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TEMPO: instável, comchuvas. TEMP.: em de-clinio. VENTOS: sul,fracos. MÁX.: 27.6. MÍN.:20.0. (Mais detalhes na1> página do Cad. deClassificados)

Rio de Janeiro - - Terça-feira, 24 de janeiro de 1967

NAL DO BRASAno LXXV — N.o 20

O JORNAL TIO BRASIL Mé!»He apresentar hoje algumas desuas seções habituais —¦ inclu*sive o Caderno B — em conse-(piencia «Ias sucessivas interrup.

"_r£J>es no fornecimento de energia,;elétrica ao Estado da Guanabara

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Temporal mata mais de 200, blq^íieia aVia Dutra e Rio continua sem

OVANDO rAS MÃOS SE UNEM

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yi rw/jei» /wra São Paulo teve ontem, lances inéditos em que os passageiros

M MEIO DO CAMINHO

encontraram, o perigo « o calar:. humano':^^^y^-^Ír^;<y.:^^ry:- y -U i -.-.-,/.'.,,,;-.;'

• •» ,,2>wtó e seus da_ 37 pessoas que viajavam neste Ônibus dà Única morreram jio.pé-da iei-rã, ^ a7^Z^2^'4 VM PASSO DA MORTE

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ISTO ERA VM ÔNIBVS

Há nm ano e 12 dias dasenchentes de 66, um nôvotemporal matou ontem aci-ma de 200 pessoas no Rioe na Baixada Fluminense,durante uma madrugada dechuvas que deixaram a Ci-dade sem água e sem luz,cuja normalização ainda nãoestá à vista, e de desmoro-namentos que bloquearam aVia Dutra num percurso de100 quilômetros.

Além da queda de umônibus da Única no Rio daFloresta (km 55 da Rio-São Paulo), após uma su-cessão de choques enlremuitos outros veículos ar-raslados pela enxurrada, aschuvas mataram 12 pessoasna Tijuca e 14 em Piraí,destruindo ainda — com cêr-ca de 150 vítimas — diver-sos distritos fluminenses eum acampamento de ope-rários nas fraldas da Serradas Araras.

Só hoje a Rio Light po-dera informar com precisãoquando será inteiramentenormalizado o fornecimen-to de energia elétrica à Ci-dade, porque ainda não temcerteza se as turbinas foramou não atingidas. No pri-meiro caso o conserto serádemorado, mas se as lurbi-nas não chegaram a ser mo-lhadas em poucos dias o Rioterá outra vez sua carga deenergia elétrica normaliza-da. Turmas de socorro daLight só chegaram ao localontem após 18 horas de via-gem, porque tôdas as estra-das para a Usina Nilo Peça-n h a estavam interditadas.Também não havia comu-nicações com o local e porisso as informações eramimprecisas.

A poluição do Rio Guan-du prejudicou o abasteci-mento de água ao Rio, queviveu um dia de tumulto etemor: o comércio e a in-dústria funcionaram de mo-do irregular, os bancos aten-deram precariamente, ostransportes suspen-deram suas viagens, mas aSUNAB assegurou que seusestoques de gêneros alimen-lícios são suficientes paraatende.* às necessidades doEstado durante três meses.

Os operários que falta-ram ou chegaram atrasadosao serviço, devido a proble-mas de transporte, terãoseus cartões de ponto abo-nados, segundo a Federaçãodas Indústrias.

O Ministro dos Organis-mos Regionais, Sr. JoãoGonçalves de Sousa, recebeuinstruções do Presidente Cas-teio Branco para coordenara ajuda aos desabrigadospelas enchentes e já à noiteesteve na Serra das Araras,acompanhando a atuaçãodo Exército na descobertade corpos e desobstrução darodovia.

Oitenta mil telefonesvoltam a funcionarhojeVeja desvio na Rio-'São PauloIndústria teme o co-lapso se energia fôrracionadaParalisação das eleva-l ó r i a s contaminapraias com esgotosTrânsito chega ao

caos dirigido pela PM

(Páginas: 3, 5, 7, 9, 11, 13, 14, 15e 16, e Editorial na página 6)

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As águas arrastaram dois ônibus até a ponte da Coberta, que os impediu de cair no rio ü ônibus da CTC que a enchente atingiu na Tijuca ficou completamente destruído

Mesas do Congresso promulgam hoje a nova Carta(Pág. 4)

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2 _ l.o Cad., Jornal do Brasil, terça-feira, 24-1-67

Luta armada nas ruas de Manágua ameaça os SomozaSíria vai a reunião de pazcom Israel disposta arejeitar a proposta da ONU

Jerusalém, Israel (UPI-JB) — Na reunião de amanhã,convocada pela Comissão de Supervisão de Trégua da ONU,

para discutir o problema do cultivo da terra na zona des-militarizada, a Síria deverá rejeitar as propostas de acordoda Comissão, e exigir que a agenda se estenda à questãoda eventual soberania da área, segundo fontes oficiais deIsrael.

Temem as autoridades israelenses que mesmo um acòr-do sobre a questão do cultivo — por mais improvável quese apresente — seja apenas uma cortina de fumaça paradesviar a atenção mundial do conflito fronteiriço entre osdois paises.

DISPUTA

O principal ponto cm dis-cussão se relaciona a 12 500acres de terras pantanosas eprados, reclamados pelos doispaíses, que se situam em gran-de parte na região de pântanosdo delta do Jordão, na margemsul-oriental do Lago Tiberia-des, perto de um alto escarpa-do, onde os pastos avançadosda artilharia síria mantêm vi-güâucia severa sobre as fazen-idas israelenses, abaixo.

Essa zona desmilitarizada foiocupada pelas forças sírias aoíim da guerra árabe-israelen-se. em 1949, e, posteriormente,colocada provisoriamente sobadministração de Israel, quereclamou também a zona pan-tanosa do Lago Huleb e os pra-dos da Galiléia.

A Siria. que antes possuíraessas terras, embora não as te-nha explorado, exigiu que Is-rael cessasse seu cultivo até quese estabelecesse a soberaniapermanente de toda a área.Apoiou essa exigência com in-cursões fronteiriças, em 1961,até que uma comissão da ONUconseguiu um armistício, queprevaleceu até o momento, pelomenos na aparência.

CORTINA

A situação se vem deterio-rando a cada dia, os síriosalarmados com a utilização daszonas desmilitarizadas, porparte de Israel. Por isso, jul-gam as íontes oficiais de Israelque as Síria não aceite as pro-

postas da ONU, que. na verda-de, deixarão cssa área sob oefetivo controle do Governo ls-raelense.

As declarações cio PremierLevl Eshkol e do Ministro doExterior Abba Eban, a sema-na passada, advertindo queque Israel responderá violen-tamente aos ataques sírios, pa-ra os observadores refletem aopinião de ambos que a confe-rência da amanhã desviará aatenção do perigo maior: acrescente pressão militar siriasobre Israel, com objetivo deestender suas fronteiras até omar, através da região nortede Israel.

REFUGIADOS

As dificuldades se anunciamtanto maiores quanto outra or-ganização de refugiados da Pa-lestina,, extremista, declarousua disposição de lutar contraIsrael e a Jordânia. Em comu-nicado divulgado em Beirute,acusaram o Rei jordanense,Hussein, de colaborar com osEstados Unidos, limitando osraids da organizações pales-tinas.

Fontes autorizadas de Beiru-te julgam que o nôvo grupo decomandos palestinos, que se in-titula Heróis dá Repatriação,tem o apoio do Exército de Li-bertação da Palestina, que temem Israel seu inimigo número 1e, no Rei Hussein, o número 2.

Mobutuprendebelgas

Bruxelas (UPI-JB) '_

—Acusados de "ameaçar a segu-rança do Estacio", nove ho-mens de negócios belgas e oSenador congolês Gaston Dio-mi foram presos domingo emKinshasa, capital do Con?o,informou o Ministério do Ex-terior em Bruxelas acresceu-tando que os nomes só serãorevelados quando as famíliasforem notificadas.

Um porta-voz do Ministériodeclarou que a Embaixadabelga em Kinshasa já entrouem contato com as autorida-des congolesas para tratar doassunto, enquanto extra-ofici-almente era anunéiado que oadetidos são gerentes de firmasbelgas que operam no Congoe membros da Federação das

. Empresas congolesas.

OS NEGÓCIOS

Segundo a rádio belga osnove gerentes foram presos nacasa do Senador Gaston Dio-mi, que participa da diretoriade várias firmas belgo-congo-lesas. As mulheres dc dois dê-les foram postas em liberdade.

Os detidos foram conduzidosda casa de Diomi, cm Wolter,a uns 73 quilômetros a lestede Kinsasa, a um acampa-mento de pára-quedistas, nossubúrbios da Cidade.

Até o momento não se sabese a prisão está relacionadacom a encampação da compa-nhia exploradora de cobreUnion Minière du Haut Ka-tanga, pelo Governo congolêsno último dia 1.

Todos os 1 600 empregadosda companhia poderão aban-donar o país se o desejarem,conforme decisão do Governoratificando a posição anteriorque exigia um aviso prévio dedois meses de todos os técnicosque quisessem voltar para aBélgica.

Wilson na Franca desafiaDe Gaulle na véspera desua conferência com èle

Estrasburgo (UPI-JB) — O Primeiro-Ministro HaroldWilson afirmou ontem, num desafio ostensivo ao Presiden-te Charles De Gaulle, que quem rejeitar um nôvo pedidopara o ingresso da Grã-Bretanha no Mercado Comum Eu-ropeu será "o arquiteto da decadência".

No enérgico discurso que pronunciou perante o Conse-lho da Assembléia Consultiva Européia, Harold Wilson de-clarou que, sc os entendimentos malograrem, a culpa nãoserá da Grã-Bretanha. E acrescentou que a Grã-Bretanhafortaleceria a Europa em vez de debilitá-la, pois contri-buiria com recursos econômicos. Wilson tem encontro mar-cado, hoje, em Paris, com o Presidente Charles De Gaulle.

DIFICULDADES

- O discurso de Harold Wilsoníoi um prelúdio às negocia-ções com De Gaulle, que terãoinício hoje no sentido de ob-ter o ingresso da Grã-Breta-nha na Comunidade Econômi-ca Européia. Êle disse que , "aGvã-Bretanha virá com maisvigor para a Europa c respon-derá com íatos às palavraspessimistas de alguns comen-taristas".

Wilson disse ainda: "Se nãoingressarmos no Mercado Co-mum — quero que isso fiquebem claro — a culpa não seráda Grã-Bretanha. Mas o custo,e acima de tudo o custo dasoportunidades perdidas, recai-rá, em escala crescente, sobrecada um de nós. Não será coma estagnação, mas com o mo-vimento continuo, que o mo-mento criado na Europa dopós-guerra poderá prosseguir e,na verdade, ser acelerado. Por-tanto, a ampliação; com basena mudança, significará o for-talecimento da Europa."

No decorrer de seu discurso,Wilson ressaltou que consideraa Grã-Bretanha parte da Eu-ropa. Mas o Primeiro-Ministrobritânico não deu a entendercemo seu Governo considera-ria a insistente reivindicaçãode que a Grã-Bretanha inter-rompa sua intima relação comos Estados Unidos.

Na abertura do seu discursode 19 laudas, Wilson citou oexemplo dos -Estados Unidoscomo sendo, cm última análise,uma criação do gênio europeu.

Sem aludir ao veto da Fra,n-ça, em 1963, Harold Wilson re-lembrou a dramática, ofertafeita por Sir Winston Churchill,em 1944, quando êle pediu àFrança derrotada pela Ale-manha que se juntasse à Grã-Bretanha, "num indestrutívelato de união".

Harold Wilson disse que ti-nha certeza, de que a Grã-Bre-tanha enfrentará dificuldadesem subscrever o Tratado deRoma, de 1960, que constituiu acomunidade continental entroa França, a Alemanha ociden-tal, a Itália, a Bélgica, a Ho-landa e o Luxemburgo. Mas êlepediu que se autorize à Grã-Bretanha assinar o pacto apósbreves conversações ou depoiscie um período de transição pa-ra a necessária adaptação, coma permissão para negociar pos-teriormente os detalhes restan-tes. Era uma alusão à série deconversações que tiveram iní-cio em 1961 e que só terminoucom o veto francês há doisanos.

Wilson disse que seu Govêr-no não tinha medo de tomardecisões impopulares e citou,como exemplos, a demonstra-ção de íôrça com os portuáriosem greve, em 1966, e os esfor-ços do Governo trabalhistapara mudar a estrutura básicado país. O Primeiro-Ministrobritânico declarou ainda que arecuperação financeira, da Grã-Bretanha e seu grande poten-ciai econômico seriam umgrande impulso à comunidade.

como devetrabalhar umalavadoraAutomáticaPrimeiramente, uma lavadora da roupa deve ser totalmente automática,como o cão todos os modelos de lavadoras Brastemp,

Processo agicêntrícoPara lavar roupas com perfeição, deve conjugar dois sistemas essenciais:agitação e centrifugação. Ao conjunto desses dois sistemas 6 quedenominamos processo Agicêntrico, o qual é uma das característicasessenciais das lavadoras Brastemp.

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Cesto e tanque porcelanizadosA fim de poder realizar o processo mencionado, as lava-doras Brastemp são construídas do forma a que a éguasoja contida em um recipiente estanque, ao qual denomi-riamos tanque. Dentro dêste, um outro recipiente perfu»rado, contém a roupa durante a lavagem - c o ccslo. Am-bos sSo porcelanizados, de maneira a proporcionar umtratamento ideal ãs roupas, devido à eua superfície lisae à completa isenção de odores retidos, em virtude daporcelanizaçSo garantir a mais perfeita higiene.

na água e sabão que lhe u adicionada, são delicada-mente movimentadas pelo agitador, cujo desenho tècni-camente bBm estudado, faz com que sejam transmitidosà água os movimentos necessários, de forma que as rou-pas fiquem livres da sujeira que traziam. Em seguida,uma bomba poderosa esvazia a ãgua com as impurezasem monos de dois minutos. (Ver desenho n. 2 para cen-irifugação.) Inicia-se, então o primeiro movimento de cen-irifugação, durante o qual a roupa recebe quatro jatos deágua. Após, torna-se a encher, voltando a enxaguar poragitação.o que torna a roupa absolutamente limpa, Maisuma vez a água será escoada por meio da bomba, tendolugar a centrifugação final com mais dois jatos de águalimpa que retiram da roupa os últimos vestígios de sabão.A centrifugação continua até retirar o máximo possíveldo umidade da roupa. Feito isto a lavadora desliga-seautomaticamente,

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tfsComo se dá a separação da sujeiraAs impurezas pesadas são eliminadas pelos orifícios docôsto.em número de 1.117. Através deles, são enea-minhadas para o tanque e quando da centrifugação, asucção da bomba elimina -as para o exterior. Pequenaspartículas e substâncias oleosas mais leves do que aágua, que por isso permanecem na superfície, vão sendoprogressivamente desviadas para as bordas do cesto adaí passam, igualmente para o tanque o São da mesmaforma ^escoadas pela sucção da bomba. É importanteassinalar qud.na lavadora Brastemp, as impurezas umavez separadas da roupa, não voltam a fer contato com ela.

FiltroDurante todo o ciclo de lavagem, no primeiro a segundoenxagues por agitação, a água é recirculada através deum filtro que retém todos os fiapos e outras impurezas,Éste filtro é colocado de tal maneira, que não interferecom a colocação ou retirada da roupa.

EstabilidadeDurante a centrifugação,apesar da grande veloci-dade de rotação, a trepida-ção ó quase imperceptível,devido ao exclusivo siste-ma de suspensão em trêsesferas de borracha.

Aqui começa a lavagem das roupasEm primeiro lugar, ao girar o botão de uma lavadora Brás-temp, a máquina enche-se de água e automaticamenteinicia o seu processo de agitação. As roupas colocadas

CÉkfPPés auto-reguláveisCorrigem automaticamente qualquer irregularidade dopiso. É outra exclusividade Brastemp.

rast o nm p¦\ - o presente no lar do futuro

Mmmgua (UPI-JB) — A Nl-carág-ua está à beira da guer-ra civil com o inicio da lutaarmada entre o regime do -Pre-sidente Lorenzo Guerrero, par-tidário dos Somoza, e os se-guidores do líder oposicionistaFernando Aguero, que se en-contra entTicheirado no GrandHotel com 20 norte-americanoscomo reféns,

Em Washington, o Senadordemocrata Robert Kennedypediu que o Conselho da OEAse reunisse em s?ssáo extraor-dihárlá para examinar o agra-va mento da crise nicaraguano,Porta-vozes americanos conlir-maram que aviões da ForçaAérea local metrnlhnram íran-co-atiradores escondidos nostelhados. Oficiosamente, asse-gura-se que pelo menos 30pessoas morreram. Os dadosoficiais são de 18 mortos e 50feridos.

TENSÃO

Em nota oficial divulgadaontem à noite o PresidenteGuerrero acusou os membrosdo Partido Conservador deameaçar a segurança do paí3e manifestou a disposição dereprimir com a maior energiaqualquer tentativa de "subver-são da ordem".

Guerrero conferenciou com oex-Comandante da GuardaNacional, General AnastasioTachito Somoza, e candidatodo Governo à Presidência daRepública, autorizando logo cmseguida que os tanques de fa-bricação americana da Guar-da cercassem todo o quarteirãodominado pelos rebeldes.

A Cruz Vermelha da Nica-rágua informou que todas assuas ambulâncias estavam re-colhendo feridos espalhadospelo centro da Cidade, ondedurante todo o dia prosseguiua- luta iniciada pela madruga-da entre seguidores de Agua-ro e membros da Guarda Na-cional. Um diplomata latino-americano disse que a situaçãona Capital nicaragüense é "ex-tremamente grave".

SÍTIO

O Presidente Lorenzo Guer-rero já recebeu o texto do de-

creto que estabelece o estadode sítio no país a partir dezero hora de hoje. Todas asguarnições militares estão emalerta e as unidades motome-canizadas guardam o Paláciopresidencial, as residências dosmembros da familia Somoza edos Ministros de Estado.

Os bombeiros também estãode prontidão e foram chamadospara apagar vários incêndiosno centro dc Nicarágua. O Ge-neral Gustavo Montiel, Chefedo Estado-Maior da GuardaNacional, informou que consi-derava a situação grave, porémnegou-se a confirmar a exis-tência dc focos de rebelião.

RESISTÊNCIA

O Núncio Apostólico da ca-pitai nicaraguano, Monse-nhor Santos Portalupe, e o Ar-cebispo-Auxillar de Manágua,Monsenhor Donato Chaves, en-trevistaram-se com os dirigen-tes oposicionistas aquarteladosno Le Grand Hotel porém nãoconseguiram convencê-los a seentregarem aos soldados daGuarda Nacional.

As autoridades nicaraguanasproibiram todo tráfego deveículos no centro de Maná-gua, levantaram barricadasem todos os locais de maiormovimento. Aguarda-se paraqualquer momento o início dasmanobras para tomar o LeGrand Hotel. Calcula-se quepelo menos quinhentas pessoasencontram-se detidas pelos re-beldes de Aguero.

A rádio de Manágua estáexortando a população a apoiaro Governo contra o movimen-to "aguerista-comunista quepretende alterar a paz da Re-pública para trazer dor aopaís". De minuto a minutoreitera os apelos para que apopulação mantenha-se calmae em casa. Não faz referênciasaos franco-atiradores em açãonem ao fato de que Agueroestá entrincheirado e dispostoa resistir.

SAQUE

Grupos de nicaraguanos per-correm as ruas da capital sa-queando os estabelecimentoscomerciais e lutando com ospoliciais que tentaram enfren-

tá-lcs. O.Hospltal de ElRetiro informou que «tendeu50 pessoas, quase todas tóin-gidas pm- tiros. Os policiais esoldados da Guarda Nacionalíoram levados para os hospitaismantidos por suas corporações.

Até o momento não se temnoticias na capital nicaragua-na de choques no interior dopais. O General Anastasio Ta-cilito Somoza regressou àsprimeiras informações da re-volta da cidade de León ondedeveria pronunciar hoje umdiscurso.

PRISÕES

Mais de cem dirigentes daoposição entregaram-se ontemà noite á Guarda Nacionalatendendo o promessa do Ar-cebispo Auxiliar de Manágua,Monsenhor Donato Chaves, deque seriam "bem tratados" pe-lo Governo.

Entre os detidos encontra-seo Presidente do Partido Con-servador, Franz Arana Valle,que juntamente com seus com-panheiros foi levado para aprisão de El Hormiguero nosarredores da capital. A notíciadas detenções feitas pelas au-toridades aumentou a tensão.Um grupo de rebeldes tomoua Igreja de Santo Antônio, nocentro da cidade e anunciouatravés de megafones que "re-sistirá até o último homem".A Guarda Nacional já cercoua igreja porém não iniciouqualquer movimento de avanço.

Foi anunciado, às últimas ho-ras da noite de ontem, que qua-tro norte-americanos retidoscomo reféns por elementos daoposição num hotel central des-ta cidade foram postos em li-berdade quando a guarda na-cional cercou o hotel e exigiua rendição dos rebeldes.

Os norte-americanos, entreeles pelo menos três religiosascatólicas, saíram do hotel aoamparo de uma bandeira bran-ca. Contudo, os insurretos queocupam o hotel recusaram acei-tar a exigência de rendição.

A libertação dos reféns ocor-reu depois que altas figuras daIgreja e vários diplomatas pe-netraram no hotel em "missãohumanitária" para lograr sualiberdade.

Crise começou com apelo de AgueroManágua (UPI-JB) — Aguero e o Diretor

do jornal La Prensa, Pedro Joaquim Chamor-ro, tinham programado um comício para an-teontem a noite. As 19 horas, o candidato daOposição começou' a falar. Mela hora depoisfêz um apelo à Guarda Nacional:

— Desejamos parlamentar com os solda-dos. A Oposição nada tem contra o Exército edeseja conversar para evitar a Nicarágua o sa-orifício da violência e o derramamento de san-gue. Não estamos contra os militares. Deseja-mos cooperar com eles. Não queremos violen-cia. Não queremos sangue. Vou à rua esperar adecisão da Guarda Nacional.

A seguir, Aguero se pôs ã frente dos ma-nifestantes e começou a marcha em direção aoQuartel-General da Guarda Nacional. Da Pra-ça da República, em que se encontravam, até oCampo de Marte, foi saudado das janelas comlenços brancos. Os policiais que estavam deserviço nas ruas saíram correndo enquanto os

donos de lojas sc apressavam a fechar suasportas.

Diante dos muros do QG a coluna dc Aguc-ro se deteve» Em cima de um banco, o Lideroposicionista pediu para falar com o Coman-dante do Quartel, General Gustavo Montiel.O militar respondeu por um oficial, que nãopretendia dialogar com "perturbadores da or-dem pública". Aguero e seus seguidores inicia-ram o que chamaram de uma "longa esperadiante do Quartel". .

Quase uma hora depois da chegada dnsmanifestantes, sem que sc saiba eomo, os sol-dados da Guarda Nacional começaram a ati-rar. A multidão em baixo entrou cm pânico e,aos gritos, corria de um canto a outro da pra-ça. Ds telhados, franco-atiradores alveja-vam os soldados aquartelados no QG da Guar-da. Aguero e seus seguidores correram cm di-reção ao Le Grand Hotel e o tomaram em sc-gundos. O.s hóspedes foram presos como reféns.

Aguero vem da escola tle "Tacho"Fernando Aguero, advogado,

é lider do Partido Conserva-dor da Nicarágua e um políti-co moldado ao feitio dos pou-cos nicaraguanos que nãoconseguiram se - engajar nogrupo Somoza: demagogo eambicioso ao extremo.

Seus críticos menos severosnão o identificam como um li-der de massa. Como aconte-ceu com o Coronel CaamanoDeno da República Dominica-na, poderá ser levado de rol-dão pelos acontecimentos e empouco tempo incendiar o país.

Desde 1960, Aguero vai pe-riòdicamente aos Estados Uni-dos pedir ajuda financeira pa-ra "lutar contra a ditadurados Somoza". Quando da elei-

ção do Presidente Schick dis-se que não haveria possibili-dades de eleições "devido àíôrça militar". Implicitamen-te, concordou com o jogo dosSomoza pois em nenhum mo-mento fêz uma acusação fron-tal à própria idéia de se rea-lizar eleições com o país do-minado pelos homens da oli-garquia nlcaraguana.

O principal dado no dramanicaragüense e do qual Agueroparece estar distanciado é for-necido pela situação interna dopaís: 80% das terras produtí-veis do íiats encontram-se nasmãos dos Somoza e seus segui-dores. Os 20'i restante sofre-ram uma reforma agrária cmminiatura no tempo do Presi-dente Schick que aniquilou com

qualquer possibilidade de pelomenos se ter esperança. AsForças Armadas do país se re-suiném na Guarda Nacional,cujo efetivo é segredo de Es-tado, sob o controle efetivo doseu Comandante, GeneralAnastasio "Tachito" Somoza.

— O papel de Aguero — afir-mou um observador norte-ame-ricano — é denunciar o regi-me dos Somoza e as eleiçõesmarcadas que estão promovendoe começar a lutar, com as ar-ma.s que puder conseguir, paradestruir a ditadura. Com pala-vras ou tentando manobrardentro do esquema do regimeSomoza, Aguero e seus seguido-res apenas dificultarão maisainda a libertação do povo ni-caragup.no.

Fidel profetizou revolta em 67Para Fidel Castro, 1967 é o

ano em que os nicaraguanosjogarão por terra a ditaduraque a famíliza Somoza há 30anos impõe ao país. Ao ladodo Haiti, a Nicarágua, é a re-gião da América Central ondemais forte sopra a brisa da re-volução que, em Cuba, se trans.formou no furacão que aba-lou o mundo.

— É preciso apenas que Ta-chito (General Anastasio So-moza) complete com uma gotade água o copo da saturaçãonlcaraguana. Somente quan-do toda possibilidade de umasaída, segundo as leis da dita-dura, se fechar, é que a Nicarâ-gua dos Somoza estará prontapara a Revolução. Antes, seráinútil qualquer esforço. Pala-vras de Fidel.

LONGA ESPERA

Os nicaraguanos habitam omaior pais da América Centralmas nâo tém hospitais, nemescolas, nem onde trabalhar.Com 60% de sua populaçãoanalfabeta e cerca de 30 % com

correspondente ao curso mé-dio completo, apenas 10%dos nicaraguanos conseguemconcluir um curso superior noexterior, porque no pais tudoestá atrasado em muitas decê-nics.

A população utearaguana,segundo o censo de 1962, é de

502 mll pessoas; 70% demestiços; 15% de brancos; 10%de negros e 5% de índios iso-lados no interior. Vivem deplantações de bananas, de ca-fé c de nleocião. àléhi des 5milhões de dólares que, em mé-

dia, os Estados Unidos enviamanualmente para a família So-moza aplicar em "investimen-

tos, escolas e hospitais". Pa-ra se ter uma idéia da Nicará-gua — disse Fidel — basta di-zer que a situação é pior doque a enfrentada pelos cuba-nos quando Batista caiu."TACHO" E "TACHITO"

Os Estados Unidos liga ram-sedefinitivamente à História daNicarágua ein 1912, quando osmurin-es desembarcaram com aexplicação de que tinham sidomandados para restabelecer aordem quebrada pela instabili-dade politica. As tropas ame-ricanas foram ficando até 1933e, entre outras coisas, .conse-guiram que os dirigentes nica-raguanos assinassem um tra-tado dando a Washington aopção perpétua para construirum canal interoceânlco pelopaís. Com a politica de boa vi-zinhança do Presidente Fran-klin D. Roosevelt, os fuzileirosnavais dos EUA deixaram a Ni-carágua em 1933.

Três anos depois, em 1936. oGeneral Anastasio Somoza —chamado por seus patrícios deTacho — assumiu o Governograças a um golpe militar paradeixá-lo apenas por três anos(1947-1950) até a morte (1956)'.Tacho governou com mão deferro utilizando o terror comoargumento principal. Por deze-nas de vezes foi denunciado aosorganismos internacionais comoum ditador sanguinário. Nuncarespondeu a qualquer das críti-cas que ss Nações Unidas c aComi;sâo Internactona* de Ji-ristas lhe dirigiram.

No dia 21 de setembro de1950, Tacho é baleado numatentado patrocinado pela Ligadas Caraíbas — uma organiza-ção clandestina que jurou lutarcontra os ditadores nntilhanos.O velho Somoza foi levado deavião para um hospital na Zo-na do Canal do Panamá porqueem seu país não havia um hos-pitai capaz de lhe dar qualqueresperança de sobrevivência. OI-to dias depois, Tacho morreu eseu filho, como nas m o n a r-quias, foi nomeado pelo Con-gresso para sucedê-lo. O her-deiro chama-se Luis SomozaDebaylex que, confessou maistarde, sentia-se inseguro comogovernante c preferia o mundodoa negocias, "desde que a fa-milia mantivesse a retaguardasob controle". Mesmo assim,permaneceu no Governo até fe-vereiro de 1963, quando um ho-mem de confiança das Somozafoi feito Presidente: RenéSchick.

Como acou teceu com LuisSo-moza, Shick governou com aajuda e sob o controle de Anas-tasio Somoza Tachito, Co-mandante da Guarda Nacional,o Exército de lá. Shiok mor-reu de um ataque cardíaco em1966. Lorenzo Guerrero Gu-t-iérrez — um dos três Vice-Presidentes da Nicarágua —assumiu para completar o man-dato de seu predecessor e con-vocar as eleições que, éste ano,deverão indicar o nôvo Chefede Estado nicaraguano entreAnastasio T a c h i t o Somoza,do Partido Liberei, e FernandoAguero, do Partido Conser-vador,

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Jornal do Brasil, terça-feira, 24-1-67, l.o Cad.

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.Só hoje se saberá °-c~em quanto tempotudo se normaliza

MINHO DA DESTRUIÇÃO

Somente lioje, após o conhe-cimento real dos danas causa-dos ao sistema que forneceenergia elétrica- para o Rio amunicípios fluminenses vizi-nhos. é que n. Rio Llght poderá-ter uma idéia de quando será-possível normalizar os serviçosde luz e força, desta área. sò-riamente afetados pela tromba-dVigua que. caiu na região doRibeirão das Lajes.

Contudo, no anoitecer de on-tem, os engenheiros da emprê-sa, trabalhando em regime deemergência, haviam consegui-do alcançar cerca de 45<v dascondições normais de funcio-namento do Sistema Rio, gra-cas à energia produzida naUsina de Ilha, em Além-Pa-raiba, e o restabelecimento dainterligação com o Sistema SãoPaulo.

O SISTEMA RIO

O Sistema energético da RioLight, com capacidade máxi-ma normal de 818 000 Kva. écomposta pelas usinas de NiloPeçanha (378 000 Kya), .subter-rânea e a mais moderna; Fon-tes (172 000 Kva), Pereira Pas-sos (104 000 Kvp.l e Ilha(164 000).

 tromba-d'àguii, provocandoo transborciamento do Ribeirãodas Lajes, colocou fora de açãoas três primeiras daquelas usi-nas) restando em íuncionamen-to. apenas, a Usina de Ilha, si-tuada na divisa fluminense-mineira e que produz poucomais dc 20c_ da energia doSistema Rio.

BLOQUEIO TOTAL

Tão logo conheceu-se a ex-tensão da tromba-d'água eos efeitos causados no sistemaelétrico, a Rio Light enviou aolocal várias turmas de socor-ros, a.s quais só puderam atin-glr Lajes após 38 lioras detrabalhos; em face do bloqueiototal das vias de acesso, cau-sado pela queda de barreiras.A falta de comunicações ra-dlofônicas e telefônicas, tam-bém interrompidas pelas águas,impediram que se conhecesse,de pronto, a extensão dos da-nos.

Durante a tarde tle ontem. -num helicóptero cedido peloMinistério dn Aeronáutica, doisengenheiros da Rio Light so-brevoaram a região. O apare-lho não pôde descer no iocal,mas os engenheiros puderamobservar que as rodovias deacesso foram inteiramente des-truiclas e que o canal de des-carga nn Usina Nilo Peçanhafoi bloqueado por desmorona-mento de grandes proporções;

EXAME DA SITUAÇÃO

Com a chegada das primei-ras turmas de socorro ao com-plexo de Lajes, e com o estabe-lecimento de um circuito espe-ciai de comunicações radioíõ-nicas, é que a direção da RioLight poderá ter uma idéiaexata dos danos causados àsUsinas de Nilo Peçanha, Pon-les e Pereira Passos. Se aságuas não tiverem ntingido asturbinas (especialmente as dcNilo Peçanha) então a norma-lização do suprimento de ener-gia poderá ser mais rápido.Mas, se os geradores estiverematingidos pelas águas, vai ser

preciso desmontá-los para lim-- peza total, do que resultará,retardamento da normaliza-çáo.

Pelas observações feitas nolocal, técnicos ca Rio Light ati-mitem que as águas de Lajespenetraram, em sentido inverso,pelos canais de descarga dasusinas de Fontes e Nilo Peça-nha e se espalharam pelo in-terior dns mesmas, em face dovolume adicional que receberamdas chuvas.

INTERLIGAÇÃO

A interligação dos sistemasenergéticos Rio—São Paulo foilogo uma das primeiras preo-cupações dos técnicos da RioLight. a fim de minorar os efei-tos da grande deficiência nosuprimento clc energia para aGuanabara. Contudo, isso nãopôde ser feito imediatamente,pois a interligação dos dois sis-temas é feita entre Cubaião eNilo Peçanha. Verificndo quoas estruturas superiores dausina fluminense não foramdanificadas, foi possível com-pletnr-se a interligação Rio—Sáo Paulo, reduzindo para 65Sa queda da capacidade do Sis-lema Rio.

A interligação Rio—São Pauloé feita através tle uma linha detransmissão de 230 Kva. comcerca de 332 km de extensão ecom capacidade para transmitiraté 210 000 Kva.

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Extravasando ,1a represa (1) as tigmts aumentaram de tal forma Seu fluxo que houve uma corrida em sentido inverso (de 2 para 3J, inundando as usinas: sobrou sã a de Ilha

Termelétrica pronta teria evitado o colapso

DISTRIBUIÇÃO

Diante da redução no supri-mento de energia, a Rio Lightdecidiu distribuir a poucaenergia existente num sistemade rodízio, atendendo de ma-neira prioritária os serviços deinteresse coletivo. Assim mes-mo, «lguns hospitais foramobrigados a pedir socorros aosescritórios da empresa, a fimde «tender a casos urgentes dehospital tzaçâo.

Hoje, dirigentes da Rio Lightdeverão reunir-se com as au--toridades estaduais, inclusive oGovernador Negrão de Lima,par... estabelecer um plano pre-cario de distribuição dn eiier-gia racionada.

Parte dft zona rural do Rio(Campo Grande, Santa Cruz.e mesmo Bangu) não foi afe-tada- pela falta de energia,porque é alimentada pelos ge-radores de 60 ciclos do Estado.O próprio Guandu não sofreuinterrupção porque se benefi-cia desses geradores, o quepoderá afetar o abastecimentode água íi Cidade é a grandequantidade clc lama arrastada,pelas correntes do rio. •

A área atingida pela deficièn-cia no suprimento de energiaelétrica abrange o Estado daGuanabara, 17 municípios flu-minenses e dois mineiros(Chiador e Mar de Espanha.,nela habitando cerca de 5 500 000 de pessoas.

Se a termelétrica de Snnta Cruz — antiga CHEVAP —já estivesse pronta, não teriaocorrido o colapso de energiaelétrica tle ontem, no Rio, poisseus 100 mil meaawatts basta-riam para minorar o déficit,que no momento é de cerca de50%. A conversão de freqüén-cia depende da entradn emcarga da termelétrica de San-ta Cruz, prevista para meadosde março.

Com isso, o Rio terá de en-frentar com muito maiores di-ficuldades a crise de energia,pois seu sistema está ilha dopela freqüência de 50 ciclos eêsse problema impede a en-trada de outros sistemas pnrasuprir as necessidades, até quese complete o plano de con-versão de freqüência.O SITIO DA ENERGIA

A Guanabara está ameaça-

da de enfrentar um raciona-mento de energia elétrica semprecedentes em sua história,pois as usinas da Rio Light— caso continuem as chuvas—- terão que ser paralisadasou ter sua capacidade de pro-dução reduzidas ao minimo in-dispensável para não paralisarcompletamente a vida da Ci-dade.

As autoridades prevêem acontinuação do racionamentoda ordem de õOífc no sis-tema de 800 mil megawatts ins-talado pela Rio Light na Gua-nabara e Estado do Rio, pa-ra os próximos dias. Já há umplano de emergência em estu-do para distribuir racionada-mente a energia produzida pe-la Rio Light em 50 ciclos.

A capacidade de produçãorie energia das fontes existen-tes no Estado já íoi comple-

tamente explorada e há mui-to tempo que não conseguesuprir a demanda de consumodecorrente da expansão indus-trial do Rio e do aumento doconsumo doméstico na áreaabastecida pelo atual sistema.

Esse fato obrigou o Govêr-no a promover a conversãode freqüência — iniciada noano passado com a conversãode Santa Cruz. partes deCampo Grande e Bangu —pa.ra possibilitar que outrossistemas se interliguem ao doRio. A usina termelétrica deSanta Cruz, projetada duranteo Governo do Sr. Carlos La-cerda, funcionará em 60 ciclos,de acordo com a política deenergia elétrica do Governofederal, e, caso já estivessepronta, minoraria o raciona-mento. pois seus 160 mil me-gawatts representam quase25% de toda a potência ins-

talada pela Rio Light no sis-tema.O ATRASO DA POLÍTICA

O Governo federal resolveuencampar a usina de SantaCruz. fato combatido pelo en-tão Governador Carlos Lacer-da que acabou perdendo aquestão e o resultado foi umatraso nas obras que agoratem suas conseqüências. A nn-t-iga CHEVAP hoje já em car-ga e os problemas tle abaste-cimento de energia elétrica es-tariam praticamente resolvi-dos nesta emergência.

Segundo os técnlccs no ns-sunto, consultados pelo JOH-NAL DO BRASIL, a conver-sáo de freqüência estaria qua-se pronta — pois dependequase exclusivamente da en-trada em carga da termelétri-ca de Santa Cruz, prevista pa-ra meados de março dêste ano

— e tanto esta usina quantoa de Furnas, com seus 300 milmegawatts instalados, pode-riam entrar no sistema dn RioLight evitando o colapso noabastecimento.

Todo o sistema da Rio Lightestá alicerçado nas suas usi-nas hidrelétricas, outro fatoapontado pelos técnicos comoerros de política de energiaelétrica, porque as usinas ter-melétricas não dependem decondições climáticas para suaprodução e, apesar de o quilo-watt-hora das termelétricascustar um pouco mais caro. écerto que êsse tipo de usinaserve como fator de equilíbrioe segurança dentro de umgrnnde sistema como o do Rio.

A única forma para prevenirno futuro colapsos desta nn-turezn, segundo os entendidos,é a instalação de mais usinastermelétricas no sistema do

Rio ou a ampliação da capaci-dade de produção da usina deSanta Cruz.

A CONVERSÃOQUE TARDA

Devido a êsses fatores, a con-conversão de freqüência de 50pnra 60 ciclos tornou-se umanecessidade inadiável para oRio. que agora depende exclu-sivamente da entrada em car-ga da termelétrica de SantaCruz para ser efetivado nasproporções exigidas pelas ne-cessidades do Estado

O programa de 1967 prevê aconversão da Zona Sul — ini-ciando pelo Leblon, Gávea, Jar-dlm Botânico. Botnfogo e pariede Copacabana — e do Centroda Cidade, mas está à esperada termelétrica de SantaCruz, que já estaria em cargahoje, evitando o colapso.

Racionamento faz-se porrevezamento entre bairros

FORÇAS ARMADAS

O Exército está auxiliandona remoção de barreiras emestradas, enquanto a Marinhacolocou à disposição da Light•suas bombas de recalque paradesobstrução da Usina Nilo Pe-çanhn, inundada pelas águas,além de helicópteros para qual-quer emergência.

Ministério das Minas disque problema é da Light

Como resultado da inunda-ção que praticamente submergiuem lama a usina- da Rio-Lightde Nilo Peçanha, a Cidade seencontra desde ontem com oseu fornecimento de energiaracionado, através de um re-vezamento por bairros, "a fimde que os 50':. de energia dis-ponívels sejam distribuídosequitntivamente por todo o sis-tema", segundo informou on-tem a. Comissão Estadual deEnergia.' O Presidente da CEE, Coro-nei Paulo Leitão, disse ontemque, dentro do esquema de ra-cionamento, os serviços públi-cos essenciais, como água, es-goto e transportes, estão sendoatendidos dentro de um crité-rio de prioridade, além do em-prego de geradores de energianas hospitais do Estado.

PREVISÃO SÓ HOJE

Acrescentou o Coronel PauloLeitão que ontem ainda não sepoderia prever até quando oRio ficará com o seu forneci-mento de energia racionado,"pois tudo depende das infor-

mações dos técnicas da Rio-Light, que alcançaram a UsinaNilo Peçanha na tarde de on-tem, e que seráo conhecidassomente hoje."

Segundo declarou o CoronelPaulo Leitão, a Comissão Es-tndunl de Energia, através daSecretaria . de Serviços Públi-cos, se encontra desde ontemem contato com a Rio-Light cautoridades do Ministério dasMinas e Energia-, além de pro-mover um trabalho de coc-r-denaçáo junto ã concessioná-rin. A Secretaria de ServiçasPúblicos revelou ter sido esta-belecido um plantão perma-nente de dois homens do órgão,ficando um no Palácio Guana-bara e outro na Secretaria.

Explicando ás razões que le-varam o Estado a decretar oracionamento, o Coronel PauloLeitão disse que a medida setorna imperiasa, "de forma aque se mantenha a Cidade fun-cionande", utilizando-se paratal da energia disponível quesubiu ontem mesmo de 30%para 50%; depois de restnbele-cida a ligação com o sistemade São Paulo.

O Ministério das Minas eEnergia até o final da tardedc ontem ainda não havia to-mado qualquer providência comrelação à diminuição no íorne-cimento de energia elétrica aoRio, provocada pela paralisa-Ção da usina Nilo Peçanha, daRio Light, porque, segundo ex-plicou o Sub-Chefe dc gabine-íe do Ministro Mauro Thibau,Sr. Galdino Mendes, o proble-ma é da competência da con-cessionária. A extensão dosdanos e o tempo que será gas-,to nos reparos ainda eram des-conhecidos pelo Ministério natarde tle ontem, e somente apôsa Rio Light vistoriar a suausina será possivel saber-sequais as providências que pre-cisarão ser tomadas c qual oauxilio do Governo de que aconcessionária precisará, sendo,entretanto, desde Já esperadaa. volta do racionamento deenergia, se os estragos tiveremsido muito grandes.

EXPECTATIVA

— No momento, o Ministériose encontra em expectativa —disse o Sr. Galdino Mendes —

informando que, logo apôs tersido recebida a comunicaçãooficial da Rio Light sobre osacontecimentos, o MinistroMauro Thibau, que se encon-tra em Brasília, foi imediata-mente informado a respeito.

O reparo dos danos cabe àprópria concessionária^ iníor-mou, e, se fór necessária algu-ma ajuda, a Light relatará aoGoverno do que precisa, sendo,entã'o, discutido o meio de íor-nece-io. Quanto às medidasque terão que ney postas emprática e o tempo de duraçãodos consertos, o Ministério, atéo momento, nada sabe pois atéo final da tartle de ontem, aLight ainda não havia conse-guido atingir o local da suausina e ignorava totalmente aextensão dos danos.

Entretanto, informou-se ex-tra-oficialmente no Ministériodas Minas e Energia que, se ausina Nilo Peçanha tiver sidoinundada, os reparos demora-ráo muitos dias e, no caso denâo ser possível a interligaçãodo sistema de fornecimento deenergia do Rio com outros nãoatingidos o racionamento deenergia será inevitável.

Nota do Estaclo diz quedisponibilidade é 50%

Quanto você dariapara descobrirem umremédio que cureuma doença incurável ?

Uma série de notas foi dis-tribuída pelo Gabinete do Go-vernndor a respeito do proble-ma do corte e racionamento deenergia elétrica.

A primeira delas íoi a sc-guinte: "Devido ns fortes chu-vas que caíram na região deLajes e suas vizinhanças, noEstado do Rio de Janeiro, oabastecimento de energia elé-trica. á Guanabara ficou re-duzido a 30% do normal. Comas providências adotadas pelaLight desde ns primeiras ho-ras do dia, elevou-se para 50%essa disponibilidade de energia,vindo o novo suprimento deSáo Paulo e sendo efetuadoatravés da Estação Conversora

de Aparecida até a Estação deFrei Caneca, na Guanabara.

O Governo do Estado entrouem imediato contato com oMinistério das Minas e Ener-gia a fim de que seja dada anecessária autorização á em-presa concessionária para quea mesma mantenha a energiaelétrica racionada, dando prio-ridade uo fornecimento aosserviços públicos, principal-mente nos setores de transpor-tes coletivos e sistema hosplta-lar. O abastecimento de ener-gia nos bairros será escalona-do pela empresa concessionáriadc acordo com esquemas pre-estabelecidos".

Segundo a Light só 45%do normal está em carga

Secrelúrivê apenas

O Secretario de EnergiaElétrica do Estado do Rio,Almirante He leilo Nunes,disse que a interrupção ha-vida no fornecimento deíôrça e luz pela Light nasua área de concessão setraèa de "um acidente ja-mais previsto por qualquertécnico e que tirou 70% dacapacidade energética doEstado da Guanabara". Noterritório fluminense, o Al-mirante Heleno Nunes de-clarou que a interrupção

o fluminenseum acidente

abrange o Sul do Estado, àexceção dos municípios deAngra dos Reis e Parati, aBaixada Fluminense e Tere-sópolis.

Acentuou que o restabele-cimento de energia elétricaem toda essa região estáprevisto para dentro de 48horas, "tendo sido adotadasas medidas necessárias paraque os trabalhos de recom-posição da rede danificadapelas chuvas não se prolon-guem por mais tempo".

Segundo nota oficial daLight, o restabelecimento dainterligação do sistema Riocom o sistema da Sáo PauloLight possibilitou ontem mes-mo o aumento de 30 para 45%das condições normais de iun-cionamento dn Usina Nilo Pe-çanha e de. todo o resto do .sis-tema da Rio Light.

As turmas de socorro da RioLight só conseguiram atingir olocal após 18 haras de traba-lho ininterrupto, pois todas nsvias de acesso estavam inter-rompidas. Como ns comunica-çôes também estavam — e per-mnnecem — interrompidas é

difícil dizer a extensão dos da-nos sofridos pela Usina NiloPeçanha e em quantos dias osreparos estarão concluídos. Ocerto é que, chegadas ao local,as turmas da Rio Light entra-ram em funcionamento ime-diatamente. conseguindo depronto restabelecer a interliga-ção com o sistema de SãoPnulo.

Por tudo isso. o .sistema dedistribuição de energia passoua ser feito em rodízio, dentrodas possibilidades técnicas, dan-do-se preferência aos serviçosessenciais de interesse coletivo.

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4 — l.o Cad., Jornal do Brasil, terça-feira, 24-1-67

Coluna do Castello

Líder não crêno revisionismo

Brasília (Sticursal) — O Líder do Govêr-no na Câmara, Sr. Raimundo Padilha, decla-rou ontem que não acredita no revisionismo,pois o texto que está sendo -promulgado "é o¦fruto da vontade coletiva".- Todos colabora-ram na elaboração da Carta e, no processo, se-gundo o Líder, se esqueceram ãe que perten-ciam a um Partido oil a outro para se senti-rem apenas juristas, pensadores políticos eeducadores que não resistiam à tentação áeinfluir e dar a sua contribuição ao dperfei-çoamento do projeto.

Lembrou o Sr. Raimundo Padilha que 343emendas foram votadas e, disse, "inúmeras,inúmeras do MDB". Desse Partião, 95 porcento dos seus membros colaboraram na vo-tação, sem qualquer envolvimento ou artima-nha da parte dos líderes ão Governo, mas peloreconhecimento ãe que a Constituição é umaobra ãe toãos e deve colocar-se acima ãos pre-conceitos partiáários.

Quanto ao protesto ãos 106 ãeputaãos daARENA, o Sr. Raimundo Padilha o consiáerauma "exsuáação, uma extroversão retórica". Aseu ver, âepois que o MDB, na fase final áavotação, resolveu protestar e tentar "seròáia-¦mente" a inútil obstrução, um grupo ãe depu-tados românticos resolveu igualmente divulgaruma atitude inconformista. "Não somos",acrescentou, "um povo ético, mas um povoestético". E, mim comentário ao axioma: "Égostoso pela manhã vestir o robe, abrir o jor-nal e ver o nome ligado a um episóãio ro-màntico."

Revelou o Sr. Raimundo Padilha que, nodia seguinte ao ãa publicação áo protesto dos106, alguns dos signatários o procurarampara dizer: "Você viu o que eu assinei?" Écomo alguém, comenta o Líder, que, tendoassinado como testemunha num título ban-cario, ãe repense descobre que deu um aval.

