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São Paulo, UNESP, Geociências, v. 26, n. 1, p. 55-65, 2007 55 UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS DE FOTOINTERPRETAÇÃO NA COMPARTIMENTAÇÃO FISIOGRÁFICA DO MUNICÍPIO DE CANANÉIA, SP APOIO AO PLANEJAMENTO TERRITORIAL E URBANO Thomaz Alvisi de OLIVEIRA 1 , Paulina Setti RIEDEL 2 , Ricardo VEDOVELLO 3 , Célia Regina de Gouveia SOUZA 3 , Maria José BROLLO 3 (1) Laboratório de Geografia e Estudos Geo-Ambientais (LEGA), Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Centro Universitário de Itajubá – UNIVERSITAS. Avenida Dr. Antônio Braga Filho, 687 – Bairro da Varginha. CEP 37.501-002. Itajubá, MG. Endereços eletrônicos: [email protected]; [email protected]. (2) Departamento de Geologia Aplicada, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Campus de Rio Claro. Avenida 24-A, 1515 – Bela Vista. CEP 13506-900. Rio Claro/SP. Endereço eletrônico: [email protected]. (3) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Avenida Miguel Stéfano, 3900 – Água Funda. CEP 04301-903. São Paulo, SP. Endereços eletrônicos: [email protected]; [email protected]; [email protected]. Introdução Área de Estudo Materiais e Métodos Materiais Métodos Compartimentação Fisiográfica Inferências das Propriedades Geotécnicas Permeabilidade Profundidade dos Solos Textura do Material Inconsolidado Alterabilidade Declividade Definições das Potencialidades e Limitações dos Terrenos Presentes em Cananéia Grupos de Unidades Básicas de Compartimentação PSL e PSE Grupos de Compartimentos PSR, PCR, PFA Grupos de Compartimentos LDT, LFL e LSI Considerações Finais Agradecimentos Referências Bibliográficas RESUMO – Este artigo apresenta informações sobre o meio físico obtidas por meio da compartimentação fisiográfica em uma imagem Landsat 7 ETM+, visando o planejamento territorial do Município de Cananéia, no litoral sul do estado de São Paulo. Os compartimentos fisiográficos foram identificados a partir de diferentes níveis hierárquicos de classificação por meio da análise dos elementos texturais de relevo e drenagem, posteriormente associados às informações referentes aos mapeamentos geológicos e geomorfológicos já existentes, aliados a trabalho de campo. O produto final, um mapa de Unidades Básicas de Compartimentação (UBCs), serviu para nortear considerações referentes aos processo de expansão urbana municipal. A metodologia utilizada mostrou-se com potencial de aplicação em outros estudos relacionados ao meio físico, sendo necessária apenas a adequação dos dados a serem trabalhados. Palavras-chave: Compartimentação fisiográfica, planejamento territorial, sensoriamento remoto. ABSTRACT T.A. de Oliveira, P.S Riedel, R. Vedovello, C.R. de G. Souza, M.J. Brollo – Physiographic compartimentation of the Cananéia Municipality area using photo-interpretation techniques – support to the urban and territorial planning. This paper presents information about the environment obtained by means of the physiographic compartimentation on a Landsat 7 ETM+ image, to contribute for the territorial planning of the city of Cananéia, in the southern coast of the São Paulo State. The physiographic compartments were identified from different hierarchic classification levels using the analysis of relief and drainage textural elements on the image; the data were associated to the pre-existent geologic and geomorphologic information, and with field checking. The final product, the map of Basic Units of Compartimentation (BUCs) may be used to guide the process of urban expansion. This methodology revealed potentiality for other applications in environmental studies, with the adequate selection of criteria for each case. Keywords: Physiographic compartimentation, territorial planning, remote sensing. INTRODUÇÃO Uma das formas de se estudar o meio físico é compartimentá-lo, separando-o em áreas homólogas com base em determinados critérios. A partir desta compartimentação, podem ser efetuadas inferências

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UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS DE FOTOINTERPRETAÇÃONA COMPARTIMENTAÇÃO FISIOGRÁFICA DO MUNICÍPIO

DE CANANÉIA, SP – APOIO AO PLANEJAMENTOTERRITORIAL E URBANO

Thomaz Alvisi de OLIVEIRA 1, Paulina Setti RIEDEL 2, Ricardo VEDOVELLO 3,Célia Regina de Gouveia SOUZA 3, Maria José BROLLO 3

(1) Laboratório de Geografia e Estudos Geo-Ambientais (LEGA), Instituto de Ciências Humanas e Sociais,Centro Universitário de Itajubá – UNIVERSITAS. Avenida Dr. Antônio Braga Filho, 687 – Bairro da Varginha.

