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Mateus 25.6 da Meia-Noite www.chamada.com.br AGOSTO DE 2006 • Ano 37 • Nº 8 • R$ 3,50

CHAMADA DA MEIA NOITE

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Mateus 25.6da Meia-Noite www.chamada.com.br AGOSTO DE 2006 • Ano 37 • Nº 8 • R$ 3,50

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Prezados Amigos

Do Nosso Campo Visual• O Campeão do Mundo - 15

Aconselhamento Bíblico• O que é o “sinal” do Senhor Jesus

Publicação mensal

Administração e Impressão:Rua Erechim, 978 • Bairro Nonoai90830-000 • Porto Alegre/RS • BrasilFone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385E-mail: [email protected]

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Fundador: Dr. Wim Malgo (1922-1992)

Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf

Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake

Diagramação & Arte: Émerson Hoffmann

INPI nº 040614Registro nº 50 do Cartório Especial

Edições InternacionaisA revista “Chamada da Meia-Noite” é pu-blicada também em espanhol, inglês, ale-mão, italiano, holandês, francês, coreano,húngaro e cingalês.

As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores.

“Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí ao seu encontro” (Mt 25.6).

A “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite”é uma missão sem fins lucrativos, com o obje-tivo de anunciar a Bíblia inteira como infalívele eterna Palavra de Deus escrita, inspiradapelo Espírito Santo, sendo o guia seguro paraa fé e conduta do cristão. A finalidade da“Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é:

1. chamar pessoas a Cristo em todos os lugares;

2. proclamar a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo;

3. preparar cristãos para Sua segunda vinda;4. manter a fé e advertir a respeito de falsas

doutrinas

Todas as atividades da “Obra MissionáriaChamada da Meia-Noite” são mantidas atra-vés de ofertas voluntárias dos que desejamter parte neste ministério.

Chamada da Meia-Noite

www.Chamada.com.br

A Última Porta a Caminhodo Arrebatamento

10O Movimento Ecumênico no

Contexto das EsperançasPara o Futuro

Índice

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4 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006

Nos primeiros dias de junho participei daConferência de Aconselhamento Bíblico realizadapela Organização Palavra da Vida em Atibaia(SP). Além da animada e abençoada comunhãocom nosso genro Cláudio e nossa filha Beate ecom os numerosos congressistas vindos de todoo país, me alegrei imensamente com a orientaçãoclaramente bíblica das palestras dos preletoresamericanos. Eles não se cansaram de reafirmar aplena suficiência da Palavra de Deus noaconselhamento espiritual. E se oaconselhamento é bíblico, então de forma algumapode haver uma mistura entre a Bíblia e apsicoterapia.

Há muitos anos também cheguei a pensar quedeveria me informar mais sobre as modernastécnicas de aconselhamento e comprei algunslivros, aliás difíceis de entender. Com o passar dotempo continuei a me defrontar com o assunto.Realmente, as vozes em favor da psicoterapiaforam se tornando cada vez mais fortes. E nomeio de todas essas manifestações de apoio àpsicoterapia, alguns cristãos destemidos tiverama coragem de nadar contra a correnteza elevantaram suas vozes para proclamar que aPalavra de Deus é suficiente para nossa curaespiritual. Será que foi preciso que chegasse umhomem como Sigmund Freud (1856-1939),desenvolvendo sua psicanálise, para finalmentelivrar as pessoas de seus “problemas interiores”?Infelizmente o inimigo de Deus conseguiu desviarmuitos pastores, muitas igrejas e muitos crentespara a trilha errada! Mesmo com toda a ajudapsicológica disponível, jamais houve tantosenfermos emocionalmente como nos dias dehoje, enfermos que a psicoterapia não temconseguido ajudar. Isso realmente écompreensível, pois “existem mais de 450diferentes sistemas de psicoterapia(freqüentemente contraditórios e completamentebizarros), e milhares de métodos e técnicas”.*

Há algum tempo decidi seguir unicamente oque diz a conhecida passagem de 2 Timóteo3.16-17: “Toda a Escritura é inspirada por Deuse útil para o ensino, para a repreensão, para acorreção, para a educação na justiça, a fim deque o homem de Deus seja perfeito eperfeitamente habilitado para toda boa obra”.Quando alguém quer dirigir um carro, precisafreqüentar uma auto-escola. Quando alguémdeseja servir ao Senhor, inclusive através doaconselhamento bíblico, deve usar a inspirada

Palavra de Deus! O apóstoloPedro também salienta quetodo o aconselhamentoespiritual deve vir do Senhor, através de SuaPalavra, para que não seja o conselheiro areceber a honra mas o próprio Senhor. “Cada umexerça o dom que recebeu para servir os outros,administrando fielmente a graça de Deus emsuas múltiplas formas. Se alguém fala, faça-ocomo quem transmite a Palavra de Deus. Sealguém serve, faça-o com a força que Deusprovê, de forma que em todas as coisas Deusseja glorificado...” (1 Pe 4.10-11, NVI).

Uma mulher nos perguntou recentemente:“Qual a razão pela qual existimos?” Existimospara ter comunhão com o Criador! A existênciade Enoque foi um exemplo disso: “Andou Enoquecom Deus...” (Gn 5.24). E vemos Deus falando aAbraão, um senhor já idoso de 99 anos: “Anda naminha presença e sê perfeito” (Gn 17.1). Porandar com Deus, Abraão foi chamado de “amigode Deus” (2 Cr 20.7; Is 41.8; Tg 2.23). O Senhorquer que também nós sejamos amigos Seus:“Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vosmando” (Jo 15.14). Portanto, o alvo de todo equalquer aconselhamento bíblico deve ser um só:conduzir as pessoas a Deus, levá-las a reataremou estreitarem seu relacionamento com o Senhoratravés de Jesus Cristo. Para isso, a Bíblia, comseus 66 livros, é o livro-texto mais especializado eplenamente suficiente!

Sabendo da importância de conhecer a fundoa Palavra do Senhor e de aplicá-la na nossa vidae nas vidas daqueles que procuram ajuda paraseus problemas existenciais, a Chamada da Meia-Noite mais uma vez realiza seu Congresso anualsobre a Palavra Profética. Esperamos reencontrarmuitos dos irmãos em Poços de Caldas!

Unidos no SenhorJesus, saúdocordialmente

*Extraído do livro Aconselhamento– Integrando a Psicoterapia e aBíblia?, de Martin & Deidre Bobgane T.A. McMahon.

Pedidos: 0300 789.5152www.Chamada.com.br

Dieter Steiger

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5Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006

No livro do Apocalipse encon-tramos as cartas de Jesus às seteigrejas (Ap 2-3), que iluminam pro-feticamente os tempos em que vive-mos. Na minha opinião, a carta di-rigida à igreja de Laodicéia fala daúltima porta a caminho do Arreba-tamento.

As cartas às primeiras três igrejastratam da apostasia, do afastamentode Deus e de Sua Palavra. Éfesoperdeu o primeiro amor (caracterís-tica marcante do tempo pós-apostó-lico). Em Esmirna (que representa aigreja perseguida pelo Império Ro-mano), falsos judeus estavam ope-rando. A igreja de Pérgamo tornou-se estatal (simbolizando a igreja cle-rical atrelada ao poder político).Nesse tempo muitas verdades bíbli-cas se perderam, por exemplo, a es-pera pela volta de Jesus, a doutrinado Arrebatamento, as promessas aIsrael e outras realidades escatológi-cas. Esse período vai de 100 a 800d.C.

O fundo do poço foi alcançadopela quarta igreja, de Tiatira (800 a1517 d.C. – a escuridão da IdadeMédia, ou seja, o predomínio docatolicismo).

Nas duas igrejas seguintes houveum retorno à Palavra de Deus. Sar-des descreve o tempo da Reforma eFiladélfia representa a época dosgrandes avivamentos e da fundaçãode muitas agências missionárias. Oresultado desse retorno à Bíbliaveio acompanhado do resgate dedoutrinas bíblicas relevantes comoo Arrebatamento e a restauração deIsrael.

Laodicéia caracteriza a condiçãoda última era da Igreja. Através delatemos uma ilustração do tempo fi-nal da Igreja imediatamente antesdo Arrebatamento. Ela é um sím-bolo do estado final da cristandadeem geral, voltada exclusivamentepara os interesses deste mundo. Pa-ra os cristãos nominais, que preva-lecem na nossa época, o que conta

são valores materiais, mesmo queestejamos às portas do Arrebata-mento. Essa é a Igreja que perdeu avisão de que Jesus pode voltar aqualquer momento. Um ideáriomundano e secular infiltrou-se emseu meio.

As três fontes dariqueza de LaodicéiaComo já vimos no capítulo ante-

rior, a riqueza de Laodicéia era suavida financeira, sua indústria têxtile a fabricação de colírio. Mas Lao-dicéia não possuía abastecimentode água próprio. Esses quatro ele-mentos de seu cotidiano foram usa-dos por Jesus e simbolicamentetransformados em mensagem espi-ritual, apresentando à igreja deLaodicéia sua situação interior.

1. Ouro refinadoEm Apocalipse 3.18 o Senhor

aconselha os moradores de Laodi-

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céia que comprem dEle “ouro refi-nado pelo fogo para te enriqueceres”.

