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design: CHAlg - GCOM | 2015 edição online n.º 04 | Agosto 2015 Artigo Chalgarve ganha idoneidade formativa em Medicina Intensiva Entrevista Graça Pereira - Diagnóstico positivo na saúde financeira do CHAlgarve Artigo Serviço de Sangue do CHAlgarve apela à dádiva no Verão www.chalgarve.min-saude.pt

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Saúde Positiva 4 Magazine digital sobre o Centro Hospitalar do Algarve. Agosto de 2015

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Alg

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edição online n.º 04 | Agosto 2015

ArtigoChalgarve ganha idoneidade formativa em

Medicina Intensiva

EntrevistaGraça Pereira - Diagnóstico positivo na saúde financeira do CHAlgarve

ArtigoServiço de Sangue do CHAlgarve apela à dádiva no Verão

www.chalgarve.min-saude.pt

Notícia pág.6

Farmácia Hospitalar de Ambulatório do Hospital de Faro

com novo espaço

Notícia pág.12

CHAlgarve abre nova consulta de Diabetes Pediátrica

em Portimão

Artigo pág.4

Chalgarve ganha idoneidade formativa em

Medicina Intensiva

Entrevista pág.8

Graça Pereira - Diagnóstico positivo na saúde financeira do CHAlgarve

Artigo pág.14

Obras na Consulta Externa e Exames Especiais

Perfil pág.20

Tânia Gonçalves - Enfermeira

Notícia pág.19

Hospital de Faro pinta fachadas

Artigo pág.18

Serviço de Sangue do CHAlgarve apela à dádiva no Verão

Notícia pág.16

Fundação EDP apoia remodelação do internamento pediátrico no

Hospital de Faro

Notícia pág.22

Operação Mãos Limpas

Dupla Face pág.24

Enfermeiro Nuno Jordão - Da cardiologia às missões humanitárias

Discurso Direto pág.26

Isaac Correia

Fotorreportagem pág.30

Jovens utentes do CHAlgarve fazem batismo de voo

Notícia pág.28

Projeto: “Parto com Massagem, Parto com Amor”

PropriedadeCentro Hospitalar do Algarve

Saúde Positiva n. 4 | Julho 2015

Centro Hospitalar do AlgarveRua Leão Penedo, 8000-386, Faro

Tel. 209 891 100www.chalgarve.min-saude.pt

Edição on-lineGabinete de Comunicaçã[email protected]. 289 001 970 | 282 450 357

Redação/fotografiaCarina Ramos Daniela Martins NogueiraMárcio FernandesLuís Baptista

Paginação/grafismoLuís Baptista

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editorialÉ missão de uma Direção Clínica procurar alinhar esforços em todas as áreas clínicas para uma melhoria contínua da qualidade dos serviços, bem como para manter padrões ele-vados na prestação de cuidados de saúde. Para este desidrato, a nossa governação clínica deverá funcionar em ambiente de serenidade e solidariedade, com um corpo clínico ade-quado e com profissionais motivados.

Mas se a situação presente do país é difícil e os hospitais da região do Algarve têm senti-do, ao longo dos anos, enormes dificuldades na captação de profissionais, especialmente na área médica e em especialidades mais carênciadas, o efeito rebound da política de austeridade imposta sobre uma instituição do Sistema Nacional de Saúde, como a nossa, tem um efeito imprevisível, mas seguramente ultrapassável se mantivermos a persistência, resiliência e a vontade necessária de todos para procurar novas formas de melhorar. Este enorme esforço que todos os profissionais fazem diariamente é reconhecido e apreciado pela Direcção Clínica. Por isso, quando os nossos Serviços conseguem alcançar patamares mais elevados de qualidade, este facto tem maior valor. A atribuição de idoneidade forma-tiva à Medicina Intensiva do CHAlgarve é um exemplo desta qualidade que nos permitiu passar a formadores de médicos Intensivistas, um de poucos Centros no país.

Outro exemplo do esforço notável feito para proporcionar áreas organizadas é a Consulta de Diabetes Pediátrica. Com os recursos médicos existentes no Hospital, mantêm-se áreas diferenciadas importantes para a população pediátrica da região, assegurando um futuro para crianças diabéticas ou com patologias de maior complexidade seguidas no Hospital de Dia Pediátrico.

Alguns melhoramentos das condições de acolhimento na Instituição também merece-ram a nossa atenção. Um co-financiamento por parte da Fundação EDP permitiu a tão desejada e aguardada remodelação do internamento pediátrico no Hospital de Faro. Também na Consulta Externa e Exames Especiais do Hospital de Portimão permitiram organizar melhor algumas áreas e criar mais alguns espaços. A Senologia, mereceu finalmente uma área dedicada para doentes com patologia mamária. Esta área, per-tencente à Cirurgia Geral no Barlavento, tem vindo a crescer progressivamente desde a sua implementação em 2002, mas com o início do Rastreio de mama no Algarve em 2005, viu a área crescer de forma exponencial.

