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ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
ESTRUTURA DO ATIVO
O ativo representa os bens e direitos que a empresa possui.
Na legislação brasileira, o Ativo é dividido em 3 grupos.
Cada um dos 3 grupos do Ativo definem prazos diferentes para a realização de cada
Ativo. Realizar um ativo significa transforma-lo em dinheiro.
O ativo representa as aplicações ou usos dos recursos.
Normalmente, temos ativos quando se aplica recursos na sua compra ou aquisição.
O Balanço mostra qual é o volume de recursos que a empresa utilizou para manter ou
aumentar seus ativos. O Balanço também mostra como os recursos serão distribuídos
dentro do Ativo e, de forma muito genérica, em quanto tempo tais recursos irão ser
recuperados ou novamente transformados em dinheiro.
Essencialmente, a análise do ativo deve ser feita observando-se quando há de recursos
de curto prazo (Circulante) e quanto há de longo prazo (Realizável e Permanente).
O ativo mais importante é o de curto prazo, que normalmente tem maior liquidez e que
é utilizado para garantir o pagamento de despesas e dividas. Dentro deste grupo,
certamente as contas mais relevantes são Duplicatas a Receber e os Estoques.
CIRCULANTEAté 1 ano
REALIZÁVEL LONGO PRAZO
Mais de 1 anos
PERMANENTEInvestimentosImobilizado
Diferido
CIRCULANTEAtivos que a empresa irá receber ou realizar no prazo máximo de 1 anos a partir da data do Balanço.Principais contas: Caixa e Bancos, Aplicações Financeiras, Duplicatas a Receber e Estoques.
REALIZÁVEL LONGO PRAZOAtivos que serão recebidos ou realizados após 1 anos.Principais contas: Créditos de Coligadas/Controladas.
PERMANENTEAtivos de uso e utilização nas atividades da empresa e cuja realização é lenta e demorada. A principio, estes ativos não estão disponíveis para venda.Principais contas: Investimentos em Coligadas e Controladas, Imobilizado (Máquinas, Equipamentos, Veículos, Móveis, Terrenos, Edifícios, etc.).
BENS OU DIREITOSAPLICAÇÕES DE
RECURSOS
O ativo imobilizado mostra somente o volume de recursos que permanece mais tempo
na empresa. Uma análise mais profunda exige informações adicionais que devem ser
buscadas diretamente com a empresa, pois o Balanço é pobre para mostrar como está
composta a capacidade produtiva da empresa, como são suas instalações e máquinas e
se não há riscos envolvidos na área de produção.
ESTRUTURA DO PASSIVO
O Passivo representa as dividas e obrigações que a empresa possui.
O Passivo é também divido em 3 grupos.
Cada um dos 3 grupos do Passivo definem prazos diferentes para o pagamento das
dividas. Para efeito de análise, o Passivo se divide essencialmente em: Recursos de
Terceiros (que são dividas efetivas) e Recursos Próprios (que são recursos que
pertencem aos sócios, mas que são utilizados pela empresa).
O passivo representa as fontes o u origens dos recursos.
Todos os recursos que a empresa têm em seus ativos são financiados por recursos do
Passivo. Por esta razão o Ativo é sempre igual ao Passivo.
No Balanço, identificamos como a empresa está financiando seus ativos e qual é o
volume total deste recursos.
As fontes que financiam a empresa são:
2
CIRCULANTEAté 1 ano
EXIGÍVEL LONGO PRAZO
Mais de 1 anos
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CapitalReservas de CapitalReservas de Lucro
Lucros Acumulados
CIRCULANTEDividas que a empresa deve pagar no prazo máximo de 1 anos a partir da data do Balanço.Principais contas: Fornecedores, Salários e Encargos, Impostos a Pagar, Empréstimos Bancários, Contas a Pagar, Adiantamentos de clientes e Imposto de Renda.
EXIGÍVEL A LONGO PRAZODívidas que a empresa deve pagar a partir de 1 ano.Principais contas: Financiamentos, Impostos Parcelados, Dívidas de Concordata.
PATRIMÔNIO LÍQUIDORecursos que são de propriedade dos sócios e que permanecem com a empresa para seu uso próprio.Principais contas: Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Lucros e Lucros Acumulados.
DÍVIDAS E OBRIGAÇÕES FONTES DE RECURSOS
Recursos de Terceiros Passivo Circulante (curto prazo) e
Exigível Longo Prazo (longo prazo)
Recursos Próprios Capital integralizado pelos sócios e Lucros
A relação entre Recursos de Terceiros e Recursos Próprios é que vai definir quanto a
empresa depende de terceiros. Recursos de terceiros são fontes que provêm de empresas
ou pessoas que não têm vínculo societário com a empresa.
Quanto maior o volume de recursos de terceiros (fornecedores, impostos, salários,
empréstimos, etc.) representa maior risco financeiro, pois a empresa passa a trabalhar
muito mais com recursos de outros que com seus próprios recursos.
ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
A Demonstração de Resultado mostra:
Receita são FONTES de recursos
Despesas e Custos são APLICAÇÕES de recursos
Diferentemente do Ativo e Passivo, que mostram os saldos de cada conta, a
Demonstração de Resultados mostra a soma dos valores do período (no caso de
Balanços, o período é anual).
A Demonstração de Resultados é feita com o objetivo de mostra os resultados, isto é,
lucro ou prejuízo. Para isto, somam-se as receitas e diminuem-se as despesas ou
custos, obtendo assim os resultados.
3
A informação importante da Demonstração é, sem dúvida, o resultado final.
Quanto maior os lucros que uma empresa puder obter, maior é sua capacidade de
investir em seus ativos, utilizando seus recursos próprios.
Muitas empresas não conseguem sobreviver ou expandir suas atividades exatamente
porque geram lucros muito baixos ou até prejuízos.
Empresas que têm prejuízos constantes exigem maior atenção. O prejuízo exige uso de
recursos para pagá-los e as alternativas que uma empresa têm para isso é desfazer-se de
ativo ou buscar recursos de terceiros, aumentando assim suas dívidas.
Podemos dividir as demonstrações financeiras da seguinte forma :
a) Demonstrações Financeiras Primárias : Balanço Patrimonial e Demonstração
de Resultado;
4
RECEITA DE VENDAS(-) Custos Produtos Vendidos
LUCRO BRUTO
DESPESAS OPERACIONAISDespesas com VendasDespesas AdministrativasDespesas Financeiras(+) Receitas Financeiras# Equivalência PatrimonialLUCRO OPERACIONAL
# Resultados não Operacionais# C.M. do BalançoProvisão do Imp. RendaLUCRO LÍQUIDO1. Lucro se negativo é PREJUÍZO.2. Equivalência Patrimonial, Resultados não Operacionais e C.M. do Balanço podem ser RECEITAS ou DESPESAS.
FONTES DE RECURSOSSão todas as RECEITAS, tais como Receitas de Vendas, Receitas Financeiras e, quando for o caso, Equivalência Patrimonial, Resultados não Operacionais, C.M. Balanço.
APLICAÇÕES DE RECURSOSSão todas as DESPESAS ou CUSTOS, tais como: Custos Produtos Vendidos, Despesas Operacionais (com Vendas, Administrativas e Financeiras), Provisão Imp. Renda e, quando for o caso, Equivalência Patrimonial, Resultados não Operacionais e C.M. do Balanço.
FONTES LUCROAPLICAÇÕES PREJUÍZOS
RESULTADOS
b) Demonstrações Financeiras Secundárias : principalmente a Demonstração de
Origens e Aplicação dos Recursos;
c) Métodos de Análise : Horizontal e Vertical; e
d) Índices : grandezas relativas construídas a partir dos números (Demonstração
Primária)
O objetivo da análise pode ser variado e dependerá do ponto de vista e necessidade do
gestor financeiro, podendo referir-se ao passado, presente ou futuro em termos de
situação e desempenho da empresa em referência. Importante salientar que, ainda que
os dados contábeis se refiram a eventos passados, pode-se valer dos mesmos para uma
projeção futura.
CONCEITOS BÁSICOS DE ANÁLISE
CAPITAL DE GIRO
É o Ativo Circulante.
O capital de giro é um fluxo constante
de recursos utilizado para aquisição de
estoques, financiamento de vendas aos
clientes (duplicatas a receber) e, em
caso de sobras, utilizado em aplicações
financeiras temporárias.
É com estes recursos que a empresa irá
manter sua situação de liquidez, pois
eles serão utilizados no pagamento de
dívidas e, uma vez pagos os credores,
eles voltam a conceder créditos e, assim
manter o fluxo de capitais de terceiros
na empresa.
O fluxo de capital de giro não é constante.
Ele varia ao longo dos meses do ano.
Empresas com características sazonais
são um exemplo. Esta variação pode ser
dar em função dos volumes, que
aumentam ou diminuem, como também em
função dos prazos, que podem se alongar
ou estreitar ao longo do ano.
CAPITAL DE TERCEIROS
Recursos de terceiros são as dívidas de
curto e longo prazos mostradas no
Passivo (Circulante Exigível).
Os recursos de terceiros têm origem sob
duas formas:
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Recursos Naturais ou Operacionais
São aqueles provenientes da atividade
normal e operacional da empresa.
Exemplos: fornecedores (todos
concedem um prazo para pagamento),
salários,encargos sociais e impostos a
pagar (a lei e o Governo concedem um
prazo para recolhimento ou pagamento),
conta a pagar (luz, água, etc. que
sempre são enviadas com prazo para
pagamento).
A empresa se utiliza estes créditos de
forma normal (não por atrasos de
pagamento) pode obter excelente forma
de se financiar sem depender
excessivamente de outros recursos.
Fonte operacional (mas que não é
capital de terceiros) é o lucro.
È uma fonte diária de recursos e a mais
importante de todas.
Recursos Não Operacionais
São recursos adicionais que a empresa
busca para suprir suas necessidades de
financiar ativos ou pagar despesas, uma
vez que suas fontes naturais não foram
suficientes para fazê-lo. Os exemplos
mais comuns são: empréstimos ou
financiamentos bancários, empréstimos
de coligadas ou sócios, atrasos ou
parcelamento de impostos ou de outras
dívidas.
Os recursos não operacionais são
chamados também de recursos
onerosos. O termo oneroso nem
sempre é correto tecnicamente, pois
leva a crer que estes recursos têm um
custo, enquanto os créditos naturais não
contém custos.
Sabemos que os fornecedores, quando
vendem a prazo, embutem em seus
preços os custos financeiros.
LIQUIDEZ
É a rapidez ou o tempo com que os
ativos se transformam em dinheiro.
