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RUY CASÃO JUNIOR novembro 2016 Londrina, Paraná, Brasil SEMEADORAS ADUBADORAS PARA O SISTEMA PLANTIO DIRETO: PRINCÍPIOS SOBRE SEMEADURA; EVOLUÇÃO; CLASSIFICAÇÃO; CARACTERÍSTICAS; USO; TIPOS E MODELOS.

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RUY CASÃO JUNIOR novembro 2016

Londrina, Paraná, Brasil

SEMEADORAS ADUBADORAS PARA O SISTEMA PLANTIO

DIRETO: PRINCÍPIOS SOBRE SEMEADURA;

EVOLUÇÃO; CLASSIFICAÇÃO;

CARACTERÍSTICAS; USO; TIPOS E

MODELOS.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

ÍNDICE

1. Princípios sobre semeadura no sistema plantio direto 03

1.1 Referências bibliográficas 13

2. Classificação e características das semeadoras adubadoras para o

sistema plantio direto

14

2.1 Classificação das semeadoras adubadoras para o sistema plantio

direto

14

2.2 Características das semeadoras adubadoras de precisão 18

a) Sistema de engate e acoplamento 19

b) Estrutura 20

c) Sistema de marcação de linhas 21

d) Sistema de levantamento, transporte e acionamento 22

e) Sistema de transmissão 23

f) Sistema de acondicionamento, dosagem e deposição de sementes 24

g) Sistema de acondicionamento e dosagem de fertilizante 29

h) Unidade de semeadura 34

i) Rompedores de solo 36

j) Unidade de acabamento de semeadura 41

k) Sistema de transferência de pressão em componentes. 44

l) Plataformas de apoio 46

2.3 Características das semeadoras adubadoras fluxo contínuo 46

a) Sistema de engate e acoplamento, estrutura, levantamento, transporte,

acionamento e transmissão

47

b) Sistema de acondicionamento, dosagem e deposição de sementes 49

c) Sistema de acondicionamento, dosagem e deposição de fertilizante 50

d) Unidade de semeadura 51

e) Rompedores de solo e componentes de acabamento de semeadura 51

f) Sistema de transferência de pressão em componentes e plataformas 52

2.4 Características das multissemeadoras adubadoras 53

2.5 Referências bibliográficas 53

3. Como evoluíram as semeadoras adubadoras para o sistema plantio

direto no brasil

54

3.1 Os pioneiros 54

3.2 Período de evolução e expansão no sul do brasil do sistema plantio

direto

57

3.3 Consolidação da evolução sistema plantio direto 61

3.4 Origem e expansão do sistema plantio direto à tração animal 69

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Agrícola desde 2004.

3.5 Expansão do sistema plantio direto consolidado 72

3.6 Adoção da agricultura de precisão no sistema plantio direto 77

3.7 Referências bibliográficas 79

4. Tipos e modelos das semeadoras adubadoras para o sistema plantio

direto

81

4.1 Fundamentos para seleção de máquinas semeadoras no sistema

plantio direto

81

4.2 A indústria AGCO 83

4.3 A indústria BALDAN 90

4.4 A indústria CASE 100

4.5 A indústria FANKHAUSER 102

4.6 A indústria FITARELLI 108

4.7 A indústria GIHAL 112

4.8 A indústria IMASA 117

4.9 A Indústria JOHN DEERE 125

4.10 A indústria JUMIL 129

4.11 A indústria KF 135

4.12 A indústria KUHN 143

4.13 A indústria KNAPIK 148

4.14 A indústria KRUPP 151

4.15 A indústria KULZER & KLIEMANN 154

4.16 A indústria MARCHESAN 154

4.17 A indústria MAX 164

4.18 A indústria MORGENSTERN 167

4.19 A indústria NEW HOLLAND 169

4.20 A indústria PLANTI CENTER 169

4.17 A indústria SEMEATO 175

4.18 A indústria STARA 180

4.19 A indústria VENCE TUDO 185

4.20 A indústria WERNER 192

4.21 A indústria PICETTI 195

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SEMEADORAS ADUBADORAS PARA O SISTEMA PLANTIO DIRETO

Princípios sobre semeadura, evolução, classificação, características, uso, tipos e

modelos

Ruy Casão Junior

1. PRINCÍPIOS SOBRE SEMEADURA NO SISTEMA PLANTIO DIRETO

O processo de semeadura visa a implantação de sementes no solo promovendo

condições para sua germinação, emergência e desenvolvimento das plantas. As máquinas

que efetuam esta tarefa são denominadas de semeadoras.

Mialhe (2012) em sua obra, amplia o tema explicando que “o plantio é a

designação geral dada à operação de se colocar no solo sementes, órgãos de propagação

vegetativa ou muda, visando à instalação de uma cultura. Especifica, por sua vez, que a

semeadura é quando a propagação é feita através de sementes”.

As sementes das plantas cultivadas ao serem colocadas no solo, devem encontrar

neste um meio que reúna todas as características desejáveis para sua germinação,

formação do sistema radicular e desenvolvimento da cultura (MIALHE, 2012).

O preparo do solo de pré-semeadura tem dois principais objetivos, segundo

Mialhe (2012):

1 - Obter uma camada superficial do solo com características que lhe conferem

aptidão para se tornar um adequado leito de semeadura;

2 – Obter uma camada subsuperficial adjacente ao leito de sementes ou de

semeadura, com caraterísticas convenientes ao desenvolvimento do sistema radicular,

tornando-se um leito-radicular.

O solo torna-se apto a constituir-se num leito de semeadura (Fig. 1.1) quando após

a passagem da semeadora, suas características físico-mecânicas possibilitam a ocorrência

dos seguintes fenômenos, segundo Mialhe (2012):

a) Migração de água para junto da interface solo-semente e transferência de calor

do solo ao órgão de propagação, afim de romper o estado de dormência e

desencadear o processo fisiológico da germinação.

b) Desenvolvimento normal das radicelas e dos caulículos, evitando-se danos

causados por impedância mecânica (resistência oferecida pelo solo à

elongação do hipocótilo e das radicelas), devido a presença de grandes torrões,

de camada de solo compactado ou formando crostas.

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Figura 1.1 – Sulco de semeadura (leito de semeadura) logo após a deposição de semente

e fertilizant e, com a planta de soja em desenvolvimento. Fonte: Gentileza da SEMEATO.

Muzilli (2006) propõe que sob a ótica sistêmica, o manejo do solo no sistema

plantio direto (SPD) implica na interação de práticas biológicas-culturais com práticas

mecânico-químicas, pressupondo quatro princípios básicos:

a) Adequação prévia do terreno;

b) Revolvimento mínimo do solo;

c) Diversificação de culturas e manutenção da cobertura vegetal permanente;

d) Adoção de métodos integrados de controle fitossanitário.

Como citado por Muzilli (2006) há que haver uma adequação prévia do terreno,

pois, é quase impossível implantar o sistema de plantio direto em área degradada, ou seja,

com erosão, acidez, baixa fertilidade, manejo da vegetação e ocorrência de ervas daninhas

perenes, pragas e doenças de difícil controle, compactação e problemas com drenagem.

Mialhe (2012) cita os objetivos universais básicos do preparo do solo nos terrenos

destinados à operação de plantio, que reforçam as exigências apresentadas por Muzilli,

como: a incorporação e o manejo da cobertura vegetal, o nivelamento do terreno,

exposição do solo à radiação solar, preparo do leito de semeadura, incorporação de

fertilizantes e corretivos, controlar as ervas daninhas, pragas e doenças, eliminar a

ocorrência de torrões, romper camadas de impedimento do solo, preparar o leito radicular

e corrigir o excesso de porosidade no solo.

No sistema plantio direto, o preparo do leito de sementes é realizado com

revolvimento mínimo do solo, de forma localizada, ao longo de uma faixa estreita, onde

a grande maioria das máquinas existentes hoje no mercado realizam um sulco contínuo

na superfície do solo, mas é possível, também, depositar as sementes em covas.

Existem muitos tipos de culturas, com sementes de diferentes formas e dimensões,

exigências agronômicas como espaçamentos, densidades de semeadura, profundidade,

teor de água, aeração, temperatura, contato com o solo, suscetibilidade a pragas, doenças,

ervas daninhas, acidez e exigência em fertilidade. Para tanto, não seria fácil que uma

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única máquina cumpra adequadamente todas estas funções (CASÃO JUNIOR e

SIQUEIRA, 2006).

Nesse contexto, uma semeadora de plantio direto deve promover o revolvimento

mínimo do solo. As máquinas semeadoras devem cortar a palha sobre a superfície do

solo, evitando assim, embuchamento nos demais componentes. Devem abrir um sulco

para depositar o fertilizante na dosagem, posição e profundidade adequada. Este sulco

deve ser fechado e em seguida aberto novamente para a deposição das sementes na

dosagem, posição e profundidade desejada. Após isso, ele deve ser fechado com terra,

retornando, ou não, a palha anteriormente retirada da linha de semeadura sobre o sulco e

finalizar com uma adequada compactação do solo lateralmente às sementes, para que

essas absorvam água, para que haja transferência de calor e aeração adequada durante seu

processo de germinação e emergência (CASÃO JUNIOR & CAMPOS, 2004). Observa-

se que para cumprir essas funções a semeadora deve possuir um conjunto de sistemas e

componentes.

Na prática existe dois tipos de semeadoras para o SPD quanto ao tipo de

distribuição de sementes: as de precisão e as de fluxo contínuo. As semeadoras de

precisão, popularmente denominadas de “plantadeiras” caracterizam-se por distribuir

sementes espaçadas a distâncias supostamente homogêneas no sulco de semeadura. No

Brasil, estas máquinas utilizam principalmente dosadores e componentes em contato com

o solo que impedem que trabalhem a espaçamentos inferiores a 40 cm. Trabalham com

culturas de sementes graúdas como milho, soja, feijão, mucuna, algodão, mas também

semeiam sementes miúdas como o sorgo, desde que distanciadas em média a mais 4 cm

entre elas no sulco ou linha de semeadura.

As semeadoras de fluxo contínuo, popularmente denominadas “semeadeiras”,

distribuem grandes quantidades de sementes no sulco de semeadura, sendo que a distância

entre elas seja pequena (inferior a 4 cm) e sem precisão. Caracterizam-se por distribuir

sementes miúdas, como o trigo, aveia, centeio, moha, nabo, milheto, etc., mas também,

podem distribuir sem precisão sementes maiores como as de soja, ervilha, tremoço entre

outras. Pelo fato de utilizarem dosadores e componentes em contato com o solo mais

estreitos, trabalham com espaçamentos menores, de 15 a 20 cm entre linhas.

