CAPITULO 6 - ADMINISTRAÇÃO DE CONTAS A RECEBER

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    CAPTULO VI

    ADMINISTRAO DE CONTAS A RECEBER

    OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

    1. Definir as premissas de uma avaliao do risco de concesso de crdito.2. Abordar as principais medidas financeiras de uma poltica de crdito.3. Mostrar como analisar as variaes no saldo de valores a receber.

    Os investimentos em valores a receber representam uma parte significativa de seus

    ativos circulantes. O nvel desses investimentos depende do comportamento das vendas e

    da formao de uma poltica de crdito para a empresa, a qual engloba, fundamentalmente,

    os seguintes elementos (anlise dos padres de crdito; prazo de concesso de crdito;

    descontos financeiros por pagamentos antecipados; e poltica de cobranas).

    A anlise de crdito tem por objetivo selecionar os clientes a prazo, sua

    capacidade de pagamento, assim como os limites monetrios de crdito que podem ser

    concedidos, j as duplicatas a receber so resultados dos crditos concedidos por uma

    empresa a seus clientes.

    6.1. AVALIAO DO RISCO DE CRDITOA anlise do crdito desenvolvida pelo estudo de cinco fatores, definidos na

    proposio original de Brighan e Weston como os cinco C`s do crdito, ou seja: carter;

    capacidade; capital; garantias (collateral) e as condies. Os cincos C`s do crdito so

    bastante utilizados pelos analistas para identificar a capacidade de pagamento do

    solicitante de um crdito. O carter identifica a disposio do cliente em pagar

    corretamente seu crdito, a capacidade procura medir o potencial de gerao de recursos do

    cliente visando liquidao do crdito conforme solicitado, a varivel capital, analisada de

    forma similar anterior, est mais voltada para a mediao dos investimentos da firma

    cliente, dando ateno especial a seu patrimnio lquido e solidez econmica do devedor,

    as garantias (collateral) julgam os ativos que o cliente pode oferecer como forma de

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    lastrear (garantir), e por fim as condies envolvem as influncias do comportamento da

    conjuntura econmica sobre a capacidade de pagamento do cliente, assim como eventual

    interesse especial da empresa em vender determinado produto que mantm quantidade em

    excesso estocada.A anlise de credito consiste em identificar, atravs de instrumentos financeiros e

    estatsticos, a probabilidade de um cliente em pagar ou no o crdito que lhe foi concedido.

    (I) Carter: honestidade; integridade; histrico judicial; etc.

    (II) Capacidade: informaes financeiras; padres gerenciais etc.

    (III) Capital: patrimnio lquido, solidez econmica etc.

    (IV) Garantias (Collateral): ativos disponveis para garantir o crdito.

    (V) Condies: conjuntura econmica sem capacidade de pagamento do cliente.

    Fontes de Informaes para Anlise de Crdito

    A primeira refere-se a uma avaliao retrospectiva das demonstraes contbeis do

    solicitante de crdito, as quais podero vir suplementadas com diversas informaes

    adicionais, tais como fluxos de caixa, descrio das garantias potenciais dentre outras, para

    isso, a empresa tem condies de diagnosticar sua atual posio patrimonial e de liquidez,

    e projetar, tambm, sua habilidade em cumprir satisfatoriamente com a obrigao

    assumida.

    Outra importante fonte para processo fornecida por empresas prestadoras de

    servios em assessoria s decises de crdito (SERASA). Deve ser ressaltada a utilizao

    de modelos quantitativos nas decises de concesso de crdito, os quais se processam,

    principalmente, pelo uso de medidas estatsticas, anlises discriminantes, teoria de opes

    e rvores de decises. A introduo desses modelos justificada notadamente pela

    incerteza associada ao futuro, procurando-se maximizar o nvel de acerto das decises de

    crdito. Para compensar perdas previstas (no pagamento) na cobrana das vendas a prazo,

    as empresas constituem uma proviso denominada de proviso para crdito de liquidao

    duvidosa. Esta parcela de perda estimada deduzida do ativo circulante (valores e

    receber).

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    6.2. POLTICA GERAL DE CRDITO

    O estabelecimento de uma poltica de crdito envolve, basicamente, o estudo de

    quatro elementos, a saber:

    Anlise dos padres de crdito;

    Prazo de concesso de crdito;

    Descontos financeiros por pagamento antecipados;

    Polticas de cobrana.

    Anlise dos padres de crdito

    Os padres de crdito definem essencialmente os instrumentos de crdito e as

    exigncias mnimas de garantias para a concesso do crdito a um cliente, medida que a

    empresa afrouxa os padres de crdito, aumenta a chance (risco) de uma conta a receber

    tornar-se incobrvel, afetando o lucro de forma negativa.

