RUY CASÃO JUNIOR novembro 2016
Londrina, Paraná, Brasil
SEMEADORAS ADUBADORAS PARA O SISTEMA PLANTIO
DIRETO: PRINCÍPIOS SOBRE SEMEADURA;
EVOLUÇÃO; CLASSIFICAÇÃO;
CARACTERÍSTICAS; USO; TIPOS E
MODELOS.
1
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
ÍNDICE
1. Princípios sobre semeadura no sistema plantio direto 03
1.1 Referências bibliográficas 13
2. Classificação e características das semeadoras adubadoras para o
sistema plantio direto
14
2.1 Classificação das semeadoras adubadoras para o sistema plantio
direto
14
2.2 Características das semeadoras adubadoras de precisão 18
a) Sistema de engate e acoplamento 19
b) Estrutura 20
c) Sistema de marcação de linhas 21
d) Sistema de levantamento, transporte e acionamento 22
e) Sistema de transmissão 23
f) Sistema de acondicionamento, dosagem e deposição de sementes 24
g) Sistema de acondicionamento e dosagem de fertilizante 29
h) Unidade de semeadura 34
i) Rompedores de solo 36
j) Unidade de acabamento de semeadura 41
k) Sistema de transferência de pressão em componentes. 44
l) Plataformas de apoio 46
2.3 Características das semeadoras adubadoras fluxo contínuo 46
a) Sistema de engate e acoplamento, estrutura, levantamento, transporte,
acionamento e transmissão
47
b) Sistema de acondicionamento, dosagem e deposição de sementes 49
c) Sistema de acondicionamento, dosagem e deposição de fertilizante 50
d) Unidade de semeadura 51
e) Rompedores de solo e componentes de acabamento de semeadura 51
f) Sistema de transferência de pressão em componentes e plataformas 52
2.4 Características das multissemeadoras adubadoras 53
2.5 Referências bibliográficas 53
3. Como evoluíram as semeadoras adubadoras para o sistema plantio
direto no brasil
54
3.1 Os pioneiros 54
3.2 Período de evolução e expansão no sul do brasil do sistema plantio
direto
57
3.3 Consolidação da evolução sistema plantio direto 61
3.4 Origem e expansão do sistema plantio direto à tração animal 69
2
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
3.5 Expansão do sistema plantio direto consolidado 72
3.6 Adoção da agricultura de precisão no sistema plantio direto 77
3.7 Referências bibliográficas 79
4. Tipos e modelos das semeadoras adubadoras para o sistema plantio
direto
81
4.1 Fundamentos para seleção de máquinas semeadoras no sistema
plantio direto
81
4.2 A indústria AGCO 83
4.3 A indústria BALDAN 90
4.4 A indústria CASE 100
4.5 A indústria FANKHAUSER 102
4.6 A indústria FITARELLI 108
4.7 A indústria GIHAL 112
4.8 A indústria IMASA 117
4.9 A Indústria JOHN DEERE 125
4.10 A indústria JUMIL 129
4.11 A indústria KF 135
4.12 A indústria KUHN 143
4.13 A indústria KNAPIK 148
4.14 A indústria KRUPP 151
4.15 A indústria KULZER & KLIEMANN 154
4.16 A indústria MARCHESAN 154
4.17 A indústria MAX 164
4.18 A indústria MORGENSTERN 167
4.19 A indústria NEW HOLLAND 169
4.20 A indústria PLANTI CENTER 169
4.17 A indústria SEMEATO 175
4.18 A indústria STARA 180
4.19 A indústria VENCE TUDO 185
4.20 A indústria WERNER 192
4.21 A indústria PICETTI 195
3
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
SEMEADORAS ADUBADORAS PARA O SISTEMA PLANTIO DIRETO
Princípios sobre semeadura, evolução, classificação, características, uso, tipos e
modelos
Ruy Casão Junior
1. PRINCÍPIOS SOBRE SEMEADURA NO SISTEMA PLANTIO DIRETO
O processo de semeadura visa a implantação de sementes no solo promovendo
condições para sua germinação, emergência e desenvolvimento das plantas. As máquinas
que efetuam esta tarefa são denominadas de semeadoras.
Mialhe (2012) em sua obra, amplia o tema explicando que “o plantio é a
designação geral dada à operação de se colocar no solo sementes, órgãos de propagação
vegetativa ou muda, visando à instalação de uma cultura. Especifica, por sua vez, que a
semeadura é quando a propagação é feita através de sementes”.
As sementes das plantas cultivadas ao serem colocadas no solo, devem encontrar
neste um meio que reúna todas as características desejáveis para sua germinação,
formação do sistema radicular e desenvolvimento da cultura (MIALHE, 2012).
O preparo do solo de pré-semeadura tem dois principais objetivos, segundo
Mialhe (2012):
1 - Obter uma camada superficial do solo com características que lhe conferem
aptidão para se tornar um adequado leito de semeadura;
2 – Obter uma camada subsuperficial adjacente ao leito de sementes ou de
semeadura, com caraterísticas convenientes ao desenvolvimento do sistema radicular,
tornando-se um leito-radicular.
O solo torna-se apto a constituir-se num leito de semeadura (Fig. 1.1) quando após
a passagem da semeadora, suas características físico-mecânicas possibilitam a ocorrência
dos seguintes fenômenos, segundo Mialhe (2012):
a) Migração de água para junto da interface solo-semente e transferência de calor
do solo ao órgão de propagação, afim de romper o estado de dormência e
desencadear o processo fisiológico da germinação.
b) Desenvolvimento normal das radicelas e dos caulículos, evitando-se danos
causados por impedância mecânica (resistência oferecida pelo solo à
elongação do hipocótilo e das radicelas), devido a presença de grandes torrões,
de camada de solo compactado ou formando crostas.
4
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 1.1 – Sulco de semeadura (leito de semeadura) logo após a deposição de semente
e fertilizant e, com a planta de soja em desenvolvimento. Fonte: Gentileza da SEMEATO.
Muzilli (2006) propõe que sob a ótica sistêmica, o manejo do solo no sistema
plantio direto (SPD) implica na interação de práticas biológicas-culturais com práticas
mecânico-químicas, pressupondo quatro princípios básicos:
a) Adequação prévia do terreno;
b) Revolvimento mínimo do solo;
c) Diversificação de culturas e manutenção da cobertura vegetal permanente;
d) Adoção de métodos integrados de controle fitossanitário.
Como citado por Muzilli (2006) há que haver uma adequação prévia do terreno,
pois, é quase impossível implantar o sistema de plantio direto em área degradada, ou seja,
com erosão, acidez, baixa fertilidade, manejo da vegetação e ocorrência de ervas daninhas
perenes, pragas e doenças de difícil controle, compactação e problemas com drenagem.
Mialhe (2012) cita os objetivos universais básicos do preparo do solo nos terrenos
destinados à operação de plantio, que reforçam as exigências apresentadas por Muzilli,
como: a incorporação e o manejo da cobertura vegetal, o nivelamento do terreno,
exposição do solo à radiação solar, preparo do leito de semeadura, incorporação de
fertilizantes e corretivos, controlar as ervas daninhas, pragas e doenças, eliminar a
ocorrência de torrões, romper camadas de impedimento do solo, preparar o leito radicular
e corrigir o excesso de porosidade no solo.
No sistema plantio direto, o preparo do leito de sementes é realizado com
revolvimento mínimo do solo, de forma localizada, ao longo de uma faixa estreita, onde
a grande maioria das máquinas existentes hoje no mercado realizam um sulco contínuo
na superfície do solo, mas é possível, também, depositar as sementes em covas.
Existem muitos tipos de culturas, com sementes de diferentes formas e dimensões,
exigências agronômicas como espaçamentos, densidades de semeadura, profundidade,
teor de água, aeração, temperatura, contato com o solo, suscetibilidade a pragas, doenças,
ervas daninhas, acidez e exigência em fertilidade. Para tanto, não seria fácil que uma
5
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
única máquina cumpra adequadamente todas estas funções (CASÃO JUNIOR e
SIQUEIRA, 2006).
Nesse contexto, uma semeadora de plantio direto deve promover o revolvimento
mínimo do solo. As máquinas semeadoras devem cortar a palha sobre a superfície do
solo, evitando assim, embuchamento nos demais componentes. Devem abrir um sulco
para depositar o fertilizante na dosagem, posição e profundidade adequada. Este sulco
deve ser fechado e em seguida aberto novamente para a deposição das sementes na
dosagem, posição e profundidade desejada. Após isso, ele deve ser fechado com terra,
retornando, ou não, a palha anteriormente retirada da linha de semeadura sobre o sulco e
finalizar com uma adequada compactação do solo lateralmente às sementes, para que
essas absorvam água, para que haja transferência de calor e aeração adequada durante seu
processo de germinação e emergência (CASÃO JUNIOR & CAMPOS, 2004). Observa-
se que para cumprir essas funções a semeadora deve possuir um conjunto de sistemas e
componentes.
Na prática existe dois tipos de semeadoras para o SPD quanto ao tipo de
distribuição de sementes: as de precisão e as de fluxo contínuo. As semeadoras de
precisão, popularmente denominadas de “plantadeiras” caracterizam-se por distribuir
sementes espaçadas a distâncias supostamente homogêneas no sulco de semeadura. No
Brasil, estas máquinas utilizam principalmente dosadores e componentes em contato com
o solo que impedem que trabalhem a espaçamentos inferiores a 40 cm. Trabalham com
culturas de sementes graúdas como milho, soja, feijão, mucuna, algodão, mas também
semeiam sementes miúdas como o sorgo, desde que distanciadas em média a mais 4 cm
entre elas no sulco ou linha de semeadura.
As semeadoras de fluxo contínuo, popularmente denominadas “semeadeiras”,
distribuem grandes quantidades de sementes no sulco de semeadura, sendo que a distância
entre elas seja pequena (inferior a 4 cm) e sem precisão. Caracterizam-se por distribuir
sementes miúdas, como o trigo, aveia, centeio, moha, nabo, milheto, etc., mas também,
podem distribuir sem precisão sementes maiores como as de soja, ervilha, tremoço entre
outras. Pelo fato de utilizarem dosadores e componentes em contato com o solo mais
estreitos, trabalham com espaçamentos menores, de 15 a 20 cm entre linhas.
Existem no mercado as multissemeadoras, ou seja, máquinas que semeiam em
precisão e fluxo contínuo, mediante a transformação de seus dosadores e componentes
em contato com o solo. São importantes para o produtor que não deseja possuir duas
máquinas. Assim como, há máquinas que se especializam na distribuição de sementes de
pastagem, juntamente com as de culturas anuais, usadas no processo de integração de
lavoura-pecuária.
O entendimento dos fatores que afetam a semeadura facilita a compreensão do
funcionamento de uma semeadora, visando obter um bom desempenho na implantação
das culturas.
O primeiro fator a ser destacado é a dosagem de sementes, considerando que as
recomendações agronômicas na semeadura em precisão estejam entre e 3 e 25 sementes
por metro, como é o caso do milho semeado em espaçamentos estreitos (45 cm) e soja
em densidades elevadas.
6
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
As sementes distribuídas em precisão variam em formato, uniformidade,
rugosidade e dimensão. A Figura 1.2 e a Tabela 1.1 apresentam parâmetros de sementes
de diferentes culturas que necessitam de uma semeadora de precisão, para serem
adequadamente distribuídas. Nesta relação encontram-se algumas sementes de culturas
alimentícias e plantas de cobertura de inverno e verão (CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA,
2006).
Figura 1.2 – Da esquerda para a direta, sementes de ervilha, tremoço branco, guandu anão,
lab-lab, mucuna preta, mucuna anã, feijão de porco, feijão, soja, algodão com linter, milho
e sorgo forrageiro.
7
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Tabela 1.1 – Características dimensionais de algumas sementes utilizadas em máquinas
de precisão. Comprimento Largura Espessura Densidade
sementes
Peso 1000
sementes
(mm) (mm) (mm) (g/cm3) (g)
Ervilha Iapar 83 6,13 4,98 - 0,82 128,9
Tremoço branco 10,86 4,95 - 0,78 371,0
Guandu anão 5,96 4,07 - 0,84 70,85
Lab-lab 11,02 7,30 4,40 0,80 217,1
Mucuna preta 14,59 10,72 7,26 0,89 714,4
Mucuna anã 11,65 10,12 7,97 0,86 588,1
Feijão de porco 17,64 11,83 8,50 0,86 1181,8
Feijão carioca 10,34 6,69 4,65 0,82 245,8
Soja 7,35 6,61 5,63 0,73 164,2
Algodão 8,64 4,92 - 0,33 109,3
Milho 12,2 7,45 4,34 0,82 295,2
Sorgo forrageiro 3,82 2,28 - 0,76 19,7
Tremoço azul 7,49 5,79 - 0,76 194,6
Ervilha forrageiro 5,57 - - 0,82 128,9
Feijão branco 13,34 9,54 5,70 0,76 494,2
Mucuna cinza 15,23 11,35 7,86 0,84 999,8
Mucuna verde 12,41 9,98 7,10 0,86 601,3
As sementes recebem tratamentos, como inoculantes, inseticidas e fungicidas, que
alteram seu coeficiente de atrito e dificultam as mesmas de se alojarem adequadamente
nos alvéolos dos dosadores. Por este motivo é que se recomenda, na maioria das vezes, o
uso de grafite como lubrificante seco.
Outro fator está na uniformidade das sementes de uma mesma espécie e cultivar.
A cultura de soja, por exemplo, a semente é classificada quanto ao seu tamanho
(EMBRAPA, 2011) por peneiras, sendo Pzero a semente não classificada e de P4,5 a P7,0
as classificadas com intervalo máximo de 1 mm entre tais classes (P5,5 significa que as
sementes possuem diâmetro entre 5,5 e 6,5 mm, classificada por peneira de furo redondo,
passando por peneira de 6,5 e ficando retidas por peneiras de 5,5).
Mialhe, 2012 cita dois tipos de peneiras: as de crivo ou orifício circular e oblongo.
A de crivo circular são indicadas por um número que indica seu diâmetro, em 1/64 de
polegada. Por exemplo, a peneira no 20, apresenta orifício com 20/64” ou 7,9 mm. As
peneiras de crivo oblongo são identificadas por dois números: o primeiro indica a largura
do crivo, em 1/64”; o segundo indica o comprimento do crivo, geralmente em 1/4". Por
exemplo: a peneira no 14 x 3/4, apresenta um crivo oblongo 14/64” (5,5 mm) de largura
e 3/4 (19 mm) de comprimento.
A profundidade que o fertilizante e as sementes são depositados no solo deve ser
adequada, uniforme e na dosagem correta. Este parâmetro é importante para que as
plantas se desenvolvam uniformemente. Em SPD, salvo exceção, o fertilizante e as
8
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
sementes são depositados no mesmo sulco, mas é importante que estejam espaçados
preferencialmente 5 cm um do outro (Fig. 1.1). O fertilizante nitrogenado, seguido do
potássio, é muito higroscópico. A semente atua como uma bomba de água, absorvendo-a
do solo através de uma diferença de potencial. Estes elementos químicos podem
prejudicar e até impedir que ela assim atue. A Figura 1.3 mostra o efeito na germinação
do milho semeado com adubo (10-20-20) abaixo, acima e junto das sementes.
Figura 1.3 – Raiz do milho três dias após a semeadura a semeada a 5 cm de profundidade,
com adubo abaixo, acima e junto das sementes.
A profundidade recomendada para as sementes depende de vários fatores.
Sementes de dicotiledôneas como o feijão e soja (Fig. 1.4 e 1.5), ao emergirem levam
seus cotilédones para fora do solo, sendo sensíveis a semeaduras profundas,
principalmente com a ocorrência de impedimentos sobre as mesmas, como torrões, pedras
e crostas superficiais.
As gramíneas são monocotiledôneas (Fig. 1.4 e 1.5), deixando as sementes no
solo, elevando somente o mesocótilo quando no interior do solo e o coleóptilo para fora
da superfície. Também não deixam de ser sensíveis, principalmente as miúdas, como o
sorgo, por terem poucas reservas de amido.
As recomendações agronômicas para a semeadura por máquinas de precisão estão
entre 3 a 6 cm de profundidade. Culturas como o milho e soja reduzem sensivelmente a
velocidade de emergência a temperaturas abaixo de 200 Celsius. A Figura 1.6 apresenta
três dias após a semeadura, o efeito da profundidade de semeadura de milho na sua
germinação, onde a temperatura é menor com o aumento da profundidade (CASÃO
JUNIOR e SIQUEIRA, 2006).
5 cm com
adubo abaixo
5 cm com
adubo acima
5 cm com
adubo junto
9
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 1.4 – Processo de emergência de dicotiledônea a esquerda e monocotiledônea a
esquerda. Imagem da Web.
Figura 1.5 – Plântula de milho a esquerda e soja a direita.
10
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 1.6 – Raiz do milho três dias após a semeadura a diferentes profundidades de
semeadura.
Somente as sementes viáveis germinarão, parâmetro definido pelo teste de
germinação (PG% porcentagem de germinação). Deve ser considerado também a pureza
das sementes (P%) para se definir o valor cultural (VC), desconsiderando-se outras
sementes e material inerte que ocorre no lote de sementes consideradas puras. Assim, VC
= %PG x %P. Mas, também, as sementes podem possuir vigor baixo, significando que as
mesmas possam não ter reservas suficientes para emergir, principalmente se a semeadura
ou o ambiente em que foram implantadas seja desfavorável. Ocorrendo que podem
apresentar um alto VC mas as sementes com baixo vigor podem ser responsáveis pela
inadequada germinação à campo. A figura 1.7, mostra sementes de soja com mais de 90%
de VC, mas com diferença de vigor, indicando o atraso na velocidade de germinação das
que apresentam baixo vigor.
Durante o processo de emergência a plântula fica exposta ao ataque de pragas e
doenças e devido a isso, as que apresentam menor vigor ficam prejudicadas no seu
estabelecimento. Sentem também o estresse hídrico e os obstáculos que devem vencer no
leito e semeadura como torrões, crostas superficiais, etc.. Desta forma é imperioso, além
de conhecer a porcentagem de germinação e pureza das sementes, o vigor das mesmas.
Caso essa informação não seja fornecida, um teste pode ser realizado, como pode ser
apresentado na figura 1.7.
3 cm 5 cm 8 cm
11
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 1.7 – Plântulas de soja com baixo vigor acima e alto vigor abaixo.
A água é essencial para a ativação enzimática, sendo que as sementes começam a
germinar quando seu teor de umidade atinge um valor mínimo, que varia de uma espécie
para outra (MIALHE, 2012). Por exemplo, o sorgo é da ordem de 26%, o milho de 35%,
a soja de 50%, chegando a 75% para o feijão.
As sementes devem estar em íntimo contato com as partículas do solo para que
absorvam água. Desta forma, não deve haver bolsões de ar provocados pela inadequada
atuação dos compactadores, palha que foi empurrada para dentro do sulco, ocorrência de
torrões ou espelhamento das paredes do sulco de semeadura.
A umidade do solo também ajuda a definir a recomendação da profundidade de
semeadura. Em lavouras não irrigadas, os menores riscos à semeadura são quando a
consistência do solo está friável. Nesta condição há água facilmente disponível para as
sementes e os componentes das semeadoras dificilmente provocarão compactação no
solo, além de haver menor aderência deste nos componentes rompedores e abridores de
12
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
sulco, que também mobilizarão menos o terreno. O solo está na consistência friável
quando conseguimos moldá-lo com as mãos e depois, com um leve toque dos dedos ele
esboroa-se, podendo ser moldado novamente. Com um pouco mais de umidade, torna-se
plástico, onde as deformações são permanentes, aumentando-se a aderência, podendo
provocar compactação, selamento e espelhamento (CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA,
2006).
Para a manutenção da umidade do solo, a existência de palha sobre o terreno é
imprescindível. Na condição de clima tropical e subtropical, as temperaturas são elevadas
por ocasião da semeadura e a palha auxilia amenizá-la e mantê-la na condição favorável
para a germinação e emergência.
A tabela 1.2 apresenta dados de temperatura do solo mínima, ideal e máxima para
três culturas. Considera-se que fora da faixa ideal a germinação e emergência é retardada
ou até impedida, provocando a morte da plântula. Pode-se observar na figura 1.8 que na
época de semeadura de soja no oeste do Paraná (outubro) quando há palha sobre o sulco
de semeadura a temperatura do solo é em torno de 30 a 50 C inferior quando o mesmo fica
descoberto. Esse valor pode ser bem superior quando a semeadura adentra o verão, como
é o caso do milho safrinha semeado em fevereiro.
Tabela 1.2 – Níveis de temperatura (graus Célsius) do solo na emergência das sementes.
CULTURA MÍNIMA IDEAL MÁXIMA
ALGODÃO 14 18 a 30 40
MILHO 10 25 a 30 40
SOJA 10 20 a 30 40
Figura 1.8 – Temperatura do solo na semeadura de soja com palha e sem palha sobre o
sulco.
13
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Outro fator importante na germinação das sementes é o ar, composto de 20% de
oxigênio, 0,03% de dióxido de carbono e em torno de 80% de nitrogênio. Mialhe (2012)
cita que a maioria das sementes não consegue germinar se a pressão parcial de CO2 for
aumentada acima da concentração (0,03%) do ar atmosférico. Lembra que autores
afirmam que ainda são desconhecidas as razões da germinação ser reduzida em condições
anaeróbicas. No entanto, existem algumas exceções, como é o caso de plantas aquáticas,
como o arroz, que germinam debaixo da água com pouco oxigênio.
Sementes de trigo, milho, cevada e algodão, são mais exigentes em oxigênio, o
que não ocorre com o arroz. Todavia, a maioria das sementes das culturas quando
semeadas fundo ou em solos saturados de água, apresentam problemas de germinação.
Quase metade das espécies estudadas responde a luz. Mialhe (2012) cita que o
milho e a maioria das olerícolas podem germinar na presença ou ausência de luz. Todavia,
muitas gramíneas e fumo têm a germinação favorecida na presença de luz.
1.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASÃO JUNIOR, R,; CAMPOS, C. F. Desempenho de diferentes sistemas de
acabamento de semeadura em plantio direto. In: Congresso Brasileiro de Engenharia
Agrícola, 33, São Pedro, SP. SBEA/UNESP, 2004. 4 p.
CASÃO JUNIOR, R.; SIQUEIRA, R. Máquinas para manejo de vegetações e semeadura
em plantio direto. In: CASÃO JUNIOR, R.; SIQUEIRA, R.; MEHTA, Y. R. Sistema
plantio direto com qualidade. Londrina: IAPAR/ITAIPU, 2006. p 85-126.
EMBRAPA SOJA. Tecnologia de produção de soja – Região Central do Brasil 2011.
Londrina: Embrapa Soja, 2010, 255p. (Embrapa Soja, Sistema de produção 14).
MIALHE, L. G. Máquinas agrícolas para o plantio. Campinas: Millennium, 623 p.
2012.
MUZILLI, O. Manejo do solo em sistema plantio direto. In: CASÃO JUNIOR, R.;
SIQUEIRA, R.; MEHTA, Y. R. Sistema plantio direto com qualidade. Londrina:
IAPAR/ITAIPU, 2006. p 9-27.
14
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
2 CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DAS SEMEADORAS
ADUBADORAS PARA O SISTEMA PLANTIO DIRETO
Esse capítulo foi construído principalmente com a obra de CASÃO JUNIOR e
SIQUEIRA, 2006, onde muitas figuras são de máquinas da década de 90 e início dos anos
2000. Como no próximo capítulo serão apresentados os tipos de semeadoras com seus
modelos hoje existentes, pode-se constatar os possíveis aperfeiçoamentos que a mesmas
tiveram.
2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS SEMEADORAS ADUBADORAS PARA O SPD
Segundo MIALHE (2012) entende-se por critério de classificação o enfoque
básico que caracteriza as diferenças dissimilares. Em sua obra o autor faz uma
apresentação geral de máquinas agrícolas para semeadura destacando que pode haver três
modalidades de classificação: a fiscal, a normalizada e a didática. Como o autor, dar-se-
á ênfase a classificação didática, mas propondo-se dividir as semeadoras adubadoras de
plantio direto principalmente quanto a função a que se destinam e subdividi-las
principalmente quanto ao público alvo. Haverá sub subdivisões quanto a especificidades
de seus sistemas ou até componentes. A importância dessa subdivisão procede, entre
outras coisas, para o melhor entendimento e escolha da enorme disponibilidade de
máquinas semeadoras existentes hoje no mercado brasileiro.
Desta forma, propomos quatro tipos predominantes:
1 – Semeadoras adubadoras de precisão (SAP)
2 – Semeadoras adubadoras de fluxo contínuo (SAF)
3 – Multissemeadoras adubadoras (SAMu)
4 – Semeadoras adubadoras de precisão com kit de forrageiras (SAP e Forr)
No capítulo 1 foi apresentado os conceitos básicos desses quatro tipos de
máquinas semeadoras, com o objetivo de melhor entendimento dos fatores que afetam a
semeadura, germinação das sementes e emergência das plantas para a adequada
implantação das culturas. A Tabela 2.1 mostra como se pretende subdividir os tipos hoje
existentes de semeadoras adubadoras para SPD no Brasil.
As semeadoras adubadoras de precisão (SAP) são as mais frequentes nas
propriedades e podem ser classificadas primeiramente quanto sua fonte de tração,
podendo ser manuais (Ma), de tração animal (Ta), por micro tratores (Mi) e tratorizadas
(Tr). As tratorizadas podem ser, por sua vez, classificadas quanto a forma de acoplamento,
podendo ser: Montadas no sistema hidráulico de três pontos do trator; de arrasto, acoplada
na barra de tração e ainda de arrasto, mas em tandem, onde pode-se acoplar duas ou mais
máquinas semeadoras.
As máquinas de precisão podem também, continuar a ser subdivididas quanto a
forma de acoplamento de suas unidades de semeadura, ou linhas, podendo ser: pivotadas
15
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
na barra porta ferramenta ou pantográficas, constituídas de um sistema de quatro barras
paralelas (paralelogramo). Podem continuar a ser sub subdivididas quanto ao sistema de
distribuição de sementes: Mecânicas ou com discos alveolados e as pneumáticas com
sistema à vácuo parcial. Outra divisão a ser utilizada é quanto forma do depósito de
sementes, podendo esse ser montado, com um depósito semelhante a um balde,
diretamente sobre cada unidade de semeadura ou possuir um ou mais depósitos centrais
e as sementes serem transportadas a cada linha em uma unidade de distribuição de menor
dimensão (pipoqueira). Finalizando essa proposta de subdivisão das SAP, seria a forma
de transportar as sementes do depósito às unidades de distribuição, podendo ser
simplesmente por gravidade ou com auxílio de fluxo de ar.
As semeadoras adubadoras de fluxo contínuo (SAF) são na sua totalidade
tratorizadas, podendo ser montadas, principalmente nas pequenas propriedades ou áreas
com muitos obstáculos que exigem frequentes manobras, ou podem ser de arrasto, e
ainda, as vezes, podendo ser acopladas em tandem, para aumentar mais sua autonomia e
rendimento operacional.
Seu acoplamento na estrutura normalmente é realizado por linhas de menor
comprimento longitudinal, quando comparadas as SAP, podendo ser pivotadas ou
pantográficas. A distribuição de sementes é predominantemente mecânica, realizada por
cilindros ou roletes com canaletas ou acanalados. Existem também os cilindros com
dentes ainda não utilizados no Brasil. O depósito de sementes pode ser distribuído
transversalmente sobre a estrutura da máquina e nesse caso as sementes vão ao solo por
gravidade. No caso em que o depósito é centralizado, o transporte das sementes é
realizado com o auxílio de fluxo de ar.
As multissemeadoras adubadoras (SAMu), que realizam tanto a distribuição de
sementes em precisão ou fluxo contínuo, podem ser acopladas na barra porta ferramenta
com linhas pivotadas ou pantográficas e a distribuição de sementes em precisão pode ser
mecânica com discos alveolados ou pneumáticas com vácuo parcial. Seu depósito de
sementes é distribuído transversalmente sobre a estrutura da máquina e nesse caso as
sementes vão ao solo por gravidade.
As semeadoras adubadoras com kit de distribuição de forragem (SAP e Forr)
poderiam ser suprimidas dessa classificação, pelo fato de que muitas máquinas são
simplesmente adaptadas com um depósito e sistema para distribuição de sementes de
forrageiras, mas entende-se que a expansão do sistema de integração lavoura-pecuária
está em franca adoção no país, destacando também, sua importância para estabilidade do
SPD em seus mais importantes fundamentos, assim necessitará de máquinas adequadas a
esta prática. Desta forma abre-se um espaço para acompanhar esta adoção.
16
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
.
Tabela 2.1 Classificação das semeadoras adubadoras para o sistema plantio direto existentes no Brasil.
FUNÇÃO FONTE
TRAÇÃO ACOPLAMENTO
UNIDADE DE
SEMEADURA
DISTRIBUIÇÃO
SEMENTES
DEPÓSITO
DE
SEMENTES
TRANSPORTE
SEMENTES
SAP
Semeadora
adubadora de
precisão
Manual
Ma Mecânicas
Pequeno
depósito Gravidade
Tração animal
Ta
de rabiça Pivotadas Mecânicas Balde Gravidade
de boléia Pivotadas Mecânicas Balde Gravidade
Micro trator
Mi Pivotadas Mecânicas Balde Gravidade
Tratorizada
Tr
Montada Pivotadas Mecânicas Balde Gravidade
Pantográficas Mecânicas Balde Gravidade
Arrasto*
Pivotadas Mecânicas Balde Gravidade
Pneumáticas Balde Gravidade
Pantográficas
Mecânicas
Balde Gravidade
30 depósito/
pipoqueira
Gravidade
Fluxo ar
Depósito central Fluxo ar
Pneumáticas
Balde Gravidade
30 depósito/
pipoqueira
Gravidade
Fluxo ar
Depósito central Fluxo ar
17
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
SAF
Semeadora
adubadora de
fluxo contínuo
Tratorizada
Tr
Montada Pivotada Mecânica Depósito
distribuído Gravidade
Arrasto*
Pivotada Mecânica Depósito
distribuído Gravidade
Pantográfica Mecânica Depósito
distribuído Gravidade
Depósito central Fluxo ar
SAMu
Multissemeadora
e adubadora
Tratorizada
Tr Arrasto*
Pivotada
Mecânica Depósito
distribuído Gravidade
Pneumática Depósito
distribuído Gravidade
Pantográfica
Mecânica Depósito
distribuído Gravidade
Pneumática Depósito
distribuído Gravidade
SAP e Forr
Tratorizada
Tr Arrasto Pivotada Mecânica
Depósito
distribuído Gravidade
Pantográfica Mecânica Depósito
distribuído Gravidade
* Algumas máquinas podem ser acopladas em tandem
18
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
2.2 CARACTERÍSTICAS DAS SEMEADORAS ADUBADORAS DE
PRECISÃO
Segundo CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA (2006), para que uma semeadora de
precisão cumpra sua função, deve possuir um conjunto de sistemas, subsistemas e
componentes, que podem ser subdivididos em:
Sistema de engate (1) e acoplamento, estrutura, sistema de marcação de linhas (2),
sistema de levantamento e transporte, sistema de acionamento, sistema de transmissão
(3), depósito de fertilizante (4), depósito de sementes (5), sistema de dosagem e deposição
de fertilizante (6), sistema de dosagem (7) e deposição de sementes, unidade de
semeadura composta por sistema de rompedores de solo (8) e sistema de acabamento de
semeadura (9), sistemas de transferência de peso à componentes (10), finalizando com as
plataformas para apoio e segurança dos operadores (11). As Figuras 2.1 e 2.2 mostram
alguns desses sistemas e componentes.
Figura 2.1 – Semeadora de precisão Premium 10.000 da VENCE TUDO com indicação
de diferentes sistemas de sua constituição. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
6
9
2 10 11 4
5
7
19
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 2.2 - Semeadora de precisão Exata 2980 da JUMIL com indicação de diferentes
sistemas de sua constituição. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
a) Sistema de engate e acoplamento
As semeadoras de precisão, quanto ao sistema de engate, podem ser de arrasto
quando acopladas na barra de tração do trator ou montada no engate de três pontos do
mesmo.
As máquinas montadas são mais apropriadas para propriedades pequenas, onde há
necessidade de realizar muitas manobras e arremates. Possuem como limitação a
capacidade de levante do sistema hidráulico de três pontos do trator. Por este motivo são
mais compactas e leves, visando trazer o centro de gravidade da semeadora próximo ao
trator (Fig. 2.3).
As semeadoras de arrasto, mais freqüentes no Brasil, são mais práticas para serem
acopladas e tracionadas, com o inconveniente de necessitarem de espaço maior para
realizarem as manobras. A Fig. 2.2 mostra o cabeçalho da semeadora (seta 1) com o ponto
de engate da mesma na barra de tração do trator.
1
8 3
20
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 2.3 – Semeadora adubadora montada cinco linhas da FITARELLI.
b) Estrutura
É sobre a estrutura que se apóiam todos os sistemas e componentes da semeadora.
Na sua maioria são monoblocos, ou seja, uma única estrutura rígida possuindo
subestruturas para possibilitar a fixação de outros componentes. São compostas de vigas
e chapas de aço de forma a atender o “lay out” da máquina.
A Figura 2.4 mostra uma estrutura típica de semeadoras de precisão, onde se
observa que o cabeçalho apóia-se diretamente nas chapas intermediárias da estrutura, que
devem ter um distanciamento mínimo visando rigidez. Durante a realização de curvas e
passagem por obstáculos haverão esforços torcionais que poderão causar rupturas nesta
região.
As barras inferiores, denominadas de barras porta ferramentas, onde se apóiam
principalmente as unidades de semeadura (linhas) devem estar a uma distância do solo
mínima para dificultar a ocorrência de embuchamentos. Devem ser livres, sem peças
soldadas para facilitarem o deslocamento transversal das linhas e regular o espaçamento
desejado.
As barras superiores servem de suporte dos depósitos e do sistema de transferência
de peso da máquina sobre componentes.
Durante a semeadura pode ocorrer ruptura estrutural, principalmente na passagem
por obstáculos como terraços ou na realização de curvas sem levantar os componentes de
ataque ao solo. A Figura 2.1 mostra a semeadora ultrapassando um terraço de base larga,
situação observada com frequência no campo.
21
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 2.4 – Estrutura monobloco da PDM 9810 da METASA com rodados internos e
sistema de levante do tipo tubo giratório acionado por um pistão central. CASÃO
JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
c) Sistema de marcação de linhas
O espaçamento entre as linhas de semeadura é um importante parâmetro na
implantação das culturas. O paralelismo das linhas é determinante não somente para que
as plantas explorem adequadamente uma área do terreno como também, efetuar práticas
culturais na lavoura, permitindo a colheita com máquinas automotrizes.
São os marcadores de linhas que realizam esta função. Trata-se de um mecanismo
vinculado ao sistema de levante da máquina que alterna sua posição a direita ou a
esquerda quando o pistão é atuado. Posiciona-se lateralmente a semeadora (Fig. 2.5) com
uma haste telescópica regulável e um disco dentado na extremidade.
Cabeçalho
Barras porta
ferramentas
Tubo giratório
Rodados
pistão
Barras
superiores
22
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 2.5 – Semeadora Magnum 2850 da JUMIL com marcadores de linhas. CASÃO
JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
d) Sistema de levantamento, transporte e acionamento
A maioria das semeadoras de precisão possuem rodados internos à máquina, que
se apóiam em tubos giratórios acionados por um único pistão hidráulico (Fig. 2.4). Outras
possuem sistemas independentes de rodados internos, com um pistão menor sobre cada
braço de levante da máquina, atuando de forma sincronizada através de válvulas do
circuito hidráulico. As vantagens dos rodados internos são: maior estabilidade em tráfego
de estradas com obstáculos, melhor distribuição de peso da máquina sobre os rodados e
garantia que os rodados não passem sobre as linhas já semeadas. As máquinas de rodados
externos, mais utilizadas nas de fluxo contínuo e multissemeadoras têm como vantagens
poder trabalhar com espaçamentos estreitos, tornar a máquina mais compacta e
possibilidade de ter rodados largos e de maior diâmetro.
As multissemeadoras, que possuem rodados externos, também trabalham com
dois pistões que devem atuar de forma sincronizada.
Junto ao pistão ou aos pistões, existe uma alavanca ligada a uma catraca que
vincula ou libera o eixo do rodado ao sistema de transmissão da máquina. Quando a
máquina está levantada, em posição de transporte, a catraca gira livre e quando abaixada,
em posição de trabalho, gira engrenada. Esta peça vem regulada de fábrica, mas pode,
ocasionalmente necessitar de ajustes.
Algumas semeadoras possuem um limitador de torque ou dispositivo de segurança
que protege o sistema de transmissão quando ocorre o travamento do mesmo.
Como o rodado aciona o sistema de transmissão da máquina, este não deve
deslizar. Para tanto, possui um dispositivo com molas e alavancas que pressionam o
rodado quando liberado, pois seu peso não seria suficiente para acionar adequadamente a
cadeia de engrenagens e os mecanismos de distribuição de sementes e fertilizante.
23
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Os rodados exercem, portanto, um conjunto de funções, mas a principal é o
transporte. Para isso, o fabricante e o produtor devem estar preocupados com a capacidade
de suporte da mesma, assim como sua largura, o tipo de garras, a pressão de insulflagem,
manutenção e troca.
e) Sistema de transmissão
O sistema de transmissão inicia-se nos rodados na grande maioria das semeadoras
motomecanizadas. Em algumas semeadoras montadas, o acionamento pode ser realizado
pelas rodas compactadoras (Fig. 2.6 A), que para isso são de grande diâmetro e com
ressaltos para evitar o deslizamento. Nas semeadoras de tração animal o acionamento
pode ser pelas rodas compactadoras, rodados auxiliares ou no próprio disco de corte.
Existe, a partir do rodado acionador, uma cadeia de engrenagens até o eixo
vinculado aos discos dosadores de sementes ou de fertilizantes, que devem girar a
velocidades compatíveis a dosagem de sementes e fertilizante.
No caso do número das sementes, as recomendações agronômicas variam de 3 a
25 sementes por metro linear de sulco, sendo que muitas semeadoras oferecem
possibilidades de 2 a 40. Desta forma, um rodado com 80 cm de diâmetro, por exemplo,
cujo perímetro é de 251 cm, deve estar sincronizado com a cadeia de engrenagens para
distribuir entre 3 e 25 sementes por metro. Portanto, o sistema de transmissão deverá
possuir uma relação de transmissão variável. Para isso, conta com a possibilidade de troca
de engrenagens associada a troca de discos com diferentes números de orifícios. No caso
das máquinas com dosadores pneumáticos o princípio é o mesmo. Lembra-se que isto
independe da velocidade de trabalho, como será discutido posteriormente.
Como recurso, as semeadoras disponibilizam várias engrenagens e discos para
serem substituídos, ou nas máquinas mais recentes, as engrenagens vêm montadas em
caixas de câmbio de rápida regulagem (Fig. 2.7). O sistema “speed box” da BALDAN
(Fig. 2.6 B) é muito prático, compacto e permite grande amplitude na escolha da relação
de transmissão.
Uma caixa de câmbio com 5 engrenagens motoras e 5 movidas poderá oferecer
25 relações de transmissão. Muitos fabricantes adicionam mais duas engrenagens
diferentes na saída da caixa de câmbio, ampliando para 50 opções. A variação da relação
de transmissão para sementes para uma semeadora com roda de 80 cm de diâmetro, está
entre 0,2 e 0,9, ou seja a cada volta do pneu, o disco de semente executa 0,2 a 0,9 voltas
com 50 possibilidades intermediárias. Os fabricantes disponibilizam tabelas, onde o
produtor pode selecionar as engrenagens em função das sementes desejadas por metro.
Com o fertilizante o esquema é semelhante, sendo que as recomendações variam
entre 50 e 600 kg/ha. Quando maior, exige uma relação de transmissão específica. Deve-
se considerar também o modelo do dosador, que permite variação da dosagem através de
sua regulagem.
Para máquinas com caixas de câmbio a relação de transmissão varia entre 0,45 e
3,50, do pneu ao eixo de acionamento do dosador de fertilizante do tipo rosca sem fim.
Em máquinas com outros dosadores, como a curva de vazão é diferente, também a relação
de transmissão difere. No entanto sempre deve haver uma tabela para auxiliar a escolha
de engrenagens.
Recomenda-se seguir as indicações da tabela como um auxílio à regulagem, que
deve ser realizada com a máquina parada e posteriormente no campo, sujeito as vibrações
promovidas pelo terreno. O maior problema com o fertilizante é a variação da
granulometria e densidade.
24
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
A) B)
Figura 2.6 – Semeadora montada JM 2090 da “A” com rodas compactadoras como
acionadoras da cadeia de engrenagens, sem caixa de câmbio (A) e sistema prático de troca
de engrenagens “speed box” da BALDAN (B). CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
Figura 2.7 – Caixa de câmbio de sementes e fertilizante. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA,
2006.
f) Sistema de acondicionamento, dosagem e deposição de sementes
O acondicionamento de sementes é realizado em depósitos. No caso das
semeadoras de precisão a maioria são montados acima dos dosadores (em forma de
balde), movimentando-se com estes, como pode ser observado nas figuras 2.1, 2.5 e 2.6.
Podem também serem fixos sobre o chassi como apresentado na figura 2.3 ou como em
algumas máquinas que possuem um 30 depósito sobre o chassi e depósitos menores sobre
Câmbio de sementes
Câmbio de adubo
Tabela de seleção de engrenagens
25
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
os dosadores de sementes, popularmente chamados de “pipoqueira” (Fig. 2.8). Nesse
caso, justifica-se que a vantagem do 30 depósito é o aumento da autonomia da máquina.
A grande maioria dos depósitos são de plástico. A principal vantagem é a
resistência a corrosão, moldagem e leveza e, desde os anos 90, tem melhorado
gradativamente sua resistência ao sol e rigidez. Seu uso caracteriza-se como uma
tendência de mercado.
Figura 2.8 – Sistema de acabamento de semeadura da multissemeadora SDM 2217 da
METASA. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
A dosagem de sementes é realizada por discos horizontais alveolados (Fig. 2.9 A).
São o coração da máquina semeadora pois têm a função de capturar, individualizar, dosar
e liberar as sementes.
Os dosadores pneumáticos (Fig. 2.9 B) possuem as mesmas funções e
intensificaram sua adoção nas duas últimas décadas. Outros sistemas já utilizados nas
máquinas nacionais, como os de dedos prensores e copos coletores, praticamente não são
mais comercializados. A primeira regulagem a fazer com o dosador de sementes é definir
o número, forma e diâmetro dos orifícios. Nos discos alveolados, os orifícios possuem
formato redondo ou oblongo, dependendo das características das sementes. O número
depende da densidade de semeadura.
Uma característica importante é a velocidade tangencial dos orifícios, pois se a
mesma for superior a 15 cm/s as sementes não conseguirão se alojar nos alvéolos do disco
(TOURINO 1993). Sementes redondas apresentam menores problemas e as com formato
irregular ou rugosas necessitam de um cuidado maior. As alternativas que existem são,
aumentar o número dos orifícios e do diâmetro do disco e diminuir a velocidade da
semeadora. As semeadoras com dosadores pneumáticos (Fig. 2.9 B) permitem trabalhar
Depósitos de sementes
superiores
Depósitos de sementes
inferiores pipoqueira
Depósitos de
fertilizante
26
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
com velocidades maiores, mantendo boa distribuição das sementes, que, por sua vez,
também são limitadas.
A) B)
Figura 2.9 – Sistema de dosagem com discos alveolados da MPS 1600 da IMASA (A) e
pneumático da Exata 2590 da JUMIL (B). CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
A Figura 2.10 apresenta discos de sementes com 90, 78 e 40 orifícios da marca
SCHERER, fornecedor de vários fabricantes nacionais. Observa-se que variam não
somente o número, mas o formato, diâmetro e profundidade do orifício. Os discos
perfurados apóiam-se sobre anéis com saída para a tubulação de descarga (Fig. 2.10,
centro) e ejetores do tipo roletes (Fig. 2.10, direita), em fileira simples ou dupla, de acordo
com a necessidade do disco.
As sementes alojadas no depósito devem ser capturadas pelos orifícios do disco
horizontal ou succionadas quando a vácuo parcial, em seguida individualizadas. Nos
dosadores de discos horizontais há uma câmara posicionada sobre os discos. À medida
que este gira, as sementes alojam-se sobre os orifícios, onde são dosadas. Um dispositivo
limpador de sementes (Fig. 2.11) elimina o excesso, individualizando-as. Dentro da
câmara, há um ejetor em cada fileira de orifícios com o mesmo passo entre os mesmos,
que expulsa a semente em direção ao tubo de descarga.
Nos últimos anos, surgiu um novo sistema de limpador/ejetor (Fig 2.12) de
sementes, utilizado por alguns fabricantes nacionais.
27
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 2.10 – Discos horizontais alveolados, com anéis e ejetores de roletes da marca
SCHERER. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
Figura 2.11 – Câmara de individualização e ejeção de sementes em dosadores do tipo
discos alveolados e tubulação de descarga na saída de um dosador de sementes a vácuo.
CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
Limpador
Ejetor Tubo de descarga
28
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 2.12 – Sistema de distribuição de sementes com limpador/ejetor da marca
TITANIUM.