Existem no mercado as multissemeadoras, ou seja, máquinas que semeiam em

precisão e fluxo contínuo, mediante a transformação de seus dosadores e componentes

em contato com o solo. São importantes para o produtor que não deseja possuir duas

máquinas. Assim como, há máquinas que se especializam na distribuição de sementes de

pastagem, juntamente com as de culturas anuais, usadas no processo de integração de

lavoura-pecuária.

O entendimento dos fatores que afetam a semeadura facilita a compreensão do

funcionamento de uma semeadora, visando obter um bom desempenho na implantação

das culturas.

O primeiro fator a ser destacado é a dosagem de sementes, considerando que as

recomendações agronômicas na semeadura em precisão estejam entre e 3 e 25 sementes

por metro, como é o caso do milho semeado em espaçamentos estreitos (45 cm) e soja

em densidades elevadas.

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As sementes distribuídas em precisão variam em formato, uniformidade,

rugosidade e dimensão. A Figura 1.2 e a Tabela 1.1 apresentam parâmetros de sementes

de diferentes culturas que necessitam de uma semeadora de precisão, para serem

adequadamente distribuídas. Nesta relação encontram-se algumas sementes de culturas

alimentícias e plantas de cobertura de inverno e verão (CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA,

2006).

Figura 1.2 – Da esquerda para a direta, sementes de ervilha, tremoço branco, guandu anão,

lab-lab, mucuna preta, mucuna anã, feijão de porco, feijão, soja, algodão com linter, milho

e sorgo forrageiro.

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Tabela 1.1 – Características dimensionais de algumas sementes utilizadas em máquinas

de precisão. Comprimento Largura Espessura Densidade

sementes

Peso 1000

sementes

(mm) (mm) (mm) (g/cm3) (g)

Ervilha Iapar 83 6,13 4,98 - 0,82 128,9

Tremoço branco 10,86 4,95 - 0,78 371,0

Guandu anão 5,96 4,07 - 0,84 70,85

Lab-lab 11,02 7,30 4,40 0,80 217,1

Mucuna preta 14,59 10,72 7,26 0,89 714,4

Mucuna anã 11,65 10,12 7,97 0,86 588,1

Feijão de porco 17,64 11,83 8,50 0,86 1181,8

Feijão carioca 10,34 6,69 4,65 0,82 245,8

Soja 7,35 6,61 5,63 0,73 164,2

Algodão 8,64 4,92 - 0,33 109,3

Milho 12,2 7,45 4,34 0,82 295,2

Sorgo forrageiro 3,82 2,28 - 0,76 19,7

Tremoço azul 7,49 5,79 - 0,76 194,6

Ervilha forrageiro 5,57 - - 0,82 128,9

Feijão branco 13,34 9,54 5,70 0,76 494,2

Mucuna cinza 15,23 11,35 7,86 0,84 999,8

Mucuna verde 12,41 9,98 7,10 0,86 601,3

As sementes recebem tratamentos, como inoculantes, inseticidas e fungicidas, que

alteram seu coeficiente de atrito e dificultam as mesmas de se alojarem adequadamente

nos alvéolos dos dosadores. Por este motivo é que se recomenda, na maioria das vezes, o

uso de grafite como lubrificante seco.

Outro fator está na uniformidade das sementes de uma mesma espécie e cultivar.

A cultura de soja, por exemplo, a semente é classificada quanto ao seu tamanho

(EMBRAPA, 2011) por peneiras, sendo Pzero a semente não classificada e de P4,5 a P7,0

as classificadas com intervalo máximo de 1 mm entre tais classes (P5,5 significa que as

sementes possuem diâmetro entre 5,5 e 6,5 mm, classificada por peneira de furo redondo,

passando por peneira de 6,5 e ficando retidas por peneiras de 5,5).

Mialhe, 2012 cita dois tipos de peneiras: as de crivo ou orifício circular e oblongo.

A de crivo circular são indicadas por um número que indica seu diâmetro, em 1/64 de

polegada. Por exemplo, a peneira no 20, apresenta orifício com 20/64” ou 7,9 mm. As

peneiras de crivo oblongo são identificadas por dois números: o primeiro indica a largura

do crivo, em 1/64”; o segundo indica o comprimento do crivo, geralmente em 1/4". Por

exemplo: a peneira no 14 x 3/4, apresenta um crivo oblongo 14/64” (5,5 mm) de largura

e 3/4 (19 mm) de comprimento.

A profundidade que o fertilizante e as sementes são depositados no solo deve ser

adequada, uniforme e na dosagem correta. Este parâmetro é importante para que as

plantas se desenvolvam uniformemente. Em SPD, salvo exceção, o fertilizante e as

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sementes são depositados no mesmo sulco, mas é importante que estejam espaçados

preferencialmente 5 cm um do outro (Fig. 1.1). O fertilizante nitrogenado, seguido do

potássio, é muito higroscópico. A semente atua como uma bomba de água, absorvendo-a

do solo através de uma diferença de potencial. Estes elementos químicos podem

prejudicar e até impedir que ela assim atue. A Figura 1.3 mostra o efeito na germinação

do milho semeado com adubo (10-20-20) abaixo, acima e junto das sementes.

Figura 1.3 – Raiz do milho três dias após a semeadura a semeada a 5 cm de profundidade,

com adubo abaixo, acima e junto das sementes.

A profundidade recomendada para as sementes depende de vários fatores.

Sementes de dicotiledôneas como o feijão e soja (Fig. 1.4 e 1.5), ao emergirem levam

seus cotilédones para fora do solo, sendo sensíveis a semeaduras profundas,

principalmente com a ocorrência de impedimentos sobre as mesmas, como torrões, pedras

e crostas superficiais.

As gramíneas são monocotiledôneas (Fig. 1.4 e 1.5), deixando as sementes no

solo, elevando somente o mesocótilo quando no interior do solo e o coleóptilo para fora

da superfície. Também não deixam de ser sensíveis, principalmente as miúdas, como o

sorgo, por terem poucas reservas de amido.

As recomendações agronômicas para a semeadura por máquinas de precisão estão

entre 3 a 6 cm de profundidade. Culturas como o milho e soja reduzem sensivelmente a

velocidade de emergência a temperaturas abaixo de 200 Celsius. A Figura 1.6 apresenta

três dias após a semeadura, o efeito da profundidade de semeadura de milho na sua

germinação, onde a temperatura é menor com o aumento da profundidade (CASÃO

JUNIOR e SIQUEIRA, 2006).

5 cm com

adubo abaixo

5 cm com

adubo acima

5 cm com

adubo junto

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Figura 1.4 – Processo de emergência de dicotiledônea a esquerda e monocotiledônea a

esquerda. Imagem da Web.

Figura 1.5 – Plântula de milho a esquerda e soja a direita.

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Figura 1.6 – Raiz do milho três dias após a semeadura a diferentes profundidades de

semeadura.

Somente as sementes viáveis germinarão, parâmetro definido pelo teste de

germinação (PG% porcentagem de germinação). Deve ser considerado também a pureza

das sementes (P%) para se definir o valor cultural (VC), desconsiderando-se outras

sementes e material inerte que ocorre no lote de sementes consideradas puras. Assim, VC

= %PG x %P. Mas, também, as sementes podem possuir vigor baixo, significando que as

mesmas possam não ter reservas suficientes para emergir, principalmente se a semeadura

ou o ambiente em que foram implantadas seja desfavorável. Ocorrendo que podem

apresentar um alto VC mas as sementes com baixo vigor podem ser responsáveis pela

inadequada germinação à campo. A figura 1.7, mostra sementes de soja com mais de 90%

de VC, mas com diferença de vigor, indicando o atraso na velocidade de germinação das

que apresentam baixo vigor.

Durante o processo de emergência a plântula fica exposta ao ataque de pragas e

doenças e devido a isso, as que apresentam menor vigor ficam prejudicadas no seu

estabelecimento. Sentem também o estresse hídrico e os obstáculos que devem vencer no

leito e semeadura como torrões, crostas superficiais, etc.. Desta forma é imperioso, além

de conhecer a porcentagem de germinação e pureza das sementes, o vigor das mesmas.

Caso essa informação não seja fornecida, um teste pode ser realizado, como pode ser

apresentado na figura 1.7.

3 cm 5 cm 8 cm

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Figura 1.7 – Plântulas de soja com baixo vigor acima e alto vigor abaixo.

A água é essencial para a ativação enzimática, sendo que as sementes começam a

germinar quando seu teor de umidade atinge um valor mínimo, que varia de uma espécie

para outra (MIALHE, 2012). Por exemplo, o sorgo é da ordem de 26%, o milho de 35%,

a soja de 50%, chegando a 75% para o feijão.

As sementes devem estar em íntimo contato com as partículas do solo para que

absorvam água. Desta forma, não deve haver bolsões de ar provocados pela inadequada

atuação dos compactadores, palha que foi empurrada para dentro do sulco, ocorrência de

torrões ou espelhamento das paredes do sulco de semeadura.

A umidade do solo também ajuda a definir a recomendação da profundidade de

semeadura. Em lavouras não irrigadas, os menores riscos à semeadura são quando a

consistência do solo está friável. Nesta condição há água facilmente disponível para as

sementes e os componentes das semeadoras dificilmente provocarão compactação no

solo, além de haver menor aderência deste nos componentes rompedores e abridores de

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sulco, que também mobilizarão menos o terreno. O solo está na consistência friável

quando conseguimos moldá-lo com as mãos e depois, com um leve toque dos dedos ele

esboroa-se, podendo ser moldado novamente. Com um pouco mais de umidade, torna-se

plástico, onde as deformações são permanentes, aumentando-se a aderência, podendo

provocar compactação, selamento e espelhamento (CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA,

2006).

Para a manutenção da umidade do solo, a existência de palha sobre o terreno é

imprescindível. Na condição de clima tropical e subtropical, as temperaturas são elevadas

por ocasião da semeadura e a palha auxilia amenizá-la e mantê-la na condição favorável

para a germinação e emergência.

A tabela 1.2 apresenta dados de temperatura do solo mínima, ideal e máxima para

três culturas. Considera-se que fora da faixa ideal a germinação e emergência é retardada

ou até impedida, provocando a morte da plântula. Pode-se observar na figura 1.8 que na

época de semeadura de soja no oeste do Paraná (outubro) quando há palha sobre o sulco

de semeadura a temperatura do solo é em torno de 30 a 50 C inferior quando o mesmo fica

descoberto. Esse valor pode ser bem superior quando a semeadura adentra o verão, como

é o caso do milho safrinha semeado em fevereiro.

