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ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL - ESAB CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM CONTROLADORIA E FINANCAS KLEBERSON FABIANI ANÁLISE DA MACROECONOMIA BRASILEIRA E DO AUMENTO DO CONSUMO NO GOVERNO LULA VILA VELHA - ES 2012

Analise macroecon BRGoverLULA

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Trata-se de uma análise de um período histórico sob o ponto de vista econômico brasileiro.

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ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL - ESABCURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM

CONTROLADORIA E FINANCAS

KLEBERSON FABIANI

ANÁLISE DA MACROECONOMIA BRASILEIRA E DO AUMENTO DO CONSUMO NO GOVERNO LULA

VILA VELHA - ES2012

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KLEBERSON FABIANI

ANÁLISE DA MACROECONOMIA BRASILEIRA E DO AUMENTO DO CONSUMO NO GOVERNO LULA

VILA VELHA - ES 2012

Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Controladoria e Finançasda Escola Superior Aberta do Brasil como requisito para obtenção do título deEspecialista em Controladoria e Finanças da Profa. Ma. Giuliana Bronzoni Liberato

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KLEBERSON FABIANI

ANÁLISE DA MACROECONOMIA BRASILEIRA E DO AUMENTO DO CONSUMO NO GOVERNO LULA

Monografia aprovada em .... de .... de 2012.

Banca Examinadora_______________________________________________________________________________________

VILA VELHA - ES2012

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EPÍGRAFE

“O Senhor é meu pastor: nada me faltará”

(Samos 23:1).

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RESUMO

Esta monografia analisa o impacto no consumo das famílias, de uma visão macroeconômica, após a entrada do presidente Lula ao Governo do Brasil até o ano de 2010. Será mostrado como a demanda agregada brasileira apresentou elevação no período, dada a hipótese de uma nova fase da economia brasileira com um crescimento e redução na taxa de juros. Foram feitas análises e estudos do período e como as teorias macroeconômicas foram aplicadas no governo para se alcançar um nível de crescimento. Conclui-se que é necessário o Governo manter as atuais politicas macroeconômicas, principalmente pela transferência de renda, redução juros e impostos, além de aumentar a oferta de moeda e ampliar o nível de investimento no pais, com isso, elevando o nível de confiança dos indivíduos (empresas e consumidores), aumentando, consequentemente, a demanda agregada.

Palavras-chave: Consumo. Famílias. Governo.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Taxa de juros Selic …........................................................................... 28

Tabela 2 – Consumo final das famílias ............................................................... 34

Tabela 3 – Produto interno bruto (PIB) da industria da construção

civil .................................................................................................... 34

Tabela 4 – Variação real anual do PIB (Produto Interno Bruto)

2002 – 2010 ….................................................................................... 35

Tabela 5 – Variação real anual do PIB (Produto Interno Bruto)

1995 – 2002 ..........................................................….......................... 36

Tabela 6 – Taxa de juros Selic, IPCA e Taxa de juros Real ................................ 36

Tabela 7 – Nível da Taxa de Desemprego (2002 – 2010) …..….......................... 37

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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 7

1.1 - JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 8

1.2 - OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS ............................................................ 8

1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 8

1.2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 9

1.3 - METODOLOGIAS DE PESQUISA ................................................................... 9

2 - REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 10

2.1 TEORIAS MACROECONOMICAS.................................................................. 10

2.2 CONSUMO ….................................................................................................. 20

2.3 DEMANDA AGREGADA ................................................................................. 23

3 - GOVERNO LULA …........................... ................................................................ 27

3.1 PERÍODO 2003 – 2006 …...................................................................................27

3.2 PERÍODO 2007 – 2010 …...................................................................................30

4 - ANALISE DA DEMANDA AGREGADA E DO CONSUMO

DAS FAMILIAS NO GOVERNO LULA …........................... .................................... 33

4.1 ANALISE DAS POLITICAS MACRECONOMICAS DO

GOVERNO LULA...................................................................................................... 33

4.2 FATORES DE CONTRIBUIÇÃO PARA O AUMENTO

DO CONSUMO DAS FAMÍLIAS .............................................................................. 37

4.3 IMPACTO NA ECONOMIA BRASILEIRA AO FINAL

DO GOVERNO.......................................................................................................... 38

5 METODOLOGIA ….............................................................................................. 42

6 CONCLUSÃO .................................................................................................... 43

REFERÊNCIAS .........................................................................................................45

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71. INTRODUÇÃO

O tema central desta monografia é analisar o período de mandato do Governo Lula e

como este governo aumentou a demanda agregada no Brasil e, consequentemente,

como esta ampliação de demanda, trouxe o beneficio de aumentar o consumo das

famílias.

Este presente trabalho tem por objetivo analisar os dois períodos de Governo Lula

2003 a 2006 e 2007 a 2010, partindo do ponto de vista macroeconômico, analisando

a demanda agregada brasileira nestes anos e ressaltando os seus efeitos benéficos

para a macroeconomia brasileira e como elevou a situação econômica das famílias.

A monografia vai atingir objetivos específicos como mostrar as teorias sobre

macroeconomia; analisar a demanda agregada da economia brasileira; conceituar e

ressaltar a importância do Governo e suas medidas para aumentar o consumo e

renda da população bem como para o crescimento do país; mostrar o histórico dos

oito anos de governo, a partir de 2002 até o ano 2010; abordar os impactos sofridos

e as mudanças ocorridas após a entrada do governo Lula e a consequente

expansão econômica ocorrida neste período, destacando as medidas adotadas pelo

Governo para alcançar esse crescimento; analisar através os dados, através de

tabelas, a economia brasileira, fazer uma comparação entre o Governo Lula e o

governo anterior. E finalmente, comentar os efeitos positivos que o Governo Lula

trouxe para o Brasil e como a economia deverá seguir para alcançar o crescimento

sustentado desejado da economia brasileira.

A estrutura da monografia é composta de seis capítulos. Após a introdução, o

segundo capítulo, mostra uma discussão teórica sobre macroeconomia, consumo e

demanda agregada a partir das várias escolas do pensamento econômico.

O terceiro capitulo aborda o histórico dos acontecimentos no Governo Lula em dois

períodos.

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8O quarto capitulo se divide em três seções. A primeira há uma análise, com o auxilio

de tabelas, das politicas do Governo e dos dados econômicos apresentados no

período. Na segunda, são mostrados, os fatores que contribuíram para o aumento

do consumo das famílias. Na terceira seção, são expostas as vantagens e

benefícios que o Governo trouxe para a população brasileira, analisando o impacto

que este Governo trouxe para o Brasil. Por ultimo, expõem-se a metodologia

utilizada para produção da monografia e por fim, as conclusões.

1.1. JUSTIFICATIVA

O Governo Lula foi um marco na história brasileira, principalmente para a população

brasileira, que teve um aumento na renda e com isso, acesso a bens que não tinha

nos governos e economias anteriores.

O interesse pelo tema a ser estudado surgiu, principalmente, pela necessidade de

explicar o desempenho no governo no ano 2002 a 2010 e como este governo propôs

benefícios as famílias brasileiras. Explicar as formas utilizadas pelo Governo para

melhorar a situação econômica das famílias brasileiras. E assim identificar quais

pontos necessitam de atenção e mudanças. O presente trabalho pretende contribuir

apresentando propostas de mudanças que poderão servir de consulta para outros

casos semelhantes.

1.2 - OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS

1.2.1 Objetivo geral

Analisar o efeito do Governo Lula no consumo das famílias e consequentemente na

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9demanda agregada da economia brasileira.

1.2.2 Objetivos específicos

Analisar a demanda agregada da economia brasileira no período Governo Lula

até o ano de 2010.

Demonstrar qual o impacto do Governo Lula para as famílias brasileiras.

Justificar o aumento do consumo pela população brasileira após o Governo Lula.

Mostrar as teorias sobre macroeconomia.

1.3 - METODOLOGIAS DE PESQUISA

O presente trabalho foi embasado na pesquisa bibliográfica histórica de livros, textos

e pesquisas sobre economia e sobre a politica brasileira no período 2002 a 2010.

Para a coleta e tratamento dos dados e ilustrar como o Governo Lula trouxe um

aumento no consumo das famílias, foram coletados informações, conceitos e dados

em livros e artigos científicos, referenciais teóricos e bibliográficos referentes a área,

e dados estatísticos em "sites" especializados na internet. A análise dos dados foi

feita de forma qualitativa com base nas pesquisas bibliográficas, para uma melhor

visualização e compreensão dos dados serão, também, organizados tabelas.

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102 . REFERENCIAL TEÓRICO

Este capitulo vai mostrar as principais correntes teóricas sobre a macroeconomia,

consumo e demanda agregada. Vai mostrar um breve histórico das teorias

macroeconomicas e verificar que ao longo dos anos, as teorias macroeconômicas

partindo do livro de Keynes, vão se atualizando e se aperfeiçoando.

