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1/1/2013 ALUNO (A):_________________________________________ Vivendo o Impossível e Escalando Fortalezas

Introdução a Anatomia Óssea

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Anatomia Sistema Óssea

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1/1/2013

ALUNO (A):_________________________________________

Vivendo o Impossível e Escalando Fortalezas

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ANATOMIA GERAL, SISTÊMICA E ESQUELETICA E ARTROLOGIA

Anatomia Geral Anatomia é a ciência da estrutura do corpo humano, enquanto a f isiologia estuda as funções do organismo ou como suas partes funcionam. No indiv íduo v ivo, é impossív el estudar anatomia sem estudar também alguma f isiologia. O estudo radiográf ico do ser humano, entretanto, é basicamente um estudo da anatomia de v ários sistemas, com menor ênfase na f isiologia. ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL O corpo humano tem diversos nív eis de organização estrutural . O nív el mais elementar de organização é o nív el químico. Todas as substâncias químicas necessárias para a manutenção da v ida são compostas de átomos, l igados de várias manei ras para formar as mo léculas. Várias substâncias químicas na formas de moléculas se organizam para formar as células. Células A célula é a unidade básica estrutural e funcional de todo ser humano. Cada parte do corpo, seja músculo, osso, car t i lagem, gordura, nerv o, pele ou sangue, é composto de células. Tecidos Os tecidos são grupos de células semelhantes entre si , que, juntamente com a matr iz ex tracelular, possuem uma função especí f ica. Os quatro t ipos básicos de tecidos são:

1. Epiteía / :Tecido que cobre as superf ícies inte rnas e ex ternas do corpo, incluindo a superf ície interna dos v asos e órgãos, como o estômago e os intest inos

2. Conjuntivo : Tecidos que unem e sustentam as v árias estruturas

3. Muscular :Tecidos que compõem a substância dos músculos

4. Nervoso : Tecidos que compõem a substância dos nerv os e centros nerv osos . Órgãos Quando v ários tecidos se unem para real izar uma função especí f ica, o resul tado é um órgão. Os órgãos geralmente possuem formatos especí f icos. Exemplos de órgãos do corpo humano são r ins, coração, f ígado, pulmões, estômago e cérebro. Sistemas Um sistema consiste em um grupo ou uma associação de órgãos que possuem uma função similar ou comum. O trato ur inário, composto pelos r ins, ureteres, bex iga e uretra, é um exemplo de um sistema do corpo humano. Há 10 sistemas orgânicos indiv iduais que compõem todo o corpo. Organismo Os 10 sistemas do corpo funcionando juntos const i tuem o organismo total - um ser v iv o.

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Anatomia Esquelética

Como grande parte da radiografia para diagnóstico envolve o exame de ossos e articulações, a osteologia (estudo dos ossos) e a artrologia (estudo das articulações) são assuntos importantes para o técnico/radiologista.

OSTEOLOGIA Estudo dos ossos. Esqueleto – do grego, signi fica corpo seco. É o

conjunto de ossos e carti lagens interligadas, formando o arcabouço do corpo. Possui 206 ossos.

O esqueleto adulto humano é dividido em esqueleto axial e esqueleto apendicular.

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Esqueleto Axial O esqueleto axial inclui todos os ossos localizados no eixo central do

corpo ou próximo a este. O esqueleto axial do adulto consiste em 80 ossos e

inclui crânio, coluna vertebral , costelas e esterno

Cabeça Crânio 8

Cabeça Ossos da face

14

Osso Hióide 1

Ossículo da audição (pequeno osso em cada ouvido)

6

Coluna vertebral Cervical 7

Coluna vertebral Torácica 12

Coluna vertebral Lombar 5

Coluna vertebral Sacral 1

Coluna vertebral Coccígea 1

Tórax Esterno 1

Tórax Costela 24

Total de ossos no esqueleto do adulto

80

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Esqueleto Apendicular

A segunda divisão do esqueleto é a porção apendicular. Essa divisão é composta por todos os ossos dos membros superiores e inferiores (extremidades) e as cíngulos escapular e pélvica. No esqueleto apendicular do adulto existem 126 ossos separados.