Tabela 1.2 – Níveis de temperatura (graus Célsius) do solo na emergência das sementes.

CULTURA MÍNIMA IDEAL MÁXIMA

ALGODÃO 14 18 a 30 40

MILHO 10 25 a 30 40

SOJA 10 20 a 30 40

Figura 1.8 – Temperatura do solo na semeadura de soja com palha e sem palha sobre o

sulco.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

Outro fator importante na germinação das sementes é o ar, composto de 20% de

oxigênio, 0,03% de dióxido de carbono e em torno de 80% de nitrogênio. Mialhe (2012)

cita que a maioria das sementes não consegue germinar se a pressão parcial de CO2 for

aumentada acima da concentração (0,03%) do ar atmosférico. Lembra que autores

afirmam que ainda são desconhecidas as razões da germinação ser reduzida em condições

anaeróbicas. No entanto, existem algumas exceções, como é o caso de plantas aquáticas,

como o arroz, que germinam debaixo da água com pouco oxigênio.

Sementes de trigo, milho, cevada e algodão, são mais exigentes em oxigênio, o

que não ocorre com o arroz. Todavia, a maioria das sementes das culturas quando

semeadas fundo ou em solos saturados de água, apresentam problemas de germinação.

Quase metade das espécies estudadas responde a luz. Mialhe (2012) cita que o

milho e a maioria das olerícolas podem germinar na presença ou ausência de luz. Todavia,

muitas gramíneas e fumo têm a germinação favorecida na presença de luz.

1.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASÃO JUNIOR, R,; CAMPOS, C. F. Desempenho de diferentes sistemas de

acabamento de semeadura em plantio direto. In: Congresso Brasileiro de Engenharia

Agrícola, 33, São Pedro, SP. SBEA/UNESP, 2004. 4 p.

CASÃO JUNIOR, R.; SIQUEIRA, R. Máquinas para manejo de vegetações e semeadura

em plantio direto. In: CASÃO JUNIOR, R.; SIQUEIRA, R.; MEHTA, Y. R. Sistema

plantio direto com qualidade. Londrina: IAPAR/ITAIPU, 2006. p 85-126.

EMBRAPA SOJA. Tecnologia de produção de soja – Região Central do Brasil 2011.

Londrina: Embrapa Soja, 2010, 255p. (Embrapa Soja, Sistema de produção 14).

MIALHE, L. G. Máquinas agrícolas para o plantio. Campinas: Millennium, 623 p.

2012.

MUZILLI, O. Manejo do solo em sistema plantio direto. In: CASÃO JUNIOR, R.;

SIQUEIRA, R.; MEHTA, Y. R. Sistema plantio direto com qualidade. Londrina:

IAPAR/ITAIPU, 2006. p 9-27.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

2 CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DAS SEMEADORAS

ADUBADORAS PARA O SISTEMA PLANTIO DIRETO

Esse capítulo foi construído principalmente com a obra de CASÃO JUNIOR e

SIQUEIRA, 2006, onde muitas figuras são de máquinas da década de 90 e início dos anos

2000. Como no próximo capítulo serão apresentados os tipos de semeadoras com seus

modelos hoje existentes, pode-se constatar os possíveis aperfeiçoamentos que a mesmas

tiveram.

2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS SEMEADORAS ADUBADORAS PARA O SPD

Segundo MIALHE (2012) entende-se por critério de classificação o enfoque

básico que caracteriza as diferenças dissimilares. Em sua obra o autor faz uma

apresentação geral de máquinas agrícolas para semeadura destacando que pode haver três

modalidades de classificação: a fiscal, a normalizada e a didática. Como o autor, dar-se-

á ênfase a classificação didática, mas propondo-se dividir as semeadoras adubadoras de

plantio direto principalmente quanto a função a que se destinam e subdividi-las

principalmente quanto ao público alvo. Haverá sub subdivisões quanto a especificidades

de seus sistemas ou até componentes. A importância dessa subdivisão procede, entre

outras coisas, para o melhor entendimento e escolha da enorme disponibilidade de

máquinas semeadoras existentes hoje no mercado brasileiro.

Desta forma, propomos quatro tipos predominantes:

1 – Semeadoras adubadoras de precisão (SAP)

2 – Semeadoras adubadoras de fluxo contínuo (SAF)

3 – Multissemeadoras adubadoras (SAMu)

4 – Semeadoras adubadoras de precisão com kit de forrageiras (SAP e Forr)

No capítulo 1 foi apresentado os conceitos básicos desses quatro tipos de

máquinas semeadoras, com o objetivo de melhor entendimento dos fatores que afetam a

semeadura, germinação das sementes e emergência das plantas para a adequada

implantação das culturas. A Tabela 2.1 mostra como se pretende subdividir os tipos hoje

existentes de semeadoras adubadoras para SPD no Brasil.

As semeadoras adubadoras de precisão (SAP) são as mais frequentes nas

propriedades e podem ser classificadas primeiramente quanto sua fonte de tração,

podendo ser manuais (Ma), de tração animal (Ta), por micro tratores (Mi) e tratorizadas

(Tr). As tratorizadas podem ser, por sua vez, classificadas quanto a forma de acoplamento,

podendo ser: Montadas no sistema hidráulico de três pontos do trator; de arrasto, acoplada

na barra de tração e ainda de arrasto, mas em tandem, onde pode-se acoplar duas ou mais

máquinas semeadoras.

As máquinas de precisão podem também, continuar a ser subdivididas quanto a

forma de acoplamento de suas unidades de semeadura, ou linhas, podendo ser: pivotadas

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

na barra porta ferramenta ou pantográficas, constituídas de um sistema de quatro barras

paralelas (paralelogramo). Podem continuar a ser sub subdivididas quanto ao sistema de

distribuição de sementes: Mecânicas ou com discos alveolados e as pneumáticas com

sistema à vácuo parcial. Outra divisão a ser utilizada é quanto forma do depósito de

sementes, podendo esse ser montado, com um depósito semelhante a um balde,

diretamente sobre cada unidade de semeadura ou possuir um ou mais depósitos centrais

e as sementes serem transportadas a cada linha em uma unidade de distribuição de menor

dimensão (pipoqueira). Finalizando essa proposta de subdivisão das SAP, seria a forma

de transportar as sementes do depósito às unidades de distribuição, podendo ser

simplesmente por gravidade ou com auxílio de fluxo de ar.

As semeadoras adubadoras de fluxo contínuo (SAF) são na sua totalidade

tratorizadas, podendo ser montadas, principalmente nas pequenas propriedades ou áreas

com muitos obstáculos que exigem frequentes manobras, ou podem ser de arrasto, e

ainda, as vezes, podendo ser acopladas em tandem, para aumentar mais sua autonomia e

rendimento operacional.

Seu acoplamento na estrutura normalmente é realizado por linhas de menor

comprimento longitudinal, quando comparadas as SAP, podendo ser pivotadas ou

pantográficas. A distribuição de sementes é predominantemente mecânica, realizada por

cilindros ou roletes com canaletas ou acanalados. Existem também os cilindros com

dentes ainda não utilizados no Brasil. O depósito de sementes pode ser distribuído

transversalmente sobre a estrutura da máquina e nesse caso as sementes vão ao solo por

gravidade. No caso em que o depósito é centralizado, o transporte das sementes é

realizado com o auxílio de fluxo de ar.

As multissemeadoras adubadoras (SAMu), que realizam tanto a distribuição de

sementes em precisão ou fluxo contínuo, podem ser acopladas na barra porta ferramenta

com linhas pivotadas ou pantográficas e a distribuição de sementes em precisão pode ser

mecânica com discos alveolados ou pneumáticas com vácuo parcial. Seu depósito de

sementes é distribuído transversalmente sobre a estrutura da máquina e nesse caso as

sementes vão ao solo por gravidade.

As semeadoras adubadoras com kit de distribuição de forragem (SAP e Forr)

poderiam ser suprimidas dessa classificação, pelo fato de que muitas máquinas são

simplesmente adaptadas com um depósito e sistema para distribuição de sementes de

forrageiras, mas entende-se que a expansão do sistema de integração lavoura-pecuária

está em franca adoção no país, destacando também, sua importância para estabilidade do

SPD em seus mais importantes fundamentos, assim necessitará de máquinas adequadas a

esta prática. Desta forma abre-se um espaço para acompanhar esta adoção.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

.

Tabela 2.1 Classificação das semeadoras adubadoras para o sistema plantio direto existentes no Brasil.

FUNÇÃO FONTE

TRAÇÃO ACOPLAMENTO

UNIDADE DE

SEMEADURA

DISTRIBUIÇÃO

SEMENTES

DEPÓSITO

DE

SEMENTES

TRANSPORTE

SEMENTES

SAP

Semeadora

adubadora de

precisão

Manual

Ma Mecânicas

Pequeno

depósito Gravidade

Tração animal

Ta

de rabiça Pivotadas Mecânicas Balde Gravidade

de boléia Pivotadas Mecânicas Balde Gravidade

Micro trator

Mi Pivotadas Mecânicas Balde Gravidade

Tratorizada

Tr

Montada Pivotadas Mecânicas Balde Gravidade

Pantográficas Mecânicas Balde Gravidade

Arrasto*

Pivotadas Mecânicas Balde Gravidade

Pneumáticas Balde Gravidade

Pantográficas

Mecânicas

Balde Gravidade

30 depósito/

pipoqueira

Gravidade

Fluxo ar

Depósito central Fluxo ar

Pneumáticas

Balde Gravidade

30 depósito/

pipoqueira

Gravidade

Fluxo ar

Depósito central Fluxo ar

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

SAF

Semeadora

adubadora de

fluxo contínuo

Tratorizada

Tr

Montada Pivotada Mecânica Depósito

distribuído Gravidade

Arrasto*

Pivotada Mecânica Depósito

distribuído Gravidade

Pantográfica Mecânica Depósito

distribuído Gravidade

Depósito central Fluxo ar

SAMu

Multissemeadora

e adubadora

Tratorizada

Tr Arrasto*

Pivotada

Mecânica Depósito

distribuído Gravidade

Pneumática Depósito

distribuído Gravidade

Pantográfica

Mecânica Depósito

distribuído Gravidade

Pneumática Depósito

distribuído Gravidade

SAP e Forr

Tratorizada

Tr Arrasto Pivotada Mecânica

Depósito

distribuído Gravidade

Pantográfica Mecânica Depósito

distribuído Gravidade

* Algumas máquinas podem ser acopladas em tandem

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

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2.2 CARACTERÍSTICAS DAS SEMEADORAS ADUBADORAS DE

PRECISÃO

Segundo CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA (2006), para que uma semeadora de

precisão cumpra sua função, deve possuir um conjunto de sistemas, subsistemas e

componentes, que podem ser subdivididos em:

Sistema de engate (1) e acoplamento, estrutura, sistema de marcação de linhas (2),

sistema de levantamento e transporte, sistema de acionamento, sistema de transmissão

(3), depósito de fertilizante (4), depósito de sementes (5), sistema de dosagem e deposição

de fertilizante (6), sistema de dosagem (7) e deposição de sementes, unidade de

semeadura composta por sistema de rompedores de solo (8) e sistema de acabamento de

semeadura (9), sistemas de transferência de peso à componentes (10), finalizando com as

plataformas para apoio e segurança dos operadores (11). As Figuras 2.1 e 2.2 mostram

alguns desses sistemas e componentes.