    O estabelecimento dessas exigncias mnimas envolve geralmente o grupamento

    dos clientes em diversas categorias de risco, as quais visam, normalmente, mediante o uso

    de probabilidades, mensurarem o custo das perdas associadas s vendas realizadas a um ou

    vrios clientes de caractersticas semelhantes. Assim, para cada classe ou categoria de

    clientes tem-se um custo (probabilidade) de perdas pelo no-recebimento das vendas

    efetuadas a prazo.

    Prazo de concesso de crdito

    O prazo de concesso de crdito refere-se ao perodo de tempo que a empresa

    concede a seus clientes para pagamento das compras realizadas. Esse prazo normalmente

    medido em nmero de dias representativo do ms comercial, sendo normalmente contado a

    partir da data de emisso da fatura representativa da operao comercial realizada ou a

    partir do fim do ms em que se efetua a venda.

    Resumindo: esse um conjunto de procedimentos estabelecidos com

    relao s condies de concesso do crdito, como prazo de

    pagamento etc., e s prticas de cobrana dos valores a receber.

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    Esse o documento comercial representativo (informativo) de venda realizada,

    sendo emitido como conseqncia de uma (ou menos de uma) nota fiscal de venda. A

    fatura contm geralmente a especificao do produto vendido, quantidade, preo,

    condies de pagamento etc.O prazo de concesso de crdito varia segundo a influncia de diversos fatores,

    sendo normalmente maior nas empresas que trabalham com produtos sazonais (brinquedo

    etc.). Na realidade, a definio de prazos de concesso de crdito aos clientes depende

    principalmente, da poltica adotada pela concorrncia, das caractersticas e do risco

    inerentes ao mercado e do risco inerentes ao mercado consumidor, da natureza do produto

    vendido, do desempenho da conjuntura econmica, do atendimento de determinadas metas

    gerenciais internas da empresa (giro dos ativos, polticos de estoques e compras etc.) e de

    mercadologia, do prazo de pagamento a fornecedores etc.

    O prazo de crdito exerce influncia sobre a rentabilidade da empresa. Um

    acrscimo no prazo, ao mesmo tempo em que pode aumentar as vendas da empresa,

    capaz tambm de elevar o montante do investimento em valores a receber e, em

    conseqncia, no custo de capital, e as perdas por inadimplncia.

    Descontos financeiros por pagamentos antecipados

    O desconto financeiro pode ser definido como um abatimento no preo de venda

    efetuado quando os pagamentos das compras realizadas forem feitos a vista ou a prazos

    bem curtos. Da mesma forma que o prazo de concesso de crdito, o desconto constitui um

    instrumento de poltica de crdito da empresa, podendo afetar todos os seus elementos. O

    desconto afeta importantes variveis que atuam na formao do lucro da empresa. Pode

    alterar as vendas, margens de lucros, volume de capital investido em contas e

    inadimplncia. Normalmente so concedidos tendo em vista, sobretudo, o incremento das

    vendas (espera-se que introduo de descontos venha a atrair novos clientes ou incentivarvolumes maiores de vendas).

    Ao beneficiar, atravs de descontos financeiros, o pagamento antecipado das

    vendas, a empresa promove uma reduo de suas necessidades de caixa pela diminuio do

    prazo mdio de cobrana. Da mesma forma, exigido menos investimentos em valores a

    receber, determinado por uma suposta reduo das vendas a prazo, o que promove uma

    reduo do custo de capital. A adoo dessa poltica afeta identicamente o nvel das

    despesas gerais de crdito, notadamente as perdas com devedores duvidosos.

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    Poltica de cobrana

    As polticas de cobrana tm por objetivo definirem os vrios critrios e

    procedimentos possveis de ser adotado por uma empresa, visando ao recebimento, na data

    de seus vencimentos, dos diversos valores a receber. Maior ampliao nos prazos normaisde cobrana de uma empresa pode acarretar, entre outras conseqncias, um aumento nos

    custos de inadimplncia (proviso para devedores duvidosos) e uma elevao no custo de

    capital pelo maior investimento em vendas a prazo.

    De outra forma, a adoo de medidas mais rgidas de cobrana pode refletir-se

    sobre as vendas, mediante uma retrao por parte dos consumidores. Deve a empresa

    procurar um procedimento mais prximo do ideal.

    Aging de valores a receber: um instrumento bastante til de controle dos valores areceber o aging ou idade cronolgica das contas a receber. Este modelo classifica as

    contas a receber em funo de suas idias, destacando a porcentagem vencida e a vencer.

    Essa classificao tabulada de maneira bem simples, relacionada, para cada data definida,

    o volume das duplicatas a receber com o montante de carteira.