O MDB, no entanto, mantém-se sob o sig-no ãa resistência, inauguraão pela obstrução.Convidado a designar um orador para a sole-nidade de promulgação, hoje, o Partido deoposição não o fêz, perdendo assim a oportu-nidade ãe transmitir aos conviáaãos âo Con-gresso seus pontos-ãe-vista restritivos à novaCarta. Pensou-se inclusive em aâotar, comoprotesto, a técnica de comparecer a bancadae retirar-se do plenário no momento em quefôsse anunciada a promulgação. O Sr. MartinsRodrigues, 110 entanto, preferiu o simplesnão comparecimento, tanto menos dramáticoquanto não existe em Brasília número sufi-ciente ãe ãeputaãos para uma retirada impres-sionante.

Com a euforia do Sr. Raimundo Padilhae comua frustração do MDB, o fato é que hojeo Marechal Castelo Branco verá consagradauma etapa decisiva do processo, que se impôscomo missão, através do qual transmitirácomo legado ao Marechal Costa e Silva um po-tencial de fôrça capaz de manter tenso, in-quieto e submetido o País aos cânones da se-gurança revolucionária. É a unidade inonolí-tica ão dispositivo, cuja preservação terá sidopreocupação central ão Presidente.

Chega emissário de Costa e SilvaChegou a Brasília, vindo de Los Angeles,

o Deputado Américo de Sousa, que tem acom-panhado intermitentemente a comitiva do Ma-rechal Costa e Silva. "Vim", disse êle, "a pe-dido do Presidente eleito para assistir à pro-mulgação âa nova Constituição".

O Sr. Américo de Sousa entrou em con-tato aqui com o Sr. Rondon Pacheco e comassessores civis e militares do Presiâente elei-to, devendo voltar amanhã para os EstadosUnidos, onde reencontrará o Marechal emWashington.

Provavelmente êle levará ao Presidenteinformações do quadro político brasileiro,assim como provavelmente terá trazido ins-truções e orientação à sua assessoria relativasaos problemas em curso na ausência do Sr.Costa e Silva.

Castelo decide sobre CâmaraO Presidente Castelo Branco programou

para hoje, em Brasilia, a reunião com a co-missão de deputados incumbida de estudar oproblema da Presidência da Câmara e ofere-cer sugestões. A comissão é composta do Li-der Raimunâo Paâilha, ão Deputaáo RonáonPacheco, que representa o Marechal Costa eSilva, e do Deputado Euclides Triches. Nãoestá apurado se o Sr. último ãe Carvalho par-ticipa da comissão, ou não.

A reunião de hoje âeverá orientar as ges-toes áa liâerança quanto à escolha ão sucessor .áo Sr. Aáauto Carâoso. Já se sabe que as pre-ferências oficiais, âo atual Governo e áo futu-ro, penâem para o Sr. Emâni Sátiro, o qual,aliás, permanece em Brasília, ao que se supõeà espera âa ãecisão.

Vetos à Lei de ImprensaO Presiâente âeverá vetar alguns áisposi-tivos âo projeto âe Lei âe Imprensa. O Sr.Ivã Luz, que foi o relator âo projeto na Cà-mara, aâmite que o veto inciãirá sobre o âispo-sitivo que exclui jornalista conãenaáo âe su-

jeição a qualquer regime penitenciário ou car-cerário. Tal áispositivo seria inconstitucional.

O autor da frasePreocupa-se o Sr. Gustavo Capanema emáar a verâaáeira autoria âa frase que lhe atri-buiu o Sr. Afonso Arinos — "o pesseâista é o

que, entre O Capital áe Marx e a Mater etMagistra, prefere o Diário Oficial". O autor,segunâo revela, é o jornalista e politico baia-no, Sr. Raimunâo Reis.

MDB do Senado-pode participarÉ possível que o âissíâio entre as banca-âas ão MDB na Câmara e no Senaâo tenhanôvo âesáobramento hoje, por ocasião ãa pro-mulgação ãa nova Carta. A bancaâa âa Câ-mara recusou-se a ináicar oraãor para a so-leniâaáe, mas o Senaãor Josafá Marinho, omenos conformista áa bancaâa áo Senaâo, é

favorável a que o Partião esteja presente aoato e se pronuncie através áe um oraãor.

Carlos Castello Branco

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O artifício — repetição do gesto bíblico ile Josué — com que oSenador Auro de Moura Andrade conseguiu deter o tempo domingoà noite dentro do Congresso, para votur no prazo a nova Consti.tuicão, joi /orçado pelo MDB, que fêz questão de ouvir a redaçáofinal do projeto. Sem poder fugir a exigência, o {'residente doCongresso teve que ser duplamente hábil diante de relógios indi-ferentes uo sen drama: parou os ponteiros c leu, em vez do quea Oposição queria, uma montagem do texto original com as emen.dase retificaççes nele introduzidas pelo Governo. Concluída a ro.tação, deputados e senadores aprovaram ainda, a essa altura semmuito cuidado em verificar se o quorum era ou não suficiente, umaajuda r/«_ cits(o dc Cr$ 2 milhões e 140 mil nos que participaramdns sessões extraordinárias realizadas em julho do ano passado eum crédito especial de Cr$ 3 bilhões que lhes restilai o direitode viajar de graça nos aviões. Êste último projeto foi mandado noCongresso pelo próprio Governo, que há pouco menos de dois me-ses proibiu us passagens aéreas pnrn os parlamentares e extinguiuo abatimento dc 50% que gozavam os jornalistas quando em serviço

Congresso promulgará hojea nova Constituição semprecisar de muita presença

Brasília (Sucursal) — As Mesas do Senado eda Câmara promulgarão solenemente, às 15 horasde hoje, a nova Constituição, que só entrará em vi-gor no dia 15 de' março, conforme se estabeleceu nocapítulo das Disposições Gerais e Transitórias, a fimde que o Presidente Castelo Branco detenha, intac-tos os podêres extraordinários da Revolução até àposse do seu sucessor.

O Movimento Democrático Brasileiro divulgará,ao mesmo tempo, um manifesto em que denunciacomo ditatorial a nova Carta, que não é definidaformalmente como Constituição, mas simples emen-da constitucional, e por isso será assinada apenaspelos membros das Mesas, dispensando-se a assina-tura dos. que a votaram.FESTA CÍVICA

Por tratar-se de uma íestacívica, o plenário da Câmaraestará enfeitado com muitasílôres e as bandeiras dos Es-tados, devendo ser convocadauma banda do Exército paratocar o Hino Nacional.

A reunião terá início às 15horas, "e

para presenciá-la ío-ram convidados o Presidente doSupremo Tribunal Federal, osMinistros de Estado e outrasaltas autoridades, mas deveráser pequeno o número de con-gressistas presentes, pois. mui-tos viajaram logo depois doen-cerramento do periodo extraor-dinário de sessões.

Durante a sessão, deverão ía-lar, além do Presidente do Con-gresso, Senador Auro de MouraAndrade, e do Relator-Geral daComissáo Constitucional, Sena-dor Konder Beis, representan-tes da ARENA e também doMDB, isso se os oposicionistasnão preferirem manter-se àmargem da solenidade.

Embora o Congresso tenhadiscutido e aprovado um textointegral, a nova Carta não édefinida formalmente comouma constituição, mas comosimples emenda constitucional.Por Isso será assinada apenaspelos membros das Mesas, dis-

_pensando-se a assinatura dos' congressistas.

Castelo vm a Brasíliaacompanhar promulgação

: O Presidente Castelo Branco— que segundo fontes do Go-vêrno resolveu retardar a ela-boração da nova Lei de Segu-rança Nacional — segue às 8horas de hoje para Brasília, afim de acompanhar de perto apromulgação da nova Consti-tuicão pelas Mesas do Congres-so e da Câmara, e amanhã dei-xará a Capital, a fim de inau-gurar a Avenida Rubem Berta,em São Paulo.

Antes de iniciar a elaboraçãoda nova Lei de Segurança —que deverá entrar em vigor modia 14 de março —, o Presidenteda República deseja analisar otexto definitivo da nova Cons-tituição e estudar os vetos quepretende apor à nova Lei deImprensa.ENCONTRO COMMEDEIROS

Após manter encontro com oMarechal Castelo Branco, on-tem no Palácio das Laranjeiras,o Ministro da Justiça, Sr. Car-los Medeiros Silva, revelou queainda não recebeu os subsídiospara elaboração da nova Lei deSegurança Nacional, que lhe se-rão fornecidos pelos organismosmilitares e paramilitares do Go-vêi-io.

Apesar de ainda desconhecero teor desses subsídios, o Sr.Carlos Medeiros Silva se consi-dera apto a redigir o decretoda nova lei num prazo de 48horas, com base nos estudosque está realizando e na suaexperiência de três anos comoProfessor da Escola Superior deGuerra, onde de hâ muito vêmsendo debatidos os novos con-ceitos de Segurança Nacional,

já inscritos no texto da novaConstituição.A LEI DE IMPRENSA

De acordo com o Ministro daJustiça, o Governo só começaráa examinar as hipóteses de ve-to à nova Lei de Imprensa de-pois que lhe forem fornecidosos autógrafos do Congresso,quando espera poder verificarquais os pontos que pretenderetirar da nova Lei.

Caso o Governo vete algunsdispositivos da nova Lei- de Irti-prensa, caberá apenas ao íutu-ro Congresso referendá-la, apartir da abertura da nova ses-são legislativa, em 1 de março.A PRESENÇA SOLICITADAMEDEIROS VAI

Atendendo a convite do Pre-sldente do Congresso, SenadorAuro de Moura Andrade, de-pois referendado pelo Presiden-te Custeio Branco, o Ministroda Justiça embarcará cm aviãoespecial, hoje de manhã, paraBrasilia, com os demais Minis-tros de Estado, a fim de assis-tir à promulgação da novaCarta. O Ministro Medeiros Sil-va pretende voltar ainda hojeao Rio, quando iniciará o exa-me dos textos aprovados peloCongresso das novas Constitui-cão e Lei de Imprensa.

No encontro que mantiveramontem no Palácio dns-Laran-jelras, o Marechal CasteloBranco e o Ministro MedeirosSilva examinaram superficial-mente as novas Constituição,Lel de Imprensa e de Segu-rança Nacional, conforme re-velavam seus assessores dire-tos. A minuta da nova Lei deSegurança Nacional, deverá sersubmetida à, apreciação do Ma-rechal Costa e Silva, após suaviagem à Argentina, que seprolongará até depois do car-naval.

Oposição articula-separa evitar o recesso

Belo Horizonte (Sucursal)— O Deputado Federal JoséMaria Magalhães (MDB)anunciou ontem a existênciade um movimento na Oposi-ção para que o Congresso con-tinue a funcionar em íeverei-ro, numa espécie de "PlantãoCívico fiscalizando os atos doGoverno Federal durante operíodo em que o Presidenteficará liberado para usar am-piamente os recursos revolu-cionários dos Atos Institucio-nais e Complementares".

A Constituição votada peloCongresso validaria, antecipa-damente, quaisquer medidasque viessem a ser adotadaspelo Governo nestes 45 diasque restam para a posse doMarechal Costa e Silva, "semmesmo tomar conhecimentode como serão tais medidas, oseu alcance e reflexos na sis-temática política do País".

MAIOR OPORTUNIDADE

Os adeptos desse movimentoacham que "a promulgação daConstituição marcada paraho-je, abre uma situação políti-co constitucional inédita noPaís. A Carta só entrará emvigor no dia 15 de março. Atélá, o Presidente da Repúblicapoderá governar com decretos-leis sóbre matéria financeira ede segurança nacional, nos têr-mes não só da Constituiçãode 46 como ainda do Ato Ins-titucional n.° 4, além dos po-deres excepcionais de que jádispunha-. O recesso do Con-gresso começará logo depois daeleição das Mesas do Senado

e da Câmara e encontrará oPresidente livre para reabrir oprocesso revolucionário, poden-do cassar mandatos, editar leise outros atos, outorgar a Lelde Segurança, vetar o substi-tutivo à Lei de Imprensa epromover todos os atos queconsiderar necessários à conso-lidação do processo revolucio-nário".

Com o Congresso íuncionan-do — afirmou — a possibili-dade de medidas duras e vio-lentas seria menor, daí a idéiado plantão cívico, notadamen-te porque existem temores detendências conti nuistas doatual Governo, confirmadas poruma série de indícios de quoexiste conspiração contra aposse do Marechal Costa e Sil-va.

RECURSO DEVIGILÂNCIA

Observou que defenderá oplantão, mesmo sabendo que o"Governo poderá tentar evi-tar a transmissão do cargona data prevista." ¦

Citou, ainda, a existência de"apreensão generalizada em to-dos os setores, inclusive nos daARENA, com o nôvo quadroque se abre a partir de hoje,com a promulgação da Cons-tituição: o Presidente CasteloBranco, que legitimou a Cons-tituição de 46 e os Atos Insti-tuclonals, es.á agora legitima-do pela nova Constituição, pa-ra usar os ans plenamente,inclusive em seu arbítrio revo-luclonárlo".

Estudantes iniciam osmovimentos de repúdio

Aos gritos de "abaixo a dl-tadura" e "fora com o Govêr-no federal", estudantes cario-cas filiados à UNE» UME eDCE-llvre, realizaram, ontem,em frente às escadarias daAssembléia. Legislativa, um co-micio-relàmpago de protestocontra a nova Constituição eque terminou com a ação deelementos do DOPS.

A manifestação de ontem éo inicio de uma série que de-verá contar com a, participa-ção de numerosos intelectuaise que marcará, também, o co-meço do movimento estudan-til contra o pagamento dasanuidades, repetindo as mes-mas cenas do ano passado, compasseatas e comícios a seremrealizados, periodicamente, èmvários pontos do País.

Depois que cerca de 100 es-tudantes organizaram peque*nos grupos e concentraram-senos locais predeterminados, oPresidente da extinta UNE,José Luis Guedes, deu Inicio aum pequeno discurso de protes-to pela outorga da Constitui-çáo, contra a nova Lei de Im-prensa e de repúdio ao Govêr»no federal.

Jà a essa altura uma viatu-ra do DOPS circulava pelo lo-cal e os estudantes, notando apresença de alguns agentes à,paisana, dispersaram-se, mis-turando-se entre os que aguar-davam condução nas filas oucercando-se dos transeuntes quaparavam nas bancas de Jornais.A policia não chegou a entrarem ação.

Ação dos jornais atenuouo caráter repressivo dotexto da Lei de Imprensa

Brasília (Sucursal) — O movimento contra oprojeto de Lei de Imprensa conseguiu atenuar sen-sivelmente o rigor do texto do Governo, transfor-mando-se em detenção as penas previstas como dereclusão, restabelecendo-se o sursis, garantindo-seo sigilo da fonte e recusando-se o princípio de co-autoria de responsabilidade nas matérias assinadasNo Congresso, a luta pela liberdade de impren-sa, complementando a campanha nacional dos jor-nais e jornalistas profissionais, foi liderada pelosDeputados Martins Rodrigues, Mário Covas Ama-ral Neto e, sobretudo, pelo ex-Ministro Mem'de Sáque não se integrou na chamada Bancaâa Contem-plativa da ARENA, na Comissão Especial..ALHEAMENTO preseutante do Lider Raí-mundo Padilha, para quevotassem, o Senador Mene-ses Pimentel — um dos maisvelhos — algumas vezes vo-tou contra o Relator sim-

plesmente porque dormiasentado e, na hora de veri-ficação, não acordava paramanifestar-se a favor.Fora da Comissão, só três

parlamentares acompanha-ram os trabalhos: Depu-tados José Carlos Guerra(ARENA-PE), Dias Meneses(MDB-SP) e Chagas Freitas(MDB-GB), estes últimosjornalistas.

Desde o inicio, verificou-se que o Sr. Mem de Sá nâoiria compor a chamadaBancada Contemplativa daARENA, na Comissão Espe-ciai, que ficou durante to-do o trabalho do órgão qua-sc que completamente alheiaaos debates, mesmo porquea maioria desse grupo nemsequer deu-se ao trabalhode examinar a Lei de Im-prensa.

O Sr. Raimundo Padilha,ao ouvir isso de jornalistas,teve o seguinte comentário:

— Isso não tem muita im-portãncia. Muitos dos quecriticaram inicialmente oprojeto do Governo tambémnão o tinham lido.PONTOS PRINCIPAIS

Segundo a nova Lei, o no-ticiário parlamentar poderásor divulgado amplamente,mesmo se contiver injúriaou calúnia, se íôr fiel e fei-to de modo que não de-monstre má fé. As penas dereclusão previstas no proje-to foram transformadas emde detenção, salvo para cri-mes dt extorsão, restabele-cendo-se o sursis e garan-tindo-se o sigilo da fonte deinformação. O critério dasmultas terá como base o sa-lário mínimo regional, redu-zindo-se em cerca de 20 porcento os valores previstos.Ficou expressamente proibi-da a infiltração estrangeiraem órgãos jornalísticos, erecusou-se o princípio daco-autoria nas matérias as-sinadas, em caso de proces-so', mantendo-se a responsa-bilidade sucessiva. Regula-mentou-se o direito de res-posta e a ação penal, sendorestabelecida a prisão espe-ciai e definido melhor oconceito de crime por divul-gação de notícias sigilosas.Eliminou-se a proibição dedivlilgar debates parlamen-tares, mesmo que contenhaminjúria e calúnia, se a re-produção íôr fiel e não re-presentar má fé.VOTO DE MORFEU

Da numerosa representa-ção. governista na ComissãoEspecial apenas o SenadorEurico Resende debateu am-piamente a matéria. ODeputado paulista HamiltonPrado, embora participassealgumas vezes do debate,sempre votou com o Rela-tor, tendo-se esforçado pa-ra livrar as agências noti-ciosas estrangeiras da proi-bicão de distribuir noticiasnacionais no território bra-sileiro. Causou irritação ofato de alguns governistasprecisarem às vezes de seracordados ou informadospelo Sr. Osvaldo Zanelo, re-

QUESTÃO FECHADAA intransigência da ban-cada da ARENA acentuou-

se após o incidente com oSr. Mem de Sá, que se irri-tou com o problema de ques-tão fechada, e cujas pala-vras contundentes, emborarespondidas pelo relator IvãLuz, foram absorvidas pelosdemais, que por isso passa-ram a votar maciçamentecontra o ex-Ministro da Jus-tiça.

Esta ação, entretanto, íoianulada pelos acordos ce-lebrados entre os lideres Da-niel Krieger e Filinto Mül-ler no Palácio do Planalto,com a colaboração do Sr.Paulo Sarasate. Nesses en-tendlmentos, um dos assun-tos mais discutidos na co-missão acabou sendo supri-do: o princípio da co-auto-ria na responsabilidade dematérias assinadas. Foi emvão a questão fechada dabancada contemplativa, quetambém viu outro esforçofrustrado: a proiblçãr* deagências estrangeiras distri-buirem noticiário nacionalno Brasil. O líder Raimun-do Padilha equivocou-se aovotar o destaque pedido pe-lo Sr. Enrico Resende parasuprimir o artigo, e êste íoimantido.DESTAQUES MANTIDOS

Também a regulamenta-da proibição de divulgar no-tícias sigilosas, segredos deEstado e preparação militar,que a bancada da ARENAna Comissão repudiou, pre-ferindo o texto do projeto,íoi mantida pelo Plenário,muito embora, inicialmente,o assunto figurasse comoconstante do acordo de lide-ranças, para ser suprimidoe regulado posteriormentena Lel de Segurança Nacio-nal.

Pelo substitutivo aprova-do, a divulgação dessas no-tícias só constituirá crime(pena de um a quatro anosde detenção) se houver"norma ou recomendaçãoprévia que determine segrê-do, confidencia ou reserva".

O LÍDER EQUIVOCADO

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Um equivoco do líder Raimundo Padilha. durante a votação, on-tem, du I.ei de Imprensa, resultou na manutenção do Art. M, quevedn às empresas noticiosas estrangeiras a distribuição de. noticiasnacionais no lirasil. O Governo estava empenhado nn rejeição da-quêle artigo, mas o seu lider votou a favor de. um destaque paravotação em separado, ao invés de um segundo que queria sua re-jeição pura e simples. VÓÍÓU c insistiu pela rejeição, esquecendoque estava em votação o destaque e não o texto do artigo, h quandocaiu em si já era tarde, porque o pedido de destaque foi rejeitado

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Jornal Bo Brasil, têrça-felra, 24-1-67, lfi Cad. .— 5

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Águas carregaram na Tiiuca 20 ônibus e 19 outros veículos

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A parte alta da TIJuca —Muda e Usina — sofreu algunsdos fatos mais dramáticos daschuvas de ontem, com efeitosque ultrapassaram os da.s dejaneiro do ano passado: aságuas carregaram pela RuaConde de Bonfim cerca de 20automóveis e caminhões e mais19 ônibus, um dos quais com-pletamente despedaçado pelaságuas-

Na Usina, um ônibus da CTCc um Volkswagen íoram joga-dos dentro do Rio Maracanã,não se sabendo com quantaspessoas dentro; na TravessaAfonso, as águas passaram pe-lo telhado das casas, e os pre-juízos foram tantos que os mo-radores disseram que vão pedirao Estado Indenizações a fimde se mudarem para outros lo-cais, pois aquele não pode serhabitado.

DESTRUIÇOES

No trecho compreendido en-tre as Ruas Uruguai e Largotia Usina, os danos causados pe-las chuvas foram maiores queina parte mais baixa,, devidoao transbordamento do RioMaracanã. A partir do n.° 800da Rua Conde de Bonfim, edas tranversais Alves de Brito,Leite de Abreu, Natalina, En-genlieiro Cavalcanti, MedeirosPássaro, Cascata, Canapó, Pi-nheiro da Cunha, do lado es-querdo de quem sobe, e Dr.Otávio Kelli, Praça Xavier cieBrito, Ruas Rademaker, Gua-jaratuba, Garibaldi, Pinto Gus-<\cs, Çanuto Silveira, MarechalTrompovsky, Cami to Saraiva,Mário de Alencar, TravessaAfonso, Livreiro Francisco Al-ves, Marechal FleJus, Embaixa-dor Ramón Carcano. São Mi-ítuel, o Rio Maracanã alagoutudo.

Na Travessa Afonso, localonde foram encontrados os ca-dáveres de dois passageiros doônibus da CTC — um homem euma mulher — a água chegoua atingir um nível acima detrês metros, obrigando as seusmoradores a saírem pelo telha-do. pois a água invadia tudo,carregando móveis e utensílios.Uma mulher não identificadafoi carregada pelas águas.

Informaram os moradores daTravessa Afonso que as chu-vas provocaram tanto danoporque a Secretaria de Obras,que está construindo uma pon-te na Rua São Miguel, nos úl-timos dias mandou descarregarmais de dez caminhões de ter-ra e que esta foi jogada do vezem cima da travessa, obstruin-

do inteiramente as passagenspara as fugitivos. A ponte foidestruída pelas águas.

MORRO DA .FORMIGA

Do lado esquerdo da RunConde de Bonfim fica o Morroda Formiga, cujo acesso é feitopelas Ruas Medeiros Passos eCascata, liste morro 'teve di-versos barracos soterrados e na'Rua Medeiros Passos, recente-niente recuperada e calçada,as águas de uma cascata dom oito transbordaram, obs-truindo' inteiramente n rua.

No número 91, onde mora oDesembargador Elmano Cruz,a água entrou por baixo doalicerce, carregando parte domuro, abalando não só a suasegurança como a das demaiscasas a ela pegadas.

Os moradores do Morro, daFormiga, cujos barracos forampraticamente destruídos pelaságuas que levaram camas, col-chões e também as provisões,iam receber os chefes das fa-mílias na Rua Conde de Bon-fim. Eles haviam saído de ma-drugada, quando as chuvas ain-da não eram intensas, e volta-vam do trabalho para receberas notícias da nova catástrofe.

CONDE DO BONFIM

A Rua Conde do Bonfim, emtoda a sua extensão, da RuaUruguai até a Usina, estavainteiramente obstruída pelalama, pelas águas c pelos auto-móveis jogados contra os pos-tes e contra as paredes e mu-ros. Na Rua Paul Underberg.em frente á Fábrica de Cigar-ros Sousa Cruz. o Rio Maraca-nã destruiu todo o calçamento.

O prédio n.° 1178 da RuaConde de Bonfim, de quatropavimentos. sóbre „ pilotis, íoiatingido pelas águas do rioMaracanã, acarretando a des-truição parcial de sua gara-gem e o afundamento de al-gumas piiastras. As 18h, enge-nheiros do Estado e do Exerci-to estudavam a possibilidadede evacuá-lo, pois havia aameaça de continuarem aschuvas, o que provocaria oafundamento total das pilas-trás, carregando parte do edi-íicio.

Às 17h 30m, a Rua Conde deBonfim íoi interditado por tur-mas de trabalhadores do Esta-do pára que fôsse desviado ocurso das águas que desciamem tócia a sua extensão parao rio Maracanã. Aproveitavamos muros derrubados.

O trabalho de dcsobstiTição

era feito por escavadeiras etratores, tal era o numero dedetritos nas ruas.

ÔNIBUS ESTRAÇALHADO

Para os donos do ArmazémBoa Vista, na Usina, "o qua-dro provocado pelas chuvas íoitenebroso". O cnsal dizia nemsaber como as águas carrega-ram tudo a partir das 9h.

Danilo Rocha, um garoto de15 anos que se encontrava nasacada da parte de cima doarmazém descreveu a seguintecena:

Estávamos, cu, meu pai eminha mãe olhando a chuva',quando vimos uma quantidadeenorme de água Invadir o lar-go. Um automóvel Studebaker— chapa 10-16-98 — foi jogadocontra um poste,. Juntamentecom uma banca de revistas.

Nesta mesma hora —prosseguiu — uma camionetaque vinha subindo a Rua Con-de de Bonfim engulçou no meioda rua. Dois rapazes saíramde dentro dela c foram carre-gados pelas águas, ficaftdo se-guros num poste junto a ummuro. Foram salvos por ope-rârios de uma obra no momen-to exato, pois já estavam semforças c seriam carregados pe-las águas.

Depois, íoi um caminhãode mercadorias, parado à nos-sa porta, levado rua abaixo.Nesta mesma hora, fomos des-portados por \im barulho devidro quebrado: era uma pes-soa que estava dentro do ôni-bus da CTC parado em írenteao Bar das Pombas. Quebrouo vidro e saiu pela janela, mascomo a correnteza estava mui-to íorte ficou dependurado.Quando tentava entrar nova-mente caiu na água.

Só o vimos num pequenoespaço de tempo — afirmou —.gritando por socorro e nestamesma hora o ônibus em quoestava — CTC, GB 8-33-08 —íoi carregado c veio em dire-ção a nós. Pensamos que íôs-se bater no armazém, mas aságuas o leveram em direçãoa um poste e a um outro ôni-bus com quem bateu, desvian-do-se para o outro lado da rua,para cima do muro que derru-bou e caiu no Rio, juntamentecom um Volkswagen. O mo-torista do ônibus não conse-guiu sair e íoi carregado.

O ônibus íoi carregado peloRio Maracanã c, em frente aosprédios 1 326 e 1 328, íoi cor-tado ao meio pelas tubulaçõesde água que passavam por bai-xo de uma ponte de madeira

meio de acesso para os edi-íícios. Sua parte de cima ficouneste local e a parte de baixo

o ônibus foi cortado renteá linha das janelas — íoi en-contrada a cerca de 200 me-tros, com os bancos viradospara cima, inteiramente des-truida. Junto a esta parte doônibus estava o Volkswagen,cuja chapa não estava à, vistae não se sabe se dentro delehavia alguém.

LARGO DA USINA

O Largo da Usina, no fimda Rua Conde de Bonfim ecomeço da Estrada Velha daTijuca, ficou inteiramente in-terditado. Vários ônibus

' — o.local é ponto final de três li-nhas. Tljuca-Praça 15, Usi-na-Leblon e Mauá-Usina — ecerca de 15 ônibus estavam da-nificados, pois íoram jogadosuns contra as outros ou' ccn-tra os postes e paredes. Aságuas passaram por dentro detodcs, que ficaram parcialmen-te cheios de lama.

As casas próximas ao cruza-mento das águas que vèm doAlto da Tijuca e. Rlo Maraca-nã tiveram seus muros des-truidos e o asfalto íicou cheiode detritos, e pedras trazidaspelos águas. A rede de esgotostambém rebentou, o que con-tribuiu para o alagamento dosruas.

TRANSPORTE

O transporte de passageirosficou inteiramente afetado poisas ônibus na sua maioria náopodiam ir até » Usina. As íir-¦mas grandes se valiam de ca-minhões para transportar seupessoal, cumo íoi o caso daCompanhia Sousa Cruz.

O número de pessoas no lo-cal aumentou bastante porqueas parentes dos moradores dobairro queriam saber noticias.Os que tinham carro iam comcies e quem não tinha utiliza-va táxis que cobravam preçosexorbitantes.

Para o pessoal encarregadodo policiamento o aumento decirculação de veículos diíicul-tava bastante os trabalhos deremoção dos detritos e preju-.dicava também a locomoçãodos caminhos do Departamen-to tle Obras e da Limpeza Ur-bana que desobstruíam as ruas.

POLICIAMENTO

Até às 18h, o policiamentona região era inexistente, prin-cipalmente em ruas como aTravessa Afonso, ond e todas

as casas foram destruídas eonde os seus moradores remo-viam seus pertences.

O trânsito era coordenado numaior parte dos cruzamentos elocais obstruídos por morado-res da região. A cada esqulnahavia mn engarrafamento. Doismortos que íoram carregadospelo Rio Maracanã — um ho-mem e uma mulher — ficarama tarde toda à espera de remo-ção e esta não veio. Não houvesequer policiamento para a ias-tar os curiosos à volta, princi-po imente crianças.

O Exército mandou para olocal algumas viaturas, mas os.seus ocupantes apenas obser-vavani a cena. Somente umsoldado íoi visto coordenando

trânsito, Um jipão estava .parado em frente ao 'prédio

178 da Rua Conde de Bon-ílm e um oficial tentava per-suadir os moradores a abando-nar o local. .

APELOS

Os moradores da Travessa,Afonso e de várias vilas exis-tentes no local estavam fazen-do apelos para que a PoliciaMilitar mandasse policiar a zo-na, pois estavam com medo de.saques c se confessavam semmeios de evacuar suas casas.

O local não tem luz e háconstante perigo dí ee cairdentro do rio Maracanã, por-que, há enormes rampas co-bsrtas de lama. É perigosotambém o tráfego pelas ruas,por causa dos detritos trazidospelas águas que atingiram ni-veis acima de três metros.

COMÉRCIO

A população fazia apelestambém para que as cnsns co-merciais, principalmente as dagêneros alimentícios, abrissemsuas portas já que dentro dascasas tudo foi carregado ou da-nif içado.

Náo havia leite para ns cri-ánças e as padarias e arma-zéns na sua maior parte esta-vam fechadas. Os donos argu-mentavam que tudo fora ain-gado e que havia perigo de sa-que. As padarias não funcio-naram e não houve venda depão. Quem tinha carro provi-denotava a compra de gênerosna Praça Saenz Pena e suasproximidades. Quem náo ti-nha pedia para que os amigosus ajudassem.

Todos trabalharam intensa-mente e Só esmoreceram umpouco quando por volta dns18h30m voltou a chover tor-fencialmente.

SAMBA SEM PASSAGEM

Eio Maracanã leva destruição ao seu redorA parte baixa da Tijuca. —

da Rua Uruguai até a Praçada Bandeira. — e alguns tre-chás de São Cristóvão íoraminunda dos e destruídos emgrande parte pelo entupimen-to das galerias pluviais e trans-bordamento do Rio Maracanã,•praticamente ern toda a suaextensão.

Dez mortos foram encontro-dos soterrados até âs 18 horasde ontem, ua Tijuca, segundoinformou a Administração Re-sional. a Secretaria de Obrase o Corpo de Bombeiros doGrajaú: quatro na Estrada deFurnas, três na Rua São Mi-guel e três no rio Joana: naRua Baráo de Pirassinunga, aSr." Maria Valentina de Jesusíoi salva de morrer afogadapor um jovem que se atirouàs águas para socorrê-la.

TRANSITO

Quase todas os ruas da Ti-Jucá, principalmente PraçaSaenz Pena, Largo da Segun-da-Feira, Maracanã, EngenhoVelho e Praça da Bandeira, íi-caram inteiramente alagadaslogo após o início do temporal.As águas invadiram as casascomerciais, causando grandesprejuízos. Os automóveis para-vam, e para que a correntezanão os levasse, seus proprieta-rios os amarravam nos postesda.s ruas.

O trânsito, geralmente poríalta de guardas, permaneceuatravancado durante horasnas esquinas das Ruas Condede Bonfim com São FranciscoXavier. Haddock Lobo c o mMachado Coelho, Mariz e Bar-ros com São Francisco Xavier,na Praça da Bandeira e noLargo da Segunda-Feira, por-que as águas chegaram a atin-gir 1,5 metro de altura; e noMaracanã, cujo rio transbordoue os coletivos abandonaramseus itinerários normais.

PIRASSINUNGA

Quando as águas começarama se escoar, por volta das 13horas, estas ruas se apresenta-vam inteiramente cobertas delama, lixo e cascalho; o asfal-to, em muitos trechos, foiarrancado do solo, o mesmoacontecendo com os paralele-pipedos, como nas Ruas MalaLacerda, Aristides Lobo, JoséHigino e Barão de Pirassinun-ga. Esta rua, mais preclsamen-te no Beco de Houl, que lhe étransversal, foi sem dúvida aque mais sofreu com o tempo-ral de ontem.

A Rua Barão de Pirassinun-na fica exatamente na desci-da dò Morro do Salgueiro eíorma nma bacia de cerca de300 metros. Além disso, ao la-do da rua, no final do Becode Houl, passa o Rio Trapi-cheiro, que foi obstruído com aconstrução do Edifício Rlo. Nacatástrofe do ano passado, ês-te local íoi duramente atingi-do, já, que o edifício não deixa

que ns águas do Rio Trapi-cheiro se escoem para o RioMaracanã. Depoi_s do aconte-sido no nno passado, os mora.-dores da Rua Barão de Piras-sinúnga e do Beco de Houl fo-ram à SURSAN e pediramque tomassem tuna pro-vidência com respeito ao edili-cio. A SURSAN disse que in-terditaria o prédio e iria man-dar que seus moradores dei-xassem o local, segundo contoun Sra. Maria Valentina de Jc-sus, residente na Rua Baráode Pirassinunga, 32, íundos.No entanto, tudo íicou comoantes.

CASAS DESTRUÍDAS

Desta vez os chuvas fortesderrubaram os três muros queprotegiam do rio o beco e al-gumas casas da Baráo de Pi-rassinünga". As águas alcança-ram a altura de 2;5 metros.Várias casas foram invadi-das pelas águas, que destruí-,ram tudo, levando móveis eutensílios. A situação no lo-cal íicou tão ruim que os pró-prios moradores se reuniram e,com lágrimas nos olhos, inicia-ram o trabalho de limpezada rua e do beco.

Oito familins no B e c o deHoul ficaram com suas casastotalmente destruídos por den-tro. Informaram que ainda es-tavam endividadas porque tive-ram quo montar novamentesuas casas desde o temporal doano passado e ainda estão pa-gando prestações.

QUITANDA DOJOAQUIM

O que os moradores da ruamais lastimaram foi a comple-ta destruição da quitanda doSr. Joaquim, no n.° 34. O Sr.Joaquim é um homem, bondosoo querido na Barão de Pirassi-nunga. As águas entraram naquitanda e invadiram sua casa,que fica na parte dos fundos daIcja. O prejuízo alcançou a 15milhões de cruzeiros. Os legu-mes, as cervejas, os cereais, tu-.do, enfim, foi carregado pelaságuas. O frigorífico, a balançae os móveis da quitanda e casaíoram destruídos c até a caixaregistradora sumiu na corren-teza.

Terminada a chuva, o Sr.Joaquim, ainda chorando, olhouos escombros de sua loja, subiuneles e alcançou uma garrafade cachRça que restara na pra-telcira. Tomou toda, arregaçouas pernas da calça, apanhouuma pá e foi procurar seus per-tences ina lama, principalmentea máquina registradora.

LAGRIMAS

No número 32 e 32-fundosda Rua Barão de Pirassinun-ga as" lamentações e as lágri-mas também eram muitas.

— Nâo sei se terei forças

para íazer tudo de nôvo —confessou triste o velho sapa-teiro Olavo Oliveira Costa,lembrando ft tragédia do anopassado. — Quando aconte-ceu aquilo, tratei, de subir opiso da loja — fica no nume-ro 32 — mas nada adiantou.Esta chuva, apesar de ter du-rado apenas 60 minutos, íoimuito mais intensa do que ado ano passado. Lembro-meque naquela vez as águas atin-giram dois metros de altura.'Levantei o piso da loja em doismetros e ela agora chegou a2,5 metros, invadiu a sapata-ria — pequena c modesta —da mesma maneira 9 cau-sando qs mesmos prejuízos.

QUASE AFOGADA

No 32-fundos, duas casastambém íoram destruídas pordentro: a que Dona Maria Va-lentina de Jesus mora comDona Araci Pereira de Sousae a do Sr, Màcalé, que 6 pro-prietário das duas casas, dasapataria e da quitanda.

Dona Maria Valentina deJesus quase morreu afogadacom as chuvas. Contou que,íão logo as chuvas apertaram,procurou levar sua íilha Tã-nia, de dois anos, para. lugarseguro. CarregoUr.a, então, pa-ra o sótão da quitanda do Sr.Joaquim, para junto ú<& tsvsfilhos do quitandeiro. Logoque voltou pafa casa, passoua arrumar seus pertences eroupas cm cima de um arma-rio. mas ns águas, aí. já in-vndiam sua, residência pelasjanelas. Procurou sair, mascomo não podia andar contraa correnteza, subiu no telha-do e íoi por êle até a Rua Ba-rão de Pirassinunga. Em dadomomento, porém, falseou o pée caiu dentro da água, que jáalcançava 2,5 metros de altu-ra. Como não sabia nadar, ía-talmente ia morrer, mas umrapaz de nome Burval Maciel-ra Júnior, vendo-a a pontode afogar-se, jogou-se na águae salvou-a.

Dona Maria ficou sem nadacm casa. Chorava dizendo queagora ela e filha teriam de pas-sor a viver de esmolas. Era la-vadeira e. tinha uma máquinade lavar, que foi completamen-te destruída. Ainda náo aca-bou de pagar as prestações dàmáquina. Féz ardente apelopára que o Governo se Interes-se pelo seu caso e lhe dê umacnsa na Vila Kennedy.

Dona Araci, sua companhei-ra de residência, náo estava em' casa. Ê empregada domésticana mesma rua. Quando che-gou e viu tudo destroçado, cho-rou'muito, mas deu graças aDeus que nem ela nem seü fi-lho Arnaldo, de um ano, esta-vam em casa para ver a tra-gédia.OUTROS DANOS

Várias outras casas da RuaBarão de Pirassinunga íoram

danificadas — em menor escala— mns a garagem Barão, 110número 16, sofreu tambémgrandes prejuízos, pois os cnr-ros boiavam na água e batiamuns contra, os outros.

Na esquina de José Higinocom Barão de Mesquita, o as-falto e calçamento íoram le-vantados.

No Grajaú e Andaraí o con-leceu a mesma coisa de sem-pre: tvrrebentarain-se asfalto epa nUelepipedos, porque naáguas transbordaram dos esgo-tos. As ruas destes dois bairrosficaram intransitáveis das IOhàs 13h.

No Estácio, deVldo à descidadas águas dos morros de SantaTeresa e adjacências, as ruastambém ficaram alagadas, comos esgotos entupidos por lamae cascalho.

DESOBSTRUÇÃO

A Secretaria de Obras infor-mou que as Ruas Conde doBonfim c São Miguel foram asmais atingidas e prometeu quoo pessoal do DLU, DER e De-partamento de Obras estaráhoje e amanhã mobilizado pa-ra Teparar os danos mais pre-mentes e providenciar a ime-diata limpeza das ruas e a de-«obstrução das galerias deáguas pluviais.

O Departamento de Sanea-mento foi solicitado em diversoscasos dc Inundações de subso-los e garagens, além de vilas cquintais de residências, para obombeamento da água acumu-lada. Ná tarefa de limpeza dasruas cheias de lama, o DLUdeverá ser auxiliado com vlntu-ras de outros Departamentos'da SURSAN.

PRAÇA DA BANDEIRA

O Rio Maracanã transbordoue, além de inundar toda a re-gião ribeirinha, provocou a,destruição, em dois pontos, damuralha da Fábrica Corcova-do, na Avenida Maracanã, edeixou um imenso rastro delama em centenas de ruas,após as águas escoarem duran-te a, tarde.

A Praça da Bandeira, que vl-nha resistindo às últimas chu-vos, voltou desta vez a' ser vi-tima de novas enchentes, como nível de água atingindo acerca de um metro. Quando aságuas baixaram, os comercian-tes e moradores trataram delimpar o interior dc siias casase estabelecimentos e tambémprocuravam dar condições detráfego às ruas adjacentes,limpando a lama acumuladaem montes junto às calçadas edurante as chuvas. Poi penosoo trabalho de desobstrução dosralos daa galerias de águaspluviais.

Mesmo após terem escoadons águas, a Travessa Pe.Champagnat, afetada pela

cheia do Rio Maracanã, esta-va Intrsiinsitável. o mesmo acon-tecendo a outras ruas. Na RuaJosé , Higino, cs proprietáriosdos corra** tratavam de limparo.s distribuidores atingidos, en-quanto oa outros moradoresretiravam a lama acumuladanas calçadas. A Praça SaenzPc-fia' foi duramente atingidapela lama que se acumulouapós as chuvoa e uma íorteventania, durante a tarde, es-tava levantando uma nuvemde poeira no local.

As ruas Desembargador Isl-dTO e General Roca tiveramdlvçreòs pontos dos seus cal-çamentos arranca dos pelaságuas. Também nessas ruas,numerosas casas íoram alaga-das. As Ruas Barão de Mesqul-ta e Matoso ficaram muito atu-lhadas. Algumas vllns e quin-tais de residências, mesmo após"escoadas as águas das ruas.permaneceram inundadas atéà noite de ontem, com os mo-radores apelando para o De-partamento de Saneamento daSURSAN para vir bombear aságuas.

As Ruas São Valentim, doMatoso e Francisco Eugênio,próximas da Praça da Bandcl-ra, viraram piscinas naturaiscom prejuízos para os mora-dores e comerciantes, enquan-to no Viaduto das Marinheirosos cairos tinham que enfren-tar um mar de lama e detri-tos, ali formado em conseqüên-cia, principalmente, dos con-sertos e obras que o EstatIorealiza nas proximidades.

Enr frente à Leopoldina, naRua Francisco Bicalho, os car-ras passaram com água co-brindo os pneus e muitos íi-caram encalhados por folhasmecânicas.

A Praça da Bandeira ficoucom ruas inteiramente inunda-des. Na Rua São Valentim,.asdonas-de-casa saíram à ruacom vassouras na mão c tra-taram de empurrar a lama íor.mada. O mesmo acontecia nasRuas Antunes Maciel, JoaquimPalhares, Morais Silva c Marize Barros.

Sob o Viaduto dos Marinhei-ros, algumas alegorias que es-tavam sendo montadas para ocarnaval também sofreram e osoperários ficaram impedidos detrabalhar em conseqüência daschuvas.

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^^^MÊ^^^^^&^^^^^^^m^&S^^ê*^<^vc^!ÍtátW> \&#):VídÈÍÉÊv $&>#>- í' 'A liarão de Pirassuminga — entrada para a quadra do Salgueiro — ficou intransitável

Centro vive caos à luz de velasTrânsito interrompido, ban-

cos. comércio e telégrafos íun-clònaridò precariamente, cor-reiò paralisado, mas ápihhàdasde gente e muita discussão emtônio da eficiência da RioLiirht. estabeleceram ontem ocaos no Centro da Cidade, que,por cerca de seis horas, per-maneceu á luz da.s velas e sobintenso temporal.

A certeza de que a luz sóvoltaria às 19 horas, conformenotícia divulgada pelo rádio,íêz com que a maioria dos lo-jistas e donos de escritório dis-pensassem seus funcionários,que não puderam dar o.s gritosde alegria quando 11 primeiralâmpada se acendeu, à-s Hh.lOni.

RIO PARADO

Eram exatamente DhãOinquando o Centro da Cidade pa-rou. Quase todos cs subúrbiosda Zona Norte e alguns bair-

. ros da Zona Sul já se encon-travam sem luz e íórça desde¦J3íi de domingo. Por algumashoras, a luz das velas, dos lam-piões e a tranqüilidade dos em-pregados no meio da rua de-ram ao Rio um aspecto de Ci-dade do interior.

O movimento de empregadosretidos na portaria do Êdifí-cio Avenida Central e Marquêsdo Herval surpreendeu até ospróprios turistas, que acredita-vam estar a Cidade em épocade propaganda política, tal asérie de discussões e até co-mícios improvisados sobre oGovêrno Negrão e a Rlo-Light.

Embora funcionando precà-riaménte, o Edifício AvenidaCentral conseguiu mobilizar al-guns elevadores, através de um

gera dor próprio, que ontemfuncionou com 12 mil litros deóleo Diesel e gastando 750 kWde energia, insuficientes, en-tretanto, para mobilizar asse-te escadas rolantes que o edi-íicio possui.

Todas as 1 21)0 salas e 200lojas daquele prédio permané-ram òs escuras, sendo, que al-gumas, pela sua localização,não puderam ser abertas.QúàndS a luz faltou, não havianenhum elevador em íunciona-mento, e nem íoi registradoqualquer tipo de acidente.

No Edificio Marquês do Her-vai, o panorama era idêntico,com centenas de pessoas ágio-merando-se na portaria do pré-dio, na esperança de entrar noúnico elevador utilizado graçasa um sistema de gerador pró-prio. Todos os escritórios situa-dos na Avenida P r e s kl e n teVargas — trecho entre a RuaTJrüguaiaria e Avenida RioBranco — suspenderam seustrabalhos porque muitos dosempregados ficaram retidos naportaria, devido à paralisaçãodos elevadores.

CORREIO

Foi da ordem de CrS 4 ml-Ihões o prejuízo total do De-partamento de Correios e Te-légrafos, cujas agências du.Rua Primeiro de Março e Ave-nida Rio Branco ficaram to-

talmente paralisadas, o queíará a entrega de correspon-déncia atrasar em cerca de 48horas para o interior e em 24para os principais centros doPais.

A Radional — CompanhiaRádio Internacional do Brasil— também teve seus trabalhoslargamente prejudicados. Tô-das as suas agências do cen-tro da Cidade funcionaramatravés de geradores de pe-queno porte, que possibilita-ram o funcionamento do sis-tema de radiòfohia.

Os cursos audiovisuais, prin-cipalmente o do Instituto Bra-sil-Estados Unidos, íoram in-terrorapidos até a normaliza-ção da luz. O mesmo proble-ma enfrentaram os proprieta-rios de academins de maêsa-gens, obrigados a dispensarseus clientes e empregadas.

O carioca pareceu ontempreocupar-se mais com a cons-tância. da chuva do que prò-priamente com a falta de ener-gia elétrica. Os qtie puderamretornar às stias casas senti-ram-se beneficiados por ter asituação prolongado o seu fimde semana por mais mn dia.Dizem alguns que gostariamque a falta de energia se es-tendesse por mais algumas ho-ra.i pois "só assim a gente po-de descansar e colocar os coi-sas em dia".

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Carta cio leitorA defesa do Paraná

O representante do Go-- vêrno do Paraná na Junta

Deliberativa do InstitutoNacional do Mate, Sr. Joséde Lacerda Júnior, enviaa seguinte carta:"Pretendia esclarecer aopinião pública e sobretudodefender a posição do Esta-do do Paraná, relativamen-te a entrevista concedida aêsse prestigioso órgão denossa imprensa, pelo Sr. Se-cretário da Indústria eComércio de Mato Grosso,Sr. Agripino Bonilha, ediçãodo dia 4 do corrente, quan-do deparo com a sua ediçãode hoje, na qual êsse jornalcom a precisão do seu De-partamento de Pesquisas,no seu Informe JB — Mate— já respondeu satisfatória-mente ao ilustre SecretárioAgripino Bonilha. Entretan-to, desejo esclarecer algunspontos fundamentais' queporão fim às dúvidas levan-tadas pelo Secretário mato-grossense. Realmente, o Ins-tituto Nacional do Mate não.tem podido contar com re-cursos suficientes para aten-der e fazer frente às neces-sidades da economia nacio-nal do mate. Mas se nãotem atendido Mato Grosso

. na proporção desejada, istonão quer dizer absolutamen-te que esteja desviando ver-bas para o Paraná ou mes-mo Santa Catarina ou RioGrande do Sul. Para êstestambém dada à insuficiên-cia de recursos, nada tem- podido fazer o INM. Duran-te os trabalhos da últimaJunta Deliberativa da au-tarquia em outubro do anopassado, o plenário aprovouunanimemente — com o vo-to, portanto, do represen-tante do Governo de MatoGrosso — o orçamento para1967, destinando uma verbaespecífica de CrS 160 mi-Ihões, e não 130 como diz oSr. Bonilha, para propagan-da nos mercados chileno euruguaio. O Estado do Pa-raná, por intermédio da De-legacia Regional do Institu-to Nacional do Mate, arre-cadou durante o ano próxi-mo findo de 1966, exata-mente CrS 741 982 623, o querepresenta quase 70% da re-ceita da autarquia. A suaDelegacia Regional do Para-ná absorve com os seus gas-tos cerca de 12,-8% dessa ar-recadação ou seja ao redorde 3% a mais do que osgastos da Delegacia de Ma-to Grosso, que representa5% da arrecadação. Esclare-ço mais o seguinte: A mé-dia das exportações duran-te, por exemplo, os anos de1962/63/64 foram os seguin-

. tes:Mato Grosso — 6 738 mil

kg; Paraná — 38 213 milkg; Santa Catarina — 4 850mil kg. Durante o ano de1966 o Paraná exportou40 112 581 kg. A média doconsumo interno durante osexercícios de 1932, 1963 e1964 foi a seguinte: MatoGrosso — 851 mil kg; Pa.'-raná — 6 636 333 kg; San-ta Catarina — 9 841 mil kg;Rio Grande do Sul 20 669 666kg; e o curioso é que MatoGrosso, no período 1962 a1966, inclusive, importou doParaná, para seu consumoInterno, uma média de 400 000 kg de ervas indus-trializadas por ano, o quevem comprovar que o sabordas ervas de procedência pa-ranaense é apreciadíssimopelos nossos amigos mato- .grossenses.

