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Mateus 25.6 da Meia-Noite www.chamada.com.br OUTUBRO DE 2006 • Ano 37 • Nº 10 • R$ 3,50

Chamada Da Meia-noite 10-2006

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Mateus 25.6da Meia-Noite www.chamada.com.br OUTUBRO DE 2006 • Ano 37 • Nº 10 • R$ 3,50

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Índice4

5

16

20

Prezados Amigos

O Futuro dos Estados Unidos

e da Europa à Luz do Apocalipse

Do Nosso Campo Visual• A espiral de Romanos 1 - 16

Aconselhamento Bíblico• Sábado ou domingo?

Publicação mensal

Administração e Impressão:Rua Erechim, 978 • Bairro Nonoai90830-000 • Porto Alegre/RS • BrasilFone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385E-mail: [email protected]

Endereço Postal:Caixa Postal, 168890001-970 • PORTO ALEGRE/RS • Brasil

Preços (em R$):Assinatura anual ................................... 31,50

- semestral ............................ 19,00Exemplar Avulso ..................................... 3,50 Exterior - Assin. anual (Via Aérea) US$ 28.00

Fundador: Dr. Wim Malgo (1922-1992)

Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf

Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake

Diagramação & Arte: Émerson Hoffmann

INPI nº 040614Registro nº 50 do Cartório Especial

Edições InternacionaisA revista “Chamada da Meia-Noite” é pu-blicada também em espanhol, inglês, ale-mão, italiano, holandês, francês, coreano,húngaro e cingalês.

As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores.

“Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí ao seu encontro” (Mt 25.6).

A “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite”é uma missão sem fins lucrativos, com o obje-tivo de anunciar a Bíblia inteira como infalívele eterna Palavra de Deus escrita, inspiradapelo Espírito Santo, sendo o guia seguro paraa fé e conduta do cristão. A finalidade da“Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é:

1. chamar pessoas a Cristo em todos os lugares;

2. proclamar a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo;

3. preparar cristãos para Sua segunda vinda;4. manter a fé e advertir a respeito de falsas

doutrinas

Todas as atividades da “Obra MissionáriaChamada da Meia-Noite” são mantidas atra-vés de ofertas voluntárias dos que desejamter parte neste ministério.

Chamada da Meia-Noite

13Rute - Um Troféu da Graça de Deus

www.Chamada.com.br

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4 Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006

Neste mês de outubro a Chamada da Meia-Noite estará realizando o VIII Congresso Proféticoem Poços de Caldas/MG. Ao pensar nesseevento, fui lembrado do duplo elogio que oSenhor glorificado fez à igreja de Filadélfia:“...guardaste a minha palavra... Porqueguardaste a palavra da minha perseverança” (Ap3.8,10). Guardar a Palavra do Senhor não erafácil naquele tempo, e hoje também não é. Masesses cristãos se agarravam firmemente a seuSenhor e à Sua Palavra. Quem se firma em Deusterá sua vida direcionada pelo que Ele diz. Nadaconseguia demover os cristãos de Filadélfia dessapostura firme de guardar a palavra do Senhor.Imperturbável e pacientemente seguiam pelocaminho estreito em direção ao seu maravilhosoalvo! Assim como o Senhor Jesus perseverou esofreu a fim de consumar a obra da Salvação eglorificar o Pai aqui na terra, esses cristãosprimitivos também perseveraram pacientemente,“olhando firmemente para o Autor eConsumador da fé, Jesus” (Hb 12.2).

“A Palavra da minha perseverança...” Essaexpressão encontrada no livro do Apocalipse foiusada pelo Senhor elevado, que espera à destrade Deus até que haja entrado a plenitude dosgentios (veja Rm 11.25) e até que Deus, o Pai,cumpra Sua promessa de “colocar os Seusinimigos debaixo dos Seus pés” (veja Sl 110.1).Essa é a esperança viva, a real espera dopequeno rebanho. É o que ansiamos ver e é noque nos firmamos, ainda que os acontecimentosao nosso redor parecem provar exatamente ocontrário. Podemos aprender com o exemplo doscristãos de Filadélfia, bem como dos deTessalônica, dos quais o apóstolo Paulo escreveuque lembrava continuamente, diante de nossoDeus e Pai, o que eles tinham demonstrado: “otrabalho que resulta da fé, o esforço motivadopelo amor e a perseverança proveniente daesperança em nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts1.3, NVI). Naquela época os cristãos passavampor perseguição e desprezo, e havia o perigo docansaço interior, da acomodação e da tentaçãode escolher o caminho mais confortável. Talvezvocê esteja na mesma situação. É bem verdadeque vivemos em um país com liberdade de culto,mas o desprezo e a discriminação dos discípulosde Jesus está aumentando. Zombadores dizem:“O que houve com a promessa da sua vinda?”(2 Pe 3.4, NVI). Isso faz com que a oração doapóstolo seja tão atual para nós: “Ora, o Senhorconduza o vosso coração ao amor de Deus e àconstância de Cristo” (2 Ts 3.5). Portanto,também oremos uns pelos outros e, durante os

dias de Congresso,permitamos que o Senhornos equipe e renove nossasforças ao voltarmos nossoscorações a Ele e aoouvirmos o que a Sua Palavra tem a nos dizer.

Temos uma promessa maravilhosa do Senhor:“...bem-aventurados são os que ouvem a palavrade Deus e a guardam” (Lc 11.28)! Bem-aventurados significa felizes. Somos realmentefelizes quando ouvimos a Palavra de Deus emabundância e a guardamos. Mas na prática o quesignifica “guardar”? A parábola do semeador nosfornece a resposta: “A que caiu na boa terra sãoos que, tendo ouvido de bom e reto coração,retêm a palavra; estes frutificam comperseverança” (Lc 8.15). Se olharmos paradentro de nós, talvez nos sintamos desanimadosou desesperados, pois onde está o fruto emnossas vidas? Em contrapartida, nos ocuparemosde forma consciente com a “Realidade daProfecia”, e queremos contar com o poder divinoda Palavra que pode transformar nossoscorações. Essa semente da Palavra é espírito evida! “Não é a minha palavra fogo, diz o Senhor,e martelo que esmiúça a penha?” (Jr 23.29).

Confessemos com o salmista: “Guardo nocoração as tuas palavras, para não pecar contrati” (Sl 119.11). Se o Senhor e Sua Palavrapreencherem nosso coração, o pecado e o mundocom seus prazeres passageiros não terão espaçoali. Por isso, dias de congresso são etapaspreciosas e muito úteis em nossa caminhada como Senhor. Oremos para que a Palavra de Deusque iremos ouvir produza muito fruto em nossasvidas e nas vidas daqueles que irão ouvir ou lerem casa as mensagens gravadas ou impressas.“Venho sem demora. Conserva o que tens, paraque ninguém tome atua coroa” (Ap 3.11).

Saudações cordiais,Dieter Steiger

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5Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006

O fundamento desta mensagemvem de dois textos bíblicos: “O se-gundo anjo tocou a trombeta, e umacomo que grande montanha ardendoem chamas foi atirada ao mar, cujaterça parte se tornou em sangue, emorreu a terça parte da criação que ti-nha vida, existente no mar, e foi des-truída a terça parte das embarcações”(Ap 8.8-9).

“Vi emergir do mar uma besta quetinha dez chifres e sete cabeças e, sobreos chifres, dez diademas e, sobre as ca-beças, nomes de blasfêmia. A besta quevi era semelhante a leopardo, com pés

como de urso e boca como de leão. Edeu-lhe o dragão o seu poder, o seutrono e grande autoridade. Então, viuma de suas cabeças como golpeada demorte, mas essa ferida mortal foi cura-da; e toda a terra se maravilhou, se-guindo a besta” (Ap 13.1-3).

A exposição que segue corres-ponde ao conhecimento que tenhoatualmente, sem a pretensão de sa-ber tudo. Farei uma interpretaçãoda profecia bíblica que deve ser en-carada como tentativa de indicarrumos, mas que podem transcorrerde forma diferente em seus deta-lhes.

Uma vez que as expressões pro-féticas da Bíblia são muito comple-xas, e tendo em vista as limitaçõeshumanas, nossas interpretações sópodem ser “em parte”. A melhorinterpretação sempre será o própriocumprimento da profecia, e esteocorrerá com certeza.

Naturalmente, também estouconsciente de que esta avaliaçãodos fatos não se enquadra de formaalguma na cosmovisão políticaatual. Mas esse é justamente o as-pecto maravilhoso na profecia bíbli-ca: que Deus está acima de todaimaginação e política humanas. As-sim, aliás, também foi na época doImpério Babilônico: quando este seencontrava em seu apogeu, os pro-fetas de Deus já anunciavam a suaqueda, que então se aproximou ra-pidamente (veja Dn 5).

A dificuldade emdistinguir entreinterpretação literal esimbólicaNão é fácil encontrar uma chaveque nos indique quais expressõesdo livro de Apocalipse devem serinterpretadas literalmente, e quais

Será que, no futuro, os Estados Unidos terão que abdicar de sua posição de hegemonia no mundo a favorda Europa, passando ao nívelgeral de todas as nações?Será que nessa situação selevantará um novo governomundial dentre os povos,dando origem a uma ordemmundial totalmente nova?