Quanto mais rápido, maior é a liquidez
daquele ativo. Diz-se que um ativo têm
elevado grau de liquidez quando ele se
transforma em dinheiro rapidamente.
O grau de liquidez é determinado pela
natureza ou utilidade de um ativo.
Ativos procurados por muitas pessoas
têm maior liquidez, porque ele tem
utilidade para muitas pessoas. Uma
aplicação financeira tem liquidez pela
sua natureza. É Um direito de
recebimento imediato.
No Balanço, as contas do Ativo
Circulante estão ordenadas pela ordem
de liquidez.
Caixa e Bancos, mais Aplicações
Financeiras, formam o conjunto de
maior liquidez, pois são recursos já sob
6
domínio da administração da empresa
que pode utiliza-los imediatamente.
Duplicatas a Receber compõem o
segundo bloco de melhor liquidez. Por
fim, estoques vendidos a prazo são os
menos líquidos, pois originam
duplicatas. Eventualmente, deve ser
considerar de boa liquidez os estoques
vendidos à vista, sobretudo em alguns
setores de comércio, onde a quase
totalidade das vendas é feita à vista.
Neste caso, é importante conhecer o
prazo médio com que a empresa gira
seus estoques.
CAPITAL PRÓPRIO
É representado pelo Patrimônio
Líquido. São recursos que pertencem
aos sócios e que estão sendo utilizados
na empresa. O Patrimônio Líquido
representa apenas o registro dos
recursos. Este recursos, em verdade,
estão sendo utilizados no ATIVO. Os
recursos são fornecidos pelos sócios
(capital social) mas nem todo o valor do
capital é necessariamente recursos que
os sócios integralizam. O capital pode
ser aumentado com a Correção
Monetária e com os lucros.
Da mesma forma, os lucros acumulados
representam o montante de lucros
gerados em vários anos e que ainda não
foram utilizados para aumentar o
capital, para aumentar as Reservas de
Lucros ou para distribuir aos sócios,
como dividendos.
Na análise financeira, deve-se
concentrar a atenção no total do
Patrimônio Líquido e não em cada
uma de suas contas individuais. Quanto
maior for o volume de recursos
próprios, menor será a dependência de
7
capital de terceiros e maior a
possibilidade da empresa ter recursos
para financiar todo seu Ativo
Permanente e ainda sobrar recursos para
financiar seu Capital de Giro,
aumentado assim sua liquidez e
capacidade de pagar dívidas.
ESTRUTURA DE CAPITAL
Entende-se por estrutura de capital a
relação entre os volumes de fontes e
aplicações de recursos. Além disso,
relaciona-se as fontes e as aplicações de
LONGO PRAZO como forma de ver
como são financiados os 3 grupos
principais do Ativo. De uma forma
geral, ativos de longo prazo
(Permanente e Realizável) devem ser
financiados por fontes de longo prazo
(Patrimônio Líquido e Exigível).
TIPOS DE BALANÇO
LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA
É o tipo utilizado por todas as empresas LTDA. e S.A. de Capital Fechado.
É o tipo mais comum e o mais encontrado.
Estas empresas apresentam seus Balanços com VALORES NOMINAIS DE CADA
PERÍODO DO BALANÇO. Assim, se o Balanço da empresa é de Dezembro de 1994,
os saldos apresentados estarão em valores de R$ em Dezembro de 1994. Se o Balanço
apresentado for de Dezembro de 1995, os saldos estarão apresentados com valores em
R$ de Dezembro de 1995.
Sabendo disto, é fácil concluir que os valores de 1995 carregam valores
aproximadamente 20% maiores que os de 1994 em função de inflação ocorrida durante
o ano de 1995. Isto quer dizer que diferenças em torno de 20% foram causadas mais em
função da inflação que por aumentos ou reduções reais.
CORREÇÃO INTEGRAL ou MOEDA CONSTANTE
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É a forma obrigatória para S.A. de Capital Aberto (empresas com ações negociadas em
Bolsa de Valores ou com debêntures emitidas). Este tipo de Balanço é regulamentado
pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Estas empresas publicam seus Balanços atualizando todos os valores para a moeda da
data do último Balanço.
Assim um Balanço de Dezembro de 1994, terá todos os valores, incluindo os da
Demonstração de Resultados, atualizados para Dezembro de 1995 em R$.
Como ela deve publicar, lado a lado, o Balanço de 1994 e de 1995, tais valores podem
representar diferenças reais entre eles, uma vez que foi eliminada a inflação. Qualquer
variação entre os valores já será uma variação real.
NENHUM TIPO
As micros empresas não são obrigadas a manter escrituração contábil normal. Estão,
portanto, desobrigadas de apresentar Balanços na forma da legislação. São consideradas
micro empresas as que tenham auferido, no ano-calendário, receita bruta igual ou
inferior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais).
Empresa de Pequeno porte é a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano calendário,
receita bruta superior a R$ 120.000,00 (cento e vinte reais) e igual e inferior a R$
720.000,00 (setecentos e vinte mil reais).
As empresas com lucro presumido podem ou não apresentar Balanço. Caso não
tenham Balanço são obrigadas a fazer fluxo de caixa mensal, onde é registrado
também, o movimento bancário. As empresas com lucro presumido pagam Imposto de
Renda com taxas que variam de 2% a 8% sobre o valor total do faturamento,
independente dos lucros ou prejuízos obtidos. Para ser tributada com base em lucro
presumido a empresa deve ter feito esta opção e ter, no máximo, faturamento anual de
12.000.000 UFIR’s por ano.
As firmas individuais enquadram-se no conceito de micro empresas ou lucro
presumido de acordo com o valor de seu faturamento anual. Firma individual é uma
empresa com um único sócio e cujo nome é sempre igual ao nome do dono.
3.2 - Tipos de índices financeiros (significados e fórmulas)
9
Índices financeiros fornecem ao analista uma ferramenta muito útil para recolher
informações das demonstrações financeiras de uma empresa. O índice ou índices
selecionados (s) para uso pelo analista dependem da razão pela qual se faz a análise. Por
exemplo, um funcionário da área de empréstimos comerciais analisando uma solicitação
de empréstimo estaria interessado em determinar a habilidade do requerente em pagar o
empréstimo quando devido. Neste caso, o analista estaria preocupado com o nível de
fluxo de caixa da empresa em relação ao seus níveis propostos e existentes de
pagamentos do principal e dos juros. Há um número quase ilimitado de índices
financeiros concebíveis que podem ser projetados. Para dar uma ordem a nossa
discussão deste índices, geralmente são classificados em categorias, conforme façam
referência e liquidez, eficiência, alavancagem, lucratividade, etc.
Neste ponto deveríamos comentar como os índices financeiros deveriam ser utilizados
numa análise financeira. Como mencionamos anteriormente, índices são simplesmente
ferramentas para se juntar informação. Eles podem oferecer informação num senso
absoluto, como no caso do Índice de Liquidez Seca onde o índice igual a 1 indica
solvência. Adicionalmente, índices podem ser analisados num senso relativo através da
comparação com os índices da mesma empresa em outros exercícios, ou ainda através
da comparação dos índices da empresa em análise com padrões do ramo, ou índices
“alvo”. Esses “índices –alvo” podem ser determinados a partir de um exame de índices
similares de outras empresas ou pelo exame do mesmo índice para a empresa em
análise, mas em um período anterior. Um dado importante para análise dos índices são
os índices ou coeficientes-padrões médios das outras empresas do mesmo ramo de
atividade.
ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL
Uma ferramenta útil para detectar tendências são as análises vertical e horizontal.
Apresentamos estes recursos a seguir.
ANÁLISE VERTICAL
Tem por objetivo determinar a relevância de cada conta em relação a um valor total. No
Balanço Patrimonial calcula-se a participação relativa das contas, tomando-se como
base o seu capital total. Já na Demonstração de Resultados, o referêncial passa a ser o
valor da Receita Operacional Líquida.
10
Ela é alcançada determinando-se o que cada item da demonstração financeira representa como
porcentagem de uma dada base. A base é geralmente o total dos ativos no caso do balanço patrimonial, e
vendas líquidas, no caso de demonstração do resultado do exercício. Ela envolve olhar para cima e para
baixo nas colunas do balanço patrimonial e fazer comparações. Para demonstrações de resultado do
exercício, isto representa estabelecer vendas líquidas de 100% e então calcular a porcentagem de vendas
líquidas para cada custo, despesa ou outra categoria.
TÉCNICA DE ANÁLISE
A análise vertical é a técnica mais simples e também a mais completa para análise de
Balanço. Ela mede PROPORÇÕES entre valores, ajudando-nos a determinar quais as
contas de maior importância e relevância para a análise.
Na análise do Ativo, ela mede com a empresa distribui ou usou seus recursos dentro do
Ativo. É importante começar esta análise pelos principais grupos (Circulante,
Permanente e Realizável L. Prazo) e só depois ver cada conta isoladamente (Duplicatas
a Receber, Estoques, Imobilizado, etc).
Na análise do Passivo, ela mede como a empresa obteve os recursos que estão ajudando
a financiar seus ativos. É importante começar a análise pelo Patrimônio Líquido (a
principal fonte de recursos) e depois os dois grupos de dívidas (Circulante e Exigível
L.Prazo) e só então cada conta isoladamente. Não se deve, porém, analisar as contas
dentro do Patrimônio Líquido (analise apenas o total dele).
Na análise da Demonstração de Resultados, ela mede quanto cada custo ou despesa
consumiu das receitas e, no fim, se houve sobras (lucros) ou faltas (prejuízos).
FORMULA DE CÁLCULOCálculo
Análise
Vertical
11
ANÁLISE VERTICAL CONCEITOS
Arredonde os resultados dos cálculos.
Não use casas decimais.
O Total do Ativo é a base de cálculo para todas as contas do Ativo.
O Total do Passivo é a base de cálculo para todas as contas do Passivo (que sempre tem
o mesmo total que o Ativo).
A Receita Líquida de Vendas ou Vendas Líquidas é a base de cálculo para todas as
contas de Demonstração de Resultados.
Para cálculo na HP – 12C
O que é feito Dados Teclas
Eliminar casas decimais f 0
Arquivar a BASE Valor R$ da BASE ENTER
Cálculo Valor R$ da conta % T
Recuperação da BASE R
Para fazer todos os cálculos, utilize apenas a Etapa 2.
Quando for necessário trocar a BASE, volte para a Etapa 1.
