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12º Encontro Internacional de Energia - Painel 1 - Mercado Livre de Energia Elétrica: uma visão do futuro
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12º Encontro Internacional de Energia da FIESP
São Paulo, 15 de agosto de 2011
Mercado Livre de Energia: Uma Visão do Futuro
Manoel Zaroni Torres
Tractebel Energia | GDF SUEZ - Todos os Direitos Reservados
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Overview da Companhia
Tractebel Energia é controlada pelo grupo IPR PLC - GDF SUEZ
– Maior grupo mundial do setor de utilidades (Forbes)
Capacidade instalada 6.908 MW
– 22 usinas – 81% hidráulicas, 17% térmicas, 2% complementares
– Maior produtor independente de energia elétrica do Brasil
– 6,7% da capacidade instalado do SIN
Cerca de 1.000 colaboradores
EBITDA 2010 = R$ 2,6 bilhões
Empresa listada no Novo Mercado e integrante do ISE
Market Cap ≈ US$ 11 bilhões
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Distribuidoras
Comercializadoras Exportações
Clientes Livres
Portfolio de Clientes
2008 2009 2010 2011E 2012E
44%
22%
34%
55%
19%
25%
1%
56%
19%
25%
55%
12%
33%
57%
12%
31%
4
Clientes Livres
Automotiva Fertilizantes Siderúrgica Papel e Celulose
Gases Industriais
Cimento Química Máquinas e Equipamentos
15%
13%
11%
9%
8%
6% 6% 5%
1.188 MW médios contratados
98 grupos industriais distribuídos em 189 sites
Submercados S, SE/CO e NE
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Futuro do Mercado Livre
Evolução do mercado livre é uma tendência natural
Mercado livre brasileiro acompanhará movimentos já observados
em mercados maduros como Europa e EUA
– Serviço de distribuição: monopólio natural
– Mercado líquido e totalmente aberto
– Demand Side Bidding: demanda reagindo a preço
– Medição aberta e de livre acesso aos envolvidos
– Smart grid
– Geração distribuída
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Mercado Livre Europeu
Desde 2007, o mercado europeu (27 países membros) está totalmente
aberto – até mesmo os consumidores residenciais (450 milhões de
habitantes) podem escolher seu supridor
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Mercado Livre na América Latina
Demanda País
30 kW Argentina
100 kW Colômbia, Guatemala, Panamá
250 kW Uruguai
500 kW Chile (mandatório para cargas > 2MW )
1000 kW Bolívia, Peru, República Dominicana
Mercado Livre amplo não é privilégio de países com economias
desenvolvidas. Há países na AL com critério de elegibilidade mais
abrangentes que o Brasil
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Evolução do Mercado Livre no Brasil
Lei 9.074/1995 estabeleceu cronograma de liberação do mercado de energia convencional (art. 15)
– 1995
• Novos consumidores com demanda > 3 MW e qualquer tensão
• Consumidores existentes com demanda > 10 MW e tensão > 69 kV, contratados com PIEE
– 1998
• Consumidores existentes com demanda > 10 MW e tensão > 69 kV, contratados com qualquer agente
– 2000
• Consumidores existentes com demanda > 3 MW e tensão > 69 kV, contratados com qualquer agente
– 2003
• Poder Concedente poderá diminuir limites de carga e tensão
Lei 10.762/2003 estabeleceu o mercado de energia incentivada (altera o art. 26 da Lei 9427/1996)
– 2003
• Consumidores com demanda > 500 kW e qualquer tensão, contratados com fonte incentivada com potência até 30 MW
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Construindo o Futuro
A construção do futuro do Mercado Livre é algo gradual e depende
das ações implementadas no presente
O futuro dependerá da solução de questões atuais:
– Inadimplência na CCEE
– Tratamento das concessões vincendas
– Ampliação do mercado livre
– Venda de excedentes por consumidores livres
– Criação do comercializador varejista
– Alinhamento entre ACR e ACL na percepção de custos
– Tributação da energia elétrica
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Por que ampliar?
Acesso ao mercado livre ainda é limitado
– Mercado livre de fontes convencionais: demanda > 3 MW
• Em um mesmo segmento industrial, empresa com demanda > 3 MW tende a
ser mais competitiva, pois tem acesso ao mercado livre convencional
– Mercado livre de fontes incentivadas: demanda > 500 KW
• Oferta menor que demanda: migração depende da TUSD (custo do fio) e do
perfil de consumo (curva de carga)
Ampliação do mercado livre é benéfica para o consumidor
– Ampliação da oferta para consumidores que atualmente são elegíveis
apenas ao mercado de fontes incentivadas
– Competitividade da migração dependerá apenas do preço da energia
(negociado bilateralmente) e não mais do desconto sobre a TUSD
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Potencial do Mercado Livre
Mercado Livre (não cativo) atual é da ordem de 12.900 MW, com
potencial para alcançar 15.000 MW
27%
3%
32%
35%37%
41%
46%
5%
3%
2%
2%
4%
4%
5%
5%
12%
12%
32%
35%
37% 41%
46%
58%
Livre Máximo no
modelo Atual
>69KV
> 3.000
> 2.000
< 3.000
> 1.000
< 2.000
> 500
< 1.000
Todos ligados a
tensão “A” 23.400 MWm
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Constatações Finais (1/2)
Além da redução dos requisitos, é necessário facilitar o
acesso das cargas de menor porte ao Mercado Livre
– Representação na CCEE
– Adequação do sistema de medição
– Comercializador Varejista
• Agregação de cargas
• Simplificação do processo de adesão dos consumidores
• Terceirização do relacionamento com a CCEE (controle do lastro,
garantias, contabilização etc)
• Redução do número de agentes na CCEE
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Constatações Finais (2/2)
Também é desejável a flexibilização dos critérios técnicos do
sistema de medição e faturamento
– Medidor de retaguarda opcional para níveis de tensão mais baixos
– TC e TP: mesmo padrão para consumidores livres e cativos
Ampliação do mercado livre não reduz a competitividade das
fontes incentivadas, apenas reduz sua reserva de mercado
Amplo acesso ao mercado livre convencional e incentivado é
condição essencial para a competitividade da indústria brasileira