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simbolicamente. Muitas coisas são,sem sombra de dúvida, de naturezasimbólica. Com essa afirmação nãodiminuímos em nada a concepçãoda total inspiração da Bíblia e davalidade absoluta de todas as suasdeclarações.

A seguir, alguns exemplos daSagrada Escritura:

• No primeiro capítulo do Apo-calipse, o Senhor Jesus é descritocomo tendo “os olhos, como chamade fogo”, com pés “semelhantes aobronze polido”, Sua voz “como voz demuitas águas”, e afirma-se que deSua boca “saía-lhe uma afiada espa-da de dois gumes” (Ap 1.14-16).

Certamente essa visão ilustra ale-goricamente a glória suprema do Se-nhor Jesus, que literalmente impõerespeito e veneração. Não se deveentender, a partir desse texto, que oSenhor glorificado tenha, realmente,pés de bronze, ou que de Sua bocasaia uma espada (veja Ct 5.10-16).

• Em Apocalipse 12.1, João vêuma mulher “vestida do sol com alua debaixo dos pés e uma coroa de do-ze estrelas na cabeça”.

Os cristãos que crêem na [vera-cidade da] Bíblia sabem que essamulher é um símbolo do povo deIsrael (doze tribos). Não se crê, lite-ralmente, que tal mulher habita nocéu. O mesmo acontece com a “me-retriz Babilônia” em Apocalipse 17,que simboliza o cristianismo após-tata, e com a “noiva do Cordeiro”em Apocalipse 19, que é uma figurapara simbolizar a Igreja.1

• Com a leitura de Apocalipse13.1, que faz menção de umamonstruosa besta que emerge domar para governar a terra, certa-mente ninguém chegará à conclu-são de que se trata de um animalreal com dez chifres e sete cabeças.Antes, trata-se do caráter do últimogoverno mundial e de seu gover-nante, que é apresentado como re-pugnante e bestial.

• Da mesma forma, não será lite-ralmente uma pedra que cairá docéu (Dn 2) para destruir os reinosterrenos. Trata-se de um símboloque representa a volta de Jesus, quevirá do céu para aniquilar o governomundial do Anticristo e erigir o Seupróprio reino.

A chave para acompreensão corretaComo podemos empregar da me-lhor forma a chave para a distinçãoentre profecia literal e simbólica?Quanto a isso, devemos ter emmente os seguintes pontos:

• Muitas vezes, o esclarecimentode um certo termo bíblico é dadono próprio texto, ou então o signifi-cado é deduzido do contexto dapassagem.

• Outras vezes, um símbolo é in-dicado por expressões como “Vi queera semelhante a...” (Ap 13.2),ou, então, está dito diretamente“Viu-se grande sinal no céu...” (Ap12.1).

• Em outros casos, passagens pa-ralelas indicam que se trata de senti-do figurado, ou seja, de um símbolo.Temos que lembrar sempre o que ocontexto e outras passagens das Es-crituras têm a dizer sobre o assunto.

Vamos considerar esses pontosna exposição do tema.

A montanha que cai no marEm Apocalipse 8.8-9 lemos: “O se-gundo anjo tocou a trombeta, e umacomo que grande montanha ardendoem chamas foi atirada ao mar, cujaterça parte se tornou em sangue, emorreu a terça parte da criação que ti-nha vida, existente no mar, e foi des-truída a terça parte das embarcações”.

Fritz Rienecker, o editor do “Le-xikon zur Bibel”,2 afirmou: “As ex-pressões apocalípticas, além de seu

significado literal, têm sempre umsignificado simbólico”. Concordocom ele. Portanto, na exposição dotexto citado acima, além do signifi-cado literal, eu gostaria de ressaltaro sentido simbólico. Ao fazê-lo, ve-remos que essa maneira de proce-der tem justificativa.

A comparaçãoJoão vê ser lançada no mar “uma

como que grande montanha”. Comisso, ele não queria dizer que viauma montanha ardente, mas algoque parecia assim. Além disso, cha-ma a atenção que esse monte nãocai do céu, mas simplesmente é di-to que “uma como que grande mon-tanha ardendo em chamas foi atira-da ao mar”. Portanto, pode ser des-cartada a hipótese de que se tratesimplesmente de um meteorito. Se-rá que esses versículos indicam queo acontecimento é um sinal sim-bólico?

Os paralelosAo longo de toda a Bíblia é per-

feitamente normal o emprego da fi-gura de uma montanha para des-crever um governo mundial, umpoder político, uma autoridade ouum soberano. Montes simbolizamas colunas da estrutura do universo.

• Assim, o reino vindouro deCristo e Seu governo são descritoscomo uma montanha que enche to-da a terra (Dn 2.35,44-45).

• O poder de Seir, em Edom(Jordânia), também é descrito co-mo um monte: “Assim diz o SE-NHOR Deus: Eis que eu estou contra ti,ó monte Seir, e estenderei a mão con-tra ti, e te farei desolação e espanto”(Ez 35.3).

• Da mesma forma, o poder deSamaria é encarado como ummonte dos povos: “Ai dos que an-dam à vontade em Sião e dos quevivem sem receio no monte de Sa-maria, homens notáveis da principal

6 Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006

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das nações, aos quais vem a casa deIsrael!” (Am 6.1).

• Em Zacarias 4.7, cada potênciaque se levanta contra Jerusalém édescrita como um monte: “Quem éstu, ó grande monte? Diante de Zoro-babel serás uma campina”.

• No tempo do fim, o monte deJerusalém será transformado em se-de de governo do Senhor, e todosos outros montes (potências) serãoaplainados: “Nos últimos dias, acon-tecerá que o monte da Casa do SE-NHOR será estabelecido no cimo dosmontes e se elevará sobre os outeiros, epara ele afluirão todos os povos....Porque o Dia do SENHOR dos Exér-citos será contra todo soberbo e altivo econtra todo aquele que se exalta, paraque seja abatido... contra todos osmontes altos e contra todos os outeiroselevados” (Is 2.2,12,14; veja tambémIs 40.4; 41.15; Sl 46.2; Lc 3.5).

Montes também são a maisalta representação da potênciapolítica, de estabilidade e solidez,na qual o ser humano confia e emque se apóia. No tempo do fim, jus-tamente essa solidez entrará em co-lapso.

O livro do Apocalipse descrevecomo, no tempo do fim, a ira deDeus fará com que todas as segu-ranças deste mundo sejam abaladase naufraguem. O ser humano teráde reconhecer que não existe ne-nhuma segurança longe de Deus, eque todas as certezas erigidas semDeus irão desabar uma após a ou-tra, como num jogo de dominó.Existe apenas uma rocha segura: Je-sus Cristo!

Grande parte da geração jovemde hoje já foi atingida pela insegu-rança, o que fica evidente no se-guinte relato de um jornal:

“Aumentam os problemas psíqui-cos em crianças e jovens”. Para umaparcela crescente da juventude, a vidanão vale mais a pena; pelo contrário,ela representa uma ameaça.

Cada vez mais crianças e jovensdefrontam-se com problemas emocio-nais. Manias, depressão e suicídio naidade jovem não são mais temas queatingem apenas uma parcela da po-pulação. Os pais se encontram sobre-carregados com esses problemas, osjovens nem sequer sabem como pros-seguir – para eles, a vida torna-seuma ameaça”.(3)

Segurança abaladaVoltemos à segurança totalmenteabalada no tempo do fim. Em mi-nha percepção, também a expressãoem Apocalipse 6.12-17 tem um sig-nificado simbólico: “Vi quando oCordeiro abriu o sexto selo, e sobreveiogrande terremoto. O sol se tornou ne-gro como saco de crina, a lua toda, co-mo sangue, as estrelas do céu caírampela terra, como a figueira, quandoabalada por vento forte, deixa cair osseus figos verdes, e o céu recolheu-secomo um pergaminho quando se enro-la. Então, todos os montes e ilhas fo-ram movidos do seu lugar. Os reis daterra, os grandes, os comandantes, osricos, os poderosos e todo escravo e todo

livre se esconderam nas cavernas e nospenhascos dos montes e disseram aosmontes e aos rochedos: Caí sobre nós eescondei-nos da face daquele que se as-senta no trono e da ira do Cordeiro,porque chegou o grande Dia da ira de-les; e quem é que pode suster-se?”

Aqui temos uma visão de comoa ira do Cordeiro tem seu início (v.17). Como se trata apenas do come-ço da ira (os sete selos serão aber-tos), e ainda não da volta imediatade Jesus Cristo, esses juízos são denatureza simbólica. Mais tarde, porocasião de Sua volta, eles ocorrerãoliteralmente (Mt 24.29-30).

• O terremoto (“...sobreveio gran-de terremoto”) aponta para o fato deque no tempo do fim será abaladotudo o que firmava a convivênciahumana até esse ponto.

• As estrelas do céu servem paraorientação. Quando o sol escurece,isso significa que não há mais luz.O homem tornar-se-á espiritual-mente cego. A época de Tribulaçãoque está pela frente trará efeitos ca-tastróficos, especialmente no mun-do ocidental, o chamado Ocidentecristão. Não creio que após o Arre-

As estrelas do céu servem para orientação. Quando o sol escurece, isso significa quenão há mais luz. O homem tornar-se-á espiritualmente cego. A época de Tribulação

que está pela frente trará efeitos catastróficos.

7Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006

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batamento da Igreja, na época emque irromperá a Tribulação, seráfácil converter-se a Jesus. A Bíbliaafirma em 2 Tessalonicenses queDeus enviará trevas e cegará osolhos justamente daqueles que des-prezaram e rejeitaram a verdade“para darem crédito à mentira” (2 Ts2.9-12).

A menção ao fato de que a luase tornará em sangue indica a ocor-rência de guerras. A guerra se espa-lhará neste mundo, ainda no inícioda Tribulação. As estrelas quecaem do céu mostram que não hámais nenhum portador de esperan-ça. E a descrição do céu sendo en-rolado como um pergaminho indicaque no tempo do fim será perdidatoda orientação. Caos e terror rei-narão, os governantes perderão seupoder, autoridades espirituais e mo-rais serão destituídas de todo signi-ficado, e a justiça falhará. O come-ço do desenvolvimento desses sinaisjá se mostra com clareza cada vezmaior. Werner Weidenfeld (daFundação Bertelsmann) descreveexemplarmente a nossa época como“a nova era da insegurança”.4 Nos-sos veículos de comunicação falam

continuamente de tópicos comocrise de confiança, desastres econô-micos, guerras, rumores de guerras,conflitos em todas as partes da ter-ra, temor pelo desemprego, instabi-lidade política, corrupção, imorali-dade e terrorismo crescentes. Tudoisso são indicações claras que apon-tam na direção da ruína geral.

Serão realmente estrelasque cairão sobre a terra?Em Apocalipse 6.13 lemos:

“...as estrelas do céu caíram pela ter-ra...”. Comparemos esse texto bí-blico com Daniel 8.10: “Cresceu atéatingir o exército dos céus; a alguns doexército e das estrelas lançou por terrae os pisou”. Isso aconteceu literal-mente? Não! Pelo contrário, Antío-co Epifânio, em sua época, “pisou”– quer dizer, matou – grandes líde-res e pessoas portadoras de espe-rança do povo judeu. Esse rei éuma prefiguração do Anticristo esua maneira de agir nos últimosdias antes da volta de Cristo.

Em Apocalipse 12.1, Israel écomparado a uma mulher vestidado sol, tendo a lua sob seus pése, sobre a cabeça, uma coroa com

doze estrelas. Isso representa as do-ze tribos de Israel. O que preten-de o Anticristo no tempo do fim?Ele deseja aniquilar o fundamentodo povo judeu, como que “derru-bando os patriarcas do céu”. Elequer aniquilar o povo judeu bíbli-co, quer afastá-lo do plano de sal-vação. Ele irá arrancar as “estre-las” do céu, e as “estrelas”, emparte, “cairão do céu”, pois o po-vo judeu, durante a Grande Tri-bulação, também passará por tre-vas, embora Deus ainda lhe con-ceda graça em meio a tudo isso.

O próprio Senhor Jesus é descri-to na Bíblia como a brilhante “estre-la da manhã” (2 Pe 1.19; Ap 22.16),e como o “sol da justiça” (Ml 4.2).

Por que se implorará aosmontes e rochedos?Após a abertura do sexto selo, a

humanidade implorará aos montese rochedos: “Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta notrono e da ira do Cordeiro, porque che-gou o grande Dia da ira deles; e quemé que pode suster-se?” (Ap 6.16-17).Isso quer nos dizer que a humani-dade buscará proteção junto a po-tências terrenas, mas não mais a en-contrará. Todos os “montes‘, todosos sistemas, leis e organizações hu-manistas, sejam de natureza políti-ca, militar ou econômica (porexemplo, a ONU, a OTAN, etc.),desmoronarão e não poderão maisoferecer nenhuma proteção. Ne-nhum poder terreno poderá ocultarou proteger o ser humano da ira deDeus. A humanidade vacilante bus-cará segurança e se abrigará nessessistemas humanos e terrenos, masna hora da necessidade tudo se re-velará como teoria e não proporcio-nará nenhuma proteção no dia doSenhor (veja Is 2.10; Os 10.8; Lc23.30).

Tudo isso já está a caminho:nesse sentido, a grande maioria das

8 Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006

A introdução do euro deixou o mundo admirado.

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nações encontra-se altamente endi-vidada. Procura-se tapar um buracocom dinheiro emprestado, e assimserá até que não haja mais saída.

Uma potência mundial caiQuando, no fim dos dias, algo se-melhante a um monte em chamasfor lançado ao mar, isso parece in-dicar que, nos dias vindouros, umapotência mundial entrará em colap-so e cairá, para dar lugar a outra.“O segundo anjo tocou a trombeta, euma como que grande montanha ar-dendo em chamas foi atirada ao mar,cuja terça parte se tornou em sangue”(Ap 8.8).

Sobre esse assunto, Benedikt Pe-ters escreveu: “O monte incandes-cente representa uma grande potên-cia que vai a pique”.5 W. Scott co-menta: “O fato desse monte estarem chamas significa que Deus usa-rá essa potência para exercer juí-zo”.6 Da mesma forma o interpretaW. J. Ouweneel, que vê no monteuma grande potência mundial, que,no entanto, não pode ser o ImpérioRomano.7

O profeta Jeremias deixa eviden-te que isso não é de forma algumaimprovável. Ele descreve o ImpérioBabilônico como um monte que ar-de em chamas e perde o seu poder:“Eis que sou contra ti, ó monte quedestróis, diz o SENHOR, que destróistoda a terra” (Jr 51.25a). Babilôniafoi primeiramente empregada comoinstrumento do juízo de Deus sobreas nações, mas também para julga-mento sobre o povo judeu. Os babi-lônios, no entanto, exageraram. Porassim dizer, eles ultrapassaram oslimites colocados por Deus. Assim,finalmente o juízo de Deus veiotambém sobre eles: “...estenderei amão contra ti, e te revolverei das ro-chas, e farei de ti um monte em cha-mas... O mar é vindo sobre Babilônia,

coberta está com o tumulto das suasondas” (Jr 51.25b,42). Se no AntigoTestamento, numa expressão apo-calíptica, se interpreta o impériomundial da época, Babilônia, comoum monte em chamas que é lança-do ao mar e depois equiparado aomar de povos, ou seja, aos povos domundo (deixando de ser o montemais elevado), esse não poderia sero caso em Apocalipse 8.8-9? Esseparalelo certamente não se encontraem vão na Bíblia!

O que parece uma grande mon-tanha “arde em chamas” (Ap 8.8).Isso significa que, por meio dessapotência, Deus exercerá juízo nomundo. Assim, a “terça parte se tor-nou em sangue”. Muitos comentaris-tas, apoiando-se em Jeremias 15.9,afirmam que essa é uma referênciafigurada à guerra.

A queda dessa potência mundial......terá conseqüências fatais para amaior parte da população do mun-do: “...e morreu a terça parte da cria-ção que tinha vida, existente no mar, efoi destruída a terça parte das embarca-ções” (Ap 8.9). O“mar” também éuma figura empre-gada para represen-tar as nações (mardos povos); ele é in-quieto, sempre estáem movimento (Sl125.2-5; Is 17.12-13; Ez 26.3; Dn7.2-3; Ap 13.1;17.1-15).

O monte cai desua posição firmepara dentro do marinquieto de ummundo turbulento,causando efeitoscatastróficos sobretoda a vida na terra.

É muito interessante que, na Bí-blia, a “abundância do mar” tam-bém significa “a riqueza das na-ções”: “porque a abundância do marse tornará a ti, e as riquezas das na-ções virão a ter contigo” (Is 60.5).Portanto, é bem provável que, coma queda dessa potência mundialtambém se perderá um terço daeconomia mundial, do comércio, dacomunicação e das riquezas globais.Como resultado, incontáveis pes-soas perderão seu meio de subsis-tência e sua vida. Com reservas,perguntamo-nos:

Poderia a figura domonte referir-se aosEstados Unidos?Na atualidade, sem dúvida os Esta-dos Unidos da América represen-tam o “monte” que se eleva acimade todos os outros montes, ou seja,das nações. Diante do poder dosEstados Unidos, todas os outrospovos são como planícies. Mas, es-sa situação permanecerá assim?

Não afirmo que os Estados Uni-dos cairão completamente, mas tal-vez perderão sua supremacia, tendo

9Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006

Por meio da expansão para o Leste em maio de 2004,houve um acréscimo de cerca de 75 milhões

de pessoas à União Européia.

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que reparti-la ou entregá-la às de-mais nações do mundo. O montese erguia bem alto acima do marpor algum tempo, firme e grandecomo um império. No entanto, foilançado ao mar e tomado pelas na-ções ou nivelado ao restante dospovos. Provavelmente isso nãoacontecerá antes do Arrebatamentoda Igreja.

Os Estados Unidos da América,como potência mundial, poderiam serum instrumento do juízo de Deus so-bre o mundo, mas também poderiamfracassar nessa tarefa. Essa nação seencontra, como é do conhecimentogeral, envolvida numa guerra no Ira-que. Os Estados Unidos também seencontram em conflito com a Coréiado Norte e o Irã. A ameaça do terro-rismo está presente de forma constan-te e real. Há cheiro de guerra no ar!