Os mercados consumido-res do Uruguai e Chile, quesão os sustentáculos e vi-tais para a economia erva-telra e que necessitam ur-gentemente de propagandae estímulos e que não têmprodução própria, pouco ouquase nada têm recebido danossa autarquia. O mesmonão ocorre com a Argentina,que é auto-suficiente na suaprodução."

S. A. JORNAL DO BRASIL - Av.Rio Branco, 110/112 - End. Tel.JORBRASIL - GB. — Tel.. Rede In-lema 22-1818. — Sucursais: S. Paulo

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Domingos, Cr$ 400; Estado» doSul: Dias úteis: Cr$ 300 — Domingos,Cr$ 500; Nordeste (até PB): Dia»úteis Cr$ 300 — Domingos, Cr$ 500;Norte (ÜGM alé AM): Dias úleis,Cr$ 500 — Domingos, Cr$ 800; Oe»-te (GO e MT): — Domingos, Cr$ 500.SERVIÇO POSTAI (BRASIL): Ano,Cr$ 45 00Ò; Semestre, Cr$ 23 000»Trimestre, Cr» 12 000 - ENTREGADOMICILIAR: Trimestre, Cr$ 18 000;Semestre, Cr$ 36 000. — EXTERIOR(V. AÉREA) - EUA: mensal US$ 10;trimestre USÍ 30; Argentina: PA$60 t PA$ 100; Uruguai: $ 8, dia»útei» c $ 15, domingos.

JORNAL DO BRASIL COISAS DA POLÍTICA

Dire tor-Presld ent«:C. Pereira Carneiro

Rio, 24 de Janeiro áe 1967Diretor:

M. F. do Nascimento Brito

Testamento

Edttor-Chefe:Alberto Dlnes

Castelo alinha duas leis paracompletar ciclo revolucionário

Está sendo promulgada hoje, às dez lioras damanhã, a nova Constituição. Para obedecer a dis-ciplina traçada pelo Ato Institucional n.° 4, '»Congresso viu-se obrigado a trabalhar de formasui-gimcris. que estigmatiza, desde logo, o regimenascente. Tivemos uma Constituinte singularíssi-mh, sem convocação ao povo, mas a que não faltousequer o expediente final de parar os relógios naundécima bora, para permanecer o Legislativo,Jiomenos formalisticamente, dentro dos prazos fixa-dos com rigidez pelo arbítrio do Executivo. Estedeprimente episódio crepuscular dá, de certa ma-neira, o sentido do artificialismo com que se pre-tende enquadrai' o País nos limites de novas ins-tituições, que, de resto, só entrarão em vigor apartir do próximo dia 15 de março. Até lá, o 'Executivo preencherá sozinho o vazio institucio-nal, decretando êle próprio as medidas comple- .montares que julgar conveniente.

Não poderia estar mais nitidamente con figu-rada a preocupação do Governo em ordenar, arti-ficiahnente, a vida política nacional, a partir nãoapenas de uma Constituição ditada pola vontadedo Executivo, coinó também dc leis especiais c ex-tremamente significativas como são a já votadaLoi de Imprensa e a futura Lei de Segurança Na-cional. O Governo pretende fazer, assim, o seutestamento político, de maneira a concluir, antesdo término de seu expirante período, todo o edifí-cio de uma ordem jurídica a sor legada ao próxi-mo Governo. Podc-sc inferir de tudo. que o Go-vêrno está. pois, convencido de dar, por esta for-ma, solução permanente à crise brasileira.

Foi a crise que nos levou ao '31 de março de

1964, num movimento que se proclamou fiel aoespírito democrático tia Constituição de 1946. Doisanos se escoaram, porém, sem que fosse possívelvislumbrar de fato uma saída duradoura e objeti-va para a normalidade. O Ato Institucional n.° 2,eni 1965, significou um recuo violento dentro doplano estratégico qúe o Governo se esforçava por'cumprir. Mesmo depois dêlc, porém, o Governopreferiu não abandonar o ponto de ro ferência de-mocrático da Constituição de 1946, (pio não dose-java, em princípio, substituir ou derrogar. Hápouco menos de um ano, optou, por isso, pela de-signação da Comissão Especial de Juristas, des ti-nada a consolidar e a dar homogeneidade ao corpode leis e princípios trazidos pola Revolução. Bus-cava-se ainda a compatibilidade do surto revolu-

cionário, que por várias vezes fêz uso do arbítrioe do poder pessoal, com a ordem jurídica rompidaa 31 de marco. Mais de dois anos depois de insta-lado nos postos de comando, o Governo pormane-cia ainda convencido, portanto, de que deveriaproceder à reformulação político-institucional, oque implicava, logicamente, o reconhecimento deqüe falira a ordem fundada na Constituição *de1946.

Foi, porém, somente a partir da nomeaçãodo Sr. Carlos Medeiros para o Ministério da Jus-tiça que o Governo se decidiu, francamente, poruma nova ordem legal, a partir de uma Constitui-ção cujo' projeto foi elaborado em sigilo, longedo debate nacional, e acaba de ser votada segundoregras disciplinares tão estritas que obrigaram àviolência grotesca contra os ponteiros dos relógiosdo Congresso. Feita a opção, o Governo abando-nou as hesitações que o torturaram por tantotempo e parece firmemente disposto a completaruma obra que exprima a ideologia autoritária,de qüe é intérprete o Ministro da Justiça, e asexigências de uma tutela militar sobro a Nação,com as quais acabou por identi ficar-se o próprioPresidente da República. É dentro dêsse espíritoe dêsse desiderato que o Governo continuará le-gislando. tentando modificar a realidade nacionala golpes de decretos c outras providências depapel.'

Restará sempre saber até onde o País encon-tra, hoje. com a promulgação do nova Constitui-ção. a porta aborta para a estabilidade e o dc-senvolvimento. Os indícios veementes — como aprópria discordância instalada no seio da maioriagovernista, dc que se destacaram 106 representan-tes para ratificar o ideal revisionista — não sãodos mais animadores. Tudo dependerá, porém, dodesdobramento de um processo político que éainda de crise e que, como tôda realidade, ésoberbamente indiferente ao laboratório tecno-burocrático de um governo cjue faz questão denão se apoiar no consentimento nacional. O fu-turo — o futuro imediato, quo começará a 15 demarco — dirá até onde a construção o a ordena-ção que agora sc consumam por força da vontadede um Executivo autoritário irão exprimir algomais do que os caprichos de um esquema minori-tário de poder. Infelizmente, a nova Constituiçãonão é ainda o fim de uma velha crise.

ImprevidênciaA reedição da catástrofe das enchentes, desta

vez atingindo mais direta e duramente o Estado doRio, mas com reflexos também sérios na Guana-bara, não nos deve conduzir a uma simples atitudede constatação lutuosa. Não basta, com efeito,fazer o levantamento das vidas humanas perdidas;dos prejuízos materiais e financeiros que se aba-tem sôbre unia economia já combalida por tantosoutros motivos; dos serviços públicos interrompi-dos ou reduzidos: dos substanciais recursos que al-guns Estados o o Governo federal terão que des-viar de atividades produtivas para ò atendimentoda emergência. Além do comportamento contem-plativo ou estatístico, precisamos retirar do epi-sódio, e ainda na sua atmosfera de driimaticidade,as lições que se impõem para os dias futuros.

Cumpreè distinguir, em primeiro lugar, entreo que se deve pôr à conta da fatalidade e tudomais que decorre da ausência de uma mentalidadegeral de segurança, seja em relação ao podei; pú?blico ou em relação às responsabilidades parti-culares. Verificaremos, então, que a maior partedos prejuízos resultante? de acontecimentos dessanatureza está vinculada a atitudes dc iinprevidên-cia e de imprudência. Tanto é imprevidente a au-toridade, como o cidadão, porque aquela e êstesão peças de um mesmo comportamento mental de-feituoso. Quando a catástrofe se abate sôbre a nc-gligência geral, o que se vê é o poder público, acoletividade e o indivíduo reagindo sob idênticoscritérios de surpresa, de despreparo c de perple-xidade.

A simples leitura das ocorrências da tromba-dVigua de anteontem nos conduzirá fatalmente atôdas essas reflexões. Houvesse um dispositivo desegurança bem instalado no roteiro do desastre— uma das regiões mais habitadas e favorecidasdo País — seja para prevenir ou para remediar emtermos eficazes, e fatalmente o saldo das vítimas

seria muito menor, como bem menores os danosmateriais e os efeitos de perturbação c desorga-nização deles decorrentes para numerosas ativida-des vitais. Mas em lugar dêsse dispositivo de segu-rança, próprio de tôda comunidade civilizada, oque houve foi o cniperramenlo de sempre. Os ser-viços de polícia, de socorros, do saúde pública eoutros funcionaram dentro das mesmas condiçõesde despreparo e precariedade. A falta de um me-òarüsnió preventivo, baseado em meios de comu-nicação rápida, diversos veículos — inclusive ôni-bus da linha regular cheios de passageiros — pe-netraram cegamente na zona de perigo ao longo daRodovia Rio-São Paulo. Não se viu partir da Po-licia Rodoviária a ordem de interdição parcial daestrada, aos primeiros sinais do grande aguaceirojá previsto nos boletins meteorológicos. As popu-lações das regiões atingidas não tiveram ninguémpara adverti-las a tempo, a fim de que se abri-giisscin com segurança durante :>. toruientã e sal-vassein o que pudessem salvar. A catástrofe do-minou soberanamente o campo dos acontecimeii-los, tendo somente pari» enfrentar os seus elemen-tos desanoderados uma multidão de espectadorese de vítima-.

Reconheçamos; por dever de justiça, que aolado do imobilismo, oficial ocorreram tamhém asomissões do espírito comunitário, algo que entrenós mal saiu do embrião. Continuamos sendo umpovo de imprevidentes, passiva e ativamente. Nemcuidamos da sorte do próximo, nem cuidamosdc nós mesmos; costumamos a enfrentar de peitoaberto as fatalidades, para depois chorar sob osseus escomhros. Como tantos outros, êste é umproblema de educação social. Um programa edu-cacional de segurança precisa ser a resposta ur-gente à lição das nossas calamidades, para quesaibamos refrear-lhes as conseqüências e, em facedestas, agir com espírito de colaboração e sacri-fício.

ExpectativaNa véspera da promulgação de nova Consti-

tuição, o Governo confirma, formalmente, atravésdo Ministro da Justiça, sua decisão de decretarnova Lei de Segurança Nacional. Fortalecendo osinstrumentos da autoridade ,do Estado, mas des-preocupado com a legitimação do Poder, atravésda representação e da comunicação, o Governoentende que está a caminho da estabilidade políti-ca. Mas não há, na verdade, estabilidade onde nâohá consentimento nacional. E próprio dos governosde minoria, empolgados mais pelo temor do quepela confiança, acentuar a tônica da repressão,dando ênfase às razões de Estado. Uma Lei de Se-gurança, a esta altura — e imposta pela via ar-

hitrária do decreto-lei —, não exprime senão umatentativa tle institucionalizar tuna doutrina oficial,a partir da qual tôda divergência passa a ser sub-versiva ou ameaçadora da ordem política e social.

Não deixa de ser sombria a expectativa do.País ante a iminência do nôvo diploma, que surgecom prioridade sôbre a própria Constituição a serlioje promulgada. Dir-se-ia que. pela via parla-mentar. ainda sujeita às limitações notórias destahora, não foi possível esgotar tôdas as gamas dearbítrio em que sc inspiram os teóricos do autori-tarismo. A obsessiva preocupação com a segurançado Estado, em detrimento das garantias do cida-dão, é mais um dado inquielante dêste momento.

O ciclo das leis revo-lucionárias, com as quar,a Revolução pretende^projetar-se no tempo edentro de moldura que aresguarde, se completará'antes de 15 ãe marçopróximo, com a assinatu-ra de dois âecr.etos-leis,um versando sôbre Segu-rança Nacional e outro'sôbre Reforma Adminis-trativa, ambos ligadosentre si e destinaâos acomplementar a Consti-tuição que será promul-gaãa às'15 horas de ho-fe, em Brasilia.

Embora apresentadoscomo instrumentos filo-sòficamente enquadradosdentro áo pensamentomoáerno do Esiado, am-bos serão, contudo, decaracterísticas restriti-vas: o primeiro associarámais intimamente os ci-áadãos ao complexo ãasegurança nacional, re-fletindo-se, assim, nos di-reitos e garantias indivi-duais. O segundo torna-,rá centralizado o sistemaadministrativo no seu co-mando, ãescentralizanâo,em contrapartida, a suaexecução.

A Lei de Segr.rançaNacional será, assim,uma peça ãe ação colo-cada nas mãos do Estadopara defender-se revolu-cionariamente, senão, naessência, para uso políti-co. A Reforma Adminis-trativa objetiva reper-cxdir mais amplamenteno dispositivo militar,unificando-o na cúpula ena teorização. Isto é, umorganismo centralizador.fixará diretrizes que te-rão de ser seguidas con-jugadamente pelos áis-tintos ramos militares.

Cumprido êsse ciclo, oMarechal Castelo Brancoacreãita legar ao seu sxi-.cessor, Marechal Costa eSilva,- um País estrutu-raâo dentro da concep-

ção ocidental modernade Estaão e armaão dosrecursos ãe ação adequa-dos para preservação des-sa obra creditada inte-gralmente ao movimentorevolucionário. O nôvoGoverno poãerá vir a terapenas a tarefa de me-lhorar o mecanismo, sem,obviamente, ferir o âma-go ãe qualquer instru-mento, sob pena âe con-tribuir para o desenca-deamento de atritos ca-pazes ãe justificar outrasincursões militares paraconservação do qziaãro.

O Presidente da Repú-blica concede prioridadeaos eshiãos relacionadoscom a Reforma Adminis-trativa e o seu encontrocom o encarregado ãoestudo da matéria, Sr.Nazaré Teixeira Dias, on-tem, no Palácio das La-ranjeiras, foi consumidono acerto dos detalhes fi-nais. E, durante os feste-jos áo carnaval, o Maré-chal Castelo Branco seáedicará exclusivamenteao assunto, apront'anáo-opara sua ^decretação.

A Lei ãe SegurançaNacional, por sua vez, étema ãe estuãos em áreaspróximas à Presidênciada Repilblica e a ela de-verá chegar 7ios primei-ros ãias de fevereiro, jápara ter andamento prá-tico.

Krieger advertidopara revisão

O Presidente ãa ARE-NA e líáer áa maioria noSenaâo, Senaâor DanielKrieger, já está 'adverti-

áo — e convencido — ãairreversibilidade ão movi-mento de revisão daConstituição de 1967 pe-lo Congresso a instalar-se a 1.° próximo.

Os que trataram ão as-sunto com o líder gover-nista disseram estar êle

crente de que o processorevisionista terá alcancee cobertura tanto na'ARENA quanto no MDB,neste maciçamento. O Sr.Daniel Krieger não vê,entretanto, possibiliãaâepara êxito do movimentose êle eclodir, como ãese-jam oposicionistas, ime-âiatamente após a posseâo Marechal Costa.e Sil-va na Presidência ãa Re-pública. O processo revi-sionista poderá ocorrer,na sua opinião, apenasãepois âo segundo ano ãeGoverno Costa e Silva,quando, por exemplo, osistema âa eleição âiretapoderá ser restabeleciâoem sua plenituáe. Há,entretanto, a condido-nante ãa estábiliâaâe âopróximo Governo por umespaço áe tempo antesque se frutifiquem cèrtatiniciativas âe aperfeiçoa-mento âo texto constitu-cional aprovaáo.

Ministério presenteà promulgaçãoda Carta

A soleniãaãe âa pro-inidgação ãa Constitui-ção, às 15 horas áe.hoje,terá a presença ão Minis-tério âo Marechal CasteloBranco. Os Ministros%e-guirão para Brasília, emavião especial que sairáâo aeroporto militar ãa3.a Zona Aérea às 9 ho-ras. Às 13 horas, o Presi-âente ãa Repilblica almo-cará com os seus auxilia-res âiretos.

Promulgaáa a Carta, êcerta a comunicação âoacontecimento ao Maré-chal Castelo Branco pelaMesa áo Congresso que,incorporada, irá ao Pala-cio do Planalto. Na oca-sião, o Presiãente da Re-pública fará breve disenr-so, no qual, aliás, desdeontem está trabalhando.

A Mongólia entre a URSS e a China

Moscou — A Mon-gólia, espremida entre aChina e a União Soviéti-ca, apostou tudo numaeventual vitória soviética,comprometendo - se,' aoque parece, a apoiar to-talmente a União Sovié-tica em troca do com-promisso dos soviéticosde virem em sua ajudano caso de surgir umaameaça militar de parte:1a China..

A Mongólia, segundofontes geralmente dignasde confiança, realçará asua posição contrária aoregime chinês ao se uniràs seis nações da EuropaOriental que fazem partedo Pacto de Varsóvia nu-ma conferência sôbre osmeios e modos de afastara China e sua constran-gedora "revolução cultu-ral" do conjunto do mo-vimento comunista.

A atual política mon-gólica reflete ao mesmotempo coragem e con-fiança no apoio soviéticoe representa um triunfopara a diplomacia sovié-tica e sua luta com aChina.

Espremida entre asmontanhas meridionaisda Sibéria e a aridez dodeserto de Gobi, a Mon-gólia poderia ter prefe-rido a neutralidade, co-mo fizeram outras duaspequenas nações comu-nistas asiáticas, a Coréiado Norte e o Vietname doNorte, que não perderama amizade ou a ajuda dePequim ou Moscou. •

Súa atitude resultoude antecedentes históri-cos, de uma campanhasoviética maciça de aju-da e propaganda e deuma decisão de crucial

Richard C. LongworthEspecial para o JB

importância tomada pelo nesa, mas quando os co-seu Primeiro-MinistroYumjagyh Tsedenbal, fa-vorável aos soviéticos. Aambição chinesa, maisdo que declarada, de en-golir a Mongólia, podetambém ter' influído.

Depois de terem domi-nado do Pacífico aoAdriático, no SéculoXIV, os mongóis seaquietaram durante 600anos, submetidos peladerrota, pela doença epelo budismo, e no iní-cio do século atual aMongólia era apenasuma remota provínciachinesa onde viviam pou-cas centenas de milharesde nômades,' em tendas,medindo ainda as distân-cias a percorrer em têr-mos cle "dias a cavalo".

Após a revolução boi-chevique de 1917, as' fôr-ças do Exército Verme-lho perseguiram os anti-comunistas até a Mon-gólia, em 1921, e lá per-maneceram para procla-mar a indepenáência dopaís. Três anos depois, aMongólia era oficialmen-te proclamada a segundanação comunista domundo e, de fato, o pri-meiro satélite soviético.

Durante os 30 anos se-guintes, o comércio e asligações da Mongólia como exterior se fizeram ex-clusivamente com aUnião Soviética, lançan-do as bases da aliançaatual.

Mao Tsé-tung haviaprevisto, em 1937, que"quando a revolução po-pular tiver sido vitoriosana China, a República daMongólia Exterior se tor-n a r á automaticamenteparte da Federação Chi-

munistas chineses toma-ram o Poder, a Mongóliase manteve à parte, en-quanto outras áreas, co-mo o Tibete, passavam aodomínio chinês.

Pequim tentou con-quistar a boa vontade daMongólia com ajuda, en-viando mais de 115 mi-Ihões de dólares durantea década dos 50, e Mos-cou contrabalançou a st-tuação com 350 milhõesem' créditos, além de ma-quinaria e técnicos, tor-nando a Mongólia amaior beneficiária, emrelação ao número de ha-bitantes, da generosidadesino-soviética.

Em 1960, Tsenenbaltomou posição. Na confe-rência de cúpula de Mos-cou, êle exaltou a ajudasoviética e condenou asmanobras de Pequim embusca do controle, afir-mando, em discurso se-creto, que a Mangólia es-tava com a União Sovié-tica.

Três anos depois, Tse-nenbal fêz uma declara-ção pública no mesmosentido, no congresso doseu próprio Partido, ata-cando a China por

"in-

flingir imenso prejuíuo"ao comunismo interna-cional.

No ano passado os so-viéticos formaliza ramsuas garantias através deum "tratado de amiza-de" em que prometeramà Mongólia "assistência

para garantir sua defesapotencial" e "tôdas asmedidas necessárias, in-clusive militares, paraassegurar sua indepen-dêneia e integridade ter-ritorial". .

,/•

Jomal do Brasil, torça-feira, 24-1-67, 1.° Cad. — 7

? P

De repente,aquela

chuva doverão passado

As saias vieram para as ruas e a tristeza ocupou o bairro da Tijuca Semidestruíão o carro ainâa é ameaçaão por uma viga na Tijuca atingida

? 1 A correnteza levou o carro ao poste onde éle ficouüevendurado talvez para nunca mais correr

Dos objetos somente a bola sentiu a-murchou como a. esperança áo dono

1

g, _ l.o Cad., Jornal do Brasil, terça-feira, 2.4-1-G7

Minh convida Johnsôn a encontro em HanóiPasseatadissolvidaem Moscou

Mcscou (UPI-JB) — A Poli-cia dispersou, na noite de do-mingo, 20 estudantes que reali-zavam uma passeata pedindo alibertação dos esoritcres YuriDaniel e Andrei Sinyaviski,condenados a sete anos de tra-balhos forçados, por terem ,pu-bü-sado livros anti-soviéticos noexterior _

Os estudantes iniciaram apasseata na Rua Gorky, carre-gando cartazes em que pediama revogaçãa da lei sobre ati vi-caies contra o Eatado. Doistíèles ícram presos.

NÃO MATARÃS!

«jSoviéticosfecham umaexposição

Moscou (UPI-JB) — Umaexposição de 52 quadros de 11artistas absíracionistas sovié-ticos foi fechada domingo naCapital, apenas uma hora de-pois de ter sido inaugurada,sob o argumento de que seprecisava da sala para a pro-jeção de um filme.

Centenas cie diplomatas, jor-nallstas e intelectuais se en-contravam reunidos no Clubeda Amizade, onde se realizoua exposição, quando uma vozav-i-.a'J pelo alto-falante: "a

exposição vai ser fechada.Prensamos da sala para pro-Jetar um íilme. O recinto seráaberto novamente tàrça-feiraâ noKe para um recital poé-tico

OS PÁRIAS

Os artistas que expunhamno Ciube da Amizade são os"párias" da arte oficial enunca conseguem exibir suasobras nos museus da UniãoSoviética. Entre • os pintoresfiguram Oskar Rabin, V. Ne-mukhin e Anatalov Zverk, fa-mosos no exterior.

Há um mês, três aquarelasdo soviético Marc Chagall, ío-ram exibidas na Galeria Trey-tyakov, em Moscou, o que pro-vocou surpresa pois o pintorhavia sido banido na -épocastalinista. Poucos dias depoisda inauguração ordenou-se areirada das telas porque"eram reluzentes e pesadas de-mais".

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Lonãres, Chrístchurcli (No-va Zelândia), Saigon (UPI-JB)— O Presidente Ho Chi Minhconvidou o Presidente Johnsona visitar o Vietname do Norte,"desde que não desembarque derevólver na cintura", para ini-ciar negociações de paz — revê-lou ontem em Londres o Rabinojudeu-canadense Abraham Fien-berg, ao fazer escala era Londres,de volta de Hanói.

O Rabino, acompanhado doPastor presbiteriano americanoA. J. Must e do Pastor anglicanoinglês Ambrose Reeves, teve en-trevista de mais de uma horacom Ho Chi Minh, que lhe teriadado autorização para tornar pú-blico êsse convite e suas condi-ções.HÓSPEDE

Segundo o Rabino, foram asseguintes as palavras de Ho ChiMinh: , ,O Senhor Johnson decla-rou que falaria com qualquer pes-

•soa, em qualquer lugar, a qual-quer momento, sôbre a paz. Euconvido o Senhor Johnson a sernosso hóspede e a sentar-se, co-

mo os senhores, aqui no paláciodo ex-Governador-Geral francêsna Indo-China. Pede vir com suamulher e suas filhas, com seusecretário, médico e cozinheiro.Mas não venha de revólver nacintura, nem traga seus almiran-tes e generais.

Ressalvou porém , o Rabinoter entendido que o convite de-pende ainda de duas outras con-dições: a suspensão dos bombar-deios americanos contra o Viet-name do Norte e — "provável-mente" — a retirada das tropasdos Estados Unidos do Vietnamedo Sul. O Rabino e seus compa-nheiros de viagem descreveramHo Chi Minh como "figura im-pressionante e jovial".

KY NÃO É TÍTIRE

Em Christchurch, onde che-gou ontem, iniciando sua visitaa Nova Zelândia, o Primeiro-Mi-nistro sul-vietnamita Nguyen CaoKy declarou que não é títire nemdos Estados Unidos nem de qual-quer outro país. A afirmação deKy, em entrevista coletiva, foiresposta à declaração do Senador

William, Fulbright, Presidente daComissão de Relações Exterioresdo Senado americano, que, hádois dias, preconizou a derruba-da do Premier sul-vietnamita ca-so não concordasse com negocia-ções de paz entre o Governo deSaigon e o Vietcong.

Repito o que jádisse várias vê-zes — acrescentou Cao Ky. — Sóos vietnamitas tèm o direito dedecidir o destino do Vietname.

CRISE DE GABINETE

De Christchurch, Caomandou ordens à Força AéreaSul-vietnamita p ara impedir odesembarque, na Base de SonNhut, nos arredores de Saigon, doV i c c-Primeiro-Ministro NguyenHuu Co, que teria desobedecidoordens suas e pretenderia voltara território sul-vietnamita, dei-xando de fazer uma viagem deFormosa, onde se encontrava, àCoréia do Sul.

As ordens drásticas de Cao Kyforam interpretadas como into-ma de breve reforma ministerial,a começar pela destituição deHuu Co.

Guerrilheiros metralliani caça-niinas

Com êsle cartaz, destilaram munijestantes contra Spellman em Nova Iorque (UPI)

En-lai ameaça convocarExército contra os rebeldesChu

Pio XIIacusadode nôvo

Roma (UPI-JB) — O escri-tor norte-americano RobertKatz publicará no próximo dla30 um livro intitulado Morteem Roma, no qual acusa oPapa Pio XII de ter contri-buido com seu silêncio para amorte de 335 italianos nasmãos dos nazistas, nas caver-nas ardeatinas, em março de1944.. Um porta-voz do Vaticanorevelou que a. acusação será"facilmente refutada porque éuma grande mentira e umabsurdo", acrescentando quo oI/Osscrvatnrc Romano res-pondera às afirmações deKatz antes da publicação dolivro.

Pio XH, que agora c acusa-do de não ter procurado sal-var as vítimas italianas damatança nazista, Já foi consi-d:rado conivente com a mortedos judeus durante a segundag-jsrra mundial.

Paulo VIjá bomda gripe

Cidade do Vaticano (UPI —JB) — O Papa Paulo VI reas-sumiu ontem suas atividadesnormais, já recuperado da gri-pe, reafirmando a posição daIgreja contra o divórcio c de-clarando-se surpreendido pelopronunciamento de uma Co-missão Parlamentar Italianaque considerou constitucionalo projeto de dissolução do ma-trimónio.

Falando aos membros da Ro-ta Sagrada, Paulo VI d3clarouque não desejava abrir umaüscus-são sobre o pronuncia-mento, embora "êle nos tenhaenusaão surpresa e aborreci-msnto". Disse em seguida quenão podia se calar "ante a tris-te impressão que sempre nosdrixou a ansiedade daquelesque querem implantar o divór-cio nos- costumes e nas leisdos países que tiveram a íeii-cidade de náo possui-lo."

Tóquio (UPI-JB) — O Pri-meiro-Ministro Chu En-lai ad-vertitt ontem que o Exércitochinês poderá intervir e esma-gar os grupos que fazem opo-sição a Mao Tsé-tung, infor-mou o jornal japonês MainichiSimbun, em despacho de seucorrespondente em Pequim.

Chu En-lai declarou, segun-do o correspondente Japonês,que o Exército chinês — queaté agora se tem , mantido ãmargem da luta interna quevem sendo travada na China —"agirá de modo resoluto con-tra os elementos anti-revolu-cionários que procuram des-truir a grande revolução cul-tural proletária".

COMBATES

A declaração de Chu En-lai,divulgada em cartazes afixa-dos nas ruas de Pequim, foipublicada simultaneamentecom a informação, dada pelaRádio de Tóquio, de que fôr-ças pró e contra Mao Tsé-tung•travaram combates violentosna Província de Kiangsi, noSudeste da China.

A rádio de Tóquio citoucomo fonte de sua informação

•a Rádio da Nááchang, Capitalda Província de Kiangsi, Ememissão ouvida em Tóquio, arádio chinesa informou que hágrande número de feridos emconseqüência dos combates re-gisirados em toda a Provin-cia. A imprensa de Hong-Kong informou que na Cidadede Cantão surgiram vários car-tazes. atacando o MarechalLin Pião.

LUTA PELO PODER

A Agência Nova China divul-gou um editorial do -Diário doPovo, em que o órgão central doPC chinês afirma que a ntualluta pelo poder é o início deuma luta de classes, de âmbitonacional, que durará pelo me-nos um ano.

O jornal Hong-Kong Times,citando depoimentos de viajan-tes chegados de Cantão, infor-mou ontem que a revolução cul-tural terminará em setembropróximo. Segundo o jornal, osguardas vermelhos, que estãopromovendo o expurgo de todos

os elementos antimaoütas, rei-niciarão os estudos cm outubro,quando começará o nôvo perío-do escolar.

FOGUETES

A China desmentiu, atravésde sua agência noticiosa, quetenha roubado dois foguetes so-viéticos do tipo Sam, destina-das a Hanói, para acelerar seuprograma armamentista, eacusou a União Soviética de dl-fundir mentiras antichlncsassobre o problema da ajuda aoVietname.

A Albânia, por sua vez,acusou a União Soviética de dl-fundir calúnia da mais vil es-péoie contra o Partido Comu-nista c o povo da China. EmMoscou, a Agência Tass infor-mou que a Guarda Vermelhaocupou a Prefeitura e a RádioPequim. A informação sovié-tlca, como a dos correspondei)-íes japoneses, baseia-se nosmurais afixados pela GuardaVermelha, nas ruas de Pequim.

Saigon, Tóquio (UPI-JB) — Guer.rilheiros vietcongs metralharam umcaça-minas e abateram um helicóp-tero dos Estados Unidos, ontem, naregião do Canal de Saigon, enquan-to os .norte-americanos perdiam cin-co caças a jato Thunderchief, em in-cursões aérea sôbre o território do[Vietname do Norte.

A Rádio de Hanói, em emissãoouvida em Tóquio, informou que 35pessoas, entre mulheres e crianças,morreram durante os bombardeiosaéreos norte-americanos contra as Ci-dades de Viet Pri e Thain Guen. Osamericanos lançaram mais de milbombas sôbre as duas cidades, des-truindo residências, igrejas, escolas ehospitais.

COMBATE

Domingo, os Thunderchief F-105norte-americanos travaram combatesaéreos com os Migs nos céus do Viet-name do Norte, gue sofreu 66 incur-soes da aviação dos Estados Unidos.Os norte-americanos, segundo foi

anunciado oficialmente em Saigon,perderam um caça-bombardeiro masnão conseguiram abater nenhumavião inimigo.

Informou-se ainda em Saigon queos Estados Unidos vão começar a bom-bardea*r a.s grandes bases aéreas nor-te-vietnamitas dentro das próximassemanas. A nova escalada está espe-rando apenas autorização final doPresidente Johnson. Os militaresacham que a medida não provocaráa entrada da China na guerra.

CIVIS MORTOS

Quatro civis sul-vietnamitas fo-ram mortos e nove feridos peio con-tratorpedeiro norte-americano Nor-ris, que errou o alvo atingindo emcheio a Aldeia de Dong Ruy, a pou-co mais de 400 quilômetros de Saigon.O QG americano lamentou a tragé-dia. explicando que o objetivo alme-jado era uma concentração de viet-congs.

Os bombardeiros B-52 da aviaçãonorte-americana atacaram ontem

trincheiras ao longo da linha de de-marcação no centro da zona desmili-tarizada que separa os dois Vietnã-mes e bombardearam prováveis con-centraeões de guerrilheiros na provin-cia de Binh «Duong, ao norte deSaigon.

BAIXAS

Uma companhia de fuzileiros nor-te-americanos — 200 homens — ma-tou 15 guerrilheiros vietcongs emcombate travado a 25 quilômetros dabase aérea de Da Nang. Os guerri-lheiros estavam perseguindo uma uni-dade sul-vietnamita chefiada por ofi-ciais norte-americanos.

O Quartel-General dos EstadosUnidos em Saigon informou que asbaixas dos guerrilheiros vietcongs du-rante a Operação-Cedar Falls, queeslá sendo realizada no chamadotriângulo de ferro, ao norte de Sai-gon, chegou já a 671 mortos e 675suspeitos capturados. A.s baixas dosamericanos e de seus aliados, segun-do o porta-voz, continuam pequenas.

URSS recebe com frieza proposta dos EUAMoscou (UPI-JB) — A União So-

viética recebeu com frieza — reite-rando que a guerra do Vietname im-pede maior aproximação com os Es-tados Unidos — propostas do Presi-dente Johnson no sentido de que osdois Governos cooperem mais estrei-tamente no controle dos armamentos,na ajuda aos países subdesenvolvidose no controle da natalidade no mundo.

A proposta foi apresentada pelonôvo Embaixador americano naURSS, Llewellyn Thompson, ao íazerentrega cie suas credenciais ao Presi-dente do Soviete Supremo (Presiden-te da República). Nikolal Podgorny,em cerimônia no Kremlin. Podgornyrespondeu imediatamente que a co-operação URSS-EUA depende' docomportamento do Govêmo america-no no Sudeste da Ásia. ,

CARTA CONFIDENCIAL

Um porta-voz americano em Mos-cou confirmou que o nôvo Embaixa-

dor é portador de uma carta do Pre-sidente Johnson ao Governo soviêti-co. O documento não foi entregue aoPresidente Podgorny, cujas funçõessão pouco mais que protocolarcs. Su-põe-se que seu destinatário. seja oPrimeiro-Ministro Alexei Kossiguin,com quem Thompson já revelou que-rer uma entrevista no menor prazopossivel.

No encontro com Podgorny — queprosseguiu informalmente, em outrasala, depois da cerimônia de apresen-tacão das credenciais — Thompsonteria antecipado alguns dos termos dacarta, ao dizer que recebera ordens deJohnson para comunicar ao Chefe deEstado soviético sua disposição de "co-

laborar na solução desses e de outrosproblemas de interesse comum".

Meu Governo e eu estamos em-penhados no prosseguimento e am-pliação, em benefício mútuo de nos-sos povos e de toda a humanidade,dos esforços que realizamos eni con-junto.

Thompson, que não mencionou aguerra do Vietname, afirmou queexistem "importantes setores de co-.operação potencial soviético-america-na: ò crescente ônus dos armamen-tos em todo o mundo, a progressivadisparidade entre nações ricas e po-bres e a incapacidade de muitos pai-ses, de alimentar suas populações emexpansão."

RESPOSTAPodgorny respondeu que a União

Soviética está pronta a "desenvolversuas relações com o.s Estados Unidos",mas que depende da politica ameri-cana. tornar tal desejo possivel.

— As ações americanas no Viet-name — acrescentou — levaram_ auma grave deterioração as relaçõesinternacionais. Um fim rápido ã guer-ra do Vietname facilitaria considera-velmente a' melhoria da atmosfera in-ternacional e a criação de condiçõespara a solução de vários problemas'urgentes e já maduros.

Indira revela exigência americana

Hong Kong, (UPI-JB) —Coube ontem a um dos ho-mens' mais importantes daChina o ato de descerrar a cor-tina c revelar a verdadeiraprofundidade da crise que aba-la o pais. Quando Chu En-lai,o Premier cosmopolita c edu-cado em Paris, ameaçou con-vocar o exército para repri-mir as desordens, os mais es-crupulcsos observadores senti-ram ser essa a palavra quefaltava no quebra-cabeça chi-nés.

Até verem proferida talameaça, os observadores en-tendiam que a situação pode-ria ser considerada fluida, con-fusa e talvez absurda. Mas nãoa consideravam séria — pois

o bem treinado exército chinêspoderia facilmente acabar comos motins de qualquer dos gru-pos, salvo so o próprio exér-cito já não fosse digno de con-fiança.

A levar-se a sério o pronun-ciamento de Chu Enlai, as pró-xlmas semanas poderão sercríticas. Se o exército mos-trar-se fiel ao Presidente Maoc ao Ministro da Defesa Lin

Intervenção militar favorece LinArnold DibbleEspecial, para o Jl)

Pião, toda a crise poderá serresolvida cm pouco tempo, tos adversários de Mao esta-riam liquidados. Mas se é pos-sivel chamar o exército pararesolver a crise, por que não oteria íelto Mao no início dacrise?

Por que teria Mao recorridoàs multidões de guardas e nãoao exército? Por que caber aChu En-lai — o grande con-clliador —- a missão de lançara ameaça de convocação dasForças Armadas?

Tais perguntas são desafia-doras. E a resposta mais pro-vável, desde que se admita a.veracidade das informações, 6que Chu Eru-lai, homem tlesete fôlegos e que ninguémainda conseguiu derrubar,convenceu-se finalmente dequo o Exército apoiará os es-forças de liquidação do caos.

Essa resposta, entretanto,não põe íim ao sem númerode perguntas passíveis sôbre ofuturo da China continental.O exército, como sugeriramontom cm Hong-Kong fontesque. poderiam ser dadas como

bem informadas, mas cujasinformações ainda depende-riam de confirmação, estariadisposto a pôr íim às desor-dens, mas não especificamenteem nome de Mao.

Se o exército agir, é muitoprovável que sua intervençãoresulte no fortalecimento doPresidente da República, LioChao-chi, transformado, Jun-tamente com o Secretário-Ge-ral do Partido, Tcng Hslao-ping, no alvo principal dosguardas vermelhos. Contidos osguardas, Liu e Teng ganhariamtempo para considerar suaspasições.

Ninguém sabe, naturalmente,qual será a reação do exerci-to ií atual confusão. Em prin-cípio, porém, poder-se-ia ad-mitir que os militares tivessem,a mesma reação de suas fami-lias. E a maioria deles saiu decamadas camponesas, as maisconservadoras de todos os seg-mentos da população chinesa,não obstante o íato de ter sidosôbre elas e seu apoio que Maoconstruiu sua maior íôrça noinício da luta revolucionária. ,

A'OMí Deli (UPI-JB) — Os Es-tados Unidos comunicaram ao Govèr-no indiano que deveria suspender seucomércio com o Vietname do Norte eCuba, se desejasse receber embarquesde trigo norte-americano — informou,ontem, durante comício eleitoral, oPrimeiro-Ministro da índia, Sr.ft In-dirá Gandhi.

Acrescentou a Sr.a Indira Gandhihaver informado a Washington que aíndia interrompera seu comércio com

DE VOLTA DE HANÓI '

o Vietname do Norte, em 1962, por te-mer que os artigos indianos enviadosàquele pais fossem remetidos à ChinaPopular.ESCLARECIMENTOS

No comício do Partido do Con-gresso (situacionista) em Nagpur, oPrimeiro-Ministro Indira Gandhi as-sinalou que, quanto a Cuba, disseraao Governo norte-americano que asrelações comerciais da índia se liml-

tavam a produtos não militares, e quea exportação consistia principalmentena venda de juta, como já vinha sen-do feito há muito tempo. Indira Gan-dhi suplementou a informação dizen-do que um porta-voz do Governo nor-te-americano respondeu, após seu es-clarecimento: "Está bem. Mas nãoenviem armas a Cuba."

O Primeiro-Ministro Indira Gan-dhi não especificou quando ocorreramaquelas advertências e explicações.

Bandeiras de Formosa voltam a MacauMacau (UPI-JB) — Grupos

de chineses direitistas realiza-ram manifestações ontem, emMacau, para comemorar o 13.°aniversário do Dia da Liberda-de — marco do fim da guerrada Coréia.

Muros e paredes foram co-bertos com cartazes, acusandoo Governo de ceder às pressões

comunistas, c numerosas ban-deirinhas da China nacionalis-ta apareceram em profusão nasruas, sendo tudo — cartazes cbandeiras — rapidamente reti-do pela Policia.

Seis canhoneiras da Rcpúili-ca Popular da China entraramem águas territoriais de Ma-cau, ontem, fazendo manobras

que íoram observadas peloshabitantes dessa passessão. Se-gundo fontes locais, seu objeti-vo era intimidar as autorida-des portuguesas, para obriga-las a aceitar as exigências for-muladas pclo Govêmo de Pe-quim, depois que elas proibirama construção de uma escola.

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O Rabino Fcinberg e. os rastôres Muste e Reeves narram em Lomhes o encontro que tiveram com Uo Chi Minh (VPU,

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Jornal do Brasil, terça-feira. 24-1-67, 1." Cad. — 0

Normalização do fornecimento de água ainda é imprevisívelA CEDAG informou que o

abastecimento de água à Ci-dade' está muito prejudicado,desde às 11 horas de ontem,sendo imprevisível a data danormalização, particularmenteem relação ã Zona Sul, poisn.s enxurradas poluíram a águado Guandu a ponto de impôs-sibilitar, por ora, o seu trata-mento.

O Guandu, fonte de todoabastecimento á Zona Su!, ti-nha ontem suas águas intel-ramente enlameadas, c a úni-ca coisa a fazer por enciuan-to. segundo os técnicos daCEDAG, é observar o rio e tl-rar, periodicamente, amostrasde suas águas, na esperançade ciue diminua o indico de po-luição c volte a possibilidadede tratamento.

¦ Nas outras zonas da Cidade— Norte e Centro — o abus-tecimento também foi suspen-so, não devido a, poluição, masá falta dc energia elétrica, de-vendo ser normalizado tão lo-go haja carga para acionar osistema. Houve, além disso,uma inundação na antiga es-tação de recalque do Guandu,atingindo os motores. O fato,¦segundo a CEDAG, nada re-pre.senta de grave em relaçãoao sistema, porque o Lameirãoteria condições de dar enrgaautônomamente.

A gravidade da situação estámesmo na poluição das águasdo Guandu, que, desde a ma-nhã cie onlem, começaram achegar á Estação de Trata-mento muito barrentas, provo-cando, ãs 11 horas, o corte donbasteciineiíj-o pelo perigo depoluição.

Tão logo a água permita serde nôvo tratada, serã reinicia-do o abastecimento ã- Zona Sul,através do Reservatório do La-meirão, mas qualquer previsãode quando isto será possívelnão pode por ora ser feita, etalvez hoje os técnicos da Com-panhia passam dar. um prog-místico.

A Diretoria da CEDAG, atra-vés rio JORNAL DO BRASIL,foz npélo á população, c prin-cipalmente aos síndicos dosedifícios da Zona Sul da Cida-

de, para que seja estabelecidoum rigoroso sistema de íome-cimento de água, pois a popula-ção vai viver, nos próximosdias. da água que recebeu on-tem, e é necessário, para evitardesperdícios, que as pessoas nãoacumulem água em banheirase vasilhas, devendo nos edifí-cios só utilizar a água nos mo-mentos cm que ela íór libera-da. das caixas pelos síndicos.

A reportagem do JORNALDO BRASIL esteve ontem noGuandu, e constatou estar aágria muito barrenta, devido aogrande volume de terra e argi-la carreado pelo rio até a to-mada de água da Estação deTratamento. O reservatórioestá em seu limite máximo, ten-do ontem os técnicos sido obri-gados a abrir ns comportas datomada de água, para evitarnm volume intolerável, que po-deria romper ns instalações-

Diversos técnicos da CEDAGse encontram no local, medin-do a poluição cia água. mas, de-vido ao seu estado lamacento,acreditam que demoicará aindaalguns dias — caso não chovaainda mnls — a recuperaçãoda água para o tratamento.

NOTA DO GABINETE

O Gabinete do GovernadorNegrão de Lima divulgou on-tem a seguinte nota, sobre oproblema da água:

"Em vista das fones chuvascaídas nas últimas horas, emtodo o Estado da Guanabarae do Rio de Janeiro, especial-mente na regl5o.de Lajes, atin-gida por tromba-d'água, queprovocou um corte de energiaelétrica á Cidade o Gabinetedo Governador esclarece:

1) a situação jeral da Cida-de, até o momento, náo apre-senta casos de maior grfivida-de, ocorrendo enchentes ape-nas nos porcos tradicional-mente atingidos;

2) recomenda-se ãs famíliasque economizem água, cm vir-tude de se acharem paralisa-das, em grande número asbombns de recalque residen-ciais, devida á falta de energiaelétrica.

SUNAB garante que comida dá para 3 mesesOs estoques de feijão, arroz, farinha,

de mandioca, leile em pó e outros gene-ros básicas são suficientes para um con-sumo de três meses, informou ontem oSuperintendente da SUNAB, Sr. Guilher-me Borghoff, ao Governndor Negrão deLima, e que o abastecimento da Guana-bara não seria prejudicado, mesmo queviei.se a ocorrer o isolamento do Estndo.

A SUNAB tem cm seu poder um mi-lhão de sacas de arroz, 350 mil de feijão,41 mil de farinha de mandioca, 541 tone-lada.s de sa! e 1 1100 toneladas de leite¦cm pó, quantidades consideradas sufici-entes para enfrentar uma crise..

PRECAUÇÃO

O Superintendente dn SUNAB tran-qüilizou o Governador, afirmando que oórgão, especialmente nesta época do nno,procura manter seus estoques regulado-res em condições de. suportar umn inver-rupção do fornecimento c que, além dasseus, poderá contar com os estoques dasatacadistas.

Afora os gêneros citnda=. a SUNABtem ainda ao seu dispor mais de COO to-neladas de peixe, 126 mll de milho e fa-rinho de trigo pnra um consumo de 45dias.

Primeira providênciafoi interditar praias

A interdição _ de iodas nspraias cariocas

'— a. íim de

permitir a canalização para omar cia rede de esgotes, já,que, por falta de energia, aselevatórias não estão íuncio-nando — e os contatos com oMinistério das Minas e Ener-afins, visando a determinar oracionamento de energia elé-trica em-toda a Cidade, foramas principais medidas tomadasontem pelo Governo cio Estado,cm íace da crise no forneci-mento de energia.

Durnnie a tnrde, o Governa-dor Negrão de Lima se mante-ve na expectativa, da chegadade informações da Secretariade Obras sóbre os dados so-íridas pela cidade com as chu-vas que caíram na parte damanhã, e da CEDAG, sôbrc apossível paralisnçáo da eleva-tória do Guandu.

O Governador Negrão de Li-ma chegou ao Palácio Guana-bara por volta das 10h30m, vin-do da Gávea Pequena e pa.s-sando pelo Túnel Rebouças.Como no trajeto não percebes-se a dímens&o da.s conseqüen-cias, somente em seu gabineteteve idéia exata dos transtor-nos.

Entrou em contato com vá-rios Secretários e recebeu detodos a informação de que ha-via controle total da situaçãoe que o mais sério problemaera a falta de energia elétrica,o que poderia acarretar umasérie de outros danos à Ci-dade.

COMENTÁRIO

O Governador Negrão de Ll-ima prestou as seguintes decla-rações à imprensa, relativa-mente ãs conseqüências dostemporais.

Foram muito fortes ns chu-vas que caíram na noite passa-da c na manhã de hoje sóbreíi Guanabara. Em conseqüen-cia, houve inundações, comoocorre em tais ocasiões. Muitosofreram a Tijuca, o Maracanãe Jacarepaguá. Desabaram nl-guns barracos cm favelas e omorro do Capela, na Estradadas Furnas, deslizou em parte,soterrando 4 pessoas. São asvítimas de que até agora tive-mos notícia.

Todos os pontos que necessi-tavam de socorros íoram atingi-dos prontamente pelos nessosserviços, apesar das dificuldadesverificadas nas comunicações te-lefônicas.- Algumas pessoas de-sabrigadas foram também aten-dida.s. Todos as instrumentosdo Estado entraram em rápidamobilização e náo há. assimmotivas para alarma.