CEP 37.501-002. Itajubá, MG. Endereços eletrônicos: [email protected]; [email protected].(2) Departamento de Geologia Aplicada, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista,

Campus de Rio Claro. Avenida 24-A, 1515 – Bela Vista. CEP 13506-900. Rio Claro/SP. Endereço eletrônico: [email protected].(3) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Avenida Miguel Stéfano, 3900 – Água Funda.

CEP 04301-903. São Paulo, SP. Endereços eletrônicos: [email protected];[email protected]; [email protected].

IntroduçãoÁrea de EstudoMateriais e Métodos

MateriaisMétodos

Compartimentação FisiográficaInferências das Propriedades Geotécnicas

PermeabilidadeProfundidade dos SolosTextura do Material InconsolidadoAlterabilidadeDeclividade

Definições das Potencialidades e Limitações dos Terrenos Presentes em CananéiaGrupos de Unidades Básicas de Compartimentação PSL e PSEGrupos de Compartimentos PSR, PCR, PFAGrupos de Compartimentos LDT, LFL e LSI

Considerações FinaisAgradecimentosReferências Bibliográficas

RESUMO – Este artigo apresenta informações sobre o meio físico obtidas por meio da compartimentação fisiográfica em uma imagemLandsat 7 ETM+, visando o planejamento territorial do Município de Cananéia, no litoral sul do estado de São Paulo. Os compartimentosfisiográficos foram identificados a partir de diferentes níveis hierárquicos de classificação por meio da análise dos elementos texturais derelevo e drenagem, posteriormente associados às informações referentes aos mapeamentos geológicos e geomorfológicos já existentes,aliados a trabalho de campo. O produto final, um mapa de Unidades Básicas de Compartimentação (UBCs), serviu para nortearconsiderações referentes aos processo de expansão urbana municipal. A metodologia utilizada mostrou-se com potencial de aplicação emoutros estudos relacionados ao meio físico, sendo necessária apenas a adequação dos dados a serem trabalhados.Palavras-chave: Compartimentação fisiográfica, planejamento territorial, sensoriamento remoto.

ABSTRACT – T.A. de Oliveira, P.S Riedel, R. Vedovello, C.R. de G. Souza, M.J. Brollo – Physiographic compartimentation of theCananéia Municipality area using photo-interpretation techniques – support to the urban and territorial planning. This paper presentsinformation about the environment obtained by means of the physiographic compartimentation on a Landsat 7 ETM+ image, tocontribute for the territorial planning of the city of Cananéia, in the southern coast of the São Paulo State. The physiographic compartmentswere identified from different hierarchic classification levels using the analysis of relief and drainage textural elements on the image; thedata were associated to the pre-existent geologic and geomorphologic information, and with field checking. The final product, the map ofBasic Units of Compartimentation (BUCs) may be used to guide the process of urban expansion. This methodology revealed potentialityfor other applications in environmental studies, with the adequate selection of criteria for each case.Keywords: Physiographic compartimentation, territorial planning, remote sensing.

INTRODUÇÃO

Uma das formas de se estudar o meio físico écompartimentá-lo, separando-o em áreas homólogas com

base em determinados critérios. A partir destacompartimentação, podem ser efetuadas inferências

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sobre as propriedades do meio e estabelecidas as suasdecorrentes potencialidades e limitações, orientando aimplantação de atividades antrópicas e auxiliando emestudos que visam ao planejamento territorial e o proces-so de tomada de decisão pelos órgãos governamentais.

Os produtos de sensoriamento remoto possuemgrande potencial de utilização na compartimentaçãofisiográfica. Através do reconhecimento das feiçõesde relevo e drenagem e da análise de seu arranjoespacial pode-se, com maior facilidade, separar áreashomólogas da paisagem e analisar as similaridadesentre elas. Estas áreas consideradas similares devemreceber a mesma denominação e possuir compor-

ÁREA DE ESTUDO

tamentos semelhantes frente às diversas solicitaçõesde uso. As informações geotécnicas, mesmo expeditas,obtidas dentro das áreas consideradas homogêneas,favorecem a análise de seu comportamento.