ESQUELETO APENDICULAR DO ADULTO

Cintura escapular Clavículas 2

Escápula 2

Membros superiores Úmero 2

Ulna 2

Rádio 2

Ossos carpais 16

Ossos metacarpais

10

Falanges 28

Cintura pélvica Ossos do quadril

2

Membros inferiores Fêmur 2

Tíbia 2

Fibula 2

Patela 2

Ossos do tarso 14

metatarsos 10

Falanges 28

Total de Osso no Esqueleto Apendicular

126

Total de ossos no adulto – 206 ossos separados.

(Isso inclui os 2 ossos sesamóides dos membros inferiores nos joelhos, as patelas).

Ossos Sesamóides Os ossos sesamóides são um tipo especial de osso pequeno e de

forma ovalada encontrados nos tendões (muitos próximos às articulações) e que estão presentes no desenvolvimento fetal , porém não são considerados parte do esqueleto axial ou apendicular, exceto pelas duas patelas, que são os maiores ossos sesamóides.

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CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS Cada um dos 206 ossos do corpo pode ser classi ficado de acordo com a sua forma:

1. Ossos Pneumáticos 2. Ossos curtos 3. Ossos planos 4. Ossos i rregulares 5. Ossos Longos

1. Ossos Pneumáticos São ossos que apresentam em seu interior uma cavidade, que é preenchida por ar. Essas cavidades são revestidas por mucosa, recebendo o nome de seios (do latim sinus = bolso). Os ossos pneumáticos são: frontal, maxila, esfenóide, etmóide e temporal. {http://imagingonline.com.br/biblioteca/Leandro_Nobeschi/Osteologia.pdf acessado 25/11/2013}

2. Ossos Curtos

Apresentam dimensões aproximadamente equivalentes entre si . Exemplo: ossos do carpo e do tarso.

3. Ossos Planos/ chatos A largura e o comprimento predominam sobre a

espessura. Consistem em duas lâminas de osso compacto com osso esponjoso e medula óssea entre elas . Exemplo: escapula, calvária, o esterno, as costelas e a escápula.

4. Ossos Irregulares Os ossos que possuem formas pecul iares estão reunidos

na categoria final como ossos i rregulares. As vértebras, os ossos faciais, os ossos da base do crânio e os ossos da pelve são exemplos de ossos i rregulares.

5. Ossos Longos São aqueles cujo comprimento é bem maior que a largura e a

espessura e contem medula óssea. Exemplo: femur Os ossos longos são formados por um corpo (diáfise) e duas

extremidades. Os ossos longos são encontrados apenas no esqueleto apendicular.

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Composição: A estrutura externa da maior ia dos ossos é

composta de tecido ósseo duro ou denso conhecido como osso (substancia) compacto, ou córtex , que é a camada externa. O osso (substancia) compacto possui poucos espaços intercelulares vazios e serve para proteger e sustentar todo o osso.

O corpo (diáfise) contém uma camada mais espessa de osso compacto que tem como objetivo ajudar na resistência ao estresse provocado pelo peso sobre ele.

No interior do osso compacto e especia lmente nas duas extremidades de cada osso longo encontramos o osso esponjoso ou trabecular. O osso trabecular é muito poroso e geralmente contém a medula óssea vermelha, responsável pela produção das hemácias.

A diáfise de um osso longo é oca. Essa porção oca

é conhecida como cavidade medular . No adulto, a cavidade medular geralmente abriga a medu la óssea amarela gordurosa. Uma membrana fibrosa densa, o periósteo, cobre o osso,exceto na carti lagem das superfícies articulaes. As superfícies articulares são recobertas por uma camada de carti lagem hial ina.

Hialina , que quer dizer transparente ou cla ra, é um tipo comum de

carti lagem ou tecido conjuntivo. Seu nome deve -se ao fato de não ser visível pelas técnicas de coloração comuns, sendo portanto "clara" ou transparente nos estudos laboratoriais. Essa carti lagem é encontrada em muitos lugares, inclu indo as extremidades dos ossos longos, onde são chamadas de carti lagens articulares.

O periósteo é essencial para o crescimento, o reparo e a nutrição

do osso. Os ossos são abundantemente supridos de vasos sangüíneos que neles penetram a parti r do periósteo. Próximo ao centro do corpo dos ossos longos, uma artéria nutrícia passa obl iquamente através do osso compacto do forame nutrício para a cavidade medular.

DESENVOLVIMENTO DOS OSSOS O processo pelo qual os ossos se formam no corpo é

conhecido como ossificação . O esqueleto do embrião é composto por membranas fibrosas e por carti lagem hial ina.