2.1 TEORIAS MACROECONÔMICAS

Para Rossetti (2009), há duas grandes escolas sobre teoria macroeconomica: a

clássica e a keynesiana. Porém, ao longo dos anos, foram feitas atualizações e

novas interpretações dessas duas correntes com o objetivo de ajustamento e

possíveis correções. Essas derivações mais recentes ficaram conhecidas como a

teoria dos novos clássicos e a dos novos keynesianos (Dornbusch, Fischer e Startz,

1998) .

Mas, para Vasconcellos (2003), apenas a partir do ano de 1936, a analise dos

agregados macroeconômicos teve um grande impulso com o aparecimento do livro

Teoria Geral do Emprego, Moeda e Dinheiro, de autoria de John Maynard Keynes,

que passou a constituir um campo bastante amplo de análise da teoria

macroeconômica.

Segundo Vasconcelos e Pinho (2006), os economistas anteriores a Keynes,

economistas “clássicos”, acreditavam que as economias de mercado tinham a

capacidade de, sem a interferência do governo, utilizar de maneira eficiente todos os

recursos disponíveis, ou seja, produzir a nível de pleno emprego e consumir todos

esses recursos.

Segundo Heineck (2010), na escola clássica, a economia chegava ao equilíbrio de

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11mercado, simplesmente conduzida por uma especie de “mão invisível”, ou seja, a

oferta criava a sua própria demanda.

Ao contrário da teoria clássica, Keynes (1985), mostrou que as economias

capitalistas não tinham a capacidade de promover automaticamente o pleno

emprego. O governo tinha a necessidade de orientar sua política econômica para

promover a plena utilização dos recursos disponíveis na economia.

Os keynesianos, no entender de Vasconcellos e Garcia (2006), procuravam mostrar

que a característica fundamental das economias capitalistas era a incapacidade de

alcançar o nível de pleno emprego, em face das falhas estruturais do sistema de

mercado. As políticas monetária e fiscal afetariam o nível de produto e emprego de

forma rápida, mas sem efeitos mais significativos sobre o nível de inflação. Para

reduzir as taxas de inflação, não bastaria apenas reduzir a demanda agregada, mas

efetuar algumas políticas de renda (Vasconcellos, 2006).

Segundo Heineck (2010), o keynesianismo passou a dominar as principais

economias nas décadas de 40 e 50, mas, tem seu declínio, no fim da década de 60

e início dos anos 70 com o surto de grandes inflações e em função da persistência

da operação da economia ao pleno emprego e dos choques do petróleo.

Segundo Vasconcellos e Garcia (2006), a partir da teoria keynesiana, outras teorias

vão se configurando ao longo dos anos. Destacam-se entres essas: os keynesianos,

os neoclássicos, monetaristas, os novos neoclássicos e os pós-keynesianos.

Uma outra linha de pensamento, os economistas neoclássicos, buscavam o

equilíbrio para o conjunto de todos os mercados, como o de títulos, moeda e de

câmbio do através do encontro de curvas de oferta e da demanda (Heineck, 2010).

Os neoclássicos, para Vasconcellos e Garcia (2006), a partir da teoria de Keynes,

desenvolvem sua teoria econômica. Esta teoria, que ficou conhecida como IS/LM,

tinha o objetivo de alcançar a promoção do pleno emprego da economia através da

utilização das políticas monetárias e fiscais (Vasconcellos e Garcia, 2006). Segundo

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12Heineck (2010), o economista britânico (John Richard Hicks) fez uma interpretação e

simplificação da teoria de Keynes, com isso criando a teoria da curva IS-LM.

A teoria neoclássica, para Vasconcellos (2006) é muito utilizada pelo economistas

em seus livros para explicar as alterações nas variáveis econômicas.

Para Heineck (2010), essa “modernização” da visão keynesiana procurou estudar a

oferta agregada da economia de duas formas. Primeiro, pelo lado das empresas no

desejo de maximizar seus lucros produzindo cada vez mais até que o custo marginal

de emprego dos fatores de produção igualasse à receita marginal. Segundo, pelo

lado dos trabalhadores que poderiam oferecer maior ou menor quantidade de

trabalho em função da utilidade marginal deste em comparação com a utilidade de

mais lazer Heineck (2010).

Para Heineck (2010) escola neoclássica sofreu os mesmos problemas da

keynesiana para explicar as crises da década de 1970.

Heineck (2010) afirma que ao final da década de 50 um novo e importante

instrumento foi introduzido na teoria macroeconomica – as curvas de Phillips. Estas

curvas, segundo Heineck (2010), relacionam a taxa de desemprego de uma

economia com a de inflação.

Na visão de Vasconcellos de (2003), Phillips relacionou a teoria neoclássica com a

taxa de inflação e o desemprego, afirmou que curva de oferta agregada expressava

uma curva positivamente inclinada, curva que ficou conhecida como “curva de

Phillips”.

Essa curva de Phillips, como explica Vasconcellos (2006), a taxa de desemprego

tem uma relação inversa com a taxa de inflação, ou seja, uma taxa de desemprego

elevada, provoca um excesso de oferta de forca de trabalho e, consequentemente,

haveria uma pressão para que a taxa de crescimento dos salários nominais seja

mais baixa e uma menor taxa de inflação.

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13Uma menor taxa de desemprego, na visão de Vasconcellos (2006), leva a um

aumento da inflação, os salários reais seriam menores, e as empresas contratariam

mais forca de trabalho. Para Vasconcellos (2006) é o que os economistas chamam

“trade-off” entre inflação e desemprego, ou seja, quando maior é o desemprego, a

taxa de inflação é menor, ao passo que quando o desemprego é menor, a taxa

inflação é maior.

Esta teoria, para Vasconcellos e Pinho (2006) ainda é muito tradicional nos dias de

hoje, governos utilizam uma a adoção de um conjunto politicas econômicas

combatendo o processo inflacionário acaba gerando, pelo menos durante um certo

período de tempo, uma diminuição do nível de atividades e o desemprego.

Para Mankiw (2001, p. 464) “ […] Phillips mostrou em que anos de baixo

desemprego a inflação tende a ser elevada, e em que anos de grande desemprego

a inflação tende a ser alta.

Segundo Vasconcellos e Pinho (2006), durante a primeira metade da década de 60,

a principal teoria macroeconômica foi o sistema IS/LM, analisando os componentes

da demanda agregada, acoplado com a curva de Phillips, que retratava as

condições da oferta agregada. Porém, na concepção de Vasconcellos e Garcia

(2006) essa noção de que a taxa de crescimento de uma variável nominal (inflação)

afetava as variáveis reais (desemprego) não era aceita pela tradicional teoria

neoclássica, que, ao basear-se na racionalidade econômica dos agentes, afirma que

o nível de produto e de emprego deve depender das condições técnicas disponíveis

para uma sociedade num determinado momento do tempo, além, evidentemente, da

disponibilidade dos fatores de produção .

Com isso, surge a escola monetarista que para Heineck (2010) teve como principal

defensor Milton Friedman. Suas teorias recomendavam políticas simples e estáveis

para a política monetária como o crescimento estável e previsível da quantidade de

moeda em circulação, pois para os monetaristas até então havia má condução da

política monetária na determinação taxas de juros, inflação, renda e emprego e a

provisão de liquidez (Heineck, 2010).

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Conforme explica Vasconcellos e Garcia (2006), na segunda metade da década de

60, outros economistas como Phelps e Friedman, trataram de confrontar a teoria de

Phillips. A principal crítica exposta por Friedman era de que na formulação original

de Phillips procurava-se analisara influência das taxas de desemprego sobre a

evolução dos salários nominais. Essa escola ficou conhecida como monetaristas

Vasconcellos e Garcia (2006).

Para Vasconcellos e Garcia (2006), essa teoria desviava-se da tradição neoclássica

num ponto fundamental, isto é, o da racionalidade dos agentes econômicos. De

acordo com a teoria neoclássica, os agentes estão preocupados com a evolução das

variáveis reais e não simplesmente com a evolução das variáveis nominais. No caso

da curva de Phillips, desconsiderava-se completamente a expectativa de

crescimento dos preços, ou seja, admitia-se que os agentes econômicos - no caso

os trabalhadores - possuíam ilusão monetária.

Os monetaristas, na visão de Vasconcellos e Garcia (2003), afirmavam que a ação

governamental deveria preocupar-se apenas em politicas públicas, como saúde,

educação e segurança pública.

Para os monetaristas, segundo Heineck (2010), a política monetária tem maior

importância do que à fiscal, esta era a principal divergência em relação aos

keynesianos que defendiam ação do governo através da politica fiscal na definição

das políticas econômicas.

Para Heineck (2010), os keynesianos defendem às atuações diretas e

intervencionistas do Governo na economia, já para os monetaristas, o Governo tem

apenas o papel de supervisão da liquidez econômica.

Sendo assim, para Vasconcellos e Garcia (2006), a teoria dos monetaristas propõem

que na equação explicativa das taxas de crescimento dos salários nominais

deveríamos introduzir, além da taxa de desemprego, a taxa esperada de inflação.