São exemplos que traduzem esta palavra onde a Direção Clínica faz esta expressão de reconhecimento e apreciação do valor dos profissionais do Centro Hospitalar do Algarve.

Gabriela ValadasDiretora Clínica no CHALG

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O Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos atribuiu ao Departamento de Emergência, Urgência e Cuidados Intensivos (DEUCI), que integra os Serviços de Medicina Intensiva 1 e 2, a capacidade formativa parcial de nível C. Ou seja, durante os próximos cinco anos, estes serviços têm capacidade para formar 4 subsespecialistas de Medicina Intensiva simultaneamente, bem como a capacidade de garantir estágio a 8 internos nas Unidades de Faro e Portimão.

CHAlgarve ganha idoneidade formativa em

Medicina Intensiva

De acordo com o Diretor do Departamento, Luís Pereira, “este é um passo muito importante porque a partir de agora o CHAlgarve tem a capacidade de formar subespecialistas em Medicina Intensiva para todo o País”.

Evidenciando o trabalho conjunto entre todos os médicos e profissionais do Departamento, Luís Pereira destacou o esforço e empenho da professora Cristina Granja, médica e diretora do Serviço de Medicina Intensiva 1, que impulsionou este processo.

Orgulhoso pela atribuição da idoneidade formativa, Luís Pereira, sublinhou que este é um passo importante para “a fixação de quadros médicos”. Para o diretor do DEUCI não existem dúvidas de que para o sucesso destes processos todos os aspetos contam. «Todo o trabalho de reorganização do Departamento e dos serviços de Medicina Intensiva foi fundamental uma vez que nos permitiu aumentar o número de camas e consequentemente tratar mais doentes, bem como reorganizar as equipas e garantir um upgrade de todos os equipamentos, os quais atualmente são topo de gama», enfatiza destacando o investimento de fundo nesta área.

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FARMÁCIA HOSPITALAR DE AMBULATÓRIO DO HOSPITAL DE FARO COM NOVO ESPAÇO

Acesso facilitado e melhores instalações permitem melhorar a qualidade do atendimento.

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Desde o inicio do ano, os doentes em regime de ambulatório com direito a dispensa gratuita de medicamentos na unidade de Faro do Centro Hospitalar do Algarve, dispõem de melhores condições de atendimento com a relocalização da Farmácia Hospitalar de Ambulatório para um espaço de acesso mais facilitado junto ao portão de saida do complexo hospitalar. Instalada numa área total cinco vezes superior à que ocupava anteriormente, no edifício das consultas externas, a Farmácia Hospitalar de Ambulatório ganha “mais privacidade e maior personalização no atendimento, numa tentativa permanente de se conseguir uma melhor adesão à terapêutica por parte do doente e, consequentemente, melhores resultados clínicos, com a inerente otimização dos custos associados”, explica Carminda Martins, Diretora dos Serviços Farmacêuticos do Centro Hospitalar do Algarve.

Segundo a responsável, a melhoria das condições físicas e a reorganização logística propiciadas pelo novo espaço

permitirão aumentar a capacidade de resposta e diminuir os tempos de espera para quem está a aguardar a sua vez, num serviço que diariamente ultrapassa uma centena de atendimentos, com a dispensa de medicamentos a utentes que

“normalmente têm muitas dúvidas, como é natural, pois os doentes saem da consulta médica muito focados na patologia e não tanto na terapêutica. Só quando chegam à farmácia é que surgem as dúvidas em relação ao medicamento. Agora dispomos de um gabinete onde, com toda a privacidade e conforto, os doentes podem estar tranquilos e conversar com o farmacêutico, esclarecendo todas as questões que possam ter inerentes ao tratamento, salientando a necessidade de uma correta adesão à terapêutica, bem como os procedimentos a ter quando possam surgir efeitos secundários aos fármacos”, evidencia. A par da maior proximidade, privacidade e acessibilidade propiciadas pela nova localização, está em curso “a integração de um novo farmacêutico que brevemente irá reforçar a equipa, sendo que cada um dos quatro farmacêuticos

vai ficar especializado por um conjunto de patologias, ficando responsável pela gestão dos stocks associados, de modo a minimizar ao máximo a margem de erro e falhas indesejadas, bem como a ser o elo preferencial de ligação aos doentes com a patologia em que se especializaram”, avança a Diretora que prevê conseguir uma maior especialização e personalização do atendimento através deste novo modelo organizativo. Fisicamente o espaço que hoje entrou em funcionamento é composto por uma ampla zona de atendimento, duas sala de esperas, uma funcional área de armazenamento com controlo de temperaturas, wc para utentes adaptado para deficientes, gabinete de consulta, copa e wc para profissionais. As mudanças processadas não alteram o horário de funcionamento que se mantém de segunda a sexta-feira, entre as 9h00 e as 18h30.

