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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CURSO DE GRADUAO EM CINCIAS DA ADMINISTRAO
LEANDRO MEINTANIS BAPTISTA
PLANO DE VIABILIDADE FINANCEIRA E MERCADOLGICA PARA IMPLANTAO DE UM RESTAURANTE DE GASTRONOMIA GREGA EM
FLORIANPOLIS-SC
FLORIANPOLIS 2009
2
LEANDRO MEINTANIS BAPTISTA
PLANO DE VIABILIDADE FINANCEIRA E MERCADOLGICA PARA IMPLANTAO DE UM RESTAURANTE DE GASTRONOMIA GREGA EM
FLORIANPOLIS-SC
Trabalho de concluso de estgio apresentado disciplina Estgio Supervisionado CAD 5236, como requisito parcial para a obteno do grau de Bacharel em Administrao da Universidade Federal de Santa Catarina.
Professor Orientador: Esperidio Amin Helou Filho
FLORIANPOLIS
2009
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LEANDRO MEINTANIS BAPTISTA
PLANO DE VIABILIDADE FINANCEIRA E MERCADOLGICA PARA IMPLANTAO DE UM RESTAURANTE DE GASTRONOMIA GREGA EM
FLORIANPOLIS-SC
Este trabalho de Concluso de Estgio foi julgado adequado e aprovado em sua
forma final pela Coordenadoria de Estgios do Departamento de Cincias da
Administrao da Universidade Federal de Santa Catarina, em...
Prof. Dr. Rudimar Antunes da Rocha
Coordenador de Estagio
Apresentada Banca Examinadora integrada pelos professores:
Prof. Esperidio Amin Helou Filho
Orientador
Prof. Aniele Fischer Brand
Membro
Prof. Raimundo Nonato de Oliveira Lima
Membro
4
minha famlia, que sempre me proporcionou a oportunidade de realizar sonhos.
5
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Luiz Aurlio Baptista e Spiridoula Meintanis Baptista, e
minha irm, Juliana Meintanis Baptista, por estarem sempre ao meu lado e por
doarem incansavelmente o amor dirio. Por terem sido os maiores responsveis por
minha capacidade de realizar sonhos.
Francielle Neves Thives, que, sem esforos, tem a capacidade de me
transformar em algum melhor, e que arranca sorrisos at nos momentos mais
difceis. Por conselhos, conforto e palavras de carinho.
Ao amigo, companheiro e scio Guilherme Reitz. Por me ajudar a crescer e
por despertar em mim, cada vez mais, o esprito empreendedor.
A todos os professores do curso, por terem sido magnficos em sua atividade
e pela humildade com que passam o conhecimento. Em especial ao professor
Esperidio Amin Helou Filho, de quem tive o prazer de receber orientao neste
trabalho, declaro admirao por sua postura, competncia e simpatia.
Aos amigos que conheci nesta faculdade, em especial a Andr Luiz Rebelato
Filomeno, Ricardo Goss Madeira Neves, Fernando Ventura de Oliveira, Andr
Borges Thiele, Rafaelle Rosso Cardoso, Fernando Csar Cani, rica Antunes dos
Santos, Andreas Schneider de Oliveira, Accio Pereira Freitas e Roberto Rosa
Machado. Por terem compartilhado trabalhos, provas, festas, momentos de
descontrao e tantos outros momentos inesquecveis.
Muito obrigado a todos.
6
Voc nasceu para vencer, mas para ser um vencedor voc precisa planejar para vencer, se preparar para vencer, e esperar vencer."
(Zig Ziglar)
7
RESUMO
BAPTISTA, Leandro Meintanis Baptista. Plano de Viabilidade Financeira e Mercadolgica para Implantao de um Restaurante de Gastronomia Grega em Florianpolis. 151 p. Trabalho de Concluso de Estgio (Graduao em Administrao). Curso de Administrao, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianpolis, 2009.
Para que se possa abrir uma empreendimento de maneira estruturada e ter retorno sobre o investimento e sobre o esforo deve-se analisar muito bem o mercado e os fatores cruciais de sucesso. Este trabalho teve como foco verificar a viabilidade de implantao de um restaurante de gastronomia tpica grega em Florianpolis-SC. A pesquisa tem grande importncia para a implantao do negcio, pois o interessado no tem experincia no ramo gastronmico e dever munir-se de todo o conhecimento possvel. Para conhecer os potenciais consumidores do restaurante foi realizada uma pesquisa de mercado exploratria-descritiva quanto aos fins e quantitativa quanto aos meios, atravs de questionrios estruturados e no disfarados. Foram aplicados 204 questionrios iguais, com 19 questes cada em regies estratgicas da cidade. Diante do estudo foi possvel elaborar a estrutura do restaurante e estratgias de ao que podem influenciar diretamente no sucesso do empreendimento. Verificaram-se tambm dados financeiros e de mercado que potencialmente caracterizam um restaurante do gnero. Pde-se concluir que vivel a implantao do restaurante, porm, em cenrios nos quais a sazonalidade influencia diretamente o resultado do negcio. Palavras-Chave: Empreendedorismo. Gastronomia. Turismo. Grcia.
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Organograma da brigada ........................................................................... 62 Figura 2: Fluxograma de trabalho ............................................................................. 69 Figura 3: Localizao ................................................................................................ 71
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LISTA DE GRFICOS
Grfico 1: Distribuio PIB de Florianpolis .............................................................. 79 Grfico 2: Sexo .......................................................................................................... 82 Grfico 3: Idade ......................................................................................................... 83 Grfico 4: Estado Civil ............................................................................................... 84 Grfico 5: Numero de filhos ....................................................................................... 85 Grfico 6: Ocupao profissional .............................................................................. 86 Grfico 7: Classe Social ............................................................................................ 87 Grfico 8: Renda ....................................................................................................... 88 Grfico 9: Motivos de escolha ................................................................................... 89 Grfico 10: Hbito de almoar e jantar ...................................................................... 90 Grfico 11: Freqncia com que costuma jantar em restaurantes ............................ 91 Grfico 12: Dias da semana que mais freqenta restaurantes.................................. 92 Grfico 13: Mdia gasta (por pessoa), em restaurantes no perodo noturno ............ 93 Grfico 14: Maneira preferida de pagamento ............................................................ 94 Grfico 15: Tipo de comida preferido quando opta por jantar fora de casa ............... 95 Grfico 16; Conhecimento sobre a comida tpica grega ............................................ 96 Grfico 17: Experimentou comida grega ................................................................... 97 Grfico 18: Interesse em experimentar a comida tpica grega .................................. 98 Grfico 19: Quanto estaria disposto a pagar por uma refeio grega? ..................... 99
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Sexo .......................................................................................................... 82 Tabela 2: Idade ......................................................................................................... 83 Tabela 3: Estado Civil ............................................................................................... 84 Tabela 4: Nmero de filhos ....................................................................................... 85 Tabela 5: Ocupao profissional ............................................................................... 86 Tabela 6: Classe social ............................................................................................. 87 Tabela 7: Renda ........................................................................................................ 88 Tabela 8: Principais motivos que o levam a escolher um restaurante ....................... 89 Tabela 9: Hbito de almoar e/ou jantar fora de casa ............................................... 90 Tabela 10: Freqncia com que costuma jantar em restaurantes ............................. 91 Tabela 11: Dias da semana que mais freqenta restaurantes .................................. 92 Tabela 12: Mdia gasta (por pessoa), em restaurantes no perodo noturno ............. 93 Tabela 13: Maneira preferida de pagamento............................................................. 94 Tabela 14: Tipo de comida preferido quando opta por jantar fora de casa ............... 95 Tabela 15: Conhecimento sobre a comida tpica grega ............................................ 96 Tabela 16: J experimentou comida grega? ............................................................. 97 Tabela 17: Interesse em experimentar a comida tpica grega ................................... 98 Tabela 18: Quanto estaria disposto a pagar por uma refeio grega? ...................... 99
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Depreciao ............................................................................................. 36 Quadro 2: Uniformes ................................................................................................. 44 Quadro 3: Insumos .................................................................................................... 67 Quadro 4: Equipamentos e utenslios ....................................................................... 72 Quadro 5: Novos empreendedores ........................................................................... 76 Quadro 6: Brasil e pases da OCDE .......................................................................... 76 Quadro 7: Movimento Estimado de Turistas em Florianpolis .................................. 80 Quadro 8: Concorrentes .......................................................................................... 105 Quadro 9: Fornecedores ......................................................................................... 107 Quadro 10: Foras e fraquezas do restaurante Zanthe Cozinha Grega .................. 108 Quadro 11: Oportunidades e ameaas ao restaurante Zanthe Cozinha Grega ...... 109 Quadro 12: Despesas pr-operacionais .................................................................. 111 Quadro 13: Imvel e reforma................................................................................... 112 Quadro 14: Equipamentos e utenslios ................................................................... 112 Quadro 15: Capital de giro ...................................................................................... 113 Quadro 16: Estoque inicial ...................................................................................... 113 Quadro 17: Marketing inicial .................................................................................... 114 Quadro 18: Investimento inicial ............................................................................... 114 Quadro 19: Mo de obra ......................................................................................... 115 Quadro 20: Imvel e reforma................................................................................... 115 Quadro 21: Imvel e reforma................................................................................... 116 Quadro 22: Custo dos produtos produzidos ............................................................ 118 Quadro 23: Custos cenrio pessimista .................................................................... 119 Quadro 24: Custos cenrio realista ......................................................................... 121 Quadro 25: Custos cenrio otimista ........................................................................ 122 Quadro 26: Custos variveis com desconto ............................................................ 122 Quadro 27: Custo total ............................................................................................ 123 Quadro 28: Receita cenrio pessimista ................................................................... 124 Quadro 29: Receita cenrio realista ........................................................................ 126 Quadro 30: Receita cenrio otimista ....................................................................... 127 Quadro 31: Projeo receita pessimista .................................................................. 128 Quadro 32: Projeo receita realista ....................................................................... 129 Quadro 33: Projeo receita otimista ...................................................................... 130 Quadro 34: DRE do exerccio................................................................................. 131 Quadro 35: Payback ................................................................................................ 131 Quadro 36: Retorno em 24 meses .......................................................................... 132
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SUMRIO