Segundo Vasconcellos e Garcia (2006) quando se introduz a taxa de inflação

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15esperada, passamos a ter um resultado completamente diferente, isto porque, a

cada taxa de inflação esperada, teremos uma determinada curva de Phillips. Em

nível de política econômica, já não existiria um trade-off estático entre inflação e

desemprego. Caso a taxa de inflação se elevasse, Vasconcellos e Garcia (2006)

afirmavam que a economia apresentava uma taxa de desemprego menor, e a partir

de um certo momento, os trabalhadores perceberiam que nessa economia a taxa de

inflação era maior do que a esperada.

Em resumo, no entender de Vasconcellos e Pinho (2006) os monetaristas

acreditavam que as economias de mercado poderiam gerar equilíbrios a nível de

pleno emprego, e o desemprego resultante derivaria de certas rigidezas, que

acreditavam que a inflação era essencialmente um fenômeno monetário. Neste

sentido, o combate à inflação passaria essencialmente por um controle mais efetivo

do estoque de moeda. Acreditavam, segundo Vasconcellos e Pinho (2006), que no

curto prazo, os níveis de produto e emprego poderiam ser estimulados por políticas

de demanda agregada, ou seja, acreditavam na curva de Phillips, pelo menos no

curto prazo. Entretanto, a longo prazo, prevalecia a noção de que os níveis de

emprego e produto dependiam das condições de produtividade e da disponibilidade

dos fatores de produção.

Para Heineck (2010) aplicação de políticas monetaristas ortodoxas, puderam

controlar vários surtos inflacionários ocorridos nas décadas de 70 e 80 através das

políticas econômicas diminuição da quantidade de emissão de moeda.

Uma outra escola “novos clássicos" defendem as expectativas racionais, ou seja,

que os agentes econômicos, ao formarem suas expectativas sobre alguma variável

econômica, acabariam por tentar verificar como aquela variável se comportava no

tempo (Carvalho, 2007).

Para Vasconcellos e Pinho (2006), durante as décadas de 70 e 80, os economistas

passaram a dar maior atenção de como os agentes econômicos formam suas

expectativas. Começava a ter a noção de que os agentes econômicos não podem

ser “manipulados” sistematicamente, ou seja, que cometam erros sistemáticos de

Page 17: Analise macroecon BRGoverLULA

16previsão. Essa ideia, segundo Vasconcellos e Pinho (2006) constitui a base da

escola de expectativas racionais.

Para Heineck (2010), a corrente dos novos clássicos criou a abordagem das

expectativas racionais, isto é, que os indivíduos e as organizações são capazes de

reagir de forma antecipada diminuindo ou anulando os impactos que planos

econômicos adotados pelo governo possam vir a trazer.

A teoria dos novos clássicos, segundo Heineck (2010), introduz a ideia que

empresas e indivíduos tem que dar credibilidade as ações governamentais na

condução da política econômica, o que gera expectativas racionais corretas na

maior parte do tempo, permitindo que empresas e indivíduos se adaptem melhor às

políticas governamentais.

Esta escola, na visão de Heineck (2010), procurou estudar mais o comportamento

da oferta da economia, analisando as empresas que fixam seus preços em

concorrência monopolista ou por oligopólio, em oposição aos modelos mais

simplificados utilizados pelos keynesianos de concorrência perfeita e de monopólio.

Os novos neoclássicos na visão de (Vasconcellos e Garcia, 2006) apresentavam

resultados ainda mais fortes, pois, pelo menos, inicialmente, acreditavam que não

havia mecanismos pelos quais o governo poderia aumentar ou diminuir

sistematicamente o nível de emprego, relativamente a seu equilíbrio de longo prazo.

Segundo (Vasconcellos e Garcia, 2006), baseados na hipótese de expectativas

racionais, os novos neoclássicos acreditavam que, a partir do momento que os

agentes percebiam adequadamente o modelo estrutural que determinava as

variáveis em média, as expectativas não conteriam erros sistemáticos e,

consequentemente, o nível de emprego não se alteraria nem no curto prazo. Assim,

de acordo com essa linha de pensamento, os indivíduos sempre otimizariam, e os

mercados sempre entrariam em equilíbrio (Vasconcellos e Garcia, 2006).

Uma outra linha de pensamento, segundo Vasconcellos (2003), os novos

Page 18: Analise macroecon BRGoverLULA

17keynesianos, a partir da revolução das chamadas expectativas racionais, também

procuraram dar uma sustentação a teoria keynesiana, procurando explicar por que

existem certos preços rígidos na economia que promovem o desequilíbrio em alguns

mercados, principalmente o mercado de trabalho. Assim, procura-se analisar,

especialmente, as falhas existentes na movimentação de preços e salários, evitando

que haja um equilíbrio entre a demanda e a oferta. Afirmam, na visão de

Vasconcellos (2003) que as criticas à Keynes decorrem das próprias dificuldades de

leitura de seu livro, que dá margens a inúmeras dúvidas. Afirmam que a rigidez

salarial era a forma pela qual Keynes havia atacado tão frontalmente a teoria

neoclássica (Vasconcellos, 2003).

Para Heineck (2010), os novos keynesianos resolveram enfrentar a crítica dos novos

clássicos com um aprofundamento da discussão sobre o conhecimento

microeconômico dos agentes sociais que são a rigidez de preços das mercadorias e

dos salários.

Em relação rigidez dos preços, Heineck (2010) afirma que a escola dos novos

keynesianos buscam avaliar a influência da rigidez dos contratos mercadorias e de

trabalho, que faz com que os preços sejam rígidos em curto prazo.

Os novos keynesianos, de acordo com Heineck (2010) desenvolveram a existência

de salário eficiência, isto e, os empresários acabam pagando um salário maior do

que o mercado determina para os seus trabalhadores qualificados na expectativa de

não perdê-los, assim como buscam incentivar uma maior produtividade destes.

Heineck (2010) afirmava que os qualificados teriam seus empregos garantidos,

assim como seus salários, já os desqualificados teriam flutuações no seu emprego,

o que explicaria por que as flutuações da atividade econômica encontrariam uma

reação rígida por parte do insumo trabalho.

Dornbusch, Fischer e Startz (1998) explica que os novos keynesianos se baseiam

num pressuposto de mercado de concorrência imperfeita, pois para estes as ações

individuais das empresas, em concorrência perfeita, conduziriam a um equilíbrio

eficiente. Mas, em concorrência imperfeita, as ações individuais racionais, conduzem

Page 19: Analise macroecon BRGoverLULA

18a sociedade a expansões e recessões indesejadas.

Uma outra corrente, a escola pós-keynesiana, para Heineck (2010), preocupava-se

mais em explicar por que a economia não funciona corretamente do que em criar

ações para os indivíduos econômicos. Os pós keynesianos resgatam o papel moeda

da teoria keynesiana. De acordo com essa teoria, considera-se a empresa uma

máquina geradora de lucros, que obtém e retém moeda para multiplicá-la ao longo

do tempo (Heineck, 2010).

Os pós keynesianos, no entender de Heineck (2010), criaram sua teoria mais com

enfase no lado da oferta e no lado institucional avaliada em maior extensão como

uma decorrência da gestão organizacional do capital e do fluxo de caixa. Devido à

demanda agregada, segundo Heineck (2010),o funcionamento da sociedade

dependerá dos investimento dos empresários e do ambiente institucional para

determinar as possibilidades e a ambição por novos negócios.

Com isso, os economistas criaram a noção de agentes representativos para analisar

o processo de formação de preços. Essa noção é fundamental para o processo de

agregação, e assim para a própria sustentação da Macroeconomia (Vasconcellos e

Pinho, 2006).

Assim, segundo Vasconcelos e Pinho (2006), a partir dessas teorias ou correntes

macroeconômicas abriu-se a oportunidade para a ação governamental, através de

seus instrumentos (política monetária ou fiscal) para direcionar a economia rumo à

utilização total dos recursos, ampliando seu produto e emprego.

Para Rossetti (2009), o Governo, através da utilização dos instrumentos da politica

macroeconomicas, pode alcançar os objetivos como expansão do produto e o

emprego, a estabilidade dos preços e o equilíbrio das transações externas de um

país. Os principais instrumentos de política de macroeconomicas dividem-se em

quatro grupos: politica fiscal, politica monetária, politica cambial e de relações

externas e politica de rendas Dornbusch, Fischer e Startz (1998).

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19Rossetti (2009) explica que a politica fiscal corresponde as decisões do governo

sobre quanto gastar em investimentos, subsídios, consumo e transferência, sobre

quanto tributar e em que agentes os tributos incidirão. A Politica monetária tem como

instrumento básico o controle da oferta da moeda, que define a liquidez da economia

como um todo, atuando sobre a taxa de juros. A Politica cambial regula as

exportações líquidas e equilíbrio das contas externas principalmente pela atuação na

taxa de cambio. E a politica de rendas trata-se intervenções diretas no controle de

preços, controle legais sobre salários e outras remunerações de fatores de produção

(Rossetti, 2009).

Para Costa (1999) a politica monetária é definida como controle pelo órgão do

Governo responsável sobre a oferta de moeda e custo da moeda (taxas de juros).