No presente trabalho este princípio foi utilizadopara o município de Cananéia (SP), onde as infor-mações do terreno foram obtidas pela compar-timentação fisiográfica efetuada em imagem de satélitedo Landsat7 ETM+. Posteriormente, a descrição eclassificação das propriedades destes compartimentosa partir da imagem de satélite e de levantamentos decampo, permitiram realizar inferências sobre algumaspropriedades geotécnicas do terreno.

O município de Cananéia situa-se na porção suldo litoral do Estado de São Paulo (Figura 1).

Com cerca de 1.000 km2, o município se divideem uma porção continental e outra insular, esta últimarepresentada pelas ilhas de Cananéia (onde se encontraa sede municipal), a do Cardoso e a do Bom Abrigo.Também fazem parte do município outras ilhas demenor extensão. Até 1992, uma porção da IlhaComprida era parte do Município de Cananéia. O

FIGURA 1. Localização do município de Cananéia no contexto do Estado de São Paulo.

município, em sua área de 1.241, 94 km2, tem umapopulação de 12.998 habitantes (IBGE, 2000).

O município é parte integrante da RegiãoAdministrativa de Registro (IBGE, 2000), a qual podeser considerada como a região menos desenvolvida doestado, apresentando índices de desenvolvimentosimilares ao do Nordeste brasileiro (Braga, 1999). Estaregião apresenta problemas de ordens socioeconômicase ambientais e um quadro de degradação ambiental

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bem avançado, como já identificado pela Secretariado Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SÃOPAULO, 1994).

Integra também o município de Cananéia o ParqueEstadual da Ilha do Cardoso, o qual foi reconhecidopela UNESCO, em 1992, como zona-núcleo daReserva da Biosfera, abrigando espécies remanes-centes de Mata Atlântica. Além disso, faz parte daÁrea de Proteção Ambiental (APA), que cobre tambémos municípios de Iguape e Peruíbe; esta APA foiimplantada em 23 de outubro de 1984 pelo Decreto90.347 (IBAMA, 2005).

Suguio & Martin (1976) descreveram a Planíciede Cananéia e Iguape como delimitada a sudoeste enordeste por “pontões” do embasamento cristalino quealcançam o oceano, sendo drenada pelo Rio Ribeirade Iguape, o qual drena também áreas do cristalino,bem como por outros cursos de água condicionados àplanície sedimentar. Externamente, a planície é drenadapor lagunas e rios condicionados às marés que separamquatro grandes ilhas: do Cardoso, Comprida, deCananéia e de Iguape, esta última, de origem antrópica.

Em termos geomorfológicos, grande parte dasterras do Município de Cananéia está situada naProvíncia Costeira, que se caracteriza por apresentarplanícies aluviais e costeiras, terraços marinhos efaixas localizadas de mangue. Uma porção da áreaencontra-se também na zona denominada Morraria

Costeira e nas Baixadas Litorâneas e ainda há umaparte pertencente à subzona denominada Serrania doRibeira, integrante da zona denominada SerraniaCosteira (IPT, 1981a).

Geologicamente, o IPT (1981b) descreve a pre-sença de suítes graníticas sintectônicas (fáciesCantareira) e pós-tectônicas (fácies Graciosa), sendoo litotipo mais comum o granito-gnáissico com umafoliação concordante ao trend regional, e com granu-lação variando de fina a média. Também sãocaracterísticos sedimentos continentais indiferenciadosde natureza areno-argilosa, sedimentos marinhos emistos, atuais e subatuais, localmente retrabalhados poração fluvial e/ou eólica. Relacionam-se ainda sedi-mentos pertencentes às formações Pariquera-Açú eCananéia, integrantes do Grupo Mar Pequeno; aprimeira constitui-se predominantemente da alternânciade siltitos argilosos e areias arcoseanas, associados acamadas de cascalho, enquanto que na segundaocorrem areias marinhas, sedimentos areno-argilosos,flúvio-lagunares e depósitos de mangues atuais.

Esses materiais são trabalhados sob índicestropicais de pluviosidade, que variam de 1.800 a 2.000mm/ano na região litorânea compreendida entreUbatuba e Cananéia, fato decorrente da influênciamarítima na região (Sant’Anna Neto, 2000). As áreasserranas mais elevadas podem apresentar índicespluviométricos superiores a 2.400 mm/ano.