1 INTRODUO ...................................................................................................... 15 1.1 Contextualizao do tema e apresentao do problema de pesquisa ......... 15 1.2 Objetivos ............................................................................................................ 17 1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................... 17 1.2.2 Objetivos especficos ....................................................................................... 18 1.3 Justificativa ........................................................................................................ 18 2 FUNDAMENTAO TERICA ............................................................................. 20 2.1 Empreendedorismo ........................................................................................... 20 2.2 Plano de negcios ............................................................................................. 21 2.3 Aspectos tcnicos ............................................................................................. 23 2.4 Aspectos jurdicos e legais .............................................................................. 24 2.4.1 Aspectos jurdicos ............................................................................................ 25 2.4.2 Aspectos legais ................................................................................................ 25 2.4.2.1 Empresas de Pequeno Porte e Micro Empresas .......................................... 26 2.4.2.2 Porte das empresas pelo nmero de funcionrios ........................................ 27 2.5 Aspectos administrativos ................................................................................. 28 2.6 Aspectos mercadolgicos ............................................................................... 29 2.6.1 Definio do Negcio ....................................................................................... 29 2.6.2 Produtos oferecidos.......................................................................................... 30 2.6.3 Mercado Concorrente ....................................................................................... 31 2.6.4 Mercado Consumidor ....................................................................................... 31 2.6.5 Mercado Fornecedor ........................................................................................ 32 2.7 Estratgia ........................................................................................................... 33 2.8 Aspectos econmico-financeiros .................................................................... 33 2.8.1 Planejamento financeiro ................................................................................... 34 2.8.2 Investimento .................................................................................................... 34 2.8.3 Fluxo de caixa .................................................................................................. 35 2.8.4 Depreciao ..................................................................................................... 36 2.8.5 Capital de giro .................................................................................................. 37 2.8.6 Custos .............................................................................................................. 38 2.8.7 Determinao do preo de venda .................................................................... 38 2.8.8 Ponto de equilbrio ........................................................................................... 39 2.8.9 Retorno sobre o investimento ........................................................................... 40 2.9 Fundamentos sobre restaurante comercial .................................................... 40 2.9.1 Pontos cruciais para o sucesso de um restaurante .......................................... 42 2.9.1.1 Compras e estoques .................................................................................... 42 2.9.1.2 Higiene ......................................................................................................... 43 2.9.1.3 Vesturio ....................................................................................................... 44 2.9.2 Modelos de organizao de restaurantes ......................................................... 45 2.9.2.1 Critrios de organizao ................................................................................ 45 2.9.2.2 Tipos de servio ............................................................................................ 46 2.9.3 Organizao fsica ............................................................................................ 47 2.9.3.1 Mveis, materiais, utenslios e equipamentos ............................................... 47 2.9.3.2 Mveis, materiais, utenslios e equipamentos de salo................................. 48 2.9.3.3 Mveis, materiais, utenslios e equipamentos de cozinha ............................. 48 2.9.3.4 Decorao e msica ambiente ..................................................................... 49
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2.9.4 Organizao da brigada ................................................................................... 50 2.9.4.1 Atribuies e responsabilidades da brigada quanto ao salo ........................ 50 2.9.4.2 Atribuies e responsabilidades da brigada quanto cozinha ...................... 51 3 METODOLOGIA .................................................................................................... 53 3.1 Natureza e tipo da pesquisa ............................................................................. 53 3.2 Coleta de dados ................................................................................................. 54 3.3 Universo da pesquisa ....................................................................................... 55
4 PLANO DE NEGCIOS ......................................................................................... 57 4.1 Aspectos jurdicos e legais .............................................................................. 57 4.1.1 Caracterizao do empreendimento ................................................................ 57 4.2 Autorizao para funcionamento ..................................................................... 59 4.3 Aspectos administrativos ................................................................................. 59 4.3.1 Funcionrios ..................................................................................................... 60 4.3.2 Horrios ............................................................................................................ 61 4.3.3 Organograma e nveis hierrquicos ................................................................. 61 4.3.4 Atuao da empresa ........................................................................................ 62 5 ASPECTOS TCNICOS ........................................................................................ 64 5.1 Relao de produtos a serem comercializados .............................................. 64 5.1.1 Entrada ............................................................................................................. 64 5.1.2 Saladas ............................................................................................................ 65 5.1.3 Carnes .............................................................................................................. 65 5.1.4 Frango .............................................................................................................. 65 5.1.5 Frutos do mar ................................................................................................... 66 5.1.6 Guarnies ....................................................................................................... 66 5.1.7 Sobremesas ..................................................................................................... 66 5.1.8 Bebidas ............................................................................................................ 67 5.2 Insumos .............................................................................................................. 67 5.3 Processo produtivo ........................................................................................... 68 5.4 Localizao ........................................................................................................ 70 5.5 Instalaes ......................................................................................................... 71 5.5.1 Layout (planta baixa) ........................................................................................ 73 5.6 Diferenciais competitivos ................................................................................. 74
6 ASPECTOS MERCADOLGICOS ........................................................................ 75 6.1 Empreendedorismo ........................................................................................... 75 6.2 Gastronomia ...................................................................................................... 77 6.3 Caractersticas do local de implantao do restaurante ............................... 78 6.4 Turismo em Florianpolis ................................................................................. 79 6.5 Pesquisa mercadolgica .................................................................................. 81 6.5.1 Mercado consumidor ........................................................................................ 81 6.5.1.1 Consideraes a respeito do mercado consumidor .................................... 100 6.5.2 Anlise da concorrncia ................................................................................. 102 6.5.3 Anlise dos fornecedores ............................................................................... 106 6.6 Anlise SWOT .................................................................................................. 108 6.7 Estratgias de atiao..................................................................................... 109
7 ASPECTOS ECONMICO-FINANCEIROS ........................................................ 111 7.1 Oramento do investimento inicial ................................................................ 111
14
7.1.1 Gastos pr-operacionais ................................................................................ 111 7.1.2 Investimentos em ativos fixos ......................................................................... 112 7.1.3 Capital de giro e estoques .............................................................................. 113 7.1.4 Marketing inicial .............................................................................................. 113 7.1.5 Investimento inicial total ................................................................................. 114 7.2 Custos fixos ..................................................................................................... 114 7.2.1 Mo de obra ................................................................................................... 115 7.2.2 Depreciao ................................................................................................... 115 7.2.3 Custos fixos totais .......................................................................................... 116 7.3 Custos variveis .............................................................................................. 116 7.3.1 Custo do produto produzido ........................................................................... 116 7.3.2 Custo total dos produtos vendidos ................................................................. 118 7.4 Custo total ........................................................................................................ 123 7.5 Receitas operacionais..................................................................................... 123 7.5.1 Projees da receitas ..................................................................................... 127 7.6 Demonstraes dos resultados ..................................................................... 131 7.7 Prazo de retorno sobre o investimento (PAYBACK) .................................... 131 8 CONSIDERAES FINAIS ................................................................................. 134 REFERNCIAS ....................................................................................................... 137
15
1 INTRODUO
1.1 Contextualizao do tema e apresentao do problema de pesquisa
Vive-se em uma poca de mudanas constantes e vorazes, que modificam a
cada instante o cenrio macro econmico das organizaes. nesta conjuntura que
empresas de pequeno, mdio e grande porte, fecham suas portas ou so foradas a
realizar cortes e modificaes em suas estruturas de uma maneira nunca vista
anteriormente. Dessa maneira, os administradores se encontram frente a um
caminho longo e desafiador.
neste ambiente que aes empreendedoras de sucesso so tidas como
hericas, e da figura do empreendedor que surgem novas idias e novas
oportunidades de gerao de emprego e de giro do capital econmico.
Na viso Degen (2009, p.2):
O empreendedor o agente do processo de destruio criativa que, de
acordo com Joseph A. Schumpeter, o impulso fundamental que aciona e
mantm em marcha o motor capitalista, constantemente criando novos
produtos, novos mtodos de produo, novos mercados e,
implacavelmente, sobrepondo-se aos antigos mtodos menos eficientes e
mais caros.
Entretanto, para que atinja o sucesso, o empreendedor deve munir-se de
todas as informaes necessrias para poder tomar decises mais precisas e estar
preparado para enfrentar as adversidades que podero surgir ao longo da trajetria.
Nessa linha de raciocnio, Baron & Shane (2007) enquadram o
empreendedorismo como atividade executada por indivduos especficos,
envolvendo aes-chave, que incluem: identificar uma oportunidade que seja
potencialmente valiosa no sentido de poder ser explorada em termos prticos, como
um negcio (ou seja, uma oportunidade que possa produzir lucros sustentveis) e
identificar as atividades envolvidas na explorao ou no desenvolvimento real dessa
oportunidade. Alm disso, os autores comentam que o processo de empreender no
16
termina com o lanamento do novo empreendimento; ele tambm envolve a
capacidade de administrar uma nova empresa com sucesso aps a sua criao.
