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Sumário BRASIL ..............................................................................................................................2
GEOGRAFIA DO BRASIL E DADOS ESTATÍSTICOS ....................................................5
HIDROGRAFIA DO BRASIL: ....................................................................................... 10
CLIMAS DO BRASIL: .................................................................................................. 14
BIOMAS DO BRASIL ................................................................................................... 17
RELEVO DO BRASIL .................................................................................................. 21
AS FRONTEIRAS BRASILEIRAS ............................................................................... 23
ESTADOS E REGIÕES DO BRASIL .......................................................................... 27
GEOGRAFIA URBANA ................................................................................................... 42
URBANIZAÇÃO MUNDIAL.......................................................................................... 44
URBANIZAÇÃO NO MUNDO EM INDUSTRIALIZAÇÃO ........................................... 46
METROPOLIZAÇÃO ................................................................................................... 47
HIERARQUIA DAS CIDADES ..................................................................................... 48
CONURBAÇÃO E REGIÃO METROPOLITANA ........................................................ 50
CIDADES GLOBAIS .................................................................................................... 51
SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL............................................................................. 52
PROBLEMAS URBANOS............................................................................................ 53
PROBLEMAS AMBIENTAIS URBANOS .................................................................... 55
DINÂMICA DA POPULAÇÃO ...................................................................................... 57
O CRESCIMENTO POPULACIONAL OU DEMOGRÁFICO .................................. 59
O CRESCIMENTO VEGETATIVO OU NATURAL ...................................................... 59
OS MOVIMENTOS POPULACIONAIS ....................................................................... 61
DEMOGRAFIA ............................................................................................................. 62
GEOGRAFIA URBANA GLOSSÁRIO BÁSICO.............................................................. 63
CONFLITOS REGIONAIS ............................................................................................... 67
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ...................................................................................... 79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 80
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BRASIL
A construção do território brasileiro e povoamento
O Tratado de Tordesilhas definiu as áreas de domínio do mundo extra
europeu. Demarcando os dois hemisférios, de polo a polo, deu a Portugal o
direito de posse sobre a faixa de terra onde se encontrava o Brasil: ficou
Portugal com as terras localizadas a leste da linha de 370 léguas traçadas a
partir de Açores e Cabo Verde, e a Espanha com as terras que ficassem do
lado ocidental desta linha. O direito de posse de Portugal sobre a faixa de terra
onde se encontrava o Brasil foi produto de crescentes rivalidades entre
Portugal e Espanha pelas terras do Novo Mundo, durante a segunda metade
do século XV. A proximidade das datas do Tratado de Tordesilhas (1494) e do
"descobrimento" (1500) faz supor que Portugal já sabia da existência das terras
brasílicas antes mesmo da expedição cabralina.
A ocupação portuguesa do litoral brasileiro só teve início com a criação
do regime de capitanias hereditárias por D. João III, em 1532, e sua
implantação a partir de 1534. Até então, a exploração do novo território era
esparsa e basicamente individual, a exemplo da donataria concedida pelo rei
D. Manuel a Fernando de Noronha visando ao arrendamento do comércio de
pau-brasil. Foi através desse sistema de capitanias que os primeiros núcleos
de ocupação e colonização portuguesa do Brasil foram estabelecidos, a
exemplo de São Vicente (SP), concedida a Martim Afonso de Sousa, em 1532,
e de Pernambuco, concedida a Duarte Coelho, em 1534. Portugal deu início à
colonização do Brasil para compensar a perda para os muçulmanos de um
importante comércio no Norte da África, garantir as rotas para as Índias e
expulsar os franceses que assediavam a costa brasileira desde o início do
século XVI.
A União Ibérica, que se estendeu de 1580 a 1640, cumpriu um
importante papel na construção do território brasileiro: o de diluir as fronteiras
estabelecidas pelo Tratado de Tordesilhas. Expandiu os limites territoriais tanto
ao norte, com a conquista efetiva do Maranhão, quanto ao sul, alargando a
fronteira na região platina. Data também deste período o início da expansão
3
territorial para o interior. Em 1580, foram organizadas as primeiras expedições
dos bandeirantes em São Paulo. Essa frente de expansão territorial para os
"sertões" - palavra então usada para se aludir ao interior - prolongou-se por
todo o período da dominação espanhola. Data de 1585 a primeira grande
bandeira para captura e escravização de índios no sertão dos Carijós, luta que
levaria à ocupação gradativa do interior do Brasil e ao alargamento da faixa
litorânea ocupada pelos portugueses no início do século XVI. São também
deste período, entre outras:
A conquista da Paraíba, em 1584;
As guerras travadas contra os índios no norte da Bahia, atual Sergipe,
em 1589;
A bandeira a Goiás, em 1592;
As primeiras incursões dos bandeirantes paulistas à região de Minas
Gerais, em 1596;
A bandeira apresadora de índios na região do baixo Paraná, em 1604.
A descoberta do ouro, no final do século XVII, nas regiões das Minas
Gerais foi importante para a expansão territorial e para uma nova organização
administrativa da colônia. A necessidade crescente de abastecimento na região
das Minas, provocada pelo afluxo de população em busca de riquezas,
contribuiu para a expansão do Brasil em direção ao Rio Grande, fomentando a
criação de gado e rebanhos de todo tipo.
Em 1693, no tempo em que se descobriu ouro nas regiões das minas,
foram criadas as capitanias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas. Entretanto,
com o massacre dos paulistas em 1709 no conflito que ficou conhecido como
"guerra dos emboabas" (confronto entre bandeirantes paulistas e forasteiros
que procuravam ouro e pedras preciosas), teve início uma intervenção mais
efetiva da Coroa na região de Minas Gerais: Minas foi separada da capitania do
Rio de Janeiro, tendo sido criada a capitania de São Paulo, em substituição à
de São Vicente - adquirida em 1710 pela Coroa. Além dela, outras foram
compradas, como as de Pernambuco (1716) e Espírito Santo (1718), dando
nova feição à administração portuguesa na colônia, mais presente e
interiorizada.
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O Tratado de Tordesilhas (1494) definiu as áreas de domínio do mundo
extra europeu.
O Tratado de Lisboa (1681) tratou da devolução da Colônia do
Sacramento, ocupada pelos espanhóis no ano de sua fundação. O apoio da
Inglaterra foi decisivo para Portugal conseguir essa vitória diplomática. A saída
das forças espanholas só se dá efetivamente em 1683.
O primeiro Tratado de Utrecht entre Portugal e França (1713)
estabeleceu as fronteiras portuguesas do norte do Brasil: o rio Oiapoque foi
reconhecido como limite natural entre a Guiana e a Capitania do Cabo do
Norte.
O segundo Tratado de Utrecht entre Portugal e Espanha (1715) tratou
da segunda devolução da Colônia de Sacramento a Portugal.
O Tratado de Madri (1750) redefiniu as fronteiras entre as Américas
Portuguesa e Espanhola, anulando o estabelecido no Tratado de Tordesilhas:
Portugal garantia o controle da maior parte da Bacia Amazônica, enquanto que
a Espanha controlava a maior parte da baixa do Prata. Nesse Tratado, o
princípio do usucapião (uti possidetis), que quer dizer a terra pertence a quem
a ocupa, foi levado em consideração pela primeira vez.
O Tratado de Santo Ildefonso (1777) confirmou o Tratado de Madri e
devolveu a Portugal a ilha de Santa Catarina, ficando com a Espanha a Colônia
de Sacramento e a região dos Sete Povos.
O Tratado de Badajós entre Portugal e Espanha (1801) incorporou
definitivamente os Sete Povos das Missões ao Brasil.
O Tratado de Petrópolis (1903), negociado pelo Barão do Rio Branco
com a Bolívia, incorporou ao Brasil, como território, a região do Acre.
No final do século XVIII, novos ventos sopraram: Portugal enfrentou
revoltas no Brasil visando à separação da Metrópole. São exemplos típicos as
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conjurações de Minas Gerais (1789), Rio de Janeiro (1794), Bahia (1798) e
Pernambuco (1801).
Esses movimentos desembocaram na independência do Brasil (1822),
pouco tempo depois, mas o território brasileiro não foi afetado. Pode-se dizer
que a grande questão enfrentada pelo Império (1822-1889) foi a de manter e
consolidar a unidade territorial, superando as forças centrífugas das inúmeras
revoltas locais.
Com a proclamação da República, em 1889, as províncias do império
foram transformadas em estados da República Federativa do Brasil (ver
Divisão político-administrativa e regional). A região do Acre, no entanto, só foi
incorporada ao Brasil em 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis,
negociado pelo Barão do Rio Branco.
GEOGRAFIA DO BRASIL E DADOS ESTATÍSTICOS
O Brasil está localizado no continente americano e ocupa a parte centro-
oriental da América do Sul. É cortado pelo Equador e Trópico de Capricórnio,
com a maior parte de suas terras situando-se nas latitudes mais baixas do
globo, o que lhe confere as características de país tropical.
Os limites se estendem por 23.086 km, dos quais 15.719 km
correspondentes à linha divisória com países da América do Sul, dos quais
apenas o Chile e o Equador não têm fronteiras com o Brasil. A costa brasileira
se estende pelo Oceano Atlântico, cobrindo 7.367 km. Nesta linha costeira,
observa-se a ausência de acidentes geográficos de expressão: terra e mar
coexistem harmoniosamente, isto é, o mar não invade a terra, e a terra não
invade o mar.
Com uma área de 8.514.876,599 Km2, o Brasil configura-se como o
maior País do Continente Sul-americano e, no mundo, só é superado pela
Rússia, Canadá e República Popular da China, se consideradas apenas as
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terras contínuas, e pelos Estados Unidos, levadas em conta as terras
descontínuas.
Observe que o território brasileiro alcança as suas maiores dimensões
na faixa entre o Equador e o trópico de Capricórnio, que compreende 90% do
território nacional. Com uma forma triangular, o país tem a sua base voltada
para o norte e, em consequência deste alargamento, as pontas extremas são
praticamente equidistantes, sendo as medidas entre elas consideráveis:
4.394,7 km no sentido norte-sul e 4.319,4 km no sentido Leste-Oeste.
LOCALIZAÇÃO DO BRASIL NO MUNDO
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MAPA DO BRASIL
Brasil em dados
ÁREA: 8.514.876,599 km² (fonte IBGE);
CAPITAL: Brasília;
POPULAÇÃO: 190.732.694 milhões (Censo 2010 – chegamos aos
200.000.000);
QUANTIDADE DE MUNICÍPIOS: 5.435;
MOEDA: Real ( R$ );
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NOME OFICIAL: República Federativa do Brasil;
NACIONALIDADE: brasileira;
DATAS NACIONAIS: 7 de setembro (Dia da Independência ) e 15 de
Novembro (Proclamação da República );
PRESIDENTE: Dilma Rousseff (2013);
LOCALIZAÇÃO: leste da América do Sul;
FUSO HORÁRIO: horário de Brasília (oficial);
CLIMAS DO BRASIL: equatorial, tropical, tropical de altitude, tropical
atlântico, subtropical e semiárido;
CIDADES DO BRASIL (PRINCIPAIS): São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Goiânia, Recife, Manaus, Curitiba,
Florianópolis, Belém, Maceió, Cuiabá, João Pessoa, Fortaleza, São Luís;
COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA: Pardos: 43,1%,
Brancos: 47,7%, Negros: 7,6%, Indígenas: 0,4%, Amarelos: 1,1% (Fonte: IBGE
- Censo 2010);
IDIOMAS: português (oficial);
RELIGIÃO: Católica Apostólica Romana (64,6%), Evangélicos (22,2%);
sem religião (8%), Espíritas (2%), outras (2,2%), não sabem (0,1%). (dados do
Censo 2010);
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 22,4 hab./km2;
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO: 1,17% ao ano (2000 a 2010);
EXPECTATIVA DE VIDA: 73,4 anos (Censo 2010);
TAXA DE ANALFABETISMO: 9,6% (Censo 2010);
RENDA PER CAPITA: R$ 22.400 (ano de 2012);
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IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): 0,730 - alto desenvolvimento
humano. O Brasil ocupa a 85º posição entre os 187 países analisados. (dados
divulgados pelo PNUD em março de 2013);
GINI: 51,9 (2012);
PRODUTOS AGRÍCOLAS: algodão, arroz, café, cana-de-açúcar,
laranja, soja;
PECUÁRIA: Bovinos, Equinos, Muares, Caprinos, Asinino, Bubalino,
Suínos, Ovinos, Aves, Coelhos;
MINERAÇÃO: bauxita, ferro, manganês, ouro e petróleo;
INDÚSTRIA: de transformação, de bens de consumo e bens duráveis;
PIB de 2012 (Produto Interno Bruto): R$ 4,403 trilhões ou US$ 2,223
trilhões* taxa de câmbio usada US$ 1,00 = R$ 1,98 (em 01/03/2013);
BALANÇA COMERCIAL: superávit de US$ 19,43 bilhões no ano de
2012;
CRESCIMENTO DO PIB EM 2012: 0,9%;
SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL: R$ 678,00 (a partir de 1º de janeiro de
2013);
INFLAÇÃO EM 2012: 5,84% (IPCA);
TAXA DE DESEMPREGO: 6% (em junho de 2013) e 5,5% (taxa média
anual de 2012) (fonte: IBGE).
O Brasil é um país que possui uma rica diversidade religiosa. Em função
da miscigenação cultural, fruto dos vários processos imigratórios, encontramos
em nosso país diversas religiões (cristã, islâmica, afro-brasileira, judaica, etc).
Por ser um Estado Laico, o Brasil apresenta liberdade de culto religioso e
também a separação entre Estado e Igreja.
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Dados de 2010 (Censo do IBGE):
- Católica Apostólica Romana: 64,6%;
- Evangélicas: 22,2%;
- Espírita: 2%;
- Umbanda e Candomblé: 0,3%;
- Sem religião: 8%;
- Outras religiosidades: 2,7%;
- Não sabe / não declarou: 0,1%;
Hidrografia do Brasil:
A hidrografia é o ramo da geografia física que estuda as águas do
planeta, abrangendo, portanto, rios, mares, oceanos, lagos, geleiras, água do
subsolo e da atmosfera. A grande parte da reserva hídrica mundial (mais de
97%) concentra-se em oceanos e mares, com um volume de 1.380.000.000
km³. Já as águas continentais representam pouco mais de 2% da água do
planeta, ficando com um volume em torno de 38.000.000 km³.
O Brasil tem um dos maiores complexos hidrográficos do mundo,
apresentando rios com grandes extensões, larguras e profundidades. A maioria
dos rios brasileiros nasce em regiões pouco elevadas, com exceção do rio
Amazonas e de alguns afluentes que nascem na cordilheira dos Andes. O
Brasil possui 8% de toda a água doce que está na superfície da Terra. Além
disso, a maior bacia fluvial do mundo, a Amazônica, também fica no Brasil.
Somente o rio Amazonas deságua no mar um quinto de toda a água doce que
é despejada nos oceanos.