ATIVO Ano 1 % Ano 2 %Disponível 230 1 420 1Duplicatas a Receber 10.508 27 13.285 29Estoques 7.848 20 11.015 24Outros Créditos 428 1 587 1CIRCULANTE 19.014 48 25.307 55Depósitos Judiciais 311 1 385 1REALIZÁVEL L. PRAZO 311 1 385 1Investimentos 1.015 3 1.015 2Imobilizado 19.119 48 19.152 42PERMANENTE 20.134 51 20.167 44TOTAL DO ATIVO 39.459 100 45.859 100PASSIVO Ano 1 % Ano 2 %Financiamentos 2.522 6 5.392 12Fornecedores 14.611 37 10.685 23
12
ETAPA 1
ETAPA 2
ANÁLISE VERTICAL EXEMPLO DE CÁLCULO
Contas a Pagar 1.182 3 541 1Salários, Tributos, Contr. 1.025 3 980 2CIRCULANTE 19.340 49 17.598 38Financiamentos 1.535 4 3.223 7EXIGÍVEL LONGO PRAZO 1.535 4 3.223 7Capital 12.000 12.000Lucros Acumulados 6.584 13.038PATRIMÔNIO LÍQUIDO 18.584 47 25.038 55TOTAL DO PASSIVO 39.459 100 45.859 100
Para calcular a Análise Vertical (“AV”) de cada conta do Balanço acima utilizado a
calculadora HP 12 C e a fórmula da pagina anterior, faça o seguinte:
CÁLCULO DA “AV” DO “DISPONÍVEL” (ATIVO CIRCULANTE) – ANO 2
1) Tecle f e 0 para eliminar casas decimais.
2) Introduza o valor R$ 45.859 e tecle ENTER para arquivar a BASE = Total de Ativo.
3) Introduza o valor de R$ 420 (Disponível), tecle %T. Aparecerá no visor 1.
Este resultado : esta conta representa 1% do Total do Ativo.
Continue os cálculos das outras contas. Não é necessário iniciar o processo todo, mas,
seguindo a fórmula, executar somente a etapa 2:
CÁLCULO DA “AV” DE“DUPLICATAS A RECEBER” (ATIVO CIRCULANTE) – ANO 2
1) Tecle R para recuperar a BASE que é R$ 45.859 (Total do Ativo).
2) Introduza o valor de R$ 13.285 (Duplicatas a Receber) e tecle %T. Aparecerá no
viso 29.
Este é o resultado: esta conta representa 29%¨do Total do Ativo.
E assim deve ser feito com todas as contas e todos os Grupos do Ativo. Para calcular a
“AV” das contas do Passivo, Ano 2, é só continuar os cálculos que vinham sendo feitos.
A BASE continua sendo R$ 45.859 (O Total do Passivo é igual ao Total do Ativo) e,
portanto, executa-se só a etapa 2.
CÁLCULO DA “AV” DO “FINANCIAMENTO” (PASSIVO CIRCULANTE) – ANO 2
13
1) Tecle Rpara recuperar a BASE que é R$ 45.859 (Total do Passivo).
2) Introduza o valor de R$ 5.392 (Financiamento) e tecle %T. Aparecerá no visor 12.
Este é o resultado:esta conta representa 12% do total do Passivo.
Não se esqueça que para calcular a “AV” do Ano 1, a BASE é outra, pois o total do
Ativo e Passivo R$ 39.459.
(D.R.E.)
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Ano 1 % Ano 2 %RECEITA BRUTA 65.450 73.460(-) Impostos s/Vendas 12.765 14.692(-) Devoluções 1.687 1.685RECEITA LÍQUIDA 50.998 100 57.083 100Custo de Produtos Vendidos 38.519 76 37.105 65LUCRO BRUTO 12.479 24 19.978 35Despesas Administrativas 4.267 8 7.940 14Despesas com Vendas 3.780 7 5.400 9Despesas Financeiras 221 0 450 1Receitas Financeiras 1.243 2 3.600 6LUCRO OPERACIONAL 5.454 11 9.788 17Rec. (Desp.) Não Operac. 290 1 -420 -1Provisão Imposto de Renda 2.060 4 2.914 5LUCRO LÍQUIDO 3.684 7 6.454 11
14
ANÁLISE VERTICAL EXEMPLO DE CÁLCULO
Para calcular a Análise Vertical (“AV”) da Demonstração de Resultados (DRE) com a
fórmula da HP 12 C da página 10. procede-se da mesma forma que no cálculo do Ativo
e Passivo, mudando apenas a BASE que passa a ser a RECEITA LÍQUIDA. A análise
inicia pela Receita Líquida (vale 100%).
CÁLCULO DA “AV” DE CUSTOS PRODUTOS VENDIDOS – ANO 2
1) Tecle f e 0 para eliminar casas decimais.
2) Introduza o valor R$ 57.083 e tecle ENTER para arquivar a BASE (Receita
Líquida).
3) Introduza o valor de R$ 37.105 (Custo do Produtos Vendidos), tecle %T. Aparecerá
no visor 65. Este resultado : esta conta representa 65% da Receita Líquida.
Para continuar os cálculos das outras contas não é necessário iniciar o processo todo,
mas, seguindo a fórmula, executar somente a etapa 2:
CÁLCULO DA “AV” DE LUCRO BRUTO - ANO 2
1) Tecle R para recuperar a BASE que é R$ 57.083 (Receita Líquida).
2) Introduza o valor de R$ 19.978 (Lucro Bruto) e tecle %T. Aparecerá no viso 35.
Este é o resultado: esta conta representa 35% da Receita Líquida.
CÁLCULO DA “AV” DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS – ANO 2
1) Tecle Rpara recuperar a BASE que é R$ 57.083 (Receita Liquida).
2) Introduza o valor de R$ 7.940 (Despesas Administrativas) e tecle %T. Aparecerá no
visor 14.
Este é o resultado:esta conta representa 14% da Receita Liquida.
E assim deve ser feito com todas as contas da DRE. Para calcular a “AV” do Ano 1, a
BASE é outra, pois a Receita Líquida era R$ 50.998.
As contas que podem ser às vezes Receitas, em outras Despesas, quando se quer indicar
que são Despesas, aparecerão na D.R.E. com o sinal negativo. Neste caso, no resultado
da “AV” mantenha o sinal negativo. Aquelas que só podem ser Despesas aparecerão
sem o sinal negativo, mas estarão sendo deduzidas das receitas.
15ANÁLISE VERTICAL EXEMPLO DE CÁLCULO
ATIVO Ano 1 % Ano 2 %Disponível 230 1 420 1Duplicatas a Receber 10.508 27 13.285 29Estoques 7.848 20 11.015 24Outros Créditos 428 1 587 1CIRCULANTE 19.014 48 25.307 55Depósitos Judiciais 311 1 385 1REALIZÁVEL L. PRAZO 311 1 385 1Investimentos 1.015 3 1.015 2Imobilizado 19.119 48 19.152 42PERMANENTE 20.134 51 20.167 44TOTAL DO ATIVO 39.459 100 45.859 100PASSIVO Ano 1 % Ano 2 %Financiamentos 2.522 6 5.392 12Fornecedores 14.611 37 10.685 23Contas a Pagar 1.182 3 541 1Salários, Tributos, Contr. 1.025 3 980 2CIRCULANTE 19.340 49 17.598 38Financiamentos 1.535 4 3.223 7EXIGÍVEL LONGO PRAZO 1.535 4 3.223 7Capital 12.000 12.000Lucros Acumulados 6.584 13.038PATRIMÔNIO LÍQUIDO 18.584 47 25.038 55TOTAL DO PASSIVO 39.459 100 45.859 100
PASSIVO Fontes de Recursos
DE ONDE VEM OS RECURSOS
Passivo Circulante = 49%
Exigível Longo Prazo = 4%
TOTAL DAS DÍVIDAS = 53% (PC + ELP)
Patrimônio Líquido = 47%
AS MAIORES DÍVIDAS
Fornecedores = 37%
Financiamentos (curto + Longo Prazo) = 10%
16
ANO 1
ATIVO Aplicações de Recursos
ONDE HÁ MAIS RECURSOS APLICADOS
Ativo Permanente = 51%
Ativo Circulante = 48%
PRINCIPAIS CONTAS
Imobilizado = 48%
Duplicatas a Receber = 27%
Estoques = 20%
PASSIVO Fontes de Recursos
DE ONDE VEM OS RECURSOS
Patrimônio Líquido = 55%
Passivo Circulante = 38%
AS MAIORES DÍVIDAS
Fornecedores = 23%
Financiamentos (curto + Longo Prazo) = 19%
PRINCIPAIS MUDANÇAS
Nos Grupos de Contas (Fontes)
Patrimônio Líquido de 47% para 55%
Passivo Circulante de 49% para 38%
Nas Contas
Fornecedores de 37% para 23%
Financiamentos (Curto Prazo) de 6% para 12%
17
ANO 1
ANO 2
ANÁLISE VERTICAL VERIFICAÇÃO DOS RESULTADOS
Financiamentos (Longo Prazo) de 4% para 7%
Total de Financiamentos (Curto + Longo Prazo) de 10% para 19%
ATIVO Aplicações de Recursos
ONDE HÁ MAIS RECURSOS APLICADOS
Ativo Circulante = 55%
Ativo Permanente = 44%
PRINCIPAIS CONTAS
Imobilizado = 42%
Duplicatas a Receber = 29%
Estoques = 24%
PRINCIPAIS MUDANÇAS
Nos Grupos de Contas (Fontes)
Ativo Circulante de 48% para 55%
Ativo Permanente de 51% para 44%
Nas Contas
Imobilizado de 48% para 42%
Estoques de 20% para 24%
Duplicatas a Receber de 27% para 29%
(D.R.E.)
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Ano 1 % Ano 2 %RECEITA BRUTA 65.450 73.460(-) Impostos s/Vendas 12.765 14.692(-) Devoluções 1.687 1.685
18
ANO 2
ANÁLISE VERTICAL VERIFICAÇÃO DOS RESULTADOS
RECEITA LÍQUIDA 50.998 100 57.083 100Custo de Produtos Vendidos 38.519 76 37.105 65LUCRO BRUTO 12.479 24 19.978 35Despesas Administrativas 4.267 8 7.940 14Despesas com Vendas 3.780 7 5.400 9Despesas Financeiras 221 0 450 1Receitas Financeiras 1.243 2 3.600 6LUCRO OPERACIONAL 5.454 11 9.788 17Rec. (Desp.) Não Operac. 290 1 -420 -1Provisão Imposto de Renda 2.060 4 2.914 5LUCRO LÍQUIDO 3.684 7 6.454 11
D.R.E. Receitas e Despesas
RESULTADO DO EXERCÍCIO
Lucro Líquido = 7%
DESPESAS QUE CONSUMIRAM MAIS RECURSOS
Custos de Produtos Vendidos = 65%
Despesas Administrativas = 8%
Despesas com Vendas = 7%
D.R.E. Receitas e Despesas
RESULTADO DO EXERCÍCIO
Lucro Líquido = 11%
DESPESAS QUE CONSUMIRAM MAIS RECURSOS
Custo de Produtos Vendidos = 65%
Despesas Administrativas = 14%
Despesas com Vendas = 9%
AS PRINCIPAIS MUDANÇAS DO ANO
No Resultado
19
ANO 1
ANO 2
Lucro Líquido de 7% para 11%
Lucro Operacional de 11% para 17%
Lucro Bruto de 24% para 35%
Receitas ou Despesas que Contribuíram Para Melhor o Lucro
Custo de Produtos Vendidos de 76% para 65%
Receitas Financeiras Líquidas de 2% para 5%
Despesas que Contribuíram Para Piorar o Lucro
Despesas Administrativas de 8% para 14%
Qualquer empresa analisada terá sua estrutura de capital definida dentro dos seguintes
três modelos:
20
ESTRUTURA DE CAPITAL TIPOS DE ESTRUTURA
BOA RAZOÁVEL RUIM
Recursos próprios financiam todos os ativos de longo prazo e ainda há sobre para financiar o Ativo Circulante.