Ainda assim, micro e pequenas empresas, muitas vezes no sobrevivem ou
passam por dificuldades por falta de uma qualificao de quem s conduzem, j que
estes no se muniram de tcnicas administrativas ou no s geriram de maneira
correta.
Em um pas como o Brasil, onde a taxa de mortalidade das micro e pequenas
empresas alta, estudar e entender o panorama em que se ir abrir um novo
negcio torna-se crucial na afirmao de seu sucesso, e neste sentido que novos
empreendedores devem encarar as oportunidades.
Este cenrio se confirma em dados levantados pelo SEBRAE (Servio
Brasileiro de Apoio Micro e Pequenas Empresas), expondo que, no ano de 2002,
metade dos empreendimentos fecharam suas portas antes de completar dois anos
de atuao. J em 2005, de cada 100 pessoas que constituram firma, 22 tiveram
que encerrar suas atividades antes do negcio chegar aos dois primeiros anos de
vida. Para o SEBRAE essa melhora no resultado est ligada melhoria da economia
brasileira, e, principalmente a um maior preparo por parte dos empreendedores, ou
seja, quem faz um bom plano de negcio, conhece o mercado, seus clientes e
dispe de capital de giro e, portanto, tem mais chance obter sucesso.
Apesar deste cenrio de alta mortalidade das empresas, em pesquisa
realizada pelo GEM (Global Entrepreneurship Monitor) no ano de 2008, o Brasil, com
estimativa de 14.644.000, ocupa a 3 posio dentre os pases com o maior nmero
de empreendedores, ficando atrs apenas da ndia e dos Estados Unidos
(respectivamente primeiro e segundo colocados). Alm disso, o Brasil continua com
uma TEA (Taxa de Empreendedores em Estgio Inicial) superior mdia dos pases
observados pela pesquisa GEM, que foi de 10,48%. A TEA mdia brasileira de 2001
a 2008 de 12,72% contra uma TEA mdia dos demais pases GEM de apenas
7,25%. Isso refora que o Brasil um pas de alta capacidade empreendedora e
que, na mdia entre 2001 e 2008, o brasileiro 75,58% mais empreendedor que os
outros. (SEBRAE, 2009).
Alm disso, as micro e pequenas empresas tm participao expressiva na
economia brasileira e na criao e colocao de empregos. De acordo com dados
do ano de 2009 publicados pelo SEBRAE, das 5,1 milhes das empresas formais,
98% so micro ou pequenas. Estes empreendimentos representam:
17
a) 67% das pessoas ocupadas no setor privado;
b) 56% dos empregados com carteira assinada;
c) 62% das empresas exportadoras;
d) 2,3% do valor das exportaes;
e) 20% do PIB
Dentro deste mercado empreendedor, esto tambm inseridos os
empreendimentos de bares e restaurantes. De acordo com a ABRESI (2009), o setor
gastronmico fatura o equivalente a 2,4% do Produto Interno Bruto brasileiro, e
responsvel por 8% dos empregos diretos no pas.
Reforando este dado, de acordo com o presidente da ABRASEL Brasil, Sr. Clio
Phillipi Salles, o setor gastronmico s cresce e uma indstria em transformao.
Tal setor, acaba por acompanhar as mudanas estruturais necessrias para se
poder atender uma demanda turstica cada vez maior no pas.
Balizado nestes pontos, julga-se importante o estudo de Viabilidade e
Empreendimento, pois o futuro de uma empresa recm criada depende de uma
meticulosa anlise de variveis e possveis contingncias que venham atrapalhar o
sucesso de um novo negcio.
O ponto central desse estudo resume-se a seguinte pergunta: vivel a
implantao e abertura de um restaurante de gastronomia grega em Florianpolis?
Esse trabalho, seguindo sua metodologia proposta, responder a essa questo
central.
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo geral
Verificar a viabilidade de implantao de um restaurante de gastronomia
grega em Florianpolis.
18
1.2.2 Objetivos especficos
a) destacar o atual cenrio de empreendedorismo;
b) verificar fatores econmico, social e poltico que potencialmente
influenciem no empreendimento;
c) verificar os procedimentos e requisitos bsicos para a implantao do
negcio;
d) apresentar as projees financeiras referentes implantao do
empreendimento;
1.3 Justificativa
Este estudo importante para o acadmico, pois atravs dele possvel
perceber a aplicao e importncia de referenciais tericos no dia-a-dia, quanto a
questes de empreendedorismo. Isso ajuda o acadmico a acreditar que o tempo
que investe em seus estudos importante e muito tem a contribuir para as
organizaes que ainda podem surgir no mercado. Ainda na importncia prtica, a
sociedade tem a oportunidade de entrar em contato com o meio acadmico,
deparar-se com conceitos muitas vezes desconhecidos e tambm entender o motivo
de tantos mtodos que so utilizados, pois com a experincia adquirida no cotidiano,
nota-se que a cincia est presente em muitos momentos. Essa a maneira atravs
da qual a academia pode contribuir futuros empreendedores.
Para a universidade, poder estar em contato com o meio externo de
extrema importncia, visto que um dos objetivos de um curso, como o de
Administrao, formar bons profissionais para o mercado de trabalho. Quando
percebido pelo acadmico que noes tericas, aprendidas no meio universitrio,
tm aplicao prtica, isso acaba tornando-se uma motivao para que o mesmo
encare com seriedade sua caminhada acadmica.
Quanto sua originalidade pode-se apontar o fato de o estudo abordar as
questes referentes a um tipo de empreendimento ainda no explorado pelo ramo
gastronmico na regio de Florianpolis. Alm disso, refora a dificuldade do
19
empreendedor que no tem preparo e acaba por inserir-se no mercado sem uma
base de conhecimento do ambiente que o cerca.
Tambm se pode destacar a viabilidade desse estudo, pois o acadmico tem
a possibilidade de realizar um bom trabalho, apresentando boas sugestes e
averiguando pontos positivos e negativos quanto implantao desse tipo de
negcio.
Por fim, pode-se ressaltar que, atualmente, o empreendedor que no se
auxilia de dados e experimentos que precedem o seu negcio, tem grandes chances
de falha no sucesso e aplicao de um empreendimento.
20
2 FUNDAMENTAAO TERICA
A fundamentao apresentada no seguinte trabalho abordar a reviso da
viso do que tericos j escreveram e discutiram sobre o tema que ser abordado
no decorrer deste trabalho alimentando-o de base terica como auxlio na pesquisa
em questo.
2.1 Empreendedorismo
Segundo Dornelas (2005) a palavra empreendedor tem origem francesa e
quer dizer aquele que assume riscos e comea algo novo. Ainda segundo o autor, o
mundo tem passado por vrias transformaes em curtos perodos de tempo,
principalmente no sculo XX, quando foi criada a maioria das invenes que
revolucionaram o estilo de vida das pessoas. Essas invenes segundo Dornelas
so frutos de inovao, de algo indito ou de uma nova viso de como utilizar coisas
j existentes, mas que ningum antes ousou olhar de outra maneira.
De acordo com Chiavenato (1987) o empreendedor a pessoas que inicia ou
desenvolve um negcio em que se arrisca a perder capital aplicado.
Na concepo de Degen (2009), so vrios os motivos que fazem com que
alguns indivduos desejem ter seu prprio negcio: vontade de ganhar muito
dinheiro, desejo de sair da rotina de emprego, vontade de determinar seu futuro,
necessidade de provar a si e aos outros que capaz de realizar um
empreendimento e desejo de desenvolver algo que traga reconhecimento e
benefcios, no s para si, mas para a sociedade. Ainda segundo o autor, ser
empreendedor significa ter, acima de tudo, a necessidade de realizar coisas novas,
pr em prtica idias prprias, caracterstica de personalidade e comportamento que
nem sempre fcil de encontrar. Degen (2009) ainda comenta que existem fatores
inibidores do potencial do empreendedor como:
a) imagem social: a imagem social como fator inibidor compreende o fato de
que para algumas pessoas obter o sucesso como empreendedor significa
21
abandonar o conforto de sua carreira bem sucedida para sujar mos com
atividades necessrias para iniciar um empreendimento prprio;
b) disposio para assumir riscos: a disposio para assumir riscos pode ser
visto como um fator inibidor, pois nem todas as pessoas apresentam as
mesmas disposies para assumi-los;
c) capital social: so os valores e idias que subliminarmente nos foram
incutidos por nossos pais, professores, amigos e outros que influenciaram na
nossa formao intelectual e que, inconscientemente orientam nossas vidas; e,
d) outros interesses: tais interesses podem tornar a opo de iniciar um
negcio prprio pouco atrativo.
Na viso de Drucker (1997), o que caracteriza a capacidade empreendedora
exatamente saber tirar vantagem da mudana. O empreender sempre est
buscando mudanas, inovaes, novas oportunidades. Ele deve sempre encarar
estas situaes, reagir e explorar como reais oportunidades.
2.2 Plano de negcios
O projeto de um novo empreendimento constitudo de informaes que
permitem analisar a viabilidade do negcio. A funo do projeto trazer um conjunto
de elementos que permitam avaliar, quantitativa e qualitativamente as vantagens e
desvantagens da aplicao de recursos para a realizao do negcio.
Segundo De Mori (1998), um plano de negcio deve responder a trs
questes: 1. Por que o negcio vai dar certo? 2. Como ser atingido o objetivo e, 3.