Infelizmente as chuvas caí-das no Estado do Rio inunda-ram a principal usina geradorade energia para a nossa Ci-dade, a estação Nilo Peçanha,da Light. Isto fêz com que oabastecimento de energia elé-trica ficas.se reduzido a 30 porcento de sua capacidade nor-mal. Em conseqüência, nãoíuncionam os elevadores e asbombas dc recalque reslden-ciais. Fazemos um apelo a to-cios para que reduzam ao má-ximo o consumo de água. oqual depende, em muitos casos,do funcionamento daquelasbombas. Não devendo norma-lizar-se antes de amanhã oabastecimento de energia eié-trica, tomamos providências pa-

ra redobrar o policiamento os-tensivo da Cidade.

DEFESA CIVIL

O Secretário rie Govêmo, Sr.Humberto Braga, Superinten-dente da CEDEC (Comissão deDefesa Civil), informou quetodos o.s órgãos do Estado cs-tavam mobilizados, e que nãohavia problemas quanto aoabastecimento da Cidade, poisexistem constantemente tíOOto-neladas de gêneros alimentíciosem estoque.

Informou que ocorreram de-sabamentos na Tijuca, commortes. e*um outro na Barrada Tijuca. Os desabrigados jáestavam alojados numa igreja.

FERIADO E TRANSITO

Cerca das 15 horas, o Gabi-nete do Governador informavaque estava abandonada a idéiadc decretar feriado hoje noEstado, pois a concessionáriajá conseguira, cm São Paulo,um suprimento extra de ener-gia elétrica, a íim de diminuiros efeitos da inundação daUsina de Lajes.

Às 16 horas, o General Hil-delirando de Góis Cardoso co-munlcou ao Governador que játinha entrado em contato como comando cia Policia Militar,a fim de conseguir soldadospara trabalharem nos cruza-mentos mais perigosos, no.s pc-ríodas em qüe ocorrerem oscortes de energia.

Informou ainda que o trân-sito pela manhã esteve tumul-tuado em diversas ruas, pelaparalisação dos sinais e pelaausência dos guardas, que nãotinham como ficar nas ruasinundadas. O General Hilde-brando revelou ter gasto umahora, indo' de sua residência,no Grajaú, até a sede do De-partamento, na Praça Tiraden-tes. Féz apelo aos motoristas epedestres para que tomem odobro de cuidado durante operiodo em que não íuncionemos sinais.

.O Secretário Ac Serviços Pú-blicos, General Milton Gon-çalves, informou ontem que osônibus elétricos náo deixarãode funcioníft- no periodo dedois a três dias em que deve-rá durar o rncionnmento deciue deverá durar o raciona-mento de energia.

A interdição das praias íoideterminada pelo Governo doEstado, em nota cuja integrac a seguinte:"O Governo do Estado co-munica à população que, emvirtude da interrupção dosserviços de energia elétrica, aselevatórias de esgotos íorampostas, temporariamente, íorade funcionamento. Em conse-qüència, todas as praias doEstado da Guanabara estão in-terditadas até segunda ordem.

O Governo do Estado fazum apelo à população paraque não sobrecarregue a redetelefônica, a fim de que asautoridades possam manter ascomunicações necessárias."

Em virtude da.s chuvas, aSecretaria du Finanças náorealizou oniem o pagamentodo lote 10. Para hoje, na pnr-te da manhã, está previsto ês-te pagamento, enquanto o dolote 11 será efetuado nn par-te da tarde.

O Sr. Guilherme Borghoff avisou ãpopulação, porém, que diminua o consu-mo de produtos hortlcolas, c que poderáhaver uma diminuição do fornecimento,já que uma boa parte vem de São Paulo.

REUNIÃO

No íinal da tarde o Governador Ne-grão de Lima,convocou uma reunião emseu gabinete para examinar a situaçãodo mercado de gêneros dc primeira ne-cessidade na Guanabara, tendo resultadoum balanço positivo, com a SUNAB in-formando dispor de estoques em quanti-dade suficiente c prometendo uma nota.oficial, na qual situará, numericamente,os diversos produtos.

LEITE

Apesar de a SUNAB afirmar que nãodeverá ocorrer problemas no abastecimen-to de leite, já que a Cooperativa Centraldos Produtores tem em estoque 370 millitros, as empresas distribuidoras do pro-duto acreditam que, a partir de amanhã,poderá haver anormalidade, pois — comoregra gerai — o,s reflexos sáo sentidosna Guanabara um dia depois.

Ontem houve atraso na distribuição, cm

conseqüência do engarrafamento ter sidoprejudicado pela íalta de energia e dasruas alagadas. O leite distribuído í o queestava estocado há dois dins e o de hoje6 o de anteontem. Por isso há temoresquanto h distribuição, a partir de amanhã.

CARNE

Não deverá faltar carne, pois aSUNAB Informa que tem em estoque maiscie duas mil toneladas, que são suficien-tes para garantir o abastecimento duran-te uma semana, mas quase mil açòuguesnão distribuirão normalmente o produto,uma vez que a. falta de energia — quef£z parar os congeladores nté por 18 ho-ras — fêz com que muitos açougueirosdeixassem cie comprá-la ao.s frigoríficos.

A' hipótese de íalta sô poderá seraventada se ns chuvas continuarem aindaper muitos dias. pois a ciua.se totalidadeda carne que chega à Guanabara vempela Via Presidente Dutra e pela.s estra-das que ligam com o Estado do Rio:Marre, Rio-Petrópolis, todas bastante atin-gidas.

A íalta de energia não chegou a pre-judlcnr os frigoríficos de carne, aves,íruUvs, leite e peixe.

Chuva d. e v e rá continuarmas pode haver melhora

O Serviço de Meteorologiaprevê o prosseguimento naspróximas horas das chuvas quevêm caindo sobre a Cidade des-de a noite de domingo, havendono e n t a-n t o, possibilidadecie uma melhoria gradativa dotempo.

A frente fria que passou peloRio no íim de semana já seencontrava ontem sóbre Cam-pos, no Estado do Rio. esten-dendo-se até Mato Grosso, moso anticiclone polar da reta-guinda — com um centro lo-cftllzadó na Argentina e outrocm Montevidéu — perdia fòvças

Central teve de parar durante 4 liorasA Central do Brasil paralisou das

10 fts 14 horas de ontem todas as li-inhas do subúrbio, além dos trens paraSáo Pnulo, devido <no transbordamentodo Rio Joana, em Sáo Cristóvão, quecobriu todo o leito da ferrovia e em cer-tos trechos arrastou nas suas águas ocascalho dos trilhos,

Na estação da Central era enorme omovimento de pessoas que esperavampela hora de voltar pora casa ou se di-rlgiflm para o trabalho, alguns esperan-do por mais de duas horas nas pista-formas de embarque, até que o tempomelhorasse e ns águas voltassem ao seucurso natural.

situação GeralI

O problema da íalta de energia nãoafetou as trens da Central, mas quan-do a chuva aumentou e as águas come-çaram a cobrir os trilhos da fer-rovia, a direção mandou que se suspen-desse o tráfego até a melhoria da sl-tuação.

Um dos trabalhadores mais aflitos naestação da Central era o Sr. Franciscode Paula Dias, que já havia perdido maisda metade do seu dia no edifício do IAPI,onde nada conseguiu resolver por falta,de luz no prédio. Esperando há duashoras pelo trem, o Sr. Francisco Diasrezava, para viajar logo, pois queria ir ítMadureira resolver um assunto parti-cular e salvar o dia.

Os trens ente ficaram por mais tennoparalisados eram os que tinham por des-¦tino Olinda, Nova Iguaçu, Paracambi eEngenheiro Pedreira.

Nem mesmo os trens que ft Central do'Brasil havia colocado à disposição, cmhorários especiais, para São Paulo, pude-ram funcionar cie imediato.

A partir das Mh20m o tráfego norma-lÍZOU-50.

O pessoal do Departamento de Enge-nharia da Central, que foi incumbido dedesobstruir os trilhos, ficou intrigadocom o aparecimento sobre o via férreade inúmeros objetos levados pelas águas,inclusive um boíijão de gás doméstico.

A Central apresentou ontem tun gran-de movimento junto aos gulchês de vendade passagens. Devido à retirada dos ôni-bus para. SSo Paulo, os dois trens notur-nas para a Capital paulista (21 c 23 ho-ras) viajaram lotados. Uma composiçãoespecial, com duos máquinas e dois va-góes, seguiu, ns 15h20m, para São Pnu-lo, com 160 passageiros, que tiveram de-volvidas suns passagens nos ônibus queseguiriam sela manhã.

Na Leopoldina

Na Estaçáo da Leopoldlna a situaçãoern ninda pior pois além de os usuários nãopoderem utilizar cs trens, parados, náotinham condições para sair da estação,porque a Rua Francisco Bicalho virou cmpoucos minutos um rio imenso. O.s poucosônibus que por ali passavam eram invadi-

dos pelas pessoas que conseguiam superaras águas.

Com a paralisação dos trens, os ônibusque se dirigiam aos subúrbios íoram insu-íicientes para atender ao movimento.

Rodoviária

Todcs o.s ônibus que saíram do Rio nanoite de domingo com destino a São Pau-lo, tiveram que voltar do quilômetro 55,onde uma barreira havia caído e o RioParaíba inundava a estrada, impedindoa passagem .de qualquer carro.

O último ônibus que saiu do Rio econseguiu chegar a São Paulo foi o das22h20m. As empresas, pela manhã, ao to-marem conhecimento da situação, passa-ram a devolver o valor das passagens.

Até às 14 horas de ontem, a Rodovia-ria Nôvo Rio apresentava um aspectodesolador, com passageiros sentados sóbresuas malas, á espera dc uma notícia ofi-ciai sóbre a situação das estradas.

Somente os ônibus com destino aoEstado do Rio tinham suns partidas libe-radas.

Aeroportos •

O Aeroporto Santos Dumont suspen-deu suas operações durante toda a ma-nhã. O primeiro avião a receber ordemde partida decolou às 12 horas.

No Galeão, a falta de teto tambéminterrompeu o movimento das aeronaves.

Trânsito revela despreparo na emergênciaO Departamento de Tráasito e a

Polícia Militar, responsáveis pelo trânsitoda Cidade, demonstraram ontem estardespreparados para uma emergência co-mo a que ocorreu com a íalta de energiaelétrica, paralisando as sinais luminosos,porque durante tória a manhã de ontema maioria dos cruzamentos ficou despoii-ciada, com os motoristas e pedestres en-tregues ã própria sorte.

Os veículos que transitavam, porexemplo, pela Avenida Brasil, ficaramdesprotegidas ao longo de quase toda asua extensáo, náo havendo maior númerode desastres devido à cautela- com que to-dos dirigiam sob a ação de fortes pança-das de chuva. Em certos locais houvecongestionamentos por falta de disciplinano trânsito e até às 11 horas ja haviaocorrido dois desastres.

Sem os sinais luminosos e sem guar-das, o tráfego, desde a Avenida Rodrigues

Alves, esteve ontem prejudicado pela fal-ta dc policiamento. Na esquina das RuasRivadávia Correia e Rodrigues Alves, on-se se cruzam os veiculas que saem do Tú-nel João Ricardo para o Cais do'Porto,havia uma grande confusão, pela manhã.O mesmo acontecia com relação ao ent-zamento cm írente à Rodoviária Nôvo Rioe, penetrando na Avenida Brasil, encon-travam-se os sinais desligados e des-policiados ainda os cruzamentos com aPraia do Caju c a passagem de nível cieManguinhos. Somente a partir de Ramosé que começaram a surgir os primeirosguardas, mas não da PM ou do Departa-mento de Trânsito e sim do Departamen-to de Estradas de Rodagem.

A passagem da reportagem do JOR-NAL DO BRASIL, dois acidentes íoramobservados: o do ônibus GB 8-14-40 como caminhão GB 61-01-08 e também douma ambulância com um ônibus, próximo

a Ramcs, onde existem duas obras quetomam metade da pista de volta da Ave-nida Brasil, que ontem, mais do que nosdias normais, causaram grandes conges-tionamentós. Um detalhe: em frente' aoMercado Sáo Sebastião, seis guardas es-tavam parados, fiscalizando os caminhõesde carga.

BANHO DE LAMA

Uma locomotiva colheu ontem pelamanhã o Karmann-Ghia GB 3-87-86, di-rigido pelo Sr. Adnei Gomes da Silva, eo atirou no Canal do Mangue, em frenteà Estarão de Barão de Mauá. O motoristanáo obedecera o sinal luminoso da Fran-cisco Bk-alho.

Os trabalhos de retirada do veiculoíoram bastante difíceis. O Karman-Ghiasó íoi localizado com a volta do seu pro-prietário, que depois de medicado mergu-lhou nas águas do canal para procurá-lo.

Bancos não avaliaram ainda prejuízosOs prejuízos causados à rede banca-

ria carioca com a interrupção do fome-cimento dc energia elétrica á Cidade ain-da não íoram avaliados, pois o funciona-mento dos bancos ontem foi bastante ir-regular, registrando-se a paralisação to-tal das seções mecanizadas e a dispen-sa dos funcionários que operam máqui-nas na maioria dos estabelecimentos.

Apenas a agência central rio Bancodo Estado da Guanabara, no Castelo, tevetõdns a.s suas seções funcionando nor-malmente, inclusive a de computação ele-Irônica, porque o edificio onde está ins-falada a sua sede possui geradores pró-prios.para essas emergências, Nas dema/sagências do BEG, porém, repetiu-se amesma situação do resto da rede banca-ria.

SERVIÇO NORMAL

O Serviço de Engenharia do BEG in-formou que a agência central do Bancopossui, no seu subsolo, grupos de gera-dores para emergência, e que na sedehouve apenas uma rápida interrupção nosserviços quando faltou energia, enquantoo seu equipamento próprio era |>osto cmatividade.

O BEG possui também geradores emcarretas, mas conta o colapso foi totaldesta vez, as suas agências não puderamser auxiliadas. Nn sede, entretanto, tudofuncionou normalmente e nenhum íun-cionário foi dispensado.

Nos estabelecimentos mais modernosa situação íol ainda pior, principalmentenaqueles localizados em edifícios e quepossuem seções em diversos andares. Coma paralisação dos elevadores, ;i maioriados funcionários que trabalham cm nn-dnres 'superiores — principalmente ns sc-nhoras — não puderam subir.

PREJUÍZOS

O Vice-Presidente do Banco Comer-rio e Indústria de Minas Gerais, Sr. Bar-bosa Melo, cujo estabelecimento íoi inau-gurado há poucos dias, disse que os pre-juízos íoram enormes, pois íoi obrigadoa fechar diversas seções c dispensar osfuncionários, uma vez que todo o cqui-pamento elétrico parou. Como o edificiodo banco foi planejado para funcionarcom ar condicionado, a paralisação dofornecimento de energia provocou a detodos os aparelhos, tornando pràticamen-te impossível a permanência em certassalas que não dispõem de janelas, O prê-dio tem 22 andares e é servido por seteelevadores; sua porta principal é movidapor tapetes elétricos, abrindo-a e íechan-do-a ao serem pisados. Todo esse equipa-mento parou, trazendo prejuízas finnncel-ros que, segundo o Sr. Barbosa Melo.existem, mas não podem ser calculadosagora.

A Câmara de Compensação do Ban-co do Brasil, que funciona na parle da

manhã, esteve parada c o movimento decompensação — troca de cheques entrebancos — de orrtem somente será reali-zado hoje, obrigando os funcionários atrabalhar horas extras, se não faltarenergia, para pór o serviço em dia.

No First National City Bank foi nor-mal o movimento rie clientes, verífiean-do-se poucas faltas de funcionários. Comonos demais bancos, ns suns seções meca-nizndas paralisaram e houve dispensa dosfuncionários que operam máquinas elé-tricas. O serviço atrasado obrigou dlver-sas seções a trabalhar horas extras. Ve-riíicou-se mais retiradas do que depósi-tos c somente hoje, se o serviço tor nor-mnllzado, serão calculados os prejuízosciue porventura tenham ocorrido.

CAIXAS-FORTES

Embora o colapso de energia tenha«ido total, a maioria das calxas-fortcs dosbancos puderam ser operadas normal-mente, porque dispõem de mecanismos denbertura que funcionam em certas horas,de íorma a permitir sua nbertura mesmocom a falta de energia.

Quando ns caixas-íortes -são aciona-das apenas pela energia elétrica, como êo caso da do Banco Comércio e Indústriade Minas Gerais, tias possuem uma portade emergência, também fortificada, quepode ser aberta nessas ocasiões.

Comércio leve luz própria no "black-out"

Com o material usado no temporal doano passado, o comércio resolveu ontemo problema causado pelo biackmit par-ciai, utilizando geradores próprios — osque os tinham — ou velas, lampeóes coutros recursos do gênero, evitando pre-juízos que motivassem apreensão, segun-do as associações de classe. ,

O Sindicato dos Lojisms e Comércioinformou ao JORNAL DO BRASIL quenáo houve perdas de grande monta, ape-sar de alguns estabelecimentos comerciaisterem sido atingidos. As maiores conse-qüéncias íoram o decréscimo nas vendas,falta, de pessoal ao trabalho e a parali-sação momentânea de atividades.

NADA DE GRAVE

O Sindicato dos Lojistas e Comérciodo Estado da Guanabara informou aoJORNAL DO BRASIL, após as chuvas ea falta de energia elétrica, que não re-c-ebeu qualquer reclamação ou comunica-ção dc seus associados, "que natural-mente resolveram o problema de acordocom a dificuldade especifica".

O comércio do Centro da Cidade íoio que mais sofreu com a íalta de energiaelétrica. Enquanto os mais prevenidosconseguiram obter pequenos geradores pa-

ra ilur-inar seus estabelecimentos, outrostiveram que se contentar com velns elampiões.

Em algumas casas, o Índice de ven-dos desceu de até 90%, como nas LojasAmericanas da Rua do Ouvidor e Gon-çalves Dias, que, de uma média de 13mll clientes diários, caíram ontem a ape-nas 100. Para evitar — Já que estava íun-clonando à luz de velas —- a presença deladrões no local, a direção clns LojnsAmericanas redobrou o número de íis-cais em todas as agtnelns situadas noslocais atingidos pelo Hlaokout.

Todas os salões de cabeleireiros quefuncionaram nas zonas atingidas pelafalta de energia elétrica sofreram gran-ries prejuízas, o mesmo acontecendo comos proprietários de consultórios médicosc dentários, cujos aparelhos de trabalhosó funcionam à base de energia elétrica.

O.s donos de bares localizados na Ave-nlda Rio Branco, principalmente, tiveramsuns vendas aumentadas, com a grandeprocura do cafezinho. Apesar da chuva,o calor era grande, c muita cerveja íoiconsumida, com croquetes de camarão esalsichas.

Impossibilitados cie colocar suas me-sas na calçada, cs bares permaneceraminteiramente lotados, o mesmo não acon-

¦•in virtude do aparecimento deoutra frente fria na Argentina.

CHUVA E FRIO

Com a continuidade da ln-íluêneia do vento frio, a tem-peratura no Rio deverá conti-ntiar- em declínio, fato que vi-nha sendo observado desde on-tem.

Apesar da intensidade daschuvas, entre zero hora e 8 ho-ras da manhã, no ObservatórioMeteorológico tPraça 151, osaparelhas recolheram apenas5.7 milímetros de água.

Serviços Públicos semproblemas de. gravidade

A Secretaria cie Saúde do Es-tado, em nota divulgada enteaià noite, disse ciue seus hoópi-tais estavam atendendo nascondições mais perfeitas possi-veis todas as necessidadesde emergência da população,acrescentando que não houvenenhum caso excepcional.

Informou ainda que em ai-guns hospitais, como SousaAguiar, Miguel Couto, RochaMaia e- Paulino Verneck, o ín-dice de atendimento diminuiuconsideravelmente nas últimashoras de ontem.

ZONA SUL

A Zona Sul da Cidade foi amenos atingida peio colapso noabastecimento rie energia elé-trica, pois a luz começou' a, fal-tar às 9h4ôm e voltou antes domeio-dia., íato que não causouproblemas ao Hospital RochaMala, em Botaíogo.

O sistema de comunicaçõesdo Rocha Maia, no entanto, fi-cou quase paralisado o dia in-teiro, pois a Companhia Tele-tônica foi obrigada a desligar.sua estação 2G, número de or-dé-m da maioria dos aparelhos.

Desde as primeiras horas damanhã, os telefones do hospitalfuncionavam com defeito: sò-mente recebiam chamadas darua, sem completar as ligaçõesque fazia para. íora. As 9 ho-ras. quando a chuva ficou maisíorte, entraram em colapsototal.

O Hospital Miguel Coutoatendeu sem grandes proble-mas a.s vítimas do desabamen-to no Morro do Macedo: Mariada Conceiçáo Santas, Ana An-gélica Inês e Ana Maria, estade nove anos. As três sofreramapenas escoriações generali-zadas.

Telefones

Cerca de 80 mil telefones £i-caram paralisados ontem, emconseqüência das chuvas. Ascentrais de eletricidade pas-saram a operar com baterias e,mais tarde, geradores, pois a.sbaterias tém capacidade npe-

nas para duas horas, o quemotivou o desligamento , dosaparelhes até às primeiras ho-ras da tarde, recebendo elesapenas as chamadas externas.

Ontem à tarde, já algumasestações passaram a funcionarnormalmente c, para hoje, es-tá prevista completa nonnali-zação. Os serviços de interur-bano e de microondas Río—São Paulo já voltaram a fim-eionar normalmente. Os'ramaisda Estação Bcira-M;tr, queatendem Urca, Flamengo, Bo-tafogo e a Estação Sul, assimcomo os telefones da Illw, doGovernador, pararam a partirda segunda metade da tarde.

O que motivou a paralisaçãodos telefones foi o íato de aCompanhia Telefônica disporde apenas 10 geradores, mime-ro multo inferior ao de esta-çóes.

j ornai-

Diversos jornais tiveram di-ficuldades em circular pelaíalta de energia que limitou nssuas atividades e atingiu asagências noticiosas internado-nais — que ficaram com seusserviços cie telex paralisados —causando problemas ainda àsemissoras de rádio e televisão.

No JORNAL DO BRASILfaltou energia elétrica até ás14h23m e parte da noite, en-quanto a RADIO JORNAL DOBRASIL passou a funcionaracionada por gerador próprio.

A.s rádios e emissoras de te-levisão enfrentaram os maioresproblemas na madrugada emanhã de ontem, sendo quealgumas saíram do nr. Dosjornais, um cios mnis aingiriosíoi a Vitima Hora, com a en-cliente da Rua Sotero Reis(água até cerca rie 1,50 ml, queatrasou a circulação rie sua se-gunda edição.

Tribuna c/a Imprensa, Cor-teto da Manha e O Globo nãotiveram maiores dificuldades,enquanto o Diário de Notícias,O Jornal e Jornal cio Comércio,qtie não têm geradores pró-prios, sofreram bastante maiscom o corte de energia.

Mais 24 horas poderãoser fatais à i n d ít s l riti

o complexo industrial rio Es-tado, notadamente os setoresda metalurgia, siderurgia, ce-rítmica e vidros, indicou queo prolongamento da crise deenergia elétrica por mais 24horas poderá causar um co-lapso total na produção, "comprejuízos incalculáveis".

O.s grupos mais atingidos,ontem, pela falta de energiaíoram os dos manufaturados,têxtil e químico, cujas fábricasliberaram seus operários.

MEIO EXPEDIENTE

Dificuldades de transporte,ruas intransitáveis, paralisarãodo trânsito e, principalmente,a falta de energia colaborarampara que a indústria cariocaproduzisse onlem o eqüivaleu-te a meio expediente. As fá-bricf.s que possuem geradoresnáo operaram normalmentedevido a falia de pessoal.

O maior problema para n ln-dústria pesada — siderurgia e

metalurgia — é a ameaça deesfriamento de seus aitos íor-nos, que têm capacidade parafuncionar sem energia npenasdurante 48 horas.

KIEON: 100 MILHÕES

A Fábrica Kibon, sem ener-gia para manter suas câmarasfrigoríficas em funcionamento.sofreu prejuízos de CrS 100mlhões, segundo cálculo de seuGerente de Vendas. Sr. JoelAguiar Ribeiro,

O.s distribuidores de gelo sê-co, por sua vez, nada salvavamde sua produção.

FALTAS ABONADAS

O.s operários que faltaram ouchegaram atrasadas ontem aoserviço, devido a dificuldadescie transporte, terão seus car-toes de pontos abonados, se.gun-do informação da Federaçãodas Indústrias do Estado daGuanabara.

Chuvas não trouxeramos p o l i v i tt i s às ruas

tecendo com os restaurantes do Centio,que tiveram a freguesia bem diminuída.Os camelôs aproveitaram a ocasião paraa venda de velas, lampiões e guarda-chuvas, c, com a ausência total de po-liciamento nas mas, não encontraram di-ficuldades em vender toda a mercadoriacm menos de duas horas.

POSTOS DE GASOLINA

O abastecim«ito de carros nos pos-tos de gasolina foi bastante prejudicadopela falta de energia. A p.vrallzação dasbombas automáticas forçou os emprega-cios a se utiliza rem dns manuais, tomandoo serviço vagaroso e dando origem a lon-gas filas de veículos.

SUBSTITUTOS

Embora a falta de energia perma-necesse por várias horns, não chegou aprovocar um aumento sensível nn venciade velns. lampiões e lamparinas, já queccom-u durante o dia o que a Llght haviaprometido: a completa normalização doserviço até ns 17 horas. Além do mnis,como disse um empregado de uma lojade ferragens, "ninguém vai sair de casacom esta chuva para fazer compras".

Apesar rios apelos da popu-Inçào da Guanabara, cujosproblemas foram agravadoscom as chuvas torrenciais quecaíram durante toda a madru-gada e manhã de ontem, oaparelho policial teve um in-dice de serviço inferior ao dofim de semana. Nns ruas ha-via apenas 22 carros da Rádio-patrulha, estando cinco a ser-viço da Secretaria de ServiçosSociais. Às 20 horas a PM pósmll homens na mia.

As delegacias distritais nãoderam ajuda nenhuma aossoldados do Corpo de Bombei-ros, que trabalharam intensa-mente, e. até às 20 horas na-da sabiam sobre os cadáveresencontrados pela Cidade.

Apenas 30 homens do De-parlamento de Trânsito orien-

tavam o tráfego tíe toda a Ci-dade, mesmo com os sinais in-teiramenie defeituosos.PM DE PRONTIDÃO

Desde as primeiras horas damanhã a Policia Militar en-trou rie prontidão, mas nem oBatalhão de Trânsito saiu pa-ra auxiliar os 30 homens doDepartamento de Trânsito.

O Batalhão de Trânsitoaguardava uma convocação doDiretor de Trânsito, mas ntco fim da tarde não foi cha-mado.

As 20 horas, segundo infor-mações do Estado-Malor daPolicia Militar, cerca de 8 mil.soldados foram distribuídospela Cidade, obedecendo-so aordem de prioridade por localatingido.

FRIEZA INTIMA?Ma frieza íntima do ho-

mem ou da mulher o queé necessário é tonificar ascélulas nervosas e nãoexcitá-las com remédios

perigosos. Tonifique osseus nervos com SUFICIT(SUFICITE), usnndo-o poralgum tempo. Suficit lhedará pujança sexual e evi-tara o cansaço e o esgota-mento. Nas Farmácias eDrogarias. FABR. 32-5566.

L

CADEIRA DE RODAS

RIO OE JANEIRO:Av. Almirante Barroo, 90

7.o andar - i/703Rua General Caldwell, 2-13

Niterói: R. Amir-il Peixoto. 171Grupo 604

V

10 l.o Cad.. Jornal do Brasil, têrça-íelrn, 24-1-67

Informe JBLei de Segurança

A promulgação da Constituição li-hera o Ministro da Justiça para come-çar a pensar objetivamente na elabora-ção da Lei ãe Segurança, em que o Go-vêrno aproveitará para corrigir as omis-soes porventura existentes no textoconstitucional e 7ios outros, de modo adotar o Marechal Costa e Silva âe uminstrumento nunca dado antes a ne-nhum Presidente da. República.

Ao contrário do que se noticiou nosúltimos dias. inclusive nesta coluna, nema Lei de Segurança nem a ReformaAdministrativa deverão ser dearetadasantes da chegada do futura Presidenteda República.'

Os dois decretos serão previamentesub7netidos ao Marechal Costa e Silva— que só chega no dia 1 de fevereiro —porque o Presidente Castelo Branco con-sidera que ao Presidente eleito caberádecidir sobre ambos, já que êle é quevai executá-los.

PrazoTermina hoje, dia 24, o prazo do

compromisso assumido pelo Presidenteda Repíiblica com a sua liderança noCongresso, no sentido de não cassarmandatos de parlamentares.

E com o término do prazo, começa-se a íalar de nôvo em cassações de man-datos.

No Ministério da Justiça, porém, nãohá processos pendentes: o expedienteestá em dia.

Convite

Até o Editor Ênio Silveira já íoiconvidado para ser o pai da Garota dcIpanema, que caminha para ser o filmemais interpretado de todos os tempos.Ao receber o convite, Ênio Silveira íor-malizou-se e perguntou quanto paga-vam.

Não pagavam; e Ênio recusou:— Então, não posso aceitar. Se acei-

to, vocês deixam de pagar a um profis-sional e me tiram da minha profissão —eu sou um homem ocupado.

ICMHá indicações bastante seguras de

que o Ministro Otávio Bulhões está dis-posto a reformular o seu ponto-de-vistasobre a reforma tributária, inclinando-se a reduzir a alíquota de 15 per cento,fixada para a cobrança do Imposto deCirculação de Mercadorias.

Pontes categorizadas afirmam que oMinistro da Fazenda está hoje conven-cido de que a alíquota de 15 por cento éexcessiva, e precisa ser diminuída.

Fontes

Quem quiser atualizar-se e conheceras fontes do Direito Constitucional bra-sileiro vigente, não pode deixar de lerpelo menos dois livros: La Democra tieConstitutionnclle, publicado em 1958 porCari Friedriech, Professor da Universi-dade de Harvard, e Essai sur les Liber-lés, do jornalista e professor RaymondAron.

1

Tirania cartorária

A propósito das práticas cartorárias,o Professor Temístocles Cavalcanti lem-bra o que acontece nos casos de ho-monimia. O cidadão que se chama Joséde Sousa e precisa tirar certidões nega-tivas para atender as exigências proces-suais está simplesmente perdido.

Os ofícios de distribuição fornecemlistas enciclopédicas onde o Sr. José deSousa parece implicado em todas as tra-móias da República. Ações executivas,cheques sem íundo, despejo, ações comi-natórias, protestos, incriminações de tô-da ordem, o Sr. José de Sousa parece umverdadeiro campeão da falta de cará-ter nacional.

Que fazer então? Simplesmente oprocesso do infeliz José de Sousa ficaem suspenso, até que êle prove, oficial-mente, ser a flor dos José de Sousa: asvigarices apontadas em Cartório corrempor conta cios outros 5 milhões de homô-nimos que existem no Pais, ou que, mes-mo mortos, continuam a enrolar os vi-vos.

Disputas

Há uma grande disputa, nos basti-dores da oposição, pela liderança doMDB no próximo Govêrno.

Candidatos ostensivos há pelo me-nos cinco: Martins Rodrigues, OsvaldoLima Filho, Mário Covas, Mário Piva eGetúlio Moura.

Mas os eternos especuladores garan-tem que a grande briga não é esta, éoutra, para saber quem vai apoiar maisdecididamente o Marechal Costa e Sil-va: se o MDB, se a ARENA.

Rumores

Avolumam-se os rumores de que ha-verá uma intervenção militar no Haiti,para derrubar o Presidente François Du-vaiier. O objetivo, segundo as áreas di-plomáticas mais bem informadas, é pos-sibilitar uma atuação prática da ForçaInteramericana de Paz, em organização.

Se se confirmarem os rumores, es-tara aberto um precedente que ampliao conceito de intervenção. As ações mi-litares poderiam ser desencadeadas con-tra todos os tipos de Governo na Amé-rica Latina — e não apenas contra aquê-les sujeitos á influência comunista.

No caso do Haiti, entretanto, as in-formações existentes dão conta de quehá uni plano de subversão vermelha con-tra a ilha do Papa Doe.

Afirmação do Professor Cari J.Friedriech:

— A liberal democracia leva fatal-mente á. ditadura.

Incansável

Quem costuma ler a seção Cartasdos Leitores, no JORNAL DO BRASIL enos outros,, há de estar familiarizadocom o Sr. Zair Cançado, um cidadãoque, apesar do nome, é o mais infatigá-vel escrevedor de cartas a jornais e re-vistas, a qualquer propósito.

* * «Não que os jornais desgostem da co-

laboração atenta, prestante e efesinte-ressada de leitores como o Sr. Cançado.Ao contrário: suas opiniões são semprebem recebidas e revelam apreço pelo ór-gão de divulgação que as publica. O Sr.Cançado, entretanto, é um tipo bemcurioso, um leitor original. Escreve mui-to, escreve sempre, escreve até para re-clamar a publicação das cartas que ain-da não puderam sair. Da solidão do Pia-nalto Central (éle mora em Brasília), oSr. Zair Cançado vence a sugestão dosobrenome e protesta, argumenta, dis-cute, exorta e clama contra o que querque lhe pareça errado ou fora de lugar,neste mundo que outros já cansaram detentar corrigir.

CalamidadeA julgar pelo que dizem as últimas

estatísticas disponíveis, que são de 1964,o Acre é o Estado que melhor remunerao que na linguagem técnica se chamaprofessor normalista colegial, e que nãoé outra coisa senão o professor de esco-la pública primária.

Em 64, quando o salário mínimo noAcfe correspondia a 30 900 cruzeiros, oprofessor primário ganhava em RioBranco 109 mil cruzeiros. Em termos re-lativos, o professor do Acre é o mais bempago do País e só uma diferença de 200cruzeiros o separa do professor carioca,que ganhava 109 200 cruzeiros mensais,quando o salário minimo aqui era de42 000 cruzeiros.

* » *Mas situação ruim mesmo é a do

Piaui: lá, em 64 o salário mínimo era20 000 cruzeiros, mas o vencimento dosprofessores primários era de apenas13 200 cruzeiros. Em Mato Grosso, osprofessores ganhavam 2G mil. cruzeiros,enquanto o salário minimo era de 33mil; em Rondônia, a salário mínimoera 34 mil cruzeiros, e o vencimentodos professores, 30 mil.

Trata-se de um Pais em estado decalamidade pública.

Lance-livreo O Sr. Garrido Torres, presentementeem viagem pela Europa, teve um grave dis-túrhio cardíaco na semana passada. A no-tícia vem sendo mantida sob reserva.e Enquanto há quem (liga que só por mi-iagre o Sr. Dênio Nogueira continuará naPresidência do Banco Central, outros sus-tentam que éle irá para o Fundo Monetá-rio Nacional, onde ocuparia a vaga do eco-nomista Alexandre Kafka.

Chegou domingo ao Rio o Governadordo Pará, Coronel Alacid Nunes. Esteve on-tem no Palácio, convidando o PresidenteCastelo Branco a visitar Belém no dia 30,para inaugurar um nôvo conjunto de ener-gia elétrica.

Foi iniciada ontem, em Recife, com apresença do Governador Paulo Guerra, areunião promovida pela Associação Brasl-leira de Cimento Portland c pelo SindicatoNacional de Cimento, com o objetivo dedebater os problemas básicos do produto «suas implicações no desenvolvimento doPaís.a O Ministro Carlos Medeiros Silva em-barca hoje ás 9 horas para Brasília. Vai as-sistir à cerimônia de promulgação da Cons-tituicão, às 15 horas.

O acadêmico Adonias Filho fará depoisde amanhã, às 17 horas, no sexto andar doClube Naval, a apresentação do livro TJmReino Sem Mulheres, de Ofélia e NarbalFontes. Trata-se de um estudo sobre Nico-lau Durand de Villegaignon, o fundador daFrança Antártica.

O General Mourão Filho reuniu sábadoà noite um grupo de jornalistas no seuapartamento da Avenida Atlântica.

A propósito do General Mourão Filho:sua entrevista de sexta-feira, na TV Conti-nental, não teve boa repercussão nos meiosmilitares. Pelo menos um oíicial graduadodirigiu-se ao CONTEL para saber por queo programa foi levado ao ar.¦» A nova moda de vestido com aberturalateral já está batizada pelas elegantes bra-

sileiras. Ê Saci Percrê. E já existe quempense em registrar comercialmente a novamarca.

O economista Mário Henrique Slmon-sen figura sempre com destaque nas espe-culações sobre o próximo Govêrno. Seria ofuturo Presidente do Banco Central.a Falá-se no Sr. Rafael de Almeida Ma-galhães para o Ministério da Reforma Ad-ministrativa.

E no Sr. Flexa Ribeiro para o Ministé-rio da Educação.

O Sr. Hélio Beltrão continua em todasas listas como Ministro do Planejamento.O Sr. Roberto Campos, aliás, já admitiunuma conversa com jornalistas que temcontato com o Sr. Hélio Beltrão sobre osproblemas que terá de enfrentar no Minis-tério.

O Museu de Arte Contemporânea, daUniversidade dc São Paulo, gastou em 1966cêrca de 100 milhões de cruzeiros na aqui-sição de obras 'nacionais c estrangeiras.

Fernanda Montenegrò vai gravar duasmúsicas de Millor Fernandes: o Show Final,da peça O Homem do Princípio ao Fim, eO Homem. A música é de Oscar Castro Ne-ves e Dulce Nunes.

O Deputado Batista Ramos redigiu on-tem, no quinto andar do Palácio Tiraden-tes, telegramas a diversos governadores deEstado,. pedindo que apoiem a sua candi-datura ã Presidência da Câmara.

Há, no entanto, quem diga que a xe-condução do Sr. Auro de Moura Andradedificulta a pretensão do Sr. Batista Ramos— ou vice-versa. Teremos dois paulistas di-rigindo o Congresso.

O advogado Sobral Pinto vai submeter-sn ainda esta semana a uma operação deamigdalas, para livrar-se de uma nevralgiaque o incomoda há algum tempo. O examepré-operatório revelou que o Sr. Sobral Pln-to tem uma saúde de ferro, não havendoportanto nenhum risco na operação, mes-mo num homem da sua idade.

SUDENE prepara-se parao caso de não chover noNordeste até 19 de março

Recife (Sucursal) — A ausência de chuvas noNordeste até 19 de março, dia de São José, que se-gundo a tradição é um prenuncio de sêca, mobilizaraa SUDENE para enfrentar o fenômeno, cujos efeitos ¦serão combatidos êste ano, pela primeira vez, à basede um planejamento adequado, que permite ao or-gão uma ação rápida e eficaz.

O Plano da SUDENE — que comprometera re-cursos mínimos de CrS 60 bilhões — prevê a estoca-gem de alimentos e remédios até março à espera ciaestiagem, que, se ocorrer, implicará a abertura defrentes de trabalho, a organização do abastecimentode água potável e das migrações, tudo para reduzir^o sofrimento humano e as perdas materiais.ESTIAGEM

A estiagem de 19B6, que ocor-reu 8 anos depois de o Nordes-te enfrentar a sua última sêcae a de maiores proporções —a de 1950 --, encontrou aSUDENE inteiramente despre-parada para enfrentar o íenô-meno, obrigando-a a tomarmedidas de emergência, quenão atingiram os objetivosperseguidos e indicaram a ne-'cessidade de planejar o com-bate à sêca e os seus efeitosImediatos e a longo prazo.

Com base nisso e tendo emvista que a possível ocorrênciade uma sêca este ano seriaagravada, cm várias regiões,pela estiagem do ano

"passa-

do. cujos efeitos ainda persis-tem (em Iracema, Ceará, a ío-me levou a população ao sa-que), a SUDENE elaborou oseu plano preventivo, que par-te de experiências anteriorescom o combate ao fenômeno.

ESTUDONo documento elaborado, a

SUDENE mostra que na últi-ma grande seca, a de 1958, oGovêrno deu emprego a 536mil trabalhadores, ciue repre-sentavam, com suas famílias,13% da população do Nordes-te, o que dá uma. idéia da in-quielação c do sofrimento tra-zidos à região pelo fenômeno.Além dos gastos do Governoíederal para enfrentar a crl-se, registrou-se a perda de 300mil toneladas de carne, 150mil toneladas de leite e 700mil toneladas de gêneros desubsistência (feijão, milho, ba-nanas), cujo valor representa-va cêrca de CrS 20 bilhões dopoder de compra de 1958. ,

Mais adiante, a SUDENElembra que. embora não sepossa prever a extensão e iten-sidade de mna possível sêcaêste ano, tem-se que partir dahipótese básica de que a cala-midade climática possa, serigual à de 1958, com a agra-vante da estiagem de 1966, edaí tomar todas as medidas vi-sando socorrer as populações ereduzir ao mínimo as perdasde rebanhos e outros prejuízosmateriais.

Dentro dessa previsão, a pos- ;sívcl sêca dêste ano poderácustar ao Governo federal, du-rante os seus oito meses deduração, um total de Cr$ 300bilhões, dos quais Crt 60 bi-Ihões serão comprometidos jáagora para efeito de estocagemde alimentos, remédios, mate-rial agrícola e constituição defrentes de trabalho.

PLANO

O Plano da SUDENE parteda solução parcial das frentesde trabalho, pois a um só tem-po "dá emprego a milhares detrabalhadores desempregados epossibilita a realização de obrasde infra-estrutura, minizandoas conseqüências das estiagense fomentando o desenvolvimen-to econômico da região".

Essa solução parcial, que aSUDENE aceita como indis-pensável, vem, ao contrário dosanos anteriores, acompanhadade assistência médico-sanitárianas frentes, porque, ao longodas acampamentos improvisa-das, surgirão, certamente, gra-ves problemas de saúde, exi-gindo vacinação em massa etratamento em vários casos.Para atender a êsse objetivo, aSUDENE vai adquirir medica-mentos e estocá-los até março,quando, se não houver sêca, se-rão entregues aas postos desaúde do interior dos Estadosnordestinos, mediante convênio.

ALIMENTOS

Nos termos do planejamen-to e da ação a ser desenca-deada para combater os efei-

tos de uma estiagem, a SUDE-NE terá que adquirir alimen-tos antes de março, garantiu-tío assim uma maior oferta,que será necessária, cm algu-mas zonas, mesmo sem estia-gem, já que no ano passadopraticamente não houve pro-dução por lá. Além disso, apopulação íicou descapitaliza-da e já começa a criar proble-mas, como é o caso do Ceará,onde cm vários municípios oambiente é de puro flagelo.

Ao lado dessa providenciaia SUDENE cuidará da ali-mentação para os rebanhos,importando logo rações pararevenda e garantindo, à épocada crise, o seu transporte paraonde existam pastagens. Nocaso dos rebanhos, o que ocor-re é que, no fim de março, osanimais já perderam peso,náo suportam mais viagens apé c, por outro lado. a comprade ração e aquisição de águatornam-se demasiado onero-sas, sendo melhor solução des-locá-los, enquanto é tempo,para outras pastagens, o quenão poderia ser feito sem ra-ção suficiente e adequada.Déssc modo, .será evitado o en-fraquecimento dos rebanhos, aperda de peso e de valor, per-mítindo-se o transporte dosanimais.

A par disso, a SUDENE ío-mentará, nas fazendas gran-des c médias, os investimen-tas, de modo a construir cêr-cas, pequenos açudes, casasrurais e outras obras que au-mentarão a rentabilidade agri-cola e sua resistência aos efei-tos das secas.

MIGRAÇÕES

As secas no Nordeste, princi-pàlmente ate 1932, além do so-frimento das populações c dosdanos de natureza econômica,eram agravadas com numero-sas perdas de vidas humanas,migrações desordenadas e altataxa de mortalidade nos reba-nhas. Entre os retirantes, mui-tas abandonavam suas terrasquando não havia nenhumaesperança e já era tarde, por-que, exauridos, morriam pelasestradas, antes de alcançar umpovoado qualquer.

Depois de 1932 nüo se regis-trou, pelo menos com intensi-dade, aquele panorama com re-lação à mortalidade, mas asmigrações desordenadas persis-tiram, sendo o último exemploem 1966. Para coordenar essasmigrações, a SUDENE preten-de atuar junto às zonas atin-gidas, seja dando trabalho nasfrentes, seja facilitando a saí-da dos nordestinos, em ônibusc caminhões, e informando-ossóbre as possibilidades de ob-tenção de emprego em outrasregiões.

Davi Nasserdesmentea proibição

O jornalista Davi Nasser dls-sc onttm que não é verdadeque Máscara Negra, de Zé Kéti,que considera uma grande, mú-sica, esteja proibida nas Emb-serás Associadas, explicandoque "estão tentando fazír docarnaval uma guerra ideológi-ca e racial".

A injustiça — afirmou —não dói''só no preto. Dói nobranco também. Eu tenho hor-ror ao racismo de qualquer cs-pécie. Considero Zé Kéti umgrande compositor e deixar suamúsica fora do ar sem ummotivo justificado seria umaindignidade.

VERDADE ÀS AVESSAS

A notícia publicada naedição de domingo do JORNALDO BRASIL — prosseguiu oSr. Davi Nasser — é a verdadeàs. avessas. O que se passou,realmente, foi o seguinte: che-gara ao nosso conhecimento,por uma falsa informação, quao compositor obtivera da dire-ção da Radio e da TV Globoa interdição de Linda Mascara-cia p. Colombina no Ió-iê-iê, deminha autoria e João RobertoKelly, sob a alegação de queeu era o "inimigo público mi-mero dois" daquela organiza-ção (o número um seria oJoão Calmon, meu compa-nheiro da cúpula Associada).

Comprovada lealmentepelo Sr. Válter Clark, Diretorda TV Globo, a falsidade danoticia, o Sr. José Bonifáciode Oliveira. Diretor Artísticodo nosso telecentro, teve or-dens para continuar progra-mando com a mesma intensi-dade de antes, em todas as nos-sns emissoras, a bonita mar-cha de Zé Kéti, que é real-mente a melhor dêste carnavale na qual cu votaria se fossamembro do júri carnavalesco.

Quero acrescentar — afir-mou depois — que o referidonúmero, a Máscara Net/ra, tevedistribuídos pelas Associadas 86tapes em 23 semanas, sem ne-nhuma interferência minha. Secu íôsse o tipo de concorrenteem que agora querem metransformar, com um simplestelefonema teria mudado a mú-sica. Mas eu deixaria de estarem paz com a minha consc-i-ência.

OUTRO PRÊMIO

Boein«f da VARIG faz vôoque eqüivale volta à Terrapara ver a linha do Japão

Após voar o equivalente a uma volta ao mundo, re-gressou ao Rio o Boeing-707-302C da VARIG, que fèz umaviagem técnica ao Japão, para estudos e observações dafutura linha, que a empresa inaugurará, em agosto, paraTóquio.

No percurso entre Hong-Kong e Tóquio, e daí paraHonolulu e Los Angeles, o Boeing-707-302C da VARIG con-duziu o Presidente eleito Marechal Costa e Silva que disseao Sr. Erik de Carvalho, a bordo, ser para êle uma honraviajar numa companhia "que é um orgulho para o Brasil".

Hil ber, Chefe de Cozinha, HansKarl Gralli, Técnico de Aviõese Motores, Jorge Koestilev,Técnico em Eletricidade e Fei--nando Oliveira, Chefe do Ser--viço de Imprensa, t

Foram as melhores possíveisas observações e conclusões aque chgaram os responsáveispelos diversos vôos, tendo tudocorrespondido da melhor ma-neira à expectativa. O Boeing707-302-C sair de Tóquio às 10horas do dia 19 c chegou à Ho-nolulu às 21h35m do dia ante-rior, isto é, no dia 18, por causada diferença de fusos horários.

i

PARTICIPANTES

Da viagem de estudes doBoeing 707-302-C participaram,além do Sr. Erik de Carvalho,os Srs. Erni Peixoto, Diretorde Telecomunicações, LauroZerves, Diretor de Contabilida-de, Comandante Goetz Herda-feld, Diretor de Manutenção,Comandante Carlos Homrich,

¦ Diretor de Operações, Coman-dante José Shittini, Diretor deEnsino, Oscar Coester, Técnicocm Eletrônica, Nelson ÁlvaroRodrigues, Instrutor de Perfo-mance e Aerodinâmica, Albert

Mãe-de-santo mais famosada Bahia é enterrada comcerimônias do ritual nagô

Salvador (Correspondente) — Com três cerimônias fú-nebreç, sendo duas no ritual nagô, foi sepultada a maisinfluente mãe-de-santo da Bahia, Maria Bebiano do Espi-rito Santo, conhecida como Senhora, que morreu domingode colapso aos 67 anos.

A primeira cerimônia nagô se realizou no terreiro deSenhora — Axé Opó Efonjá, no subúrbio de Cabula —- efoi dirigida pela mãe-de-santo Menininha, que tem quase80 anes e é a mais velha da Bahia, tendo começado suasatividades em 1923.

SECRETAA cerimônia foi secreta e as-

sistida apenas pelos filhos-de-•santos mais velhos e os oloiés(pessoas que possuem títuloshonoríficos do ritual nagô), en-trs eles os obás Jorge Amado,Genarode Carvalho e VaideloirRego.

Depois o corpo íoi levadopara a Igreja do Rosário dosPretos, no Pelourinho, de on-de saiu o enterro. O caixão íoi

carregado para o Critério daQuinta dos Lázaras pelos obáse oloiés. Na subida cia lacici-ra houve nôvo ritual nagô: ocaixão foi pôsto no chão e de-pois suspenso três vezes pelosobás e oloiés, que em seguidacontinuaram a caminhada can-tando e dançando três passospara a frente e dois para trásaté à sepultura, acompanhadospelos pais e mã-:s-de-santosmais famosos da Bahia.