No caso dos dosadores pneumáticos, as sementes são capturadas por vácuo parcial
ou pressão junto dos orifícios de um disco. Existe um dispositivo limpador que
individualiza as sementes que deve ser regulado com cuidado, assim como a pressão do
fluxo de ar (positiva ou negativa). Quando a semente chega próximo do tubo de descarga,
o vácuo ou pressão é bloqueado, permitindo que as sementes caiam. Os dosadores
pneumáticos usados atualmente no Brasil são todos à vácuo. Destaca-se que houve grande
adoção dos dosadores pneumáticos e grande evolução dos mesmos. A figura 2.13 mostra
um dosador à vácuo parcial em maior detalhe.
Qualquer erro que ocorra neste conjunto chamamos de erro de dosagem. Pode-se
alojar mais do que uma semente por orifício ou nenhuma, que é comum com os discos
girando rapidamente. As sementes deixam o sistema de dosagem e entram na tubulação
de descarga. Assim, a precisão obtida no dosador pode ser prejudicada na tubulação de
descarga.
Figura 2.13 – Sistema de distribuição à vácuo parcial com detalhe da câmara interna a
esquerda e montado com o disco de sementes a direita da KHUN.
29
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Não deve haver nenhum ponto que obstrua a passagem das sementes, como
entalhes e ranhuras. O tubo deve ser o mais liso e curto possível, para evitar que as
sementes ricocheteiem nas paredes do tubo, chegando ao solo nas mesmas distâncias em
que saíram do sistema de dosagem.
A figura 2.11 a direita mostra o interior de um disco duplo, a tubulação de descarga
com curvatura voltada ao contrário da direção de deslocamento da máquina. Este detalhe
é muito importante. Uma semeadora deslocando-se a velocidade de 5 km/h, por exemplo,
depositam as sementes na mesma velocidade. Assim, podem ricochetear no sulco,
movimentando-se e até ficarem expostas. A curvatura do tubo de descarga faz com que a
componente de velocidade longitudinal da semente aproxime-se de zero, procurando cair
no solo somente com a componente vertical de velocidade.
Os erros que ocorrem na saída do dosador ao fundo do sulco de semeadura são
chamados de erros de deposição. Assim, a uniformidade longitudinal de distâncias entre
sementes no sulco é dada pelos erros de dosagem e deposição.
Considerando, por exemplo, o espaçamento entre sementes na linha de 10 cm, a
norma 04: 015.06-004 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas 1994)
determina como sendo aceitável ou normal, que as sementes se distanciem de 5 a 15 cm,
quando inferiores a 5 cm são consideradas duplas e acima de 15 cm é que ocorreu uma
falha. Em culturas como o milho, com poucas sementes por metro, é importante que haja
mais de 75% de espaçamentos normais. No caso de soja e feijão essa precisão é difícil de
ser obtida.
g) Sistema de acondicionamento e dosagem de fertilizante
O acondicionamento de fertilizante também é realizado em depósitos. São
montados acima das barras superiores da estrutura da máquina (Fig. 2.1, 2.2, 2.3, 2.5, 2.6
e 2.8). A grande maioria dos depósitos são de plástico, cujas vantagens já foram citadas,
podendo ser de chapa de aço com tratamento e pintura de proteção à ferrugem ou de aço
inoxidável. Os depósitos de plástico são apoiados sobre um berço de aço e fixados na
estrutura. Muitas máquinas permitem que estes sejam basculantes, facilitando sua limpeza
e lavagem. Outros possuem drenos para escoar o fertilizante. Há máquinas, entretanto,
onde é necessário retirar o excesso de adubo manualmente ou esgotá-lo com a semeadora
em operação.
Em algumas semeadoras montadas no trator os depósitos são individualizados,
como os de sementes montados acima do dosador de fertilizante (Fig. 2.6). O tamanho do
depósito define a autonomia da máquina. Para pequenas e médias propriedades sugere-se
que uma semeadora possa percorrer uma distância de 10 km sem precisar de
abastecimento. Nesta condição uma semeadora de 7 linhas distribuindo 200 kg/ha de
fertilizante, no espaçamento de 45 cm, conseguiria trabalhar em 3,15 ha, precisando de
um depósito com capacidade de no mínimo 630 kg, ou seja, 90 kg por linha. Observa-se
uma tendência de máquinas com capacidade superior a 200 kg por linha, principalmente
para atender a demanda das grandes propriedades do cerrado brasileiro. Deve ser
considerado que quanto maior é o peso da máquina, maior é a potência para tracioná-la,
mais reforçada e cara a sua estrutura.
No Brasil o fertilizante usado é sólido e na maioria das vezes granulado. Para a
semeadora é imprescindível conhecer a granolometria do material. A Tabela 2.2 mostra
um exemplo de estratificação por peneiras de um fertilizante granulado. Nesse caso há
uma grande concentração nas peneiras acima de 2 mm. Com as vibrações do sistema, os
grânulos maiores e de menor densidade posicionam-se acima da massa de fertilizante.
30
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
A densidade média dos fertilizantes granulados está entre 1,1 e 1,2 g/cm3, ao passo
que existem fertilizantes, como o hiperfosfato, que é um pó de alta densidade (1,7). Isso
mostra que se deve sempre conferir no campo as recomendações da tabela de regulagem
fornecida pelos fabricantes.
Tabela 2.2 – Análise granulométrica de um fertilizante
Peneira (mm) Porcentagem
4,00 1,5
3,36 19,1
2,00 62,9
1,68 7,2
1,00 7,0
<1,00 2,3
Os fertilizantes apresentam várias dificuldades. Sua grande higroscopicidade faz
com que absorvam facilmente água do ar e com o tempo “empelotem”, podendo obstruir
os dosadores ou até danificá-los. Há ainda o seu efeito corrosivo.
Existem várias opções de dosadores de fertilizante no mercado brasileiro. As
figuras 2.13 a 2.16 apresentam alguns modelos. Todos apresentam suas vantagens e
desvantagens. No depósito de fertilizante muitas vezes existe uma chapa (defletor) que
alivia o peso deste sobre os dosadores. Outra característica é o ângulo de repouso do
adubo, exigindo que no fundo do depósito, a inclinação do mesmo seja com ângulo
superior ao de repouso. Os fertilizantes podem formar “pelotas ou empedrar”. Assim os
dosadores devem ser robustos e com capacidade de desestruturar estas formações. Em
algumas máquinas, há uma peneira de malha grossa na parte superior do depósito para
evitar que caia adubo “empedrado” ou com outros corpos estranhos.
Os dosadores devem então capturar o fertilizante, desestruturá-lo, conduzi-lo em
doses desejadas e liberá-lo na tubulação de descarga. Nas Fig. 2.13 e 2.14 as opções de
aletas rotativas e rotores dentados, conduzem o adubo a uma comporta com abertura
variável, liberando-o ao tubo de descarga.
Nesses sistemas de dosagem a regulagem da vazão de fertilizante é dada pela
mudança de relação de transmissão e abertura ou fechamento da comporta basculante.
31
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
A B
Figura 2.13 – Dosador com aletas rotativas e comporta da MPS da IMASA (A) e dosador
de rotores dentados acionados por sem fim e abertura com comporta da SMT 6414 da
VENCE TUDO (B). CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
Figura 2.14 – Dosadores dentados de dentes longos e curtos da TD da SEMEATO.
CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
Nas Figuras 2.15 e 2.17 estão apresentados os dosadores do tipo rosca sem fim.
Podem estarem posicionados paralelos ao deslocamento da máquina ou transversais a
esta. Quando paralelos, entende-se que deveria haver uma distribuição mais homogênea
entre as linhas, em terrenos inclinados. Os transversais, por sua vez, possuem somente
mancais na extremidade dos semi-eixos, economizando pontos de lubrificação.
Os dosadores com roscas sem fim são conhecidos por quebrarem com facilidade
as “pelotas” de adubo. O dosador com roletes dentados da SMT (Fig. 2.13), por ser
acionado por um sem fim, também tem esta característica. No entanto, os de rosca sem
fim liberam o fertilizante em pulsos, havendo certa desuniformidade ao longo da linha.
O dosador da marca FERTISYSTEM (Fig. 2.15) apresenta uma comporta,
semelhante a um vertedouro, minimizando o efeito de pulsos da rosca sem fim. Seu
32
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
projeto também facilita a limpeza e manutenção do conjunto, com material plástico e
resistente a corrosão e mancais blindados evitando o uso de graxeiras.
A figura 2.16 mostra os sem fim com passo de 1” e 2”. O passo menor apresenta
menor vazão mas melhor uniformidade. Desta forma, a alternativa de regulagem da
dosagem de fertilizante pode ser feita pela mudança de relação de transmissão com a troca
de engrenagens e a troca de rosca com diferentes passos.
A figura 2.17 mostra a facilidade de remoção do sem fim para a realização de
limpeza. O sem fim da FANKHAUSER é individualizado, vinculando-se em série um ao
outro por uma articulação cilíndrica, a qual permite movimentos no eixo, para que os
dosadores não travem. O sem fim da STARA/SFIL, é inteiriço e pode ser removido
(CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006). Esses modelos já não são utilizados hoje em dia.
Figura 2.15 – Dosador com rosca sem fim da Fertisystem, posicionado paralelo a direção
de deslocamento da máquina.
Figura 2.16 – Roscas sem fim com passo de “1 e 2”. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA,
2006.
33
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Saindo do dosador, o fertilizante cai nas mangueiras. A Fig. 2.18 mostra duas
alternativas muito utilizadas nas semeadoras: o tubo telescópico e as mangueiras
sanfonadas de borracha.
A escolha do tipo de mangueira depende do comprimento, inclinação e obstruções
estruturais. Geralmente a distância é superior a 50 cm e inclinada e os tubos de descarga
devem permitir que o adubo flua com uniformidade para o interior do tubo de descarga e
sulco de semeadura. São conectados ao tubo final de descarga, vinculado a hastes
sulcadoras ou discos abridores do sulco.
Figura 2.17 – Dosadores de rosca sem fim da 5030 da FANKHAUSER (esquerda) e PSM
10.000 da STARA/SFIL, transversais ao deslocamento da máquina. CASÃO JUNIOR e
SIQUEIRA, 2006.
Figura 2.18 – Mangueiras telescópicas da SHM da SEMEATO (esquerda) e mangueiras
sanfonadas da SDM da METASA. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
34
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
h) Unidade de semeadura
No SPD as unidades de semeadura trabalham em linha. São elas que possuem os
componentes que atuam diretamente com o solo. Na grande maioria das vezes o sulco de
fertilizante está alinhado com o de sementes. Somente em situações em que o solo
apresenta baixa resistência à penetração consegue-se desalinhar esses sulcos. Desta forma
deve-se regular bem a profundidade do sulco de adubo e sementes, para que não fiquem
juntos. As unidades de semeadura devem realizar todas as funções de uma semeadora
excetuando-se a dosagem de fertilizante e sementes, responsabilidade dos sistemas de
dosagem e condução.
As semeadoras existentes no Brasil apresentam estratégias variadas de montar e
posicionar as unidades de semeadura na máquina. Na maioria das vezes as semeadoras
não atendem de forma completa todas as funções. Considera-se que existam diferentes
características de solo, clima, vegetação, tamanho de propriedades, culturas exploradas e
tipo de produtor. Assim, muitos fabricantes apresentam estratégias de montagem de
unidades de semeadura com diferentes componentes. As figuras 2.19 a 2.22 apresentam
algumas dessas estratégias utilizadas pelos fabricantes.
A figura 2.19 apresenta a Planthum da IMASA. A haste sulcadora e a unidade
acabamento de semeadura são pivotadas em barras porta ferramenta. Os discos de corte
são fixados em outra barra a frente. O sistema pivotado facilita a montagem das
transmissões até o dosador de sementes, mas faz com que o ângulo da haste sulcadora e
o ponto de convergência dos discos duplos variem de posição durante as ondulações do
terreno.
Figura 2.19 – Plantum da IMASA com unidades de semeadura pivotadas.
Observa-se que a transferência de pressão da estrutura sobre a haste e a unidade
de acabamento de semeadura é realizada por molas.
A figura 2.20 mostra outra estratégia de unidade de semeadura com duplo
pivotamento. Um direto na estrutura da máquina e outro na barra articulada. Neste
sistema, o disco de corte e a haste sulcadora são unidos por uma barra, e a medida que o
disco passa por uma pedra ou obstáculo, a haste é elevada e liberada após a passagem do
35
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
mesmo, popularizado como sistema pula pedra. A unidade de acabamento de semeadura
é presa e articulada logo atrás, tornando a unidade de semeadura bem compacta.
Figura 2.20 – Unidade de semeadura da SMT 6414 da VENCE TUDO. CASÃO JUNIOR
e SIQUEIRA, 2006.
A figura 2.21 apresenta uma semeadora montada, com os discos de corte e hastes
sulcadoras presas na estrutura e a unidade de semeadura fixada em sistema pantográfico.
Este sistema faz com que todos os componentes trabalhem sempre paralelos a linha do
solo.
Figura 2.21 – Unidade de semeadura da JM 2090 da JUMIL. CASÃO JUNIOR e
SIQUEIRA, 2006.
36
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
A figura 2.22 apresenta uma semeadora com sistema pantográfico nas hastes
sulcadoras e no sistema de acabamento de semeadura. Os discos de corte são fixos na
estrutura, mas com possibilidade de serem regulados verticalmente.
Figura 2.22 – COP TRA da MARCHESAN. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
i) Rompedores de solo
São os que realizam o primeiro contato com o solo, cortando a palha e abrindo um
sulco, sobre o qual os outros componentes trabalharão. Os discos de corte mais utilizados
são os lisos, com diâmetro entre 15” e 20”. Quanto maior o diâmetro dos discos, maior é
a força necessária para que os mesmos penetrem no solo, devido sua maior área de
contato. No entanto, têm a vantagem de passarem sobre a vegetação e apresentarem
menos problemas de embuchamento.
Ainda existem em uso discos corrugados, estriados e trabalhos de pesquisa com
discos dentados. O assunto não se esgotou, podendo surgir novidades no mercado. Para
que os discos atuem efetivamente cortando a palha, esta deve estar seca ou tenra. A palha
úmida apresenta muita resistência ao corte. O solo também deve funcionar como uma
contra faca, ou seja, se estiver muito macio a palha será empurrada para o fundo e não
será cortada apropriadamente.
Toda palha mal cortada será capturada principalmente pela haste sulcadora,
provocando embuchamento. Por este motivo, agricultores aguardam o momento ideal
para a semeadura em SPD. No período da manhã, ainda pode haver orvalho e palha
murcha. O tempo de dessecação com herbicidas deve ser observado, aguardando-se que
a vegetação seque. Para o corte da palha, a condição de solo seco é mais favorável, mas
que não é recomendável para a semeadura. Recomenda-se semear com o solo na
consistência friável. Entretanto, devido ao curto período disponível para a semeadura, que
ocorre em muitas regiões brasileiras, o produtor é obrigado a semear com o solo com
certa plasticidade, considerando que, em uma propriedade, há variação do relevo e
consequentemente concentração variável de umidade no solo.
37
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Em solos argilosos com consistência plástica e com palhas, há aderência nos
discos, podendo causar embuchamento. Portanto, é importante que as barras de suporte
dos discos tenham um formato de ferradura e distanciem mais de 6 cm da superfície do
disco. Os discos de corte foram projetados para cortar a palha, não ultrapassando a
profundidade superior a 6 cm no terreno. Quanto mais fundo trabalham, maior é a
mobilização indesejável do solo. A figura 2.23 mostra a ocorrência de embuchamento no
disco de corte. O desalinhamento dos discos de corte em zig zag ajuda a evitar
embuchamentos.
Para evitar o embuchamento é necessário que a vegetação flua com facilidade
entre as unidades de semeadura. Inicia com a frente de ataque dos rompedores. É
importante que essa frente esteja acoplada em uma estrutura alta, sem pontos onde a palha
possa se agarrar, e que a mesma flua com facilidade entre essas linhas e os componentes
existentes.
Figura 2.23 – Embuchamento ocorrido na região dos discos de corte. CASÃO JUNIOR
e SIQUEIRA, 2006.
Existem alternativas conjugadas de corte de palha e abertura de sulco, como são
os discos simples com roda de controle de profundidade e discos duplos desencontrados
apresentados na figura 2.24. É apresentado também na figura 2.24 A e B o conjunto
rompedor composto de disco de corte e haste sulcadora (Fig. 2.24 C).
Molas de transmissão de pressão aos discos
38
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
A B C Figura 2.24 – Rompedores de solo com discos simples (A), duplos (B) e disco de corte e
haste da semeadora 908 RT da JOHN DEERE (C). CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
O uso dos discos como abridores de sulco mobilizam menos o solo, mantém a
palhada sobre o terreno, exigem menos potência do trator e provocam menos
embuchamento. No entanto, não se aprofundam adequadamente em solos argilosos e,
com adensamento superficial, podem depositar o adubo junto às sementes, prejudicando
a germinação, a emergência e a implantação das culturas.
Outra alternativa existente é o disco de corte com facão guilhotina, apresentado
na Fig. 2.25 A. Na figura 2.25 B é apresentado a possibilidade de trocar os discos duplos
pela haste sulcadora, opção oferecida por quase todos os fabricantes.
A B Figura 2.25 – Rompedor com disco de corte e facão guilhotina da SEMEATO (A) e
discos duplos desencontrados ou facão da MARCHESAN (B). CASÃO JUNIOR e
SIQUEIRA, 2006.
39
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Estudos conduzidos pelo IAPAR no início de novembro de 1999 (CASÃO
JUNIOR, 2001) com produtores de referência dos municípios lindeiros a represa de
Itaipu, mostraram que a semeadura de soja em solos argilosos com a utilização de hastes
sulcadoras teve emergência média de 64% e com discos duplos 48%, após um período
sem chuvas na região (Fig. 2.26).
A B Figura 2.26 - Cultura de soja semeada com discos duplos (A) e com hastes sulcadoras
(B). CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
Os fabricantes de semeadoras usam diferentes tipos de desenhos de hastes
sulcadoras em suas máquinas. O IAPAR estudou o desempenho desses componentes
isoladamente, observando que há grandes diferenças quanto ao esforço exigido para
tracioná-los e o volume de solo mobilizado, propondo um novo desenho, principalmente
para trabalho em solos argilosos. Este assunto será apresentado posteriormente com
maiores detalhes. A Figura 2.27 mostra uma haste sulcadora com desgaste em função do
uso, juntamente com a primeira haste proposta para adaptação pelo IAPAR em 2000 no
produtor Aldecir Terol de Santa Helena. A mesma possuía ângulo de ataque de 200 e
formato parabólico (CASÃO JUNIOR, 2001).
O material da ponteira é importante, onde concentra quase todo esforço sobre a
haste. Devido ao efeito abrasivo, mesmo nos solos argilosos, sua durabilidade varia entre
100 e 200 ha trabalhados.
Os estudos realizados pelo IAPAR recomendam que a profundidade do sulco seja
em torno de 10 cm. Sabe-se que quanto maior for a profundidade maior será a exigência
de tração e a mobilização do solo, o que não é desejado. Outro fator importante é a
variação desta profundidade.
Em 60 semeadoras de precisão avaliadas pelo IAPAR, as hastes sulcadoras
variaram em média 15% na profundidade. Em situações como a passagem de terraços é
possível que a máquina aprofunde tanto, a ponto do trator não conseguir tracioná-la. Desta
forma, recomenda-se o uso de rodas de controle de profundidade das hastes, como
observado nas Figuras 2.22 e 2.28 A. Nesta última, a roda é de maior diâmetro e com
garras. Quando posicionada próximo da haste sulcadora, pode ter a função de
desembuchá-la.
40
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 2.27 – Haste sulcadora adaptada pelo IAPAR em Santa Helena - PR e haste gasta.
CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
A B Figura 2.28 - Rodas desembuchadoras da KK 7/4 da Külzer e Kliemann (A) e do Produtor
Paulo Rohr de M. C. Rondon-PR (B). CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
O sulco aberto pelos rompedores de solo deve ser fechado, para que sejam
novamente abertos e, as sementes serem depositadas na profundidade apropriada.
Normalmente o sulco é parcialmente fechado pela própria inércia do solo que foi
movimentado, retornando certa quantidade ao sulco novamente. Assim, recomenda-se
que a distância entre a haste e os discos duplos não seja inferior a 30 cm. Em solos siltosos
e argilosos úmidos com vegetações, que dificultam o fechamento do sulco, onde é
recomendável o uso de um dispositivo aterrador ou pelo menos destorroador, como pode
ser observado na Figura 2.29.
200
41
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
As hastes sulcadoras podem ser reguladas no sentido vertical e horizontal,
aprofundando-se mais ou menos e distanciando-se mais ou menos dos discos de corte.
Geralmente, são fixas por dois parafusos, onde um deles é de menor diâmetro, com a
finalidade de se romper, a um determinado esforço máximo, para não danificar a máquina.
Figura 2.29 – Rompedores de solo da PDM 9810 da METASA, com discos aterradores
após a haste sulcadora. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
j) Unidade de acabamento de semeadura
Após o trabalho dos rompedores de solo, inicia-se a atuação dos componentes de
acabamento de semeadura. A deposição das sementes, geralmente feita no interior dos
discos duplos, deve ser na profundidade desejada, a distâncias uniformes, recobertas com
solo e palha sobre o sulco. Da mesma forma, as sementes devem estar em íntimo contato
com as partículas de solo para que absorvam água com facilidade, sem ocorrência de
bolsões de ar e crostas formadas pelo selamento da superfície do solo. Esta é a fase que
chamamos de acabamento de semeadura. O IAPAR realizou vários estudos junto aos
produtores, avaliações de semeadoras e estudos em campos experimentais, procurando os
componentes que melhor efetuem o aterramento e compactação solo semente.
42
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Em primeiro lugar, o que se deseja é que a palha existente sobre a superfície do
solo permaneça sobre o mesmo após a passagem da “plantadeira”, ou seja, o “plantio
direto invisível”, sendo que muitos sabem dos benefícios dessa palha e das pesquisas já
realizadas com plantas de cobertura. A Figura 2.30 mostra uma condição de semeadura
de soja com manutenção da cobertura vegetal, popularmente denominado de “plantio
direto invisível”.
Figura 2.30 – Exemplo de “plantio direto invisível”. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA,
2006.
O solo descoberto no sulco de semeadura aquece e perde água mais rapidamente,
pode provocar selamento superficial, erosão e aumentar a ocorrência de plantas daninhas,
entre outros problemas. Assim, componentes aterradores, que retornem o solo e a palha
anteriormente removidos pelas hastes ou discos são muito importantes.
A maioria das “plantadeiras” existentes no mercado nacional não possuem
componentes aterradores especializados segundo os critérios do IAPAR. Predominam
máquinas com discos duplos desencontrados para abertura de sulco e com rodas paralelas
de controle de profundidade para sementes, sendo as mais modernas oscilantes, seguidas
de uma roda compactadora em “V”, com possibilidade de alterar sua abertura frontal e
vertical. A Figura 2.31 mostra esta opção e a grande redução de palha que este conjunto
pode promover.
Segundo os critérios do IAPAR a inclinação das rodas compactadoras em “V” não
é suficiente para efetuar um bom aterramento, principalmente quando a palha é lançada
lateralmente ao sulco a mais de 10 cm pelos componentes rompedores de solo.
Aumentando-se o diâmetro dessas rodas, pode-se conseguir um melhor aterramento, mas
perde-se no efeito de compactação.
43
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 2.31 – Sistema tradicional das “plantadeiras” sem aterradores. CASÃO JUNIOR
e SIQUEIRA, 2006.
Há fabricantes preocupados com esses componentes. A melhor alternativa para
chegamento de solo e palha ao sulco são os discos aterradores (Fig. 2.32 B) muito usados
no passado no sistema de semeadura convencional.
Outra alternativa utilizada por alguns fabricantes, são as rodas aterradoras de
formato cônico e inclinadas 200 a 250 em relação a direção de deslocamento da máquina
(Fig. 2.32 A). Podem ser de ferro fundido, estampado ou recobertas com borracha. Outros
fabricantes têm o componente, mas a regulagem de abertura não é muito superior a 100.
Em dinâmicas promovidas pelo IAPAR no início dos anos 2000, vários fabricantes
manifestaram interesse em introduzir esses componentes como alternativas para suas
semeadoras.
Após o aterramento há necessidade de que ocorra uma compactação do solo sobre
as sementes, para que estas absorvam água com mais facilidade. São as rodas
compactadoras as responsáveis por esta tarefa. Existem vários modelos no mercado, que
devem evitar que ocorram bolsões de ar e selamento superficial sobre o terreno.
As rodas em “V” (Fig. 2.31) podem em curvas deslocar-se da linha de semeadura,
compactando na posição incorreta ou até desenterrando sementes. Rodas cônicas
revestidas com borracha lisa (Fig. 2.32 A) podem em solos úmidos e sem cobertura com
palha provocar selamento superficial. Uma boa alternativa são as rodas cônicas revestidas
de borracha, com um sulco interno (Fig. 2.32 B) para não compactar sobre as sementes e
com ressaltos para evitar selamento.
44
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
A B
Figura 2.32 - Rodas de controle de profundidade e aterradoras cônicas (A) e rodas
compactadoras cônicas e revestidas com borracha lisa (direita), discos aterradores e roda
de compactadora cônica revestida com borracha, sulco interno e ressaltos (B). CASÃO
JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
k) Sistema de transferência de pressão em componentes.
A unidade de semeadura ou linha da máquina necessita de pressão diferenciada
sobre seus componentes, desde os discos de corte até as rodas compactadoras.
Normalmente é utilizado no disco de corte uma mola de compressão que através de um
braço de alavanca pressiona o mesmo contra o solo (Fig. 2.23). Quanto maior a superfície
de contato do disco com o solo, maior a força vertical para que o mesmo penetre mantendo
a mesma pressão. Esta força pode variar de 60 a 150 kgf. Portanto, o sistema de
transmissão deve aproveitar bem o peso da semeadora para realizar esta operação. Por
este motivo, grande parte das semeadoras posicionam o depósito de fertilizante sobre os
discos de corte. Estudos de BIANCHINI (2002), com discos de corte dentados bem
projetados conseguiram reduzir em um terço a força vertical necessária para realizar o
corte de palhiço de cana de açúcar com três vezes mais de eficiência.
Sobre as hastes sulcadoras há necessidade de haver pressão para que penetrem no
solo. Hastes bem projetadas com ângulo de ataque de 200, estreitas e formato parabólico
podem apresentar efeito de sucção, ou seja, força vertical negativa quando o solo
apresenta boa resistência para que as hastes possam penetrar sem pressão no solo. Quando
o solo está mais úmido esse efeito de sucção é menor.
Hastes mal projetadas podem exigir até 100 kgf sobre as mesmas para penetrar no
solo. A Figura 2.33 mostra molas de compressão e de tração usadas na transferência de
força sobre componentes em contato com o solo.
45
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
A B Figura 2.33 - Molas de compressão para transferência de força sobre a unidade de
semeadura (A) e mola de tração para transferência de força no sistema pantográfico (B).
CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
A semeadora KK 8/4 da KÜLZER & KLIEMANN possui um sistema de
transferência de peso utilizando molas e cabo de aço (Fig. 2.34), conseguindo que a força
sobre cada componente seja constante, mesmo quando passam por obstáculos do terreno.
Figura 2.34 – Semeadora KK 8/4 com sistema de cabo de aço para transferência de força.
CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
A pressão dos compactadores é muito importante, podendo ser realizadas por
molas de compressão, de torção e tração. As rodas compactadoras em “V” podem ser
reguladas quanto ao ângulo de abertura no sentido vertical e frontal. A Figura 2.35 mostra
duas alternativas práticas de serem realizadas.
46
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
A B Figura 2.35 - Sistema de acabamento de semeadura da SDM 2217 da Metasa (A) e rodas
compactadoras da 5030 da Fankhauser (B). CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
l) Plataformas de apoio
As semeadoras de precisão possuem plataformas de apoio do operador, utilizadas
por ocasião do abastecimento e cuidados na semeadura. As Figuras 2.1, 2.2. 2.19 e 2.22
mostram máquinas com plataformas à frente, no meio e atrás da máquina. Quando as
mesmas são posicionadas à frente, há risco fatal ao operador caso caia. Quando é
posicionada atrás considera-se que os riscos são mínimos. Portanto, deve-se incentivar
que os futuros projetos considerem esta característica.
2.3 CARACTERÍSTICAS DAS SEMEADORAS ADUBADORAS FLUXO
CONTÍNUO
Os fatores que afetam a semeadura em precisão são semelhantes aos das
semeadoras em fluxo contínuo (“semeadeiras”), alterando-se a distribuição de sementes
no sulco, espaçamento entre linhas e profundidade de semeadura.
As semeadoras em fluxo contínuo como citado em CASÃO JUNIOR e
SIQUEIRA (2006), por trabalhar com espaçamentos estreitos, não possuem todos os
componentes para a realização de todas as funções no solo, como ocorre nas máquinas de
precisão. Assim, um disco duplo desencontrado executa o corte da palha, abre o sulco
para a deposição de fertilizante e sementes conjuntamente. Os componentes de
aterramento e compactação são conjugados, mesmo porque não há muito espaço entre
eles.
O primeiro fator a considerar é a dosagem de sementes. Pode variar entre 10 e 200
sementes por metro linear, dependendo da espécie e recomendação agronômica. A tabela
2.3 apresenta sementes de diferentes culturas que podem ser distribuídas em fluxo
contínuo, estando entre elas espécies de plantas alimentícias e plantas de cobertura tanto
de inverno como de verão e que variam quanto ao formato, uniformidade, rugosidade e
dimensão.
Os dosadores usados nas semeadoras de fluxo contínuo não apresentam problemas
com a uniformidade e forma das sementes. As sementes com diâmetro equivalente ou
47
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
inferior a 3 mm e dosagem abaixo de 20 kg/ha necessitam de dosadores especiais. Como
em média as sementes são pequenas e com poucas reservas de amido, a profundidade de
semeadura não deve ser superior a 3 cm. Como os espaçamentos normalmente são
inferiores a 20 cm entre as linhas, a dosagem de fertilizante por metro linear é baixa,
assim, não há prejuízos às sementes pela sua higroscopicidade. Pelo fato de serem
semeadas em baixas profundidades, há necessidade de estarem uniformemente cobertas
com solo e palha. Por isso é indispensável o uso de componentes aterradores. Não menos
importante é a compactação do solo sobre as sementes, para que elas estejam em íntimo
contato com o solo e absorvam água com facilidade.
Tabela 2.3 – Características dimensionais de algumas sementes utilizadas por máquinas
de fluxo contínuo. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
Comprimento Largura Densidade das
sementes
Peso de
1000 sementes
(mm) (mm) (g/cm3) (g)
Trigo 6,41 3,45 1,20 47,9
Aveia preta 8,71 2,13 0,60 17,52
Centeio 6,10 2,23 0,79 18,43
Arroz 9,93 2,22 0,62 26,58
Milheto 2,63 2,11 0,82 9,84
Moha 1,48 1,48 0,70 2,58
Crotalaria breviflora 4,86 3,33 0,81 19,24
Crotalaia juncea 6,58 2,34 0,82 56,18
Crotalaria spectabilis 3,92 1,61 0,84 17,2
Nabo pivotante 2,94 2,94 0,65 14,39
Ervilhaca peluda 3,56 3,56 0,81 36,05
Ervilha comum 3,32 3,32 0,85 36,87
Milheto 98302 3,43 2,47 0,79 5,54
Setariat alca 95401 2,61 1,46 0,70 2,66
Milheto Iapar 98301 3,64 2,61 0,81 11,18
Para que uma semeadora de fluxo contínuo cumpra sua função, deve possuir um
sistema de engate e acoplamento (1), estrutura, sistema de levantamento e transporte (2),
sistema de acionamento (3), sistema de transmissão (4), depósito de fertilizante (5),
depósito de sementes acima de 3 mm de diâmetro (6) depósito de sementes abaixo de 3
mm de diâmetro (7), sistemas de dosagem e deposição de fertilizante, sistemas de
dosagem e deposição para sementes maiores e menores, unidade semeadura composta
por rompedores de solo (8), conjugados ou não ao sistema de acabamento de semeadura
(9), sistema de transferência de peso à componentes e plataformas de apoio e segurança
à operadores (10), conforme pode ser observado nas figuras 2.36 e 2.37.
a) Sistema de engate e acoplamento, estrutura, levantamento, transporte,
acionamento e transmissão
Como as semeadoras de precisão, as de fluxo contínuo podem ser montadas e de
arrasto (Fig. 2.36 e 2.37). É necessário tomar os mesmos cuidados recomendados com as
de precisão. As estruturas, os sistemas de levantamento, transporte, acionamento e
transmissões são semelhantes às de precisão.
48
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
No caso específico dos rodados, como os espaçamentos são estreitos, os rodados
são laterais a máquina (Fig. 2.36), com exceção da SDY 3000 que possui rodados a frente
e atrás da semeadora (Fig. 2.37).
Figura 2.36 – Multissemeadora MPS 1600 na versão em fluxo contínuo da IMASA.
CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
5
6
7
1
2
9
49
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 2.37 – Semeadora de fluxo contínuo SDY 3000 da ATB/BALDAN. CASÃO
JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
b) Sistema de acondicionamento, dosagem e deposição de sementes
O acondicionamento é realizado em depósitos e os dosadores mais usados são os
rotores acanalados em sementes superiores e inferiores a 3 mm de diâmetro. A figura 2.38
mostra estas opções encontradas no mercado nacional.
Figura 2.38 – Dosadores tipo rotor acanalado para sementes superiores a 3 mm de
diâmetro a esquerda, e inferiores a direita. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
Com o movimento giratório do rotor as sementes no fundo do depósito, vão ao
tubo de descarga em fluxo contínuo. Seu acionamento é realizado por meio de um eixo,
que pode se movimentar lateralmente visando expor uma área maior ou menor do rotor
acanelado na câmara de sementes.
5 6 6
7
10
2
8 9
Câmara
de
sementes
50
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
O rotor pode girar nos dois sentidos, horário e anti-horário (Fig. 61). No sentido
horário as sementes fluem por cima do rotor, sendo mais apropriado para sementes
maiores, como soja, e as de difícil deslizamento como o arroz. No sentido anti-horário,
as sementes passam por baixo do rotor, sendo apropriados, por exemplo, para trigo. Após
a saída do rotor, as sementes são despejadas na tubulação de descarga e conduzidas ao
solo. Poucas são as “semeadeiras” que permitem o recurso de girarem nos dois sentidos.
Figura 2.39 - Rotor acanalado com anti-horário (A) e horário (B) (DOMINGUES et. al.,
1984).
A multissemeadora MPS da IMASA utiliza para distribuição de sementes em
precisão e fluxo contínuo discos horizontais. A figura 2.9 apresenta o disco para
distribuição de milho em precisão e a figura 2.40 disco com entalhes para trigo. Observa-
se que existem duas câmaras de individualização e ejeção de sementes, com o objetivo de
atender as dosagens em fluxo contínuo.
Figura 2.40 – Sistema de dosagem de sementes de trigo da multissemeadora MPS 1600
da IMASA. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
c) Sistema de acondicionamento, dosagem e deposição de fertilizante
51
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
São semelhantes às semeadoras de precisão.
d) Unidade de semeadura
As unidades de semeadura são bem compactas, constituindo-se, na maioria das
vezes, de um disco duplo, componentes de aterramento e compactação do solo sobre as
sementes. A 2.41 mostra duas multissemeadoras na versão em fluxo contínuo com as
linhas em zig zag, posicionadas bem abaixo dos depósitos da máquina.
Figura 2.41 – Multissemeadoras na versão em fluxo contínuo, Top Seed 2407 CRM da
Max à esquerda e a SMT 6414 da VENCE TUDO. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.
e) Rompedores de solo e componentes de acabamento de semeadura
Em muitos casos são utilizados discos duplos desencontrados. No caso da SDY
3000, por exemplo, é uma exceção, pois usa discos simples. Estes componentes têm que
efetuar várias funções, como o corte da palha, abertura de sulco para fertilizante e
sementes, que são depositados juntos. As semeadoras que utilizam discos duplos, variam
quanto ao diâmetro dos discos de 13” a 16” de diâmetro. Algumas possuem discos com
diâmetros diferentes, no sentido de que o maior atue mais efetivamente no corte da palha.
É importante também a abertura traseira dos discos que variam de 40 a 60 mm.
Quanto maior à abertura, maior é a força necessária para aprofundar e maior a
mobilização do solo.
Atrás dos abridores de sulco vêm os aterradores e compactadores. Muitas vezes,
somente um componente exerce as duas funções. As figuras 2.42 e 2.43 apresentam várias
opções.
Na figura 2.42, os três modelos mais a esquerda são apropriados as sementes de
leguminosas e gramíneas exercendo uma compactação menos intensa diretamente sobre
as sementes. A opção a direita possui uma roda que compacta o solo diretamente sobre
as sementes e outra que atua de forma inclinada. Esse conjunto é específico para sementes
de gramíneas.
As duas opções à direita da figura 2.43 possui duas rodas, que efetuam o
aterramento do solo sobre as sementes e uma leve compactação lateral sobre as mesmas.
Muito adequado para leguminosas. À esquerda da figura 2.43 é utilizado somente
52
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
correntes para cobertura de sementes com solo. Nestes casos pode haver problemas
emergência devido à ausência de compactação.
Figura 2.42 – Diferentes tipos de rodas aterradoras e compactadoras de máquinas do
mercado nacional estudadas pelo IAPAR.
Figura 2.43 – Diferentes tipos de rodas aterradoras e compactadoras de máquinas do
mercado nacional, estudadas pelo IAPAR. A esquerda utiliza somente correntes
aterradoras.
f) Sistema de transferência de pressão em componentes e plataformas
Os sistemas são semelhantes às semeadoras de precisão. Destaca-se que nas
semeadoras de fluxo contínuo e multissemeadoras as plataformas em sua maioria são
atrás da máquina, expondo menos o operador a acidentes.
53
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
2.4 CARACTERÍSTICAS DAS MULTISSEMEADORAS ADUBADORAS
Pelo fato de realizarem a semeadura em precisão e fluxo contínuo e diferirem
principalmente quanto ao espaçamento de sementes na linha e entre as linhas de
semeadura, necessitam de características especiais para realizarem suas tarefas.
Seus rodados geralmente são externos á máquina, pois com espaçamentos
inferiores a 20 cm entre linhas não é possível posicionar os rodados internamente, a não
ser que a máquina ficasse com comprimento suficiente para alojar as mesmas entre as
linhas de fluxo contínuo.
Como problema apresentam ainda dificuldades de transformação da versão de
precisão para fluxo contínuo e vice-versa. A maior dificuldade não se encontra nos
dosadores de sementes e sim no arranjo das linhas. É necessário quase desmontar a
máquina para conseguir esta mudança.
Acredita-se que a medida que sejam desenvolvidos dispositivos de desarme
rápido, a adoção das multissemeadoras será bem maior, pois é incontestável a vantagem
de uma só semeadora poder realizar todo tipo de semeadura em uma propriedade, em
especial as pequenas e médias propriedades.
2.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, Rio de Janeiro, R.J. Projeto
de Norma 04: 015.06 -004; Semeadora de precisão - ensaio de laboratório - método de
ensaio. Rio de Janeiro, 1994. 7 p.
CASÃO JUNIOR, R. Intervenções de mecanização agrícola nos estudos de validação de
tecnologia em plantio direto nos municípios lindeiros a represa de Itaipu. In: INSTITUTO
AGRONÔMICO DO PARANÁ, Londrina, PR. Projeto plantio direto com qualidade
ITAIPU/IAPAR; relatório técnico anual 2000/01. Londrina, 2001. 15 p.
CASÃO JUNIOR, R,; CAMPOS, C. F. Desempenho de diferentes sistemas de
acabamento de semeadura em plantio direto. In: Congresso Brasileiro de Engenharia
Agrícola, 33, São Pedro, SP. SBEA/UNESP, 2004. 4 p.
CASÃO JUNIOR, R.; SIQUEIRA, R. Máquinas para manejo de vegetações e semeadura
em plantio direto. In: CASÃO JUNIOR, R.; SIQUEIRA, R.; MEHTA, Y. R. Sistema
plantio direto com qualidade. Londrina: IAPAR/ITAIPU, 2006. p 85-126.
EMBRAPA SOJA. Tecnologia de produção de soja – Região Central do Brasil 2011.
Londrina: Embrapa Soja, 2010, 255p. (Embrapa Soja, Sistema de produção 14).
MIALHE, L. G. Máquinas agrícolas para o plantio. Campinas: Millennium, 623 p.
2012.
MUZILLI, O. Manejo do solo em sistema plantio direto. In: CASÃO JUNIOR, R.;
SIQUEIRA, R.; MEHTA, Y. R. Sistema plantio direto com qualidade. Londrina:
IAPAR/ITAIPU, 2006. p 9-27.
TOURINO, M.C.C. Influência da velocidade tangencial dos discos de distribuição e dos
condutores de sementes de soja, na precisão de semeadura. Campinas: Faculdade de
Engenharia Agrícola/ UNICAMP, 1993. 96 p. (Dissertação de Mestrado)
54
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
3 COMO EVOLUIRAM AS SEMEADORAS ADUBADORAS PARA O
SISTEMA PLANTIO DIRETO NO BRASIL
As máquinas semeadoras que fazem parte do complexo de equipamentos
utilizados no sistema plantio direto, são consideradas de vital importância, devido serem
responsáveis pela implantação da cultura no solo. Este capítulo procura relembrar alguns
acontecimentos que determinaram sua evolução, mostrando o esforço para obter seu
aperfeiçoamento, as dificuldades encontradas, com depoimentos de alguns dos
importantes protagonistas desta aventura que foi viabilizar a mecanização da implantação
das culturas no sistema plantio direto no Brasil.
3.1 OS PIONEIROS
O sistema plantio direto (SPD) teve início comercialmente no Brasil no município
de Rolândia – PR, pelo pioneirismo do produtor Herbert Bartz com a semeadora
importada americana ALLIS CHALMERS em 1972. Contudo a adoção do sistema não
superou 1 milhão de hectares no país até 1992 (FEBRAPDP, 2007). Poucos foram os
pioneiros dessa época. Destaca-se o esforço da ICI em conjunto com as Instituições e
produtores na década de 70.
Um momento de forte adoção do SPD deu-se nos Campos Gerais no PR a partir de
1976 com a liderança dos produtores Franke Dijkstra e Manoel Henrique Pereira. Essa
iniciativa resultou na criação do Clube da Minhoca, Fundação ABC, FEBRAPDP e
CAAPAS, servindo de inspiração para criação de diversos Clubes de Amigos da Terra e
outras instituições disseminadas pelo Brasil (CASÃO JUNIOR et al, 2008). A figura 3.1
mostra pioneiros do SPD no IV Encontro Latino Americano de Plantio Direto na Palha.
MIALHE (2012) cita que foi publicado somente no período de 1976 a 1979 pela
ABIMAQ/SINDIMAQ dados sobre a produção de semeadoras no país, onde pode-se
visualizar que as semeadoras de plantio direto passaram a surgir nas estatísticas somente
em 1978. Lamenta o autor sobre o segredo que é feito desses dados pelas empresas
fabricantes, assim como o alheamento do Ministério da Agricultura de desenvolver
políticas de base tecnológica na área de mecanização agrícola.
Nesta ocasião o IAPAR e o CNPT/EMBRAPA passaram a realizar pesquisas
sistemáticas no SPD, surgindo em 1981 o primeiro livro do assunto (Plantio Direto no
Estado do Paraná (figura 3.2) publicado pelo IAPAR com apoio da ICI. O IAPAR
concentrou grande esforço na pesquisa e difusão de práticas conservacionistas a partir de
sua criação em 1972 e iniciou pesquisas com SPD em 1976 envolvendo uma grande
equipe multidisciplinar. No RS foram grandes os esforços no desenvolvimento de
componentes rompedores de solo pelo CNPT/EMBRAPA, servindo de modelo para as
indústrias iniciarem a fabricação das primeiras máquinas. Aproveitaram-se as
características construtivas da semeadora inglesa de fluxo contínuo BETTINSON-3D e
os discos duplos desencontrados de origem canadense para construir as primeiras
semeadoras, que na época eram especializadas em culturas de inverno e grãos finos.
55
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 3.1 – Produtores e técnicos pioneiros do SPD. Da esquerda para a direita: 1 Franke
Dijkstra; 2 Herbert Bartz; 3 Manuel Pereira; 4 Nonô Pereira; 5 Prof. Juca; 6 John Landers.
Figura 3.2 - Plantio Direto no Estado do Paraná, circular 23.
56
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
José Antônio Portella pesquisador da EMBRAPA cita que “a ICI fez uma parceria
com a EMBRAPA e SEMEATO trazendo o Laurie Richardson da Inglaterra em 1979
para ajudar a trabalhar com a BETTINSON, adequando-a para plantio direto. Assim, a
SEMEATO e a EMBRAPA em 1979/80 criaram o primeiro protótipo da TD que vinha de
triplo disco e a SEMEATO lançou a TD 220 (Fig. 3.3) e posteriormente popularizou-se
a geração seguinte TD 300”. (CASÃO JUNIOR et al, 2008).
Figura 3.3 – Semeadora de fluxo contínuo TD 220.
A SEMEATO foi à indústria líder neste processo com a TD, desenvolvida em 1980,
sendo acompanhada pela IMASA, FANKHAUSER e LAVRALE. Produtores pioneiros
e oficinas locais do PR e RS destacavam-se por realizar adaptações, principalmente na
tentativa de semear culturas de verão, predominantemente a soja. Isso em função de que
a máquina disponível nos anos 70 era a ROTACASTER que além de mobilizar
exageradamente o solo, tinha baixo rendimento. O mercado no início dos anos 80 já
dispunha de semeadoras de fluxo contínuo para o SPD principalmente da SEMEATO,
IMASA, FANKHAUSER, MARCHESAN e BALDAN (CASÃO JUNIOR et al, 2008).