As pessoas de Laodicéia eramtão orgulhosas de suas especializa-ções que afirmavam poder reconhe-cer o grau de pureza do ouro comum simples olhar. Mas o Senhor te-ve de aconselhá-los a comprar dEleouro refinado para serem verdadei-ramente ricos. Em Laodicéia ape-nas o ouro absolutamente puro aopassar pelo fogo recebia o selo dequalidade. O mesmo acontecerádiante do Tribunal de Cristo, ondetudo será apurado pelo fogo: “Con-tudo, se alguém edifica sobre o funda-mento que é ouro, prata, pedras precio-sas, madeira, feno, palha, manifestase tornará a obra de cada um; pois oDia a demonstrará, porque está sendorevelada pelo fogo; e qual seja a obrade cada um o próprio fogo o provará”(1 Co 3.12-13).

O Senhor diz a essa igreja ex-traordinariamente rica, cuja moedacorrente era o ouro, que ela era

“pobre” (Ap 3.17) e miserável.Que contraste marcante!

Ouro puro é uma imagem docéu e da glória de Deus. Essaglória divina não se refletia na vi-da da igreja de Laodicéia. Nelahavia ouro falso, ouro com baixograu de pureza. Pedro escreve emrelação à autenticidade da fé:“para que, uma vez confirmado ovalor da vossa fé, muito mais pre-ciosa do que o ouro perecível, mesmoapurado por fogo, redunde em lou-vor, glória e honra na revelação deJesus Cristo” (1 Pe 1.7). Apenas averdadeira fé subsistirá quandoprovada pelo fogo.

Nossa vida reflete a glória deDeus ou a nossa própria glória?Tudo o que não tem valor pere-ne, que não tem valor celestial,não é autêntico e um dia se irá.

2. Vestiduras brancasPorém, não era apenas ouro

puro que a igreja de Laodicéia de-via comprar do Senhor. Ele mandaque compre também “vestidurasbrancas” (Ap 3.18) para se vestir,“a fim de que não seja manifesta avergonha” de sua nudez.

A indústria têxtil da cidade deLaodicéia produ-zia principal-mente tecidosbrilhantes tingi-dos de preto. Emgritante contras-te com a cor es-cura dos tecidos,o Senhor mandaque compremdEle vestidurasbrancas. Entre-tanto, as vestesbrancas da justi-ça em Cristo nãopodem ser com-pradas, somenteaceitas comopresente da gra-

ça de Deus, ou seja, pela fé na mor-te e ressurreição de Jesus Cristo.Conseguir as vestes brancas comobras próprias está fora de cogita-ção. Essas vestiduras aqui descritas,que podem ser compradas e enri-quecem, são “os atos de justiça dossantos”, que brotam da fé em JesusCristo (Ap 19.8). É por essa razãoque Jesus continua dizendo aos lao-dicenses: “a fim de que não seja ma-nifesta a vergonha da tua nudez”. Oque significa isso? Afinal, Jesus estáfalando a Sua Igreja. Onde e quan-do será manifesta nossa nudez? On-de tudo dentro da Igreja será reve-lado um dia? Diante do Tribunal deCristo! Ali “manifesta se tornará aobra de cada um; pois o Dia a de-monstrará, porque está sendo reveladapelo fogo; e qual seja a obra de cadaum o próprio fogo o provará. Se per-manecer a obra de alguém que sobre ofundamento edificou, esse receberá ga-lardão; se a obra de alguém se quei-mar, sofrerá ele dano; mas esse mesmoserá salvo, todavia, como que atravésdo fogo” (1 Co 3.13-15). Um cristãocujas obras “se queimam” perdeuseu galardão e somente “salvará aprópria pele”. No dia do “Tribu-nal” tudo será revelado, inclusive a

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Para os cristãos nominais, que prevalecemna nossa época, o que conta são valoresmateriais, mesmo que estejamos às portasdo Arrebatamento.

Em Laodicéia apenas o ouro absolutamente puro ao passarpelo fogo recebia o selo de qualidade. O mesmo acontecerá

diante do Tribunal de Cristo, onde tudo será apurado pelo fogo.

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vergonha de nossa nudez. Por isso,somos alertados: “...nada julgueisantes do tempo, até que venha o Se-nhor, o qual não somente trará à plenaluz as coisas ocultas das trevas, mastambém manifestará os desígnios doscorações; e, então, cada um receberá oseu louvor da parte de Deus” (1 Co4.5). “Porque importa que todos nóscompareçamos perante o tribunal deCristo, para que cada um receba se-gundo o bem ou o mal que tiver feitopor meio do corpo” (2 Co 5.10).

Laodicéia é a última igreja men-cionada antes do Arrebatamento aoqual é feita, na minha opinião, umareferência simbólica em Apocalipse4.1. Vejamos:

• João é convidado a subir aocéu, representando a Igreja quetambém será levada ao céu por oca-sião do Arrebatamento.

• A João foi mostrado o que iriaacontecer “depois destas coisas”, ouseja, depois da Era da Igreja, repre-sentada pelas sete cartas, das quaisLaodicéia recebeu a última. Sãojustamente esses fatos que tornam amensagem de Cristo à igreja deLaodicéia tão importante e tãoatual.

3. ColírioMas não é somen-

te ouro e vestidurasbrancas que a igrejade Laodicéia devecomprar do Senhor.Ele diz que os cristãosdaquela cidade de-vem adquirir também“colírio para ungir osolhos, a fim de quevejam” (Ap 3.18).Eles, que eram pro-dutores de colírio,eram os que mais pre-cisavam dessa medi-cação.

A riqueza atravésdo ouro que o Senhornos dá e as vestiduras

brancas para nos cobrir simbolizameventos ainda por acontecer, diantedo Tribunal de Cristo. “...para teenriqueceres” com relação ao futuroe “...para te vestires, a fim de que nãoseja manifesta a vergonha da tua nu-dez” (Ap 3.18) diante de Cristo.

Mas ao falar do colírio, o tempoda ação é o presente. “Aconselho-teque de mim compres... colírio para un-gires os olhos, a fim de que vejas” (Ap3.18). Hoje, aqui e agora, precisa-mos enxergar aJesus com nitidez,pois diante doTribunal de Cris-to será tarde de-mais para abrir-mos os olhos! So-mente o Espíritode Deus, que é aunção (1 Jo2.20,27), podenos convencer denossa pobreza ede nossa nudezespiritual. E ape-nas Ele pode nosmostrar a verda-deira riqueza emCristo.

A igreja de Laodicéia era cega:ela não tinha uma visão espiritualde Jesus e de Sua volta. Podemosdiagnosticar a doença dos olhos deLaodicéia? Sim. Os cristãos dessaigreja eram míopes. Como é possí-vel afirmar isso? Dizemos que eleseram míopes porque se ocupavamapenas com o que estava perto, aoseu redor, não enxergando a voltade Jesus, mesmo ela sendo muitoimportante.

O que é miopiaespiritual?

Miopia espiritual, figuradamentefalando, é quando alguém consegueenxergar nitidamente o que está porperto, dentro do seu foco de visão,mas não consegue ver o que estámais longe. Isso é um símboloapropriado da miopia espiritual,quando não existe a visão da voltade Jesus.

Um cristão espiritualmente mío-pe não consegue ver a amplitude davida espiritual, uma vez que viveapenas para o aqui e agora e nãopercebe que o Senhor está às portas.

O que nos torna cegos para Je-sus, o que rouba de nós a visão das

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A indústria têxtil da cidade de Laodicéia produzia principalmente tecidos brilhantes tingidos de preto. Em gritante contraste com a cor escura dos tecidos, o Senhor manda que comprem dEle vestiduras brancas.

Ao falar do colírio, o tempo da ação é o presente. “Aconselho-te que de mim

compres... colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas”(Ap 3.18). Hoje, aqui e agora, precisamos enxergar a Jesus

com nitidez, pois diante do Tribunal de Cristo será tarde demais para abrirmos os olhos!

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coisas espirituais e nos impede dever a volta do Senhor? Existem al-guns fatores:

1. Quando ficamos flertandocom o mundo e deixamos que ascoisas terrenas se tornem tão im-portantes para nós que ofuscamnosso olhar, impedindo que enxer-guemos o Reino de Deus, o que,por sua vez, nos tomará a visão defuturo, a expectativa da volta deCristo e de Seu Tribunal.

2. Quando praticamos o pecado,nossa visão espiritual fica embaça-da, pois o Espírito Santo está en-tristecido. Jeremias fala dessa reali-dade em suas lamentações: “Caiu acoroa da nossa cabeça; ai de nós, por-que pecamos! Por isso, caiu doente onosso coração; por isso, se escureceramos nossos olhos” (Lm 5.16-17).

3. Quando falta um discipuladoprático na nossa vida. Paulo escreveque devemos empenhar toda a nos-sa diligência para crescer no conhe-cimento, na fé e na virtude, no do-mínio próprio, na perseverança, napiedade, na fraternidade e no amor.Então ele conclui: “Pois aquele aquem estas coisas não estão presentes écego, vendo só o que está perto, esque-cido da purificação dos seus pecados deoutrora” (2 Pe 1.9).

4. Quando não vemos mais opróximo e não amamos mais aos ou-tros. O problema da igreja de Laodi-céia era ver somente a si mesma: “-pois dizes: Estou rico e abastado e nãopreciso de coisa alguma” (Ap 3.17).Em 1 João 2.9 e 11 está escrito:“Aquele que diz estar na luz e odeia aseu irmão, até agora, está nas trevas”.Em outros idiomas “estar nas tre-vas” é traduzido como “ter seusolhos ofuscados pela escuridão”.

