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“Alimento Seguro com Produtividade e Renda” “Alimento Seguro com Produtividade e Renda” “Preservar o solo e a água é compromisso de todos. As tecnologias se justificam se respeitada esta condição”. “Preservar o solo e a água é compromisso de todos. As tecnologias se justificam se respeitada esta condição”.

Emater-PR: Revista Expotécnica

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Page 1: Emater-PR: Revista Expotécnica

“Alimento Seguro com Produtividade e Renda”“Alimento Seguro com Produtividade e Renda”

“Preservar o solo e a água é compromisso

de todos. As tecnologias se justificam se

respeitada esta condição”.

“Preservar o solo e a água é compromisso

de todos. As tecnologias se justificam se

respeitada esta condição”.

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A E x p o t é c n i c a -Sabáudia, mais uma vez, mostra-se como fonte inspiradora de uma das mais legítimas formas de divulgação de ações em prol do d e s e n v o l v i m e n t o r u r a l sustentável, apresentando o que de mais moderno as pesquisas desenvolveram nos últimos anos. Assim, por meio da divulgação em massa , esse encont ro possibilita a integração de novos n e g ó c i o s e d e p a r c e r i a s institucionais, necessárias ao apoio aos agricultores buscando, sobretudo, a melhoria de sua qualidade de vida.

Neste aspecto, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento se apresenta como uma parceira permanente junto aos municípios e entidades do setor rural, oferecendo Programas e Projetos pautados em suas quatro grandes diretrizes. Sem ordem hierárquica, uma delas é a Renda no Campo. O princípio básico é o de que o agricultor necessita obter resultados econômicos (lucro) e com isto, gerar recursos para poder investir mais em sua propriedade. Numa sociedade mais equilibrada, a renda precisa ser melhor distribuída. Neste caso, a preparação ou profissionalização do agricultor é fundamental para que aumente a sua capacidade de ser competitivo e possa ingressar no mercado. A pesquisa e a assistência técnica são essenciais neste processo.

Outra diretriz diz respeito à Sustentabilidade. Significa afirmar que não se pode produzir a qualquer custo. Nós dependemos dos recursos naturais e a sua conservação é extremamente importante para podermos continuar a produzir. Assim, solo e água passam a ser o nosso maior patrimônio e, por isto, temos que cuidar bem dele. Temos que sempre empregar boas práticas na agropecuária se desejamos continuar a ser um dos maiores produtores de alimentos no país. Além disto, temos que ter sanidade, qualidade e sobretudo, saber manejar bem o nosso solo e a nossa água; temos que voltar a praticar um bom manejo de pragas e doenças, reduzindo o uso de agrotóxicos; temos que voltar a olhar para o futuro, objetivando entregar à próxima geração mais do que herdamos de nossos antepassados.

Uma terceira linha das nossas diretrizes diz respeito à Qualidade de Vida no campo. Sabemos que muita gente se desloca para as cidades em busca de conforto e melhores condições de vida. Por isto, é essencial que a vida seja boa também no campo, para atrair os jovens. Assim, nossa busca é a de ofertar melhorias estruturais no campo, melhorando suas vias de acesso com a construção ou adequação das estradas rurais, bem como gerando renda para que as famílias possam se equipar adequadamente, com luz elétrica, telefone, internet, dentre outros itens essenciais. Neste caso, há que se considerar um grande número de agricultores que necessitam de apoio para que possam iniciar seu processo de inclusão. Essa é uma grande prioridade nossa.

Outra vertente de nossas diretrizes está relacionada à Segurança Alimentar. De outra forma, significa afirmar que não basta produzir, mas tem que produzir bem. São os agricultores que colocam a comida na mesa do consumidor e essa comida não pode conter nenhum risco à saúde, ela tem que ser segura, com qualidade e com ingredientes nutritivos essenciais. Para isto, temos que ter todo o cuidado do mundo, pois todos dependem da comida que ofertamos. Neste caso, acreditamos muito nos alimentos produzidos de forma mais alternativa, como a agroecologia, por exemplo, ou nos orgânicos, dentre outras possibilidades de baixo risco. Mais uma vez, a questão dos agrotóxicos vem à tona, principalmente quando se trata das olerícolas e neste caso, nosso cuidado tem que ser redobrado.

Assim, dentro deste conjunto de diretrizes, elaboramos o diagnóstico do Estado, tendo por base diversos indicadores, levando em conta os aspectos de clima, solo, socioeconômicos, (população, renda familiar,...), dentre outros, que possibilitaram a divisão do Paraná em seis Grandes Áreas: Arenito; Basalto (norte e oeste/sudoeste); Sedimento (norte, centro e sul); Ribeira, Região Metropolitana de Curitiba e Litoral. A partir daí, foram estabelecidos 26 Projetos Estratégicos, contemplando dez temas/cadeias produtivas: Leite; Carne; Frutas; Café; Horticultura; Floresta; Piscicultura; Agroindústria Familiar; Mercados Institucionais e Inclusão.

Esta leitura que fazemos do nosso Estado nos permite monitorar e avaliar ainda melhor as políticas públicas que estamos implementando, procurando fazer do Paraná um Estado agrícola, como é de sua vocação, alicerçando a sua economia e tornando os nossos agricultores exemplos de produção sustentável.

Norberto Anacleto Ortigara

BETO RICHAGovernador do Estado

CIDA BORGHETTI Vice Governadora do Estado

NORBERTO ANACLETO ORTIGARASecretário de Estado da Agriculturae do Abastecimento

MÁRIO BEZERRA GUIMARÃESChefe do Núcleo Regional da SEAB

EMATERRubens Ernesto NiederheitmannDiretor Presidente

Paulo Cesar HidalgoDiretor Técnico

Richard GolbaDiretor Administrativo

Cristovon Videira RipolGerente Regional de Apucarana

Organização da RevistaGiulia Sá Barreto

EmaterUnidade Regional de ApucaranaR. Cel Luiz José dos Santos, 432 Bairro 28 de Janeiro Fone (43) 3420-4100Apucarana - Paranáwww.emater.pr.gov.br

Edição e DiagramaçãoSEGURA Gráfi ca e EditoraTiragem: 3.500Impressão: SEGURA Gráfi ca e Editora

E xpedientePALAVRA DO SECRETÁRIOPALAVRA DO SECRETÁRIO

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Foto CapaAdenir de Carvalho - EMATER

Fotos MatériasAcervo EMATER e parceiros

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Nos últimos 60 anos, a agropecuária do Paraná saiu de um estágio rudimentar para hoje ser destaque nacional e internacional. A Extensão Rural Oficial executada pelo Instituto Emater esteve presente em todos os momentos importantes dessa caminhada, ora liderando processos, ora executando programas e políticas públicas, sempre atuando em parcerias, especialmente com municípios rurais, ao lado dos agricultores, suas famílias e suas organizações representativas.

Nossa preocupação vai muito além do fortalecimento agrícola. Nosso compromisso é, por meio de diversas atividades, dar qualidade de vida aos produtores para que eles permaneçam no campo, valorizando sua atividade e produzindo mais e de forma adequada. Para o agricultor, a terra é muito mais que um meio para produção: é fonte de renda e futuro da família. Temos como

estratégia um processo educativo, contínuo e não formal, utilizando para isso a metodologia extensionista.

Para a população urbana, a valorização da agricultura familiar garante mais qualidade nos alimentos que chegam à mesa, mais desenvolvimento econômico para o estado, mais igualdade de oportunidades e inclusão social. Nosso trabalho sempre se pautou nestas prioridades, com práticas de valorização dos trabalhadores e distribuição de renda favorecendo o crescimento dos municípios rurais.

Desde o início, o objetivo é transformar o agricultor em protagonista de seu desenvolvimento pessoal. Hoje, celebramos o passado e olhamos para o futuro reafirmando o compromisso tanto com o com o público rural, no apoio e assistência, como com a sociedade urbana, por meio do fornecimento de alimentos saudáveis e a qualidade do meio ambiente. Afinal, o público urbano depende da economia rural.

Neste sentido, a Expotécnica já na sua 23ª edição é desses eventos que sempre nos surpreende e inova, vai além, muito bem alinhado aos Projetos Estratégicos do Sistema Estadual de Agricultura que contempla as cadeias produtivas do Paraná e aos conceitos e objetivos da Campanha Plante seu Futuro. Realizada em 10 hectares de área, talvez seja um dos maiores eventos técnicos do Brasil em tecnologias para o Trigo e Manejo de Solos e Águas e com certeza é o maior evento nacional realizado dentro de uma propriedade rural de um agricultor, a Família D`Agostini, a quem temos muita gratidão. São 122 entidades e empresas parceiras envolvidas, 35 técnicos e administrativos da EMATER na organização e execução do evento, cerca de 20 pesquisadores de todo o Brasil, mais de 70 técnicos da iniciativa privada, 3.000 participantes com cerca de 2.500 agricultores nos dois dias de trabalho.

Neste evento, mais uma vez, toda a nossa alegria e emoção de ser Extensionista e junto com uma equipe brilhante, semear e realizar sonhos de famílias de agricultores paranaenses.

Boa Leitura!

MENSAGEM DA DIRETORIAMENSAGEM DA DIRETORIA

FETAEP

Promoção e realização:

Page 5: Emater-PR: Revista Expotécnica

Cerca de dois milhões e quinhentos mil famílias do campo recebem Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), sendo que a operacionalização desses serviços se torna possível graças a 26 mil técnicos extensionistas rurais, em todo o Brasil, que convivem, todos os dias com estas famílias, dividindo conhecimento e experiências, cuja interação técnico/a – produtor/a possibilita produzir maior quantidade e melhor qualidade, ajudando a melhorar a renda e a qualidade de vida dessas famílias. Cerca de outros milhares de extensionistas de organizações não governamentais, com contrato para atuação em projetos específicos ou por períodos determinados, e das organizações dos produtores rurais, se somam nas ações deste grande trabalho no país. Como reconhecimento a esse trabalho, no dia 06 de dezembro, celebra-se o Dia Nacional do Extensionista Rural.

A Extensão Rural, que se constitui em um serviço público de educação não formal, permanente e continuado, no meio rural, desempenha papel importante no acesso ao conhecimento e na operacionalização das políticas públicas, junto aos agricultores para o fortalecimento da agricultura e promoção do desenvolvimento rural sustentável.

Segundo dados da FASER/Federação Nacional dos Trabalhadores da Assistência Técnica e Extensão Rural e do Setor Público Agrícola do Brasil este conjunto dos trabalhadores das entidades estaduais de Ater Pública e Estatal constitui uma extraordinária e inigualável rede de agentes de desenvolvimento rural através dos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural – Ater que congrega mais de vinte e seis mil profissionais, atuantes em 5.298 municípios, presentes em 95% do território brasileiro, sendo sem sombra de duvidas, o serviço público com maior capilaridade no meio rural, uma das mais expressivas redes de construção coletiva do conhecimento, no âmbito do desenvolvimento rural sustentável.

O Paraná vem perdendo esta condição, posto que a Emater, braço oficial do Governo do Estado na execução dos serviços de ATER e na operacionalização das Políticas Públicas emanadas dos governos nos três âmbitos executivos, já contou com mais de 1800 técnicos de campo, que hoje totalizam apenas 44% daquele número. No ano passado, do total de 400 unidades municipais, 170 contavam com apenas 1 técnico e outras 44 unidades não tinha técnico, as quais eram atendidas por extensionistas de municípios vizinhos. Em 2016, com a adesão de 143 funcionários ao Processo de Demissão Voluntária/PDV, somados aos que aposentaram, o esvaziamento ficou ainda maior. Neste ano a Emater completa “60 Anos”, de bons serviços prestados à sociedade paranaense e o quadro atual sobrecarregado, responde por um número grande de programas e projetos de interesse da sociedade e, sobretudo dos Agricultores Familiares que garantem a geração de trabalho e renda para sua sustentabilidade e para economia local em especial pela oferta de alimentos. Com a

recomposição do quadro de extensionistas, parte dos quase 130 mil agricultores sem assistência técnica, no Paraná poderão ter suas demandas atendidas, acessarem as politicas públicas e entrarem na lista dos que contribuem para o desenvolvimento do nosso estado.

Embora os governos Federal e o do Estado do Paraná tenham criado políticas públicas de ATER com destaque para a criação da ANATER (Agência Nacional de ATER), a lei nacional e estadual de ATER e o estabelecimento do quadro de funcionários do EMATER definido em 1.600 extensionistas, políticas estas que deverão ser melhoradas e ampliadas garantindo um serviço de extensão que atenda os reclames da Agricultura Familiar primando pelos princípios da abrangência, qualidade e eficiência.

O momento do rural paranaense, como protagonista na produção de mercadorias e de alimentos, nos mostra que o desafio fica ainda maior e a esperada contratação dos técnicos/as concursados é urgente e necessária, para fazer frente e esta grande demanda e nova fase de produção de alimentos e para soberania nutricional e alimentar no campo e na cidade tendo como base a família rural e os agentes de Ater e da Pesquisa, buscando diminuir as desigualdades sociais e ao mesmo tempo promover a inclusão produtiva e econômica e o comprometimento com a preservação e conservação dos recursos naturais para sustentabilidade das unidades de produção familiar, que sempre foram os principais objetivos do Instituto .

Neste dois mil e dezesseis, quando a Emater faz 60 anos, as grandes homenagens recebidas por todos os rincões do Estado são o reconhecimento da importância dos serviços de ATER prestados pela instituição, aos quais agradecemos cordial e sinceramente. Contudo, o maior presente que gostaríamos de receber é a contratação dos técnicos concursados, para recompor o quadro de extensionistas e retribuir todas essas homenagens com fortalecimento dos serviços e o compromisso de reforçar e ampliar as contribuições para o desenvolvimento do nosso estado do Paraná.