Uma reportagem na revista ale-mã Der Spiegel me impressionou:“Como Roma, a antiga potênciamundial, há dois mil anos, assim osEstados Unidos dominam hoje o

planeta, contando com trinta gran-des bases militares espalhadas pelomundo. Entretanto, o Império Ro-mano fracassou em sua expansãoimperial ao ter que manter subjuga-dos, em muitas frentes e ao mesmotempo, os povos germânicos, os per-sas e outros bárbaros... A participa-ção dos Estados Unidos na produ-ção mundial representa atualmentepouco menos de um terço...”.8 Pode-mos imaginar o que significaria paraa humanidade se o poder dos Esta-dos Unidos entrasse em colapso.Teríamos então uma crise financeirade extensão jamais vista!

Apesar disso, devemos lembrarque, de qualquer forma, Deus con-tinua no comando, pois Ele “multi-plica as nações e as faz perecer; disper-sa-as e de novo as congrega” (Jó12.23). Ele remove montanhas“sem que saibam que ele na sua ira ostranstorna” (Jó 9.5). Repito: umamontanha não tem consciência denada; portanto, a Bíblia deve estarse referindo a algo diferente.

A besta que surge do mar“Vi emergir do mar uma besta que ti-nha dez chifres e sete cabeças e, sobreos chifres, dez diademas e, sobre as ca-beças, nomes de blasfêmia... Então, viuma de suas cabeças como golpeada demorte, mas essa ferida mortal foi cura-da; e toda a terra se maravilhou, se-guindo a besta” (Ap 13.1,3).

Da massa inquieta dos povos –agitada política e socialmente – er-gue-se um último governo mundial,que precede a volta de Jesus. Seriapossível que

• os Estados Unidos da Américaterão que ceder sua supremacia nomundo à Europa, nivelando-se aomar dos povos, e

• que, a partir dessa situação, seerguerá, de entre o mar dos povos,um novo governo mundial, e que

assim se chegará a uma real novaordem mundial?

Todo o mundo ficará admirado com essa bestaA razão é que sua ferida mortal

será curada e ela será despertada pa-ra nova vida. Assim se descreve o re-nascimento de um governo mundial(Roma), que havia acabado, masque ressurgirá e, no fim dos dias, go-vernará novamente a terra. O mun-do não ficaria admirado diante dopoderio dos Estados Unidos, poiseles já são uma potência mundial.Além disso, essa nação não estevemorta para depois ressurgir. Se, noentanto, entrasse em cena uma po-tência mundial totalmente nova, se-melhante a uma que já existiu, entãoo mundo todo ficaria estupefato.

Nos Estados Unidos há uma ad-miração em relação à Europa. Real-mente, o que aconteceu na Europaapós a Segunda Guerra Mundial éempolgante:

• Dos destroços da Europa er-gueu-se o fundamento para a UniãoEuropéia;

• De uma Europa desunida, cu-jos povos guerreavam uns contra osoutros durante séculos, nasceu umaunião ímpar de comércio, de paz ede liberdade democrática;

• A introdução do euro deixou omundo mais uma vez admirado.Essa moeda até mesmo superou ovalor do dólar norte-americano.Um ano antes ninguém acreditavaque isso fosse possível;

• A empresa européia Airbus jásuperou a fabricante americana deaviões Boeing no número de enco-mendas de novas aeronaves;

• A Europa parece crescer inces-santemente. O que era impensávelhá uma década, torna-se repentina-mente realidade: o envio de tropaseuropéias a regiões de conflito e aexpansão em direção ao Leste. Pormeio dessa expansão, de uma só

10 Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006

11 de setembro de 2001 – O dia quemudou o mundo: “Como Roma, a antiga potência mundial, há dois milanos, assim os Estados Unidos dominam hoje o planeta, contando com trinta grandes bases militares espalhadas pelo mundo. Entretanto, oImpério Romano fracassou em suaexpansão imperial ao ter que mantersubjugados, em muitas frentes e aomesmo tempo, os povos germânicos,os persas e outros bárbaros...” (Der Spiegel).

Page 11: Chamada Da Meia-noite 10-2006

vez, houve um acréscimo de cercade 75 milhões de pessoas à UniãoEuropéia em maio de 2004.

Isso não é de admirar?Numa reportagem a respeito da ex-pansão da Europa em direção aoLeste a revista Der Spiegel registrouo seguinte:

O Velho Mundo se renova. Umapotência mundial encontra-se em pro-cesso de formação. Setenta e cinco mi-lhões de novos cidadãos europeus...na União Européia de 25 membros vi-vem 451 milhões de pessoas, num ter-ritório de quatro milhões de quilôme-tros quadrados. A gigantesca econo-mia – com 9.200 bilhões de euros, seuProduto Interno Bruto é quase tãogrande como o dos Estados Unidos –possivelmente mudará seu status deanão político, e um dia terá constitui-ção própria, como já possui moedaprópria, e seu próprio exército será obraço armado de uma política de se-gurança externa conjunta... Finalmen-te estão surgindo os “Estados Unidosda Europa”, dos quais Winston Chur-chill ousou falar em meio aos escom-bros do continente destruído ainda em1946.9

Será possível que, no futuro,os Estados Unidos perderãosua supremacia isolada?Desse modo, um terço da eco-

nomia mundial seria prejudicada.Será que, por intermédio da deca-dência da América, a Europa se for-talecerá na forma de um “ImpérioRomano reavivado”? De qualquerforma, quero frisar que a futura po-tência mundial não se limitará àEuropa, mas também incluirá aONU (Ap 6.2) e, assim, igualmenteos Estados Unidos, porém não maisno papel de única potência mun-dial, como acontece na atualidade.

No tocante à guerra no Iraque, oDr. Immanuel Wallerstein já opina-

va: “Essa guerraabalará o mundoárabe, bem comoa América, e acele-rará a separaçãoentre a Europa eos Estados Uni-dos”.10 Outra afir-mação de pesqui-sadores sobre o fu-turo merece sercitada:

Se os terroristastiverem sucesso emoutros atentados se-melhantes aos do11 de setembro noOcidente, teremos aameaça de comple-ta bancarrota de grandes segmentosda economia... Uma guerra contra oterrorismo, prolongada e possivelmen-te com grandes prejuízos, poderia tercomo conseqüência a separação entreos Estados Unidos e a Europa, quepassaria a formar um novo bloco coma China e outros países da Ásia. Des-se modo, e também porque os investi-dores preferirão empregar seu dinhei-ro na Europa ou na Ásia, os EstadosUnidos perderão seu papel hegemôni-co no mundo.11

Para a Europa ainda falta o“homem de confiança”Ele deverá possuir o carisma, a

grandeza e o poder para controlar omundo.

Em relação ao crescimento daEuropa, especialistas também ad-vertem que sua ampliação traráameaças por meio de grupos de ma-fiosos e corrupção generalizada, po-dendo levar ao caos, de tal formaque a Europa poderá tornar-se in-governável e impossível de ser su-pervisionada. Em conseqüência dis-so, um presidente único poderiaoferecer a solução dos problemas.

No entanto, uma coisa já sa-bemos hoje: os desenvolvimentos

em direção ao tempo do fim estãoem curso e vão aumentando sua ve-locidade.

Depois que a última besta emer-giu do mar, Daniel viu o Filho dohomem vindo nas nuvens do céu pa-ra erigir um reino mundial, seme-lhante a um monte que preenche to-da a terra (Dn 2 e 7). Todos osacontecimentos neste mundo se diri-gem para esse evento mundial maior.Por isso todos nós devemos, de for-ma imediata e consciente, orientarnossa vida para esperar o Senhor Je-sus Cristo, que está voltando!

Nosso Senhor vem –estamos preparados?Em Apocalipse 22.16-17 lemos:“Eu, Jesus, enviei o meu anjo paravos testificar estas coisas às igrejas. Eusou a Raiz e a Geração de Davi, abrilhante Estrela da manhã. O Espíri-to e a noiva dizem: Vem! Aquele queouve, diga: Vem! Aquele que tem sedevenha, e quem quiser receba de graça aágua da vida”. As profecias no livrodo Apocalipse foram registradas pa-ra a orientação da Igreja de Jesus,para que ela compartilhe com omundo o que Deus está por fazer.

11Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006

Atualmente, os EUA representam pouco menos de umterço da economia mundial.

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Mas as profecias também servemcomo alerta para a preparação parao Arrebatamento que está às portas.

A “brilhante estrela da manhã”aponta para a volta de Jesus para aSua Igreja enquanto o “Sol da justi-ça” significa o retorno de Jesus paraSeu povo, Israel.

Ao longo de toda a nossa vida,somos chamados a preparar-nos pa-ra a volta de Jesus. Pedro escreve:“Por isso, cingindo o vosso entendi-mento, sede sóbrios e esperai inteira-mente na graça que vos está sendo tra-zida na revelação de Jesus Cristo [oArrebatamento]. Como filhos da obe-diência, não vos amoldeis às paixõesque tínheis anteriormente na vossa ig-norância; pelo contrário, segundo ésanto aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todoo vosso procedimento” (1 Pe 1.13-15).

Nesses versículos encontramosadmoestações práticas para cadaum de nós, individualmente, asquais eu gostaria de formular comoapelos:

• Vivamos direcionadosao Arrebatamento!

• Tenhamos a mesmamentalidade de Jesus (Fp2.5-8)!

• Sejamos sóbrios e nãonos deixemos envolver peloperigo dos espíritos entu-siastas e fanáticos do tempodo fim!

• Coloquemos nossaconfiança unicamente nagraça de Deus como funda-mento de nossa vida!

• Sejamos obedientes aoSenhor!