Esses quatro pontos deixam ex-plícito que a igreja de Laodicéiapossuía uma escala de valores falsae enganosa.

A volta do Senhor está às portas

O Senhor repreendeu a igreja deLaodicéia, pois era urgente que elase arrependesse: “Eu repreendo e dis-ciplino a quantos amo. Sê, pois, zelosoe arrepende-te” (Ap 3.19).

É o amor do Senhor que nos re-preende e é Sua preocupação comnossa saúde espiritual e com nossofuturo que O leva a nos disciplinar. Apossibilidade de arrependimento queEle nos concede, a chance de estabe-lecer um relacionamento completa-mente novo e profundo com Ele des-

cortina uma maravi-lhosa perspectivadiante de nossosolhos. É sobre essaperspectiva que Elefala logo em seguida:“Eis que estou à porta ebato; se alguém ouvir aminha voz e abrir aporta, entrarei em suacasa e cearei com ele, eele, comigo. Ao vence-dor, dar-lhe-ei sentar-secomigo no meu trono,assim como também euvenci e me sentei commeu Pai no seu trono”(Ap 3.20-21).

Deus não quer que nenhum dosSeus filhos caia na ruína. Ele desejaque todos sejam vencedores e se as-sentem com Seu Filho no Seu tro-no. No passado, quem era especial-mente honrado pelo rei recebia apermissão de sentar com ele no seutrono.

“Eis que estou à porta...”, ou “forada porta” é uma declaração de Jesusque costuma ser usada evangelistica-mente, ilustrando que Ele está forada vida da pessoa, que está batendoem seu coração e quer entrar nele.Na verdade, porém, essas palavrasforam ditas a uma igreja, a crentes.Observando o contexto, percebemosque elas se referem em primeiro lu-gar à volta de Cristo. Não deixa deser um sinal característico da nossaépoca que essa afirmação de Jesusnão esteja sendo interpretada con-forme ao que Ele realmente se refe-riu: Sua volta iminente.

• A primeira porta para o Arre-batamento é a porta do nosso co-ração. Devemos abri-la e convidaro Senhor Jesus para entrar em nos-sa vida. Quem tiver feito isso per-tence à Sua Igreja e participará doArrebatamento. A condição básicapara ser arrebatado consiste da con-versão a Jesus Cristo: “Pois, se cre-mos que Jesus morreu e ressuscitou,assim também Deus, mediante Jesus,trará, em sua companhia, os que dor-mem” (1 Ts 4.14). “...depois, nós,os vivos, os que ficarmos, seremos ar-rebatados juntamente com eles, entrenuvens, para o encontro do Senhornos ares, e, assim, estaremos parasempre com o Senhor” (v.17).“...transformados seremos todos” (ve-ja 1 Co 15.51-52).

• A segunda porta para o Arreba-tamento consiste em nos deixarmospreparar para esse acontecimentograndioso, permitindo que Jesusocupe o centro de nossa vida, demodo que Ele possa dirigir cada de-talhe de nossa existência.

8 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006

Um cristão espiritualmente míope não consegue ver aamplitude da vida espiritual, uma vez que vive apenas para o aqui e agora e não percebe que o Senhor está às portas.

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Para a última geração de mem-bros da Igreja, a vinda do Senhorestá às portas. Ele bate e diz: “Ou-çam! Eu virei em breve!” Quemabre a porta demonstra que está vi-gilante e pronto para a chegada doSenhor, que vive direcionado para oencontro com Ele e que leva a Pala-vra de Deus a sério. Quando alguémvem bater à nossa porta, isso signifi-ca que está bem perto e quer entrarem nosso lar.

Analisando esse bater do Noi-vo Celestial à nossa porta, tantodo nosso coração como da Igreja-Noiva, somos lembrados da passa-gem de Cantares: “Eu dormia, maso meu coração velava; eis a voz domeu amado, que está batendo: Abre-me, minha irmã, querida minha,pomba minha, imaculada minha...”(Ct 5.2).

Resumindo, Jesus manda quecompremos dEle:

– “ouro refinado pelo fogo...”, pa-ra o futuro diante do Tribunal deCristo.

– “...vestiduras brancas para tevestires, a fim de que não seja manifes-ta a vergonha da tua nudez”. Tam-bém com relação ao Tribunal deCristo, quando teremos as vestes dejustiça, que são as obras que fize-mos “em Cristo”.

– “...e colírio para ungires os olhos,a fim de que vejas”. Isso significaabrir os olhos para vermos o futuroem Sua glória. É por isso que a Bí-blia diz: “Temos, assim, tanto maisconfirmada a palavra profética, e fa-zeis bem em atendê-la, como a umacandeia que brilha em lugar tenebro-so...” (2 Pe 1.19).

A volta do Senhor está às portas,e com ela as Bodas do Cordeiro enossa entrada na eternidade: “Eisque estou à porta e bato; se alguém ou-vir a minha voz e abrir a porta, entra-rei em sua casa e cearei com ele, e ele,comigo” (Ap 3.20). Essa comunhão,esse encontro com o Senhor, vai

proporcionar-nos o privilégio desentar em Seu trono (v.21), tendoeterna comunhão com Ele e rece-bendo as recompensas que nos ca-bem depois de julgados sem termossido envergonhados diante de SeuTribunal.

A porta aberta no céuExtremamente esclarecedor

acerca do que nos espera é que lo-go depois da mensagem à igreja deLaodicéia – “eis que estou à porta ebato” – encontramos a exortaçãode ouvir o que o Espírito diz àsigrejas: “Depois destas coisas, olhei,e eis não somente uma porta abertano céu, como também a primeira vozque ouvi, como de trombeta ao falarcomigo, dizendo: Sobe para aqui, ete mostrarei o que deve acontecer de-pois destas coisas” (Ap 4.1). Joãorepresenta a Igreja, que será arre-batada na época de “Laodicéia” edo ressoar da última trombeta.Nesse momento ele passa para océu e vê “o que deve acontecer de-pois destas coisas”. João vê a salado trono e o livro selado com se-te selos – os juízos que estão seaproximando (Ap 4.2-6.17).

Altamente interessante e muitosério é o fato de Tiago igualmentedenunciar a riqueza dos últimosdias e depois afirmar (quase com asmesmas pa-lavras que oSenhor diri-giu à igrejade Laodicéiaatravés deJoão): “ovosso ouro ea vossa prataforam gastosde ferrugens,e a sua ferru-gem há de sert e s t emunhocontra vós

mesmos e há de devorar, como fogo, asvossas carnes. Tesouros acumulastesnos últimos dias... Irmãos, não vosqueixeis uns dos outros, para não ser-des julgados. Eis que o juiz está àsportas” (Tg 5.3,9).

Em Seu Sermão Profético noMonte das Oliveiras, o Senhor Je-sus declarou acerca de Sua volta:“Aprendei, pois, a parábola da figuei-ra: quando já os seus ramos se reno-vam e as folhas brotam, sabeis que es-tá próximo o verão. Assim tambémvós: quando virdes todas estas coisas,sabei que está próximo, às portas”(Mt 24.32-33).

A volta de Jesus para o Arrebata-mento de Sua Igreja é iminente. Es-se é o conteúdo da mensagem aLaodicéia: “Eis que estou à porta...”Estejamos preparados! Dediquemosnossa vida ao Senhor, esperandodiariamente por Ele, pois Ele certa-mente virá e virá sem demora!Abramos a porta, dando-Lhe sinalde que estamos ouvindo Sua voz edispostos e preparados para entrarno céu para celebrar as Bodas doCordeiro.

“Então, me falou o anjo: Escreve:Bem-aventurados aqueles que são cha-mados à ceia das bodas do Cordeiro. Eacrescentou: São estas as verdadeiraspalavras de Deus” (Ap 19.9). “Quemtem ouvidos, ouça o que o Espírito dizàs igrejas” (Ap 3.22)!

9Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006

Esta mensagem foi extraída do novo livro

A Última Porta a Caminho do Arrebatamento

Faça agora mesmo sua encomenda edivulgue-o em sua igreja. Ajude a

reacender entre seus irmãos a bendita esperança da volta de Jesuspara o arrebatamento da Sua Noiva!

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www.Chamada.com.br

Page 10: CHAMADA DA MEIA NOITE

10 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006

Ao examinar mais cuidadosamente as publicações do Mo-vimento Ecumênico – e os textos de igrejas e denominações acercado assunto – chama a atenção que sua temática envolve basica-mente questões terrenas e o futuro da humanidade neste mundo.

O que esse movimento busca é a proteção da natureza e ajustiça para todos. Seu sonho é ver as pessoas vivendo juntas emharmonia, estabelecendo a união entre o cristianismo e as demaisreligiões. Todas essas visões e tendências fazem crer que o futu-ro deste mundo depende da capacidade humana, de políticasinteligentes e de diálogos estratégicos.

Neste momento, cabe a pergun-ta: será que o homem tem, de fato,a competência última de planejar emoldar o futuro deste mundo con-forme sua imaginação e seus planos?E que papel desempenha Jesus Cris-to nesses planos? Ao menos da partedas igrejas evangélicas independen-tes deveríamos esperar uma respostaa essa pergunta e uma posição clarasobre o desenvolvimento do mundoe o futuro da humanidade de acor-do com o que a Bíblia diz.

