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Absolutismo e Mercantilismo numa Sociedade de Ordens O BARROCO e a encenação do poder stória 8º ano Prof. Carla Freita

30 absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordens

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Absolutismo régio Mercantilismo Sociedade de ordens Encenação do Poder Absolutismo em Portugal

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  • 1. O BARROCO e a encenao do poder Histria 8 ano Prof. Carla Freitas

2. Absolutismo Todo o poder est na mo do rei, e no pode haver outra autoridade no Reino para alm da que ele estabelece. () O Estado sou Eu. Lus XIV 3. Poder Absoluto Centralizao dos poderes nas mos do REI (ou seu ministro). Poder legislativo (faz as leis) Poder executivo (governa e manda executar as leis) Poder judicial ( o juiz supremo) Controla: Sociedade (distribui cargos, atribui subsdios) Economia (proteccionismo econmico) Exrcito (comanda o exrcito) Controla a Igreja e apoiado por esta (diminuio do poder eclesistico aps a Reforma Protestante) 4. Poder Absoluto REI-SOL Poder Divino Dado por DEUS 5. Encenao do poder Construes 6. Encenao do poder Pinturas 7. Encenao do poder Festas, cerimnias, banquetes, pera 8. Encenao do poder Vesturio 9. Encenao do poder Luxo 10. Sociedade de Corte A Corte de Versalhes A vida da corte, no magnfico palcio de Versalhes, girava em torno da pessoa de Lus XIV. Os actos do dia-a-dia do rei o levantar e o deitar, as refeies, o passeio, a missa eram regulados por um imponente cerimonial e uma minuciosa etiqueta. Eram os grandes senhores que disputavam entre si a honra de ajudar o rei a vestir a camisa, quando se levantava pela manh, ou de servir s refeies! Havia por outro lado as caadas, os bailes e recepes sumptuosas, os saraus de msica, o teatro Quase todos os nobres acorriam a Versalhes, ansiosos por atrair a ateno do rei. In DINIZ, Maria Emlia, TAVARES, Adrito e CALDEIRA, Arlindo - Histria 8, Editorial O Livro, Lisboa, 2003, pg. 102. 11. Sociedade de Corte Os reis atraam os nobres para as suas cortes para os controlar Surge uma rgida e sbria etiqueta cortes Teatralizao da autoridade real 12. Sociedade Sociedade Hierarquizada Profunda desigualdade social Posio social determinada pelo nascimento e pela funo Dividida em trs Estados: Dois privilegiados: clero e nobreza (minoria da populao) Um no privilegiado: terceiro Estado ou povo (maioria da populao) 13. Clero Provinha maioritariamente da nobreza Eram cerca de 4% da populao Recebiam rendas do rei; Ocupavam cargos de administrao na corte; Estavam isento do pagamento de impostos, Cobravam a dzima; Estavam isentos de prestar servio militar, Tinham as suas leis e tribunais prprios. 14. Nobreza Eram cerca de 10% da populao Ocupavam os principais cargos no governo e no exrcito Estavam isentos do pagamento de impostos; Recebiam subsdios do rei; Recebiam rendas dos camponeses; Tinham direito a tratamentos e penas especiais, quando eram julgados; Tinham direito a roupas prprias,de tecidos muito finos e muito adornados. 15. Terceiro Estado Eram cerca de 86% da populao Pagavam impostos e tributos Pagavam rendas Estavam obrigados a prestar servio militar As suas condies de vida variam de acordo com a sua posio dentro deste grupo. Estavam divididos pelas suas ocupaes e poder econmico Burguesia Artfices e trabalhadores braais Camponeses 16. Burguesia Banqueiros, comerciantes e profisses liberais Dedicavam-se ao comrcio ou a profisses ligadas s leis Em troca de impostos e financiamentos tinham a proteo do rei: Garantia-lhes exclusividade comercial (monoplios) Vendia-lhes ttulos de nobreza Nomeava-os para cargos importantes: justia e finanas Compravam grandes propriedades Promoviam o casamento com nobres em dificuldades financeiras para obter ttulos de nobreza 17. Populao urbana Artesos, pequenos e mdios comerciantes viviam um pouco melhor Populao tinha uma vida miservel viviam de esmolas e doaes instituies religiosas ajudavam os mais pobres 18. Camponeses Maioria vivia na misria Elevada