• Não nos amoldemos àscobiças deste mundo, quetão rapidamente tentam do-minar-nos por meio da tele-visão, da literatura, do di-nheiro, de falsos alvos e deoutras coisas semelhantes!

• Retiremos nossos olhosde tudo aquilo que possa sujar nos-sa consciência!

• Distanciemo-nos de tudo o quepode nos levar ao erro!

• Tiremos de nossa vida tudo oque pode impedir a nossa santifica-ção!

• Sejamos santos em todo o nos-so procedimento (não apenas 80%ou 95%, mas 100%)!

Em todo o universoexiste apenas um lugarseguroAbrigos dep r o t e ç ã ocontra a ra-dioatividadeexistem emgrande nú-mero. No en-tanto, a ver-dadeira segu-rança para otempo pre-

sente e para a eternidade nos é ofe-recida apenas pela Rocha que sechama Jesus Cristo. Apenas nEleencontramos verdadeira proteção.Somente diante dEle desaparece otemor do futuro. Unicamente nEleencontramos segurança em meio atoda insegurança!

Aquele que, por meio da conver-são e do novo nascimento, tornou-se propriedade do Filho de Deus,pode clamar juntamente com o sal-mista e com o profeta Isaías: “Por-tanto, não temeremos ainda que a ter-ra se transtorne e os montes se abalemno seio dos mares” (Sl 46.2). “Porqueos montes se retirarão, e os outeiros se-rão removidos; mas a minha miseri-córdia não se apartará de ti, e a alian-ça da minha paz não será removida,diz o SENHOR, que se compadece deti” (Is 54.10).

Não estamos destinados a desa-parecer juntamente com este mun-do, mas a encontrar segurança eter-na junto a Jesus e a transmitir a ou-tros a mensagem da salvação.

Notas:1. Na versão de Almeida, Revista e Atualiza-

da, 2ª edição, consta “esposa”.2. Trata-se de um dicionário bíblico.3. Uster und Züri Oberland Nachrichten,

23/12/2002.4. Topic 8/2002.5. Benedickt Peters, Geöffnete Siegel, p.82.6. W. Scott, Was die Bibel lehrt, p.258.7. W.J. Ouweneel, Das Buch der Offenba-

rung, p.268.8. Der Spiegel, 36/2002.9. Der Spiegel, 50/2002.10. Junge Freiheit, 37/2002.11. Topic, 8/2002.

12 Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006

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A “brilhante estrela da manhã” aponta para avolta de Jesus para a Sua Igreja enquanto o“Sol da justiça” significa o retorno de Jesus paraSeu povo, Israel.

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13Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006

Para alguém familiarizado com a Lei do Antigo Testamento, nagenealogia listada em Mateus 1.5 aparece um nome meio forade contexto – falamos de Rute, uma mulher moabita, pois estáescrito que “Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute, gerou aObede; e Obede, a Jessé”. Segundo padrões meramente legais,Rute representava uma séria ruptura na linhagem do Messias ju-deu. Pelos padrões divinos, porém, ela é um magnífico troféu dasoberania e da graça de Deus.

A história de Rute é contada no Antigo Testamento, no livro queleva seu nome. Durante um dos períodos mais desolados da história deIsrael – a época dos juízes, quando “cada um fazia o que achava mais re-to” (Jz 21.25) – Rute distingue-se como uma mulher caracterizada pordoce humildade, movida por uma fé singela e infantil. Como jovemgentia foi com sua sogra Noemi para a Terra Prometida e deixou umadescendência que inclui seu bisneto Davi, o salmista mais querido deIsrael, e o maior filho do povo judeu, que é Jesus, o Rei dos reis e Se-nhor dos senhores.

A história de Rute começa em Rute 1.1: “Nos dias em que julgavamos juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habi-tar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos”. Deus enviavafome somente em épocas de juízo. Tentando escapar da penúria, Eli-meleque, acompanhado de sua esposa Noemi e de seus dois filhos,Malom e Quiliom, foi para onde a Lei o proibia de ir – a uma terra pa-gã, onde veio a falecer. Seus filhos casaram com mulheres moabitascom quem não tiveram descendentes, e também morreram no estran-geiro. Noemi, já velha e sentindo-se desamparada, decidiu que era ho-ra de voltar para casa, para sua pátria Israel.

Suas duas noras Orfa e Rute resol-veram acompanhá-la em sua jornadade retorno. Para Noemi era um retor-no, mas para as duas mulheres erauma aventura em direção ao desco-nhecido. Mesmo assim, resolveram se-guir viagem com sua sogra. Num de-terminado ponto do caminho, Noemiinstou com as duas para que voltassempara seu lar e disse: “Tornai, filhas mi-nhas! Ide-vos embora...” (Rt 1.12).

Orfa, viúva de Quiliom, voltou pa-ra seu povo. Mas alguma coisa emNoemi havia causado um impacto tãoforte sobre Rute que, apesar dos me-lhores esforços de Noemi para dissua-di-la da viagem e fazê-la voltar paraMoabe, ela jurou acompanhar sua so-gra: “Não me instes para que te deixe eme obrigue a não seguir-te; porque, aon-de quer que fores, irei eu e, onde quer quepousares, ali pousarei eu; o teu povo é omeu povo, o teu Deus é o meu Deus. On-de quer que morreres, morrerei eu e aí se-rei sepultada; faça-me o SENHOR o que

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bem lhe aprouver, se outra coisa quenão seja a morte me separar de ti” (Rt1.16-17).

Então Noemi e Rute partiramjuntas para Israel. Noemi dificil-mente poderia ter chegado a Be-lém com alguém de uma linhagemmenos desejável. A genealogia dosmoabitas remonta aos dias de Ló.Moabe foi o nome dado a um fi-lho nascido da relação incestuosaentre Ló, que estava embriagado,e sua filha mais velha, logo após adestruição de Sodoma e Gomorra(Gn 19).

Mais tarde, os descendentes deMoabe tornaram-se fonte de abor-recimento para os filhos de Israel.Foi o rei moabita Balaque quemmandou contratar o profeta Balaãopara amaldiçoar o povo judeu (Nm22-23). Quando a maldição nãofuncionou e, ao invés disso Deusabençoou os judeus, Balaão aconse-lhou Balaque (Ap 2.14) a provocara ira de Deus atraindo os homensisraelitas à prática de fornicaçãocom as mulheres moabitas. Isso fezcom que Deus enviasse uma pragaque matou vinte e quatro mil israe-litas (Nm 25). Basicamente porcausa desse pecado em Baal-Peor,Deus ordenou que nenhum moabi-ta poderia entrar na assembléia doSenhor: “...nem ainda a sua décimageração...” (Dt 23.3).

Superficialmente, a proibição deum moabita entrar na assembléiasolene de adoração a Deus fazia deRute uma candidata extremamenteinadequada para casar com um is-raelita. Mas Deus não considera asaparências; Ele vê o coração. As-sim, Rute chegou a Belém e foi re-buscar cereal nos campos, apanhan-do o que os segadores deixavam pa-ra trás. Juntar as sobras era uma dasprovisões divinas para alimentaraqueles que não tinham nada. Masera um trabalho difícil, árduo e hu-milhante, que geralmente rendia

pouco. Freqüentemente o grão eradifícil de alcançar, e às vezes erapreciso andar na sujeira para juntaralguma coisa.

Rute foi conduzida pelo Senhora rebuscar nos camposde um homem piedosochamado Boaz, que“deu ordem aos seus ser-vos, dizendo: Até entreas gavelas deixai-a co-lher e não a censureis.Tirai também dos molhosalgumas espigas, e dei-xai-as, para que as apa-nhe, e não a repreen-dais” (Rt 2.15-16).

Boaz contou a Ru-te que a cidade intei-ra sabia que ela haviadeixado sua família emMoabe para vir a Is-rael, tornando-se es-trangeira numa terraestranha. “O Senhor re-tribua o teu feito”, dis-

se-lhe, “e seja cumprida a tua re-compensa do Senhor, Deus de Israel,sob cujas asas vieste buscar refúgio”(Rt 2.12).

Naquela noite, Rute voltou paracasa com grande quanti-dade de cereal. QuandoNoemi perguntou comotinha sido seu trabalho,Rute lhe falou de Boaz.“Bendito seja ele do Se-nhor”, disse Noemi, “queainda não tem deixado asua benevolência nem paracom os vivos nem paracom os mortos... Esse ho-mem é nosso parente che-gado e um dentre os nossosresgatadores” (Rt 2.20).Noemi conhecia a lei docasamento por levirato edecidiu buscar a felicida-de de Rute dando-lheinstruções que pudessemgarantir-lhe um maridoe uma família.

14 Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006

Rute foi conduzida pelo Senhor a rebuscar nos campos de um homem piedoso chamado Boaz, que “deu ordem aos seus servos, dizendo: Até entre as gavelas

deixai-a colher e não a censureis. Tirai também dos molhos algumas espigas, e deixai-as, para que as apanhe, e não a repreendais” (Rt 2.15-16).

Page 15: Chamada Da Meia-noite 10-2006

Era o fim da colheita da cevada,e Boaz estava passando a noite naeira vigiando o grão. Noemi disse aRute para banhar-se, vestir-se e irpara a eira, mas esconder-se paranão ser percebida. “Quando ele re-pousar”, disse Noemi, “notarás o lu-gar em que se deita; então, chegarás elhe descobrirás os pés, e te deitarás; elete dirá o que deves fazer” (Rt 3.4).