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Características da Rede Hidrografia Brasileira:
- Rica em rios e pobre em lagos;
- Os rios brasileiros dependem das chuvas para se “alimentarem”. O Rio
Amazonas embora precise das chuvas ele também se alimenta do derretimento
da neve da Cordilheira dos Andes, onde nasce;
- A maior parte dos rios é perene (nunca seca totalmente);
- As águas fluviais deságuam no mar, porém podem desaguar também
em depressões no interior do continente ou se infiltrarem no subsolo;
- A hidrografia brasileira é utilizada como fonte de energia (hidrelétricas)
e muito pouco para navegação.
MAPA HIDROGRÁFICO BÁSICO DO BRASIL
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O Brasil, por ser um país de dimensões continentais, possui em seu
território 12 bacias hidrográficas.
Bacia Hidrográfica, também conhecida como bacia de drenagem,
consiste em uma porção da superfície terrestre drenada por um rio principal,
seus afluentes e subafluentes. O Brasil, em virtude de sua grande extensão
territorial, apresenta 12 grandes bacias hidrográficas, de acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Conselho Nacional de
Recursos Hídricos (CNRH), que são os órgãos nacionais responsáveis pelo
planejamento ambiental e o uso racional da água. Essas bacias de drenagem
são delimitadas pela topografia do terreno. Confira as características de cada
uma:
Bacia Hidrográfica Amazônica: com sete milhões de quilômetros
quadrados, essa é a maior bacia hidrográfica do mundo. No Brasil, ela
compreende uma área de 3.870.000 km², estando presente nos estados do
Acre, Amapá, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Pará.
Bacia Hidrográfica do Tocantins-Araguaia: é a maior bacia de
drenagem exclusivamente brasileira (767.059 quilômetros quadrados). Os
principais rios são o Tocantins, que nasce em Goiás e desemboca na foz do rio
Amazonas; e o rio Araguaia, que nasce na divisa de Goiás com Mato Grosso e
se junta ao rio Tocantins na porção norte do estado do Tocantins.
Bacia Hidrográfica do São Francisco: com aproximadamente 640 mil
quilômetros quadrados, essa bacia hidrográfica tem como principal rio o São
Francisco, que nasce na Serra da Canastra (MG) e percorre os estados da
Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe até a foz, na divisa entre esses dois
últimos estados.
Bacia Hidrográfica do Paraná: essa é a principal porção da bacia
Platina (compreende os países da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e
Uruguai). No Brasil, a bacia hidrográfica do Paraná possui 879.860 quilômetros
quadrados, apresentando rios de planalto e encachoeirados, características
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elementares para a construção de usinas hidrelétricas: Furnas, Água Vermelha,
São Simão, Capivari, Itaipu (a maior usina do mundo), entre tantas outras.
Bacia Hidrográfica do Parnaíba: está presente nos estados do Piauí,
Maranhão e na porção extremo oeste do Ceará, totalizando uma área de
344.112 quilômetros quadrados.
Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental: com extensão de
287.348 quilômetros quadrados, a bacia hidrográfica do Atlântico Nordeste
Oriental está presente em cinco estados nordestinos: Piauí, Ceará, Rio Grande
do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
Bacia Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental: seus principais rios
são o Gurupi, Pericumã, Mearim, Itapecuru Munim e Turiaçu. Essa bacia de
drenagem possui 254.100 quilômetros quadrados, compreendendo áreas do
Maranhão e Pará.
Bacia Hidrográfica Atlântico Leste: com extensão de 374.677
quilômetros quadrados, essa bacia hidrográfica engloba os estados de Sergipe,
Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. Em sua região é possível encontrar
fragmentos de Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado e vegetação costeira.
Bacia Hidrográfica Atlântico Sudeste: presente nos estados do
Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, a região
hidrográfica Atlântico Sudeste apresenta 229.972 quilômetros quadrados. Ela é
formada pelo rio Doce, Itapemirim, São Mateus, Iguape, Paraíba do Sul, entre
outros.
Bacia Hidrográfica Atlântico Sul: com área de 185.856 quilômetros
quadrados, essa bacia hidrográfica nasce na divisa entre os estados de São
Paulo e Paraná, percorrendo até o Rio Grande do Sul. Com exceção do Itajaí e
Jacuí, os rios que formam essa bacia de drenagem são de pequeno porte.
Bacia Hidrográfica do Uruguai: é composta pela junção dos rios Peixe
e Pelotas. Com área de 174.612 quilômetros quadrados, essa bacia
hidrográfica está presente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
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Possui grande potencial hidrelétrico, além de ser importante para a irrigação
nas atividades agrícolas da região.
Bacia Hidrográfica do Paraguai: no Brasil, essa bacia hidrográfica está
presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, englobando uma
área de 361.350 quilômetros quadrados. Tem como principal rio o Paraguai,
que nasce na Chapada dos Parecis (MT). Possui grande potencial para a
navegação.
Recursos Hídricos - Os maiores rios brasileiros por extensão:
Amazonas 6.868km (Bacia Amazônica), São Francisco 3.160 km (Bacia
do São Francisco), Tocantins 2.640 km (Bacia Tocantins-Araguaia), Negro,
Tapajós, Xingu (Bacia Amazônica), Araguaia (Bacia Tocantins-Araguaia),
Madeira (Bacia Amazônica); Paraná 2.940km, Paraguai e Uruguai 1.500km
(todos da Bacia do Prata).
FONTE: Agência Nacional de Águas (ANA) e Secretaria Nacional de
Recursos Hídricos.
Climas do Brasil:
O Brasil possui uma grande variedade de climas, devido ao seu território
extenso (8,5 milhões de km2), à diversidade de formas de relevo, à altitude e
dinâmica das correntes e massas de ar. Cerca de 90% do território brasileiro
localiza-se entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, motivo pelo qual usamos
o termo "país tropical". Atravessado na região norte pela Linha do Equador e
ao sul pelo Trópico de Capricórnio, a maior parte do Brasil situa-se em zonas
de latitudes baixas. A classificação de um clima depende de diversos fatores,
como a temperatura, a umidade, as massas de ar, a pressão atmosférica, as
correntes marítimas e ventos, entre outros. A classificação mais utilizada para
os diferentes tipos de clima do Brasil assemelha-se à criada por Arthur
Strahler, se baseando na origem, natureza e movimentação das correntes e
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massas de ar. Sabe-se que as massas de ar que interferem mais diretamente
são a equatorial (continental e atlântica), a tropical (continental e atlântica) e a
polar atlântica. Dessa forma, são verificados no país desde climas superúmidos
quentes, provenientes das massas equatoriais, como é o caso de grande parte
da região Amazônica, até climas semiáridos muito fortes, próprios do sertão
nordestino. Temos então, como principais tipos climáticos brasileiros:
Subtropical
Semiárido
Equatorial úmido
Equatorial semiúmido
Tropical
Tropical de altitude
CLIMAS DO BRASIL
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Clima subtropical
As regiões que possuem clima subtropical apresentam grande variação
de temperatura entre verão e inverno, não possuem uma estação seca e as
chuvas são bem distribuídas durante o ano. É um clima característico das
áreas geográficas a sul do Trópico de Capricórnio e a norte do Trópico de
Câncer, com temperaturas médias anuais nunca superiores a 20ºC. A
temperatura mínima do mês mais frio nunca é menor que 0ºC.
Clima semiárido
O clima semiárido, presente nas regiões Nordeste e Sudeste, apresenta
longos períodos secos e chuvas ocasionais concentradas em poucos meses do
ano. As temperaturas são altas o ano todo, ficando em torno de 26 ºC. A
vegetação típica desse tipo de clima é a caatinga.
Clima equatorial úmido
Este tipo de clima apresenta temperaturas altas o ano todo. As médias
pluviométricas são altas, sendo as chuvas bem distribuídas nos 12 meses, e a
estação seca é curta. Aliando esses fatores ao fenômeno da
evapotranspiração, garante-se a umidade constante na região. É o clima
predominante no complexo regional Amazônico.
Clima equatorial semiúmido
Em uma pequena porção setentrional do país, existe o clima equatorial
semiúmido, que também é quente, mas menos chuvoso. Isso ocorre devido ao
relevo acidentado (o planalto residual norte-amazônico) e às correntes de ar
que levam as massas equatoriais para o sul, entre os meses de setembro a
novembro. Este tipo de clima diferencia-se do equatorial úmido por essa média
pluviométrica mais baixa e pela presença de duas estações definidas: a
chuvosa, com maior duração, e a seca.
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Biomas do Brasil
Bioma é um conjunto de vida vegetal e animal, constituído pelo
agrupamento de tipos de vegetação contíguos e que podem ser identificados
ao nível regional, com condições de geologia e clima semelhantes e que,
historicamente, sofreram os mesmos processos de formação da paisagem,
resultando em uma diversidade de flora e fauna própria.
Amazônia
A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do planeta e é
composta por diversos ecossistemas: além da floresta úmida de terra firme,
apresenta diferentes tipos de matas, campos abertos e até espécies de
cerrado. Além disso, é de fundamental importância para o equilíbrio da Terra,
pois seus rios representam cerca de 20% das reservas de água doce do
planeta. Também abrange grandes reservas minerais.
No Brasil, a Floresta Amazônica abrange os estados do Acre, Amapá,
Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e ainda uma pequena área do Maranhão,
Tocantins e Mato Grosso. A Floresta Amazônica abriga uma infinidade de
espécies vegetais e animais, por exemplo, são cerca de 1,5 milhão de espécies
vegetais catalogadas. Entre os animais, a maior parte é de insetos, mas a
floresta abriga também grande variedade de macacos e aves. Em seu trecho
alagado, são comuns os mamíferos aquáticos como o peixe-boi, a lontra e os
botos, e répteis como os jacarés, tartarugas e a conhecida jiboia amazônica.
Por todas essas características, a Floresta Amazônica é considerada a
maior reserva de diversidade biológica do mundo, com indicações de que
abrigue pelo menos metade de todas as espécies vivas do planeta. Como se
não bastasse, a Amazônia também é fundamental para o equilíbrio da Terra,
pois seus rios representam cerca de 20% das reservas de água doce do
planeta.
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Caatinga
A Caatinga é o ecossistema predominante no nordeste do Brasil. Sua
vegetação típica é seca e espinhosa, por causa da falta de chuvas durante
grande parte do ano. Porém, quando chega o período de chuvas, as folhagens
voltam a brotar e a paisagem fica mais verde. Alguns animais que fazem parte
da caatinga são os lagartos (como o teiú), serpentes (como a cascável e a
jararaca) e aves como a siriema, pomba-de-bando, quenquém e juriti. A
Caatinga vem sofrendo diversas agressões ambientais: substituição de
espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens, desmatamento e
queimadas. A falta de preservação prejudica a sobrevivência da fauna silvestre,
a qualidade da água e o equilíbrio do clima e do solo.
Pantanal
O Pantanal é a ligação entre o Cerrado (no Brasil Central), o Chaco (na
Bolívia) e a região amazônica (ao Norte do país). Como é uma área de
transição, a região é formada por uma variedade de ecossistemas que são
periodicamente inundados, apresentando, por isso, uma fauna bastante
diversificada. A presença de ouro e diamantes na baixada cuiabana e nas
nascentes dos rios Paraguai e São Lourenço vem atraindo milhares de
garimpeiros, cuja atividade causa o assoreamento e compromete a
produtividade biológica de córregos e rios, além de contaminá-los com
mercúrio.
Cerrado
O Cerrado localiza-se principalmente no Planalto Central Brasileiro e é
um ecossistema similar às Savanas da África e da Austrália. É constituído por
árvores relativamente baixas (até vinte metros), distribuídas entre arbustos e
gramíneas. A vegetação típica do Cerrado possui troncos e ramos retorcidos,
cascas espessas e folhas grossas.
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O Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo
em biodiversidade: a flora tem 4.400 espécies exclusivas; a fauna apresenta
837 espécies de aves, 67 gêneros de mamíferos, 150 espécies de anfíbios e
120 de répteis. A partir da década de 90, o governo e diversos setores da
sociedade começaram a se preocupar com a conservação do que restou do
Cerrado devido, principalmente, à ocupação desordenada e aos sucessivos
incêndios.
Biomas Costeiros
A costa brasileira abriga diversos tipos de ecossistemas. Ao longo do
litoral, encontram-se manguezais, restingas, dunas, praias, ilhas, costões
rochosos, baías, falésias, recifes de corais e outros ambientes ecológicos,
todos apresentando diferentes espécies animais e vegetais. Isso se deve,
basicamente, às diferenças climáticas, geológicas e de solos da costa
brasileira. É também na zona costeira que se localiza a maior faixa de Mata
Atlântica. Enfim, o litoral do Brasil possui muitos recursos naturais, mas a
ocupação desordenada desses espaços vem colocando em risco todos os seus
ecossistemas.
Mata Atlântica
É considerada uma das áreas mais ricas em espécies da fauna e da
flora mundial. Infelizmente, só restam cerca de 7% de sua cobertura florestal
original, fator agravado pelo fato de nessa região se localizarem os recursos
hídricos (rios) que abastecem cerca de 70% da população brasileira. Na Mata
Atlântica existem mais de 1.300 espécies de animais e cerca de 20 mil
espécies de plantas, das quais cerca de oito mil são exclusivas desta floresta.
A exploração da Mata Atlântica começou com a chegada dos portugueses ao
Brasil, cujo interesse principal era a extração da preciosa madeira do pau-
brasil.
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Campos sulinos
De maneira genérica, os campos da região Sul do país são chamados
de "pampas", denominação que corresponde somente aos tipos de campo
encontrados no Rio Grande do Sul. Em outras partes da região encontram-se
as matas de araucárias e, também, campos semelhantes à savana. O relevo
apresenta topos mais planos, vegetação rala e pobre em espécies, que se
torna mais densa e rica nas encostas, com predominância de gramíneas e
leguminosas. As queimadas e o uso inadequado do solo na agricultura têm
provocado erosão e empobrecimento das terras que fazem parte desse
ecossistema.
BIOMAS DO BRASIL
21
Relevo do Brasil
O relevo apresenta diferentes formações que são consequências das
ações de agentes endógenos (resultado da energia do interior do planeta que
se manifesta pela dinâmica ou tectônica das placas) e agentes exógenos
(associados ao clima da área, como as chuvas, ventos e geleiras, que criam ou
dão as formas esculturais ao relevo através de um processo erosivo).
O relevo brasileiro tem formação antiga e resulta, principalmente, da
sucessão de ciclos climáticos e da ação das forças internas da Terra, como a
movimentação das placas tectônicas, as falhas e o vulcanismo.
Existem diferentes classificações do relevo brasileiro, cada uma
obedecendo a um critério. Entre as mais conhecidas estão a realizada em 1940
pelo professor Aroldo Azevedo, que utilizou como critério o nível altimétrico. Na
década de 1950, o professor Aziz Ab´Saber apresentou uma nova
classificação, baseando no processo de erosão e sedimentação. A mais
recente classificação do relevo brasileiro é de 1995, elaborada pelo professor
do departamento de geografia da Universidade de São Paulo (USP), Jurandyr
Ross. Seu trabalho tem como referência o projeto Radambrasil, um
levantamento realizado no território brasileiro, entre 1970 e 1985, com um
equipamento espacial de radar instalado em avião. Ross considera 28
unidades de relevo, divididas em planaltos, planícies e depressões.
Planaltos
São formas de relevo elevadas, com altitudes superiores a 300 metros.