Engº Agrº Cristovon Videira RipolGerente Regional

Méd Vet. josé Francisco Cézar LacerdaCoordenador Regional de Produção Animal e Agroindústria

Zootecnista Geraldo Sincero SobrinhoCoordenador Regional de Desenvolvimento Rural

Economista Ovidio Cesar BarbosaMacro Norte - Cooperativismo

Engº Agrº Nelson HargerGestor do Projeto Grãos Sustentáveis

Adm. Gilberto Aparecido CelinskiCoordenador Regional Administrativo

Quézia Azarias Bassaco NunisAssistente Administrativa (Adm. de Empresas)

Iris Campestrini HargerAssistente Administrativa (Gestão Pública)

Angela Maria GomesAssistente Admnistrativa (Gestão Pública)

Equipe Regional Emater Unidade Regional de Apucarana43 3420-4100 - [email protected]

EQUIPE:

EXTENSIONISTA: PRESENÇA AMIGA NA PRODUÇÃO RURALEXTENSIONISTA: PRESENÇA AMIGA NA PRODUÇÃO RURALEXTENSIONISTA: PRESENÇA AMIGA NA PRODUÇÃO RURALMensagem da Equipe RegionalMensagem da Equipe Regional

Equipe da EMATER da região de Apucarana durante lançamento da 23ª EXPOTÉCNICA

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60 Anos

Compromisso com oDesenvolvimento Rural06

O Município de Sabáudia recebeu a 3ª Festa da Família Rural e o Lançamento da 23ª Expotécnica que contou com a presença de aproximadamente 800 participantes e várias autoridades, entre elas o Prefeito Municipal Sr. Edson Hugo Manueira, o Vice-Prefeito Sr. Jair de Oliveira, o Gerente Regional do Instituto Emater de Apucarana Sr. Cristovon Videira Ripol, o Secretário Municipal de Agricultura Sr. Mauro Castilho, o Presidente do Sindicato Rural de Sabáudia e Vice-Presidente do CMDRSS Sr. Euclênio Vendramento Junior, o Presidente da Associação de Agricultores Sr. Adevaldo Valderrama, o agricultor Sr. Cláudio D'Agostini, proprietário da área de realização da Expotécnica, além de vereadores e secretários municipais.

A festa é tradicional no município e tem o objetivo de realizar uma confraternização entre as famílias rurais e lançar a Expotécnica, o mais antigo e o maior evento tradicionalmente realizado em uma propriedade rural particular em todo Brasil, onde 7,26 hectares do Sítio São José, na Comunidade do km 21, de propriedade de Cláudio Vicente D'Agostini serão ocupados por exposição estática e dinâmica de máquinas e equipamentos agrícolas, pelo circuito da Campanha Plante seu Futuro, pelas unidades demonstrativas de Cultivares de Trigo, a Feira da

Agroindústria Familiar e pelas Oficinas da Rede Integrada de HortiFruti (HF), Café Mecanizado Modelo Paraná, Leite Competitivo, Pecuária Moderna, Conceitos em Agroecologia, Novos Negócios para Mulheres e Jovens Rurais, o uso de Drones na Agropecuária, dentre outras atividades de apoio, expositiva e operacional.

Na ocasião o prefeito municipal e o vice-prefeito receberam o primeiro convite e adesivo do evento que será realizado nos dias 07 e 08 de julho de 2016. Todos os demais parceiros e famílias rurais presentes também já receberam os convites pelas mãos da equipe técnica do EMATER da região de Apucarana que compareceu com um grande time no evento de lançamento em pleno feriadão. Em sua fala o Gerente Regional Cristovon Ripol destacou os 60 anos da EMATER que foi comemorado em 20 de maio e fez um relato da história do Instituto desde 1956. Também enfatizou os inúmeros avanços no campo pela força da extensão rural oficial do estado e suas parcerias, citando, por exemplo, que a Expotécnica também é um legado deste trabalho em prol do desenvolvimento rural sustentável do Paraná fazendo parte da história do Plantio Direto no Brasil, devendo ser orgulho da população de Sabáudia e de seus agricultores.

SABÁUDIA REALIZA A 3ª FESTA DA FAMÍLIA RURALE O LANÇAMENTO DA 23ª EXPOTÉCNICA

Prefeito Hugo Manueira abre o lançamento da 23º Expotécnica

Prefeito Hugo , Vice prefeito Jair de Oliveira, recebem do gerente da Emater o convite oficial da 23º Expotécnica

Luiz Marcelo Franzin, coordenador geral da Expotécnica

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SUMÁRIOSUMÁRIO

MORANGO SEMI HIDROPÔNICO: UMA NOVA PROPOSTA DE DIVERSIFICAÇÃO E RENDA

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26EMATER: 60 ANOS DE EXTENSÃO RURAL NO PARANÁ

26

38USO DE DRONES NA AGROPECUÁRIA

38

47PESQUISA AMPLIA OFERTA DE CULTIVARES DE CAFÉ

47

REDE INTEGRADA DE HORTIFRUTI HF É LANÇADA EM APUCARANA

45MIP EM SOJA REDUZ EM MAIS DE 50% AS APLICAÇÕESDE INSETICIDAS NO PARANÁ

45

3232

Page 8: Emater-PR: Revista Expotécnica

23ª E X P O T É C N I C A - 07 e 08 de JULHO de 2016 - S A B Á U D I A - P R

Legenda Áreas Menores = 36 m2

Áreas Médias = 200 m2

Áreas Grandes = 900 m2

EMPRESA TECNOLOGIA

DISPERSÃO

FRUTICULTURA

OLERICULTURA

CIRCUITO "H F"

AGROECOLOGIA

COOFAGRO

FEIRA AGROINDÚSTRIA

Prefeitura

EMATER

SEAGRI

ORGÃOS PARCEIROS

EMBARCADOURO

INSCRIÇÃO

RECEPÇÃO

CULTIVARES DE

TRIGO

FORQUÍMICA

BASF

CIRCUITOCampanha Plante seu

Futuro

EMPRESAS PARCEIRAS -

ÁREAS

MÉDIAS

EMPRESAS PARCEIRAS -

ÁREAS GRANDES

PRAÇA

DE

ALIMENTAÇÃO

EMPRESAS PARCEIRAS ÁREAS MENORES

EUCALIPTOS

BARRACÃO RESTAURANTE

ESTRADA PARA VILA VITóRIA e VILA PROGRESSO

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Piscicultura

Sanitários

Tanque

Grade Orientadora do Acesso

Oficinas

Técnicas

Postes

Arranjo

do Evento

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EMBRAPAIAPAR

BIOTRIGO

FUNDAÇÃO PRO SEMENTES

BELAGRÍCOLA

Dinâmica de Inovações em Máquinas e Equipamentos Agropecuários

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NUFARM

ESTACIONAMENTO

Café Mecanizado Modelo Paraná

CIRCUITO

"H F"

Leite Competitivo e Pecuária Moderna

CIRCUITO

"H F"

Novos Negócios para Mulheres e Jovens Rurais

CIRCUITO

"H F"

Uso de Drones na Agropecuária

CIRCUITO

"H F"

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23ª E X P O T É C N I C A - 07 e 08 de JULHO de 2016 - S A B Á U D I A - P R

Faça sua reserva:

- Unidade Municipal Emater Sabáudia: (43) 3151-1374 / (44) 9965-3894 / (43) 9614-6865

- Email: [email protected]

A: Tarumã

©

B:

Tarumã

©

C:

Bavaria

©

D: Ciavena

©

E:

Lavorpeças

©

F: Aravel

©

G: Banco do Brasil

©

H:

CR TUR

©

I:

Implemaster

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J:

Divesa

©

L: PESA

©

M: Edificasa Loteadora Incorporadora

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N:

O:

P:

Q:

R:

GR Máquinas

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S:

GR Máquinas

©

1: Sicredi

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2:

Ivo Agrícola

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3: Pneuac

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4:

Lubriara

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5: Otto Sistemas Hidráulicos

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6: Oro Agri/Agro 100

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7: Maglon Motoserras

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8:

Metalúrgica Imbriani

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9:

Tarugão

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10: Favoretto Agrícola

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11: Viveiro Saragoça

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12:

Rank Agrícola

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13: Belagrícola Seguros

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14: Alvoteq

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15: Minorgan

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16:

Quimilab Laboratórios

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17: Agral

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18:

ATZ Pneus/Vipal

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19: Sindicato Rural

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100: Planti Center

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101: Dimasa/Massey Ferguson

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102: Horizon/John Deer

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103: Simex/New Holland

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104: Cocamar

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105:

DHL/Valtra

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106: Precisão Máquinas/Stara

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CIRCUITO CAMPANHA PLANTE SEU FUTURO

Parceiros: Embrapa, Iapar,

Basf, Nufarm, Biotrigo, Fundação Pró-Sementes, Forquímica e Belagrícola

©

DINÂMICA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

©

CIRCUITO HF:

Parceiros:

Metaflon, Irrigafort,

Horticenter Agrícola, Santa Clara

Agrociência, Ponto Rural

e

ZTrading

©

OBS: ©: confirmado

®: reservado

24ª Expotécnica

2017 vem aí …

Page 10: Emater-PR: Revista Expotécnica

OS FILHOS DA FAMÍLIA BARBARESCO ESTÃO ASSUMINDO SUA PROPRIEDADE E PRETENDEM CONTINUAR NO CAMPO

Técnico Roque Pires da Fonseca e a família Barbaresco em visita à estufa

FAMÍLIA DE GRANDES RIOS VINCULADA À COFAI,É EXEMPLO DE SUCESSÃO NA AGRICULTURA

A sucessão familiar é um tema comum nas discussões de organizações governamentais e da iniciativa privada. Neste sentido, na agricultura familiar o processo sucessório se concretiza com a transferência de poder e patrimônio entre gerações no âmbito da produção. Esse processo contribui para a retirada gradativa das gerações mais idosas da gestão da propriedade e para a formação profissional de um novo agricultor. Esta realidade também tem preocupado o jovem rural que, muitas vezes ao não atingir seus objetivos na propriedade rural, procura novas alternativas de trabalho no meio urbano. A mudança para a cidade implica em uma série de dificuldades, principalmente quando o jovem não tem qualificação adequada para os serviços urbanos que estão sendo ofertados.

A família Barbaresco, moradora do município de Grandes Rios está conseguindo se manter na atividade rural com renda e qualidade de vida. Os Barbaresco possuem uma propriedade de 12 ha onde os seis membros da família exploram principalmente a olericultura. Segundo a jovem Cristina Barbaresco, “As coisas sempre foram muito difíceis, toda vida meus pais trabalharam muito e à medida que eu e meu irmão fomos tendo mais conhecimento, ajudamos a família no trabalho da lavoura e também trouxemos novas informações e oportunidades”. A família começou com uma pequena horta com a produção voltada para o consumo próprio, mas, como a produção foi muito bem começaram a atender o mercado local. Hoje, além do plantio a céu aberto ainda possuem

quatro estufas, duas para produção hidropônica.

Para a dona Elza, a matriarca, as oportunidades aumentaram depois que a família começou a comercializar para os programas do governo como o PAA e PNAE, afinal este mercado possibilitou à família aumentar a área plantada e adotar novas tecnologias. “Começamos atendendo o Compra Direta, depois o PNAE para a merenda do município e em 2014 a Cooperativa dos Agricultores Familiares de Novo Itacolomi – COFAI nos procurou para atender o PNAE estadual e entregar nas escolas de Grandes Rios e Rosário do Ivaí. Isto nos deu mais incentivo ainda para investirmos na olericultura, o que está garantindo a permanência dos meus filhos na propriedade”.

Além do mercado institucional e o mercado local, a família vende sua produção para atacadistas que atendem o CEASA de Londrina e Maringá, para isto, além das quatro estufas, também exploram algumas culturas a céu aberto produzindo dez espécies de olerícolas até o momento. A jovem Cristina, formada em Administração de Empresas, e seu irmão João Antônio estão assumindo a propriedade que além da olericultura, conta também com uma pequena produção de bovinos de corte. Para o Técnico Agropecuário Roque Pires da Fonseca, estas políticas não somente garantem uma alimentação saudável aos consumidores e principalmente aos alunos das escolas municipais e estaduais, como também são uma grande oportunidade para os jovens que querem continuar trabalhando na propriedade.

Por Ovídio Cesar Barbosa

60 Anos

Compromisso com oDesenvolvimento Rural10

Page 11: Emater-PR: Revista Expotécnica

BOAS PRÁTICAS DE MANEJO DE SOLO NA CAFEICULTURA NORTE PARANAENSE

AS PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO DE SOLO APLICADAS PELOS TÉCNICOS DO EMATER TEM SE MOSTRADO EFETIVAS PARA O AUMENTO DE PRODUÇÃO E CONSERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE.

A preocupação com a preservação da água, solo e meio ambiente tem demandado o uso adequado dos recursos naturais. Para isso, técnicas modernas de plantio tem sido desenvolvidas em conjunto com tecnologias já em utilização há muito tempo.

O cultivo do café é uma das culturas onde as técnicas de conservação de solos se faz necessária. Já no momento do plantio a recomendação é que se faça a demarcação e construção de curvas de nível para que a água da chuva não atinja o solo com velocidade causando enxurradas, e consequentemente evite a erosão e facilite as operações posteriores da cultura do café.

Porém, as curvas de nível não devem ser uma prática isolada. Elas devem ser associadas a outras práticas comuns como a construção de caixas laterais, locação de carreadores, descompactação e correção de solo, adubação e manejo de ervas daninhas. Quando desenvolvidas em conjunto, essas práticas mostram um aumento considerável na produtividade da cultura.Finalmente, contribuem para a preservação do meio ambiente.

Alguns dos exemplos adotados por cafeicultores da região incluem o manejo das ervas daninhas por meio do plantio da gramínea brachiaria, prática que melhora as condições físico-químicas e biológicas do solo por meio da melhor infiltração da água e diminuição do impacto da chuva. Além de não competir com a lavoura de café, o plantio da gramínea brachiaria proporciona a boa cobertura vegetal e ainda reduz custos com capinas e em alguns casos até se observa o controle do amargoso.

O produtor só tem a ganhar quando realiza boas práticas agrícolas sob a orientação da pesquisa e da assistência técnica. Ele percebe grande aumento de produtividade, conserva o solo, diminui a utilização de insumos, prepara o solo mais facilmente e valoriza sua propriedade. Finalmente, contribui para a preservação do meio ambiente.

Área de café no município de Apucarana assistida pela EMATER

60 Anos

Compromisso com oDesenvolvimento Rural 11

Por Marco Antonio Casini Sanchez

Toda tecnologia voltada a adequação das lavouras para a mecanização

Page 12: Emater-PR: Revista Expotécnica

EMATER DE JANDAIA ORIENTA PRODUTORES SOBRE NOVAS REGRAS DE ROTULAGEM

OS PRODUTORES FORAM ORIENTADOS SOBRE AS LEGISLAÇÕES E COMO DEVEM PROCEDER AO ROTULAREM SEUS PRODUTOS PARA O CONSUMO

O Instituto Emater de Jandaia do Sul realizou reunião para orientar produtores ao cumprimento da RESOLUÇÃO SESA nº 748/14, que regulamenta a rotulagem de produtos Hortícolas in natura, a granel e embalados, que sejam produzidos, distribuídos ou comercializados nos municípios e no Estado do Paraná.

A Instrutora Elisangeles Souza da FAEP deu enfoque para as legislação de referência (federal, estadual e da Resolução SESA). Ela também apresentou a cartilha que visa orientar o cumprimento dessa resolução, descrevendo as informações obrigatórias que um rótulo deve conter para garantir a rastreabilidade de origem dos produtos hortícolas, desde a produção até chegar aos pontos de venda ao consumidor.