ENTREVISTA

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«Juntámos o que havia de melhor em cada um dos hospitais e, sempre

de acordo com o orçamento, conseguimos cumprir a nossa missão, sem

faltar nada aos utentes e prestando todos os cuidados necessários».Dr.ª Graça Pereira

Vogal Executiva do Conselho de Administração

Apesar do rigor orçamental a que o país esteve obrigado nos últimos anos, o Ministério da Saúde investiu fortemente no setor da saúde na região algarvia, o que permitiu resolver os problemas financeiros antigos e projetar investimentos importantes para o futuro dos hospitais algarvios.

Em entrevista à Saúde Positiva, Graça Pereira, Vogal Executiva do Conselho de Administração, fez um diagnóstico à saúde financeira do Centro Hospitalar do Algarve, reconhecendo o contributo que o processo de fusão dos hospitais públicos na região, associado às constantes “negociações” com a Tutela, teve para a resolução do crónico subfinanciamento das duas unidades hospitalares da região que originaram, ao longo de vários anos, sucessivos défices de exploração e consequentemente um avultado volume de dívida a fornecedores, deixando ainda um prognóstico muito positivo em termos de investimento para 2015.

Saúde Positiva (SP) – Este vai ser o primeiro ano em que as contas das unidades de Faro, Portimão e Lagos vão estar refletidas num ano completo de exercício financeiro. Espera-se um balanço positivo, tal como aconteceu no segundo semestre de 2013?

Graça Pereira (GP) – Sim, o ano de 2014 já se encontra encerrado e podemos afirmar que é muito positivo. O Centro Hospitalar do Algarve encerra o seu primeiro ano económico de atividade completo com resultados de exploração positivos, ou seja, com o EBITDA a ultrapassar os 2,5 M€ (positivo)

Foram cumpridos os objetivos traçados pelo Ministério, tanto em termos económico-financeiros como ao nível da prestação dos cuidados de saúde aos residentes e visitantes do Algarve. Os resultados obtidos foram possíveis graças ao rigoroso acompanhamento da execução orçamental, ao combate ao desperdício e à reorganização dos serviços. Dessa forma, foi possível canalizar verbas para efetuar algum do investimento tão necessário nas unidades.

SP – Estamos perante um bom exemplo de gestão a nível nacional. Como explica esta receita de sucesso às pessoas que se mostraram mais céticas em relação à criação do CHAlgarve?

GP - Os bons resultados devem-se, como já referi ao controlo orçamental, ao combate ao desperdício, à reorganização dos serviços, mas também em grande parte à convergência de recursos e ao facto de as unidades hospitalares conseguirem trabalhar em conjunto, canalizando todos os esforços para o mesmo objetivo. Juntámos o que havia de melhor em cada um dos hospitais e, sempre de acordo com o orçamento disponível, conseguimos cumprir a nossa missão, sem faltar nada aos utentes e prestando todos os cuidados necessários.

É importante não esquecer que, numa época em que o País atravessa grandes dificuldades, as unidades hospitalares do Algarve conseguiram recuperar da falência técnica em que se encontravam há longos anos. Mas é de mencionar também que este feito não se deve só ao desempenho do Órgão de Gestão e de todos os profissionais,

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mas também ao apoio e compreensão por parte do Ministério da Saúde, no que se refere aos válidos argumentos apresentados relativamente ao crónico subfinanciamento da Instituição, tendo dessa forma autorizado o aumento do valor do contrato-programa.

SP – Aquando da sua visita no início do ano ao Algarve o Sr. Ministro da Saúde eferiu-se ao maior investimento de sempre feito no setor da saúde na região. Considera que esse investimento foi essencial para tratar dos problemas da saúde no Algarve?

GP – Houve efetivamente um grande investimento no Algarve por parte do Ministério da Saúde. O senhor Ministro e os seus Secretários de Estado, como já atrás referi, foram sensíveis aos argumentos apresentados nas várias reuniões que tivemos e entenderam que efectivamente era necessário que a saúde no Algarve evoluísse e por isso todos os projetos de investimento que foram colocados à aprovação da Tutela foram autorizados.

Nos últimos três anos, foram atribuídos ao Centro Hospitalar do Algarve, extra orçamento, 120 milhões de euros, sendo uma parte destinado ao pagamento de dívida antiga a fornecedores e outra parte destinada a investimento que foi efetuado ao longo destes anos.

SP – Falando do futuro quais são os investimento que estão projetados para o ano de 2015?