Politica Fiscal é definida como o uso de meios do Governo para “financiar” a

economia de um pais, através de aumento de gastos ou redução de impostos .

A partir dessas correntes e escolas sobre a macroeconomia é possível ter definições

sobre teoria macroeconomica.

Segundo Carvalho (2007) a teoria macroeconomica pode ser definida como da ação

da sociedade impacta sobre os grandes agregados da economia (mercado de

trabalho, renda e consumo de bens e serviços). Mankiw (2001) afirma que a

macroeconomia estuda os fenômenos da economia (ou do sistema econômico)

como um todo. Trata, por exemplo, do estudo dos grandes agregados econômicos,

como geral de preços (inflação), taxa de desemprego,crescimento econômico de um

pais (Mankiw, 2001).

Entretanto para Dornbusch, Fischer e Startz (1998) a macroeconomia é a área da

economia que estuda o comportamento dos agregados econômicos que tem

momentos de retração e expansão. Na mesma linha de pensamento Krugman e

Wells (2007), relatam que a economia de um pais tem momentos de expansão e

recessão e a macroeconomia, através de suas teorias, cria políticas para melhorar o

desempenho econômico e explicar esses eventos econômicos.

Page 21: Analise macroecon BRGoverLULA

202.2 CONSUMO

Segundo Vasconcellos (2003), a teoria da demanda parte hipótese de que os

consumidores são racionais, ou seja, os agentes econômicos (compradores e

vendedores) ponderam os benefícios e os custos de sua decisão de forma a

obterem vantagem máxima, isto e, farão as melhores escolhas, aquelas que do

ponto de vista individual lhes proporcionarão a maior satisfação, restritas as

possibilidades orçamentarias.

Para Heineck (2010, p.107) “ […] são as necessidades psicológicas dos indivíduos

que determinam a posse e o consumo de bens, além das necessidades fisiológicas

básicas dos seres humanos”.

Para Vasconcellos (2003), os fatores que afetam os desejos de consumo das

pessoas, são, principalmente, as limitações ou restrições orçamentarias (renda), os

custos de aquisição dos bens (preço), os gostos próprios de cada um (preferências).

Os economistas, segundo Mankiw (2001), em geral, não tentam explicar os gostos

próprios ou preferências das pessoas, pois estes se baseiam em forças psicológicas

ou históricas que estão fora do campo de estudo da economia.

Para Vasconcellos (2003), a renda é o fator que, isoladamente, maior influência tem

na determinação do consumo. As despesas em consumo programado ou desejado

representa a intenção de consumir aos diversos níveis de renda e não um ato

realizado ou consumado. O consumo da coletividade dos indivíduos dependerá

basicamente do nível de renda da economia (Vasconcellos, 2003).

Segundo Mankiw (2001, p. 464) “ […] as pessoas consomem menos do que

desejam porque sua despesa está restringida, ou limitada, por sua renda”. Se tiver

uma renda maior, o consumidor permite-se a adquirir mais bens. Quando o preço

relativo dos bens permanece inalterado, e a renda do consumidor aumenta, o

Page 22: Analise macroecon BRGoverLULA

21consumidor reage ao aumento da renda comprando mais bens. Com um aumento

na renda, o consumidor fica mais rico e, portanto, compra mais bens ou produtos

(Mankiw, 2001).

Para Dornbusch, Fischer e Startz (1998, p.190) “ […] a procura do consumo não é

constante, ao invés, aumenta com o rendimento. “[…] as famílias com rendimento

mais elevado consomem mais do que as famílias com rendimento inferior, e os

países onde rendimento é maior apresentam, geralmente, níveis superiores de

consumo total” (Dornbusch, Fischer e Startz, 1998, p.190).

No entender de Rossetti (2009, p. 751), “[…] a medida que a renda disponível se

eleva, os dispêndios de consumo tendem também a aumentar”. “[…] mantidos os

preços, se a restrição orçamentaria se alterar, as combinações possíveis que

maximização a satisfação do consumidor se alterarão também (Rossetti 2009, p.

452). Ou seja “[…] um aumento da renda disponível para consumo resultará em

combinações ampliadas, tanto de quantidades, quanto de diversidade de produtos”

(Rossetti 2009, p. 452).

Para Vasconcellos (2003), o principal determinante que mais influência tem na

determinação do consumo das famílias é a renda. Entretanto, há outros

determinantes sobre as decisões de consumir dos indivíduos da coletividade, como

os preços, taxa de juros, expectativas futuras, crédito ao consumidor e estoque de

bens financeiros (Vasconcellos, 2003).

Os preços, também, influenciam no consumo das pessoas. Para Rossetti (2009, p.

410) a demanda de determinado produto “[…] é determinada pelas varias

quantidades que os consumidores estão dispostos e aptos a adquirir, em função de

vários níveis possíveis de preços, em dado período de tempo”.

Segundo Heineck (2010, p.109) “ […] se o nível geral de preços baixar, as pessoas

tendem a se tornarem mais ricas, ou seja, podem comprar uma quantidade maior de

Page 23: Analise macroecon BRGoverLULA

22bens. “ […] com a mesma quantidade de dinheiro no bolso ou em depósitos

bancários, elas podem comprar mais bens e serviços que agora têm preços

menores” (Heineck 2010, p.109).

Afirma Mankiw (2001), uma queda no nível de preços, também, aumenta a

quantidade demandada bens e serviços devido três motivos: primeiro, os

consumidores se sentem mais ricos, o que aumenta a demanda por bens de

consumo; segundo, a taxa de juros se reduz, o que estimula a demanda por bens de

investimento; e terceiro, a taxa de cambio se deprecia o que estimula a demanda por

exportações liquidas.

Para Vasconcellos (2003), segundo a teoria clássica, os consumidores são racionais,

ou seja, poupam mais quando a taxa de juros é maior, em consequência, consomem

menos. Na visão de Heineck (2010) uma taxa de juros menor permite que os

indivíduos consumam mais a partir do crediário e aumente os gastos com

investimentos aumentando a quantidade de bens consumidos.

Para Keynes (1986) as expectativas futuras afetam o consumo e o investimento.

Elas estariam ligadas à ambição de ganhar mais, de ficar em uma posição melhor no

futuro, baseado na crença de que a economia em geral tende a crescer. Para

Vasconcellos (2003), se as famílias esperam que sua renda ou o nível geral de

preços venha a elevar-se no futuro é lógico e racional o fato do consumidor

aumentar seu nível de consumo.

Para Vasconcellos (2003), variações no valor do estoque dos ativos financeiros

(ações, moeda, títulos do governo) podem levar seus possuidores a mudar seus

níveis de consumo. Ao elevar o valor do estoque desses ativos, seus possuidores

poderão sentir-se mais ricos e aumentar seus dispêndios de consumo.

Para Vasconcellos (2003), condições relativamente fáceis de crédito ao consumidor

estimulam os dispêndios de consumo, principalmente os bens de consumo duráveis.

Os efeitos dos principais fatores sobre o comportamento de consumo dos indivíduos

Page 24: Analise macroecon BRGoverLULA

23têm levado, segundo Vasconcellos (2003) os economistas a desenvolverem

inúmeros estudos sobre a importância da função consumo na demanda agregado da

economia.

Heineck (2010, p.107)“ […]a demanda é determinada por fatores comportamentais

dos seres humanos, buscando atender necessidades e com isto propiciar satisfação

aos indivíduos”.

2.3 DEMANDA AGREGADA

A demanda agregada, segundo Mankiw (2001), mostra a quantidade de todos os

bens e serviços demandados na economia a qualquer nível de preço dado.

Para Heineck (2010, p.107) “ […]a demanda agregada é tudo aquilo que os agentes

econômicos solicitam à sociedade para levarem aos seus lares, para as unidades

produtoras, para o governo ou até mesmo para fora do país”.

Segundo as palavras de Heineck sobre a demanda agregada (2010, p.107) “ […] é

ela quem faz com que teoricamente possamos maximizar a utilidade (o bem-estar)

de todos os seres humanos”.

Para Rossetti (2009, p. 736) a demanda agregada “ […] expressa os dispêndios de

todos os agentes econômicos, consumidores, empresas e governo, agregativamente

considerados”.

Para Vasconcellos (2003), a demanda agregada (Y) constitui-se nos dispêndios da

coletividade em bens e serviços de consumo (C), investimento (I), despesas

governamentais (G) e exportações (X) menos o montante total das importações do

país (M). Assim, de acordo com as ideias de Vasconcelos (2003), a demanda

Page 25: Analise macroecon BRGoverLULA

24nacional agregada ou dispêndio nacional é equivalente a formula: Yd = C + I + G +

X – M.

Para (Dornbush e Fischer, 1992), a curva de demanda agregada mostra as

combinações do nível dos preços e do nível do produto em que os mercados

monetários e de bens se encontram simultaneamente em equilíbrio. As politicas

expansionistas do governo - tais como aumentos da despesa do Estado, reduções

dos impostos e aumentos da oferta de moeda – aumenta a demanda (produto) da

economia.