    CONTAS VENCIDAS VALOR($) PORCENTAGEM (%)

    0-15 dias $ 180.000 18%16-30 dias $ 70.000 7%31-60 dias $ 40.000 4%

    Acima de 60 dias $ 10.000 1%SUBTOTAL $ 300.000 30%

    CONTAS VENCIDAS VALOR($) PORCENTAGEM (%)

    0-30 dias $ 200.000 20%31-60 dias $ 350.000 35%61-90 dias $ 100.000 10%

    Acima de 90 dias $ 50.000 5%SUBTOTAL $ 700.000 70%

    TOTAL $1.000.000 100%

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    6.3. PRINCIPAIS MEDIDAS FINANCEIRAS DE UMA POLTICA DECRDITO

    No processo de definio de uma poltica geral de crdito, deve a empresa

    preocupar-se tambm com determinadas medidas de controle interno, principalmente as

    relativas aos custos e despesas inerentes ao crdito e investimentos em valores a receber.

    As mais importantes medidas podem ser classificadas da maneira seguinte:

    - Despesas com devedores duvidosos

    Refere-se probabilidade definida pela empresa em no receber determinado

    volume de crdito no futuro. A definio de uma poltica geral de crdito leva, muitas

    vezes, uma empresa a fixar um limite percentual a estas despesas, sendo definido, assim

    com risco mximo que a administrao estaria disposta a arcar dentro das condies gerais

    estabelecidas. claro que alteraes na poltica de crdito determinam variaes nestas

    despesas, elevando - as ou diminuindo-as, conforme seus elementos (restritivos) ou liberais

    (frouxos).

    - Despesas gerais de crdito

    Envolvem basicamente os gastos efetuados no processo de anlise de solicitao e

    na manuteno de um departamento de crdito, como pessoal, materiais, servios de

    informaes, contratados etc. So despesas que ocorrem em razo de a empresa vender a

    prazo.

    - Despesas de cobranas

    Os gastos gerais efetuados principalmente nos diversos procedimentos adotados

    pela empresa, inclusive os (gastos) provenientes de eventuais aes judiciais e taxas

    cobradas pelos bancos pela execuo desses servios.

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    - Custo do investimento marginal em valores a receber

    Este custo obtido mediante a aplicao de uma taxa de retorno mnima exigida

    pela empresa (para seus investimentos ativos) sobre o investimento marginal (adicional)efetuando em valores a receber. Maior liberalidade na prtica de concesso de crdito de

    uma empresa pode provocar aumento das vendas (motivado por maior volume de vendas a

    prazo) e, ainda, uma elevao em seus lucros.

    Uma conseqncia importante ainda desse critrio mais frouxo de crdito, que

    conduz a um incremento das vendas a prazo, centra-se na necessidade de maiores

    investimentos em valores a receber.

    6.4. INFLUNCIAS DE UMA POLTICA DE CRDITO SOBRE ASMEDIDAS FINANCEIRAS

    Afrouxamento dos padres de crdito: quando se decide por um afrouxamento

    nos padres usuais de crdito, ou seja, quando a direo da empresa decide conceder a

    clientes de maior risco (abaixo dos padres normalmente adotados), surge de imediato uma

    expectativa de elevao no volume de vendas.

    Maior rigidez aos padres de crdito: uma deciso inversa (restrio nos

    padres), ao mesmo tempo em que pode diminuir as despesas e o custo do investimento

    marginal, produz reflexos negativos sobre as vendas, os quais podem absorver os

    benefcios gerados.

    Variaes nos prazos de crdito: se a empresa optar por uma ampliao em seus

    prazos usuais de crdito, coerente esperar por uma elevao no volume de vendas, nas

    despesas gerais de crdito e nos investimentos em valores a receber. Se o aumento nas

    receitas no for suficiente para cobrir as despesas marginais, verifica-se uma queda nos

    resultados operacionais. Ao contrrio, h um incremento nesses valores.

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    Em suma, o administrador financeiro deve interessar-se, dentro de um contexto de

    anlise da poltica de crdito, por qualquer deciso (ou conjunto de decises) que acarrete

    um resultado marginal superior ao custo do investimento marginal em valores a receber. A

    deciso de uma poltica global de crdito para a empresa envolve, na realidade, um

    processo contnuo de tentativa, no qual, para cada alterao vivel de ser adotada,

    fundamental confrontar os resultados da obtidos com os custos marginais.

    EXEMPLO ILUSTRATIVO: Retorno Marginal e Investimento Marginal em Contas a

    Receber.

    (A)SITUAO ORIGINAL

    Dados:

    (I) Vendas mensais: $ 1.500.000 (Vendas Totais)

    (II) Vendas a prazo: $ 900.000 (60%)

    (III) Custos de Produo: - Variveis: 30% x V.T- Fixos Mensais: $ 620.000

    (IV) Despesas Administrativas: - Variveis: 4% x V.T

    - Fixas mensais: $ 210.000

    (V) Despesas relativas ao crdito:

    - P.D.D: 2% x vendas a prazo

    - Desp. Gerais de cobrana: 3% x vendas a prazo

    Medidas FinanceirasPadres de Crdito Prazo de Concesso de Crdito

    Afrouxamento Restrio Ampliao Reduo

    Volume de vendas + - + -

    Despesas gerais de crdito + - + -Investimentos em VR + - + -

    Medidas FinanceirasDescontos Financeiros Polticas de Cobrana

    Elevao Diminuio Liberal Rgida

    Volume de vendas + - + -Despesas gerais de crdito - + + -

    Investimentos em VR - + + -

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    (VI) Prazo Mdio de cobrana: 45 dias ou 1,5 ms.