Recursos de terceiros de longo prazo completam o financiamento de ativos de longo prazo e sobre para financiar o Ativo Circulante
Recursos próprios e de terceiros de longo prazo são insuficientes para financiar os ativos de longo prazo.
Uma das utilidades da análise vertical é a de permitir a montagem da Estrutura de
Capital de qualquer empresa.
Para isto, toma-se os resultados da análise vertical de cada um dos grupos do Ativo e
Passivo colocando-os em dois quadros que indicam Fontes (Passivo) e Aplicações
(Ativo) dos recursos, como os exemplos abaixo baseados no Balanço da página 14.
NO ANO 1:
A 1ª Fonte PL = 47% não financia o AP = 51% Faltam 4%
A 2ª Fonte ELP = 4% financia os 4% que estavam faltando. Não sobra nada.
Não financia o RLP – 1% falta 1%
A 3ª Fonte PC = 49% financia 1% que estava faltando.
É uma Estrutura RUIM, porque os recursos próprios mais os de terceiros de longo
prazo são insuficientes para financiar os ativos de longo prazo.
NO ANO 2:
A 1ª Fonte PL = 55% financia todo o AP = 44% e sobram 11%
Sobram 11% do PL que financiam o RLP = 1% e sobram 10%
21
ESTRUTURA DE CAPITAL Como Montar a Estrutura de Capital
AC = 48
RLP = 1
AP = 51
PC = 49
ELP = 4
PL = 47
AC = 55
RLP = 1
AP = 44
PC = 38
ELP = 7
PL = 55
1
10
Ano 1ATIVO PASSIVO PASSIVO
Ano 2ATIVO PASSIVO PASSIVO
APLICAÇÕES FONTES APLICAÇÕES FONTES
Sobram 10% que ajudam a financiar o AC.
É uma estrutura BOA porque recursos próprios financiam todos os ativos de longo
prazo e ainda há sobra para financiar o Ativo Circulante.
Ano 1: A 1ª Fonte PL = 56%, financia todo o AP = 33% sobram 23%
Sobram 23% do PL que ajudam financiar ao AC.
Ano 2: A 1ª Fonte PL = 40%, financia todo o AP = 36% sobram 4%
Sobram 4% do PL que ajudam financiar o AC.
Nos dois anos a Estrutura é BOA porque os recursos próprios financiam todo o
ativo de longo prazo, entretanto a Estrutura está piorando porque a sobra para
financiar o AC que era de 23% no ano anterior agora é de apenas 4%.
22
ESTRUTURA DE CAPITAL BOA e Piorando
67
33
39
5
56
64
36
55
5
4023
4
Ano 1 Ano 2
APLICAÇÕES FONTES APLICAÇÕES FONTES
ESTRUTURA DE CAPITAL RAZOÁVEL e Piorando RUIM
54
1
45
48
10
42
44
1
55
46
12
42
Ano 1 Ano 2
APLICAÇÕES FONTES APLICAÇÕES FONTES
61
3
1
1
Ano 1: A 1ª Fonte PL = 42%, não financia todo o AP = 45% faltam 3%
A 2ª Fonte ELP = 10%, financiam 3% que faltavam sobram 7%
Sobram 7%, que financiam o RLP = 1% sobram 6%
Sobram 6%, que ajudam financiar o AC.
Estrutura é razoável porque recursos de terceiros de longo prazo completam o
financiamento de ativos de longo prazo e sobra para financiar o Ativo Circulante.
Ano 2: A 1ª Fonte PL = 42%, não financia todo o Ap = 55% faltam 13%
A 2ª Fonte ELP = 12%, não financia 13% que faltavam falta 1%
A 3ª Fonte PC = 46%, financia 1% que faltava sobram 45%
Sobram 45% que financiam todo o RLP = 1%.
É uma Estrutura RUIM porque recursos próprios, mais os de terceiros de longo
prazo são insuficientes para financiar os ativos de longo prazo.
23
ESTRUTURA DE CAPITAL RAZOÁVEL e Melhorando para BOA
44
3
53
42
6
52
45
1
54
35
7
58
Ano 1 Ano 2
APLICAÇÕES FONTES APLICAÇÕES FONTES
23
1
3
Ano 1: A 1ª Fonte PL = 52%, não financia todo o AP = 53% faltam 1%
A 2ª Fonte ELP = 6%, financiam 1% que faltava sobram 5%
Sobram 5%, que financiam o RLP = 3% sobram 2%
Sobram 2%, que ajudam financiar o AC.
Estrutura é razoável porque recursos de terceiros de longo prazo completam o
financiamento de ativos de longo prazo e sobra para financiar o Ativo Circulante.
Ano 2: A 1ª Fonte PL = 58%, não financia todo o Ap = 54% faltam 4%
Sobram 4% que financiam todo o RLP = 1% sobram 3.
Sobram 3% que ajudam financiar o AC.
A estrutura é BOA porque recursos próprios financiam todo o ativo de longo prazo, e
sobra recursos para financiar o Ativo Circulante.
24
ESTRUTURA DE CAPITAL RUIM e Melhorando para RAZOÁVEL
49
3
48
64
6
30
50
2
48
48
7
45
Ano 1 Ano 2
APLICAÇÕES FONTES APLICAÇÕES FONTES
3
12
2
2
3
Ano 1: A 1ª Fonte PL = 30%, não financia todo o AP = 48% faltam 18%
A 2ª Fonte ELP = 6%, financiam 18% que faltava sobram 12%
A 3ª Fonte PC = 64%, financia 12% que faltavam sobram 52%.
Sobram 52%, que financiam o RLP = 3%
É uma Estrutura RUIM porque recursos próprios, mais os de terceiros de longo
prazo são insuficientes para financiar os ativos de longo prazo.
Ano 2: A 1ª Fonte PL = 45%, não financia todo o Ap = 48% faltam 3%
A 2ª Fonte ELP = 7%, financia 3% que faltavam sobram 4%.
Sobram 4% que financiam todo o RLP = 2% sobram 2%.
Sobram 2% que ajudam financiar o AC.
É uma Estrutura RAZOÁVEL porque recursos de terceiros de longo prazo
completam o financiamento de ativos de longo prazo e sobra para financiar o Ativo
Circulante.
ANÁLISE HORIZONTAL
Tem por objeto demonstrar o crescimento ou queda ocorrida em itens que constituem as
demonstrações contábeis em períodos consecutivos. A análise horizontal compara
percentuais ao longo de períodos, ao passo que a análise vertical compara-os dentro de
um período. Esta comparação é feita olhando-se horizontalmente através dos anos nas
demonstrações financeiras e nos indicadores. É importante salientar, neste caso, a
necessidade de que os valores comparados estejam expressos em moeda de poder
aquisitivo constante.
Abaixo apresentamos os balanços patrimoniais e demonstrações do resultado da Empresa Braga, com suas variações ano a ano. Monte a estrutura de capital (gráfica) dos três anos e faça a análise dos índices econômico-financeiros e de rentabilidade (um a um) e comente a evolução da empresa e sua situação atual.
BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA BRAGA S/A
Saldos em: Análise Vertical Análise HorizontalA T I V O 19t5 19t6 19t7 19t5 19t6 19t7 19t6 19t7
CIRCULANTE 1.143.886 1.318.729 1.069.834 75% 74% 67% 15,29% -18,87%Caixa e bancos 44.843 77.118 41.120 3% 4% 3% 71,97% -46,68%Aplicações financeiras 399.672 418.975 224.438 26% 24% 14% 4,83% -46,43%Contas a Receber de Clientes 326.945 464.036 424.654 21% 26% 27% 41,93% -8,49%
25
Prov. P/ Cred. Liq. duvidosa -9.805 -13.918 -12.739 -1% -1% -1% 41,95% -8,47%Estoques de Mercadorias 338.247 320.116 364.556 22% 18% 23% -5,36% 13,88%Créditos diversos 43.984 52.402 27.805 3% 3% 2% 19,14% -46,94%REALIZÁVEL LONGO PRAZO
7 1.602 17.0960,00%0,09%1,07% 22786% 967,17%
Depósitos judiciais 7 1.344 14.918 0,00% 0,08% 0,93% 19100%1009,97%Empréstimos compulsórios 0 258 2.178 0,00% 0,01% 0,14% 258,00% 744,19%PERMANENTE 386.727 460.018 511.663 25% 26% 32% 18,95% 11,23%Investimentos 19.944 19.644 19.278 1% 1% 1% -1,50% -1,86%Imobilizado 341.854 394.578 436.113 22% 22% 27% 15,42% 10,53%Diferido 24.929 45.796 56.272 2% 3% 4% 83,71% 22,88%TOTAL DO ATIVO 1.530.620 1.780.349 1.598.593 100% 100% 100% 16,32% -10,21%
PASSIVO CIRCULANTE 841.840 943.143 749.256 55% 53% 47% 12,03% -20,56%Fornecedores 480.087 471.631 496.678 31% 26% 31% -1,76% 5,31%Empréstimos a pagar 1.763 10.868 2.049 0% 1% 0% 516,45% -81,15%Contas a pagar 30.394 66.206 43.764 2% 4% 3% 117,83% -33,90%Impostos e contribuições 220.017 242.473 130.768 14% 14% 8% 10,21% -46,07%Provisões diversas 37.689 45.446 39.759 2% 3% 2% 20,58% -12,51%Dividendos e participações 71.890 106.519 36.238 5% 6% 2% 48,17% -65,98%PATRIMÔNIO LÍQUIDO 688.780 837.206 849.337 45% 47% 53% 21,55% 1,45%Capital social realizado 314.259 378.265 669.688 21% 21% 42% 20,37% 77,04%Reservas de capital 26.372 25.027 15.162 2% 1% 1% -5,10% -39,42%Reservas de lucros 40.111 17.482 18.830 3% 1% 1% -56,42% 7,71%Lucros acumulados 308.038 416.432 145.657 20% 23% 9% 35,19% -65,02%TOTAL DO PASSIVO + PL 1.530.620 1.780.349 1.598.593 100% 100% 100% 18% -10,21%
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DA EMPRESA BRAGA S/A
Análise Horizontal 19t6 19t7 19t6/t7RECEITA OPERACIONAL BRUTA
3.181.675 2.554.101 -19,72%
Abatimento sobre vendas -622.226 -494.665 -20,50%ICMS -537.653 -434.197 -19,24%Pis e Finsocial -39.955 -37.077 -7,20%Devoluções -44.618 -23.391 -47,57% RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA
2.559.446 2.059.436 -19,54%
Custo das mercadorias vendidas -1.320.659 -1.279.709 -3,10% LUCRO BRUTO 1.238.787 779.727 -37,06%Despesas operacionais -961.281 -677.747 -29,50%Despesas vendas -181.050 -190.493 5,22%Despesas gerais e adm. -703.012 -678.054 -3,55%Honorários da administração -38.351 -39.576 3,19%Ganhos (perdas) com inflação -38.868 230.376 -692,71%
26
LUCRO OPERACIONAL (EFETIVO)
277.506 101.980 -63,25%
Despesas financeiras -17.372 -7.174 -58,70%Receitas financeiras 150.376 -39.137 -126,03%Receitas (despesas) não operacionais
-1.274 7.258 -669,70%
LUCRO ANTES IR 409.236 72.234 -82,35%Provisão p/ IR -187.554 -39.137 -79,13%Participações estatutárias -28.013 -5.500 -80,37% LUCRO LÍQUIDO 193.669 27.597 -85,75%
ALGUNS ASPECTOS DETECTADOS PELAS ANÁLISES HORIZONTAL E
VERTICAL
O analista externo, especialmente um que representa uma instituição emprestadora,
gostará de saber muito claramente por que estes índices estão manifestando certo
desempenho certo desempenho. Algumas perguntas deverão ser respondidas pelo
analista. Por exemplo:
- se há um problema em um único ano, ou um problema de todo o ramo de atividade
- as vendas subiram e a empresa é lucrativa, então por que as margens brutas caíram?