GP – Uma vez que o contrato-programa foi negociado e fechado tardiamente, não foi possível fazer todo o investimento que estava previsto para 2014, mas mesmo assim ainda levámos a cabo algum investimento importante. Nesse capítulo posso mencionar, a título de exemplo, o upgrade do equipamento de ressonância magnética de Portimão, um investimento que rondou cerca de 500 mil euros. Ainda nesta área, mas já em 2015, adquirimos o equipamento de ressonância magnética instalado no hospital de Faro, que pertencia a um prestador externo que assegurava o serviço nas nossas instalações. É uma aquisição que, em breve vai dotar o CHAlgarve com a capacidade e autonomia instalada necessária para a realização destes meios de diagnóstico, sendo algumas delas atualmente ainda efectuadas em Lisboa mas que dentro de pouco tempo deixarão de o ser, e falo especialmente das ressonâncias magnéticas cardíacas.

Ainda em 2014, adquirimos um sistema de navegação de neurocirurgia, que permite fazer cirurgias mais seguras. Este foi um investimento que rondou os 400 mil euros. Para além disso, registaram-se ainda no ano passado investimentos em quase todos os serviços no sentido de dotá-los de equipamentos clínicos que se encontravam obsoletos.

Em 2015 pensamos fazer não só o investimento que estava já previsto para este ano mas também aquele que ficou por concluir em 2014.

Para este ano temos projetos importantíssimos como é o caso, em Faro, da deslocalização do serviço de cardiologia do 8º para o 3º piso. Para que isso seja possível é necessário retirar o bar e o refeitório que aí se encontram localizados. A zona de restauração vai ser relocalizada numa área que está desaproveitada.

Na área da hemodinâmica será adquirido um novo equipamento para substituir o atualmente existente, sendo que este não será desativado, permanecendo como equipamento redundante, em caso de necessidade. Este é, sem dúvida alguma, um equipamento muito importante para a população algarvia, e só nesta aquisição estamos a falar de um investimento de 1,5 milhões de euros para conseguir manter a Via Verde Coronária a funcionar.

No capítulo da acessibilidade, vamos fazer uma passagem aérea entre o edifício central e o edifício do ambulatório, que se encontram fisicamente separados. O objetivo é garantir uma maior comodidade do utente em maca no transporte entre edifícios. Vamos ainda proceder à transferência e deslocalização da cirurgia do ambulatório para junto do bloco operatório central no sentido de otimizar os recursos humanos e materiais, com ganhos efetivos em termos assistenciais, logísticos e operacionais.

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PlantaRefeitórioProjetos 2015:

• concluir projetos 2014;

• deslocalizar o serviço de cardiologia do 8º para o 3º piso;

• realocar a zona de restauração;

• adquirir novos equipamentos para a hemodinâmica;

• passagem aérea entre o edificio central e o edifício de

ambulatório;

• deslocalizar a Cirurgia de ambulatório para o bloco

operatório central.

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CHAlgarve abre nova consulta de Diabetes Pediátrica em Portimão

Até então todos os pequenos utentes diagnosticados com diabetes tinham de se deslocar a outras unidades hospitalares, normalmente a Faro, para fazerem o necessário acompanhamento desta doença crónica. Com necessidade de um seguimento e monitorização regulares, com consultas bimestrais ou trimestrais, o impacto na vida destas crianças e no ritmo familiar fica agora atenuado pela diminuição da distância de deslocação e, consequentemente, do tempo despendido para frequentar as consultas, o que contribui para assegurar a manutenção das rotinas de tratamento e acompanhamento hospitalar que esta patologia exige.

Sofia Vidal Castro, Diabetologista Pediátrica, é a responsável por esta consulta multidisciplinar que, para além do médico, implica a intervenção de outros profissionais, nomeadamente na área da enfermagem e nutrição, podendo em caso de necessidade, contar com o apoio de outras especialidades, como a psicologia ou o serviço social. “Estamos articulados com o internamento e a urgência da Pediatria, com a equipa do Hospital de Dia de Diabetes de Adultos, da responsabilidade da Drª Luísa Arez, sendo-nos facultado o apoio de uma enfermeira que realiza a consulta connosco”, atesta Sofia Vidal Castro, reforçando a importância deste trabalho integrado “pois, sendo a diabetes uma doença crónica, as crianças e adolescentes seguidos na consulta de diabetes pediátrica terão mais tarde uma referência, quando passarem a ser seguidos pela equipa da consulta de adultos” explica a responsável.

A funcionar desde o passado mês de fevereiro na unidade de Portimão, a consulta de diabetes pediátrica assume-se como um novo reforço na prestação de cuidados de saúde diferenciados à população do barlavento algarvio. A medida veio facilitar o acesso e promover a aproximação entre a equipa de saúde e as crianças com diabetes que agora passam a ser seguidas no hospital mais próximo da sua área de residência.