A ossi f icação tem início cerca da sexta semana de gestação e se continua até a idade adulta.

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Produção de Células Sanguíneas Nos adultos, as hemácias (células sanguíneas vermelhas) são

produzidas pela medula óssea vermelha de certos ossos planos e i rregulares, como o esterno, as costelas, as vértebras e a pelve.

Formação Óssea Dois tipos de formação óssea são conhecidos. Quando o osso

substi tui membranas, a ossi f icação é chamada de intramembranosa. Quando o osso substi tui uma carti lagem, a ossi f icação é chamada de endocondral (intracarti laginosa).

Ossificação Intramembranosa A ossi ficação intramembranosa ocorre

rapidamente nos ossos que são necessários para a proteção, como nas suturas dos ossos planos na calvária, que são os centros de crescimento no desenvolvimento ósseo precoce.

Ossificação Endocondral A ossi ficação endocondral ocorre de forma

muito mais vagarosa do que a intramembranosa e ocorre na maior parte do esqueleto, principalmente nos ossos longos. por cálcio no fim do crescimento ósseo.

TERMINOLOGIA UTILIZADA NO ESTUDO DA OSTEOLOGIA • Linha – margem óssea suave; • Crista – margem óssea proeminente; • Tubérculo – pequena sal iência arredondada; • Tuberosidade – média sal iência arredondada; • Trocanter – grande sal iência arredondada; • Maléolo – sal iência óssea semelhante à cabeça de um martelo; • Espinha – projeção óssea afi lada; • Processo – projeção óssea; • Ramo – processo alongado; • Faceta – superfície articular l isa e tendendo a plana; • Fissura – abertura óssea em forma de fenda; • Forame – abertura óssea arredondada; • Fossa – pequena depressão óssea; • Cavidade – grande depressão óssea; • Sulco – depressão óssea estrei ta e alongada; • Meato – canal ósseo; • Côndilo – proeminência el íptica que se articula com outro osso; • Epicôndilo – pequena proeminência óssea si tuada acima do côndi lo; • Cabeça – extremidade arredondada de um osso longo, geralmente separada do corpo do osso por meio de uma região estrei tada,

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denominada colo. [ht tp:/ / imagingonline.com.br/bibliotec a/Leandro_Nobeschi /Osteologia.pdf – acessado 25/11/2013]

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http://dic

t.space.4goo.net/city/106245?q=Osseo – acessado 30/11/13

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exercícios

1. Quais os planos corpóreos aqui mostrados?

a) __________

___ b) __________

___ c) __________

___

2. De o nome de cada Osso.

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http://www.portalescolar.net/2013/03/atividades-corpo-humano-3-4-5-6-anos_6196.html

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Posição anatômica Em posição vertical , braços aduzidos (para baixo), palmas para a

frente, cabeça e pés virados exatamente para a frente. Essa posição corporal específica é usada como referência para outros termos de posicionamento.

Planos Corpóreos, Cortes e Linhas PLANO : Superfície EM LINHA RETA QUE -- UNE DOIS PONTOS

Quatro planos comuns são usados em radiologia:

Plano sagital - Um plano sagital é qualquer plano longitudinal que divide o corpo em uma parte direi ta e uma parte esquerda.

Plano mediossagital - por vezes chamado

também de plano mediano, é um plano sagital que passa pela l inha média dividindo o corpo em duas partes iguais, uma direi ta e uma esquerda. Ela passa aproximadamente através da sutura sagital do crânio. Qualquer piano paralelo ao plano mediano ou mediossagital é chamado de piano sagital .

Plano coronal - Um plano coronal é

qualquer plano longitudinal que divida o corpo em partes anterior e posterior.O plano mediocoronal divide o corpo em partes anteriores e posteriores i guais. É denominado plano coronal porque passa aproximadamente através da sutura coronal do crânio. Qualquer plano paralelo ao plano mediocoronal ou frontal é denominado plano coronal.

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Plano horizontal (axial) - Um plano horizontal (axial) é qualquer plano transverso que passa através do corpo em ângulo reto ao plano longitudinal , dividindo o corpo em porções superior e inferior.

Plano oblíquo - Um plano oblíquo é um plano longitudinal ou

transverso que está angulado ou inclinado e não paralelo aos planos sagital , coronal ou horizontal .