Em Apocalipse 5.1-7 encontra-mos o comovente testemunho sobreAquele que tem a real competênciade desvendar e fazer acontecer o fu-turo: “Vi, na mão direita daquele queestava sentado no trono, um livro es-crito por dentro e por fora, de todo se-lado com sete selos. Vi, também, umanjo forte, que proclamava em grandevoz: Quem é digno de abrir o livro e

de lhe desatar os selos? Ora, nem nocéu, nem sobre a terra, nem debaixoda terra, ninguém podia abrir o livro,nem mesmo olhar para ele; e eu chora-va muito, porque ninguém foi achadodigno de abrir o livro, nem mesmo deolhar para ele. Todavia, um dos an-ciãos me disse: Não chores; eis que oLeão da tribo de Judá, a Raiz de Da-vi, venceu para abrir o livro e os seussete selos”.

O que é aguardado no

céu e na terra?

No céu se espera pelo cumpri-mento do Plano de Salvação, pelarevelação final da vitória sobre amorte, o inferno e o pecado, e pelachegada dos salvos.

Na terra também se aguarda. Oquê? Espera-se a realização dos so-nhos da humanidade: a cura de

doenças, o fim das guerras e a har-monia na família humana.

Sobre o tempo em que vivemos aBíblia diz realisticamente: “...haveráhomens que desmaiarão de terror e pelaexpectativa das coisas que sobrevirão aomundo; pois os poderes dos céus serãoabalados” (Lc 21.26). Com otimis-mo inquebrantável, o ser humanosempre esperou por tempos melho-res, mas atualmente cresce o núme-ro daqueles que não esperam gran-des mudanças para suas vidas. Mes-mo que o desejo de globalização dospoderosos continue a falar de paz,justiça e proteção da natureza, indi-vidualmente os homens começam aquestionar qual será seu futuro.

Muitos ainda crêem que o futu-ro pertence aos de mente aberta,aos modernos e tolerantes, à tecno-logia e à ciência, à paz e à união detodos.

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Os esotéricos esperam que, pelaentrada na era de Aquário, a salva-ção do homem pelo homem seaproxime cada vez mais. Será quenosso futuro será marcado por maishumanidade e um mundo melhor,segundo sua expectativa?

Os carismáticos aguardam paralogo o derramamento do EspíritoSanto sobre toda a cristandade.Eles se baseiam em Joel 2.28, des-considerando que essa passagem es-tá relacionada ao restante do capí-tulo 2, que evidentemente refere-seao povo de Israel.

A incumbência da

Igreja de Jesus

No céu se espera – e na terratambém se aguarda. Para nós, sal-vos por Jesus e que somos a Igrejado Senhor, há somente uma únicatarefa a realizar: harmonizar as es-peranças celestiais com as nossasesperanças terrenas. Não podemosoferecer aos homens promessas defuturo que não tenham qualquerfundamento bíblico.

Precisamos, sim, ter uma respos-ta final e conclusiva acerca do futu-ro. E uma das tarefas das igrejas lo-cais deve ser justamente esta: forne-cer respostas às questões acerca doque está por vir. Não podemos dei-

xar dúvidas nos corações enas mentes dos ouvintes deque somos pessoas cujas ex-pectativas de futuro são es-peranças celestiais. E estassão encontradas na Bíblia enão em pesquisas de opi-nião ou em levantamentosestatísticos, e muito menosem avaliações de tendênciasmercadológicas.

Por isso, o texto de Apo-calipse 5 que citamos podenos dar, de forma clara,uma resposta em relação aofuturo. O que temos de

aguardar, o que todas as pessoasdevem esperar do futuro, não sãoapenas eventos, mas uma Pessoaque está por vir.

Da pessoa de Jesus Cristo, oVindouro, pouco se fala no Movi-mento Ecumênico. Ele recebe pou-quíssimo espaço, mesmo sendoAquele que não apenas interfere nocurso dos acontecimentos, mas queé o supremo Soberano, que rege tu-do e sobre todos até alcançar Seualvo final.

Todas as mentiras acerca deDeus se calam diante dessa passa-gem bíblica. Mesmo assim, dizemque Ele

– está ausente– é impotente– está morto– é a projeção de desejos humanos– é o mesmo em todas as reli-

giões.O céu está em compasso de es-

pera e anseia por ver desmascaradastodas as mentiras que foram ditassobre Deus. A criação geme e su-porta angústias esperando sua re-denção (veja Rm 8.22). O Noivocelestial espera finalmente conduzirSua Noiva para casa.

O maligno e todos os poderesdas trevas esperam com temor etremor o final de seu domínio. OPai nos céus espera por receber

Seus filhos. O mundo angelical an-seia por finalmente ver a revelaçãodo mistério da Igreja. O arcanjoMiguel espera para interferir em fa-vor de Israel na batalha final.

E aí vemos a humanidade, arro-gante, aguardando sempre por tem-pos melhores, por felicidade, di-nheiro, amor e poder. Vemos os po-líticos esperando por circunstânciasparadisíacas quando a globalizaçãoestiver consolidada. Vemos os cien-tistas esperando pelos resultados denovas pesquisas que solucionarãoos problemas da fome, da água e daenergia. Vemos milhões de pacien-tes esperando por novos medica-mentos. E vemos os teólogos espe-rando pela unificação de todas asigrejas e religiões, para que final-mente haja paz no mundo.

“Querido mundo”, gostaríamosde dizer, “fique sabendo que no céutambém se espera”.

No céu se conhecem

coisas que não

são conhecidas

aqui na terra

O ser humano não tem autorida-de para fazer afirmações consisten-tes sobre o futuro, e mesmo com opoder do seu conhecimento e datecnologia que tem à disposição,não pode garantir o que trará o diade amanhã.

Mesmo que tivesse todo o co-nhecimento e toda a experiência,seus prognósticos em relação ao fu-turo seriam sempre provisórios. Se-ja o clima, as catástrofes naturais,como terremotos e maremotos, ocrescimento demográfico, reservasenergéticas ou fronteiras políticas:tudo o que alguém disser a respeitoserá sempre provisório e de curtoprazo.

No céu é diferente. A questão daautoridade sobre o desenrolar dosfatos futuros não depende do poder

Na terra espera-se a realização dos sonhos dahumanidade: a cura de doenças, o fim das guerras e a harmonia na família humana.

11Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006

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da mente ou da inteligência. Nocontexto divino e celestial, a grandepergunta que se impõe em relaçãoao futuro não é “Quem é capaz?”mas “Quem é digno?”: “Quem édigno de abrir o livro e de lhe desataros selos?” (Ap 5.2). Esse livro seladoé o livro do futuro, a única fonteque tem autoridade para predizeralguma coisa em relação ao mundoe ao sagrado plano de Deus.

No céu, depois de ecoar a per-gunta “Quem é digno...”, houve pri-meiramente um significativo silên-cio. Isso demonstra que a questãodo futuro da terra não está nas mãosde quaisquer revolucionários que sepropõem a mudar o mundo. Se océu se cala por alguns momentosquando é levantada essa questão, éporque o homem não tem respostasa oferecer. Propostas e sugestões pa-ra um mundo melhor existem emabundância. A maior parte parecelógica e pertinente: acabar com a fo-me no mundo, com a pobreza e adoença, criar a paz e restabelecer ajustiça entre os homens.

Todo político que se preze e ca-da partido que pretende ser sériodesenvolve e dispõe de programaspara nosso futuro, seja ele próximo

ou distante. E todos eles parecembastante lógicos e realizáveis. Decerta forma, todos nós temos res-ponsabilidade diante de muitos as-pectos da vida aqui na terra. Os es-forços humanos por um futuro me-lhor, mais justo e mais seguro têmsua razão de ser.

Mas jamais houve uma discre-pância tão grande como a que ve-mos hoje entre o planejamento dofuturo e a maneira como esse pro-cesso está sendo conduzido. Porquê? Porque apesar de toda a capa-cidade humana, ninguém é digno.A questão não é poder, é autorida-de verdadeira.

Está fora de qualquer cogitaçãoa idéia de que nós, como filhos deDeus, possamos fechar nossos olhospara a fome, a miséria e a doençaque vemos ao nosso redor. Mas nãodevemos nos entregar à ilusão deque a solução definitiva dos proble-mas esteja em mãos humanas e queo homem tenha a resposta para asquestões relativas ao futuro.

Mas qual é, então, a resposta fi-nal em relação ao futuro, tanto daterra como da humanidade que ha-bita nela? A concepção de que omundo se tornaria mais e mais pací-fico se todas as religiões se tornas-sem uma só é, na melhor das hipóte-ses, apenas uma teoria sem qualquerbase bíblica. Está fora de questãoque Jesus Cristo, por Seu poder, iráestabelecer um reino em que haverácondições praticamente ideais. Masesse Reino não terá relação algumacom religiões e com “sermos todosirmãos”. A questão final e definitivaque fica depois de todas as conside-rações tem uma única resposta – e éesta questão que interessa!

“Qual a posição do

homem diante de Deus?”

O que os melhores programaseconômicos, as mais abrangentes

propostas de ajuda ao indivíduo e àhumanidade como um todo, pode-riam contribuir no que diz respeito àposição que alguém detém diante deDeus? As visões que João teve do fu-turo, inspiradas pelo próprio Deus,fornecem uma única e definitiva res-posta: somente o próprio Deus tem asolução para os maiores e mais pro-fundos problemas do ser humano.Como o próprio Jesus é o caminho,Ele tem condições de indicar comosair da crise. E Ele sabe que a solu-ção dos problemas não está na mu-dança das condições em que as pes-soas vivem, mas na mudança de suaposição diante de Deus. Essa mu-dança somente podia ser realizadaatravés de um sacrifício: foi o próprioJesus Cristo que se identificou pes-soalmente com o pecado deste mun-do e com a falência dos planos de to-dos os que querem melhorar o mun-do por seus próprios meios.