Figura 2.1 – Semeadora de precisão Premium 10.000 da VENCE TUDO com indicação

de diferentes sistemas de sua constituição. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

6

9

2 10 11 4

5

7

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Figura 2.2 - Semeadora de precisão Exata 2980 da JUMIL com indicação de diferentes

sistemas de sua constituição. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

a) Sistema de engate e acoplamento

As semeadoras de precisão, quanto ao sistema de engate, podem ser de arrasto

quando acopladas na barra de tração do trator ou montada no engate de três pontos do

mesmo.

As máquinas montadas são mais apropriadas para propriedades pequenas, onde há

necessidade de realizar muitas manobras e arremates. Possuem como limitação a

capacidade de levante do sistema hidráulico de três pontos do trator. Por este motivo são

mais compactas e leves, visando trazer o centro de gravidade da semeadora próximo ao

trator (Fig. 2.3).

As semeadoras de arrasto, mais freqüentes no Brasil, são mais práticas para serem

acopladas e tracionadas, com o inconveniente de necessitarem de espaço maior para

realizarem as manobras. A Fig. 2.2 mostra o cabeçalho da semeadora (seta 1) com o ponto

de engate da mesma na barra de tração do trator.

1

8 3

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Figura 2.3 – Semeadora adubadora montada cinco linhas da FITARELLI.

b) Estrutura

É sobre a estrutura que se apóiam todos os sistemas e componentes da semeadora.

Na sua maioria são monoblocos, ou seja, uma única estrutura rígida possuindo

subestruturas para possibilitar a fixação de outros componentes. São compostas de vigas

e chapas de aço de forma a atender o “lay out” da máquina.

A Figura 2.4 mostra uma estrutura típica de semeadoras de precisão, onde se

observa que o cabeçalho apóia-se diretamente nas chapas intermediárias da estrutura, que

devem ter um distanciamento mínimo visando rigidez. Durante a realização de curvas e

passagem por obstáculos haverão esforços torcionais que poderão causar rupturas nesta

região.

As barras inferiores, denominadas de barras porta ferramentas, onde se apóiam

principalmente as unidades de semeadura (linhas) devem estar a uma distância do solo

mínima para dificultar a ocorrência de embuchamentos. Devem ser livres, sem peças

soldadas para facilitarem o deslocamento transversal das linhas e regular o espaçamento

desejado.

As barras superiores servem de suporte dos depósitos e do sistema de transferência

de peso da máquina sobre componentes.

Durante a semeadura pode ocorrer ruptura estrutural, principalmente na passagem

por obstáculos como terraços ou na realização de curvas sem levantar os componentes de

ataque ao solo. A Figura 2.1 mostra a semeadora ultrapassando um terraço de base larga,

situação observada com frequência no campo.

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Figura 2.4 – Estrutura monobloco da PDM 9810 da METASA com rodados internos e

sistema de levante do tipo tubo giratório acionado por um pistão central. CASÃO

JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

c) Sistema de marcação de linhas

O espaçamento entre as linhas de semeadura é um importante parâmetro na

implantação das culturas. O paralelismo das linhas é determinante não somente para que

as plantas explorem adequadamente uma área do terreno como também, efetuar práticas

culturais na lavoura, permitindo a colheita com máquinas automotrizes.

São os marcadores de linhas que realizam esta função. Trata-se de um mecanismo

vinculado ao sistema de levante da máquina que alterna sua posição a direita ou a

esquerda quando o pistão é atuado. Posiciona-se lateralmente a semeadora (Fig. 2.5) com

uma haste telescópica regulável e um disco dentado na extremidade.

Cabeçalho

Barras porta

ferramentas

Tubo giratório

Rodados

pistão

Barras

superiores

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Figura 2.5 – Semeadora Magnum 2850 da JUMIL com marcadores de linhas. CASÃO

JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

d) Sistema de levantamento, transporte e acionamento

A maioria das semeadoras de precisão possuem rodados internos à máquina, que

se apóiam em tubos giratórios acionados por um único pistão hidráulico (Fig. 2.4). Outras

possuem sistemas independentes de rodados internos, com um pistão menor sobre cada

braço de levante da máquina, atuando de forma sincronizada através de válvulas do

circuito hidráulico. As vantagens dos rodados internos são: maior estabilidade em tráfego

de estradas com obstáculos, melhor distribuição de peso da máquina sobre os rodados e

garantia que os rodados não passem sobre as linhas já semeadas. As máquinas de rodados

externos, mais utilizadas nas de fluxo contínuo e multissemeadoras têm como vantagens

poder trabalhar com espaçamentos estreitos, tornar a máquina mais compacta e

possibilidade de ter rodados largos e de maior diâmetro.

As multissemeadoras, que possuem rodados externos, também trabalham com

dois pistões que devem atuar de forma sincronizada.

Junto ao pistão ou aos pistões, existe uma alavanca ligada a uma catraca que

vincula ou libera o eixo do rodado ao sistema de transmissão da máquina. Quando a

máquina está levantada, em posição de transporte, a catraca gira livre e quando abaixada,

em posição de trabalho, gira engrenada. Esta peça vem regulada de fábrica, mas pode,

ocasionalmente necessitar de ajustes.

Algumas semeadoras possuem um limitador de torque ou dispositivo de segurança

que protege o sistema de transmissão quando ocorre o travamento do mesmo.

Como o rodado aciona o sistema de transmissão da máquina, este não deve

deslizar. Para tanto, possui um dispositivo com molas e alavancas que pressionam o

rodado quando liberado, pois seu peso não seria suficiente para acionar adequadamente a

cadeia de engrenagens e os mecanismos de distribuição de sementes e fertilizante.

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Os rodados exercem, portanto, um conjunto de funções, mas a principal é o

transporte. Para isso, o fabricante e o produtor devem estar preocupados com a capacidade

de suporte da mesma, assim como sua largura, o tipo de garras, a pressão de insulflagem,

manutenção e troca.

e) Sistema de transmissão

O sistema de transmissão inicia-se nos rodados na grande maioria das semeadoras

motomecanizadas. Em algumas semeadoras montadas, o acionamento pode ser realizado

pelas rodas compactadoras (Fig. 2.6 A), que para isso são de grande diâmetro e com

ressaltos para evitar o deslizamento. Nas semeadoras de tração animal o acionamento

pode ser pelas rodas compactadoras, rodados auxiliares ou no próprio disco de corte.

Existe, a partir do rodado acionador, uma cadeia de engrenagens até o eixo

vinculado aos discos dosadores de sementes ou de fertilizantes, que devem girar a

velocidades compatíveis a dosagem de sementes e fertilizante.

No caso do número das sementes, as recomendações agronômicas variam de 3 a

25 sementes por metro linear de sulco, sendo que muitas semeadoras oferecem

possibilidades de 2 a 40. Desta forma, um rodado com 80 cm de diâmetro, por exemplo,

cujo perímetro é de 251 cm, deve estar sincronizado com a cadeia de engrenagens para

distribuir entre 3 e 25 sementes por metro. Portanto, o sistema de transmissão deverá

possuir uma relação de transmissão variável. Para isso, conta com a possibilidade de troca

de engrenagens associada a troca de discos com diferentes números de orifícios. No caso

das máquinas com dosadores pneumáticos o princípio é o mesmo. Lembra-se que isto

independe da velocidade de trabalho, como será discutido posteriormente.

Como recurso, as semeadoras disponibilizam várias engrenagens e discos para

serem substituídos, ou nas máquinas mais recentes, as engrenagens vêm montadas em

caixas de câmbio de rápida regulagem (Fig. 2.7). O sistema “speed box” da BALDAN

(Fig. 2.6 B) é muito prático, compacto e permite grande amplitude na escolha da relação

de transmissão.

Uma caixa de câmbio com 5 engrenagens motoras e 5 movidas poderá oferecer

25 relações de transmissão. Muitos fabricantes adicionam mais duas engrenagens

diferentes na saída da caixa de câmbio, ampliando para 50 opções. A variação da relação

de transmissão para sementes para uma semeadora com roda de 80 cm de diâmetro, está

entre 0,2 e 0,9, ou seja a cada volta do pneu, o disco de semente executa 0,2 a 0,9 voltas

com 50 possibilidades intermediárias. Os fabricantes disponibilizam tabelas, onde o

produtor pode selecionar as engrenagens em função das sementes desejadas por metro.

Com o fertilizante o esquema é semelhante, sendo que as recomendações variam

entre 50 e 600 kg/ha. Quando maior, exige uma relação de transmissão específica. Deve-

se considerar também o modelo do dosador, que permite variação da dosagem através de

sua regulagem.

Para máquinas com caixas de câmbio a relação de transmissão varia entre 0,45 e

3,50, do pneu ao eixo de acionamento do dosador de fertilizante do tipo rosca sem fim.

Em máquinas com outros dosadores, como a curva de vazão é diferente, também a relação

de transmissão difere. No entanto sempre deve haver uma tabela para auxiliar a escolha

de engrenagens.

Recomenda-se seguir as indicações da tabela como um auxílio à regulagem, que

deve ser realizada com a máquina parada e posteriormente no campo, sujeito as vibrações

promovidas pelo terreno. O maior problema com o fertilizante é a variação da

granulometria e densidade.

