Juízesqueremsaber oqueopúblicopensa - ajuris.org.br · CORREIO DO POVO TERÇA-FEIRA |29dejulho de...

Preview:

Citation preview

TERÇA-FEIRA | 29 de julho de 2014 ■ 15CORREIO DO POVO

Lima Veiga é eleito presidente do CNPG■ O procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Eduardo deLima Veiga, foi eleito, por aclamação, presidente do Conselho Na-cional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estadose da União (CNPG), para a gestão 2014/2015. A eleição ocorreudurante sessão ordinária do CNPG realizada entre quinta-feira esexta-feira, em Manaus. Ele substituirá a procuradora-geral do Dis-trito Federal e Territórios, Eunice Pereira Amorim Carvalhido. Aposse ocorrerá no mês de agosto, em Porto Alegre.

Os 73 candidatos a juiz deDireito que participamda última etapa do con-

curso do Tribunal de Justiça doRio Grande do Sul (TJRS) reali-zaram entrevistas com a popula-ção no Centro Histórico. Com is-so, os grupos espalhados na Pra-ça da Alfândega, Largo GlênioPeres e Esquina Democráticapretendiam descobrir a visão docidadão quanto ao trabalho domagistrado, qualidades que oprofissional deveria desenvolvere quais defeitos deveriam corri-gir. Além disso, o objetivo eraperceber se as pessoas confiamno poder Judiciário.

Para um dos idealizadores dainiciativa inédita, o juiz de Direi-to Marcelo Malizia Cabral, da 1ªVara Cível de Pelotas, a ideia éaproximar os profissionais dasociedade. “A mensagem é deque eles devem ter o contatocom a população e não ficaremtrancados em uma sala. Isso fazcom que eles saibam como agire julgar de acordo com a realida-de da população e não se colo-quem na posição de autorida-de”, afirma. Para Cabral, o juizé um prestador de serviços, porisso deve estar sempre próximodas pessoas. “O que não quere-mos é o distanciamento dos juí-zes da sociedade, principalmen-te, dos novos que atuarão a par-tir de setembro”, acredita o ou-

tro idealizador, juiz-corregedorJosé Luiz Leal Vieira.

O candidato Enzo Carlo DiGesu percebeu que grande parteda população não sabia o papeldo juiz. “É importante ter essecontato direto para nos aproxi-mar da sociedade e nos ambien-tarmos com a realidade. Me mos-trou que nessa profissão é preci-so ter paciência e dar a atençãopara entender a situação de ca-da um”, conta.

Entre os entrevistados pelocandidato, a maioria gostariaque os magistrados fossem sin-ceros e honestos, e mesmo semgeneralizar, gostariam que ca-

sos isolados de corrupção aca-bassem. Além disso, o grau desatisfação com o poder Judiciá-rio é médio.

Segundo o assistente socialLeoveral Golzer Soares, que res-pondeu à pesquisa, o Judiciárioé o poder mais importante dopaís. “Eu confio na Justiça. Co-mo cidadão, tenho que confiarna esperança que a injustiça noBrasil acabe”, ressalta.

A atividade foi organizada pe-la Corregedoria-Geral da Justiça,com a parceria da Associaçãodos Juízes do Rio Grande do Sul(Ajuris) e da Escola Superior daMagistratura da Ajuris (ESM).

Novos critérios de atendimentoda Defensoria Pública do Estado(DPE) no relatório anual de 2013causaram preocupação à seccio-nal gaúcha da Ordem dos Advoga-dos do Brasil (OAB/RS). Atravésda ampliação do conceito de hipos-suficiência da DPE, a entidade te-me invasão na atuação da advoca-cia privada. Em ofício encaminha-do ao defensor público-geral doEstado, Nilton Leonel Arnecke Ma-ria, a Ordem cobrou explicações.

No documento, o presidenteda OAB/RS, Marcelo Bertoluci,questiona a base legal da am-pliação do conceito de hipossufi-

ciência e da adoção do parâme-tro de vulnerabilidade organiza-cional, “que reconhece que a si-tuação de necessidade do cida-dão não deriva apenas da condi-ção econômica das pessoas”.

A entidade também quer sa-ber se os novos critérios de aten-dimento estão sendo aplicados.A Ordem gaúcha ainda reque-reu a ampliação das formas dedivulgação dos critérios de aten-dimento à população.

A DPE assegurou que “estáelaborando um ofício em respos-ta às sugestões e solicitações pa-ra ser encaminhado à OAB/RS”.

Juízes querem sabero que o público pensa

EspaçoJurídicoespacojuridico@correiodopovo.com.brEditora: Rosangela Groff

PAULO NUNES

TARSILA PEREIRA

ADVOCACIA PRIVADA

OAB questiona atuação da Defensoria

Magistrados questionaram a população sobre o trabalho do poder Judiciário

DPE elabora uma resposta à Ordem

Recommended