    (VII) Giro das duplicatas a receber: 8 vezes

    Resultado das Vendas a

    vista ($)

    Resultado das Vendas a

    prazo

    Resultado total

    ($)Receitas de Vendas(-) C.D.V:Custos de Produo

    Despesas AdministrativasProviso p/ D.DDesp. Gerais e de CobranaCustos e Desp. Variveis:Margem de Contribuio(-) C.D.F:Custos de ProduoDesp. Administrativas

    RESULTADOOPERACIONAL

    600.000

    30% x 600.000 = 180.000

    4% x 600.000 = 24.000--

    (204.000)396.000

    --

    900.000

    30% x 900.000 = 270.000

    4% x 900.000 = 36.0002% x 900.000 = 18.0003% x 900.000 = 27.000

    (351.000)549.000

    --

    1.500.000

    450.000

    60.00018.00027.000

    (555.000)945.000

    (620.000)(210.000)

    115.000

    (B) ALTERAES NOS PADRES DE CRDITO

    - Aumento de 15% nas vendas totais ($ 1.500.000 + 15%)

    - Prazo mdio de cobrana = 2 meses

    Resultado das Vendas avista ($)

    Resultado das Vendas aprazo

    Resultado total($)

    Receitas de Vendas(-) C.D.V:Custos de Produo

    Despesas AdministrativasProviso p/ D.DDesp. Gerais e de CobranaCustos e Desp. Variveis:Margem de Contribuio(- C.D.F):Custos de ProduoDesp. AdministrativasRESULTADOOPERACIONAL

    600.000

    30% x 600.000 = 180.000

    4% x 600.000 = 24.000--

    (204.000)396.000

    --

    1.125.000

    30% x 1.125.000= 337.500

    4% x 1.125.000 = 45.0002% x 1.125.000 = 22.5003% x 1.125.000 = 33.750

    (438.750)686.250

    --

    1.700.000

    517.500

    69.00022.50033.750

    (642.750)1.082.250

    (620.000)(210.000)252.250

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    LOGO: RESULTADO DAS VENDAS A PRAZO ($)

    Margem de contribuio (situao proposta): $ 686.250

    (-) Margem de contribuio (situao original): $ 549.000

    Margem de contribuio adicional $ 137.250

    (C) CUSTO DE INVESTIMENTO ADICIONAL (MARGINAL) EM VALORES ARECEBER

    1. Saldo mdio de duplicatas a receber: $ 900.000 x 1.5% ms = $ 1.350.000

    2. Novo Saldo Mdio: $ 1.125.000 x 2 meses = $ 2.250.000

    ATEN O: Nestes valores, h o valor de lucro embutido. O lucro no consideradoinvestimento, e deve ser, portanto excludo.

    3. Investimento Anterior:

    __LUCRO ANTERIOR _ X SALDO MDIO DE DUPL. A REC. ANTERIOR.

    VENDAS ANTERIORES

    = _$ 115.000_ X 1.350.000 = 7.67% X $ 1.350.000$ 1.500.000 = $ 103.500 (LUCRO)

    INVESTIMENTO ANTERIOR LUCRO EMBUTIDO= $ 1.350.000 - $ 103.500 = $ 1.246.500

    4. Investimento Novo:

    __LUCRO NOVO_ x NOVO SALDO MDIO DE DUPL. A RECEBER

    VENDAS NOVAS= __252.250__ x $ 2.250.000

    $ 1.725.000

    = 14, 62% x $ 2.250.000 = $ 329. 022 (LUCRO)

    INVESTIMENTO NOVO LUCRO EMBUTIDO

    = $ 2.250.000 - $ 329.022 = $ 1.920.978

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    5. INVESTIMENTO MARGINAL LQUIDO DO LUCRO:

    = $ 1.920.978 - $ 1.246.500 = $ 674.478

    RESUMO:

    PROPOSTAFORMULADA

    PROPOSTAORIGINAL INCREMENTO

    LUCRO

    INV. MDIO EM DUPL. A REC.

    $ 252.250

    $ 1.920.978

    $ 115.000

    $ 1.246.100

    $ 137. 250

    $ 674.478

    As contas a receber so geradas pelas vendas a prazo, que so feitas aps a

    concesso de crdito. As vendas a prazo geram riscos de inadimplncia e despesas com

    anlise de crdito, cobrana e recebimento, mas alavancam as vendas, isto , aumentam o

    volume de vendas e, consequentemente, o lucro. As vendas a prazo so condies

    necessrias para aumentar o nvel de operaes e o giro dos estoques e, assim, ganhar a

    escala e maximizar a rentabilidade.