O único que é digno

Jesus Cristo não é apenas compe-tente e tem a autoridade – Ele é dig-no! João chorou quando viu que“nem no céu, nem sobre a terra, nemdebaixo da terra, ninguém podia abrir olivro, nem mesmo olhar para ele” (Ap5.3). Ninguém seria digno? Sim!Digno é “...o Leão da tribo de Judá, aRaiz de Davi, [que] venceu para abriro livro e os seus sete selos” (v.5).

Nosso tempo entrou em uma fasedecisiva. Mais do que nunca, é fun-damental analisar qual o objeto denossa esperança, que deve ser Cris-to. Será que a pior situação imaginá-vel não é ver homens, mulheres ecrianças indo para o inferno, semuma perspectiva real de futuro?

Uma humanidade que se agar-ra às promessas daqueles que apa-rentam saber o rumo é uma hu-manidade enganada. Não são ape-nas os astrólogos e adivinhos quenutrem falsas esperanças. Quantas

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Vemos milhões de pacientes esperandopor novos medicamentos.

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vezes os prognósticos dos econo-mistas, banqueiros internacionais eoperadores da Bolsa de Valores de-veriam ser revistos! Falsas análisesproduziram multidões de engana-dos, decepcionados e desesperadosmundo afora. A dura verdade é quetodas as promessas que a política,a economia, a sociedade e as igre-jas ecumênicas nos fazem são pro-messas vazias, destituídas de qual-quer base sólida.

A questão do que vem amanhãnão se decide sobre a terra, mas nocéu. Mais do que nunca deveríamosreconhecer que é Deus quem pre-para um futuro maravilhoso para ahumanidade, pois é Ele quem de-termina e executa Seus planos. Aperspectiva básica e primordial dosplanos de Deus para nós é o conso-lo e não a destruição e a ruína. Asatividades destruidoras que danifi-cam o mundo em que vivemos par-tirão daquele homem que virá nolugar de Cristo.

Existe consolo real e verdadeirounicamente para os que deixam seufuturo incondicionalmente nas mãosde Deus. O Ungido do Senhor estáno centro da História mundial. Naperspectiva bíblica, no trono e diantedo trono de Deus é o local onde sedecide o curso do mundo.

O afastamento de Deus só podeter o caos total como resultado. E éjustamente isso que diz o livro sela-do (Ap 6). Os sete selos serão: umfalso Cristo, guerra, fome, morte,um remanescente de mártires, umgrande terremoto e os sete juízosdas trombetas.

O Cordeiro de Deus

e o Leão de Judá

Deus reina, e nesta fase Ele en-tregou tudo nas mãos do Filho (Mt11.27) para que Este sujeitasse to-das as coisas ao domínio de Deus(1 Co 15.24-25).

Pela cruz Jesus tornou-se o ver-dadeiro configurador do futuro. Porisso, o Leão de Judá é apresentadoa João primeiro como o Cordeiro(veja Ap 5.5-6).

Só o Cordeiro é digno de desa-tar os selos do futuro. A cruz deCristo é, por isso, o ponto alto daHistória da Salvação, a culminânciae o absoluto ponto de virada daHistória mundial. Essa mesma ra-zão faz dEle o núcleo de nossa exis-tência e da história das nossas vi-das. Na cruz foram colocadas as ba-ses decisivas e absolutas daconclusão perfeita da História. E nacruz você e eu também encontramoso final feliz para nossas vidas e osentido da nossa história pessoal.Existe um só futuro, e este se cha-ma JESUS CRISTO. Por isso “nãohá salvação em nenhum outro; porqueabaixo do céu não existe nenhum outronome, dado entre os homens, pelo qualimporta que sejamos salvos” (At4.12).

Salvação e perdição

Existe um futuro para você, umfuturo em que lhe será dito: Você es-tá salvo!? Mesmo que os passageirosdo luxuoso transatlântico Titanicfossem oriundos das mais diversascamadas sociais, desde ricosbanqueiros até simples cal-deiristas, a questão final fi-cou reduzida a uma só:quem se perdeu e quem sesalvou do naufrágio.

O que você espera do fu-turo? Tempos melhores, pazentre os homens, união dasigrejas, felicidade e satisfa-ção?

Precisamos mais do queisso! Bem no fundo, o quemais ansiamos é uma certe-za real do que nos espera. Oque ou quem nos salvará?Será que todos nós, inde-

pendentemente da idade ou da ge-ração a que pertencemos, não con-tinuamos olhando para a direçãoerrada? Procuramos por homenspoderosos, cercados de uma aurade suficiência e capacidade, aptos atrazer paz e salvação ao mundo?Buscamos por pessoas que tomemo leme nas mãos e conduzam o bar-co da humanidade na direção certa?Talvez esperamos, sem nos darconta, por aquele que ocupará o lu-gar de Cristo?

Existem, de fato, personalidadespolíticas que aparentam capacidadee eficiência. Alguns atores, canto-res, cientistas, médicos, pesquisa-dores, pedagogos e psicólogos sãoídolos de muitos. Mas eles têm amelhor mensagem naquilo que di-zem e escrevem? E, antes de tudo,eles são dignos de falar sobre seupróprio futuro? E sobre o futurodos outros?

O maior engano

Um dia virá aquele que será tãosimpático e carismático que tornaráquase impossível fugir de seu en-canto. Ele entusiasmará a humani-dade com promessas pacifistas e pa-lavras humanas, oferecendo soluçãopara os problemas e uma perspecti-

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Quantas vezes os prognósticos dos economis-tas, banqueiros internacionais e operadores daBolsa de Valores deveriam ser revistos! Falsasanálises produziram multidões de enganados,decepcionados e desesperados mundo afora.

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va de um futuro melhor e absoluta-mente viável. Mas ele igualmentenão será digno, uma vez que é ofracasso em pessoa.

Querido leitor, querida leitora,precisamos nos voltar para Aqueleque é digno de concretizar o futurodo mundo e de nossas vidas, e esseé Jesus Cristo.

Não existe uma reforma total domundo através de superexecutivos,pois ela é impossível. Todos os re-formadores do mundo falharam.Muitos que desfrutavam da simpa-tia da sociedade foram uma frustra-ção, normalmente devido à sua ân-sia por poder e domínio.

O Movimento Ecumênico tam-bém acabará por falhar porque oTodo-Poderoso tem planos distin-tos dos seus. É lamentável que mui-tos dos líderes de igrejas e denomi-nações cristãs não tenham conheci-mento dos planos de Deus arespeito deste mundo. E o fato de-les próprios trabalharem e contri-buírem para que o palco do Anti-cristo seja montado só pode serchamado de trágico.

Enquanto o ser humano estiversujeito à lei do pecado, não pode-rá mudar a situação que essa su-jeição ocasiona. Isso acontece por-que os poderes destrutivos não po-dem ser excomungados por pessoassujeitas a esses mesmos poderes.Uma administração esperta nãoafugenta as forças destruidoras domal. Somente através da luta ha-verá vitória.

O Homem impotente

da cruz será o

Consumador do mundo

Por quê? Por seguir com deter-minação o plano do Todo-Podero-so. As bases deste mundo balan-çam. Quem quiser estar seguro nofuturo, deve, no presente, agarrar-se firmemente em Jesus Cristo.

As excitantes notícias mundiais,constantemente novas, não podeme não devem condicionar nossoagir, pensar e julgar. Já é suficiente-mente abalador termos de digerir aavalanche diária de informaçõesque se abatem sobre nós e diantedas quais somos absolutamente im-potentes!

A consciência nacionalista estáse fortalecendo mundialmente. Emcontraste, vemos os esforços globa-lizantes de agregar e unificar a tudoe a todos.

O Cordeiro de Deus, que abriráo livro com os sete selos, prediz sé-rios conflitos e tensões. Somem-se aeles a desgraça das heresias, os ca-minhos de salvação pretensamentenovos, os novos profetas e a sedu-ção ecumênica da Igreja, e teremoso quadro completo.

Não serão as igrejas e organiza-ções religiosas que nos protegerão,pois elas se esfacelarão. Deus não seinteressa por igrejismo e poder deno-minacional. As igrejas e denomina-ções parecem ser sempre mais sábiasque o mundo na solução dos proble-mas mundiais, mas justamente por is-so falharão, pois se ser-vem e se servirão deprogramas seculares pa-ra alcançar as pessoas.

A Igreja de Jesusnão tem a tarefa demelhorar o mundomas de pregar o Evan-gelho de Jesus Cristo atodos. Nisso reside seupoder e sua força, enesse propósito hápromessa de sucesso.Somente cumprindoesse propósito, estabe-lecido por Deus emSua Palavra, a Igrejapoderá exercer o mi-nistério de amor entreos oprimidos e amea-çados.

Não devemos olhar o mundocom pessimismo e sim com realismo.E realisticamente existe hoje umaúnica mensagem: há futuro para nós,para você e para mim. Você tem fu-turo! Talvez falte apenas uma únicacoisa para que você possa ter essacerteza: clamar ao Senhor Jesus porsalvação! Diga-Lhe que você reco-nhece que é pecador. E admita dian-te dEle que você precisa de perdão!