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A) B)

Figura 2.6 – Semeadora montada JM 2090 da “A” com rodas compactadoras como

acionadoras da cadeia de engrenagens, sem caixa de câmbio (A) e sistema prático de troca

de engrenagens “speed box” da BALDAN (B). CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

Figura 2.7 – Caixa de câmbio de sementes e fertilizante. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA,

2006.

f) Sistema de acondicionamento, dosagem e deposição de sementes

O acondicionamento de sementes é realizado em depósitos. No caso das

semeadoras de precisão a maioria são montados acima dos dosadores (em forma de

balde), movimentando-se com estes, como pode ser observado nas figuras 2.1, 2.5 e 2.6.

Podem também serem fixos sobre o chassi como apresentado na figura 2.3 ou como em

algumas máquinas que possuem um 30 depósito sobre o chassi e depósitos menores sobre

Câmbio de sementes

Câmbio de adubo

Tabela de seleção de engrenagens

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Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

os dosadores de sementes, popularmente chamados de “pipoqueira” (Fig. 2.8). Nesse

caso, justifica-se que a vantagem do 30 depósito é o aumento da autonomia da máquina.

A grande maioria dos depósitos são de plástico. A principal vantagem é a

resistência a corrosão, moldagem e leveza e, desde os anos 90, tem melhorado

gradativamente sua resistência ao sol e rigidez. Seu uso caracteriza-se como uma

tendência de mercado.

Figura 2.8 – Sistema de acabamento de semeadura da multissemeadora SDM 2217 da

METASA. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

A dosagem de sementes é realizada por discos horizontais alveolados (Fig. 2.9 A).

São o coração da máquina semeadora pois têm a função de capturar, individualizar, dosar

e liberar as sementes.

Os dosadores pneumáticos (Fig. 2.9 B) possuem as mesmas funções e

intensificaram sua adoção nas duas últimas décadas. Outros sistemas já utilizados nas

máquinas nacionais, como os de dedos prensores e copos coletores, praticamente não são

mais comercializados. A primeira regulagem a fazer com o dosador de sementes é definir

o número, forma e diâmetro dos orifícios. Nos discos alveolados, os orifícios possuem

formato redondo ou oblongo, dependendo das características das sementes. O número

depende da densidade de semeadura.

Uma característica importante é a velocidade tangencial dos orifícios, pois se a

mesma for superior a 15 cm/s as sementes não conseguirão se alojar nos alvéolos do disco

(TOURINO 1993). Sementes redondas apresentam menores problemas e as com formato

irregular ou rugosas necessitam de um cuidado maior. As alternativas que existem são,

aumentar o número dos orifícios e do diâmetro do disco e diminuir a velocidade da

semeadora. As semeadoras com dosadores pneumáticos (Fig. 2.9 B) permitem trabalhar

Depósitos de sementes

superiores

Depósitos de sementes

inferiores pipoqueira

Depósitos de

fertilizante

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

com velocidades maiores, mantendo boa distribuição das sementes, que, por sua vez,

também são limitadas.

A) B)

Figura 2.9 – Sistema de dosagem com discos alveolados da MPS 1600 da IMASA (A) e

pneumático da Exata 2590 da JUMIL (B). CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

A Figura 2.10 apresenta discos de sementes com 90, 78 e 40 orifícios da marca

SCHERER, fornecedor de vários fabricantes nacionais. Observa-se que variam não

somente o número, mas o formato, diâmetro e profundidade do orifício. Os discos

perfurados apóiam-se sobre anéis com saída para a tubulação de descarga (Fig. 2.10,

centro) e ejetores do tipo roletes (Fig. 2.10, direita), em fileira simples ou dupla, de acordo

com a necessidade do disco.

As sementes alojadas no depósito devem ser capturadas pelos orifícios do disco

horizontal ou succionadas quando a vácuo parcial, em seguida individualizadas. Nos

dosadores de discos horizontais há uma câmara posicionada sobre os discos. À medida

que este gira, as sementes alojam-se sobre os orifícios, onde são dosadas. Um dispositivo

limpador de sementes (Fig. 2.11) elimina o excesso, individualizando-as. Dentro da

câmara, há um ejetor em cada fileira de orifícios com o mesmo passo entre os mesmos,

que expulsa a semente em direção ao tubo de descarga.

Nos últimos anos, surgiu um novo sistema de limpador/ejetor (Fig 2.12) de

sementes, utilizado por alguns fabricantes nacionais.

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Figura 2.10 – Discos horizontais alveolados, com anéis e ejetores de roletes da marca

SCHERER. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

Figura 2.11 – Câmara de individualização e ejeção de sementes em dosadores do tipo

discos alveolados e tubulação de descarga na saída de um dosador de sementes a vácuo.

CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

Limpador

Ejetor Tubo de descarga

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Figura 2.12 – Sistema de distribuição de sementes com limpador/ejetor da marca

TITANIUM.

No caso dos dosadores pneumáticos, as sementes são capturadas por vácuo parcial

ou pressão junto dos orifícios de um disco. Existe um dispositivo limpador que

individualiza as sementes que deve ser regulado com cuidado, assim como a pressão do

fluxo de ar (positiva ou negativa). Quando a semente chega próximo do tubo de descarga,

o vácuo ou pressão é bloqueado, permitindo que as sementes caiam. Os dosadores

pneumáticos usados atualmente no Brasil são todos à vácuo. Destaca-se que houve grande

adoção dos dosadores pneumáticos e grande evolução dos mesmos. A figura 2.13 mostra

um dosador à vácuo parcial em maior detalhe.

Qualquer erro que ocorra neste conjunto chamamos de erro de dosagem. Pode-se

alojar mais do que uma semente por orifício ou nenhuma, que é comum com os discos

girando rapidamente. As sementes deixam o sistema de dosagem e entram na tubulação

de descarga. Assim, a precisão obtida no dosador pode ser prejudicada na tubulação de

descarga.

Figura 2.13 – Sistema de distribuição à vácuo parcial com detalhe da câmara interna a

esquerda e montado com o disco de sementes a direita da KHUN.

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Não deve haver nenhum ponto que obstrua a passagem das sementes, como

entalhes e ranhuras. O tubo deve ser o mais liso e curto possível, para evitar que as

sementes ricocheteiem nas paredes do tubo, chegando ao solo nas mesmas distâncias em

que saíram do sistema de dosagem.

A figura 2.11 a direita mostra o interior de um disco duplo, a tubulação de descarga

com curvatura voltada ao contrário da direção de deslocamento da máquina. Este detalhe

é muito importante. Uma semeadora deslocando-se a velocidade de 5 km/h, por exemplo,

depositam as sementes na mesma velocidade. Assim, podem ricochetear no sulco,

movimentando-se e até ficarem expostas. A curvatura do tubo de descarga faz com que a

componente de velocidade longitudinal da semente aproxime-se de zero, procurando cair

no solo somente com a componente vertical de velocidade.

Os erros que ocorrem na saída do dosador ao fundo do sulco de semeadura são

chamados de erros de deposição. Assim, a uniformidade longitudinal de distâncias entre

sementes no sulco é dada pelos erros de dosagem e deposição.

Considerando, por exemplo, o espaçamento entre sementes na linha de 10 cm, a

norma 04: 015.06-004 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas 1994)

determina como sendo aceitável ou normal, que as sementes se distanciem de 5 a 15 cm,

quando inferiores a 5 cm são consideradas duplas e acima de 15 cm é que ocorreu uma

falha. Em culturas como o milho, com poucas sementes por metro, é importante que haja

mais de 75% de espaçamentos normais. No caso de soja e feijão essa precisão é difícil de

ser obtida.

g) Sistema de acondicionamento e dosagem de fertilizante

O acondicionamento de fertilizante também é realizado em depósitos. São

montados acima das barras superiores da estrutura da máquina (Fig. 2.1, 2.2, 2.3, 2.5, 2.6

e 2.8). A grande maioria dos depósitos são de plástico, cujas vantagens já foram citadas,

podendo ser de chapa de aço com tratamento e pintura de proteção à ferrugem ou de aço

inoxidável. Os depósitos de plástico são apoiados sobre um berço de aço e fixados na

estrutura. Muitas máquinas permitem que estes sejam basculantes, facilitando sua limpeza

e lavagem. Outros possuem drenos para escoar o fertilizante. Há máquinas, entretanto,

onde é necessário retirar o excesso de adubo manualmente ou esgotá-lo com a semeadora

em operação.

Em algumas semeadoras montadas no trator os depósitos são individualizados,

como os de sementes montados acima do dosador de fertilizante (Fig. 2.6). O tamanho do

depósito define a autonomia da máquina. Para pequenas e médias propriedades sugere-se

que uma semeadora possa percorrer uma distância de 10 km sem precisar de

abastecimento. Nesta condição uma semeadora de 7 linhas distribuindo 200 kg/ha de

fertilizante, no espaçamento de 45 cm, conseguiria trabalhar em 3,15 ha, precisando de

um depósito com capacidade de no mínimo 630 kg, ou seja, 90 kg por linha. Observa-se

uma tendência de máquinas com capacidade superior a 200 kg por linha, principalmente

para atender a demanda das grandes propriedades do cerrado brasileiro. Deve ser

considerado que quanto maior é o peso da máquina, maior é a potência para tracioná-la,

mais reforçada e cara a sua estrutura.

No Brasil o fertilizante usado é sólido e na maioria das vezes granulado. Para a

semeadora é imprescindível conhecer a granolometria do material. A Tabela 2.2 mostra

um exemplo de estratificação por peneiras de um fertilizante granulado. Nesse caso há

uma grande concentração nas peneiras acima de 2 mm. Com as vibrações do sistema, os

grânulos maiores e de menor densidade posicionam-se acima da massa de fertilizante.

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A densidade média dos fertilizantes granulados está entre 1,1 e 1,2 g/cm3, ao passo

que existem fertilizantes, como o hiperfosfato, que é um pó de alta densidade (1,7). Isso

mostra que se deve sempre conferir no campo as recomendações da tabela de regulagem

fornecida pelos fabricantes.

Tabela 2.2 – Análise granulométrica de um fertilizante

Peneira (mm) Porcentagem

4,00 1,5

3,36 19,1

2,00 62,9

1,68 7,2

1,00 7,0

<1,00 2,3

Os fertilizantes apresentam várias dificuldades. Sua grande higroscopicidade faz

com que absorvam facilmente água do ar e com o tempo “empelotem”, podendo obstruir

os dosadores ou até danificá-los. Há ainda o seu efeito corrosivo.