Embora hoje essa atitude pareçaestranha e até imoral, era completa-mente consistente com a lei do An-tigo Testamento. Em Deuteronô-mio 25.5-6 Deus providenciou ocasamento por levirato para assegu-rar a continuidade da linhagem fa-miliar. O termo levirato origina-sedo latim e significa “irmão do mari-do”. Rute, moabita, não tinha aobrigação de submeter-se à Lei deIsrael. No entanto, sujeitou-se e pe-diu a Boaz, muito mais velho queela, para fazer o papel de goël, ou“resgatador-redentor”, casando-secom ela segundo a Lei Mosaica pa-ra que ela pudesse ter filhos e darcontinuidade ao nome de seu faleci-do marido.

Normalmente esse pedido teriasido feito em lugar público, porexemplo, na porta da cidade. MasRute era moabita, e Noemi prova-

velmente queriapoupar Boaz dahumilhação públi-ca em caso de re-cusa. Assim, fezcom que Rute fos-se silenciosamenteà eira.

Comovido pelalealdade e bonda-de de Rute, Boazrespondeu: “Tudoquanto disseste eu tefarei, pois toda a ci-dade do meu povosabe que és mulhervirtuosa” (Rt3.11). Porém, ele

informou-a de que havia um resgata-dor mais próximo, o primeiro a ter odireito de casar com ela. Boaz disseque iria à porta da cidade em nomedela para perguntar ao resgatador seele estava interessado no casamento.

Fiel à sua palavra, Boaz foi àporta da cidade e confrontou o res-gatador. Depois de ser informadoque teria que se casar com Rute e“suscitar o nome do esposo falecido, so-bre a herança dele” (Rt 4.5), o resga-tador rejeitou a idéia: “Para mimnão a poderei resgatar”, ele disse,“para que não prejudique a minha(herança); redime tu o que me cum-pria resgatar, porque eu não podereifazê-lo” (Rt 4.6).

Ser um resgatador-redentor eradispendioso. Implicava assumir todasas dívidas e despesas da pessoa resga-tada. No caso de Rute, o goël teria to-da a despesa de sustentar uma famí-lia e zelar por uma propriedade que,no final, nunca seria sua. A Bíblianão especifica as razões que levaramo resgatador a recusar a oferta. Tal-vez ele fosse casado e já tivesse umafamília para sustentar. Qualquer quetenha sido seu motivo, ele pensounas conseqüências e não quis tornar-se redentor. Então Boaz casou-secom Rute, que tornou-se a mãe de

Obede, pai de Jessé, pai de Davi, queveio a ser rei de Israel, de quem des-cenderia Jesus Cristo.

As Escrituras ensinam que o Se-nhor ama toda a Sua criação. Eleescolheu o povo judeu como Seuveículo especial para trazer Sua ver-dade, Sua Palavra, Seu Messias e,por fim, a Si Mesmo para o mundo.A introdução de uma mulher moa-bita na linhagem messiânica enfati-za o fato de que o Messias Jesusveio para redimir a todos, pois nãodeseja que ninguém pereça, seja ju-deu ou gentio (2 Pe 3.9). “Deusamou ao mundo de tal maneira...”(Jo 3.16) não é apenas teologia doNovo Testamento – é uma verdadedefendida pela Bíblia inteira. Deusama a todos!

Como acontece com qualquerum que venha para o caminho deDeus, Rute é um troféu da graça di-vina. Apesar de sua linhagem, elaaceitou o Deus de Abraão, Isaque eJacó, o mesmo que foi também oDeus de Davi, maior rei de Israeldepois do próprio Jesus. Davi aca-bou sendo descendente da linha-gem moabita, através de Rute, comum parentesco bastante próximo.

O livro de Rute revela outragrande verdade, pois proporcionauma bela imagem da redenção dahumanidade que Deus realizouatravés de Cristo, nosso Resgata-dor-Redentor. No Jardim do Éden,Adão e Eva pecaram, arrastando to-da a humanidade para longe deDeus. Ele prometeu redimir aquiloque estava perdido (Gn 3.15). Porisso, teve que tornar-se homem pa-ra que pudesse ser o Resgatador ereadquirir o que já era Seu.

O apóstolo Paulo, ao escreverpara os Filipenses, explicou essaprofunda verdade: “Tende em vós omesmo sentimento que houve tambémem Cristo Jesus, pois ele, subsistindoem forma de Deus, não julgou comousurpação o ser igual a Deus; antes, a

15Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006

Deus escolheu o povo judeu como Seu veículo especial paratrazer Sua verdade, Sua Palavra, Seu Messias e, por fim, a Si Mesmo para o mundo.

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16 Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006

si mesmo se esvaziou, assumindo aforma de servo, tornando-se em seme-lhança de homens; e, reconhecido emfigura humana, a si mesmo se humi-lhou, tornando-se obediente até à mor-te, e morte de cruz” (Fp 2.5-8).

Quando veio à terra, Jesus assu-miu a forma de homem. A palavrapara “forma” é o termo grego mor-phe, raiz da palavra metamorfose.Jesus sempre havia sido Deus; masEle morfou, ou seja, assumiu a apa-rência de homem.

Mas isso não foi suficiente. Eleassumiu a forma do tipo mais infe-rior de homem – de escravo, de ser-vo. De boa vontade um servo decla-rava lealdade e amor a seu senhorpermitindo que, publicamente, lhefosse furada uma orelha com umasovela (Êx 21.5-6). Daquele momen-to em diante, ele sempre seria identi-ficado como servo de seu patrão ecomprometido com seu senhor.

Jesus declarou publicamente Seuamor por nós e permitiu que Seucorpo fosse traspassado na cruz doCalvário. Antes que um corpo fossecriado para Ele (Hb 10.5), Jesus erapuramente espírito, como Deus oPai. Quando veio a ser homem, po-rém, Ele se identificou com a huma-nidade e fez-se nosso Resgatadormais próximo, e essa identificaçãodurará para sempre. Quando che-garmos ao céu, veremos emSeu corpo as marcas de Seuamor por nós. Ele resgatou oque era Seu, pagou o preço eagora somos herança Sua.

Rute, a moabita, real-mente pertence à linhagemdo Messias. Seu lugar nessalista é perfeito. Ela foi umamulher de fé humilde egrande, cujo exemplo Deususa ainda hoje para mos-trar-nos que “pela graça sois

salvos, mediante a fé” (Ef 2.8). Naspalavras de Julia H. Johnston, escri-tora de hinos, a graça do Senhor é“maravilhosa, infinita, graça semigual, livremente concedida a todos osque crêem. Você que anseia ver a facedo Senhor, tenha certeza que um diaestará na Sua presença. (Israel MyGlory)

Tom Simcox é diretor de The Friends of Israelnos estados do Nordeste dos EUA.

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As tendências da sociedade avan-çam nitidamente em rumo descenden-te. Por isso, é cada vez mais importan-te olhar para cima, em direção à voltade Jesus. O fato da Sua volta estarpróxima é demonstrado pelo primeirocapítulo da Carta aos Romanos.

Um leitor nos enviou um recortedo jornal “Frankfurter Allgemeine Zei-tung” (da Alemanha), em que se lê:

Igualdade para homossexuais:uma lei anticristã, hostil à

família e às crianças, ameaça a Alemanha

A “lei da igualdade de tratamento”planejada pela grande coalizão parti-

dária [que governa o país] ultrapassaem muito as diretrizes traçadas pelaUnião Européia, principalmente porcausa da inclusão da “discriminação”por “orientação sexual”.

Por exemplo, de acordo com essalei [alemã], mesmo instituições deno-minacionais (escolas, internatos, enti-dades, etc.) não poderão mais impedira manifestação aberta de relaciona-mentos homossexuais. O direito traba-lhista será colocado acima dos princí-pios da família cristã.

Como se formarão famílias cristãscom muitos filhos se não for mais pos-sível impedir a presença de referen-ciais e influências homossexuais, e até

mesmo a sedução de jovens, nem mes-mo no ambiente familiar mais restritoou no contexto das igrejas?

O comportamento homossexual éinequivocamente condenado no NovoTestamento (veja Rm 1.24ss., 1 Co6.9ss.). Ainda assim, é preciso trataras pessoas com esse tipo de tendênciacom “respeito, compaixão e tato”. (...)

Mas a questão, no caso, é outra:crianças só podem experimentar e vi-ver valores cristãos e uma cultura fami-liar cristã em um ambiente no qual amoral cristã seja valorizada. Só quemestá enraizado nessa moral conseguirásobreviver mais tarde em uma socieda-de tão descristianizada como a nossa.

E é justamente dessas famílias cris-tãs com muitos filhos que a nossa so-ciedade necessita com mais urgência –

A espiral de Romanos 1

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17Chamada da Meia-Noite, outubro de 2006

e não apenas por causa da demogra-fia. Nosso povo precisa de pais emães que cumpram as tarefas específi-cas previstas pela ordem da criação.Essas tarefas dadas pela natureza nãopodem ser mudadas ou redefinidas anosso bel-prazer.

A partir do dia 1º de agosto de2006, qualquer pessoa que defenderabertamente os ensinamentos bíblicosou o ensino moral católico em relaçãoà homossexualidade estará sujeita asofrer pesados processos judiciaisabertos por associações de homosse-xuais. É inevitável que surjam severosconflitos de consciência.