CORTE: UMA SUPERFíCIE DE "CORTE" OU "FATIA"

Cortes longitudinais - sagital , coronal e obl íquo Esses cortes são fei tos longitudinalmente na direção do eixo longitudinaldo corpo ou de qualquer uma de suas partes, independentemente da posição do corpo (em pé ou deitado).Os cortes longitudinais podem ser fei tos nos planos sagital , coronal ou obl íquo. Cortes transversais ou axiais Os cortes são fei tos em ângulo reto ao longo de qualquer ponto do eixo longitudinal do corpo ou de qualquer uma de suas partes. Imagens sagital , coronal e axial : As imagens por TC e de RM são obtidas nessas três incidências ou orientações comuns. (Cortes de RM são mostrados da

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TERMOS PARA AS PORÇÕES POSTERIOR E ANTERIOR DO

CORPO

Posterior ou dorsal

Refere-se à metade dorsal do paciente, ou aquela parte do corpo observada quando vemos uma pessoa de costas; inclui as plantas dos pés e o dorso das mãos na posição anatômica

Anterior ou ventral

Refere-se à metade frontal do paciente, ou aquela parte do corpo observada quando vemos uma pessoa de frente; inclui o dorso dos pés e as palmas das mãos na posição anatômica

TERMOS PARA SUPERFíCIES DAS MÃOS E DOS PÉS Três termos são usados em radiologia para descrever superfícies

específicas dos membros superiores e inferiores como descri tos a seguir:

Plantar

Refere-se à região plantar ou à superfície posterior do pé

Dorso Pé : Refere-se à parte de cima ou à superfície anterior do pé Mão: Refere -se à

parte de trás ou à parte posterior da mão.

Palmar (volar) Refere-se à palma da mão; na posição anatômica, é o mesmo

Artrologia (Articulações) O estudo das articulações é chamado de artrologia. É importante compreender que nem todas as articulações realizam movimento. Na verdade, os dois primeiros tipos de articulações a serem descri tas são imóveis ou são articulações de movimentos l igeiros unidas por várias faixas fibrosas ou por carti lagem.

Essas articulações estão mais adaptadas ao crescimento, em vez de movimento. O segundo grupo de articulações inclui a maioria das articulações do organismo, que são adaptadas para o movimento.

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Classificação das Articulações

1. Funcional Às vezes as articulações são classi f icadas conforme sua função, em vez da sua capacidade de movimento. Os três tipos funcionais mais comuns são:

Sinartroses - Articulações imóveis

Anfiartroses - Movimentos l imitados

Diartroses - Articulação de movimentação

l ivre

2. Estrutural Às vezes, todas as articulações do corpo são classi ficadas conforme as

três Classes funcionais a seguir. As três classi f icações estruturais estão baseadas nos três tipos de

tecido que separam os l imites ósseos das di ferentes articulações Essas três classi f icações segundo o tipo de tecido, juntamente com as suas subclasses, são demonstradas a seguir:

2.1 Articulações fibrosas

2.1.1. Sindesmoses 2.1.2. Sutura 2.1.3. Gonfose

2.2 Articulações cartilaginosas 2.2.1. Sínfise 2.2.2. Sincondrose

2.3 Articulações sinoviais

2.4 Articulações Fibrosas

2.1 Articulações fibrosas

As articulações fibrosas selam uma cavidade articular. Os ossos

adjacentes, que estão em íntimo contato entre si , são mantidos unidos pelo tecido conjuntivo fibroso. Os três tipos de articulações fibrosas são a sindesmose, que são l igeiramente móveis; as suturas, que são imóveis; e as gonfoses, que são um tipo único de articulação com movi mentos muito l imitados (Fig. 1.23). 2.1.1. Sindesmoses

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A única verdadeira sindesmose no corpo é a articulação tibio fibular distal .* Os ligamentos fibrosos unem a tíbia distal com a fíbula nessa articulação, que é ligeiramente móvel ou anfiartrodal. 2.1.2. Suturas

As suturas são encontradas entre os ossos do crânio. Esses ossos mantêm contato entre si por meio de l imites encadeados ou serri lhados e são mantidos juntos pelos feixes de tecido fibroso ou ligamentos. Por tanto, essas articulações possuem um movimento extremamente l imitado e, nos adultos, são consideradas imóveis ou articulações sinartrodais