MATERIAIS E MÉTODOS

MATERIAIS

Para a elaboração do presente trabalho foi utili-zado os seguintes materiais: cartas topográficas emescala 1:50.000 editadas pelo IBGE entre 1972 e 1974,referentes ao Município de Cananéia; mapas geológicose geomorfológicos confeccionados pelo IPT (1981a, b),em escala 1:500.000 e por Chiodi et al. (1982), emescala 1:50.000; imagem de satélite TM-Landsat 7ETM+, 220/077 de 21/04/2000, em papel, com fusãodas bandas 4, 5, 2 e Pan, em escala 1:50.000.

MÉTODOS

Compartimentação Fisiográfica

A interpretação visual das imagens de satélite econseqüente compartimentação foi realizada a partirda imagem LANDSAT em papel.

A identificação dos compartimentos fisiográficosfoi feita parcialmente com base na análise de elementostexturais de relevo e drenagem, no tocante à suadensidade, orientação (tropia), forma das encostas,assimetria, conforme metodologia descrita por Soares& Fiori (1976) para fotos aéreas e posteriormente

adaptada por Veneziani & Anjos (1982) para imagensorbitais. Esta metodologia, que utiliza a análisesistemática dos elementos texturais de relevo edrenagem, foi empregada por Vedovello (1993; 2000),Theodorovicz et al. (1994), Oliveira et al. (1995), entreoutros, para a extração e posterior análise de elementosda imagem visando estabelecer uma relação dosignificado da imagem do objeto com o objeto real.

Vedovello (1993, 2000) utilizou esta metodologiana elaboração de zoneamentos geotécnicos voltados àgestão ambiental a partir de unidades básicas decompartimentação, vinculando seus estudos à inter-pretação visual de imagens de satélite.

Os elementos de fotoanálise utilizados paracaracterizar uma unidade ou compartimento foram orelevo e a drenagem, e as propriedades consideradassão descritas a seguir.

O primeiro critério a ser considerado na análisedas unidades foi a densidade de drenagem, qualificadaatravés da relação entre o número de canais pela áreado compartimento. As classes adotadas paracaracterizá-la foram: muito alta (MA); alta (A);média (M); baixa (B); muito baixa (MB).

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O segundo critério considerado na análise foi aorientação (tropia) dos elementos de textura de relevoe de drenagem. Segundo a metodologia de Soares &Fiori (1976), a orientação dos elementos de textura foidividida em quatro classes de análise: muito orientada(MO), em que a orientação é muito clara e muitopersistente; orientada (O), quando a orientação é clarae persistente; pouco orientada (PO), se a orientação édifusa e pouco persistente; não orientada (NO), emque a orientação é inexistente.

O terceiro critério de análise considerado foi aforma da encosta, resultado da ação dos processos deerosão e remoção de material. Seus padrões classifi-catórios foram: convexa (X); côncava (V); côncava/convexa (VX); retilínea (R).

A análise do relevo foi complementada por partedos critérios adotados pelo IPT (1981a) na confecçãodo mapa geomorfológico do Estado de São Paulo,conforme segue.

O quarto critério de análise considerado foi o tipode topo, para o qual foram adotadas as seguintesclassificações: amplo ou restrito, quanto à extensão (Aou R); agudo ou convexo, quanto à forma (A ou X).Ao considerar o tipo de topo, deve-se ressaltar queeste pode ser amplo e convexo ou restrito e convexo,ou ainda, restrito e agudo, não sendo possível a variaçãoamplo e agudo.

A amplitude relativa foi também considerada eanalisada na imagem a partir do tamanho das sombras,complementada pela informação do mapa topográfico.As classes de amplitude relativa foram pequena, médiae grande.

A declividade foi o único critério que não se baseouna análise da imagem, uma vez que sua obtenção foibaseada na proximidade das curvas observada no mapatopográfico do Município de Cananéia. Foram conside-radas três classes: Alta (A); Média (M); Baixa (B).