RECURSOS

Para a execução dêsse Planode Combate a uma possível sè-ca êste ano, a SUDENE estánegociando um empréstimocom a USAID, do qual CrS 60bilhões serão comprometidosinicialmente, quando será tam-bém mobilizada a massa de re-cursos depositadas no Banco doNordeste do Brasil. .Além dis-so, de acordo com a extensão eIntensidade da calamidade, aSUDENE negociará um cm-p rés timo adicional com a-USAID.

Segundo a SUDENE, êssesesforços, diante de uma possl-bilidade que não se pode des-prezar, correrão paralelamentea um programa de pesqufsaa,com duração de cinco anos,que visa a obter informaçõescapazes de, mais tarde, predl-zer o fenômeno climático dasêca, quando, então, os órgãospúblicos tomarão providênciasdiante de dados reais.

— Depois de tudo acabado,um tnl Jorge Faria, a quemnáo conheço e é apresentadocomo produtor de televisão,sem dizer qual é, encontraabrigo no sereno JORNAL DOBRASIL, o mais conceituadoda praça, e me transformanuma espécie de feitor da mú-sica popular brasileira e o ZéKéti numa vítima inocente,procurando lançar-me contra aclasse dos músicos, a qualjustamente neste instante es-tou defendendo para que rece-ba os direitos de gravaçãoatravés da Ordem ou do Sin-dicato. Nunca houve na im-prensa brasileira maior deíen-sor do injustiçado profissionalque é o músico brasileiro.

— Para terminar — declarouo Sr. Davi Nasser — quero di-zer que o prêmio que disputoé outro. O de ser julgado pormeus companheiros, mesmo osmais jovens, sem a deturpação

• dos fatos. Tivesse havido real-mente sabotagem na Globo apedido do Zé Kéti e teria ha-lido a proibição dc sua músi-ca nas Associadas. Não houveuma coisa nem outra. O Sr.Válter Clark, cavalheiresca-mente, não misturou politica emúsica. Distinguiu o composi-tor do jornalista. E eu peço' aoJORNAL DO BRASIL que re-ponha a verdade no seu lugar.Quanto ao bom crioulo Zé Ké-ti, desejo-lhe boa sorte e usee abuse da Tupi.

BNH e Centro Industrial cioRio fundam hoje Centro deCoordenação para Guanabara

Um convênio que será assinado hoje às 13 horas entreo Eanco Nacional da Habitação e o Centro Industrial doRio de Janeiro, criará o Centro de Coordenação Industpal

para o Plano Habitacional, com a finalidade de estudar e

propor planos de trabalho correlatas com o Plano Nacio-nal de Habitação para o Estado da Guanabara.

Durante a assinatura do convênio o Presidente aoBNH, Sr. Mário Trindade, fará uma explanação sobre oPlano Nacional de Habitação, na sede do Centro Industrial;em São Paulo e Porto Alegre serão criados Centros iden-ticos para íazer pesquisas sobre a produção e o consumode materiais e técnicas da construção civil.

"a plena reali-CRIAÇÃO

Sobre a criação dos Csntrosde Coordenação Industrial; oSr. Mário Trindade disse quecabe ao Banqp Nacional de Ha-bitação a promoção d% estudose pesquisas que garantam aconsecução dos objetivos go-vernamentais no campo da ha-

bitação e quezação dos objetivos do PlanoNacional de Habitação estácondicionada à quantidade, di-versificação, qualidade, circula-ção, custos e padronização dosmateriais de construção, comotambém à normalização, im-plantação e racionalização dastécnicas de construção''.

Mãe de Último Fôrça-Tarefade Carvalhomorre aos 96

Brasília (Sucursal) — Foisepultada ontem nesta Capitala Sra. Josefina Santos de Car-valho, mãe do Deputado Ulti-mo de Carvalho, que morreudomingo de manhã, contava 96anos de idade e conservava otítulo de mais velha habitantedo Brasília que uma revistacarioca lhe deu cm 1960.

Ao sepultamento comparece-ram numerosos parlamentarese amigos da família, tendo oPresidente da República feitorepresentar-se por um dosmembros de seu Gabinete Mi-litar.

seguiuAngola

AGÊNCIA DO

JORNAL DO BRASIL em

CASCADURAPARA ANÚNCIOSE ASSINATURAS

CLASSIFICADOS

Sociedade Brasileira de Engenharia

AV. SUBURBANA/10136Largo de Cascadura

ELEIÇÃO DA NOVA DIRETORIA

Comunicamos a todos os associados que a eleição daDiretoria da SOBENA (biênio 67/69) realiza-se, hoje, 3.°-feira, dia 24 de janeiro de 1967, às 17 hs., no auditóriodo Clube de Engenharia, à Av. Rio Branco, 124 — 25.° an-dar, concorrendo duas chapas: uma encabeçada pelo Almi-rante JOAQUIM CARLOS REGO MONTEIRO e outra peloAlmirante ARY BIOLCHINI.

- SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENGENHARIA NAVAL(P

LETRAS DE CÂMBIO

NOVO RIOCRÉDITO. FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS S.A.

CAPITAU» CR* 2.300.000.000

Rua do Catmo, 27 . 4.» andar tol.: 31-5830*Loja: Av. Rio Branco, 156- Subsolo (Ed. Avenida Central) 9*^Loja 104-Tel. 32-02 03 r Carta Patente n.° 11-249 8^*S00'

^j-mkí-Jv.":¦¦¦¦¦¦¦¦'¦ »:¦¦:¦<-;¦*"'.¦¦¦:¦.':¦'¦-* vc-jr f~y":;¦ — ':-.:¦:.'< ;^v./..

COMCORRtÇÀUMONETÁRIAnm

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PresidentaCARLOS LACERDA

Vicft-PrísiÍBüi1»José Lu': d* Utaiüia Uftl

Vlet-PmlinntsMário lorenzo Femntftr

Diretür-Siperlnter.dsnt»Anlônio Car!ot ú» Alffltfdl Bragt

OlrelorJoií Zctinn Filho

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DiretorCa'!os Edutrdo Ccrrí*

paraCêrca de trezentos aspl-

rantes da Escola Nava] em-barcaram ontem, às 14 ho-ras, a bordo dos cruzadoresBarroso e Tamandaré e doscontratorpedeiros Pernam-buco e Paraná, numa via-gem a Angola, que íaz par-te do currículo da EscolaNaval e tem como objetivoministrar-lhes ensinamentossóbre armamento, navega-ção, comunicações, máqui-nas e administração.

A Fôrça-Tarefa íará tirosde superfície e antiaéreos,fainas de incêndio e aban-dono, transferência de com-bustivel e de carga leve nomar, manobras táticas, em-prego de contratorpedeiros ehelicópteros em ações contrasubmarinos, tudo sob o co-mando o Almirante-de-Es-quadra Murilo do Vale eSilva.

Mourão dácoquetel aquem o

O General Olimpio MourãoFilho homenageou com um co-quetel em sua residência osjornalistas credenciados no Su-porior Tribunal Militar que Oelegeram Ministro do Ano pe-la sua atuação no STM duran-te 19G6.

Compareceram à homenagemos jornalistas Alberto Romero(JORNAL DO BRASIL», Per-nando Abelha (Correio da Ma-nhã), Alberto Oliveira (Estadode SSo Faulo), Maria Augustae Válter Diogo (Tribuna daImprensa), Jocelin Guttmnn(A Noticia), Tarcísio Holanda(JORNAL DO BRASIL e TVExcelsior), Murilo Melo Filho(Manchete), Hélio Contreira(Eôlha dc São Paulo), JuarezBarbosa (RADIO JORNAL DOBRASILi. Orion Neves (TV Ex-relsior). e um grupo de con vi-dados especiais.

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O INFERNO A SEUS PÉSJornal do Brasil, têrga-felra, 24-1-C7, l.« Cad. — l\

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Kl/JM, MAS NEM TANTO'\l5k&&W>lWm%Wmm\

A qjnru que se abriu no a„. W «,„ „,..«. ae suoiaa tía serra mostra o perigo çue os carros enfrentaram:na madZTZ.

POR ONDE DESVIAR

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DNERgarante:

iarare

amanhãNiterói e São Paulo

(Sucursais) — As in-formações sobre ascondições de tráfegona Via Dutra são bas-tante contraditórias.Oficialmente, afirma o• Departamento Nacio-nal de Estradas de Ro-dagem que os reparosna Rio-São Paulo le-varão pelo menos doisdias para serem con-cluídos, ficando o trá-lego impedido até ama-nhã.

O engenheiro AdibCadah, afirma entre-tanto que se não cho-ver hoje o tráfego es-tara restabelecido em-

. bora precariamente, apartir do meio-dia.

ÔNIBUS

As companhias deônibus da linha Rio-São Paulo não realiza-ram viagens ontem, de-volvendo o dinheiro da• passagem ou revali-dando-as sem datamarcada.

O trecho da Via Du-tra que mais sofreu foio do Estado do Rio,além de pequena par-te entrando pelo Esta-do de São Paulo.

Um helicóptero daMarinha, cedido a oDNER pela Base Aéreade São Pedro da Al-deia, sobrevoou ontemos pontos bloqueadosda estrada, informandodepois o órgão que ostrechos mais danifica-dos são os quilômetros38, 55, 58, 59, 65, 145,149, 181, 182 e 185.

Êstes três últimosdesabamentos causa-ram uma fila de veícu-los — cerca de 15 milcaminhões e 2 mil au-tomóveis —. de mais de ¦40 quilômetros em' ca-da sentido, impedidosde seguir viagem pormais de 32 horas, des-de a madrugada de sá-bado para domingo.

Os desabam e n t o socorreram por afofa-mento da terra, e os en-genheiros afirmam quese chover mais hojehaverá novos desusa-mentos, na serra.

Alguns veículos es-tão conseguindo venceras barreiras caídas naVia Dutra desviando-se na altura "do

quilo-metro 52 para Para-cambi, de onde passampor Barra do Piraí pa-ra retomar a Via Du-tra.

*\Ç _é0O^^^^ BU Trecho transifévef INBfe \\m^'

^ENDES ^ Trechointrtnsifjvel

O jeito, pura ir a São Paulo, é chegar ao Km 52 e sair por Mendes e Barra do Pi,

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Pnra ir a São Paulo de ônibus i preciso enfrentar isto, passando de um carro a outro

67 começa bemESPLANADA"vedette" doV Salão do Automóvjá está nos revendeSimca.

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:;:.,;•¦ ""'^yMa^a^«^^^^^^^^s_^^PPM_^_i^i^«iggsi^MI_^ lwawH---iWiH

Vá conhecê-lo, admirá-lo, testá-lo... V. verá que não é por acaso que êle é chamado de "b maís surpreendente carro do ano".CINAVE REDI MERCREAL^^m^mmmm mmm^^m- m^rnmmmmà mmlM&mmMà

¦12 — 1° Cad., Jornal do Brasil, terça-feira, 24-1-67

Secretários de Fazenda vêemisenções uniformes para ICM

O Ministro da Fazenda, Sr.Otávio Gouveia de Bulhões, aoinstalar ontem a reunião doSecretários de Finanças dosEstados e municípios das ca-pitais, afirmou ser o encontrode grande importância., paradisciplinar a ünplantaçfio doImposto sobre Circulação deMercadorias em todas as uni-dades federativas.

O Ministro do Planejamento,Sr. Roberto Campos, tambémpresente a reunião, defendeu aisenção do tributo para os gê-nèros de primeira necessidade,afirmando que a medida redu-zírã o impacto da Reforma Tri-butária sôbre o custo de Vidae salientou que as Isenções sópoderão ser concedidas me-

diante estreita colaboração cn-tre os Estados de uma mesmaregião geo-cconômJca.

COMISSÕES

As delegações estaduais emunicipais foram divididas cmtrês grupos: Centro-Sul, Norte-Nordeste e representantes mu-nicipais. O último grupo exa-mina a questão relativa à tri-butação das atividades mistase a co-partlcipação dos muni-ciplos no Imposto sôbre Circu-lação de Mercadorias, objeti-vando estabelecer forma e pra.-zos para a entrega das parce-las devidas aos municípios.

Os trabalhos da reunião de-verão ser encerrados hoje, com

a realização de uma reuniãoconjunta dos grupos. Na opor-tunidade serão discutidas asfórmulas encontradas para aimplantação do Imposto sôbreCirculação de Mercadorias nasdiversas regiões geo-económi-cas.

ALÍQUOTAS EDUPLICIDADE

. O coordenador da ReformaTributária, Sr. Gérson Angus-to da Silva, também presente ô,reunião, afirmou que um dostemas a serem discutidos noencontro é o reexame da inci-dência do Imposto sôbre Cir-culação de Mercadorias, e o re-estudo conseqUente das aliquo-

tas com base nos dados obtidosaté o momento.

O problema da tributaçãomista — Imposto sóbre Clr-culação de Mercadorias e Im-posto sôbre Serviços — íoitambém abordado pelo - Sr.:Gérson Augusto da Silva. Re-íerindo-se,. ainda, sobre a in-cidência do Imposto Federal doSelo, nos contratos de constru-ção civil, jã abolido e lembrou,a propósito, que alguns Esta-do.s estão cobrando taxas ele-vadas sóbre os contratos deconstruçáo civil, onerando opreço da obra e prejudicandoo esforço do Governo Federalnó sentido de Incrementar osetor da construção civil.

Emissões de papel-moedacaíram Cr$ 270 bilhões atéprimeira quinzena de 67

As emissões de papel-moeda no Pais caíram, de CrS388 bilhões que atingiram em dezembro último, para CrS237 bilhões líquidos, em decorrência do recolhimento deCr$ 100 bilhões no dia 28 e de Cr$ 51 bilhões, no dia 30,segundo dados levantados pela equipe da publicação es-

pecializada Análise e Perspectiva Econômica.Estima-se — segundo a APEC — em cêrca de Cr$ 270

bilhões o retorno verificado até agora, havendo a ex-

peclativa de que êsse montante se eleve durante a segun-da quinzena dêste mês. Nova retirada de papel-moeda emcirculação foi íeita em 11 do corrente, no valor de CrS50 bilhões, e a Caixa do Banco do Brasil, em confrontocom o saldo de 30 de dezembro último, apresenta acréscimosuperior a Cr$ 70 bilhões.

EMPRÉSTIMOS

Analisa, ainda, a APEC, <comportamento dos emprésti-mos ao setor privado afirman-do que "os dados estatísticosdisponíveis indicam, ató no-vembro, expansão dos empres-timos bancários ao setor pri-vado, em 1966, corresponden-te a cêrca de 30%, ou seja, ta-xa inferior ã experimentada,no mesmo período, pelos ín-dices de preços (38% para oíndice geral e 41% para o ín-dice de preços por atacado,exoèu.sive café), embora supe-rior às taxas de aumento doc de elevação dos meios de pa-gamento (15%) nos 11 mesesdo ano passado. •

— Em numeras absolutos —frisa — o acréscimo do saldodos empréstimos íoi da ordemde CrS 1 638 bilhões, dos quaisCrS 759 bilhões pelo Banco doBrasil e CrS 879 bilhões pelosbancos comerciais, represen-tando variações percentuaisde, respectivamente, 48% e25%.

auso do Banco do Brasil,apréstimos da Carteira de

•ito Geral (CREGE) regis-t-rararh, no período sob exame,alimento da ordem de 40%, aopassa que as operações da Car-teira de Crédito Agrícola e In-dustrial (CREAI) elevaram-seem cêrca de 58,8%, sendo demais 60,7% o aplicado no se-tor rural.

De acordo com a estimativapara todo o sistema bancário(Banco do Brasil e bancos co-merciais), do total dos empres-timos concedidos ao setor pri-vado, até novembro (CrS1 638 bilhões), cêrca de Cr$..591 bilhões corresponderam aaplicações na lavoura e na pe-cuária, representando, sôbre osaldo de 31/12/65, expansão daordem de 45%. Em seguida,vem a assistência à indústriacom CrS 581 bilhões em valo-res absolutos (+257»), CrS 282bllbõ&s ao comércio (-iA19%)e Cr$ 181 bilhões para outrasoperações". ;,

Egídio debate em Varsóviavenda de café e sisal emtroca de navios poloneses

Varsóvia (UPI-JB) — O Ministro Paulo Egídio e o VI-

ce-Ministro do Comércio Exterior, Pranciszek Modrzewski,debateram ontem a possibilidade de serem adquiridos na-

vios poloneses para a pequena cabotagem de parte do

Brasil, contra abertura de créditos para a importação

de artigos brasileiros, entre os quais, café, sisal. algodãoe vegetais.

O Ministro da Indústria e do Comércio do Brasil reu-niu-se ontem com líderes do Governo polonês, enquantomembros da sua delegação de 40 pessoas — representandoos maiores interesses comerciais e financeiros brasileiros,assim como o Governo — encontravam-se com grupos ex-

portadores e importadores, a fim de lançar as bases paraincrementar/o comércio entre os dois países.

ACORDOS

A delegação brasileira, cujoitinerário incluiu a União So-viética, a Europa Oriental eincluirá os Estados Unidos,pretende fazer voltar o co-mércio bras ileiro-polonês aonível de 1960, quando íoi ílr-mado o primeiro tratado co-mercial.

Durante o primeiro ano doacordo, o Brasil Importou cêr-ca de 26 milhões de dólaresem produtos e exportou 19,9milhões em alimentos, courose minérios de íerro para a Po-lónia, mas, depois que esta féza entrega de encomendas com-pletas de vários navios e arti-

gos de indústria pesada, houveiorte queda nas trocas.

A Polônia exporta para oBrasil trilhos ferroviários, ara-me farpado, tratores, veiculos,soda. cáustica, geradores, íer-ramentas, maquinaria e equi-pamentos, zinco e instrumen-tos óticos e sementes de ba-tata, c Importa café, sisal, al-godão, minério de ferro e ali-mentos enlatados, embora omontante do intercâmbio sejaainda pequeno. Ainda assim,o Brasil 6 o maior importadorde produtos poloneses da Amé-rica Latina, e o segundo ex-portador para a Polônia, vin-do em seguida de Cuba, segun-do as estatísticas.

Dênio afirma em Minas quea fusão diminuirá o custoda rede bancária nacional

Belo Horizonte (Sucursal) — O Presidente do BancoCentra!. Sr. Dênio Nogueira, ao depor ontem perante aComissão de Sindicância da Assembléia Legislativa de Mi-nas, durante três horas, defendeu a fusão dos três bancosoficiais mineiros, por entender que "esta é a única fórmulade redução do custo operacional, condição necessária paraa rede bancária nacional sobreviver quando o País atin-gir a estabilidade".

O Sr. Dênio Nogueira foi a última pessoa a ser ouvidupela Comissão de Sindicância que apura a conveniênciada fusão dos três bancos oficiais do Estado —• Mineiro daProdução, Hipotecário e Agrícola e o Crédito Real — edará a conclusão final ainda esta semana, propondo ãAssembléia Legislativa que encaminhe seus resultados àsautoridades federais c estaduais competentes.

SALVAÇÃORefèrindo-ée k necessidade

de fusão dos três bancos ofi-ciais mineiros, dis-se o Sr. Dé-nio Nogueira que "até o dia 31de março próximo, deveremosassistir ft fusão de mais de 20estabelecimentos bancárias noPaís, cuja maioria será no E*-tado de São Paulo. Se os trêsbancos mineiros operassem amesma taxa fixada pelos 40maiores bancos do Pais — fri-sou — eles iriam à falência, emface das seus alte custos ope-racionais. Assim — continuou— a solução é baratear o custooperacional e a melhor fónmi-la para chegarmas a éste ob-jetivo será a fusão.

Quando o País atingir a es-tabilidade, os bancos que nãose fundirem irão ã falência.Isto eu posso garantir, pois, aa concorrência será a principalarma que obrigará a rede ban-caria nacional a baixar suastaxas de juros. Para Isto, a po-lítica do Governo federal é res-tringir ao máximo, a criaçãode novas agências.

Os três bancos oficiais pos-suem 435 agências em 152praças, o que dá uma médiade três agências para cadapraça. Pensa o Governo, se-gundo sua política econômicafinanceira — cm permitir ;iabertura de apenas umar.çência para cada estabeleci-mento em praça pioneira,disse.

Quanto ao problema da cii1pensa de funcionários, disr<-.o Sv. Dènio Nogueira que "oideal numa redução de custosoperacionais seria a dispensade pessoal e no processo da fu-são, não se deve preencher oslugares dos bancários que pe-dlrem demisão. Em vários ca-sos de fusão tem havido muitademisão, mas, estes funciona-rios demitidos passam a exe;'-cer outras atividades. No casodos três bancos oficiais do Es-tado, existe um estudo com-provando o excesso de íuncio-nários, o que aumenta, emmuito, o seu custo operacio-nal".

FACILIDADES

Apontou ainda que o ca-dastro único criaria condi-ções para a concessão decrédito dentro das exataspossibilidades do beneficia-do. Acrescentou que a idéiapara a sua instituição sur-gíü há três anos, quando o

Financeiras teiii prazopara informar operações

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BOLSAS E MERCADOSMOEDAS

DÓLAR

CMN está estudando criaçãode cadastro único para asoperações de crédito rural

Belo Horizonte (Sucursal) — A Comissão Con-sultiva de Crédito Rural do Conselho Monetário Na--cional está estudando a possibilidade de instituirum cadastro único para todas as operações de cré-dito rural realizadas no País, o qual seria admini-trado pelo Banco Central, visando facilitar as apli-cações neste setor.

A informação íoi prestada por fonte do Bancodo Brasil nesta Capital, que acrescentou ter a pro-posta apoio de vários bancos paulistas e mineirospor entenderem que o cadastro único possibilitaráa desburocratização dêste sistema creditício e a re-dução dos custos operacionais para a rede bancáriaprivada.

atual Diretor da Carteira deCrédito Agrícola e Indus-trial do Banco do Brasil, Sr.João Napoleão Andrade, pro-pôs a criação dêste cadas-tro para os três Bancos ofi-ciais mineiros — o CréditoReal, o Hipotecário e Agríeo-la e o Mineiro da Produção.

As Sociedades de Crédito eFinanciamento terão que en-tregar ao Banco Central, até odia 10 de cada mês, quadrocontendo todos os dados refe-rentes às operações concerta-das e a partir de 1 Janeiro docorrente, c até o dia 20, o ba-lanço ou balancete da socleda-de, referente ao mês anterior,segundo a Circular n.° 70 ontemdivulgada pela Gerência dcMercado de Capitais.

Eis a integra da Circular:O Banco Central da Repú-blica do Brasil, objetivando ve-rificar a fiel observância dosdispositivos da Resolução n.°45, de 30-12-66, solicita às So-ciedades de Crédito e Finan-ciamento e às do tipo mistoque remetam diretamente à

Gerência de Mercado de Capi-taía (Praça Pio X, 7,8.* andar —Rio de Janeiro — GB) os sí-guintes documentos:

a) até o dia 10 de cada mês,i,s quadros cujos modelos acom-ganham a presente Circular,devidamente preenchidas comos dados referentes às ope-rações concertadas a partir do1 de janeiro de 1967, data cs-tvibelecida como base para efei-to do controle dos peresntucisfixados no item II, da re.érldaResolução; e

b) até o dia 20 de cada mês,como documento básico paracálculo do limite a que se re-fere o item XII, o balanço oubalancete da Sociedade, refe-rente ao mês anterior.

LETRAS DECAMBIOAS MELHORES TAXASDA PRAÇA» GARANTIA.RENTABILIDADE, LIQUIDEZ

CÉDUIMCRÉDITO, FINANCIAMENTO

E INVESTIMENTOSCirti-Pitmt!n.'184 di BanciCentral da República it Brasil-Rua Uruguaiana, 55,_.' and., Gr. 822/24TeL 23-9864, Rio-GB

H!BNHRANÇO NACIOMM. OA HA»IT»Ç»*

EDITAL

BANCO NACIONALDA HABITAÇÃO

CONCURSO PARA DATILOGRAFO

Comunicamos aos interessados que a identifica-ção da prova de TÉCNICA DATILOGRÁFICA, do Con-curso para DATILOGRAFO, será realizada na pró-xima 5.a-feira, dia 26, às 19.00 horas, no saguãodo edifício Nôvo-Mundo, à Avenida Presidente Wil-son, n.° 164.

Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 1967A Comissão de Concursos

(P

REUNIÃO ANUALEXTRAORDINÁRIAA Cémnra de Comércio Arnerl-

una convoca ot ««ut sócios a ••reunirem no dia 24 da ianeiro cor-rente, aa 16 horat no Clube Ame-ricano, • fim de conheceram •

participarem da seguinte ordem dodiat a) eleição de novo Diretores

para o período 1967/1968, dentreot dezoito candidatos escolhidos

pelo Comitê de SeleçSo; b) rela-tóriot doi Comitét Especializadossabre aa suas atividades no anoxecém-findo • planos futuras; c)um filme • painéis com fotoors-fia* sôbre at atividade! da CS-mara em 1966 serão mostrados. ACâmara reitera a necessidade domáximo de compareclmento de seus•ócio* à Reunião, ou de teus subs-títulos eventuais, devidamente cre-denciados. Outrossim, avisa que ascédul&t de votação enviado* peloCorreio não terão validade. (P

Compra 2 205Venda 2 210LIBRACompra 6 120Venda 6 190lIVRE

O mercado de câmbio livreabriu, ontem', calmo e inalterado,com o Banco do B-nasll e os ban-cos particulares comprando o dó-

lav & CrS 3 200 e a- libra, ft Cr»6 133,70, e vendendo u, CrS 2 220e a CrS 6 194,70 respectivamente.Fechou Inalterado.

MANUAL

Na abortara do mercado decimbio manual, o dólar papelM#ulou c°m compradores H Crt3 205 c vendedores - C_-$ - 210;a libra a Cr$ 6 120 e o CrS 6 190.Fechou inalterado.

O Banco do Brasil e oa bancosparticulares operaram as sesulri-tes taxas:Moedas Compra vendaDólar 2 200,00 2 220,00

Dólar Can. ..Libra Franco Bolsa .Florim Marco Alem. .LiraFranco StiiçoCoroa Din. .Coroa Norucg.Franco Franc.Coroa Btieca .8hllllng Aust.Escudo Port. .Peseta POso Argent. .Peso TJrug. ..USS ConvênioZBPC

2 039,606 133,70

44,00608,30552,80

3,530508,10318,20307,40444,40425,40

85. ,0076.5033,807,40

25,902 200,006 133,70

2 060,406 194,70

44,60615.50559,00

2,564. 513,00322,30311,40449,60430,50

87,0078,4038,308,30

32,002 220.036 194,70

Ouro Flno2 475,6059 2 498,1119

TAXAS DO MANUAL

MoedasDólar Libra Franco Franc.Escudo Port. .Franc. Buico .Peseta Esp. .,Lira ItalPeso Argenjt, .Peso Urug. ..Franco BelgaBolívar Marco

Compra2 205,00 26 120,00

443.0077,00

506.0036.903,507.50

28,0040.00

480,00550,00

Venda210,00190,00450,0077,50

516,0037.2U3,586,00

30.0044,40

485,00558,00

BOLSA DE VALORES

,,_,,,. ,„ „.- ,.„.,.. m ,<*> oso WeudeTam-se Letras Crí 363 000 000. índice BV-83,4,

«?ZT^%°^^ ff«£^#.^SE2 dV^bio ^importância de oom balsa de 1.3 ponto,

valor deCrS 374 210 050. No Pxe- fracionário 2 173 ao valor de Cr$

Nova Iorque (UPI-JB, - Cotações de moedas em rc*.cSo ao dólar dos Estros Unido,, no mercado dc Nova Iorque c^m:

Dólar canadense J™-™?Libra t,"™Dólar.- austa-aHanoFranco bel^aIVaneoIAf_ K30UÜO portuguêsP*scta

1,1165, u.-.,a 0,020015.o oe.ga 0 2021

0,03490,016725

Franco suiço .Marco Cruzeiro Peso argentinoEscudoPêío uruguaioBolívar Guarani

chileno *'??,

0,53100,55140,00046-1/20,0041-1/2

0,01350,22300,0035

VENDAS REALIZADAS ONTEM NA BOLSA DE VALORES

Ações Quant. Cot. Ações Quant. Cot.

s

Pregão da manhãB. DO BRASIL ... 900 3 750

IDEM 1 500 3 760IDEM 900 3 770IDEM 60 3 800

AÇÕES »F, CIAS.DIVERSAS

A. VILARES, Pref. 700 1 690IDEM 3 700 1 700IDEM 700 1 710

ARNO 4 200 590IDEM 8 300 595IDEM 8 800 600IDEM 700 610

B. DE ROUPAS ... 58 200 330C. B. U. 1 300 340

IDEM 2 100 350BRAHMA, Preí. ... 3 300 1 840IDEM 11 700 1 850IDEM 1 700 1 860IDEM 200 1 870

BRAHMA, Ord. .... 300 1825IDEM 5 600 1 830

D. DE SANTOS ... 35 000 600IDEM 29 000 605IDEM 2 500 610IDEM 300 620

DONA ISABEL ... 4 800 460IDEM 3 200 470

F. BRASILEIRO .. ÍOO S75IDEM 3 000 680

AMÊR. FABRIL .. 1 900 240

IDEM 3 000IDEM 6 000

SOUSA CRUZ 2 000IDEM 1 400IDEM 2 300IDEM 7 4Ú0

N. AMÊR-, Port. .. 2 800B. MINEIRA 15 400

IDEM 39 000IDEM .'. 22 100

SID. NAC, Port. .. 1 100IDEM 600IDEM 5 400

HIME 10 500IDEM 1 000

KIBON 500IDEM 1 500

L. AMERICANAS .. 700IDEM 1 00OIDEM 200IDEM 7 500

B. ESTRÍLA, Preí. 2 000MESBLA. Preí. ... 12 500MESBLA, Ord. ... 900

IDEM 5 400M. SANTISTA .... 4 000PETROBRAS 13 854

IDEM 3 500IDEM 2 200

SAMITRI 2 300IDEM - 300

S. P. ALPARGATAS 14 900V. R. DOCE, Port. 400

IDEM 200IDEM S 600

W. MARTINS .... * 200IDEM 3 800

245250

1 9701 980

990000845580585590

1 1201 1251 130

440450

1 8001 8701 7801 7901 7951 8001 120

720740750200100

2 1102 120

675«80750

2 8002 8102 820

980000

Aç 6 ei Quant. Cot.

IDEM 10° 3 01°WILLYS, Preí 600 550WILLYS, Ord. ... 3 200 630

IDEM 1 «00 650

DEBÊNTURES

PETROBRAS 10 1 000IDEM , 1 20°

LETRASHIPOTECÁRIAS

B. E. 1 000 700

TÍTULOSDA UNIÃO

REAP. ECONOM.

JQ55 - 1 MO 5501956 1 517 600

TÍTULOSDOS ESTADOS

LEI 14 2 000 630LEI 820, Plano A 605 630

IDEM 102 650T1TS. PROGRES. 9 260 000

Pregão <la tardeAÇÕES DE CLÃS.

B. E. G., c/ Dlr. . 200

Ações Quant. Cot.

350

DEOD. INDUST. .. 1 000IDEM 3 400IDEM 1 000

BRAS. EN. EL 7 000P. DE F. E LUZ .. 1 000

IDEM 7 000IDEM 43 000IDEM 13 000

IDEM 43 000F. E LUZ DE MI-

NAS GERAIS ... 13 000F. E LUZ DO PA-

RANA 3 000S. B. SABBA. Preí.Nom ... 100

TRANSP. COMERC.IMPORT., Nom. . 1 000

CASA JOSÉ SILVACONFECÇÕES —Ord., Port 400

IDEM 900AEROQUIP

SUL AMERICANAIND. COM., Ord.Nom 38 61*

REF. PET. UNIÃO— Pref 380

_._. FLUMINENSE , 2 700SID. MANNESM. -

Pref. C/C 16 ... SOOC. INDUST., Pref. 4W

ANT. PAULISTA . 1 «00IDEM 600

CIMENTO ARATU 200IDEM 2 300

245250255117163164163166

167

115

126

1 100

1 00»

1 3301 360

«40

1 180

(00

830440

1 4401 4501 3001 350

VENDAS RRALIZADAS ONTRM EM LETRAS DE CAMBIO

Empresa Piaio Taxa(dias)

Valor EmpresaVenal

Prato(dias)

Tas» ValorVenal

C/ COR. MONET.

CIA. ATLÂNTICACATLANDI

30.. + 6,í a.a. . 180 100,00

CREDIBRAS

12% + 3% Juros 180 100,00

6 000

10 000

CRESA S/A

+ 6%+' 6','i

6fo

a a.a a.e. a..a a.a a.

28%20%28^,28 «28'28 íiIPIRANGA16,5% -'- 1,5% Jrs.19,25% + 1,75% Js.

123170173174175203

180210

100,00 3 500100,00 100100.00 10 300100,00 3 500100,00 11 100100,00 1 500

100,00100,00

150 000100 000

Empre» Praio Taxa(dias)

ValotVenal

9. B. SABBA

30% + 3% ft.i.

SULISTA S/A

30% + 6% a.a.

30% -f- «% a a.

30% + 6% a.a.

210 100,00

180 100,00

190 100,00

310 100,00

BOLSA DE NOVA IORQUE

Nova Iorque (UPI-JB) — Média de Dow-Jones na Jlôlsa de Nova Iorque ontem:

Ações

30 INDUSTRIAIS20 ÍT.BROVIAS

Abert. Mà.v.~ Min. Final Varia.

840.44 836,63 841,43 847,72 — 0,56

227,56 229.60 226,19 227,76 4- 0,92

Ações

15 CONCESSIONÁRIAS65 AÇÕES

Más. Min. íinalAbert.

139,73 140,88 138,43 139,70 — 0,09

305.42 308,05 303,88 305,16 + 0,4T

PREÇOS UNAIS:

Ncia Icniuc (Uri-JE) — Preces ílua na.íBfilSà ae Valores aí Nova lo.-íjue ontt-m:

A J Ind .. •.Allicd C;. . :iAUis Ci!f.. ..Am CanAm Fo.Am M...Amor i:.- .Amer EmelAm T & T .An-.er Tob .Anrtctm du .Armmir . ..Atian RlchAtlaà CorpBsndix . ..B-eth SU ..

,Can Pac ...Caso J I ...Cerro Ohe.5 & OhChrysler .

CAFí:—RIO

4-1,433;l[.2547-58:;j-7 &¦tó-õ;Ut»-186i-5r858-1:33488-718:;6-:'481-3'42-3'4

39-l(833-3:4£4-1:224.

'

43-i:26836-1,4

Col Gas ....Con E;l Cum Can ..Con; Su ...Cord Pd ....Crowii Ze"> .Curtia W ..Du Pont. ....East Air L ..Eastman . .Electron SpcToid . Oen Ele ....Gon Foods .Gen Motors .Glllett-e . -.-Glldden . .. -Goodyear . .IP,M Int Harv ...Int Nick ...

27-1.334-3'345-1,4;;i-ií246-ia¦w-3;4:;o

159-7:894-5;8

13424-i:245-5883-3147477-7;87322-11842-3;4

397-l|2, 39-3|3

87 ¦

Ini Tcl & Te! .J.Aina ManvilleKennecott . ...krõger Líhmiiii LccklicectLoey.s Tliea ...Louest-ar Ci.'.. .Mobil Oll Mont Wará ....Nat Cnsh R ...Nat Dlst Nat Lead N Y Centr ....Otis Elev Pac G El Pan Aim Penn R R ....Phillips P ....Pub SEG ....RCA

8135-5840-i:823-114330429-7|8

48-l|42477-71862-lj44175-l'444-l'835-3-46259-l|263-11238-31846-58

R

Rep StlRoy TobSfiars .SinclairSouthernSt-d O Cal ...Std O Ind ...Std O N J ...Stand. BrandsStudebaker .Swlít Tech Mat ....Texaco Texas Gulf ...Textron Tlmken . ...Un Carbide .Union PacificUnited Alrcr .Utd Fruit ....United Gas ..

44-i;437-3J447-3:469-3]347-3;461-1|253-11464-7:83550-3.847-11213-11874-l]2

11755-3143Õ-3|453-31840-1(487-3143153-7|S

U S SWíl U S Gypsum ..U S Rubber ..U S Smeltlng .Warner Bros ..West Air Br ...Woolwth Westg El Aileeen Inc ...Brit Creole P Espoy Mfg ....Giant Yell ....Home Oil A ..mtsky Oil ....Norf So Ry ...Sbd W Air ...,Seeman ,

' Syntes .

43-71863-11442-L259-ti?,17-31434-3J432-3J449-i:28-l;49

34-11213-3|89-3:8

34-3412-5|843-3:831-1|45-l|8

83-112

SOOCO j

* 000

T COO

i oto

MERCADORIAS

Calmo e inalterado foi como funcionou, ontem, o mercado dc

café disponível. O tipo 7, safra 1966/67, contribuição de Crí 22,o0dólares foi mantido no,preço anterior de Cr$ 4 000 por 10 quilos.

NRo houve vendas e o mercado fechou inalterado. Entradas nada,

embarques 26 800, existência e café despachados para embarques,

o IBC nSo declarou. , .

CEREAIS E D1VERBOS

AGRÍCOLA (Convênios M. A. — CONTAP—USAID/BRASIL).

AÇÜCAR—MOFuncionou o mercado de açúcar, firme e com os preços !nal-

terodos. Entradas 10 200 sacos do Estado do Rio. Saidas 10 000.

Existência 61 305 sacos.ALGODÃO—RIO f,

O meroado de algodão cm rama regulou calmo e inalterado.Entradas 299 fardos de S60 Paulo e 75 de Minas, no total d« 374

fardos. Saídas 350. Existência 2 346 fardos.

PRODUÍO*

ARROZ (Sc. «0 CUllo») AtnarelSo AgulhaBlue-Ro»eFEIJÃO (So. M quilo»)JaloPreto . Mulatlnho •OVOS (Cx. 30 drtzlas) GrandeMédio AVES (p/qullo) Vivai--FARINHA DE MANDIOCA (Sc. 50 quilo»)Fina GrossaCHARQUE (p/qullo) Bovlno-traselro

GUANABARA

mercado «tável39 000 a 49 00037 000 o 38 00035 000 a 36 000meroado estivei26 000 a 27 00029 000 a 30 00024 000 a 25 000nSo houve entradasdesta mercadoriano mercado

idemxxx

mercado estável12 800 - 13 00011 200 a 11 500mercado estável

3 250 a 3 350

SAO PAULO

mercado33 800 a30 800 a27 500 amercado18 000 a20 000 a16 000 amerendo27 00035 000mercado

1 000 amercado10 000 a10 000 -

X XX X

estável42 00034 50029 000estável

19 30022 80017 000estivei

estável1 150estivei

11 25011 250xx

BELO HORIZONT*

mercado estivei46 000 a 48 000eem negoolaçi*35 000 a 36 000mercado estável22 000 a 24 00037 000*28 000sem negoclaç&amercado estivei28 00026 500 a 27 000mercad* estável

1 400 •

mercado estável13 00013 OOO

xxxxxx

Jornal do Brasil, terça-feira, 24-1-67, l.o cad. — 13

AS ÁGUAS QUE SE ESPRAIAM

¦¦¦^®*' iimiÉiiiiiiinir"'if r :V*i cr -fc^#****w^" "-^ ^-»^ .'Hú " • *»':;I^^^^É:-.'^-«

- _________ ;^mWB8BwT wgb ^"^ ''.¦ot xi'*?^à^ * **«t« <*vj ^* . • *¦ tt^. ** "!<?»* *S&*

tí Município da Duque de Caxias em determinados trechos teve grandes extensões inteiramente cobertas pelus águas com os rios saindo dos leitos

reas miiExtensas áreas da baixada flumi-

ne;ise ficaram totalmente inundadascom o temporal tie ontem, principal-mente as regiões próximas a NovaIguaçu e Caxias, onde a água cobriuaté caminhões, conforme observamosao sobrevoarmos aqueles locais, a bordode um avião bimotor. Poi possível, en-tão, constatar que grande parte da Ro-dovla Presidente Dutra está tomadapor barreiras, interditando todo o trá-fego.

Apesar das proximidades das mo-tanhas, o nosso avião sobrevQOu abaixa altura a região próxima a Re-presa de Ribeirão das Lajes, onde, nasproximidades do km 54 da RodoviaPresidente' Dutra, notamos diversoscaminhões e ônibus atolados em lama-cais, além de um ônibus tofcalmentadestruído no, leito do Rio Paraíba, queinundou toda a. área ribeirinha, á cs-trada.

CAXIAS INUNDADA

Âs H horas, apesar do Aeroporto-Santos D«mont estar Interditado ao'tráfego, levantamos a bordo de um

avião Eeeteoraft, prefixo PP-DKD. Abaixa altura, sobrevoamos tôda a baixa-da fluminense, nas proximidades daRodovia Presidente Dutra. E:n diver-sas estradas sem pavimentação, vi-mos caminhões presos em atoleiros ecarros puxados por bois atravessando,trechos alagados.

•No Centro da Cidade de Duque dsCaxias notamos que o tráfego estavanormalizado, mas algumas ruas ha-viam sido tomadas pelas águas] poisvárias pessoas teiittay&ín retirar dos la-máçaJs alguns veiculos; Nos lo:ais maisafastados cio Centro as casas perma-néslain inundadas, a wnÁ altura pro-vável de 40 centímetros, pois diversaspessoas estavam nas -ruas. A ár;.i pró-.xima dá Refinaria de Duque de Ca-xias não apresentava anormalíiades.

Depois ãe diversas voltas por Caxias,seguimos acompanhando o leito da Es-trada Rio-São Paulo, observando queo tráfego ató Nova Iguaçu era normal.As margens da estrada, pequenasplantações estavam destruídas e os 'pastos cobertos pelas águas, sendo vi-síveis somente as cercas que delimita-vam as áreas. ¦•¦¦•'

vistas de cimaJorge Rosa

As residências próximas a NovaIguaçu estavam igualmente inundadas,e um aglomerado de pessoas perma-necia abrigado numa ponte sôbre oRio Miriti, que é o responsável pelasinundações de grande parte da Bai-xada Fltiminense- A bordo do av:ão,verificamos que diversas pessoas ten-t.-.vr.m retirar do interior do Rio Me-riti algum objeto que não identifica-mes com exatidão, parecendo contu-do ser 11:11 automóvel.

Em seguida, acompanhamos o RioParaíba, que oorria no leito normalembora cs regiões marginais se e.pre-sentassem alagadas. A correnteza eraforte e a água barrenta. Diversos tre-chos dn nova pista da Rodovia Presi-dente Dutra estavam destruídos porbarreiras caídas na altura do quilôme-tro 40. Cerca de duas dezenas de ca-minhões estavam parados.DESASTRE NA DUTRA

No início da subida da serra paraSão Paulo havia mais de 50 veículosimpedidos de seguir viagem. No leitodo Rio Paraíba, num .trecho bastante

raso, notava-se parcialmente um ônl-bus totalmente destruído. Mr.ls acima,na entrada de uma ponte fotografa-mos um acidente entre dois ônibus,que interditaram' totalmente a estra-da. O veículo da Viação Cometa esta-va atravessado na estrada e o do Ex-RÍcssp Brasileiro fora da pista. Comoestávamos a 230 metros de altura, eraimpossível medir a proporção do de-sastre.

Nas proximidades do quilômetro 60,um trecho de mais de 100 metros daEntrada Rio—São Paulo estava total-mente coberto pela lama. Tentamosseguir viagem, mas a visibilidade erapéssima, o que nos impediria de ba-ter as fotografias- Voltamos, então,com o objetivo de sobrevoar os subúr-bios do Rio. Quando já nos encontra-vamos perto de Caxias, a torre de co-mando do Aeroporto Santos Dumontinformava que as nuvens estavammulto baixas, e o vôo rasaníe era mui-to perigoso- As 15 horas, aterrissamos.

AS ÁGUAS QUE MATAMII | 1IPiii

r.a. mesma 1 aracambt, os bombeiros tiveram colaboradores anônimos na aura tarefa de retirar das enxurradas úe lama os corpos das vítimas

AS ÁGUAS QUE SOBEM

Ikl1

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Mortos e feridos são250 no Estado do Rio

Itaguaí e Niterói (Dos enviados Es-pecials e da Sucursal) — Mais de 250 vi-tlmas, entre mortos, desaparecidos e feridos,20 veiculos soterrados e um prejuízo demais de Cr$ 2. bilhões é o saldo extra-oficialda tromba-d'água que caiu na madrugadade ontem na confluência dos Municípiosde Piraí, Paracambi e Itaguaí, no km 55da Via Dutra.

Na localidade de Ponte Coberta, nosm 56, um acampamento da Empresa Me-tropolitana de Terraplanagem, onde viviam300 pessoas, desapareceu, ficando soterra-das.inclusive as máquinas, e só lá1» nume-ro de vitimas ultrapassa 150, segundo acre-ditam as* autoridades locais.PONTE CAÍDA

No Município de Itaguai as chuvas,que derrubaram a ponte que dâ acesso ao1.° Distrito — compreendendo as localida-des de Marombinha, Santo Inácio, Pirane-ma e Teixeira — deixando isolados numaplantação de banana mais de 400 pessoas,continuavam torrenciais até ontem à noi-te.

Algumas localidades praticamente de-sapareceram, e outras estão ameaçadas pe-las enchentes dos rios da região — Guar-da, Cação, Teixeira, Mazomba e Coroados.

A ponte levada pelas águas tem cêr-ca de 50 metros de extensão, construídaem lèrro pré-moldado na Inglaterra pela' Light, e foi parar a 200 metros de sua base.

O Batalhão de Engenharia da Vila Mi-litar tentará iniciar hoje a reconstruçãoda ponte, ou pelo menos de uma provisó-ria.

VITIMAS

Notícias chegadas ao Governo flumi-nense informavam que em Marombinha 21casas foram destruídas, com pelo menos ¦150 pessoas abrigadas em casas de cari-dade, igrejas e escolas de Itaguai.

Todos os órgãos do Governo estadualestão mobilizando seiis recursos para so-correr à região, inclusive com o envio decomida, remédios e vacinas.

O Comandante do I Exército, GeneralAdalberto Pereira dos Santcs, determinouo deslocamento do I Batalhão de Irifántâyria Blindada? de Barra Mansa, para o Km55 da Ric-São Paulo, a fim de colaborarna remoçãtf dos cadáveres des operários so-terrades

O 6.° Batalhão de Polícia Militar, deNova Iguaçu, está de prontidão desde on-tem cedo, por ordem do Comando Geral.As primeiras informações que chegaram àPM, vindas de Itaguaí, falavam em maisde 500 mortos.

Embora a Secretaria, de Saúde tenhadeterminado o, deslocamento de médicospara a região, o acesso dificil impedia atéontem à noite um socorro mais eficientee noticias mais precisas.

Três helicópteros do Batalhão de En-genharia do Exército estão sobrevoando aregião, retirando pessoas isoladas pelaságuas nas partes mais elevadas.LAVOURA

A tromba-d'água destruiu inteiramen-te a lavoura na região, principalmente noDistrito de Mazomba, em Itaguai, um dosmaiores produtores de banana do Brasil.

Diariamente 20 caminhões transpor-tam para a Guanabara as bananas e outrosprodutos da região, mas vão deixar de fa-zê-lo, não só porque a lavoura foi arrasa-da, como as estradas estão em péssimascondições.

Segundo o Chefe' da Residência Agrí-. cola de Itaguai, engenheiro agrônemo

Cleomenes Borges, os prejuízos da lavou-ra vão a quase Cr$ 1 bilhão, e a safra dearroz, calculada em 35 mil sacas, ficaráreduzida a 18 mil O colanso da lavourana região atingirá diretamente a Guáná-bara, pois aqueles municípios estão entreseus principais abastecedores.

PARACAMBI ALAGADA

O Bairro de Guarajuba, em Vila Teo-doro, no Município de Paracambl, estácompletamente submerso pelas águas quedescem do Ribeirão dns Lajes em direçãoao Rio Guandu. Mais de 600 pessoas estãoao desabrigo Não há comida na região,nem água potável e roupas. Os moradoresda localidade estão todos agrupados juntoda estrada, mas não há informação de ne-nhum caso fatal, acreditando-se, entre-tanto, que existam diversas pessoas afo-gadas em suas próprias residências, umavez que as águas cobriram totalmente oBairro de Guarajuba

Falando ao JORNAL DO BRASIL, oSr. Isair Ferreira Pacheco e o VereadorJoão Santana, disseram que "desde a inun-dação do ano,passado que as autoridades

fluminenses estão para construir um ca-nal, dando passagem às águas que descemdo Ribeirão das Lajes, atualmente atravésde pequenas valas, em direção ad RioGuandu. A inundação começou por voltade 1 hora da madrugada e às 3 horas asituação já era de calamidade, com tôdasas pessoas subindo nos tetos das casas paranao desaparecerem nas águas.— Assim que notei a gravidade da en-chente — disse o Sr. 'Ferreira Pacheco —sai a rua aos gritos para que todos açor-dassem e abandonassem suas casas. Amaioria o fèz, mas não posso garantir quatodos me ouviram. Quando o dia começoua clarear, construímos uma balsa e fomosrecolhendo as pessoas, cachorros, e, princi-palmente, as crianças, que choravam mui-to de medo e de frio Colocamos tôdas nabeira da estrada. Até agora não sabemos

pa.ra onde ir, mas já soube que o Coman-.dante do Batalhão do Depósito de Muni-ções de Paracambi ofereceu alojamento àspessoas que não tiverem parentes ou ami-gos para se hospedarem até a situaçãomelhorar.