Podem ser encontradas em qualquer tipo de estrutura geológica. Nas bacias
sedimentares, os planaltos caracterizam-se pela formação de escarpas em
áreas de fronteira com as depressões. Formam também as chapadas,
extensas superfícies planas de grande altitude. Com 3.014 metros, o pico da
Neblina é o ponto mais alto do relevo brasileiro.
22
Depressões
São áreas rebaixadas em consequência da erosão, que se formam entre
as bacias sedimentares e os escudos cristalinos. Algumas das depressões
localizadas às margens de bacias sedimentares são chamadas depressões
marginais ou periféricas. Elas estão presentes em grande número no território
brasileiro e são de variados tipos, como a depressão da Amazônia Ocidental
(terrenos em torno de 200 metros de altitude).
Planícies
São unidades de relevo geologicamente muito recentes. É uma
superfície extremamente plana, sua formação ocorre em virtude da sucessiva
depressão de material de origem marinha, lacustre ou fluvial em áreas planas.
Normalmente, estão localizadas próximas do litoral ou dos cursos dos grandes
rios e lagoas, como as planícies da lagoa dos Patos e da lagoa Mirim, no litoral
do Rio Grande do Sul.
MAPA BÁSICO DO RELEVO BRASILEIRO
23
As fronteiras brasileiras
O Brasil é o maior país da América do Sul, com um território que se
estende por cerca de 47% da porção centro-oriental do continente sul-
americano. Banhado à leste pelo oceano Atlântico, o Brasil possui 23.102 km
de fronteiras, sendo 15.735 km terrestres e 7.367 km marítimos.
Com uma área superior a 8.500.000 km2, antes mesmo de ser uma
nação soberana, nosso território começou a ser delimitado pelos tratados de
Madri (1750) e Santo Ildefonso (1777), que estabeleciam a separação das
terras espanholas e portuguesas na América.
A formação do atual território do Brasil, contudo, remonta ao século 14,
início da chamada Era dos Descobrimentos, quando as monarquias ibéricas
mostravam-se pioneiras nas grandes navegações.
Nossas fronteiras foram definidas com base nas características naturais
da paisagem, como rios e lagos, ou em acidentes topográficos, como
montanhas, serras e picos elevados. Somente nos lugares em que não havia
possibilidade de se aplicar esse recurso demarcatório é que foram utilizadas as
linhas geodésicas, que correspondem às linhas traçadas no terreno tendo
como referências as coordenadas geográficas: paralelos e meridianos.
A determinação dos nossos limites territoriais - tanto os que separam
internamente os estados, quanto os que marcam a separação do Brasil de
seus vizinhos - é definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) desde 1944. A partir de 1991, com a modernização da tecnologia, os
limites passaram a ser determinados por satélites de posicionamento, com a
criação do Sistema de Posicionamento Global (GPS).
Os definidores das fronteiras brasileiras são: rios = 50%; serras = 25%;
lagos = 5%; linhas geodésicas = 20%.
Fronteira terrestre
A fronteira terrestre representa cerca de 68% de toda a extensão dos
limites territoriais brasileiros, colocando o Brasil em contato com dez outras
24
nações sul-americanas. Com exceção do Chile e do Equador, todos os países
da América do Sul fazem fronteira com o Brasil:
Ao norte: Suriname, Guiana, Venezuela e um território pertencente à
França, a Guiana Francesa.
À noroeste: Colômbia.
À oeste: Peru e Bolívia.
À sudoeste: Paraguai e Argentina.
Ao sul: Uruguai.
Os mais de 15.000 km de fronteiras continentais abrangem terras de
três grandes regiões brasileiras, sendo a maior delas a Região Norte, que
corresponde a cerca de dois terços de toda essa extensão. Os estados que
mais se destacam são o Amazonas e o Acre.
A segunda região em destaque é a Região Sul, com uma extensão
fronteiriça de quase 2.500 km no continente, tendo como estado que mais se
destaca o Rio Grande do Sul. A terceira é a Região Centro-Oeste, sendo o
estado de maior extensão fronteiriça o Mato Grosso do Sul.
Fronteira marítima
A fronteira marítima estende-se da foz do rio Oiapoque, no cabo Orange,
na divisa do Amapá com a Guiana Francesa, ao norte, até o arroio Chuí, na
divisa do Rio Grande do Sul com o Uruguai, ao sul.
A linha costeira do Brasil tem uma extensão de 7.367 km, constituída
principalmente de praias de mar aberto, e corresponde a 32% de toda a
extensão fronteiriça nacional, o que representa um fator propício ao
desenvolvimento econômico, pois a grande diversidade de paisagens
25
litorâneas favorece a instalação de portos, o desenvolvimento da pesca e a
exploração de recursos energéticos encontrados nas profundezas marinhas,
como petróleo e gás natural.
Com exceção da Região Centro-Oeste, todas as outras regiões têm
fronteiras no Atlântico; sendo a Região Nordeste a que tem maior extensão
litorânea. O estado brasileiro com o litoral mais extenso é a Bahia, e o que
possui menor extensão litorânea é o Piauí. A segunda região de maior
extensão litorânea é a Região Sudeste.
Para tratar dos assuntos de limites internacionais, o Ministério das
Relações Exteriores mantém na Secretaria de Estado (em Brasília) a Divisão
de Fronteiras (DF), que coordena as atividades de duas Comissões Técnicas:
- a Primeira Comissão Brasileira Demarcadora de Limites (PCDL),
sediada em Belém (Pará), encarregada das atividades nas fronteiras do Brasil
com Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa; e
- a Segunda Comissão Brasileira Demarcadora de Limites (SCDL),
sediada no Rio de Janeiro, encarregada das atividades nas fronteiras do Brasil
com o Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia.
Detalhes:
Guiana Francesa: 655 km de fronteira, situada totalmente no estado do
Amapá.
Suriname: 593 km de fronteira, sendo no estado do Amapá (52 km) e no
Pará (541 km).
Guiana: 1.606 km de fronteira, sendo no estado do Pará (642 km) e
Roraima (964 km).
26
Venezuela: 1.492 km de fronteira, sendo em Roraima (954 km) e
Amazonas (538 km).
Colômbia: 644 km de fronteira, situada totalmente no território do estado
do Amazonas.
Peru: 2.995 km de fronteira, sendo no Amazonas (1.565 km) e Acre
(1.430 km).
Bolívia: 3.126 km de
fronteira, sendo no Acre
(618 km), Rondônia (1.342
km), Mato Grosso (780
km) e Mato Grosso do Sul
(386 km).
Paraguai: 1.339 km
de fronteira, sendo no
Mato Grosso do Sul (1.131
km) e Paraná (208 km).
Argentina: 1.263 km
de fronteira, sendo no
Paraná (293 km), Santa
Catarina (246 km) e Rio
Grande do Sul (724 km).
Uruguai: 1.003 km
de fronteira, totalmente
com o Rio Grande do Sul.
MAPA DAS FRONTEIRAS DO BRASIL
27
Extremos do Brasil
Centro Geográfico: Barra do Garças (Mato Grosso);
Distância entre o ponto extremo Norte e Sul: 4.320 km;
Distância entre o ponto extremo Leste e Oeste: 4.336 km;
Ponto extremo setentrional: fica no estado de Roraima, na nascente do
rio Ailã (monte Caburaí), fronteira com a Guiana;
Ponto extremo Meridional: fica no Rio Grande do Sul, em uma das
curvas do rio Arroio Chuí, a 33° 45' 03" de latitude Sul, na fronteira com o
Uruguai;
Ponto extremo Oriental: fica no estado da Paraíba, na Ponta do Seixas;
Ponto extremo Ocidental: fica no estado do Acre, na Serra da
Contamana, nascente do rio Moa (fronteira com o Peru).
Estados e Regiões do Brasil
28
Detalhes sobre cada estado brasileiro:
http://www.guiadoturista.net/turismo/sobre-o-brasil/estados/
http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/Estados/
O Brasil é um país com enorme extensão territorial: apresenta área de
8.514.876 km², sendo seu território dividido em Regiões.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o órgão
responsável pela divisão regional do território brasileiro. Para reunir estados em
29
uma mesma região são utilizados critérios como semelhanças nos aspectos
físicos, humanos, culturais, sociais e econômicos.
Muitas divisões regionais do território brasileiro já foram estabelecidas
ao longo da história, atualmente está em vigor a divisão estabelecida no ano de
1970, que é composta por cinco Regiões: Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sul e
Sudeste.
Divisão regional do Brasil
A Região Centro-Oeste é composta pelos estados de Goiás, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul e pelo Distrito Federal. Sua área é de 1.604.850
km², ocupando aproximadamente 18,8% do território do Brasil, tendo a
segunda maior extensão territorial entre as regiões brasileiras, sendo menor
apenas que a Região Norte.
Conforme contagem populacional realizada em 2010 pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população total do Centro-Oeste
é de 14.058.094 habitantes, cuja densidade demográfica é de 8,7 habitantes
por quilômetro quadrado.
O Nordeste brasileiro é formado pelos estados do Maranhão, Piauí,
Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.
Sua área é de 1.554.257,0 km². Abriga uma população de aproximadamente
53.081.950 habitantes, esses estão distribuídos em nove estados. O grande
número de cidades litorâneas contribui para o desenvolvimento do turismo na
região.
A Região Norte é composta pelos estados de Roraima, Acre, Amapá,
Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. Está localizada entre o maciço das
Guianas, ao norte; o Planalto Central, ao sul; a cordilheira dos Andes, a oeste;
e o oceano Atlântico, a noroeste. Sua extensão territorial é de 3.853.397,2 km²,
sendo a maior região do Brasil, corresponde a aproximadamente 42% do
30
território nacional. Possui uma população de cerca de 15,8 milhões de
habitantes.
Os estados que formam a região Sudeste são: Espírito Santo, Minas
Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Situa-se na parte mais elevada do Planalto
Atlântico, onde estão as serras da Mantiqueira, do Mar e do Espinhaço. Sua
extensão territorial é de 924.511,3 km². Abriga uma população de 80.364.410
habitantes, correspondendo a aproximadamente 40% do contingente
populacional brasileiro. A densidade demográfica é de 87 habitantes por
quilômetro quadrado, sendo a região mais populosa e povoada do país.
O Sul do Brasil é formado pelos estados de Santa Catarina, Paraná e
Rio Grande do Sul. Sua extensão territorial é de 576.409,6 km². Sua população
é estimada em 27,3 milhões de habitantes.
Na Internet:
http://www.infoescola.com/geografia/geografia-do-brasil-relevo-clima-
hidrografia-e-vegetacao/ http://www.suapesquisa.com/paises/brasil/
http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso-territorio/biomas
http://www.brasilescola.com/brasil/vegetacao-brasil.htm
http://www.brasilescola.com/brasil/os-climas-brasil.htm
http://www.brasilescola.com/brasil/os-tipos-vegetacao.htm http://www.portalbrasil.net/brasil_transportes.htm#hidro
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/21052004biomashtml.sh
tm http://www.suapesquisa.com/clima/
http://www.portalbrasil.net/brasil.htm#mapas
http://www.portalbrasil.net/brasil_economia.htm http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso-territorio/recursos-
minerais
31
http://www.mundoeducacao.com/geografia/relevo-brasileiro.htm
http://www.suapesquisa.com/relevo/
http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Relevo/?pg=4
http://www.estudopratico.com.br/tipos-de-relevo-do-brasil/
http://www.enemvirtual.com.br/wp-content/uploads/2011/09/relevo_brasil.png
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/fronteiras-brasileiras-os-limites-do-nosso-territorio.htm
http://www.suapesquisa.com/geografia/fronteiras_com_brasil.htm
http://www.estadosecapitaisdobrasil.com/regioes-do-brasil.php
http://www.brasilescola.com/brasil/regioes-brasileiras.htm http://www.infoescola.com/geografia/regioes-e-estados-brasileiros/
http://www.correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&task=
view&id=3777&Itemid=79 http://www.wisetel.com.br/cr_papers/sociedade_aberta/sab_02.htm
EXERCÍCIOS BRASIL (ÁREA)
Questão 1
O Brasil é considerado um país com dimensões continentais. Quais os
fatores que reforçam essa afirmação?
Questão 2
Com 8.514.876 Km2, o Brasil é o quinto maior país do planeta em
extensão territorial. Os países que possuem área maior que a do Brasil são:
a) Rússia, China, Índia e Austrália
b) Estados Unidos, Canadá, África do Sul e Indonésia
c) Rússia, Canadá, China e Estados Unidos
d) Canadá, Índia, México e China
e) Rússia, China, Estados Unidos e Austrália
32
Questão 3
A grande extensão territorial do Brasil proporciona ao país, fronteira com
quase todas as nações sul-americanas. Os dois países que não se limitam com
o Brasil são:
a) Uruguai e Peru
b) Chile e Equador
c) Bolívia e Venezuela
d) Argentina e Chile
e) Peru e Colômbia
Questão 4
Conforme a divisão regional estabelecida pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil é formado por cinco macrorregiões.
Cite os complexos regionais e seus respectivos estados.
Questão 5
(Faculdade Trevisan) Em síntese, o Brasil é um país inteiramente
ocidental, predominantemente do Hemisfério Sul e da Zona Intertropical.
Considere as afirmações:
I) O Brasil situa-se à oeste do Meridiano de Greenwich.
II) O Brasil é cortado ao norte pela Linha do Equador.
III) Ao sul, é cortado pelo Trópico de Câncer.
IV) Ao sul, é cortado pelo Trópico de Capricórnio, apresentando 92% do
seu território na Zona Intertropical, entre os Trópicos de Câncer e de
Capricórnio.
V) Os 8% restantes estão na Zona Temperada do Sul.
33
a) Apenas I, II e IV são verdadeiras.
b) Apenas I e II são verdadeiras.
c) Apenas IV e V são verdadeiras.
d) Apenas I, II, IV e V são verdadeiras.
e) Apenas I, II, II e V são verdadeiras.
Questão 6
(UFSC) Assinale as proposições corretas:
1) O Brasil é o único país sul-americano que tem suas terras distribuídas
por três hemisférios: o Norte, o Sul e o Oeste.
2) Santa Catarina está situada totalmente ao sul do Trópico de
Capricórnio, o que influencia na sua caracterização climática.
3) O Norte e o Nordeste são as duas únicas regiões do Brasil totalmente
localizadas em Zona Intertropical.
4) O Brasil faz fronteiras com todos os países da América do Sul, com
exceção do Chile e do Equador.
RESPOSTAS
Resposta Questão 1
O território brasileiro possui 8.514.876 Km2, sendo o quinto maior país
do planeta em extensão territorial. Sua área corresponde a 5,6% das terras
emersas do globo, 20,8% de todo o continente americano e 48% da América
do Sul. A grande extensão territorial do Brasil proporciona ao país, fronteiras
com a grande maioria das nações sul-americanas (apenas Chile e Equador não
se limitam como o mesmo).
O país abriga a maior biodiversidade do planeta, estima-se que em
território nacional estejam de 10% a 15% de toda a biodiversidade do planeta.
Todos esses fatores contribuem para que o Brasil seja considerado um
país continental.