Foi necessário adotar o elemento tonalidade paradiferenciar algumas Unidades Básicas de Compar-timentação (UBCs), que serão apresentadas a seguir.Assim, por exemplo, nas UBCs LFL1, LFL2 e LFL3,que correspondem aos depósitos fluviais onde aparecemextensas planícies com orientações semelhantes doselementos de textura e declividades, a tonalidadecontribuiu no processo de análise, sendo os tons maisescuros relacionados aos terrenos mais úmidos eportanto menos permeáveis.

O Quadro 1 apresenta os critérios que foramutilizados, bem como a classificação adotada para oselementos de relevo e drenagem considerados nainterpretação e análise da imagem de satélite. NoQuadro 2 estão descritos os critérios selecionados,que também serviram de base para a interpretaçãodas imagens.

QUADRO 1. Critérios utilizados e classes adotadas para a interpretação dos elementosde relevo e drenagem. Adaptado de IPT (1981a).

QUADRO 2. Critérios geomorfológicos adotados na interpretaçãoda imagem de satélite. Adaptado de IPT (1981a, p. 16).

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De acordo com a metodologia empregada, osvários compartimentos delimitados na imagem devemser analisados para se avaliar a homogeneidade internados elementos texturais que os constituem. Constatadasheterogeneidades internas, procede-se a uma subdi-visão. Esse processo é completo com a caracterizaçãodos compartimentos em relação à hierarquia adotadapara a classificação dos mesmos. Os compartimentosforam classificados, em ordem decrescente de gran-deza: inicialmente foram analisadas as ZonasMorfológicas, que são equivalentes às áreas de planaltoe planície; seguidas pelos Domínios Geológicos,correspondentes às rochas dominantes; pelas SubzonasMorfológicas, relacionadas às feições característicasde cada compartimento; por último, as Unidades, querepresentam a menor área do terreno onde as caracte-

rísticas texturais do compartimento, observadas naimagem de satélite, mostram-se semelhantes.

A elaboração de uma legenda para cada compar-timento foi construída, adotando-se uma simbologiahierárquica representada por letras maiúsculas quedenotam as Zonas Morfológicas, os DomíniosGeológicos e as Subzonas Morfológicas. As Unidadessão representadas por números e apresentam caracte-rísticas texturais constantes para cada compartimento.Em outros termos, pode-se dizer que as unidades sãoos elementos diferenciadores entre os compartimentos,aqui denominados de unidades básicas de compar-timentação (UBCs).

O Quadro 3 apresenta a relação entre as ZonasMorfológicas, os Domínios Geológicos e as SubzonasMorfológicas, bem como, a simbologia utilizada.

QUADRO 3. Elementos característicos dos compartimentos e sua simbologia.

A Figura 2 apresenta uma porção da área deestudo com suas respectivas divisões, relacionadas àZona Morfológica, domínio litológico e subzonamorfológica dos compartimentos, bem como asunidades específicas de cada um.

Inferências das Propriedades Geotécnicas

Esta etapa de trabalho desenvolve-se tendo comobase as informações obtidas da imagem, que podemser correlacionadas às propriedades geotécnicas dasUBCs. Deve-se ressaltar a importância, das atividadesde campo nessa fase do trabalho, que contribuem paraa descrição dos perfis de alteração, para a caracte-rização dos materiais e para embasar as inferênciasefetuadas.

As propriedades de interesse geotécnico, inferidaspor meio dos critérios fotointerpretativos e respaldadaspor trabalhos de campo, são descritas a seguir.

PermeabilidadeA permeabilidade está relacionada com a maior

ou menor facilidade de percolação de um fluído atravésde um meio poroso.

Para as UBCs de origem detrítica ou sedimentare que representam algum tipo de depósito, apermeabilidade foi classificada como inversamenteproporcional à densidade de drenagem, devido aos fatosda água nessas regiões tenderem a percolar por entreos espaços existentes entre as partículas de areia, silteou argila e de que quanto maior a porosidade, maior afacilidade de percolação da água. Para as áreas crista-linas inseridas no planalto e para os morros isolados daplanície costeira, a permeabilidade foi classificada comodiretamente proporcional à densidade de fraturas, poisem meios rochosos a água tende a percolar pelasfraturas; quanto maior o número de fraturas, maiora densidade de drenagem e maior a permeabilidade.

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FIGURA. 2. Unidades Básicas de Compartimentação presentes no Município de Cananéia.

O Quadro 4 sintetiza as relações entre permeabilidadee tipos de terreno aos quais se relaciona.