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Quem tem acesso a esta consulta? Localizada na Consulta Externa de Pediatria no piso 2, a consulta de diabetes pediátrica dá resposta a todas as crianças e adolescentes, até aos 18 anos de idade, com diagnóstico de Diabetes Tipo 1 residentes na área do barlavento algarvio.

Para além das crianças e jovens já seguidos noutras unidades hospitalares que têm agora oportunidade de passarem a frequentar as consultas em Portimão, todos “os utente em idade pediátrica que acorram à nossa Unidade com um episódio de diabetes inaugural, isto é, o primeiro episódio do qual resulta o diagnóstico de diabetes, e após o período inicial de internamento, serão seguidos nesta consulta”, reforça a Sofia Vidal Castro.

No que consiste a consulta? O diagnóstico desta patologia implica sempre um período de internamento inicial, a partir do qual é desencadeado um protocolo clínico de atuação, onde, a par da estabilização da fase aguda da doença (quando necessário), é feita a primeira abordagem à Diabetes, realizados os primeiros ensinos e orientações terapêuticas, com o subsequente encaminhamento da criança e da família para a consulta de diabetes pediátrica agora disponível em Portimão.

A primeira intervenção em termos de consulta é realizada pela enfermagem onde são avaliados diversos parâmetros, entre os quais o processo de adaptação à doença, os hábitos alimentares e a prática de exercício físico. Como explica Carlota Gião, enfermeira da consulta de diabetologia pediátrica, “é neste

momento que são supervisionados todos os passos da rotina diária da criança com diabetes, nomeadamente a avaliação da glicemia capilar, a identificação dos locais de punção onde é administrada a insulina, o procedimento na troca das agulhas, a análise dos registos diários dos valores da glicemia ou ainda as técnicas de administração da insulina”, exemplifica.

Após a avaliação da enfermagem e já recolhidos os parâmetros clínicos necessários, é na consulta médica que são realizados os ajustes das doses de insulina e afinada a terapêutica. Para além deste acompanhamento clínico, “é aqui que as crianças ou adolescentes e a sua família podem colocar todas as dúvidas, expor as dificuldades sentidas e ter a colaboração da equipa para uma integração plena da criança/adolescente com diabetes tipo 1 na comunidade”, conclui Sofia Vidal Castro.

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O Serviço de Consulta Externa e Exames Especiais da unidade de Portimão encontra-se desde o início de Abril a funcionar com instalações melhoradas e equipamentos adequados às boas práticas de cuidados aos utentes. Num projeto global de obras de reestruturação e reorganização do serviço que, embora seja único, se encontra distribuído por duas áreas distintas – Consulta Externa e Exames Especiais - foram feitas alterações significativas que pretendem facilitar o acesso e melhorar as condições de conforto dos utentes, bem como otimizar as condições de trabalho dos profissionais.

A intervenção que decorreu de forma faseada iniciou-se pela área dos Exames Especiais e permitiu redefinir circuitos e distribuir claramente os espaços de cada especialidade, tendo sido possível adequar os gabinetes de consulta às especificidades dos doentes que recebemos, como no caso da Pneumologia em que a maior parte dos doentes assistidos chega em maca, traduzindo-se em ganhos em termos de acesso, mobilidade e comodidade.

Numa ótica mais funcional e eficaz, a Otorrinloaringologia por receber um grande volume de doentes provenientes

da Urgência, foi relocalizada e concentrada no espaço mais imediato e acessível, permitindo melhorar transversalmente o circuito do doente e a articulação entre os serviços. Também ao nível das condições de higiene e segurança clínica houve melhorias com a criação de uma sala de apoio destinada à limpeza e desinfecção dos materiais e equipamentos.

A par das obras de intervenção, o investimento em equipamento e apetrechamento técnico foi significativo, nomeadamente ao nível da renovação completa do laboratório de função

Obras na Consulta Externa e Exames Especiais

Laboratório do sonoHospital de dia de diabetes Sala de tratamento de senologia

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respiratória e da aquisição de um equipamento topo de gama para a Otorrinolaringologia que permite efetuar diagnósticos com maior precisão, viabilizando uma maior segurança aquando da intervenção cirúrgica.

Na área da Consulta Externa foi criado um espaço completamente novo para a consulta e tratamentos de Senologia que anteriormente decorriam numa área partilhada com a cirurgia geral e que agora dispõe de dois gabinetes médicos e de uma sala de tratamentos ampla e exclusiva para esta especialidade. A individualização do espaço e a sua relocalização para junto das consultas

de Ginecologia e Obstetrícia permitiu delimitar uma área para atendimento da mulher, o que se reflecte num maior conforto e resguardo para as doentes desta especialidade.

Ainda dentro da Consulta Externa, foi criando mais um gabinete de consulta de Medicina Interna e relocalizado o Hospital de Dia de Diabetes para uma sala mais ampla e com mais luz natural que beneficia a observação dos doentes.