mortalidade, devido fome e doenas Sobrecarregados de taxas, rendas e impostos No recebiam ajuda do governo No tinham acesso a mdicos nem escola 19. Mercantilismo Se riqueza natural de Frana, o rei pudesse acrescentar o que a arte e a indstria do comrcio pode produzir ( ... )julgar-se-ia facilmente que a grandeza e o poderio do rei aumentariam prodigiosamente( ... ) Convm ver em detalhe a que estava reduzido o comrcio quando Sua Majestade comeou a cuidar dos seus negcios ( ... ) Creio que facilmente se estar de acordo sobre este princpio de que apenas a abundncia de dinheiro aumenta a grandeza e o poderio de um Estado. Segundo este princpio, certo que, todos os anos, saem do Reino, em produtos necessrios ao consumo dos pases estrangeiros cerca de 12 a 13 milhes de libras. So essas as minas do nosso Reino e na sua conservao que devemos trabalhar cuidadosamente. ( ... ) Para l das vantagens que traria a entrada de uma quantidade maior de moeda no Reino, certo que, pelas manufacturas, um milho de pessoas que definham na ociosidade poderiam vir a ganhar a vida(...) Relao de Colbert ao primeiro Conselho de Comrcio, 3/8/1664 20. Mercantilismo Teoria desenvolvida por Colbert Em Portugal posta em prtica pelo conde da Ericeira Objetivos: Fortalecimento do poder real Enriquecimento do estado (metalismo) Depende de: Estado Forte (Absolutismo) Protecionismo e nacionalismo econmico 21. Mercantilismo Diminuio das importaes recorrendo a: Desenvolvimento manufatureiro Aumento das taxas alfandegrias Leis pragmticas Aumento das exportaes recorrendo a: Criao de companhias monopolistas Colonialismo Balana comercial favorvel 22. Pragmticas "Dom Pedro, por Graa de Deus Prncipe de Portugal e dos Algarves (...).Primeiramente ordeno e mando que nenhuma pessoa de qualquer condio, grau, qualidade, ttulo, dignidade, por maior que seja, assim homens como mulheres, (...) possa usar, nos adornos das suas pessoas, filhos e criados, casa, servio e uso, que de novo fizer, de seda, rendas, fitas, bordados as guarnies que tenham ouro ou prata fina ou falsa (...).Nenhuma pessoa se poder vestir de pano que no seja fabricado neste reino; como tambm no poder usar de voltas, de rendas, cintos, talins, e chapus que no sejam feitos nele. Pragmtica de D. Pedro II, 1677 23. D. Joo V Deixou de convocar as cortes Centralizou o poder Criou uma corte luxuosa 24. D. Joo V Promoveu espetculos, teatros, festas e procisses Ordenou a construo de grandes edifcios. 25. Antigo Regime Perodo da Histria europeia que decorre entre o sculo XVI e XVIII, aproximadamente, e que termina com revoluo francesa, caracteriza-se pelo poder absoluto, por uma sociedade de ordens e uma economia ligada ao comrcio colonial. Absolutismo - Regime poltico monrquico em que existe uma concentrao dos poderes nas mos do rei, que considera o seu poder como de origem divina Sociedade de Ordens Modelo de sociedade em que existem duas ordens sociais privilegiadas e uma no privilegiada. A posio social dependia, quase sempre do nascimento existindo pouca mobilidade social. Mercantilismo Doutrina econmica que defendia que a riqueza de um estado dependia da quantidade de metais preciosos que acumulava, pelo que a balana comercial devia ser favorvel. Manufatura Oficina onde se fabricavam artigos por mtodos manuais e artesanais. Pragmticas - Lei que proibia a importao de determinados produtos de luxo e/ou o seu uso. . Conceitos a Reter 26. Metas O que deves saber desta matria 1. Definir Absolutismo. 2. Caracterizar o poder absoluto. 3. Justificar a encenao do poder durante este perodo. 4. Caracterizar a sociedade de ordens. 5. Identificar os diferentes grupos sociais e seus privilgios/obrigaes. 6. Explicar em que consistia o mercantilismo. 7. Identificar os principais representantes do mercantilismo na Frana e em Portugal. 8. Descrever as medidas para equilibrar a balana comercial. 9. Explicar o que foram as pragmticas. 10. Caracterizar a ao de D. Joo V em Portugal. 11. Identificar monarcas absolutos na Europa. 27. No percas os prximos episdios da Arte