Cita-se que a década de 80 foi um período de estudos e laboratório, onde não havia
uma definição clara de como uma semeadora de SPD deveria trabalhar. Os produtores e
oficinas locais adaptavam semeadoras de precisão convencionais e de fluxo contínuo,
transformando-as para o SPD, introduzindo disco de corte e componentes para abertura
de sulco e deposição de fertilizante e sementes. Nesse processo as indústrias foram
aperfeiçoando seus produtos e criando também semeadoras de precisão para o SPD
(CASÃO JUNIOR et al, 2008).
Paulo Montagner ex-diretor de engenharia da SEMEATO conta que “na década de
80 a fábrica fornecia muitos componentes para adaptações lideradas por Franke e Nonô
Pereira (Fig. 3.4a). Mas saindo de Ponta Grossa com outras condições de solo e
cobertura, a máquina não tinha o mesmo desempenho. Tanto que o maior sofrimento foi
encarar o SPD em Pato Branco no sudoeste do PR. Com os discos duplos desencontrados
57
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
não era possível penetrar naquele solo argiloso, assim como, na região central do PR,
no vale do rio Ivaí. Isto ocorreu de 1990 a 1993” (CASÃO JUNIOR et al, 2008).
“Os principais entraves para a expansão do SPD na década de 80 foram a falta de
herbicidas eficientes ou o desconhecimento dos mesmos e as máquinas que ainda não
estavam apropriadas, principalmente para trabalhar nas regiões de solos argilosos, os
quais nos primeiros anos de adoção apresentavam adensamento superficial. O
desenvolvimento da semeadora de precisão PAR da SEMEATO (Fig. 3.4b) no início dos
anos 90 foi um marco importante, pois a TD e outras semeadoras de fluxo contínuo, não
apresentavam o desempenho esperado na semeadura de soja”.
Figura 3.4a – Semeadora PS6 da
SEMEATO adaptada para plantio direto
(Nonô Pereira)
Figura 3.4b – Semeadora PAR da
SEMEATO (modelo do início dos anos
90)
3.2 PERÍODO DE EVOLUÇÃO E EXPANSÃO NO SUL DO BRASIL DO
SISTEMA PLANTIO DIRETO
Havia o mito de que a semeadora para o SPD deveria ser pesada, com mais do que
350 kg por unidade de semeadura, principalmente pelo fato de usarem discos duplos
desencontrados como rompedores de solo, e que nos solos argilosos com adensamento
superficial era praticamente impossível realizar a semeadura. Assim a adoção do SPD
mecanizado foi fortalecida a partir de 1992 onde muitas indústrias apresentaram novas
máquinas, especialmente as semeadoras de precisão, sempre perseguindo a expansão da
cultura de soja, mas sendo usadas também nas demais culturas.
Pedro Fankhauser (presidente da FANKHAUSER) cita que “A semeadora de
plantio direto tem que ter um peso mínimo, mas que não seja uma coisa absurda. Na
época havia a ideia de semear sobre terras degradadas. O produtor hoje afofa a terra
para iniciar o SPD. Existiam duas correntes de agricultores: os que adequavam o terreno
para iniciar o SPD e outra que queria plantar da forma mais barata possível” (CASÃO
JUNIOR et al, 2008). A figura 3.5 mostra semeadoras da FANKHAUSER em operação.
58
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 3.5 – Semeadoras de precisão da FANKHAUSER semeando no Oeste do RS.
João de Freitas da MARCHESAN cita que a partir de 1992 a fábrica alinhou todos
os rompedores de solo, posicionando o disco de corte na mesma linha dos discos duplos
desencontrados para abertura de sulco do adubo e sementes. “Nesta época havia muitas
oficinas realizando adaptações nas máquinas a pedido dos produtores. O problema
identificado era a falta de peso na linha. A máquina, com o depósito cheio de fertilizante
semeava adequadamente, mas quando este esvaziava as sementes ficavam expostas. O
chassi, por sua vez, passou a não suportar os esforços solicitantes, pois possuía uma
seção transversal de 70 x 70 mm.
Em 1994 surgiu outra novidade, as linhas foram posicionadas em zigue zague,
pois com o aumento da palhada os problemas de embuchamento estavam se tornando
muito freqüentes. Nesta ocasião se a fábrica possuía 6 versões para o SPD, passou para
12 versões, ou seja, somente com discos duplos desencontrados; com disco de corte e
discos duplos; disco de corte e haste sulcadora; com todos esses componentes opcionais
e ainda com a possibilidade de vir com duas barras e posicionar as linhas em zigue zague.
O modelo PST2 D44 era a mais completa e a mais famosa.
Existia também o modelo Itapeva a D56, mais reforçada segundo as sugestões
do produtor Maurício Sakai. Assim, em 1998 tomou-se a decisão de reforçar o chassi
com barras porta ferramenta de 100 x 100 mm, surgiu aí a PST3. Isto exigiu trocar todas
as peças fundidas de engate na máquina. Ao mesmo tempo, houve evolução no sistema
de controle de profundidade, regulagens versáteis, caixa de câmbio, caixas de plástico e
máquinas maiores. O mercado absorveu este custo, pois estava pedindo essas mudanças.
As máquinas eram fabricadas com número par de linhas e isto dificultava para o
produtor transforma-las de soja a 45 cm de espaçamento para milho a 90 cm. Assim,
passou-se a fabricar semeadoras com número ímpar de linhas. A PST4 já nasceu com
número ímpar de linhas”. (CASÃO JUNIOR et al, 2008). Detalhamos esse depoimento
de João de Freitas, pois mostra o que ocorreu na maioria dos fabricantes na década de 90.
As figuras 3.6a e 3.6b mostram a estrutura de uma semeadora em montagem e a
semeadora de precisão COP de propriedade de Herbert Bartz em Rolândia PR.
59
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 3.6 – a) Chassi em montagem; b) Semeadora de precisão COP.
José Heloir Denardin do CNPT/EMBRAPA conta que em 1993 havia 300 mil
hectares do SPD no planalto do RS e a MONSANTO queria incentivar a expansão.
Concluíram que faltava capacitação técnica, assim, elaborou-se um projeto com a
MONSANTO financiando as atividades. Trouxeram para treinamento a cada seis meses
um grupo de 250 extensionistas, onde eram ministrados cursos por três dias. “Nossa
diretoria não aceitou o financiamento de somente uma empresa, aí criamos o projeto
METAS de MONSANTO, EMBRAPA e EMATER, ADUBOS TREVO, AGROCERES e
SEMEATO. Coordenávamos tecnicamente o projeto e as empresas pagavam tudo e
organizavam toda a logística. As empresas não podiam falar em marca e a logística foi
perfeita”.
A meta era passar de 50 a 150 mil hectares, o que deu grande discussão na
EMBRAPA. No quarto ano chegou-se a 850 mil. Os pesquisadores de solos traziam
novidades que eram incorporadas nos treinamentos. No primeiro treinamento somente os
instrutores falavam, mas a partir do segundo começou a interação com os técnicos e o
crescimento foi fantástico.
No final da década de 80 a equipe do Evandro Chartuni Mantovani da
CNPMS/EMBRAPA em Sete Lagoas-MG, iniciou testes de semeadoras convencionais,
realizando pontuações comparativamente entre as mesmas. Portella, Faganello e Arsênio
do CNPT/EMBRAPA estiveram lá para aprender a metodologia e implantar em Passo
Fundo os testes das semeadoras de plantio direto.
“Nós conhecíamos os problemas das máquinas, cita Portella, como as limitações
dos discos de corte, facão, estrutura, entre outros, mas desejávamos que os fabricantes
vissem o desempenho de sua máquina ao lado do concorrente, sob uma metodologia
científica. Foi um grande intercâmbio de ideias. Esses resultados não foram publicados,
pois tivemos o pecado de fazer um contrato com as empresas de não publica-los”.
Considera Portella, que a qualidade de nossas máquinas hoje (2007) é boa, tanto é que o
Brasil está exportando. Diferem mais na assistência técnica e preço, que considera muito
importante. Foram 10 anos de contribuições que a EMBRAPA e IAPAR ofereceram nas
avaliações e trocas de experiências entre as indústrias, pesquisa, assistência técnica e
produtores. Ocorrendo exatamente no período onde a adoção do SPD cresceu de 1milhão
de hectares para 25 milhões no Brasil.
O IAPAR realizou várias avaliações desde 1996 até 2003, testando em torno de
100 modelos de semeadoras de precisão, fluxo contínuo e multissemeadora (Fig. 3.7a).
60
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Nesses trabalhos foram identificados as características positivas e negativas das
máquinas. A partir disto, vários estudos foram feitos no sentido de otimizar os
componentes, como foi o das hastes sulcadoras, visando a redução da exigência de
potência e menor mobilização de solo no sulco, o que foi adotado por vários fabricantes.
Vários fabricantes participaram desses estudos interagindo com os pesquisadores e
técnicos da equipe. No final dos anos 90 e início do II milênio o IAPAR passou a
organizar eventos de avaliação de máquinas e demonstração dinâmica (Fig. 3.7b) para os
produtores com apoio da ITAIPU BINACIONAL. Participaram desses trabalhos a
BALDAN, FANKHAUSER, GIHAL, IMASA, JOHN DEERE, JUMIL, KÜLZER &
KLIEMAN, MARCHESAN, MAX, METASA, MORGENSTERN, PLANTICENTER,
SFIL e VENCE TUDO. A CASE só não participou em Guairá, pois, sua máquina não era
adequada para trabalhar cruzando terraços. As máquinas eram avaliadas com 30 dias de
antecedência e no dia da exposição dinâmica os resultados eram apresentados em tabelas
expostas no campo, publicados e distribuídos aos participantes.
Figura 3.7a – Equipe da AEA/IAPAR.
Da esquerda: Ruy, Alexandre, Milton,
Audilei, Rubens, José Carlos e Augusto.
Figura 3.7b –Dinâmica de Semeadoras
de plantio direto em Guairá, PR, 2003.
O projeto com a ITAIPU BINACIONAL teve seu início em 1996. Levantamentos
da EMATER (1996) mostravam que somente 13,4% dos produtores adotavam o SPD na
época e era prioridade da Usina minimizar o escorrimento de sedimentos para o lago da
represa. Elaborou-se um diagnóstico que foi realizado em 1997 nos municípios lindeiros
a represa para conhecer todos os problemas associados ao SPD.
O projeto foi implantado em 1999, onde a região já havia adotado 90% do SPD e
a estratégia foi de melhorar a qualidade do SPD. Foi conduzido nesta estratégia por cinco
anos por equipe multidisciplinar do IAPAR (Figura 3.8), interagindo diretamente com os
produtores de referência, técnicos da Itaipu, cooperativas, prefeituras, EMATER entre
outros. Foram realizados muitos cursos, Dias de Campo, reuniões, quatro Dinâmica de
Máquinas, produção e distribuição de sementes de plantas de cobertura.
61
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 3.8 – Alguns dos pesquisadores do IAPAR e técnico regional em projetos de SPD.
Da esquerda Garibaldi Medeiros, Neri Noro (agrônomo da LAR) José Garcia Sá, Osmar
Muzilli e Ademir Calegari.
3.3 CONSOLIDAÇÃO DA EVOLUÇÃO SISTEMA PLANTIO DIRETO
Neste período ocorria a expansão de grandes lavouras nos solos planos do Cerrado
que gerou a necessidade de máquinas com maior número de linhas, ou unidades de
semeadura (Fig. 3.9). No sul do Brasil os modelos mais comuns tinham,
predominantemente, de 7 a 9 linhas, sendo que no cerrado variavam de 11 a 19 linhas,
existindo modelos com 29 linhas espaçadas a 45 cm. A autonomia principalmente do
depósito de fertilizante que permitia a máquina semear em torno de 10 km aumentou para
20 a 30 km, elevando o peso da máquina e, consequentemente, a exigência de potência e
a mobilização do solo.
Destaca-se que no Cerrado, salvo exceções, os solos são mais leves que os argilosos
do sul do país e, em muitas propriedades de médio e grande porte do sul, as semeadoras
de precisão seguiram também a tendência das do Cerrado, aumentando o número de
linhas e a autonomia dos depósitos de fertilizante.
62
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 3.9 – Colheita e semeadura simultânea no cerrado brasileira.
A exigência de força e potência para tracionar uma semeadora depende do projeto
dos componentes de ataque ao solo, em especial das hastes sulcadoras, do peso da
máquina e o número, peso e área de componentes em contato com o solo. A figura 3.10
mostra que com o aumento do peso das semeadoras, há tendência de aumento da potência
exigida. Este estudo foi realizado com os parâmetros obtidos em várias avaliações
realizadas pelo IAPAR (CASÃO JUNIOR & SIQUEIRA, 2006).
Figura 3.10 – Efeito do peso por linha e a potência específica (cv/cm de profundidade e
linha) exigida por semeadoras de precisão em plantio direto avaliadas pelo IAPAR.
R² = 0,67
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
1,1
150 200 250 300 350 400 450 500
Po
tên
cia
es
pe
cíf
ica
(c
v/c
m.
lin
ha
)
Peso/linha da plantadeira (kgf)
63
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Da análise dos catálogos de nove fabricantes líderes de semeadoras comercializadas
e 2007 para as médias e grandes propriedades brasileiras, nota-se que o peso da máquina
vazia por linha varia de 294 a 778 kg. Essas máquinas variam de 7 a 24 linhas espaçadas
de 45 cm, sendo que quase todos os fabricantes possuem modelos mais leves e outros
mais pesados.
A escolha entre o uso dos discos ou as hastes sulcadoras como abridor de sulco para
fertilizante, depende de vários fatores. Geralmente, ficam logo atrás do disco de corte
(Fig. 3.11) e devem abrir o sulco para a deposição do fertilizante. Os discos podem ser
duplos e desencontrados, ou simples. Neste caso, também faz o papel do disco de corte.
Figura 3.11 – Disco duplo desencontrado atrás do disco de corte.
Recomenda-se utilizar os discos em solos com menor resistência, como os não
argilosos e sem adensamento superficial. Os discos exigem menos potência que as hastes
sulcadoras, destroem menos a palha e, de modo geral, permitem que se trabalhe a
velocidades superiores a 6 km/h. No entanto, quando não conseguem abrir
adequadamente o sulco, podem prejudicar a implantação das sementes, semeando muito
raso, junto ao fertilizante e, em consequência, prejudicar a germinação.
Hoje, quase todas as semeadoras de precisão (plantadeiras) possuem a opção de
trabalho com discos ou com hastes sulcadoras (Fig. 3.12a). As hastes, apesar de exigirem
maior potência, permitem regular a profundidade do sulco, depositar o fertilizante abaixo
das sementes e oferecer um ambiente mais adequado para a germinação das sementes. O
IAPAR recomenda hastes estreitas, com largura da ponteira não superior a 22 mm, um
ângulo de ataque da ponteira de 200 e um desenho parabólico (Fig. 3.12b). Hastes com
essas características exigem menos esforço e potência para tração, mobilizam menos o
solo, destroem menos a palha e têm um componente de força vertical para baixo, que
puxa a máquina em direção do solo, reduzindo as necessidades de maior peso da
semeadora e maior pressão nas molas.
64
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 3.12a – Abridores de sulco para
fertilizante tipo discos duplos
desencontrados ou hastes sulcadoras.
Figura 3.12b – Haste sulcadora reta com
ponteira larga e haste proposta pelo
IAPAR com 200 de ângulo de ataque.
Após o trabalho dos rompedores de solo, inicia a atuação dos componentes de
acabamento de semeadura. A deposição das sementes, geralmente feita no interior do
disco duplo, deve permanecer na profundidade desejada, a distâncias uniformes,
recobertas com solo e palha sobre o sulco. Da mesma forma, as sementes devem estar em
íntimo contato com as partículas de solo para que absorvam água com facilidade, sem
ocorrência de bolsões de ar e crostas formadas pelo selamento da superfície do solo. Esta
é a fase que chamamos de acabamento de semeadura. Em primeiro lugar, o que se deseja
é que a palha existente sobre a superfície do solo permaneça sobre o mesmo após a
passagem da “plantadeira”, ou seja, o “plantio direto invisível”, sendo que muitos sabem
dos benefícios dessa palha e das pesquisas já realizadas com plantas de cobertura. A figura
3.13 mostra no RS a semeadora Premium da VENCE TUDO trabalhando sobre grande
quantidade de palha sobre o solo implantando a soja no conceito “plantio direto invisível”.
Figura 3.13 – Semeadora de precisão Premium da VENCE TUDO.
65
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
A maioria das “plantadeiras” existentes no mercado nacional não possuem
componentes aterradores especializados. O que predomina são máquinas com discos
duplos desencontrados para abertura de sulco e com rodas paralelas de controle de
profundidade para sementes, sendo as mais modernas oscilantes, seguidas de uma roda
compactadora em “V”, com possibilidade de alterar sua abertura frontal e vertical, mas
não conseguem retornar principalmente a palha de volta ao sulco. No início do segundo
milênio (2003) têm surgido mais fabricantes preocupados com esses componentes. A
melhor alternativa para chegamento de solo e palha ao sulco são os discos aterradores
muito usados no passado no sistema de semeadura convencional (CASÃO JUNIOR &
SIQUEIRA, 2006). Quatro fabricantes usavam em suas “plantadeiras”.
Outra alternativa utilizada por seis fabricantes, são as rodas aterradoras de formato
cônico e inclinadas 200 a 250 em relação à direção de deslocamento da máquina. Podem
ser de ferro fundido, estampado ou recobertas com borracha. Outros fabricantes têm o
componente, mas a regulagem de abertura não é muito superior a 100 (CASÃO JUNIOR
& SIQUEIRA, 2006).
Após o aterramento há necessidade de que ocorra uma compactação do solo sobre
as sementes, para que estas absorvam água com mais facilidade. São as rodas
compactadoras as responsáveis por esta tarefa. Existem vários modelos no mercado, que
devem evitar que ocorram bolsões de ar e selamento superficial sobre o terreno. A figura
3.14 pode-se observar algumas opções de rodas compactadoras na multissemeadora
Multipla da JUMIL.
Figura 3.14 – Multissemeadora Múltipla da JUMIL na versão em fluxo contínuo a
esquerda e em precisão a direita, apresentando rodas de controle de profundidade de
sementes inclinadas e três tipos de rodas compactadoras.
O sistema de distribuição de sementes das semeadoras nacionais, predominante em
2007, era o mecânico, com discos alveolados, mas o sistema pneumático encontrava-se
em expansão, considerando que promove distribuição mais uniforme de sementes em
velocidades superiores a 8 km/h. O entrave para a expansão do sistema pneumático
encontra-se no maior preço, e na dificuldade da semeadora trabalhar adequadamente a
velocidades superiores a 6 km/h, cortando a palha, abrindo e fechando o sulco com a
deposição adequada de fertilizante e sementes com posterior acabamento da semeadura.
66
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
O catálogo de preços de uma importante empresa de máquinas semeadoras
mostrava em 2007 que os modelos pneumáticos eram 20% mais caros do que os modelos
de distribuição de sementes mecânicos. A título de exemplo, a variação de preços das
semeadoras para médios e grandes produtores de duas outras indústrias é de R$ 6.180,00
e R$ 7.049,00 por linha, nos modelos mais baratos e R$ 16.324,00 por linha no modelo
mais caros, de ambas.
Portella da EMBRAPA conta que “a JUMIL foi a primeira a trazer o sistema
pneumático com o modelo Francês da MONOSSEN (Fig. 3.15a). A máquina foi avaliada
em 1995 e 96, e a partir daí as outras indústrias cresceram o olho e foram introduzindo
os sistemas da Accord, Becker, e Gaspardo”.
Paulo Montagner da KUHN/METASA cita em 2007 que “nos países onde há boa
classificação de sementes por peneiras, o sistema mecânico é tão eficiente quanto o a
vácuo, com a vantagem que qualquer operador de máquinas consegue trocar e fazer a
manutenção na fazenda. O sistema pneumático é importante quando não há classificação
por peneiras. O principal mercado para as máquinas pneumáticas está no Norte, com a
cultura de algodão cujas sementes não tem boa uniformidade. Outra cultura é o girassol,
mas tem pouca expressão ainda. A fábrica está trabalhando com uma empresa para
viabilizar a semeadura de mamona, canola e girassol, com envolvimento da EMATER,
pois o interesse pelo biodiesel é crescente” (CASÃO JUNIOR et al, 2008).
Portella conta que a “MARCHESAN trouxe o primeiro distribuidor de fertilizante
com rosca sem fim. Foi uma briga nas avaliações realizadas pela EMBRAPA de 1993 a
1997, sendo que as outras empresas não queriam que o teste fosse realizado. Dois anos
depois, todas introduziram este dispositivo em suas máquinas. Não havia problemas de
cópias e nem preocupação excessiva com patente dos produtos. Havendo grande troca
de experiências e copia entre os fabricantes. Argumenta que se não fosse isso, na época,
não seria possível dar o grande salto de qualidade que houve” (CASÃO JUNIOR et al,
2008). Hoje os cuidados com a propriedade intelectual são maiores.
O dispositivo mais usado hoje é o de rosca sem fim, os quais estão em constante
aperfeiçoamento para não somente melhorar a uniformidade de distribuição, como
também, facilitar sua manutenção e durabilidade (CASÃO JUNIOR, 2006). Um exemplo
dos mais recentes é o surgimento do dosador da FERTISYSTEM usado por vários
fabricantes (Fig. 3.15b).
As indústrias que estavam mais presentes com semeadoras de plantio direto no
início da década de 90 eram a SEMEATO, IMASA, FANKHAUSER, VENCE TUDO,
JUMIL, MARCHESAN e BALDAN, além de algumas que desapareceram. Mais para o
final da década surgiram a JOHN DEERE, SFIL, MAX, METASA e KULZER &
KLIEMANN, no início dos anos 2000 a PLANTICENTER, GIHAL, CASE,
MORGENSTERN. No final da década de 2000 surgiram semeadoras na STARA, a
KUHN que adquiriu a METASA, a AGCO que adquiriu a SFIL, a KF, além das indústrias
de equipamentos a tração animal que passaram a entrar no mercado de semeadoras
mecanizadas, como a FITARELLI, KNAPIK, NSMAFRENSE e WERNER.
Recentemente a SEMEATO associou-se a NEW HOLAND.
67
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 3.15a – Sistema de distribuição
pneumático de sementes JUMIL.
Figura 3.15b – Sistema de distribuição
de fertilizante FERTISYSTEM.
As semeadoras foram aperfeiçoadas em vários componentes e sistemas. O sistema
de acoplamento hoje é prático e robusto, sendo que há 10 anos era necessário, em algumas
máquinas, mudar a posição de vários parafusos. O sistema de transmissão melhorou,
sendo que a troca de engrenagens, que era morosa, passou a ser rápida com caixa de
câmbio, e a BALDAN, que usa o sistema Speed Box, o qual é bem compacto, com grande
amplitude na relação de transmissão e ajuste prático (CASÃO JUNIOR & SIQUEIRA,
2006).
Um ponto muito importante que alguns fabricantes estão dando atenção, é a
facilidade de manutenção da máquina. Ainda predomina em algumas semeadoras,
mancais com graxeiras, ao passo que em outras são utilizados mancais blindados e
grafitados. É comum encontrar até treze pontos de lubrificação em uma linha da máquina,
ao passo que existem máquinas com somente um ponto de lubrificação por linha. Há
máquinas de 10 linhas com mais de duzentos pontos de lubrificação. Existem dispositivos
de distribuição de fertilizante com até três graxeiras e outros que estão eliminando-as.
Os fabricantes de máquinas agrícolas estão desenvolvendo e introduzindo nas
semeadoras, vários componentes com facilidade de regulagem. Os discos de corte, que
no passado somente tinham como opção a variação da pressão das molas, hoje podem ser
posicionados em diferentes alturas. O mesmo ocorre com as hastes sulcadoras e a
regulagem prática da posição dos discos duplos para deposição de sementes e das rodas
compactadoras (CASÃO JUNIOR, 2006).
A maior dificuldade de regular hoje uma semeadora de precisão é na mudança de
espaçamento entre linhas. É muito trabalhoso deslocar as unidades de semeadura na barra
porta ferramenta da máquina. Se isto fosse possível, o produtor poderia alterar o
espaçamento de soja de 45 cm para 40 cm em função de sua necessidade. Semear o milho
a 80 cm e a soja a 45 cm. Poderia haver até a possibilidade de semear plantas de cobertura
intercalar ao milho ou sorgo projetando as máquinas para esta finalidade. Eduir da
IMASA cita que “a Plantec é uma multissemeadora que traz como novidade a
possibilidade de deslocar as linhas na barra porta ferramenta sem a necessidade de
desparafusa-las. Assim a transformação de sementes graúdas em miúdas é obtida com
praticamente o movimento rotativo de um eixo. Além disso, pode posicionar o adubo ao
68
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
lado das sementes, pode semear até três tipos de sementes ao mesmo tempo” (CASÃO
JUNIOR et al, 2008).
Alguns produtores inovadores têm a intenção de semear sementes de pastagens no
interior da soja, integrando a lavoura com a pecuária. Para projetar esta máquina há
necessidade de que as unidades de semeadura possam ser posicionadas em diferentes
locais da barra porta ferramenta com facilidade. Considera-se que o plantio de Brachiaria
ruziziensis entre as linhas de milho safra ou safrinha já é prática disseminada entre
produtores, para integração com pecuária ou para somente produzir mais palha como
cobertura. A dificuldade é ter máquina apropriada para semear as sementes de pastagem
com discos duplos intercalar as linhas de milho. Muitas multissemeadoras podem realizar
este tipo de semeadura sendo que alguns fabricantes já desenvolveram máquina específica
para isso (Fig 3.16a), no entanto reclamam que têm pouca saída. Outros produtores estão
adaptando kit de distribuição de sementes de pastagem em “plantadeiras” (Fig. 16b), mas
reclamam que a germinação é muito prejudicada pelo fato das sementes caírem a lanço
sobre o solo. Hoje já existem fabricantes, como a PICETTI, que, oferece kits para
distribuição de sementes de pastagem que podem ser adaptadas em semeadoras e outros
equipamentos existentes no mercado.
Figura 3.16a – Semeadora da
SEMEATO com duas linhas para semear
sementes miúdas intercalares ao milho.
Figura 3.16b – Semeadora PAR com kit
de sementes miúdas na propriedade de
Mateus Arantes em Três Lagoas, MS.
Um frequente problema das semeadoras de precisão é o de chamado
“embuchamento”. As máquinas evoluíram muito para a solução deste problema. Todo o
componente que de certa forma vinha a obstruir a passagem da palha por entre as linhas
da máquina aumentava os pontos de embuchamento. Hoje muitas máquinas possuem
estrutura alta, elevando sua frente de ataque, rompedores em zigue zague e distância entre
componentes que evitem o acúmulo de palha e solo. Com o aumento do peso das
máquinas este problema voltou a se agravar, fazendo com que algumas semeadoras
tenham que esperar mais tempo para a palha secar e mesmo exigir um manejo mecânico
e/ou químico adicional da cobertura (CASÃO JUNIOR & SIQUEIRA, 2006).
Nas áreas terraceadas é comum as máquinas cruzarem, mesmo na diagonal ou
semearem sobre os terraços de base larga. Assim, muitas semeadoras não possuem a
69
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
articulação necessária para que todos os componentes estejam em contato com o solo.
Normalmente as máquinas de maior comprimento longitudinal, ao cruzar terraços, fazem
com que seus componentes flutuem sobre o terreno, sendo que as compactas apresentam
menos problemas, sem considerar, também, que existe um tamanho máximo para
acomodar uma semeadora sobre um caminhão de transporte, tão importante para levá-la
de uma propriedade a outra. Na figura 3.17 são apresentados alguns dos modelos de vários
diferentes fabricantes existentes na atualidade com características adequadas para o
trabalho com grande quantidade de palha e cruzamento de terraços. A figura 3.17a, mostra
um modelo com unidades de semeadura (linhas) pivotadas; a 3.17b, linhas pantográficas
e a 3.17c com linhas pivotadas e atuação da pressão sobre as linhas por meio de cabo de
aço.
Figura 3.17 – Semeadoras de precisão a) PLANTICENTER; b) JONH DEERE; c)
KÜLZER & KLIEMANN.
3.4 ORIGEM E EXPANSÃO DO SISTEMA PLANTIO DIRETO À TRAÇÃO
ANIMAL
O interesse da pesquisa agropecuária do Paraná pela questão da mecanização das
pequenas propriedades surgiu no início da década de 80, no contexto de um esforço geral
pela busca de temas e formulação de objetivos a partir do conhecimento da realidade rural
e de seus aspectos sócio econômicos e tecnológicos.
A energia animal, em particular, apresentava destacada importância tecnológica
pelo elevado número de estabelecimentos usuários (cerca de 80% em 1980) e de
beneficiários potenciais (SHIKI et al., 1989). Caracterizavam por se encontrarem em
condições adversas quanto ao recurso natural, sobretudo quanto ao solo e topografia, além
das condições estruturais dos estabelecimentos (força de trabalho familiar, baixa
capitalização e pequena área explorada).
Em 1984 o governo do Paraná implantou um programa para incrementar o uso da
tração animal, segundo as realidades sócio econômicas regionais, visando a viabilização
da pequena propriedade rural através da racionalização da mão de obra (SECRETARIA
DA AGRICULTURA DO ESTADO DO PARANÁ, 1984). Este programa de estado foi
o gérmen da criação da semeadora adubadora de plantio direto a tração animal “Gralha
azul”.
Edmundo Hadlisch (Fig. 3.18a) comandava na EMATER PR uma equipe de 25
técnicos distribuídos pelo estado, que a anos trabalhavam com treinamentos em
70
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
mecanização agrícola. No IAPAR a área de Engenharia Agrícola estava recém formada
e, em mecanização, participavam Ruy Seiji Yamaoka, Rubens Siqueira e Ruy Casão
Junior. Os trabalhos com os reprodutores de animais de tração eram conduzidos pelo
veterinário Inácio Afonso Kroetz.
A equipe de mecanização foi reforçada com a contratação dos engenheiros
agrícolas Augusto Guilherme de Araújo e Paulo Roberto Abreu de Figueiredo, locados
em Ponta Grossa e Pato Branco respectivamente. Maria de Fátima dos Santos Ribeiro,
contratada em 1986 demandou, também, máquinas para viabilizar os pequenos
agricultores do Arenito Caiuá.
A partir de 1985 foram estudados quase todos os equipamentos de tração animal
existentes no mercado e realizado trabalhos de pesquisa de manejo do solo com coberturas
vegetais em várias regiões do Paraná. Com esse compromisso foi desenvolvido, entre
vários equipamentos, a semeadora de plantio direto a tração animal logo em 1985 e
aperfeiçoada nos anos seguintes. O desafio era fazer com que uma máquina de 70 kg
fizesse o plantio direto, considerando que para o disco de corte trabalhar eficientemente
necessitava de 60 kg de esforço vertical sobre o mesmo, conseguindo-se isso
posicionando o ponto de engate mais elevado e uma haste sulcadora adequada (Fig.
3.18b).
Figura 3.18a – Edmundo Hadlisch da
EMATER PR com exemplar misto de
Bretão do programa tração animal.
Figura 3.18b – Desenho esquemático da
semeadora adubadora de plantio direto
Gralha azul IAPAR.
Na época havia muitas iniciativas e esforço em todo o país para o desenvolvimento
dos pequenos produtores, assim como as preocupações conservacionistas. Delagiustina
(1990) apresentou na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sua dissertação de
Mestrado sobre o desenvolvimento de semeadora de plantio direto que deve ter dado
continuidade com a indústria IADEL de Dona Emma. Existem muitos registros na obra
“Tecnologia apropriada em ferramentas implementos e máquinas agrícolas para pequenas
propriedades” escrito para o XXVI Congresso de Engenharia Agrícola de Campina
Grande-PE em 1997 (TOMIYOSHI & SILVA, 1997).
A adoção, no entanto, ocorreu somente na década de 90 com os esforços da equipe
do IAPAR de Ponta Grossa comandada por Bady Curi que coordenava o Polo Regional.
Como se contava com a presença em Ponta Grossa do Augusto Guilherme de Araújo e
da Maria de Fátima dos Santos Ribeiro, ambos da área de engenharia agrícola era possível
dar sequência a este trabalho. Foram selecionadas algumas propriedades que já estavam
sendo trabalhadas e elaborou-se um novo projeto.
Dacio Antônio Benassi, técnico do IAPAR, lembra que o primeiro protótipo da
semeadora trabalhou em Rio Azul em 1985, permanecendo por dois anos. Depois de
71
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
vários esforços, trabalhando intensivamente, principalmente em Unidades de Teste e
Validação (UTVs), foram selecionados 32 produtores e, pedido apoio ao Nonô Pereira na
FEBRAPDP, que se prontificou a solicitar recursos das empresas. A indústria MH foi
paga pela construção do primeiro lote e as máquinas foram distribuídas nos produtores.
Os resultados foram monitorados e realizados muitos Dias de Campo e demonstrações.
Foi a partir daí que se conseguiu algumas coisas, principalmente a execução do I Encontro
Latino Americano de Plantio Direto para a Pequena Propriedade em 1993 (INSTITUTO
AGRONÔMICO DO PARANÁ, 1993).
Os técnicos da extensão implantaram e conduziram as UTVs e, eram feitas de 2 a
3 visitas por ano, analisando os dados e apresentando em um workshop junto aos
produtores. Destaca que as indústrias participavam dos eventos desde os primeiros
trabalhos. Dacio lembra “A medida que as pequenas indústrias iam fabricando,
alterando e adaptando, nós acompanhávamos e instituímos um selo de qualidade do
IAPAR”. Conta que a troca de experiências foi rica e levantaram-se parâmetros para
melhorar as máquinas. Um ponto importante é que durante a discussão não havia
diferença entre pesquisador, técnico agrícola, extensionista e produtor. Todos opinavam
no mesmo nível. As figuras 3.19a e 3.19b mostram Dacio Benassi demonstrando uma
semeadora de plantio direto à tração animal da IADEL e apresentando outra da KNAPIK.
Figura 3.19a – Semeadora de plantio
direto IADEL à tração animal.
Figura 3.19b – Semeadora de plantio
direto KNAPIK à tração animal
A EMATER trazia os produtores, apoiados pelas prefeituras e praticamente sem
custo para o IAPAR. Os agricultores ficavam abobados com os novos equipamentos e
com a tecnologia de plantio direto e a adoção foi surpreendente. A figura 3.20 mostra a
evolução do SPD na pequena propriedade com tração animal no estado do Paraná de 1994
a 2000.
72
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 3.20 – Evolução do sistema plantio direto a tração animal no Paraná. Fonte:
FEBRAPDP, 2007.
Vários foram os fabricantes que participaram da evolução do SPD na pequena
propriedade na década de 90 e estabilização na primeira década dos anos 2000. As
primeiras a surgirem foram a MAFRENSE, MH, TRITON, RIC, IADEL, BUFALLO,
PICETTI, WERNER e depois a FITARELLI e a KNAPIK. A KRUPP, tradicional
fabricante de matracas passou também a adapta-las para o SPD. Esses equipamentos
foram difundidos e ainda hoje estão sendo adotados na África, América Latina e países
da Ásia.
Pode-se concluir que com essa adoção, pequenos produtores principalmente dos
estados do Sul do Brasil, conseguiram aumentar a rentabilidade do trabalho, diversificar
as culturas, controlar a erosão e agregar valor em sua propriedade por maximizar a
produção animal, possibilitando uma transição segura para a moto-mecanização já em
grande expansão nesse segmento (CASÃO JUNIOR et al, 2008 e CASÃO JUNIOR et al,
2012).
3.5 EXPANSÃO DO SISTEMA PLANTIO DIRETO CONSOLIDADO
Como já citado anteriormente, a consolidação do SPD deu-se a partir de 1992 (Fig.
3.21), quando ocorreu sua grande expansão não somente no Sul do Brasil, como no
Cerrado (Fig. 3.22 e 3.23) e, ultimamente nas novas fronteiras agrícolas da região
Amazônica e na denominada Matopiba, ocupando áreas, predominantemente, do Cerrado
dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, visualizados na figura 3.24.
Bastos Filho et al, 2007 citam que na avaliação dos principais polos de produção
do país (198 municípios de 13 estados) observaram que a cobertura média do solo com
palha após a colheita das lavouras de soja e milho foi em média 33%, chegando a média
de 50% na região Sul do país e 28% em média nos estados SP, MS, MT, GO e Norte do
PR. Esta realidade que ainda permanece no país, define o projeto das semeadoras,
principalmente quanto aos componentes de acabamento de semeadura, pois com pouca
palha, não há muita necessidade de bons aterradores.
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
100000
94 95 96 97 98 99 2000
ha
73
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 3.21 – Evolução do sistema plantio direto no Brasil (1973 a 2012). Fonte
FEBRAPDP e CONAB 2012. Dados de 2008 a 2011 foram estimados por interpolação.
Figura 3.22 – Evolução da cultura de soja no Brasil nos anos 1977 e 2002. Fonte: IBGE
PAM 2002.
0
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
30.000.000
1972/73
1974/75
1976/77
1978/79
1980/81
1982/83
1984/85
1986/87
1988/89
1990/91
1992/93
1994/95
1996/97
1998/99
2000/01
2002/03
2004/05
2006/07
2009/10
2011/12
ha
74
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 3.23 – Ocupação da cultura de milho safra de verão e inverno no Brasil em 2012.
Fonte: MAPA 2015.
Figura 3.24 – Produção e exportação de milho e soja no Brasil em 2014 com sua
distribuição geográfica. Fonte: Estimativa CONAB 2013/14.
Nos anos 90, cita Paulo Montagner, que surgiu na SEMEATO a Linha 90, que
conseguiu trabalhar em solos argilosos sem embuchamento. Conseguiram isso com a
transformação de uma máquina da JOHN DEERE, a Maximerg 2, mas no início não
funcionava. As primeiras 50 máquinas foram vendidas no Paraná em região cujo solo se
assemelhava aos americanos, mas em Cruz Alta (RS) com mais de 60% de argila não
funcionou. Conta que uma vez, foram atender um produtor e quando chegaram pediu para
prender os cachorros, pois se urinassem na plantadeira essa embucharia. Tomou aquilo
como um desafio, voltando com a solução três a quatro meses depois. Substituíram na
linha de plantio a disposição do sulcador, limitador de profundidade e compactador.
Aquilo foi um marco e ficou na época a TD para grãos finos, PAR, PSE e PSM. Em Pato
Branco (PR) foram vendidas 250 máquinas e não penetravam no solo argiloso quando
este estava com umidade menor. Tiveram que transformar todas elas nas propriedades.
Com isto identificaram o padrão de resistência do solo limitante para usar os discos duplos
desencontrados ou as hastes sulcadoras (CASÃO JUNIOR et al, 2008 e CASÃO JUNIOR
et al, 2012).
Ruben Witt do Oeste do Paraná, citou na sua visão de revendedor que o
crescimento das vendas de máquinas para o SPD em soja foi de 1993 a 1998 e decresceu
após 2000 no oeste do Paraná. A fronteira no estado tinha acabado e as vendas eram
75
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
quase que exclusivamente de reposição da frota. A partir de 1997 apareceram na região
os modelos PST2 da MARCHESAN (Fig. 3.25), Magnum 2800 da JUMIL, PPsolo da
BALDAN (Fig. 3.26), PSE8 da SEMEATO e PDM da METASA. A PLANTICENTER
surgiu depois. O sistema de rosca sem fim surgiu a partir de 1995, e o sistema de câmbio
em 1999. Surgiu também a articulação dos rodados e o disco de corte ficou mais próximo
do facão. Observou que no SPD já se observava maior infiltração de água no solo
(CASÃO JUNIOR et al, 2008).
Figura 3.25 – Semeadora PST2 da
MARCCHESAN.
Figura 3.26 – Semeadora PPsolo da
BALDAN.
Havia dificuldade para crédito de investimento nos anos 80 até o início dos anos
90, principalmente pelas taxas de juros flutuantes. Somente quando os juros passaram a
ser pré-fixados, a partir de 1993 é que acelerou as vendas de máquinas. O sistema de
crédito FINAME foi o precursor cobrando de 10% a 12% de taxa fixa. Os produtores
foram aderindo de forma crescente. Aí surgiram outras modalidades de crédito, como o
PRONAF e PROGER com taxas de até 2% ao ano.
Eduir Pretto do Amaral, gerente de projeto da IMASA disse que a fábrica sempre
trabalhou em cima das multissemeadoras, mas em função da queda da produção do trigo,
o mercado comprava quase que exclusivamente semeadoras de precisão, quando
desenvolveram a Plantum. Depois dessa, a fábrica desenvolveu a Technum que vendeu
pouco por ser uma máquina “conceito”. Destaca que foi a primeira a ser produzida com
corte laser, que facilita a construção de qualquer desenho e viabiliza a fabricação de lotes
menores de máquinas. Além disso, permite a redução do uso de peças fundidas. A Plantec
também de fabricação recente, é uma multissemeadora que traz como novidade a
possibilidade de deslocar as linhas na barra porta ferramenta sem a necessidade de
desparafusa-las. Assim a transformação de sementes graúdas em miúdas é obtida com
praticamente o movimento rotativo de um eixo. Além disso, pode posicionar o adubo ao
lado das sementes, pode semear até três tipos de sementes ao mesmo tempo.
Destaca Eduir que esses novos lançamentos foram feitos em plena crise de 2005
e 2006, procurando novos mercados e atendendo as especificidades de diferentes regiões.
Outra estratégia foi o investimento na reposição de máquinas, abertura de novas fronteiras
e até a reforma de máquinas. O esforço dedicado nessas máquinas “conceito” permitiu
transferir muitos componentes para máquinas mais simples, melhorando a qualidade das
mesmas e atendendo outros mercados, surgindo assim novos modelos. Recomenda que
os fabricantes invistam no projeto, mesmo que fique engavetado, pois seu custo é muito
baixo em relação aos benefícios que pode promover na criação constante na fábrica. Hoje
o público está exigindo que a semeadora tenha maior capacidade de corte da palhada, que
enterre as sementes com mínima de mobilização do solo e mantenha o sulco coberto com
76
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
palha após a passagem da semeadora e, finalizou: a IMASA tem 35 anos de experiência
em plantio direto (CASÃO JUNIOR et al, 2008).
Carmen Galli da SEMEATO assegurou que o Brasil é o grande laboratório da
empresa e que sempre está ampliando seu mercado de atuação. Das máquinas pioneiras
como a TD, PAR e PS surgiram uma infinidade de filhotes. A caixa de pastagem, por
exemplo, surgiu de uma demanda do Uruguai. Na Bolívia, onde os solos são férteis, não
é utilizado o fertilizante, criaram as máquinas que somente semeiam. No Chile com solos
ricos em minério, foi necessário criar discos mais resistentes ao desgaste. Na Europa
existem regiões com muitas pedras, enfim, quanto mais foi sendo ampliado o mercado,
mais filhotes foram sendo criados.
No Centro Oeste do país, onde são necessárias máquinas maiores, nasceu a linha
PF, como é o caso da Land Máster, que é a mistura da PS Máster com a PS e PAR na
versão das semeadoras de precisão e da TD na versão das semeadoras de fluxo contínuo.
Com o projeto METAS, já citado por Denardin, surgiu a SHM (Fig. 3.26), uma
multissemeadora, voltada ao pequeno produtor que não podia comprar duas máquinas
para semear sementes graúdas e miúdas. Essa máquina iniciou com 11 linhas espaçadas
de 17 cm, foi ampliada para 17 e hoje com o modelo SSM possui até 27 linhas (CASÃO
JUNIOR et al, 2008).
Jair Bottega gerente de exportação da VENCE TUDO relatou que a partir de 2000
a fábrica estruturou um departamento próprio para a exportação. Iniciou na Colômbia em
2001, pois o Uruguai e Paraguai eram tratados como se fossem estados brasileiros nas
relações comerciais. As demandas de exportação vinham principalmente das grandes
Feiras: EXPOINTER, AGRISHOW e SHOW RURAL. Participaram da EXPOCHACO
na Argentina, principalmente para exportação da plataforma de colheita de milho e do
classificador de sementes e, por intermédio da ABIMAQ conheceram a INTRAC
TRADING que além de ser porta de entrada na África são difusores natos e entusiastas
do SPD. Foram ao México, Estados Unidos e principalmente por intermédio da FAO os
produtos têm sido divulgados na América Latina, Ásia e África. São 20 países nesse
trabalho de 6 anos de estruturação do departamento de exportação. Na Europa estavam
entrando por Portugal.
A partir de 1998 o Cerrado brasileiro iniciou grande expansão e a VENCE TUDO
começou a participar com a semeadora de precisão Premium, com 8 a 18 linhas para
semear soja. Essas são também acopladas em tandem, chegando a trabalhar com 26 a 28
linhas de uma só vez. Consegue-se semear em um dia até 200 hectares. Contava Ildemar,
diretor comercial, que o SPD ajudou a ampliação da agricultura no Cerrado e pelo fato
das culturas de inverno não se desenvolverem adequadamente, estão utilizando a
brachiaria e o milheto para a formação de palha. Comenta que ainda a quantidade de palha
é pequena no Brasil Central, considerando que é um sistema semi-direto na sua definição.