Foram ainda alterados os circuitos e processos de admissão dos doentes da neurologia, agilizando e melhorando a eficiência dos procedimentos administrativos.

Para breve estão ainda previstas a aquisição de equipamentos e materiais de apoio à prática clínica nas especialidades de Ginecologia e de Oftalmologia.

Sala de urologiaSala de desinfeção Sala de ORL

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O Presidente da Fundação EDP, António Almeida, esteve no passado dia 6 de maio na unidade de Faro do Centro Hospitalar do Algarve para assinar o protocolo de apoio à unidade de saúde no âmbito do Programa de Apoio Pediátrico da Fundação, o qual contempla obras de remodelação e requalificação total no internamento do Serviço de Pediatria, no valor de 300 mil euros.

O responsável aproveitou ainda a ocasião para oferecer um ventilador de última geração para a Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos do CHAlgarve.

As obras de requalificação e humanização do internamento pediátrico arrancaram no dia 20 de maio e ficaram concluídas no final de julho. Mostrando-se bastante satisfeito com “o impacto positivo que este projeto terá junto dos utentes, famílias e profissionais de saúde”, o presidente da Fundação EDP destacou

“a mobilização e empenho conjunto do Ministério da Saúde, que identificou as necessidades, e do Conselho de Administração que cofinancia parte do investimento”.

A decorrer em 2015, o Programa de Apoio Pediátrico é uma iniciativa através da qual a Fundação EDP pretende contribuir para a melhorar a intervenção clínica pediátrica a nível nacional, aumentando a eficiência das ações médicas e o bem-estar dos utentes e respetivos familiares.

Numa altura em que o Algarve vê triplicar a sua população, entre residentes e veraneantes, o Serviço de Sangue do Centro Hospitalar do Algarve lança o apelo à dádiva benévola de sangue, recordando que este é um recurso iminentemente escasso e vital para todos os que dele possam vir a necessitar.

José Marquez, Diretor do Serviço de Imuno-Hemoterapia, explica que o verão é “particularmente exigente do ponto de vista da mobilização das reservas de sangue, fazendo baixar os stocks disponíveis, ao mesmo tempo em que as férias levam muitos dadores frequentes a protelar a sua dádiva para mais tarde”. Esta é uma realidade que pode eventualmente comprometer

a capacidade de resposta dos serviços de saúde, pelo que o responsável apela à dádiva, recordando todos os potenciais dadores, residente ou visitantes, que o podem fazer nos serviços de sangue no hospital de Faro, todos os dias úteis, das 8h30 às 13h00 e das 15h00 às 17h00, no hospital de Portimão das 8h30 às 17h00, e ainda na unidade hospitalar de Lagos todas as últimas quintas-feiras de cada mês, das 9:00 às 13:00.

Para além destes períodos de colheita diários, os serviços promovem ainda recolhas extraordinárias.

Para quaisquer esclarecimentos ou informações contactar através dos telefones:Hospital de Faro:

289 891 275

Hospital de Portimão:

282 450 341

serviço de sangue do chalgarve apela à dádiva no verão

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Passados 36 anos desde a sua abertura o exterior do edifício principal do Hospital de Faro volta a ser pintado na íntegra, um trabalho que visa recuperar e renovar a fachada do edifício, a qual devido ao passar dos anos já apresentava um desgaste significativo em termos de pintura.

Os trabalhos, incluídos no plano de atividades do Centro Hospitalar do Algarve, tiveram início no passado mês de julho e representam um investimento que ronda os 72 mil euros.

Neste capítulo, também o Hospital de Portimão, integrado no Centro Hospitalar do Algarve, será intervencionado, estando as mesmas pinturas previstas para 2016.

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Hospital de Faro pinta fachadas

Tânia Gonçalves

Naturalidade: Faro

Profissão: Enfermeira no

Serviço de Medicina 1 do CHAlgarve

Vocação: Cuidar

Lema: “Gosto de me comparar ao melhor que posso ser”

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Assumindo que ser enfermeira não era o seu sonho de criança – queria ser treinadora de golfinhos -, Tânia Gonçalves afirma que a decisão de seguir enfermagem foi uma escolha consciente e segura, confirmada diariamente desde 2012 no exercício da profissão que abraçou e cujo percurso de trabalho e dedicação lhe valeram, ao longo da licenciatura, 4 bolsas de mérito e um prémio Caixa Geral de Depósitos.