    A poltica de crdito trata dos seguintes aspectos: prazo de crdito, seleo de

    clientes e limite de crdito. Uma poltica de crdito liberal aumenta o volume de vendas

    muito mais do que uma poltica rgida, porm gera mais investimento em contas a receber

    e mais problemas de recebimento, o que exige maior rigidez na cobrana.

    EXEMPLO: Uma empresa financia seus clientes, por um prazo mdio de um ms. A rea

    de marketing deseja incrementar as vendas e faz um estudo de viabilidade

    com base em dilatao do prazo de credito, mediante as seguintes premissas:

    a) O aumento do prazo vai aumentar o volume de vendas;

    b) Os juros decrescentes do aumento do prazo sero includos no preo davenda (preo de venda a vista = R$10,00);

    c) As taxas de juros sero maiores, quanto maiores forem os prazos de

    crdito, pela maior dificuldade de obter financiamentos;

    d) As duplicatas incobrveis sero maiores, quanto maiores forem os prazos

    do crdito;

    e) O custo unitrio diminui (pela diluio do custo fixo) com o aumento do

    volume de vendas.

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    Um fator importante que deve ser considerado em um estudo dessa natureza o

    aumento da necessidade lquida de capital de giro. O valor atual do financiamento de

    clientes (sem considerar os impostos sobre vendas), de $1.020.000,00, pula para

    $2.506.752 ($1.253.376 x 2 meses = $2.506.752) e $4.670.769 ($1.556.923 x 3 meses =$4.670.769), respectivamente para dois e trs meses, porque, alm de aumentar o volume

    de vendas, os preos de venda, tambm, estaro sendo aumentados por incluir os juros.

    Supondo-se que os impostos sejam recolhidos no ms seguinte ao das vendas, esse

    imposto deve ser considerado nos clculos da necessidade lquida de capital de giro e,

    tambm, no preo de venda. O custo unitrio, a taxa de juros e a taxa de vendas

    incobrveis so dados previamente calculados.

    Prazo do Crdito (meses) 1 2 3Dados para clculos:Quantidade de venda (unid.) 100.000 120.000 145.000Preo unitrio com juros inclusos ($) 10.2000 10.4448 10.7374Custo unitrio ($) 7,20 7,00 6,90Taxa de juros (% a.m.) 2,0% 2,2% 2,4%Duplicatas a receber ($) 1.020.000 2.506.752 4.670.769Taxa de vendas incobrveis (%) 2,5% 2,8% 3,0%Apurao do Resultado Mensal: ($)Vendas lquidas 1.020.000 1.253.376 1.556.923

    (-) Custos (quant. venda x custo unit.) (720.000) (840.000) (1.000.500)(=) Lucro bruto 300.000 413.376 556.423(-) Despesas gerais (fixas) (200.000) (200.000) (200.000)(-) Devedores duvidosos (D.R. x 2,5%) (25.500) (70.189) (140.123)(-) Despesas financeiras (D.R. x juros %) (20.400) (55.149) (112.098)(=) Lucro lquido 54.100 88.038 104.202

    LquidasVendas

    LquidoLucroLquidaemargM =

    5,30% 7,02% 6,69%

    Sendo a venda com prazo mdio de um ms a situao atual, de acordo com o

    estudo, o melhor resultado econmico seria obtido com o aumento do prazo mdio devenda para dois meses, que apresenta a maior margem lquida.

    A poltica de cobrana deve ser implantada em conjunto com a poltica de crdito.

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    6.5. MEDIDAS DE CONTROLE

    A preocupao maior da administrao de valores a receber, seqencialmente ao

    estabelecimento da poltica de crdito mais atraente para a empresa, manter um eficientecontrole sobre o desempenho de uma carteira de duplicatas a receber. Esse processo de

    controle, que deve assumir carter de atividade permanente na administrao financeira da

    empresa, procura, entre outras informaes gerenciais importantes:

    (I) Apurar o nvel de atraso com que os clientes esto pagando;

    (II) Processar uma anlise dos clientes de forma a identificar a pontualidade com que

    saldam seus compromissos;

    (III) Identificar as razes de determinada variao na carteira de valores a receber.

    Dias de Vendas a Receber (DVR)

    O DVR uma medida de controle que permite, pela relao entre os valores a

    receber e as vendas mdias dirias, apurar nmero mdio de dias necessrio para realizar

    financeiramente as vendas a prazo, ou seja:

    DVR = Valores a receber ao final de um perodoVendas mdias dirias no perodo

    Exemplo1: Vendas Anuais = $ 108.000.000Duplicatas a receber = $ 10.200.000

    DVR = __$ 10.200.000__ = 34 DIAS__$ 108.00.000___

    360

    - INTERPRETAO: Indica que, em mdia, 34 dias das vendas realizadas no ltimo

    exerccio ainda no foram recebidas, ou seja, encontram-se registradas em duplicatas a

    receber o equivalente a 34 dias de vendas anuais da empresa.