Além de produtores de hortifruti dos Municípios de Jandaia do Sul e Cambira, esteve presente no evento o Coordenador da Regional da EMATER de Apucarana da Área de Sustentabilidade, representantes da AFEJAN, os responsáveis da Secretaria da Agricultura de Jandaia do Sul, o responsável da Secretaria da Agricultura de Cambira, a representante da Secretaria de Saúde de Jandaia do Sul, técnicos da EMATER, da SEAB e empresas parceiras.

Por Mauro Rodrigues dos Santos

"Para o cumprimento dessa resolução várias instituições vem trabalhando em conjunto: Emater, Secretaria de Agricultura, Secretaria de Saúde e produtores de Hortifrut, devem beneficiar a sociedade, o consumidor, que terá maior segurança e o seu direito a informação respeitado e também os produtores que terão o reconhecimento da qualidade e o seu nome associado ao produto", finaliza Mauro do Instituto Emater.

MAIS INFORMAÇÕES:

MAURO RODRIGUES DOS SANTOS

EMATER – JANDAIA DO SUL

(43) [email protected]

Instrutora da FAEP falando da Resolução SESA e da cartilha sobre rotulagemO técnico Mauro fazendo a abertura da Reunião com os parceiros

PRODUTO COM ORIGEM RASTREADA

Palmas/PR

Carlos Ferreira de Souza

Sítio Macieiras

CPF: 789122366-73

MAÇÃ GALAMODELO

Page 13: Emater-PR: Revista Expotécnica

A DIVERSIFICAÇÃO DE CULTURAS INCREMENTA A RENDA DE PROPRIEDADES FAMILIARES EM CALIFÓRNIA

A DIVERSIFICAÇÃO MOSTRA QUE AGRICULTORES FAMILIARES PODEM SER COMPETITIVOS MESMO COM PEQUENAS PROPRIEDADES

O conceito de diversificação pode ser explicado como a harmonização à multifuncionalidade da mão de obra, no exercício simultâneo de várias atividades executadas por uma única pessoa.

A importância da diversificação na composição da renda dos agricultores familiares do município de Califórnia, comprovou que esse tipo de produção influencia diretamente o aumento das receitas dos produtores. No município, a produção de mais de um item pode elevar a renda mensal das propriedades familiares em R$ 3000,00.

A diversificação se torna uma condição indispensável a sobrevivência e a competitividade das propriedades familiares na medida em que garante a diversidade de culturas gerando renda através de novas oportunidades de negócio, melhorando o fluxo de caixa e motivando os jovens rurais a permanecerem na propriedade.Além disso, quando a propriedade explora várias atividades, como por exemplo a avicultura integrada, a pecuária leiteira, o cultivo de hortaliças e o milho, há uma agregação de valor dos produtos por meio de sua integração, o que torna a propriedade mais sustentável, afinal, cada cultura pode ser utilizada no processo de produção da outra.

Adicionalmente, a diversificação se torna uma alternativa

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Compromisso com oDesenvolvimento Rural 13

Por Romeu Suzuki

para a diminuição de custos das atividades da propriedade, o que consequentemente reduz a instabilidade do mercado agropecuário.

Um exemplo de propriedade diversificada é o sítio da família Martins Martim, que sob a orientação da Secretaria de Agricultura de Califórnia e do Instituto Emater tem conseguido obter resultados positivos em todas as suas atividades.

MAIS INFORMAÇÕES:

ROMEU SUZUKI

EMATER - CALIFÓRNIA

(43) 3429-1549

[email protected]

O engenheiro agrônomo Romeu Suzuki em visita à família Martins Martim

Page 14: Emater-PR: Revista Expotécnica

MAIS INFORMAÇÕES:

ILSO DOS SANTOS MOREIRA

EMATER - MARILÂNDIA DO SUL

(43) [email protected]

60 Anos

Compromisso com oDesenvolvimento Rural14

No dia 07 de abril de 2016, representantes do Governo do Estado, do Banco do Brasil, Emater e Prefeitura de Marilândia do Sul, realizaram entrega de 16 casas para famílias de agricultores familiares de diversas comunidades rurais de Marilândia do Sul.

As 16 moradias de 47 m² cada foram construídas com apoio do PNHR - Programa Nacional de Habitação Rural (Minha casa Minha Vida) do Governo Federal, com financiamento através do Banco do Brasil com investimento total de R$ 456.000,00, sendo R$ 28.000,00 por unidade. A participação do governo estadual no projeto envolveu o trabalho da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, o Instituto Emater e a Copel.

O Instituto Emater apoiou o projeto na seleção dos beneficiários conjuntamente com a Secretaria de Agricultura Municipal e o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural. O programa beneficia famílias de baixa renda comprovadas na Declaração de Aptidão ao Pronaf – DAP que pagam pelo beneficio apenas R$ 1.120,00, dividas em 4 prestação anuais, de R$ 280,00 cada uma.

Dentre as famílias beneficiadas, destaca-se a da Sra. Geralda Aparecida Freitas de 58 anos, que reside numa pequena propriedade na comunidade Nova Amoreira, juntamente com seu Esposo Laudemir dos Santos Lara, 55 anos. Dona Geralda, reside desde os 13 anos de idade em um sitio de 1 alqueire que herdara de seus pais. Juntamente com seu esposo Laudemir cultivam tomates, cenouras e ainda cuidam de pequenos animais que servem para a subsistência da família. Dona Geralda diz estar muito feliz com o beneficio recebido, pois não tinham condições de investir na melhoria de sua moradia, que era de madeira, bem antiga e onde residia há mais de 20 anos.

De acordo com o prefeito de Marilândia do Sul, Pedro Sérgio Mileski, os investimentos em projetos habitacionais rurais são essenciais para o município, cuja maior parte das riquezas é gerada no campo. “Marilândia do Sul tem a sua economia voltada para o campo, com o maior Produto Interno Bruto (PIB) agrícola dos municípios que integram a Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi)”, comenta. “Por isso, contamos com o apoio do Estado

e demais parceiros para manter a nossa população na zona rural”, finaliza Mileski.

AGRICULTORES FAMILIARES SÃO BENEFICIADOS COM MORADIAS EM MARILÂNDIA DO SUL

Por Ilso dos Santos Moreira

Moradia atual da família. Na foto encontram-se o Secretário de Desenvolvimento Econômico, o Extensionista do Emater, o casal beneficiado e Prefeito Municipal (da esquerda p/ direita)

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AGRICULTURA FAMILIAR FORNECE MAIS DE 50% DOS ITENS DA MERENDA DE APUCARANA

Programas como o de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) vêm garantindo a geração de renda a pequenos agricultores. Em Apucarana, a partir de 2013, o Município ampliou os investimentos nestas iniciativas e criou novas alternativas para o fortalecimento do setor. Exemplo disso é o Programa Terra Forte, que desenvolve várias ações de apoio à agricultura familiar, como a fertilização do solo e o incentivo à fruticultura.

O município garante a aquisição de boa parte da produção, destinando os produtos à merenda escolar servida diariamente a estudantes da rede municipal de ensino e também a entidades assistenciais. “A Lei 11.947 determina que, no mínimo, 30% da merenda escolar seja comprada diretamente de agricultores familiares. Em Apucarana, estamos indo além, comprando mais de 50% dos pequenos produtores”, ressalta o prefeito de Apucarana.

O mesmo lembra que em 2014, através da Secretaria de Agricultura, o Município lançou o Programa Terra Forte. O apoio aos pequenos agricultores vai desde o fornecimento de insumos (calcário e fosfato natural) para a fertilização do solo até a distribuição de mudas frutíferas selecionadas (uva, figo, maracujá, banana, goiaba e morango), passando por cursos de orgânicos e de criação de abelha nativa.

O principal objetivo, conforme o prefeito, é fixar as famílias no campo e promover a diversificação das propriedades.

“Investimos inicialmente R$ 500 mil no programa. No caso do fornecimento de insumos, o agricultor não tira um centavo do bolso. Através de um termo de convênio, agora em 2016 o pagamento do calcário já está sendo feito com a entrega de hortifrútis da própria produção para o Município”, explica.

O Departamento Municipal de Alimentação Escolar já vem recebendo algumas frutas plantadas através dos incentivos oferecidos pela Prefeitura, como banana e maracujá. “As frutas se somam aos cerca de 70 itens que já compramos dos agricultores familiares, aquisições que totalizam mensalmente em torno de R$ 150 mil. Os agricultores se organizaram e a entrega dos hortifrútis ocorre todas as terças-feiras”, conta Jaqueline de Oliveira, que conduz os trabalhos com as colegas nutricionistas Laryssa Kapasi e Deise Figueiredo.

Conforme João Carmo da Fonseca, extensionista da Emater, a garantia de aquisição dos produtos encoraja os agricultores a fazerem investimentos e a ter uma visão empreendedora. “Os agricultores passaram a se documentar, a formalizar a propriedade, a tirar CAD/PRO na Prefeitura, a abrir conta no banco, a se associar numa cooperativa. Além disso, eles conseguem ter acesso à seguridade e se sofrem algum acidente de trabalho eles têm cobertura porque está tudo documentado”, pontua.

Por: Assessoria de Imprensa Prefeitura de Apucarana

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Produtor de Apucarana, Sr. Orlando Lorenzini apresenta sua lavoura de couve, distribuído para a merenda do município

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Em 2014 na 21ª edição da Expotécnica, foi apresentada a cultura do morango suspenso (semi-hidropônico), como uma alternativa de diversificação, empregabilidade e renda para a família rural. Essa exploração apresenta uma série de vantagens por estar protegida em estufa: minimiza as perdas pelas adversidades climáticas com uma menor incidência de doenças e utiliza pouco agrotóxico, produzindo frutos de melhor qualidade com maior segurança alimentar. Além dessas vantagens, o produtor pode instalar o pomar próximo a sua residência e pode manejar a cultura em pé, com maior ergonomia no trabalho. A cultura, por estar protegida e utilizar variedades importadas apropriadas, tem o seu período de colheita prolongada, o que proporciona maior facilidade para comercializar a produção quando a oferta do fruto é baixa.

MORANGO SEMI HIDROPÔNICO: UMA NOVA PROPOSTA DE DIVERSIFICAÇÃO E RENDA

Por Fernando Antônio Martin

PRODUÇÃO DIFERENCIADA PERMITE A COLHEITA DO FRUTO DURANTE TODO O ANO E FAMÍLIA DE APUCARANA APROVEITA OS BONS RESULTADOS.

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O primeiro gráfico mostra uma produção média maior entre os meses de julho a novembro, quando os preços são menores. A partir daí, devido à elevação da temperatura, ocorre uma diminuição da produção, compensada pelo aumento do preço médio do morango, que é demonstrado no segundo gráfico.

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Segundo o Eng. Agr. Fernando Martin, da Emater de Apucarana, durante o trabalho de acompanhamento, observamos que o sucesso do empreendimento depende do bom planejamento das atividades. Deve ser observado a disponibilidade de mão de obra na propriedade: 4 horas por dia, com boa integração entre os familiares. Por ser tratar de uma exploração intensiva, o morango semi hidropônico exige do produtor dedicação, organização, abertura às inovações e que sigam as recomendações e protocolos técnicos. Por isso, a assistência técnica com acompanhamento periódico se torna fundamental, assim como um bom direcionamento para aplicação dos recursos por ocasião da implantação da cultura.

Considerando que o suprimento de morango do mercado regional depende da produção de outras regiões e de outros estados da federação, o cultivo do morango semi-hidropônico é uma boa opção de diversificação, empregabilidade e renda para a agricultura familiar.

MAIS INFORMAÇÕES:

FERNANDO ANTÔNIO MARTIN

EMATER - APUCARANA

(43) 3420-6250

[email protected]

Após essa divulgação, cinco produtores implantaram a cultura na região, criando referência para os demais interessados, a exemplo do casal Leila e Marley Cantáfio, que tem sua propriedade localizada na comunidade do Barreiro em Apucarana. No primeiro ano, com maior dificuldade por não estarem familiarizados com a cultura, obtiveram uma produção de 1.800 kg, o que foi suficiente para pagar os investimentos com as instalações e implantação da cultura. A comercialização da produção foi feita inicialmente por meio dos Programas PAA e PNAE, com o fornecimento direto para merenda escolar, e através disso, o casal teve tempo de conhecer novos mercados de sorveterias, confeitarias e frutarias que passaram a adquirir parte de sua produção a melhores preços, principalmente quando o produto fica escasso no mercado local.

Os gráficos abaixo mostram o resultado da produção e renda obtida na safra 2015 / 2016, período que o casal Cantáfio produziu 1.986 kg de morango com 2.500 plantas que restaram sadias das 3.000 plantadas na safra anterior. Essa produção foi comercializada a um preço médio mensal que variou de R$ 8,90/kg nos meses de junho a agosto, chegando a R$ 14,00/kg a partir de março.

Casal Leila e Marley Cantáfio colhendo morango Divulgação da Proposta na 21ª Expotécnica

Page 18: Emater-PR: Revista Expotécnica

SEGURANÇA ALIMENTAR E EXTENSÃO RURAL SÃO DISCUTIDOS NA REGIÃO DE APUCARANA

CONFERÊNCIAS DEMONSTRAM O INTERESSE DA POPULAÇÃO EM MELHORARA QUALIDADE DOS ALIMENTOS PRODUZIDOS NO PARANÁ

Nos meses de junho e julho de 2015 os treze municípios da região de Apucarana realizaram suas Conferências Municipais de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). Na oportunidade estiveram reunidos 450 pessoas, dentre elas lideranças municipais, agricultores familiares, mulheres, jovens e profissionais ligados à agricultura e à segurança alimentar. Esse processo culminou com a realização da Conferência Regional de SAN e de ATER. Nela, além das discussões dos temas abordados nos municípios, foram também escolhidos os delegados para a conferência estadual.

A realização simultânea das conferências municipais, além de otimizar os recursos financeiros, teve também como propósito a integração dos temas, haja vista a afinidade entre eles. O tema das conferências foi “Comida de Verdade no Campo e na Cidade”, a intenção da escolha desse tema decorre de que esses alimentos são, em sua maioria, originários da agricultura familiar, público este definido como prioritário para os serviços de “Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER”.

O Chefe do Núcleo Regional da SEAB, senhor Mario Bezerra Guimarães, representante do órgão responsável pela convocação das conferências, destacou a importância do envolvimento dos usuários de qualquer serviço público visando a melhoria e aprimoramento destes. “As conferências além de fazerem parte do marco legal de SAN e ATER, são a oportunidade de discutirmos os problemas e propormos soluções para resolvê-los” frisou Mário.