34
Resposta Questão 2
a) Falso – A Rússia e a China apresentam maiores extensões territoriais
que o Brasil, no entanto, a Índia (3.287.590 Km2) e a Austrália (7.713.364 Km2)
são menores quando comparadas a este.
b) Falso – Os Estados Unidos e Canadá são maiores que o Brasil,
porém, a África do Sul (1.221.037 Km2) e a Indonésia (1.904.569 Km2)
apresentam áreas inferiores àquelas do Brasil.
c) Verdadeiro – Os quatro países à frente do Brasil no que se refere à
extensão territorial são, respectivamente: Rússia (17.075.400 Km2), Canadá
(9.976.139 Km2), China (9.596.961 Km2) e Estados Unidos (9.363.520 Km2).
d) Falso – O Canadá e China são maiores, México (1.958.201 Km2) e
Índia (3.287.590 Km2) possuem áreas menores, se comparadas ao Brasil.
e) Falso – Esse item está errado, pois a Austrália possui território inferior
ao do Brasil.
Resposta Questão 3
a) Falso – O Brasil limita-se com o Uruguai ao sul; e com o Peru a oeste.
b) Verdadeiro – Os únicos países que não fazem fronteira com o
território brasileiro são o Chile e o Equador.
c) Falso – O Brasil faz fronteiras com Bolívia (à oeste) e Venezuela (ao
norte).
d) Falso – O Chile realmente não se limita com o Brasil, entretanto, o
território brasileiro à sudoeste, possui fronteira com a Argentina.
e) Falso – O território brasileiro limita-se com o Peru à oeste; e com a
Colômbia à noroeste.
35
Resposta Questão 4
O território brasileiro é composto por 26 Estados e 1 Distrito Federal,
divididos em 5 Regiões. As regiões e os respectivos estados que as integram
são:
Região Sul: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Região Sudeste: Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio de
Janeiro.
Região Centro-Oeste: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e
Distrito Federal.
Região Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba,
Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Região Norte: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e
Tocantins.
Resposta Questão 5
I) Verdadeiro - O território brasileiro está localizado em sua totalidade,
à oeste do Meridiano de Greenwich, portanto, sua área está no hemisfério
ocidental.
II) Verdadeiro - A linha do Equador passa no extremo norte do Brasil,
fazendo com que 7% de seu território pertença ao hemisfério setentrional
(Norte) e 93% localizados no hemisfério meridional (Sul).
III) Falso – O Trópico de Câncer não corta o território brasileiro, esse
trópico está localizado ao norte do Brasil, cortando o México.
IV) Verdadeiro – O Trópico de Capricórnio passa no sul do território do
Brasil (nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo), a Zona
Intertropical está localizada entre o Trópico de Câncer e o Trópico de
36
Capricórnio, sendo a área do Brasil, em sua maioria (92%), localizada nessa
zona.
V) Verdadeiro – Os 8% restantes do território nacional estão
localizados entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico, sendo
essa região, denominada de Zona Temperada do Sul.
a) Apenas I, II e IV são verdadeiras.
Falso
b) Apenas I e II são verdadeiras.
Falso
c) Apenas IV e V são verdadeiras.
Falso
d) Apenas I, II, IV e V são verdadeiras.
Verdadeiro
e) Apenas I, II, II e V são verdadeiras.
Falso
Resposta Questão 6
1) Falso – Além do Brasil, Colômbia e Equador também estão
localizados nos hemisférios Norte, Sul e Oeste.
2) Verdadeiro – O estado de Santa Catarina está localizado em sua
totalidade, ao sul do Trópico de Capricórnio, seu clima é diretamente
influenciado pela zona temperada do sul.
37
3) Verdadeiro – Os estados nordestinos e nortistas do Brasil são os
únicos que estão totalmente localizados na Zona Intertropical, ou seja, entre o
Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio. O Sul do Brasil tem a maioria de
sua área na Zona Temperada do Sul; o sudeste possui uma pequena porção
(Sul do estado de São Paulo) localizada na Zona Temperada do Sul; o Centro-
Oeste está quase todo localizado na Zona Intertropical, apenas o extremo Sul
do Mato Grosso do Sul pertence à Zona Temperada do Sul. Portanto, apenas
as Regiões Norte e Nordeste estão totalmente localizadas na Zona
Intertropical.
4) Verdadeiro – O território brasileiro faz fronteiras com a maioria dos
países sul-americanos, apenas Chile e Equador não possuem fronteiras com o
Brasil.
EXERCÍCIOS BRASIL (LOCALIZAÇÃO)
Questão 1
Sobre as características territoriais do Brasil é correto afirmar que:
a) Com extensão territorial de 8.514.876 quilômetros quadrados, o Brasil
é o maior país sul-americano.
b) O território brasileiro é banhado pelos oceanos Atlântico e Pacífico.
c) O Brasil está regionalizado em cinco grandes complexos regionais:
Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul.
d) A grande extensão territorial proporciona ao país fronteira com todas
as nações da América do Sul.
38
Questão 2
O Brasil é o maior país em extensão territorial da América do Sul,
possuindo fronteiras com várias nações desse subcontinente. Marque a
alternativa que corresponde aos dois países sul-americanos que não se limitam
com o território brasileiro.
a) Peru e Equador
b) Suriname e Colômbia
c) Chile e Equador
d) Argentina e Uruguai
e) Peru e Chile
Questão 3
Analise as afirmativas sobre a posição geográfica do Brasil e marque (V)
para as verdadeiras e (F) para as falsas.
a) O território brasileiro está totalmente ao sul da linha do Equador,
portanto, o país pertence somente ao Hemisfério meridional. ( )
b) Os extremos do território do Brasil no sentido Leste-Oeste são: Monte
Caburaí (Roraima) e Arroio Chuí (Rio Grande do Sul). ( )
c) O Brasil pertence ao Hemisfério ocidental, visto que o país está
situado à oeste do meridiano de Greenwich. ( )
d) O Trópico de Capricórnio “corta” o território brasileiro na sua porção
sul. ( )
e) Cortado ao norte pela linha do Equador, o Brasil possui 7% do seu
território no Hemisfério setentrional e 93% no Hemisfério meridional. ( )
39
Questão 4
Analise o mapa e marque a alternativa INCORRETA.
a) O Brasil está localizado na América do Sul e é banhado somente pelo
oceano Atlântico.
b) Dos países sul-americanos, somente Chile e Equador não possuem
fronteira o Brasil.
c) A porção sul do Brasil é cortada pela linha do Equador, mais
precisamente nos estados Amapá, Pará, Roraima e Amazonas.
d) Bolívia e Peru estão localizados à oeste do território brasileiro.
e) O Trópico de Capricórnio corta o território brasileiro na porção sul.
40
RESPOSTAS
Resposta Questão 1
a) Verdadeiro – O Brasil é o maior país em extensão territorial da
América do Sul (8.514.876 quilômetros quadrados), sua área corresponde a
48% desse subcontinente.
b) Falso – O território brasileiro é banhado somente pelo oceano
Atlântico.
c) Verdadeiro – Conforme a atual regionalização do Brasil, o país possui
cinco grandes complexos regionais (Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e
Sul).
d) Falso – O território brasileiro limita-se com a maioria dos países sul-
americanos, somente Chile e Equador não fazem fronteira com o Brasil.
Resposta Questão 2
Alternativa correta: letra “C”.
a) Falso – O Peru faz fronteira com o Brasil, estando localizado à oeste
do território brasileiro.
b) Falso – Tanto Suriname quanto a Colômbia possuem fronteira com o
Brasil.
c) Verdadeiro – As únicas nações que não fazem fronteira com o
território brasileiro são o Chile e o Equador.
d) Falso – Argentina e Uruguai são nações vizinhas do Brasil.
e) Falso – O Peru possui fronteira com o território brasileiro.
41
Resposta Questão 3
a) Falso – O extremo norte do território brasileiro é “cortado” pela linha
do Equador, fato que proporciona ao país ter uma parte da sua área localizada
no Hemisfério setentrional e outra porção situada no Hemisfério meridional.
b) Falso – Os extremos do Brasil no sentido Leste-Oeste são a Serra
Contamana, no Acre, à oeste e Ponta do Seixas (Paraíba), à leste.
c) Verdadeiro – O território brasileiro está totalmente localizado à oeste
do meridiano de Greenwich, portanto, o país pertence ao Hemisfério ocidental.
d) Verdadeiro – A porção sul da área do Brasil é cortada pelo Trópico de
Capricórnio. Essa linha imaginária passa pelos estados de São Paulo, Paraná
e Mato Grosso do Sul.
e) Verdadeiro – A linha do Equador (imaginária) passa no extremo norte
do Brasil, mais precisamente nos estados do Amapá, Pará, Roraima e
Amazonas. Com isso, o país possui 7% do território no Hemisfério setentrional
(norte) e 93% no Hemisfério meridional (sul).
Resposta Questão 4
Alternativa correta: letra “C”.
a) Verdadeiro – O território brasileiro integra subcontinente sul-
americano. Sua área é banhada pelo oceano Atlântico (à leste).
b) Verdadeiro – Com exceção do Chile e Equador, todas as outras
nações sul-americanas possuem fronteira com o Brasil.
c) Falso – A linha do Equador “corta” o território brasileiro na porção
norte.
d) Verdadeiro – Os territórios da Bolívia e do Peru estão situados a oeste
do Brasil.
e) Verdadeiro – O Trópico de Capricórnio passa pelos estados de São
Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, portanto, ela corta o Brasil na porção sul.
FONTE: http://exercicios.brasilescola.com/geografia-do-brasil/
42
MAIS EXERCÍCIOS ONLINE:
http://exercicios.brasilescola.com/geografia-do-brasil/exercicios-sobre-
populacao-brasileira.htm
http://exercicios.brasilescola.com/geografia-do-brasil/exercicios-sobre-
as-fronteiras-brasil.htm
http://exercicios.brasilescola.com/geografia-do-brasil/exercicios-sobre-
as-principais-bacias-hidrograficas-brasil.htm
http://exercicios.brasilescola.com/geografia-do-brasil/exercicios-sobre-
as-regioes-brasileiras.htm
GEOGRAFIA URBANA
Geografia urbana é o termo utilizado para designar os estudos
dedicados às cidades, bem como seu processo de produção urbana, em outras
palavras, o modo como se dá a expansão da cidade, a configuração da
mesma, e o modo como as pessoas irão se agrupar sob determinadas lógicas
sociais, originando os denominados "tecidos urbanos".
Dentro das ideias elaboradas pela geografia urbana temos que o meio
urbano, ao contrário do rural, possui uma dinâmica própria, nunca sendo um
conjunto coeso sob o mesmo período temporal. Isto equivale dizer que de
tempos em tempos, camadas de novas configurações urbanas e populacionais
irão se instalar sob determinada área não planejada, suplantando uma
realidade anterior daquela mesma região. Como definia o falecido geógrafo
Milton Santos, "a cidade é uma sucessão de tempos desiguais", ela não cresce
43
e se desenvolve de maneira uniforme. Podemos ter setores menos
desenvolvidos e economicamente desvalorizados, que praticamente são
amputadas do desenvolvimento do restante do corpo urbano, constituindo, em
casos mais extremos, verdadeira "cápsula do tempo"; por outro lado, setores
de centros mais desenvolvidos e cosmopolitas estão a cada momento
renovando-se, alimentados principalmente pela sua dinâmica econômica e alta
mobilidade social de seus habitantes.
Assim, a partir de tais premissas, a observação do ambiente concreto se
faz indispensável, de modo a identificar os pontos em que ocorrem a
modificação do meio.
Importante ressaltar que pouco mais de 50% da população do globo vive
em áreas consideradas urbanas de acordo com a ONU (mesmo levando em
conta certa dificuldade na metodologia utilizada para definir áreas urbanas e
não urbanas), sendo que no Brasil temos aproximadamente 81% da população
em áreas urbanas.
Mesmo com esses números, entendem os geógrafos concentrados no
estudo das áreas urbanas que o conceito de "urbano" como universal vai além
dos números, pois até os habitantes do meio rural são confrontados com o
fenômeno urbano em sua vida cotidiana, e a visão dos meios urbano e rural
como duas entidades completamente distintas não corresponde rigorosamente
à realidade observada pela geografia nos tempos de hoje, mesmo persistindo
tal divisão física, o processo dinâmico em que o ser humano moderno está
inserido é claramente comandado pelo meio urbano. Tanto é assim que se
demonstra claramente a avidez do habitante das regiões rurais em consumir os
bens produzidos pelos centros urbanos, graças ao incremento das redes de
comunicação e transporte, fenômeno este que se observa facilmente em todas
as regiões do Brasil. Desse modo, a importância dos estudos urbanos para a
geografia, em especial no tocante à análise da realidade brasileira é
indispensável.
44
Aprofundamento 01
Tecido Urbano é um determinado tipo de urbanização de uma região
urbana. O tecido urbano pode ser verticalizado, horizontal ou misto, podendo
ter os dois tipos de urbanização. Esse tipo específico de urbanização é
normalmente planejado, ou seja, o zoneamento é feito para organizar o traçado
urbano.
Aprofundamento 02
Mobilidade Social
Quando um cidadão consegue aumentar sua renda, melhorar suas
condições de vida e mudar de classe social, esse processo pode ser
conceituado como mobilidade social. Porém, no campo sociológico, a
mobilidade social visa estudar e compreender as diferentes formas utilizadas
para diferenciam um conjunto de pessoas pertencentes a uma mesma cultura.
Urbanização mundial
Urbanização virou sinônimo de modernização econômica e os fatos
históricos corroboram para tal analogia. Por exemplo, no começo do século
XVIII somente 3% da população residia no meio urbano. As cidades mais
populosas de que se tem conhecimento eram Paris e Londres, com pouco mais
de 1 milhão de habitantes cada. Atualmente, metade da população reside no
meio urbano, o que corresponde a aproximadamente 3,5 bilhões de pessoas.
Entretanto, é necessário cuidado na análise das estatísticas. Isso porque
a urbanização tem um conceito formal diferente para cada nação. Ou seja,
cada país, com sua normativa jurídica, estabelece o que pode ser considerado
urbano ou não. Por exemplo, na Europa, só é considerado urbano um local
cuja população seja superior a 5 mil habitantes. No Brasil, a sede do município
45
(cidade) e seus distritos (vilas) são considerados urbanos, sem levar em
consideração sua população ou as funções econômicas desempenhadas pela
cidade ou vila.
Nos países desenvolvidos, a urbanização é mais antiga (século XIX).
Seu principal fator foi a I Revolução Industrial, que gerou um forte êxodo rural.
Com a Segunda Guerra Mundial, começou a haver intensa migração por todas
as partes do planeta, urbanizando alguns países em desenvolvimento, como foi
o caso do Brasil. Na verdade, o que sempre motivou a urbanização foi a
industrialização. Por vezes, esse processo é inverso. São dois processos
simbióticos. Industrialização gera demanda de infraestrutura e mão de obra, o
que gera migração e, consequentemente, urbanização. Atualmente, com a
revolução da informação, essa simbiose está sendo desfeita.
No desenho atual da urbanização, Europa Ocidental, América do Norte,
América Latina e Oceania apresentam uma taxa de urbanização que varia
entre 70 e 100%. A maior parte dos países da África e da Ásia apresentam
baixos índices de urbanização. Portanto, a urbanização é desigual.