Para Vasconcellos (2003), os economistas, atualmente, sabem que as expectativas

dos preços são afetadas pelas politicas do governo. Nesse sentido, tanto a oferta,

quanto a demanda agregada seriam afetadas pelo efeito que expectativa das

politicas governamentais podem desencadear.

A demanda agregada, para Vasconcellos (2003), mostra a relação entre o nível de

preço agregado e a quantidade de produto agregado demandado pelas famílias,

empresas, governo e resto do mundo. Enquanto isso, a oferta agregada, segundo

Vasconcellos (2003), mostra a relação entre o nível de preços agregado e a

quantidade do produto agregada ofertada.

Para Vasconcellos (2006), um aumento do nível de preços agregado reduz a

quantidade de produto agregado demandado. Isso acontece por dois efeitos.

Primeiro, o efeito riqueza: incide sobre o consumo, decorrente de uma mudança no

poder de compra do consumidor atribuída a uma mudança no nível de preços

agregado. O consumo das famílias cai quando o nível de preços agregado sobe.

Segundo, o efeito taxas de juros: um aumento do nível de preços agregado,

segundo Vasconcellos (2006) leva o publico a buscar empréstimos e vender ativos

para manter seu nível de consumo. O aumento da demanda por dinheiro, de acordo

com Vasconcellos (2006) eleva a taxa de juros, desestimulando o investimento por

conta do ato custo do dinheiro. Desse modo, um aumento no nível de preços

Page 26: Analise macroecon BRGoverLULA

25agregado reduz os gastos em investimentos e consumo através de seu efeito

redutor sobre o poder de compra.

No entender de Heineck (2010) um aumento da demanda também pode ser causado

por um aumento de riqueza das pessoas. Se isto ocorrer, elas também passam a

comprar mais. Uma maior atividade econômica pode determinar a necessidade de

ampliação das instalações industriais aumentando a procura por demanda por bens

de capital (máquinas, equipamento e prédios industriais). Já, um clima de

pessimismo e uma diminuição da riqueza ou a ociosidade das instalações fabris,

para Heineck (2010) podem determinar uma diminuição da demanda agregada.

A confiança dos consumidores e dos investidores, segundo (Dornbush e Fischer,

1992), também afeta a demanda agregada, ou seja, quando a confiança aumenta, a

demanda aumenta, porém, quando a confiança diminui, a demanda se retrai. Para

Heineck (2010) um aumento no nível de confiança da economia, para qualquer nível

geral de preços a demanda é maior, pois as famílias se mostram mais dispostas a

comprar pelo clima de otimismo.

Para Dornbusch, Fischer e Startz (1998), demanda agregada depende da oferta de

moeda real, este é o ponto fundamental na relação da demanda agregada entre

produto e preços. A oferta de moeda real é o valor da moeda fornecida pelo Banco

Central e pelo sistema bancário. Quando a oferta da moeda real aumenta, as taxas

de juro diminuem e o investimento aumenta, levando ao acréscimo da demanda

agregada total. Da mesma forma, a diminuição da oferta real, leva a diminuição do

investimento e da demanda agregada total.

Segundo a teoria de Keynes (1985), a ativação da demanda agregada é o principal

instrumento econômico de um pais. Não importa que esta demanda cresça de

maneira proporcional em vários mercados, mas sim que ela aumente. O importante

é achar focos de ativação da demanda para que esta cresça.

Para Keynes (1985), a demanda gera a compra de produtos gera novas demandas,

Page 27: Analise macroecon BRGoverLULA

26novas remunerações e novos consumos. Isto criaria uma “cascata” de impulsos de

consumo que seria representada por uma especie de multiplicador da demanda, ou

seja, ampliação do consumo.

Keynes (1985), ainda define que a demanda agregada não é apenas formada pelo

consumo, mas também pelos gastos de investimento realizados pelo governo para

ativar uma economia, que podem ser ativados no curto prazo a partir de emissão de

moeda ou de empréstimos externos.

Para Heineck (2010, p.107) “ […] a demanda agregada é o grande motor da

economia. É ela quem determina a oferta, é ela quem cria o impulso para o

desenvolvimento econômico”.

Page 28: Analise macroecon BRGoverLULA

273. GOVERNO LULA

Este capitulo destaca os principais acontecimentos que marcaram a evolução

histórica do Governo Lula nos dois governos. O objetivo deste retrospecto é

posteriormente explicar a relação das politicas econômicas adotadas pelo Governo

para aumentar a demanda e consequentemente aumentando o consumo a situação

economia das famílias.

Neste sentido, ele se divide em duas seções que abordam dois sub-períodos

distintos. O primeiro vai de 2003 a 2006 e o segundo de 2007 a 2010 .

3.1 PERÍODO 2003 – 2006

Ao final da gestão de Fernando Henrique, dado o nível de desemprego, dos baixos

salários e de um crescimento baixo da economia, a sociedade se voltou para a

alternativa politica que se apresentava, elegendo o candidato do partido dos

Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva, na expectativa de que ele provocaria

mudanças, especialmente no campo social (Marques e Ferreira, 2010). Seu

governo, assumiu com enormes dificuldades: o dólar, que iniciou o ano cotado a R$

2,30, atingiu próximo a casa dos 4 reais; o risco-país estava em um patamar

superior aos 2 mil pontos — impactou em cheio inflação com taxa mensal superior a

3; a expectativa de variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

(IPCA) para 2003 era 11,0%, o dobro em relação ao ano anterior; a dívida pública,

que já em 2001 tinha passado de 49% tinha fechado o ano de 2002 em 56% do PIB

(Giambiagi, 2006).

Com esses indicadores, o novo Governo tratou de adotar medidas, como: uma forte

elevação da taxa de juros reais e uma extensão do programa com o Fundo

Monetário Internacional (FMI) para 2003, temendo uma possível moratória, como

compromisso de geração de um superávit primário consolidado de 3,75% do PIB no

Page 29: Analise macroecon BRGoverLULA

28primeiro ano do futuro governo , já que dívida líquida havia chegado a 64% do PIB

em setembro de 2002, medida esta que havia sido negociado com o antigo Governo

Fernando Henrique Cardoso (Giambiagi, 2006).

Como mostra a tabela 01, a alta carga de juros em 2002 (24,90%) exigia do governo

um superávit elevado. No inicio de 2003, o Governo Lula anuncia o ministro Antônio

Palocci Filho para o Ministério da Fazenda e Henrique Meirelles como Presidente do

Banco Central. Essa nova equipe tratou de adotar medidas para a superação da

situação de emergência que se instalava caracterizada pela vigência de inflação

elevada, forte pressão do câmbio e risco-país altíssimo (Giambiagi, 2006).

Em Janeiro de 2003, Lula tomou posse do cargo de Presidente da Republica,

afirmando que o principal pilar de sua politica seria o Programa Fome Zero baseado

na transferência de renda que beneficia famílias em situação de baixa renda. Este

programa abrangia uma serie de iniciativas e vários setores e ficou conhecido como

Programa Bolsa Família.(Marques, Ferreira,2010).

Porem, antes de o Programa Bolsa Família ser implementado, o governo do ex-

presidente Fernando Henrique Cardoso foi o pioneiro na introdução desses

programas direcionados, ou seja, politicas publicas que envolviam transferência de

Tabela 01 – Taxa de juros SelicData Taxa Selic2002 24,902003 16,332004 17,752005 18,052006 13,192007 11,182008 13,662009 8,652010 10,66

Fonte: Ipeadata (Instituto de Pesquisas Economicas Aplicadas)Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br/home/>. Acesso em: 18 de marco de 2012.

Page 30: Analise macroecon BRGoverLULA

29renda (Marques, Ferreira, 2010). Na época, foram criados programas cujos

benefícios eram concedidos mediante condicionalidades, como a obrigatoriedade da

presença na escola e o regular acompanhamento da saúde básica. São exemplos

os Programas Bolsa Escola, Cartão Alimentação, Bolsa Alimentação e Auxilio Gás. A

sua administração não era centralizada, estando cada programa submetido um

ministério (Marques, Ferreira, 2010).

Embora o programa de Lula parecesse uma continuação do governo anterior,

apresentava características diferentes e se destacava por sua abrangência e seu

impacto (Marques e Ferreira, 2010).

Em 2003, o Governo criou o Programa de conta simplificada, que reduziu as

exigências para a abertura de conta corrente. Em consequência, aumentando

acesso ao credito popular para pessoas de baixa renda. Houve uma especie de

“barbarização" nacional: aumento da participação dos correspondentes bancários

no sistema de credito nacional, abertura das contas simplificadas, o acesso popular

ao credito e ao microcrédito (Marques e Ferreira, 2010).

Em abril de 2004, o Copom (Comitê de política Monetária) reduziu a taxa Selic para

16% (Marques e Ferreira, 2010).

Apos as turbulências decorrentes da transição e com ventos favoráveis do cenário

internacional, o Governo Lula obteve em 2004 o maior crescimento desde 1994,

primeiro ano do Plano Real, quando o PIB ficou em 5,3%. (Marques e Ferreira,

2010).