A partir das conferências foi criada a Comissão Regional de Segurança Alimentar e Nutricional (CORESAN), que tratará do assunto nos treze municípios da região de Apucarana. Suas comissões similares nos municípios (COMSEAs) estão sendo

Por Ovídio Cesar Barbosa e Geraldo Sincero Sobrinho

reestruturadas; e os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentáveis (CMDRs) têm a finalidade de encaminhar, a nível de município, os destinos da ATER.

MAIS INFORMAÇÕES:

OVÍDIO CESAR BARBOSA

EMATER REGIONAL DE APUCARANA

(43) [email protected]

Grupo de trabalho em uma das conferências na região de Apucarana

Page 19: Emater-PR: Revista Expotécnica

ATRAVÉS DE ASSOCIAÇÃO, PRODUTORES DE PEIXE COMPARTILHAM CONHECIMENTO E HISTÓRIAS DE SUCESSO

A ANPAQUI É O ELO DOS PRODUTORES HÁ MAIS DE 20 ANOS E SE TORNOU FUNDAMENTAL PARA A TROCA DE INFORMAÇÕES E DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES AQUÍCOLAS NA REGIÃO NORTE DO ESTADO

O Estado do Paraná é destaque na produção de pescado estando entre os cinco maiores produtores do segmento de piscicultura continental segundo o IBGE de 2015. De acordo com o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, (SEAB/DERAL, 2015), a piscicultura é praticada em todas as regiões do estado do Paraná em sistemas de produção que abrangem desde os extensivos até os super-intensivos. Em 2014, a produção de peixes, através da piscicultura situou-se por volta de 64.078,2 Ton. Um crescimento de 265,25% quando comparado com a produção do ano de 2007 (17.787 Ton.). A principal espécie cultivada é a Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) que contribui com 89,36% do total de peixes produzidos, seguida das carpas que participam com 4,48% e nativos (Piau, Pacu, Corimba, entre outros) 5,17%. As demais espécies como bagres e outros compõem somente 0,98% da produção total. A Região Norte do Paraná figura entre as principais regiões produtoras do estado com uma produção significativa originada de viveiros de terra e em tanques-redes, possuindo ainda um grande potencial produtivo a ser trabalhado. Dentro desse contexto, e contribuindo ativamente para esses números, os produtores de organismos aquáticos do norte do Paraná contam

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Compromisso com oDesenvolvimento Rural 19

Por Luiz Eduardo Sá Barreto

desde os anos 90, com uma importante instituição que representa a categoria que é a Associação Norte Paranaense de Aquicultores - ANPAQUI.

A associação iniciou suas atividades em Rolândia no ano

Reunião do "Amigos do Peixe"

Reuniões mensais do "Amigos do Peixe" sempre atraem um bom número de participantes

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MAIS INFORMAÇÕES:

LUIZ EDUARDO GUIMARÃES DE SÁ BARRETO

EMATER - CAMBÉ

(43) 3254-3219 [email protected]

de 1994, com o nome de ARAQUI (Associação Rolandense de Aquicultores), funcionando nas dependências do Instituto Emater, à época ACARPA/EMATER, com o objetivo de unir a classe aquícola através da organização do setor. A partir do ano de 2005, a sede da associação foi transferida de Rolândia para Londrina, funcionando desde então, nas dependências do Parque de Exposições Governador Ney Braga, e em 13 de agosto de 2007, foi oficializada a mudança do nome ARAQUI para ANPAQUI.

Desde então, a associação tem organizado e apoiado o setor aquícola, buscando fortalecer os aquicultores para oferecer à população um alimento de melhor qualidade de forma sustentável. Para que tais objetivos sejam cumpridos, a entidade promove palestras com pessoas de importante representatividade nas áreas afins durante suas reuniões mensais, as quais abordam diferenciados temas: desde o gerenciamento adequado da produção, apresentações de técnicas de manejo, saúde animal, novas tecnologias aplicadas, treinamentos e cursos. Além de enfatizar a importância do associativismo e organização do setor produtivo, se discute fortemente desde o sistema mercadológico (oferta e procura), até o direcionamento ao consumidor final.

Além dos conteúdos apresentados um dos pontos mais importantes são as discussões “pós-reuniões” com os participantes, onde há uma intensa e verdadeira troca de informações e experiências. Em 2002, essas reuniões deram origem a confraria denominada "Amigos do Peixe" que vai além dos encontros mensais e que são abertos a todos que tem interesse na atividade. Atualmente o "Amigos do Peixe" é um canal que congrega e serve de apoio a todos envolvidos na cadeia produtiva do pescado cultivado. Com o advento das redes sociais, principalmente Facebook e WhatsApp, hoje há uma integração maior dos participantes de forma que as informações fluem rapidamente: há troca de dúvidas, consultas, recados, fóruns, agenda de eventos, registros fotográficos e reuniões virtuais. As reuniões do "Amigos do Peixe" são realizadas mensalmente sempre nas segundas segundas feiras de cada mês. No caso de feriados, a reunião é transferida para a semana seguinte. A exceção ocorre na última reunião do ano, em Dezembro, quando a Confraria se reúne na primeira segunda feira e em Janeiro não há reunião. Normalmente as reuniões ocorrem sempre na sede do Sindicato Rural Patronal de Londrina, mas eventualmente pode ser em algum município da região.

Embora o "Amigos do Peixe" seja uma confraria puramente informal, através do seu lado jurídico, a ANPAQUI hoje é reconhecida nacionalmente e conta com o apoio de empresas do setor, cooperativas, universidades, instituições municipais e estaduais, além da assessoria do Instituto Emater que desde a sua fundação em 1994, vem contribuindo para a organização e fortalecimento da Associação e reconhecimento do "Amigos do Peixe".

Tiãozinho do Sítio São Francisco, segurando sua tilápia

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BOAS PRÁTICAS NO CAMPO DIMINUEM O USO DE INSETICIDAS NA SOJA

O MONITORAMENTO DE LAVOURAS ASSISTIDAS PELO INSTITUTO EMATER EM SABÁUDIA E ARAPONGAS TORNA POSSÍVEL O DESENVOLVIMENTO DE AGRICULTURA SUSTENTÁVEL

O trabalho de manejo de pragas desenvolvido por técnicos do Emater nos municípios de Sabáudia e Arapongas tem mostrado que é possível reduzir o número de aplicações de inseticidas na cultura da soja. Para que o processo seja efetivo se torna necessário um acompanhamento da evolução das pragas conhecido como "monitoramento de lavoura".

O trabalho que vem sendo desenvolvido nas propriedades de Eduardo Sudak em Sabáudia e Antônio Marcos Waldrich em Arapongas mostra redução significativa no uso de inseticidas por meio do retardamento da sua primeira aplicação. A técnica de monitoramento de lavoura também contribui para a redução de custos de produção e é fundamental para a tendência mundial de agricultura sustentável.

Os resultados positivos estão sendo divulgados nos dois municípios através de dias de campo, reuniões nas propriedades, encontros com produtores, líderes e televisão. Além disso, devem ser organizados seminários para a apresentação da pesquisa desenvolvida durante a execução do projeto em datas a serem confirmadas e também dentro da Expotécnica 2016. O objetivo é divulgar a técnica de forma abrangente para que a um grande número de produtores e lideres possam também aplicá-la em seus municípios.

O quadro a seguir faz um comparativo entre a média geral de aplicações de inseticida no município, o número de aplicações utilizadas pelo produtor assistido e também a duração em dias da primeira aplicação.

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Por Antônio Bodnar

Giro técnico de MIP / MID com a EMBRAPA - CNPSo em Sabaudia

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MAIS INFORMAÇÕES:

ANTÔNIO BODNAR

EMATER - ARAPONGAS

(43) [email protected]

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EXPERIMENTO MOSTRA O IMPACTO DA COMPACTAÇÃO DE SOLOS NA PRODUTIVIDADE DO SOJA

A compactação do solo é um problema de natureza física que tem se intensificado nos últimos anos, em decorrência da expansão das áreas conduzidas sob sistema de plantio direto (em que o solo não é revolvido) e também do aumento do porte e massa dos maquinários agrícolas.

O tráfego de máquinas em condições de alta umidade do solo caracteriza a receita perfeita para a compactação. Nessa situação o solo sofre uma alteração no arranjo de suas partículas, que se aproximam umas das outras, à custa de perda da porosidade natural existente. Por consequência, há um comprometimento da aeração do solo, da infiltração e redistribuição de água no perfil e do desenvolvimento do sistema radicular das plantas, em função da maior resistência imposta pelo solo à penetração das raízes. Os impactos dessas alterações se refletem em redução de produtividade e aumento da suscetibilidade do solo ao processo erosivo.

Um experimento conduzido na Unidade de Difusão Tecnológica (UDT) da COCAMAR, no município de Floresta, no Paraná, mostrou o impacto de diferentes níveis de compactação do solo sobre a produtividade da soja (safra 2013/14). Esses níveis foram criados a partir de diferentes passadas de um trator sobre o solo, em condição de elevada umidade. Dessa forma, foram definidos os seguintes tratamentos:

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Por Edner Betioli Junior

Os efeitos dos diferentes níveis de compactação puderam ser observados já na operação de semeadura, a partir do aumento do número e tamanho dos torrões, além da maior irregularidade na deposição das sementes e maior exposição das mesmas na superfície do solo; espelhamento do sulco de semeadura; maior trepidação da semeadora, etc.

Os resultados de produtividade revelaram redução de 7, 18 e 19 sc/alq nos níveis de compactação leve, moderado e forte, respectivamente, em relação ao tratamento sem compactação, conforme o gráfico abaixo.

MAIS INFORMAÇÕES:

EDNER BETIOLI JUNIOR

Unidade de Difusão Tecnológica da COCAMAR

(44) 3221-3093

Aspectos do solo após a semeadura da soja nos diferentes níveis de compactação

Page 24: Emater-PR: Revista Expotécnica

NOVAS PERSPECTIVAS PARA O PROGRAMA NACIONAL DE HABITAÇÃO RURAL - PNHR

MAIS AGRICULTORES DEVERÃO TER ACESSO A FINANCIAMENTO PARA CASAS RURAIS

O Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), alcançou resultados significativos, nos últimos quatro anos, na operacionalização de unidades habitacionais destinadas à população rural no interior paranaense. A gestão do programa tem sido descentralizada, com ações do Governo Federal, na figura dos agentes financeiros da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, e entre os órgãos de Estado, COHAPAR e EMATER, e em parcerias com os municípios.

Na região de Apucarana, sob a jurisdição do Escritório Regional da COHAPAR, 26 dos 27 municípios foram atendidos pelo PNHR, totalizando 750 contratos firmados nestes últimos anos.

Na primeira fase do programa, seguindo as Portarias Interministeriais de Nº 406/11 e de Nº 229/12, do Ministério das Cidades, o Paraná priorizou a aplicação de recursos no atendimento aos agricultores familiares do GRUPO I, ou seja, famílias com renda anual bruta de R$ 15.000,00. Essa característica socioeconômica é predominante na maioria dos 399 municípios paranaenses, principalmente na agricultura familiar de subsistência.

Procurou-se dar oportunidade a jovens casais e titulares na melhor idade, oferecendo-lhes a possibilidade de continuar no campo, através do incentivo indispensável à melhoria de vida que é a condição de habitabilidade.

O Ministério das Cidades, através da Portaria Interministerial Nº 97, de 30 de março de 2016, dispôs sobre os requisitos de participação e subvenções ao Programa Nacional de Habitacional Rural, integrante do Programa Minha Casa, Minha Vida. Os GRUPOS I, II e II, estão contemplados na Portaria contando com reajustes de valores destinados a construção habitacional.

Para o GRUPO I, os beneficiários são agricultores familiares com renda familiar bruta anual, declarada pela Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP), que não ultrapasse a R$ 17.000,00.

Por Elisângela Costa de Araujo

Sem incidência de financiamento o custo de edificação da unidade habitacional está limitado a R$ 34.200,00. Como contrapartida, a participação financeira dos beneficiários do GRUPO I, continua equivalente a 4% do valor de repasse do custo da edificação da unidade habitacional.

Nessa segunda fase do programa, os órgãos COHAPAR e EMATER, objetivam o levantamento de demanda, para viabilização dos recursos aos agricultores familiares pertencentes aos GRUPOS II e III.

Fazem parte do GRUPO II, agricultores familiares cuja renda familiar bruta seja superior a R$ 17.000,00 e igual ou inferior a R$ 33.000,00. Para o GRUPO III, os beneficiários são agricultores familiares cuja renda familiar bruta seja superior a R$ 33.000,00 e igual ou inferior a R$ 78.000,00.

Os beneficiários destes dois últimos grupos serão atendidos em condição de operação de financiamento, regido pelas regras do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, com prazo de até 30 anos para pagamento, tendo como gestores financeiros a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.

As condições operacionais do financiamento, e os pré-requisitos de enquadramento próprio para os beneficiários dos GRUPOS II e III estão sendo analisados pelos Agentes Operacionais Estaduais do programa. Técnicos da EMATER e COHAPAR em cada jurisdição territorial de seus Escritórios Regionais, estão buscando, nesse primeiro momento, junto aos municípios em potencial, a estimativa de demanda para os respectivos grupos.

Esse trabalho integrado, a exemplo efetuado com beneficiários do grupo I, visa materializar canais de informação, em potencial, aos agricultores familiares, oportunizando o acesso à habitação rural, configurando os agentes públicos como os principais operacionalizadores do PNHR no interior do Estado.

MAIS INFORMAÇÕES:

ELISÂNGELA COSTA DE ARAÚJOCOHAPAR ESCRITÓRIO REGIONAL DE APUCARANA

(43) [email protected]

Uma das famílias atendidas pelo Programa Nacional de Habitação Rural

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Em solos ‘‘cansados’’ com a falta de nutrientes, a produção é prejudicada e definida pelo elemento limitante, “É a lei do Mínimo” de Liebig.

Os solos de Kaloré e municípios vizinhos são deficientes em “Fósforo”, que é um elemento nutritivo essencial para que as plantas tenham raízes profundas e parte aérea forte e vigorosa. Ora, plantas fracas e com poucas raízes produzem pouco.

É pensando nisso, que a Prefeitura Municipal de Kaloré, EMATER, SEAB e ADAPAR, adquiriu 140 toneladas de “Fosfato Natural”, pelo Programa de Manejo e Fertilidade do Solo do Governo do Estado do Paraná, que foram distribuídos de forma gratuita a 140 famílias de pequenos produtores do município de Kaloré.

Boa parte dos agricultores distribuiu o fosfato natural a lanço sobre o solo, como se estivessem aplicando calcário e colheram bons resultados. Alguns produtores como o Sr. Josuel Bianchini fizeram uma mistura de 200 kg de fosfato natural + 800 kg de cama de frango triturada + 100 kg de gesso agrícola. A aplicação de 1.100 kg/alqueire da mistura no plantio resultou em 30 sacas a mais de soja por alqueire, comparado ao ano anterior e de outras áreas.