Numa questão em que a maio-ria das igrejas evangélicas refor-madas [da Alemanha] silenciou, aigreja católica romana se manifes-tou de forma bíblica. Será que sóa ela restou coragem suficientepara posicionar-se publicamente?

Vamos usar esse tratamentoigual para homossexuais determi-nado em lei como ponto de parti-da para as seguintes consideraçõessobre o primeiro capítulo da Cartaaos Romanos. Ele nos mostra a es-piral descendente e cada vez maisacentuada dos tempos do fim.

1. Em primeiro lugar, o após-tolo fala da graça de Deus noEvangelho de Jesus e da justiçanele revelada, que vale sem exce-ção para todos que nele crêem:“Pois não me envergonho doevangelho, porque é o poderde Deus para a salvação de to-do aquele que crê, primeiro dojudeu e também do grego; vis-to que a justiça de Deus se re-vela no evangelho, de fé em fé,como está escrito: O justo vi-verá por fé” (Rm 1.16-17). Oevangelho é o poder de Deus paraa salvação. Qualquer pecado podeser perdoado; o presente graciosoda redenção sempre é mais pode-roso do que qualquer culpa, por

maior que esta seja! A injustiçapode ser grande, mas a justiça deDeus é ainda mais poderosa (Rm5.15-21; Rm 6.23). Pela fé em Je-sus tudo pode ser superado; a fénEle permite o acesso a Deus enos abre o céu por toda a eterni-dade. No momento ainda vivemosneste tempo da graça, de portasabertas por meio de Cristo.

Recentemente, durante umareunião em Roma, pudemos expe-rimentar o fato de que a graça nãoexclui ninguém. Depois que trêsde nossos colaboradores tinhamterminado um concerto realizadoem honra ao Senhor, o líder donosso escritório italiano, NinoTrimigno, exibiu no telão umDVD sobre a história do filhopródigo. Ao fim da reunião, trêspessoas converteram-se, entre elasum transexual. Ele disse ter reco-nhecido sua própria trajetória nahistória do filho pródigo, e tive-mos a firme impressão de que elehavia se voltado de todo o coraçãopara Jesus Cristo.

2. Depois que o apóstolo Paulose referiu à graça do Evangelho,ele mudou de assunto no versícu-lo 18 e começou a falar sobre ojuízo futuro de Deus, que irrom-perá no fim do tempo da graça:“A ira de Deus se revela docéu contra toda impiedade eperversão dos homens que de-têm a verdade pela injustiça”(Rm 1.18). Antes que a ira deDeus se revele, a graça de Deusfoi manifestada em Jesus Cristo(v. 17). Mas a era da graça nãovai durar para sempre, ela tem umprazo para terminar.

O apóstolo traz um exemplo dopassado para ilustrar a ira vindou-ra de Deus: assim como Sodomafoi destruída, nos tempos do fim ojuízo de Deus se derramará sobretoda a terra. É interessante notar a

seqüência inspirada pelo EspíritoSanto, que se assemelha a uma es-piral que alcança o Juízo Final.Embora o Criador possa ser reco-nhecido na criação, as pessoas setornaram insensatas em seus pen-samentos e se afastaram de Deus:“...porquanto o que de Deus sepode conhecer é manifesto en-tre eles, porque Deus lhes ma-nifestou. Porque os atributosinvisíveis de Deus, assim o seueterno poder, como também asua própria divindade, clara-mente se reconhecem, desde oprincípio do mundo, sendopercebidos por meio das coisasque foram criadas. Tais ho-mens são, por isso, indesculpá-veis; porquanto, tendo conhe-cimento de Deus, não o glorifi-caram como Deus, nem lhederam graças; antes, se torna-ram nulos em seus própriosraciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. In-culcando-se por sábios, torna-ram-se loucos” (vv. 19-22).

Essa descrição é um retratoapurado da época do Iluminismo.

Numa questão em que a maioria das igrejas evangélicas reformadas [da

Alemanha] silenciou, a igreja católica romana se manifestou de forma bíblica.

Será que só a ela restou coragem suficiente para posicionar-se

publicamente?

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Até então o homem não duvidavada existência de um Deus vivo eque Ele era o Criador de toda a vi-da. As reformas ocorridas antesdessa época, e que alcançaram seuauge no século XVI, haviam plan-tado profundamente no coraçãodas pessoas a imagem de Deus, asalvação por Jesus Cristo e o poderdo Seu Evangelho. Aparentemen-te, depois disso Satanás tomouimpulso para seu grande revide.Pois a época do Iluminismo, quese seguiu à Reforma, afastou-seconscientemente do pensamentocristão e substituiu a Palavra deDeus pelo racionalismo humanis-ta. Justamente na Europa conside-rada cristã o Iluminismo transfor-mou-se, entre meados do séculoXVII e o século XVIII, em umacorrente intelectual dedicada aoracionalismo, que colocava o en-tendimento e a razão como instân-cia máxima acima da fé. A revela-ção bíblica como fonte da fé foi re-primida e deu-se impulso a umaciência natural desvinculada daPalavra de Deus. O Iluminismodesenvolveu sua maior influênciaintelectual, social e política naFrança e foi o precursor intelec-tual da Revolução Francesa. “Pe-los seus frutos os conhecereis”,diz a Palavra de Deus (Mt 7.16).Os filósofos daquela época consi-deravam-se sábios, mas na verda-

de tornaram-se insensatos. Tantoseus próprios corações quanto asociedade que influenciavam fo-ram obscurecidos. Consideravam-se sábios, mas tornaram-se tolos,pois não perceberam que haviamcaído nas armadilhas do Diabo.

3. O Iluminismo gerou, no sé-culo XIX, a teoria da evolução (ateoria da evolução genética dos se-res vivos), que alcançou influênciamundial por meio do cientistaCharles Darwin (1809-1882) epassou a dominar a sociedade apartir de então. Quem exclui Deuse Sua Palavra de seus pensamen-tos e coloca sua própria razão aci-ma de tudo forçosamente precisadesenvolver uma outra teoria paraa criação – uma teoria sem o Cria-dor, que coloque a criatura nocentro. Cronologicamente, o tre-cho seguinte de Romanos 1 apon-ta exatamente para isso: “Incul-cando-se por sábios, torna-ram-se loucos e mudaram aglória do Deus incorruptívelem semelhança da imagem dehomem corruptível, bem comode aves, quadrúpedes e répteis.Por isso, Deus entregou taishomens à imundícia, pelasconcupiscências de seu própriocoração, para desonrarem oseu corpo entre si; pois elesmudaram a verdade de Deusem mentira, adorando e ser-vindo a criatura em lugar doCriador, o qual é bendito eter-namente. Amém!” (vv. 22-25).

Os homens elevaram-se à posi-ção de mestres da criação, degra-dando o Senhor da Criação. Averdade de Deus foi substituídapor uma mentira, e a criatura(que na opinião deles se desenvol-veu sozinha) recebeu mais honrado que o Criador real, que mereceser eternamente louvado. Emboraa ciência tenha provado que o na-

da não pode produzir algo – a nãoser pela interferência de um cria-dor – a teoria da evolução foi ele-vada à condição de deus. Que issosó serve para degenerar o ser hu-mano é demonstrado pelas pala-vras seguintes de Romanos 1.

4. Se, em última instância, ohomem descende dos animais (deacordo com a teoria da evolução) enão deve mais explicações a Deus,ele pode dar livre vazão às suaspaixões e fazer o que bem entende.A teoria da evolução, por sua vez,conduziu ao homossexualismo es-cancarado no século XX, que hojeé visto como algo totalmente nor-mal e cujas parcerias são colocadasem pé de igualdade com o matri-mônio. Mas a Bíblia vê isso de for-ma bem diferente: “Por causadisso, os entregou Deus a pai-xões infames; porque até asmulheres mudaram o modonatural de suas relações ínti-mas por outro, contrário à na-tureza; semelhantemente, oshomens também, deixando ocontacto natural da mulher, seinflamaram mutuamente emsua sensualidade, cometendotorpeza, homens com homens,e recebendo, em si mesmos, amerecida punição do seu erro”(vv. 26-27). Entrementes o modode vida homossexual já penetrouem toda a nossa sociedade, na po-lítica e, em parte, até mesmo nasigrejas. Ele transformou-se em umlobby praticamente sem oposição.Mas quase ninguém nota que essesjá são os primeiros sinais do juízovindouro de Deus. A palavra“...entregou...” descreve umareação decidida por parte de Deusem relação a uma geração que Odesafia. Vivemos em uma época naqual o homem reconhece apenas asi mesmo como padrão e rejeita asregras divinas. A Bíblia de Estudos

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De acordo com essa lei [alemã], mesmoinstituições denominacionais (escolas, internatos, entidades, etc.) não poderão mais impedir a manifestaçãoaberta de relacionamentos homossexuais.

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com comentários de John MacAr-thur diz em relação à frase “...erecebendo, em si mesmos, amerecida punição do seu er-ro”: “Aqui vale a regra da semea-dura e da colheita (Gl 6.7-8). Pau-lo está se referindo ao poder auto-destruidor do pecado. A AIDS éapenas um dos muitos exemplosassustadores dessa verdade”.