Atente-se ao fato de que taxas de urbanização baixas não significam
propriamente população urbana pequena. A China e a Índia são exemplos
claros. A China é o país com maior número de pessoas residindo no meio
urbano, porém somente 40% de sua população reside em cidades. Ou seja,
paradoxalmente, é o país mais urbano do planeta e também o mais rural.
Se no passado os países desenvolvidos urbanizaram-se mais
rapidamente, agora o processo é inverso. Os países em desenvolvimento
apresentam as maiores taxas de urbanização. A explicação desse fato é muito
simples: nos países mais desenvolvidos, grande parte da população já vive em
cidades.
46
Urbanização no mundo em industrialização
A urbanização no mundo em industrialização é um processo
historicamente recente. A partir da década de 1950, com a expansão do
capitalismo financeiro e da ampliação das tecnologias informacionais e dos
meios de transporte, o mundo assistiu a uma ampliação intensiva do espaço
urbano nos países pobres e emergentes.
Os motivos que levaram a uma intensa urbanização nesses países
durante o século XX estão relacionados à industrialização tardia pela qual
esses países passaram. A maioria dos países pobres apresentava uma
população predominantemente rural, porém, com a formação da indústria e a
instalação de empresas e fábricas multinacionais, observou-se nos países
subdesenvolvidos a ocorrência do êxodo rural, ou seja, a migração em larga
escala de habitantes do campo para a cidade.
Outro fator que também acarretou para essa mudança em massa da
população foram os avanços tecnológicos no processo de produção agrícola
que, aliados à concentração de terras, proporcionaram um grande índice de
desemprego no meio rural.
A maioria dessa população que migrou para as cidades não possuía
especializações e mão de obra qualificada, tendo de se submeter a funções
com baixos salários e condições muitas vezes precárias. Somando-se a isso,
as cidades não apresentavam infraestrutura e condições econômicas para
receber essa grande quantidade de pessoas, o que acarretou para a formação
de grandes periferias e favelas, além de uma grande massa de miseráveis e
habitações sem condições de moradia, saneamento básico, entre outros
fatores.
Podemos observar cidades como Rio de Janeiro, São Paulo,
Johanesburgo, Cidade do México e muitas outras com as heranças desse
processo. Um grande número de marginais e favelas, além dos grandes
índices de violência, toma conta dessas cidades, problemas que os governos e
47
autoridades locais não conseguem resolver, pois isso requer a diminuição das
desigualdades, além de planejamento, reforma urbana e uma maior
democratização do campo, para evitar a continuidade do êxodo rural.
Além da formação de favelas, observamos alguns fenômenos urbanos
nas cidades dos países subdesenvolvidos, como a segregação urbana, em que
as pessoas mais pobres acabam tendo que morar em regiões mais afastadas
dos grandes centros e sem contar com segurança, saúde, educação e
infraestrutura de qualidade nesses espaços. Outro fenômeno é o da
conurbação, quando duas cidades diferentes se encontram, resultado do
processo de crescimento desordenado do espaço urbano dessas cidades.
Metropolização
A metropolização é o fenômeno em que vários centros ou aglomerações
populacionais crescem e se integram em torno de uma ou mais áreas urbanas.
Ocorre quando uma cidade possui um elevado crescimento urbano, a ponto de
integrar outras cidades e estabelecer em torno de si uma centralidade
econômica, atraindo pessoas, capitais e investimentos.
Com a metropolização, observa-se a transformação de uma cidade –
geralmente uma capital nacional ou local – em uma metrópole, que passa a se
configurar como uma espécie de “cidade mãe” de uma região metropolitana,
que é integrada por cidades menores que congregam o seu entorno. Essas
cidades são também conhecidas por cidades satélites.
Geralmente, o nível de integração que caracteriza a formação de
metrópoles perpassa pela ocorrência da conurbação, que é a junção ou união
entre o espaço urbano de duas ou mais cidades, ou seja, municípios diferentes
passam a dividir o mesmo espaço urbano. Costuma ocorrer, nesse sentido,
uma grande dependência econômica das cidades-satélites, de modo que
muitos analistas as denominam como cidades-dormitórios, uma vez que sua
função principal é servir de moradia para a classe trabalhadora que atua nas
48
metrópoles. No entanto, atualmente, no Brasil, essa lógica vem gradualmente
se modificando.
É importante não confundir a metropolização com a urbanização.
Urbanizar significa elevar o crescimento das cidades em relação ao campo,
enquanto metropolizar é elevar a concentração populacional e econômica em
torno das metrópoles e regiões metropolitanas. No entanto, assim como a
urbanização, a metropolização ocorreu primeiramente nos países
desenvolvidos, uma vez que esses foram os pioneiros em conhecer as
consequências das transformações industriais. Atualmente, são os países
subdesenvolvidos que passam por esse processo, registrando também a maior
concentração de problemas referentes à formação de grandes aglomerados
urbanos.
Em algumas regiões do planeta, há um processo inverso em curso, a
desmetropolização. Isso porque a vida caótica nos grandes centros urbanos,
geralmente desprovidos de mobilidade e com grandes problemas ambientais,
não é mais interessante para as classes dominantes e os seus investimentos.
Assim, o crescimento e a concentração populacional em torno das grandes
metrópoles vêm diminuindo, em detrimento dos elevados crescimentos
registrados nas cidades pequenas e, principalmente, nas cidades médias, que
passam a contar com mais indústrias e dinamizando mais as suas economias
locais.
Hierarquia das cidades
As cidades podem ser classificadas a partir de seu grau de influência
econômica e também política. Nesse sentido, leva-se em conta os mais
diversos índices, como renda per capita, Produto Interno Bruto, índice
populacional etc. Tal classificação é chamada de Hierarquia das Cidades ou
Hierarquia Urbana.
49
Em razão de os critérios sobre a classificação hierárquica das cidades
serem bem variados, existem vários tipos de hierarquias urbanas, com
padronizações diferentes. Utilizaremos aqui as divisões mais comumente
adotadas.
As cidades podem ser divididas em cidades locais, centros regionais,
cidades médias, cidades metropolitanas, metrópole e megalópoles ou cidades
globais.
Cidades locais: são cidades que exercem um grau de influência sobre
uma área não muito elevada. Costumam apresentar baixo grau de
urbanização, pequenos índices populacionais e relevante dependência
econômica para com outras cidades.
Centros regionais: são cidades que exercem influência econômica
sobre algumas pequenas cidades que se situam na mesma Unidade Federativa
ao qual pertencem. Exemplo: Rio Verde (GO), Guarapuava (PR), São José do
Rio Preto (SP).
Cidades médias: são cidades que, geralmente, apresentam mais de
200 mil habitantes e apresentam uma relevância econômica que, muitas vezes,
transcende as divisas estaduais. Para fazer parte do quadro de cidades
médias, uma cidade deve fazer parte do RECIME (Rede de Pesquisadores
sobre Cidades Médias) e não podem compor Regiões Metropolitanas.
Exemplos: Dourados (MS), Anápolis (GO), Londrina (PR).
Cidades metropolitanas: são cidades que compõem Regiões
Metropolitanas, áreas de influência de uma determinada metrópole. As Regiões
Metropolitanas são criadas e delimitadas por lei. Exemplos de cidades
metropolitanas: Guarulhos (SP), Niterói (RJ), Camaçari (BA), Aparecida de
Goiânia (GO), São José dos Pinhais (PR).
Metrópoles: são grandes cidades com grande população e importância
econômica. São definidas, por lei, como sedes de Regiões Metropolitanas. O
50
grau de influência econômica delas é variado e, por isso, são subdivididas em
Metrópoles Regionais (a exemplo de Manaus e Cuiabá) e Metrópoles
Nacionais (como Brasília e Salvador). Uma metrópole também pode ser uma
megalópole, como é o caso de São Paulo.
Megalópoles ou Cidades Globais: são grandes centros e aglomerados
urbanos que são responsáveis pela ligação econômica de seus países com o
restante do mundo. Configuram-se como centro de decisões econômicas e por
terem grande influência a nível nacional e internacional. Geralmente, costumam
abrigar grandes filiais de empresas multinacionais e de organismos
internacionais. Exemplos: Nova York, Tóquio, Paris, Rio de Janeiro, Hong
Kong, Londres, entre outras.
Conurbação e região metropolitana
Conurbação é a junção entre o espaço urbano de duas cidades distintas.
É produto do crescimento horizontal, sobretudo pela ampliação das periferias
das grandes cidades. Geralmente, a conurbação ocorre entre uma metrópole e
outras cidades menores, formando um único espaço urbano com duas ou mais
cidades.
A partir da formação de um aglomerado de cidades conurbadas, que
passam a integrar um único espaço urbano que não pode ser dividido a partir
da observação direta, surgem as áreas metropolitanas ou regiões
metropolitanas. Existem casos da formação de regiões metropolitanas de
cidades que não se conurbaram, mas que devem se encontrar em um período
de tempo relativamente curto.
As regiões metropolitanas são áreas geralmente com mais de 1 milhão
de habitantes e, graças à conexão e interdependência entre as várias cidades
que as compõem, necessitam de uma administração central ou de uma
integração entre as respectivas prefeituras.
51
A necessidade de tal integração se faz em virtude de as diferentes
cidades de uma área metropolitana apresentarem problemas que só podem ser
solucionados se for promovido um combate por todas elas. Exemplos:
problemas de déficit habitacional, segregação urbana, violência, carência no
transporte público etc.
Existem centenas de regiões metropolitanas no mundo. A maior delas é
Tóquio, seguida por Seul (Coreia do Sul) e Jacarta (Indonésia). São Paulo
apresenta a maior região metropolitana do Brasil e a sétima maior do mundo,
sua formação se deu a partir da conurbação da capital paulista com Santo
André, São Caetano do Sul, Diadema, São Bernardo do Campo, Guarulhos e
muitas outras.
Cidades globais
O conceito de cidade global refere-se ao desempenho econômico,
logístico, estrutural e o grau de influência em nível global. Quando se fala em
cidades globais imagina-se que seja uma cidade de grande aglomeração
urbana (metrópole ou megalópole), mas essa ideia fica em segundo plano.
Desse modo, existem cidades consideradas médias que são globais, em
contrapartida outras são megacidades com mais de 10 milhões de habitantes e
nem por isso ocupam essa condição.
Atualmente são reconhecidas 55 cidades globais, porém esse total não
ocupa um mesmo grupo. Essas cidades são classificadas em três grupos, que
recebem o nome alfa, beta e gama. A variação é de acordo com os níveis de
influência desempenhado na esfera global. A pontuação máxima de uma
cidade global é 12, apenas quatro cidades atingiram tal nível, são elas: Nova
York, Tóquio, Londres e Paris. A Europa possui a maior quantidade de cidades
globais (22 cidades).
52
Segregação socioespacial
Toda cidade tem um espaço urbano fragmentado e com diferenciação
em sua forma e função. Em muitas cidades, principalmente os grandes centros
urbanos, existem diversos “centros” dentro de um mesmo espaço urbano:
comerciais, industriais, de lazer, de moradia, etc. Dessa maneira, o espaço
urbano vai se fragmentando cada vez mais.
Mas não só no aspecto econômico a cidade vai se fragmentando. No
aspecto social também. Na verdade, o social e o econômico estarão sempre
unidos. O poder público tem grande responsabilidade por essa fragmentação
urbana. Em vez de buscar manter certa homogeneidade entre os espaços da
cidade, ele faz o contrário.
Assim, determinados espaços da cidade possuem melhores condições
de infraestrutura e outros não. Algumas partes da cidade recebem bom
tratamento de esgoto, rede de água, iluminação pública e transporte coletivo de
qualidade. Em outras partes, a população residente não tem asfalto, coleta de
lixo, tratamento de esgoto, água encanada, etc.
Logicamente, os bairros e os lugares com melhores condições de
infraestrutura serão mais valorizados economicamente e se localizarão
próximos ao centro da cidade. A população mais pobre não consegue residir
nesses locais por não conseguir comprar ou mesmo alugar uma casa nesse
bairro valorizado. Espacialmente, os bairros menos valorizados estão
localizados na periferia da cidade, lugares distantes do centro (onde se
encontra a maior parte dos serviços e comércio).
Ocorre ainda outro processo complementar: além de ser obrigada a
morar em lugares distantes, a população ainda sofre com a dificuldade de
acesso a equipamentos públicos de lazer ou administrativos, tais como parques
ou áreas verdes, hospitais, escolas, creches, praças, etc.
Esse conjunto de fatores é denominado segregação socioespacial. Ou
seja, camadas de população são levadas a morar em lugares distantes, com
53
dificuldades de deslocamento a lugares centrais, seja comércio ou local de
trabalho, além de serem desprovidas de equipamentos públicos.
A segregação vai estar ligada, portanto, ao uso e ao preço do solo
urbano, fazendo com que a população de camadas sociais mais baixas more
em lugares longínquos do centro. Assim, existe a dificuldade de acesso aos
bens e serviços do espaço urbano.
Esse fenômeno é facilmente perceptível na paisagem urbana. Olhe para
sua cidade e veja como está ocorrendo a segregação socioespacial.
Uma forma de combater essa segregação é a sociedade civil se
organizar e reivindicar seus direitos, previstos na Constituição Federal. Do
contrário, esse processo só tende a se agravar.
Problemas urbanos
O mundo está passando por um intenso processo de urbanização. Esse
processo teve destaque primeiramente durante o século XVIII, nos países
envolvidos na Revolução Industrial. Já nos países em desenvolvimento, a
urbanização ocorreu de forma expressiva a partir da década de 1950,
impulsionada pelo desenvolvimento industrial, pois as atividades industriais se
expandiram por vários países, atraindo cada vez mais pessoas para as
cidades.
No entanto, a urbanização acelerada sem planejamento tem como
consequência problemas de ordem ambiental e social. O inchaço das cidades,
provocado pelo acúmulo de pessoas e a falta de uma infraestrutura adequada,
gera transtornos para a população urbana.
Uma das principais características da urbanização sem o devido
planejamento é o inchaço das cidades, desencadeando graves consequências
econômicas e sociais, esse fenômeno ocorre principalmente nos países em
54
desenvolvimento, em razão da rapidez do processo de urbanização e da falta
de infraestrutura.
O crescimento desordenado das cidades gera a ocupação de locais
inadequados para moradia, como áreas de elevada declividade, fundos de
vale, praças, viadutos, entre outras.
Conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente cerca
de 25% da população mundial que mora em cidades vivem na absoluta
pobreza.
Os problemas urbanos são vários e bem diversificados, as grandes
cidades sofrem principalmente com as poluições, engarrafamentos, violência,
desemprego, desigualdade social, locais inadequados para moradia, saúde,
educação, infraestrutura, etc.
Os diversos tipos de poluição (hídrica, visual, do solo, sonora,
atmosférica) são causados principalmente pelo modo de produção e consumo
estabelecidos pelo capitalismo. A poluição atmosférica é um grande problema
detectado nas cidades, o intenso fluxo de automóveis e as indústrias são os
principais responsáveis pelo lançamento de gases tóxicos na atmosfera. Outros
problemas ambientais decorrentes da urbanização são: impermeabilização do
solo, alterações climáticas, efeito de estufa, chuva ácida, ausência de
saneamento ambiental, destinação e tratamento dos resíduos sólidos, entre
outros.