Assim como o fosfato natural, o calcário de conchas ou o gesso agrícola, à base de 150 a 200 kg/alqueire podem ser misturados ao adubo granulado, respondendo em incremento de produtividade entre 10 a 40 sacas por alqueire nas culturas de soja, milho e trigo. O “Fosfato Natural” corrige o solo em fósforo, o “gesso agrícola” ou o “calcário de conchas” corrigem o solo em cálcio, enxofre e o nível de acidez, equilibrando os nutrientes no

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Sr. Josuel Bianchini e o filho demonstrando a mistura de corretivos de solos

KALORÉ FAZ CORREÇAO DE SOLOSPROGRAMA DE DISTRIBUIÇÃO DE FOSFATO NATURAL, PROMOVE

A MELHORIA DOS SOLOS E A PRODUTIVIDADE EM KALORÉ

Por Arlindo Cavalaro

MAIS INFORMAÇÕES:

ARLINDO CAVALARO

EMATER - KALORÉ

(43) [email protected]

Sem a conservação de solos adequada e corretamente dimensionada, as tecnologias não se justificam.Sem a conservação de solos adequada e corretamente dimensionada, as tecnologias não se justificam.Sem a conservação de solos adequada e corretamente dimensionada, as tecnologias não se justificam.

solo. Mesmo que o produtor tenha que adquirir o produto com recursos próprios, o custo é pequeno e o beneficio muito grande, mas sempre com análise de solos e orientação de um profissional.

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LEITE COMPETITIVO

Componente fundamental no desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Brasil e das famílias dos produtores rurais, a atividade leiteira é destaque dentre as explorações que compõem o Plano Estadual da Agricultura e Pecuária da SEAB, através do Projeto Estratégico LEITE COMPETITIVO, a ser executado em parceria com as entidades e segmentos representativos do setor, Técnicos e Produtores de Leite.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cada ano a produção nacional apresenta aumentos na casa de 5%. Em 2014 foram produzidos 36,8 bilhões de litros de leite no Brasil e o Paraná contribuiu com 4,59 bilhões de litros (12,47%) o estado é o 3º maior produtor nacional. Para Mezadri (2012) os aumentos expressivos na produção paranaense ocorreram em função do aumento na produção por animal, que hoje é de 10,9 litros/vaca/dia. Segundo o IPARDES, a produção de leite é importante fonte de renda para os municípios do Paraná pois em muitos representa mais de 50% do valor bruto da produção agropecuária e em vários destes municípios é a principal atividade econômica.

O Paraná apresenta excelentes condições para a exploração da pecuária leiteira. Segundo Tonello (2011), o zoneamento bioclimático para bovinos de leite elaborado nas regiões mais ao sul do Estado e parte da região central constatam que a macrorregião reúne condições apropriadas para produzir leite com vacas de raça especializadas de alta produção, pois as temperaturas são mais amenas enquanto que, nas regiões quentes, animais de alta produção estarão mais susceptíveis aos inconvenientes do estresse térmico, demandando maiores cuidados com o manejo e seleção de animais melhor adaptados.

O Paraná reúne condições favoráveis (localização, etnia, famílias envolvidas e dedicação à atividade) o que privilegia a produção leiteira. O Estado atualmente ocupa o terceiro lugar entre os principais estados produtores. Embora anualmente apresenta aumentos significativos no volume produzido, precisa melhorar a qualidade do produto e os índices de produtividade do rebanho, de modo a garantir a sustentabilidade e a competividade. O programa

Leite Competitivo deverá direcionar ações técnicas e gerenciais intensificando os sistemas de produção e melhorando a qualidade do produto, contribuindo no desenvolvimento dos municípios do interior do estado, pelo aumento da renda obtida.

A área geográfica objeto deste projeto (região do Sedimento) os técnicos do Instituto Emater destacam que, em mais de 70% das propriedades, a quantidade de leite vendida diariamente fica abaixo de 100 litros em muitas propriedades, com produção média de 8,2 litros por vaca/dia, sendo possível estimar que a produção média das propriedades leiteiras dessa região é 62 litros/dia. Nas propriedades assistidas por estes técnicos identificou-se a falta de alimentação (quantidade e qualidade), ausência de cuidados sanitários e de manejo como sendo os pontos restritivos mais importantes. Ainda assim, a atividade, na percepção de muitos produtores em função de gerar renda mensal, garantindo a entrada de recursos para a manutenção da sua família, o que não é comum nas atividades com ciclo anual. A exploração leiteira conduzida de forma correta com eficiência técnica e econômica resultará desenvolvimento regional, proporcionando aumento de renda, com

Animais mestiços de aptidão leiteira

Por José Francisco Cézar Lacerda

Page 29: Emater-PR: Revista Expotécnica

consequente melhoria nas condições de vida das famílias, das comunidades e dos munícipios.

Oficinas promovidas pela SEAB e FAEP sobre produção de leite nos diferentes núcleos macro regionais do Paraná com a participação de lideranças, produtores, técnicos, representantes da indústria e assistentes técnicos constataram que os principais gargalos levantados por todos, foram a falta de assistência técnica efetiva e de capacitação dos produtores.

A proposta técnica do Programa Leite Competitivo garantirá ações convergentes no sentido de minimizar os principais pontos restritivos da atividade, sem perder de vista o bem estar, a saúde e a melhoria das condições de vida das famílias, na direção do aumento da produtividade e da produção.

A operacionalização deverá ser feita em etapas, visando à compatibilização dos diferentes processos regionais já existentes. A

primeira etapa consiste no conhecimento e ajustes nas diferentes propostas técnico operacionais, as equipes regionais estarão alinhadas nos procedimentos e suas ações seguirão protocolos técnicos para a solução dos problemas. O objetivo geral do Projeto, é promover melhorias aos sistemas de produção de leite, fortalecendo a atividade em bases sustentáveis, nas áreas da produção, comercialização, ambiental e social.

Atualmente o projeto se encontra em fase final de análise por uma equipe de especialistas do Sistema SEAB, entre os quais participam os Med. Vet. do EMATER, Paulo T. Hiroki, Arnaldo Bandeira e Luiz Rodolfo, técnicos responsáveis por finalizar a proposta de operacionalização do Projeto, para apresentação aos diversos segmentos da cadeia produtiva pelo Secretário Norberto Ortigara.

MAIS INFORMAÇÕES:

JOSÉ FRANCISCO CÉZAR LACERDA

EMATER REGIONAL DE APUCARANA

(43) 3420-4100

[email protected]

60 Anos

Compromisso com oDesenvolvimento Rural 29

Animais na hora da silagem / Unidade de Referência em Califórnia.Acompanhamento e Assistência Técnica da Emater(Foto: José F. C. Lacerda)

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SISTEMA TOMATEC ESTÁ SENDO VIABILIZADO PELA EMATER DE CAMBIRA COM AJUDA DE PARCERIA PÚBLICA E PRIVADA

PRODUTORES DE TOMATES DA REGIÃO PODEM CONSEGUIR SUPERAR AS DIFICULDADES DESSACULTURA E PRODUZIREM FRUTOS DE QUALIDADE SOB ORIENTAÇÃO DOS EXTENSIONISTAS DO EMATER

A Olericultura é um setor que proporciona alto retorno financeiro, desde que o início da atividade seja conduzida de forma planejada, organizada e com profissionalismo. No final da cadeia produtiva estão os consumidores, que cada vez mais exigem produtos com alta qualidade, sem defeitos ou danos causados por pragas, doenças e sem resíduos de agroquímicos.

Dentre as olerícolas mais cultivadas, o tomate vem ganhando espaço nas pequenas propriedades rurais da região de Apucarana, principalmente o cultivo protegido em estufas, que

60 Anos

Compromisso com oDesenvolvimento Rural30

Por Mauro Rodrigues dos Santos

proporciona maiores condições para planta se desenvolver. O tomate é uma cultura extremamente exigente em

adubação, calagem e em tratos culturais, devido a elevada incidência de pragas e doenças. Por essa razão, um uso indiscriminado de agroquímicos (adubos altamente solúveis e agrotóxicos) gera problemas de saúde pública (intoxicação de produtores e seus familiares), contaminação do meio ambiente (solo e água) e altas taxas residuais de agrotóxicos nos frutos. Além disso, eleva os custos de produção tornando a lavoura de tomate uma

Práticas inovadoras – Ensacamento das pencas (Foto: Mauro Rodrigues dos Santos)

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cultura de alto risco por causa da oscilação dos preços na época da safra.

Segundo o extensionista especializado em HF do Instituto Emater Mauro Rodrigues, os problemas relacionados anteriormente impõem condições específicas para que se obtenha um retorno econômico financeiro positivo. É preciso adotar estratégias e técnicas adequadas desde a fase de planejamento da atividade, como escolha da área a ser cultivada, a opção por híbridos e variedades resistentes ou tolerantes, implantação da cultura, tratos culturais, monitoramento e controle de pragas e doenças.

Recentemente, novas técnicas de sistema de produção que incluem o manejo agroecológico concomitante com o uso regulado de fertilizantes e defensivos sintéticos para o controle de pragas e doenças estão sendo desenvolvidas. Essas técnicas buscam o que há de melhor dos dois sistemas para produções em larga escala, produzindo alimentos de forma sustentável e sem prejudicar o meio ambiente, ao mesmo tempo em que oferece produtos saudáveis e sem traços de agrotóxicos na sua composição.

Entre essas técnicas está o sistema de produção de Tomate Ecologicamente Cultivado (TOMATEC), desenvolvido inicialmente por pesquisadores da EMBRAPA (MACEDO, CAPACHE, MELO, BHERING, 2005), que busca, principalmente, atuar de forma sistêmica e participativa na tentativa de se integrar com os problemas sociais e ambientais enfrentados atualmente nas regiões produtoras de tomate.

Neste projeto, pretendemos levar ao conhecimento dos agricultores familiares uma técnica de plantio de tomates agroecologicamente sustentável com base no sistema TOMATEC. Para isso, pretendemos oferecer treinamento e capacitação aos

MAIS INFORMAÇÕES:

MAURO RODRIGUES DOS SANTOS

EMATER - CAMBIRA

(43) [email protected]

60 Anos

Compromisso com oDesenvolvimento Rural 31

Reunião Técnica - Tomate Produção Sustentável

agricultores familiares de Jandaia do Sul e Cambira e depois, acompanhar sua implementação nas propriedades dos agricultores envolvidos.

Mauro, idealizador do projeto na região, acredita que a adoção de um compromisso em realizar ações que visem minimizar os impactos negativos socioeconômicos e ambientais fazem parte da estratégia do Emater. O Instituto contribui para o desenvolvimento de pessoas e tecnologias que dão base para execução de processos e na formalização de protocolos de trabalho junto aos produtores envolvidos nesta cultura, confirmando o compromisso de ambas as partes.

Parceiros envolvidos no Projeto: EMATER, EMBRAPA-RJ, UFPR Campos Jandaia do Sul, Prefeitura de Cambira, CMDR, Horizon John Deere, Forquímica, Organo Nipo Brasil e Secretaria Agricultura de Cambira.

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REDE INTEGRADA DE HORTIFRUTI - HF É LANÇADA EM APUCARANA

A EMATER na Região de Apucarana abrange 13 municípios e apresenta produção bem diversificada e com valores expressivos no que tange a receita bruta da atividade, como exemplo as hortaliças, aves de corte, ovos de galinha, café e outros produtos, contribuindo para que o Valor Bruto de Produção (VBP) gerado tenha impacto positivo na composição da Cota Parte do ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços dos municípios, onde o VBP tem peso de 8%.

Do VBP regional só o grupo das Hortaliças e Frutas (HF) participa com cerca de 30% (referente a 2014 – Fonte DERAL/SEAB), com destaque para os municípios de Marilândia do Sul e Apucarana, sendo Marilândia o maior produtor deste segmento na região.

Porém mesmo com expressão significativa em VBP e geração de ICMS para os municípios, fato que também dinamiza as economias locais e coloca alimentos mais baratos nas mesas do

público urbano nas cidades, o setor de HF possui um grande gargalo segundo o Gerente Regional da Emater em Apucarana, Engº Agrº Cristovon Videira Ripol. “A falta de assistência técnica especializada e permanente junto aos agricultores dificulta o avanço das áreas e projetos em HF, na EMATER por exemplo, temos apenas 04 especialistas na região com foco apenas em Banana, Tomate Protegido e Morango Suspenso”, afirma o gerente.

Para ele, idealizador da Rede HF, o espaço virtual vai potencializar a ação destes técnicos especialistas do instituto EMATER, trazer outros técnicos e empresas do setor no mesmo espaço e promover, todos juntos, uma interação on-line com os agricultores de HF. Vamos ainda organizar reuniões técnicas e dias de campo periódicos com todos os atores da Rede HF e capacitar técnicos com recursos do Programa Pro Rural, tudo através da comunicação organizada neste espaço, conclui.

EM UM ESPAÇO VIRTUAL, A REDE HF PRETENDE APROXIMAR INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS, ALÉM DE PRODUTORES RURAIS DO SETOR DE HORTALIÇAS E FRUTAS, PARA UMA TROCA PERMANENTE DE INFORMAÇÕES E EXPERIÊNCIAS DE

SUCESSO NO CAMPO. NA 23ª EXPOTÉCNICA EM SABÁUDIA A REDE SERÁ LANÇADA OFICIALMENTE DENTRO DA FEIRA DE HORTIFRUTI, QUE FOI PREPARADA COM ESTE OBJETIVO.

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SOLO PARANAENSE SOFRE COM A EROSÃO APÓS CHUVAS TORRENCIAIS

TÉCNICAS DE MANEJO COMO O SISTEMA DE PLANTIO DIRETO E PLANTAÇÕES EM NÍVEL SE TORNAM FUNDAMENTAIS PARA EVITAR OS PROBLEMAS DE SOLO APÓS CHUVAS NO INÍCIO DO ANO.

As chuvas que caíram sobre as terras paranaenses no começo do ano não trouxeram destruição apenas para as cidades com o alagamento de ruas e desabamento de construções. Elas também foram capazes de destruir muitos plantios pelo estado e indicaram que existe um grande desequilíbrio climático em andamento.

O começo do ano de 2016 foi atípico, com o maior índice de precipitações dos últimos 30 anos. Os pluviômetros chegaram a registrar um pico de 250mm no período de 24 horas em Rio Bom, e em consequência muitas plantações foram atingidas e destruídas pelo excesso de água e erosão do solo.