Quando a empresa comea a dar lucro?.
Dornelas (2005, p.93) define que O plano de negcio parte fundamental do
processo empreendedor. Empreendedores precisam saber planejar suas aes e
delinear as estratgias da empresa a ser criada ou em crescimento.De acordo com
o autor o plano de negcios uma ferramenta de gesto que deve ser utilizada por
todo empreendedor que queira transformar seu sonho em realidade, seguindo o
caminho lgico e racional que se espera de um bom administrador. Dornelas (2005)
complementa dizendo que o plano de negcios uma ferramenta extremamente
22
eficaz e proporciona resultados internacionalmente comprovados tanto na
concepo do negcio, quanto na obteno de recursos financeiros e gerenciamento
corporativo da empresa.
Degen (2009, p.208) salienta que a elaborao do plano de negcio que o
candidato a empreendedor pretende desenvolver lhe garante os seguintes
benefcios:
a) reunir ordenadamente todas as informaes e idias sobre o novo negcio;
b) escrever o plano de negcios fora o candidato a empreendedor a analisar,
formalizar e justificar todos os aspectos crticos do novo negcio;
c) vender o negcio para si mesmo;
d) simular as conseqncias de diferentes estratgias competitivas, ofertas de
valor, de planos financeiros;
e) apresentar o plano do negcio a pessoas experientes e de confiana para
valida-lo, ouvir sugestes, crticas;
f) motivar e focalizar a ateno do candidato a empreendedor e dos possveis
scios e colaboradores nos riscos do negcio e como super-los, alm de
focar nos aspectos crticos para o sucesso do negcio;
g) testar a oportunidade de negcio, o conhecimento, a motivao e a dedicao
do candidato a empreendedor e dos possveis scios e colaboradores do
novo negcio;
h) convencer possveis scios, investidores, financiadores, fornecedores e
futuros clientes do sucesso do novo negcio e, assim, obter os recursos
necessrios para realiz-lo;
i) orientar a montagem e a operao do novo negcio no primeiro ano; e,
j) controlar o investimento da montagem e os custos da operao por meio da
projeo do fluxo de caixa do novo negcio no primeiro ano.
Para elaborao de um plano de negcios devem ser utilizadas algumas regras
bsicas, mas que no so estticas e permitem ao empreendedor utilizar sua
criatividade ou bom senso, enfatizando um ou outro aspecto que mais interessa ao
pblico-alvo do plano de negcios em questo (DORNELAS, 2005). Segundo o
autor a estrutura de um plano de negcios para pequenas empresas prestadoras de
servio pode ser definido da seguinte maneira:
23
a) Capa;
b) Sumrio;
c) Sumrio Executivo;
d) O Negcio;
e) Dados financeiros; e,
f) Anexos.
2.3 Aspectos tcnicos
Para operacionalizar o negcio, o empreendedor deve estudar e decidir sobre
os aspectos tcnicos do empreendimento, dentre os quais: a localizao, as
instalaes, os equipamentos e o mobilirio. (PEREIRA; SANTOS, 1995).
Segundo Chiavenato (1995), a localizao da empresa refere-se ao local
especfico escolhido para as instalaes da empresa. O autor salienta que a escolha
de um local para situar as instalaes depende de vrios fatores, os quais variam se
a empresa produtora de bens ou prestadora de servios, ou ainda, se industrial
ou comercial.
Para uma empresa com localizao comercial, Chiavenato (1995) ressalta a
relevncia dos seguintes fatores:
a) proximidade dos clientes
b) facilidade de acesso;
c) facilidade de transporte;
d) facilidade de estacionamento;
e) infra-estrutura recreacional;
f) adequao do local; e,
g) baixos custos imobilirios e condominiais.
O SEBRAE orienta que o empreendedor deve basear-se em dados concretos,
concentrando esforos na pesquisa de informaes sobre clientes, fornecedores,
24
concorrentes, infra-estrutura e logstica, pois o sucesso do empreendimento
depende, em grande parte, de sua localizao.
Quanto s instalaes, equipamentos e mobilirios, Pereira e Santos (1995),
denotam que estes constituem os principais investimentos fixos da fatura empresa e
que variam conforme o setor e as peculiaridades do negcio. Os autores sugerem o
detalhamento dos seguintes aspectos:
Quanto s instalaes:
a) concepo arquitetnica para reforma ou construo;
b) estudo do layout interno;
c) estudo da fachada; e,
d) projeto eltrico/hidrulico, de comunicao.
Quanto aos equipamentos e mobilirio:
a) equipamentos e mquinas necessrias operao;
b) veculos;
c) mobilirio; e,
d) equipamentos complementares: computadores, fax, impressora, etc.
2.4 Aspectos jurdicos e legais
Os aspectos jurdicos e legais dizem respeito s formas de cumprimento das
Leis e normas que regem o setor da atividade econmica. Ou seja, refere-se
constituio da empresa, aos encargos incorridos, sobre sua atuao e outros
aspectos incidentes durante a operacionalizao da gesto.
Chiavenato (1995), afirma que para que possa desenvolver suas atividades e
operaes, a empresa precisa ser legalmente estabelecida e constituda, e para
faz-lo necessrio escolher entre as vrias alternativas jurdicas para abrir uma
sociedade, como os diferentes tipos de scios, dentro da legislao brasileira.
Seguindo a mesma linha de pensamento, Woiler e Mathias (1985), afirmam
que os aspectos jurdicos correspondem forma societria da empresa: seu tipo,
quais so os scios e qual a participao acionria de cada um, o registro na Junta
25
Comercial, etc. J os aspectos legais esto relacionados com as exigncias legais
e/ou incentivos fornecidos pelos governos federal, estadual e municipal. Nestas
categorias enquadram-se os impostos, os incentivos fiscais, os incentivos estaduais
e/ou municipais para favorecer a instalao de indstrias em determinado local e
outros.
2.4.1 Aspectos jurdicos
Os aspectos jurdicos apresentam os seguintes fatores relacionados com a forma
societria da empresa, e que devero ser definidos, segundo Woiler e Mathias
(1985, p.37):
a) tipo de sociedade;
b) nome e razo social;
c) sede e foro da organizao;
d) qualificao e participao acionria de cada scio;
e) data da fundao;
f) dirigentes e administradores principais;
g) registro na junta comercial.
Com relao escolha da forma jurdica a ser adotada, existem trs opes
bsicas: firma individual, sociedade de pessoas e sociedades annimas
(CHIAVENATO, 1995, p.37). Depois de tais procedimentos deve-se projetar seus
estatutos e atender s formalidades de constituio da nova pessoa jurdica.
2.4.2 Aspectos legais
Os aspectos legais esto relacionados com as exigncias legais ou os incentivos
concedidos pelos governos Federal, Estadual e Municipal. Segundo Woiler e
Mathias (1985, p.36), devem ser verificados os seguintes aspectos:
26
a) viabilidade de localizao junto esfera municipal (alvar de licena para
localizao);
b) tributos incidentes (impostos e taxas) e encargos sociais.
2.4.2.1 Empresas de Pequeno Porte e Micro Empresas
De acordo com a Receita Federal, o Sistema Integrado de Pagamento de
Impostos e Contribuies das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
(Simples) um regime tributrio diferenciado, simplificado e favorecido, aplicvel s
pessoas jurdicas consideradas como microempresas (ME) e empresas de pequeno
porte (EPP), nos termos definidos na Lei no 9.317, de 1996, e alteraes
posteriores, estabelecido em cumprimento ao que determina o disposto no art. 179
da Constituio Federal de 1988. Ainda de acordo com o a Receita Federal,
constitui-se em uma forma simplificada e unificada de recolhimento de tributos, por
meio da aplicao de percentuais favorecidos e progressivos, incidentes sobre uma
nica base de clculo, a receita bruta.
Para efeito do SIMPLES, considera-se Micro Empresa, a pessoa jurdica que
tenha auferido, no ano-calendrio, receita bruta igual ou inferior a R$120.000,00
(cento e vinte mil reais). J quanto s empresa de pequeno porte considera-se, a
pessoa jurdica que tenha auferido, no ano-calendrio, receita bruta superior a
R$120.000,00 (cento e vinte mil reais) e igual ou inferior a R$1.200.000,00 (um
milho e duzentos mil reais).
De acordo com a Receita Federal, a pessoa jurdica que optar por se inscrever no
Simples ter os seguintes benefcios:
a) tributao com alquotas mais favorecidas e progressivas, de acordo com a
receita bruta auferida;
b) recolhimento unificado e centralizado de impostos e contribuies federais,
com a utilizao de um nico DARF (DARF-Simples), podendo, inclusive,
incluir impostos estaduais e municipais, quando existirem convnios firmados
com essa finalidade;
27
c) clculo simplificado do valor a ser recolhido, apurado com base na aplicao
de alquotas unificadas e progressivas, fixadas em lei, incidentes sobre uma
nica base, a receita bruta mensal;
d) dispensa da obrigatoriedade de escriturao comercial para fins fiscais, desde
que mantenha em boa ordem e guarda, enquanto no decorrido o prazo
decadencial e no prescritas eventuais aes, os Livros Caixa e Registro de
Inventrio, e todos os documentos que serviram de base para a escriturao;
e) dispensa a pessoa jurdica do pagamento das contribuies institudas pela
Unio, destinadas ao Sesc, ao Sesi, ao Senai, ao Senac, ao Sebrae, e seus
congneres, bem assim as relativas ao salrio-educao e Contribuio
Sindical Patronal (IN SRF no 355, de 2003, art.5o, 7o);
f) dispensa a pessoa jurdica da sujeio reteno na fonte de tributos e
contribuies, por parte dos rgos da administrao federal direta, das
autarquias e das fundaes federais (Lei no 9.430, de 1996, art. 60; e IN SRF
no 306, de 2003, art. 25, XI);
g) iseno dos rendimentos distribudos aos scios e ao titular, na fonte e na
declarao de ajuste do beneficirio, exceto os que corresponderem a pr-
labore, aluguis e servios prestados, limitado ao saldo do livro caixa, desde
que no ultrapasse a Receita Bruta.