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    Exemplo2: Custos e Despesas Totais / Valores Totais = 80%

    Margem de lucro = 20%

    DVR = 34 dias

    Vendas a prazo = $ 63.000.000

    (I) Vendas Mdias por dia = $ _63.000.000_360

    = $ 175.000/DIA

    (II) Investimento Mdio em Valores a Receber

    = $ 175.000 x 34 dias x 80%= $ 4.760.000

    DVR e Investimento em Valores a Receber: o DVR usado tambm como medidaaproximada de clculo do investimento em valores a receber, identicamente aodemonstrado no item anterior. Modificaes no DVR alteram, evidentemente, asnecessidades de investimentos em valores a receber.

    6.6. FLOATDE COBRANA E PAGAMENTOOs administradores financeiros tm a sua disposio uma variedade de tcnicas

    para o gerenciamento de caixa, os quais podem proporcionar ganhos adicionais. Essas

    tcnicas objetivam minimizar as necessidades de financiamento negociado, aproveitando

    determinadas imperfeies nos sistemas de cobrana e pagamento. Admitindo-se que a

    empresa tenha feito tudo o que seria possvel para estimular seus clientes a pagar

    pontualmente, bem como tenha selecionado fornecedores que ofeream as condies de

    crdito mais convenientes e flexveis, ainda assim o uso de algumas tcnicas poderia

    aumentar a velocidade de cobrana e retardar os desembolsos. Tais procedimentos tiram

    proveito do floatexistente nos sistemas de cobrana e pagamento.

    No sentido mais amplo, o float refere-se aos fundos enviados por um devedor (a

    empresa ou individuo que remete o pagamento), mas que ainda no esto disponveis ao

    credor (a empresa ou pessoa que recebe o pagamento). A demora no sistema de

    compensao, ligada ao transporte e processamento de cheques, d margem ao float no

    sistema bancrio.

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    Atualmente, empresa e indivduos podem se sujeitar a floats de cobrana e de

    pagamento como parte do processo de realizar transaes financeiras. O float de cobrana

    resulta do tempo decorrido entre o pagamento em cheque de um cliente e o efetivo

    recebimento dos fundos do fornecedor. Dessa forma, o float de cobrana sentido pelocredor, e causa um atraso na entrada de fundos. O float de pagamento resulta do lapso de

    tempo decorrido entre a emisso de um cheque para pagamento de contas e o momento em

    que os fundos so efetivamente retirados da conta corrente. Portanto, o float de pagamento

    afeta o devedor, provocando uma demora na sada dos recursos.

    Tanto o float de cobrana como o de pagamento apresentam trs componentes

    bsicos:

    Float nos recursos postais: tempo decorrido entre a postagem de um cheque

    no correio e seu recebimento pelo credor.

    Float no processamento administrativo: tempo decorrido entre o recebimento

    de cheques pelo credor e seu depsito em conta corrente.

    Float na compensao de cheques: tempo decorrido entre o depsito de um

    cheque pelo credor e a efetiva liberao dos fundos. Esse componente do float

    atribudo ao tempo necessrio para a liquidao de cheques pelo sistema

    bancrio.

    O objetivo da empresa com respeito a duplicatas a receber no deve ser somente

    estimular clientes a pagarem to logo quanto possvel, mas tambm converter pagamentos

    dos clientes em dinheiro, assim que possvel, ou seja, minimizar o floatde cobrana.

    GRAFICAMENTE:

    0 3 5 9Floatnocorreio(3 dias)

    Floatnoprocessamentoadministrativo

    (2 dias)

    Floatnacompensao

    do cheque(4 dias)

    Float

    total(9 dias)

    Cheque emitidoe postado pela

    empresadevedora

    Chequerecebido pela

    empresacredora

    Registroscontbeis edepsito do

    chequeLiquidaodo cheque

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    H vrias tcnicas disponveis com a finalidade de acelerar recebimentos,

    reduzindo o float de cobrana:

    Concentrao bancria: empresas com numerosos pontos de vendas em todo

    o pas muitas vezes utilizam certos escritrios como centros de cobrana, paradeterminadas reas geogrficas. Isto reduz o float de cobrana relativamente a

    dois aspectos distintos, quais sejam, o tempo de remessas postais e o de

    compensao de cheques.

    Sistema de caixa postal: o devedor remete o pagamento a uma caixa posta, que

    aberta pelo banco da empresa credora, uma ou mais vezes ao dia. O banco

    abre os envelopes com as remessas dos clientes, deposita os cheques na conta

    corrente da empresa e envia-lhe um extrato do depsito, indicando ospagamentos recebidos, juntamente com quaisquer anexos. Este sistema reduz o

    floatde processamento, tanto quanto de remessa e de compensao de cheques.