QUADRO 4. Relação entre a densidade de drenagem epermeabilidade em áreas de Planície, Planalto e morros

isolados da Planície no Município de Cananéia.

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Profundidade dos Solos

A profundidade dos solos foi inferida com basena forma e extensão dos topos e na declividade. Alémdisso, as informações foram comparadas com adescrição de perfis de alteração amostrados.

Nas áreas de Planície encontram-se UBCs semclassificação para topos, relacionadas a depósitosmarinhos, fluviais e flúvio-marinhos e que foramconsideradas como possuidoras de solos rasos. É oque descreve Maretti (1989) em relação aos baixosterraços marinhos ou planícies costeiras, que apre-sentam solos pouco desenvolvidos.

As UBCs relacionadas aos depósitos de colúvio/talus ou às rampas de colúvio, que não apresentamclassificação para topos, foram consideradas comopossuidoras de solos rasos a pouco rasos. A análiseconjunta da forma e extensão dos topos e declividaderesultou na classificação de quatro profundidadesdiferentes: Raso (< 0,20 m); Pouco raso ( 0,20 a 1,0 m);Médio (1,0 a 2,0 m); Profundo (> 2,0 m). A Tabela 1sintetiza os elementos considerados para a definiçãodas classes de profundidade.

Textura do Material Inconsolidado

A textura do material inconsolidado foi inferidapelo exame das formas de encosta, comparada àsobservações de campo e está relacionada à compo-sição físico-química do manto de alteração. As UBCs

que não possuem classificação para forma de vertentesforam classificadas de acordo com a origem dosdepósitos. Assim, nos depósitos marinhos encontram-se solos rasos e arenosos; nos depósitos flúvio/marinhos, aluviões e depressões de planície, solos rasose argilo-siltosos. Os depósitos fluviais e as rampas decolúvio apresentam solos pouco rasos e argilosos. OQuadro 5 relaciona as classes de textura estabelecidascom a forma das encostas e tipos de depósitos.

AlterabilidadeA alterabilidade do material está relacionada à

capacidade dos materiais sofrerem intemperismoquímico. Esta inferência dá-se através das formas dasencostas, segundo metodologia de Soares & Fiori(1976). São as seguintes as classes: alterabilidade muitoalta (perfil convexo), alterabilidade alta (perfil côncavo-convexo), alterabilidade média (perfil côncavo) ealterabilidade baixa (perfil retilíneo).

DeclividadeA declividade foi analisada a partir da distância

entre curvas de nível das cartas topográficas eobservações efetuadas em campo. As classes adotadasforam alta, média, baixa e muito baixa. A classe altarepresenta áreas onde as curvas de nível encontram-se mais próximas umas das outras e a classe mais baixaáreas onde as curvas de nível encontram-se maisdistantes umas das outras.

TABELA 1. Características dos elementos de topo e declividadee sua relação com a espessura dos solos.

QUADRO 5. Classes de textura do material inconsolidado e sua relaçãocom a forma da encosta ou tipo de depósito.

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DEFINIÇÕES DAS POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕESDOS TERRENOS PRESENTES EM CANANÉIA

Para o estabelecimento das potencialidades elimitações ao uso urbano no Município de Cananéia,um dos princípios considerados foi a relação entre aexpansão urbana e as áreas de proteção ambiental, jáque ele possui parte de suas terras consideradas comoáreas de proteção ambiental (APA), o que demandacuidados no que se refere à ocupação urbana. A APA,segundo a Lei 6902 de abril de 1981, é um tipo deUnidade de Conservação onde a propriedade dasterras pode pertencer tanto ao poder público quantoao poder privado, tendo como uma de suas diretrizes,manter o caráter rural da região, evitar o avanço daocupação urbana dentro de seus limites e proteger osremanescentes da Mata Atlântica.

As potencialidades e limitações quanto à expansãourbana do Município de Cananéia foram inferidastomando como base as áreas localizadas fora doslimites da APA, segundo o decreto 90.347 de 1984. Ocritério utilizado, determinante para a exclusão dasáreas inseridas na APA, foi a própria natureza dessa,que inviabilizaria, em parte, a expansão urbana. Paramelhor exemplificar tomou-se como base alguns gruposde compartimentos e as suas respectivas limitações e/ou potencialidades.