Marcos Lauxen, diretor presidente da VENVE TUDO afirma que a medida que a
empresa foi ampliando seu mercado, foram surgindo novas necessidades. Em 1996
lançaram de forma pioneira os depósitos de polietileno e se orgulha hoje pelo fato da
fábrica possuir máquinas apropriadas às pequenas, médias e grandes propriedades.
Ildemar cita que a VENCE TUDO é líder em máquinas apropriadas para o continente
africano e a empresa que mais fabrica semeadoras SPD para a agricultura familiar no
Brasil, chegando a vender 1200 por ano. A fábrica ouve muito o cliente e tem isso como
foco principal. Os proprietários da fábrica também são produtores rurais. Preocupam-se
com a assistência técnica, reposição de peças e estruturação do departamento de vendas.
77
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Dão muita atenção aos trabalhos de pesquisa em Instituições, em especial aos
desenvolvidos pelo IAPAR.
Passaram a desenvolver máquinas com sistema de paralelogramo, apesar de
acharem que as pivotadas trabalham bem. Surgiu a Panther (Fig. 3.27) da SM e o sucesso
foi tão grande que de 7 linhas já está com 13. Ainda oferecem o sistema pula pedra e o
dosador de fertilizante com rosetas auto-limpante, de custo barato e boa eficiência, mas
foi introduzido também, o sistema rosca sem-fim que está sendo aperfeiçoado
constantemente, como é o caso do sistema FERTISYSTEM. Na dosagem de sementes
estão trabalhando com fornecedores fortes, como a SOCIDISCO que apresenta novidades
no dosador de sementes, eliminando as folgas do disco de distribuição que provocavam
desgaste no anel de encosto. Quanto ao sistema de acabamento de semeadura,
permanecem oferecendo os discos aterradores, que está muito bem difundido entre
pequenos e médios produtores, mas outros maiores, principalmente por não conhecerem
o sistema rejeitam este dispositivo. Assim, como fica muito caro fazer demonstrações
localizadas, a fábrica optou a oferecer o que eles solicitam (CASÃO JUNIOR et al, 2008).
Figura 3.26 – Semeadora SHM da
SEMEATO.
Figura 3.27 – Semeadora Panther da
VENCE TUDO.
3.6 ADOÇÃO DA AGRICULTURA DE PRECISÃO NO SISTEMA
PLANTIO DIRETO
Outra evolução tecnológica que vem sendo incorporada nas máquinas semeadoras
é sua integração ao processo de agricultura de precisão (AP). Seus fundamentos foram
intensamente divulgados no Brasil na década de 90, principalmente pelas indústrias de
máquinas agrícolas multinacionais instaladas no país e rapidamente foram fazendo parte
dos estudos em instituições de pesquisa e universidades. Várias indústrias utilizam,
principalmente mecanismos e sensores principalmente para aplicação de fertilizantes em
taxa variável.
Em 2014 a EMBRAPA publicou um compêndio sobre o tema, consolidando o
conjunto de avanços obtidos na pesquisa brasileira até então. RESENDE, et al (2014)
citam, no capítulo sobre aplicação de corretivos e fertilizantes em taxa variável, que “ a
prática de AP mais disseminada no Brasil atualmente consiste da amostragem de solo
78
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
georreferenciada para o mapeamento da fertilidade dos talhões de cultivo, seguida da
prescrição e aplicação de corretivos de acidez e de fertilizantes em quantidades que
variam de acordo com a condição de fertilidade em cada local dentro da lavoura,
tratando-se, portanto, de aplicações em taxa variável. Em princípio, espera-se que esses
procedimentos resultem no uso mais eficiente de corretivos e fertilizantes, uma vez que o
solo dentro da lavoura não é homogêneo e, consequentemente, os requerimentos de
correção da acidez e de adubação variam de um local para outro”.
“Vários equipamentos disponíveis no mercado brasileiro já apresentam
dispositivos eletrônicos que reconhecem os mapas de prescrição e mecanismos que
ajustam automaticamente as dosagens de insumos à medida que se deslocam na área a
ser manejada a taxa variável. Apesar de certa euforia observada entre os agricultores,
impulsionada pelas vantagens econômicas imediatas e pela intensa propaganda
difundida pelas empresas prestadoras de serviços de AP, nem sempre se comprovam os
benefícios agronômicos esperados”.
Um dos principais problemas ainda encontrado está na amostragem de solo.
Mesmo respeitando os princípios da geoestatística, procurando-se trabalhar com um
número superior a 50 pontos amostrais por talhão, que no Cerrado não são inferiores a
200 ha, nem sempre se consegue obter mapas que representem a variabilidade espacial
de um talhão (RESENDE et al, 2014). Outro problema ainda encontrado, mesmo em
pequenos talhões é a interpretação dos resultados de elementos como P e micronutrientes.
Decorre então que, o ponto chave para a AP no manejo de solo deve ser o monitoramento
do talhão numa perspectiva de ajustes contínuos ao longo do tempo, utilizando-se não
apenas de amostragens periódicas de solo, mas de toda ferramenta que agregue e permita
detalhar informações sobre a variabilidade espacial e temporal do talhão.
Outro aspecto a destacar é que, tal operação é realizada com equipamentos que
fazem distribuição dos produtos a lanço na superfície do solo (distribuidores centrífugos).
Em geral, os sistemas de distribuição montados nos aplicadores disponíveis no mercado
nacional apresentam deficiências quanto à uniformidade de aplicação, o que é agravado
pela variação granulométrica presente nos corretivos e fertilizantes. Portanto, há que se
considerar a necessidade de aperfeiçoamento, desde os critérios para a definição da
estratégia de amostragem de solo, até a tecnologia de distribuição de corretivos e
fertilizantes em taxa variável (RESENDE et al, 2014).
O caso particular da aplicação de fósforo a taxa variável em superfície constitui
uma prática temerária, pois, o comportamento típico deste nutriente é sua baixa
mobilidade no solo (RESENDE et al, 2014).
Comparada ao sistema de manejo tradicional com correção e adubação realizadas
de maneira uniforme nas lavouras, em que muitas vezes o produtor nem sequer faz uso
de resultados de análise do solo para definir as quantidades a serem aplicadas, a
agricultura de precisão já de início proporciona um maior detalhamento de informações
pela amostragem georreferenciada. Nesse cenário, são previsíveis os benefícios das
aplicações em taxa variável. Assim, tem sido frequentes ganhos imediatos devido à
adoção da AP, traduzidos em economia de insumos e, em casos mais esporádicos,
melhoria da produtividade (RESENDE et al., 2014).
Outro fator de ajuste é o da população de plantas visando promover melhor
desempenho da cultura. A disponibilização de semeadoras aptas a operar com taxa
variável de distribuição de sementes representa uma flexibilidade que pode ser
79
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
conveniente ao agricultor, principalmente devido ao fato de o gasto com sementes
apresentar participação expressiva no custo de produção das lavouras atualmente. Em
princípio, para a cultura do milho, uma maior população de plantas pode ser vantajosa em
ambientes de alta fertilidade e com boa disponibilidade hídrica, ao passo que uma menor
densidade de plantas seria recomendável em ambientes mais restritivos. Para a soja essa
estratégia se inverte, pois, uma alta densidade de plantas em área com elevada fertilidade
induz ao acamamento da cultura em virtude do excessivo crescimento vegetativo e
estiolamento, ao passo que, num ambiente menos favorável, uma maior população pode
compensar a limitação de crescimento das plantas. Todavia, ainda são incipientes os
trabalhos com semeadura em taxa variável no Brasil e a validação dessa técnica deverá
ser realizada estabelecendo-se claramente as variáveis edafoclimáticas e de manejo que
condicionam sua eficiência técnica para cada cultura (RESENDE et al., 2014).
Hoje são várias as empresas que oferecem modelos de máquinas semeadoras
adubadoras integradas proposta da AP. Há máquinas que possuem componentes para
distribuir em taxa variável fertilizante e até sementes. A figura 3.28 ilustra o operador em
sua cabine monitorando o sistema da máquina que trabalha com taxa variável e os
dispositivos com sensores e motores hidráulicos que controlam e proporcionam a
variação na distribuição de fertilizante.
Figura 3.28 – Operador na cabine monitorando o trabalho da semeadora a esquerda e
motores hidráulicos que promovem a possibilidade de variação da taxa de fertilizante a
direita.
4.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BASTOS FILHO, G.; NAKAZONE, D.; BRUGGEMANN, G.; MELO, H. Uma
avaliação do plantio direto no Brasil. Passo Fundo: Revista Plantio Direto, p. 14-17,
set/out de 2007.
CASÃO JUNIOR, R.; SIQUEIRA, R. Máquinas para manejo de vegetações e semeadura
em plantio direto. In: CASÃO JUNIOR, R.; SIQUEIRA, R.; MEHTA, Y. R. Sistema
plantio direto com qualidade. Londrina: IAPAR/ITAIPU, 2006. p 85-126.
CASÃO JUNIOR, R.; ARAÚJO, A. G.; FUENTES LLANILLO, R. SISTEMA
PLANTIO DIRETO NO SUL DO BRASIL: Fatores que promoveram a evolução do
80
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
sistema e desenvolvimento de máquinas agrícolas. Londrina: IAPAR, 2008. 100 p.
(Relatório final projeto convênio IAPAR/FAO/FAPEAGRO).
CASÃO JUNIOR, R.; ARAÚJO, A. G.; FUENTES LLANILLO, R. PLANTIO
DIRETO NO SUL DO BRASIL: Fatores que facilitaram a evolução do sistema e
desenvolvimento da mecanização conservacionista. Londrina: FAO/IAPAR, 2012. 77 p.
(ISBN 978-85-88184-40-4).
DELLAGUSTINA, D. C. Desenvolvimento do protótipo de uma semeadora
adubadora de plantio direto a tração animal. Florianópolis, SC: departamento de
Engenharia de Produção, UFSC, 1990, 135 p. Dissertação (Mestrado).
EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL DO PARANÁ.
Sistema de controle operacional – Realidade rural – maquinário agrícola. Curitiba:
EMATER-PR, 1996. 19p.
RESENDE, A. V. de; HURTADO, S. M.C.; VILELA, M. de F.; CORAZZA, E. J.;
SHIRATSUCHI, L. S. Aplicações da agricultura de precisão em sistemas de produção de
grãos no Brasil. In: BERNARDI, A. C. de C.; NAIME, J de M.; RESENDE, A. V. de;
BASSOI, L. H.; YNAMASU, R. Y. Agricultura de precisão – Resultados de um novo
olhar. Brasilia. EMBRAPA, 2014. p. 194 a 208.
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE PLANTIO DIRETO NA PALHA. Expansão da área
cultivada em plantio direto de 1972/73 a 2005/06. Disponível
em:www.febrapdp.org.br/arquivos/EvolucaoAreaPDBr72A06.pdf (Acessado em
novembro de 2007).
INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ. ENCONTRO LATINO AMERICANO
SOBRE PLANTIO DIRETO NA PEQUENA PROPRIEDADE, 1. Ponta Grossa:
Iapar, 1993. 428 p.
MIALHE, L. G. Máquinas agrícolas para o plantio. Campinas: Millennium, 623 p.
2012.
SECRETARIA DA AGRICULTURA DO ESTADO DO PARANÁ Programa de
desenvolvimento da tração animal. Curitiba: SEAB, 1984. 15 p.
SHIKI, S. & CASÃO JUNIOR, R. Mecanização Animal - Inventário tecnológico e
problemas observados nas diferentes regiões e sistemas de produção do Paraná.
Londrina - PR. Fundação Instituto Agronômico do Paraná - Iapar, 1989. 59 p.
TOMIYOSHI, C. M.; SILVA, O. R. R. F. da. Tecnologia apropriada em ferramentas,
máquinas e implementos agrícolas para pequenas propriedades. Campina Grande,
PB: UFPB, 1997, 325 p.
81
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
SEMEADORAS ADUBADORAS PARA O SISTEMA PLANTIO DIRETO
Ruy Casão Junior
4 TIPOS E MODELOS DAS SEMEADORAS ADUBADORAS PARA O
SISTEMA PLANTIO DIRETO
4.1 FUNDAMENTOS PARA SELEÇÃO DE MÁQUINAS
SEMEADORAS NO SISTEMA PLANTIO DIRETO
Esse capítulo foi construído principalmente com os dados dos sites dos fabricantes
de semeadoras adubadoras brasileiras disponíveis na web.
Passaram-se mais do que cinco décadas que o Brasil iniciou o SPD, presenciando
a saga na adaptação e desenvolvimento das semeadoras adubadoras que atendessem esse
desafio. Hoje há mais de vinte fabricantes dessas máquinas no país produzindo para todos
os tipos de produtores e exportando para quase todos os países que utilizam o SPD. Muitas
de nossas semeadoras possuem qualidade, eficiência, bom preço e já conquistaram
respeito no mercado mundial.
Procuraremos apresentar da forma mais simplificada possível os diferentes
modelos das diferentes indústrias e algumas recomendações genéricas para sua escolha.
Pelo fato de alguns modelos se apresentarem muito parecidos, poderemos nos
equivocar na sua análise. Assim, agradecemos contribuições para futuras abordagens e
aprofundamento sobre o assunto. Sugerimos também que professores estimulem seus
alunos para aprofundarem essa análise, considerando que a cada dia essas informações
ficarão mais amigáveis na internet.
Pode-se considerar alguns fundamentos e requisitos, para a escolha de uma
semeadora e ou adubadora de plantio direto facilitando sua seleção à realidade do
produtor:
Característica do produtor
Características da propriedade
Características das semeadoras
Características do fabricante
Características de financiamento
Características de associativismo
Características do produtor – É importante observar seu perfil empresarial, como
a sua disponibilidade de capital, sua credibilidade, sua capacidade administrativa, seu
nível de capacitação, sua disponibilidade de tempo e seu perfil de liderança.
Conclusões lógicas mostram que o produtor deve dar o passo do tamanho de suas
pernas. Faz uma grande diferença, mesmo quando o produtor tem pouco capital, se ele é
talentoso com máquinas agrícolas, é dedicado, tem tempo disponível ou boa capacidade
de liderança.
Um produtor habilidoso e organizado pode trabalhar com máquinas com nível
inferior de qualidade de fabricação, pois estará mais atento a sua manutenção e reparos.
82
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Podemos assegurar que a diferença de preço das máquinas agrícolas que realizam a
mesma função é muito grande e inclusive nem sempre o maior preço determina a melhor
qualidade. É claro que há recursos tecnológicos em muitas máquinas indispensáveis para
quem deseja permanecer na fronteira da alta produtividade e lucratividade.
Características da propriedade – Claro que devemos destacar o seu tamanho, o
tipo de solo, sua aptidão agrícola, infraestrutura, o sistema de produção adotado, a
localização, disponibilidade de estradas na propriedade e escoamento da produção.
Hoje temos máquinas semeadoras adequadas a diferentes realidades. Para solos
argilosos, a estratégia difere dos mais arenosos, principalmente quanto a escolha dos
rompedores de solo. Nas áreas mais onduladas e terraceadas as máquinas devem ter
menor comprimento longitudinal que nas áreas planas.
Nas grandes propriedades a autonomia das máquinas deve ser adequada ao
rendimento operacional, mas nas propriedades menores o aumento simples de potência
dos tratores deve ser visto com cuidado, principalmente quando se trabalha com uma
semeadora somente, pois mediante sua danificação a confiabilidade fica comprometida.
Da mesma forma deve-se analisar a disponibilidade de mão de obra, procurando sempre
o ponto adequado da eficiência e segurança. A mobilidade das máquinas deve ser
analisada, seja no transporte na propriedade, estradas vicinais e deslocamentos maiores.
Se o produtor usa rotação de culturas com plantas de cobertura de inverno ou na
integração lavoura-pecuária, deve analisar bem as máquinas a disposição. As
multissemeadoras são uma opção, assim como a aquisição de semeadoras de fluxo
contínuo em grupo de produtores e também a adaptação de kits para semear as forrageiras.
O tempo útil disponível para a implantação das culturas tem reduzido, pela
antecipação da semeadura, mudança climática, pragas e doenças mais resistentes,
exigindo parque de máquinas mais eficientes, assim, deve-se analisar detalhadamente o
tamanho das semeadoras adubadoras, sua adequação a potência dos tratores, o uso de
máquinas em comum e sua mantenabilidade.
Características das semeadoras- No capítulo 3, é possível destacar o depoimento
de alguns especialistas alertando da polêmica na escolha de máquinas com maior nível
tecnológico. Deve-se ter claro o foco, que é conseguir uma boa implantação das culturas.
Deve-se analisar com cuidado a escolha de uma nova tecnologia à máquina, pois, com
certeza ela se incorpora no preço. Como exemplo, nem sempre uma semeadora adubadora
apresenta um melhor desempenho por ser maior, possuir sistema pantográfico nas
unidades de semeadura, trabalhar com sistema de distribuição de sementes pneumáticos,
estar inserida na estratégia da agricultura de precisão e outros mais, mas, escolher
conscientemente, decidindo pela real necessidade daquela tecnologia.
Características do fabricante- Não podemos deixar de analisar a confiabilidade
do fabricante. Podemos até comprar uma máquina de qualidade inferior, mas não
comprometedora. Ideal seria que no país houvesse teste de avaliação, como foram os
desenvolvidos nas décadas de 80, 90 e início dos anos 2000, pela EMBRAPA (CNPMS
e CMPT) e IAPAR, certificação ou até de homologação de máquinas, para que o produtor
tivesse realmente referências na definição de sua escolha. No entanto, todas as tentativas
foram esporádicas e pouco efetivas. Assim, para não ficar somente com a opinião do
representante de vendas, devemos nos informar com vizinhos, produtores, operadores de
máquinas, oficinas e trabalhos técnico-científicos disponíveis.
83
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Um aspecto que pessoalmente acho indispensável é a reposição de peças e até a
assistência técnica. Evitar a aquisição de máquinas de fabricantes ou revendas que não
garantam a reposição de peças em curto prazo de tempo. Um aspecto indispensável,
também, é a entrega técnica, principalmente quando o produtor e ou operadores não estão
acostumados com a nova tecnologia adquirida.
Cuidado com lançamentos, pois, nem na área automobilística estão isentos de
lançar veículos sem riscos de apresentar problemas futuros. Pessoalmente, aguardaria
alguns anos para definir pela escolha de um novo lançamento. Não pode ser esquecido
pelo produtor do prazo de garantia e a credibilidade que a empresa possuí no mercado
quanto a esse aspecto.
Características de financiamento - Se incorporarmos a depreciação das máquinas
no custo de produção da propriedade, quem sabe o susto seria desanimador. A maioria
das empresas agrícolas estacionam na análise da margem bruta, ou seja, a renda bruta
menos os custos variáveis. Sabe-se que nos países desenvolvidos o subsídio agrícola pode
ser até desumano em relação a nossa realidade de países em desenvolvimento. No entanto,
é sabido que o financiamento para investimento, principalmente nas últimas décadas
aliviaram muito a situação de penúria de nossos produtores. Mesmo assim, devemos
incorporar esses custos, pois a situação pode se agravar como ocorrido em certos períodos
(2005 e 2006), assim como, estar sempre atento a oportunidades de financiamentos
oportunos.
Características de associativismo – O céu pode ser o limite na criatividade humana. O
associativismo, mesmo com a tendência de se querer trabalhar isoladamente na linha de
conforto, é uma vantagem imperiosa. Hoje indispensável em todos os sentidos, seja para
obter maior escala de produção, aquisição e uso de máquinas e insumos em comum entre
outras atividades econômicas, sociais e culturais.
A seguir serão apresentados em ordem alfabética os diferentes modelos de
semeadoras para o comércio das indústrias nacionais, disponibilizadas em seus sites em
julho e agosto de 2016.
4.2 A indústria AGCO
É uma empresa americana, que se estabeleceu no ramo de máquinas agrícolas em
1990 com a aquisição da empresa alemã Deutz-Allis Corporation. Em 1993 e 1994
adquiriu a Massey Ferguson e depois outras do mercado internacional, como por
exemplo, em 2002 a Caterpillar, 2004 a Valtra, 2007 a SFIL, esta era uma indústria
brasileira de semeadoras adubadoras de plantio direto sediada em Ibiruba, no estado do
Rio Grande do Sul. Hoje disponibiliza no mercado nacional nas marcas VALTRA e
MASSEY FERGUSON semeadoras adubadoras de precisão, fluxo contínuo e
multissemeadoras voltadas às pequenas, médias e grandes propriedades (Tab. 4.1).
Para pequenas propriedades, disponibiliza os modelos COMPACTA da VALTRA
e a MF 100 e 200 da MASSEY FERGUSON.
A COMPACTA (Fig. 4.1) e a MF 100 são semeadoras adubadoras de precisão
montadas pelo sistema hidráulico do trator, pantográficas nos componentes de semeadura,
com distribuição de sementes com discos alveolados, variando de 2 a 6 linhas espaçadas
de 45 cm (Tab. 4.1). Os discos de corte e hastes ou discos duplo são em zigue zague e as
hastes com sistema de desarme automático. Os reservatórios de fertilizante e sementes
são individualizados por linha, do tipo balde e a distribuição de fertilizante é por rosca
84
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
transversal. Discos duplos desencontrados para sementes e limitadores de profundidade
com rodas de ferro fundido ou revestidas com borracha e compactadores do tipo roda de
pequeno diâmetro. Pode vir com marcador de linha opcional.
A MF 200 é semeadora adubadora de precisão, mas de arrasto e pantográfica. A
distribuição de sementes é com discos alveolados, variando de 3 a 6 linhas espaçadas de
45 cm (Tab. 4.1). As demais características se assemelham a MF 100.
Para médias propriedades, disponibiliza os modelos HITECH COMPACTA da
VALTRA e a MF 400 da MASSEY FERGUSON.
A HITECH COMPACTA e a MF 400 (Fig. 4.1) são também semeadoras
adubadoras de precisão, mas de arrasto e pivotada nos rompedores frontais (disco de corte
e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de semeadura que pode ser pivotada ou
pantográfica. O sistema pantográfico permite isolar com engate rápido as linhas
transformando-as de soja para milho facilmente. A distribuição de sementes é com discos
alveolados, variando de 5 a 11 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.1). Os discos de corte
e hastes ou discos duplo são em zigue zague e as hastes com sistema de desarme
automático. Os reservatórios de fertilizante são em caixas maiores, e os de sementes,
individualizados do tipo balde. Possui caixa de câmbio para regulagem de sementes e
fertilizante, e a distribuição de fertilizante é por rosca sem fim da marca FERTISYSTEM,
isento de graxeiras. Disco duplo desencontrado para sementes e limitadores de
profundidade com rodas paralelas revestidas com borracha ou inclinadas e compactadores
do tipo roda de pequeno diâmetro ou rodas em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.
Pode ter como opcional roda de controle de profundidade das hastes sulcadoras.
As médias e grandes propriedades podem optar pelos modelos HITECH e
HITECH BP da VALTRA e a MF 500 e MF 500 S da MASSEY FERGUSON.
A HITECH (Fig. 4.1) e a MF 500 são semeadoras adubadoras de precisão de
arrasto e pivotada nos rompedores frontais (disco de corte e haste sulcadora) e na unidade
de semeadura que pode ser pivotada ou pantográfica. O sistema pantográfico permite
isolar com engate rápido as linhas transformando-as de soja para milho facilmente. A
distribuição de sementes é com discos alveolados, ou pneumático da marca
MATERMACC, variando de 6 a 17 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.1). Os rompedores
frontais, assim como as unidades de semeadura são dispostos transversalmente em zigue
zague. Os discos de corte podem ser liso ou duplo desencontrado. Possuem quatro opções
de deposição de fertilizante: Haste fixa; haste com sistema desarme automático; disco
ondulado e disco duplo. Os reservatórios de fertilizante são em caixas maiores de
polietileno, e os de sementes, individualizados do tipo balde, ou opcionalmente com o 30
depósito e pipoqueira. Possui caixa de câmbio para regulagem de sementes e fertilizante,
e a distribuição de fertilizante é por rosca sem fim da marca FERTISYSTEM, isento de
graxeiras. Na transmissão de fertilizante há limitador de torque (fusível). Disco duplo
desencontrado para sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas
revestidas com borracha ou inclinadas e compactadores do tipo roda de pequeno diâmetro
ou rodas em “V”. Opcionalmente pode ter vários modelos de limpa trilhos ou tapa sulco
atrás das hastes sulcadoras. Possui marcador de linha. Pode ter roda de controle de
profundidade das hastes sulcadoras. Possui o monitor de sementes Valtra 400.
Opcionalmente possui o sistema em taxa variável para sementes e fertilizante que pode
seguir o mapa de semeadura e fertilidade. Sistema de acoplamento em tandem até 30
linhas.
85
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
A HITECH BP (Fig. 4.1) e a MF 500 S são semelhantes as anteriores, mas
especializadas somente para a distribuição de sementes (Tab. 4.1). Variam de 8 a 17 linhas
espaçadas de 45 cm. Caracterizam-se por possuir o 30 depósito e pipoqueira na
distribuição de sementes. Possuem quase todos os opcionais da HITECH e a MF 500.
Destaca-se que no catalogo, apesar de distribuir somente sementes, possui os rompedores
frontais com disco de corte e haste sulcadora, apropriados para fertilizantes.
A FRONTIER CFS e MF 700 CFS (Fig. 4.1), indicadas as grandes propriedades,
são semeadoras adubadoras de precisão de arrasto. Pivotada nos rompedores frontais e
pantográfica na unidade de semeadura. A distribuição de sementes é com discos
alveolados, ou pneumático da marca MATERMACC, variando de 11 a 30 linhas
espaçadas de 45 cm (Tab. 4.1). Os rompedores frontais, assim como as unidades de
semeadura são dispostos transversalmente em zigue zague. Os reservatórios de
fertilizante são em caixas maiores de polietileno, e os de sementes com o 30 depósito e
pipoqueira. O transporte das sementes é realizado pneumaticamente à pipoqueira. A
distribuição de fertilizante é por rosca sem fim da marca FERTISYSTEM, isento de
graxeiras. Discos duplos desencontrados para sementes e limitadores de profundidade
com rodas de borracha paralelas ou inclinadas e compactadores do tipo roda de pequeno
diâmetro ou rodas em “V”. Possui o monitor de sementes PM 400. Opcionalmente possui
o sistema em taxa variável para sementes e fertilizante que pode seguir o mapa de
semeadura e fertilidade incorporado ao sistema de agricultura de precisão.
Como semeadoras de fluxo contínuo a AGCO (Tab. 4.1) disponibiliza a FINE e a
MF 300 (Fig. 4.1). São máquinas de arrasto, pivotadas, robustas para o trabalho em taipas
de arroz. Possuem sistema de distribuição de sementes com rotores acanelados
helicoidais, variando de 20 a 26 linhas espaçadas de 17 cm. O sistema de distribuição de
fertilizante possuí dois modelos: rosca sem fim como acionador e rotores dentados;
dosador de precisão FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Caixa de fertilizante e
sementes elevada de aço carbono e caixa opcional para sementes de pastagens. Unidades
de rompedores e semeadura de disco duplo defasado com aros limitadores de
profundidade e rodas compactadoras com dois modelos: angular e convexo. Possui
limitador de torque (fusível) para proteger as transmissões. Opcionalmente pode ter roda
auxiliar longitudinal para transporte da máquina.
Quanto as multissemeadoras, as menores são a MULTIPLE L e MF 600 L (Fig.
4.1). Semelhantes entre si, possuem de 5 a 8 linhas espaçadas de 45 cm quando em
precisão e de 11 a 21 linhas de 17 cm quando em fluxo contínuo (Tab. 4.1). Os depósitos
de fertilizante e de sementes são de polietileno, em posição elevada. Quando em fluxo
contínuo os rompedores de solo são posicionados transversalmente em zigue zague e na
versão em precisão permanecem alinhados e acoplados com sistema de paralelogramo.
Tubos telescópicos conduzem o fertilizante e sementes ao solo, mas na versão em
precisão é montado um sistema de distribuição tipo pipoqueira que recebe as sementes e
dosam com discos alveolados. A máquina possui caixa de câmbio e limitador de torque
na transmissão. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim, marca
FERTISYSTEM, o de sementes em fluxo, com rotores acanelados helicoidais. Na versão
em precisão os rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste sulcadora com
sistema desarme automático ou disco duplo. Opcionalmente com marcador de linha
hidráulico, caixa de sementes miúdas, roda de transporte e hectarímetro digital.
86
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.1 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SAMu) da
AGCO/VALTRA ou AGCO/MASSEY FERGUSSON em julho de 2016. http://www.massey.com.br/produtos/implementos/plantadoras-e-
semeadoras
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE DE
SEMENTES
PESO/
LINHA
kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
COMPACTA
(VALTRA)
SAPTr montada
e pantográfica
2, 3, 4, 5 e 6
45 cm
Discos
alveolados
Balde/gravidade 202 a 260 Zigue zague disco
corte e haste
Alinhados disco
sementes
Rosca transversal
MF 100
(MASSEY
FERGUSON)
SAPTr montada
e pantográfica
2, 3, 4 e 5
45 cm
Discos
alveolados
Balde/gravidade 202 a 260 Zigue zague disco
corte e haste
Alinhados disco
sementes
Rosca transversal
MF 200
(MASSEY
FERGUSON)
SAPTr arrasto
pantográfica
3, 4, 5 e 6
45 cm
Discos
alveolados
Balde/gravidade 237 a 313 Zigue zague disco
corte e haste
Alinhados disco
sementes
Rosca transversal
HI TECH
COMPACTA
(VALTRA)
SAPTr arrasto
pivotada ou
pantográfica
5, 7, 9 e 11
45 cm
Discos
alveolados
Balde/gravidade 318 a 335 Zigue zague disco
corte e haste
Alinhados disco
sementes
Rosca sem fim
MF 400
(MASSEY
FERGUSON)
SAPTr arrasto
pivotada ou
pantográfica
5, 7, 9 e 11
45 cm
Discos
alveolados
Balde/gravidade 318 a 335 Zigue zague disco
corte e haste
Alinhados disco
sementes
Rosca sem fim
HITECH
(VALTRA)
SAPTr arrasto
pivotada ou
pantográfica -
tandem, taxa
variável
6, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 15 e
17
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumática
Balde ou 30 depósito
e pipoqueira/gravidade
329 a 385 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
MF 500 SPTr arrasto
pantográfica -
6, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 15 e
17
Discos
alveolados ou
pneumática
Balde ou 30 depósito
e pipoqueira/gravidade
329 a 385 Zigue zague disco
corte e haste
Rosca sem fim
87
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
(MASSEY
FERGUSON)
tandem, taxa
variável
45 cm Zigue zague disco
sementes
HITECH BP
(VALTRA)
SPTr arrasto
pantográfica -
tandem, taxa
variável
8, 9, 10, 11, 12, 13, 15 e 17
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumática
30 depósito e
pipoqueira/gravidade
- Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
-
MF 500 S
(MASSEY
FERGUSON)
SPTr arrasto
pantográfica -
tandem, taxa
variável
8, 9, 10, 11, 12, 13, 15 e 17
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumática
30 depósito e
pipoqueira/gravidade
- Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
-
FRONTIER CFS
(VALTRA)
SAPTr arrasto
pantográfica,
taxa variável
11, 13, 15, 22, 26 e 30
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumática
30 depósito e
pipoqueira/pneumatico 545 a 631 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
MF 700 CFS
(MASSEY
FERGUSON)
SAPTr arrasto
pantográfica,
taxa variável
11, 13, 15, 22, 26 e 30
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumática
30 depósito e
pipoqueira/pneumático 545 a 631 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
FINE
(VALTRA)
SAFTr arrasto
pivotada
arrozeira
20, 22 e 26
17 cm
Rotor acanelado
helicoidal
Depósito
elevado/gravidade
184 a 194 Alinhados disco
fertilizante/sementes Rotores fundidos
ou rosca sem fim
MF 300
(MASSEY
FERGUSON)
SAFTr arrasto
pivolada
arrozeira
20, 22 e 26
17 cm
Rotor acanelado
helicoidal
Depósito
elevado/gravidade
184 a 194 Alinhados disco
fertilizante/sementes Rotores fundidos
ou rosca sem fim
MULTIPLE L
(VALTRA)
SAMuTr arrasto
pivotada
11, 13, 15, 17 e 21 - 17 cm
5, 7 e 8 - 45 cm
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
30 depósito e
pipoqueira/gravidade 153 a 194
371 a 428
Zigue zague disco
fertilizante/sementes
Rosca sem fim
MF 600 L
(MASSEY
FERGUSON)
SAMuTr arrasto
pivotada
11, 13, 15, 17 e 21 - 17 cm
5, 7 e 8 - 45 cm
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
30 depósito e
pipoqueira/gravidade 153 a 194
371 a 428
Zigue zague disco
fertilizante/sementes
Rosca sem fim
88
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
MULTIPLE M
(VALTRA)
SAMuTr arrasto
pantográfica
23, 25, 27 e 29 - 17 cm
9 e 11 - 45 cm
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
30 depósito e
pipoqueira/gravidade 164 a 189
456 a 464
Zigue zague disco
fertilizante/sementes
Rosca sem fim
MF 600 M
(MASSEY
FERGUSON)
SAMuTr arrasto
pantográfica
23, 25, 27 e 29 - 17 cm
9 e 11 - 45 cm
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
30 depósito e
pipoqueira/gravidade 164 a 189
456 a 464
Zigue zague disco
fertilizante/sementes
Rosca sem fim
89
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
COMPACTA MF 400 HITECH
FRONTIER CFS HITECH BP MF 700CFS
MF 300 MULTPLE M MF 600 L
Figura 4.1 Semeadoras adubadoras da indústria AGCO/MASSEY FERGUSON e
AGCO/VALTRA. http://www.massey.com.br/produtos/implementos/plantadoras-e-
semeadoras. http://www.valtra.com.br/produtos/implementos/plantadoras.
http://www.valtra.com.br/produtos/implementos/semeadoras.
A multissemeadora MULTIPLE M (Fig. 4.1) e a MF 600 M, também semelhantes,
possuem de 9 e 11 linhas espaçadas de 45 cm e de 23 a 29 linhas de 17 cm (Tab. 4.1).
Possuem dois conjuntos de depósitos de polietileno para sementes e fertilizante que
podem ser alternados. Os rompedores de solo são posicionados transversalmente em
zigue zague nas versões em fluxo contínuo e precisão, este acoplado com sistema de
paralelogramo. Mangueiras sanfonadas conduzem o fertilizante e sementes ao solo, mas
na versão em precisão é montado um sistema de distribuição tipo pipoqueira que recebe
as sementes e dosam com discos alveolados. A máquina possui caixa de câmbio e
limitador de torque na transmissão. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca
sem fim, marca FERTISYSTEM, o de sementes em fluxo, com rotores acanelados
helicoidais. Na versão em precisão os rompedores de solo constituem-se de disco de corte
e haste sulcadora com sistema desarme automático ou disco duplo. Opcionalmente com
90
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
marcador de linha, caixa de sementes miúdas, roda de transporte, roda limitadora de
profundidade da haste sulcadora e hectarímetro digital.
4.3 A indústria BALDAN
Sediada no município de Matão no estado de São Paulo desde 1928 é tradicional
fabricante de várias máquinas e implementos agrícolas apresenta hoje 34 modelos de
semeadoras adubadoras mecanizadas para o SPD (Tab. 4.2). Constituem-se de 20
semeadoras adubadoras de precisão, 3 semeadoras de precisão, 10 semeadoras de fluxo
contínuo e uma multissemeadora. Além disso, disponibilizam em seus modelos,
diferentes números de unidades de semeaduras (linhas) que superam uma centena de
modelos na sua linha de produção.
Das 20 semeadoras adubadoras de precisão, as mais apropriadas as propriedades
de pequeno porte, são apresentadas a seguir:
Modelos montados no sistema de levantamento hidráulico do trator são: PLB
directa, PLB directa air, a NSH nano, SEHA e SP light (Tab.4. 2).
Os modelos de arrasto são: a NSA nano, SLA precision, SLA precision air (Tab.
4.2).
Observa-se que o número de linhas varia de 2 a 8 e dentro de cada modelo pode-
se encontrar o sistema de distribuição de sementes com discos alveolados (mecânico) ou
pneumático (à vácuo) e também os modelos com unidade de semeadura pivotada ou
pantográfica (flex).
O modelo PLB directa (Fig. 4.2) e PLB directa air, são semeadoras adubadoras de
precisão montadas pelo sistema hidráulico do trator, linhas pantográficas acopladas em
uma barra porta ferramenta. A distribuição de sementes é com discos alveolados e
pneumática respectivamente, variando de 2 a 6 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.2). Os
discos de corte e hastes são alinhados. Os reservatórios de fertilizante e sementes são
individualizados por linha, do tipo balde e a distribuição de fertilizante é por rosca sem
fim transversal. Disco duplo desencontrado para sementes e rodas com maior diâmetro
de ferro fundido ou borracha como compactadores e acionadoras do mecanismo de
transmissão. Marcador de linha manual.
As semeadoras NSH nano (Fig. 4.2) e NSA nano são também semeadoras
adubadoras de precisão, hidráulica e de arrasto respetivamente. São pivotadas nos
rompedores frontais (disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de
semeadura e ambas alinhadas transversalmente. A distribuição de sementes é com discos
alveolados, variando de 3 a 6 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.2). Os reservatórios de
fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno, e os de sementes,
individualizados do tipo balde. Possui painel de graxeiras para facilitar a lubrificação.
Discos duplos desencontrados para sementes e limitadores de profundidade com rodas de
borracha inclinadas e compactadores de quatro tipos: roda de pequeno diâmetro lisa,
convexa e côncava e, rodas em “V”. Opcionalmente pode ter marcador de linha
hidráulico.
A semeadora SP light é de precisão, hidráulica, pivotada nos rompedores frontais
(disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de semeadura e ambas
alinhadas transversalmente. A distribuição de sementes é com discos alveolados, com 5
91
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
e 6 linhas espaçadas de 45 e 50 cm respectivamente (Tab. 4.2). Os reservatórios de
fertilizante são em caixas maiores elevadas de aço carbono, e os de sementes,
individualizados do tipo balde. Possui caixa de engrenagem tipo speed box para
regulagem de sementes e fertilizante. Disco duplo desencontrado para sementes e
limitadores de profundidade com rodas de borracha inclinadas e compactadores tipo rodas
em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.
A semeadora SEHA é de precisão, hidráulica, pivotada nos rompedores frontais
(disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de semeadura e ambas
alinhadas transversalmente. A distribuição de sementes é pneumática à vácuo, com 4
linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.2). Os reservatórios de fertilizante são em caixas
maiores elevadas de polietileno, e os de sementes, individualizado do tipo balde. Possui
caixa de câmbio para regulagem de sementes e fertilizante. Discos duplos desencontrados
para sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas revestidas com borracha
e compactadores tipo rodas em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.
As semeadoras SLA precision e SLA precision air (Fig. 4.2) são de precisão, de
arrasto, pivotada nos rompedores frontais (disco de corte e haste sulcadora ou disco
duplo) e na unidade de semeadura e, ambas alinhadas transversalmente. A distribuição
de sementes é com discos alveolados e pneumático respectivamente, com 5 e 7 linhas
espaçadas de 45 cm (Tab. 4.2). Os reservatórios de fertilizante são em caixas maiores
elevadas de polietileno, e os de sementes, individualizados do tipo balde. Possui caixa de
engrenagem tipo speed box para regulagem de sementes e fertilizante e painel de
graxeiras para facilitar a lubrificação. Discos duplos desencontrados para sementes e
limitadores de profundidade com rodas de borracha paralelas e compactadores tipo rodas
em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.
Para as médias propriedades as opções variam de 7 a 9 linhas espaçadas de 45 cm.
A BALDAN disponibiliza os modelos SPE Top line, SPE Top line flex, SPE Top line
flex air (Tab. 4.2).
As semeadoras SPE top line, SPE top line flex e SPE top line flex air (Fig. 4.2)
são de precisão, de arrasto, pivotada nos rompedores frontais (disco de corte e haste
sulcadora ou disco duplo) e na unidade de semeadura. Pivotada no modelo top line e
pantográfica nos modelos flex. As três são dispostas em zigue zague transversalmente. A
distribuição de sementes é com discos alveolados e pneumático respectivamente, com 7
e 9 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.2). Os reservatórios de fertilizante são em caixas
maiores elevadas de polietileno, e os de sementes, individualizados do tipo balde. Possui
caixa de engrenagem tipo speed box para regulagem de sementes e fertilizante e painel
de graxeiras para facilitar a lubrificação. Discos duplos desencontrados para sementes e
limitadores de profundidade com rodas de borracha paralelas e compactadores tipo rodas
em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.
Para as médias e grandes propriedades as opções são até mais numerosas variando
de 7 a 21 linhas espaçadas de 45 cm. A BALDAN disponibiliza os modelos PP SOLO,
SP GRAFIC, SPA MEGA e a SP TOPOGRAFIC.
A PP SOLO (Tab. 4.2) mais tradicional criada em meados da década de 90 possuí
hoje os modelos: PP SOLO CX3, PP SOLO speed box, PP SOLO speed box 30 depósito
(Fig. 4.2) e PP SOLO speed box air (Fig. 4.2). São semeadoras de precisão, de arrasto,
pivotadas com sistema de distribuição de sementes mecânico com discos alveolados, com
exceção do modelo air que é pneumático. As quatro possuem rompedores frontais (disco
92
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de semeadura dispostas em zigue
zague transversalmente. A PP SOLO CX3 possui caixa de engrenagem com 62 opções
para distribuição de fertilizante, sementes e calcário/micronutrientes. Os demais modelos
usam o sistema de speed box, também com 62 opções de troca rápida de velocidade das
engrenagens. A PP SOLO com o 30 depósito se diferencia pelo fato das sementes fluírem
do depósito maior para pequenos depósitos (pipoqueira) em cada unidade de semeadura.
Os reservatórios de fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno ou aço inox,
e os de sementes, individualizados do tipo balde. Possui painel de graxeiras para facilitar
a lubrificação. Discos duplos desencontrados para sementes e limitadores de
profundidade com rodas paralelas revestidas com borracha e compactadores tipo rodas
em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.
O modelo SP GRAFIC (Tab. 4.2) surgiu em meados dos anos 2000, com três
modelos disponíveis hoje: SP GRAFIC flex speed box, diferindo da PP SOLO por possuir
o sistema pantográfico em vez do pivotado. O SP GRAFIC flex speed box 30 depósito já
possui o depósito menor (pipoqueira) e a SP GRAFIC flex speed box air (Fig. 4.2) usa o
sistema de distribuição de sementes pneumático. A SP GRAFIC são semeadoras de
precisão, de arrasto, com sistema de distribuição de sementes mecânico com discos
alveolados, com exceção do modelo air que é pneumático. As três possuem rompedores
frontais (disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de semeadura
dispostas em zigue zague transversalmente. Usam o sistema de speed box com 62 opções
de troca rápida de velocidade das engrenagens. Os reservatórios de fertilizante são em
caixas maiores elevadas de polietileno, e os de sementes, individualizados do tipo balde.
Possui painel de graxeiras para facilitar a lubrificação. Discos duplos desencontrados para
sementes e limitadores de profundidade com rodas de borracha paralelas e compactadores
tipo rodas em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.
A SPA MEGA (Tab. 4.2) também apresenta três modelos: SPA MEGA flex speed
box (Fig. 4.2), possuindo, também, o sistema pantográfico como SP GRAFIC. A SPA
MEGA flex speed box 30 depósito que possui o depósito menor (pipoqueira) e a SPA
MEGA flex speed box air usa o sistema de distribuição de sementes pneumático. Possuem
de 7 a 13 linhas de 45 cm de espaçamento (Tab. 4.2). Possuí pouca diferença da SP
GRAFIC.
Com objetivo de aumentar o porte e trabalhar em áreas com terraços de base larga
há o modelo SP TOPOGRAFIC (Fig. 4.3). Trata-se de uma semeadora adubadora de
arrasto, pantográfica e pneumática. Possui o 30 depósito de sementes e o depósito menor
(pipoqueira) tem uma composição de várias máquinas unidas por uma articulação lateral,
podendo atingir de 11 a 21 linhas de 45 cm de espaçamento (Tab. 4.3). Possui as
características gerais da SP GRAFIC.
Os modelos SP GIGA D speed box e SP GIGA D speed box air (Fig. 4.3) são
somente semeadoras, sem possuir o sistema de distribuição de fertilizante estando
disponíveis nos tamanhos com 22, 30, 34 e 42 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.2).
Possui as características gerais da SP GRAFIC, sem o sistema de fertilizante.
93
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.2 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SAMu) da BALDAN em
julho de 2016. http://www.baldan.com.br/conteudos/plantadeiras.html. http://www.baldan.com.br/conteudos/semeadeiras.html.