- A empresa está forçada a competir com outras maiores que podem fazer com que
economias de escala possibilitem vendas com margens menores?
A análise horizontal e vertical ajuda a desenvolver estas questões, mas,
desafortunadamente, raramente fornece as respostas.
ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS
A análise financeira utiliza a informação contida nos demonstrativos financeiros ou
contábeis da entidade (o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do
exercício, suplementados pelas demonstrações de fluxo de caixa e outras
demonstrações), as ferramentas primárias para análise financeira são os índices
financeiros.
27
Apresentaremos um conjunto de índices financeiros comumente utilizados, uma
discussão de um modelo integrado para analisar o desempenho financeiro, uma análise
do uso de índices financeiros para predizer falhas corporativas, e uma visão da
evidência empírica no que diz respeito à estabilidade dos padrões dos índices
financeiros através do tempo.
Quando se analisam demonstrações financeiras, a primeira tarefa é determinar que
informação se procura. Há muitas técnicas analíticas que podem revelar informações
sobre uma empresa. Uma vez que o analista financeiro saiba isto, pode-se usar a técnica
correta. Índices financeiros são a ferramenta analítica de um analista. Índices são fáceis
de computar, verificáveis e permitem comparações período a período e da empresa com
outras de seu ramos de atividade.
Os índices são relações que se estabelecem entre duas grandezas, facilitam
sensivelmente o trabalho do analista, uma vez que a apreciação de certas relações ou
porcentuais é mais significativa (relevante) que a observação de montantes por si só.
A análise das demonstrações financeiras dedica-se ao cálculo de índices, de modo a
avaliar o desempenho passado, presente e projetado da empresa, seja comparativamente
com “padrões do ramo”em que atua, seja numa análise de série temporal (comparação
entre o desempenho atual e o desempenho passado da empresa, visando determinar suas
tendências presentes e futuras).
Permitem a interrelação entre várias contas das demonstrações financeiras da empresa,
facilitando que esta seja analisada sob vários ângulos. Destaca-se, no entanto, que para
uma melhor avaliação da empresa, é conveniente que seus indicadores sejam
comparados com os de outras empresas do mesmo setor de atuação (ramo de
atividade), além de relacionados entre si.
ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES
Discutiremos análises que podem ser utilizados para se obter informações das
demonstrações financeiras de uma empresa. Estaremos baseados em índices
financeiros, então discutiremos primeiramente esta forma genérica de análise da
demonstração financeira. Outras análises relacionam-se ao formato ou modelo utilizado
para direcionar a computação e análise de um determinado conjunto de índices
financeiros. Estas análises consistem em análises de demonstrações financeiras
padronizadas e do desempenho da empresa.
28
A mais simples análise de crédito por bancos e empresas, consiste em avaliar a empresa
através de índices ou coeficientes.
Dentre eles, para citar como exemplo, os mais conhecidos são os de liquidez. O estudo
deste índices é feito analisando-se o índice de maneira absoluta, ou seja, a análise do
significado intrínseco do índice ( ou do índice por si só), ou comparando-se sua
evolução nos vários períodos enfocados, ou ainda com outras empresas do mesmo setor.
ANÁLISE DOS COEFICIENTES OPERACIONAIS CHAVES
Para dar significado aos dados nas demonstrações financeiras, o analista deve executar
as análises de coeficientes. Através da medição dos relacionamentos entre dois números
nas demonstrações financeiras, este método financeiro identifica, entre outras coisas, a
líquidez da empresa e adequação do capital de giro. Os principais coeficientes
operacionais avaliam a eficácia operacional das diversas áreas da empresa, tais como
giro do estoque, rentabilidade do patrimônio líquido e outras. Adicionalmente,
analisando as contas a receber convertidas em caixa, os coeficientes operacionais podem
determinar quão bem os fundos fluem para a empresa.
OBJETIVO
Análise de coeficientes realizam os seguintes objetivos:
- mensurar a saúde financeira total do negócio
- endereçar as principais áreas de negócios que afetam a lucratividade da empresa e
sua força de ganhos
- avaliar a posição de liquidez da empresa, bem como a situação do fluxo de caixa
- identificar uma condição de alavancagem da empresa (mix de endividamento de sua
estrutura financeira)
- contribuir para avaliação total do risco creditício – os coeficientes indicam até certo
ponto se a condição financeira de uma empresa a torna um “bom” ou “mau” risco de
crédito.
QUANTIDADE DE ÍNDICES
29
É uma boa estratégia de análise calcular vários coeficientes, mas é importante manter
em mente que somente coeficientes operacionais selecionados testarão adequadamente a
posição financeira de uma empresa. Empiricamente, entre 10 e 15 coeficientes
geralmente são suficientes para revelar a solvência de uma empresa e medir sua
habilidade de honrar seus compromissos financeiros.
TÉCNICAS DE ANÁLISE
A análise por índices financeiros é uma das ferramentas mais utilizadas no mercado
financeiro. Mas uma análise feita somente com índices financeiros é uma análise fraca e
pobre, e certamente poderá conter inúmeras falhas.
Índices financeiros não são suficientes para um julgamento adequado e uma decisão
correta. Índices financeiros aliados à análise vertical já mostram de forma melhor a
situação financeira da empresa.
Os índices financeiros dividem-se em 4 grupos:
ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL
ÍNDICES DE LIQUIDEZ E DE PRAZOS MÉDIO
Os Índices Financeiros poderá ficar iguais ou ter variações, de acordo com a mudança
no valor de qualquer um dos componentes de sua fórmula.
30
ÍNDICES FINANCEIROS CONCEITOS
ÍNDICES FINANCEIROS Exemplos de Variação nos Índice
Se consideramos como exemplo a fórmula acima, poderemos ter as seguintes variações
no índice:
O índice ficará IGUAL
a) Se o Numerador aumentar e a Base aumentar em igual proporção (por exemplo: 10%
para ambos).
b) Se o Numerador diminuir e a Base diminuir em igual proporção (por exemplo: 20%
para ambos).
O índice irá AUMENTAR
a) Se o numerador aumentar (30%) e a Base ficar igual
b) Se o Numerador aumentar (15%) e a Base aumentar (5%)
0,83 200.1
000.1
Base
Numerador
0,83 200.1
000.1
Base
Numerador
31
ÍNDICES FINANCEIROS Exemplos de Variação nos Índice
c) Se o Numerador aumentar (20%) e a Base diminuir (-10%)
d) Se o Numerador ficar igual e a Base diminuir (-50%)
e) Se o Numerador diminuir (-10%) e a Base diminuir (-20%)
O índice irá DIMINUIR
a) Se o Numerador diminuir (-5%) e a Base aumentar (10%)
b) Se o Numerador diminuir (-30%) e a Base ficar igual
c) Se o Numerador diminuir (20%) e a Base diminuir (-5%)
d) Se o Numerador ficar igual e a Base aumentar (10%)
e) Se o Numerador aumentar (20%) e a Base aumentar (50%)
ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE ou RENTABILIDADE
A Análise de Lucratividade tem por finalidade avaliar a empresa em relação às suas
vendas, patrimônio líquido, ativos e ao valor da ação. Como um todo, essas medidas
possibilitam ao gestor financeiro e/ou ao analista, avaliar os lucros da empresa em
32
relação a um determinado nível de vendas, ao investimento dos proprietários, a um
certo nível de ativos ou o valor da ação.
O lucro torna-se, portanto, o principal atrativo aos proprietários, investidores e
tranqüilidade aos credores em geral.
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Retorno sobre Patrimônio Líquido – R.P.L.
Mede o retorno obtido dos investimentos realizados pelos proprietários da empresa ( a
parcela de Ações Preferenciais é muito pequena, portanto mede os retornos de Ações
Ordinárias), ou seja, quanto a empresa obtém de lucro para cada R$1,00 de capital
próprio investido.
Mostra a lucratividade de uma empresa através da taxa de retorno obtida de recursos
constituídos pelos acionistas. Quanto mais alta a taxa, melhor para os proprietários.
R.P.L. = Lucro Líquido após IR Patrimônio Líquido
Quando há lucro, este índice mede quanto o lucro contribui para o aumento dos
recursos próprios.
Quando há prejuízo, ele mede quanto a empresa perde de seus recursos próprios por
causa do prejuízo.