2.4.2.2 Porte das empresas pelo nmero de funcionrios
Para se determinar o porte de uma empresa, o SEBRAE utiliza, alm do
critrio adotado no Estatuto da Micro e Pequena Empresa, a ponderao de nmero
de funcionrios nas empresas, principalmente nos estudos e levantamentos sobre a
presena da micro e pequena empresa na economia brasileira, conforme os
seguintes nmeros:
a) Microempresas: na indstria e construo at 19 funcionrios; no comrcio e
servios, at 09 funcionrios;
b) Pequena empresa: na indstria e construo: de 20 a 99 funcionrios; no
comrcio e servios, de 10 a 49 funcionrios.
28
2.5 Aspectos administrativos
Segundo o SEBRAE (Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas
Empresas), administrao o processo de tomar e colocar em prtica, decises
sobre objetivos e utilizao de recursos. Neste sentido, uma boa gesto pode ser
dividida em quatro roteiros:
a) planejar: traar metas e definir aes e recursos necessrios para se obter
o resultado desejado;
b) organizar: delegar autoridade, dividindo tarefas e responsabilidades entre
as pessoas e distribuir os recursos necessrios;
c) liderar: conseguir que cada pessoa, voluntariamente, d o melhor de si,
formando um grupo de pessoas unidas em torno de um objetivo comum;
d) controlar: acompanhar o desenvolvimento das tarefas e tomar decises,
visando compatibilidade entre objetivos desejados e resultados alcanados;
De acordo com Resnik (2001), apenas o proprietrio-gerente consegue
determinar os principais propsitos, valores e a identidade da empresa. Nesse
contexto, cabe ao proprietrio-gerente, desenvolver uma equipe de empregados
capazes e motivados. Bem como alocar os recursos disponveis. O autor determina
dez condies decisivas para o sucesso e sobrevivncia da pequena empresa, que
so fundamentais a um administrador:
a) ser objetivo: essencial uma viso honesta e imparcial dos pontos fortes e
fracos da companhia e de suas habilidades empresariais e administrativas;
b) manter tudo simples e focalizado: concentrar esforos e recursos onde o
impacto e os lucros forem maiores;
c) proporcionar bens e servios excelentes e distintos que satisfaam as
necessidades e desejos de grupos seletos de clientes;
e) criar, administrar e motivar uma equipe vencedora que faa o que voc no
pode fazer sozinho;
f) manter os registros e controles contbeis que voc precisa usar para
compreender e administrar a empresa;
29
g) nunca ficar sem disponibilidade de caixa;
h) evitar as armadilhas do crescimento rpido;
i) conhecer a firma de trs para frente; e
j) planejar o futuro.
2.6 Aspectos mercadolgicos
De acordo com Dornelas (2005), a anlise de mercado apresenta o
entendimento do mercado da empresa, seus clientes, seus concorrentes e
conhecimento do mercado onde atua. Da mesma forma Dolabela (1999) afirma que
a anlise de mercado permite o conhecimento dos clientes, concorrentes,
fornecedores e do ambiente que a empresa vai atuar, contribuindo para a verificao
da viabilidade do negcio.
O bom planejamento e tomada de decises exigem o acesso e anlise de
dados para gerar informaes teis no tempo apropriado, e isso faz com que os
gestores percam um tempo considervel desenvolvendo tais planos. A anlise
ambiental uma das tarefas mais importantes para qualquer organizao. Isso
porque a anlise tem que ser um esforo progressivo. Deve ser um fator cultural da
empresa. (FERREL, 2000).
Na viso de Chiavenato (1995, p.18), [...] o estudo do mercado importante
para sinalizar a empresa e balizar o seu comportamento frente a seus fornecedores
e aos clientes ou consumidores. Na viso do autor o estudo de mercado, ou
pesquisa de mercado, consiste no levantamento e investigao dos fenmenos que
ocorrem no processo de trocas e de intercmbios de mercadores do produto ao
consumidor.
2.6.1 Definio do Negcio
De acordo com Degen (2009), depois de identificada a oportunidade de
negcio e coletadas as informaes sobre ela, o empreendedor precisa ordenar
essas informaes em um conceito que, para o autor, deve descrever claramente a
30
necessidade do grupo de clientes a que o negcio pretende atender, com algo
produto ou servio que sabe fazer a um custo compatvel com a realidade destes
clientes. O autor ainda ressalta que, para definio do negcio, no necessrio
nenhum investimento, a no ser dedicao e tempo do futuro empreendedor.
Chiavenato (1995) afirma que, qualquer tentativa sria de definir o negcio da
empresa deve partir do cliente, da sua realidade, da sua situao, do seu
comportamento, das suas expectativas e valores. Ainda segundo o autor, preciso
atender s necessidades dos vrios parceiros da empresa, pois alm do cliente
(consumidor ou usurio), existem outros participantes aos quais a empresa deve
ateno: acionistas, empregados, fornecedores e a prpria sociedade. Chiavenato
(1995), tambm destaca que o melhor negcio aquele que conseguem juntar a
experincia e conhecimentos do empreendedor com as necessidades do mercado, e
que no basta o empreendedor possuir vastos conhecimentos em determinado
negcio se o mercado para o mesmo j estiver saturado, ou se os concorrentes j o
fizerem melhor.
2.6.2 Produtos oferecidos
De acordo com o SEBRAE (2009), nesta parte da pesquisa necessrio
definir que trabalho ser feito quem far, com que material e com que equipamento.
Estes passos caracterizam o registro de como a empresa ir operar.
Ainda segundo o SEBRAE (2009), necessrio examinar alternativas em
relao aos processos, ao jeito de fazer, aos equipamentos, s matrias primas,
visando sempre qualidade e ao preo da mercadoria ou servio.
Para Chiavenato (1995, p.18), cada produto ou servio apresenta
determinados componentes que so os aspectos que determinam suas
caractersticas fsicas. Os principais componentes tangveis so: marca, logotipo,
embalagem, qualidade e preo.
31
2.6.3 Mercado Concorrente
Para Chiavenato (1995), o mercado concorrente composto por pessoas ou
organizaes que oferecem produtos ou servios iguais ou similares ao que se
pretende oferecer aos consumidores. Por este motivo, o autor afirma que preciso
conhecer o que o concorrente est oferecendo, para tentar descobrir pontos fortes
ou pontos a serem melhorados no prprio empreendimento. E para essa
investigao dos concorrentes, Chiavenato (1995), afirma que deve-se saber
quantos e quem so eles, quais as estratgias e participao do mercado, alm de
suas caractersticas financeiras.
De acordo com Dornelas (2005), conhecer a concorrncia dever de
qualquer empreendedor que queira competir e vencer no mercado. Ainda segundo o
autor, a importncia de uma anlise criteriosa dos principais concorrentes fica
evidente quando a empresa precisa estabelecer uma estratgica de marketing.
Portanto, deve-se manter constantemente informado e atento s aes
concorrenciais no mercado, alm da monitorao quanto entrada de novos
concorrentes. Para este ltimo, Degen (2009) diz que todo negcio bem sucedido
atrai novos concorrentes, e que, se no houver barreiras entrada para tais, os
negcios tendem a perder rentabilidade devido ao excesso de concorrncia,
podendo se transformar, segundo o autor, em negcios medocres.
2.6.4 Mercado Consumidor
O fato de que o consumidor o principal agente de sucesso de uma empresa,
faz com que este deva ser atentamente pesquisado, para que se possa saber de
suas necessidades, preferncias e caractersticas econmicas.
A anlise do mercado consumidor avalia a situao atual e futura a respeito
dos mercados-alvos da empresa. Essa anlise deve coletar informaes que
identifiquem os consumidores atuais e potenciais da empresa, as necessidades
prevalecentes desses consumidores, as caractersticas bsicas dos produtos da
32
empresa e dos concorrentes e as mudanas previstas nessas necessidades
(FERREL, 2000).
Kotler (1998), afirma que o comportamento do comprador influenciado por
quatro importantes fatores:
a) fatores culturais;
b) fatores sociais;
c) fatores pessoais; e
d) fatores psicolgicos.
Ainda de acordo com Kotler (1998), a cultura o determinante mais
fundamental dos desejos e do comportamento de uma pessoa. J nas subculturas
incluem-se nacionalidades, religies, grupos sociais e regies geogrficas.
Na viso de Chiavenato (1995), para vender, a empresa precisa fazer uma
pesquisa de mercado de consumidores, a fim de saber onde esto localizados, onde
e como compram, suas preferncias quanto a preo ou caractersticas do produto. O
autor destaca ainda, que a empresa precisa escolher os meios mais adequados de
levar seus produtos aos consumidores.
2.6.5 Mercado Fornecedor
Dos agentes que colaboram para o desempenho satisfatrio de uma
organizao, os fornecedores assumem papel de inegvel relevncia. Isto porque,
do fornecedor depende a qualidade dos insumos adquiridos e, conseqentes
reflexos no produto final.