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE
DE SEMENTES
PESO POR
LINHA kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
PLB directa SAPTr
montada
pivotada
4, 5 e 6
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 169 a 191 Alinhados disco de
corte, haste e disco
de sementes
Rosca sem fim
PLB directa air SAPTr
montada
pivotada
4, 5 e 6
45 cm
Pneumática Balde/gravidade 169 a 191 Alinhados disco de
corte, haste e disco
de sementes
Rosca sem fim
NSH Nano semeadora
hidráulica
SAPTr
montada
pivotada
3, 5, 6
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade - Alinhados disco de
corte, haste e disco
de sementes
Rosca sem fim
NSA Nano semeadora
arrasto
SAPTr
arrasto
pivotada
3, 5, 6
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 200 a 233 Alinhados disco de
corte, haste e disco
de sementes
Rosca sem fim
SEHA semeadora
hidráulica
SAPTr
montada
pivotada
4
45 cm
Pneumática Balde/gravidade 387 Alinhados disco de
corte, haste e disco
de sementes
Rosca sem fim
SLA precision - speed
box
SAPTr
arrasto
pivotada
5 e 7
45 cm
Discos
alveolados
Balde/gravidade 379 e 407 Alinhados disco de
corte, haste e disco
de sementes
Rosca sem fim
SLA precision air-
speed box
SAPTr
arrasto
pivotada
5 e 7
45 cm
Pneumática Balde/gravidade 379 e 407 Alinhados disco de
corte, haste e disco
de sementes
Rosca sem fim
SP Light SAPTr
montada
pivotada
5 e 6
45 e 50 cm
Discos
alveolados
Balde/gravidade 250 e 256 Alinhados disco de
corte, haste e disco
de sementes
Rosca sem fim
94
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
SPE Top line – speed
box
SAPTr
arrasto
pantografica
7 e 9
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 333 e 342 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
SPE Top line flex –
speed box
SAPTr
arrasto
pivotada
7 e 9
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 333 e 342 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
SPE Top line air –
speed box
SAPTr
arrasto
pivotada
7 e 9
45 cm
Pneumática Balde/gravidade 333 e 342 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
PP SOLO CX3 SAPTr
arrasto
pivotada
8, 10, 12, 13, 15 e 17
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 400 a 520 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
PP SOLO speed box SAPTr
arrasto
pivotada
8, 10, 12, 13, 15 e 17
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 400 a 520 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
PP SOLO speed box 30
deposito
SAPTr
arrasto
pivotada
8, 10, 12, 13, 15 e 17
45 cm
Discos
alveolados 30 depósito e
pipoqueira/gravid
ade
481 a 586 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
PP SOLO speed box
air
SAPTr
arrasto
pivotada
8, 10, 12, 13, 15 e 17
45 cm
Pneumática Balde/gravidade 400 a 520 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
SP GRAFIC flex –
speed box
SAPTr
arrasto
pantografica
8, 10, 12, 13, 15 e 17
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 469 a 586 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
SP GRAFIC flex –
speed box 30 deposito
SAPTr
arrasto
pantografica
8, 10, 12, 13, 15 e 17
45 cm
Discos
alveolados 30 depósito e
pipoqueira/gravid
ade
431 a 547 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
95
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
SP GRAFIC flex –
speed box - air
SAPTr
arrasto
pantografica
8, 10, 12, 13, 15 e 17
45 cm
Pneumática Balde/gravidade 469 a 586 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
SPA Mega flex –
speed box
SAPTr
arrasto
pantografica
7, 8, 9, 11 e 13
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 475 a 590 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
SPA Mega flex –
speed box - 30
deposito
SAPTr
arrasto
pantografica
7, 8, 9, 11 e 13
45 cm
Discos
alveolados 30 depósito e
pipoqueira/gravid
ade
503 a 626 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
SPA Mega flex –
speed box - air
SAPTr
arrasto
pantografica
7, 8, 9, 11 e 13
45 cm
Pneumática Balde/gravidade 475 a 590 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
SP TOPOGRAFIC SAPTr
arrasto
pantografica
11, 13, 15, 17 e 21
45 cm
Pneumática 30 depósito e
pipoqueira/gravid
ade
476 a 596 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
SP GIGA D – speed
box
SPTr arrasto
pantografica
22, 30, 34 e 42 Discos
alveolados 30 depósito e
pipoqueira/gravid
ade
468 a 523 Zigue zague disco
sementes
-
SP GIGA D – speed
box - air
SPTr arrasto
pantografica
22, 30, 34 e 42 Pneumática 30 depósito e
pipoqueira/gravid
ade
468 a 523 Zigue zague disco
sementes
-
SHB SAFTr
montada
pivotada
11, 13, 15 e 17
17 cm
Rotores
helicoidais
Depósito
elevado/gravidad
e
85 a 103
Zigue zague disco
fertilizante/sementes Rosca transversal
SHBE-H SAFTr
montada
pivotada
13, 15 e 17
17 cm
Rotores
helicoidais
Depósito
elevado/gravidad
e
86 a 98 Zigue zague disco
fertilizante/sementes
Rosca sem fim
96
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
SAB SAFTr
arrasto
pivotada
11, 13, 15 e 17
17 cm
Rotores
helicoidais
Depósito
elevado/gravidad
e
76 a 90 Zigue zague disco
fertilizante/sementes
Rosca transversal
SPD SAFTr
arrasto
pivotada
16, 20 e 24
17 cm
Rotores
helicoidais Depósito
elevado/gravidad
e
176 a 213 Alinhados disco
fertilizante/sementes
Rosca transversal
SPDe SAFTr
arrasto
pivotada
16, 20 e 24
17 cm
Rotores
helicoidais Depósito
elevado/gravidad
e
176 a 213 Alinhados disco
fertilizante/sementes
Rosca sem fim
SPDe CXP SAFTr
arrasto
pivotada
16, 20 e 24
17 cm
Rotores
helicoidais
(arrozeira)
Depósito
elevado/gravidad
e
177 a 214 Zigue zague disco
fertilizante/sementes
Rosca sem fim
SPDe-A SAFTr
arrasto
pivotada
32
17 cm
Rotores
helicoidais
(arrozeira)
Depósito
elevado/gravidad
e
234 Zigue zague disco
fertilizante/sementes
Rosca sem fim
SPDe-T SAFTr
arrasto
pivotada
16, 20 e 24
17 cm
Rotores
helicoidais
(arrozeira)
Depósito
elevado/gravidad
e
221 a 224 Zigue zague disco
fertilizante/sementes
Rosca sem fim
SA SAFTr
arrasto
pivotada
16, 20 e 24
17 cm
Rotores
helicoidais
Depósito
elevado/gravidad
e
83 a 98 Zigue zague disco
fertilizante/sementes
Rosca transversal
SMB SAMuTr
arrasto
pivotada
21, 25, 29 (16,5 cm)
8, 9, 11 (45 cm)
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
30 depósito e
pipoqueira/gravid
ade
214 a 245
614 a 697
Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca transversal
97
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
PLB directa NSH Nano SLA precision air SPE top line flex air
PP SOLO 30 depósito PP SOLO air SP GRAFIC flex air SPA MEGA flex 30 depósito
Figura 4.2 Semeadoras adubadoras de precisão da indústria BALDAN. Site da BALDAN.
http://www.baldan.com.br/conteudos/plantadeiras.html.
98
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
.
SP
TOPOGRAFIC SP GIGA D air SPD SPDe A
SA SAB SHBE-H SMB multipla
Figura 4.3 Semeadoras e ou adubadoras de precisão, de fluxo contínuo e multissemeadora da indústria BALDAN.
http://www.baldan.com.br/conteudos/plantadeiras.html. http://www.baldan.com.br/conteudos/semeadeiras.html.
99
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Quanto as semeadoras adubadoras de fluxo contínuo a fábrica disponibiliza hoje
9 modelos, que variam de 11 a 24 linhas espaçadas de 17 cm. São dois modelos montados
no hidráulico do trator (SHB e SHBE-H), variando de 11 a 17 linhas na SHB e 13 a 17
linhas na SHBE-H com 17 cm de espaçamento.
A SHB e SHBE-H (Fig. 4.3) possuem os discos duplos desencontrados em zigue
zague, com anéis limitadores de profundidade, linhas pivotadas em um eixo, depósitos de
sementes e fertilizante de aço carbono e, sistema de distribuição de sementes com rotores
acanelados helicoidais. O sistema de distribuição de fertilizante da SHB é com rosca
transversal flutuante e da SHBE-H com rosca sem fim (Tab. 4.2). A SHB possui
aterradores do tipo argolas, mas poder opcionalmente usar três outros modelos de
aterradores, com rodas de pequeno diâmetro de borracha lisa, côncava e convexa.
ASHBE-H os aterradores são de roda de ferro. Ambas têm também como opcionais, caixa
para sementes de pastagem, sistema agitador de sementes e marcadores de linha manuais.
Os modelos de arrasto são: SAB, com 11 a 17 linhas (Fig. 4.3); a SA (Fig. 4.3),
SPD (Fig. 4.3), SPDe, SPDe CXP e SPDe-T, todas com 16 a 24 linhas espaçadas de 17
cm e a SPDe-A de 32 linhas (Fig. 4.3). Utilizam o sistema de distribuição de sementes
com rotores acanelados helicoidais sem exceção. Como pode ser observado na tabela 4.3,
os modelos SPDe CXP, SPDe-A (Fig 4.3) e SPDe-T são apropriados para o trabalho em
áreas arrozeiras. O modelo SAB é semelhante a SHB hidráulica, mas no modelo de
arrasto.
As a SPD, SPDe, SPDe CXP, SPDe-T e SPDe-A possuem linhas pivotadas com
o sistema triplo disco, ou seja, disco de corte a frente e disco duplo atrás. Nas duas
primeiras os discos são alinhados transversalmente e nas demais em zigue zague. A SA é
máquina mais leve e usa somente disco duplo para abertura de sulco e deposição de
fertilizante e sementes. Os depósitos de sementes e fertilizante de aço carbono ou aço
inox e, o sistema de distribuição de sementes com rotores acanelados helicoidais. O
sistema de distribuição de fertilizante da SA e SPD é espiral flutuante transversal e as
demais com rosca sem fim (Tab. 4.2). Todas usam o sistema de speed box com 62 opções
de troca rápida de velocidade das engrenagens. Os aterradores são de ferro e podem
opcionalmente usar rodas em “V” e os três outros modelos: com rodas de pequeno
diâmetro de borracha lisa, côncava e convexa. Têm também como opcionais, disco de
corte corrugado, caixa para sementes de pastagem, sistema agitador de sementes,
hectarímetro e marcadores de linha hidráulico.
A SPD pode trabalhar opcionalmente como multissemeadora, pois é possível
introduzir linha completa de rompedores e pipoqueira para distribuição de sementes em
precisão. A partir da SPDe acompanha opcionalmente sistema de rodado para transporte
longitudinal da máquina. Os modelos SPDe-A e SPDe-T são reforçadas, com rodados
especiais para o trabalho rústico em taipas de arroz.
O modelo SMB (Fig. 4.3) é uma semeadora adubadora múltipla. Esta máquina
quando montada na composição para semeadura em fluxo contínuo, tem com opções 21,
25 e 29 linhas de 16,5 cm e quando para semeadura em precisão 8, 9 e 11 linhas de 45 cm
de espaçamento, respectivamente (Tab. 4.2). Possui dois conjuntos de depósitos de aço
carbono para sementes e fertilizante que podem ser alternados. Os rompedores de solo
são posicionados transversalmente em zigue zague nas versões em fluxo contínuo e
precisão, este acoplado com sistema de paralelogramo. Mangueiras telescópicas
conduzem o fertilizante e sementes ao solo, mas na versão em precisão é montado um
100
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
sistema de distribuição tipo pipoqueira que recebe as sementes e dosam com discos
alveolados. A máquina possui o sistema de speed box com 62 opções de troca rápida de
velocidade das engrenagens. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim,
o de sementes em fluxo, com rotores acanelados helicoidais. Na versão em precisão os
rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo com
sistema desarme-arme. Opcionalmente com marcador de linha, caixa de sementes
miúdas, agitador de sementes, caixa de aço inox e hectarímetro digital.
4.4 A indústria CASE, sediada em vários estados brasileiros (PR, MG e SP),
multinacional americana desde 1842, tradicional fabricante de tratores, colhedoras e
várias máquinas e implementos agrícolas apresenta hoje a semeadora adubadora de
precisão Easy Riser (Tab. 4.3) apropriada à grandes propriedades. Esse modelo a décadas
utilizado principalmente nos Estados Unidos e Europa, foi introduzido no Brasil depois
dos anos 2000, trazendo como novidade uma caixa central de sementes com grande
autonomia, às quais, são transportadas com fluxo de ar as unidades de semeadura (linhas),
que posteriormente são dosadas e distribuídas pelo sistema pneumático (Fig. 4.4) próprio
da CASE IH (Advance seed meter). O dosador de fertilizante é o de rosca sem fim da
marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Os rompedores de solo frontais e os de
semeadura são dispostos transversalmente em zigue zague. As rodas de controle de
profundidade são paralelas e as compactadoras com rodas em “V”.
Com a associação à indústria SEMEATO, passa também, a oferecer o modelo Sol
Tower como semeadora adubadora de precisão, a semeadora adubadora de fluxo contínuo
TDMG e a multissemeadora SHM e SSM com algumas de suas características
apresentadas na tabela 4.3 e mais detalhadas na apresentação das máquinas da
SEMEATO.
Figura 4.4 – Semeadora adubadora de precisão Easy River da CASE. Site da CASE.
101
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.3 – Modelos de semeadoras de precisão, fluxo contínuo e multissemeadora da CASE em julho de 2016. https://www.caseih.com/latam/pt-
br/products/plantadeiras
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE DE
SEMENTES
PESO POR
LINHA kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
Easy Riser SAPTr arrasto
pantográfica,taxa
variável
11, 13, 15, 17, 19 e 24
45 cm
Pneumática Depósito central e
pipoqueira/pneumático - Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
Sol Tower SAPTr
arrasto
pantográfica
7 a 40
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 443 a 875
Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
Sol Tower SAPTr arrasto
pantográfica
7 a 40
45 cm
Pneumática Balde/gravidade 443 a 875
Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
TDNG SAFTr arrasto
pivotada
20 a 30
17 cm
Rotores
helicoidais Depósito
elevado/gravidade
228 a 238 Alinhados disco
fertilizante/sementes
Rosca sem fim
SHM/SSM SAMuTr arrasto
pivotada
11 a 33 (17 cm)
3 a 13 (45 cm)
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
30 depósito e
pipoqueira/gravidade - Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca transversal
102
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
4.5 A indústria FANKHAUSER, sediada no município de Tuparendi no
estado do Rio Grande do Sul desde 1948, também, tradicional fabricante de várias
máquinas e implementos agrícolas apresenta hoje 9 modelos de semeadoras adubadoras
mecanizadas para o SPD (Tab. 4.4). Constituem-se de 5 semeadoras adubadoras de
precisão, 2 semeadoras de fluxo contínuo e duas multissemeadoras. Além disso,
disponibilizam em seus modelos, diferentes números de unidades de semeaduras (linhas).
A semeadora adubadora de precisão 4005 (Fig. 4.5) pode ser de arrasto ou
montada no hidráulico do trator, conferindo grande versatilidade em manobras em áreas
de pequenas propriedades. Como todas as semeadoras de precisão da FANKHAUSER
utiliza o sistema pantográfico. Usa como sistema de distribuição de sementes os discos
aveolados e disponibiliza de 5 a 7 linhas espaçadas de 45 cm. Os discos de corte e hastes
ou disco duplo, assim como, os discos de semeadura são alinhados (Tab. 4.4). Os
reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno elevados na estrutura da
máquina e os de sementes individualizados por linha, do tipo balde. A distribuição de
fertilizante é por rosca sem fim. Discos duplos para sementes e limitadores de
profundidade com rodas de ferro estampada, inclinada.
A 5030 muito difundida entre os produtores desde o início da década de 90 é uma
semeadora adubadora de precisão de arrasto, pantográfica, com distribuição de sementes
através de discos alveolados (Fig. 4.5). Máquina compacta, apropriada para trabalhos em
terrenos planos e ondulados e com rompedores de solo com disco de corte e haste
sulcadora estreita ou disco duplo defasado. É disponibilizada ao comércio com 6 a 13
linhas espaçadas de 45 cm. Possui rompedores frontais (disco de corte e haste sulcadora
ou disco duplo) em zigue zague e na unidade de semeadura alinhados transversalmente
(Tab. 4.4). Possui caixa de engrenagem para regulagem na distribuição de fertilizante e
sementes. Os reservatórios de fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno,
e os de sementes, individualizados do tipo balde. Disco duplo para sementes e limitadores
de profundidade com rodas paralelas revestidas com borracha e compactadores tipo rodas
em “V”. Pode opcionalmente ter marcador de linha e sistema de taxa variável.
O modelo 5045 (Fig. 4.5), destaca-se pela maior robustez que a 5030, sendo
disponibilizada com 9 a 17 e com o uso de cabeçalho auxiliar pode chegar a 34 linhas
espaçadas de 45 cm. São semeadoras de precisão, de arrasto, com sistema de distribuição
de sementes mecânico com discos alveolados, ou opcionalmente pneumático. Possui
rompedores frontais (disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de
semeadura dispostas em zigue zague transversalmente (Tab. 4.4). Possui caixa de câmbio.
Os reservatórios de fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno, e os de
sementes, individualizados do tipo balde. Disco duplo defasado para sementes e
limitadores de profundidade com rodas de borracha paralelas e compactadores tipo rodas
em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.
O mesmo pode-se dizer da 5046 (Tab. 4.4) quanto ao uso do cabeçalho,
semelhante a 5045, mas com o 30 depósito e pipoqueira, o sistema de distribuição de
sementes é com discos alveolados ou pneumática (Fig. 4.5). Pode ser transformada em
uma máquina somente para semear.
103
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.4 – Modelos de semeadoras de precisão, fluxo contínuo e multissemeadora da FANKHAUSER em julho de 2016.
http://fankhauser.com.br/categoria-produto/plantadoras-adubadoras/. http://fankhauser.com.br/categoria-produto/multiplantadoras/.
http://fankhauser.com.br/categoria-produto/semeadoras-adubadoras/.
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE
DE SEMENTES
PESO POR
LINHA kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
4005 SAPTr
arrasto ou
montada
pantográfica
5, 6 e 7
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 221 a 238 Alinhados disco
de corte, haste e
disco de sementes
Rosca sem fim
5030 SAPTr
arrasto
pantográfica
, taxa
variável
6, 7, 9, 11 e 13
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 336 a 384 Zigue zague disco
corte e haste
Alinhado disco
sementes
Rosca sem fim
5045
SAPTr
arrasto
pantográfica
, tandem
9, 11, 13, 15 e 17
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumática
Balde/gravidade 376 a 481 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
5046
SAPTr
arrasto
pantográfica
, tandem
9, 11, 13, 15 e 17
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumática
30 depósito e
pipoqueira/gravid
ade
401 a 499 Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
5056 SAPTr
arrasto
pantográfica
, taxa
variável
20, 24, 26 e 30
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumática
30 depósito e
pipoqueira/gravid
ade
- Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
2100 H arrozeira SAFTr
montada
pivotada
12, 15 e 18
17 cm
Rotores
helicoidais Depósito
elevado/gravidad
e
94 a 101 Alinhados disco
fertilizante/semen
tes
Rosca sem fim
104
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
F 3100 SAFTr
arrasto
pivotada
15, 20, 22, 26 e 32
17 cm
Rotores
helicoidais Depósito
elevado/gravidad
e
137 a 162 Zigue zague disco
fertilizante/semen
tes
Rosca sem fim
MULTIPLANTADORA
Linha 2100
SAMuTr
arrasto
pantográfica
12 e 22 (17 cm)
5 e 8 (45 cm)
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
30 depósito e
pipoqueira/gravid
ade
119 a 122
301 a 318
Alinhados disco
corte e haste
Alinhados disco
sementes
Rosca sem fim
FM 3090 SAMuTr
arrasto
pantográfica
23 e 27 (17 cm)
9 e 11 (45 cm)
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
30 depósito e
pipoqueira/gravid
ade
186 a 214
455 a 500
Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
105
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
O modelo 5056 (Fig. 4.5), é uma máquina robusta, disponibilizada com 20 a 30
linhas espaçadas de 45 cm. São semeadoras de precisão, de arrasto, com sistema de
distribuição de sementes mecânico com discos alveolados, ou opcionalmente pneumático.
Possui rompedores frontais (disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade
de semeadura dispostas em zigue zague transversalmente (Tab. 4.4). Usam o sistema de
caixa de engrenagens. Os reservatórios de fertilizante e sementes são em caixas maiores
elevadas de polietileno, as sementes são conduzidas por gravidade às pipoqueiras onde
são distribuídas ao solo. Disco duplo defasado para sementes e limitadores de
profundidade com rodas paralelas revestidas com borracha e compactadores tipo rodas
em “V”. Possui marcador de linha, sistema de rodados para transporte longitudinal. Como
opcional pode ser integrada ao sistema de agricultura de precisão com taxa variável.
Quanto as semeadoras adubadoras de fluxo contínuo a fábrica disponibiliza hoje
2 modelos (2100 H arrozeira e F 3100), que variam de 12 a 32 linhas espaçadas de 17 cm.
A semeadora adubadora em fluxo contínuo 2100 H arrozeira é montada no trator
conferindo sua versatilidade no trabalho em áreas arrozeiras. E disponibilizada de 12 a
18 linhas (Fig. 4.5). Possui linhas pivotadas com disco duplo defasado. Os discos são
alinhados transversalmente. Rodados de transmissão traseiro. Os depósitos de sementes
e fertilizante de aço carbono, o sistema de distribuição de sementes com rotores
acanelados helicoidais. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim (Tab.
4.4). Os aterradores/compactadores são com rodas de ferro. Têm também como
opcionais, caixa para sementes de pastagem, marcadores de linha hidráulico e sistema de
rodado para transporte longitudinal.
A F 3100 é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo de arrasto (Fig. 4.5) com
15 a 32 linhas de 17 cm de espaçamento. Possui linhas pivotadas com disco duplo
defasado. Os discos são dispostos transversalmente em zigue zague. Os depósitos de
sementes e fertilizante de aço carbono ou aço inox e, o sistema de distribuição de
sementes com rotores acanelados helicoidais. O sistema de distribuição de fertilizante é
em rosca sem fim (Tab. 4.4) da marca FERTISYSTEM, sem uso de graxeiras. Os
aterradores/compactadores são com rodas em “V”. Têm também como opcionais, caixa
para sementes de pastagem, marcadores de linha hidráulico e sistema de rodado para
transporte longitudinal.
A fábrica disponibiliza a multissemeadora Linha 2100, com 5 ou 8 linhas de 45
cm na versão em precisão e 12 ou 22 linhas de 17 cm na versão em fluxo contínuo (Fig.
4.5). O sistema de distribuição em precisão é o de discos alveolados e o de fluxo contínuo
os rotores acanelados helicoidais (Tab. 4.4). Possui depósito de aço carbono para
fertilizante e polietileno tipo balde para sementes. Possui caixa adicional para sementes
de pastagem. Os rompedores de solo frontais e de semeadura são alinhados
transversalmente. Mangueiras conduzem o fertilizante e sementes, mas na versão em
precisão é montado um sistema de distribuição individualizado dosando as sementes com
discos alveolados. A máquina possui sistema de troca rápida de engrenagens. O sistema
de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim. Na versão em precisão os rompedores
de solo constituem-se de disco de corte e haste sulcadora.
A multissemeadora FM 3090, com 9 ou 11 linhas de 45 cm na versão em precisão
e 23 ou 27 linhas de 17 cm na versão em fluxo contínuo (Fig. 4.5). Possui dois conjuntos
de depósitos de aço inox para sementes e fertilizante. Os rompedores de solo frontais e
de semeadura são posicionados transversalmente em zigue zague nas versões em fluxo
106
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
contínuo e precisão, este acoplado com sistema de paralelogramo. Mangueiras sanfonadas
conduzem o fertilizante e sementes ao solo, mas na versão em precisão é montado um
sistema de distribuição tipo pipoqueira que recebe as sementes e dosam com discos
alveolados. A máquina possui sistema de troca rápida de engrenagens. O sistema de
distribuição de fertilizante é em rosca sem fim da marca FERTISYSTEM, sem uso de
graxeiras. Na versão em precisão os rompedores de solo constituem-se de disco de corte
e haste sulcadora ou disco duplo. Opcionalmente com marcador de linha hidráulico, caixa
de sementes de pastagem.
107
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
4005 5030 5046 5056
2100 H Arrozeira F 3100 LINHA 2100 FM 3090
Figura 4.5 Semeadoras e ou adubadoras de precisão, de fluxo contínuo e multissemeadora da indústria FANKHAUSER.
http://fankhauser.com.br/categoria-produto/plantadoras-adubadoras/. http://fankhauser.com.br/categoria-produto/multiplantadoras/.
http://fankhauser.com.br/categoria-produto/semeadoras-adubadoras/.
108
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
4.6 A indústria FITARELLI localizada em Aratiba no Rio Grande do Sul,
tradicional fabricante de equipamentos para o pequeno produtor, foi fundada em 1952
produzindo matracas. Com sua evolução e exigência do mercado, produz hoje não
somente semeadoras e ou adubadoras manuais (matracas), mas também equipamentos a
tração animal, tracionados por micro tratores, pequenos tratores, e máquinas mecanizadas
de pequeno porte tanto montadas como de arrasto até 7 linhas espaçadas de 45 cm.
Destaca-se que em 2007 a fábrica exportava equipamentos de tração manual e animal à
25 países, predominantemente para África, América latina e Ásia, com recomendação da
FAO.
As matracas quando para o SPD vêm com uma ponta de aço temperado reforçada
e fina, podem ser disponibilizadas somente com sistema de distribuição de sementes,
fertilizantes ou os dois (Tab. 4.5 e Fig. 4.6). A estrutura e cabos são de madeira, os
depósitos de sementes e fertilizante de aço galvanizado. O sistema de distribuição de
sementes é tradicional com lingueta oscilante e abertura regulável e o de fertilizante com
disco perfurado e abertura regulável.
A fábrica possui semeadora adubadora de tração animal podendo ser tracionada
por cavalo (Fig. 4.6), muar ou junta de bois (Tab. 4.5). Destaca-se por ser uma máquina
leve de fácil uso e manobra. Quando tracionado por equinos, o cabeçalho é curto acoplado
a um balancim e para junta de bois é longo, apoiado na canga. Quando é usado o
cabeçalho curto possui uma roda frontal para controle de profundidade, com o cabeçalho
longo essa roda é dispensável. Em seguida há uma haste sulcadora onde, atrás da mesma,
tem um tubo que conduz o fertilizante e sementes ao sulco. Este sulco é fechado pelo
movimento rotativo de hastes salientes em roda traseira que possui também a função de
acionamento do mecanismo de transmissão do sistema de distribuição de sementes e
fertilizante. Possui depósito individualizado de sementes e fertilizante e a distribuição de
sementes é com discos alveolados e o fertilizante com roletes perfurados de nylon. Não
possui sistema de acabamento de semeadura como aterradores e compactadores.
É possível, também, semear duas linhas com tração animal, disponibilizando um
modelo específico para este fim onde o operador senta na boléia (Tab. 4.5 e Fig. 4.6).
Para o uso com micro tratores ou cavalo mecânico a fábrica disponibiliza modelos
com 1 ou 2 linhas de semeadora adubadora (Fig. 4.6).
O fabricante adequa semeadoras adubadoras com 2 a 3 linhas espaçadas de 45 cm
para acoplar em pequenos tratores (Tab. 4.5).
As semeadoras adubadoras mecanizadas podem ser montadas ao trator com 3 ou
4 linhas espaçadas de 45 cm ou de arrasto com 3 a 7 linhas (Tab. 4.5).
Possui uma multissemeadora, com 3 ou 4 linhas de 45 cm na versão em precisão
(Fig. 4.5) e 11 ou 13 linhas na versão em fluxo contínuo. Possui dois conjuntos de
depósitos de polietileno para sementes e fertilizante. Os rompedores de solo frontais e de
semeadura são alinhados transversalmente nas versões em fluxo contínuo e precisão. O
sistema de distribuição de fertilizante é com rosca acionadora de discos dentados com
aberturas basculantes no depósito. Na versão em precisão os rompedores de solo
constituem-se de disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo. Na unidade de
semeadura usam discos duplo, roda de controle de profundidade de ferro inclinada e roda
de pequeno diâmetro de borracha como compactadora.
109
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.5 – Modelos de semeadoras e ou adubadoras a tração manual (SAPMa), animal (SAPTa), micro tratores (SAPMi) e tratores de pequena
potência (SAPTr) da FITARELLI em julho de 2016. http://www.fitarelli.com.br/site/produtos/.
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE
DE
SEMENTES
PESO POR
LINHA kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
PLANTADEIRA
MANUAL
SPMa só
sementes
1 (matraca) Lingueta
oscilante
Balde/gravidade 2,3 - Disco perfurado
ADUBADEIRA MANUAL APMa só
fertilizante
1 (matraca) - Balde/gravidade 2,3 - Disco perfurado
PLANTADEIRA
ADUBADEIRA MANUAL
SAPMa 1 (matraca) Lingueta
oscilante
Balde/gravidade 3,3 - Disco perfurado
PLANTADEIRA
ADUBADEIRA TRAÇÃO
ANIMAL
SAPTa para
cavalo
1 Discos
alveolados
Balde/gravidade 45 - Rotor de nylon
PLANTADEIRA
ADUBADEIRA TRAÇÃO
ANIMAL
SAPTa para
boi
1 Discos
alveolados
Balde/gravidade 45 - Rotor de nylon
PLANTADEIRA
ADUBADEIRA TRAÇÃO
ANIMAL
SAPTa para
boi
2 cabeçalho longo Balde/gravidade 125 Alinhados discos
duplos ou hastes
sulcadoras
Rotor de nylon
PLANTADEIRA
ADUBADEIRA P
MICROTRATOR
SAPMi
arrasto
1 ou 2
45 cm
Discos
alveolados
Balde/gravidade 125 Alinhados discos
duplos ou hastes
sulcadoras
Rotor de nylon
PLANTADEIRA
ADUBADEIRA p pequenos
tratores
SAPTr
montada
2 e 3
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 125 Alinhados discos
duplos ou hastes
sulcadoras
Discos dentados
PLANTADEIRA
ADUBADEIRA
MECANIZADA
SAPTr
montada
3 e 4
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 276 a 310 Alinhados discos
duplos ou hastes
sulcadoras
Discos dentados
110
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
PLANTADEIRA
ADUBADEIRA
MECANIZADA
SAPTr arrasto 3, 4, 5, 6 e 7
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 262 a 304 Alinhados discos
duplos ou hastes
sulcadoras
Discos dentados
PLANTADEIRA
ADUBADEIRA
MECANIZADA
SAMuTr
arrasto
11 e 13 17 cm
3 e 4 45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 208 a 218
675 a 800
Alinhados discos
duplos ou hastes
sulcadoras
Discos dentados
111
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
ADUBADEIRA
MANUAL
PLANTADEIRA
ADUBADEIRA
MANUAL
PLANTADEIRA
ADUBADEIRA TRAÇÃO
ANIMAL
PLANTADEIRA ADUBADEIRA
A TRAÇÃO ANIMAL 2 LINHAS
PLANTADEIRA ADUBADEIRA
PARA MICROTRATOR
PLANTADEIRA
ADUBADEIRA
PEQUENOS TRATORES
PLANTADEIRA
ADUBADEIRA MONTADA
PLANTADEIRA ADUBADEIRA
DE ARRASTO
PLANTADEIRA ADUBADEIRA
MULTIPLA
Figura 4.6 – Semeadora adubadora manual, a tração animal, para micro trator, semeadora adubadora mecanizada e multissemeadora da indústria
FITARELLI. Fonte: http://www.fitarelli.com.br/site/produtos/.
112
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
4.7 A indústria GIHAL localizada em Carazinho no Rio Grande do Sul,
fundada em 1994, fabricante de máquinas agrícolas, iniciou com adaptações em
semeadoras adubadoras de plantio direto e em 1996 passou a fabricá-los. Está expandindo
seu mercado no país e já exporta para o Uruguai, Paraguai e China.
Disponibiliza 5 modelos de semeadoras de precisão, 2 de fluxo contínuo e duas
multissemeadoras (Tab. 4.6), todas mecanizadas e apropriadas as pequenas, média e
grandes propriedades.
O modelo GH HB é semeadora adubadora de precisão montada sendo
disponibilizada de 2 a 5 linhas espaçadas de 45 cm, apropriada a pequenas propriedades
(Fig. 4.7). Utiliza o sistema pantográfico na unidade de semeadura e pivotado nos
rompedores frontais. Haste sulcadora com sistema desarme automático. Usa como
sistema de distribuição de sementes os discos aveolados. Os discos de corte e hastes ou
disco duplo, assim como, os discos de semeadura são alinhados transversalmente (Tab.
4.6). Os reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno e elevado e as sementes
com pipoqueira por linha. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim marca
FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Possui caixa de câmbio. Discos duplos defasados
ou desencontrados para sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas
revestidas com borracha e rodas compactadoras em “V”. Como opcionais, possui
marcador de linha hidráulico e sistema de taxa variável para fertilizante.
O modelo GA E, também, adequada a pequenas propriedades, constitui-se de
semeadora adubadora de precisão de arrasto, com 30 deposito e pipoqueira, variando de 2
a 5 linhas de 45 cm de espaçamento (Tab. 4.6). Pode possuir o sistema pantográfico na
unidade de semeadura e é pivotada nos rompedores frontais. Haste sulcadora com sistema
desarme automático. Usa como sistema de distribuição de sementes os discos aveolados.
Os discos de corte e hastes ou disco duplo, assim como, os discos de semeadura são
alinhados transversalmente (Tab. 4.6). Os reservatórios de fertilizante e sementes são de
polietileno e elevado e as sementes com pipoqueira por linha. A distribuição de
fertilizante é por rosca sem fim marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Possui caixa
de câmbio. Discos duplos defasados ou desencontrados para sementes e limitadores de
profundidade com rodas paralelas e rodas compactadoras de borracha em “V”. Como
opcionais, possui marcador de linha hidráulico e sistema de taxa variável para fertilizante.
A GA B é voltada as médias propriedades, trata-se de semeadora adubadora de
precisão de arrasto, variando de 5 a 9 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.6). Pode possuir
o sistema pantográfico na unidade de semeadura e é pivotada nos rompedores frontais.
Haste sulcadora com sistema desarme automático. Usa como sistema de distribuição de
sementes os discos aveolados. Os discos de corte e hastes ou disco duplo, assim como, os
discos de semeadura são alinhados transversalmente (Tab. 4.6). Os reservatórios de
fertilizante e sementes são de polietileno, sendo o de fertilizante com depósito elevado e
os de sementes individualizados por linha, do tipo balde. A distribuição de fertilizante é
por rosca sem fim marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Possui caixa de câmbio.
Discos duplos defasados ou desencontrados para sementes e limitadores de profundidade
com rodas paralelas e rodas compactadoras de borracha em “V”. Como opcionais, possui
marcador de linha hidráulico e sistema de taxa variável para fertilizante.
O modelo GA 2500 PP a 21300 PP voltada as médias e grandes propriedades é
semeadora adubadora de precisão de arrasto, variando de 5 a 13 linhas de 45 cm de
espaçamento (Tab. 4.6), com 30 deposito e pipoqueira (Fig. 4.7). Pode possuir o sistema
113
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
pantográfico na unidade de semeadura e é pivotada nos rompedores frontais. Haste
sulcadora com sistema desarme automático. Usa como sistema de distribuição de
sementes os discos aveolados. Os discos de corte e hastes ou disco duplo, assim como, os
discos de semeadura são alinhados transversalmente (Tab. 4.6). Os reservatórios de
fertilizante e sementes são de polietileno e elevado e as sementes com pipoqueira por
linha. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim marca FERTISYSTEM, isento de
graxeiras. Possui caixa de câmbio. Discos duplos defasados ou desencontrados para
sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas e rodas compactadoras de
borracha em “V”. Como opcionais, possui marcador de linha hidráulico e sistema de taxa
variável para fertilizante.
A GA 21400 PP a 22600 PP apropriada as grandes propriedades, também, é
semeadora adubadora de precisão de arrasto, pantográfica, com 30deposito e pipoqueira,
variando de 14 a 26 linhas de 45 cm de espaçamento (Fig. 4.7). Assemelha-se a GA 25000
PP em todas as outras características.
A GA T é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo de arrasto (Fig. 4.7) com
13 a 23 linhas de 17,5 cm de espaçamento. Possui linhas pivotadas com disco duplo
defasado ou desencontrado. Os discos são dispostos transversalmente em zigue zague. Os
depósitos de sementes e fertilizante de polietileno e, o sistema de distribuição de sementes
com rotores acanelados helicoidais. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca
sem fim (Tab. 4.6) da marca FERTISYSTEM, sem uso de graxeiras. Os
aterradores/compactadores são com rodas em “V”. Têm também como opcionais, caixa
para sementes de pastagem, marcadores de linha hidráulico, sistema de rodado para
transporte longitudinal e sistema de taxa variável para fertilizante.
A GA PT é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo de arrasto (Fig. 4.7) com
23 a 29 linhas de 17,5 cm de espaçamento. Possui linhas pivotadas com disco duplo
defasado ou desencontrado. Os discos são dispostos transversalmente em zigue zague. Os
depósitos de sementes e fertilizante de polietileno e, o sistema de distribuição de sementes
com rotores acanelados helicoidais. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca
sem fim (Tab. 4.6) da marca FERTISYSTEM, sem uso de graxeiras. Possui caixa de
câmbio. Os aterradores/compactadores são com rodas em “V”. Possui sistema de rodado
para transporte longitudinal. Têm também como opcionais, caixa para sementes de
pastagem, marcadores de linha hidráulico e sistema de taxa variável para fertilizante.
114
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.6 – Modelos de semeadoras adubadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadoras (SAMu). Site da GIHAL em
agosto de 2016. http://www.gihal.com.br/#. MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE
DE SEMENTES
PESO POR
LINHA kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
GH 2200 A 2500 - HP SAPTr
montada
pantográfica,
taxa variável
2, 3, 4 e 5
45 cm
Discos
alveolados
Balde/gravidade 198 a 300 Alinhados disco de
corte, haste e disco
de sementes
Rosca sem fim
GA 2200 A 2500 - E SAPTr arrasto
pantográfica,
taxa variável
2, 3, 4 e 5
45 cm
Discos
alveolados 30 depósito e
pipoqueira/gravid
ade
308 a 560 Alinhados disco de
corte, haste e disco
de sementes
Rosca sem fim
GA 2500 A 2900 - B SAPTr arrasto
pivotada, taxa
variável
5, 6, 7, 8 e 9
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 291 a 404 Alinhados disco de
corte, haste e disco
de sementes
Rosca sem fim
GA 2500 A 21300 -
PP
SAPTr arrasto
pantografica
taxa variável
5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13
45 cm
Discos
alveolados 30 depósito e
pipoqueira/gravid
ade
277 a 404 Alinhados disco de
corte, haste e disco
de sementes
Rosca sem fim
GA 21400 a 22600 -
PP
SAPTr arrasto
pantografica
taxa variável
14, 16, 18, 20, 22 e 26
45 cm
Discos
alveolados 30 depósito e
pipoqueira/gravid
ade
334 a 411 Alinhados disco de
corte, haste e disco
de sementes
Rosca sem fim
GA 2013 2023 - T SAFTr arrasto
taxa variável
13, 15, 17, 19 e 23
17,5 cm
Rotor helicoidal
e kit passatagens
Depósito
elevado/gravidad
e
161 a 171 Zigue zague disco
fertilizante/sementes
Rosca sem fim
GA 2023 a 2029 - PT SAFTr
arrasto, taxa
variável
23, 25, 27 e 29
17,5 cm
Rotor helicoidal
e kit passatagens
Depósito
elevado/gravidad
e
123 a 137 Zigue zague disco
fertilizante/sementes
Rosca sem fim
GA 2207 a 2510- E SAMuTr
arrasto
pivotada, taxa
variável
7, 8 e 10 (17,5 cm)
2, 3, 4 e 5 (45 cm)
Rotor helicoidal
e discos
alveolados
Depósito
elevado/gravidad
e
157 a 184
314 a 575
Alinhados disco
corte e haste
Alinhados disco
sementes
Rosca sem fim
115
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
GA 2513 a 2919 - A SAMuTr
arrasto
pivotada, taxa
variável
13, 15, 17 e 19 (17,5 cm)
5, 6, 7, 8 e 9 (45 cm)
Rotor helicoidal
e discos
alveolados
Depósito
elevado/gravidad
e
132 a158
279 a 382
Alinhados disco
corte e haste
Alinhados disco
sementes
Rosca sem fim
116
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
GH 2300 HP GA 2700 B GA 21300 PP GA 22600 PP
GA 2023 T GA 2029 PT GA 2207 E GA 2715 A
Figura 4.7 Semeadoras e ou adubadoras de precisão, de fluxo contínuo e multissemeadora da indústria GIHAL. http://www.gihal.com.br/#
117
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
As multissemeadoras GA E (Fig. 4.7), com 2 a 5 linhas de 45 cm na versão em
precisão e 7 ou 10 linhas na versão em fluxo contínuo (Tab. 4.6). Possui dois conjuntos
de depósitos de polietileno para sementes e fertilizante. Os rompedores de solo frontais e
de semeadura são alinhados transversalmente nas versões em fluxo contínuo e precisão.
Mangueiras sanfonadas conduzem o fertilizante e sementes ao solo, mas na versão em
precisão é montado um sistema de distribuição tipo pipoqueira que recebe as sementes e
dosam com discos alveolados. A máquina possui sistema de caixa de câmbio. O sistema
de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim da marca FERTISYSTEM. Na versão
em precisão os rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste sulcadora ou
disco duplo com sistema desarme automático. Opcionalmente possui marcadores de linha
hidráulico e sistema de taxa variável para fertilizante.
As multissemeadoras GA A (Fig. 4.7), com 5 a 9 linhas de 45 cm na versão em
precisão e 13 ou 19 linhas na versão em fluxo contínuo (Tab. 4.6). As demais
características se assemelham as GA E.
4.8 A indústria IMASA fabricante de máquinas agrícolas desde 1922,
sediada em Ijuí no Rio Grande do Sul, foi também, pioneira no sistema plantio direto e
dedicou grande esforço pela difusão do conceito de multissemeadoras. Na tabela 4.7 são
apresentados 6 modelos de semeadoras adubadoras de precisão, 3 modelos de fluxo
contínuo e 6 multissemeadoras.
A tabela 4.7 mostra a semeadora adubadora de precisão PHX MAIS na versão
montada ao sistema hidráulico (Fig. 4.8) do trator e o modelo em arrasto. Trata-se de
máquina apropriada a pequenos produtores, variando de 3 a 7 linhas de 45 cm de
espaçamento. Utiliza o sistema pivotado na unidade de semeadura e nos rompedores
frontais. Haste sulcadora próxima e afastada do disco de corte. Usa como sistema de
distribuição de sementes os discos aveolados. Os discos de corte e hastes ou disco duplo,
assim como, os discos de semeadura são alinhados transversalmente (Tab. 4.7). Os
reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, sendo o de fertilizante elevado
e os de sementes com balde por linha. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim
ou o da marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Possui caixa de câmbio. Discos
duplos para sementes e limitadores de profundidade e compactadoras com rodas
inclinadas revestidas de borracha ou rodas de controle de profundidade paralelas e roda
compactadora de pequeno diâmetro.
O modelo SAGA PLUS é apresentado na tabela 4.7, nas versões com depósito na
unidade de semeadura tipo balde (Fig. 4.8) e com terceiro depósito para aumentar sua
autonomia e pioqueira sobre a unidade de semeadura (linha). Máquina apropriada a
médias propriedades, variando de 7 a 11 linhas de 45 cm de espaçamento e com o chassi
DUOFLEX pode trabalhar com 12 ou 14 linhas. Possui sistema de distribuição de
sementes com discos perfurados, mas pode vir com o sistema da marca TITANIUM ou
pneumática da marca MATERMACC. Utiliza o sistema pantográfico na unidade de
semeadura e pivotado nos rompedores frontais. Disco duplo e haste sulcadora ou disco
duplo, com sistema de desarme automático da haste. Os discos de corte e hastes são
dispostos transversalmente em zigue zague e os discos de semeadura são alinhados. Os
reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, sendo o de fertilizante elevado
e os de sementes com balde por linha. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim
ou o da marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Possui caixa de câmbio. Disco duplo
118
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
para sementes e limitadores de profundidade e compactadoras com rodas inclinadas
revestidas de borracha ou rodas de controle de profundidade paralelas e roda
compactadora de pequeno diâmetro. Possui marcador de linha hidráulico.
O modelo PLANTUM, que foi a primeira semeadora adubadora exclusivamente
de precisão desenvolvida pela IMASA nos anos 90, possui sistema pivotado para os
rompedores de solo à frente e pantográfico atrás para os componentes de discos de
sementes e acabamento de semeadura (Figura 4.8). O depósito de sementes tipo balde
apoia-se sobre cada linha e é disponibilizada de 7 a 17 linhas espaçadas de 45 cm de
espaçamento, o que a qualifica como apropriada para médios e grandes propriedades.
Possui sistema de distribuição de sementes com discos alveolados, mas pode ser vir com
o sistema pneumático da marca MATERMACC. Haste sulcadora afastada ou disco duplo
do disco de corte, com sistema de desarme automático da haste. Os discos de corte e
hastes são dispostos transversalmente em zigue zague e os discos de semeadura são
alinhados. Os reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, sendo o de
fertilizante elevado e os de sementes com balde por linha. A distribuição de fertilizante é
por rosca sem fim ou o da marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Possui caixa de
câmbio. Disco duplo para sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas e
compactadoras com rodas em “V” revestidas de borracha. Possui marcador de linha
hidráulico. Com o chassi DUOFLEX pode trabalhar em tandem (Tab. 4.7), mais
apropriada para terrenos com terraços de base larga.