O fato da empresa aumentar ou diminuir o seu Patrimônio Líquido não significa que
estes recursos estão entrando ou saindo do “caixa”. Significa que os recursos próprios
que financiam os ativos (onde o “caixa” é apenas um deles) estão maiores, no caso de
lucro, ou estão menores, no caso de prejuízo.
33
Arredonde os resultados.Não use casas decimais
Como o Patrimônio Líquido é uma das principais fontes de recursos, é claro que quanto
maior for o índice de retorno do PL, maior é a contribuição do lucro para aumentar esta
fonte e aumentar o nível de capitalização da empresa.
Prejuízos constantes ou muito elevados corroem os recursos próprios e enfraquecem a
estrutura de capital da empresa. Por outro lado, os prejuízos devem ser pagos e, assim, a
empresa tem de desfazer-se de ativos ou então aumentar suas fontes junto a terceiros,
ampliando suas dívidas.
Rentabilidade do Ativo
Quando há lucro, este índice mede quanto o lucro contribui para financiar o Ativo.
Quanto maior esta contribuição, menor será a necessidade de buscar outras fontes, tais
como recursos de terceiros ou de sócios.
Quando há prejuízo, ele mede quanto a empresa perde de seus ativos para poder
cobrir os prejuízos. Quanto maior for o prejuízo, maior o volume de ativos que a
empresa necessita para cobri-los. Caso a empresa não queira ou não possa se desfazer
de ativos, certamente ela terá de buscar recursos de terceiros ou de sócios para poder
cobrir seus prejuízos.
Margem Bruta - MgB
Mede a eficiência de uma empresa na administração de materiais e mão de obra na produção (o que resta da venda dos produtos após ter pago os custos), ou seja, mede a porcentagem de cada unidade monetária de venda que restou , após a empresa ter pago seus produtos. Quanto maior, melhor.
MgB = Lucro Bruto (R.L.V. – C.P.V.) Receita Líquida de Vendas
34
Arredonde os resultados.
Não use casas decimais.
Margem Operacional - MgO
Mostra a taxa de retorno sobre as vendas líquidas de uma empresa, considerando apenas
os lucros auferidos pela empresa em suas operações, ou seja, mede o lucro puro obtido
em cada unidade monetária de venda. O lucro operacional é puro no sentido de que
ignora quaisquer despesas financeiras ou obrigações governamentais (juros ou IR).
Quanto maior, melhor.
MgO = Lucro Operacional Receita Líquida de Vendas
Margem Líquida - MgL
Mede a porcentagem de cada unidade monetária de venda que restou após a dedução de
todas as despesas, inclusive IR, sendo muito utilizada para indicação do sucesso de uma
empresa em termos de lucratividade sobre vendas, ou seja, é o percentual relativo de
cada unidade monetária de venda após todas as despesas, inclusive o imposto de renda,
valora o quanto a empresa obtém de lucro para cada R$1,00 vendido.
Importante salientar que uma média de resultado obtido em um determinado seguimento
de atividade pode não representar bom resultado em outro. Quanto maior, melhor.
MgL = Lucro Líquido após I.R. Receita Líquida de Vendas Retorno sobre o Investimento - R.S.I.( ou Retorno sobre o Ativo Total - R.O.A.)
Mede a rentabilidade das operações básicas da empresa - geração de lucros -, dada a
utilização dos ativos disponíveis totais, ou seja, quanto a empresa obtém de lucro para
cada R$1,00 de investimento total.
Mostra a taxa de retorno sobre todos os recursos utilizados, com a finalidade de medir
os lucros sobre todos os investimentos feitos por terceiros e pelos proprietários,
avaliando a eficiência global da administração na geração de lucros com seus ativos
totais disponíveis. Quanto maior, melhor.
R.S.I. = Lucro Líquido após IR Ativo Total Médio
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Retorno sobre o Ativo Operacional – R.A.O.
Mede a rentabilidade das operações básicas da empresa em face dos recursos aplicados nestas operações. Em caso de empresa industrial ou comercial, é recomendado a exclusão de ativos não operacionais ( aplicações financeiras, os imobilizados técnicos não utilizados nas operações normais – terreno não utilizado, e os imobilizados financeiros não essenciais às atividades fins da empresa – investimentos em áreas de incentivo fiscal) e, a inclusão de valores essenciais à normalidade das operações ( investimento realizado em empresa coligada ou subsidiária)
R.A.O. = Lucro Operacional Ativo Operacional Líquido Médio
Lucro por Ação – L.P.A.
Representa o valor auferido sobre cada ação ordinária emitida
L.P.A. = Lucro Líquido Após o I.R. Número Total de Ações Ordinárias
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
A situação de endividamento de uma empresa indica o montante de recursos de
terceiros que está sendo utilizado , na tentativa de gerar lucros.
O grau de endividamento medo o montante de dívida em relação a outras grandezas
significativas do balanço patrimonial.
Índice de Endividamento Geral – IEG ou Endividamento Total
Mede a proporção entre recursos de terceiros (dívidas) e recursos próprios.
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Arredonde os resultados.Não use casas decimais.
Este índice trabalha com todo o Passivo. Quanto maior o volume de recursos de
terceiros, maior é a dependência. Esta dependência vai definir o nível de riscos. Se os
recursos de terceiros são naturais ou operacionais, o risco é mais leve. Se os recursos de
terceiros são onerosos ou não operacionais, os riscos são mais elevados. Quando o
índice for alto, os recursos próprios são insuficientes para atender as necessidades da
empresa e ela passa a depender excessivamente de recursos de terceiros.
Cuidado Quando este índice for igual a 100% significa que 50% dos recursos são de
terceiros e 50% são recursos próprios. Este é o ponto de equilíbrio do índice. Acima de
100%, a empresa depende mais de recursos de terceiros e abaixo de 100% a empresa
tem mais recursos próprios do que de terceiros.
Exemplo:
Mede a proporção do ativo total da empresa que é financiado por capital total de terceiros, quanto menor, melhor. É assim calculado.
IEG = Exigível Total (capital de terceiros) x 100 Ativo Total
Endividamento a Curto Prazo
Mede quanto a empresa tem de recursos de terceiros de curto prazo em relação aos
recursos próprios.
37
$ 125
$ 25
$ 150
PC
ELP
PL
O índice é 100%. A empresa usa $ 150 de recursos de terceiros $ 150 de recursos próprios, isto é, 50% de cada uma das FONTES. O total das fontes é de $ 300.
Fontes
Arredonde os resultados.Não use casas decimais.
Atualmente as dividas das empresas concentram-se mais no curto prazo, uma vez que
as fontes de recursos de longo prazo são poucas e escassas. Conseqüentemente, este
índice tenderá a ser bastante igual ao de endividamento total. Se não o for, a empresa
tem volumes importantes de dívidas de longo prazo.
Endividamento Financeiro Total
Mede quanto a empresa utiliza de recursos bancários (curto e longo prazo) em
relação ao que ela tem de recursos próprios.
É um dos índices mais importantes para os Bancos, pois mostra quanto a empresa
depende de empréstimos e outras formas de financiamentos bancários. Deve-se olhar
também o volume de despesas financeiras para avaliar o custo destes recursos.
Normalmente, as empresas buscam recursos para suprir suas necessidades de caixa (seja
para pagar despesas ou cobrir prejuízos, seja para suprir sua necessidade de capital de
giro ou imobilização). As instituições financeiras são o caminho para isto, uma vez que
as demais fontes de recursos de terceiros não as suprem de dinheiro (fornecedores
cedem matérias-primas e mercadorias, contas a pagar representam insumos, salários e
encargos são recursos humanos). Portanto, dinheiro mesmo vem de Bancos. Daí, a
importância de avaliar cuidadosamente este índice.
Endividamento Financeiro a Curto Prazo
Este índice é complemento do Endividamento Financeiro.
Ele mede quanto a empresa usa de empréstimos bancários de curto prazo em
relação ao que ela tem de recursos próprios.
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As fontes de financiamento bancários tendem a se concentrar mais no curto prazo. São
poucas as alternativas de recursos bancários de longo prazo, sobretudo pela incerteza e
instabilidade das políticas de Governo. Desta forma, este índice tende a ser igual ao
índice de endividamento financeiro que mede curto e longo prazo. Quando houver
muito diferença entre os dois índices é sinal de que a empresa tem financiamentos de
longo prazo em volumes relevantes.
Índice de Participação de capital Total de Terceiros – IPCT
Mede quanto o capital total de terceiros representa do capital próprio, quanto menor, melhor. É assim calculado.
IPCT = Passivo Circulante + Exigível de L.P. x 100 Patrimônio Líquido
Índice de Composição do Endividamento de Curto Prazo – ICECPMede o quanto de capital de terceiros de C.P. é utilizado pela empresa, em relação às obrigações totais, quanto menor, melhor. É assim calculado.
ICECP = Passivo Circulante x 100 Passivo Circulante + Exigível de L.P.
ÍNDICE DE ESTRUTURA DE CAPITAL
Imobilização do PL ou Imobilização dos Recursos Próprios
Mede quanto a empresa utiliza de recursos próprios (PL) para financiar todo o seu
Ativo Permanente.
Quando o índice for menor que 100% significa que a empresa consegue financiar todo o
seu Ativo Permanente e ainda há sobras de recursos próprios para financiar o Realizável
de Longo Prazo e/ou o Capital de Giro.
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Quando o índice for maior que 100% significa que a empresa não consegue financiar
todo o Ativo Permanente com seus recursos próprios. Depende, portanto, de recursos de
terceiros para financiar parte de seu Permanente. Neste caso, é importante avaliar
quanto ela usa de recursos de terceiros para esta finalidade.
Sempre que este índice for maior que 100% já é um indicador de que a estrutura de
capital da empresa não é boa. O mínimo esperado dos sócios é que eles supram pelo
menos a necessidade de imobilização da empresa. Se não o fazem, há já um sinal de
risco. Neste caso é importante avaliar se há outras fontes de longo prazo atendendo a
esta necessidade. Se houver, os riscos são menores, pois muitos projetos e planos de
expansão costumam ser financiados por recursos de longo prazo. Se não houver, o risco
é alto, pois a estrutura de capital da empresa é ruim ou péssima.
Capital de Giro Próprio
Quando positivo, este índice mede quanto do Capital de Giro é financiado por
recursos próprios. Neste caso, quanto mais alto for o índice, melhor.
Quando negativo, ele mostra que a empresa não tem sobra de recursos próprios para
financiar nenhuma parte do Capital de Giro. Neste caso, todo o Ativo Circulante é
financiado por capitais de terceiros.
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Não use casas decimais.