A falta de segurança tem sido um dos principais motivos que preocupam
a população urbana. Diariamente são divulgadas notícias de violência nas
cidades, esse processo está diretamente associado a outros problemas como o
desemprego, a educação de baixa qualidade e a desigualdade social.
Portanto, os distintos problemas urbanos formam uma teia, onde um
está diretamente ligado ao outro, havendo a necessidade da realização de
políticas para solucionar todos esses problemas, proporcionando uma melhor
qualidade de vida para a população urbana.
55
Problemas ambientais urbanos
Segundo dados da Organização das Nações Unidas, desde o ano de
2010, a humanidade tornou-se urbana, ou seja, a maior parte da população do
mundo passou a viver em cidades maiores que 20 mil habitantes. Esse
processo de acelerada urbanização vem sendo também acompanhado por
uma intensa metropolização, isto é, a concentração da maior parte das
pessoas em metrópoles e regiões metropolitanas.
A consequência dessa dinâmica, fruto da industrialização das
sociedades, é a formação de grandes metrópoles, cidades com populações na
ordem dos milhões e milhões de habitantes, em um processo de crescimento
intenso e acelerado, sobretudo nos países subdesenvolvidos, de
industrialização tardia. Com isso, assiste-se à manifestação da macrocefalia
urbana, quando o espaço urbano não consegue absorver, em termos de renda
e infraestrutura, toda a população que nele habita.
Além disso, as alterações no clima local são rapidamente percebidas:
aumenta-se a produção de lixo e esgotos, os congestionamentos e a poluição
atmosférica se intensificam, as áreas verdes diminuem e os índices de poluição
visual e sonora vão ao limite, provocando a ocorrência de inúmeros problemas
ambientais urbanos.
Dentre os principais problemas, podemos citar: as ilhas de calor, a
inversão térmica, a poluição dos rios, as enchentes e os desmoronamentos.
As Ilhas de Calor são a elevação das temperaturas dos centros urbanos
em relação às áreas periféricas e globais. Esse fenômeno ocorre,
principalmente, em razão da concentração de casas e prédios em torno de uma
área ou região, impedindo ou dificultando a circulação do ar. Além disso,
observa-se também que as ilhas de calor são produzidas pelo grande número
56
de vidros e elementos urbanos que refletem os raios solares, ajudando na
disseminação destes e do calor por eles produzido, elevando as temperaturas.
A Inversão térmica ocorre quando o ar frio que se acumula sobre a
superfície se posiciona abaixo de uma camada de ar quente. Como o ar frio é
mais denso, ele permanece estacionado, dificultando a circulação atmosférica
e impedindo o escoamento dos gases poluentes emitidos por fábricas e
veículos. Com isso, uma camada de fumaça ou “ar cinzento” permanece sobre
o espaço urbano por vários dias, causando problemas respiratórios para os
habitantes.
A poluição dos recursos hídricos é também um dos mais graves
problemas ambientais que assolam as cidades. Ela ocorre, principalmente, pela
não canalização e tratamento dos esgotos, que vão parar no leito dos rios e
pela poluição das bacias hidrográficas, que são as regiões onde qualquer
escoamento de água vai despejar nos rios, como as próprias ruas e os espaços
urbanos em geral.
Com isso, as enchentes podem surgir como consequência. Com o
elevado índice de poluição, bem como o assoreamento dos rios em função da
remoção das matas ciliares, o volume das águas podem se elevar acima do
normal em alguns cursos d‟água. Além disso, a impermeabilização dos solos,
com asfalto e cimento, também agrava esse processo.
Os desmoronamentos, por sua vez, também causam grandes tragédias.
Eles ocorrem, principalmente, em face do crescimento desordenado das
cidades, com ocupações irregulares em áreas de risco, com elevada
declividade, como encostas de morros. Com isso, em épocas de chuvas, esses
terrenos eventualmente se desmoronam, provocando graves acidentes.
O que podemos perceber é que os problemas ambientais nas cidades
estão sempre relacionados ao crescimento desordenado destas e,
principalmente, à falta de planejamento. Compete, portanto, aos cidadãos e,
57
sobretudo, às autoridades uma maior consciência e uma política ambiental que
contemple a resolução desses problemas.
FONTE: http://www.alunosonline.com.br/geografia/geografia-urbana.html
Dinâmica da população
População e Sociedade
A população é o conjunto de pessoas que residem em determinado
território, que pode ser uma cidade, um estado, um país ou mesmo o planeta
como um todo. Ela pode ser classificada segundo sua religião, nacionalidade,
local de moradia (urbana e rural), atividade econômica (ativa ou inativa) e tem
seu comportamento e suas condições de vida retratados através de
indicadores sociais – taxas de natalidade, mortalidade, expectativa de vida,
índices de analfabetismo, participação na renda, etc.
Nesta unidade, é importante não confundir população com nação, que é
um conjunto de pessoas que possuem a mesma história e estão inseridas em
um mesmo padrão cultural.
Assim, a população de um país pode conter várias nações, como é o
caso de diversos países da África, onde os colonizadores europeus
estabeleceram as atuais fronteiras em função dos próprios interesses
econômicos e geopolíticos. É comum também que uma nação esteja dividida
em dois ou mais países, compartilhando o território nacional com povos de
outras nações, o que comumente termina em divergência de interesses e
sérios conflitos. Essa é a base do verdadeiro genocídio ou extermínio físico
entre as tribos, que frequentemente assola a África, e dos movimentos
separatistas do Leste Europeu (ex-Iugoslávia e extinta União Soviética).
É importante ressaltar ainda que em uma dada população, mesmo que
as pessoas tenham ideias comuns e formem realmente uma nação, há grandes
contrastes no que se refere à participação dos habitantes na renda nacional, ou
seja, existem as classes sociais, e daí surge a necessidade da ação do Estado
para intermediar os conflitos de interesses. Em países desenvolvidos, as
diferenças econômicas são atenuadas através do acesso da população de
58
baixa renda a sistemas públicos eficientes de saúde, educação, transporte,
moradia e lazer, o que é possível graças a um sistema tributário de cunho
distributivo. Já nos países subdesenvolvidos, o Estado costuma estar a serviço
dos interesses privados de uma minoria da população e os serviços públicos
são relegados a último plano.
Quanto mais acentuadas as diferenças sociais, maior a concentração da
renda, maiores as distâncias entre a média dos indicadores sociais de
população e a realidade em que vive a maioria dos cidadãos. Por exemplo, a
expectativa de vida de um brasileiro não corresponde à média do país
contabilizada no censo de 1991 (66 anos), mas à média obtida segundo sua
faixa de renda. Quem recebe mais de dez salários mínimos terá uma
expectativa de vida superior – 71,5 anos – à de quem vive com até um salário
mínimo – 54,8 anos – e não consegue sequer se alimentar de forma digna. Ou,
ainda, se a taxa de natalidade de um país for alta, é necessário considerar o
que está acontecendo nas suas diferentes regiões ou classes sociais: os
pobres costumam ter mais filhos que os ricos.
Portanto, diante de uma tabela contendo quaisquer indicadores sociais
de uma população, temos de levar em conta a forma como está distribuída a
renda do país para podermos avaliar a confiabilidade da média obtida.
Quando nos referimos à população de um território, podemos considerar
os conceitos de populoso ou povoado, o que envolve a noção de população
absoluta – número total de habitantes – e relativa – habitantes por quilômetro
quadrado. Um país é considerado populoso quando o número absoluto de
habitantes é alto. Por exemplo, o Brasil é o quinto país mais populoso do
planeta, com cerca de 155 milhões de habitantes, mas pouco povoado, pois
possui apenas 17 hab./km2. Porém, quando a análise parte do pressuposto
que interessa, ou seja, da qualidade de vida da população, esses conceitos
devem ser relativizados. Os Países Baixos, apesar de apresentarem uma
população relativa alta – 429 hab./km2 -, possuem uma estrutura econômica e
serviços públicos que atendem às necessidades dos seus cidadãos e não
podem, portanto, ser considerados um país superpovoado. Já o Brasil, com
uma baixa população relativa, é "muito povoado", devido à carência de serviços
públicos, de empregos com salários dignos, habitações, etc. Nesse contexto,
59
em última instância, o que conta é a análise das condições socioeconômicas
da população, e não a análise demográfica.
O Crescimento Populacional ou Demográfico
Em 1994, o planeta contava com 5,6 bilhões de habitantes. Do início
dos anos 70 até hoje, o crescimento da população mundial caiu de 2,1% para
1,60% ao ano, o número de mulheres que utilizam algum método
anticoncepcional aumentou de 10% para 50% e o número médio de filhos por
mulher em países subdesenvolvidos caiu de 6 para 4. Ainda assim, esse ritmo
continua alto e, caso se mantenha, a população do planeta duplicará até 2050.
O crescimento demográfico está ligado a dois fatores: o crescimento
natural ou vegetativo, que corresponde à diferença entre nascimentos e óbitos
verificada numa população, e a taxa de migração, que é a diferença entre a
entrada e a saída de pessoas de um território. Considerando essas duas taxas,
o crescimento populacional pode ser positivo, nulo ou negativo.
O crescimento vegetativo ou natural
Atualmente, o que se verifica é uma queda global dos índices de
natalidade, apesar de estar relacionada principalmente ao êxodo rural, à saída
de pessoas do campo em direção às cidades e suas consequências no
comportamento demográfico:
Maior custo para criar os filhos – é muito mais caro e difícil criar
filhos na cidade, pois é necessário adquirir maior volume de alimentos básicos,
que não são mais cultivados pela família. Além disso, o ingresso dos
dependentes no mercado de trabalho urbano costuma acontecer mais tarde
que no campo e as necessidades gerais de consumo com vestuário, lazer,
medicamentos, transportes, energia, saneamento e comunicação aumentam
substancialmente.
60
Acesso a métodos anticoncepcionais – com a urbanização, as
pessoas passaram a residir próximo a farmácias e postos de saúde, tomando
contato com a pílula anticoncepcional, os preservativos, os métodos de
esterilização, etc.
Trabalho feminino extradomiciliar – no meio urbano, aumenta
sensivelmente o percentual de mulheres que trabalham fora de casa e
desenvolvem carreira profissional. Para essas mulheres, a gravidez sucessiva
passa a significar queda no padrão de vida e comprometimento de sua
atividade profissional.
Aborto – por ser ilegal na esmagadora maioria dos países, os
índices de abortos clandestinos são desconhecidos. Sabe-se, porém, que a
urbanização elevou bastante a sua ocorrência, contribuindo para uma queda da
natalidade.
Acesso a tratamento médico, saneamento básico e programas de
vacinação – esses fatores justificam um fenômeno: nas cidades, a expectativa
de vida é maior que no campo.
Portanto, com a urbanização, principalmente nos países
subdesenvolvidos, caem as taxas de mortalidade. Mas isso não significa que a
população esteja vivendo melhor. Está apenas vivendo mais.
A partir da Segunda Guerra Mundial, os avanços na ciência médica,
principalmente a descoberta de antibióticos, aliados à urbanização, causaram
uma grande queda nas taxas de mortalidades, mesmo nos países pobres. O
crescimento vegetativo aumentou em todo o planeta até a década de 70. A
partir de então, as taxas de mortalidade – em condições normais, excluindo-se,
portanto, os países que enfrentaram guerras ou grandes desastres – tendem a
estabilizar-se em níveis próximos a 0,6% nos países desenvolvidos e a
continuar apresentando pequenas quedas nos países subdesenvolvidos. Em
alguns países desenvolvidos, as alterações comportamentais criadas pela
61
urbanização e a melhoria do padrão de vida causaram uma queda tão
acentuada dos índices de natalidade que, em alguns momentos, o índice de
crescimento vegetativo chegou a ser negativo, circunstancialmente.
Nos países subdesenvolvidos, de forma geral, embora as taxas de
natalidade e de mortalidade venham declinando, a de crescimento vegetativo
continua elevada, acima de 1,7% ao ano. Predominam ainda os movimentos
emigratórios, ou seja, a saída de pessoas do país.
Os movimentos populacionais
O deslocamento de pessoas pelo planeta pressupõe causas estruturais
geradoras do movimento. Embora existam causas religiosas, naturais, político-
ideológicas, psicológicas e guerras, verifica-se, ao longo da história, que
predominam as causas econômicas. Nas áreas de repulsão populacional,
observa-se crescente desemprego, subemprego e baixos salários, enquanto
nas áreas de atração populacional são oferecidas melhores perspectivas de
emprego e salário e, portanto, melhores condições de vida. Há tipos
diferenciados de movimentos populacionais: espontâneos, quando o
movimento é livre; forçados, como nos casos de escravidão e de perseguição
religiosa, étnica ou política e, por fim, controlados, quando o Estado controla
numérica ou ideologicamente a entrada de imigrantes.
Qualquer deslocamento de pessoas traz consequências demográficas –
nas áreas de atração o número de habitantes aumenta, enquanto nas de
repulsão diminui – e culturais (língua, religião, culinária, arquitetura, artes,
costumes em geral). Enquanto se limitam aos aspectos culturais, as
consequências costumam ser positivas, pois ocorre o enriquecimento dos
valores postos em contato.
Ao acompanharmos os jornais, porém, tomamos contato com a face
perversa dos atuais movimentos imigratórios. Tem crescido, a cada ano, os
conflitos entre povos que passam a compartilhar o mesmo espaço nacional em
seu cotidiano. Em todo o planeta, crescem os movimentos neonazistas, que
estão assumindo dimensões críticas na Europa.
FONTE: http://www.sosestudante.com/geografia/dinamica-da-populacao.html
62
Demografia
Demografia é a ciência que estuda a dinâmica populacional humana por
meio de estatísticas que utilizam como critérios e religião, educação, etnia e
outros critérios que são influenciados por fatores como taxa de natalidade,
fecundidade e migrações.
Um dos ramos das ciências sociais, a demografia é bastante recente se
comparada com outros ramos como a economia. O termo “demografia” foi
usado pela primeira vez em 1855 por Achille Guillard no livro intitulado
“Élements de statistique humaine ou demographie comparée”. Seu objetivo é
estudar a estrutura da população, seu arranjo espacial ou forma como a
população está distribuída no meio físico (urbano, rural) e sua composição, que
pode ser estudada levando-se em consideração a faixa etária, o sexo, ou
outras características da população. O chamado “movimento da população”
também constitui objeto de estudo da demografia. Através de cálculos e
estatísticas são estudados os fenômenos da mortalidade, natalidade e
movimentos migratórios, todos estes influenciados por diversos fatores como
educação, saneamento, etc.
A importância do estudo da demografia consiste no fato da população
ser um elemento político essencial que caracteriza uma sociedade e que,
consequentemente, tornam-se necessários compreender a fim de tornar
possível o planejamento econômico, social, cultural ou político.
A demografia possui quatro abordagens diferentes que variam de acordo
com o foco de estudo:
A abordagem histórica que tem por objetivo estudar a evolução dos
acontecimentos demográficos ao longo do tempo pesquisando suas causas e
tentando prever as consequências.
A abordagem doutrinária que se ocupa da análise da teoria através
dos estudos das ideias e obras de filósofos, pensadores e pregadores no
tocante à população.
63
A abordagem analítica, que por sua precisão matemática é a mais
importante tecnicamente, pelo fato de fornecer dados indispensáveis sobre
determinados acontecimentos.