Nesse contexto, Chiavenato (1995) afirma que o mercado fornecedor pode
ser definido como o conjunto de pessoas ou organizaes que suprem a empresa de
insumos e servios necessrios ao seu funcionamento. O autor complementa que,
para comprar, a empresa precisa fazer uma pesquisa de mercado de fornecedores,
a fim de conhec-los melhor e escolher os fornecedores mais adequados em funo
do preo, qualidade e condio de pagamento.
33
Na viso de Cunha (1997), um bom relacionamento entre empresa e
fornecedor pode ser obtido atravs de respeito e confiana mtua, um claro
entendimento de necessidades do cliente final, uma responsabilidade compartilhada
com comunicao clara e aberta, e um compromisso mtuo de melhoria contnua da
satisfao total do cliente final.
2.7 Estratgia
Porter (1999, p.47) afirma que tanto a eficcia operacional como a estratgia
so essenciais para o desempenho superior, que, afinal, o objetivo primordial de
todas as empresas. Segundo Porter (1999), estratgia a essncia de
desempenhar atividades de forma diferente ou realizar atividades diferentes em
relao aos seus concorrentes, para criar uma posio exclusiva e valiosa. Ainda
segundo o autor, estratgia se traduz na realizao de atividades diferentes, ou, de
atividades semelhantes realizadas de forma diferente.
Ainda Porter apud Carvalho & Laurindo (2007), afirma que existem dois tipos
bsicos de vantagem competitiva, que so: a liderana em custo e a diferenciao.
Podendo assim definir o escopo de atuao estratgico tendo um mercado amplo
com diversos segmentos, ou um restrito, atuando em um segmento mais especfico.
O posicionamento estratgico pode ser realizado de trs formas distintas, so
elas: variedade nos produtos e servios, atendimento das necessidades de um
determinado grupo de consumidores e particularidade de modalidades de acesso,
segundo defende Porter Apud Carvalho & Laurindo (2007).
2.8 Aspectos econmico-financeiros
Para uma empresa sobreviver no mercado, imprescindvel que tenha uma
base financeira bem definida e elaborada e que d sustento para a vida e
continuidade do empreendimento. Portanto, sero apresentadas vises de autores
que fundamentem tal rea da empresa.
34
2.8.1 Planejamento financeiro
Weston & Brigham (2000) destacam que o planejamento financeiro envolve a
concretizao de projees de vendas, renda e ativos fundamentada em estratgias
alternativas de produo e de marketing, acompanhadas pela deciso de como
acatar s necessidades financeiras presumidas. Em um mesmo contexto, Ross
(1995, p. 525), afirma que o planejamento financeiro formaliza o mtodo pelo qual
as metas financeiras devem ser alcanadas.
De uma maneira esquemtica, Braga (1989, p.78) explana que o
planejamento financeiro deve:
a) estimar os recursos necessrios para executar os planos operacionais da
empresa;
b) determinar o montante destes recursos que podero ser obtidos pela
prpria empresa e quanto dever ser originado de fontes externas;
c) identificar os melhores meios e fontes para obteno de recursos
adicionais quando necessrios;
d) estabelecer os melhores mtodos para aplicao dos recursos, sejam de
origem interna ou externa.
2.8.2 Investimento
Na viso de Sanvicente (1983, p.11), a deciso de investimento consiste num
conjunto de decises visando dar empresa a estrutura ideal em termos ativos
fixos e correntes para que os objetivos da empresa como um todo sejam
atingidos.
Em uma mesma linha, porm de maneira mais resumida, pode-se citar
Holanda (1987, p.259), que comenta que investimento [...] qualquer aplicao de
capital com vistas obteno de um fluxo de benefcios, ao longo de determinado
tempo futuro.
35
Em se tratando de capital fixo, Chiavenato (1995) afirma que este composto
de ativos imobilizados. Os investimentos em ativos imobilizados, segundo o autor,
so executados em longo prazo, possuem estabilidade e sofrem escassas
modificaes ao mesmo prazo.
Ainda de acordo com Chiavenato (1995), o capital de giro, ou capital de curto
prazo, composto de ativos circulantes, sendo que estes sofrem modificaes de
maneira freqente, quase habituais, j que o capital de giro est relacionado,
sobretudo, s vendas, que so realizadas diariamente e podem sofrer oscilaes
com constncia.
2.8.3 Fluxo de caixa
Para domnio e controle cotidiano das finanas de uma empresa, essencial
que se faa uma utilizao e julgamento correto do instrumento do fluxo de caixa.
Atravs desta ferramenta, obtm-se informaes atualizadas sobre entradas e
sadas de caixa, possibilitando, dessa maneira, o melhor jeito de se usar os recursos
e evitar eventuais faltas dos mesmos.
De acordo com Gitman (1997), o planejamento de caixa a base de uma
empresa. Sem ele, o autor afirma que no se ter conhecimento quando haver
caixa aceitvel para amparar as operaes ou quando ser preciso recorrer
financiamentos bancrios. Gitman (1997) complementa que organizaes que
sucessivamente apresentem falta de caixa e que necessitam de crdito de ltima
hora, podero compreender como difcil localizar bancos que s financie.
Campos Filho (1999) diz que a demonstrao dos fluxos de caixa formada por
quatro grandes grupos, os quais so:
a) disponibilidades;
b) atividades operacionais;
c) atividades de investimento;
d) atividades de financiamento.
36
2.8.4 Depreciao
Na viso de Groppelli & Nikbakht (1999), a depreciao a alocao do custo
de investimento em ativos imobilizados (como mquinas e equipamentos) por alguns
anos.
Em complemento a esta definio, Casarotto Filho & Kopittke (2000) afirmam
que a depreciao contabilmente descrita como o gasto equivalente perda de
valor de um determinado bem, seja por obsolescncia ou desgaste. Para os autores,
a depreciao no um desembolso, porm, um passivo e pode ser descontada
das receitas, diminuindo o lucro tributvel e, por conseguinte, o imposto de renda,
este sim um desembolso autentico, e com conseqncia sobre o fluxo de caixa.
Um ponto importante, destacado por ambos os autores, com relao s
regras sobre o perodo de depreciao de cada tipo de bem, uma vez que se no
existissem regras, os valores seriam depreciados rapidamente, recuperando de
maneira clere o investimento imobilizado.
Ribeiro (1999, p.166) apresenta uma tabela com prazos e taxas usualmente
admitidos para depreciao:
ITENS PRAZO DE DEPRECIAO TAXA ANUAL DE
DEPRECIAO
Computadores e perifricos 5 anos 20%
Edifcios e benfeitorias 25 anos 4%
Motociclos 4 anos 25%
Mveis, utenslios e
instalaes 10 anos 10%
Veculos de pessoas e
cargas 5 anos 20%
Quadro 1: Depreciao Fonte: Ribeiro, 1999
37
2.8.5 Capital de giro
A conservao do capital de giro crucial para que se conservem saudveis
os ndices de liquidez de uma organizao, contribuindo tambm com a
possibilidade de rentabilidade.
Na viso de Braga (1997), o capital de giro faz relao aos recursos aplicados
no ativo circulante, composto essencialmente pelos estoques, contas a receber e
disponibilidades. Uma abordagem mais ampla contempla tambm os passivos
circulantes.
Degen (2009) diz que de acordo com o estudo realizado com o SEBRAE e
pela FURBA sobre Fatores condicionantes e taxa de mortalidade de empresas
brasileiras, indica entre as principais causas do fracasso de negcios a falta de
capital de giro, que indica descontrole do fluxo de caixa, e problemas financeiros,
devido ao alto endividamento, o que indica, segundo o autor, um planejamento de
caixa ineficiente.
Degen (2009, p.174) complementa que para que o candidato a empreendedor
administre de maneira eficiente o fluxo de caixa, deve:
a) manter uma rigorosa contabilidade de caixa para o novo negcio desde o
primeiro dia de operao;
b) fazer uma cuidadosa e detalhada projeo do fluxo de caixa antes de inici-lo
para avaliar sua viabilidade financeira, e refazer periodicamente essa
projeo durante seu desenvolvimento;
c) procurar obter informaes sobre o fluxo de caixa histrico de negcios
semelhantes a fim de validar as projees do fluxo de caixa do novo negcio;
d) calcular o ponto de equilbrio operacional de caixa, avaliando sua viabilidade
financeira;
e) ponderar, baseado na projeo do fluxo de caixa, se o novo negcio propicia
a remunerao adequada ao risco do investimento, considerando sua curva
de remunerao e de risco em relao ao mercado financeiro em que est
inserido; e
f) fazer a anlise da sensibilidade da projeo do fluxo de caixa do novo
negcio aos possveis riscos.
38
2.8.6 Custos
O conhecimento dos custos (sejam eles administrativos, financeiros ou
operacionais) precisam ser de noo do administrador, j que afeta inteiramente a
posio da empresa e tambm o preo final ao consumidor e a margem de
lucratividade.
De maneira sucinta e explicativa, Casarotto Filho (2000), afirma que custos
fixos so aqueles que independem da quantidade produzida, j os custos variveis
so variavelmente proporcionais quantidade produzida.
Semelhantemente, Assef (1997) considera os custos fixos como sendo
aqueles que no variam, involuntariamente ao nvel de atividade da empresa, ou
seja, vendendo-se ou produzindo-se quantidade qualquer, os custos fixos
permanecero. O autor ainda diz que, apesar de fixos, eles acabam por variar de
maneira recorrente, seja em funo de racionalizao administrativa ou por ajustes
de estrutura.