Atualmente a desempenhar funções no Serviço de Medicina 1 do Centro Hospitalar do Algarve, a enfermeira considera que a “formação e aprendizagem ao longo da vida deve ter por base o diálogo entre diferentes culturas, experiências e perspetivas pois permite-nos desenvolver competências relacionais transferíveis para o contexto profissional”. Foi partindo destas premissas que durante a licenciatura embarcou em programas de mobilidade, primeiro através de um Erasmus no Hospital Universitário de Oviedo, Espanha, e depois na Universidade Católica Portuguesa, experiências que revela terem sido “enriquecedoras do ponto de vista humano e pessoal mas que também contribuíram para desenvolver a capacidade de adaptação a diferentes contextos”.

“A decisão de seguir enfermagem foi uma escolha consciente e segura.”

“Sou muito determinada e gosto de me comparar ao melhor que eu posso ser.“

Em fase de conclusão do mestrado em Gestão de Unidades de Saúde na UAlg, pretende iniciar o doutoramento na área da enfermagem ainda este ano, dando continuidade ao aprofundamento do saber e competências que lhe permitam contribuir para afirmar e enaltecer a Enfermagem “não só na sua abordagem técnico-científica mas sobretudo no papel preponderante que assume na resposta assistencial, relacional e humana, através da qual se pode acrescentar vida aos dias quando já não se pode acrescentar dias à vida”, afirma a enfermeira orgulhosa da profissão que escolheu.

Foi no 11º ano que, numa visita ao hospital por internamento de um familiar, teve o primeiro contato próximo com a enfermagem. Fez pesquisas, aprofundou os seus conhecimentos sobre a história da profissão e tomou a decisão de se empenhar a 100% para se superar sucessivamente. Confessa que a decisão de seguir enfermagem, embora consciente, foi acompanhada de “alguma pressão por parte da família e amigos que questionavam se não preferiria ser médica” dada a elevada média de ensino secundário e resultados dos exames nacionais que lhe garantiriam ingresso em qualquer faculdade de medicina no País. Recusou sempre veementemente o “caminho da bio-medicina e da abordagem exclusiva do tratamento da doença por acreditar que poderia ter um papel mais significativo na vida das pessoas no processo de Cuidar”.

SALVE VIDASLave as Mãos

Cuidados Limpos São Cuidados Seguros

OPERAÇÃO “MÃOS LIMPAS”

Lavar as mãos pode parecer um gesto muito simples mas a verdade é que pode salvar vidas, quando se fala de infecção associada aos cuidados de saúde. Com o intuito de passar a mensagem sobre a importância do cumprimento das precauções básicas de isolamento (Norma da Direção Geral da Saúde) o CHAlgarve desenvolveu entre os dias 4 e 8 de maio uma ação de sensibilização direcionada especialmente para os visitantes, com principal ênfase na higiene das mãos, evitando assim a transmissão de microrganismos.

Desenvolvida pelo Grupo Coordenador Local do Programa de Prevenção e Controlo da Infeção e da Resistência aos Antimicrobianos do CHAlgarve e com a colaboração dos alunos de enfermagem da ESS da UALG, a ação convidou os visitantes a desinfetar as mãos com uma solução antisséptica de base alcoólica, passando-as posteriormente por uma luz ultravioleta para verificar a eficácia da técnica utilizada. Paralelamente foram distribuídos folhetos informativos e explicadas as precauções básicas de isolamento.

A campanha obteve uma elevada adesão por parte dos visitantes que se mostram bastantes surpreendidos com os resultados deste "simples teste" à higiene das mãos. Esta ação desenvolvida nas unidades hospitalares que integram o CHAlgarve inseriu-se no âmbito da campanha mundial «Save lives: Clean your hands», promovida pela Organização Mundial de Saúde.

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Enfermeiro Nuno JordãoDa cardiologia às missões humanitárias

Nuno Jordão, 29 anos, natural do baixo Alentejo, mais precisamente de Moura. É enfermeiro no Serviço de Cardiologia do hospital de Faro desde 2007 e há sete anos

que integra o corpo de voluntários da Assistência Médica Internacional (AMI).

Em 2014 concluiu a sua especialização em saúde comunitária e no final desse ano decidiu embarcar rumo à Colômbia, durante três meses, num projeto de intervenção de saúde, apoiado pela AMI e desenvolvido numa comunidade carenciada de Cartagena.

Assumindo modestamente a sua parca experiência em missões humanitárias, o enfermeiro revela que esta segunda experiência na América Latina foi precedida por uma missão no Senegal em 2009, “num outro contexto mas ambas enriquecedoras, pois contrastam com a atividade que desempenho diariamente, muito técnica e em

ambiente perfeitamente controlado”.

Em cenários onde os bens essenciais escasseiam, o enfermeiro missionário reconhece que estas experiências resultaram numa “certa capacidade para relativizar os problemas,

o que do ponto de vista humano e pessoal é sempre proveitoso. Em termos das aprendizagens foram variadas e distintas, já que são contextos completamente diferentes daquele em que trabalho”, prossegue o enfermeiro, explicando que é

precisamente a complementaridade e o contraste entre a sua realidade e aquela que encontra nas missões que mais o aliciam a embarcar nestas experiências.