A erosão é um fenômeno prejudicial pois empobrece a terra por carregar as propriedades nutricionais presentes no solo. Em casos mais graves, a terra que cede escorre para rios e nascentes e contamina as águas com agrotóxicos originalmente aplicados na lavoura. Dessa maneira a degradação faz com que o solo não consiga exercer suas funções por uma ou até mais gerações.O sistema de plantio direto (SPD) é considerado o mais eficiente para o controle da erosão em áreas de culturas anuais, sua eficiência se deve ao não revolvimento do solo e a aplicação de uma cobertura vegetal que amortece o impacto direto das gotas de chuva à superfície. Além disso, o sistema não permite o encrostamento superficial que mantém a capilaridade do solo, assim a penetração da água da chuva é melhor e o risco de enxurrada diminui.

Apesar disso, as chuvas intensas demonstraram que somente o plantio direto não é suficiente para a conservação do solo e outras ações complementares de uso, manejo e conservação de terras e água se tornaram necessárias para que as plantas aguentassem a alta precipitação de chuva, entre elas, as operações de plantio em nível.

Muitos produtores nas áreas atendidas pelo Emater já aplicaram o sistema de plantio direto mas ainda não utilizam terraços e então não acham necessária a aplicação das operações em

Por Mário Haeitmann Filho

Erosão em Plantio Direto

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nível. Por conta disso, os principais problemas encontrados nessas propriedades são as plantadeiras com sulcadores e as pulverizações "morro abaixo e acima" que tornam mais prático o trabalho das máquinas.

É importante ter em mente que a erosão não traz somente transtornos para a produção da lavoura. Quando o produtor não se atenta para os problemas causados por ele está sujeito a autuação pela ADAPAR (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) que tem competência para multar propriedades que apresentam problemas perante a lei de uso inadequado do solo (Lei Estadual nº 8014/1984).

Terraço embutido e Plantio Direto em nível

MAIS INFORMAÇÕES:

MÁRIO HAEITMANN FILHO

EMATER - RIO BOM

(43) 3468-1379

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Plantio Direto adequado - boa cobertura de solo

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PROGRAMAS DE INCENTIVO COMO O CRÉDITO FUNDIÁRIO VIABILIZAM LAVOURAS BEM CONDUZIDAS NO PARANÁ

PRODUTOR DE MARUMBI É UM EXEMPLO DE COMO UM TRABALHO BEM DESENVOLVIDO PODE MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DOS PEQUENOS AGRICULTORES

O "Programa Nacional de Crédito Fundiário" implementado pelo governo federal tem oferecido condições para que trabalhadores rurais com pouca ou nenhuma terra tenham condições de comprar o seu lote por meio de um financiamento. Por conta da iniciativa o pequeno produtor Isac da Silva, do município de Marumbi, realizou o antigo sonho de ter um pedaço de terra através da compra de um lote com área de 3,00 hectares.Seu pai era parceiro em uma fazenda de café. Com o final da parceria, ele que sempre trabalhou no campo com a família, acabou tendo que se mudar e trabalhar na cidade. Hoje divide seu tempo entre seu lote e o emprego na Usina Cooperval, onde trabalha no turno das 15:00 às 23:00 horas. "É bem corrido", lembra Isac.Logo que recebeu o lote, plantou em torno de 1,00 ha de café na parte mais alta, 1,00 ha de banana e o restante se completou com lavoura branca e reserva legal. A chegada da geada de 2013 erradicou a banana e da parte mais alta da propriedade restaram só 0,7 ha de café que foram recepados no tronco.

Mesmo com as adversidades climáticas, a propriedade tem produzido uma boa quantidade de café pois o agricultor se esforça para cuidar muito bem da sua lavoura.

O caso da família de Isac é um dos vários atendidos pelo programa que mostra a relevância do trabalho do Emater e dos incentivos dos governos estadual e federal. Várias famílias tem tido

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Compromisso com oDesenvolvimento Rural 35

Por José Adauto de Almeida

a oportunidade de melhorar suas condições de vida por meio do trabalho desenvolvido em suas pequenas propriedades. "Meu lote fica numa região baixa com maior risco de geadas. Eu quero, quando puder, trocá-lo por outro que dê para plantar café nele todo. A lavoura quando é bem cuidada dá lucro. Sou apaixonado pelo café", conta Isac.

Isac e sua lavoura em 2016 (Foto: José Adauto de Almeida)

MAIS INFORMAÇÕES:

JOSÉ ADAUTO DE ALMEIDAEMATER - MARUMBI(43) 3441-1031

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Page 36: Emater-PR: Revista Expotécnica

Alexandre MachadoAlexandre MachadoAlexandre [email protected]@[email protected]

(41) 8516-5630(41) 8516-5630(41) 8516-5630

Page 37: Emater-PR: Revista Expotécnica

PRODUTOR DE SABÁUDIA GANHA PREMIAÇÃO EM CONCURSO CAFÉ QUALIDADE PARANÁ

O TITULO INÉDITO RECONHECE O EMPENHO DO AGRICULTOR E DO EMATERNO DESENVOLVIMENTO DE GRÃOS DE QUALIDADE SUPERIOR

O cafeicultor Aparecido Luiz de Paula, de Sabáudia, conquistou o 4º lugar do Prêmio Café Qualidade Paraná dentro da categoria micro lote. Ele superou diversos concorrentes de regiões tradicionais produtoras do estado e realizou um feito inédito: pela primeira vez em 13 edições do concurso, um cafeicultor do município se classifica por produzir um dos 5 melhores cafés do Paraná.

A cerimônia de premiação foi realizada em outubro de 2015 em Mandaguari, e reuniu cerca de 350 participantes. Os participantes concorreram nas categorias cereja descascado, natural e micro lote: destinada a pequenos produtores familiares. Participaram da disputa 95 cafeicultores das regiões de Apucarana, Cornélio Procópio, Ivaiporã, Londrina, Maringá e Santo Antônio da Platina. Eles superaram mais de 300 concorrentes que iniciaram o certame em seletivas promovidas nas 10 regiões produtoras do Paraná e alcançaram o mínimo de 75 pontos na escala da Associação Americana de Cafés Especiais, que vai até 100. O secretário de agricultura e abastecimento, Norberto Anacleto Ortigara, também participou do evento.

O prefeito Edson Hugo Manueira, juntamente com o vice-prefeito Jair de Oliveira, receberam o produtor Aparecido e o técnico do Emater de Sabaúdia Luiz Marcelo Franzin no gabinete da Prefeitura. No encontro, discutiram sobre a participação no concurso que foi promovido pela Câmara Setorial do Café e Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento, por meio do Iapar e Emater-PR. Segundo informaram, o objetivo do concurso foi

Por Maria do Carmo - Asses. Imprensa Prefeitura Sabáudia

Aparecido e extensionista Marcelo Franzin recebem homenagem na Camara dos Vereadores de Sabáudia. (Foto: Cintia Franzin)

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Produtor Aparecido Luiz de Paula recebe homenagem do Prefeito Hugo Manueira em seu gabinete(Foto: Joana D'arc)

Aparecido e Marcelo na final do Concurso Café Qualidade Paraná de 2015

selecionar e premiar os cafeicultores, promover o potencial do produto paranaense e incentivar os elos da cadeia produtiva no Estado. O prefeito Hugo parabenizou o Emater e o cafeicultor sabaudiense pela premiação e destacou a importância do incentivo à agricultura no município, considerada a base da economia local.

O feito realizado pelo cafeicultor Aparecido Luiz de Paula e pelo Téc. Agr. Luiz Marcelo Franzin da unidade Municipal da Emater de Sabáudia motivou a Câmara Municipal de Sabáudia a conceder aos dois a entrega de Moção de Congratulação pelo trabalho desenvolvido.

Page 38: Emater-PR: Revista Expotécnica

USO DE DRONES NA AGROPECUÁRIAA tecnologia atual possui grande importância nas

atividades agropecuárias. Em destaque nos últimos anos é o uso de drones, que vem ganhando cada vez mais espaço e conquistando a confiança dos produtores, tendo em vista que reduzem a mão de obra e aumentam a precisão das atividades realizadas. Eles têm tamanhos e modelos variados, e em alguns casos pode-se apenas programar as coordenadas e o programa de voo. Não é necessário um piloto.

Diversas atividades podem ser substituídas pelo uso de drones. Eles servem para analisar a plantação e detectar pragas e doenças, falhas de plantio, acompanhar o desenvolvimento da lavoura, entre outros. Na pecuária também pode ser utilizado, pois além do monitoramento das pastagens ainda é possível contar e tocar o rebanho sem precisar deslocar um peão para isso.

Com o constante monitoramento da lavoura pela utilização do drone e seu sistema de análise das imagens, o produtor rural pode ter um maior controle da saúde e qualidade da plantação, e da mesma forma, também conta com ganhos na pecuária.

Na 23ª EXPOTÉCNICA, os alunos da Consuagro irão conduzir a Oficina de Uso de Drones na Agropecuária, com demonstração prática no campo.

Por Consoagro

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PREFEITURA DE JANDAIA DO SUL E EMATER DISTRIBUEM INSUMOS PARA PRODUTORES DA REGIÃO

A INICIATIVA DAS INSTITUIÇÕES BENEFICIOU 100 FAMÍLIAS QUE PUDERAM REALOCAR O INVESTIMENTO PARA A ANÁLISE DE SOLOS

A Prefeitura de Jandaia do Sul, através da Secretaria Municipal de Agricultura, e de convênio com a Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento-SEAB e o Instituto EMATER, possibilitaram que pequenos produtores do município fossem beneficiados com a distribuição de calcário e fertilizante.

Ao todo foram distribuídos 174 toneladas de calcário dolomítico e 70 toneladas de supersimples, com um custo total de R$78.946,00, beneficiando 100 produtores oriundos da agricultura familiar, que tiveram como contra partida somente os custos com análise de solos, para uma efetiva recomendação quanto à aplicação dos corretivos.

É importante salientar a constante preocupação da prefeitura municipal e do governo do Estado com o setor agrícola evidentes através do trabalho desenvolvido pelo EMATER. Além da distribuição dos fertilizantes, os governos municipal e estadual tem buscado manter as estradas rurais com excelentes condições de tráfego, possibilitando assim o escoamento da safra, e também a integração dos pequenos agricultores às políticas públicas disponíveis como PAA, PNAE, PNHR, PRONAF. Essas medidas de incentivo viabilizam o constante desenvolvimento do campo, com melhorias das condições de vida e renda do agricultor e sua família.

Por Roni Márcio Garcia Rosse

Reunião técnica sobre Fertilidade de Solos, com ênfase em Adubação e Calagem, com beneficiáriosdo Programa de distribuição de Calcário e Fósforo, na propriedade do Sr. Marcos Sanches, comunidade do Cambará em Jandaia do Sul. (Foto: Roni Márcio Garcia Rosse)

MAIS INFORMAÇÕES:

RONI MARCIO GARCIA ROSSE

EMATER - JANDAIA DO SUL

(43) 3432-1818

[email protected]

Beneficiário retirando Calcário e Fósforo no depósito da Prefeitura Municipal de Jandaia do Sul. (Foto: Cláudio Pires - Departamento de Imprensa da Prefeitura Municipal de Jandaia do Sul).

Page 40: Emater-PR: Revista Expotécnica

ROTULAGEM: ORIENTAÇÕES PARA CONFECÇÃOO Programa Estadual de Agroindústria Familiar do Paraná

(Fábrica do Agricultor), Coordenado pela Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (SEAB) e executado pelo Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) tem por finalidades orientar a implantação das unidades fabris e assessorar as famílias cadastradas em todos os aspectos e em especial a legislação que estabelece os Dados Obrigatórios para todos os Rótulos dos Alimentos Embalados. Neste aspecto, a legislação estabelece que os alimentos e bebidas produzidos, comercializados e embalados na ausência do cliente e prontos para oferta ao consumidor devem constar no Painel Principal as seguintes informações:

1- DENOMINAÇÃO DE VENDA DO ALIMENTO Nome específico o qual indica a natureza e as

características do alimento. Obedece aos padrões de identidade e de qualidade dos alimentos, fixados por Regulamento Técnico específico. Atentar para o NOME DO PRODUTO (É O QUE ESTÁ DENTRO DA EMBALAGEM). Já o NOME DA MARCA é o nome fantasia do produto, ou da agroindústria ou a marca propriamente dita, que o produtor quer identificar e fixar.

2- TIPOQuando o produto fabricado caracterizar uma

determinada região, estes atributos devem estar contemplados no rótulo. Ex: Salsicha tipo Viena, Café tipo Colonial. Este procedimento não se aplica a vinhos e bebidas alcoólicas.

3- LISTA DE INGREDIENTESA lista de todos os ingredientes deve estar descritas no

rótulo relacionando-os de forma decrescente em relação à suas

60 Anos

Compromisso com oDesenvolvimento Rural40

(Imagem de domínio público/pixabay.com)

proporções/quantidades. Caso o ingrediente seja formado por mais de dois outros ingredientes, relacioná-los entre parênteses. Para os produtos com ingrediente único, não é necessário a lista.

4- INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS A Tabela Nutricional deve conter as seguintes

informações: porção em gramas ou milímetros e a Medida Caseira correspondente a esta porção, Valor Energético, Carboidratos, Proteínas, Gorduras Totais, Gorduras Saturadas, Gorduras Trans, Fibra Alimentar e Sódio; que são os dados obrigatórios.

Outros componentes do alimento podem ser informados quando os valores existentes forem significativos ou for conveniente.

Estes valores da tabela devem ser calculados por uma profissional da área.

Por José Francisco Cézar Lacerda

Produto da Agroindústria Familiar de Arapongas

Page 41: Emater-PR: Revista Expotécnica

60 Anos

Compromisso com oDesenvolvimento Rural 41

5- CONTEÚDO LÍQUIDOEm relação à esse item, a unidade de medida deve ser

descrita segundo a sua forma física, ou seja: sólida ou granulado por unidade de massa, líquida ou granulada por unidades de volume, na forma semi-sólida ou semi-líquida, pedem ser declarados em volume ou massa, quando a embalagem contiver mais de uma forma física informar o número de unidades contidas na embalagem.

Quanto ao CONTEÚDO DRENADO, os produtos com conteúdo sólido e líquido, devem indicar as duas quantidades com caracteres iguais em tamanho e destaque com as indicações de Peso Líquido e Peso Drenado.

Quanto ao tamanho dos algarismos que indicam o peso, recomendamos observar o contido na Portaria 157 do Inmetro.

6- IDENTIFICAÇÃO DE ORIGEMDeverá ser Informado o nome da empresa (razão social)

ou da fábrica (nome fantasia) ou do produtor bem como o endereço completo. Para os produtos dispensados de registro, mediante autorização do órgão, pode-se constar a expressão “Produto dispensado de registro – RDC nº 27 / agosto-2010 / ANVS – MS”, ou a portaria/resolução mais recente.