Braga (1997) ainda identifica determinados custos denominados Custos
Semivariveis ou Semifixos. De acordo com o autor, alguns custos contm subsdios
variveis e fixos, e a constatao do ponto de equilbrio demanda da separao
desses elementos de maneira a agreg-los nos dois conjuntos. Como exemplo, o
autor cita os custos de energia eltrica e remunerao a vendedores, como
comisses por vendas.
2.8.7 Determinao do preo de venda
Para se definir o preo de venda dos produtos ou servios aos clientes,
realizado um estudo em que so considerados mltiplos fatores, como a renda do
pblico-alvo, o preo que o mercado est proporcionando, alm dos custos de
fabricao.
A correta formao de preos de venda questo fundamental para
sobrevivncia e o crescimento auto-sustentado das empresas, independentemente
de seus portes e de suas reas de atuao. (ASSEF, 1997, p.29).
39
Aprofundando o tema, Kuhnen (2001) diz que, quando a empresa inquieta-se
em gerar o preo de venda, deve-se tambm ter ateno com o custo do produto
produzido. Caso o custo no esteja bem definido, o autor afirma que possivelmente
o preo de venda tambm no estar.
De acordo com Kuhnen (2001, p.479), a concepo do preo de um produto
ou servio deve avaliar avalia:
a) custo do produto;
b) percentual de impostos;
c) percentual de despesas;
d) percentual de lucro pretendido; e
e) valor do lucro pretendido.
2.8.8 Ponto de equilbrio
Para que se tenha uma noo mensurada do desempenho do negcio,
essencial para a organizao ter a idia da quantidade mnima a ser vendida para
que no haja prejuzo.
Weston & Brigham (2000) afirmam que a anlise do ponto de equilbrio um
procedimento para gerar o ponto em que as vendas vo apenas cobrir os custos, ou
seja, o ponto em que a empresa vai equilibrar-se, servindo tambm para demonstrar
a amplitude das perdas ou lucros da empresa se as vendas diminurem ou
excederem para um nvel diferente desse ponto.
Aprofundando-se no tema, Welsh (1990) afirma que o ponto de equilbrio,
acentuado como o volume ao qual a receita precisamente igual ao custo total,
quase incidental grande amplitude da anlise de relaes entre custos, volume e
lucro. Essa anlise, segundo o autor, preocupa-se inteiramente com o efeito sobre
os resultados de:
a) alteraes de custos fixos;
b) alteraes de custos variveis;
c) alterao do volume fsico de vendas;
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d) alteraes de preos de vendas; e
e) alteraes da distribuio relativa de produtos vendidos.
2.8.9 Retorno sobre o investimento
A anteviso e a ponderao dos retornos sobre os investimentos legitimam
tomadas de decises dos investimentos. Uma importante forma de mensurao do
retorno sobre o investimento o designado mtodo Payback.
Sanvicente (1983) define tal mtodo como o nmero de anos ou meses
necessrio para que o desembolso correlativo ao investimento inicial seja
readquirido. Para tal clculo, o autor expe a seguinte frmula:
PAYBACK = Invesitmento Inicial
Lucro lquido do perodo
Casarotto Filho e Kopittke (2000, p.163) alertam que o procedimento do
mtodo payback [...] no leva em considerao a vida do investimento, e pode ser
dificultada sua aplicao quando o investimento inicial se der por mais de um
ano[...].
Kuhnen (2001) ainda afirma que tal mtodo deve estimar a remunerao do
capital designado no tempo. Para o autor, a vida de retorno do investimento refere-
se a quanto tempo ocorre o retorno do capital inicial investido mais a taxa mnima de
atratividade.
Portanto, o mtodo payback permite que se aponte a real rentabilidade e o
retorno do investimento, uma vez que pode haver alternativas de investimento do
capital com maior liquidez.
2.9 Fundamentos sobre restaurante comercial
De acordo com Lbo (1999) o restaurante do nosso tempo expressa mesa a
arte gastronmica de uma poca ou das mltiplas facetas da prpria histria, e esta
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mostra-nos que a cozinha, em suas vrias manifestaes, a resultante histrica do
desenvolvimento social e da criatividade artesanal e industrial do homem. O autor
tambm complementa dizendo que gostos e sabores servidos mesa exigem hoje,
em paralelo arte de cozinhar, a cincia de bem servir, pois o restaurante passou a
ser ao longo dos tempos local de trabalho, confraternizao e de comemoraes
diversas, incorporando-se vida das pessoas e aos seus hbitos, valorizando datas,
eventos e encontros significativos.
Partindo para uma viso de mercado, Davies (2001) afirma que o conceito de
gerenciamento do servio de restaurantes, no que se refere s operaes de
alimentos e bebidas, relativamente novo em todo mundo. No sculo XIX, mesmo
as pessoas que tinham suficiente renda para freqentar restaurantes no o faziam.
As refeies, segundo o autor, eram feitas em suas prprias casas ou nas dos
amigos, e o servio de restaurante era uma funo em baixa na poca. Os
empregados domsticos, geralmente sob a superviso da dona da casa, serviam
uma grande variedade de refeies completas, muitas vezes desde cedo da manh
at tarde da noite, incluindo as bebidas de acordo com o cardpio.
Nos Estados Unidos, por exemplo, esse comportamento comeou a mudar
em 1827, quando os irmos Delmonico, de origem sua, abriram em Nova Iorque
uma casa de doces e salgados, onde tambm serviam caf. Uns anos depois de
abrirem o primeiro restaurante, a arte de degustar alimentos e bebidas comeou a
ser reconhecida como uma parte importante da experincia de comer. No era mais
suficiente simplesmente servir uma boa comida em lugar pblico; era preciso,
tambm, que esta tivesse um aspecto atraente, fosse servida de uma maneira
educada, acompanhada dos melhores vinhos e no mais agradvel dos ambientes.
(DAVIES, 2001).
Como fato histrico do surgimento e evoluo dos restaurantes que vemos
atualmente, Lbo (1999) afirma que o primeiro restaurante pblico aberto em Paris
em 1765 iniciou a prestao de servios, que se ampliou na capital francesa at
1795, e a partir da saiu por mundo afora, universalizando a Frana, e criando um
histrico que recebeu atualizaes e mudanas nas vrias fases da gastronomia
universal. Segundo o autor, o mundo foi tomado por uma srie de inovaes que
no cessaram mais de acontecer, e que em nossos dias chegam ao requinte na
elaborao de pratos sugestivos e processos de atendimento surpreendentes.
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A lgica, afirma Lbo (1999), inovar buscando transformar o restaurante em
um local aprazvel e centro de acontecimentos sociais, conceituando este ramo de
negcios com um papel preponderante no encontro de pessoas, tanto os que ali
trabalham quanto os que usufruem dos seus servios. O restaurante, segundo o
autor, hoje, mais do que nunca, um lugar especial e uma empresa diferenciada.
2.9.1 Pontos cruciais para o sucesso de um restaurante
Dentre os fatores que podem influenciar o sucesso de um restaurante, so
observados pontos destacados pela maioria dos autores. Tais pontos sero
destacados logo abaixo.
2.9.1.1 Compras e estoques
Comprar matrias-primas para o restaurante no deve significar
obrigatoriamente imobilizar capital de giro, mas estabelecer uma rotina de
administrao de estoques rotativos por itens, e diretamente ligados demanda,
sem que haja necessidade de ocupar grandes espaos fsicos para armazenamento,
e conseqentemente, onerar ainda mais a deciso de compras. (LBO, 1999)
De acordo com Castelli (2003), o comprador deve conhecer os fornecedores
dos diferentes produtos com os quais normalmente trabalha. A partir desse
conhecimento, o comprador poder melhor se organizar nas suas atividades dirias,
como, por exemplo, no horrio de visita dos mesmo. preciso, segundo o autor,
organizar uma agenda de visitas, pois s assim o comprador poder atender bem
aos seus fornecedores. Alm disso, Castelli (2003) destaca que o comprador dever
efetuar visitas constantes aos seus fornecedores, para, dessa maneira, conhecer
melhor o processo do produto que estar consumindo.
Na mesma linha de raciocnio, Davies (2001) destaca que comprar mais do
que pegar o telefone e fazer um pedido. muito importante, segundo o autor,
comprar o pedido certo, na hora certa, do fornecedor certo e pelo preo certo. Para
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Davies (2001), planejar a compra dos suprimentos e dos equipamentos que se usa
ir influir no produto apresentado aos clientes e na qualidade do servio do
restaurante.
Lbo (1999) prope um modelo de rotina de compras que poderia seguir
respectivamente a seguinte seqncia:
a) fazer as compras: fazer as compras de acordo com mtodo vivel adotado,
tendo sempre como preocupao o controle total do sistema de
abastecimento, e tomando os necessrios cuidados para prover
adequadamente os perodos de maior movimento;
b) organizar e manter constantemente limpos os almoxarifados, cmeras frias,
freezers e balces definindo estoques mdio e mnimo de todos os itens,
dentro do histrico das matrias-primas e da sazonalidade do restaurante.
c) Estabelecer estoques rotativos para o perodo mnimo adotado pela empresa,
cumprindo com rigor os prazos de pedidos, de maneira que no ocorram
faltas;
d) Organizar a relao de fornecedores viabilizando sempre preo, qualidade,
embalagem, meio de transporte e horrios de entrega mais convenientes;
e) Procurar sempre novas fontes de abastecimento, mantendo atualizados
catlogos, listas de preos e informaes do mercado, de maneira que se
consigam opes de interesse da empresa; e
f) Ouvir sempre os encarregados dos setores a respeito das listas de compras,
prioridades e outros detalhes, principalmente quando houver necessidade de
substituir algum item.