Existem várias opções de dosadores de fertilizante no mercado brasileiro. As

figuras 2.13 a 2.16 apresentam alguns modelos. Todos apresentam suas vantagens e

desvantagens. No depósito de fertilizante muitas vezes existe uma chapa (defletor) que

alivia o peso deste sobre os dosadores. Outra característica é o ângulo de repouso do

adubo, exigindo que no fundo do depósito, a inclinação do mesmo seja com ângulo

superior ao de repouso. Os fertilizantes podem formar “pelotas ou empedrar”. Assim os

dosadores devem ser robustos e com capacidade de desestruturar estas formações. Em

algumas máquinas, há uma peneira de malha grossa na parte superior do depósito para

evitar que caia adubo “empedrado” ou com outros corpos estranhos.

Os dosadores devem então capturar o fertilizante, desestruturá-lo, conduzi-lo em

doses desejadas e liberá-lo na tubulação de descarga. Nas Fig. 2.13 e 2.14 as opções de

aletas rotativas e rotores dentados, conduzem o adubo a uma comporta com abertura

variável, liberando-o ao tubo de descarga.

Nesses sistemas de dosagem a regulagem da vazão de fertilizante é dada pela

mudança de relação de transmissão e abertura ou fechamento da comporta basculante.

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A B

Figura 2.13 – Dosador com aletas rotativas e comporta da MPS da IMASA (A) e dosador

de rotores dentados acionados por sem fim e abertura com comporta da SMT 6414 da

VENCE TUDO (B). CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

Figura 2.14 – Dosadores dentados de dentes longos e curtos da TD da SEMEATO.

CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

Nas Figuras 2.15 e 2.17 estão apresentados os dosadores do tipo rosca sem fim.

Podem estarem posicionados paralelos ao deslocamento da máquina ou transversais a

esta. Quando paralelos, entende-se que deveria haver uma distribuição mais homogênea

entre as linhas, em terrenos inclinados. Os transversais, por sua vez, possuem somente

mancais na extremidade dos semi-eixos, economizando pontos de lubrificação.

Os dosadores com roscas sem fim são conhecidos por quebrarem com facilidade

as “pelotas” de adubo. O dosador com roletes dentados da SMT (Fig. 2.13), por ser

acionado por um sem fim, também tem esta característica. No entanto, os de rosca sem

fim liberam o fertilizante em pulsos, havendo certa desuniformidade ao longo da linha.

O dosador da marca FERTISYSTEM (Fig. 2.15) apresenta uma comporta,

semelhante a um vertedouro, minimizando o efeito de pulsos da rosca sem fim. Seu

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projeto também facilita a limpeza e manutenção do conjunto, com material plástico e

resistente a corrosão e mancais blindados evitando o uso de graxeiras.

A figura 2.16 mostra os sem fim com passo de 1” e 2”. O passo menor apresenta

menor vazão mas melhor uniformidade. Desta forma, a alternativa de regulagem da

dosagem de fertilizante pode ser feita pela mudança de relação de transmissão com a troca

de engrenagens e a troca de rosca com diferentes passos.

A figura 2.17 mostra a facilidade de remoção do sem fim para a realização de

limpeza. O sem fim da FANKHAUSER é individualizado, vinculando-se em série um ao

outro por uma articulação cilíndrica, a qual permite movimentos no eixo, para que os

dosadores não travem. O sem fim da STARA/SFIL, é inteiriço e pode ser removido

(CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006). Esses modelos já não são utilizados hoje em dia.

Figura 2.15 – Dosador com rosca sem fim da Fertisystem, posicionado paralelo a direção

de deslocamento da máquina.

Figura 2.16 – Roscas sem fim com passo de “1 e 2”. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA,

2006.

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Saindo do dosador, o fertilizante cai nas mangueiras. A Fig. 2.18 mostra duas

alternativas muito utilizadas nas semeadoras: o tubo telescópico e as mangueiras

sanfonadas de borracha.

A escolha do tipo de mangueira depende do comprimento, inclinação e obstruções

estruturais. Geralmente a distância é superior a 50 cm e inclinada e os tubos de descarga

devem permitir que o adubo flua com uniformidade para o interior do tubo de descarga e

sulco de semeadura. São conectados ao tubo final de descarga, vinculado a hastes

sulcadoras ou discos abridores do sulco.

Figura 2.17 – Dosadores de rosca sem fim da 5030 da FANKHAUSER (esquerda) e PSM

10.000 da STARA/SFIL, transversais ao deslocamento da máquina. CASÃO JUNIOR e

SIQUEIRA, 2006.

Figura 2.18 – Mangueiras telescópicas da SHM da SEMEATO (esquerda) e mangueiras

sanfonadas da SDM da METASA. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

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h) Unidade de semeadura

No SPD as unidades de semeadura trabalham em linha. São elas que possuem os

componentes que atuam diretamente com o solo. Na grande maioria das vezes o sulco de

fertilizante está alinhado com o de sementes. Somente em situações em que o solo

apresenta baixa resistência à penetração consegue-se desalinhar esses sulcos. Desta forma

deve-se regular bem a profundidade do sulco de adubo e sementes, para que não fiquem

juntos. As unidades de semeadura devem realizar todas as funções de uma semeadora

excetuando-se a dosagem de fertilizante e sementes, responsabilidade dos sistemas de

dosagem e condução.

As semeadoras existentes no Brasil apresentam estratégias variadas de montar e

posicionar as unidades de semeadura na máquina. Na maioria das vezes as semeadoras

não atendem de forma completa todas as funções. Considera-se que existam diferentes

características de solo, clima, vegetação, tamanho de propriedades, culturas exploradas e

tipo de produtor. Assim, muitos fabricantes apresentam estratégias de montagem de

unidades de semeadura com diferentes componentes. As figuras 2.19 a 2.22 apresentam

algumas dessas estratégias utilizadas pelos fabricantes.

A figura 2.19 apresenta a Planthum da IMASA. A haste sulcadora e a unidade

acabamento de semeadura são pivotadas em barras porta ferramenta. Os discos de corte

são fixados em outra barra a frente. O sistema pivotado facilita a montagem das

transmissões até o dosador de sementes, mas faz com que o ângulo da haste sulcadora e

o ponto de convergência dos discos duplos variem de posição durante as ondulações do

terreno.

Figura 2.19 – Plantum da IMASA com unidades de semeadura pivotadas.

Observa-se que a transferência de pressão da estrutura sobre a haste e a unidade

de acabamento de semeadura é realizada por molas.

A figura 2.20 mostra outra estratégia de unidade de semeadura com duplo

pivotamento. Um direto na estrutura da máquina e outro na barra articulada. Neste

sistema, o disco de corte e a haste sulcadora são unidos por uma barra, e a medida que o

disco passa por uma pedra ou obstáculo, a haste é elevada e liberada após a passagem do

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mesmo, popularizado como sistema pula pedra. A unidade de acabamento de semeadura

é presa e articulada logo atrás, tornando a unidade de semeadura bem compacta.

Figura 2.20 – Unidade de semeadura da SMT 6414 da VENCE TUDO. CASÃO JUNIOR

e SIQUEIRA, 2006.

A figura 2.21 apresenta uma semeadora montada, com os discos de corte e hastes

sulcadoras presas na estrutura e a unidade de semeadura fixada em sistema pantográfico.

Este sistema faz com que todos os componentes trabalhem sempre paralelos a linha do

solo.

Figura 2.21 – Unidade de semeadura da JM 2090 da JUMIL. CASÃO JUNIOR e

SIQUEIRA, 2006.

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A figura 2.22 apresenta uma semeadora com sistema pantográfico nas hastes

sulcadoras e no sistema de acabamento de semeadura. Os discos de corte são fixos na

estrutura, mas com possibilidade de serem regulados verticalmente.

Figura 2.22 – COP TRA da MARCHESAN. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

i) Rompedores de solo

São os que realizam o primeiro contato com o solo, cortando a palha e abrindo um

sulco, sobre o qual os outros componentes trabalharão. Os discos de corte mais utilizados

são os lisos, com diâmetro entre 15” e 20”. Quanto maior o diâmetro dos discos, maior é

a força necessária para que os mesmos penetrem no solo, devido sua maior área de

contato. No entanto, têm a vantagem de passarem sobre a vegetação e apresentarem

menos problemas de embuchamento.

Ainda existem em uso discos corrugados, estriados e trabalhos de pesquisa com

discos dentados. O assunto não se esgotou, podendo surgir novidades no mercado. Para

que os discos atuem efetivamente cortando a palha, esta deve estar seca ou tenra. A palha

úmida apresenta muita resistência ao corte. O solo também deve funcionar como uma

contra faca, ou seja, se estiver muito macio a palha será empurrada para o fundo e não

será cortada apropriadamente.

Toda palha mal cortada será capturada principalmente pela haste sulcadora,

provocando embuchamento. Por este motivo, agricultores aguardam o momento ideal

para a semeadura em SPD. No período da manhã, ainda pode haver orvalho e palha

murcha. O tempo de dessecação com herbicidas deve ser observado, aguardando-se que

a vegetação seque. Para o corte da palha, a condição de solo seco é mais favorável, mas

que não é recomendável para a semeadura. Recomenda-se semear com o solo na

consistência friável. Entretanto, devido ao curto período disponível para a semeadura, que

ocorre em muitas regiões brasileiras, o produtor é obrigado a semear com o solo com

certa plasticidade, considerando que, em uma propriedade, há variação do relevo e

consequentemente concentração variável de umidade no solo.

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Em solos argilosos com consistência plástica e com palhas, há aderência nos

discos, podendo causar embuchamento. Portanto, é importante que as barras de suporte

dos discos tenham um formato de ferradura e distanciem mais de 6 cm da superfície do

disco. Os discos de corte foram projetados para cortar a palha, não ultrapassando a

profundidade superior a 6 cm no terreno. Quanto mais fundo trabalham, maior é a

mobilização indesejável do solo. A figura 2.23 mostra a ocorrência de embuchamento no

disco de corte. O desalinhamento dos discos de corte em zig zag ajuda a evitar

embuchamentos.

Para evitar o embuchamento é necessário que a vegetação flua com facilidade

entre as unidades de semeadura. Inicia com a frente de ataque dos rompedores. É

importante que essa frente esteja acoplada em uma estrutura alta, sem pontos onde a palha

possa se agarrar, e que a mesma flua com facilidade entre essas linhas e os componentes

existentes.