5. No fim tudo culmina emuma rebelião total contra o Se-nhor da vida, o que já podemosexperimentar hoje em dia: “E,por haverem desprezado o co-nhecimento de Deus, o pró-prio Deus os entregou a umadisposição mental reprovável,para praticarem coisas incon-venientes, cheios de toda in-justiça, malícia, avareza emaldade; possuídos de inveja,homicídio, contenda, dolo emalignidade; sendo difamado-res, caluniadores, aborrecidosde Deus, insolentes, soberbos,presunçosos, inventores demales, desobedientes aos pais,insensatos, pérfidos, sem afei-ção natural e sem misericór-dia” (Rm 1.28-31).

O movimento jovem e da revo-lução estudantil de 1968 marcoua política atual e a vida culturaldos países e das famílias. Li a res-peito daquela época:

1968 – que ano! Uma juventude li-berada e irrefreável derrubou de seupedestal a moral podre da sociedadealemã do pós-guerra, pisoteando-a ejogando no pó aquilo que durante sé-culos havia sido considerado como amaior de todas as virtudes: a castida-de, a decência, a obediência piedosae o respeito submisso à lei e às autori-dades... atrevida e ousadamente essajuventude tratou de construir seu pró-prio mundo, viver sua própria vida,encontrar sua própria moral... Comotoda revolução verdadeira, foi uma re-

belião jovem; ela dirigiu-se contra oantigo e os velhos, contra o que eraestabelecido e o que era incorreta-mente aceito, contra o existente, con-tra o establishment. ...“68 tornou-seum mito”: irrompeu uma era totalmen-te nova, com uma nova imagem do serhumano – um ser humano livre, donode seu próprio nariz, que não se deixamais dominar por superiores, mas quecria um mundo novo, livre e democrá-tico, no qual sua personalidade possaser totalmente desenvolvida.1

O lema dessa época foi: “Hámofo milenar sob as batinas”.

No nosso século XXI o despre-zo por Deus é tão aberto e tão dis-seminado quanto nunca antes. Aimoralidade e muitos outros peca-dos estão completamente fora decontrole. Romances, artigos e fil-mes zombam da Bíblia. A verdadeé transformada em mentira e mi-lhões de pessoas são influenciadospor pensamentos anticristãos. Otraidor Judas é apresentado comoo único amigo de verdade, en-quanto Jesus, o Filho de Deus, édesprezado ao se dizer que ele foicasado e teve filhos com MariaMadalena. Evangelhos extrabíbli-cos recebem mais atenção do queos quatro Evangelhos de JesusCristo. Além disso, a Palavra deDeus é apresentada em novas“versões”, que contradizem pro-fundamente a santidade de Deuse atacam de forma grotesca a hon-radez da Bí-blia. Assim,a Palavra deDeus é ex-posta à zom-baria e aodesprezo.

Podemospartir doprincípio deque o dia daira de Deus

está próximo, pois aparentementenos encontramos muito pertos doponto mais baixo da “espiral deRomanos 1”.

6. Porém, seria errado apontaro dedo de forma friamente acusa-dora para o mundo. Antes demais nada a Igreja de Jesus deve-ria humilhar-se diante de Deus,arrepender-se e voltar a expor aPalavra de Deus sem concessões:“Ora, conhecendo eles a sen-tença de Deus, de que são pas-síveis de morte os que tais coi-sas praticam, não somente asfazem, mas também aprovamos que assim procedem. Por-tanto, és indesculpável, ó ho-mem, quando julgas, quemquer que sejas; porque, no quejulgas a outro, a ti mesmo tecondenas; pois praticas aspróprias coisas que condenas”(Rm 1.32-2.1). Quem se agradaintimamente do pecado alheio,mesmo que o condene exterior-mente, torna-se cúmplice.

A verdade bíblica não pode sernegada. Não, ela precisa ser teste-munhada. É nossa responsabilida-de apontar para o juízo vindourode Deus, que virá sobre todosaqueles que ainda não crêem; mastambém podemos acompanharPaulo na proclamação do poderdo Evangelho que torna justo to-do aquele que crê. (NorbertLieth)

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Resposta: Também podemos fa-zer essa pergunta de outra forma: vive-mos hoje sob a lei do Antigo Testa-mento, ou seja, do sinal de Deuspara Israel, ou sob a graça em JesusCristo? Essa – creio eu – é a melhorresposta para sua dúvida, pois tantovocê quanto seus conhecidos testemu-nham ser filhos de Deus. Êxodo 31.13-17 mostra de forma repetida e inequí-voca que o sábado era um sinal paraIsrael: “Tu, pois, falarás aos filhos de Is-rael e lhes dirás: Certamente, guardareisos meus sábados; pois é sinal entre mim evós nas vossas gerações; para que saibaisque eu sou o SENHOR, que vos santifica.Portanto, guardareis o sábado, porque ésanto para vós outros; aquele que o profa-nar morrerá; pois qualquer que nele fizeralguma obra será eliminado do meio doseu povo. Seis dias se trabalhará, porém osétimo dia é o sábado do repouso solene,santo ao SENHOR; qualquer que no dia dosábado fizer alguma obra morrerá. Peloque os filhos de Israel guardarão o sábado,celebrando-o por aliança perpétua nassuas gerações. Entre mim e os filhos de Is-rael é sinal para sempre; porque, em seisdias, fez o SENHOR os céus e a terra, e, aosétimo dia, descansou, e tomou alento”.

Sem dúvida, a questão se o crenteem Jesus Cristo deveria guardar o sá-bado era extremamente atual na igre-ja primitiva, composta na maior parte

por judeus. Afinal, eles precisavamrefletir sobre a fé e a tradição religiosaque cultivavam até então. Ainda as-sim, o sábado não é relevante no No-vo Testamento! O próprio Jesus nãodava ao sábado o mesmo valor que osreligiosos de Seu tempo (Jo 5.8ss.; Jo7.23; Jo 9.14ss.). Em nenhum mo-mento as cartas doutrinárias do NovoTestamento indicam ou insinuamque devemos guardar o sábado. Emvez disso, o primeiro dia da semanajudaica, ou seja, o domingo, assumeuma posição importante.

Por exemplo, Jesus ressuscitou noprimeiro dia da semana, e tambémera nesse dia que as primeiras igrejasse reuniam.

“No findar do sábado, ao entrar o pri-meiro dia da semana, Maria Madalena e aoutra Maria foram ver o sepulcro” (Mt28.1). Mas a sepultura estava vazia! Aressurreição de Cristo havia dado inícioa algo totalmente novo.

“Ao cair da tarde daquele dia, o pri-meiro da semana, trancadas as portas dacasa onde estavam os discípulos com medodos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio edisse-lhes: Paz seja convosco!” (Jo 20.19).

“No primeiro dia da semana, estandonós reunidos com o fim de partir o pão,Paulo, que devia seguir viagem no diaimediato, exortava-os...” (At 20.7).

Paulo deu orientações expressasao coríntios a respeito do que deve-riam fazer nesse primeiro dia da se-mana: “No primeiro dia da semana, ca-da um de vós ponha de parte, em casa,conforme a sua prosperidade, e vá jun-tando, para que se não façam coletasquando eu for” (1 Co 16.2).

Quando Paulo e Barnabé relata-ram sua viagem missionária, aparece-ram alguns fariseus que haviam seconvertido ao Senhor Jesus. Eles ain-

da se apegavam à tradição e achavamque os gentios também deveriam sercircuncidados e obedecer à lei deMoisés. Assim, o primeiro concíliodos apóstolos enfrentou um debatede princípios (At 15.7) com o seguin-te resultado: “...não devemos perturbaraqueles que, dentre os gentios, se conver-tem a Deus, mas escrever-lhes que seabstenham das contaminações dos ídolos,bem como das relações sexuais ilícitas,da carne de animais sufocados e do san-gue” (At 15.19-20). Não lemos ne-nhuma palavra a respeito do sábado!

Quem pensa que deve guardar osábado deve estudar a Epístola aosGálatas, especialmente os versículos4.10-11 e 5.3. É possível que a defesado sábado também esteja ligada a umdesejo – talvez inconsciente – decompletar a obra de redenção perfeitae suficiente de Jesus Cristo com algu-ma ação própria. Isso seria trágico,pois o texto continua: “De Cristo vosdesligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes” (Gl 5.4).

Além disso, o Novo Testamento serefere a nove dos Dez Mandamentosde Deus, mas não ao mandamento deguardar o sábado! Portanto, não hánenhum texto no Novo Testamentoque diga que os membros da Igreja deJesus dentre os gentios devem guardaro sábado. Os adventistas podem argu-mentar: “Mas os Dez Mandamentosmostram que devemos guardar o sá-bado!” É verdade, mas Mateus 12.8diz expressamente: “Porque o Filho doHomem é senhor do sábado”.

Por isso: “Ninguém, pois, vos julguepor causa de comida e bebida, ou dia defesta, ou lua nova, ou sábados, porquetudo isso tem sido sombra das coisas quehaviam de vir; porém o corpo é de Cris-to” (Cl 2.16-17). (Elsbeth Vetsch)

Sábado ou domingo?

Pergunta: “É mesmo verdade que deve-mos guardar o sábado? Volta e meia,cristãos que amam o Senhor Jesus que-rem me convencer a santificar o sábadoao Senhor, e não o domingo. Tenho difi-culdades em ver as coisas dessa forma,mas gostaria de saber mais a respeitodo que a Bíblia diz sobre esse tema”.