E, por fim, abordagem política, que apoiada em todas as outras
abordagens, tenta formular políticas demográficas adequadas ao bem-estar da
sociedade.
A demografia por trabalhar com conteúdos estatísticos (gráficos, dados,
tabelas) torna-se de pouca utilidade ou até mesmo errônea nos estudos de
geografia quando seus materiais são impressos. O material demográfico
impresso acaba sendo uma fonte de informação estática, o que não condiz
com a sua própria função. Desta forma, optamos por oferecer fontes via web,
com material dinâmico associado a sites de geociências e notícias sobre o
mundo.
GEOGRAFIA URBANA GLOSSÁRIO BÁSICO
Urbanização: é o deslocamento de um grande contingente de pessoas
que saem da área rural para os centros urbanos (as cidades). Para que um
país seja considerado urbanizado, a quantidade de pessoas que vivem nas
cidades deve ser superior a quantidade que vive do campo. As cidades podem
ser classificadas de acordo com seu tamanho, atividade econômica,
importância regional entre outras características.
Municípios: são as menores divisões políticoadministrativas, todo
município possui governo próprio, sua área de atuação compreende a parte
urbana e rural pertencente ao município.
Cidade: é a sede do município, independente do número de habitantes
que possa ter, as atividades econômicas nas cidades diferem das do campo,
as atividades principais são centralizadas nos setor secundário e terciário.
64
Macrocefalia Urbana: caracteriza-se pelo crescimento acelerado dos
centros urbanos, principalmente nas metrópoles, provocando o processo de
marginalização das pessoas que por falta de oportunidade e baixa renda
residem em bairros que não possuem os serviços públicos básicos, e com isso
enfatiza o desemprego, contribui para a formação de favelas, resultando na
exclusão social de todas as formas.
Metrópoles: são cidades com população absoluta superior a 1 milhão
de habitantes (ex: Porto Alegre e São Paulo).
Conurbação: é quando um município ultrapassa seus limites por causa
do crescimento e com isso encontra-se com os municípios vizinhos.
Região Metropolitana: é a união de dois ou mais municípios formando
uma grande malha urbana, é comum nas cidades sedes de estados (ex. Porto
Alegre e cidades do entorno).
Megalópole: É a união de duas ou mais regiões metropolitanas.
Tecnopolos ou Cidade Ciência: são cidades onde estão presentes
centros de pesquisas, universidades, centros de difusão de informações.
Geralmente os tecnopolos estão vinculados a universidades e indústrias.
Verticalização: é a transformação arquitetônica de uma cidade, ou seja,
a mudança da forma horizontal das construções (casas), para a verticalização
(construção de prédios).
Segregação Espacial: é o foco do poder público às regiões onde a
parcela da população possui melhor poder aquisitivo, e omissão às regiões
periféricas desprovidas dos serviços públicos.
Cidades Formais: são cidades planejadas.
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Cidades Informais: são compostas pelas regiões periféricas, regiões
onde não possui infraestrutura suficiente.
Capital regional: cidade polo (cidade mais importante de uma
microrregião).
Microrregião: conjunto de municípios vizinhos que apresentam
identidades físicas, sociais e econômicas.
Metrópoles Regionais: São as cidades mais importantes de uma
região. As principais metrópoles regionais brasileiras são: Porto Alegre (RS),
Curitiba (PR), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG),
Salvador (BA),Recife (PE), Fortaleza (CE) e Belém (PA).
Metrópoles Nacionais: São as cidades mais importantes de um país.
As metrópoles nacionais brasileiras são São Paulo e Rio de Janeiro.
Rede Urbana: conjunto de cidades de um país que apresentam
hierarquia de polos de desenvolvimento, como capital regional, metrópole
regional e metrópole nacional.
Projeto Cingapura: projeto de urbanização de favelas realizado no
próprio local, desenvolvido clique aqui primeiramente em Cingapura (Ásia) e
posteriormente adaptado para diversas cidades, inclusive São Paulo.
Desmetropolização: fenômeno que tem ocorrido em algumas
metrópoles de países desenvolvidos onde a falta de trabalho, de moradia e
segurança, além do deslocamento demorado, faz com que a população
procure deslocar-se para centros urbanos de médio porte, em busca de melhor
qualidade de vida. Atualmente, já se verifica a tendência de desmetropolização
em São Paulo e Rio de Janeiro.
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Edges Cities: Uma região onde se possa morar, comprar, trabalhar e se
entreter – e tudo isso fora do centro da cidade. Essa é a proposta das edge
cities, conceito compilado em 1991 pelo jornalista e professor norte-americano
Joel Garreau, autor de Edge City: Life on the New Frontier (sem tradução para
o português). “Trata-se”, diz, “do caminho para a maior mudança na
urbanização dos últimos 150 anos”.
Edge Citie é um novo modelo de urbanização. Formalmente é uma área
residencial com mais de 500 mil metros quadrados de escritórios e mais de 50
mil metros quadrados de comércio. É diferente de um subúrbio, definido como
um lugar onde as pessoas voltam para dormir. Em uma edge city você tem
mais empregos do que dormitórios e todos os serviços de uma cidade comum.
O principal atrativo desta urbanização é a proximidade entre a casa e o
local de trabalho, reduzindo o tempo de transporte. As edge cities permitem
que as pessoas morem, comprem, trabalhem e brinquem do centro da cidade.
Atraem um público muito distinto.
Êxodo Rural: Podemos definir êxodo rural como sendo o deslocamento
de pessoas da zona rural (campo) para a zona urbana (cidades). Ele ocorre
quando os habitantes do campo visam obter condições de vida melhor. Os
principais motivos que fazem com que grandes quantidades de habitantes
saiam da zona rural para as grandes cidades são: busca de empregos com boa
remuneração, mecanização da produção rural, fuga de desastres naturais
(secas, enchentes, etc), qualidade de ensino e necessidade de infra-estrutura e
serviços (hospitais, transportes, educação, etc).
O êxodo rural provoca, na maioria das vezes, problemas sociais.
Cidades que recebem grande quantidade de migrantes, muitas vezes, não
estão preparadas para tal fenômeno. Os empregos não são suficientes e
muitos migrantes partem para o mercado de trabalho informal e passam a
residir em habitações sem boas condições (favelas, cortiços, etc). Além do
desemprego, o êxodo rural descontrolado causa outros problemas nas grandes
cidades.
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As cidades possuem várias atividades, como: comércio, bancos,
escolas, indústrias e serviços, mas algumas são conhecidas por uma
característica principal, a chamada função urbana, classificando-as em
cidades:
Religiosa – Aparecida (SP), Lourdes (França);
Industriais – Volta Redonda (RJ), São Bernardo do Campo (SP);
Administrativas – Brasília (DF), Washington (EUA);
Militares – Resende (RJ), West Point (EUA);
Turística – Porto Seguro (BA), Veneza (Itália);
Histórica – São João Del-Rey (MG), Tiradentes (MG);
Polo Tecnológico – Campinas (SP), São José dos Campos (SP)
Estâncias Climáticas – Campos do Jordão (SP), Monte Verde (MG);
Entre outras classificações de acordo com sua principal característica,
podendo inclusive uma mesma cidade acumular mais de uma função urbana.
CONFLITOS REGIONAIS
CHINA: TIGRE VERMELHO?
Os chineses, que têm particular visão de mundo, podem dissimular sua
"alma coletiva", mas no interior de seu excepcional crescimento econômico e
tecnológico, transbordam sentimentos de orgulhosa desforra. Nenhum povo, ao
que registra a História, foi tão espezinhado por invasores armados quanto o
chinês.
Durante milênios, senhores dentro de suas fronteiras, sentiam-se os
donos do mundo que conheciam, mesmo que vivessem em guerras internas e
se defendessem de vizinhos hostis.O enriquecimento dos chineses e sua
crescente presença internacional são fatos novos, que podem ser o fator mais
importante da História neste século, que já entrou em sua segunda década.
Eles estão se apropriando, com perseverança e obstinação, das riquezas
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naturais do mundo, do petróleo às terras raras (de que são grandes
possuidores em seu próprio subsolo). Ao mesmo tempo, desenvolvem
tecnologia militar própria e fortalecem seus exércitos.
É difícil pensar que, dispondo de tal poder econômico e militar, os
chineses não o utilizem na defesa de sua cultura e de seus interesses. E
também para cobrar o que lhes fizeram os colonizadores europeus durante o
século 18 – e os japoneses, no século 20, na Manchúria. Como eles se
lembram bem, contingentes do Exército Japonês, em fúria animal, mataram,
entre dezembro de 1937 a fevereiro de 1938, mais de 200 mil militares e civis
na cidade de Nanquim, estupraram as mulheres e meninas, antes de matá-las,
e dilaceraram os corpos dos meninos, entre eles os de recém-nascidos.
O general Chiang-kai-Chek, que se tornaria anticomunista em seguida,
não ficou bem no episódio. Com a desculpa de que deveria preservar a elite de
seu exército, abandonou a cidade, entregando-a a recrutas mal treinados e a
voluntários civis, além da população, inocente e desarmada. Foi essa gente,
sem treinamento e debilitada, que os japoneses venceram e trucidaram. Os
chineses não esqueceram os mortos de Nanquim, e os japoneses se esforçam
em fazer de conta que não foi bem assim.
O dissídio, aparentemente menor, entre Pequim e Tóquio, a propósito
das ilhas Senkaku (em japonês) ou Diaoyu (em chinês) pode ser o pretexto
para o acerto de contas de 1937. Nos últimos dias do ano, o Japão decidiu
enviar uma força naval para a defesa das ilhas, cuja soberania diz manter – o
que os chineses contestam.
Os chineses advertiram que vão contrapor-se à iniciativa bélica
japonesa. As ilhas, sem importância econômica, e desabitadas, eram
milenarmente chinesas, e foram incorporadas pelo Japão em 1895, depois da
guerra sino-japonesa daquele fim de século. São ilhotas diminutas, a menor
com apenas 800 metros quadrados (menor do que um lote urbano no Brasil) e
a maior com pouco mais de 4 km2.
69
O "novo" imperialismo norte americano:
DRONES E CIBERNÉTICA
Acossados por uma série de vicissitudes, os EUA começam o ano de
2013 "combalidos" pelo confronto político interno, a propósito do Orçamento e
o "Abismo Fiscal". Mas não perdem a sua velha arrogância imperial. Há mesmo
quem veja, na decisão japonesa de enviar navios de guerra ao diminuto
arquipélago, uma jogada do Pentágono, para antecipar, enquanto lhes parece
mais conveniente, o confronto com os chineses. Há um tratado de paz dos
EUA com o Japão que prevê a ajuda americana em caso de conflito regional. É
uma partida muito arriscada. O presidente Obama sancionou uma lei do
Congresso determinando que "o governo norte-americano tome medidas para
impedir a penetração diplomática do Irã na América Latina", e, no bojo das
justificativas, a "Tríplice Fronteira" é mais uma vez citada, como área que
"financia o Hesbolá". Como se não houvesse, ali e no resto do Brasil, os que
financiam o Estado de Israel. E não esquecer que os Drones (aviões robôs) já
são largamente utilizados no Oriente Médio e a Espionagem Cibernética
bastante utilizada como "arma eletrônica".
A "PRIMAVERA ÁRABE" AINDA NÃO ACABOU
O anunciado conflito armado entre Israel e o Irã é também alimentado
pelo ódio da extrema direita judaica contra todos os que criticam Telavive. O
Centro Simon Wiesenthal considerou o cartunista brasileiro Carlos Latuff o
terceiro maior inimigo de Israel no mundo. Os dois primeiros são o líder
espiritual da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e Ahmadinejad, o
presidente do Irã. O cineasta Sylvio Tendler, em mensagem de solidariedade a
Latuff, lembra que eminentes judeus, entre eles os jornalistas Ury Avnery,
Amira Haas e Gideon Levy, são mais críticos da posição de Israel contra os
palestinos do que o cartunista brasileiro. É lamentável que o nome do caçador
de nazistas Simon Wiesenthal, que conheci e entrevistei, em Viena, há mais ou
menos 40 anos, para este mesmo Jornal do Brasil, seja usado para uma
organização fanática e radical, como essa. Wiesenthal, ele mesmo
70
sobrevivente da estupidez nazista, era um obstinado – e legítimo – caçador de
criminosos de guerra, que haviam cometido todo o tipo de atrocidades contra
seu povo.
O governo direitista de Israel é de outra origem. Não podemos fazer de
conta que nada temos contra a ameaça a um cidadão brasileiro, Carlos Latuff,
cuja segurança pessoal deve ser, de agora em diante, de responsabilidade do
governo. Ou que não nos devamos preocupar com a lei aprovada por Obama.
Temos tido bom relacionamento com o governo do Irã, e a política externa
brasileira é decisão soberana de nosso povo.
AS GUERRAS SEMPRE FORAM LUCRATIVAS PARA OS EUA!
Uma presença militar maior em Foz do Iguaçu e ao longo da fronteira
ocidental é necessária, a fim de dissuadir os agentes provocadores. As guerras
sempre foram vantajosas para os americanos, desde a invasão do México, em
1846-48. É provável que seus estrategistas estejam retornando à Doutrina
Bush da guerra infinita. Diante desse cenário mundial instável, temos que
manter toda serenidade possível. A defesa de posições políticas eventuais não
deve comprometer a segurança, nem a soberania do povo brasileiro. A nação
deve sobrepor-se a todos os interesses, mais legítimos uns e menos legítimos
outros, de grupos econômicos e partidários. Infelizmente, desde Calabar e
Silvério dos Reis, não faltam os que desprezam o nosso povo e traem os
interesses da Pátria.
Fonte: Mauro Santayana. Buscado no site "Vermelho", em 04.01.13 MGC
Disponível em: http://umbalaiodenoticias.blogspot.com.br/2013/01/conflitos-no-mundo-2013-e-um-ano.html
GEOGRAFIA, GEOPOLÍTICA E CONFLITOS NO SÉCULO XXI
(TEXTO ORIGINAL/ PORTUGUÊS-PORTUGAL)
Podemos considerar os conflitos geopolíticos que se projetam para o
século XXI – mas que são herança do anterior– como algo de paradoxal.
Dizemos isto por ser justamente neste final/início de século-marcado pela
71
"imperialização global" da Economia e da Cultura Ocidental, mas,
principalmente, pela Política do Estado Moderno (Ocidental), pela
tecnologização das relações microssociais e do trabalho (e sua precarização,
principalmente nos chamados "países periféricos" e "semiperiféricos" como o
Brasil, mas que também vem atingindo países centrais), pela Genética, pela
instantanização da Informação, pela impostura do "pensamento único"
neoliberal, e pela planetarização do poder das mega-empresas– que,
justamente, fizeram eclodir, por todo o mundo, os mais diferentes conflitos,
tanto na sua forma, como no seu conteúdo –mesmo que no seu bojo apareçam
sempre as motivações do Poder e do Território.
O paradoxo dá-se, então, porque estes conflitos, - confrontos directos
entre dois ou mais grupos que disputam um território e onde a guerra seria o
momento mais agudo do enfrentamento, na qual actuariam Exércitos Estatais
organizados de cada parte - se dão exactamente sobre este novo espaço que
se produziu a partir da queda do Muro de Berlim e do final da Guerra Fria: o
chamado espaço da Globalização.