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O ideal é que os recursos próprios financiem todos os ativos de longo prazo
(permanente e realizável) e ainda houvesse sobras para financiar parte da necessidade de
Capital de Giro. No caso do índice de imobilização do PL maior que 100%, a empresa
depende totalmente de terceiros para suprir seu capital de giro, pois seus recursos
próprios sequer atendem à imobilização.
Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido – IIPL
Mede a quantidade relativa de capital próprio que foi destinado ao ativo permanente, quanto menor, melhor. É assim calculado.
IIPL = Ativo Permanente x 100 Patrimônio Líquido
Índice de Imobilização dos Recursos Permanentes – IIRP
Mede a quantidade relativa de recursos não correntes ou permanentes que foi utilizado no ativo permanente, quanto menor, melhor. É assim calculado.
IIRP = Ativo Permanente x 100 Exigível de L.P. + Patrimônio Líquido
Índices Relativos a Liquidez
Servem para medir a capacidade de uma empresa em honrar seus compromissos.
Como o principal interesse dos credores, a curto prazo, é ser pagos prontamente os
compromissos, a análise que se faz das demonstrações financeiras localiza, em primeiro
lugar , as relações existentes entre o ativo circulante e o passivo circulante, além da
rapidez com que os valores a receber e o estoque se convertem em caixa, no
desenvolvimento normal da atividades. Os principais índices de liquidez se dividem
em dois grupos, e quanto maiores, melhores :
Índices que expressam a relação existente entre o ativo circulante e o passivo
circulante;
Índices que medem a rapidez com que um item do ativo se transforma em caixa.
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Índice de Liquidez Corrente – ILC ou LC
É o primeiro e mais comum, e de grande utilização para medir a relação existente entre
o ativo circulante o passivo circulante, e mede a capacidade da empresa em saldar os
compromissos financeiros e dívidas de curto prazo, sendo calculado mediante a seguinte
fórmula :
ILC = Ativo Circulante
Passivo Circulante
Esta é a forma mais elementar de se medir a capacidade de uma empresa em saldar seus
débitos. Entende-se que uma empresa para apresentar liquidez deve ter mais ativo do
que passivo circulante. Um ILC inferior a “1,00” indica que a empresa pode sofrer
dificuldades no pagamento de seus compromissos e, por outro lado, um índice muito
superior a “1,00” indica a utilização não econômica de seus fundos.
A pergunta, então, é : qual o índice ideal ?
Esta é a primeira pergunta que o gestor financeiro deve fazer quando da definição de
sua política de capital de giro. Como ? Um bom início é se analisar os números dos
concorrentes e verificar item por item qual a real necessidade daquele valor.
Índice de Liquidez Seco – ILS ou LS
Muitas empresas se utilizam deste índice por considerar as vezes o estoque como item
não líquido. Ao considerarmos uma empresa com um ativo circulante superior a seu
passivo circulante como líquida, estamos assumindo que o estoque é vendável. Muitas
vezes ao analisarmos em detalhes o estoque percebemos que o mesmo inclui itens de
reduzido giro, ou seja, o estoque não é liquido em determinado momento.
Assim, o ILS exclui o estoque da análise, e mede a margem de segurança disponível
(capacidade de pagamento) para que a empresa satisfaça as dívidas de curto prazo na
hipótese extrema de não vender nada de seu estoque, e é calculado dividindo-se o ativo
circulante menos estoque pelo passivo circulante, conforme segue :
ILS = Ativo Circulante - Estoques
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Passivo Circulante
Índice de Liquidez Imediata – ILI ou LI
O ILI considera o contas a receber também não líquido, pois muitas vezes estas contas
são incobráveis, assim, este índice mede a capacidade da empresa em honrar com os
compromissos financeiros com o dinheiro que a empresa possui ou pode prontamente
transformar em dinheiro, e é calculado mediante a seguinte fórmula :
ILI = Ativo Disponível Passivo Circulante
Índice de Liquidez Geral (Mediato) – ILG ou LG
Muitas vezes a empresa pode apresentar um equilíbrio econômico a curto prazo, porém
a longo prazo sua situação pode estar bastante precária. O ILG compara o ativo
circulante, mais o realizável, com o exigível total da empresa, e mede a capacidade da
empresa em saldar os compromissos financeiros e dívida de curto e longo prazo, e pode
ser assim calculado:
ILG = Ativo Circulante + Realizável L.Prazo Passivo Circulante + Exigível L.Prazo
ANÁLISE QUALITATIVA DE LIQUIDEZ
A análise de liquidez é um dos pontos mais sensíveis da análise financeira.
Por pior que esteja a situação financeira de uma empresa, ela ainda se manterá enquanto
tiver capacidade de pagar suas dívidas.
Por esta razão, a análise de liquidez com base apenas nos índices é uma análise pobre
e que contém falhas e precisa ser complementada.
Uma das formas para avaliar um pouco melhor a qualidade dos ativos e a capacidade de
pagamento das dívidas é fazer uma análise qualitativa de liquidez.
Comece ordenando, em ordem decrescente de liquidez, os principais ativos (usados para
pagamento), e depois, ordenando as principais dívidas (que serão pagas) pela ordem de
prazos ou prioridades de pagamento.
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Liquidez dos Ativos
1º) Caixa/Bancos + Aplicações Financeiras
Ativo de alta liquidez recursos à disposição e para uso imediato.
2º) Duplicatas a Receber
Ativos de boa liquidez dependem do pagamento dos clientes, recursos que
podem ser antecipados para uso imediato através de desconto das duplicatas ou
caução (empréstimo para capital de giro).
3º) Estoques
Ativos que dependem da produção (matéria-prima) ou venda a clientes
Vendas à vista boa liquidez
Venda a prazo transformam-se em duplicatas
Prazos de pagamentos das dívidas
1º) Salários + Impostos + Contribuições Sociais prazos curtos (até 10 dias)
2º) Empréstimos Bancários supor que são garantidos por caução
3º) Fornecedores + Contas a Pagar e outras prazos até 60 dias.
Forma da análise qualitativa
Disponível (+)
Salários + Impostos + Encargos Sociais
Sub- TotalDuplicatas a Receber
(-)
A
(+)
Empréstimos Bancários
Sub-TotalDemais dívidas (fornecedores, etc.)
(-)
B
(-)
Sub - Total C
Se “C” for positivo (+), a liquidez da empresa é muito boa e não depende da venda de
estoques para pagar as dívidas existentes.
44
Se “C” for negativo (-),
1º) Transforme o valor em (+)
2º) Divida “+C” pelo valor do estoque e multiplique pelo prazo médio de estocagem.
O resultado obtido é “tempo de venda dos estoques” necessário para que a empresa
pague as dívidas existentes. Verifique se este tempo está adequado com o prazo das
dívidas que devem ser pagas pelo estoque (fornecedores, contas a pagar ou outras).
Se “B” for negativo, cuidado. A empresa dá sinais de que não tem duplicatas para
pagar suas dívidas bancárias (ou duplicatas suficientes para dar uma caução). Esta
situação representa risco de liquidez ou uma situação de liquidez apertada. Só não será
risco se a empresa faz vendas a vista em valor suficiente para cobrir o valor de “B
NEGATIVO”.
ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOSConceitos
Enquanto os índices de liquidez mostram volumes de recursos, os índices de prazos
médios mostram os prazo com que a empresa realiza seus ativos e os prazos que ela
tem para pagar suas dívidas.
Prazo Médio de Estocagem
No caso de indústrias, mede o tempo que a empresa mantém consigo os estoques,
desde o momento da compra da matéria-prima até o momento da venda do produto
acabado, passando por todo o processo de fabricação.
No caso de comércio, é o tempo entre a compra da mercadoria e a data da venda.
O resultado é número de dias, isto é, quantos dias a empresa demora para produzir e
vender todo o volume de estoques.
(#) Média dos Estoques = somas dos 2 anos dividia por 2
45
x 365 dias
Arredonde os resultados.Não use casas decimais.
É calculada a média dos estoques do inicio e do fim do ano para evitar distorções no
valor dos estoques (causados pela inflação ou por flutuações no montante dos estoques
entre o inicio e o fim do ano).
Como estoques, após serem vendidos, são registrados como Custos dos Produtos
Vendidos, compara-se na fórmula a relação entre estoques existentes (Estoques médios)
com os estoques já vendidos (Custos dos Produtos Vendidos).
Prazo Médio de Estocagem = 42 dias
8 dias 23 dias 11 dias
Compr. De Mat. Prima Período de fabricação Produto Acabado Venda
Custos dos produtos Vendidos
Com o processo de produção é um ciclo, o prazo médio de 42 dias (como no exemplo
acima) não significa que a empresa irá vender seus estoques somente após 42 dias. Na
verdade, seus estoques são vendidos todos os dias. O índice mede apenas o tempo
médio que os estoques permanecem dentro das instalações da empresa.
Vários fatores podem contribuir para que uma empresa tenha prazos médios de
estocagem elevador:
a) excesso de compra de matérias-primas; b) ineficiência no processo de produção; c)
dificuldades de venda ou mercado em crise; d) produção maior que o volume de vendas;
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e) produto que exige longo tempo de produção (navios, máquinas de grande porte, por
exemplo).
Prazo Médio de Cobrança
(#) Média das Duplicatas a Receber = somas dos 2 anos dividida por 2
A empresa não recebe todas as duplicatas no mesmo dia. Ela recebe duplicatas todos os
dias ou todas as semanas. O índice vai mostrar o tempo médio que ela demora para
receber todas as duplicatas existentes, incluindo eventuais atrasos.
Prazo Médio de Cobrança = 35 dias
Ciclo Operacional
É o resultado de
47
Arredonde os resultados.Não use casas decimais.
35 dias
Venda Recebimento
Caixa
+ Prazo Médio de Estocagem+ Prazo Médio de Cobrança
Ciclo Operacional é aquele compreendido entre saída do dinheiro para pagamento ao
fornecedor e o recebimento das vendas, com retorno do dinheiro ao caixa.
Observa-se portanto, que tal ciclo operacional compreende o prazo médio de estocagem
(produção/compra/armazenagem) e o prazo médio da cobrança (comercialização).
Uma empresa industrial, por exemplo, investe dinheiro na aquisição de matéria-prima,
converte esta matéria prima em produtos acabados e os vende, recebendo dinheiro. O
ciclo operacional descreve as transações básicas, corriqueiras ou diárias da empresa.
Cada empresa tem um certo ciclo operacional peculiar, consoante a própria natureza do
seu negócio e a prática daquele mercado específicos. Um prazo médio de estocagem de
um supermercado não pode ser comparado com ode uma empresa de construção aval.