    Envio direto: como forma de reduzir o floatde compensao, as empresas que

    recebem cheques de grande valor, emitidos contra bancos distantes, assim como

    um grande nmero de cheques emitidos, podem se organizar para apresentar os

    cheques diretamente nos prprios bancos atravs do envio direto (correios ou

    empresa privadas de entrega).

    O objetivo da empresa quanto a duplicatas a pagar deve ser no apenas de efetuar

    o pagamento o mais tarde possvel, como tambm retardar a liberao do dinheiro aos

    fornecedores e empregados, aps a emisso do cheque para pagamento, ou seja, maximizar

    o floatde pagamento.

    So vrias as tcnicas para retardar o saque de dinheiro na conta bancria da

    empresa:

    Desembolso controlado: envolve o uso estratgico de pontos para remessas

    postais e de agncias bancrias, como forma de aumentar o floatde pagamento.

    Como exemplo, pode-se remeter pagamentos de localidades, onde h maior

    demora para entrega aos fornecedores.

    Manipulao do float: comum as empresas emitirem cheques sem cobertura,

    por saberem que haver um lapso de tempo at que os fundos sejam sacados de

    suas contas correntes. Outra forma seria depositar parcelas da folha de salrios

    na conta corrente da empresa durante dias sucessivos, aps a data de emisso

    dos cheques (financiamento forado).

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    Sistema de saque descoberta: o banco emprestar automaticamente os

    recursos necessrios para a cobertura de eventuais saldos negativos da conta

    corrente da empresa.

    TESTES DE VERIFICAO

    1. Uma empresa ao realizar investimentos visando melhorias em sua poltica de cobrana,

    deve-se ater primordialmente a fatores que so considerados essenciais essa prtica,

    exceto:

    a) Sazonalidade das vendas.

    b) Crditos oferecidos pelos concorrentes do mesmo setor.

    c) Poltica de cobrana estabelecida pela empresa.

    d) Prazos de crditos praticados pela empresa.

    e) Custo de oportunidade para investimentos em estoque.

    2. Indique entre as especificaes descritas abaixo de uma poltica de crdito, aquela que

    no influencia no aumento do volume de valores a receber por uma empresa:

    a) Descontos especiais para pagamento a vista.

    b) Dilatar os prazos de ofertas de crditos.

    c) Reduo dos limites a serem oferecidos.

    d) Estreitamento dos padres de liberao de crditos.

    e) Negociao mais flexvel em crditos atrasados.

    3. Uma empresa deseja adotar uma poltica de desconto para melhoria do recebimento dos

    crditos a seus clientes. Para tanto, oferece um desconto para pagamento no vencimento

    definido pela taxa d%. Se a empresa apresenta uma margem de contribuio deste produto

    indicada por MC, e tem um custo de financiamento de curto prazo dado por uma taxa i%,

    pode-se dizer que a empresa beneficiar desta proposta apenas se:

    a) d% + i% > MC.

    b) d% i% > MC.

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    c) d% + i% < MC.

    d) d% i% < MC.

    e) d% < i%.

    4. Determinada empresa adota um sistema de pesos para avaliar solicitaes de credirio

    no varejo. Os pesos so discriminados baseando-se um cadastro que o cliente preenche

    quando da solicitao do crdito. O padro de aceitao para liberar o crdito atendido

    para clientes com resultado final ponderado acima de 8 pontos. A empresa libera tambm o

    credirio em apenas 50% do valor solicitado ao cliente para aqueles que tiverem pontuao

    final entre 6 e 7,9 pontos, rejeitando o credirio para pontuaes inferiores a 5,9. O quadro

    com os respectivos pesos das informaes do credirio so apresentados a seguir:

    O quadro a seguir apresenta a tabulao referente a quatro solicitaes de crdito de acordo com as

    informaes fornecidas pelos clientes.

    A B C D

    Tipo de Residncia

    (prpria ou alugada) 10 9 7 8

    Nvel de escolaridade 9 7 7 7

    Nvel de renda 10 8 8 6

    Histrico de pagamento na loja 6 9 7 2

    Tempo de emprego 5 8,5 7 7

    Caractersticas creditcias Pesos

    Tipo de residncia (prpria ou alugada) 0,20

    Nvel de escolaridade 0,10

    Histrico de renda 0,20

    Histrico de pagamentos na loja 0,30

    Tempo de emprego 0,20

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    De acordo com os nmeros tabulados pelo questionrio de avaliao, qual(is) cliente(s) eriam seu

    crdito 100% aprovado?

    a) Apenas A.

    b) A e C.

    c) Apenas B.

    d) Apenas D.

    e) B e C.

    5. Qual(is) cliente(s) teve (tiveram) seu crdito reprovado?

    a) Apenas C.

    b) Apenas D.

    c) C e D.

    d) B e C.

    e) A e B.