Deste modo, a geografia e a geopolítica continuam vivas nas
(re)definições de novos "espaços vitais" e pela dinâmica político-militar dos
Territórios (territorializações, desterritorializações e reterritorializações) e por
um facto imanentemente humano, a produção do espaço geográfico.
Assim, as posturas sobre "o fim da história" – já bastante refutadas - e
sobre "o fim da geografia", não apresentam nenhuma sustentação teórica
plausível ou que consideremos aceitáveis.
Fim da Geografia?
No caso dos que propõem o "fim da geografia", trata-se de uma
colocação que expressa – a exemplo da do "fim da história" – brevidade no
conhecimento da Epistemologia da ciência geográfica. Neste aspecto o mais
comum é a confusão entre Geografia e Cartografia (não que esta também
72
esteja "a caminho do fim") e a redução do arcaboiço destas ciências às noções
de traçado de fronteiras e determinação de distâncias.
Se é verdade que, com a criação de novas técnicas e tecnologias, as
distâncias são cada vez mais relativas (por exemplo na questão dos
transportes em relação ao tempo para cobrir distâncias ou da transmissão de
informações), também é um facto que para a inexistência das duas ciências
citadas seria necessário "o fim" do Espaço, que é, antes de tudo, o locus da
Existência das pessoas, das coisas e do fenómenos naturais. Deste modo a
Geografia é uma ciência que tem por objecto muito mais que a localização e
descrição de fronteiras, países e paisagens. Ela é uma ciência que não estuda
o espaço em si, como podem crer alguns, mas que analisa "as coisas que
estão no espaço", os objectos (naturais e sociais) e as pessoas nas suas
relações com o meio natural e humanizado ao mesmo tempo.
O espaço pensado assim é o verdadeiro objecto da geografia, o espaço
geográfico, constantemente produzido pelas sociedades. É sobre o espaço que
assenta o Território (Nacional, Político, Económico, Social, etc.), conceito
também fundamental para a Geografia. O Território, pensado como um espaço
delimitado e definido por relações de poder, é objecto de grande dinâmica
(social, política e militar) hoje e sempre. Os conflitos pelo poder sobre o
Território espalham-se por todo o planeta em diferentes escalas, re-
organizando espaços.
Mas é o Quotidiano a dimensão fundamental da Vida. É neste
acordar/dormir, comer/beber/vestir, deslocar-se, trabalho/lazer,
ler/ver/ouvir/falar que a vida de toda pessoa acontece. Mas este acontecer da
vida, a Existência, dá-se no espaço e no território. É no território que ocorrem
as ações, onde o indivíduo age e reage; vê (com as possibilidades da sua
ambiência) e "filtra" os acontecimentos do Mundo que chegam até ele; é onde
actua e é atingido por diversos aspectos das relações sociais em diferentes
escalas.
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Assim a Geografia está muito longe do "fim" e a Geopolítica, neste inicio
de século, acreditamos, toma até novo fôlego teórico. E se os conflitos, nos
seus aspectos mais violentos, da Colômbia à Palestina, de New York ao
Afeganistão, têm uma escala global, têm também uma escala Local (são mais
„sentidos‟ no Lugar) e Quotidiana, a afectar um enorme número de pessoas de
forma directa.
Sobre as origens dos conflitos
Os conflitos – os essencialmente geopolíticos - manifestam-se com
grande amplitude, sejam nas lutas de povos ou nações oprimidas em busca de
liberdade (nos seus próprios Estados, que procuram formar), seja nas
opressões de grupos hegemónicos pela manutenção ou ampliação dos seus
territórios e poder, bem como na apropriação de novos espaços com mais
recursos naturais. E o que motiva conflitos, como os que vemos na República
Democrática do Congo por exemplo, são tanto o controlo sobre recursos
naturais (diamantes) como também o resultado da
desterritorialização/reterritorialização do lugar pela inserção do Estado
Moderno, uma invenção europeia. O uso do termo "guerra" não pode ficar
restrito ao confronto entre Exércitos Nacionais. O que acontece hoje na
Palestina é guerra, assim como o que se desenha na Colômbia com o "Plano
Estadunidense".
Porém, aquilo que procuramos colocar aqui, apenas, é uma
sistematização que procura, num momento posterior, colaborar na análise dos
tantos conflitos que se espalham pelo planeta.
Para tal empresa, utilizamo as propostas de Mariano Aguirre (AGUIRRE,
1996), director de Estudos sobre Conflitos do Centro de Investigações para a
Paz, de Madrid, que considera as seguintes categorias como principais razões
(origines des conflits) para os conflitos deste final de século:
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Recursos Naturais: são conflitos que ocorrem pela disputa de territórios
contendo recursos minerais importantes, como por exemplo, água, petróleo,
ouro, diamantes, cobre, carvão, ferro, entre outros. Exemplos: Israel x Palestina
– água; Rússia x Tchechénia – petróleo;
Separatismo e Nacionalismo: são conflitos que ocorrem quando um
grupo étnico nacionalista procura constituir o seu próprio Estado-Nação.
Exemplos: Tchechénia; Bósnia-Herzegovina; A questão da Palestina, onde os
palestinos lutam com os israelitas para configurar o seu próprio país.
Conflitos Regionais: chamados assim quando ocorrem em função da
definição de fronteiras ou pela posse de territórios (aos quais se atribui um
domínio histórico). Exemplo: Índia x Paquistão – que disputam a região da
Cachemira, no noroeste indiano; Israel x Palestina – disputa por territórios.
Lutas em favor da Democracia: são lutas resultantes de um ideal anti-
colonialista, reivindicações democráticas ou de reconhecimento de identidades
(indígena). Exemplo: EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional) em
Chiapas, no México;
Guerras revolucionárias ou conflitos fundamentalistas: Ocorrem
quando grupos tentam impor sua própria ideologia ou visão de Mundo a todos
os cidadãos. Exemplo: Os conflitos na Argélia entre fundamentalistas-religiosos
que pretendem um Estado Islâmico e o Governo pró-ocidente.
Lutas Étnicas ou Religiosas: ocorrem quando grupos de diferentes
identidades (conflitos identitários ou étnicos), lutam pela posse de territórios.
Nestes casos, etnia e religião ficam bastante "próximas" e a religião, muitas
vezes, é o aspecto mais marcante da diferença. Por vezes caracteriza-se pela
chamada "limpeza étnica". Exemplo: Ruanda e Burundi (África) – entre as
etnias tútsis e hútus; Os conflitos entre os croatas-católicos, bósnios-
muçulmanos e os sérvios-cristãos ortodoxos na ex-Jugoslávia (Balcãs).
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Conflitos Irredentistas: Quando grupos étnico-nacionalistas pretendem
estender as fronteiras do seu Estado para englobar um outro território dentro
do qual vivem comunidades pertencentes ao seu grupo, ou seja, qualquer
movimento que objetive a unificação de povos da mesma origem étnica, ainda
que politicamente ou territorialmente separados. Exemplo: Projetos da Grande
Sérvia e Grande Albânia.
Evidentemente devemos estar cientes da complexidade destes conflitos,
os quais apresentam múltiplas causas e origens. Portanto, tal "classificação"
apenas pode ser considerada uma primeira (porém ótima) aproximação.
Assim, lembramos que cada conflito pode apresentar uma ou mais das
origens sugeridas por Aguirre e ainda agregar outras não sistematizadas, como
por exemplo, aspectos mais "sútis", como uma grave crise interna economica-
financeira (como a que atravessava a Jugoslávia no final da década de 80 e
que foi o rastilho para os „nacionalismos‟ e a fragmentação do país); uma
condição de repartição de renda por demais desigual; ou ainda considerar a
relevância da falência ou o enfraquecimento do Estado como fermento para a
insurreição ou a revolução.
O conflito W.Bush (by USA) x Bin Laden (in Afeganistão), por exemplo,
reúne muitas variáveis que, pensadas separadamente, seriam apenas uma
tentativa de explicação de um evento que se move desde as razões ideológicas
até a geopolítica do petróleo ("recurso" tanto natural como geopolítico e
estratégico).
Nacionalismos e Identidades: as questões ligadas ao "nacionalismo"
devem ser tratadas com especial cuidado dada a complexidade deste tema:
este aspecto parece envolver não apenas situações de Nações sem Estado,
como os palestinianos, mas também aquilo que Montserrat Guibernau (1997)
coloca como "Estados sem Nação" – ou seja, um estado "arbitrariamente
projetado, [...] (e) que controla o uso legítimo dos meios de violência no seu
território, conserva soberania interna e externa, e recebe o reconhecimento
internacional da sua situação" (p. 126).
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A questão dos fundamentalismos religioso, em especial o islâmico,
também deve ser analisada de forma local e global. Os atuais conflitos
envolvendo, principalmente, as culturas árabe-muçulmana e Ocidental podem
ser pensados do ponto de vista da afirmação de identidades, ou seja, uma
causa identitária, em nosso entender. Assim, para Manuel Castells
(CASTELLS, 1999 – pp.30/37), por exemplo, se o fundamentalismo islâmico se
trata, primeiro, de um predomínio absoluto da Sharia (lei sagrada muçulmana,
baseada na interpretação do Corão com pertinência ao momento histórico e
social), trata-se também de uma reconstrução da identidade islâmica em
oposição ao capitalismo, ao socialismo e ao nacionalismo, mesmo árabe, que
são, no entendimento destes, ideologias fracassadas provenientes de uma
ordem pós-colonial e que pode ter o seu surgimento dado em função da
exposição do mundo islâmico aos processos de globalização. Deste modo, o
fundamentalismo islâmico atual pode ser configurado, neste final de século,
como uma reação aos efeitos negativos da globalização para a população em
questão.
A questão da identidade também pode ser levada ao conflito Israel x
Palestinianos, como mais uma motivação para este tão complexo evento. O
enclave ocidental-sionista representado pelo Estado de Israel no Oriente
Médio, que reúne aspectos sobretudo geopolíticos e geoestratégicos (locação
de armamentos e tropas pró-ocidente), representa um corpo que se tornou
absolutamente indesejável às populações árabes.
Cabe salientar que de certo modo este confronto entre judeus e
palestinianos ou árabes nem sempre foi tão crítico. Num momento anterior a
formação do Estado de Israel, judeus, numa parcela minoritária (eram cerca de
4% da população da Palestina em 1882), viviam de forma mais integrada à
região, inclusive pela prática da mesma língua (para isto ver MASSOULIÉ,
1997). O judeussionista (pois nem todo judeu é sionista), ansioso por criar a
sua própria identidade (mesmo que já existisse uma ocidental ou pró-
ocidental), vai adoptar o hebraico moderno como língua oficial e assim,
paulatinamente, vai-se tornando "diferente" do árabe.
77
Globalismo, Tecnologia e Desemprego: assim, no mundo do
„globalismo‟ (utilizamos aqui o termo „globalismo‟ por entendermos a questão
da nova mundialização das actividades como um processo em andamento, e
não acabado como o termo GLOBALIZAÇÃO sugere) as desigualdades no
acesso a possibilidades sociais se reproduzem a todo o instante. O acesso a
bens fundamentais como moradia, saúde, alimentação e educação distanciam-
se da realidade de um número cada vez maior de indivíduos. Metade da
população mundial vive com menos de US$2 por dia e 30% não tem acesso à
energia eléctrica. (Enquanto isso, no Afeganistão, são despejados dezenas de
mísseis ao custo de US$ 1.000.000 cada.) O mundo dirigiu-se, cada vez mais,
para a ampliação de uma base técnica e pela crescente tecnologização das
actividades... para alguns. Esta tecnologia, benéfica por vezes, é sem dúvida,
excludente, normativa e também, demonstravelmente, geradora de muitos
conflitos. Observemos aqui que a "Tecnologia" em si não é excludente, sendo
possível considerar até o contrário, ou seja, a tecnologia possibilitou e
possibilita uma série de inclusões. A exclusão ocorre pelo uso que fazem dela
os poucos que a controlam. Porém, em países como o Brasil, o mito do
desemprego causado pela tecnologia difunde-se facilmente, o que é uma
produção ideológica: o indivíduo responsabiliza a „máquina‟, ou o seu
desconhecimento dela, pela sua condição de desemprego, ficando "cego" a
outras causas mais plausíveis e esquecendo-se que a fabricação daquela
mesma máquina (um robot ou um computador pessoal) gerou empregos noutro
lugar.
O dia seguinte não pode ser a hiper-xenofobia: mas se alguns falam
em crise do Estado e do Trabalho, o que dizer da crise das Nações? Os povos
estão em crise, uma crise de sobrevivência e de re-criação de suas existências
num Novo Mundo que, veloz, lhes salta à frente. Os jogos de Poder vitimizam
seres humanos através das bombas (inteligentes ou burras) e pela fome, e
criam situações cada vez mais insuportáveis. Não é novidade que a falência do
Estado no seu papel de gerar/organizar condições aceitáveis de vida é a razão
do (re)surgir de nacionalismos, muitos deles resultando em graves conflitos
armados. Muito mais do que das crises económicas, precisamos nos dar conta
da crise em que se encontra a Humanidade. O século XXI será uma era do
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"cada um por si" e do individualismo? Esperamos que não. No entanto,
tememos pelos eventos posteriores ao 11 de Setembro em New York.
A exemplo do que ocorreu com o Plano Colômbia – onde os EUA, com a
legitimidade do combate às drogas, tentaculizam os países andinos latino-
americanos e exploram o seu petróleo –, o "Mundo Civilizado" forneceu a
G.W.Bush uma autorização para proceder uma caçada global a todos aqueles
que forem identificados, por ele, como terroristas. Será o fim do diálogo?
A nossa preocupação é a de que se desencadeie como consequência
social – a partir do violento e midiatizado atentado às Torres do World Trade
Center e Pentágono – uma generalização xenófoba em relação aos árabes, de
proporções nunca vistas, ou seja, uma hiper-xenofobia.
O distanciamento da realidade vivida, por exemplo, pelos colombianos
residentes na Colômbia em outros países da América Latina, faz com que
muitas pessoas construam para si uma identidade colombiana a partir de
informações de segunda mão, mediáticas. Por este prisma, muitos consideram
todos os colombianos como narcotraficantes ou plantadores de coca, o que
não é verdade.
Demónios Globais e conclusão: com esta perspectiva devemos estar
atentos para não transformar todos os árabes-muçulmanos, palestinianos ou
colombianos, por exemplo, em terroristas. Diante do pavor e insegurança, em
escala global, causados pela horripilância dos acontecimentos, forja-se um
terreno propício, segundo entendemos, a uma hiper-xenofobia, campo
infelizmente fértil também para o neo-fascismo e a ultra-direita. Assim, da
mesma forma que não podemos acusar todo colombiano de ser um traficante
de drogas, não podemos considerar todo muçulmano ou árabe como um
terrorista. As consequências de uma atitude destas, naqueles espaços que nos
são palpáveis, nos espaços quootidianos, nas cidades, nos bairros, seriam
desastrosas para qualquer uma das partes envolvidas, acentuando ainda mais
este nosso mundo tão cheio de todos os tipos de conflitos.
Orlando Albani de Carvalho
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