Em 2005 - 2006, a relação divida-PIB, beneficiada pela continuidade do crescimento

3,2% e 3,7%, respectivamente, conheceria novas reduções, caindo para 46,5% em

2005 e para 44,9% em 2006. Em 2006, o numero de correspondentes bancários

havia aumentado em 59.300 unidades em relação ao ano de 2000. (Marques e

Ferreira, 2010).

Em outubro de 2006, o Programa Bolsa Família alcançava 11.000.341 famílias, ao

Page 31: Analise macroecon BRGoverLULA

30custo de R$ 680,08 milhões ao mês. Em termos populacionais, isso significou a

cobertura de 48.441.100 pessoas, isto e, 25,9% da população, estimada pelo IBGE

para 2006. Em relação a meta do governo para o ano, equivaleu a 98,2%. No final

de 2006, a taxa Selic fechou em 13,25% (Marques e Ferreira,2010).

Assim, o Governo Lula encerrou o primeiro mandato com uma taxa media anual de

crescimento do PIB de 3,4% ou de 2% por habitante. (Marques e Ferreira,2010).

3. 2 PERÍODO 2007 – 2010

Contando com considerável apoio popular, em grande parte por causa dos

resultados obtidos com o programa Bolsa Família, Lula foi reeleito com 60,8% dos

votos valida para seu segundo mandato a partir de 2007, recebendo praticamente a

mesma porcentagem de votos da eleição anterior (Marques e Ferreira, 2010).

No segundo Governo, a politica macroeconômica se manteve, apesar de apresentar

projetos com objetivos de longo prazo (Marques e Ferreira, 2010).

Em Janeiro de 2007, foi lançado o Programa de de Aceleração do Crescimento

(PAC) com projeções inciais de investimentos da ordem de R$ 503,9 bilhões para

um período de quatro anos de energia (incluindo petróleo), infraestrutura social e

urbana, e logística (rodovias, ferrovias, portos aeroportos, hidrovias). Tendo como

objetivo: romper barreiras e superar limites ao crescimento econômico, de forma a

sustentar uma taxa de crescimento de 5% ao ano (Marques e Ferreira, 2010).

Segundo Gimenez e Cardoso Jr. (2012), em 2008, o Governo lança o Plano

Plurianual (PPA) com o objetivo desenvolvimento com inclusão social e educação de

qualidade. O plano foi elaborado partindo-se de um cenário de retomada do

crescimento econômico, forte expansão do emprego e da renda. Assim, o plano,

apresentado como uma expansão da estratégia do PPA anterior, incorpora, além do

Page 32: Analise macroecon BRGoverLULA

31consumo de massa, novos componentes prioritários ao processo de

desenvolvimento do país, com destaque para a expansão dos investimentos em

infraestrutura por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O novo modelo de desenvolvimento da educação inscrito no Plano de

Desenvolvimento da Educação (PDE) e a integração das políticas sociais pela

Agenda Social tinha como objetivos: promover a inclusão social e a redução das

desigualdades; promover o crescimento econômico ambientalmente sustentável,

com geração de empregos e distribuição de renda; propiciar o acesso da população

brasileira à educação e ao conhecimento com equidade, qualidade e valorização da

diversidade; fortalecer a democracia, com igualdade de gênero, raça e etnia, e a

cidadania, com transparência, diálogo social e garantia dos direitos humanos;

implantar uma infraestrutura eficiente e integradora do território nacional; reduzir as

desigualdades regionais a partir das potencialidades locais do território nacional;

fortalecer a inserção soberana internacional e a integração sul-americana; elevar a

competitividade sistêmica da economia, com inovação tecnológica; promover um

ambiente social pacífico e garantir a integridade dos cidadãos; e promover o acesso

com qualidade à Seguridade Social, sob a perspectiva da universalidade e da

equidade, assegurando-se o seu caráter democrático e a descentralização

(Gimenez e Cardoso Jr, 2012).

Em 2008, de acordo com Pires (2010) o consumo das famílias cresceu 5,2%. No

final de abril de 2008, como premio pelo desempenho macroeconômico que vinha

apresentado, o Brasil recebeu o selo de grau de investimento “investment grade” da

agencia Standard e Poors, status que, em tese, abriria mais a economia para

receber maiores investimentos internacionais. Em maio, a confirmação da condição

do pais de confiável para o investidor estrangeiro, devido ao mesmo status atribuído

agora pela agencia Fitch (Marques e Ferreira, 2010).

No final de 2008, em meio a crise internacional que se instalava, o Banco Central

elevou a taxa de juros, ficando em media de 13,66% ao ano, por temer o impacto no

mercado domestico. Porem, em 2009, o Banco Central passa a adotar uma forte

diminuição das taxas de juros, chegando ao inédito patamar de 8,65% ao ano (Pires,

Page 33: Analise macroecon BRGoverLULA

322010).

Simultaneamente, flexibilizou o deposito compulsório dos bancos para irrigar a

economia, ressentida que estava dos fluxos externos que secaram com a crise. Já

do lado do Ministério da Fazenda, foram adotadas medidas para alavancar o credito

dos bancos públicos – BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), Banco do

Brasil e Caixa Econômica Federal, a desoneração do IPI de veículos automotores,

de materiais de construção e eletrodomésticos (linha branca). Além disso, o governo

aumentou seus gastos e diminuiu o superávit primário (Pires, 2010).

No mercado de capitais, em maio de 2008, houve a fusão da Bolsa de Valores de

São Paulo (Bovespa) com a Bolsa Mercantil e de Futuros atingiram um valor de

mercado de US$ 22,1 bilhões, tornando-se a terceira maior do mundo (Marques e

Ferreira, 2010).

Com o grande sucesso do PAC, atingiu, também a política habitacional, que cresceu

consideravelmente a partir de 2008, do ponto de vista do volume de recursos

destinados e do planejamento da política pública voltado para o centro do problema

habitacional no país (a população de baixa renda). Em maio de 2009, o Governo

anuncia o programa Minha Casa, Minha Vida com o objetivo de construir um milhão

de moradias (Gimenez e Cardoso Jr, 2012).

Enquanto a crise se instalava no cenário internacional, o Brasil se tornava credor do

FMI, em marco de 2009, o governo brasileiro na Cúpula do G-20 (que reuniu

dirigentes das principais economias do mundo), realizada em Londres, emprestava

10 bilhões de dólares para que o Fundo recompusesse suas reservas e ajudasse

outros países em pior situação. Nas contas nacionais, o saldo acumulado entre

janeiro e agosto de 2009 alcançou 20 bilhões de dólares nas transações correntes,

enquanto que a crise começava a aparecer nos países industrializados (Pires,

2010).

Page 34: Analise macroecon BRGoverLULA

334. ANALISE DA DEMANDA AGREGADA E DO CONSUMO DAS

FAMÍLIAS NO GOVERNO LULA

Este capitulo analisa os dados (juros, inflação, desemprego) do Governo Lula ao

longo do período de 2003 - 2010. O objetivo é explicar a relação das politicas

econômicas adotadas pelo Governo para aumentar a demanda e consequentemente

elevar o consumo e a situação econômica das famílias. Se divide em três seções,

para melhor analisar e compreender os dados. A primeira seção analisa os dados e

explica os fatores macroeconômicos que contribuirão para o aumento da demanda

agregada e, consequentemente, elevação no consumo. A segunda, mostra os

fatores que contribuir para elevar o consumo das famílias. E a terceira vai mostrar

como o impacto na economia após o Governo Lula.

4.1 ANALISE DAS POLITICAS MACROECONÔMICAS DO GOVERNO

LULA

Conforme foi mostrado nos capítulos anteriores, a partir da posse do governo Lula,

houve uma retomada no crescimento a partir de suas politicas publicas (Fome Zero,

Minha Casa Minha Vida, PAC, Bolsa Família). Aumentou a demanda da economia

brasileira, consequentemente aumentando o consumo das famílias. Conforme trata

o capitulo 01, segundo Keynes e a politica do “Welfare State” (politica do bem estar

social dos indivíduos). O aumento da renda provém do aumento dos gastos do setor

publico. A medida que o Governo “injeta” base monetária (dinheiro) na economia, a

mesma tente a crescer, assim, elevando o nível de renda de sua população. Com

isso, as politicas de transferência de renda (benefícios) para a população brasileira,

fez com que a sua economia crescesse e com isso elevando o nível de renda dos

habitantes e fazendo com que as classes mais pobres aumentasse seu padrão de

vida.

Page 35: Analise macroecon BRGoverLULA

34Conforme as tabelas 02 e 03, verifica-se que o consumo das famílias cresceu

gradativamente, aumentando no período de 2002 a 2010 em 146%. A industria da

construção cresceu 171% de 2002 a 2010. Mostra que as politicas adotadas no

governo elevaram a renda e consumo no Brasil neste período.

Tabela 03

Data R$ %* %**2002 67219,00 - -2003 68934,99 2,55 2,552004 84868,00 26,26 23,112005 90228,00 34,23 6,322006 96287,00 43,24 6,722007 111201,00 65,43 15,492008 126551,00 88,27 13,802009 146782,99 118,37 15,992010 182477,40 171,47 24,32

Fonte: Ipeadata adaptado. Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br/home/>. Acesso em: 18 de março de 2012.* Percentual em comparacao ao ano anterior.** Percentual em relacao ao ano de 2002.