O modelo PLANTUM DUO FLEX (Tab. 4.7) difere da anterior por possuir o
terceiro depósito que lhe confere maior autonomia de sementes, sendo que essas são
conduzidas a cada linha por tubos e a distribuição é realizada em pequenos depósitos tipo
pipoqueira (Figura 4.8). Possuí sistema de distribuição de sementes com discos
perfurados, mas pode ser com o sistema TITANIUM ou pneumática da marca
MATERMACC. É disponibilizada de 8 a 24 linhas espaçadas de 45 cm.
Quanto as semeadoras adubadoras de fluxo contínuo a fábrica disponibiliza hoje
três modelos (PHX, MSS e SAGA TRIGUEIRA), que variam de 13 a 28 linhas espaçadas
de 17 cm.
Dos modelos em fluxo contínuo, a tabela 4.7, mostra primeiramente a PHZ com
13 a 17 linhas espaçadas de 17 cm. É uma máquina montada no trator e apropriada para
pequenas propriedades. Possui linhas pivotadas com disco duplo defasado. Os discos são
dispostos transversalmente em zigue zague. Os depósitos de sementes e fertilizante de
aço carbono, o sistema de distribuição de sementes com rotores acanelados helicoidais.
O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim (Tab. 4.7) marca
FERTISYSTEM, sem graxeiras. Os aterradores/compactadores são com rodas de ferro
cônicas.
A MSS, também, é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo de arrasto
arrozeira, pois possuí ampla amplitude de deslocamento vertical das linhas, apropriado
para a passagem em taipas, e adequada a propriedades maiores, possuindo de 20 a 28
linhas de 16 a 18 cm de espaçamento (Tab. 4.7). Possui linhas pivotadas com disco duplo.
Os discos são dispostos transversalmente em zigue zague (Fig. 4.8). Os depósitos de
sementes e fertilizante em aço carbono e, o sistema de distribuição de sementes com
rotores acanelados helicoidais. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem
fim da marca FERTISYSTEM, sem uso de graxeiras. Possui caixa de câmbio. Os
119
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
aterradores/compactadores são com rodas de ferro cônicas. Possui sistema de rodado para
transporte longitudinal.
A SAGA TRIGUEIRA apresentada na figura 4.8, é semeadora de fluxo contínuo
apropriada para as culturas de inverno, usando como sistema de distribuição de sementes
rotores acanelados helicoidais. Usa o sistema pantográfico em suas linhas e é
disponibilizada de 17 a 23 linhas espaçadas a 18 cm (Tab. 4.7).
A IMASA tradicional fabricante de multissemeadoras, disponibiliza os modelos
PHS, MPS, SAGA S, SAGA MULTIPLA e SAGA MULTIPLA 1223 a 1529 (Tab. 7).
O modelo PHS, projeto exclusivo da IMASA, apropriado a pequenas propriedades
pode ser hidráulica ou de arrasto, semeando em precisão ou em fluxo contínuo, com
dosadores do tipo discos alveolados e discos dentados para semeadura em precisão e fluxo
contínuo respectivamente que são facilmente trocados (Tab. 4.7). É, também,
disponibilizada com kit de sementes para pastagens. São disponibilizadas com 3 a 7 linhas
de 40 a 45 cm na versão em precisão e 6 ou 16 linhas com 16 a 18 cm de espaçamento na
versão em fluxo contínuo (Tab. 4.7). Os depósitos de sementes e fertilizante de aço
carbono, são elevados na estrutura. Os rompedores de solo frontais e de semeadura são
alinhados transversalmente nas versões em precisão e em zigue zague quando em fluxo
contínuo. Mangueiras sanfonadas conduzem o fertilizante e sementes ao solo. O sistema
de distribuição de fertilizante é com eixo e caracol, com aberturas reguláveis no depósito.
Na versão em precisão os rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste
sulcadora e rodas limitadoras de profundidade e compactadora inclinadas e revestidas
com borracha.
O modelo MPS tradicional da empresa desde os anos 80 é uma multissemeadora
com sistema de distribuição de discos perfurados ou dentados para semeadura em
precisão e fluxo contínuo respectivamente que são facilmente trocados (Tab. 4.7). O
Modelo menor MPS 1000 a 1800 e o modelo maior MPS 2000 a 2800 prestam-se para
pequenas e médias propriedades respectivamente. São também, disponibilizada com kit
de sementes para pastagens. A MPS 1000 a 1800 possuem de 5 a 7 linhas de 40 a 45 cm
na versão em precisão e 11 ou 17 linhas com 16 a 18 cm de espaçamento na versão em
fluxo contínuo (Tab. 4.7). A MPS 2000 a 2800 possuem de 8 a 11 linhas de 40 a 45 cm
na versão em precisão e 20 a 26 linhas com 16 a 18 cm de espaçamento na versão em
fluxo contínuo (Tab. 4.7). Possuem caixa de câmbio. Os depósitos de sementes e
fertilizante de aço carbono, são elevados na estrutura. Os rompedores de solo frontais e
de semeadura são alinhados transversalmente nas versões em precisão e em zigue zague
quando em fluxo contínuo. Mangueiras sanfonadas conduzem o fertilizante e sementes
ao solo. O sistema de distribuição de fertilizante é com eixo e caracol ou com rosca sem
fim marca FERTISYSTEM, sem graxeiras. Na versão em precisão os rompedores de solo
constituem-se de disco de corte e haste sulcadora e rodas limitadoras de profundidade e
compactadora inclinadas e revestidas com borracha.
A SAGA S é uma multissemeadora leve de arrasto com sistema pantográfico nas
linhas. Apropriadas as pequenas propriedades possuem de 5 a 7 linhas de 45 cm e 13 a
17 linhas de 18 cm (Tab. 4.7). Possui depósitos para sementes e fertilizante de aço
carbono. Os rompedores de solo frontais e os de semeadura são alinhados
transversalmente na versão em precisão e em fluxo contínuo são dispostos em zigue
zague. Mangueiras telescópicas conduzem o fertilizante e sementes ao solo, mas na
versão em precisão é montado um sistema de distribuição tipo pipoqueira (Fig. 4.8) que
120
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
recebe as sementes e dosam com discos alveolados. A distribuição de sementes em fluxo
contínuo é realizada por rotores acanelados helicoidais. A máquina possui sistema de
caixa de câmbio. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim da marca
FERTISYSTEM. Na versão em precisão os rompedores de solo constituem-se de disco
de corte e haste sulcadora ou disco duplo.
A SAGA MULTIPLA já de maior dimensão é multissemeadora (Tab. 4.7),
também com o terceiro depósito e pipoqueira, variando de 6 a 10 linhas de 45 cm de
espaçamento na versão em precisão (Tab. 4.9) e 15 a 23 de 18 cm de espaçamento em
fluxo contínuo (Fig. 4.9). Os depósitos de fertilizante e de sementes são aço carbono, em
posição elevada. Os rompedores de solo frontais são posicionados transversalmente em
zigue zague e os de semeadura alinhados. São acoplados com sistema pantográfico. Tubos
telescópicos conduzem o fertilizante e sementes com mangueiras sanfonadas. Na versão
em precisão é montado um sistema de distribuição tipo pipoqueira que recebe as sementes
e dosam com discos alveolados no solo. A máquina possui caixa de câmbio. O sistema
de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim das marcas MONRIZZO e
FERTISYSTEM, o de sementes em fluxo contínuo, usa rotores acanelados helicoidais.
Na versão em precisão os rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste
sulcadora com roda de controle de profundidade da haste. As rodas de controle de
profundidade e compactadoras da unidade de semeadura são com rodas inclinadas
revestidas de borracha e também oferecem as rodas compactadoras em “V”. Possuem
marcador de linha hidráulico e roda de transporte longitudinal.
A figura 37 mostra a SAGA MULTIPLA 1229 e 1529 (Tab. 4.7), a maior
multissemeadora da IMASA com constituição semelhante a anteriormente citada.
121
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.7 – Modelos de semeadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SAMu) da IMASA em agosto de 2016.
http://www.imasa.com.br/categorias/semeadoras_multiplas. http://www.imasa.com.br/categorias/semeadoras_especificas.
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE DE
SEMENTES
PESO POR
LINHA kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
PHX MAIS SAPTr
montada
pivotada
3, 5, 6 e 7
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 190 a 261 Alinhados disco
de corte, haste e
disco de sementes
Rosca sem fim
PHX MAIS SAPTr arrasto
pivotada
3, 5, 6 e 7
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 190 a 261 Alinhados disco
de corte, haste e
disco de sementes
Rosca sem fim
SAGA PLUS SAPTr arrasto
pantografica
7, 8, 9, 10 e 11
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 335 a 336 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
SAGA PLUS
DUO FLEX
SAPTr arrasto
pantográfica,
em tandem
7, 8, 9, 10 e 11
45 cm
Discos
alveolados 30 depósito e
pipoqueira/gravidade 335 a 336 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
PLANTUM SAPTr arrasto
pantográfica,
em tandem
7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14,
15, 16 e 17
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumático
Balde/gravidade 361 a 376 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
PLANTUM
DUO FLEX
SAPTr arrasto
pantográfica
em tandem
10, 11, 12, 13, 14, 15, 16,
17, 18, 20, 22 e 24
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumático
30 depósito e
pipoqueira/gravidade - Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
PHZ SAFTr
montada
pivotada
13, 15 e 17
17 cm
Rotores
helicoidais
Depósito
elevado/gravidade
85 a 91 Zigue zague disco
de corte, haste e
disco de sementes
Rosca sem fim
MSS SAFTr arrasto
pivotada
(arrozeira)
20,23, 26 e 28
16 a 18 cm
Rotores
helicoidais
Depósito
elevado/gravidade
186 a 205 Zigue zague disco
de corte, haste e
disco de sementes
Rosca sem fim
122
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
SAGA
TRIGUEIRA
SAFTr arrasto
pantografica 17, 19, 21 e 23
18 cm
Rotores
helicoidais
Depósito
elevado/gravidade
188 Zigue zague disco
de corte, haste e
disco de sementes
Rosca sem fim
PHS SAMuTr
montada ou
arrasto,
pivotada
6, 10, 12 e 14 a 18 a 20 cm
3, 5, 6 e 7 de 40 a 45 cm
Discos
alveolados e
dentados,
kit pastagem
Depósito
elevado/gravidade
88 a 95
18 a 20 cm
175 a 190
40 a 45 cm
Alinhados disco
de corte, haste e
disco de sementes
Eixo caracol
MPS 1000 a
1800
SAMuTr
arrasto
pivotada
11, 15 e 17 de 16 a 18 cm
5, 7 e 8 de 40 a 45 cm
Discos
alveolados e
dentados,
kit pastagem
Depósito
elevado/gravidade
179 a 195
16 a 18 cm
381 a 470
40 a 45 cm
Alinhados disco
de corte, haste e
disco de sementes
Eixo caracol ou
rosca sem fim
MPS 2000 a
2800
SAMuTr
arrasto
pivotada
20, 22, 25 e 26 de 16 a 18
cm
8, 9, 10 e 11 de 40 a 45 cm
Discos
alveolados e
dentados,
kit pastagem
Depósito
elevado/gravidade
- Alinhados disco
de corte, haste e
disco de sementes
Eixo caracol ou
rosca sem fim
SAGA S SAMuTr
arrasto
pantográfica
13, 15 e 17 de 18 cm
5, 6 e 7 de 45 cm
Distrib. Sem.
Rotor e discos
30 depósito e
pipoqueira/gravidade
181 a 185 a 18
cm
440 a 480 a 45
cm
Alinhados disco
de corte, haste e
disco de sementes
Rosca sem fim
SAGA
MULTIPLA
SAMuTr
arrasto
pantográfica
15, 17, 19, 21 e 23 de 18
cm
6, 7, 8, 9 e 10 de 45 cm
Distrib. Sem.
Rotor e discos
30 depósito e
pipoqueira/gravidade
188 a 190 a 18
cm
433 a 490 a 45
cm
Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
SAGA
MULTIPLA
1223 a 1529
SAMuTr
arrasto
pantográfica
23 e 29 de 18 cm
10 e 12 de 45 cm
Distrib. Sem.
Rotor e discos
30 depósito e
pipoqueira/gravidade
257 a 280 a 18
cm
621 a 645 a 45
cm
Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
123
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
PHX Hidráulica SAGA PLUS PLANTUM PLANTUM FLEX
MSS SAGA TRIGUEIRA SAGA S MPS 2800
Figura 4.8 Semeadoras e ou adubadoras de precisão, de fluxo contínuo e multissemeadora da indústria IMASA.
http://www.imasa.com.br/categorias/semeadoras_multiplas. http://www.imasa.com.br/categorias/semeadoras_especificas.
124
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Figura 4.9 Multissemeadora SAGA MULTIPLA nas versões em precisão à esquerda e em fluxo contínuo à direita da indústria IMASA.
http://www.imasa.com.br/categorias/semeadoras_multiplas.
125
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
4.9 A Indústria JOHN DEERE tradicional fabricante de máquinas agrícolas,
desde 1837 fez parte da história da evolução das máquinas agrícolas no mundo. No Brasil,
associou-se a SLC de Horizontina no Rio Grande do Sul em 1979 e em 1999 adquiriu a
SLC. Está hoje sediada nos estados de Goiás, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas
Gerais. Em meados dos anos 90 introduziu no Brasil semeadoras adubadoras de precisão
para o SPD, consolidando sua presença e qualidade mais no início dos anos 2000.
Possui 3 séries de modelos de semeadoras adubadoras de precisão comercializadas
no país apropriadas as médias e grandes propriedades que são: Série 1100, Série 2100 e
Série DB (Tab. 8).
A Série 1100, constitui-se das semeadoras adubadoras de precisão
PLANTADEIRA 1107 a 1113 (Fig. 4.10). São disponibilizadas de 7 a 13 unidades de
semeadura (linhas) espaçadas de 45 cm (Tab. 4.8). São máquinas de arrasto, e possuem
como rompedores de solo, do tipo disco de corte e haste sulcadora afastada ou disco
duplo. Os rompedores de solo frontais, pivotados e dispostos transversalmente em zigue
zague, os componentes de semeadura são acoplados através de sistema pantográfico e
alinhados transversalmente. Compõe-se de disco duplo, rodas de controle de
profundidade paralelas e rodas compactadoras em “V”. O sistema de distribuição de
sementes é a vácuo ou discos alveolados e o depósito, tipo balde, acomoda-se
isoladamente em cada linha. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim,
modelo ProMeter. Disponibiliza um monitor de sementes modelo Auteqe MPA 2500, que
controla sua população e falhas na semeadura. A série 1100 pode vir acoplada em tandem
com a lança Dual Flex, duplicando a dimensão da máquina (Fig. 4.10).
A série 2100 apresentada na tabela 4.8, são semeadoras adubadoras de precisão
denominadas de PANTADEIRA 2113 a 2134 disponibilizadas com 13 a 34 unidades de
semeadura, espaçadas de 45 cm. Possui um depósito central de sementes que são
conduzidas por fluxo de ar a cada linha (Fig. 4.10), que distribui à vácuo com pequeno
depósito as sementes no solo, denominado Mini Hopper (pipoqueira). Como rompedores
de solo e acabamento de semeadura possuí os mesmos componentes da série 1100.
Destaca-se que os rompedores frontais e as linhas de sementes são dispostas em zigue-
zague. Possui junto aos rompedores frontais três assessórios: Coulter, usado quando o
fertilizante é depositado ao lado das sementes, o limpa trilho e os aterradores do sulco de
fertilizante. O monitor de fertilizante e sementes atualmente passa a se chamar “Sistema
operacional”, com o nome da versão que equipa as máquinas com Controle de seções e
Taxa variável, SeedStar2, ou seja, os consoles (hardware) que normalmente já vem
equipados nos tratores, são chamados GS3 (GreenStar3) e, possuem a versão do sistema
operacional SeedStar2 para comandar todas as funções da máquina. Disponibiliza,
também, um comando de controle de sementes que pode desligar até 16 seções evitando
a sobreposição em cabeceiras.
A série DB, trata-se somente de uma semeadora de precisão, específica para áreas
que não precisam distribuir o fertilizante. Possuí modelos com 25, 32 e 48 linhas
espaçadas de 45 cm (Tab. 4.8) e uma com 36 linhas espaçadas de 76 cm. As sementes são
transportadas por fluxo de ar dos depósitos às unidades de semeadura, que distribuem
pneumaticamente as sementes com unidades tipo pipoqueira (Fig. 4.10). A máquina
articula seus braços facilitando o transporte. Como rompedores de solo e acabamento de
semeadura possuí os mesmos componentes da série 1100, exceto as sulcadoras. O monitor
de sementes controla ambas com taxa variável integrando a máquina ao sistema de
126
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
agricultura de precisão. Disponibiliza, também, um comando de controle de sementes que
pode desligar até 16 seções, evitando a sobreposição em cabeceiras.
127
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.8 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP) da JOHN DEERE em agosto de 2016.
https://www.deere.com.br/pt/soluções-para-plantio/
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO DE
SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE
DE SEMENTES
PESO
POR
LINHA
kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
Série 1100
PLANTADEIRA
1107 a 1113
SAPTr
arrasto
pantográfica
7, 9, 11 e 13
45 cm
Pneumático ou discos
alveolados Balde/gravidade 433 a 488 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
Série 1100
PLANTADEIRA
1107 a 1113 com
Lança Dual Flex
SAPTr
arrasto
pantográfica
em tandem
14, 18, 22 e 26
45 cm
Pneumático ou discos
alveolados Balde/gravidade 433 a 488 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
Série 2100
PANTADEIRA
2113 a 2134
SAPTr
arrasto
pantográfica,
taxa variável
13, 15, 17, 22, 26, 30 e 34
45 cm
Pneumático Depósito
central/pneumático
470 a 595 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
Série DB
DB 40 a DB 90
SPTr
arrasto
pantográfica,
taxa variável
25, 32 e 48 45 cm
36 76 cm
Só
sementes/pneumático
Depósito
central/pneumático
427 a 548 Zigue zague disco
de corte
Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
128
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
PLANTADEIRA 1107 a 1113 PLANTADEIRA 1107 a 1113 com Lança Dual Flex PANTADEIRA 2113 a 2134
PLANTADEIRA DB 40 a DB 90
Figura 4.10 Semeadoras e ou adubadoras de precisão da direita da indústria JOHN DEERE. https://www.deere.com.br/pt/soluções-para-
plantio/
129
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
4.10 A indústria JUMIL fabricante tradicional de máquinas agrícolas,
presente no mercado nacional desde 1936, é sediada em Batatais no estado de São Paulo.
Expandiu muito a partir de 1975 e hoje encontra-se bem consolidada no Brasil e América
Latina, conquistando espaços em países da África e Ásia. Entrou na fabricação de
semeadoras adubadoras de plantio direto no final dos anos 80 com os modelos
MAGNUM. Disponibiliza hoje nove semeadoras adubadoras de precisão, duas
semeadoras de precisão e uma de fluxo contínuo.
A semeadora adubadora de precisão JM 2040 é apropriada a pequenas
propriedades, possui kit para plantio direto (Tab. 4.9). É semeadora adubadora de
precisão, montada no sistema hidráulico do trator. Acopla-se na barra porta ferramenta
com unidades de semeadura pantográficas e o acionamento do sistema de distribuição de
fertilizante e sementes é obtido pela roda compactadora de grande diâmetro. Possuí de 3
a 7 linhas espaçadas de 55 cm, portanto mais apropriada para semeadura de milho,
amendoim e algodão. Os discos de corte e hastes ou disco duplo, assim como, os discos
de semeadura são alinhados transversalmente (Fig. 4.11). Os reservatórios de fertilizante
e sementes são de polietileno, individualizados por linha, sendo o de fertilizante elevado
e os de sementes com balde. Usa como sistema de distribuição de sementes os discos
aveolados. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim ou o da marca
FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Disco duplo para sementes, seguida de discos
aterradores e roda compactadora e acionadora revestida com borracha.
O modelo JM 2570 SH MAGNUM PD é uma semeadora adubadora de precisão,
pivotada, com sistema de distribuição de sementes com discos alveolados e a JM 2670
SH EXACTA PD pneumática (Fig. 4.11). Trata-se de máquinas de arrasto. Seus
componentes em contato com o solo alinhados. Estão disponibilizadas com 5 e 6 linhas
de 45 cm de espaçamento (Tab. 4.9), portanto, mais apropriadas as pequenas
propriedades. Disco de corte e haste sulcadora afastada ou disco duplo. Os reservatórios
de fertilizante e sementes são de polietileno individualizados por linha, sendo o de
fertilizante elevado e os de sementes tipo balde. A distribuição de fertilizante é por rosca
sem fim. Possui caixa de câmbio. Disco duplo para sementes e limitadores de
profundidade com rodas paralelas e três tipos de rodas compactadoras: em “V” revestidas
de borracha; roda com banda côncava de borracha e roda com banda larga de borracha e
ressaltos. Possui marcador de linha hidráulico. Opcionalmente possui rodas cobridoras de
fertilizante posicionadas atrás das hastes sulcadoras: disco liso ou disco dentados. Pode
ter opção de dispor os discos de corte em zigue zague.
O modelo JM 3060 PD é uma semeadora adubadora de precisão com sistema de
distribuição de sementes com discos alveolados e a JM 3070 PD pneumática (Fig. 4.11).
Trata-se de uma máquina de arrasto com rompedores de solo frontais pivotados e
dispostos em zigue zague e os componentes de semeadura e acabamento de semeadura
apoiados com sistema pantográfico, também dispostos em zigue zague. Estão
disponibilizadas com 7 a 11 linhas de 45 cm de espaçamento (Tab. 4.9), portanto, mais
apropriadas as médias propriedades. Disco de corte e haste sulcadora afastada ou disco
duplo. Os reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, sendo o de
fertilizante elevado e os de sementes com balde individualizado por linha. A distribuição
de fertilizante é por rosca sem fim. Possui caixa de câmbio. Disco duplo para sementes e
limitadores de profundidade com rodas paralelas e compactadoras com rodas em “V”
revestidas de borracha. Possui marcador de linha hidráulico.
130
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
O modelo JM 3080 PD é uma semeadora adubadora de precisão com sistema de
distribuição de sementes com discos alveolados e a JM 3090 PD pneumática (Fig. 4.11).
Trata-se de uma máquina de arrasto com rompedores frontais pivotados e os componentes
de acabamento de semeadura apoiados com sistema pantográfico, ambos em zigue zague.
Estão disponibilizadas com 8 a 18 linhas de 45 cm de espaçamento (Tab. 4.9), portanto,
mais apropriadas as média e grandes propriedades. Disco de corte (liso e recortado) e
haste sulcadora afastada ou disco duplo. Os reservatórios de fertilizante e sementes são
de polietileno, sendo o de fertilizante elevado e os de sementes individualizados por linha
tipo balde. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim. Possui caixa de câmbio.
Disco duplo para sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas, e cinco
tipos de rodas compactadoras: rodas em “V” revestidas de borracha, ou adicionando uma
roda côncava atrás e as rodas em “V” com discos dentados; roda com banda côncava de
borracha e roda com banda larga de borracha e ressaltos. Opcionalmente possui à frente
dos disco duplo de sementes três componentes para limpar trilho: disco liso, disco dentado
e disco côncavo. Possui marcador de linha hidráulico. Podem adicionar componentes para
se adequar a agricultura de precisão, com taxa variável de sementes e fertilizante.
Cabeçalho para acoplamento em tandem.
O modelo JM 7080 PD GUERRA PLUS é uma semeadora adubadora de precisão
com sistema de distribuição de sementes com discos alveolados e a JM 7090 PD
GUERRA PLUS pneumática (Fig. 4.11). Trata-se de uma máquina de arrasto com
rompedores de solo frontais pivotados e os componentes de acabamento de semeadura
apoiados com sistema pantográfico, ambos em zigue zague. Estão disponibilizadas com
10 a 20 linhas de 45 cm de espaçamento (Tab. 4.9), portanto, mais apropriadas as média
e grandes propriedades. Disco de corte (liso e recortado) e haste sulcadora afastada ou
disco duplo. Os reservatórios de fertilizante de grande dimensão e o de sementes são de
polietileno, sendo o de fertilizante elevado e os de sementes individualizados por linha
tipo balde. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim. Possui caixa de câmbio.
Disco duplo para sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas e cinco
tipos de rodas compactadoras: rodas em “V” revestidas de borracha, ou adicionando uma
roda côncava atrás e as rodas em “V” com discos dentados; roda com banda côncava de
borracha e roda com banda larga de borracha e ressaltos. Opcionalmente possui à frente
dos disco duplo de sementes três componentes para limpar trilho: disco liso, disco dentado
e disco côncavo. Possui marcador de linha hidráulico. Podem adicionar componentes para
se adequar a agricultura de precisão, com taxa variável de sementes e fertilizante.
Cabeçalho para acoplamento em tandem. Kit de pastagem opcional.
O modelo JM 8080 PD TERRA EXACTA é uma semeadora de precisão com
sistema de distribuição de sementes com discos alveolados e a JM 8090 PD TERRA
EXACTA pneumática, trata-se de uma semeadora de precisão, específica para áreas que
não distribui o fertilizante juntamente às sementes. Possuí modelos com 29, 33 e 39 linhas
espaçadas de 45 cm. As sementes são transportadas por gravidade dos depósitos às
unidades de semeadura, que distribuem pneumaticamente as sementes com unidades tipo
pipoqueira. A máquina articula seus braços facilitando o transporte. Como rompedores
de solo, possui três tipos de discos de corte: o liso, ondulado e corrugado. No acabamento
de semeadura possuí os mesmos componentes das apresentadas anteriormente. Possui
monitor de sementes que controla com taxa variável a distribuição de sementes,
integrando a máquina ao sistema de agricultura de precisão. Sistema hidráulico para
facilitar o transporte.
131
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
A JM 5023 e 5027 são semeadoras adubadoras de arrasto de fluxo contínuo com
23 e 27 linhas espaçadas de 17 cm de espaçamento (Tab. 4.9). Possuem sistema de
distribuição de sementes com rotores acanelados helicoidais e apropriada à semeadura de
culturas de inverno em médias e grandes propriedades. Possui linhas pantográficas com
disco duplo desencontrado. Os abridores de sulco dispostos transversalmente em zigue
zague (Fig. 4.11). Os depósitos de sementes e fertilizante elevados e em polietileno. O
sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim. Possui caixa de câmbio. Os
aterradores/compactadores são com rodas de ferro ou revestidas de borracha cônicas.
132
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.9 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP) e, fluxo contínuo (SAF) da JUMIL em agosto de 2016.
http://www.jumil.com.br/Produtos.
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE
DE SEMENTES
PESO
POR
LINHA
kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
JM 2040 SAPTr
montada
pantográfica
3, 5, 6 e 7
55 cm
Discos
alveolados balde/
gravidade
- Alinhados disco
de corte, haste e
disco de sementes
Rosca sem fim
JM 2570 SH MAGNUM
PD
SAPTr arrasto
pivotada
5 e 6
45 cm
Discos
alveolados balde/
gravidade
227 a 229 Alinhados disco
de corte, haste e
disco de sementes
Rosca sem fim
JM 2670 SH EXACTA
PD
SAPTr arrasto
pivotada
5 e 6
45 cm
Pneumático balde/
gravidade
227 a 229 Alinhados disco
de corte, haste e
disco de sementes
Rosca sem fim
JM 3060 PD SAPTr arrasto
pantográfica
7, 9 e 11
45 cm
Discos
alveolados balde/
gravidade
355 a 418 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
JM 3070 PD SAPTr arrasto
pantográfica
7, 9 e 11
45 cm
Pneumático balde/
gravidade
355 a 418 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
JM 3080 PD
SAPTr arrasto
pantográfica -
tandem, taxa
variável
8, 10, 12, 13, 15, 17 e 18
45 cm
Discos
alveolados balde/
gravidade
477 a 571 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
JM 3090 PD SAPTr arrasto
pantográfica -
tandem, taxa
variável
8, 10, 12, 13, 15, 17 e 18
45 cm
Pneumático balde/
gravidade
477 a 571 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
133
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
JM 7080 PD GUERRA
PLUS
SAPTr arrasto
pantográfica -
tandem, taxa
variável
10, 11, 12, 13, 14, 15, 17,
18 19 e 20
45 cm
Discos
alveolados balde/
gravidade
507 a 616 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
JM 7090 PD GUERRA
PLUS
SAPTr arrasto
pantográfica -
tandem, taxa
variável
10, 11, 12, 13, 14, 15, 17,
18 19 e 21
45 cm
Pneumático balde/
gravidade
507 a 616 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
JM 8080 SS TERRA
EXACTA
SPTr arrasto
pantográfica,
taxa variável
29, 33 e 39
45 cm
Discos
alveolados balde/
gravidade
- Zigue zague disco
de corte e
disco de
sementes
Rosca sem fim
JM 8090 SS TERRA
EXACTA
SPTr arrasto
pantográfica,
taxa variável
29, 33 e 39
45 cm
Pneumático balde/
gravidade
- Zigue zague disco
de corte e
disco de
sementes
Rosca sem fim
JM 5023 e 5027 SAFTr
montada
pivotada
23 e 27
17 cm
Rotores
helicoidais Depósito
elevado/gravidade
- Zigue zague
disco de
sementes
Rosca sem fim
134
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
JM 2040 JM 2670 JM 3060 JM 3090
JM 7080 PD GUERRA PLUS JM 8090 SS TERRA EXACTA JM 5027
Figura 4.11 – Semeadoras e ou adubadoras de precisão e de fluxo contínuo da JUMIL. http://www.jumil.com.br/Produtos
135
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
4.11 A indústria KF fabricante de máquinas agrícolas desde 1995, presente no
mercado nacional, é sediada no município de Cândido Godoi no estado do Rio Grande do
Sul. Iniciou a fabricação de semeadoras adubadoras para o SPD a partir de 1998. Hoje a
empresa expandiu-se no mercado nacional e nos países do Mercosul.
A KF disponibiliza 6 semeadoras adubadoras de precisão, 4 de fluxo contínuo e 2
multissemeadoras. A tabela 4.10 apresenta algumas características dessas máquinas.
A semeadora adubadora de precisão STAND é uma máquina montada no sistema
hidráulico do trator, com sistema pantográfico nas linhas onde se apoiam os componentes
de semeadura e acabamento. É disponibilizada de 3 a 6 linhas espaçadas de 46 cm, sendo
adequadas para pequenas propriedades (Tab. 4.10). Os discos de corte e hastes ou disco
duplo, assim como, os discos de semeadura são alinhados transversalmente (Fig. 4.12).
Os reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, individualizados por linha,
sendo o de fertilizante elevado e os de sementes com balde. Usa como sistema de
distribuição de sementes os discos alveolados. A distribuição de fertilizante é por rosca
sem fim. Disco duplo para sementes, seguida de rodas inclinadas aterradoras e revestidas
com borracha.
O modelo COMPACTA, apropriada para pequenas e médias propriedades é uma
semeadora adubadora de precisão de arrasto, com sistema pantográfico nas linhas onde
se apoiam os componentes de semeadura e acabamento. É disponibilizada de 5 a 8 linhas
espaçadas de 45 cm. (Tab. 4.10). Os discos de corte e hastes ou disco duplo são dispostos
em zigue zague, os discos de semeadura são alinhados transversalmente (Fig. 4.12). Os
reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, sendo o de fertilizante elevados
e os de sementes individualizados do tipo balde por linha. Usa como sistema de
distribuição de sementes os discos alveolados. A distribuição de fertilizante é por rosca
sem fim. Possui caixa de câmbio com alavancas para regulagem das dosagens de adubo
e semente. Disco duplo para sementes, seguida de rodas inclinadas aterradoras e
revestidas com borracha ou limitadores de profundidade com rodas paralelas e
compactadoras com rodas em “V” revestidas de borracha.
As semeadoras adubadoras de precisão PLENA GUAPA e PLENA MASTER
diferem apenas pela capacidade do compartimento do adubo, que é maior na PLENA
MASTER. Ambas possuem como opcional uma terceira caixa, com maior autonomia e
as pipoqueiras apoiadas nas unidades de semeadura (Tab. 4.10). A primeira é
disponibilizada de 7 a 9 linhas e a segunda de 9 a 11 linhas de 45 cm de espaçamento,
apropriadas as médias propriedades. Usa como sistema de distribuição de sementes os
discos alveolados. O dosador de fertilizante é do tipo rosca sem fim. Também está
disponível como opcional o dosador de adubo TOPLANTING, composto por duas roscas
que giram em sentido oposto, resultando em uma maior uniformidade de distribuição em
terrenos inclinados. Possui caixa de câmbio com alavancas para regulagem das dosagens
de adubo e semente. Disco duplo para sementes, seguida de rodas controladoras de
profundidade paralelas, acopladas por meio de um sistema de balancim e revestimento de
borracha, as rodas compactadoras em são em “V”.
O modelo HIPER PLUS, possui sistema pivotado para os rompedores de solo à
frente e pantográfico atrás para os componentes de deposição de sementes e acabamento
de semeadura (Figura 4.12). O depósito de sementes tipo balde apoia-se sobre cada linha
e é disponibilizada de 7 a 12 linhas espaçadas de 45 cm de espaçamento (Tab. 10), o que
a qualifica como apropriada para médios propriedades. Possui sistema de distribuição de
136
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
sementes com discos alveolados e também pode ser equipada com sistema TITANIUM.
Haste sulcadora ou disco duplo afastados do disco de corte. Os discos de corte e hastes
são dispostos transversalmente em zigue zague com um desencontro de 40 cm entre eles
e os discos de semeadura são alinhados. Os reservatórios de fertilizante e sementes são
de polietileno, sendo o de fertilizante elevado e os de sementes com balde por linha. A
caixa elevada de sementes e sistema de pipoqueira são opcionais nessa máquina. A
distribuição de fertilizante é por rosca sem fim da marca POLITECNO. Também está
disponível como opcional o dosador de adubo TOPLANTING, composto por duas roscas
que giram em sentido oposto, resultando em uma maior uniformidade de distribuição em
terrenos inclinados. Disco duplo para sementes, seguida de rodas controladoras de
profundidade paralelas, acopladas por meio de um sistema de balancim e revestimento de
borracha, as rodas compactadoras em são em “V”. Possui cabeçalho para o acoplamento
em tandem. Esta máquina também está disponível na versão CAMALHONEIRA, que
possui aivecas posicionadas entre as linhas, fazendo um camaleão ideal para realização
da semeadura de soja em áreas de solo inundado.
O modelo HIPER PLUS S, é uma versão da HIPER PLUS com um chassis mais
reforçado e vedação nas articulações dos pantógrafos, disco de corte de 20” de série
posicionados em zigue zague com desencontro de 46 cm. Esta máquina é disponibilizada
de 11 a 18 linhas de 45 ou 50 cm de espaçamento, portanto apropriadas a médias e grandes
propriedades. Possui terceiro depósito de sementes com maior autonomia e sistema de
distribuição tipo pipoqueira com discos alveolados que podem, também, ser da marca
TITANIUM. Este modelo de máquina também está disponível como articulada, com dois
chassis dispostos paralelamente acoplados no centro por uma articulação que permite
melhor desemprenho ao trabalhar sobre bases.
A KF possuí uma semeadora adubadora de fluxo contínuo montada (TURVO) e
três de arrasto (PANTOGRAFIC SYSTEM, DOUBLE SYSTEM NEW e a TG
EVOLUTION) variam de 13 a 35 linhas espaçadas de 17 cm (Tab. 4.10).
A TURVO é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo, montada, e arrozeira,
adequada a propriedades menores, possuindo de 13 a 17 linhas (Tab. 4.10) de 17 cm de
espaçamento. Possui linhas pivotadas com disco duplo. Os discos são dispostos
transversalmente em zigue zague (Fig. 4.13). O depósito de semente é fabricado em aço
inoxidável e a caixa de fertilizante em polietileno, o sistema de distribuição de sementes
com rotores acanalados helicoidais fabricados em aço, resistente ao desgaste provocado
pelas sementes de arroz. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim. Os
compactadores são com rodas de ferro fundido.
A PANTOGRAFIC SYSTEM é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo, de
arrasto, arrozeira, adequada a propriedades médias, possuindo de 17 a 26 linhas (Tab.
4.10) de 17 cm de espaçamento. Possui linhas pantográficas com disco duplo. Os discos
são dispostos transversalmente em zigue zague (Fig. 4.13). Os depósitos de semente e
fertilizante são fabricados em aço inoxidável e, o sistema de distribuição de sementes com
rotores acanalados helicoidais. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim da marca
POLITECNO. Também está disponível como opcional o dosador de adubo
TOPLANTING, composto por duas roscas que giram em sentido oposto, resultando em
uma maior uniformidade de distribuição em terrenos inclinados. Os compactadores são
com rodas de ferro. Possui como opcional um kit para sementes de pastagem e rodas
adicionais para transporte longitudinal.
137
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
A DOUBLE SYSTEM NEW é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo, de
arrasto, e adequada a propriedades médias e grandes, possuindo de 17 a 33 linhas (Tab.
4.10) de 17 cm de espaçamento. Possui linhas pantográficas com disco duplo. Os discos
são dispostos transversalmente em zigue zague. O depósito de semente é fabricado em
aço inoxidável e a caixa de fertilizante em polietileno, o sistema de distribuição de
sementes com utiliza rotores acanalados helicoidais. O dosador de fertilizante é do tipo
rosca sem fim. Também está disponível como opcional o dosador de adubo
TOPLANTING, composto por duas roscas que giram em sentido oposto, resultando em
uma maior uniformidade de distribuição em terrenos inclinados. Os aterradores e
compactadores são com rodas inclinas revestidas de borracha. Possui opcionalmente kit
para pastagem e rodas adicionais para transporte longitudinal.
A TG EVOLUTION é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo, de arrasto,
adequada a propriedades grandes, possuindo 27, 31 ou 35 linhas (Tab. 4.10) de 17 cm de
espaçamento. Possui caixa de engrenagens com alavancas para regulagem de adubo e
semente, caixas de adubo e semente em polietileno e maior autonomia de trabalho em
relação a DOUBLE SYSTEM. Sistema de rodado com pneus de alta flutuação e rodado
auxiliar para transporte longitudinal. O dosador de fertilizante é do tipo rosca sem fim.
Também está disponível como opcional o dosador de adubo TOPLANTING, composto
por duas roscas que giram em sentido oposto, resultando em uma maior uniformidade de
distribuição em terrenos inclinados.
A HIDRÀULICA TRIGO/AVEIA (Tab. 4.10) é uma multissemeadora leve de
arrasto com sistema pivotado nas linhas. Rotores canelados helicoidais para distribuição
de sementes em fluxo contínuo. O sistema de distribuição de sementes em precisão são
com discos alveolados, montados no depósito elevado. Apropriadas as pequenas
propriedades possuem de 3 a 7 linhas espaçadas de 40 a 52 cm e de 7 a16 linhas espaçadas
de 17 cm para culturas de inverno (Fig. 4.13). Possui depósitos para sementes e
fertilizante de aço inoxidável. Os rompedores de solo frontais e os de semeadura são
alinhados transversalmente na versão em precisão e em fluxo contínuo são dispostos em
zigue zague. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim. Na versão em
precisão os rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste sulcadora. Os
aterradores e compactadores são com rodas inclinas revestidas de borracha.
A GERAÇÃO 4200 já de maior dimensão é multissemeadora (Tab. 4.10), com
depósito de fertilizante elevado e o de sementes tipo balde, variando de 5 a 9 linhas de 47
a 51 cm de espaçamento na versão em precisão (Fig. 4.13) e 13 a 23 linhas de 17 cm de
espaçamento em fluxo contínuo. Os depósitos de fertilizante e de sementes são
polietileno. Os rompedores de solo frontais são posicionados transversalmente em zigue
zague e os de semeadura alinhados. São acoplados com sistema pantográfico. Na versão
em precisão as sementes são dosadas com discos alveolados. A máquina possui caixa de
câmbio. O dosador de fertilizante é do tipo rosca sem fim. Também está disponível como
opcional o dosador de adubo TOPLANTING, composto por duas roscas que giram em
sentido oposto, resultando em uma maior uniformidade de distribuição em terrenos
inclinados. Disco duplo para sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas
e compactadoras com rodas em “V” revestidas de borracha.
A AR EVOLUTION é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo, de arrasto,
adequada a propriedades grandes, possuindo 27 linhas (Tab. 4.10) de 17 cm de
espaçamento. Possui caixa de engrenagens com alavancas para regulagem de adubo e
semente, caixas de adubo e semente em polietileno e linhas pantográficas. Sistema de
138
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
rodado com pneus de alta flutuação e rodado auxiliar para transporte longitudinal. O
dosador de fertilizante é do tipo rosca sem fim. Também está disponível como opcional
o dosador de adubo TOPLANTING, composto por duas roscas que giram em sentido
oposto, resultando em uma maior uniformidade de distribuição em terrenos inclinados.
139
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.10 – Modelos de semeadoras adubadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SAMu) da KF em agosto de 2016.
http://www.industrialkf.com.br/produtos/categoria/1/Plantadoras. http://www.industrialkf.com.br/produtos/categoria/2/Semeadoras.
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE
DE SEMENTES
PESO POR
LINHA kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
STAND
SAPTr
montada
pantográfica
3, 4, 5 e 6
43 cm
Discos
alveolados balde/
gravidade
197 a 217 Alinhados disco
de corte, haste e
disco de sementes
Rosca sem fim
COMPACTA
SAPTr
arrasto
pantográfica
5, 6, 7 e 8
47 cm
Discos
alveolados balde/
gravidade
303 a 325 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhado disco de
sementes
Rosca sem fim
PLENA GUAPA
SAPTr
arrasto
pantográfica
7, 8, e 9
45 cm
Discos
alveolados balde ou
30 depósito e
pipoqueira/
gravidade
343 a 378 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhado disco de
sementes
Rosca sem fim
PLENA MASTER
SAPTr
arrasto
pantográfica
8, 9, 10 e 11
45 cm
Discos
alveolados balde ou
30 depósito e
pipoqueira/
gravidade
400 e 422 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhado disco de
sementes
Rosca sem fim
HIPER PLUS
SAPTr
arrasto
pantográfica,
tandem
6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12
45 cm
Discos
alveolados balde ou
30 depósito e
pipoqueira/
gravidade
454 a 455 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhado disco de
sementes
Rosca sem fim
HIPER PLUS S
SAPTr
arrasto
pantográfica,
tandem
11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e
18
45 cm
Discos
alveolados balde ou
30 depósito e
pipoqueira/
gravidade
- Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhado disco de
sementes
Rosca sem fim
TURVO
SAFTr
montada
pivotada
13, 15 e 17
17 cm
Rotores
helicoidais
Depósito
elevado/gravidade
99 a 116 Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
140
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
PANTOGRAFICA
SYSTEM
SAFTr
arrasto
pantográfica
17, 19, 21, 23 e 26
17 cm
Rotores
helicoidais Depósito
elevado/gravidade
- Zigue zague
disco de
sementes
Rosca sem fim
DOUBLE SYSTEM
NEW
SAFTr
arrasto
pantográfica
17, 19, 21, 23, 27, 29, 31 e
33
17 cm
Rotores
helicoidais Depósito
elevado/gravidade
152 a 166 Zigue zague
disco de
sementes
Rosca sem fim
TG EVOLUTION SAFTr
arrasto
pantográfica
27,31 e 35
17 cm
Rotores
helicoidais Depósito
elevado/gravidade
194 Zigue zague
disco de
sementes
Rosca sem fim
HIDRÁULICA
MULTIPLA
SAMuTr
arrasto
pivotada
3, 5, 6 e 7 de 40 a 52 cm
7, 13, 15 e 16 de 17 cm
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
Balde/gravidade e
elevado/gravidade
60 a 68 de 17
cm
155 a 157 de
40 a 52 cm
Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhado disco de
sementes
Rosca sem fim
GERAÇÃO 4200 SAMuTr
arrasto
pantografica
13, 16, 17, 20 e 23
de 17 cm
5, 6, 7, 8 e 9 de 47 a 51 cm
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
Balde/gravidade e
elevado/gravidade
128 a 147 de
17 cm
342 a 378 de
47 a 51 cm
Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhado disco de
sementes
Rosca sem fim
AR EVOLUTION SAFTr
arrasto
pantográfica
27
17 cm
Rotores
helicoidais
Depósito
elevado/gravidade
Depósito
elevado/gravidade
Rosca sem fim
141
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
STAND COMPACTA PLENA PLENA MASTER
HIPER PLUS S GERAÇÃO 4200
Figura 4.12 – Semeadoras e ou adubadoras de precisão e multissemeadora da KF. http://www.industrialkf.com.br/produtos/categoria/1/Plantadoras.
142
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
TURVO PANTOGRAFICA SYSTEM HIDRÁULICA MULTIPLA
Figura 4.13 – Semeadoras e ou adubadoras de fluxo contínuo e multissemeadora da KF.
http://www.industrialkf.com.br/produtos/categoria/2/Semeadoras.
143
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
4.12 A indústria KUHN, multinacional europeia, fundada em 1828 como
modesta forjaria, consolida-se na França em 1864 na cidade de Saverne sobrevivendo às
guerras posteriores, torna-se Alemã e posteriormente Francesa em 1918 trabalhando para
o desenvolvimento da agricultura na região Francesa da Alvacia. Após a Segunda Guerra
Mundial, expandiu-se em todos os mercados do planeta e em 2005 adquiriu a empresa
brasileira METASA sediada em Passo Fundo no estado do Rio Grande do Sul.