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2.2 Articulações Cartilaginosas

As articulações carti laginosas também vedam uma

cavidade, e as articulações dos ossos são firmemente unidas por uma cartilagem. Assim como as

articulações fibrosas, elas permitem movimentos discretos ou nenhum movimento. Além disso, essas articulações são também sinartrodiais ou anfiartrodiais e são unidas por dois tipos de carti lagem, as sínfi sese as sincondroses. 2.2.1. Sínfises

O aspecto essencial de uma articulação do tipo sínfise é a presença de um disco largo e plano de fibrocartilagem entre duas superfícies ósseas contíguas. Esses discos de fibrocarti lagem formam almofadas relativamente grossas que são capazes de serem comprimidas ou desloca das, permitindo dessa forma a esses ossos alguns movimentos, o que faz essas articulações serem anfiartrodiais (movimentos discretos). Exemplos dessas sínfises são os discos intervertebrais (entre os corpos vertebrais) e a sínfise púbica (entre os dois ossos púbicos da pelve). 2.2.2. Sincondroses

Uma sincondrose típica é uma forma temporária de articulação em que a cartilagem hialina de conexão (que nos ossos longos é chama da de p/oco epífísórío) é convertida em osso na idade adulta. Esses tipos temporários de articulação de crescimento são considerados sinartrodiais ou imóveis.

Exemplos dessas articulações são as placas epi fisárias entre as epífises e as diáfises (corpos) dos ossos longos e na união dos três ossos da pelve, que formam o acetábulo para a articulação do quadri l .

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2.3 Articulações Sinoviais

A terceira classi ficação das articulações é as

sinoviais,que são livremente móvel, a maioria delas nos membros superiores e inferio res, caracterizadas por uma cápsula fibrosa contendo em seu interior líquido sinovial . As terminações ósseas que formam a articulação

sinovial podem ter contato entre si mas são completamente separadas e contêm um espaço articular e uma cavidade, permitindo que essas articulações tenham movimentos de grande ampl i tude.

As articulações sinoviais são geralmente diartrodiais ou l ivremente móveis. (Exceções a isso são as articulações sacril íaca da pelve, que são anfiartrodiais ou de movimentos discretos.) As superfícies articulares (terminações expostas) desses ossos contêm uma fina camada protetora de cartilagemarticular hialina.

A cavidade articular, que contém um líquido sinovial lubri f icante e viscoso, é fechada e coberta por uma cápsula fibrosa, reforçada pelos ligamentos acessórios. Esses l igamentos l imitam o movimentoem direções indesejadas. A superfície interna da cápsula fibrosa é a responsável pela secreção do l íquido sinovial lubri ficante.

Tipos de Movimento das Articulações Sinoviais As articulações sinoviais ocorrem em um número considerável e variável

e são agrupadas segundo os seis tipos de movimento que são permitidos.

Elas estão l istadas em ordem dos movimen tos menores para os mais móveis. O nome preferível aparece antes, seguido pelos termos antigos ou sinônimos em parênteses. 1. Articulações planas (deslizantes)

Esse tipo de articulação sinovial permite o menor movimento, que, como o próprio nome sugere, é um movimento de deslizamento entre duas superfícies articulares. Exemplos dessas articulações são as intermetacarpais, carpometacarpais e intercarpais das mãos e dos punhos.

2. Gínglimo

As superfícies articulares de um gíngl imo são moldadas entre si a f im de permiti rem apenas movimentos de extensão e de flexão. A cápsula articular f ibrosa nesse tipo de articulação é fina nas superfícies onde a dobradura ocorre, mas fortes l igamentos colaterais fazem uma forte contenção óssea nas margens laterais da cáp sula fibrosa.

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Exemplos dessas articulações são as interfalangianas (lF), tanto nos quirodácti los como nos pododácti los, na articulação do joelho e na articulação do tornozelo. 3. Articulação trocóide (pivô)

A articulação trocóide é formada por um processo ósseo semelhante a um eixo que é cercado por um anel de ligamentos e/ou estruturas ósseas.

Isso permite movimentos de rotação em torno de um único eixo.

Exemplos dessas articulações são as radioulnares proximal e distal do antebraço, que exibem seu movimento axial no movimento de rotação da mão e do punho.

Outro exemplo é a articulação entre a primeira e a segunda vértebras cervicais.