GRUPOS DE UNIDADES BÁSICAS DE COMPARTIMENTAÇÃOPSL E PSE

Estes grupos ocorrem no planalto (P) sobre litotiposgraníticos da Fácies Cantareira (S), e caracterizammorros alongados com topos convexos (L) no caso dePSL, ou escarpas retilíneas (E) no caso de PSE.

No caso do grupo de compartimentos PSL, pode-se observar que são terrenos com permeabilidadeoscilando entre alta e média associada à densidade defraturamento, com solos aparentemente rasos a médios,com matriz argilosa e argilo-siltosa, e alterabilidademédia. Apresentam altas declividades, ondepredominam vertentes côncavas/convexas. Estascaracterísticas, somadas à aparente instabilidade dasencostas podem ser vistas como um fator desfavorávelaos processos de ocupação, pois não apresentam boascondições para cortes e escavações.

No caso do grupo de compartimentos PSE, orelevo escarpado impediria uma ocupação intensiva.

GRUPOS DE COMPARTIMENTOS PSR, PCR, PFAO grupo de compartimentos PSR também ocorre

no Planalto (P), encontra-se assentado sobre granitosda Fácies Cantareira (S) e representa rampas decolúvio/tálus (R). Já o grupo PCR, por se tratar dedepósitos de colúvio/tálus (C), caracteriza a presença

de materiais de origem diversa assentados sobrerochas diversas, onde se formam rampas (R). Estas,diferentemente do grupo PSR, apresentam vertentesora côncavo-convexas, ora retilíneas e ainda, emdeterminados compartimentos, côncavas.

O grupo de compartimentos PCR apresentou amesma textura de materiais e as mesmas profundidadedos solos e alterabilidade do grupo PSR, e tem umapermeabilidade média, o que indica uma certa concor-dância entre os materiais coluvionares, independenteda matriz litológica.

De acordo com Maretti (1989), os materiaiscoluvionares encontram-se em constante movimentoencosta abaixo, o que faz parte da própria evoluçãodestes. Assim, estas áreas são consideradas comoimpróprias ao uso, podendo ser liberadas para umaocupação de baixa densidade, mediante estudosdetalhados.

O grupo de compartimentos PFA está relacionadoa depósitos fluviais (F), com feições aluvionares (A).Estes grupos distribuem-se por toda a área.

O grupo PFA apresentou permeabilidade média,solos pouco rasos, com textura argilo-siltosa e baixaalterabilidade, e declividade média. Estas áreas apre-sentam materiais depositados pela drenagem e seencontram geralmente nos fundos de vales. No caso deocupação destas áreas, deve-se atentar para o fato deque o saneamento se dá pela destinação dos efluentesao rio, o que vai depender da relação entre a qualidadedo efluente e a capacidade do rio em depurá-lo.

GRUPOS DE COMPARTIMENTOS LDT, LFL E LSI

Estes compartimentos, situados no domíniogeomorfológico de planície (L), representam as áreascom maior potencialidade para receber atividadesvoltadas à ocupação urbana.

O grupo de compartimentos LDT representaáreas assentadas sobre depósitos marinhos (D), ondeaparecem feições morfológicas de terraços (T). Estegrupo apresenta alta permeabilidade, solos pouco rasose arenosos.

As áreas de terraços marinhos têm material defácil erosão, mas, por outro lado, não há energiasuficiente para movimentá-los, devido à baixadeclividade, sendo estes terrenos quase planos. A altapermeabilidade minimiza a ocorrência de inundações,porém, as conseqüências da abertura de arruamentos eimpermeabilização dos solos devem ser estudadas. Nocaso da impermeabilização, deve-se dar importância àinstalação de uma rede de escoamento pluvial, queimpeça o acúmulo de água nas partes mais baixas.

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O grupo de compartimentos LFL caracteriza áreasde depósitos fluviais (F) onde se desenvolvem extensasplanícies (L). Apresenta solos pouco rasos, commateriais argilosos e arenosos e permeabilidadevariando de alta a baixa, fato que é justificado pelaheterogeneidade dos materiais a eles associados.Inseridos nestas áreas, encontra-se uma diversidadede terrenos, de composição variada.