Jesus Cristo é seu futuro, poisapenas Ele está em condições deperdoar sua culpa. Ele é digno deanunciar o futuro e de concretizá-lojunto dEle!

Em alguns versículos após o tex-to bíblico que citamos no início estáescrito que “...toda criatura que háno céu e sobre a terra, debaixo da terrae no mar, e tudo o que neles há, estavadizendo: Àquele que está sentado notrono e ao Cordeiro, seja o louvor, e ahonra, e a glória, e o domínio pelos sé-culos dos séculos” (Ap 5.13).

Não confie em lemas ou pro-messas de ídolos e enganadores.Confie somente em Jesus Cristo,que está voltando! Ele salva e só Eleé digno!

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Não devemos olhar o mundo com pessimismo e simcom realismo. E realisticamente existe hoje uma única

mensagem: há futuro para nós, para você e paramim. Talvez falte apenas uma única coisa para que

você possa ter essa certeza: clamar ao Senhor Jesuspor salvação!

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15Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006

Todo o mundo foi envolvido pelafebre do futebol. A Copa é o maioracontecimento esportivo da atualidadee monopoliza a atenção geral. Duran-te os jogos as ruas ficaram desertasenquanto os estádios, as salas de TV eos bares estavam cheios de torcedoresempolgados. A ansiedade atingiu seuponto máximo e o orgulho nacionalnunca foi tão evidente como nessas se-manas em que a bola rolou nos gra-mados.

Muitos pastores talvez tenham fica-do com certa inveja das arquibanca-das lotadas, pensando: “Como seriabom se as igrejas e as reunões cristãstivessem uma platéia tão numerosa!” Eeles têm todos os motivos para desejarum público maior para a pregação doEvangelho. Veja as razões:

O campeãoEnquanto as nações lutam pela vi-

tória que vale por apenas quatroanos, Alguém conquistou a vitória de-finitiva. Jesus Cristo venceu o mundopara sempre, por todos os tempos, portodas as épocas e por toda a eternida-de. O que Ele fez não estava relacio-nado a um simples jogo, pois era umadecisão entre a vida e a morte. Jesusveio ao mundo, morreu na cruz pornossa culpa e reviveu triunfalmentedentre os mortos. Quem faz parte doSeu “time” é participante dessa vitóriae pode declarar pela fé: “Graças aDeus, que nos dá a vitória por inter-médio de nosso Senhor Jesus Cristo”(1 Co 15.57). Por essa razão João es-creveu: “Porque todo o que é nascidode Deus vence o mundo; e esta é a vi-tória que vence o mundo: a nossa fé.Quem é o que vence o mundo, senão

aquele que crê ser Jesus o Filho deDeus?” (1 Jo 5.4-5).

O vencidoNosso Senhor Jesus Cristo mostrou

o cartão vermelho para o Diabo e oexpulsou do campo. Por Seu preciososangue, Ele o derrotou para sempre.O Diabo é o perdedor, e o máximoque ele ainda pode fazer é gritar defora do gramado tentando atrapalharo jogo. Os cristãos no campo do mun-do não precisam se impressionar comas tentativas de interferência dele. Elesdevem jogar até o final da partida e“completar a carreira” (veja 2 Tm4.7). Todos os crentes podem partici-par da vitória de Jesus sobre o Diabo,que foi derrotado completamente. ABíblia diz que Jesus, “despojando osprincipados e as potestades, publica-mente os expôs ao desprezo, triun-fando deles na cruz” (Cl 2.15).

A famaSabemos que a fama dos melhores

jogadores de futebol dura pouco. Seusnomes são conhecidos e aclamadospor alguns anos e depois caem no es-quecimento. Hoje estão em alta, ama-nhã já estarão no banco de reservas edepois de amanhã serão tirados do ti-me. O que fica são as lembranças desuas glórias passadas. Poucos aindamencionam seus nomes, porque outrosjá ocuparam seus lugares e são cele-brados pelos seus gols vibrantes. De-pois da Copa de 1954, a maior partedos jogadores da seleção alemã mor-reu pelo consumo de álcool ou pordoenças. Esses esportistas aparente-mente vitoriosos falharam vergonhosa-

mente em suas vidas particulares de-pois de terem ganhado a Copa doMundo. No Brasil, muitos ex-jogado-res, famosos em sua época, morreramna pobreza e na indigência. Com Je-sus Cristo é diferente: quem faz dEleseu capitão no campo da vida e jogaconforme Suas regras receberá a co-roa da vitória: “Todo atleta em tudose domina; aqueles, para alcançaruma coroa corruptível; nós, porém, aincorruptível” (1 Co 9.25). Esses cris-tãos são os vitoriosos batalhadores dafé mencionados no último livro da Bí-blia: “Ao redor do trono, há tambémvinte e quatro tronos, e assentadosneles, vinte e quatro anciãos vestidosde branco, em cujas cabeças estãoscoroas de ouro” (Ap 4.4).

O verdadeiro SalvadorQuando Jürgen Klinsmann foi no-

meado técnico da seleção alemã, umaconhecida revista apresentou em suacapa a manchete: “Klinsi, salve-nos!”As semanas seguintes mostraram queele, mesmo tendo melhorado o desem-penho do seu time, não conseguiu le-

O Campeão do Mundo

A taça da Fifa.

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vá-lo à vitória final. Depois dos jogossempre surgem novos desafios, discus-sões e desavenças. Sempre haveráperdedores e os comentaristas terãodo que reclamar.

O verdadeiro Salvador age em ou-tro lugar, que é o campo do mundo.Ele traz uma salvação real e duradou-ra a todos os que crêem em Seu Nomee depositam sua confiança nEle. Pauloescreve em Romanos 3.22-24 que a“justiça de Deus” é “mediante a féem Jesus Cristo, para todos [e sobretodos] os que crêem; porque não hádistinção, pois todos pecaram e care-cem da glória de Deus, sendo justifi-cados gratuitamente, por sua graça,mediante a redenção que há em Cris-to Jesus”. Jesus liberta o pecador deseu passado vergonhoso e da ligaçãocom o Diabo. Jó tinha consciênciadesse Salvador poderoso quando ex-clamou: “Porque eu sei que o meu Re-dentor vive e por fim se levantará so-bre a terra” (Jó 19.25).

O milagreNa Alemanha, a Copa de 1954

entrou para a história como “o mila-gre de Berna”, porque a seleção ale-mã foi campeã contra todas as expec-tativas. Na época, o que houve foi me-nos um milagre e mais sorte aliada ao

empenho, à garrae à motivação dosjogadores.

Milagres ver-dadeiros aconte-cem somente atra-vés de Jesus. Ele éo “Maravilhoso”de Isaías 9.6, umDeus que faz pro-dígios e maravi-lhas. Ele tem po-der para restaurarcorações partidos,curar feridas emo-cionais e nos con-

duzir à vitória. Ele concede perdão e onovo nascimento através do EspíritoSanto. Ele ressuscita os mortos e con-duz ao céu. Em seu sermão no dia dePentecostes, Pedro declarou: “Varõesisraelitas, atendei a estas palavras:Jesus, o Nazareno, varão aprovadopor Deus diante de vós com milagres,prodígios e sinais, os quais o próprioDeus realizou por intermédio dele en-tre vós, como vós mesmos sabeis” (At2.22).

Sem impedimentoO impedimento tem sido um gran-

de problema para alguns jogadores.Quem está impedido ouve o apito dojuiz e não pode fazer gol, pois es-tá fora da posição permitida. Ata-cantes em posição de impedimentoficam isolados dos companheiros esozinhos.

Com Jesus é diferente. Ele retirapessoas da posição de impedimento,da solidão e do desalento. Onde exis-tem pessoas isoladas, sozinhas, emposições erradas, lá está Jesus parabuscá-las. Jogadores impedidos no jo-go da vida podem experimentar o queestá escrito em Jeremias 31.3: “Delonge se me deixou ver o Senhor, di-zendo: Com amor eterno eu te amei;por isso, com benignidade te atraí”.

Sem banco de reservasPara um jogador é triste e decep-

cionante ter de ficar no banco de re-servas. Ele fica chateado e frustradopor não ser usado no time. Essa frus-tração facilmente se transmite a seusfamiliares, e todos sofrem com a situa-ção. Pela mídia podemos acompanharo drama entre ser escalado para fazerparte dos onze felizardos ou ficar es-perando na reserva. Vimos a alegriados escolhidos e a tristeza dos que fi-caram de fora da seleção. Os reservassempre anseiam pela chance de jogar.Mas dois jogadores não podem ficarna mesma posição e a goleira nãocomporta dois goleiros.

Com Jesus, ninguém precisa ficarno banco de reservas. Ninguém é ex-cluído. Jesus pode usar a todos. Cadacristão recebeu pelo menos um dom edeveria usá-lo para a edificação doreino de Deus. Qualquer membro daIgreja de Jesus pode ser útil à causado Senhor e realizar alguma tarefapara ganhar almas. Todo cristão échamado a cooperar, seja no aconse-lhamento, ensinando crianças, em suaprópria família, na proclamação daPalavra de Deus, na diaconia, na hos-pitalidade ou no discipulado. Jesusquer nos usar e trabalhar através denós: “Fiel é o que vos chama, o qualtambém o fará” (1 Ts 5.24).