    EXERCCIOS PROPOSTOS

    1. Dentro das atuais condies de concesso de crdito, uma empresa estima em $

    12.000.000 por ms as suas vendas para o prximo exerccio, das quais a metade se

    realizar a prazo. Os custos e despesas variveis mensais, referentes a custos de produo e

    despesas administrativas gerais, esto previstos em 40% do total das vendas; e os relativos

    ao crdito, em 5% das vendas a prazo. Prev-se, por outro lado, que uma poltica de

    ampliao no prazo de concesso de crdito elevar em 20% as vendas totais da empresa,

    sendo que a participao das vendas a prazo passar de 50 para 55%. Admitindo que os

    custos e despesas fixas no sofrero alteraes com a nova proposta, pede-se:

    a) O lucro marginal que resultar da adoo da nova proposta de crdito.

    b) Sendo de $ 76.800.000 o investimento marginal em valores a receber, o custo mximo

    desse capital para que a nova proposta seja considerada atraente.

    c) Calcular o lucro marginal e retorno marginal, admitindo que os custos e despesas

    variveis relativos ao crdito elevem-se para 7%. Estima-se ainda que os demais valoresconsiderados, inclusive os custos e despesas fixos, permaneam inalterados.

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    alteraes nos custos e despesas fixos. Estudos prospectivos ainda estimaram em $

    8.000.000 o montante do investimento marginal em valores a receber decorrente de uma

    maior liberalidade na poltica de cobrana. Pelos dados e informaes apresentados, pede-

    se:

    a) Determinar o lucro marginal e o retorno marginal, admitindo-se que o investimento

    necessrio seja financiado integralmente por recursos monetrios disponveis no ativo da

    empresa.

    b) Considerando um custo de oportunidade de 12% no perodo, a convenincia econmica

    da proposta de afrouxamento na poltica de cobrana.

    c) Caso a empresa deseje financiar seu investimento marginal atravs de uma operao decaptao, determinar o custo mximo que a empresa poderia incorrer para que a proposta

    em considerao seja atraente.

    4. Como decorrncia de sua poltica tradicional de crdito, uma empresa estima que suas

    vendas mensais atingiro um valor mdio de $ 5.000.000 no prximo exerccio. Desse

    total, 40% sero recebidos a vista e 60% em dois meses. Outros dados projetados pela

    empresa so os seguintes:

    Custos e despesas variveis (produo e despesas administrativas): 36% sobre as

    vendas totais.

    Despesas variveis de cobrana: 3,5% sobre as vendas a crdito.

    Proviso para devedores duvidosos: 1,5% sobre as vendas a crdito.

    Custos e despesas fixos: $ 2.100.000.

    Junto com essas projees, a direo da empresa, visando melhor dinamizar suas vendas e,

    consequentemente, seus resultados, est avaliando a implantao de medidas de

    afrouxamento nos padres de crdito. Sabe-se que esta proposta trar uma elevao de

    20% das vendas a prazo, permanecendo as vendas a vista inalteradas.

    Como consequncia, ainda, espera-se que o prazo mdio de cobrana se eleve para trs

    meses, as despesas variveis de cobrana para 5% e a proviso para devedores duvidosos

    para 3%. Pede-se:

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    a) Baseando-se nos valores projetados, determinar a contribuio marginal proveniente da

    proposta de afrouxamento nos padres de crdito.

    b) Calcular o investimento marginal em valores a receber.

    c) Admitindo-se um custo de oportunidade de 2,0% a.m., considera voc vivel a proposta

    formulada de alterao da poltica de crdito?

    5. Uma empresa pratica atualmente sua poltica de vendas no credirio no valor de $ 300

    mil por ano, apresentando um perodo mdio de cobrana de 40 dias. O preo de venda de

    seu produto de $ 25 e tem um custo varivel unitrio de $ 18. A administrao da

    empresa est implementando uma mudana relativa poltica de contas a receber que

    resultar em um acrscimo de 20% nas vendas, mas passando o perodo mdio de cobranapara 48 dias. No est prevista nenhuma alterao na previso de inadimplncia. O custo

    de oportunidade de mesmo risco em seus investimentos em contas a receber de 15% ao

    ano. Pede-se:

    a) Calcular o lucro adicional que a empresa ter com a nova proposta de contas a receber.

    b) Calcular o investimento marginal em contas a receber que essa nova mudana trar para

    a empresa.

    c) Calcular o custo do investimento marginal.

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

    ASSAF NETO, A.; LIMA, F. G. Curso de administrao financeira. So Paulo: Atlas,

    2009. 820p.

    GITMAN, L. J. Princpios de administrao financeira. 10ed. So Paulo: Pearson

    Addison Wesley, 2004. 745p.

    HOJI, M. Administrao financeira e oramentria. So Paulo: Atlas, 2007.