No caso das áreas de brejo, diques marginais emeandros abandonados, deve-se evitar a ocupação. Acapacidade de suporte pode ser boa, dependendo domaterial. Por estarem localizadas próximas a áreascom forte energia, estas unidades estãoconstantemente recebendo materiais e, nas épocasde maiores intensidades pluviométricas podem ocorrerinundações, a depender da permeabilidade. A

captação de água de boa qualidade nos aluviõesgeralmente é possível. O saneamento, tanto dessasáreas, quanto daquelas referentes aos terraçosmarinhos, encontra-se condicionado aos rios e à suacapacidade de suporte.

O grupo de unidades LSI constitui-se de morrosisolados (I), que se distribuem de forma paralela àsserranias, estando associados às rochas daqueledomínio, no caso, granitos da Fácies Cantareira (S).Encontra-se uma certa variedade de condições geo-técnicas, onde a permeabilidade varia entre muito baixae média e os solos apresentam profundidades médiasa pouco rasos. A textura do material varia de argilosaa argilo-siltosa, com alterabilidade muito alta a baixa.Geralmente, essas áreas encontram-se ocupadas porpequenos sítios ou chácaras.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As inferências geotécnicas sobre os terrenos doMunicípio de Cananéia foram efetuadas a partir deinformações adquiridas pela análise de imagens desatélite, subsidiadas por levantamentos de campo.

O método escolhido teve como base a análise doselementos texturais de drenagem e relevo vistos naimagem de satélite LANDSAT 7 em escala 1:50.000 emostrou-se bastante favorável à delimitação deUnidades Básicas de Compartimentação (UBCs). Talmétodo foi eficaz quando, em campo, fizeram-se ostrabalhos de checagem dos compartimentos, ondeforam verificadas tanto a homogeneidade dentro daszonas, quanto a correspondência entre elas.

As inferências geotécnicas efetuadas mostraram-se, na maior parte da área de estudo, coerentes emrelação aos dados coletados em campo. Alguns dadoslevantados em gabinete, através da interpretação daimagem de satélite, não apresentaram correspondênciaem campo, como no caso da espessura do material dealteração de alguns compartimentos. Deve-se ressaltara dificuldade enfrentada no processo de levantamentodos dados, que se deve, principalmente, ao tamanhoda área de estudo e aos acessos.

Outro fator de suma importância para a aplicaçãoe conseqüente sucesso da metodologia é a utilizaçãode bases cartográficas e mapas temáticos com escalassemelhantes, o que não aconteceu durante odesenvolvimento do trabalho. O mapeamento geológicoconsultado, bem como o geomorfológico, para as áreasde planalto, estão em escala 1:500.000, dificultandoassim, a integração dos dados no mapa de Unidades

Básicas de Compartimentação, em escala 1:50.000, quesó foi possível, graças ao trabalho de campo realizado.As dificuldades levantadas determinaram uma análisemais abrangente do meio físico estudado.

O Município de Cananéia, diante do que foiexposto, tem como área de expansão potencial algunscompartimentos da zona morfológica do Planalto, e asplanícies e terraços marinhos, fluviais e flúvio-marinhos,localizados na zona morfológica da Planície. Algunsgrupos de compartimentos situados nas áreas deplanalto, apesar de estarem localizados fora da áreada APA de Cananéia, não apresentaram condiçõesfísicas para suportarem uma expansão urbana. Outrosintegram áreas de preservação com remanescentesde Mata Atlântica, integrados a parques ecológicos.As áreas situadas na porção sudeste do município edominadas pelos grupos de compartimentos PSL, PSM,PSR, PSC, PCR, PFA, PMC, bem como os grupos decompartimentos LDT, LFL, LSI, LMI e LPI situadosna planície, representariam áreas de possível avançourbano, conforme ilustra a Figura 3.

O mapeamento aqui elaborado auxilia estudossobre o meio físico, subsidiando projetos orientados àocupação e expansão urbana. Deve-se destacar aindao caráter de multiplicidade da metodologia adotada emrelação ao seu emprego em outros estudos relacio-nados ao meio físico. Sendo assim, mapeamentos deáreas de risco à erosão, desmoronamentos, ocupaçãode encostas e outros podem ser elaborados com ametodologia empregada, sendo necessário apenas, aadequação dos dados a serem trabalhados.

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FIGURA 3. Regiões fora da APA adequadas à ocupação no Município de Cananéia.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de São Paulo (FAPESP) pelo auxílio concedido, à Darlene deCássia Armbrust, pelo acabamento do texto, e a Antônio Cesário Porta Júnior, pela editoração de figuras.

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