2.9.1.2 Higiene
De acordo com Castelli (2003), a rea de produo de alimentos requer
cuidados muito especiais pelo fato de se estar interferindo diretamente na sade das
pessoas. O autor complementa dizendo que uma comida pode ter uma excelente
aparncia, um excelente aroma e sabor e nem por isto ser uma alimentao sadia.
Para tal, o autor sugere o controle da higiene de trs maneiras:
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a) higiene pessoal: ter cuidados de higiene com as mos, com cabelos, com
barba, bigode e costeletas; com a roupa de proteo e com o hbito de
fumar;
b) higiene dos alimentos: deve-se, alm de conhecer a procedncia dos
alimentos e adquirir produtos devidamente tratados, armazenar corretamente
e manipular de maneira correta e tcnica, evitando toxinfeces alimentares e
intoccicaes, tanto qumicas quanto naturais;
c) higiene ambiental: deve-se conhecer os desinfetantes e mtodos adequados
para a higienizao de pisos, paredes, tetos, equipamentos e utenslios.
Afinal, a contaminao dos alimentos tambm ocorre devido falta de higiene
ambiental.
2.9.1.3 Vesturio
De acordo com Castelli (2003), o uniforme um valioso componente para a
boa aparncia do pessoal do restaurante, fator de fundamental importncia para o
sucesso do estabelecimento. Por tal motivo, o autor sugere alguns procedimentos e
recomendaes quanto aos uniformes, os quais podero ser observados no quadro
abaixo:
Os uniformes devem Recomenda-se
Ser confeccionados com tecidos de
qualidade que garantem maior
durabilidade e melhor aparncia
Utilizar os uniformes to somente
quando da execuo das tarefas
pertinentes
Ser facilmente lavados e passados
Diariamente trocar de camisa e
substitu-la sempre que for constatado
esgaamento do colarinho e/ou dos
punhos
Ser confortveis para facilitar os
movimentos necessrios para a
execuo dos servios
Limpar os sapatos diariamente
Quadro 2: Uniformes Fonte: Castelli, 2003
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2.9.2 Modelos de organizao de restaurantes
De acordo com Lbo (1999), o restaurante possui aspectos fundamentais
para se qualificar no mercado. Categoria, tipo de servio e os recursos humanos de
que dispe, devem atender o que se deseja oferecer ao cliente, e que certamente
influi na qualidade do servio apresentado. Adiciona-se a isso, a infra-estrutura de
organizao e a ambientao fsica que determinar o espao, a decorao e todos
os demais detalhes conjugados para a prestao de um bom servio.
Consequentemente, a categoria sustentada pela qualidade das matrias-primas a
serem utilizadas, tipos de cardpios, preos, quantidade e qualidade das pores e
variedade dos produtos.
Ainda de acordo com o autor, variam os modelos de organizao para o
restaurante comercial, pois de uma forma geral, so empresas de pequeno para
mdio porte, e no meio delas depois surgem as redes, tambm familiares na sua
grande maioria, e as multinacionais.
Lbo (1999) tambm afirma que o modelo de organizao necessrio ao
restaurante de hoje pressupe um gerente profissional, pesquisador constante,
sensvel s mudanas de mercado, e com liderana suficiente para enfrentar os
embates do dia-a-dia, aproveitando o mximo os recursos humanos que dispem.
2.9.2.1 Critrios de organizao
Tradicionalmente, de acordo com Lbo (1999), existem quatro critrios para se
estruturar um restaurante, so eles:
a) por finalidade ou objetivo: um restaurante, muito embora possa dispor de um
sistema de organizao geral, idntico ao de outras empresas prestadoras de
servios, ter obrigatoriamente departamentos, assessorias e servios
especficos ligados ao seu ramo;
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b) por funo: neste caso, o restaurante segue a tradio j implantada pelos
seus concorrentes diretos, partindo do pressuposto que os mesmos atuam
estruturalmente de maneira mais convincente;
c) por rea geogrfica: significa estruturar-se para atender dentro dos princpios
de qualidade determinados pelos usos e costumes sociais da clientela, em
funo do bairro, regio ou cidades em que se situam as lojas;
d) por clientela: segundo as necessidades de servio, status ou outros detalhes,
procurados pela clientela.
2.9.2.2 Tipos de servio
De acordo com Lbo (1999), praticaram-se ao longo do tempo nos
restaurantes inmeros servios que acabaram ficando superados ou em completo
desuso. Atualmente, de acordo com Davies (2001, p.74), pode-se destacar cinco
tipos principais de servios:
a) servio inglesa direto: usado nos restaurantes de primeira categoria.
Consiste em trazer da cozinha as travessas j preparadas. Os pratos so
colocados em frente aos clientes e, em seguida, o garom se aproxima
pelo lado esquerdo, servindo a comida diretamente da travessa para o
prato. Esta forma tambm usada em banquetes. As bebidas so sempre
servidas pelo lado direito;
b) servio inglesa indireto: consiste em trazer da cozinha o guridon com
travessas e pratos at a mesa do cliente. Os pratos so servidos com
cuidado pelo garom, diante do cliente. As travessas no guridon, com o
que ainda resta, devem ser mantidas aquecidas para que, depois, se
possa oferecer uma nova poro ao cliente. As bebidas so servidas pelo
lado direito;
c) servio americana: neste servio, os pratos so preparados diretamente
na cozinha, trazidos pelos garons, e colocados na mesa, na frente do
cliente, pelo lado esquerdo. As bebidas so servidas pelo lado direito.
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Outra modalidade do servio americana o buffet ou self service, que
tambm muito usado em banquetes;
d) servio russa: este tipo de servio est em desuso devido sua
complexidade e lentido. Consiste em trazer a comida j pronta em
recipientes e travessas, mas com as peas inteiras, que so fatiadas e
montadas em frente ao cliente;
e) servio francesa: geralmente usado em recepes e jantares
importantes. Embora seja um servio cerimonioso, facilita o garom, pois
consiste em trazer da cozinha as travessas j montadas com os
respectivos talheres para servir. O garon posiciona-se ao lado esquerdo
do cliente para que ele mesmo se sirva. Neste tipo de servio, escalado
outro garom para servir as bebidas.
2.9.3 Organizao fsica
De acordo com Castelli (2003), para que um restaurante possa funcionar
precisa ter uma estrutura que garanta um bom funcionamento do restaurante e
esteja preparado para um possvel crescimento do empreendimento. O autor detalha
tpicos que fazem parte de uma estrutura genrica de um restaurante, os quais
sero detalhados logo abaixo.
2.9.3.1 Mveis, materiais, utenslios e equipamentos
Ainda de acordo com Castelli (2003), o mobilirio, os materiais, utenslios e
equipamentos de um restaurante devem:
a) estar em harmonia com o tipo e a categoria do estabelecimento;
b) facilitar o servio por parte da brigada do restaurante;
c) oferecer conforto para os comensais;
d) ser de fcil limpeza;
e) ser padronizados, para facilitar sua rerposio; e
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f) ser resistente, para o uso dirio.
Alm disso, o autor afirma que devem estar dispostos de tal forma, dentro do
espao da cozinha, que permitam o desenvolvimento do trabalho da maneira mais
racional possvel, oferecendo condies para maximizar a produtividade dos
funcionrios.
2.9.3.2 Mveis, materiais, utenslios e equipamentos de salo
Dentre os vrios mveis necessrios para o funcionamento do salo de um
restaurante, Castelli (2003) cita os principais como: mesas, cadeiras, aparadores,
mesas auxiliares, carrinhos diversos (para o servio de sobremesa, de bebidas, de
frios e flambar) e mesa para o buffet. Castelli (2003) ainda cita materiais diversos,
que incluem principalmente a necessidade de se possuir dentro da estrutura loua,
talheres, cristaleira, roupas e utenslios para poder operar.
2.9.3.3 Mveis, materiais, utenslios e equipamentos de cozinha
Castelli (2003) afirma que cada setor da cozinha necessita de mveis,
equipamentos e utenslios em quantidade e qualidade as mais adequadas para o
tipo de produo que a cozinha objetiva realizar. O autor cita que tais podem ser
classificados ou agrupados da seguinte maneira:
a) equipamentos para coco: foges e fornos;
b) equipamentos para a preparao: mquinas;
c) equipamentos para refrigerao: geladeiras e freezers;
d) equipamentos para lavagem: mquinas;
e) Materiais para coco: panelas;
f) Materiais para distribuio: travessas e bandejas;
g) Produtos e materiais de limpeza;
h) Roupas e uniformes de cozinha;
i) Ferramentas de cozinha
j) Mveis;
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k) Utenslios em geral
O autor ainda complementa dizendo que os utenslios de cozinha podem ser
confeccionados com diversos tipos de materiais, tais como: ferro fundido, ao
inoxidvel, cobre, alumnio, vidro, cermica, plstico etc.
2.9.3.4 Decorao e msica ambiente
Na viso de Castelli (2003), a decorao contribui para criar uma atmosfera
agradvel e peculiar, interferindo no bem-estar do cliente. Da a importncia,
segundo o autor, de se harmonizar cores, mobilirio, quadros, cortinas, arranjos
florais, etc. Tudo deve estar de em equilbrio com o ambiente que se deseja criar
para a clientela visada.
Em uma mesma linha de raciocnio, Lbo (1999) afirma que o aroma da
comida pronta vai misturar-se ao ambiente,