Figura 2.23 – Embuchamento ocorrido na região dos discos de corte. CASÃO JUNIOR

e SIQUEIRA, 2006.

Existem alternativas conjugadas de corte de palha e abertura de sulco, como são

os discos simples com roda de controle de profundidade e discos duplos desencontrados

apresentados na figura 2.24. É apresentado também na figura 2.24 A e B o conjunto

rompedor composto de disco de corte e haste sulcadora (Fig. 2.24 C).

Molas de transmissão de pressão aos discos

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A B C Figura 2.24 – Rompedores de solo com discos simples (A), duplos (B) e disco de corte e

haste da semeadora 908 RT da JOHN DEERE (C). CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

O uso dos discos como abridores de sulco mobilizam menos o solo, mantém a

palhada sobre o terreno, exigem menos potência do trator e provocam menos

embuchamento. No entanto, não se aprofundam adequadamente em solos argilosos e,

com adensamento superficial, podem depositar o adubo junto às sementes, prejudicando

a germinação, a emergência e a implantação das culturas.

Outra alternativa existente é o disco de corte com facão guilhotina, apresentado

na Fig. 2.25 A. Na figura 2.25 B é apresentado a possibilidade de trocar os discos duplos

pela haste sulcadora, opção oferecida por quase todos os fabricantes.

A B Figura 2.25 – Rompedor com disco de corte e facão guilhotina da SEMEATO (A) e

discos duplos desencontrados ou facão da MARCHESAN (B). CASÃO JUNIOR e

SIQUEIRA, 2006.

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Estudos conduzidos pelo IAPAR no início de novembro de 1999 (CASÃO

JUNIOR, 2001) com produtores de referência dos municípios lindeiros a represa de

Itaipu, mostraram que a semeadura de soja em solos argilosos com a utilização de hastes

sulcadoras teve emergência média de 64% e com discos duplos 48%, após um período

sem chuvas na região (Fig. 2.26).

A B Figura 2.26 - Cultura de soja semeada com discos duplos (A) e com hastes sulcadoras

(B). CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

Os fabricantes de semeadoras usam diferentes tipos de desenhos de hastes

sulcadoras em suas máquinas. O IAPAR estudou o desempenho desses componentes

isoladamente, observando que há grandes diferenças quanto ao esforço exigido para

tracioná-los e o volume de solo mobilizado, propondo um novo desenho, principalmente

para trabalho em solos argilosos. Este assunto será apresentado posteriormente com

maiores detalhes. A Figura 2.27 mostra uma haste sulcadora com desgaste em função do

uso, juntamente com a primeira haste proposta para adaptação pelo IAPAR em 2000 no

produtor Aldecir Terol de Santa Helena. A mesma possuía ângulo de ataque de 200 e

formato parabólico (CASÃO JUNIOR, 2001).

O material da ponteira é importante, onde concentra quase todo esforço sobre a

haste. Devido ao efeito abrasivo, mesmo nos solos argilosos, sua durabilidade varia entre

100 e 200 ha trabalhados.

Os estudos realizados pelo IAPAR recomendam que a profundidade do sulco seja

em torno de 10 cm. Sabe-se que quanto maior for a profundidade maior será a exigência

de tração e a mobilização do solo, o que não é desejado. Outro fator importante é a

variação desta profundidade.

Em 60 semeadoras de precisão avaliadas pelo IAPAR, as hastes sulcadoras

variaram em média 15% na profundidade. Em situações como a passagem de terraços é

possível que a máquina aprofunde tanto, a ponto do trator não conseguir tracioná-la. Desta

forma, recomenda-se o uso de rodas de controle de profundidade das hastes, como

observado nas Figuras 2.22 e 2.28 A. Nesta última, a roda é de maior diâmetro e com

garras. Quando posicionada próximo da haste sulcadora, pode ter a função de

desembuchá-la.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

Figura 2.27 – Haste sulcadora adaptada pelo IAPAR em Santa Helena - PR e haste gasta.

CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

A B Figura 2.28 - Rodas desembuchadoras da KK 7/4 da Külzer e Kliemann (A) e do Produtor

Paulo Rohr de M. C. Rondon-PR (B). CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

O sulco aberto pelos rompedores de solo deve ser fechado, para que sejam

novamente abertos e, as sementes serem depositadas na profundidade apropriada.

Normalmente o sulco é parcialmente fechado pela própria inércia do solo que foi

movimentado, retornando certa quantidade ao sulco novamente. Assim, recomenda-se

que a distância entre a haste e os discos duplos não seja inferior a 30 cm. Em solos siltosos

e argilosos úmidos com vegetações, que dificultam o fechamento do sulco, onde é

recomendável o uso de um dispositivo aterrador ou pelo menos destorroador, como pode

ser observado na Figura 2.29.

200

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

As hastes sulcadoras podem ser reguladas no sentido vertical e horizontal,

aprofundando-se mais ou menos e distanciando-se mais ou menos dos discos de corte.

Geralmente, são fixas por dois parafusos, onde um deles é de menor diâmetro, com a

finalidade de se romper, a um determinado esforço máximo, para não danificar a máquina.

Figura 2.29 – Rompedores de solo da PDM 9810 da METASA, com discos aterradores

após a haste sulcadora. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

j) Unidade de acabamento de semeadura

Após o trabalho dos rompedores de solo, inicia-se a atuação dos componentes de

acabamento de semeadura. A deposição das sementes, geralmente feita no interior dos

discos duplos, deve ser na profundidade desejada, a distâncias uniformes, recobertas com

solo e palha sobre o sulco. Da mesma forma, as sementes devem estar em íntimo contato

com as partículas de solo para que absorvam água com facilidade, sem ocorrência de

bolsões de ar e crostas formadas pelo selamento da superfície do solo. Esta é a fase que

chamamos de acabamento de semeadura. O IAPAR realizou vários estudos junto aos

produtores, avaliações de semeadoras e estudos em campos experimentais, procurando os

componentes que melhor efetuem o aterramento e compactação solo semente.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

Em primeiro lugar, o que se deseja é que a palha existente sobre a superfície do

solo permaneça sobre o mesmo após a passagem da “plantadeira”, ou seja, o “plantio

direto invisível”, sendo que muitos sabem dos benefícios dessa palha e das pesquisas já

realizadas com plantas de cobertura. A Figura 2.30 mostra uma condição de semeadura

de soja com manutenção da cobertura vegetal, popularmente denominado de “plantio

direto invisível”.

Figura 2.30 – Exemplo de “plantio direto invisível”. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA,

2006.

O solo descoberto no sulco de semeadura aquece e perde água mais rapidamente,

pode provocar selamento superficial, erosão e aumentar a ocorrência de plantas daninhas,

entre outros problemas. Assim, componentes aterradores, que retornem o solo e a palha

anteriormente removidos pelas hastes ou discos são muito importantes.

A maioria das “plantadeiras” existentes no mercado nacional não possuem

componentes aterradores especializados segundo os critérios do IAPAR. Predominam

máquinas com discos duplos desencontrados para abertura de sulco e com rodas paralelas

de controle de profundidade para sementes, sendo as mais modernas oscilantes, seguidas

de uma roda compactadora em “V”, com possibilidade de alterar sua abertura frontal e

vertical. A Figura 2.31 mostra esta opção e a grande redução de palha que este conjunto

pode promover.

Segundo os critérios do IAPAR a inclinação das rodas compactadoras em “V” não

é suficiente para efetuar um bom aterramento, principalmente quando a palha é lançada

lateralmente ao sulco a mais de 10 cm pelos componentes rompedores de solo.

Aumentando-se o diâmetro dessas rodas, pode-se conseguir um melhor aterramento, mas

perde-se no efeito de compactação.

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Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

Figura 2.31 – Sistema tradicional das “plantadeiras” sem aterradores. CASÃO JUNIOR

e SIQUEIRA, 2006.

Há fabricantes preocupados com esses componentes. A melhor alternativa para

chegamento de solo e palha ao sulco são os discos aterradores (Fig. 2.32 B) muito usados

no passado no sistema de semeadura convencional.

Outra alternativa utilizada por alguns fabricantes, são as rodas aterradoras de

formato cônico e inclinadas 200 a 250 em relação a direção de deslocamento da máquina

(Fig. 2.32 A). Podem ser de ferro fundido, estampado ou recobertas com borracha. Outros

fabricantes têm o componente, mas a regulagem de abertura não é muito superior a 100.

Em dinâmicas promovidas pelo IAPAR no início dos anos 2000, vários fabricantes

manifestaram interesse em introduzir esses componentes como alternativas para suas

semeadoras.

Após o aterramento há necessidade de que ocorra uma compactação do solo sobre

as sementes, para que estas absorvam água com mais facilidade. São as rodas

compactadoras as responsáveis por esta tarefa. Existem vários modelos no mercado, que

devem evitar que ocorram bolsões de ar e selamento superficial sobre o terreno.

As rodas em “V” (Fig. 2.31) podem em curvas deslocar-se da linha de semeadura,

compactando na posição incorreta ou até desenterrando sementes. Rodas cônicas

revestidas com borracha lisa (Fig. 2.32 A) podem em solos úmidos e sem cobertura com

palha provocar selamento superficial. Uma boa alternativa são as rodas cônicas revestidas

de borracha, com um sulco interno (Fig. 2.32 B) para não compactar sobre as sementes e

com ressaltos para evitar selamento.

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Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

A B

Figura 2.32 - Rodas de controle de profundidade e aterradoras cônicas (A) e rodas

compactadoras cônicas e revestidas com borracha lisa (direita), discos aterradores e roda

de compactadora cônica revestida com borracha, sulco interno e ressaltos (B). CASÃO

JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

k) Sistema de transferência de pressão em componentes.

A unidade de semeadura ou linha da máquina necessita de pressão diferenciada

sobre seus componentes, desde os discos de corte até as rodas compactadoras.

Normalmente é utilizado no disco de corte uma mola de compressão que através de um

braço de alavanca pressiona o mesmo contra o solo (Fig. 2.23). Quanto maior a superfície

de contato do disco com o solo, maior a força vertical para que o mesmo penetre mantendo

a mesma pressão. Esta força pode variar de 60 a 150 kgf. Portanto, o sistema de

transmissão deve aproveitar bem o peso da semeadora para realizar esta operação. Por

este motivo, grande parte das semeadoras posicionam o depósito de fertilizante sobre os

discos de corte. Estudos de BIANCHINI (2002), com discos de corte dentados bem

projetados conseguiram reduzir em um terço a força vertical necessária para realizar o

corte de palhiço de cana de açúcar com três vezes mais de eficiência.