O Delegado de Policia dè Piraí, Sr.Joel Machado, comunicou-se ontem à noi-te com o Gabinete do Secretário de Segu-rança para informar que também aquêieMunicípio foi assolado pelas enchentes damadrugada de domingo, tendo sjdo reco-lhidos ali, até o momento, 14 corpos, dosquais 11 já foram identificados.

Observou que o que houve no sul flu-minense foi um "autêntico dilúvio", já quenada menos de 15 km da região ficaram in-teiramente alagados. Disse o Delegado queda Serra das Araras, no km 60 da RodoviaRio—São Paulo, o percurso está obstruídode tal maneira que levará uns dois mesespara ser regularizado.

O Delegado de Policia de Piraí comu-nicou ao Secretário de Segurança, CoronelEduardo do Couto Pfeil, haver pedido so- ¦corro às autoridades paulistas, por onde oacesso ao Município fluminense é mais fá-cil. Sugeriu ao Coronel Pfeil que interce-da junto ad Serviço de Busca e Salvamen-to da FAB, no sentido de enviar helicóp-teros à região.

Por sua vez, a Inspetora da 7.n RegiãoMédico-Sanitária do Estado do Rio, méd!caOlga de Assis Paiva, pediu socorro à Se-cretaria de -Segurança, dando conta da si-tuação dramática em que se encontra oMunicípio de Piraí, onde, segundo ela, exis-tem mais de 300 mortos. A médica pediucom urgência o envio de víveres e agasa-lhos para os flagelados do Município. OChefe de Polícia solicitou ao Prefeito dePetrópolis que autorize o deslocamento doCorpo de Bombeiros da Cidade para Pirai,

SAO JOÃO DE MERITI

As cheias do Rio Meriti, limítrofe aoterritório da Guanabara, causaram, namadrugada de ontem, o alagamento dasruas do Centro da Cidade, atingindo al-gumas casas ribeirinhas, sem causar da-nos maiores ou vitimas.

O Prefeito Domingos Correia da Cos-ta' informou, na tarde de ontem, já ter sidocontornada a situação, esclarecendo que "aságuas do Rio Meriti baixaram, Iniciandoas turmas de limpeza a desobstrução dasruas". Famílias que haviam deixado suasresidências temendo as águas já retor-naram.

CAXIAS

A Delegacia de Polícia do Município deDuque de Caxias informou que não ocor-reram desabamentos nem foram registra-das vítimas durante o temporal da ma-drugada de ontem. Adiantou que as águastomaram conta do Centro da Cidade, ala-gando principalmente a Praça do Pacifi-cador.

Devido às dificuldades de transportes,a Prefeitura de Caxias encerrou mais cedo .seu expediente. Turmas de trabalhadores,desde à tarde de ontem, iniciaram a de-sobstrução das ruas.

0

EM SAO PAULOSão Paulo (Sucursal) — Uma senhora

de. 75 anos e um rapaz mortos, três desa-baméntos, inundação do Bairro do Ipiran-ga e da Avenida do Estado, em conse-qüêneia da enchente do Rio Tamanduateí,foram o saldo do temporal que caiu sôbrea Capital na madrugada de domingo, alémde paralisações do trânsito.

Os mortos foram a S'r,a Rafaela Pine-• do, vitimada ao ligar um interruptor, coma casa alagada, e um rapaz não identifi-cado, encontrado nos escombros de umacasa que desabou, 110 Jardim Universal.Houve outros desabamentos, na Rua Cô-nego Eugênio e Sora Maria, porém semvítimas.

Gonçalves' coordena providênciasO Presidente Castelo Branco Incumbiu o

Ministro dos Organismos Regionais, Sr. JoãoGonçalves de Sousa, de coordenar tôdas as pro-vldências do Governo federal para atenderàs vitimas das enchentes nos Estados do Rio,Guanabara e São Paulo.

O Ministro João Gonçalves de Sousa, en-trou em contato imediato com o MTnist.ro daGuerra, Marechal Ademar de Queirós, com oComandante do I Exército, General AdalbertoPereira dos Santos, e com o Diretor do'DNER,a fim de se') inteirar das medidas já tomadase as que precisam ser ainda estruturadas, deimediato.

Nos contatos mantidos, o Ministro JoáoGonçalves de Sousa ficou a par das primeirasmedidas já imediatamente tomadas por aque-las autoridades visando a dar'às vitimas dascheias assistência — quanto a abrigos, remédiose alimentos.

Enquanto isso, o Ministro João Gonçalvesde Sousa enviou para as Cidades de BarraMansa, Paracambi e Marquês de Valenca o Ge-neral Jordel Fabricio,. Assessor dos Territóriosdo MECOR, para que entrasse em contato comas autoridades que já estão agindo naquela área,a fim de prestar, de imediato, maior ajuda. Lo-go depois, o Ministro João Gonçalves de Sousaseguiu também para a zona mais atingida, ondetomou um contato pessoal com a situação.

Como é ItaguaíDepartamento Aí Pesquisa

l.iu Varacúmoi, as aguus suuirum tunto que em vários locais, como este, nao restou mais nada de algumas casas, para se ver, do que os telhados

O Município de Itaguai, localizado a 18Ctti/ómeíros dc Mangaratiba e a 67 guíZóineíroade Niterói, por estrada, ocupa uma área de 667km2 bem diferençados: na região da serra oclima é ameno e seco, mas na da baixada —onde Se concentra a maior parte ãa população— ê quente e úmido. A população è atualr.izntecalculada em cerca de 45 wiii pessoas.A história de Itaguai está cheia de do-cumentos incompletos, mas sabe-se que a co-lonização do seu território começou em meadosdo Século XVII, através dos missionários daCompanhia de Jesus. O período de maior ri-queza da região terminou em 1888, quando alibertação dos escravos praticamente arruinousua agricultura; a baixada, naturalmente in-salubre, viveu dias de doença e pobreza quesó terminariam com a construção da antigarodovia Rio—S. Paulo e com o saneamento. Èm

1938 começou <i ser construído o Centro Na-cional de Estudos e Pesquisas Agronômicas, que/oi evoluindo até se transformar na atual Uni-versidade Rural.

A economia do Município está assentada11a agricultura, mas há algumas indústrias téx-teis e metalúrgicas funcionando; a extraçã-i demadeira, que já foi importante, parou porqueas reservas estão praticamente extintas.

A sede municipal c quase tôda compostade prédios antigos, inas sõ um deles — a Igre-ja Matriz, concluída em 1729 — è consideradomonumento histórico.

O Município tem cinco Distritos — Ita-guai, Ccroa Grande, Ibltuporanga, Paracamble Seropédíca — e na orla marítima, servidapela Central do Brasil, existem multas casasde veraneio.

14 — i".° Cad., Jornal do Brasil, terça-feira, 24-1-67 "***.

Ônibus cai em rio na Serra das Araras e mata 36 pessoasUm ônibus da ünica que

' nha trocado as passagens,,.i.,i-iví niM S5n Püiiln rnm Anteriormente mnrpiidns nn- _...—_._-¦_»--__-_ __-_j—..>- ——^

Um ônibus da ünica queviajava para São Paulo com37 pessoas — 36 passageirose o motorista — caiu ontemno Rio da Floresta, no qui-lômetro 55 da Rodovia Pre-sidente Dutra, nas proximi-dades da Serra das Araras,depois de bater em um veí-culo da Viação ExpressoBrasileiro, resultando, doacidente, 36 mortos.

O veiculo da única deixouo Rio às llhlOm, e foi ar-rastado por cerca de doisquilômetros pelas ehxurra-das. Ficou soterrado no Rioda Floresta, juntamentecom uma Kombl, totalmen-te coberta e ainda não lo-calizada, e dois caminhõesda Companhia Metropolita-na, levados com casas deoperários residentes no lo-cal e o escritório da firma.

PÂNICO E DESCRENÇA

O ônibus da única, chapaGB 80-3185, saiu da estaçãorodoviária na hora marcada— 23hl0m. Embora houvesseameaça de temporal, na ho-,ra da saída não chovia. As24hl5m começou a catástro-íe. O ônibus havia atingidoo quilômetro 56 da Rodo-via Presidente Dutra e iaem velocidade reduzida. Emdeterminado momento, pa-raram os motores. As luzesse apagaram. Começou o pâ-nlco, enquanto a tromba-d'água se tornava mais forte.Em frações de segundo, oônibus foi arrastado pelodespenhadeiro e lançado ao.Rio da Floresta — que nor-malmente tem cerca de 5metros de largura, mas quetinha 30, então.

Tanto o ônibus como oscaminhões, os únicos veí-culos que puderam ser loca-lizados, ficaram totalmentedestruídos. Com a íôrça daságuas da chuva, os veículospercorreram mais de doisquilômetros, destruindo pon-tes e casebres que rnargea-vam o rio. Com as rodas pa-ra cima, só puderam ser en-contrados após a baixa daságuas do rio, mas apenas doônibus foi possível a remo-ção dos mortos, que foi fei-ta pelos bombeiro? do 8.°Batalhão da 6.a Zona —Campinho.

Usando picaretas, e ma-chados, os bombeiros corise-guiram abrir um buraco nacarroceria do ônibus e, porêle, remover os cadáveres. Éa seguinte a lista dos mor-tos, retirados do ônibus;Marcílio Loureiro, ManuelRodrigues da Silveira, PauloBarbosa Ribeiro Sobrinho,Rubens Fraga de Oliveira,Antônio Carlos MendonçaCerqueira, José Carlos Des-champs Siqueira, Válter daCosta Barros Dias Garcia,Sebastião Lopes dos Santos,Vera Peixoto, juntamentecom seus filhos Mateus Pei-xoto Pilho, Maria Aparecida,Maria de Fátima e Rita.

PASSAGENS TROCADAS

Assim que tomou conheci-mento do desastre, umcunhado de Vera Peixoto,contou ao JB que Vera ti-

nha trocado as passagens,anteriormente marcadas pa-ra o próximo dia 29, aten-dendo a um telefonema domarido, que pedia sua voltaa São Paulo, a íim de ma-tricular as filhas no colégio.

— As meninas eram todasmulto alegres — disse ocunhado de Vera — e pas-savam as íérlas aqui no Rio.Elas não queriam ir paraSão Paulo, pois estavamaproveitando bastante apraia.

No momento de identifi-car os corpos, o cunhado deVera, »que pediu para nãocitar seu nome, muito emo-cionado, apontou o corpo deVera, colocado ao lado doônibus soterrado — e disse,melancòlicamente: "é elamesma. As passagens íoramtrocadas. É o destino".

Em busca de um filho queestava também no ônibus,compareceu ao local do de-sastre o engenheiro LuísFernandes' Braga, mas nãofoi possível achá-lo.

Doze ônibus estão parali-sados entre os quilômetros50 e 60 da Presidente Du-tra. Nas mesmas condiçõesencontram-se oito cami-nhões, três camionetas, umjipe e quatro carros entreos quais um Chevrolet complaca de Nova Jérsei.

A maior parte das pessoasque viajavam nos ônibusatingidos pelas chuvas per-maneceu no interior, dosveículos, tendo coríseguidosalvar-se somente por isso,segundo depoimento dospróprios motoristas. Ontem,até 15 horas, no trecho daRio—São Paulo atingido pe-la tromba-d'água, dezenasde pessoas, muitas das quaisregressavam a São Paulodepois de um fim de sema-na no Rio, desciam por êle,sujas e carregando malas,em direção aos caminhõesque as levariam a lugaresseguros.

A altura do quilômetro 60,em plena serra, -três pessoasque ficaram feridas foramretiradas por helicópteros doMinistério da Aeronáutica,porque o local onde se en-contravam não podia seratingido por terra.

Nas proximidades, em umônibus da Viação Cometa,de placa 812664, até às 16horas havia, entre as ferra-"gens, um homem morto quenão havia sido identificadoainda e que os demais pas-sageiros achavam ser de na-cionalidade germânica. Nomesmo ônibus viajava.o Sr.Ricardo Gutenkerb, tam-bém retirado pelo hellcópte-ro. O Sr. Ricardo é casadocom uma afilhada do Mi-nistro Eduardo Gomes, e seu'estado não inspira cuidados.

Cerca de 36. bombeiros daGuanabara e soldados doBatalhão de Depósito e Mu-nições do Exército trabalha-vam até às 18 horas na re-gião, à procura de vítimas.O ônibus da Viação únicaem que morreram 36 pes-soas, íoi serrado ao meio,para que alguns corpos queestavam no seu Interior pu-dessem ser retirados antesdo anoitecer.

A VIAGEM DOLORÓSlL

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Oito vítimas das chuvasmorrem antes de socorro

Duas famílias, com quatropessoas cada uma — mulher etrês filhos — morreram à tardeao dar entrada "uo HospitalGetúlio Vargas, que recebeu 30vítimas do acidente na Serradas Araras. Os maridos se sal-varam.

Da familia de José MatosCardoso morreram D. Nlldete oos filhos Adel, de dois anos;Adilson, de um ano, e Rita, do4 meses. Por outro la.do, Ataidede Oliveira perdeu sua mulher,Teresinha, e os íilhos Ana Lú-cia, Válter e Sebastião.FERIDOS

Foram socorridas também asseguintes pessoas, no HospitalGetúlio Vargas: Joáo JoséClaudlno; Hamilton da SilvaAlves; Nilson Gomes SerejojJosé Beth; Luis Alves Bernar-do; José Afonso Pereira; AírtonFialho Reis; Roberto Calvo Ba-tista; Adélia. Maria BarSo Gló-ria; Ademir Ferreira da Silva;Luís Eduardo Braga; GilvanFerreira; Francisco SoaresAraújo; José Barbosa Ribeiro;Valdomiro de Gregorl; Leonirde Gregori; Araci RevoredoAdam; Noeli Revoredo Balsch;Alberto Lopes da Costa Morei-la Filho e Vanda Costa Mo-relra. Os dois últimos casaram-ee no Rio e estavam em via-gem de lua-de-mel.

. Para o Hospital SousaAguiar íoram transportados osseguintes feridos: Ricaído Gu-terkerb, com fratura- do Joe-lho; Neide Bastos Ribeiro, comcontusões generalizadas e umhomem, de 40 anos presumi-veis, trajando calça bege e ca-misa branca, çom fratura docrânio.

No Hospital Rocha Fariaestão Jarbas Queirós, passagei-ro de um ônibus da Ünica,Nelson Augusto Guerra, queviajava pela Viação Cometa, tMarta de Lourdes Gomes (RuaMarcílio Dias, 5, Nova Iguaçu),ferida em conseqüência da des-traição do barraco cm quo serncontrava, em companhia domarido, que está desaparecido.

No meio da confusão, a Sra.Helena Estelita — que náoconseguiu segurar sua filhinháde dois anos, de nome Carla,— pediu a um homem que le-vasse sua filha para algum lu-gar seguro. Até ontem, Carlaesiava desaparecida, não sa-bendo também a Sra. Estelita"quem levou sua filha".

Um tio de Carta, em nomeda Sra. Helena Estelita, apeit>a quem tenha visto Carla ousaiba do paradeiro dé seu guar-dião para que se comuniquepelo telefone 37-8674.

NECROTÉRIOPEQUENO

Niterói (Sucursal) — O Ga-binete do Secretário de Segu-rança Pública do Estado doRio admitiu ontem a possiblli-dade do transporte da maioriados cadáveres das vítimas dasenchentes de Itaguai para oRio e Niterói ficando poucosno necrotério de Nova Iguaçuporque sua capacidade é mi-mima, j

Até ontem à noite o Chefede Polícia aguardava informa-ções mais detalhadas e preci-sas sóbre a extensão da ca-tástrofe, principalmente sóbreo total de mortos, que deveriamser dadas çor auxiliares do seuGabinete e peritos do Insti-tuto Pereira Faustino que se-guiram de manhã para a áreaInundada. ,

O Secretário de Baúde de»terminou que os postos desaú-de de Barra Mansa e Barra doPiraí mobilizassem recursos pa-ra socorrer Coroados.

A tarde o Diretor do Hospl-tal Getúlio Vargas, na Guana-bara, Dr. Almeida Franco, emcontato com a Secretaria deSaúde do Estado do Rio, anun-ciou que duas ambulâncias doGoverno carioca conseguiramchegar a- Coroados transpor-tando 20 feridos leves.

jvo treclto du r iu Unira atingido pela iromba-W-gua, o clima era da desalento

Via Dutra; maior enxtráfego e acidentes

A Rodovia Rio—São Paulo, com 402quilômetros de extensão, é a triais vwvi-vientaãa e a mais importante do Pais, do¦ponto-de-vista econômico. No ano passa-do, a viédia diária de veiculbs em trânsitoera de 16 mil, dos anais 10 mil caminhões,4 SOO carros e utilitários e cerca de 1200ônibus, incluindo as linlias iniermunicipaisentre as duas capitais e outras cidades.

Os 10 mil caminhões que circulam dlà-riamente pela Rio—São Paulo, servindo aomaior eixo industrial da América Latina,responsável por cerca de 70% da produçãoeconômica braslleiraf transportam a médiade 10 a 15 toneladas de mercadorias cadaum. Isto representa um volume aproxima-do de 100/150 mil toneladas de carga por,dia.

Desde a sua construção, no GovernoDutra (1946-50), a Rodovia Rio—São Paulo— porte rta BR-2, que vai do Rio a Jagua-rão (Rio Grande do Sul) — tem um mo-vimento que cresce de ano para ano, Em1958, o tráfego diário de veiculas era de9 000, que se elevou a 14 mil veículos em.1964.

O trecho mais movimentado da RodoviaJica na Serra das Araras, com a média diá-ria, atualmente, âe 11 míl veículos. Não éfácil ter a média constante tle todos osdias, pois grande parte des veículos quetaem do Rio pela BR-2 não ,'-e destina aSão Paulo, e vice-versa.

Comparando-se cem outras rodovias,vê-se a importância da Rio—São Paulo: otrecho mais movimentado da Rio—Bahia,por exemplo, na Cidade mineira de PortoNôvo, é de 1700 veículos por dia. Na Rio—Belo Horizonte o tráfego atinge a 11500

MUITOS. PALMOS DE LAMA

Departamento de Pesquisa

otícmZos na altura de Caxias, mas êsse nú-mero cai para 3 300 em Itaipava (RJ) e1 700 em Barbacena (Minas).

Ê difícil saber o valor do trânsito diá-rio pela Rio—São Paulo, devido à varieda-de da carga e à falta de controle do valortransportado em cada caminhão. Todavia,segundo fontes do Sindicato de EmpresasTransportadoras, não deve ser inferior aCr$ 1 bilhão por dia.

ACIDENTES

A Rio-São Paulo é, também, a queapresenta maior número de acidentes noBrasil. Em 1959 houve 1272 acidentes narodovia, dos quais resultaram 84 mortose 840 feridos. Em 1964, o núwiero de acl-dentes passou para 2 992, com 214 mortose 1348 feridos. Os acidentes elevatam-seno ano passado, atingindo 3 705, mas o7iúmero de mortos foi de 210 e o de feridoscaiu para 519.

Segundo o 7° Distrito do DNER, quesupervisiona o policiamento nessa rodovia,são três os pontos perigosos na Via Dutra:1 — a faixa entre os quilômetros zero e15 —- as chamadas cidades-dormitôrios ãemotoristas, Nova Iguaçu, Caxias e SãoJoão de Meriti — que apresenta grandedensidade de tráfego; 2 — o trecho entreos quilômetros 58 e 63, nas Serras áas Ara-ras; e 3 — o quilômetro 168, devido a umposto de sinalização do Estado do Rio, lo-cal de descarregamento de caminhões.

Segundo estatística recente, a Via Du-tra teve, no ano passado, um desastre emcada 165 metros, um morto em cada 1,7quilômetro e um ferido em cada 332 metros.

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A viagem que não terminouCARLOS ALBERTO TEIXEIRA — redator do JBque ia para São Paulo 7io ônibus das 24hl0m da Única

Senhores passageiros, boa noite. Te-mos o prazer de recebê-los em nome daúnica Auto-Onibus S/A., que agradece apreferência. Acabamos de deixar a EstaçãoRodoviária Nôvo Rio com destino a SâoPaulo, onde deveremos chegar dentro desete horas e dez minutos, aproximadamen-te. Este ônibus está sendo dirigido pelo mo-torista Alcides, e aqui íala a comissáriaDalva. Boa viagem.

Com estas palavras, a comissária Dal-va, uma morena-jambo que recebia olha-res significativos até dos passageiros maissisudos, iniciava seu trabalho, vestida emuniforme vermelho sobre blusa branca ecom íita preta no bibico à fuzileiro. Eram24h 30m no relógio do ônibus Çpruja, das24h lOm, que deixou a pista A-3 da NôvoRio com 10 minutos de atraso para íazer aviagem 840.

Começo tranqüilo

Mal a comissária acabou de íalar, umpassageiro comentou em voz meio alta:

Gostei das "sete horas e dez minu-tos, aproximadamente".

A esta altura, já a moça, com um pe-queno cesto nas mãos, distribuía balas en-tre os passageiros, ajustando na face aquê-le sorriso típico das aeromoças, em respos-ta às gracinhas dos cavalheiros impetuo-sos.

Enquanto isso, o ônibus deslizava a me-nos de 40 km pela Avenida Brasil, comose a preparar-se para corridas mais au-daciosas dentro em pouco. O rádio doveículo, ligado a meio volume para a Diíu-sora de Petrópolis, transmitia uma daque-las canções de Caubl, entremeadas de gri-tinhos nervosos.

À 1 hora, o Coruja corria a 100 km/h,quando começou a chover. De inicio umachuva meio encabulada, mas que logo en-grossou.

Depois de correr uma bandeja de re-frescos e outra de cafezinho entre os passa-geiros, a comissária Dalva, já sem o casacoe o bibico, fechava as cortinas, reclinava aspoltronas-leitos e apagava as luzes indivi-duais, com boas-noites entre sorrisos.

Primeiras dificuldades

Os relâmpagos riscavam íirmes e repe-tidamente, enquanto os trovões faziam vi-hrar o veiculo todo. A chuva, cada vez maisgrossa, dificultava a visibilidade do moto-xista Alcides, uma Vez que os limpadoresde pára-brisa eram impotentes para tantaágua.

Com a velocidade reduzida para 80 km,Alcides esfregava de vez em quando umaílanela no pára-brisa, para enxergarmelhor.

Logo depois de passar pelo Belvedere,por volta de lh20m, começaram a surgir osprimeiros embaraços. Eram desabamentosde pedras, em sua maioria pequenas, masintercaladas com as grandes, de peso cal-culado entre 500 e 1500 quilos.

Alguns motoristas, mais cautelosos, deautomóveis e caminhões,, deixavam-se ficarpela estrada, preocupados em advertir osque prosseguiam viagem a respeito dos pe-rlgos daqueles desabamentos, enquanto aspistas se assemelhavam a.rios, de tão ln-vadidas pelas enxurradas.

Boatos controversos

Cerca das 2 horas, dentro do ônibus oambiente era de tranqüilidade, apenas coma comissária de vez em quando transi tan-do entre as poltronas a fim de levar café,chá ou refresco para Alcides, a essa alturatenso e preocupado com os perigos, que acada momento se tornavam maiores.

Mais de uma vez, Alcides teve de pararo veiculo, ora para ouvir informações sobreuma barreira caída mais adiante, sobreuma ponte de concreto destruída no RioAcari, ora para retirar algumas pedras quelhe dificultavam a passagem. No princípio,êle desceu do Coruja agasalhado em capade plástico e calçando galochas. Mais tar-de, quando não adiantavam nem a capanem as galochas saía mesmo de calça ar-regaçada até os joelhos.

A maioria dos .passageiros dormia asono solto, alguns até roncando. Outrosapenas eram traidos por cochilos rápidos,interrompidos pelas paralisações, os tro-voes e os relâmpagos. Só uns poucos per-maneciam acordados, acompanhando to-dos os lances, da odisséia.

A cada parada, salvo quando não erapara Alcides, todo molhado, retirar pedrasda estrada, era um boato diferente quechegava. Iníormou-se, primeiro, que umônibus da Cometa havia 6ldo carregadopelas águas do Ribeirão das Lajes, levan-do a morte a todos os seus passageiros. Se-guiu-se a informação de que, além da Co-meta, também a Expresso Brasileiro tiveraum de seus ônibus tragado pelas enxurra-das, com vários mortos e feridos.

Logo chegaram informes de que umCoruja da Única e uma Kombi com crian-ças e professoras, além de um acampa-mento da Metropolitana (ílrma que operana manutenção de rodovias), íoram tam-bém levados pelo Ribeirão das Lajes.

Ponto culminante

As versões para os acidentes eram asmais desencontradas, e, até certo ponto,contraditórias.

A poucos metros do Rei do Frango As-sado, no quilômetro 52 da Presidente Du-tra, cerca de 15 minutos depois das 2 horas,o ônibus estava parado quando entrou acomissária Rosa, de outro Coruja da única.

Chamou Dalva, mas logo se dirigiu atodos os passageiros, em voz alta e emo-cionada:

1 — Dois ônibus, um da única * outroda Cometa, caíram no rio, e muitas pes-soas estão precisando de ajuda. Váriasoutras já perderam a vida. Todos os pas-sageiros do meu carro atenderam de ime-diato, mas não sâo suficientes. Há neces-sidade de mais ajuda. Agora uma adver-tência: não saiam vestidos inteiramente ecalçados, pois há muita água, e a ajudamaior se destina a salvar pessoas que es-tão sendo carregadas pela correnteza. En-treguem suas roupas e seus valores à cò-missárla e venham descalços e dispostosa fazer o que seja possível, Inclusive cairna água.

Voltando-se para Dalva, pediu cober-tores, garrafas de café, gaze e qualquermedicamento que existisse a bordo. Nãohavia nada, além de caíé, chá e um res-to de refresco de laranja.

Salvamentos• As 3 horas da madrugada, todos os

ônibus, caminhões e automóveis — cercade 20 ao todo — estacionaram um ao ladodo outro, na altura do quilômetro 53, na di-reção do leito do Ribeirão das Lajes, comsuas luzes acesas e os motores funcionan-do alto para garantirem as baterias. Aomesmo tempo, dezenas de homens, namaioria só em cuecas, faziam esforços pararetirar as pessoas, homens e mulheres, quegritavam por socorro de vários pontos dasduas margens do rio, ambas de difícilacesso.

Conseguiram-se várias cordas, ènquah-to alguns voluntários apareceram dispôs-tos desde logo a se atirar nas águas geladase escuras. A precariedade absoluta de re-cursos, além da boa vontade, pouco podiafazer diante da envergadura dos desaba-mentos.

Ainda assim, até 5h30m, mais de 40pessoas íoram retiradas com vida daságuas, com auxílio das cordas.

Os que permaneceram mais tempo semsocorro íoram os que conseguiram atingira margem do rio contrária àquela onde seencontravam os ônibus e as pessoas em-penhadas na operação de salvamento.

Entre todas as notícias sobre salva-mentos, as que mais impressionaram ío-ram as que descreveram os esforços parasalvar uma senhora não identificada, quese atirou nas águas — para salvar o íilhode um ano que se desprendera do coloda babá — e que náo íoi alcançada, e umJovem que nadou com um rolo de cordapara ajudar nos salvamentos e foi envol-vido no rio por um arame farpado, ten-do que ser retirado quase morto.

Comentários

Enquanto se pro '.essavam os salvaman-tos, sem que «urgissem quaisquer socorrosdas empresas transportadoras ou dos ór-gãos governamentais, como Policia Rodo-viária e Departamento Nacional de Estra-das de Rodagem, alguns passageiros faziamcomentários e reviviam instantes desde apartida.

Um senhor, por exemplo, criticou o fa-to de os administradores da Rodoviária Nô-vo Rio concentrarem todos os passagei-ros na pista A, que fica sempre superlota-da, quando outras quatro pistas destina-das a outras linhas ficam quase sempreinteiramente vazias.

Haveria muito mais bom senso em idividir as linhas para São Paulo pelasoutras pistas, intercalando-as com aquelasde menor movimento— acrescentou.

Outra critica se referia à ausência com-pleta de sistemas de comunicações entre os'terminais e postos intermediários das em-presas transportadoras, para evitar situa-ções como aquela.

Mas. o mais grave — observou umoutro passageiro — é o fato de as trans-portadoras permitirem a saida dos ôni-bus quando existem informações sobre di-ílculdades nò tráfego. Eu mesmo, ao sen-tar-me no Coruja, íui alertado pela comis-sária de que me preparasse para dormirna estrada, pois não havia condições parapassagem pela Serra das Araras.

Houve quem despertasse a atençãopara o íato de nem sequer a Policia Ro-dovlária ou o DNER terem aparecido atéàs 6 horas da manhã, quando os aciden-tes começaram mais ou menos a 1 horada madrugada.

A primeira viatura da Policia Rodo-viária surgiu no local dos salvamentos às6h30m, e isso porque íol chamada pelo mo-torista de uma Kombl, que se dispôs a en-írentar as pedras e os sucessivos desliza-mentos de terra no percurso de volta rumoao Belvedere e ao Rio.

As 7 horas, chegaram carro-socorro euma camioneta do DNER, com uma maça,e pouco puderam íazer.

Às 7h30m, o Coruja da viagem 840 dei-xou o km 53 ocupado apenas por feridos,enquanto outros passageiros passaram aser reunidos em outro ônibus.

Em virtude das dificuldades de regres- .so, deu-se sempre prioridade ãs pessoas íe-ridas e desabrigadas. Só os mais arrojadosse dispuseram a enfrentar a volta a pé ouaté mesmo dentro de um carro frigoríficocarregado de carne de boi.

Inúmeros veículos ficaram soterrados sob a lama, às margens da Rio—São Paulo

Sobrevivente faz protestocontra descaso do Governo

Jornal do Brasil, terça-feira, 24-1-67, Ifl Cad. — 35

DUAS LUTAS l Assassinato Médi'yy-yyyy :«¦

tSÜUm dos que conseguiram sair salvos

da catástrofe da Rio—São Paulo, o Sr. JoséCavalcanti Cidrin — passageiro de umônibus da Expresso Brasileiro — veio on-tem à redação do JORNAL DO BRASIL"para

protestar contra o descaso das au-toridades, que até as primeiras horas damanhã não haviam prestado nenhum so-corro às vítimas".

O Sr. José Cavalcanti Cidrin afirmouque muitos se salvaram graças à iniciati-va de um dos passageiros do ônibus emque viajava, que se manteve calmo e con-seguiu controlar a situação, ajudando amaioria a encontrar um íugar mais firmee menos perigoso. Também um padre aju-dou muito a acalmar os desesperados.

PASSAGEIRO DA EXPRESSO

Eis o depoimento do Sr. José Cavai-cânti Cidrin:

Saí do Rio no ônibus da Expresso às23 horas, em companhia de meus três fi-lhos. À meia-noite começou a chover, masninguém se mostrou preocupado com isso.Mas quando o ônibus chegou ao inicio dasubida da Serra das Araras, teve de pa-rar, pois a água já estava à altura dospneus. Logo depois parou ao lado um daViação Cometa, e em seguida um da Via-ção Única.

Dai em diante as coisas foram fi-cando cada vez piores, com as águas sem-pre mais fortes e mais altas. Uma Kombique vinha de uma cidadezinha das redoh-dezas, trazendo quatro crianças, salvas daenchente do Paraíba, voltou coni duas mu-lheres e mais crianças. E diante dos pas-sageiros desesperados foi arrastada numredemoinho.

A essa altura quase ninguém maisacreditava na possibilidade de sair salvodo local. Poucos eram os que mantinhama calma e procuravam acalmar os outros.

Uma espécie de telhado com trêscrianças e uma mulher em cima bateu deencontro ao ônibus da Viação Cometa econtinuou sendo levado pelas águas. O de-sespêro do pessoal aumentou. Às 24 horase 40 minutos, mais ou menos, as águas jáalcançavam os vidros dos três ônibus. Derepente, o da Ünica foi arrastado num re-demoinho para o rio, enquanto os outrosdois — o da Cometa e o da Expresso —batiam de encontro um ao outro.O barro e os detritos de pedaços demadeira jogados pelas águas-de encontroaos ônibus formaram um espécie de re-presa natural, o que serviu de ponte paraque as pessoas presas dentro dos veículospudessem alcançar a parte mais alta daestrada. Fora de perigo, os passageiros fo-ram socorridos por um ônibus da ViaçãoCometa, vindo do Rio.

O Sr. José Cavalcanti Cidrin disse que,na viagem de volta ao Rio, os passageirosviram cerca de 40 cadáveres no meio daságuas e do grande volume de lama que seíormou.

PASSAGEIRO DA ÚNICA

Outro sobrevivente, o Sr. José Rodri-gues da Silveira — um dos passageiros daÚnica — também assistiu de perto a todoo desenrolar da catástrofe:

Nunca vi tanta desgraça. Todos gri-tavam. Os ônibus rolavam de um lado paraoutro e ninguém sabia onde parar. Estoudoente, com fome, frio e só me lembro quesaí pela janela. Não acreditava que fosseme salvar. Agarrèi-me a uma árvore cheiade espinhos e lá permaneci durante maisde 12 horas.

Sou funcionário público, tenho 47anos e sete filhinhos — disse éle ao ser in-terrogado sobre a sua condição pessoal. OSr. José Rodrigues da Silveira perdeu nodesastre um irmão, Manuel Rodrigues daSilveira, e um primo, Benedito da Silva

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Ônibus escapa por 10 minutos e 1 kmOs passageiros do ônibus da única quedeixou a Rodoviária 10 minutos depois do

que foi carregado pelas águas, matando 36dos seus 37 passageiros, escaparam de tero mesmo destino graças à prudência domotorista Cavalheiro, que parou o carro amenos de um quilômetro da ponte e vol-tou daí para o belvedere do MonumentoRodoviário.

O Sr. Santiago Tavares e sua filhaNanei Alves Tavares, que viajavam noônibus, contaram que "chovia tanto quenão se enxergava nada na estrada e osrelâmpagos eram fortes de ofuscar avista". _

A TRAGÉDIA MINUTO A MINUTO

23h30m de domingo — O ônibus daÚnica deixa a Estação Rodoviária já comuma chuva fraca caindo sobre o Rio. Dezminutos antes saíra o ônibus com 37 pas-sageiros, que não voltariam mais.

Zero hora — A viagem, segundo o Sr.Santiago Tavares e sua filha, prosseguenormalmente. Continua a chover fraco eos ônibus, viajando com uma diferença deapenas 10 minutos já estão na RodoviaPresidente Dutra. Tudo parece normal,com exceção da chuva que fica cada vezmais. forte.

1 hora — O ônibus chega à altura doMonumento Rodoviário, e já andava mui-to devagar, pois chovia torrcncialmente, equase não se enxergava nada na estrada.

Ih03m — Pouco mais adiante, na altu-ra da represa da Rio-Light, os ônibus nãopuderam mais prosseguir viagem.

— O motorista do ônibus carregadopela água — disse o Sr. Santiago Tavares— já havia parado o seu, enquanto o donosso encostava ao lado dele e os dois fi-caram conversando. Havia vários outrosônibus parados. Eu me lembro de um daCometa e um do Expresso Brasileiro. De-

senas de automóveis e caminhões estavamtambém parados com medo de prosseguirlh20m — Inicia-se a tragédia: o mo-tonsta do ônibus da Cometa resolve tentarpassar e desaparece na noite de chuva. Osoutros ônibus ficam parados na estradaalguns minutos, até que à lh35m o ônibusdo Expresso Brasileiro prosseguiu também.— A tragédia estava reservada paraos passageiros da Única, cujo carro foi car-regado pelas águas. Nós só víamos, de lon-ge, as luzes vermelhas do ônibus e maisnada — disse o Sr. Santiago Tavares

2h40m — uma viatura da PatrulhaRodoviária que íôra ao local onde esta-vam as luzes vermelhas volta ao ônibus doSr. Santiago.Tavares, e determina que omotorista volte para o belvedere.

O Sr. Santiago Tavares conta aindaque a volta para o belvedere foi "angus-tiante, porque a estrada já estava cheia depedras".

3h30m — o motorista Cavalheiro re-solve socorrer os outros companheiros edois caminhões com motoristas e voluntá-nos vao ao local da tragédia. Minutos de-pois um ônibus voltaria do local com vá-rios feridos dentro.

A noite passa para os passageiros doônibus do Sr. Santiago Tavares, num eli-ma de medo e angústia. Os boatos afirmamque vanos ônibus íoram soterrados nooutro lado do Rio.

7 horas — Os dois caminhões de vo-luntários voltam e o motorista Cavalhei-ro conta que "quando clareou o dia, nósvimos muitas pessoas agarradas em ga-lhos de arvores do outro lado do rio, masnao tínhamos sequer um bote para tentarsalva-las. Elas ficaram lá".7hl0m — ò motorista Cavalheiro ini-cia o retorno ao Rio, onde o ônibus chega

por volta das 11 horas, com todos os pas-vST;-men°S

Um' que se Merecera comovoluntário para ajudar os acidentados

O Sr. José Cidrin veio tio JU para contar como sc salvou datragédia e protestar contra o pouco caso das autoridades

Roberto Campos e Bulhõessubiram 10 andares a pémas mantiveram reunião

„ Embora seus Ministérios estivessem com todas asatividades paralisadas em virtude da falta de energiaelétrica, o Ministro da Fazenda, Sr. Otávio Gouveia deBulhões, e o do Planejamento, Sr. Roberto Campos, rea-lizaram ontem, após subirem 10 andares a pé e obriga-rem a isso seus convidados, a reunião que haviam mar-cado com Prefeitos e Secretários de Finanças dos Esta-dos, sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias.

Funcionários que compareceram ao Ministério elo-giaram a proeza dos dois Ministros mas não a imitarampermanecendo no saguão de entrada do edificio à esperada chegada da energia elétrica. Os Ministros realizarama reunião no 10° andar aproveitando a claridade dasjanelas.

Motorista volta ao Rio quase nuO motorista Benedito Silva, da empré-

sa Única Auto Ônibus, chegou à Rodovia-ria Nôvo Rio às 11 horas da manhã de on-tem, seminu, enrolado em uma toalha ecom as primeiras notícias sobre o desastreocorrido no Km 55 da Rio—São Paulo. Con-tou que conseguira transportar sete feridos,salvando-os da correnteza do Rio Paraíba.

Seu Silva, como é conhecido pelos com-panheiros, não sabia como descrever a cenaque vira no local do acidente, começandopor pedir providências para os feridos'. Maslogo depois contou um fato que guardarabem: o pessoal do DNER, que chegou aolocal depois dele, queria multá-lo por ha-¦ ver estacionado o ônibus em local proibi-¦ do, para salvar os feridos no desastre.

A CENA DESCRITA

A Rodoviária Nôvo Rio viveu um ins-tante de emoção na manhã de ontem,quando na plataforma 1 encostou o ônibus'da Única, placa GB 80-07-83, que havia sai.do do Rio às 23h40m com destino a SãoPaulo.

Houve um corre-corre quando de seuinterior saltaram os passageiros com fisio-nomias assustadas. Cada um procurava ex-plicar e descrever o que vira,

O Sr. Benedito Sllva, motorista do ôni-bus, era olhado por todos com especial ca-rinho. Enrolado numa toalha, só por issojá chamava a atenção:

Não sei o que dizer — começou SeuSilva. Houve um acidente horrível

'no Km55 e muitos estão lá sem auxílio. Eu trou-

xe sete pessoas que tirei do rio com a aju-da de uma corda.

OS TRÊS ÔNIBUS

Depois de providenciado socorro paraos passageiros acidentados, seu Silva con-tinuou a narrar os fatos, acompanhado pe-los passageiros:

Tem gente em cima das pedras edependurada nas árvores e a água con-¦ tin-ua a aumentar — disse o motorista Umônibus da única caiu no rio, um do Expres-so Brasileiro está abalroado e ainda hácarros particulares atingidos.

O ônibus de Seu Silva foi o primeiroa chegar no local do acidente.Cheguei de madrugada e logo de-

ipois procurava aliviar e ajudar as pessoas.?Não dava para enxergar bem e tratei de'

me guiar pelos gritos.Nesse momento, Seu Silva contou um

episódio que revoltou a todos os passagei-

SmííS ?ner' 2-e chegou ao local só às7h30m da manha, queria multar o moto-rista da Única, por haver parado seu ôni-bus irregularmente para socorrer os pas-sageiros. Todos lamentavam a atitude e seprontificavam a depor em sen favor se necessano. 'Ajudados pela funcionária Rosa, da

Rpn«.itnU«-,e5taVa "° ônibus d0 motoristaBenedito Silva e providenciou os primeirossocorros os feridos foram transportados

para o Hospital Getúlio Vargas.

LEMBRANÇA DE DEUS

n„piÍndK- ?m os sapatos- a 8'avata e oquepe, objetos que perdeu no desastre, oMotorista do Expresso Brasileiro, ManfredoKurzweil, que conseguiu salvar todos ospassageiros do veiculo, assim como três cri-ancas, que lhe foram entregues por um ca-sal de uma Kombi que estava sendo inun-dada, contou ao JORNAL DO BRASIL co-mo presenciou o desastre:

.... r ?ra 0hl5m Quando atingi a loca-lidade de Ponte Coberta, local onde estãoos escritórios e depósitos da Cia. Metropo-w,V

tromba-d'água aumentava a cadaS l

eu sentia a preocupação dos pas-™,±

es.tra.da> aos Poucos, foi ficandocompletamente inundada e o motor do meuônibus parou. Balançando muito, o ônibusíoi sendo arrastado, mas eu não deixei adireção procurando não permitir que èlesaísse da estrada. No meio da confusão (al-guns passageiros já estavam alarmados equerendo que eu abrisse a porta para elesabandonarem o veiculo), surgiu um padre,que também viajava no ônibus para São™i™°-..e que' cosm erit°s de "mantenhamcalma , conseguiu serenar os passageiros.

v.om~. C?m um "ucifixo na mão e uma vozbem forte _ continuou o motorista - opadre ajoelhou-se no meio do carro e co-meçou a rezar, pedindo que todos o acom-panhassem e repetissem suas orações. Fora

Srii^S' ' a- C.uuva Prosseeu.a torrencial-S_f§«$ • °= °.nlbus continuava a se moverfrn Vr?n'

indo,final>uente bater num ou-tro da Viação Única, sem entretanto ferirninguém. A porta e as janelas continuavamfechadas, e, mesmo com a batida, os pas-sageiros continuaram a oração. Depois aueeu senti que o ônibus não mais se locomo-via e a chuva havia parado de cair comintensidade, sai pela janela e fui procurarum ponto seguro para os passageiros, juntoa uma ponte. Certo de que não haveriaperigo, juntamente com o padre, retirei os35 passageiros, sãos e salvos.

ARRECADAÇÃO

O delegado úe arrecadaçãode impostos do Ministério daFazenda não soube precisarQuanto deixou de ser arreca-cindo ontem com a paralisaçãodos serviços.

Mas tomando-se por base oarrecadado na sexta-íeira —CrS 167 milhões — pode-seafirmar que quantia igual ousuperior deixou de entrar noscofres públicos no dia de on-tem, só na arrecadação de im-postos.

BRITO COM FÓSFOROS

O Ministro Raimundo deBrito, guiado pelos fósforos detrês assessores que tentavam,inutilmente, levá-lo ao sextoandar do Clube de Engenha-ria, preferiu ontem suspendero expediente do Ministério daSaúde a tentar escalar, tate-ando no cprrimão da escada,os quatro pavimentos que o se-paravam do Gabinete.

Após uma subida lenta, comparada para descanso nos doisprimeiros andares, o Ministroda Saúde liberou os funciona-nos do Gabinete, convocan-ao-os para estarem cedo, hoje,no Ministério, "a fim de reto-marem o trabalho, atrasadopor culpa de São Pedro". Ape-nas um assessor de plantãopermaneceu no sexto andar.

NO LARANJEIRAS

O Ministro declarou mai1; tar-de, ao deixar o Palácio dás La-ranjeiras, que todas as provi-

dências estão sendo tomadas,no campo sanitário, para mino-rar os efeitos da tromba-dáguaque se abateu sobre á Cidade eregiões circunvizinhas, dizendohaver "perfeito entrosamentodo Ministério com a Secretariade Saúde da Guanabara".

O Sr. Raimundo dc Brito ÍI-zera breve relato dos aconteci-mentos ao Presidente CasteloBranco, tranqüilizando-o comc aviso de que praticamentetoda a população carioca estávacinada contra o tiío e doen-ças provenientes da poluiçãodas águas de abastecimento,conforme, inclusive, a campa-nha feita no ano passado pelaSuperintendência de Saúde Pú-blica da Guanabara.

JUAREZ NORMAL

O Müiistro da Viação, Maré-chal Juarez Távora, despachounormalmente com seus auxilia-res, atualizando-se com o Di-retor do DNER sobre os efeitosdas chuvas no sistema rodo-viário.

— O prédio é pequeno e,mesmo sem elevadores, pode-mos atingir o Gabinete comíacilidade. Além disso, as es-cadas estão descongestionadas— informou um oficial-de-ga-binete.

O expediente no Ministériode Minas e Energia esteve pa-ralisado durante vária-s horas,devido ã interrupção no abas-tecimento de energia elétri ia.Nos Ministérios da Marinha,Guerra e Aeronáutica, todoscom gerador próprio, o serviçonão sofreu alteração.

tar,JChuvas e falta de energianão iide tentar hôlsas-de-estudo

Apesar da chuva e da falta de energia elétrica emtoda a Cidade, cerca de 200 adolescentes compareceramontem ao Ginásio Pedro Alvares Cabral, em Copacabana,a fim de se inscreverem como candidatos às bôlsas-de-estudo para os ginásios estaduais, no valor dc CrS 150mil. pagas em duas parcelas: uma no meio e outra nofinal do ano.

As inscrições para as bòlsas-de-estudo do segundociclo, — científico, clássico, técnico de contabilidade enormal —, segundo o acordo firmado entre o Governofederal e o Estado da Guanabara, estarão abertas a par-tir do dia G e até 10 do próximo mès de março.

NUMERO REDUZIDO

O Serviço dc Bòlsns-de-Estu-do da Secretaria de Educaçãoesperava que, mesmo com aschuvas, o número de candidatosíósse bem maior do que os quese apresentaram, em sua maio-ria provenientes da Zona Sul.

Como sempre acontece, mui-tos esqueceram os principaisdocumentos e tiveram que re-tornar às suas casas, o que pro- -vocou algumas discussões. Ostrabalhas tiveram inicio às 12horas e se prolongaram até às17 horas, sem qualquer incl-dente.

COMO FAZER

Após apanhar o formuláriodc inscrição nos colégios parti-culares de sua preferência, oresponsável pelo candidato de-verá dirigir-se ao posto malspróximo de sua residência eali, entre 12 e 17 horas, fazera entrega da ficha, exibindoum comprovante de seus venci-mentos e a certidão de Idade docandidato.

Segundo as autoridades doDepartamento de Ensino Médioda Secretaria de Educação, se

o número de candidatos inseri-tos ultrapassar o de vagas seráentão realizada uma prova deseleção. v

O pagamento das bolsas parao segundo ciclo será feito aira-vês da Fundação do - Ensino¦Secundário do Ministério daEducação, tendo prioridade osfilhos de ex-combatentes e ór-fãos que por ocasião da inseri-ção deverão apresentar o ates-tado de óbito do pai. O examede seleção será realizado nodia 20 de março próximo, nosginásios estaduais, obedecendoao número dc inscrição do can-didato.

. As inscrições para as bolsasfinanciadas através do BEGestarão abertas entre 13 e 17de março, das 12 às 17 horas,na Rua Senador Dantas, 85.Ó.s requisitos exigidos são osmesmo para as demais, alémde três fotografias 3 x 4, defrente, sem chapéu, e de decla-ração da anuidade do colégiopretendido. O financiamentocorresponderá à anuidade doColégio e será paga em 20 pres-tações mensais, sem juros, noBanco do Estado da Guanaba-ra. sendo dada prioridade àsbolsas renovadas.

de deputadosem solução

Curitiba (Corr espondente)— A Policia ainda não encon-trou nenhuma pista para des-vendar o crime ocorrido háalguns dias em Ponta Grossa,quando foi assassinado o ex-Deputado Humberto Molina-ro e ferida sua,. mulher, den-tro da própria casa. As dili-gências policiais redundaramaté agora em nada. apesar doreforço enviado para aquelaCidade.

Vilanova édesignadopara o DASP

Brasilia (Sucursal) — O Pre-sidente Castelo Branco assinoudecreto designando o Assisten-te Jurídico Tomás VilanovaMonteiro Lopes para responderpela Direção do DASP duranteo afastamento do Diretor-Ge-ral, Sr. Luís Vicente Belfort deOuro Preto.

Segundo informou a seus au-xiliares, o Diretor-G e r a.l doDASP gozará agora um períodode férias e licença, só reassu-mindo o cargo em meados demarço para passá-lo a seu su-cessor a sei- escolhido pelo nôvoPresidente da República.