O dente do eixo (C2) forma um pivô e o arco anterior do atlas (C1), combinado com os l igamentos posteriores, forma um anel.

4. Articulações elipsóides (condilares)

Na articulação elipsóide ou condilar , o movimento ocorre basicamente em um plano, combinado com um leve grau de rotação em um eixo nos ângulos retos ao plano de movimento primário. O movimento rotacional é de alguma forma l imitado por l igamentos e tendões associados.

Esse tipo de articulação permite, portanto, basicamente quatro movi -mentos:

- f lexão e extensão e abdução e adução. O movimento de circundução também ocorre e resulta da associação seqüencial dos movimentos de flexão, abdução, extensão e adução.

Exemplos de articulações elipsóides são as segunda e quinta articulações metacarpo falangianas (MCF), a articulação do punho e as articulações metatarso falangianas (MTF). 5. Articulações selares

O termo se/ar descreve bem essa estrutura articular nas terminações dos ossos com forma côncavo-convexa ou em oposição a uma outra (Duas estruturas semelhantes a uma sela encaixam-se uma na outra.)

Os movimentos dessa articulação selar, t ipo biaxial , são os mesmos das articulações elipsóides, que são flexão, extensão, adução, abdução e circundução.

O melhor exemplo de uma verdadeira articulação selar é a primeira articulação carpometacarpiana (CMe) do polegar.

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6. Articulações esfenoides

As articulações esferóides permitem grande

l iberdade de movimentos. O osso distal que compõe a articul ação é

capaz de mover-se ao redor de um número infini to de eixos que possuam um centro em comum. Quanto mais profunda a articulação, mais limitado será o movimento. Uma articulação mais profunda, no entanto, é mais forte e mais estável. Por exemplo, a arti culação do quadri l (coxofemoral) é muito mais forte e estável do que a articulação do ombro, mas a capacidade de movimentos é bem mais limitada no quadril .Os movimentos das articulações esferóides são flexão,extensão,abdução, adução, circundução e rotação medial e lateral .

Os dois exemplos de articulações esferóides são as articulações do quadril (coxofemoral) e dos ombros.

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CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES Classificaçã

o das Articulações

Classificação da Mobil idade

Tipos de Moviment

os

Descrição do

Movimento

Exemplos

Art iculações Fibrosas Sindesmoses

Anf iart rodial ( l igei ramente móv eis)

- - Art iculação t ibiof ibular discal

Suturas Sinartrodial ( imóv el )

- -- Suturas cranianas

Gonfoses Mov imentos muito l im itados

- - Áreas ao redor das cav idades dos dentes

Art iculações Cart i laginosas

- - Discos inv ertebrais Sínf ise púbica

Sínf ises Anf iart rodial ( l igei ramente móv eis)

- - Discos inv ertebrais Sínf ise púbica

Sincondroses Sinartrodial ( imóv el )

- - Placas epi f isár ias dos ossos longos e entre as t rês div isões da pelv e

Art iculações Sinov iais

Diart rodial ( l iv remente móv eis), com exceção das art iculações sacroi l íacas (art iculações sinov iais com mov imentos muito l im itados [anf iart rodiais])

Plana (desl izante) Gíngl imo (em dobradiça)

Desl izante ou corrediça Flexão e ex tensão

Art iculações intermetacarpal , intercarpal e carpometacarpal Art iculaçõesinterfalangianas dos dedos das mãos e dos pés e do joelho, calcanhar e cotov elo

Trocóide (piv ô)

Rotacional Art iculação radioulnar prox imal e distal e entre as v értebras C1 e C2

El ipsóide ( condi lar)

Flexão e ex tensão Abdução e adução Ci rcundução

Segunda a quinta art iculações metacarpofalangianas e art iculações do punho

Selar (em sela)

Flexão e ex tensão Abdução e adução Ci rcundução

Primei ra art iculação metacarpal (polegar)

Esferóide (em bola e soquete)

Flexão e ex tensão Abdução e adução Ci rcundução Rotação medial e lateral

Art iculações do quadri l e dos ombros

Page 25: Introdução a Anatomia Óssea

Profª Renata Cristina - Osteologia

BONTRAGER, K.. Tratado de Técnica Radiológica e Base Anatômica. 5 Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. Página 24

que superfície anterior ou ventral da mão. Superfícies dorsal e palmar da mão.