7- IDENTIFICAÇÃO DO LOTE Lote é o conjunto ou uma remessa de produtos

de um mesmo tipo, processados pelo mesmo fabricante, em um mesmo espaço de tempo sob condições essencialmente iguais. O lote deve ser identificado de forma impressa, gravado ou marcado de qualquer modo, de maneira que possa ser lido o lote a que pertence o alimento.

8- PRAZO DE VALIDADEO prazo deve ser indicado de forma clara e em local visível

da embalagem ou rótulo, contemplando as seguintes informações: produtos com duração máxima de três meses, indicar o dia e o mês de validade; produtos com duração mínima de três meses, indicar o mês e o ano de validade.

9- DATA DE FABRICAÇÃOProdutos dispensados de registro ou com registro

obrigatório no MS/Ministério da Saúde é facultativo a indicação da data de fabricação, em contrapartida, produtos de origem animal “É OBRIGATÓRIO” informar a data de fabricação.

10- NÚMERO DE REGISTRO O número de registro é emitido para cada

produto, segundo a sua especialidade, categoria ou natureza do produto. Os números devem ser impressos ou apresentados no rótulo conforme exigências e recomendações dos órgãos envolvidos e competentes. Lembrando que os Produtos de Origem Animal são registrados no SIM ou no SIP ou no SIF. Por outro lado, os Produtos de Origem Vegetal são registrados na Vigilância Sanitária

Municipal e Regional de Saúde através do ANEXO 10.

11- OUTRAS INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS E RECOMENDAÇÕES

Todos os alimentos processados e industrializados, tem a obrigatoriedade de informar no rótulo a existência ou não de glúten (CONTÉM GLÚTEN” ou NÃO CONTÉM GLÚTEN);

O rótulo é obrigado conter a informação Indústria Brasileira ou Produto do Brasil;

Quando o produto não for pronto para consumo imediato, deve constar as instruções necessárias sobre o modo de preparo ou uso, de reconstituição, de descongelamento, ou o tratamento a ser dado pelo consumidor;

Informar se o produto é Transgênico ( se for o caso ); Gravames, Símbolos ou Timbres próprios dos serviços de

terceiros, quando autorizados (se for o caso) e se legalizados, deverão ser utilizados conforme orientações do regulamento e normas brasileiras para cada caso. Aqui estão incluídos: o Código de Barras, Timbres dos Serviços de Inspeção Sanitária, Logomarca das Certificadoras, Selos de Qualidade, Números de Registros, Marca Registrada;

A expressão “ Produtor Cadastrado no Programa da Fábrica do Agricultor do Pr” é permitido; já a logomarca do programa não é permitida nos rótulos;

A rotulagem dos alimentos deve ser realizada exclusivamente no local da fabricação.

12 - CONSIDERAÇÕES FINAISPara todos os alimentos processados, existe legislação,

que é composta por um grupo de portarias e resoluções, que deverão ser consultadas pelos fabricantes, produtores, processadores, fracionadores, distribuidores e comerciantes de alimentos.

Caso necessitem de informações mais detalhadas a respeito do assunto, entrar em contato com o Médico Veterinário José Francisco Cézar Lacerda / Regional do Emater de Apucarana.

MAIS INFORMAÇÕES:

JOSÉ FRANCISCO CÉZAR LACERDA

EMATER REGIONAL DE APUCARANA

(43) 3420-4100

[email protected]

Page 42: Emater-PR: Revista Expotécnica

RETARDO NO MANEJO DO EUCALIPTO É A MELHOR OPÇÃOAPESAR DA INSTABILIDADE NOS ÚLTIMOS ANOS, HÁ UMA TENDÊNCIA DE

MELHORA NO MERCADO PARA OS PRODUTORES DE MADEIRA

Segundo dados do inventário florestal paranaense, o estado do Paraná conta com aproximadamente 450 mil hectares da cultura do Eucalipto, divididos em 369 mil ha na região Centro-Sul, 38 mil ha na região Norte, 25 mil ha na região Oeste, 18,5 mil ha na região Noroeste e 1,2 mil ha no Litoral.

Até os anos 2000, os plantios estavam concentrados nas áreas de grandes empresas do setor, contudo após a transferência dos cultivos florestais da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) para a SEAB, em 2003, a cultura ganhou grande impulso nas pequenas e médias propriedades rurais. Nesse momento, se observou uma mudança de direcionamento das atividades dos produtores rurais com a utilização de áreas restritas ao plantio de culturas anuais, utilizadas com pastagens de baixíssima capacidade de suporte, então substituídas pelos cultivos florestais.

O mercado florestal, principalmente para a madeira fina (diâmetro inferior a 18cm), tem passado por fortes flutuações, baseado numa falsa lógica de excesso de madeira no campo e perspectiva de maiores ganhos econômicos de alguns setores. Entretanto, alguma coisa não fecha os cálculos: Se o consumo de madeira no estado é de 54 milhões de metros cúbicos por ano e a área necessária para abastecer esta demanda é de 1,42 milhões de hectares, não temos de forma alguma sobra de madeira; pois possuímos 1,2 milhões de hectares definidos para produção florestal. Além disso, como explicar a necessidade das empresas em importar madeira de outros estados e de outros países. É claro que existe concentração de plantios em determinadas regiões, mas nada justifica os preços puxados para baixo em todo o estado.

O cenário do mercado de Eucalipto tem preocupado os produtores rurais, pois entre 2012 e 2014 o preço médio de madeira para o produtor recuou 7,6%, e os custos de produção tiveram consideráveis acréscimos, principalmente na atividade de colheita e transporte, onde se concentra 53% do custo total de produção. Esta realidade (para madeira fina) não deve se estender nos próximos anos. A tendência é que o mercado se equilibre aos preços internacionais, de 40 a 44 dólares por tonelada, posto pátio das indústrias consumidoras.

Frente a esse cenário, a melhor opção para o produtor rural é retardar o manejo e aguardar o reequilíbrio de preços no mercado, mesmo restringindo a produtividade dos cultivos pela competição entre as árvores. Por outro lado postergar o manejo proporciona ganhos consideráveis em termos de qualidade da madeira, afinal nossos produtores silvicultores sempre tiveram maiores retornos comercializando madeira grossa, direcionada ao desdobro, laminação e movelaria.

Por Fernando Antônio Martin

A alta do dólar tem viabilizado a exportação de produtos de origem florestal, melhorando as perspectivas tanto para as indústrias como para os produtores rurais. Novas empresas internacionais tem demonstrado interesse em investimentos no Paraná, haja vista nossa capacidade produtiva e disponibilidade de matéria-prima, principalmente na região centro-sul.

Dessa maneira, permanece nossa recomendação de manejar a floresta para uso múltiplo, com desbastes intermediários e colheita final aos 14 a 18 anos.

60 Anos

Compromisso com oDesenvolvimento Rural42

Manejo Florestal de Eucaliptos na propriedade do Sr. Geraldo Verussa em Apucarana

MAIS INFORMAÇÕES:

FERNANDO ANTÔNIO MARTIN

EMATER - APUCARANA

(43) 3420-6250

[email protected]

Page 43: Emater-PR: Revista Expotécnica

Fundada em 2008, como iniciativa dos alunos de agronomia da UEL, para

complementar a formação acadêmica, desenvolver o empreendedorismo e colocar em

prática o conhecimento teórico, a empresa conta com apoio da Universidade Estadual de

Londrina, visando prestar serviços para auxiliar nossos clientes em seus desafios agrícolas.

Além de serviços, a Consoagro também tem foco na realização de eventos para discutir

assuntos atuais, dias de campo, e organização e apoio em congressos realizados na região,

sendo nosso público estudantes, produtores rurais e profissionais do ramo. Especializamo-nos nesse último ano no CAR (Cadastro Ambiental Rural), e

oferecemos esse serviço em propriedades menores que quatro módulos fiscais, tendo a

disponibilidade de ajudar produtores, com baixo custo, a se regularizar.

Page 44: Emater-PR: Revista Expotécnica

MAUÁ DA SERRA E SUA VOCAÇÃO PARA A FRUTICULTURAO Município de Mauá da Serra, localizado na região

Centro Norte do Estado do Paraná, com clima Subtropical Úmido Mesotérmico sem estação seca definida, verões pouco quentes (temperatura média de 22°C) e invernos com geadas relativamente frequentes nas áreas mais altas do município (temperatura média inferior a 18°C), possui uma grande vocação para o cultivo de frutas do clima temperado.

O início da fruticultura no município se inicia com a chegada da colonização pelos descendentes de japoneses no ano de 1957. Inicialmente, foi realizada a implantação da cultura da uva e posteriormente, é realizado o cultivo de maçã, pêssego, caqui, abacate, laranja entre outros.

Segundo o Departamento de Economia Rural – Deral, órgão vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado do Paraná, o município de Mauá da Serra, cultivou na safra 2014, 137 hectares das mais variadas culturas frutícolas, resultando em um Valor Bruto de Produção – VBP de R$ 3.067.491,28 tendo como destaque, as culturas do caqui e pêssego, que são nos dias de hoje as culturas mais cultivados no município.

Por Hernandes Takeshi Kanai

Cultivo de Caqui no município de Mauá da Serra. Informações: (43) [email protected]

Esses números mostram o quanto é importante o cultivo da fruticultura no município, pois chega-se a um valor bruto médio de R$ 22.390,45 por hectare cultivado pela fruticultura de Mauá da Serra, sendo um ótimo negócio e alternativa de renda para a agricultura familiar.

Page 45: Emater-PR: Revista Expotécnica

MIP EM SOJA REDUZ EM MAIS DE 50% AS APLICAÇÕES DE INSETICIDAS NO PARANÁ

PRODUZIR COM SUSTENTABILIDADE TORNA AGRONEGÓCIO MAIS RENTÁVEL.

Resultados dos trabalhos em Manejo Integrado de Pragas (MIP) por durante as últimas quatro safras concluem que quanto melhor o desempenho ambiental da propriedade maior o desempenho econômico. Trabalhos de boas práticas agrícolas desenvolvidos em MIP pelo Instituto Emater em parceria com a Embrapa soja, Campanha Plante seu Futuro e 135 produtores rurais no Estado, concluem que em média necessitou-se, entre as safras 2012/13 a 2015/16, de 2,2 aplicações de inseticidas nas áreas acompanhadas contra 4,7 aplicações nas propriedades sem o uso da tecnologia.

Os produtores que vem acompanhando suas lavouras através do uso do pano de batida e observando a presença das espécies de pragas, tamanho, populações e momento que ocorrem, tem conseguido tomar decisões mais acertadas e como consequência melhores resultados econômicos e ambientais. Isto se explica pela redução no número de aplicações de inseticidas em média de 53% e início das aplicações somente após a floração. Em termos de redução das aplicações de inseticidas, o resultado quando comparado com a média estadual, é consequência do uso de critérios para a tomada de decisões dos manejos a serem adotados. "As propriedades que adotam boas práticas em MIP obtém melhores resultados econômicos", afirma o Eng. Agr. Antônio Bodenar do Instituto EMATER de Arapongas. Márcio Trombini, produtor do município de Arapongas da comunidade do Orle, faz o acompanhamento de pragas e utiliza o MIP por cerca de dez anos. “Antigamente eu fazia até quatro aplicações ou mais de inseticidas na minha lavoura de soja por safra. Nesta safra fiz apenas uma aplicação para o controle de percevejos. Com o acompanhamento semanal realizado, e assistência técnica do Emater houve a necessidade apenas dessa única aplicação", afirma Trombini.

Outro resultado expressivo da importância do MIP é

Por Nelson Harger

60 Anos

Compromisso com oDesenvolvimento Rural 45

quando se compara produtores que usaram e que não usaram tecnologia Bt nesta última safra. Aqueles que não usaram Bt tiveram a necessidade de utilizar apenas 0,3 aplicações a mais na média do Estado. Ou seja, quando não se utilizou sementes Bt o número de aplicações foi de 2,2 e no uso de Bt 1,9. Este resultado indica que o Bt é mais uma ferramenta a disposição no manejo de pragas, mas que necessita igualmente da adoção do monitoramento a campo para a tomada de decisão dos melhores momentos de controle. "Em anos de baixa pressão de lagartas desfolhadoras, as diferenças em aplicações não devem ser significativas como o último ano" afirma o coordenador de grãos da Emater Eng. Agr. Nelson Harger.

O MIP é um conjunto de tecnologias baseado na amostragem de pragas e no monitoramento da lavoura para a tomada de decisão com relação ao controle de pragas. É uma estratégia utilizada visando a racionalização do uso de inseticidas e redução dos custos de produção.

Essas ações em MIP ocorrem no âmbito da campanha Plante seu Futuro, que tem em seu Comitê Gestor a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (SEAB), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná, o sistema Ocepar, da Organização das Cooperativas do Paraná, a Itaipu Binacional, o Instituto Agronômico do Paraná, Centrais de Abastecimento do Paraná (CEASA), a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR), a Federação da Agricultura do Estado do Paraná, o Emater e a Embrapa. Veja abaixo os resultados:

MAIS INFORMAÇÕES:

NELSON HARGER E ANTÔNIO BODNAR

EMATER REGIONAL DE APUCARANA

(43) [email protected]

O MIP é realizado através do pano de batida e exige experiência na contagem de pragas e inimigosnaturais para a tomada de decisão

Page 46: Emater-PR: Revista Expotécnica

MARACUJÁ AVANÇA EM BOM SUCESSO E REGIÃOO USO DE MUDAS ALTAS, QUEBRA-VENTOS E POLINIZAÇÃO MANUAL SÃO

FUNDAMENTAIS PARA O SUCESSO NO CULTIVO DO MARACUJÁ

O Maracujá, planta originária da América Tropical, apresenta longo período de safra. Por se tratar de fruteira de ciclo relativamente rápido e demandar práticas especializadas de cultivo, o maracujazeiro adaptou-se bem em pequenas propriedades, sendo hoje importante fator de renda para muitos agricultores familiares, com importância significativa na base da economia de alguns municípios do litoral e da região central do Paraná.

No município de Bom Sucesso, um grupo de 08 agricultores familiares, beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário - PNCF, iniciaram cultivo de Maracujá Azedo em meados de 2015, começando a colheita em fevereiro de 2016, com frutos de boa qualidade e sanidade.

O objetivo dos agricultores, todos orientados pela EMATER, foi de viabilizar os lotes adquiridos pelo programa com uma atividade de alta densidade de renda, isto é, com capacidade de em pequena área trazer boa renda às famílias. O mercado é seguro e com boas garantias de colocação do produto, por exemplo, na COAPROCOR em Corumbataí do Sul.

