

b) Forma de organização do conhecimento no currículo: apresentação dos

fundamentos teóricos metodológicos, objetivos, conteúdos, avaliação e referências de

cada disciplina/componente curricular/áreas do conhecimento.

A integralidade da PPC constará em documento próprio.

4.5.1 Proposta Pedagógica Curricular do Programa de Atividades de Ampliação de

Jornada

A Proposta Pedagógica Curricular do Programa de Atividades de Ampliação de

Jornada Escolar contempla as atividades do CELEM; Salas de Apoio à Aprendizagem

de Língua Portuguesa e Matemática; Modalidade Esportiva Individual Tênis de Mesa;

Modalidade Esportiva Coletiva – Futebol. As propostas do programa estão

organizadas com os seguintes elementos: objetivos, conteúdos (relações

interdisciplinares articuladas com a proposta pedagógica curricular das disciplinas da

instituição de ensino), encaminhamentos metodológicos, avaliação, resultados

esperados e referências bibliográficas.

A referida Proposta Pedagógica Curricular – contemplando o Programa de

Atividades de Ampliação de Jornada Escolar está em consonância com as Diretrizes

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Curriculares Nacionais, Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para

a rede estadual de ensino e demais leis vigentes.

A Proposta Pedagógica Curricular do Programa de Atividades de Ampliação de

Jornada constará na PPC do Colégio.

V LEGISLAÇÕES ARTICULADAS AO CURRÍCULO

Firmando o compromisso com a formação humana integral, tendo como base

os ideais de equidade, de igualdade, de ética, de justiça social, de solidariedade e de

democracia, apontamos as Legislações que estão articuladas ao currículo:

• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9394/96.

• Diretrizes Curriculares Nacionais

• Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná

• Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica

• Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove)

anos

• Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio

• Diretrizes Operacionais para o atendimento educacional especializado

na Educação Básica, modalidade Educação Especial

• Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-

Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

• Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos

• Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental

• Educação Ambiental (Lei Federal 9597/99 e Decreto 4201/02)

• História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena (Lei Federal 11645/08)

• Educação Fiscal e Tributária (Decreto 1143/99 e Portaria 413/02).

• História e Cultura Afro-brasileira e Indígena Lei 11.645/08

• Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente - Lei Federal

11525/07

As legislações acima citadas serão cumpridas por meio de trabalho pedagógico

desenvolvido pelos professores, com ações em sala de aula nos momentos em que

os conteúdos corresponderem e contribuírem com tais temas. Além disso, o Colégio

também organizará, eventualmente, campanhas, palestras, debates, oficinas, de

forma que os alunos sejam orientados a respeito dos referidos temas.

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Complementarmente, serão estabelecidas parcerias com outras entidades ou

instituições com a possibilidade de trazer outros profissionais para trabalharem com

os alunos e professores.

VI AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A avaliação institucional é um instrumento de organização da escola como um

todo que visa a analise do funcionamento e andamento das atividades propostas,

orientadas pelo documento do PPP.

Ao longo do ano letivo são desenvolvidas diversas ações que possibilitam

elencar e definir os rumos que devem ser seguidos para o bom andamento da

instituição. Dentre essas ações podemos citar o plano de ação, que é o documento

norteador de todas as ações e metas a serem realizadas.

Outra forma de realizar o processo acontece por meio das reuniões

pedagógicas, nas quais são repassadas informações de como proceder na

organização do trabalho docente, na elaboração do PTD, sobre o regimento escolar,

e o processo avaliativo dos conteúdos trabalhados na sala de aula.

Além disso, ao final de cada trimestre é realizado o pré- conselho, que consiste

na análise e discussões sobre o rendimento induvidual e coletivo, bem como

questionar a organização da escola e sugerir alternativas para o melhor andamento

do ambiente escolar. Após o pré-conselho ocorre o conselho de classe no qual os

professores, equipe pedagógica e gestores, analisam a partir dos resultados obtidos

nas avaliações, o crescimento e o rendimento obtido de forma individualizada e

debatem sobre a disciplina e o comportamento dos alunos, elencam alternativas para

tentar solucionar os problemas apontados bem como avançar no processo educativo.

Ainda temos o instrumento da avaliação de avanços e progressões de todo o

quadro efetivo dos funcionários, realizados a cada dois anos, que possibilita a

promoção remuneratória, estimula a participação em formações de qualificação

profissional e a assiduidade e comprometimento para com a instituição de ensino.

Para obter uma maior amplitude e melhores resultados nas ações propostas,

busca-se a ampliação dos processos avaliativos. Um instrumento que pode ser

utilizado é a elaboração de um questionário online diagnóstico, qualitativo e

quantitativo, com questões objetivas que abordem todos os setores da escola, este

deverá ser realizado a cada dois anos coencidindo com o térimino da gestão.

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Outra sugestão é a elaboração de um painel expositivo que demonstre as

metas e as ações a serem alcançadas pelo coletivo da escola. Este painel será

formulado a partir das propostas elencadas no plano de ação.

VII ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP

O trabalho de construção do Projeto Político Pedagógico aconteceu

coletivamente e teve início no segundo semestre de 2016. Essa construção partiu das

necessidades percebidas por meio de instrumentos de diagnóstico aplicados a todos

os segmentos, que foram analisados pelo grupo de professores, juntamente com a

direção e equipe pedagógica. A participação das famílias, alunos e funcionários deu-

se nos momentos de aplicação dos instrumentos avaliativos e, também, quando da

definição de algumas ações.

A partir de sua aprovação, este documento e, mais especificamente as ações

nele previstas, precisam ser avaliadas periodicamente para que, de fato, suas

propostas sejam empreendidas. Para tanto, pretende-se fazer a leitura anual, nos

momentos coletivos de elaboração do Plano de Ação da Escola, sempre no início de

cada ano letivo, para garantir o maior esforço na sua implementação.

VIII REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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