A KUHN possui semeadoras adubadoras de precisão a partir de 2 até 35 linhas,
com amplas possibilidades de variação no espaçamento. Para a semeadura de cereais de
inverno (semeadoras adubadoras de fluxo contínuo), a KUHN disponibiliza modelos de
11 até 31 linhas, também com espaçamento variável, podendo chegar até 12,5 cm entre
linhas. São 6 modelos de semeadoras adubadoras de precisão, duas semeadoras de
precisão 3 semeadoras adubadoras de fluxo contínuo, uma semeadora de fluxo contínuo
e uma multissemeadora.
A semeadora adubadora de precisão PLM é uma máquina montada no sistema
hidráulico do trator, com sistema pantográfico nas linhas onde se apoiam os componentes
de semeadura e acabamento. É disponibilizada de 2 a 4 linhas espaçadas de 45 cm, sendo
adequadas para pequenas propriedades (Tab. 4.11). Os discos de corte e hastes ou disco
duplo, assim como, os discos de semeadura são alinhados transversalmente (Fig. 4.14).
Os reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, individualizados por linha,
sendo o de fertilizante elevado e os de sementes com balde. Usa como sistema de
distribuição de sementes os discos aveolados. A distribuição de fertilizante é por rosca
sem fim. Disco duplo para sementes, seguida de discos recortados aterradores e roda
compactadora de grande diâmetro, revestida de borracha, com função também de
acionadora do mecanismo de correntes e engrenagens.
O modelo PPK, apropriada para pequenas propriedades é semeadora adubadora
de precisão montada ou de arrasto, pivotada nos rompedores frontais e nos componentes
de semeadura e acabamento. É disponibilizada de 3 a 6 linhas espaçadas de 45 cm. (Tab.
4.11). Os discos de corte e hastes ou disco duplo são alinhados transversalmente, assim
como, os discos de semeadura. Os reservatórios de fertilizante e sementes são de
polietileno, sendo o de fertilizante elevados e os de sementes individualizados do tipo
balde por linha. Usa como sistema de distribuição de sementes os discos aveolados. A
distribuição de fertilizante é por rosca sem fim. Possui caixa de câmbio. Disco duplo para
sementes, seguida de rodas paralelas para controle de profundidade e rodas
compactadoras em “V”. Podem também ser disponibilizadas com rodas inclinadas
revestidas com borracha e roda de pequeno diâmetro como compactadora.
O modelo PV/PG PLUS, apropriada para pequenas e médias propriedades é
semeadora adubadora de precisão de arrasto, pivotada nos rompedores frontais e pivotada
ou pantográfica nos componentes de semeadura e acabamento. É disponibilizada de 5 a
11linhas espaçadas de 45 cm. (Tab. 4.11). Os discos de corte e hastes ou disco duplo são
dispostos em zigue zague e os discos de semeadura alinhados transversalmente (Fig.
4.13). Os reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, sendo o de fertilizante
elevado e os de sementes individualizados do tipo balde por linha. Usa como sistema de
distribuição de sementes os discos aveolados. A distribuição de fertilizante é por rosca
sem fim. Possui caixa de câmbio. Disco duplo para sementes, seguida de rodas paralelas
para controle de profundidade e rodas compactadoras em “V”.
144
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
O modelo PDM PV/PG EXTRA, possui sistema pivotado para os rompedores de
solo à frente e pivotado ou pantográfico atrás para os componentes de deposição de
sementes e acabamento de semeadura (Figura 4.13). Possui terceiro depósito de sementes
com maior autonomia e sistema de distribuição tipo pipoqueira com discos alveolados. É
disponibilizada de 7 a 19 linhas espaçadas de 45 cm de espaçamento (Tab. 11), o que a
qualifica como apropriada para médias e grandes propriedades. Possui sistema de
distribuição de sementes com discos alveolados. Haste sulcadora afastada ou disco duplo
do disco de corte. Os discos de corte e hastes são dispostos transversalmente em zigue
zague e os discos de semeadura são alinhados (Fig. 4.14). Os reservatórios de fertilizante
e sementes são de polietileno. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim. Possui
caixa de câmbio. Disco duplo para sementes e limitadores de profundidade com rodas
paralelas e compactadoras com rodas em “V” revestidas de borracha. Possui marcador de
linha hidráulico. O modelo PDM PV/PG SEED é semelhante a PDM PV/PG EXTRA
mas somente voltadas a distribuição de sementes (Tab. 4.11). A PDM PG MAXIMA por
sua vez é também semelhante, mas pneumática.
A PDM PG FLEX trata-se da união de 3 PDM PG articuladas transversalmente
(Fig. 4.14). Permite com isso mais versatilidade para trabalhos sobre terraços de base
larga.
A MARATHON CC (Fig. 4.14) com 27 a 35 linhas de 45 cm de espaçamento é
também especializada somente na semeadura. O depósito de sementes é elevado e essas
são transportadas por gravidade e distribuídas na pipoqueira com sistema pneumático.
A semeadora adubadora de fluxo contínuo NEO (Tab. 4.11) é uma máquina de
arrasto, com sistema de distribuição de rotores acanelados helicoidais, sendo
disponibilizada de 11 a 21 linhas espaçadas de 17 cm. Quando trabalha semeando arroz
em taipas, usa o sistema pivotado com maior mobilidade vertical e quando semeia trigo
pode usar o sistema pantográfico.
A semeadora de fluxo contínuo QUADRA VENTA (Tab. 4.11) não possui
sistema de distribuição de fertilizante, sendo apropriada a grandes propriedades. O
depósito de sementes é centralizado e essas são transportadas por fluxo de ar as unidades
de semeadura (Fig. 4.14). São disponibilizadas com 52 e 60 linhas de 17 cm ou adensada,
com 72 a 80 linhas de 12,5 cm.
A SDM SELECT é multissemeadora (Tab. 4.11), possui o terceiro depósito e
pipoqueira, variando de 5 a 8 linhas de 45 cm de espaçamento na versão em precisão e
11 a 21 de 17 cm de espaçamento em fluxo contínuo. Os depósitos de fertilizante e de
sementes são polietileno, com posição elevada. Os rompedores de solo frontais são
alinhados transversalmente e os de semeadura também. São acoplados com sistema
pantográfico. Tubos telescópicos conduzem o fertilizante e sementes com mangueiras
sanfonadas. Na versão em precisão é montado um sistema de distribuição tipo pipoqueira
que recebe as sementes e dosam com discos alveolados no solo. O sistema de distribuição
de sementes em fluxo contínuo, usa rotores acanelados helicoidais. Na versão em precisão
os rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste sulcadora. As rodas de
controle de profundidade e compactadoras da unidade de semeadura são com rodas
inclinadas revestidas de borracha e também oferecem as rodas compactadoras em “V”.
145
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.11 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP) e fluxo contínuo (SF ou SAF) e multissemeadora (SAMu) da
KUHN em agosto de 2016.
http://www.kuhndobrasil.com.br/internet/webbr.nsf/0/AAC095552B471836C1257C370050D95F?OpenDocument&p=4.1.1
http://www.kuhndobrasil.com.br/internet/webbr.nsf/0/270FFFAD1ED13FD0C1257EE7003611CA?OpenDocument&p=4.1.2
http://www.kuhndobrasil.com.br/internet/webbr.nsf/0/CD02C4F5EEED5268C1257C370050D964?OpenDocument&p=4.1.3
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE
DE SEMENTES
PESO
POR
LINHA
kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
PLM
SAPTr
montada
pantográfica
2, 3 e 4
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 200 a 205 Alinhados disco
de corte, haste e
disco de sementes
Rosca sem fim
PPK
SAPTr
montada ou
arrasto,
pivotada
3, 4, 5 e 6
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 279 a 312 Alinhados disco
de corte, haste e
disco de sementes
Rosca sem fim
PV/PG PLUS SAPTr
montada ou
arrasto,
pivotada
5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 364 a 480 Zigue zague disco
de corte
Alinhado disco de
sementes
Rosca sem fim
PDM PV/PG EXTRA
SAPTr arrasto
pivotada ou
pantográfica
7, 9, 10, 11, 12, 13, 15, 17 e
19
45 cm
Discos
alveolados 30 depósito e
pipoqueira/
gravidade
447 a 551 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhado disco de
sementes
Rosca sem fim
PDM PG MAXIMA
SAPTr arrasto
pantográfica
7, 9, 10, 11, 12, 13, 15, 17 e
19
45 cm
Pneumática 30 depósito e
pipoqueira/
gravidade
454 a 564 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
PDM PG FLEX
1500
SAPTr arrasto
pantográfica
15
45 cm
Discos
alveolados 30 depósito e
pipoqueira/
gravidade
540 Zigue zague disco
de corte
Rosca sem fim
146
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Alinhado disco de
sementes
PDM PV/PG SEED SPTr arrasto
pivotada ou
pantografica
7, 9, 10, 11, 12, 13, 15, 17 e
19
45 cm
Só sementes/
Discos
alveolados
30 depósito e
pipoqueira/
gravidade
438 a 536 Zigue zague disco
de corte
Alinhado disco de
sementes
Rosca sem fim
MARATHON CC
SPTr arrasto
pantográfica
25, 27, 29, 31 e 35
45 cm
Só sementes
Pneumática 30 depósito e
pipoqueira/
gravidade
- Zigue zague disco
de corte
Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
NEO
SAFTr arrasto
pivotada ou
pantográfica
11, 13, 15, 17, 19 e 21
17 cm
Rotores
helicoidais Depósito
elevado/gravidade
- Zigue zague disco
de sementes
-
QUADRA VENTA
SFTr arrasto
pantográfica
30 depósito
52 e 60 17 cm
72 e 80 12,5 cm
Só sementes
Rotores
helicoidais
Depósito
central/pneumático
- Zigue zague disco
de sementes
-
SDM SELECT
SAMuTr
arrasto
pantográfica
11, 13. 15, 17, 19 e 21 de
17 cm
5, 7 e 8 de 45 cm
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
Depósito
elevado/gravidade
147 a 191
357 a 425
Alinhado disco de
corte, haste
Alinhado disco de
sementes
Rosca sem fim
SDM VERSATILE
SAMuTr
arrasto
pantográfica
21, 25 e 29 de 17 cm
8, 9 e 11 de 45 cm
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
Depósito
elevado/gravidade
196 a 214
518 a 567
Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
147
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
PLM PDM PG EXTRA PDM PG MAXIMA
PDM FLEX 15 MARATHON CC QUADRA VENTA
Figura 4.14 – Semeadoras e ou adubadoras de precisão e fluxo contínuo da KUHN.
http://www.kuhndobrasil.com.br/internet/webbr.nsf/0/AAC095552B471836C1257C370050D95F?OpenDocument&p=4.1.1
http://www.kuhndobrasil.com.br/internet/webbr.nsf/0/270FFFAD1ED13FD0C1257EE7003611CA?OpenDocument&p=4.1.2
http://www.kuhndobrasil.com.br/internet/webbr.nsf/0/CD02C4F5EEED5268C1257C370050D964?OpenDocument&p=4.1.3
148
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
A SDM VERSATILE é multissemeadora (Tab. 4.11), possui o terceiro depósito e
pipoqueira, variando de 8 a 11 linhas de 45 cm de espaçamento na versão em precisão e
21 a 29 de 17 cm de espaçamento em fluxo contínuo. Os depósitos de fertilizante e de
sementes são polietileno, com posição elevada. Os rompedores de solo frontais são
posicionados transversalmente em zigue zague e os de semeadura também. São acoplados
com sistema pantográfico. Tubos telescópicos conduzem o fertilizante e sementes com
mangueiras sanfonadas. Na versão em precisão é montado um sistema de distribuição
tipo pipoqueira que recebe as sementes e dosam com discos alveolados. A máquina possui
caixa de câmbio. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim da marca
FERTISYSTEM, o de sementes em fluxo contínuo, usa rotores acanelados helicoidais.
Na versão em precisão os rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste
sulcadora. As rodas de controle de profundidade e compactadoras da unidade de
semeadura são com rodas inclinadas revestidas de borracha e também oferecem as rodas
compactadoras em “V”. Possui hectarímetro e rodas adicionais para transporte
longitudinal.
4.13 A indústria KNAPIK desde 1997 fabrica máquinas agrícolas voltadas a
pequena propriedade. Quanto às semeadoras de plantio direto possui semeadoras
adubadoras de tração animal, para micro tratores e pequenos tratores.
A semeadora adubadora de precisão a tração animal KNAPIK (Fig. 4.15) existe
no mercado desde o início de 2000, possui o ponto de engate regulável para obter o melhor
posicionamento da linha de tração, uma roda de transporte que tem função de firmar a
palha no solo, facilitando o corte com o disco e corte. Possui haste sulcadora na deposição
de fertilizante e disco duplo desencontrado para deposição de sementes, Rodas
compactadoras e acionadoras atrás. Trabalha bem inclusive em solos declivosos. Os
depósitos de fertilizante e sementes são de polietileno tipo balde. O sistema de
distribuição de sementes é com discos alveolados e o fertilizante com rosca sem fim (auto
limpante), o reservatório em plástico, nylon e aço inóx (Tab. 4.12).
A KNAPIK também oferece um modelo acoplado à micro trator (peso aproximado
do micro trator de 350 Kg com 2 rodas - tipo Tobata, Tramontine, Yanmar e Coyote). O
sistema de funcionamento da semeadora para micro trator é similar à de tração animal.
Com o diferencial que ela fica por baixo do cabo do micro trator, por este motivo a caixa
de adubo é deslocada para lateral.
A KNAPIK também oferece um modelo acoplado à pequenos tratores com engate
categoria especial, a exemplo Agrale 4.100 e 4.200, com opção de 1 e 2 linhas
respectivamente, de construção compacta realizando a semeadura e adubação em plantio
direto (Fig. 4.15). Possui os mesmos componentes da semeadora à tração animal, exceto
a roda de transporte para compactar a palha (Tab. 4.12).
Para tratores de diferentes fabricações a KNAPIK disponibiliza semeadoras
adubadoras montadas no sistema hidráulico do trator com opção de 2, 3, 4 e 5 linhas e,
ainda, há a opção da semeadora com sistema de articulação onde os pistões hidráulicos
acoplados no sistema hidráulico do trator, e estes fazem a movimentação das linhas para
acompanharem o declive do solo, facilitando a semeadura no terreno.
A Plantadeira de Arrasto com opção de 3, 4 e 5 linhas são acopladas na barra porta
ferramenta com engate pantográfico. Os rompedores frontais (disco de corte e haste
149
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
sulcadora), assim como o disco duplo desencontrado são alinhados transversalmente na
máquina. O sistema de distribuição de sementes é com discos alveolados e o de
fertilizante com rosca sem fim (auto limpante). O acionamento das transmissões é
realizado com a roda metálica traseira que tem a função de aterramento e compactação
também. Os depósitos de sementes e fertilizante são do tipo balde. As hastes sulcadoras
possuem sistema de desarme automático.
Todas as semeadoras possuem como item opcional o Distribuidor de Sementes de
pastagens.
Figura 4.15 – Modelos de semeadoras adubadoras de precisão a tração animal (SATa),
micro tratores (SAPMi), pequenos tratores e tratores (SAPTr) de 2 linhas montada e 4
linhas de arrasto respectivamente da KNAPIK. http://www.knapik.com.br/
150
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 12 – Modelos de semeadoras adubadoras de precisão a tração animal (SATA), para micro tratores (SAPMi) e pequenos tratores (SAP) da
KNAPIK em agosto de 2016. http://www.knapik.com.br/
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE
DE
SEMENTES
PESO
POR
LINHA
kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
PLANTADEIRA A
TRAÇÃO ANIMAL
SAPTa arrasto 1
Discos
alveolados
Balde/gravidade 84 - Rosca sem fim
PLANTADEIRA PARA
MICRO TRATOR
SAPMi
montada
1
Discos
alveolados Balde/gravidade 85 - Rosca sem fim
PLANTADEIRA
HIDRÁULICA
Trator Agrale 4100 e 4200
SAPTr
montada
1 e 2
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 105 e 117
Alinhados disco
de corte, haste e
disco duplo
Rosca sem fim
PLANTADEIRA
HIDRÁULICA
SAPTr
montada
pantografica
2, 3, 4 e 5
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 130 a 150
Alinhados disco
de corte, haste e
disco duplo
Rosca sem fim
PLANTADEIRA
HIDRÁULICA
MONTANHA
SAPTr
montada
pantográfica,
articulada
2, 3, 4 e 5
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 185 a 210
Alinhados disco
de corte, haste e
disco duplo
Rosca sem fim
PLANTADEIRA DE
ARRASTO
SAPTr arrasto
pantografica
3, 4 e 5
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 220 a 260 Alinhados disco
de corte, haste e
disco duplo
Rosca sem fim
151
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
4.14 A indústria KRUPP indústria de semeadoras-adubadoras manuais
(matraca) foi fundada em 1947 em Araricá-RS. Fabricaram sempre as matracas, com
exceção de um período que fabricaram guarda-chuva também. Em 1984 a fábrica já
vendia em todo o país. Havia grandes distribuidores ao norte e pequenos no sul do Brasil.
Em 2007 a demanda não superava a capacidade de produção da empresa, que revende
para todo o território nacional, já sendo demandada para outros países.
A KRUPP possui 3 modelos de semeadoras manuais Tab. 4.13), mais conhecidas
como matracas (Fig. 4.13), que pode ser utilizada em plantio direto utilizando uma
ponteira mais fina e comprida. Como pode ser observado, no modelo perna de grilo (Fig.
4.16). Possui também um modelo de semeadora adubadora manual (Fig. 4.16).
152
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 13 – Modelos de semeadoras e ou adubadoras de precisão (SAPMa) da KRUPP em 2007.
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE
DE
SEMENTES
PESO
POR
LINHA
kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
PLANTADEIRA COM
HASTE
SPMa 1
Haste oscilante Balde/gravidade
- - -
PLANTADEIRA COM
DISCOS
SPMa 1
Discos
alveolados Balde/gravidade - - -
PLANTADEIRA
ADUBADEIRA
SAPMa 1
Discos
alveolados Balde/gravidade - - Rolete nylon
PLANTADEIRA PERNA
DE GRILO
SPMa 1
Haste oscilante Balde/gravidade - - -
153
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Figura 4.16 – Da esquerda para direita: semeadora com haste oscilante; semeadora com disco, semeadora perna de grilo e semeadora adubadora
todas manuais. Fotos na indústria KRUPP em 2007.
154
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
4.15 A indústria KULZER & KLIEMANN de Toledo no Paraná iniciou seus
trabalhos com adaptações de semeadoras adubadoras de plantio direto desde 1981 e em
1998 fabricou sua primeira máquina. Fabrica semeadoras adubadoras de precisão e fluxo
contínuo por encomenda com dispositivos diferenciados principalmente quanto a atuação
das molas sobre as unidades de semeadura, utilizando cabo de aço para uniformizar a
pressão sobre as linhas e permitir grande amplitude de movimentação vertical sobre as
mesmas. A figura 4.17 mostra as versões em precisão e fluxo contínuo.
A semeadora adubadora de precisão KK é de arrasto, pivotada com os rompedores
frontais (disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) dispostos em zigue zague e os
de semeadura alinhados. O sistema de distribuição de sementes é em discos alveolados e
os de fertilizante com rosca sem fim da marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras.
Possui rodas de controle de profundidade e aterradoras, rodas de ferro inclinadas e roda
compactadora de pequeno diâmetro de borracha. Opcionalmente pode ter uma roda de
controle de profundidade das hastes sulcadoras que podem ajudar a desembuchar a
máquina.
A semeadora adubadora de fluxo contínuo também utiliza o sistema de cabo de
aço para uniformizar a pressão das linhas, caracteriza-se por ser a única semeadora de
fluxo contínuo com rodados internos, o que promove maior estabilidade a mesma. O
sistema de distribuição de sementes é com rotores acanelados helicoidais e os de
fertilizante de rosca sem fim, da marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. As rodas de
ferro também são utilizadas para o aterramento.
Figura 4.17 – Semeadora adubadora de precisão a esquerda e de fluxo contínuo a direita
da KÜLZER& KLIEMANN. Fotos em 2007.
4.16 A indústria MARCHESAN IMPLEMENTOS E MÁQUINAS
AGRÍCOLAS “TATU” S/A, sediada no município de Matão no estado de São Paulo
desde 1946, tradicional fabricante de várias máquinas e implementos agrícolas apresenta
hoje 25 modelos de semeadoras adubadoras mecanizadas para o SPD (Tab. 14).
Constituem-se de 16 semeadoras adubadoras de precisão, 2 semeadoras de precisão, 4
semeadoras adubadoras de fluxo contínuo e 3 multissemeadoras. Além disso,
disponibilizam em seus modelos, diferentes números de unidades de semeaduras (linhas)
que superam uma centena de modelos na sua linha de produção.
155
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
A semeadora adubadora de precisão PHL é uma máquina montada no sistema
hidráulico do trator, pivotada na barra porta ferramenta, apropriada para pequenas
propriedades com 5 e 7 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.14). Os discos de corte e hastes
ou disco duplo, assim como, os discos de semeadura são alinhados transversalmente (Fig.
4.18). Os reservatórios de fertilizante e de sementes são de polietileno tipo balde,
individualizados por linha, sendo o de fertilizante mais elevado e os de sementes
próximos ao solo. Usa como sistema de distribuição de sementes os discos aveolados
(universal). A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim transversal ao deslocamento
do trator. Disco duplo para sementes, seguida de rodas paralelas para controle de
profundidade e rodas compactadoras em “V”.
A PHT3 PLUS é disponibilizada com 3 a 7 linhas de 45 cm de espaçamento (Tab.
4.14) e difere da PHL por ser mais robusta e possuir um depósito de fertilizante de aço
carbono tipo caixa elevada e dosadores de rosca sem fim dispostos transversalmente ao
deslocamento do trator.
A PHP é uma semeadora adubadora de precisão (Tab. 4.14) montada no hidráulico
do trator, apropriada para pequenas propriedades, acoplada com sistema pivotado e
distribuição de sementes com discos alveolados. Possui 3 a 7 linhas espaçadas de 45 cm
e os depósitos de sementes individualizados e alinhados no sentido transversal. Difere da
PHT3 PLUS, principalmente, por possuir depósito de fertilizante de polietileno tipo caixa.
A PHT 4 SUPREMA semelhante as anteriores é especializada para o plantio de
amendoim, por esta razão é disponibilizada apenas com quatro linhas de sementes (Fig.
4.18) espaçadas de 90 cm. Distribuidor de fertilizante tipo rosca sem fim disposto
longitudinalmente ao deslocamento do trator, e possui sistema de distribuição de
sementes pneumático à vácuo ou sistema TITANIUM com discos de amendoim (Tab.
4.14).
A PST PLUS assemelha-se a PHP em seus componentes, mas é uma máquina de
arrasto, com 5, 7 ou 8 linhas de 45 cm (Tab. 4.14), pivotada, mais robusta e com os discos
de corte, os rompedores frontais e de semeadura dispostos transversalmente em zigue
zague. Possui distribuidor de adubo longitudinal, câmbio com troca rápida de
engrenagens, marcador hidráulico e é de arrasto.
A PST3 (Tab. 4.14) é a mais tradicional criada em meados da década de 90. É
semeadora adubadora de precisão, de arrasto, pivotada com sistema de distribuição de
sementes mecânico com discos alveolados. São disponibilizadas de 7 a 11 linhas
espaçadas de 45 cm. Portanto, apropriadas a médias propriedades. Possuem rompedores
frontais (disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de semeadura
dispostas transversalmente em zigue zague (Fig. 4.18). Possui caixa de engrenagem. Os
reservatórios de fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno, e os de
sementes, individualizados do tipo balde. Sistema de distribuição de fertilizante com
rosca sem fim, transversal ao deslocamento do trator. Discos duplos desencontrados para
sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas revestidas com borracha e
compactadores tipo rodas em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.
A PST4 é semeadora adubadora de precisão apropriada para média propriedade,
é máquina de arrasto, pivotada (Tab. 4.14), disponibilizadas de 7 a 12 linhas espaçadas
de 45 cm. Difere da PST3 por possuir o tubo frontal de 100 x 100 mm, sendo assim mais
robusta, por possuir o sistema de distribuição de fertilizante longitudinal ao deslocamento
do trator, e os discos de corte, as linhas de adubação e as unidades de semeadura
156
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
desalinhadas transversalmente em zigue zague. Pode ser equipada com os distribuidores
de sementes TITANIUM ou ainda com o distribuidor de sementes pneumático Precision
Planting. Pode possuir o reservatório de sementes tipo caixa de polietileno CSU (Caixa
de Sementes Única), que abastece os dosadores de sementes por gravidade.
A PST4 FLEX (Fig. 4.18) e a PST4 FLEX SUPREMA são semeadoras
adubadoras de precisão (Tab. 4.14) de arrasto e com as linhas de sementes pantográficas,
apropriada para médias propriedades. A primeira possui sistema de distribuição de
sementes com discos alveolados universais ou modelo TITANIUM e a segunda com
distribuição de sementes pneumática Precision Planting. Possuem rompedores frontais
(disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de semeadura dispostas
transversalmente em zigue zague. Possui caixa de engrenagem. Os reservatórios de
fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno, e os de sementes em caixas,
maiores elevadas de polietileno (Caixa de Semente Única) com abastecimento por
gravidade dos dosadores ou individualizados do tipo balde. Sistema de distribuição de
fertilizante com rosca sem fim dispostos longitudinalmente ao deslocamento do trator.
Discos duplos desencontrados para sementes e limitadores de profundidade com rodas
paralelas revestidas com borracha e compactadores tipo rodas em “V”. Possui marcador
de linha hidráulico.
Com objetivo de trabalhar em áreas com terraços de base larga há o modelo PST
DUO (Fig. 4.18). Trata-se de uma semeadora adubadora de arrasto, com linhas de
sementes pivotada e o modelo PST DUO FLEX com linhas de sementes pantográficas.
Trata-se de uma máquina cujo chassi recebeu uma articulação longitudinal no seu centro,
que lhe permite acomodar-se melhor nos terrenos ondulados. As demais características,
assemelham-se a PST4 e PST4 FLEX.
A PST TRIO (Fig. 4.18) e a PST TRIO FLEX são semeadoras adubadoras de
precisão de arrasto, cujo chassi recebeu duas articulações longitudinais, permitindo
grande flexibilidade para o trabalho em áreas com terraços de base larga. A primeira é
pivotada e a segunda (FLEX) pantográfica. Os dosadores de sementes são com discos
alveolados, e podem ser adquiridos opcionalmente com o da marca TITANIUM ou com
dosadores de sementes pneumáticos Precision Planting. As demais características são
semelhantes a PST DUO e PST DUO FLEX.
A COP CA é semeadora adubadora de precisão apropriada para Plantio Direto em
Palhada de CANA de AÇUCAR, é de arrasto, pantográfica (Tab. 4.14), disponibilizada
com 7 ou 9 linhas espaçadas de 50 cm. Diferem da PST4 por ser mais robusta, por possuir
um Disco de Corte de 24”, Haste Escarificadora de 70 cm de altura e as unidades de
semeadura são dispostas transversalmente em zigue zague.
A COP FLEX, ULTRA FLEX (Fig. 4.18) e ULTRA são todas semeadoras
adubadoras de precisão (Tab. 4.14) de arrasto, acoplada a estrutura de forma pantográfica
e com distribuição de sementes com discos alveolados universais ou do modelo
TITANIUM. A versão SUPREMA é a vácuo com o distribuidor de sementes Precision
Planting. São disponibilizadas de 7 a 19 linhas de 45 cm de espaçamento. Todos os
modelos possuem depósitos de sementes individualizados tipo balde e dispostos em zigue
zague no sentido transversal ou podem ser equipados com a Caixa de Sementes Única
(abastecimento dos dosadores por gravidade) ou ainda com Caixa de Sementes Central
(abastecimento dos dosadores por pressão positiva pneumática). A ULTRA FLEX pode
157
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
vir com o 30 depósito (sementes de capim) e pode ter sua caixa de adubo transformada
em caixa de sementes que alimenta a pipoqueira por gravidade.
Todas as plantadeiras de arrasto podem ser acopladas em cabeçalho duplo (tandem), com
ou sem pneus, aumentando o rendimento de plantio.
Os modelos USAP (Fig. 4.18) e USAP SUPREMA são disponibilizados de 18 a
50 linhas de 45 cm de espaçamento. São semeadoras de precisão com depósito de semente
do tipo Caixa de Sementes Única (com abastecimento dos dosadores por gravidade) ou
Caixa de Semente Central (com o abastecimento dos dosadores por pressão positiva
pneumática). A primeira com sistema de distribuição de sementes com discos alveolados
universal ou TITANIUM e a segunda pneumática com dosadores Precision Planting a
vácuo. Possui os discos de corte e disco duplo dispostos transversalmente em zigue zague.
Constituem-se de três módulos articulados longitudinal/horizontal para o perfeito
acompanhamento do terreno e longitudinal/vertical para o dobramento frontal do chassi,
permitindo o seu transporte mesmo em estradas estreitas.
A MARCHESAN informa que todas as máquinas semeadoras adubadoras podem
sair de fábrica com:
Monitor de Sementes - que monitora e informa todas as variáveis que ocorrem
durante o plantio.
Sistema de Controle Taxa Fixa ou Variável - que monitora e controla hidráulica
ou eletricamente, todas as variáveis que ocorrem no plantio, simplificando a regulagem
das dosagens de adubo e semente, inserindo a mesma no Sistema de Agricultura de
Precisão (ISOBUS).
Possui desligamento linha a linha de sementes evitando a sobreposição
Haste Escarificadora Tipo IAPAR.
Diversos tipos de Controle de Profundidade
A PDCP é uma semeadora adubadora personalizada para uso no sistema
de integração lavoura, pecuária e floresta. Possui de 3 a 7 linhas de sementes graúdas e
as sementes de pastagens podem ser distribuídas nas linhas intermediárias as da cultura
principal.
A MARCHESAN possuí uma semeadora adubadora de fluxo contínuo montada
(PSH3) e seis de arrasto (SDA I; SDA E; SDA A; SDA 3; PSA 3 e SDA FLEX) todas
possuem o sistema de distribuição de sementes com rotores acanelados helicoidais e
variam de 15 a 29 linhas espaçadas de 15,8 a 17,5 cm (Tab. 4.14).
A PSH3 é semeadora adubadora de fluxo contínuo montada, sendo disponibilizada
de 11 a 15 linhas espaçadas de 17,5 cm (Tab. 4.14), adequada a propriedades menores.
Possui linhas pivotadas com disco duplo. Os discos são dispostos transversalmente em
zigue zague (Fig. 4.19). Os depósitos de sementes e fertilizante em aço carbono e, o
sistema de distribuição de sementes com rotores acanelados helicoidais. O sistema de
distribuição de fertilizante é em rosca sem fim transversal. Os compactadores são com
rodas côncavas ou convexas e pode usar aterradoras com argolas de ferro.
A PSA3 assemelha-se a anterior considerando que é de arrasto e possui de 15 a 25
linhas espaçadas de 17,5 cm (Tab. 4.14).
158
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
A SDA-I é semeadora adubadora de fluxo contínuo, de arrasto, com 15 a 29 linhas
espaçadas de 15,8 a 17,5 cm (Tab. 4.14) dispostas de forma alinhadas transversalmente
seus depósitos são de polietileno. A SDA-A a semelhança da anterior é disponibilizada
com 19 e 23 linhas a 15,8 cm de espaçamento (Tab. 4.14). Ambas possuem sistema de
distribuição de sementes em fluxo contínuo com rotores acanelados helicoidais. Possuem
rodas para transporte longitudinal. São apresentadas na figura 4.19.
A SDA FLEX é semeadora adubadora de fluxo contínuo, de arrasto, pantográfica,
com dois conjuntos de depósitos de fertilizante e sementes de polietileno. São
disponibilizadas com 16, 20 e 24 linhas espaçadas de 17,5 cm. Os disco duplo de sementes
posicionam-se em zigue zague e as mangueiras de borracha conduzem as sementes e
fertilizante em posição quase vertical. As rodas compactadoras são inclinadas e revestidas
com borracha.
A SDA3, SDA3-E e SDA CP com 15 a 29 linhas espaçadas de 17,5 cm, são
multissemeadoras. As duas primeiras com depósitos de aço carbono e a SDA CP com
depósitos de polietileno (Tab. 4.14), podem ser adaptadas para semear em precisão com
depósitos tipo pipoqueira e possui também, caixa para sementes de pastagem. Os
rompedores de solo frontais e os de semeadura são dispostos em zigue zague. Tubos
telescópicos conduzem o fertilizante e sementes com mangueiras sanfonadas. Na versão
em precisão é montado um sistema de distribuição tipo pipoqueira que recebe as sementes
e dosam com discos alveolados no solo. O sistema de distribuição de sementes em fluxo
contínuo, usa rotores acanelados helicoidais (Fig. 4.19). Na versão em precisão os
rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste sulcadora. As rodas de
controle de profundidade e compactadoras da unidade de semeadura são com rodas
inclinadas revestidas de borracha e também oferecem as rodas compactadoras em “V”.
Possui rodados auxiliares para transporte longitudinal da máquina.
CSU – Caixa de Semente Única – são caixas de polietileno que abastecem os
distribuidores de sementes ou as pipoqueiras por gravidade, distribuída ao longo do
chassi da semeadora adubadora.
CSC – Caixa de Semente Central – é uma caixa de polietileno que abastece os
distribuidores de sementes ou as pipoqueiras por pressão positiva, produzida por uma
turbina pneumática acionada por motor hidráulico, que ocupa uma posição central no
chassi.
159
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.14 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SAMu) da
MARCHESAN em agosto de 2016.
http://www.marchesan.com.br/index.php?option=com_k2&view=itemlist&layout=category&task=category&id=1&Itemid=12&lang=br
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE DE
SEMENTES
PESO
POR
LINHA
kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
PHL SAPTr
montada
pivotada
5 e 7
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 177 a 188 Alinhados disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
transversal
PHT3 PLUS SAPTr
montada
pivotada
3, 5 e 7
45 cm
Discos
alveolados
Balde/gravidade 250 a 257 Alinhados disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
transversal
PHP SAPTr
montada
pivotada
5 e 7
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 223 a 244 Alinhados disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
transversal
PHT 4 SUPREMA SAPTr
montada
pantografica
4
90 cm
Pneumática Balde/gravidade 365 Alinhados disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
longitudinal
PST PLUS SAPTr arrasto
pivotada 5 e 7
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 374 a 419 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
longitudinal
PST3 SAPTr arrasto
pivotada 7, 8, 9 e 11
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumática
Balde/gravidade 420 a 448 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
transversal
PST4 SAPTr arrasto
pivotada 7, 9 e 11
45 cm
Discos
alveolados
Balde/gravidade
CSU/gravidade
451 a 460 Zigue zague disco
de corte, haste
Rosca sem fim
longitudinal
160
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Alinhados disco
de sementes
PST4 FLEX e PST4
FLEX SUPREMA
SAPTr arrasto
pantográfica
7, 9 e 11
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumática
Balde/gravidade
CSU/gravidade
CSC/pressão +
469 a 477 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
discos de
sementes
Rosca sem fim
longitudinal
PST DUO e PST DUO
FLEX
SAPTr arrasto
pivotada e
pantografica
11 e 13
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade
CSU/gravidade
CSC/pressão +
497 e 506 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
longitudinal
PST TRIO e PST TRIO
FLEX
SAPTr arrasto,
pivotada e
pantografica
15, 16, 17, 18 e 19
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade
CSU/gravidade
CSC/pressão +
496 a 505 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
longitudinal
COP CA SAPTr arrasto
pantografica
9
50 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 524 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
longitudinal
COP FLEX e COP
FLEX SUPREMA
SAPTr arrasto
pantográfica,
taxa variável
7, 9, 11, 13, 15, 17 e 19
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumática
Balde/gravidade
CSU/gravidade
CSC/pressão +
- Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhadas disco
de sementes
Rosca sem fim
longitudinal
ULTRA FLEX e
ULTRA FLEX
SUPREMA
SAPTr arrasto
pantografica 7, 9, 11, 13, 15, 17 e 19
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumática
Balde ou 30
depósito e
pipoqueira/
gravidade
489 a 538 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
longitudinal
ULTRA e ULTRA
SUPREMA
SAPTr arrasto
pivotada 7, 9, 11, 13, 15 e 17
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumática
Balde/gravidade
CSU/gravidade
CSC/pressão +
422 a 437 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
longitudinal
USAP e USAP
SUPREMA
SPTr arrasto
pantográfica,
tandem
18, 20, 22, 24, 25, 26, 27,
28, 29, 30, 32, 33, 35, 36,
40,
42,43,44,45,46,47,48,49,50
Só sementes
Discos
alveolados ou
pneumática
CSU/gravidade
CSC/pressão +
- Zigue zague disco
de corte, haste
e disco de
sementes
-
161
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
45 cm
PDCP SAPTr arrasto
pantográfica
3 e 4 de 70 cm
9 e 12 de entre linhas
Discos
alveolados
30 depósito e balde/
gravidade
- Alinhadas disco
de corte, haste
Alinhadas disco
de sementes
Rosca sem fim
longitudinal
PSH3 SAFTr
montada
pivotada
11, 13 e 15
17,5 cm
Rotores
helicoidais
Depósito
elevado/gravidade
57 a 59 Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
longitudinal
PSA3 SAFTr arrasto
pivotada
15, 19, 23 e 25
17,5 cm
Rotores
helicoidais Depósito
elevado/gravidade
70 a 77 Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
longitudinal
SDA I SAFTr arrasto
pivotada
15, 19, 21, 23, 27 e 29
15,8 a 17,5 cm
Rotores
helicoidais
Depósito
elevado/gravidade
172 a 191 Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
longitudinal
SDA A SAFTr arrasto
pivotada
19, e 23
15,8 cm
Rotores
helicoidais
Depósito
elevado/gravidade
200 a 212 Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
longitudinal
SDA FLEX SAFTr arrasto
pantográfica
19, 23 e 27
17,5 cm
Rotores
helicoidais Depósito
elevado/gravidade
208 a 239 Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
longitudinal
SDA3 SAMuTr
arrasto
pivotada
15, 19, 21 e 23
15,8 a 17,5 cm
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
Depósito elevado e
pipoqueira/gravidade
153 a 161 Zigue zague disco
de corte,
disco de sementes
Rosca sem fim
longitudinal
SDA3 E SAMuTr
arrasto
pivotada
15, 19, 21, 23, 27 e 29
15,8 a 17,5 cm
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
Depósito elevado e
pipoqueira/gravidade
172 a 212 Zigue zague disco
de corte,
disco de sementes
Rosca sem fim
longitudinal
SDA-CP SAMuTr
arrasto
pivotada
15, 19, 21, 23, 27 e 29
15,8 a 17,5 cm
Rotores
helicoidais ou
discos alveolados
Depósito elevado e
pipoqueira/gravidade
198 a 248 Zigue zague
disco de sementes
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
longitudinal
162
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
PHL PHT 4 SUPREMA PST3 PST4 FLEX
PST DUO PST TRIO ULTRA USAP
Figura 4.18 – Semeadora adubadora de precisão (SAP) e semeadora (SP) da MARCHESAN.
http://www.marchesan.com.br/index.php?option=com_k2&view=itemlist&layout=category&task=category&id=5&Itemid=26&lang=br
163
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
PSH3 SDA I SDA3 E SDA3
PSA 3 SDA FLEX SDA CP
Figura 4.19 – Semeadora adubadora de fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SMu) da MARCHESAN.
http://www.marchesan.com.br/index.php?option=com_k2&view=itemlist&layout=category&task=category&id=6&Itemid=27&lang=br
164
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
4.17 A indústria MAX fundada em 1968 e sediada em Carazinho, Rio Grande do Sul,
em 1986 produziu sua primeira semeadora adubadora pneumática e em 1997 desenvolve
sua primeira semeadora adubadora de plantio direto.
A MAX fabrica semeadoras adubadoras para o SPD voltadas as pequenas e
médias propriedades.
A semeadora adubadora de precisão SEED LINE é uma máquina montada no
sistema hidráulico do trator, pivotada na barra porta ferramenta, apropriada para pequenas
propriedades com 3 e 5 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.15). Os discos de corte e hastes,
assim como, os discos de semeadura são alinhados transversalmente (Fig. 4.20). Os
reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, individualizados por linha,
sendo o de fertilizante elevado e os de sementes tipo balde. Usa como sistema de
distribuição de sementes os discos aveolados. A distribuição de fertilizante é por rosca
sem fim. Disco duplo para sementes, seguida de rodas de ferro inclinadas para controle
de profundidade e aterramento ou discos aterradores e roda compactadora de pequeno
diâmetro.
A PC, PR, e PCR (Fig. 4.20) são semeadoras adubadoras de precisão de arrasto
(Tab. 4.15) pivotadas e com sistema de distribuição de sementes com discos alveolados,
variando de 3 a 6 linhas espaçadas de 45 cm, alinhadas transversalmente. Os reservatórios
de fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno, e os de sementes,
individualizados do tipo balde. Sistema de distribuição de fertilizante com rosca sem fim.
Disco duplo para sementes, seguida de rodas de ferro inclinadas para controle de
profundidade e aterramento ou discos aterradores e roda compactadora de pequeno
diâmetro.
A PCRM (Tab. 4.15) é semeadora adubadora de precisão, de arrasto, pivotadas
com sistema de distribuição de sementes mecânico com discos alveolados. São
disponibilizadas de 7 a 12 linhas espaçadas de 45 cm. Portanto, apropriadas a pequenas e
médias propriedades. Possuem rompedores frontais (disco de corte e haste sulcadora ou
disco duplo) e na unidade de semeadura alinhadas transversalmente (Fig. 4.20). Possui
caixa de engrenagem. Os reservatórios de fertilizante são em caixas maiores elevadas de
polietileno, e os de sementes, individualizados do tipo balde. Sistema de distribuição de
fertilizante com rosca sem fim. Discos duplos desencontrados para sementes e limitadores
de profundidade com rodas paralelas revestidas com borracha e compactadores tipo rodas
em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.
Como semeadora adubadora de fluxo contínuo a MAX possui a MULTISEED
com 13 a 17 linhas de 17 cm de espaçamento, de arrasto (Tab. 4.15), adequada a
propriedades menores. Possui linhas pivotadas com disco duplo. Os discos são dispostos
transversalmente em zigue zague (Fig. 4.20). Os depósitos de sementes e fertilizante em
aço carbono e, o sistema de distribuição de sementes com rotores acanelados helicoidais.
O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim. Os compactadores são com
rodas de pequeno diâmetro revestidas com borracha.
165
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.15– Modelos de semeadoras adubadoras de precisão (SAP) e fluxo contínuo (SAF) da MAX em agosto de 2016.
http://www.max.ind.br/produtos.php
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE
DE SEMENTES
PESO
POR
LINHA
kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
SEED LINE SAPTr
montada
pivotada
3 e 5
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 163 a 182 Alinhadas disco
de corte, haste
Alinhadas disco
de sementes
Rosca sem fim
PC
SAPTr
montada
pivotada
3, 5 e 6
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 148 a 183 Alinhadas disco
de corte, haste
Alinhadas disco
de sementes
Rosca sem fim
PR
SAPTr
arrasto
pivotada
5 e 6
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 267 a 280 Alinhadas disco
de corte, haste
Alinhadas disco
de sementes
Rosca sem fim
PCR
SAPTr
arrasto
pivotada
5 e 6
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 300 a 328 Alinhadas disco
de corte, haste
Alinhadas disco
de sementes
Rosca sem fim
PCRM
SAPTr
arrasto
pivotada
7, 8, 9, 10, 11 e 12
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 358 a 507 Alinhadas disco
de corte, haste
Alinhadas disco
de sementes
Rosca sem fim
MULTISEED
SAFTr
arrasto
pivotada
13, 15 e 17
17 cm
Rotores
helicoidais e
Discos
alveolados
Depósito
elevado/gravidade
- Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
166
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
SEED LINE PC PR
PCR PCRM MULTISEED
Figura 4.20 – Semeadoras adubadoras de precisão da MAX. http://www.max.ind.br/produtos.php
167
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
4.18 A indústria MORGENSTERN de São Miguel do Iguaçu do estado do
Paraná, iniciou suas atividades com adaptação de máquinas para o plantio direto desde
meados da década de 80 e na década nos anos 2000 possuía modelos bem adaptado de
semeadora adubadora de precisão e fluxo contínuo às características regionais de solos
argilosos do extremo oeste do Paraná e baixo custo de fabricação. Como a KULZER &
KLIEMANN, são de fabricação artesanal, mas muito bem consolidadas no mercado
regional.
A figura 4.21, mostra modelo IM/9 de semeadora adubadora de precisão com 9
linhas espaçadas de 45 cm. Máquina de arrasto e pivotada com depósitos de sementes
individualizados e alinhados no sentido transversal da máquina. A MORGENSTERN
também disponibiliza vários componentes para adaptação em semeadoras, como
rompedores de solo com sistema de desarme automático, unidades para acabamento de
semeadura, roda desembuchadora (Fig. 4.22) e kit para distribuição de sementes de
pastagens (Fig. 4.21). Desenvolveu recentemente o sistema de articulação nas semeadoras
de precisão maiores já existentes (Fig. 4.23), aproveitando o material, melhorando todo o
sistema de kits de corte e abertura de sulco de fertilizante, distribuição de adubo e semente
adaptando conjunto de profundidade e aterramento de acordo com a situação do solo.
Figura 4.21 – Semeadora adubadora de precisão IM/9 a esquerda e kit de sementes de
pastagens a direita. http://www.impmorgenstern.com.br/
Figura 4.22 – Kit rompedor de solo a esquerda, roda desembuchadora no centro e kit de
unidade de acabamento de semeadura a direita. http://www.impmorgenstern.com.br/
168
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
Figura 4.23 – Semeadora adubadora de precisão articulada.