O cultivo do Maracujá como nova alternativa é promissor em toda Região de Apucarana e em plantio no sistema anual e com mudas altas. Também é necessário quebra-ventos e utilização de polinização manual. Essas alternativas juntamente com as políticas públicas do mercado institucional, aqui lembramos do PNAE, serão oferecidas a todos os participantes desta edição da Expotécnica, como oportunidades de negócio de maior renda, melhores condições de trabalho, além de discussões sobre a conservação do solo, da água, do ar e da cobertura vegetal.

Por Peter Alexandre Van Engelenhoven

MAIS INFORMAÇÕES:

PETER ALEXANDRE VAN ENGELENHOVEN

EMATER - BOM SUCESSO

(43) [email protected]

Para uma lavoura sadia, é preciso utilizar mudas altas e para alta produtividade, realizar a polinização manual

O STTR conta com a colaboração de três pessoas. Uma funcionária em período integral, uma advogada em meio período e a presidente também em período integral, oferecendo diversos benefícios aos seus associados como assistência jurídica gratuita, corte de cabelo masculino aos sócios e dependentes até os 18 anos, convênio com farmácia e emissão de DAP.

Para que possamos colocar tudo em prática, além da participação de nossos colaboradores, funcionários, sócios e amigos, contamos com a parceria de algumas entidades do município, sendo a Emater, Secretaria da Agricultura e do Meio Ambiente, Coofagro, Associação dos Cafeicultores entre outros.

Sindicato dos Trabalhadores e TrabalhadorasRurais de Apucarana

Sindicato dos Trabalhadores e TrabalhadorasRurais de Apucarana

Contato: (43) 3033-1527 (43) 9811-1136Facebook: Sttr Apucarana FETAEP

Page 47: Emater-PR: Revista Expotécnica

PESQUISA AMPLIA OFERTA DE CULTIVARES DE CAFÉCom cultivares para as mais variadas condições de solo,

clima e tamanho da lavoura, já vai longe o tempo em que mal se contava nos dedos de uma mão as opções disponíveis ao produtor interessado em reformar ou implantar uma lavoura de café. "A pesquisa vem desenvolvendo cultivares que superam os antigos materiais ainda lembrados pelo produtor", destaca o pesquisador Gustavo Hiroshi Sera, do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR). Para as condições do Paraná, o pesquisador destaca as cultivares IPR 99, IPR 100, IPR 102, IPR 103 e IPR 107, todas com desempenho agronômico superior.

ESCALONAMENTO Na hora de selecionar a cultivar, a recomendação é que o

cafeicultor faça uma composição com materiais de ciclos diferentes. O objetivo é escalonar a maturação dos frutos para fazer a colheita em etapas. "O escalonamento diminui custos, otimiza o uso de maquinaria, reduz o risco de chuva na colheita e ainda facilita a obtenção dos grãos no ponto ideal de maturação, com pouca varrição, o que melhora significativamente a qualidade da bebida", enumera Gustavo Sera.

ESPAÇAMENTO O espaçamento deve ser de 0,50 m a 0,70 m entre plantas e

a partir de 2,50 metros entre as linhas, dependendo do local de implantação da lavoura, da adoção de tecnologias de fertirrigação e podas, da adubação e da opção pelo uso de trator e equipamentos mecanizados.

Confira abaixo as características das principais cultivares do IAPAR recomendadas para o Paraná, de acordo com o pesquisador Gustavo Sera.

IPR 99Semitardio, moderada suscetibilidade à moderada

resistência à ferrugem, resistência à antracnose, qualidade especial de bebida.

IPR 100Supertardio, suscetível à ferrugem, resistente aos

nematoides Meloidogyne paranaensis e M. incógnita, resistência à antracnose, rusticidade, adaptado ao calor, seca e solos pobres. IPR 102

Tardio, moderada suscetibilidade à moderada resistência à ferrugem, resistência à antracnose, rusticidade, mais adaptado para solos pobres, frutos graúdos, excelente resposta de brotação no pós-esqueletamento.

IPR 103Supertardio, moderadamente suscetível à ferrugem,

resistente à antracnose, rusticidade, adaptado ao calor, seca e solos pobres.

IPR 107Semiprecoce, alta resistência à ferrugem, frutos graúdos.

O pesquisador Gustavo Sera lembra ainda que a decisão sobre a reforma ou implantação de uma lavoura deve ser detalhadamente planejada. É importante que o produtor sempre consulte um profissional da Emater ou da cooperativa de sua região, finaliza.

Cultivar IPR103, possui rusticidade, adaptado ao calor, seca e solos pobres. Mais informações: IAPAR (43) 3376-2000 - Dr. Gustavo Hiroshi [email protected]

Horticenter Agrícola, comercializaprodutos para irrigação e hidroponia,

telas, adubos, sementes e demais insumospara Horti Fruti.

Marialva - PR - (44) 3274-4537

Page 48: Emater-PR: Revista Expotécnica

PLANO INTEGRADO BUSCA MAIOR LUCRATIVIDADE PARA PECUÁRIA DE CORTE NA REGIÃO DE APUCARANA

O Plano Integrado de Desenvolvimento da Bovinocultura de Corte, lançado há dois anos pelo Governador Beto Richa em parceria com a FAEP, vem se estruturando paulatinamente e de forma organizada em todo o Estado através dos Comitês Gestores Regionais, constituídos basicamente por entidades representativas do segmento agropecuário: produtores rurais, assistência técnica, extensão rural, pesquisa, ensino e indústria.

Os Comitês Gestores Regionais, por sua vez estão subordinados às diretrizes do Comitê Gestor Central, cuja Coordenação está sob a responsabilidade da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento – SEAB.

Em dezembro de 2015, Apucarana instituiu o seu Comitê Gestor Regional, elegendo como coordenador o presidente do Sindicato Rural Patronal, Claudomiro Rodrigues da Silva, e como Secretário Executivo o Chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, Mário Bezerra Guimarães.

Além do Coordenador e do Secretário Executivo, a composição do Comitê conta ainda com representantes da Sociedade Rural, EMATER, ADAPAR, Cooperativa Coamo, Caixa Econômica Federal, Faculdade Norte do Paraná e DEAGRO (departamento ligado a SEAB), além de representantes das Prefeituras Municipais dos treze municípios da jurisdição do Núcleo Regional da SEAB e que ainda estão em processo de adesão: Mauá da Serra, Marilândia do Sul, Califórnia, Rio Bom, Arapongas, Sabáudia, Cambira, Novo Itacolomi, Jandaia do Sul, Bom Sucesso, Marumbi e Kaloré.

O Projeto tem como objetivo agregar renda ao produtor, proporcionando regularidade na oferta de animais à indústria e a produção eficiente de carne bovina, com qualidade e segurança alimentar para um consumidor cada vez mais exigente. Por se tratar de uma parceria público-privada, tem por premissa básica a união entre todos os elos da cadeia em prol de um objetivo comum que é a consolidação de uma pecuária moderna no Estado.

Hoje, no Paraná, são cerca de 2,3 milhões de cabeças de matrizes de gado de corte e mais um milhão de matrizes em gado

misto (carne e leite). A meta é elevar em pelo menos 10% esse número e reduzir a idade de abate de 37 meses para 30 meses no período de 10 anos. Outra meta nesse período é elevar a taxa de ocupação de 1,4 unidades de animal por hectare/ano para mais de duas unidades por hectare/ano.

Na região composta pelos treze municípios da jurisdição do Núcleo Regional da SEAB, o rebanho de gado de corte está estimado em 131.026 cabeças, segundo o DERAL - Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura. Dentre eles, Apucarana abriga o maior número: 17.436 cabeças, enquanto que a área de pastagens alcança um total de 61.000 hectares. Os dados são do levantamento da produção rural paranaense no ano de 2014

O Projeto prevê inicialmente o treinamento de veterinários e zootecnistas dos segmentos público e privado, uma vez que os extensionistas deverão dominar todas as ações práticas que o programa contempla: Tecnologia de Produção, Gestão do Negócio, Visão de Sistemas, Melhoria dos Índices Zootécnicos e Organização da Produção e Comercialização.

Para o Coordenador do Grupo Gestor Regional, Claudomiro Rodrigues da Silva, o Plano vem de encontro às expectativas de todos os criadores, pois a região sempre foi muito carente de discussões e ações mais sólidas relativas aos animais de corte. Com raras exceções, o que se vê é um sistema muito antigo, sem aplicação de tecnologia alguma em toda a cadeia produtiva, principalmente por parte do pequeno pecuarista. Ao contrário do cultivo da soja que avançou, a pecuária de corte em quase nada progrediu nesta região do Vale do Ivaí.

Claudomiro lembra que o Paraná está passando pelo processo de reconhecimento de zona livre de febre aftosa sem vacinação, a ser homologado pela Organização Internacional de Epizootias. Isso acontecendo, diz, abre-se uma grande oportunidade para a pecuária paranaense, principalmente à produção de bezerros, que com a fiscalização rigorosa nas fronteiras, em particular com o Mato Grosso do Sul, causará sérios impeditivos para a entrada de

60 Anos

Compromisso com oDesenvolvimento Rural48

Reunião para eleição do Conselho Gestor Regional de Apucarana, realizada em dezembro de 2015nas dependências do Sindicato Rural Patronal de Apucarana.

Palestra proferida pelo técnico do IAPAR, Elir de Oliveira, com abordagem nos temas: Adubação eManejo Integrado de Pastagens/Integração Lavoura Pecuária, realizada em abril de 2016 no auditório da FECEA de Apucarana.

Por Mário Bezerra Guimarães e Claudomiro Rodrigues da Silva

Page 49: Emater-PR: Revista Expotécnica

animais de outros Estados. Vamos produzir nossos próprios animais sem a necessidade de buscá-los fora. Precisamos nos preparar para atender a grande demanda futura por carne junto aos frigoríficos.

Mário Bezerra Guimarães, Chefe do Núcleo Regional da SEAB, diz que o governo paranaense está investindo no crescimento da produtividade agropecuária. Por isso, o incremento governamental no segmento econômico da carne. O plano implantado está estruturado para que no médio e longo prazo, em havendo adesão da classe produtora, os efeitos positivos possam surgir.

Bezerra salienta que o projeto, também denominado Pecuária Moderna, foi concebido em parceria entre a FAEP e o Governo do Estado numa soma de esforços para contribuir na organização da cadeia produtiva da bovinocultura de corte, pois além do foco nas vendas internas, a expectativa é de que mercados mundiais importantes estarão abrindo novas oportunidades de negócios para aquisição de proteína animal, levando-se em conta que a questão sanidade é exigência básica dos países importadores. O status de livre de febre aftosa sem vacinação será fator importante para a busca de mais espaço comercial no disputadíssimo mercado consumidor europeu, principalmente.

Na esteira de implantação do processo, várias instituições financeiras contatadas estão avaliando o projeto para enviar suas

sugestões em linhas de crédito. Banco do Brasil, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, Caixa Econômica Federal e Fomento Paraná, estão entre elas.

Contato e informações: Sindicato Rural Patronal de Apucarana – Fone: (43) 3033-6357

Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento em Apucarana: (43) 3422-7822

Pecuária Moderna pretende induzir investimentos na Cadeia Produtiva de Bovinocultura de Corte.

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Compromisso com oDesenvolvimento Rural50

O município de Novo Itacolomi é conhecido no estado do Paraná como sendo o quarto maior pólo produtor de bananas do estado. Segundo dados da SEAB/DERAL, na safra 2013/14 os municípios de Apucarana, Arapongas, Borrazópolis, Cambira, Jandaia do Sul, Mandaguari, Novo Itacolomi e Rio Bom contavam com uma área de 695 hectares desta fruta com uma produção de 7.971 toneladas. O Técnico Agropecuário do Instituto Emater Moacir Andreolla ressalta que o pioneirismo dos agricultores do município está contribuindo para que a região de Apucarana seja um grande produtor de frutas.

A diversificação da fruticultura tem possibilitado à região explorar plenamente sua capacidade produtiva utilizando da melhor forma possível o solo, a mão de obra familiar existente nas propriedades e o mercado consumidor disponível na região. O presidente da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Novo Itacolomi (COFAI) comenta que com uma diversidade maior de produtos é mais fácil atender tanto o Mercado Institucional (Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE e Programa de Aquisição de Alimentos – PAA) e o mercado convencional (CEASA, atacadistas e varejo), além de facilitar a logística. “Quem leva banana, leva pitaya, goiaba, maracujá e tudo o que produzirmos”, conclui Rodrigues.

Seguindo este raciocínio, as famílias do Laerte Manoel da Silva e a do Senhor José Estevam Gomes resolveram inovar na produção de frutas. A Família do Laertes resolveu em 2014, incentivados por outro agricultor do município plantar Pitaya. Começaram com 215 pés que em 2016 já renderam uma produção de 1.200 kg. Esta produção é vendida em Apucarana e através da COFAI no CEASA de Maringá. Segundo Valéria esposa do Laertes “a produção não dá pra quem quer, como está indo bem, vamos plantar mais 100 pés”. A família tem duas variedades (uma vermelha e outra branca), segundo eles, a vermelha é mais produtiva e tem maior aceitação no mercado. Esta família também cultiva banana e estão implantando uma agroindústria de chips de banana.

Laercio Manoel em visita à lavoura de pitaya.

NOVO ITACOLOMI: FRUTAS É SUA VOCAÇÃO

O outro exemplo de pioneirismo vem da família do José Estevam Gomes, sua esposa Vilma e seu filho Vinícius. Os Gomes já trabalhavam com frutas na região de Valinhos em São Paulo, cansados daquela vida atribulada, em 2011 retornaram para Novo Itacolomi e plantaram 700 pés de goiaba em uma área de 1,25 hectares cedidos pelo sogro. José comenta que as plantas ainda são jovens, mas, que o potencial produtivo é de 150 kg por planta. “O que tenho produzido vendo facilmente através da COFAI no CEASA de Maringá e para atacadistas no CEASA de Londrina, quando atingir todo meu potencial produtivo, irei colher 100 toneladas de goiaba em minha plantação”.

A Extensionista do Instituto Emater Niely Sabino ressalta a importância da diversificação da produção e da COFAI no processo de comercialização destas frutas. Para ela “a COFAI tem uma luta incansável para viabilizar a fruticultura no município, eu presencio a alegria dos agricultores no apoio que vem recebendo da cooperativa tanto na produção como na comercialização de da banana, da goiaba e da pitaya”.

José Gomes em visita à plantação de goiaba

Ovídio Cesar Barbosa

MAIS INFORMAÇÕES:

OVÍDIO CÉSAR BARBOSA E NIELY SABINO

EMATER - NOVO ITACOLOMI

(43) 3437-1182

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