Etapas do Ciclo Operacional
Ainda tomando como exemplo uma empresa industrial, existem basicamente 5 etapas
no ciclo operacional:
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Prazo Médio de Estocagem42 dias
Prazo Médio de Cobrança35 dias
Compra de Mat. Prima
Período de produção ProdutoAcabado
Venda
77 dias CICLO OPERACIONAL – 77 dias
CAIXA
I
II
III
IV
V
“Matérias Primas” são adquiridas e contraídas dividas com “Fornecedores”.
“Produtos em Elaboração”; valor é acrescido às matérias primas; são geradas “Despesas Operacionais”
“Produtos Acabados” completam-se os produtos; são geradas mais “Despesas Provisionadas”
“Produtos Acabados” são vendidos; são geradas “Despesas Administrativas, de Vendas Tributárias”, são geradas “Duplicatas a Receber”
“Duplicatas a Receber” são cobradas
Nota-se neste ciclo a ausência de financiamentos bancários e despesas financeiras. Com
efeito, esta fonte alternativa de recursos para empresa e o seu correspondente custo, não
fazem parte do processo, em seu mais estrito. Poderíamos dizer que a empresa se
justifica para produzir os bens a que se predispôs e não a de tomar empréstimos e pagar
juros!
Velocidade do Ciclo Operacional
Ciclo Operacional Rápido
Neste tipo de ciclo há um alto valor de estoques de produtos acabados no ativo
circulante da empresa de forma contínua (assegurando a possibilidade de contínuo
atendimento da demanda de mercado) e o valor adicionado aos produtos é bem
reduzido. Tal perfil implica abaixo preço unitário dos produtos (em termos relativos). É
o caso dos supermercados e empresas exportadoras, entre outros.
Uma companhia com ciclo operacional rápido irá requerer mais empréstimos, de curto
prazo, via de regra associados á aquisição de estoques.
Ciclo Operacional Lento
Neste tipo a empresa necessita de um substancial valor de ativos fixos. O valor
adicionado ás matérias primas é bastante ponderável e deve existir abundância de
estoque de matérias primas e de produtos em elaboração de forma contínua
(assegurando a continuidade ininterrupta do ciclo de produção). Os preços unitários
neste tipo de ciclo devem ser caracteristicamente elevados (em termos relativos). Como
exemplos, temos a indústria de alta tecnologia: aviões, computadores, bens de capital,
etc...
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A companhia com ciclo operacional lento irá requerer mais capital próprio além de uma
ponderável parcela de empréstimos, de preferência de longo prazo.
O ciclo operacional lento apresenta maior risco aos emprestadores, uma vez que existirá
mais tempo envolvido no processo produtivo, e conseqüentemente, momentos
potenciais em que tal processo poderá ser interrompido. Este risco está intimamente
relacionado aos riscos de negócios.
Prazo Médio de Pagamentos
Este é um índice muito genérico. Ele mede o prazo de pagamento das principais dívidas
operacionais. Como estas dividas têm prazos diferenciados, a mistura deles conduz a
um resultado de pouca utilidade (a análise qualitativa é melhor).
Salários e Encargos Sociais e Impostos têm prazos muito curto para pagamento. Em
média, entre 5 a 10 dias após o encerramento do mês. Fornecedores têm prazos
variáveis que podem chegar a 60 dias. E Contas a Pagar têm prazos de até 30 dias.
Média de Fornecedores + Salários e Enc. Sociais a pagar +
Impostos a Pagar + Contas a Pagar = Soma de 2anos dividida por 2.
Mede em quantos dias, em média, as principais dividas operacionais são pagas.
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Compras a Prazo
Pagto. A Fornecedores e Contas a Pagar
Despesas com Pessoal
Despesas com vendas e impostos
Pagto. Salários e Contrib. Sociais
Pagto. de Impostos e Despesas
30 dias
5 dias
10 a 20 dias
Ciclo Financeiro
É o resultado de
O ciclo financeiro mostra quanto tempo a empresa demora entre a compra da matéria-
prima (ou mercadoria, no caso de comércio), a venda do produto e o recebimento da
duplicata. Esta primeira parte mostra, então, quanto tempo a empresa demora para
receberem R$ os seus ativos (estoques + duplicatas).
Deste total, diminui-se o tempo que ela tem para pagar suas principais dividas
operacionais, ou seja, quando ela faz o desembolso de R$, a diferença é o ciclo
financeiro.
O principal defeito do ciclo financeiro e que ele mede apenas os prazos e não mede os
volumes em R$ que são recebidos ou pagos.
Se positivo mostra que empresa precisa de recursos para financiar por algum tempo
seus ativos operacionais.
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+ Prazo Médio de Estocagem+ Prazo Médio de Cobrança- Prazo Médio de Pagamento
Prazo Médio de Estocagem
42 dias
Prazo Médio de Cobrança
Compra de Mat. Prima
Período de produção Produto Acabado
Venda
77 dias
54 diasNecessidade de recursos
Financiada por recursos própriosOu recursos bancários
23 diasPrazo Médio de pagamentos
CICLO FINANCEIRO
Se negativo mostra que a empresa consegue financiar seus ativos operacionais com
recursos (fontes) operacionais de terceiros, resultantes dos prazos normais de sua
atividade.
Índices Relativos a Atividade
Giro de Estoque
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Prazo Médio de Estocagem12 dias
Prazo Médio de Cobrança15 dias
Compra de Mercadoria
Venda
27 dias
45 diasPrazo Médio de Pagamentos
DIASRecursos são recebidos antes do pagamento das
dívidas operacionais
CICLO FINANCEIRO
O objetivo deste índice é medir o tempo em que o estoque se transforma em caixa. Este
índice é obtido pela divisão do custo das mercadorias vendidas pelo estoque. Procura-se
mostrar o número de vezes que o estoque foi vendido e reposto durante o período e,
quanto menos dias, melhor, é assim calculado:
GE = C.P.V Estoque
Muitas vezes é difícil se obter dados do C.P.V. Nestas situações o analista deve utilizar
a experiência de cada empresa, e considerar o C.P.V. como sendo um percentual das
vendas (geralmente oscila 70% e 80%). O mesmo pode ser feito, com relação a vendas
para a determinação do giro do contas a receber. É melhor se estimar
aproximadamente do que não analisar o item.
Os ciclos da empresas são assim visualizados:
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Ciclo Operacional
Ciclo Econômico
Ciclo Financeiro
Ciclo de Produção f
Custo dos Produção Concluída Vendas materiais (Custo de Produção) CPV consumidos Epe Epa Emp
.Folha de pagamento da produção .Custo dos produtos vendidos (Custo de Mão Obra Direta – M.O.D.) . Impostos sobre vendas .Outras contas a pagar . Despesas administrativas, (Custo indireto de fabricação – CIF) comerciais e outras.
EVENTOS: CICLOS:a) Compra dos materiais de produção Operacional = (a-f), desde a compra de M.P./insumos atéb) Pagamento aos fornecedores o recebimento das vendas. c) Início da produção Econômico = (a-e), desde a compra de M.P./insumos até d)Término da produção as vendas.e)Venda dos produtos Financeiro = (b-f), desde o pagamento ao fornecedor até f) Cobrança das duplicatas o recebimento das vendas Produção = (c-d), desde o início do processo produtivo término da produção
CAIXADuplicatas a receber de clientes
Produtosacabados
Produtos em processo
Estoque de M.P.
Compra de M.P.Fornecedores
Giro do Ativo Total - GA
Indica a eficiência com a qual a empresa usa todos os seus ativos para gerar vendas. Geralmente, quanto maior o giro do ativo total da empresa, mais eficientemente seus ativos foram utilizados. O resultado indica quantas vezes por ano a empresa gira seus ativos, e é indicado através da seguinte fórmula :
GAT = Receita Operacional Líquida Ativos Médios Totais
Percentual de Resultado
A demonstração da composição percentual do resultado é expressa como uma porcentagem das vendas, permitindo uma fácil avaliação de receitas e despesas específicas , através de sua comparação com as vendas, sendo também muito útil na comparação do desempenho de uma empresa de um ano para outro.
Exemplo :
Dados para períodos encerrados em 31 de dezembro.
DISCRIMINAÇÃO 1997 1998 AVALIAÇÃOReceita Líquida de Vendas 100,0 % 100,0% Igual(-) C.P.V. 66,7% 67,9% PiorMargem Bruta 33,3% 32,1% Pior(-) Despesas Operacionais 21,5% 18,5% Melhor Vendas 4,2% 3,3% Melhor Administrativas 7,3% 6,3% Melhor Leasing 1,3% 1,1% Melhor Depreciação 8,7% 7,8% MelhorMargem Operacional 11,8% 13,6% Pior(-) Despesas Financeiras 3,5% 3,0% MelhorLucro Líquido Antes do I.R. 8,3% 10,6% MelhorProvisão para o I.R. 2,5% 3,1% PiorMargem Líquida 5,8% 7,5% Melhor
3.3 INTERPRETAÇÃO DOS ÍNDICES FINANCEIROS
Índices financeiros fornecem ao analista uma ferramenta muito útil para recolher informações das
demonstrações financeiras de uma empresa. O índice ou índices selecionados (s) para uso pelo analista
dependem da razão pela qual se faz a análise. Por exemplo, um funcionário da área de empréstimos
comerciais analisando uma solicitação de empréstimo estaria interessado em determinar a habilidade do
requerente em pagar o empréstimo quando devido. Neste caso, o analista estaria preocupado com o nível
de fluxo de caixa da empresa em relação ao seus níveis propostos e existentes de pagamentos do
principal e dos juros. Há um número quase ilimitado de índices financeiros concebíveis que podem ser
projetados. Para dar uma ordem a nossa discussão deste índices, geralmente são classificados em
categorias, conforme façam referência e liquidez, eficiência, alavancagem, lucratividade, etc.
Neste ponto deveríamos comentar como os índices financeiros deveriam ser utilizados numa análise
financeira. Como mencionamos anteriormente, índices são simplesmente ferramentas para se juntar
informação. Eles podem oferecer informação num senso absoluto, como no caso do Índice de Liquidez
Seca onde o índice igual a 1 indica solvência. Adicionalmente, índices podem ser analisados num senso
relativo através da comparação com os índices da mesma empresa em outros exercícios, ou ainda através
da comparação dos índices da empresa em análise com padrões do ramo, ou índices “alvo”. Esses
“índices –alvo” podem ser determinados a partir de um exame de índices similares de outras empresas ou
pelo exame do mesmo índice para a empresa em análise, mas em um período anterior. Um dado
importante para análise dos índices são os índices ou coeficientes-padrões médios das outras empresas do
mesmo ramo de atividade.