Confirmando a sua satisfação profissional na atividade que exerce em meio hospitalar, com uma abordagem mais técnica e especializada, Nuno Jordão assume gostar

particularmente desta área comunitária, “da proximidade à população, dos conselhos e ensinos que têm um impacto real, visível, imediato, do ir para a rua, mobilizar as pessoas, capacitá-las para um futuro sustentável” reforça o jovem enfermeiro para

quem o espírito missionário sempre se assumiu como um “sonho antigo”.

Em Cartagena, por exemplo, o foco da intervenção seria a nutrição, o que afirma ter-se “revelado um verdadeiro desafio, sobretudo quando nos deparamos com casas onde efetivamente não há comida, muito menos critérios de qualidade nutricional”.

Aqui, aquele que inicialmente seria o principal objetivo, de dar apoio à nutrição com um determinado plano nutricional e calórico, rapidamente foi dando lugar a “uma

intervenção mais abrangente e direcionada para a saúde infantil, dadas as carências e falhas verificadas a este nível”.

O inesperado, o improviso, a impreterível capacidade de adaptação ao meio e a quase espontânea envolvência na comunidade que lhe permite, por um

determinado período, sair da relação exclusiva saúde-doença e entrar na casa das pessoas, conhecendo novas realidades culturais e diferentes perspetivas de encarar a saúde – são estes os grandes motores que a cada nova missão lhe deixam sempre

vontade de repetir a experiência missionária.

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Isaac Correia tem 4 anos e nunca se conheceu sem a rotina dos tratamentos no Hospital de Dia de Pediatria. Começou por fazer tratamentos quinzenais, mas agora todas as semanas vem ver as suas “amigas enfermeiras”. É notória a alegria e o à-vontade com que brinca no Serviço, e à hora de ir embora pede à mãe mais um bocadinho.

A mãe, Lina Honório partilha do sentimento do pequeno Isaac “A equipa é excelente, somos tratados às mil maravilhas! Melhor não podia ser. O Isaac adora vir aqui, quer sempre ficar a brincar mais um pouco e as enfermeiras brincam muito com ele, por isso sentimo-nos muito bem. Só tenho a dizer coisas boas.”

Isaac Correia 4 anos

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Projeto“Parto com Massagem, Parto com Amor”

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No passado dia 1 de junho arrancou o projeto “Parto com Massagem, Parto com Amor” no Bloco de Partos da Unidade Hospitalar de Portimão do CHAlgarve, que consiste na promoção da massagem durante o trabalho de parto, como forma de relaxamento e alívio da dor.

O projeto pretende ajudar os casais durante o trabalho de parto, proporcionando um envolvimento dos dois no alívio da dor através da massagem, como medida não farmacológica. Deste modo, a todas as grávidas que entram no serviço em trabalho de parto é dada a conhecer esta iniciativa, incentivando o acompanhante a aprender algumas técnicas importantes para ajudar a grávida no alívio da dor durante

o trabalho de parto. “Desta forma, consegue-se um maior envolvimento do futuro pai no trabalho de parto, pois ao fazer estas massagens de relaxamento à sua companheira, sente-se uma parte importante do processo o que proporciona a ambos uma experiência mais tranquila” explica Adelaide Medinas, enfermeira chefe do serviço, justificando a importância da implementação deste projeto.

Esta iniciativa, que começou por ser um projeto de estágio de Enfermagem, teve uma excelente aceitação por parte de profissionais e utentes que reconhecem os benefícios desta prática. Todos os profissionais de enfermagem do Bloco de Partos tiveram formação na área, o que lhes permite dar a conhecer a todas as grávidas a possibilidade de terem um

“Parto com Massagem, Parto com Amor”.

Projeto“Parto com Massagem, Parto com Amor”

A iniciativa decorre pela segunda vez em Portugal, tendo sido organizada em 2014, em Fátima. Este ano contou com o apoio de doze pilotos franceses que chegaram a Portugal em seis aeronaves.

“Vamos voar… as diferenças ficam em terra” deu o mote a uma experiência única e inesquecível que se traduziu na alegria e entusiasmo de todas as crianças presentes.

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Jovens utentes do CHAlgarve fazem batismo de voo

A iniciativa do Rotary Club de Albufeira em parceria com o Rotary Club de Crecy en Brie e Lions Club Montfermeil Coubron decorreu na manhã do dia 26 de Junho no Aeródromo de Portimão e estiveram envolvidas cerca de 200 crianças com deficiência provenientes de várias instituições da região. O CHAlgarve foi uma das instituições presentes com 11 jovens utentes a participar nesta experiência.

Fotor-repor-tagem

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