Detectivedesmentevespertinos

O encarregado do Serviçode Policiamento da Aeronáu-tica do Galeão, detectiveAmário Amado, esteve on-tem na Sala de Imprensa doAeroporto para desmentir anotícia publicada por doisvespertinos, no domingo, se-gundo a qual êle e seu su-bordinado Eduardo estavamenvolvidos em uma série defugas de marginais para oexterior.

O detective Amário Ama-do disse que tal notícia éfalsa porque "minha fun-ção no Aeroporto se restrin-ge apenas à manutenção dacrdem e nada tenho a vercom a concessão ou libera-ção de passaportes, que éatribuição exclusiva do Ita-marati e da Policia Mari-tima".

ycosmineiros têmassociação

Belo Horizonte (Sucursal)— Mil mágicos mineiros,reunidos ontem, resolveramfundar a sua associação,com o objetivo principal dedefender os interesses daclasse, combater os "enga-nadores e feiticeiros que seutilizam da arte mágica pa-ra viver às custas dos incau-tos", além de elaborar umcódigo de ética a ser segui-do pelos associados.

À reunião, que teve porlocal o auditório do BancoComércio e Indústria, com-pareceram representantesdos mágicos cio interior e,inclusive, ilusionistas que jáse apresentaram até no ex-terior.

PROTEÇÃO

"Proteção e estimulo aosaficionados da arte mágica"é o primeiro artigo do esta-tuto da associação, que vaidenunciar ao público a ati-vidade de pessoas que,"através do ilusionismo pas-sam por ter podêres sobre-naturais". A reunião foi en-cerrada com um show emque uma mulher foi levita-da e cortada ao meio, alémde' terem sido feitos desapa-recer vários pombos e outrosobjetos.

Embaixadorda Noruegano Paraná

Curitiba (Correspondente)— Para uma visita de cincodias, chegou ao Paraná oEmbaixador da Noruega noBrasil, Sr. Sven Brun Ebbel,que viajou de automóvel atoesta Capital, tendo ontemvisitado o Governador doEstado, o Presidente da As-sembléia Legislativa, o Pre-sidente do Tribunal de Jus-tiça e o Prefeito da Capital.

Depois de visitar o Pôrtode Paranaguá, hoje, o Em-baixador Sven Brun Ebbelviajará a São Paulo, tam-bém por via rodoviária.

IMPRESSÃO

Durante sua estada emCuritiba, o Diplomata mani-festou-se bem impressiona-do com o desenvolvimentoque observou, externandoessa opinião nos primeiroscontatos que manteve coma imprensa.

icos católicos sugeremem Congresso que se estudemelhor a psicologia humana

São Paulo (SucurSal) - O documento de conclusão doII Congresso Católico Brasileiro de Medicina recomendouestudos profundos sobre a psicologia humana e reafirmouo principio da paternidade resoonsável. •_ Embora não tenha se decidido entre a aprovação ounao dos anticoncepcionais — tema que dividiu os partici-panles em dois grupos contrários —, o Congresso abriucaminho para uma discussão mais ampla e profunda doassunto.

MENSAGEM DO PAPA

Durante a sessão de encerra-manto, foi lida pelo CardealDom Agnelo Rossl a mensagemdo^Papa Paulo VI aos parti-cipantes do Congresso. O Pa-pa- comunicou que "recebeu demuito bom grado essa iniciati-va, aproveitando a oportunida-de para dirigir uma palavra desaudação e encorajamento."

No comunicado de conclusão,os congressistas acataram a te-se do principio da paternidade,defendida pelo americano JohnRock, afirmando que "o ma-trimônio não foi instituído ape-nas para o fim da procrlação,mas a própria índole do pactoindissolúvel entre pessoas e obem da prole exigem tambémque o amor reciproco se reali-ze com reta ordem".

A discussão sobre o contro-le da natalidade ficou abertaporém com éste item do comu-nicado final:"Considerando

que o desen-volvimento completo do ser hu-mano é tarefa de que partici-pa toda a comunidade, em es-pecial pais, educadores e mé-dicos, verificamos ser extrema-

mente útil a todos, mas real-mente indispensável a estastrês categorias, a análise doprocesso que conduz à maturi-dade do homem, em suas di-mensões biológicas e pslcológi-cas. Dai a importância do co-nhecimento profundo da psico-logia humana e de suas téc-nicas de estudo. E porque vi-vemos num mundo profunda-mente influenciado pelo sexo,impõe-se o estudo sério e gio-bal da sexualidade humana, emtodas as fases de sua evoluçãonormal e nos seus desvios".

SOCIALIZAÇÃO

Quanto ao problema da áo-cialização, a conclusão do Con-gresso foi a seguinte:"De um lado, esta socializa-ção não atende às necessidadese aos direitos dos doentes, e deoutro, avilta o médico e aten-ta contra seu exercício profis-sional livre. Além disso, pro-cessos de mercahtilizaçõo damedicina desenvolvem-se àsombra das deficiências ine-rentes à estatização de suaprofissão".

D. Agnelo Rossiespera orientação

Otto Engel

São Paulo — "O Minha Culpa que os bispos se sentemobrigados a repetir cada noite provém do fato de tião dispor-mos ãe estuãos e de orientação do tipo das que, esperamos,sairão deste encontro do Secretariado de Ação Social" —a/irmou o Cardeal de Sâo Paulo e Presidente da Conferênciados Bispos, Dom Agnello Rossi, ao se dirigir ontem aos cs-¦pecialistas reunidos no Seminário Central de São Paulo.

Os debates iniciados sábado de manhã sob a direção dopadre Hélder Câmara continuaram durante todo o dia deontem, quando os presentes tentaram conceituar o desenvol-vimento em função da realidade nacional e internacional. AMeta principal desta primeira parte do encontro consistiu emprecurar "perspectivas para o homem brasileiro". Ontem ãtarde começou a segunda parte do encontro. A delegação deMinas Gerais, presidida pelo Deputado federal Mata Ma-chado. íêz a explanação do tema Misão da Igreja no Desen-volvimento.

NSUDENE

Na presença do Cardeal de São Paulo, que se féz acom-panhar do Secretário-Geral dos Bispos, Dom José Gonçalves,o economista Romeu Padilha Fernandes, da Companhia Hi-droelétrica Boa Esperança (COHEBE), apresentou pela manhãum estudo critico sobre a SUDENE. Ficou claro que o orgu-nismo não está conseguindo atingir as metas estabelecidas.Apesar disso, os presentes foram unânimes em reconhecer quea Igreja deve continuar prestando seu apoio ao organismopromotor e catalisador do desenvolvimento do Nordeste. Umds presentes perguntou se os insucessos da SUDENE devemser atribuídos ao a/astamento de Celso Furtado. Respondeuo expositor que, embora Celos Furtado seja internacional-¦mente respeitado como um dos melhores economistas do mundosubdesenvlvido, não é justo atribuir ao seu afastamento a fal-ta de solução para alguns problemas crônicos que afligem aSUDENE.

MISSÃO DA IGREJA

Analisando a missão da Igreja no desenvolvimento, o Depu-tado Federal Edgar da Mala Macliado mostrou a falsidade dequalquer plano desenvolvimentista cuja preocupação r.áo ê"o homem iodo e lodo os homens". E exemplificando disseque muitas das centrais elétricas que esta. sendo construídasou efetivamente em funcionamento, vão se emiuadram dentrode um conceito autêntico de desenvolvimento segundo a dou-irina social da Igreja. Lembrou que o Brasil ainda não optoupor um sistema de desenvolvimento. "O povo brasileiro ain-da. não optou". Partindo dessa exposiçã, s participantes doencontro foram mais uma vez divididos em pequenos grupospara estudar a fundo o problema e possibilitar a elaboraçãodas cnelusões que sc fizerem necessárias.

CONCLUSÕES SOBRE A REALIDADESÓCIO-ECONÔMICA

A primeira parte do encontro encerrou-se com a elabora-ção das conclusões sobre a realidade sócio-económica. A pri-meira pergunta, que sc referia a uma opção pelo desenvol-vimento, responderam os participantes que o povo brasileiroainda não optou. Se houve opção, esta deve ser atribuída aoGoverno. Os maiores obstáculos que impedem a opção porparle do povo devem ser procurados na igreja e no Exércitocomo instituições.

A segunda pergunta dizia: "O conhecimento da reaüda-de do Pais supõe o conhecimento da realidade os estu-e Latino-Americana?" Evidentemente responderam os estu-diosos. Porque os pólos de decisão se encontram fora dos li-miles geográficos e políticos nacionais.

Em relação a terceira perguntas: "Perspectivas para ohomem brasileiro, a resposta foi de que partindo da situaçãonacional, que vem arrastando ao longo dos últimos decênios, asperspectivas são mínimas. As chances que a situação real doPaís oferece para a rcalizucão global do homem são quasenulas para a grande maioria do povo brasileiro".

Estas conclusões, das quais será feito um relatório deta-lhado. servirão de base ao estudo da missão da igreja no de-senvolvimento do Brasil, a ser jeito durante os restantes diasdo encontro.

Polícia impede que cavalossejam abatidos em Osasco ea carne vendida como de boi

São Paulo (Sucursal) — Dez cavalos íoram apreendi-dos pela Policia no Frigorífico Jaguari, em Osasco, ondeos animais seriam abatidos para a venda ao consumidorcemo carne de boi. Além de animais vivos, os policiais doSetor de Investigações sobre Crimes Contra a Saúde Pú-blica encontraram 20 toneladas de carne de cavalo pron-tas para serem distribuídas aos açougues.

'

O clandestino frigorífico funcionava sem controle re-guiar do Departamento de Produção Animal, da Secreta-ria de Agricultura, tendo seu proprietário, Sr. Milton Es-téves, alegado que "só abatia animais sadios".AÇOUGUES

Após interrogar o Sr. MiltonEstèves por mais de três horas,a Polícia concluiu que é im-possivel localizar os açouguesque recebiam carne de cavalopara revenda como carne bo-vina, pois tanto o abate, comoa distribuição da carne são in-teiramente clandestinos. Toda-via, sabe-se que as atividadescriminosas do frigorífico fo-ram descobertos logo no prin-cipio.

O Sr. Milton Estèves confes-sou que não tinha dificuldadeem obter cavalos para o aba-te, pois os fazendeiros da re-gião ofereciam vários lotes porpreços baixos. O dono do fri-goríflco revelou ainda que oscavalos quando ficam mals ve-lhos dão muita despesa aos fa-zendeiros, pois consomem o dõ-bro da pastagem que serve aosbois, sendo preferível vende-los.

lg __ l.o Cad., Jornal do Brasil, têrca-fcira, 24-1-6?

Bulhões diz que não foiconvidado a continuar e

que economia teve errosO Sr. Otávio Gouveia de Bulhões desmentiu ontem que

o Marechal Costa e Silva o tenha convidado para integrar

o futuro Governo, acrescentando ter a impressão de que o"desejo do Presidente eleito é ver todo o Ministério modi-

ficado" e afirmou que seria um "contra-senso'" alterar a

politica econômica atual "apesar de estar sujeita a criticas

procedentes, por erros cometidos".O Ministro da Fazenda destacou, em programa de te-

levisão realizado ontem à noite, a expansão monetária cie

1965 como uma das principais falhas do Governo, mas dis.se

que, dc um modo geral, os resultados são satisfatórios "ao

ponto de poder-se prevor que os preços em 1967. terão um

acréscimo menor do que todos os outros já vetificados no

atual qüinqüênio".ICM E COMPULSÓRIO

Com referência ao Impostosôbre Circulação, admitiu o Mi-nistro ser possível que. ao con-tnirio dos outros Estados, "na

Guanabara e Àm São Paulo,onde a alíquota do Imposto cleVendas e Consignações eramenor, haja um acréscimo depreces", mas que estudos járealizados demonstrara que aincidência, nos casas de ati-mento. não vai além de '2

ou 3';.Sóbre a autorização para

aumentar a taxa do depósitocompulsório para 35'.;, disse oSr. Otávio Gouveia de Bulhões,que só seria efetivada se hon-vesse a necessidade, de conteros preços, no caso em que aespeculação se mantivesse ouacentuasse, quando o Governoficaria obrigado a restringir ocrédito, mas reconheceu que amedida» estava sendo estudadahá bastante tempo. ha. possibi-lidade de se passar a recolher

o compulsório coin referênciaapenas aos depositas à vista,

INFLAÇÃO DIFÍCIL

Adiante reconheceu o Minis-tro da Fazenda ter havido, em1900. uma inflação maior quea admitida nos programas go-vernamentais "o que represen-tou uma desilusão para a opi-nião pública . uma bca lição

- para o Governo, consciente deque a.s medidas de combate àinflação devem ser adotadascom maior energia do que seadmitia", acrescentando: "com-

bater a inflação não é fácil".Aludindo ao erro registrado

na estimativa oficial sobre ataxa de inflação em 1900, disseo Sr. Otávio Gouveia de Burihões. ao finalizar, que a com-pra substancial de cambiais emfins cie 1965, e a politica decompra de estoques de caféprovocaram uma expansão mo-netária da qual resultou uma,alta de preços ainda em 1905.repetida de maneira muitoacentuada em 1900.

Edifícios acenderão hoje àmeia-noite suas lâmpadaspelos 413 anos de S. Paulo

São Paulo (Sucursal — As lâmpadas de todos os edi-íicios de Sâo Paulo deverão ser acesas à meia-noite cle hoje,segundo espera a Associação das Emissoras de Rádio e Te-levisão, para dar inicio âs comemorações cio 413.° aniversá-rio de fundação da Cidade — amanhã —, que culminarãocom a celebração de missa campal, pelo Cardeal Dom Ag-neio Rossi e mais 18 bispos, seguida da queima de fogo.s deartificio na praça localizada atrás rio altar montado noVale cio Anhangabaú.

O Presidente Castelo Branco, a convite da AERT, che-gara à São Paulo âs léh 30m, para participar cia inaugu-ração cle diversas obras públicas, em companhia do Prefei-to Faria Lima, e assistir, da sacada de uma janela, à mis-sa e â queima cle fogos, embarcando de regresso ao Rio âs21h 45m.

.Vaticano nâocrê na novaConstituição

Vaticano I.UPI — JB) — OOsscrvatore Romano assinalahoje que "a revolta" dc últimominuto de 106 congressistascontra a nova Constituição"demonstra claramente que,apenas seja inaugurado o fu-furo regime do Presidente Cos-ia e Silva, a maioria, oficialtentará buscar uma rápida, mo-dificação de algumas cláusulasconsti tucionais consideradasabusivas".

A noticia do (Kservatore Ito-mano — órgão oficial do Vati-cano — acrescenta que. quan-to á Lei de Imprensa, e umdiploma "adotado aipesar daonda de protestos suscitada noBrasil e no exterior durante oúltimo mès por medida que se

estima contrária às tradiçõesliberais do Brasil."

Estudantessão contidosem Jacarta

Jacarta tUPI-JBi — Tropasarmadas, prontas para entrarem ação. tomaram posições emvários pontos de Jacarta, on-tem. para conter os estudan-tes indonésios que pedem adestituição do Presidente Ach-med Sukarno ,e a ascensão no-minai a? Poder do GeneralSuharto. até .as eleições de1968.

O.s estudantes realizariamuma marcha em direção aoParlamento, que ontem inati-gurou um nôvo periodo de ses-soes, em apoio de suas cxigèn-cias. A manifestação não foiproibida pelo Govêmo, masapenas impedida pelo Coman-dante da guarnição de Jacar-ta. Major-General Amir Ma-dunund, que os estudantesacusam de fazer jogo duplo.

Os manifestantes se disper-saram pelas ruas da Cidade,colando volantes nos pára-brisas dos automóveis, em quedenunciavam Sukarno como océrebro do golpe comunista de1 de outubro de 1905 e ada-mavam o- povo e as Forças Ar-madas indonésias.

Pontes militares revelaramque, durante o fim de semanaque passou, esteve em alertaa divisão Siliivangi, de JavaOcidental, contrária a Su-karno.

Resultados do exame vestibular de Engenharia

PROCISSÃO

No programa de festejosdestaca-se ainda a realizaçãode procissão, com a imagemdc- Nossa Senhora Aparecida,da Igreja de São Cristóvãoaté o altar do Anhangabaú,onde a Mãe Preta. Josefa Ma-ria de Jesus, de 100 anos. cle-positará tim Coração de flores,simbolizando o passado e oamor ao próximo. Um indio-zinho e um padre jesuíta de-

posilaráo o símbolo da Cida-de — uma chave; um opera-rio c um lavrador colocarãono altar uma crua — o slmbo-lo da fé, e um casal de crian-ças depositará uma âncora,simbolizando a esperança.

A procissão e a missa seráoprecedidas de desfile de ban-das militares na Avenida Pres-tes Maia e no Vale do Anhan •gabaú, o que motivará a inter-dição de diversas áreas cen-trais ao tráfego de veículos.

Banda datocará pat

Belo Horizonte I Sucursal)— Cento e quarenta homensda Banda da Polícia Militarde Minas Gerais, que encantaa criançada desta Capital coinas suas versões das músicas deRoberto Carlos e Chico Bu-arque dc Holanda, seguem ho-

je a convite do GovernadorLaudo Natel, para São Paulo,onde participarão das come-

PM mineiraa paulista

morações do 413." aniversárioda fundação de São Paulo.

A Banda da Polícia Militar,sob o comando do TenenteDolaxlno Pereira Rccha, os-lenta o 1." lugar do concursode bandas das PMs de todasos Estados, e deverá perma-necer na Capilal paulista poruma semana, hospedada noPacáembu e dando audiçõespara instituições dc caridade.

Sindicato dos Jornalistastem interventor designado

por Ministério do TrabalhoO Sr. Silvio Nanni, Assistente Jurídico dc Ministério do

Trabalho, foi designado interventor no Sindicato do.s Jor-nallstas Profissionais da Guanabara, em portaria assina-da ontem pelo Ministro Nascimento Silva.

A portaria concede dispensa das funções de membrosda Junto Governativa do Sindicato do.s Jornalistas aos Srs.Paulo Eduardo de Olinto Rèhder e Ivon de Araújo Luz eatribui ao nôvo interventor a funçáo cle dirigir e regula-rizar a vida administrativa da entidade.

integra daPORTARIA

_ a seguinte"portaria:"O Ministro dc Estado dosNegócios do Trabalho e Previ-dência Social, no uso cie suasatribuições legais, e com 'un-damento no Artigo 528 da CLT,

considerando o pedido desubstituição, em caráter irre-vogável, formulado pelos mem-bros da Junta Governativa doSindicato dos Jornalistas Pro-fissionais do Estado da Gua-jiabara;

considerando o princípio dcque os administradores de en-tidades sindicais, nos casos deindicação de Junta Governa-tiva devem, preferencialmente;ser integrantes da própria, ea-tegoria profissional;

AGÊNCIA DO

considerando que. entrelan-to. não foi possível encontrarjornalistas profissionais quedesejassem assumir o cargo,resolve conceder dispensa aPaulo Eduardo de Olinto Reli-der e Ivon de Araújo Lu/, da.sfunções de membro da JunlaGovernativa do Sindicato dosJornalistas Profissionais do Es-lado da Guanabara, designan-riu. em substituição, o assis-lente jurídico Sílvio Nani,désie Ministério, para. comoadministrador, assumir a dire-

çáo da entidade e regularizara respectiva vida administra-Uva".

JORNAL DO BRASILna

PENHARUA PLÍNIO DE OLIVEIRA / 44-MDAS 8,30 ÀS 17.30 HORASSÁBADOS: DAS 8 ÀS 11 HORAS-

Batistasreúnem-seem Minas

Belo Horizonte (Sucursal)-- O Presidente da Conven-cão Batista do Sul, do.s Es-tados Unidos, Sr. FranklinPascoal, chegou a esta Ca-pitai para participar da 49,:lAssembléia da ConvençãoBatista Brasileira, que foiinstalada hoje com o lança-m ento da Campanha deEvangelização das Américas.

Os batistas de lodo o Bra-sil que vieram a Minas paraos trabalhos da Convençãoconsideram o acontecimen-to "como da maior impor-tãncia para os que profes-sam a doutrina, pois serãofixadas as normas definiti-vas da Campanha de Evan-gelização das Américas, umpasso a mais na unificaçãodas Igrejas".

CONFERÊNCIAS

O lider espiritual Fran-klin Pascoal. que será ouvi-do esta noite, é Presidenteda Convenção Batista doSul, que congrega nos Esta-dos americanos 33 mil igre-jas e 11 milhões de batistas,c quer "estender nesta pri-meira fase a Campanha cieEVangelizaçáo do Alasca àArgentina, e depois, cm cu-tra fase, a todos os paisesdo mundo"

Os trabalhos diurnos daConvenção serão realizadosna Primeira Igreja Batista ea.s conferências dos orado-res sacros estão marcadaspara as 20 horas, com livreingresso para o.s membroscle todas as Igrejas e pes-soas interessadas, no audi-tório da Secretaria de Ssiú-de, esta n cl o em pauta ANova Estrutura do Trabalhada Mocidade Batista Brasi-leira .

O Escritório Técnico de lista-tfstlea e Pesquisa Operacional(ETEPO) concluiu ontem a rela-çfto rios candidatos classificados»s diversas faculdades de cnffe-nharia. Os candidatos classifica-dos ííío oü seguintes:

INSTITUTO DE MATEMÁTICADA PUCR.1

Álvaro Alcides Borges da Sllva-- Antônio David Aureliano daSilva — Antônio Fernandes doNascimento — Antônio Fernandoda Cosia Durante — AcfüJHrióHodrlguez Leal — Artur Ferrelr*Nito — Deinctre Baflle Anast-as-Bufeis — Fíiny Kopersztych —Gerda Moraes Pierre di Oliveira

Heleno Maia Sarmento — Ivodo Hego Bayna — Jair Kotllor —Jorpe Henrique Mizrahy Afelífer

José Augusto Veloso Pinto —José Lino Gurgel — José Luclode Arruda Gomes — José LulaCouto Lyra — José Togaslil —Lui?, Fernando Pereira da Silva

Lula Fernando Say&o Fllguelra--- Lula Sérgio Marques Novo —Marco Antônio Teixeira Kropf —Mana Resina Dnbeus Pinto —Mario César da Hoclm — NaoshlOda — Paulo Sérgio MachadoGonçalves — Pércio Lobão Gome»

Rubens Luiz Murgn da Sllva —Tetuo TakíthfcSlii — Waldir Ho-drlgüês Martins Junlor — Alexan-dre Garcia Massaud — Ana Re-gina Bbk — Antônio Carlos d«Mates Cardcso — Calo Lui/, P.o-dílgúes Romo — Carlos AlbertoPinheiro — Dalton Pires Ferreira

Dany Elisa Fernandez — Eduar-do Jorge — Elltina Sau! FurqulmWcrnock — Etíel Ritter Von Stoc-kert — Fernando César Penalva deCarvalho — Geraldo CarvalhoTeixeira — Jofio Carlos Reis Se-vero — João Simno — Jorso Si-m-Je-s de Sá Martins — José AryBlttUCO dc Carvalho — José Car-los SUva Fala — José LeonardoMachado Demétrio Souza — Joy-ce Laiulnuuin — I-c-slie Leo Kiko-ler — Luiz Serato Antunes —Maknto Nakahaiu -- -Marcos Josédos Santos Mello — Marcos Ri-bamar Teixeira — Marcus Gon-calvos Amlzaut de Mattos —Moyses David Hcrszenhaút —

. Roberto Leon Inácio Ponczek —Ronald Kral-.auer — Tanla Pa-clornlk — Válter de Senn-A.

FACULDADE DE ENGENHARIADA UEG

Abaeté Rjunalho Valverde —Ademir da Silva — Adilson No-gueira da. Silva. — Alberto Menaet

Aldair ú. Silva Lessa — AldoHenrique liamos — Antônio Luísde Avellar Menezes — ArmindoP-aes Henriques — Áureo César d«.Breus Freitas — C-artaí AlbertoSc.u-ea de Oliveira — Carlos Ama-rante Rodrigues — Carlos TadeuMontes — Charlei Rolim Bohni —Cláudio Riosman — Danilo CvtaAlves da Sllva Júnior — DaniloPalha Taveira — David Blak —Dilby Mendes — Edison BastosSilva — Eduardo de Oliveira Ma-chado — Bduardó Eugênio Gou-veia Vieira — Eduardo KastrupDecourt — fllcio Igrejas Fragoso

Evandro José Marinho Rtia —Ferdinando Dvorsak — FernandoAntônio Gomes Caseira — i Fer-nando Metra Júnior, FernandoOctavlo Martins Alve» — Francis-r.o de Rezende Lopes — FranklinBastos Correia — Franklin Min-dello Carneiro Monteiro — Gered-do Cézar Temor — Geraldo duMattã Machado Júnior — Gllber-io Able de Rezende Chaves —GuühQEtqé Jorge ds Momos Velho-- Guilherme Pereira Gonçalvesda Cunha — Hamilton Baum dlDr.mcnico— Heitor Pimenta, Godi-nho — Hélio Pais' Leme Minde*

Henrique Mello dc Moraes —Isabel de Andrade Pinto — IvanSoraggl — Jackson Bal-t&r — Jai-ro Francisco Rodrlguez Pinheiro

Jrío Luiz. Beeioso Chiaveg.V-íoJorge Lourenço de Mello FilhoJosé Augusto da Gama Flguel-

ra — José Carlos Fontes TorresValente — José Carlos Vieira Ma-chado Mllandez — José Oh&condo Assis — José Cláudio d'Andréa

José Ferreira David — JoséLuiz Machado — José Maurício deCastilho Vilela — José Ofcseaiberiç

,teé Ricardo Cunha du Costa'e SA — José Velünglon Ribeiro —Kazuo Kamaz.Jki — Luiz Alexan-dre Bandeira de Mello — Luiz Fir-nando Bccsteln — Luiz RodolfoAraújo de Morais Rego — LuizTakeehi Mlyanioto — Luiz Takes-hl Tanvakl — -Manoel firthal dePaula Freitas, Marco Antônio Ch-a-ves Berardo — Maria do Sot-crroReis e Síiv.i — Mário Nlsa Macha-do — Mário Umberto Greca —Marins Magnus de Souza Secrcn

Massõud Moreno — Miguel Fer-nandes Jourdan — Mlroslau Mo-wlcki — NUniar Sales Paiva —Nilton Capiõtr-ano Sllva — Nor-berto Barbosa Moímeister — Ode-mar Ricardo Fonseca — OrlandoCorreia da Silva Onietto — OtmarCarlos Hollerbach — Paulo Ro-'berto Ramos Guimanl.es — Rena-•o Marques Lopes — Ricardo DiasCampes — Ricardo Soares Paula-go — Ricardo Vasconcelos Rodri-gues — Roberto Alves de Almel-da Cardoso — Roberto Kiotz Trls-IS.» — Roberto Silvanj Dalla NinaRonaldo Gomes Pereira — Ronai-do Lourenço Reis — Ronaldo Mo-reira Amaral — Rossini ThalesCouto Júnior — Sebastião Mr.naiaGonçalves. Sérgio da Cesta Hents-chel — Sérgio Maurício Par.ica.m-pos da Silva — Sérgio RobertoEhrlich — Sldnsy Francisco Mas-s.r/aimi Takalvashi — Suz.arw. diEckmann Jeol-as — Tsal Tunr Te

Waldemar Pires Ferro — Wan-d;rley Llma Ferreira — WilliamSoares Muniz.

ESCOLA POLITIÍCNICA DAPUC RJ

Aíonso Augusto Pinto Guima-rJis — Albino Ramy Mansur —Alexandre Braga Cavalcanti — Al-iüro Azevedo Ctvrvalho Filho —Ana. Marta Burlamaqul Reis —André Roberto Jakurskt — Ange-la Eeatriz, da Silva Moura — An-tónio Bernardo Hfrmi-inn — An-

AVISOS RELIGIOSOS

Ao Menino Jesusde Praga

Agradeço várias sraçes alcançadas- tUISA

tonio Carla? Vlanr.a de Souza —Antônio de P,v.i'.ti Castilho — An-¦tônio Gerson de Saüís Coelho —Antônio Jo-jqulm de Macedo Sca-j.e5 _ Antônio Jojé Martini Sca-re5 — Argeu Lemos Pelosi Júnior— Artur OiôrlQ Marques Falk —Asahito Salto — Augusto CésarGadelha Vieira — Carlos AlbertoBarsalt — CUrlos Alberto MarquesCouto — Carlos César. Sobral deCarvalho — Carlos Henrique Cou-tinho Berendonk — Cezar Angus-to dos Santos Costa -- Cláudiode Silos Pereira Moraes — Clau-dio Lutz Eberllng — Clüudio Vi-elra de Ca.nro — Eduardo Anto-

. nio de Oliveira Romalho — Edu--ardo C.Htfüo Branco Blon — Ei-mo Gulir.-arííes Lobo Fiiho — Ely-dio Ad'.M- Pereira. — Fernando Cá-mííi Labouriau — Fernando Jór-rs ds Castro Oliveira — FernandoLuiz Cardlnall — Fernando San-tiago Du Pin Calnicn — Fer-nando Xavier Ferreira — FlávioSalgado Bauer — Garaido MartinsFadda — Guilherme ds Paui-a Ma-chado — Gustavo Daltro Santos

Hardun Molho — Ivan de Oas-tro Monteiro — Jacques Berliner

Jaime Aklander — Jofio Carlosde Souza Botafogo — Jorge Edu-K.-do Chame — Jorge Moreira d»Souza — Jorge Otstika — JorgeEab_.no C.í.vulcânti Filho — JoséAlberto Marques Aíícnso Ferrei-ra — José Antônio Pimenta Bue-jvo- — José Carlos Mendes Pedro-so — José Cláudio da Silva Gui-marães — José Eduardo Kossatzde Berredo — José Guilherme Ai-vas Martini — José Jorge C.impel-lo Rodrigues Pereira — José Mau-' ro Leal Costa — José Roberto O";!-veira de Moraes — Leito Dorncl-les Faço — Luis Felipe Baptista.

Luiz Fernando Passos de Ma-cedo' — Luiz- Pirium-do Pires daCruz — Luia Marcos MlgUevichGuiniavíis — Marcas Caro'.! Re-

. zends — Marcus Viana Cl3.n-.en-tino — Maurício Moraes dos San-tos — Mauro Ramos Sampaio —Michael Francis dc Sá Quo.-n —Mímica Ribeiro Eíposel — NiltonMol Ehering — Paulo Avelino deSouza Costa —- Pauio Cesa-r Bar-bosa ds Oliveira —¦ Pauio Deigo-do de Carvalho — Paulo RobertoAu-gust-o — Paulo Roberto Rodri-gues Junqueira — Paulo Rober-to Vaena — Pedro Henrique Sai-r^vdo Chrispim — Péricles Perei-r:i da Rosa Filho — Raul Olivei-ra Sobral — Ricardo José Mak-sov.d — Ricardo Ribeiro Moretz-sohii — Roberto Bensusan — Ro-berto Luiz Jardim Dodsworth Mar-tins — Rogério Oliveira -- Roge-rio Teixeira Sampaio — RonaldoRibeiro Natal — Ruth Elien Judel

Sérgio Bondarovsky — SérgioNey Nogueira Llm-A — Syivio Mar-cio da Câmara Vlllaça — ValdirTavarss Sobral — Walter JocyLancer.

ESCOL k DE ENGF.NHAR1AINDUSTRIAL DA UCP

Afrânio Sérgio Pinho dos Santos-- Allton Gemes Henrique — A!-berto Carlos M.vyall Neto — Ai-berto Nudel — Alexe! de Kinel —Alan Gordon Cortez — AntônioAugusto Sarnbi — Antônio Bru-tons de La Nuea — Antônio Cé-!lo Gomei úe Andrade — Antôniodü Jesus Rodrigues — Antônio doPrado Valadares Neto — AntônioH-Jitor Mns-quea CaJaU — AntônioJoaquim da Rocha Fadista — An-tônio Maurício PedrM Arnaud —Antônio Norberío Martini — An-tônio Sérgio Seco Ferrelrai — An-tCni» Sérgio Silva d» Moraes —Ao-ie Isnísl Libaber — Augusto itSom.» B^r-io» — Aurélio Scripi'.*.!t

Cario* Alberto rie Miranda Die-gr,07- — Cários A'i>=r:o Vande-.elNóbrega. — C.rlcj Campoi Sodré

Carks Robi-rto da Cosia Po-re.ra. — Caries Roberto de Oil-veira — Carlos Roberto Sutev —Carlos Rodrigues Perelr» Belchior

Carlos SsbastlRo Ca.puno d.vSilva --- Carmine Domingos Rua-<-.o — Ca-aii-.no da Cosia Teixeira —Croimveii Barbo-a tis CarvalhoNoto — Davi Luís Sznsjder — Da-vis TüníUer — Dcmeiióo PrazerèiFernandes — Dorv.-.i FernandesRodrigues ___ Edlvoi Héicio Ro-drigues — Eduardo Augusto Po-(iiait Domingue.-) — Eduardo Ba:-ho_..a da Cunha — Eduardo Peixoio

• Dagtiiar — Enio Luis Barros deAivud?. — Eraido da Rocha Viei-:,v _ F.í.-r-.mdo Antônio Pironi —Formando Anóóm-o Sicsu Marrolg

Fernando Carlos Bordião —Fernando Macedo — Flávio Antô-nio Sllva Mal — Fiávlo Evangs-Mata Hlgaud — Francisco JcséFigueiredo Monteiro — FranciscoManoel Haitmcmn — FranciscoValadares Póvoa — Gélscn MossoBoirute — Gíorge Carlos Mayail

Ge. aldo dos Santos Sai-tl —Ginnvlco Bonante — Gilberto daSiiv.v Nunss — Gilberto Luis Tel-xel-ra, Lilte Strunck — Gilscn Ba.v-bo;a Peres — Gonç-.V.o Ca.rdcn.1Zanier -- H-.unüton Barreto —Ha.ro':do Ar-tldoro Paes de Barres

Héiio Nehrer de SOUSA — HélioPaterman Brasil — Heloísa Ver-vl-cste d.e Aquino — Henrique Bu-tru-ce Filho -- Iaeln MochamadSieini-ani — Inácio Jo-:é da SilvaFilho — Inaldo José Lua', de Fa-ria Neves — Datas Garecht — I-<-rael Jacó P&skln — Ivü Bril —Jaime Hsra_s Vinas — Jeter-icnMendes PJnto — Jerònlmo Pc.ei-ra Nunes Neto — Jcíio CarlosGonçalves da Fonte — Joio Ca;-los Marques Dehoul — Joílo Car-_a_ Moreira Gu-ides — Jofio Felt-pe Franklin Bueno do Prado —-Joáo Luís Eiguesabai Marinho —João Marcos Cabral de Meneses —João Paulo Cordeiro — JoaquimPetl-.-o da Rocha Melo — JohannMichael Stelnbc.-g.2r — José Au-gnsto Alves Bsinaclit — J^é Car.les Campos Vicii* — Jcsé Ferro<ii Cunha Lima — José H:nriq-.tede Carvalho Santos — Jojé Joa-quim Gnimar&M Ram^,5 — Jo-.éLuis Tadeu Pereira Maníi-nà —José Mateus Kaeowícz — JoséOdair ModielH — K;nzo Kato —Loodcgoido Luz Filho — LiberatoBittencourt Bisneto — Lúcio Au-Busto Gonçalves — Lúcio GomesPires Sampaio — Luís Freire Ma-cíhado — Luis Antônio NtteBch»Nobre Machado — Luís Carlos dcsSantos Gançilvés — Marcelo Lc-bre Nóbrega — Márcio Pinto Fer-

Santa TeresinhaSÃO JUDAS TADEU, SAGRADO

CORAÇÃO DE JESUS, NOSSA SE-NHORÁ DA CABEÇA, SANTA APO-IÒNIA E A TODOS OS SANTOS.

Umn qrande graça alcançadeagradece — Eunit» Alc»nt«r«.

r;Ira Mametl Abdcnur — MarcoAntônio de Morais — Marcos Vlti-ra da Cesta — Marcos Alves Bor-Sj3 _ Maria, Angélica, Nogueira.

Maria Célia Coelho — MárioDuayer de Sousa — Mario Sér-Rio Gomes Garcez — Mário Yo-shiakl Sassakl — Miguel AlvaresArmando — Miguel Mércio Gui-maràes — Milton Gomes da SII-va Junlor — Milton Ribeiro deVasconcellos — Mitsuo Ida — Mol-Bes Szrojbman — Osvaldo Antô-nio Scachettl — Paulo AfonsoZavataro — Paulo César Pampo-lha da Silva — Paulo César Viei-ra, Luis da Costa — Paulo Mu-chado Mors — Paulo Roberto Q:\-mes Monteiro — Paulo Robertode Uihoa Cavalcanti — Paulo Sér-Kio Santiago Bezerra — RafaelBruno — Raideres Bonifácio Cos-ta — Raul Pintanga Santos Neto

Reinaldo do. Sllva Pinheiro —Ricardo Alberto Guerra de An-drade — Rob-rto-Cláudio Alexan-dei- _ Rodrigo Lins de Albtiquer-que — Ronald Leimann — Ro-naldo Carvalho Batista — Itonal-do Fontes Vieira da Fonseca —Salomão Jaspan — Sascha Frleo-ler — Sebastião Mendes — Ser-gio Barroso Pimentel — SérgioCláudio Porto Dcmtngues — Ser-gio Souza Tettamanti — Serg,oTanus Aten — Sídnei Coelhode Carvalho — Valdenio Borgesde Oliveira — Virtuüno Jesse Heis

Wftgner Costa Battaglla —Wal-ler Na-cimtnto Coutlnho — Wan-da Aranha rie Souf.a — WashingtonLuiz Coelho da Rccha — WillyCorrêa Ramos — Wilson Guilher-me Santos Monteiro — Wilscn Rl-beiro — Wlodzmlerz Cwajgen-berg.

ESCOLA DE ENGENHARIADA UFRJ

Abelardo de Carvalho Lima —Achliles Tadeu Ferreira Cordeiro

Acler Breitnmn — Ademir M:n-üo, Prol — Adherba! Ribeiro.deOliveira Filho — Afonso DutraNlcttclo Neto — Allton CoentroFilho — Alberto Frederico Mara-nhão — Alcindo Ferreira Filho —A'.do Mareio Accloly — AlexandreDias da Cc<sta — Alexandre Jc.;âLeal Umbelino de Souza — AU-r.or Feliciano de Figueiredo —Álvaro Antônio de Oliveira Afrtt-nio — Álvaro do Nascimento Soa-res — Álvaro Ramos Daval — AnaMaria Xavier — Ângelo PublloSlmpson — Antônio Alves da Sil-va -Marrocos Neto — Antônio Car-les de Vasconcelos Valença —An-tonio Cários Guimarães Moraes —Antônio Carlos Lino da Rocha —

¦ Antônio Carlos Távora Stross —Antônio Cavalcanti Neto — An-tonio Cláudio Ferraro Maia —An-tonio Felix Cruz — Antônio Fran-cisco de Miranda Lira — AntônioFrancisco Dessaune — AntônioFrancisco Vieira Fei nandes — An-tonio Gillct Junlor — AntônioHumberto Miranda de Paula —Antônio Jaques da Silva — An-tonio Manuel tíe Amorim Pache-co — Antônio Manuel Leal de Mi-randa — Antônio Pedro Lacerdatle Barros — Antônio Sérgio Pe-reira Chechim — Ari FernandesVieira da. Cunha — Armando Ne-preires Caputo — Arnaldo ManuelAntunes — Aron Areza — Arthurda. Costa Athayde Pinheiro — Ar-thur Napoleão de Souza Neto —Artur da Cunha Menezes Filho —Artur de fiouza Castilho — ArturObino Neto — Ary Brafman —A-:er Cortines Peixoto Filho — As-tor Alberto Muniz — AugustoCiaudio Paiva e Silva, — Aveii-no Mendes — Az.ae'. Duarte rialí=3íi — Bernardo Junqueira Lu«-tosa.

Bernardo Mtodownilt —, BraulloCésar de Souza Llraa — CalvinoVitor do Rosário Cordeiro — Car-los Alberto Andrade Ladeira —Carlos Alberto Brrx-olo — CarlosAlberto Cordeiro -- Carlos Alber-to da Cruz — Carlos Alberto deJesus — Carlos Alberto EndlichPaiva — Carlos Alberto Tasso deOliveira — Carlos Augusto Fer-reira Mendonça — Carlos Bandei-ra Solano Gaspar — Carlos Eduar-do Barros Braga Netto — Cario»Eduardo de Castilho Bezerra —Carlos Fernandez Lopez — CarlosFrederico Pereira Òlaussen — car-los Gomes Vilela Filho — CarlosHclil Pinto dc Aguiar — CarlosHenrique Fadul Abrantes — Car-los Jorge Hupsel de Azevedo —Carlos Marques Pamplona — Car-lor, Sllva Kubrusly — Carlos Vl-tor Strougo — Cciio Arnulío Cas-tlgllonl Galvão — Celio RodolfoPary — César Tsezanas — CidCarvalho Miranda Junlor — Cidde Queiroz Benjamln — CláudioCesr.r Manso Passos — Cláudiode Araújo Peçanha — Cláudio dosSantos Bcrtlnl — Cláudio Furta-tio de Mendonça — Cláudio Mau-riclo Zyngier — Cláudio Trigo deLoureiro — Cleber da Silva Loü-relro — Constantln Zoucas — Da-¦vid Naidln — Deocleciano deSouza Mllhomem — Didier Mau-rlce Kiotz — Dlcter Brodhun —Dirceu Pacheco de Toledo — Do-mlcio Ricardo Borges de Moraeâ —Edgard Lyra da Silva Júnior —Edmundo José Santos Freitas —Edson Francisco Andrade Lima —Eduardo de Llma r Moura Pires

Eduardo de Moraes — Eduardod-e Sousa Góes Júnior, Edu-av-do Faço Lcngruber — EduardoLuiz. Brandão Blsagglo — EduardoMoraes Deane — Eduardo Wagner

Elaine Alvares Cruz — EliasChehRde Mansour — Eiiel Pcrei-ra Hemerly — Elthon Thome Go-mez — Elvino Paulo de Mendon-ça — Emerson Jo3é Melo da Silva

Enrique Fernandez de Aram-buro Pardo — Ernesto Batista deCarvalho — Hüther Rozenberg —Ewcrton Bezerra Cavalcanti —Fablano Gonçalves Martins —Fablo Coelho Dornellcs - FabloLopes de Siqueira — FernandoAry Simões Lomba Filho — Fer-nando Axt Valente — FernandoBarralra Sotellno — Fernando deCastro da Costa Barros — Fernan-do Estêves de Almeida Afonso —Fernando Garcia do Amaral —Fernando Mattoso Bittencourt Fl-lho — Fernando Roberto Fclner

Flávio Roberto Mendanha Fer-nandes — Flávio Seda Escudem —Flávio Wolff — Floriano MarzulloRibeirinho — Francisco Bcrnardi-

FAO tlarácurso paratratorista

O As.se.ssoi- Regional de I.l-formações dn FAO, Sr. CláudioFornari, revelou ontem ao em-bnrear para o Chile qus nopróximo dia 26 será instaladoem Cali, na Colômbia, a reu-nião preparatória para a lnau-guraçüo do I Centro de Capa-citação em Mecanização Agri-cola para a América do Sul.

O projeto faz parte da Cam-1,-Aiiha Mundial Contra a Fomee é patrocinado pelo FAO emcolaboração com a Massey Fer-guson, firma que fabrica trato-res e implementos agricolas. Ocurso terá a duração de trêsanos e dará bôlsa-de-estudo

para todos os países latino-americanos.

Navio estáafundando emRio Grande

ròrto Alej-re (Sucursal) —Está afundando nas proxlp-..-dades da barra do porto do RioGrande'o navio pesqueiro ca-rioca Clemente, que sexta-feirafoi lançado à praia pelo tem-poral que castigou o litoral rio-grandense. Toda a tripulaçãodo barco conseguiu salvar-see ontem, juntamente com aturma de socorro, voltou paratentar recuperar as máquinas.O Clemente tem apenas seisanos e foi feito especialmentepara a pesca da merluza, sen-do avaliado cm mais de CrS500 milhões.

no GulmarSís — Francisco CarlosCoelho Schwab - FranciscoEduardo Barreto de Oliveira —Francisco José Gurjão — Fran-cisco Manoel Saldado Carvalho —•Francisco Monteiro Domlngues —Francisco Potruccelli — FredericoCarvalho — Frederico GuilhermeBandeira — Gaspar Cunha Xa-vier — Gclmirez Lopes Raposo —Geraldo Mendes Filho — GeraldoMenezes Penedo — Gilson Ma-elel Dlnlz. — Gilson Santas Mou-ia — Glrolamo Santoro — Glaucode Assis Cavancantl — GuilhermeAuimsto de Campos Barros —Guilherme Falssal — GuilhermeMoniz Barreto dc Aragão — Gui-lherme Moreira Souto — GustavoAlberto Frota — Hamilton Lealcazts — Harry Rlegelhaupt —Helder Gomes Pinho da Custa —Hello Aibano Araújo — Hello Car-lü3 CüSU FüUtíCCil.• Henrique César Rupp — Meu-rique Ferreira FühO — HeraclitoJosé Dlnlz de Figueiredo — Her-ben José Coscníut Júnior — Her-mes Jori;e Chipp — Hugo Yania-gata — Humberto Matraugolo deOliveira — Humberto Vale do Pra-do Júnior — ilson Goulart Por-tugal — Isval Marques de Pinho

Ivã Caruso Bastos — Ivfi Gou-vela Danclll — Ivanlldo Ralmun-cio de Sousa — ivo Ricardo Van-derlel — Jander Duarte Campos

Jérson Kelman — João BoscoFÜguelras de Sousa. — Jofio Cai-los de Mendonça Nascentes —João Coluccl Fragoso — Jofto tleDeus Salomão Brito — João LuísCarvalho Pires — Jofto Luís Pl-nho de Almeida — Jofto Ruços —Joaquim Alves dc Sousa — Jonasde Carvalho Gomes Neto — JorgeAlexandre tia Rocha Paranhos —Jorge Antônio Leal Soares — Jor-ge Costa, tia Silva — Jorge de Aro-zynslü de Brito Póvoa — Jorgede Brito Batista — Jorge Dia»Barreto — Jor^je Edunrdo de Le-mòs A/evedo — Jorge Getúlio Vel-na Filho — Jor^e Hlrota — JorgeLuis Reis Bitencourt — José Al-berto da Silva Carvalho — JoséAlberto Ramalho Ortigão — JoséAlfredo Mala tíe Azevedo Oorrelrt

José Ângelo da Costa Júnior —_to:~è Antônio Borges Fortes — JoeíAntônio Carneiro Felipe — JoséAntônio Oliveira Ribeiro — JosiCarlos do.s Santos Mafícl — Josécários Gonçalves da silva — Joà.Celso Ventura Pinheiro — JoséCorreia Prleto — José DutervilCorreia de Oliveira — José Eval-do Siqueira Soares — José Kno-ploch — José Luis de Oliveira- Tos-cano Barreto — José Luis tle Pau-la Leite •— José Luis Gulllon Ri-beiro — Jo.sé Madureira da Silva

Josó Maria Campos — José Mar-tine?, Fernandes — José Martlnhotie Azevedo Rodrigues — José Nl-valdo MllHo — Jasõ Paulo tíantos

José Ribamar Ferreira — Jo-sejiii Moussa Curado — Laszlo Ja-nos Paal — Leon Riegelhaupt —Lídia da Conceituo Domln^ues —Luis YoshUilro Guelika — LuísAfonso Filho — Luís Aíonso lio-cha da Silva — Luis Alberto Frei-tas Rodrigues — Luís Alberto Sil-va de Peyon — Luis Antônio Cou-tinha de Azevedo — Luis Augusto<te Melo Sampaio — Luis Bursztyn

Luís César dn Oliveira — Luíede Almeida Bertoiini — Luík tíeGonzaga Calll — Lui» Felipe cleSousa Aguiar Miranda — Luís Fer-nando Bernlls Hardlng -— LuisMário Rodrigues Lcíio Pedroso —Luís Roberto Estêves Alves — LuisRoberto Martins Bastos — ManuelAntônio Valente de Critsto — Ma-nuel de Almeida Martins — Mu-nuel Jorge Nunes de Ai*evedo —Manuel Mariinho Ua Costa Leitilo

Marcelo Romero Rotlrl;;ues Pa-rent-e ~- Mareio AíonãO cios San-tos — Márcio Brito Morais Jardim

Márcio de Andrade Costa —Mareio Viana Guedes — MarcoAntônio Cabral Dias — Marco An-tônio Tome Cunha — Marco Auré-lio Batista Amaral — Marco Auré-Ho Chaves —• Marco Aurélio No-gueira da Silva — Marco AurélioTasslnari Rocha — Marco SavérioSantarclU Roversi — Marcos Kho-Jill Boukai — Marcus Mendes Fa-rla — Maria da Glória Araújo Fer-reira — Maria da Glória Peixoto

Mnrla Luísa Varela de AraújoMftrlo César Pereira de AraújoMário Márcio Vares Richard —

Mftrlo Sérgio Antônio de SalússeMftrlo Sousa da Paixão

Mary Lopes Rodrigues — Mas-sahtro Shlmabukuro — MateusGreeo Neto — Maurício Cleiiinian

Maurício Henrique Correia En-gel — Maurício Souza Rodrigueschi Cunha — Mauro Bezerra Ra-belo — Mauro Marques Pamplona

Mauro Sérgio Ferreira da SllvaMetal Ilicmorl — Michel Bcss-

ler — Miguel Correia de Albuquer-que — Miguel Leltfto Mendes —Miguel Norberto Dalcómp de Aue-vedo — Milton Gonçalves Vilela

Moysés Antônio Neto — Murll-lo Marques Júnior — Murilo Mo-reira Ribeiro — Murilo SiqueiraJunqueira — Norbsrto 'Schei-ner —- Olga Baptista Fer-ia?, — Ornar da Rocha Jú-nior — Oscar , ri-e M.2'10 Imuco

Oscar Fslipe Lopes Quenfcftl —Osmar Nelson Fruta — Osvaldor.nperiale Blôiee — Pauio AlbertoValit da Costa ¦— Paulo Alexan-doe Machado — Paulo César Coe-lho Rocha — Pauio César Ferrei-ra BaleiÃO — Paulo César Peça-nln de Amorim — Paulo CésarUngierowicz — Paulo César VivasMotta •— Paulo César Xavier deCarvalho — Paulo César Taver-narl — Paulo Chrlstiano de Ro-drlttites Vieira — Paulo FernandoT:-shein?r Dezhelm-er — PauloHenrique de Almeida Lana —Paulo Henrique Vieira Dias —Paulo José Viana Voto — PauloLemes Marrolg — Paulo MaurícioCrotman — Paulo Pinheiro dcCastello Branco — Paulo RobertoCândido dc Oliveira — Paulo Ro-berto Coelho de Godoy — PauloRoberto Marques da Cruz — Pau-lo Roberto Verncs Mack — PauloSalgado Machado Coelho — PauloSérgio da Sllva Borges — PauloSoares da Cosia — Pedro CaldasPereira — Pedro José Diniz deFigueiredo — Pedro Paulo de Al-meida Teixeira — Pedro Paulo

Encontro de Lacerda eArcher foi adiado massai ainda esta semana

O ex-Governador Carlos Lacerda e o Deputado federalRenato Archer não puderam encontrar-se ontem à tarde,porque antecipadamente haviam assumido outros compro-missos, dos quais não podiam se desfazer, mas marcarampelo telefone um nôvo encontro para ainda esta semana.