Todo gol contaCada gol não é importante apenas

para quem o faz mas para o time in-teiro, pois no final todos são contabili-zados e decidem entre a vitória ou aderrota. Importante é a soma final e acooperação de todo o time, uma vezque a maioria dos gols é feita quandoa equipe aproveita uma chance. Tantoos jogadores do ataque como os dadefesa são importantes para que o golse concretize. Se todos ocuparem seulugar e se empenharem pelo grupo,será alcançada a vitória final.

16 Chamada da Meia-Noite, agosto de 2006

Do Nosso Campo Visual

Nosso Senhor Jesus Cristo mostrou o cartão vermelho para oDiabo e o expulsou do campo.

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Os dons e os ministérios em umaigreja local são distintos: alguns cris-tãos ficam diretamente diante do pú-blico, pregando e ganhando almas,enquanto outros oram pelo trabalho, oapóiam materialmente ou ajudam nospreparativos para que tudo dê certo.No final, o fruto é de todos os queparticiparam. O importante é que seproduzam muitos frutos espirituais eeternos: “Nisto é glorificado meu Pai,em que deis muito fruto; e assim vostornareis meus discípulos” (Jo 15.8).

Aproveitar as chancesOs jogadores devem aproveitar to-

das as oportunidades, jogar concen-trados e atentos, sempre de olhos bemabertos. Todos eles deveriam render omáximo sem ficar fazendo corpo moleou desperdiçando o tempo. Desistir eentregar o jogo antes da hora nãoconvém. Tanto o treinador como o pú-blico esperam que o time jogue comdedicação até o apito final.

Podemos aplicar muito bem essarealidade à situação da Igreja, poisestá escrito: “Portanto, também nós,visto que temos a rodear-nos tãogrande nuvem de testemunhas, de-sembaraçando-nos de todo peso e dopecado que tenazmente nos assedia,corramos, com perseverança, a car-reira que nos está proposta” (Hb12.1). E: “remindo o tempo, porqueos dias são maus” (Ef 5.16).

Sem prorrogaçãoHá equipes que jogam consciente-

mente esperando a prorrogação por-que acham que terão melhores chan-ces nesses minutos adicionais depoisque o tempo regulamentar tiver termi-nado. Certamente é muito melhor al-cançar a vitória nos noventa minutos,sem ficar esperando por um tempo ex-tra no final. A Bíblia diz que hoje,agora, é o tempo de se converter a Je-

sus: “...eis, agora, o tempo sobremo-do oportuno, eis, agora, o dia da sal-vação” (2 Co 6.2). Em relação ao ser-viço cristão, a Palavra de Deus orde-na: “Tudo quanto te vier à mão parafazer, faze-o conforme as tuas for-ças...” (Ec 9.10). Robert Moffat afir-mou com acerto: “Teremos toda a eter-nidade para celebrar nossas vitórias,mas apenas um breve momento paraalcançá-las”.

Em relação à volta iminente deCristo também não devemos nos com-portar como se houvesse prorrogação.Não deveríamos viver pensando que“meu senhor demora-se” (Mt 24.48).Precisamos contar com Sua volta aqualquer momento, pois “não retardao Senhor a sua promessa, como al-guns a julgam demorada; pelo con-trário, ele é longânimo para convos-co, não querendo que nenhum pere-ça, senão que todos cheguem aoarrependimento” (2 Pe 3.9).

A defesaO que mais gostamos num jogo de

futebol é ver nosso time sempre bemperto da goleira adversária. Mas umaboa defesa é imprescindível, especial-mente quando o contra-ataque é rápi-do. Impedir o avanço do adversárioem direção à nossa goleira é tão im-portante para ganhar o jogo quantoos chutes contra a goleira dele.

Na Igreja de Jesus é semelhante.Não são importantes apenas os cris-tãos de destaque, aqueles que bri-lham, que são conhecidos e reconheci-dos. Todos os cristãos são importantese necessários, inclusive aqueles quenunca aparecem, que trabalham nosbastidores, fazendo os trabalhos maissimples ou executando tarefas que ja-mais serão vistas pelos outros. A equi-pe de apoio, que fica na retaguarda,freqüentemente é a maior responsávelpelo sucesso de uma evangelização,de um culto ou de algum outro evento

realizado para a salvação de almasperdidas. Como filhos de Deus nãodevemos estar mais preocupados comresultados imediatos do que com auma base firme e sólida, defendendoos valores e ensinamentos da Palavrade Deus. Precisamos vigiar e levantaruma defesa forte para que o inimigonão faça gols. De tanto correr, muitosesquecem de fechar a defesa, e aí sãoderrotados. É imperioso que haja,dentro da igreja, irmãos que zelempela doutrina e mantenham as vitóriasjá alcançadas, que vigiem para que oinimigo não entre e se aposse de algu-ma área. Líderes idôneos são essen-ciais, mas a tarefa de defender e zelarpela igreja é de todos os membros.Todos devem orar, vigiar e resistir aoinimigo para que este não tenha a me-nor chance de vitória. Recebemos to-das as condições para nossa defesaespiritual: “Revesti-vos de toda a ar-madura de Deus, para poderdes ficarfirmes contra as ciladas do Diabo;porque a nossa luta não é contra osangue e a carne, e sim contra osprincipados e potestades, contra osdominadores deste mundo tenebroso,contra as forças espirituais do mal,nas regiões celestes. Portanto, tomaitoda a armadura de Deus, para quepossais resistir no dia mau e, depoisde terdes vencido tudo, permanecerinabaláveis” (Ef 6.11-13).

Sem medo do inimigoExistem os adversários “matado-

res”, aqueles que assustam e que sãodifíceis de enfrentar. Antes da Copasempre há muitas especulações, e ostimes enumeram as seleções fortes,aquelas que preferem não ter comoadversárias. As perguntas se repetem:“Quem estará na nossa chave? Quemserá nosso primeiro adversário? Um ti-me fraco ou um favorito? Uma equipeconhecida por seu jogo sujo ou por jo-gar lealmente? Quais seus jogadores

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de ponta?” É importante analisar o ini-migo, mas não demais. Preocupar-sedemasiadamente com o adversáriopode nos encher de medo e facilitarnossa própria derrota. Uma avaliaçãoequilibrada da situação é o ideal.

A Bíblia nos ensina que não deve-mos temer os homens. Também o Dia-bo, apesar de poderoso (não devemosmenosprezá-lo ou fazer pouco casodele), é um inimigo já derrotado. Nãodevemos enfrentá-lo achando que jáganhamos, mas também não podemosficar desanimados quando vemos oseu poder em ação, pois o Vencedorestá do nosso lado! O próprio Deusdisse: “De maneira alguma te deixa-rei, nunca jamais te abandonarei. As-sim, afirmemos confiantemente: O Se-nhor é meu auxílio, não temerei; queme poderá fazer o homem?” (Hb13.5-6).

As regras do jogoTodos os jogadores devem obede-

cer às regras e jogar segundo as nor-mas. Quem faz uma falta ou reclamainjustamente durante o jogo recebe

cartão amarelo. Se a infração for maispesada, o jogador recebe cartão ver-melho e é expulso de campo. Por isso,todos os jogadores precisam conhecertodas as regras, para que a equipevença. Uma falha pode afetar o resul-tado final.

As regras para os cristãos estão naBíblia, a infalível Palavra de Deus.Portanto, é de extrema importância lere estudar o que ela diz. Mas igual-mente importante é obedecer e cum-prir o que ela ordena. Essa obediênciadeve ser exata, sem desvios. Quantosprejuízos já houve porque os crentesse afastaram dos parâmetros bíblicos!Muitos “capitães” de equipe, que nãose atêm às declarações bíblicas ou quearrancam textos de seu contexto,transformaram seus liderados em sei-tas e infiltraram heresias na igreja.

Membros de igrejas também sãoadvertidos ou disciplinados quandosuas vidas não estão de acordo com aPalavra de Deus, quando conhecem asregras mas vivem como se não as co-nhecessem ou estão em franca rebeliãocontra elas. Mas graças a Deus peloSeu perdão! Seu amor sempre permiteum novo começo, de acordo com SuaPalavra! Na Carta aos Colossenses so-mos exortados: “Ninguém se faça ár-bitro contra vós outros, pretextandohumildade e culto dos anjos, basean-do-se em visões, enfatuado, sem moti-vo algum, na sua mente carnal, e nãoretendo a cabeça, da qual todo o cor-po, suprido e bem vinculado por suasjuntas e ligamentos, cresce o cresci-mento que procede de Deus” (Cl 2.18-19). Também está escrito em 2 Timóteo3.16: “Toda a Escritura é inspiradapor Deus e útil para o ensino, para arepreensão, para a correção, para aeducação na justiça”.

O treinamento diárioO treinamento também é vital. Ca-

da jogador é convocado a compare-

cer regularmente aos treinos e não de-ve ficar preguiçosamente em casa ouseguindo outros compromissos. Quemquer entrar no jogo precisa treinar, equem treina mantém seu condiciona-mento, sendo útil ao time.