Produto interno bruto (PIB) - indústria da construção civil

Ano %* % **2002 912058 - -2003 1052759 15,43 15,432004 1160611 10,24 27,252005 1294230 11,51 41,902006 1428906 10,41 56,672007 1594067 11,56 74,782008 1788840 12,22 96,132009 1979751 10,67 117,062010 2248623,92 13,58 146,54

Fonte: Ipeadata (Instituto de Pesquisas Economicas Aplicadas)Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br/home/>. Acesso em: 18 de março de 2012.* Percentual em comparacao ao ano anterior.** Percentual em relacao ao ano de 2002.

Tabela 2 – Consumo final das famílias

R$ (milhões)

Page 36: Analise macroecon BRGoverLULA

35No período entre 2003/2010 conforme revela as tabelas 04 e 05, verificou-se uma

aumento na taxa de crescimento da economia que mostrou um PIB médio de 4,1%

ao ano. Mostra que do ano 2003 ao 2010 houve aumento de 6,38 pontos. Provocado

pela redução de juros moeda forte e explosão do consumo. Os agentes através da

melhora econômica e consequente aumento no nível de renda passaram a aumentar

o consumo, inclusive comprando produtos antes não adquiridos ou pouco

consumidos. Conforme foi mostrado no primeiro capitulo, a redução na taxa de juros,

provoca um aumento no renda, provocando um aumento no consumo. Em relação

ao Governo anterior (1995-2002) que teve um PIB médio que foi 2,31, o aumento em

foi de 1,82 pontos (79%) conforme mostra a tabela 03.

Tabela 4

Variacao real anual do PIB (Produto Interno Bruto) 2002 – 2010Data PIB2003 1,152004 5,712005 3,162006 3,962007 6,092008 5,172009 0,332010 7,53Total 33,1Media 4,1375

Fonte: Ipeadata (Instituto de Pesquisas Economicas Aplicadas)Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br/home/>. Acesso em: 18 de março de 2012.

Page 37: Analise macroecon BRGoverLULA

36

A taxa de juros reduziu gradativamente, conforme mostra a tabela 06. Teve no ano

de 2009 a menor taxa Selic 8,65. Desde o primeiro ano do Governo ate o ano de

2010, a media foi de 13,68% no período. Em relação ao ano de 2002 (ultimo ano do

governo Fernando Henrique Cardoso) a taxa Selic reduziu 14,2 pontos (133%). Isso

mostra que através desta redução de juros, a economia se “aqueceu” contribuindo

para a elevação do consumo.

Tabela 5 - Variacao real anual do PIB (Produto Interno Bruto) 1995 -2002Data PIB1995 4,421996 2,151997 3,381998 0,041999 0,252000 4,312001 1,312002 2,66Total 18,52Media 2,315Fonte: Ipeadata (Instituto de Pesquisas Economicas Aplicadas)Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br/home/>. Acesso em: 18 de março de 2012.

Tabela 06 – Taxa de juros Selic, IPCA e Taxa de juros RealData Taxa Selic IPCA Taxa Real2002 24,90 12,53 12,372003 16,33 9,3 7,032004 17,75 7,6 10,152005 18,05 5,69 12,362006 13,19 3,14 10,052007 11,18 4,46 6,722008 13,66 5,9 7,762009 8,65 4,31 4,342010 10,66 5,91 4,75

Fonte: Ipeadata (Instituto de Pesquisas Economicas Aplicadas)Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br/home/>. Acesso em: 18 de março de 2012.

Page 38: Analise macroecon BRGoverLULA

37Com relação ao desemprego, conforme mostra a tabela 07, se manteve constante,

porém, menor que o nível elevado durante o Governo FHC, em função da conjuntura

economia mais favorável (Pires, 2010).

4.2 FATORES DE CONTRIBUIÇÃO PARA O AUMENTO DO CONSUMO

DAS FAMÍLIAS

As principais ações de estímulo ao investimento que contribuíram para o consumo

das famílias, segundo Gimenez e Cardoso Jr (2012) podem ser destacados como: o

Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com os investimentos em

infraestrutura; o programa Minha Casa, Minha Vida, com os investimentos em

habitação; e o programa do BNDES de sustentação do investimento (BNDES – PSI),

com investimentos em bens de capital e inovação. Devido à mobilização destes e de

outros instrumentos, a participação do investimento total no PIB subiu de 16,4%, em

2006, para 18,7%, em 2008, e a participação do investimento público no PIB (OGU e

estatais), de 1,6%, em 2006, para 2,9%, em 2009, em meio à retomada do

planejamento da infraestrutura e de investimentos paralisados (Gimenez e Cardoso

Tabela 07 – Nivel da Taxa de Desemprego (2002- 2010)Data Taxa de desemprego2002 9,902003 10,502004 9,702005 10,202006 9,202007 8,902008 7,802009 9,10Media 9,41Fonte: Ipeadata (Instituto de Pesquisas Economicas Aplicadas)Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br/home/>. Acesso em: 18 de março de 2012.

Page 39: Analise macroecon BRGoverLULA

38Jr,2012). Além, da redução da taxa de juros, conforme foi observado nos capítulos

anteriores, que fez aumentar o investimentos pelas empresas, contribuindo para o

aumento o nível da produção da economia, diminuindo o nível de desemprego,

aumentando com isso consumo das famílias e consequentemente, elevando a

demanda agregada (Gimenez e Cardoso Jr,2012).

Com a estabilidade monetária, o conjunto da população, em particular a parcela

mais rica, também passou a acumular poupanças reunidas no sistema bancário,

valendo-se de depósitos em poupança, depósitos a prazo e aplicações em fundos

de renda fixa ou variável. Assim, todo esse volume de recursos foi transformado em

capital, portador de juros, e direcionado para a esfera financeira da economia, cuja

expansão aumenta continuamente esse capital na forma de capital fictício.

Expandiu-se, também, a atividade das seguradoras e dos fundos de pensão.

(Marques e Ferreira, 2010).

“A bancarização nacional trouxe: o aumento da participação dos correspondentes

bancários no sistema de credito nacional, abertura das contas simplificadas, o

acesso popular ao credito e microcrédito aos consumidores” (Marques e Ferreira,

2010).

Durante o Governo Lula e em função da redução da taxa de juros, de algumas

restrições fiscais a entrada de capitas especulativos de curto prazo, da melhora no

balanco de pagamentos e do aumento do superavit primário,o volume da divida

apresentou certa tendencia de queda situando ao final de de 2007 em torno de 42%

do PIB (Pires, 2010).

4.3 IMPACTO NA ECONOMIA BRASILEIRA AO FINAL DO GOVERNO

A nova dinâmica da economia brasileira, a partir de 2004, com a retomada do

crescimento, impulsionou maiores esforços de planejamento a partir de 2007-2008.

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39Sem ignorar as condicionalidades políticas dos rumos nacionais na passagem do

primeiro para o segundo governo do presidente Lula, com a retomada do

crescimento econômico, a partir de determinações alheias ao planejamento

governamental, surgiram condições e se impôs a necessidade de que ele avançasse

de forma mais concreta. A análise dos documentos mostra que, de fato, o

planejamento avançou no Brasil nos marcos do PPA 2008-2011 (Gimenez e Cardoso

Jr, 2012).

O desafio que se coloca, então, é interpretar a forma como isso ocorreu. A hipótese

aqui construída, a partir das análises dos documentos, é que o planejamento

avançou, fundamentalmente, por amplos setores da ação estatal e pelo curso dos

investimentos (Gimenez e Cardoso Jr, 2012).

Tal hipótese implica compreender que a retomada do crescimento, ao abrir espaços

políticos e econômicos, propiciou maior envergadura aos esforços de planejamento

a partir de 2007-2008 e não o contrário (Gimenez e Cardoso Jr, 2012).

Conforme aponta Gimenez e Cardoso Jr (2012), não foi o planejamento que criou

condições para a retomada do crescimento, mas o crescimento que impulsionou o

planejamento dos setores e das decisões de investimento. Não se trata de minimizar

os esforços do governo brasileiro expostos em cada documento desde 2003, mas,

apenas, traçar criticamente um panorama da evolução do planejamento no período

sob análise, apontando questões que deverão ser examinadas com cuidado no

futuro próximo (Gimenez e Cardoso Jr, 2012).

Pode-se dizer que este movimento aconteceu em mão dupla: primeiro, em quase

todos os casos analisados, percebe-se que as iniciativas setoriais de planejamento

procuram romper com o incrementalismo inerente à lógica de organização e

implementação dos programas e ações tais quais contidos no PPA. Em segundo

lugar, também na maioria dos casos, percebe-se uma tentativa do planejamento

setorial de romper com a precedência e a primazia do orçamento sobre o

investimento e sobre a própria noção de planejamento em sentido mais amplo e

mais forte (Gimenez e Cardoso Jr,2012).