O ex-Governador Carlos Lacerda que passou o fim desemana em Petrópolis, fará ao Deputado Renato Archer umrelato das conversas que manteve em Lisboa com o ex-Pre-sidente Juscelino Kubitschek.' ARTICULAÇÕES

Dependendo do resultadodessa conversa, deverão nospróximos dias ter continuidadeos entendimentos e articula-ções para a formação do ter-celro Partido politico. que reu-niria lacerdistas. juseclinistas,janguistas c elementos de ou-iras áreas.

Pessoalmente, o ex-Presidcn-te Joáo Goulart manUef-ta-sefavorável à frente ampla enão obstrui as entendimentospara a constituição do terceiroPartido. Entretanto o ex-Pre-

sidente acha que as dificulda-

des para a formação do Parti-

do são maiores do que para a

constituição da frente ampla.

Teixeira Lima — Pcdio Waldhuet-ter — Plinio Campos Giillo —Raul Jorge Monteiro Kllcr — Ray-mundo Peixoto Bittencourt Filho

Reginaldo Coutlnho PereiraPinto — Reinaldo de Castro Eõ-trèla — Renato Afl&emany — Ee-nato Cerqueira Lima Brea — Re-nato de Queiroz Silva — RenatoHélio Faraco Filho — Renato Jo-sé Curslno Moura — Renato Te-haldi Barbosa — Reynaldo PiresFerreira — Ricardo Augusto Soa-res — Ricardo Carneiro Santos —Ricardo Costa Braga — RicardoFaria Guaraná de Barros — Rl-cardo Jor.;e Arcoverde de Freitas

Ricardo Jo<é Gallotti RibeiroPontes — Ricardo Kotz — Bicar-do Bauèn Ferreira — Ricardo Sa-raiva de Moraes — Ricardo Seidlda Foiiíeca — Ricardo Soares Reis

Ricardo Zaccara Barbosa — Ho-berto Ângelo Moreira da Fraga —Roberto Brabo Pastam» — Rober-to Cardoso — Roberto de Olivei-ra Alves — Roberto Fleury deAguiar — Roberto Prisco ParaísoR.amos — Roberto Reis Lopes deOliveira — Roberto Rlnder Adler

Roberto Sérgio Costa CorreiaRogério Mltraud — Ronaldo

Pedro Moreira Fiorito — RonaidFerreira Boecker — Ronaldo Viei-ra de Carvalho — Rubens Jun-queira de Souza — Rui FigueiraM.mo — Rui Lemos Marrolg —Rujol Augusto dy Oliveira Nasci-m-sntò — Salin Ibrahtm Belacia-nr» — Santiago Cabo Navarro —Sebavafio MArclo Vilela Gcdoy —Síbastlüo Paes Barreto Flguelre-'do— Sérgio Amorim Rezende —Sérgio Barbosa de Almeida. — Sér-gio Dantas — Sérgio de Faria Pi-nho.

Sérgio de Lemos Lun.i — Sérgiode Queirós Grilo — Sérgio Favia,de Rezende — Sérgio Fonseca ditR;>ch:i — Sérgio Murilo Carvalhode Sousa — Sérgio Pizane.;ch —Sérgio Roberto Soares Alvahioo —<Sérgio Zajdcnweer — Severino Ra-mos Camilo —- Sílvio Jablonskl —-Simão Mikatnt Yakiya — SlnvalMinguens de Araújo — Tadeu Pe-tt-rie —_ TakcEht Koiwal — TrlnlaRodarte' Neves — Tarcillo PedroBoti — Tiago Alberto Piedras Lo-pí.s — Ubtratan Cerqueira Azeve-do — Ulit/. Scrvulo.da SUva —UII^sís Viana Amorim Silva. Fiiho

Valei Pereira de Assis — V.-.ldc-mar Boneli Filho — Valdemar Fi-a-viano Parra Vlegas — Vander Fe~llpe Leal — Vicente Fernando dcMorais — Vllar Fluza da Câmara,Júnior — Vinícius Mantela Orne-\_ — vitor Edson do Sousa Maia,

Vagner Duarte Guedes — V6.1-ter de Sousa Alonso Filho — Was->liingion Luis de Oliveira Braga —Webe Jofio Mansur — Welllngtondo Sousa GuimarSes — WlliamMaurício Figer — William MoreiraRamos Tomás — Wilson Bltar Al-res.

ESCOLA DE ENGENHARIA DAUFF

Ademar Magalhães Maciel —Alberto Rofe — Álvaro Coelho Mi-guelote — Álvaro Maurício Von-derlei Dourado — Amaro Coutinhodc Vasconcelos — Antônio Alfve-do Chaves Alemano — AntônioCarlos de Carvaiflo — AntônioCarlos Duque Estradai — AntônioCarlos Bngel — Antônio CésarRangel Carneiro — Antônio Eucll-des da Rocha Vieira — AntônioMarcelino Chaves Brazíto Blenve-nido Miguez Montoro — Brás An-tónio Marques Gulmarfies —- BrísMagaldi Fernandes — Carlos Al-berto Aleoforado do Couto — Car-los Alberto de Magalhíief Basto*

Carlos Augusto Riscado ChaveaCarlas Eduardo Guimarães —

Celso Figueira Crespo — CíceroMarins Peçanha — Cícero MauroFialho Rodrigues — Daniel dc Al-meida Bastos — Daniel Rí»ul Am-nl — David Gilbert Moreno — Da-vid (Samuel Hertz Abramowlcz —Décio Pelajo — Delcides dc VitorboFilho — Edgard Lee Oorham —Edson Freitas Silva. — EduardoHenrique de Castro AraUJo -.Evaldo Rul Rangel de Abreu —Fernando Goldfarb — FranciscoR-.vller de Aquino Neto — Fran-,cisco Roberto da Slqtlolí* — Fran-cisco Roberto Mala Sobral — Ga-brlel de Luccnn Stuckert — Ga-briel Otoni Jordão — Gluscp*Barcno — Guilherme Fraga deFreira* — Henri Bartolo Cnlvert,

Jader Costa Soares — — JoáoBatista Pereira Vlnhasa — JoioBatlíta Sarmct Franco — JoíloÒarlos Pompeo Nogueira — Joa-quim Gomes da Cunha — JorgeDanle! Carneiro — José BelmiroValente Soares — José MaurícioBonln — José Roberto de SousaPinto — José Roberto Gomes deCastro -- José Víror Pingret —Justino Artur Ferraz Vieira —Kalgen da Silva Araújo — Libe-rato dc Sousa Pinto — Luís Ar-mando dc Araújo Vilela — LuísCarlos Dal Blanco Marchlorl —Luis Cruz Jansen Ferreira — LuínEugênio Monteiro Barres Barbosa

Luís Fernando Seixas de Oli-veira — Luís Guilherme Ribeiroda Costa — Luis Guimarães Via-na — Luís Sérgio Martins Braga

Manoel José Rocha o Sllv» —Márcio Na-;clnit'nto AraújoMarco Polo Pereira — Mário Noel-ler Nielaen — Mário Pinto Quares-ma tle Moura — Maurício Man-nho Laje Júnior — Miguel Her-molln — Milton Miiayo Júnior —Nadlni Daichoum — Naum Rober-to Rlíer — Nélio Rocha — NelsonAristeu CamliiAda Sabia — Nelson.Francisco Favila Ebecken — Nél-oon Pereira Aclrlflo — Paulo Re-nato Splnell — Paulo HobertoBianchi — Paulo Roberto BotelhoDiniz — Paulo Roberto Peter!»

Paulo Roberto Verblearlo Ca-rim — Renato Kahn — RenatoMarques Lisboa — Ricardo Angus-to Bacha — Ricardo Correia deAraújo — Roberto Coeta de Car-valho — Roberto dc Aricnoll Bra-ga — Roberto Dora Fernandes —Roberto Ferreira Silvestre — Ro-berto Sousa Brasil Cabral da Ho-ra — Roberto Teixeira Tacfio —Rubens Tajra Melo — Sérgio Cai-pi Guimarães — Sérgio Miguel Cu-111 Sallm — Silv-ano Jlro Naritomi

Sivlo José de Castro Pinto —Turlblo Mota — Vander Dlnlz To-cautlns — Willl de Paula CociboBurro».

EUA sofrematentadono Uruguai

Montevidéu (UPI-JB)—Vio-lenta explosão ocorreu cutemno edifício da Embaixada dosEstados Unidas na Capital uru-guaia e a Polícia acredita qu*o atentado, possivelmente pro-duzldo por uma bomba, se rela-cione com a crescente ativlda-de terrorista que vem se regis-trantlo, nas últimas semanas,no Uruguai.

A explosão ocorreu numa es-cada que liga o pavimento tér-reo ao segundo andar. As au-toridades uruguaias não infor-maram, até ontEm à noite, ototal de danos e nem esclare-ceiam -se houve feridos.

Basquetebol f eniiiiino segueIioje para fazer sete jogosem várias cidades do México

A delegação brasileira dc basquetebol feminino seguehoje às 15 horas, pelo vôo 810 da VARIG, para o México,onde realizará uma série de sete exibições amistosas, den-tro do plano inicial de preparativos, visando o CampeonatoMundial, em abril, na Tcheco-Eslováquia, e os Jogos Pan-Americanos, em julho, no Canadá.

Além das apresentações no México, em seis cidades di-íerentes, existe a possibilidade de a seleção brasileira atuar,no regresso, em algumas localidades do Peru e da Guate-mala, dependendo dos entendimentos que vêm sendo man-tidos pela Confederação de Basquetebol, através- de seurepresentante, Sr. Fábio de Barros Gomes.

AJUDA FINANCEIRA

INTERESSE NO MÉXICO

Este diligente, em correspon-dência enviada à CBD, infor-mou que a imprensa mexicanadá especial destaque às próxi-mas exibições das brasileiras,rião só porque estentam o titu-lo de campeões sul-americanas",como pelo íato de terem cum-prido excepcional campanha naEuropa, em outubro de 65quando disputaram 15 jogas,perdendo apenas 3.

O roteiro oficial estabelecidopara as apresentações no Mé-xico é o seguinte: estréia, quin-ta-feira, dia 26, na cidade doMéxico; no dia imediato, nôvojogo, ainda na capital. Depoisestão programadas exibições emcinco outras cidades: dia 29,em Loon; dia 30, em Agua Ca-lientes; dia 31, em Guadalaja-ra,; dia 2 de fevereiro, em Me-rélia; o dia 4, em Puebla. Osadversários das brasileiras ain-da não foram designados, Igno-rando o setor técnico da Con-

federação se as moças enfren-tarão clubes ou selecionados.Também não está afastada ahipótese de jogos contra equi-pes dos Estados Unidos, quepor coincidência realizem ex-cursão em quadras mexicanas,na mesmo época.

O Sr. Didio Seixas, daVARIG, informou que as pas-sagens da delegação brasilei-ra prevêem apenas o roteiroRio-México-Rio. Entretanto, aocurso da viagem, poderá havermodificações no roteiro, casohaja necessidade.

A delegação brasileira segui-rá para o México integrada por15 pessoas: chefe — AlbertoCúri, vice-presidente de inte-rêsses interiores da CBB; téc-nico — Ari Ventura Vidal;massagista — Geraldo Félix deLima; jogadoras — Marlene,Deloi, Normlnhn, Angelina,Marli e Nadir — da Guanaba-ra; Nilza, Laís, Helena, MariaHelena, Heleninha, Rltinha eJaci — de São Paulo.

Tim foi a São Paulo trazerCláudio por empréstimopara o Roberto G. Pedrosa

Depois de desistir de viajar anteontem, porque o aviãoapresentou defeito, o técnico Tim afinal seguiu ontem àtarde para Sâo Paulo, autorizado pelo Fluminense paraacertar o empréstimo do ponta-de-lança Cláudio, da Pru-dentina, para o Torneio Roberto Gomes Pedrosa.

Cláudio tem seu passe fixado em CrS 120 milhões, masse êle aprovar no Rio—São Paulo o Fluminense negociaráainda uma redução neste preço, áo mesmo tempo que jáacertou com o Rio Grandense o pagamento de Cr$ 5 mi-Ihões pelo empréstimo do zagueiro central Moacir, tam-bém durante o Torneio Roberto Gomes Pedrosa.SEM PAULO BIM

Tim desmentiu ontem maisuma vez, e peremptóriamente,que vá sequer tentar a comprado ponta-de-lança Paulo Bim,que ieve seu passe fixado cmCrS 200 milhões pelo Comer-ciai de Ribeiro Preto.

O outro interesse do técnico— pelo menos declarado — naviagem é trazer o ponta-direl-ta Pedro Alves, do Atlético Pa-ranáènse, de Curitiba. O Atle-tico já se comprometeu a em-prestar Pedro Alves, mas o Flu-minense está achando muitocaro o preço de Cr$ 60 milhéeapedido pelo seu passe, caso oclube se interesse etm ficar comêle definitivamente, e pediu aTim para conseguir uma redu-ção no preço. _,

O Sr. Giorgio Farangola,Presidente do Paissandu, este-ve ontem à tarde no Fluminen-se conversando ccm o Sr. Dü-san Guedes e este ficou de es-tudar o empréstimo do ponta-de-lança aspirante Valmir atédezembro. O Sr. Dilson Gue-des garantiu estar interessadocm fazer negócio com o Pais-sandu para retribuir a correçãocom que o clube agiu no casoda venda de Oliveira. O Sr.Giorgio Farangola está tam-bém interessado em levar, paianôvo período de empréstimo, oarmador Oberdan, mas aindanão acertou tedos os detalhescom o jcgador, que ficou deconversar com seu pai e que sóquer ir depois do carnaval.

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Paulo Henrique está mesmo disposto a transjerir-se para ganhar ot lic/o sobra o valor do passa

Veiga acusa Vasco de iludirP. Henrique com promessas

O Presidente do Flamen-go, Sr. Veiga Brito, disseontem que o Vasco vem fa-zendo uma verdadeira"operação enlouquecer", queao final não atinge a qual-quer resultado p o s i ti v o,quando fica prometendo mi-Ihões a técnicos e jogado-res de outras equipes, con-forme vem fazendo comPaulo Henrique.

Reafirmou o Sr. VeigaBrito que para êle este casonão existe, uma vez que nin-guém o procurou oficial-mente para tratar do negó-cio, mas adianta desde jáque Paulo Henrique conti-nuará no Flamengo, pois sóaceitaria conversar sobre

sua venda se o Vasco che-gasse com Cr$ 500 ou Cr$600 milhões, o que considerapraticamente impossível.

VASCO ATRAPALHA

Disse o Presidente que deagora em diante o Flamen-go vai lançar mão de notasoficiais para a imprensa,sempre que desejar negociaralgum de seus jogadores, afim de evitar mal-entendi-dos, e casos como o que es-tá acontecendo com o Vasco.

Segundo o Sr. Veiga Bri-to, o Vasco deveria fazer lo-go uma proposta oficial aoFlamengo para ver se seriaou não aceita.

— Conforme êle está agin-do — declarou — não chegaa nenhuma finalidade prá-tica. Fica atrapalhando onosso serviço de preparaçãoda equipe, e deixa o joga-dor sonhando com milhões,que ao final não vem. Noano passado o Vasco fêz amesma coisa com o Murilo.Depois ficou tentando o téc-nico Tim, do Fluminense.Entretanto, tudo resulta emnada.

Conforme afirma o Presi-dente, o Flamengo só entra-ria em entendimentos sobrea venda de Paulo Henrique,se algum clube oferecer Cr$500 ou Cr$ 600 milhões, poisassim o dinheiro poderia ser

Invertido em três ou quatrobons jogadores, que seriammulto úteis ao time.

O Supervisor Flávio Costatambém faz criticas ao mo-do como vem atuando o Vas-co, no caso de Paulo Hen-rique, perturbando o joga-dor e o clube, que não quervender ninguém e só pensaem preparar o seu time, afim de fazer boa figura nospróximos torneios.

O Flamengo já resolveuque vai rescindir o contratodo zagueiro Luís Carlos, re-serva de Ditão, e estipulouo seu passe em Cr$ 10 mi-Ihões, a fim de facilitar asua venda.

Bangu e Atlético empatamem bom jogo que não deupara decidir quadrangular

Belo Horizonte (Sucursal) — Bangu e Atlético vão Jo-gar de nôvo, porque não decidiram o quadrangular pelaCopa Minas Gerais, empatando na preliminar da rodadadupla de domingo (renda de CrS 159 693 000), num jogoque agradou pelo nivel técnico e movimentação, apesar docalor e da má atuação do juiz Aírton Vieira de Morais.

No primeiro tempo o Bangu foi superior, parando oAtlético com um rígido 4-3-3 e mostrando-se agressivo emseu ataque, que teve novamente em Paulo Borges seu ele-mento mais perigoso, enquanto na etapa final o Atlético,ajudado pelo entusiasmo de sua torcida, reagiu e chegouao empate com muita velocidade e garra. No segundo jogo,

, o Cruzeiro venceu o Palmeiras de 3 a 2.

Vasco treina mesmo comchuva porque a equipeprecisa entrar em forma

Mesmo com toda chuva de ontem, o preparador físicoAureliano Beltrão dirigiu um individual de 50 minutos paraos jogadores do Vasco, no estádio de São Januário, alegan-do que não pode perder mais tempo e precisa colocar aequipe em plena íorma para o torneio Roberto Gomes Pe-drosa.

Oldair foi o único ausente do treino de ontem, que setornou muito divertido porque, com o campo quase alaga-do, os jogadores tinham dificuldades de se manter de pé,mas terminaram o individual brincando de se jogar nochão como se estivessem saltando numa piscina.

JOGO CORRIDO

A^ duas equipes entraramem campo assim:

Atlético — Hélio, Canindé,Vander; Grapcte e Variei;Vanderlei e Lacir; Buião, San-tara, Edgar e Tião.

Bangu — Ubirajara, Fidélis,Mário Tito, Luis Alberto e Pe-drinho; Jaime e Ooimar; PauloBorges, Cabralzinho, Norbertoe Aladim.

O jogo foi corrido desde oinício, com o Atlético apare-cendo mais nos primeiros mi-nutos e sofrendo penalidademáxima, quando Mário Titoderrubou Edgar dentro daárea, aos 8 minutos.

Aos 25 minutas, Paulo Bor-ges, que já havia levado algumperigo ao gol atleticano ganhoua disputa com Variei, fintouduas vezes Grapete e emendouíorte, abrindo o marcador.

REAÇÃO

No segundo tempo, os minei-ros com muito mais disposi-ção, começaram a encurralar oBangu, explorando bem o pon-teiro Buião, que forçou o re-cuo de Aladim para dar cober-

EUA gastam24 bilhõescom torneio

Londres (UPI-JB) — JerryCopper, Vice-Presidente da no-va Liga Norte-Americana deFutebol e Gerente do Clube deWashington, declarou ontemque a organização pretende in-vestir 11 milhões de dólares(cerca de 24 bilhões de cruzei-ros) num grande torneio inter-nacional, com o fim de divul-gar este esporte nos EstadosUnidos.

Disse ainda o dirigente quea Liga já assinou inclusive umcontrato para a transmissão acores pela televisão, e que jáaceitaram o convite o RealMadrid, Benfica, Valencin,Leeds United (Inglaterra),Liverpool e Estrela Vermelha(Iugoslávia). Faltam aincia cc.i-firmar o Santos. Penarol, Ra-cim. Internazionale. Dinamo(URSS)', A,lax (Holanda) eVasas. (Hungria).

tura a Pedrinho. No momentoem que o Atlético mais pressio-nava, Paulo Borges ganhou nacorrida com Variei c, da linhade fundo, cruzou muito bem aNorberto, dentro da pequenaárea e o atacante só teve otrabalho de dar um leve toquepara o fundo da meta de Hé-lio.

Aos 11 minutos, Aladim fêzfalta num lance em que Buiãopenetrava. Canindé encarrega-do da cobrança, atirou ameia-altura para Edgar escorar echutar, sem deixar a bola cair,marcando o primeiro gol doAtlético.

O Atlético, animado pela suatorcida, procurava abrir a de-fesa do Bangu com jogadaspelas pontas e aproveitando ocreschnento de Buião e Ro-naldo. Aos 25 minutos, Ronal-do centrou da esquerda, e San-tana aparou de cabeça, empa-tando para o Atlético.

Só depois do gol de empateo Bangu foi novamente ao ata-que sem conseguir entrar naárea do Atlético, que já nâodava oportunidade pelo meio,onde Grapete se firmara. Pou-cos lances perigosos ocorreram,até o íinal do jogo,

Botafogo fazjogo amanhãcom Defensor

Lima (Especial para o JOR-NAL DO BRASIL) — O Bo-tafogo féz um treino de con-junto ontem, nesta cidade,preparando-se para enfrentaro Defensor amanhã, enquantoaguarda a chegada dos refor-ços que estão sendo esperados— Edinho, conseguido por em-préstimo à Portuguesa- do Rioe um outro jogador a ser es-colhido para a vaga de Parada'.

O técnico Admildo Chirol,após o treino coletivo, anun-ciou que deverá manter amesma equipe d.i partida deestréia contra o Universitário,que o Botafogo venceu por 2 a0. O time do Defensor deverá&$f escalado hoje, com algunsjogadores de ouiros clubes pe-manos, e o ambiente ná dele-gação do Botafogo é o melhorpossível.

PRESIDENTE FALTOU

Além de Oldair, Ari, aindaem tratamento no joelho direi-to, e Brito em recuperação dacalciflcaçáo óssea no tornozelodireito, não treinaram. Hoje,com qualquer tempo segundoBeltrão, haverá nôvo individualem São Januário. Os treinoscoletivos serão realizados ama-nhã o sexta-feira, no campo doAmérica.

Por não ter o Presidente JoãoSilva ido ontem à sede do Ci-neac, o Sr. Armando Marcialresolveu deixar para hoje osassuntos referentes à propostaque o Vasco fará ao Flamengopor Paulo Henrique e a trocade Brito por Dorval e Abel, doSantos.

O Vice-Presidente de Futebolestava, contudo, muito aborre-cido pprque Flávio Costa lhefez sérias acusações, num pro-grama anteontem, dizendo queêle estava aliciando PauloHenrique. O Sr. ArmandoMarcial disse que compareceráa este programa na próximasemana e explicará que foi oJogador quem lhe procurou,chamando como testemunha opróprio Presidente do Fliunen-go, Sr. Veiga Brito que estava apar de tudo desde o Início.

Santos jogaagora emBarranquilha

Bogotá (De Ciro Costa, es-pecial para o JB) — O Santosviajou ontem à tarde paraBarranquilha, na Colômbia,onde prosseguirá a sua tempo-rada pelas Américas enfren-tando a equipe local AtléticoJuniors, amanhã à noite.

Sobre a partida de domingocontra o Milionários, que oSantos perdeu por 2 a 1, Peleelogiou a atuação dos adver-sários mas chamou a atençãopara o fato de que a delegaçãoveio de Mar dei Plata parauma grande altitude (2 630meiros), acrescentando - queisto influiu na produção daequipe brasileira, pois os joga-dores sentiram cansaço, prin-cipalmente no segundo tempo.

O Vasco vendeu ontem opasse de Bené ao Paissandupor CrS 10 milhões. O Presi-dente do clube paraense,acompanhado do ex-goleiroCatsilho, íoi à sede do Cineace se entendeu diretamentecom o Sr. Armando Marcial.O Paissandu também levará,por empréstimo de um ano. osatacantes Clemente e Rubilo-ta, pagando mais CrS 8 mi-lhóes ao Vasco a titulo de in-denização pelo negócio.

Outro jogador que foi defi-nitivamente vendido ontem éMendes. O dirigente uruguaioWashington Cataldi acertoucom o Vice-Presidente de Fu-tebol do Vasco comprar o pas-se do zagueiro por 7 mil dó-lares e mais uma partida aquino Rio, no dia 3 ou 4 de mar-ço, com renda integral parao clube carioca. Explicou o di-rlgente do Penarol que seuclube fará uma excursão rc-centemente e, então, aprovei-tara as passagens para vir aoRio cumprir este compromís-so com o Vasco. Amanhã o Sr.Washington Cataldi irá a SãoPaulo e tentará conseguirmais uma ou duas partidos,contra o Palmeiras e Corin-tians, para aproveitar a via-gem ao Brasil.

Lacir fazdieta deastronauta

Belo Horizonte (Sucursal)— O jogador Lacir do Atlé-tico é o primeiro jogador doPaís a ser tratado com dietade astronauta americano —que o Presidente EduardoMagalhães Pinto mandoubuscar em Cabo Kennedy —numa tentativa final de aca-bar com a subnutrição crô-nica de que sofre o mela ar-mador mineiro.

Os companheiros de Lacirdizem que êle está sendotratado com dieta diferentepois de um rendimento de14 por cento passou para 40devendo atingir o ideal clc80 por cento em mais algu-mas semanas, segundo pre-visão do preparador íisico |Fernando Grossi. [

Jornal do Brasil, terça-feira, 24-1-67, l.o Cad. — 17

— Na Grande ÁreaArmando Nogueira

Que veio fabuloso êsse Mineirão: duasrodadas, quatro jogos amistosos, cerca de 250milhões de cruzeiros, mais de um terço darenda total do campeonato carioca de 66 Sóo Bangu, em quatro dias, ganhou 63 milhõeshabilitando-se a pagar o prêmio do ano pas-sado a seus campeões.É importante destacar que o Bangu arre-cadou em um jogo, aqui dentro, duas vezesmais que o Santos, lá fora. O Santos está re-cebendo, por partida, na Argentina, cerca de7 500 dólares; há quem diga que o Santos

ganha 12, 15 mil dólares, mas não é verdade.A. MÁGOA RUBRO-NEGRA

Perguntam os rubro-negros: será quePaulo Henrique vai mesmo para o Vasco?Quem conversar com o pessoal credenciadodo Flamengo sentirá que o clube não repelea. hipótese, desde que o candidato fale, obje-tivamente, em cifras altas. Pelo que me disseum procer rubro-negro, não seria impossívelum negocio em tomo de 250 milhões de cru-zeiros. Dinheiro na ficha.

_ O Flamengo não tem problema âe cons-ciência em relação ao contrato de Paulo Hen-rique que foi, há seis meses mais ou menoso primeiro a ser reajustado entre os mais ães-tacaãos da equipe.As declarações de Paulo Henrique, quei-xando-se de que está ganhando pouco magoa-ram parte da direção do clube. O choro dePaulo Henrique soa um tanto injusto por-que nao faz muito tempo o Flamengo reco-nhecido ao valor do zagueiro, deu-lhe poriniciativa do Presidente Veiga Brito, um carroAero Willys avaliado em Cr$ 12 milhões.

Pessoalmente, faço votos que o Fia-mengo queira resistir, ao negócio propostoextra-oficialmente, pelo Vasco da Gama. Ésabido que o Flamengo não tem uma situa-çao financeira satisfatória, embora a econô-mica seja bem boa. Mas, nem por isso, seriaaconselhável a venda do passe de Paulo Hen-rique. Em princípio, estou com o Saldanha:um grande jogador não se vende, compra-se.Digo em princípio porque há circunstânciasem que a melhor saída para as relações joga-dor-clube é deixá-lo ir embora. Vejam o casode Parada: está sobejamente provado quenão deu certo. O sangue de Parada não com-binou, jamais, com o do Botafogo. Já comPaulo Henrique, a situação é diferente: em-bora muita gente pense, não é Almir a me-Ihor encarnação do Flamengo. Paulo Henri-que é, no fulgor e viço de seu crescente fu-tebol, a melhor expressão do time do Fia-mengo. Já imaginaram vocês o que será êssegaroto nas próximas campanhas do Flamen-go e do futebol brasileiro?

O Vasco da Gama dá uma prova de bomgosto indo cantar Paulo Henrique, sim, maso Flamengo tem o dever de resistir e defendera permanência de seu zagueiro com aqueleentusiasmo que faltou ao Botafogo na horade perder para o Santos o jogador Rildo.

A VEZ DO ATLÉTICOUm dia é do Cruzeiro, o outro, ão Atlé-

tico. Como lutou, domingo, o jovem time doAtlético, transformando em empate gloriosoúma derrota que Paulo Borges ia lhe inflin-gindo, no Mineirão. Em apenas quatro dias,o time do Atlético virou de forma empolgan-te dois jogos aparentemente perdidos: primei-,ro, contra o Palmeiras, depois, contra o Ban-gu. O grande mérito da garotada foi não acei-tar o padrão do Bangu. Quando sentiu que oBangu se eiicolhia para ganhar tempo e eco-nomizar fôlego, o Atlético empolgou a partidae o público, impondo o seu próprio ritmo,ritmo ão coração, até empatar. E ficou nítidaa impressão de que, aquele jogo projetado no.'tempo de mais alguns minutos acabaria in-teiramente do Atlético.

BOLAS DE PRIMEIRA — Um jovem juizchamado Leon, que apitava um jogo de fute-boi de areia, viveu sábado as emoções de umcorredor de 1 500 metros. Depois de desgostarum' dos times, o árbitro escapou ao cerco dosjogadores e saiu picado" pela Avenida VieiraSouto, indo se esconder nos jardins do Coun-try Clube. Imaginem o aperto por que passouo rapaz: todo mundo sabe que não é fácilpenetrar no clube mais fechado do Brasil.../// O diretor de futebol do Vasco, Sr. Ar-mando Marcial, tem dito que, nesse caso dePaulo Henrique, sua atuação foi a mais clarapossível: para não o acusarem de aliciador,ele foi procurar oficialmente o PresidenteVeiga Brito para contar a conversa comPaulo Henrique. /// O zagueiro Carlos Alber-to, passando pelo Rio, recentemente, confes-sou que andou pensando em vir para o Vascoda Gama. Mas, diante da recuperação doSantos, deixou de lado a idéia de voltar aoRio.

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Chuva reeáita pose que a secacelebrizou: a áo r et ir a iiÜ e

A VIACRUCIS

A Via Dutra, entre o Km 52 e o Km 56: um loâaçal onâe ônibus âesgovernaáos se destruíam, como os ãois àa foto

^i^^^^^^KífiBBSBpi „..„._ .„„,. „Os sobreviventes dão as mãos, enquanto ym menino, é retirado, da lama, ao lado direito

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ATa perspectiva do desastre um homem é inais alto que o carro,completamente afundado, e a Rural ao fundo, semi-enterradaÊste ônibus âa Cometa vinha áe São Paulo evai para o ferro-velho, quase fcnàiáo em dois

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Rio de Janeiro — Terça-feira, 24-1-67 Parte inseparável do Jornal

O JB HA 75 ANOSO JORNAL DO BRASIL dc 24-1-1892 noticiava:

O Greve dos cochciros de Paris.Doente o Pape Leão XIII.Revolta popular no Amazona» para depor o Go-

vernador.

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Agenda Cruzadas Horóscopo Farmácias de plantão

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23455646

556

AGÊNCIAS DE CLASSIFICADOS

CENTRO

Rodoviárii - Estaçio Rodoviária Movo Rio, 2.°, loia 305Sao Borio - Av. Rio Branco, 277 loia £ - Edif. S. Boria

ZONA SUL

Botafogo - Praia de Botafogo, 400 — SEARSCopacabana - Av. N. S.a de Copacabana, 610 - Galeria

Flamengo - Rua Marquês de Abrantes, 26 — loja EPôsto 5 - Av. H. S.« de Copacabana, 1 100 - loja E

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Cattadura -- Av. Suburbana, 10 136 - Largo Cascadura.Madureira - Estrada do Portela, 29 — loja EMéier — Ru» Dias da Cruz, 74 — loja BPonha — Rua Plinio de Oliveira, 44 - loia MSío Ciiiicvcn — Rua J3o Luis Gonzaga, 156 - ifi and.Tijuca — Rua General Roca, BOI — ioia F

tSTAOO DO RIO

Duque do Caxias - Pua José de Alvarenga, 379Niterói — Av. Amaral Poixcto 195 — gr-jpo 204Nova Iguatu — Av. Governador Amaral Peixoto, 34

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MAPA DO TEMPO - JB

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ANÁLISE SINÔTICA DO MAPA - Frente fria, ativa, local!-iada na altura do Campos e «rtando cs Estados de MinasGerais e Mato Gresso. O anticiclone Pelar da retaguarda'está dividido cm dols centros, um de 1022 MB no Norteda Argentina, e outro de 1025 MB em Montevidéu. Êsseanticiclone está perdendo energia, e,n virtude do apireci-mento de uma oulra frente fria ern Comodoro Rivadávia,na Argentina. Nas próximas 24 horas continuará a entradado ar frio desde o Rio Grande do Sul até Espirito Santo,Minas Geraii, Gciój e Mato Grosso e o tempo Irá melho-rando do Sul parn o Norte. (Análise Sinófica do Mapa doServiso de Meteorologia interpretada pelo JB)

TEMPERATURAE TEMPONOS ESTADOSMaranhão, Piaui, Coará, RioG. do Norte — Tempo: Bomnublado. Temp.i Estável.

9arr.Un, Pernambuco, AlagoasSergipe - Tempo: IpitávelChuvas ocasionais no LitoralTemp.; Estável.

Bahia - Tempo: Bcm, nublado. Tomp.) Estável.

Espírito Santo — Tempo: Instóvel corn chuva: B trovoadas,Temp.: Em declínio.

Rio ds Janeiro, Guanabara,São Paulo - lempe: Instávelcom chuvas no período. Temperatura: Em declínio.

Goiás, Mato Grosso — Tempo:Instável com chuvas e trovoa-das. Temp.: Em declínio,

Paraná — Tempo; Instável comchuvas, melhorando no perío-do. Temp.: Em declínio.

Santa Catarina — Tempo: Ins-tável cem chuvas passando abom. Temp.: Estável. ,

Pio Grande do Su! — Tem-po: Instável, passando a bom.lemp.t Um elevação.

NO RIO

ÍNSTÁVEt.

MÁXIMA - "7.6MÍNIMA - 20.0

O SOL

r±NASC. - Óh26nOCASO - 19h43n

(hora de verão}

A LUA

CRESC.cOS VENTOS

SUL

FRACO

AS MARÉS

vwJav^PREAMAR:

2hl0m/l,2m e 13h45m/l,lmBAIXA-MAR'

8h45m/0,4m e 20h5Óm/0,lm

TEMPO NO MUNDO (UPI-JB)Temperaturas máximas de ontem, e previsão do lempo paraHoie nas Cidades seguintes: Eucnis Aires, 22°8, bom; San-

Itiago, claro; Montevidéu, bcm; lima, 19°, bom; Caracas,nublado; México, 13°, nublado; San Juan, 27°, nublado;Kingston (Jamaica), claro; Porl of Spain (Trinidad!, 31°, sol;Nova lorpue, 16°, sol; Miami, 25°, nublado; Chicago, nubla-do; Les Angeles, bcm; Londres, 9°, chuvas; Paris, B°, nubla-do; Berlim, nublado; Moscou, claro; Roma, nublado; Lisboa,14°, bom.

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HORIZONTAIS — 1 — situado só de uni lado;10 — concerto musical, de noite e ao. ar livre;seresta; 11 — doce de uvas; 12 — êste objeto;14 — colocar novamente; 16.— irritação; 17 —abreviatura: apartamento; 19 — inflamação damucosa do nariz (Gr. rins, rlimós); 22 — reuni;unifiquei; 23 — relativo ao mar Adriático; 25 —ação; 26 — não cozido; cruel; 27 — aura; 23 —estuda; 29 — poeira; 30 — efeito de podar; po-dadura; 32 — matar.

VERTICAIS — 1 — emprestar com usura — 2 —frio intenso; 3 — propenso à ira (Lat. iracundu);4 — alegre; jubiloso; 5 — que procedem por aná-lise; 6 — nota- forte do tambor; 7 — ciência damoral; 8 — plana; lisa; 9 — atilho; íelxe; 13 —pancada com tranca; 15 — arejnr; expor ao ar;18 — mudar para pior; 20 — embarcação de re-creio.(pl.); 21 — seguir; 22 — grito de dor; 24 —língua dos Tupinambás; 25 — renque; 29 — orno-plata; 31 — radical grego: ente, ser.

CHARADAS AFERÉTICAS

(supressão de sílaba Inicial na primeira chave)

— A ALMA não tem significado para o FEI-TICEIRO. 3—2

— PAIXÃO é MAIOR que amor?

SOLUÇÕES DO NUMERO ANTERIOR — Hori-zontais — elucidar; laxativo; enol; touro; va-reta; bem: aripeiro; cid; it; opinemos; idos;miar; opa; crase; rosto; raro. Verticais — ele-vado: lanar; uxoricida; calepino; it; ditai; avô;roubo; atomatar; rc; tedesco: rio-mar; pipo;sisa; aer; or. CHARADAS AFERÉTICAS — 1)adverso/verso;' 2) afiado/fiado.

HoróscopoTrof. 1.IAZURKA

7TirSÜ__fíS_?^Muito bom para passeios comos entes queridos. Bom tambémpara a profissão.

Capricórnio (21/12 a 20/1). Número de sorte: 30.Cór: verde. Pedra: turquesa. No trabalho: pe-riodo sem novidade, pois as influências estão umtanto calma, não dando movimentação suficiente.

Aquário (21/1 a '20/2)-. Número de sorte: 46.Còr: musgo. Pedra: jacinto. Se tiver algum pia-no para pór cm prática aproveite porque o diaé muito bom, e terá gTande aceitação nos am-.Montes.

Peixes (21/2 a 20/3). Número de sorte: 41. Côr:limo. Pedra: ametista. Este é um dia em que vocêdeve procurar movimentar seus desejos. Os as-tros lhe darão o apoio desejado.

Aries (21/3 a 20/4). Número de sorte: 7. Còr:verde. Pedra: rubi. O dia de hoje será cheiode compreensão, carinho e amor; evite mudarêste ambiente, por causa do seu mau humor, por-que só prejuízo e aborrecimentos colherá.

Touro (21/4 a 20/5). Número de sorte: 56. Còr:grená. Pedra: safira. Durante o dia de hojoprocure praticar esporte, e ao mesmo tempo re-íazer as energias para futuras tarefas.

Gêmeos (21/5 a 20/6). Número de sorte: 39. Côr:café. Pedra: esmeralda. Bom dia para passeiosacompanhado de pessoas amigas; bom tambémpara tratar de assuntos referentes à profissão.

Câncer (21/6 a 20/7). Número de sorte; 51. Côr:cinza. Pedra: ágata. Se realizar com seriedadeas tarefas, certamente será devidamente recom-pensado • pelos colegas e superiores.

Leão (21/7 a 20/8). Número de sorte: 37. Côr:azul. Pedra: brilhante. Esteja atento às obri-gações e negócios, porque o dia não merece con-fiança.

Virg-em (21/8 a 20/9). Número de sorte: 21. Cór:alaranjádoi Pedra: granada. Prudência com osnegócios e os assuntos do coração, assim nãoterá aborrecimentos.

Libra (21/9 a 20/10). Número, de sorte: 82. Côr:gelo. Pedra: Lápis lazúll. Haverá muilo açoda-mento na resolução de problemas da vida co-itidiana.

Escorpião (21/10 a 20/11). Número de sorte: 3.Côr: lilás. Pedra: água-marinha. Mente íraca,evite realizações de vulto porque o dia não 6indicado.

Sagitário (21/11 a 20/12). Número de sorte: 66.Côr: vermeljio. Pedra: topázio. Muito cuidadocom es palavras e o modo de tratar seus seme-lhantes. Quanto menos falar melhor será.

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PAGAMENTOS — A Despesa Pública paga hojecis aposentados do Ministério dn Marinha, livros4 30G a 4 309 e Tribunal Marítimo, livro 4 340.•"* A Secretaria de Finanças paga hoje os servi-dores do lota 11 e cota par. ***> O Diretor do De-partamento do Pessoal avisa que os pagamentosde ontem, lote 10, serão realizados hoje. de 9 às12 horas. Quanto ao parlamento dos letes 11 e 12,não houve alteração, devendo ser realizado nosdias marcados pela Tabela de Pagamento.

PRAIAS — A SURSAN informa que as praiascariocas estão proibidas ao bnnho de mar porquens elevatórias de esgotos não funcionam têmpora-riamente.

TELEFONES — A Companhia Telefônica Brasl-leira anuncia para hoje a normalização dos te-lefones. emudecidos devido ao temporal que desa-bou sobre a Cidade.

ÁGUA — A CEDAG pede h. população que econo-mlze água porque o abastecimento está prejudi-cado pela falta de energia.

PONTO — O Secretário de Administração con-cedeu dispsnsa de ponto até o dia 28, a todosos funcionários estaduais, cirurgiões dentistas, quecomparecerem ao I Congresso Cearense de Odon-toiogia, em Fortaleza, desde que seja comprova-da a efetiva participação do servidor no conclave*

ESPEG — As provas -escritas de Professor de En-sino Médio será às 8 horas, na ESPEG. nas dis- -ciplinas de Matemática, dia 31, Química, dia 3de fevereiro e Artes Industriais, dia 11 de feve-reiro. Telefonista: a prova de nível mental paracontratação para a Comissão Estadual de Ener-gia será no dia 11 de fevereiro, às 10 horas, naESPEG.

CONCURSO — O Hospital Central da Marinhachama os candidatos para a prova prática oralde Química Bromatológica e Bioquímica: dia 24,Altair Rubaltino, Juarez Pereira de Sales e Da-niel Botelho Buás; dia 25, José Gomes de Sousa,Willian de Almeida Bernardes e Ledir de Car-valho; dia 26, Segismundo Araújo da Silva, An-tõnio Felinto de Santana e Paulo Batista dos San-tos; e dia 27, Maurício Oliveira Skaetta e AldoPires de Oliveira.

EMERGÊNCIA — A Central do Brasil mobilizatodos os seus recursos para atender a situaçãocriada com a interrupção rodoviária entre Rio eSão Paulo. Além de ampliar a capacidade destrens normais estão sendo utilizadas no percur-so Rio—São Paulo várias automotrizes. Caso a si-tuação perdure a direção da ferrovia estuda o lan-çamento de noves trens para atsnder à demandaextraordinária de passageiros.

TRENS — A Central do Brasil informa que hoje,das 11 às 16 horas, haverá interrupção das linhas1 e 2 para execução de trabalhos na via perma-nente. Os trens para Deodoro não farão paradasnas estações de Lauro Müller e São Cristóvão,e cs que trafegarem para D. Pedro II, nas deTodos os Santcs, Méier e Engenho Nôvo.

ESPORTISTAS — O Corpo Marítimo de Salva-m^nto comunica aos esportistas das praias, quecontinua om visor o regulamento disciplinador dosesportes na orla marítima. São proibidos os jogosds bola, pranchas, pedalinhos, surf e outres, de 7às 14 lioras — salvo em áreas já demarcadas pa-ra tal, onde há o aviso do Serviço de Salvamen-to: "Banho perigoso", cemo se vê no Arpoador,para o surf e em recantos de Sepetlba, Guaratiba,Flamengo, Ramos, Ilha do Governador, para pran-chás, pedalinhos, vôlei, na parte alta das praias.Depois das 14 horas é permitido todo e qualqueresporte — porém sempre fora da área demarca-da para o banho de mar, compreendida entre asflâmulas dos Postos de Salvamento, pois em talfaixa deve haver segurança e tranqüilidade paraos banhistas, que constituem a grande maioria dapopulação' carioca.

DECRETOS — O Presidente da República assinoudecreto nomeando para exercer as funções de Di-retor do Hospital da Aeronáutica dos Afonsos oCoroncl-Médico Plínio Rieciardi, Por outro decre-to, promoveu pofí-mnrtcm o Primeiro-Tenente-Intendente Mário Míiton Prudente Leonardo noposto de Capitão.

COMANDANTE — Por ter sido nomeado paraoutra comissão, o Corcnel-Aviador Nelson Diasde Sausa Mendes transmitiu o Comando da BaseAérea de Fortaleza ao Tenente-Coronel-AviadorIvã Teixeira Leite.

EMPREGOS — Hoje existem 253 vagas nas em-presas da Guanabara. Os interessados devem com-parecer à Seção do Colocação da Delegacia Re-gional do Trabalho, nos dias úteis, das 12 as 16horas, munidos dc Carteira Profissional e Certifi-cado de Reservista. As ofertas são ns seguintes:Pintor de parede, 5; Frezador, 11; Fretelro, 10;Plainndor, 7; Cravador, 8; Recrevador, 10; Car-pinteiro, 32; Armador, 2; Motorista, 21; Composi-tor Gráfico, 4; Pedreiro, 16; Estofador, 1; Costu-reiro de livro, 1; Ferreiro,-1; Engenheiro de Pro-dução, 2; Estucador, 23; Marceneiro, 12; Vassou-reiro, 2; Serralheiro, 19; Dobrador Gráfico, 1; Cha-veiro para Automóvel, 1; Mccanógrafo para má-quina de contabilidade, 1; Limador, 1; PedreiroEstucador, 32: Coloca dor de Fecho, 1; Mecânicode Refrigeração, 11; Polidor, 3; Impressor máqui-na rotativa com corte vinco, 2; Dessosador, 1; Re-tificador, 2; Cromador, 2: Montador-Geladeira do-mestiça, 1; Montador de Rádio, 2; DistribuidorGráfico, 1;

RESTAURANTE — O restauram e dos marítimosserá inaugurado hoje no 10.° andar do edifício doINPS, na Avenida Venezuela, 134.

VERÃO — O Departamento de Assuntos Científl-cos da União Pan-Americana e a Fundação Na-cional de Ciências dos Estados Unidos patrocina-rão, entre junho e agosto dêste ano, vários Cursosdo verão naquele país, destinados a professoresuniversitários e secundários dos Estados-membrosda OEA. É êste o quinto ano consecutivo em quese oferecem essas oportunidades de adestramentoespecializado em Biologia, Química, Matemáticas,Fisica o Engenharia, através de cursos intensivosde quatro a seis semanas de duração. Os candi-datos selecionados receberão uma bôlsa-de-estudoque compreenderá passagem nérea de Ida e voltacm classe turista e uma ajuda para subsistência,durante, o curso. Os cursos serão ciados em inglês,devendo os candidatos, por conseguinte, possuiramplos conhecimentos dêsse idioma, comprovadomediante atestado do Instituto Brasil-EstadosUnidos ou entidade assemelhada. É exigido, tam-bóm, um atestado de boa saúde, pelo qual se com-prove que o interessado não sofre de moléstia in-fecto-contagiosa e está om condições de viajar eestudar intensivamente durante o curso. Os boi-sistas ficarão em residências tipo dormitório nas'universidades americanas em que os cursos se rea-lizem. Os interessados que atendam às condiçõesestabelecidas poderão solicitar formulários paracandidatar-se. às "bòlsas-de-estudo ao EscritórioRegional da União Pan-Americana (Rua Paissàn-du, 351, Caixa Postal,"1980, Rio de Janeb'o, GB).Tais formulários, preenchidos em duas vias, devemsar remetidos ao seguinte' endereço: Próf. HeitorG. de Souza, Unit. of Education & Research, De-partment of Seientific Affalrs, Pan AmericanUnion, Washington, D. C, 20006, USA. Os pedi-dts devem chegar a ésse endereço até 15 de mar-ço próximo. \

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