169
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
4.19 A indústria NEW HOLLAND iniciou como uma oficina para conserto de
equipamentos agrícolas em 1895 na Pensilvânia, EUA, passando em seguida a fabricá-
los. Em 1986 a Ford comprou a Sperry New Holland e formou a Ford New Holland Inc.
Em 1991, a Fiat que havia adquirido a Braud, adquiriu 80% da Ford New Holland. Em
1999 a fusão entre a New Holland NV e a Case Corporation deu à luz a CNH. No Brasil
a New Holland, instalou-se em Curitiba em 1975. Hoje em parceria com a indústria
Semeato entra na fabricação de semeadoras para o SPD.
Como semeadoras adubadoras de precisão apresenta os modelos SOL TT, SOL
TOWER, LAND MASTER e a PL5000, semelhante a Easy River da CASE. Para as
semeadoras adubadoras de fluxo contínuo têm os modelos TDNG e TDAX. Quanto as
multissemeadoras, os modelos SAM, SHM, SSM e PERSONALIE DRILL. Todas serão
apresentadas no item da indústria SEMEATO posteriormente.
4.20 A indústria PLANTI CENTER de Marialva no estado do Paraná, iniciou
suas atividades com SPD em 1988 realizando adaptações em semeadoras adubadoras de
plantio direto, principalmente adequando-as ao trabalho em solos argilosos do norte do
Paraná. Iniciou a fabricação de suas máquinas próprias em1999 e a partir daí foi evoluindo
constantemente. Hoje disponibiliza 13 semeadoras adubadoras de precisão e 3 de fluxo
contínuo, apresentados na tabela 4.16 algumas de suas características.
A semeadora adubadora PE (Fig. 4.24) é uma máquina de arrasto apropriada a
pequenas propriedades, com engate na estrutura de forma pivotada com 5 ou 6 linhas
espaçadas de 45 cm e discos alveolados com sistema de distribuição de sementes. Os
rompedores de solo estão em zigue zague e os componentes de semeadura alinhados. Os
reservatórios de fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno, e os de
sementes, individualizados do tipo balde. Sistema de distribuição de fertilizante com
rosca sem fim. Disco duplo para sementes, seguida de rodas inclinadas revestidas de
borracha para controle de profundidade e aterramento e rodas compactadoras em “V”.
A semeadora adubadora PENTA 2 (Fig. 4.24) e PENTA 4 TITAN são máquinas
de arrasto apropriadas as pequenas e médias propriedades, com engate na estrutura de
forma pivotada com 5 a 13 linhas espaçadas de 45 cm e discos alveolados com sistema
de distribuição de sementes. A PENTA TITAN é disponibilizada com o sistema de
distribuição de sementes modelo da marca TITANIUM. Possuem rompedores frontais
(disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) dispostos em zigue zague e os
componentes de semeadura alinhados. A haste sulcadora possui desarme automático. Os
reservatórios de fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno, e os de
sementes, individualizados do tipo balde. Sistema de distribuição de fertilizante com
rosca sem fim ou o da marca FERISYSTEM, sem graxeiras. Possui caixa de engrenagens.
Disco duplo para sementes, seguida de rodas inclinadas revestidas de borracha para
controle de profundidade e aterramento e rodas compactadoras em “V”. Possui
opcionalmente kit eletrônico para acionamento da catraca facilitando arremates.
A semeadora adubadora G 4 (Tab. 4.16) é uma máquina de arrasto apropriada a
médias e grandes propriedades, com engate na estrutura de forma pivotada com 7 a 17
linhas espaçadas de 45 cm (Fig. 4.24) e discos alveolados com o sistema de distribuição
de sementes da marca TITANIUM. Possui um depósito para acondicionamento de
sementes que são dirigidas as pipoqueiras sobre cada unidade de semeadura. Os
170
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
rompedores de solo estão em zigue zague e os componentes de semeadura alinhados. Os
demais componentes se assemelham a PENTA 4 TITAN.
A PREMIER é semeadora adubadora de precisão de arrasto, pantográfica com
depósito de fertilizante elevado e de sementes tipo balde individualizado por linha. É
disponibilizado de 7 a 17 linhas espaçadas de 45 cm. Os demais componentes são
semelhantes aos do G4 (Tab. 416).
A TERRAÇU’S, TERRAÇU’S PREMIER e a BIG FARM (Tab. 4.16) a
semelhança da linha G 4, diferem por serem máquinas articuladas transversalmente,
adequada a trabalhar em áreas com terraços de base larga (Fig. 4.24).
A PREMIER EXTRA é disponibilizada somente com 17 linhas de 25 cm e difere
das anteriores por possuir espaçamento estreito e as unidades de semeadura acopladas de
forma pantográfica (Tab. 4.16).
A URUTU possui de 26 a 33 linhas (Tab. 4.16) e a URUTU TELESCÓPICA de
27 a 45 linhas de 45 cm (Fig. 4.24). Podemos identificar que os fabricantes brasileiros
estão perseguindo as necessidades e demandas do mercado nacional, principalmente no
que diz respeito ao rendimento operacional. A URUTU TELESCÓPICA possui sistema
de taxa variável de sementes.
A TANDEM (Fig. 4.24) constitui-se de duas máquinas de 7 a 15 linhas com
armação em lança podendo duplicar seu tamanho (Tab. 4.16), estratégia usada por vários
fabricantes.
A fábrica disponibiliza três semeadoras de fluxo continuo, de arrasto e pivotada
com rotores acanelados helicoidais para distribuição de sementes próprias para culturas
de inverno (Tab. 4.16). A SFR que vai de 17 a 27 linhas espaçadas de 18 cm (Fig. 4.25).
Há também a SFR G2 (Fig. 4.25) que possui kit elétrico para acionamento da catraca
facilitando arremates. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim da
marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Caixa de fertilizante e sementes elevada de
polietileno. Unidades de rompedores e semeadura de disco duplo defasado e rodas
compactadoras inclinadas e revestidas com borracha. A SFR 23 a 27 e SFR G2 possuem
rodas de transporte para que a máquina seja movimentada no sentido longitudinal.
171
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.16 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP) e fluxo contínuo (SAF) da PLANTICENTER em agosto de 2016.
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE DE
SEMENTES
PESO POR
LINHA kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
PE SAPTr
arrasto
pivotada
5 e 6
45 cm
Discos
alveolados
Balde/gravidade 300 e 312 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhadas disco
de sementes
Rosca sem fim
PENTA 2 SAPTr
arrasto
pivotada
5, 7, 9, 11 e 13
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 367 a 391 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhadas disco
de sementes
Rosca sem fim
PENTA 4 TITTAN SAPTr
arrasto
pivotada
5, 7, 9, 11 e 13
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 344 a 391 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhadas disco
de sementes
Rosca sem fim
G-4 SAPTr
arrasto
pivotado
7, 9, 11, 13, 15 e 17
45 cm
Discos
alveolados Balde ou 30
depósito e
pipoqueira/gravidade
375 a 427 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhadas disco
de sementes
Rosca sem fim
PREMIER SAPTr
arrasto
pantografica
7,9, 11, 13, 15 e 17
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade 406 a 468 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
TERRAÇU’S SAPTr
arrasto
pivotado
11, 12, 13, 14 e 15
45 cm
Discos
alveolados Balde ou 30
depósito e
pipoqueira/gravidade
435 a 477 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhadas disco
de sementes
Rosca sem fim
TERRAÇU’S
PREMIER
SAPTr
arrasto
pantográfica
11, 12, 13, 14 e 15
45 cm
Discos
alveolados Balde ou 30
depósito e
pipoqueira/gravidade
478 a 518 Zigue zague disco
de corte, haste
Rosca sem fim
172
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Zigue zague
disco de sementes
BIG FARM SAPTr
arrasto
pivotado
13, 15, 17, 19 e 21
45 cm
Discos
alveolados Balde ou 30
depósito e
pipoqueira/gravidade
476 a 521 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
PREMIER EXTRA
25
SAPTr
arrasto
pantográfica
17
25 cm
Discos
alveolados Balde ou 30
depósito e
pipoqueira/gravidade
- Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
URUTU SAPTr
arrasto
pantografica
26, 27, 28, 29, 30, 31 e 33
45 cm
Discos
alveolados Balde ou 30
depósito e
pipoqueira/gravidade
500 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
URUTU
TELESCOPICA
SAPTr
arrasto
pantográfica,
taxa variável
27 a 45
45 cm
Discos
alveolados Balde ou 30
depósito e
pipoqueira/gravidade
- Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
TANDEM (duas
máquinas)
SAPTr
arrasto
pivotada
7 a 15
45 cm
Discos
alveolados Balde ou 30
depósito e
pipoqueira/gravidade
- Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
SFR
17 a 21
SAFTr
arrasto
pivotada
17, 19 e 21
18 cm
Rotores
helicoidais
Depósito
elevado/gravidade
128 a 129 Zigue zague disco
de corte, disco de
sementes
Rosca sem fim
SFR
23 a 27
SAFTr
arrasto
pivotada
23 e 27
18 cm
Rotores
helicoidais Depósito
elevado/gravidade
206 a 233 Zigue zague disco
de corte, disco de
sementes
Rosca sem fim
SFR G2 SAFTr
arrasto
pivotada
19 e 21
18 cm
Rotores
helicoidais Depósito
elevado/gravidade
- Zigue zague disco
de corte, disco de
sementes
Rosca sem fim
173
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
PE PENTA 2 G4 TERRAÇUS
TERRAÇUS PREMIER BIG FARM TANDEM URUTU TELESCÓPICA
Figura 4.24 – Semeadoras adubadoras de precisão da PLANTI CENTER. http://www.planticenter.com.br/produtos
174
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
SFR 17 a 21 SFR 23 a 27 SFR G2
Figura 4.25 – Semeadoras adubadoras de fluxo contínuo da PLANTICENTER. http://www.planticenter.com.br/produtos
175
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
4.17 A indústria SEMEATO foi a principal protagonista da história da
evolução das semeadoras adubadoras de plantio direto. Fundada em 1965 em Passo
Fundo no estado do Rio Grande do Sul foi a pioneira no SPD, quando lançou em 1982 a
semeadora adubadora de fluxo contínuo TD, que na época era também utilizada para
semear soja. Vem até hoje participando do mercado nacional e internacional com suas
máquinas preferencialmente para o SPD. A fábrica disponibiliza hoje 3 modelos de
semeadoras adubadoras de precisão, uma de fluxo contínuo e 4 multissemeadoras.
A semeadora adubadora de precisão SOL TOWER apresentada na tabela 4.17,
disponibilizadas com 7 a 15 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm (Fig. 4.25).
Possui o depósito de sementes apoiado sobre cada unidade de semeadura (linha) com
sistema de distribuição de sementes com discos alveolados ou pneumática à vácuo.
Possuem rompedores frontais (disco de corte, haste guilhotina, haste afastada ou disco
duplo e também disco duplo defasado) e os componentes de semeadura dispostos em
zigue zague. A haste sulcadora possui desarme automático. Os reservatórios de
fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno, e os de sementes,
individualizados do tipo balde. Pode vir com o terceiro depósito e pipoqueira. Sistema
de distribuição de fertilizante com rosca sem fim. Possui caixa de engrenagens. Disco
duplo para sementes, seguida de rodas paralelas revestidas de borracha para controle de
profundidade e aterramento e rodas compactadoras em “V”. Possui marcador de linha
hidráulico. A máquina pode usar um cabeçalho e trabalhar em tandem com duas máquinas
acopladas.
A semeadora adubadora de precisão NEW LAND apresentada na tabela 4.17,
disponibilizadas com 13 e 15 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm (Fig. 4.25).
Possui um terceiro depósito de sementes que são conduzidas por fluxo de ar a cada linha
que, por sua vez, distribui à vácuo com pequeno depósito (pipoqueira) as sementes.
Possuem rompedores frontais (disco de corte, haste guilhotina, haste afastada ou disco
duplo e também disco duplo defasado) e os componentes de semeadura dispostos em
zigue zague. A haste sulcadora possui desarme automático. Os reservatórios de
fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno. Sistema de distribuição de
fertilizante com rosca sem fim. Possui caixa de engrenagens. Disco duplo para sementes,
seguida de rodas paralelas revestidas de borracha para controle de profundidade e
aterramento e rodas compactadoras em “V”. A máquina pode usar um cabeçalho e
trabalhar em tandem com duas máquinas acopladas.
A semeadora adubadora de precisão SOL TT FASTFILL apresentada na tabela
4.17, possui 45 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm (Fig. 4.25). Semelhante a
NEW LAND, com maior dimensão e com chassi articulado transversalmente, facilitando
o trabalho em terrenos com terraços de base larga.
A SEMEATO possui máquinas semeadoras com monitor de sementes que
controla com taxa variável a distribuição de sementes e fertilizante, integrando a máquina
ao sistema de agricultura de precisão.
A TDMG (Tab. 4.17) é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo de arrasto
com 20 a 32 linhas espaçadas de 17 cm (Fig. 4.25). Os discos são dispostos
transversalmente em zigue zague. Os depósitos de sementes e fertilizante de aço carbono
ou aço inox e, o sistema de distribuição de sementes com rotores acanelados helicoidais.
O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim ou rotores dentados. Os
aterradores/compactadores são com rodas de ferro em ângulo e rodas em “V”. Têm
176
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
também como opcionais, caixa para sementes de pastagem, marcadores de linha
hidráulico e sistema de rodado para transporte longitudinal.
A SAM 20 é uma multissemeadora apropriada a pequenas propriedades sendo
disponibilizada com 4 linhas de 45 cm e 17 linhas de 17 cm (Tab. 4.17). Possui os
rompedores de solo pivotados e unidades de semeadura pantográficas, ambas alinhadas
no sentido transversal a máquina (Fig. 4.25). Na versão em fluxo contínuo os rompedores
são dispostos transversalmente em zigue zague. Os depósitos de fertilizante e sementes
são elevados de polietileno e as sementes são conduzidas por gravidade em pipoqueiras
para serem dosadas com discos alveolados na versão em precisão. Na versão em fluxo
contínuo são utilizados os rotores acanelados helicoidais. Possuem três tipos de
rompedores frontais: Disco de corte e disco duplo (triplo disco), haste sulcadora afastada
e haste modelo guilhotina. Para abridores de sulco de sementes usam o disco duplo
defasado com rodas de controle de profundidade paralelas revestidas de borracha e
compactadores em “V”. Disponibilizam o kit de sementes de pastagem.
A SHM, é uma multissemeadora, uma das mais tradicionais do mercado, sendo
disponibilizada com 5 e 7 linhas de 45 cm e 13 e 17 linhas de 17 cm (Tab. 4.17),
apropriada a pequenas e médias propriedades. Possui os rompedores de solo pivotados e
unidades de semeadura pantográficas, ambas alinhadas no sentido transversal a máquina
na versão em precisão e em zigue zague na versão em fluxo contínuo (Fig. 4.25). As
demais características são semelhantes a SAM. Disponibilizam o kit de sementes de
pastagens e podem ser acopladas com linhas arrozeiras.
A PERSONALE DRILL (Fig. 4.25) é uma multissemeadora sendo
disponibilizada com 7 e 8 linhas de 45 cm e 17 e 21 linhas de 17 cm (Tab. 4.17),
apropriada a médias propriedades. As demais características são semelhantes a SAM e
SHM. Disponibilizam o kit de sementes de pastagem e podem ser acopladas com linhas
arrozeiras.
A SSM (Tab. 4.17) é uma multissemeadora apropriada a grandes propriedades,
sendo disponibilizada com 9 e 13 linhas de 45 cm e 23 e 33 linhas de 17 cm (Fig. 4.17).
Possui caixa de engrenagem e sistema de distribuição de sementes opcional pneumático.
As demais características são semelhantes a SAM, SHM e PERSONALE DRILL.
Disponibilizam o kit de sementes de pastagens e podem ser acopladas com linhas
arrozeiras.
177
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.17 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SAMu) da SEMEATO
em agosto de 2016. http://www.semeato.com.br/ MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE DE
SEMENTES
PESO
POR
LINHA
kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
SOL TOWER SAPTr arrasto
pantográfica,
tandem
7, 9, 11, 13 e 15
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumático
Balde ou 30 depósito
e pipoqueira/gravidade
- Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
NEW LAND SAPTr arrasto
pantográfica,
tamdem
13 e 15
45 cm
Pneumático
Depósito central e
pipoqueira/pneumático - Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
SOL TT FASTFILL SAPTr arrasto
pantográfica
45
45 cm
Pneumático
Depósito central e
pipoqueira/pneumático - Zigue zague disco
corte e haste
Zigue zague disco
sementes
Rosca sem fim
TDNG SAFTr arrasto
pivotada
20, 26 e 32
17 cm
Rotores
helicoidais
Depósito
elevado/gravidade
- Zigue zague disco
de corte, disco de
sementes
Rosca sem fim
ou rotores
dentados
SAM SAMuTr
arrasto
pantográfica
11 17 cm
4 45 cm
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
30 depósito e
pipoqueira ou
balde/gravidade
- Alinhadas disco
de corte, haste
Alinhadas disco
de sementes
Rosca sem fim
SHM SAMuTr
arrasto
pantográfica
13 e 17 17 cm
5 e 7 45 cm
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
30 depósito e
pipoqueira ou
balde/gravidade
- Alinhadas disco
de corte, haste
Alinhadas disco
de sementes
Rosca sem fim
PERSONALE DRILL SAMuTr
arrasto
pantográfica
17 e 21 17 cm
7 e 8 45 cm
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
30 depósito e
pipoqueira ou
balde/gravidade
- Alinhadas disco
de corte, haste
Rosca sem fim
178
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Alinhadas disco
de sementes
SSM SAMuTr
arrasto
pantográfica
23, 27 e 33 17 cm
9, 11 e 13 45 cm
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
ou pneumático
30 depósito e
pipoqueira ou
balde/gravidade
- Alinhadas disco
de corte, haste
Alinhadas disco
de sementes
Rosca sem fim
179
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
SOL TOWER NEW LAND SOL TT FASTFILL TDNG
SAM SHM PERSONALE DRILL SSM
Figura 4.25 – Semeadoras adubadoras de precisão, de fluxo contínuo e multissemeadoras da SEMEATO. http://www.semeato.com.br/
180
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
4.18 A indústria STARA que iniciou suas atividades em 1960, no município
de Não Me Toque no estado do Rio Grande do Sul, e participa hoje em todo território
nacional exportando para 35 países, vários tipos de máquinas agrícolas. Em 2000 iniciou
estudos com Agricultura de Precisão com o projeto AQUARIUS e em 2001 associou-se
a SFIL já experiente fabricante de semeadoras adubadoras de plantio direto, esta parceria
foi desfeita em 2006 e em 2008 a STARA inicia a fabricação de suas semeadoras para o
SPD.
A semeadora adubadora de precisão VICTÓRIA apresentada na tabela 4.18,
disponibilizadas de 5 a 13 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm (Fig. 4.26).
Portanto apropriada a pequenos e médios produtores. Possui dois modelos: um com o
depósito de sementes apoiado sobre cada unidade de semeadura, tipo balde, e outro
(VICTÓRIA CS) com depósito de sementes adicional e pipoqueira, ambos com sistema
de distribuição de sementes pneumático à vácuo. Destaca-se que os rompedores de solo
frontais são dispostos em zigue-zague e as linhas de sementes são alinhadas. São
máquinas de arrasto, pivotadas nos rompedores frontais (disco de corte e haste sulcadora
ou disco duplo) e pantográfica na unidade de semeadura. As hastes possuem sistema de
desarme automático. Os reservatórios de fertilizante são em caixas maiores. Possui caixa
de câmbio para regulagem de sementes e fertilizante, e a distribuição de fertilizante é por
rosca sem fim da marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Disco duplo desencontrado
para sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas revestidas com borracha
e compactadores do tipo rodas em “V”. Possui marcador de linha hidráulico. Pode ter
como opcional roda de controle de profundidade das hastes sulcadoras.
A STARA disponibiliza opcionalmente controlador com DGPS e piloto
automático (Topper 4500), o MPS para monitoramento de grãos de verão, com entrada
para até 36 sensores. O MPS pode ser integrado diretamente no console Topper 4500.
Disponibiliza, também, o software Topper Maps, que possibilita a visualização da
rastreabilidade do trabalho, informando hectares plantados, velocidade de trabalho,
dosagem de fertilizantes/sementes, mapa de altitude e permitindo, também, a interpolação
dos dados.
A semeadora adubadora de precisão VICTÓRIA TOP apresentada na tabela 4.18,
são disponibilizadas de 9 a 17 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm. Adequada a
médias e grandes propriedades. Possui depósito de sementes adicional e pipoqueira com
sistema de distribuição de sementes à vácuo. Destaca-se que os rompedores de solo e
unidades de semeadura são dispostos em zigue-zague. Os demais componentes são
semelhantes a VICTÓRIA CS. A VICTÓRIA TOP é equipada com o sistema Control,
que consiste em um conjunto de válvulas eletrohidráulicas e sensores controlados pelo
Topper 4500, que substituem correntes e caixas de recâmbio, permitindo trabalhar com
taxa variável. As informações de dosagens são enviadas para central elétrica (POD 3), a
qual através dos sensores e da válvula proporcional, permite variar a taxa de aplicação
fazendo com que a dosagem de sementes/fertilizantes seja alterada. Ao trabalhar com taxa
variável o Topper 4500 permite operar com mapas em formato Shape File que são
importados de um pen drive. Durante o plantio a dosagem é alterada automaticamente em
poucos segundos, de forma automática e instantânea, conforme recomendações do mapa.
Assim a empresa atua com a proposta de agricultura de precisão.
A semeadora adubadora de precisão PRINCESA apresentada na tabela 4.18,
possui de 12 a 20 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm. Na versão CS possui
depósito de sementes que através de condutores leva as sementes por gravidade, ou
depósitos centralizados que conduzem as sementes com fluxo de ar a cada linha que, por
181
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
sua vez, distribui à vácuo com pequeno depósito (pipoqueira). São máquinas com
articulação transversal, acomodando-se a terrenos com terraços de base larga. Na versão
CS tem como opcional a possibilidade de ter marcador de linha e/ou Topper 4500 para
controle de sensores de fluxo de sementes e piloto automático. Na versão PRINCESA
TOP, possui todo o pacote de tecnologia da Victória TOP, mas conta com o controlador
Topper 5500, com possibilidade de telemetria e desligamento Linha a Linha Stara
A semeadora de precisão ESTRELA apresentada na tabela 4.18, é disponibilizada
de 20 a 32 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm (Fig. 4.26). Possui depósito
centralizados que conduzem as sementes com fluxo de ar a cada linha que, por sua vez,
distribui à vácuo com pequeno depósito (pipoqueira). Assemelha-se a PRINCESA TOP
em suas características. A ESTRELA consegue articular sua estrutura facilitando seu
transporte no sentido longitudinal. O pacote de tecnologia é o mesmo da PRINCESA
TOP.
A semeadora de precisão ABSOLUTA apresentada na tabela 4.18, é
disponibilizada de 27 a 35 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm. Possui depósito
de sementes adicional e pipoqueira com sistema de distribuição de sementes à vácuo. As
unidades de semeadura são dispostas transversalmente em zigue zague. A ABSOLUTA
(Fig. 4.26) consegue articular sua estrutura.
A semeadora de fluxo contínuo CERES SUPER E PRIMA SUPER apresentada
na tabela 4.18, é disponibilizada com 44 a 56 unidades de semeadura, espaçadas de 17
cm (Fig. 4.26). Portanto, adequada a grandes propriedades. Possui depósitos de
fertilizante e sementes e distribuição dessas com rotores acanelados helicoidais. Possui
caixa de câmbio para regulagem de sementes e fertilizante, e a distribuição de fertilizante
é por rosca sem fim da marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Destaca-se que os
rompedores de solo e as unidades de semeadura são dispostos transversalmente em zigue-
zague. Sistema semelhante a VICTÓRIA TOP.
A CERES e CERES MASTER são multissemeadoras apropriadas as pequenas e
médias propriedades, sendo disponibilizada com 5 e 9 linhas de 45 cm e 12 a 22 linhas
de 17 cm (Tab. 18). Possui os rompedores de solo pivotados e unidades de semeadura
pantográficas, ambas alinhadas no sentido transversal a máquina na versão em precisão e
em zigue zague na versão em fluxo contínuo (Fig. 4.26). Os depósitos de fertilizante e
sementes são elevados de polietileno e as sementes são conduzidas por gravidade através
de condutores para as pipoqueiras para serem dosadas com discos alveolados. Na versão
fluxo contínuo são utilizados os rotores acanelados helicoidais. Possui caixa de câmbio
para regulagem de sementes e fertilizante, e a distribuição de fertilizante é por rosca sem
fim da marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Possuem três tipos de rompedores
frontais: Disco de corte e disco duplo (triplo disco), haste sulcadora afastada e haste
modelo guilhotina. Para abridores de sulco de sementes usam o disco duplo defasado com
rodas de controle de profundidade paralelas revestidas de borracha e compactadores em
“V”. Disponibilizam o kit de sementes de pastagem. Possui rodas auxiliares para
transporte longitudinal da máquina.
A PRIMA é uma multissemeadora apropriada a médias propriedades, sendo
disponibilizada com 9 e 11 linhas de 45 cm e 24 a 28 linhas de 17 cm (Fig. 4.26). As
demais características são semelhantes a CERES e CERES MASTER (Tab. 4.18).
182
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.18 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SAMu) da STARA em
agosto de 2016. http://www.stara.com.br/produtos/plantadoras-e-semeadoras-pt-br-pt-br/
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE DE
SEMENTES
PESO
POR
LINHA
kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
VICTÓRIA e
VICTÓRIA CS
SAPTr arrasto
pantográfica
5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumática
Balde ou 30
depósito e
pipoqueira/gravidade
312 a 360 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
VICTÓRIA TOP SAPTr arrasto
pantográfica
9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 e 17
45 cm
Pneumática
30 depósito e
pipoqueira/gravidade
505 a 511 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
PRINCESA SAPTr arrasto
pantográfica
16, 18 e 20
45 cm
Pneumática Depósito central ou
30 depósito e
pipoqueira/gravidade
603 a 628 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
ESTRELA SAPTr arrasto
pantográfica
26
45 cm
Pneumática 30 depósito e
pipoqueira/gravidade 646 a 700 Zigue zague disco
de corte, haste
Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
ABSOLUTA SPTr arrasto
pantográfica,
tandem
27, 31, 33 e 35
45 cm
Pneumática 30 depósito e
pipoqueira/gravidade - Zigue zague disco
de corte e disco
de sementes
-
PRIMA SUPER e
CERES SUPER
SAFTr arrasto
pantográfica
44, 48, 52 e 56
17 cm
Rotores
helicoidais
depósito
elevado/gravidade
193 a 202 Zigue zague
disco de sementes
Rosca sem fim
CERES e CERES
MASTER
SAMuTr
arrasto
pantográfica
12, 14, 16, 18, 20 e 22 17 cm
5, 6, 7, 8 e 9 45 cm
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
30 depósito e
pipoqueira/gravidade
172 a 189
402 a 460
Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
183
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
PRIMA SAMuTr
arrasto
pantográfica
24, 26 e 28 17 cm
9 e 11 45 cm
Rotores
helicoidais e
discos alveolados
30 depósito e
pipoqueira/gravidade
196 a 202
500 a 583
Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
184
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
VICTÓRIA VICTÓRIA TOP PRINCESA ESTRELA
ABSOLUTA PRIMA SUPER CERES PRIMA
Figura 4.26 – Semeadoras e ou adubadoras de precisão, de fluxo contínuo e multissemeadoras da STARA.
http://www.stara.com.br/produtos/plantadoras-e-semeadoras-pt-br-pt-br/
185
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
4.19 A indústria VENCE TUDO iniciou suas atividades em 1964 no
município de Ibirubá no estado do Rio Grande do Sul. A fabricação de semeadoras
adubadoras para o SPD deu-se na década de 80, portanto sendo uma das pioneiras do SPD
e consolidou-se com seus modelos de multissemeadoras SA no início da década de 90.
Hoje com sua expansão participa em todo mercado nacional e exporta para 32 países.
Disponibiliza 14 modelos de semeadoras adubadoras, constituindo-se de 8
semeadoras adubadoras de precisão, 1 semeadora de precisão, 5 semeadoras adubadoras
de fluxo contínuo e uma multissemeadora.
A semeadora adubadora de precisão PA (Fig. 4.27) é montada no hidráulico do
trator, pivotada, apropriada para pequenas propriedades com 2 a 7 linhas espaçadas de 45
cm (Tab. 4.19). Possui os depósitos de fertilizante e sementes individualizados de
polietileno, tipo balde, elevados na estrutura da máquina. Discos alveolados com sistema
de distribuição de sementes. Os rompedores de solo e os componentes de semeadura
alinhados. Hastes sulcadoras com sistema pula pedra. Sistema de distribuição de
fertilizante com rotores dentados, acionados por rosca sem fim autolimpante. Disco duplo
para sementes, seguida de rodas inclinadas revestidas de borracha para controle de
profundidade e aterramento e rodas de pequeno diâmetro como compactadoras.
A semeadora adubadora de precisão SUMMER PANTOGRAFICA (Tab. 19) é
máquina de arrasto, pantográfica, apropriada para pequenas e médias propriedades com
5 a 8 linhas espaçadas de 45 cm. Possui os depósitos de fertilizante elevado e sementes
individualizados tipo balde, ambos de polietileno. Os rompedores de solo (disco de corte
e haste sulcadora ou disco duplo) dispostos transversalmente em zigue zague e os
componentes de semeadura alinhados. Hastes sulcadoras com sistema pula pedra. Sistema
de distribuição de fertilizante com rotores dentados, acionados por rosca sem fim
autolimpante. Disco duplo para sementes, seguida de rodas inclinadas revestidas de
borracha para controle de profundidade e aterramento e com rodas de pequeno diâmetro
como compactadoras.
A SM 7040 tradicional da fábrica desde os anos 90 (Fig. 4.27), é semeadora
adubadora de precisão, de arrasto, pivotada (Tab. 19), com 5 a 7 linhas de 45 cm. Possui
os depósitos de fertilizante elevado e sementes individualizados tipo balde, ambos de
polietileno. Os rompedores de solo (disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo)
dispostos transversalmente em zigue zague e os componentes de semeadura alinhados.
Hastes sulcadoras com sistema pula pedra. Sistema de distribuição de fertilizante com
rosca sem fim ou o da marca FERTISYSTEM, sem graxeiras. Possui caixa de câmbio.
Disco duplo para sementes, seguida de rodas inclinadas revestidas de borracha para
controle de profundidade e aterramento e com rodas de pequeno diâmetro ou rodas em
“V” como compactadoras.
A PREMIUM (Fig. 4.27) que já surgiu nos anos 2000, também é uma semeadora
adubadora de precisão, de arrasto, pantográfica, disponibilizada de 10 a 16 linhas,
espaçadas de 45 cm (Tab. 19). Pode ser disponibilizada com depósitos de sementes sobre
a unidade de semeadura ou com terceiro depósito e pipoqueira. As demais características
são semelhantes a SUMMER e SM 7040. Possui cabeçalho para acoplamento de duas
máquinas em tandem e hectarímetro para controle da área semeada.
A semeadora adubadora de precisão PANTHER SM apresentada na tabela 4.19
(Fig. 4.26), possui de 6 a 17 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm. Pode ser
acoplada com cabeçalho em tandem, atingindo 32 linhas. As demais características se
assemelham a PREMIUM. Possui também maior variedade nos rompedores de solo,
186
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
adicionando um disco ondulado que pode ser usado como disco de corte ou disco abridor
de sulco de fertilizante.
A semeadora adubadora de precisão PANTHER PNEUMÁTICA apresentada na
tabela 4.19 (Fig. 4.26), semelhante a PANTHER SM. Difere por possuir na distribuição
de sementes o sistema pneumático à vácuo.
A PANTHER PRECISION apresentada na tabela 4.19, é a semeadora adubadora
de precisão que a fábrica oferece para o sistema de agricultura de precisão. Pode distribuir
com taxa variável sementes e dois tipos de fertilizantes. Utiliza o computador Vcom 5.6,
que atua praticamente em todo o ciclo da agricultura de precisão. Possui dois depósitos
de sementes e todo sistema apropriado para realização dessa tarefa comandada
digitalmente no painel do trator. É disponibilizada com 6 a 16 linhas de 45 cm de
espaçamento (Fig. 4.26) e pode ser com sistema de distribuição de sementes com discos
alveolados ou à vácuo.
A semeadora de precisão MACANUDA TOP, distribui só sementes (Fig. 4.27),
apresentada na tabela 4.19, possui de 24 a 36 unidades de semeadura, espaçadas de 45
cm. As sementes são conduzidas a cada linha que, por sua vez, distribui as sementes com
pequeno depósito (pipoqueira) com discos alveolados ou pneumática à vácuo. Destaca-
se que os discos de corte são dispostos em zigue zague e as unidades de semeadura
alinhadas. A máquina articula-se transversalmente, acomodando-se as ondulações do
terreno e possui sistema hidráulico para facilitar o transporte longitudinal.
A semeadora adubadora de precisão MACANUDA FERTILIZANTE, possui a
característica de poder desativar a distribuição de sementes ou fertilizante, é apresentada
na tabela 4.19, possui de 24 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm. As sementes
são conduzidas a cada linha que, por sua vez, distribui as sementes no solo com pequeno
depósito (pipoqueira) com sistema pneumático. Destaca-se que os rompedores de solo
são dispostos em zigue zague e as unidades de semeadura alinhadas. A máquina articula-
se transversalmente, acomodando-se as ondulações do terreno e possui sistema hidráulico
para facilitar o transporte longitudinal.
A semeadora de fluxo contínuo TSM, de arrasto e pivotada, apresentada na tabela
4.19, é disponibilizada com 23 e 28 unidades de semeadura, espaçadas de 17 cm (Fig.
4.28). Possui depósitos de fertilizante e de sementes em polietileno, com distribuição
dessas com rotores acanelados helicoidais. As unidades de semeadura são dispostas
transversalmente em zigue zague. Possui caixa de câmbio. Possui sistema de distribuição
de fertilizante com rosca sem fim, o da marca FERTISYSTEM, sem graxeiras. Disco
duplo e rodas côncavas revestidas com borracha e rodas de ferro fundido para a cultura
de arroz, para compactação e aterramento. Anel limitador de profundidade nos disco
duplo para arroz.
A semeadora de fluxo contínuo PAMPEANA, de arrasto e pantográfica,
apresentada na tabela 4.19, é disponibilizada com 17 a 28 unidades de semeadura,
espaçadas de 17 cm (Fig. 4.28). Possui depósitos de fertilizante de polietileno e sementes
de aço carbono, com distribuição dessas com rotores acanelados helicoidais. As unidades
de semeadura são dispostas transversalmente em zigue zague. Possui caixa de câmbio.
Possui três tipos de sistemas de distribuição de fertilizante: rosca sem fim, o da marca
FERTISYSTEM, sem graxeiras e com rotores dentados, acionados por rosca sem fim
autolimpante. Disco duplo e rodas inclinadas revestidas de borracha para controle de
profundidade, aterramento e compactação.
A semeadora de fluxo contínuo PAMPEANA ARROZEIRA (Fig. 4.28)
apresentada na tabela 4.19, é disponibilizada com 17 a 28 unidades de semeadura,
187
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
espaçadas de 17 cm. Semelhante a PANPEANA, mas apresentam maior mobilidade
vertical para trabalhar em condições de taipas de arroz. Disco duplo desencontrado com
aro limitador de profundidade. Como roda compactadora e para aterramento do sulco usa
roda de ferro.
A semeadora de fluxo contínuo PAMPEANA SUPER apresentada na tabela 4.19,
é disponibilizada com 30 a 36 unidades de semeadura, espaçadas de 17 cm. Semelhante
a PAMPEANA é apropriada a grandes propriedades. O mesmo pode-se dizer da
PAMPEANA MACANUDA que possui 65 linhas e articula-se para facilitar seu
transporte. A PAMPEANA SUPER possui rodas auxiliares para o transporte longitudinal.
A multissemeadora SA, tradicional máquina da VENCE TUDO desde o início dos
anos 90, apresentada na tabela 4.19, é máquina apropriada para pequenas propriedades
sendo disponibilizada com 4 a 7 linhas espaçadas de 45 cm e 9 a 17 linhas de 17 cm, para
distribuição e precisão e fluxo contínuo respectivamente (Fig. 4.28). É máquina de arrasto
e pivotada. Possui os rompedores de solo em zigue zague e as unidades de semeadura
alinhadas. Possui os depósitos de fertilizante unificado e de sementes individualizados
tipo balde, ambos de polietileno, elevados na estrutura da máquina. Na versão em fluxo
contínuo a caixa de sementes é elevada e de aço carbono. Discos alveolados com sistema
de distribuição de sementes em precisão e rotores acanelados helicoidais em fluxo
contínuo. Hastes sulcadoras com sistema pula pedra. Sistema de distribuição de
fertilizante com rotores dentados, acionados por rosca sem fim autolimpante. Disco duplo
para sementes, seguida de rodas inclinadas revestidas de borracha para controle de
profundidade e aterramento e rodas de pequeno diâmetro como compactadoras ou rodas
em “V”. Possui kit de sementes de pastagem.
188
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.19 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SAMu) da VENCE
TUDO em agosto de 2016. http://www.vencetudo.ind.br/pt_BR/produtos/1
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE DE
SEMENTES
PESO
POR
LINHA
kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
PA SAPTr
montada
pivotada
2, 3, 5, 6 e 7
45 cm
Discos
alveolados
Balde/gravidade 184 a317 Alinhados disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rotor dentado
SUMMER
PANTOGRAFICA
SAPTr
arrasto
pantográfica
5, 6, 7 e 8
45 cm
Discos
alveolados
Balde/gravidade 303 a 336 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rotor dentado
SM 7040 SAPTr
montada
pivotada
5, 6 e 7
45 cm
Discos
alveolados
Balde/gravidade 258 a 270 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
PREMIUM
SAPTr
arrasto
pantográfica,
tandem
10, 11, 12, 13, 14, 15 e 16
45 cm
Discos
alveolados
30 depósito e
pipoqueira ou
balde/gravidade
510 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
PANTHER SM
SAPTr
arrasto
pantográfica
tandem
6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14,
15 e 16
45 cm
Discos
alveolados
30 depósito e
pipoqueira ou
balde/gravidade
320 a 418 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
PANTHER
PNEUMÁTICA
SAPTr
arrasto
pantográfica
tandem
6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14,
15 e 16
45 cm
Pneumática
30 depósito e
pipoqueira ou
balde/gravidade
320 a 418 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
189
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
PANTHER
PRECISION
SAPTr
arrasto
pantográfica,
taxa variável
6 a 16
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumática
30 depósito e
pipoqueira/gravidade
318 a 350 Zigue zague disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
MACANUDA TOP SPTr arrasto
pantográfica
24, 28, 30 34 e 36
45 cm
Discos
alveolados ou
pneumática
30 depósito e
pipoqueira/gravidade
461 a 498 Zigue zague disco
de corte
Alinhados disco
de sementes
-
MACANUDA
FERTILIZANTE
SAPTr
arrasto
pantográfica
24
45 cm
Discos
alveolados
30 depósito e
pipoqueira/gravidade
641 Zigue zague disco
de corte
Alinhados disco
de sementes
Rosca sem fim
PAMPEANA
SAFTr
arrasto
pantográfica
17, 20, 24 e 28
17 cm
rotores
helicoidais
Deposito
elevado/gravidade
178 a 200 Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
PAMPEANA
ARROZEIRA
SAFTr
arrasto
pantográfica
17, 20, 24 e 28
17 cm
rotores
helicoidais Deposito
elevado/gravidade
185 a 207 Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
TSM SAFTr
arrasto
pantográfica
23 e 28
17 cm
rotores
helicoidais Deposito
elevado/gravidade
173 Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
PAMPEANA SUPER SAFTr
arrasto
pantográfica
30, 33 e 36
17 cm
rotores
helicoidais Deposito
elevado/gravidade
230 a 244 Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
PAMPEANA
MACANUDA
SAFTr
arrasto
pantográfica
65
17 cm
rotores
helicoidais Deposito
elevado/gravidade
- Zigue zague disco
de sementes
Rosca sem fim
SA
9400 a 17700
SAMuTr
arrasto ou
montada
pivotada kit
forragem
9, 11, 14 e 17 17 cm
4, 5, 6 e 7 45 cm
Discos
alveolados e
rotores
helicoidais
Balde/gravidade 83 a 132
251 a 288
Alinhados disco
de corte, haste
Alinhados disco
de sementes
Rotor dentado
190
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
PA SM PREMIUM PANTHER
PANTHER PNEUMATICA PRECISION MACANUDA MACANUDA FERTILIZANTE
Figura 4.27 – Semeadoras e ou adubadoras de precisão da VENCE TUDO. http://www.vencetudo.ind.br/pt_BR/produtos/1
191
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
PAMPEANA PAMPEANA SUPER PAMPEANA ARROZEIRA
TSM SA- A em precisão SA - A em fluxo contínuo
Figura 4.28 – Semeadoras e ou adubadoras de fluxo contínuo e multissemeadoras da VENCE TUDO.
http://www.vencetudo.ind.br/pt_BR/produtos/1
192
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
4.20 A indústria WERNER, sediada no município de Campo Erê, no estado
de Santa Catarina, iniciou suas atividades, fabricando semeadoras de tração manual
(matracas), posteriormente equipamentos de tração animal e hoje também, fabrica
semeadoras adubadoras mecanizadas para pequenas propriedades, atendendo o mercado
regional. A tabela 20 mostra as semeadoras a tração animal e mecanizadas da WERNER.
A WERNER disponibiliza cinco modelos de semeadoras adubadoras de tração
animal sendo três de cabeçalho curto e duas de cabeçalho longo, apropriada para tração
com junta de bois. Caracterizam-se por serem máquinas leves que trabalham também em
solos acidentados e pedregosos atendendo muitas das exigências do pequeno produtor. O
modelo triplo (Tab. 4.20) possui além dos depósitos para sementes e fertilizante um
depósito adicional para calcário. A Figura 4.29 mostra a PLANTADEIRA A TRAÇÃO
ANIMAL com cabeçalho longo 101.
As PLANTADEIRAS PWF (Tab. 4.20), são semeadoras adubadoras montadas,
pivotadas, com acionamento independente de cada linha com a roda traseira que também
finaliza o acabamento da semeadura. A figura 4.29 mostra um desses modelos. São
disponibilizadas com 2 a 5 linhas espaçadas de 45 cm.
Figura 4.29 – Semeadora adubadora de precisão a tração animal 101 cabeçalho longo a
esquerda e a semeadora adubadora de precisão PWF 400 a direita.
http://www.werner.ind.br/
193
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
Tabela 4.20 – Modelos de semeadoras adubadoras de precisão a tração animal (SATA), para pequenos tratores (SAP) da WERNER em agosto de
2016. http://www.werner.ind.br/
MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO
DE SEMENTES
DEPÓSITO E
TRANSPORTE
DE
SEMENTES
PESO
POR
LINHA
kgf
ALINHAMENTO
DOS
ROMPEDORES
DISTRIBUIDOR
DE
FERTILIZANTE
PLANTADEIRA A
TRAÇÃO ANIMAL
cabeçalho longo 101
SAPTa
arrasto
1
Discos
alveolados
Balde/gravidade - -
PLANTADEIRA A
TRAÇÃO ANIMAL
cabeçalho curto 101
SAPTa
arrasto
1
Discos
alveolados Balde/gravidade - -
PLANTADEIRA A
TRAÇÃO ANIMAL
cabeçalho longo 104
SAPTa
arrasto
1
Discos
alveolados Balde/gravidade - -
PLANTADEIRA A
TRAÇÃO ANIMAL
cabeçalho curto 104
SAPTa
arrasto
1
Discos
alveolados Balde/gravidade - -
PLANTADEIRA A
TRAÇÃO ANIMAL
cabeçalho curto tripla
SAPTa
arrasto
1
Discos
alveolados Balde/gravidade - -
PLANTADEIRA PWF 400 SAPTr
montada
pivotada
2, 3, 4 e 5
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade - Alinhados disco
de corte, haste
Rosca sem fim
PLANTADEIRA PWF 440 SAPTr
montada
pivotada
2, 3, 4 e 5
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade - Alinhados disco
de sementes Rosca sem fim
PLANTADEIRA PWF 500 SAPTr
montada
pivotada
2, 3, 4 e 5
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade - Alinhados disco
de corte, haste
Rosca sem fim
194
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a
2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.
PLANTADEIRA PWF 550 SAPM
montada
pivotada
2, 3, 4 e 5
45 cm
Discos
alveolados Balde/gravidade - Alinhados disco
de sementes Rosca sem fim
195
Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto
Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização
Agrícola desde 2004.
4.21 A indústria PICETTI de São Gabriel do Oeste no estado de Mato Grosso
do Sul, fabrica kits de distribuição de pastagens que podem ser acoplados sobre máquinas
semeadoras ou outras (Fig. 4.20). A três anos vem evoluindo seus produtos, apresentando
hoje semeadoras de pastagens até para grandes propriedades (Fig. 4.20). Não se
caracteriza como máquinas para o SPD, mas com conceito importante de integração de
lavoura/pecuária em expansão no SPD.
Figura 4.30 – Semeadora de pastagem em fluxo com discos de grade para aterramento a
esquerda e semeadora de pastagens para grandes propriedades a direita. Site da PICETTI.