Aplicando esse aspecto à Igreja deJesus, deveríamos estar presentes emtodos os cultos e reuniões de oração ede estudo bíblico. Nesse “treinamentoem equipe”, aprendendo da Palavrade Deus, somos levados a nos centrarem Jesus e nos mantemos espiritual-mente sadios. O “treinamento” cristãonos fortifica, desperta dons e capaci-dades, corrige erros e previne fraque-zas. Durante o treinamento, muitas ve-zes percebemos qual a melhor posiçãopara cada um dentro da equipe, quelugar devemos ocupar e que incum-bências cabem a cada um. Nosso trei-nador é o Espírito Santo, que inspiroua Palavra de Deus, que nos esclareceseu conteúdo e nos conduz ao alvo.Outro aspecto de nosso treinamentodiz respeito ao Arrebatamento, queestá próximo e é chamado de Dia deJesus Cristo. Em relação a esse dia so-mos exortados pela Palavra: “Consi-deremo-nos também uns aos outros,para nos estimular ao amor e àsboas obras. Não deixemos de con-gregar-nos, como é costume de al-guns; antes, façamos admoestações etanto mais quanto vedes que o Dia seaproxima” (Hb 10.24-25).

A uniãoUnião e espírito de equipe são

muito importantes para um time. Mui-tos jogos já foram perdidos porque osjogadores não estavam dispostos aajudar uns aos outros e o time não eracoeso. Em muitos campeonatos já vi-mos que as equipes mais unidas forammais longe. Quando um ajuda ao ou-tro, quando um corrige os erros do ou-tro e se empenha pessoalmente pelaequipe, as chances de vitória são

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É importante analisar o inimigo, masnão demais. Preocupar-se demasiadamente com o adversário pode nos encher de medo e facilitarnossa própria derrota.

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maiores e aumentam as possibilidadesde subir de colocação na tabela. Maso egoísmo é um dos maiores empeci-lhos para alcançar um alvo comum. Opior é quando alguém se acha o máxi-mo e quer ser a superestrela, que bri-lha mais que os outros, quer fazer tu-do sozinho, não passa a bola para oscompanheiros e pensa que ninguémpode fazer gols como ele. Onde cadaum joga para si, as chances de vitóriavão se perdendo. E quando há discus-sões e diferenças dentro do time, aforça vai se acabando, falta concen-tração para o jogo e os gols contracomeçam a acontecer.

Os crentes são conclamados a bus-car a união com seus irmãos em Cris-to: “esforçando-vos diligentementepor preservar a unidade do Espíritono vínculo da paz” (Ef 4.3). Junto comessa convocação à unidade a Bíbliatambém dá a receita de como ela deveocorrer na prática: “Completai a mi-nha alegria, de modo que penseis amesma coisa, tenhais o mesmo amor,sejais unidos de alma, tendo o mes-mo sentimento. Nada façais por par-tidarismo ou vanglória, mas por hu-mildade, considerando cada um osoutros superiores a si mesmo” (Fp2.2-3).

Evitando as faltasFaltas são feias, desagradáveis e,

muitas vezes, traiçoeiras, atrapalhan-do o fluxo do jogo. Muitos jogadoresjá foram expulsos de campo porque fi-zeram outro jogador sair do jogo car-regado em uma maca. Depois de umafalta muitos jogadores ficam perturba-dos e não conseguem se concentrar.Perde-se tempo, os prejuízos podemser grandes e todo o time acaba so-frendo.

Na Igreja de Jesus, infelizmente,também se cometem “faltas”. Falar pe-las costas e acusar injustamente sãoexemplos de faltas graves. Muitas ve-

zes a inveja também entra no jogo.Mas o correto seria uma disposiçãosincera de ajudar os outros. Nenhumcristão renascido deveria faltar paracom seu irmão ou irmã em Cristo, maspraticar o que diz Gálatas 6.2: “Levaias cargas uns dos outros e, assim,cumprireis a lei de Cristo”. Um cristãodeveria viver como ensina a Carta aosEfésios: “assim como nos escolheu,nele, antes da fundação do mundo,para sermos santos e irrepreensíveisperante ele; e em amor... e andai emamor, como também Cristo nos amoue se entregou a si mesmo por nós, co-mo oferta e sacrifício a Deus, em aro-ma suave” (Ef 1.4; 5.2).

A torcidaClaro, existe ainda a torcida!

Aquele povo todo que, nas arquiban-cadas, sabe dar palpites e criticar oque é feito em campo. “Mas como!Assim não dá! Por que não faz assimou assado?” E se esses palpiteiros esti-vessem em campo? Como se compor-tariam? Certamente a maioria iria fa-lhar vergonhosamente como jogadorde futebol.

Nas igrejas cristãs, nas obras mis-sionárias e nas organizações evangéli-cas costuma acontecer o mesmo. Comoa vida dos pastores, missionários,obreiros, anciãos e diáconos é dificul-tada por aqueles membros que gostamde dar sugestões ou que pensam co-nhecer a melhor maneira de fazer otrabalho! Os líderes são obrigados aouvir críticas, sugestões e palpites, suasdecisões são questionadas, suas prega-ções nunca estão boas, seu relaciona-mento com os membros não é satisfa-tório. Curioso é que os ataques geral-mente vêm daqueles que não ajudam,não põem a mão no arado. Muitosevangelistas abençoados, que têm ape-nas o desejo de pregar o claro Evan-gelho de Cristo, de levar muitas almasa Jesus, de propagar o amor de Deus,

são freqüentemente criticados de formaextrema, como se nada de bom hou-vesse em sua pessoa e em seu ministé-rio. O que eles pregam está errado,seus colaboradores não são os certos,seus métodos não agradam e tudo oque fazem não é correto. As missõesque trabalham como o público gostanão ouvem muitas críticas, mas ai de-las se não corresponderem às idéiaspré-concebidas de seus ouvintes ou lei-tores! Uma enxurrada de e-mails, car-tas e telefonemas desaba sobre elas!De repente, tudo o que fizeram de bompassa a ser desconsiderado, as ofensassão generalizadas, e o desânimo seabate sobre os obreiros. Se reprova-ções e críticas tão duras acontecessempor erros graves, pela transgressão denormas claramente bíblicas, a indigna-ção seria justificada, mas geralmente ainsatisfação diz respeito a ninharias ecoisas secundárias ou a simples dife-renças de opinião. Para aqueles quesempre pensam saber tudo, a Palavradiz: “Quem és tu que julgas o servoalheio? Para o seu próprio senhor es-tá em pé ou cai; mas estará em pé,

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Na Igreja de Jesus, infelizmente, também se cometem “faltas”. Falar

pelas costas e acusar injustamente sãoexemplos de faltas graves.

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porque o seu Senhor é poderoso parao suster” (Rm 14.4).

O retornoA seleção vencedora é entusiastica-

mente recebida por toda a nação quan-do volta para casa. Os repórteres lotamo aeroporto e entrevistam os membrosda equipe. Muitas vezes o próprio presi-dente faz um discurso. O povo delira!Durante alguns dias a mídia exalta eenaltece a seleção vitoriosa.

Mas toda essa glória não é nadase comparada à glória de Jesus Cristoquando Ele voltar em triunfo para re-ceber Seu povo. O mundo todo ficaráem suspenso, e os que O esperamromperão em júbilo “quando vier pa-

ra ser glorificado nos seus santos eser admirado em todos os que cre-ram, naquele dia (porquanto foi cridoentre vós o nosso testemunho)” (2 Ts1.10). “Nisso exultais, embora, nopresente, por breve tempo, se neces-sário, sejais contristados por váriasprovações” (1 Pe 1.6).

Não esqueçamos que somente umaseleção pode ser a campeã do mundo!Mas o verdadeiro Vencedor é e conti-nuará sendo apenas Jesus Cristo!(Norbert Lieth)

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Resposta: Ficamos contentesem saber que a resposta não vaiabalar sua certeza de salvação.Realmente, sempre devemos avaliarse nossas perguntas e dúvidas – es-pecialmente quando as analisamoscom outras pessoas – têm qualquerrelação com a salvação. Isso evitariamuitas discussões acaloradas e de-sentendimentos. É preciso defender

com intransigência o que é essen-cial para a salvação. Por outro lado,as questões secundárias devem sertratadas com mais brandura.

Sua pergunta refere-se a Mateus24.30. Nesse capítulo, Jesus descre-ve inicialmente os sinais que caracte-rizarão os tempos finais: engano,guerras e rumores de guerras, falsosprofetas e falsos cristos (vv. 4-14).Tudo isso conduzirá à Grande Tri-bulação (vv. 15-28) e “então, apare-cerá no céu o sinal do Filho do Ho-mem” (v. 30). Esse sinal será Suaglória indescritível, que resplandece-rá no céu escuro. Ela corresponde àshekinah (a nuvem da presença doSenhor) no Antigo Testamento.

A glória de Jesus que apareceráno céu levará Israel a reconhecer

quem Ele realmente é: “...e todas astribos da terra (de Israel) se lamenta-rão, e verão o Filho do homem, vindosobre as nuvens do céu, com poder egrande glória” (v. 30, Bíblia de Estu-do Profética). (Elsbeth Vetsch, Nor-bert Lieth)

Pergunta: “Quando Jesus voltar, qualserá o Seu “sinal”? Meu filho acha queEle mesmo, o próprio Senhor Jesus, se-rá esse sinal. Eu penso que se trata daSua cruz. Qualquer que seja a resposta,ela não mudará em nada minha certezade salvação. Apenas desejo conhecersua opinião”.

O que é o “sinal” doSenhor Jesus?

União e espírito de equipe são muitoimportantes para um time. Os crentessão conclamados a buscar a união com

seus irmãos em Cristo.

Recomendamos:

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