Page 41: Analise macroecon BRGoverLULA

40

Deve-se notar também que, uma vez disparados os instrumentos de planejamento

num quadro de crescimento, esse movimento foi se acentuando no biênio 2009 -

2010, mesmo sob o efeito da crise internacional (Gimenez e Cardoso Jr, 2012). Em

várias dimensões, a resposta à crise foi dada pelo país com forte ação estatal,

contando com iniciativas planejadas anteriormente. Isto pode ser visto na

determinação do BNDES de sustentar todos os financiamentos anteriormente

contratados, ou ainda, na manutenção dos gastos públicos para os investimentos do

PAC (Gimenez e Cardoso Jr, 2012).

Como consequência, pode-se afirmar que a importância recente das iniciativas aqui

sintetizadas de planejamento, vindo concretamente dos setores e buscando

destravar constrangimentos econômico-financeiros de grande porte, impôs a

necessidade de o governo avançar em sua capacidade global de coordenação

setorial (Gimenez e Cardoso Jr, 2012). Pode-se dizer também que, se o curso dos

investimentos acabou conformando uma estratégia de planejamento, torna-se ainda

mais necessária a coordenação dos núcleos fundamentais do investimento, como a

Petrobras, os grandes bancos públicos (BNDES, Banco do Brasil e CEF), além dos

fundos de pensão, tendo em vista a enorme concentração no Estado das decisões

de investimento e da oferta de crédito (Gimenez e Cardoso Jr, 2012).

Nestes termos, a necessária centralização do planejamento para a expansão e

coordenação dos investimentos, assim como para a coordenação setorial, de certa

maneira, avançou no Brasil a partir de 2007. A Casa Civil da Presidência da

República, nesse plano, parece ter-se transformado no espaço fundamental do

planejamento a partir do segundo mandato do presidente Lula (Gimenez e Cardoso

Jr, 2012).

Avançou-se na maior centralização das decisões de investimento e das políticas

setoriais, diga-se, com claro arrefecimento das preocupações relativas à

participação da sociedade civil organizada nas decisões de governo (Gimenez e

Cardoso Jr, 2012). Do lado dos investimentos, isto aconteceu pelo extraordinário

crescimento do BNDES e demais bancos públicos na concessão de crédito e pelo

Page 42: Analise macroecon BRGoverLULA

41maior direcionamento do núcleo central do governo – a Presidência da República e

sua Casa Civil – em relação às decisões estratégicas da Petrobras, do Banco do

Brasil e da CEF. No âmbito setorial isto é mais evidente, com a clara centralização

na Casa Civil de programas de cunho eminentemente organizativos da ação estatal,

como os PACs, a Agenda Social, o Minha Casa, Minha Vida (Gimenez e Cardoso Jr,

2012).

Dessa maneira, a política habitacional avançou, entre 2008 e 2010, do ponto de

vista do volume de recursos destinados e do planejamento da política pública

voltado para o centro do problema habitacional no país (a população de baixa

renda). Ela se articulou com o maior esforço concreto de planejamento do

desenvolvimento do país no período recente: o Programa de Aceleramento do

Crescimento. O Minha Casa, Minha Vida parece representar bem esta inflexão na

política habitacional nos últimos três anos (Gimenez e Cardoso Jr, 2012).

Page 43: Analise macroecon BRGoverLULA

425. METODOLOGIA

A pesquisa utilizada para produção desta monografia foi do tipo qualitativa de

carácter explicativa. A escolha por analisar os dados com técnicas qualitativas foi

devido o tratamento dos dados, aonde se utilizou o uso de técnicas de análise

documental e analise histórica. E, ainda, para auxiliar, demonstrar os resultados e

organizar as informações foram utilizado tabelas.

A pesquisa abordou um estudo exploratório sobre a demanda agregada no período

de 2003 a 2010 e ilustrou como o Governo Lula trouxe um aumento no consumo das

famílias. Segundo Doxsey (2009, p.44) “[…] ao realizar um estudo dessa natureza, o

pesquisador procura explicar causas e consequências da ocorrência do fenômeno”.

Quanto aos meios, esta pesquisa pode ser considerada como bibliográfica e

documental. Nesta monografia foi feito um levantamento bibliográfico, foi produzido

um ensaio teórico e discursivo sobre as principais correntes e teorias econômicas. A

coleta de dados foi efetuado em razão do tempo, dos recursos e da intenção de

explicar os motivos que levaram o aumento do consumo no período de mandato do

Governo Lula. A pesquisa foi do tipo bibliográfica pois foram utilizados a coleta de

informações, conceitos e dados em livros relacionados a área econômica, textos

econômicos e publicações eletrônicas em site de economia. Segundo Doxsey (2009)

a pesquisa bibliográfica que produz uma boa síntese crítica de informações

disponíveis é um ótimo projeto, e aonde concentra-se na organização de material já

disponível.

Os dados qualitativos produzidos para organizar as tabelas foram obtidos em fontes

do governo - site da instituição Ipeadata -, a opção pelo uso dessa fonte justifica-se

pelo fato da disponibilidade dos dados a qualquer pessoa e por ser tratar de

registros oficiais e públicos, e também porque o site traz os dados econômicos da

macroeconomia brasileira que é objeto de estudo desta monografia. A partir do

levantamento e coleta de dados, efetuou-se a análise e produziu-se as

considerações apresentadas.

Page 44: Analise macroecon BRGoverLULA

436. CONCLUSÃO

Este estudo apresentou uma pesquisa explicativa sobre qual o efeito do Governo

Lula no consumo das famílias e consequentemente na demanda agregada da

economia brasileira.

A estrutura da monografia foi composta de seis capítulos. Primeiro apresentou-se a

introdução, em seguida, o segundo capítulo, mostrou uma discussão teórica sobre

macroeconomia, consumo e demanda agregada a partir das várias escolas do

pensamento econômico.

O terceiro capitulo abordou o histórico dos acontecimentos no Governo Lula em dois

períodos.

No quarto capitulo foi analisado os dois períodos de Governo Lula 2003 – 2006 e

2007 – 2010, partindo do ponto de vista macroeconômico, analisou-se a demanda

agregada brasileira nestes oito anos e ressaltou os seus efeitos e benefícios para a

situação econômica das famílias.

O quarto capítulo se dividiu em três seções. A primeira foi feita uma análise, com o

auxilio de tabelas, das politicas do Governo e dos dados econômicos apresentados

no período. Na segunda seção, foram mostrados, os fatores que contribuíram para o

aumento do consumo das famílias. Na terceira seção, foram expostas as vantagens

e benefícios que o Governo trouxe para a população brasileira, analisando o impacto

que este Governo trouxe para o Brasil. Por ultimo, foi exposto a metodologia

utilizada para produção da monografia.

A presente monografia para chegar aos objetivos específicos propostos: analisou a

demanda agregada da economia brasileira no período Governo Lula (2002 até o ano

de 2010).

Demonstrou qual o impacto do Governo Lula para as famílias brasileiras,

Page 45: Analise macroecon BRGoverLULA

44destacando as principais medidas adotadas pelo Governo para alcançar esse

crescimento e a consequente expansão econômica ocorrida neste período,

analisando através de tabelas produzidas a partir de dados do principal instituto de

economia brasileira (Ipea), efetuando uma comparação entre o Governo Lula e o

anterior Governo e comentando os efeitos positivos que o Governo Lula trouxe para

o Brasil.

Justificou o aumento do consumo pela população brasileira após o Governo Lula,

principalmente ressaltando a importância do Governo Lula, através da politicas

publicas, que ampliou o nível de investimento no pais, diminuiu impostos e juros,

para aumentar a renda da população, com isso, elevando o nível de confiança dos

indivíduos (empresas e consumidores), aumentando, consequentemente, a

demanda agregada, justificando o aumento do consumo das famílias e demanda

agregada pela população brasileira após a entrada do Governo Lula.

Mostrou as teorias sobre macroeconômicas, conceitando as principais teorias da

demanda agregada e do consumo.

Com o isso a monografia atingiu o objetivo geral proposto, explicando o efeito do

Governo Lula no consumo das famílias e consequentemente na demanda agregada

da economia brasileira, ou seja, mostrando como após a entrada do Governo Lula,

apesar de dificuldades que o Governo Lula enfrentou ao assumir a economia

brasileira no período, adotou politicas públicas expansionistas (fiscal e monetária),

que foram analisadas e expostas neste trabalho através de dados coletados em

referenciais bibliográficos de autores da área econômica e, também, através das

tabelas e cálculos de pesquisa coletados em um dos principais instituto econômicos

do Governo (Ipeadata).

Estas políticas monetarias como a redução de juros combinada com as politicas

fiscais como a redução de impostos e ampliação de políticas sociais (Programas

Fome Zero e Minha Casa, Minha Vida) que contribuíram para aumentar o nível de

investimento do país, a base monetária da economia brasileira, que impactaram

positivamente na confiança das famílias e empresa, ampliando o nível de renda dos

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45indivíduos, aumentando o consumo das famílias e consequentemente aumentando a

demanda agregada da economia brasileira.

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