Sobre as hastes sulcadoras há necessidade de haver pressão para que penetrem no

solo. Hastes bem projetadas com ângulo de ataque de 200, estreitas e formato parabólico

podem apresentar efeito de sucção, ou seja, força vertical negativa quando o solo

apresenta boa resistência para que as hastes possam penetrar sem pressão no solo. Quando

o solo está mais úmido esse efeito de sucção é menor.

Hastes mal projetadas podem exigir até 100 kgf sobre as mesmas para penetrar no

solo. A Figura 2.33 mostra molas de compressão e de tração usadas na transferência de

força sobre componentes em contato com o solo.

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Agrícola desde 2004.

A B Figura 2.33 - Molas de compressão para transferência de força sobre a unidade de

semeadura (A) e mola de tração para transferência de força no sistema pantográfico (B).

CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

A semeadora KK 8/4 da KÜLZER & KLIEMANN possui um sistema de

transferência de peso utilizando molas e cabo de aço (Fig. 2.34), conseguindo que a força

sobre cada componente seja constante, mesmo quando passam por obstáculos do terreno.

Figura 2.34 – Semeadora KK 8/4 com sistema de cabo de aço para transferência de força.

CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

A pressão dos compactadores é muito importante, podendo ser realizadas por

molas de compressão, de torção e tração. As rodas compactadoras em “V” podem ser

reguladas quanto ao ângulo de abertura no sentido vertical e frontal. A Figura 2.35 mostra

duas alternativas práticas de serem realizadas.

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Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

A B Figura 2.35 - Sistema de acabamento de semeadura da SDM 2217 da Metasa (A) e rodas

compactadoras da 5030 da Fankhauser (B). CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

l) Plataformas de apoio

As semeadoras de precisão possuem plataformas de apoio do operador, utilizadas

por ocasião do abastecimento e cuidados na semeadura. As Figuras 2.1, 2.2. 2.19 e 2.22

mostram máquinas com plataformas à frente, no meio e atrás da máquina. Quando as

mesmas são posicionadas à frente, há risco fatal ao operador caso caia. Quando é

posicionada atrás considera-se que os riscos são mínimos. Portanto, deve-se incentivar

que os futuros projetos considerem esta característica.

2.3 CARACTERÍSTICAS DAS SEMEADORAS ADUBADORAS FLUXO

CONTÍNUO

Os fatores que afetam a semeadura em precisão são semelhantes aos das

semeadoras em fluxo contínuo (“semeadeiras”), alterando-se a distribuição de sementes

no sulco, espaçamento entre linhas e profundidade de semeadura.

As semeadoras em fluxo contínuo como citado em CASÃO JUNIOR e

SIQUEIRA (2006), por trabalhar com espaçamentos estreitos, não possuem todos os

componentes para a realização de todas as funções no solo, como ocorre nas máquinas de

precisão. Assim, um disco duplo desencontrado executa o corte da palha, abre o sulco

para a deposição de fertilizante e sementes conjuntamente. Os componentes de

aterramento e compactação são conjugados, mesmo porque não há muito espaço entre

eles.

O primeiro fator a considerar é a dosagem de sementes. Pode variar entre 10 e 200

sementes por metro linear, dependendo da espécie e recomendação agronômica. A tabela

2.3 apresenta sementes de diferentes culturas que podem ser distribuídas em fluxo

contínuo, estando entre elas espécies de plantas alimentícias e plantas de cobertura tanto

de inverno como de verão e que variam quanto ao formato, uniformidade, rugosidade e

dimensão.

Os dosadores usados nas semeadoras de fluxo contínuo não apresentam problemas

com a uniformidade e forma das sementes. As sementes com diâmetro equivalente ou

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Agrícola desde 2004.

inferior a 3 mm e dosagem abaixo de 20 kg/ha necessitam de dosadores especiais. Como

em média as sementes são pequenas e com poucas reservas de amido, a profundidade de

semeadura não deve ser superior a 3 cm. Como os espaçamentos normalmente são

inferiores a 20 cm entre as linhas, a dosagem de fertilizante por metro linear é baixa,

assim, não há prejuízos às sementes pela sua higroscopicidade. Pelo fato de serem

semeadas em baixas profundidades, há necessidade de estarem uniformemente cobertas

com solo e palha. Por isso é indispensável o uso de componentes aterradores. Não menos

importante é a compactação do solo sobre as sementes, para que elas estejam em íntimo

contato com o solo e absorvam água com facilidade.

Tabela 2.3 – Características dimensionais de algumas sementes utilizadas por máquinas

de fluxo contínuo. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

Comprimento Largura Densidade das

sementes

Peso de

1000 sementes

(mm) (mm) (g/cm3) (g)

Trigo 6,41 3,45 1,20 47,9

Aveia preta 8,71 2,13 0,60 17,52

Centeio 6,10 2,23 0,79 18,43

Arroz 9,93 2,22 0,62 26,58

Milheto 2,63 2,11 0,82 9,84

Moha 1,48 1,48 0,70 2,58

Crotalaria breviflora 4,86 3,33 0,81 19,24

Crotalaia juncea 6,58 2,34 0,82 56,18

Crotalaria spectabilis 3,92 1,61 0,84 17,2

Nabo pivotante 2,94 2,94 0,65 14,39

Ervilhaca peluda 3,56 3,56 0,81 36,05

Ervilha comum 3,32 3,32 0,85 36,87

Milheto 98302 3,43 2,47 0,79 5,54

Setariat alca 95401 2,61 1,46 0,70 2,66

Milheto Iapar 98301 3,64 2,61 0,81 11,18

Para que uma semeadora de fluxo contínuo cumpra sua função, deve possuir um

sistema de engate e acoplamento (1), estrutura, sistema de levantamento e transporte (2),

sistema de acionamento (3), sistema de transmissão (4), depósito de fertilizante (5),

depósito de sementes acima de 3 mm de diâmetro (6) depósito de sementes abaixo de 3

mm de diâmetro (7), sistemas de dosagem e deposição de fertilizante, sistemas de

dosagem e deposição para sementes maiores e menores, unidade semeadura composta

por rompedores de solo (8), conjugados ou não ao sistema de acabamento de semeadura

(9), sistema de transferência de peso à componentes e plataformas de apoio e segurança

à operadores (10), conforme pode ser observado nas figuras 2.36 e 2.37.

a) Sistema de engate e acoplamento, estrutura, levantamento, transporte,

acionamento e transmissão

Como as semeadoras de precisão, as de fluxo contínuo podem ser montadas e de

arrasto (Fig. 2.36 e 2.37). É necessário tomar os mesmos cuidados recomendados com as

de precisão. As estruturas, os sistemas de levantamento, transporte, acionamento e

transmissões são semelhantes às de precisão.

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No caso específico dos rodados, como os espaçamentos são estreitos, os rodados

são laterais a máquina (Fig. 2.36), com exceção da SDY 3000 que possui rodados a frente

e atrás da semeadora (Fig. 2.37).

Figura 2.36 – Multissemeadora MPS 1600 na versão em fluxo contínuo da IMASA.

CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

5

6

7

1

2

9

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Figura 2.37 – Semeadora de fluxo contínuo SDY 3000 da ATB/BALDAN. CASÃO

JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

b) Sistema de acondicionamento, dosagem e deposição de sementes

O acondicionamento é realizado em depósitos e os dosadores mais usados são os

rotores acanalados em sementes superiores e inferiores a 3 mm de diâmetro. A figura 2.38

mostra estas opções encontradas no mercado nacional.

Figura 2.38 – Dosadores tipo rotor acanalado para sementes superiores a 3 mm de

diâmetro a esquerda, e inferiores a direita. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

Com o movimento giratório do rotor as sementes no fundo do depósito, vão ao

tubo de descarga em fluxo contínuo. Seu acionamento é realizado por meio de um eixo,

que pode se movimentar lateralmente visando expor uma área maior ou menor do rotor

acanelado na câmara de sementes.

5 6 6

7

10

2

8 9

Câmara

de

sementes

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O rotor pode girar nos dois sentidos, horário e anti-horário (Fig. 61). No sentido

horário as sementes fluem por cima do rotor, sendo mais apropriado para sementes

maiores, como soja, e as de difícil deslizamento como o arroz. No sentido anti-horário,

as sementes passam por baixo do rotor, sendo apropriados, por exemplo, para trigo. Após

a saída do rotor, as sementes são despejadas na tubulação de descarga e conduzidas ao

solo. Poucas são as “semeadeiras” que permitem o recurso de girarem nos dois sentidos.

Figura 2.39 - Rotor acanalado com anti-horário (A) e horário (B) (DOMINGUES et. al.,

1984).

A multissemeadora MPS da IMASA utiliza para distribuição de sementes em

precisão e fluxo contínuo discos horizontais. A figura 2.9 apresenta o disco para

distribuição de milho em precisão e a figura 2.40 disco com entalhes para trigo. Observa-

se que existem duas câmaras de individualização e ejeção de sementes, com o objetivo de

atender as dosagens em fluxo contínuo.

Figura 2.40 – Sistema de dosagem de sementes de trigo da multissemeadora MPS 1600

da IMASA. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

c) Sistema de acondicionamento, dosagem e deposição de fertilizante

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São semelhantes às semeadoras de precisão.

d) Unidade de semeadura

As unidades de semeadura são bem compactas, constituindo-se, na maioria das

vezes, de um disco duplo, componentes de aterramento e compactação do solo sobre as

sementes. A 2.41 mostra duas multissemeadoras na versão em fluxo contínuo com as

linhas em zig zag, posicionadas bem abaixo dos depósitos da máquina.

Figura 2.41 – Multissemeadoras na versão em fluxo contínuo, Top Seed 2407 CRM da

Max à esquerda e a SMT 6414 da VENCE TUDO. CASÃO JUNIOR e SIQUEIRA, 2006.

e) Rompedores de solo e componentes de acabamento de semeadura

Em muitos casos são utilizados discos duplos desencontrados. No caso da SDY

3000, por exemplo, é uma exceção, pois usa discos simples. Estes componentes têm que

efetuar várias funções, como o corte da palha, abertura de sulco para fertilizante e

sementes, que são depositados juntos. As semeadoras que utilizam discos duplos, variam

quanto ao diâmetro dos discos de 13” a 16” de diâmetro. Algumas possuem discos com

diâmetros diferentes, no sentido de que o maior atue mais efetivamente no corte da palha.

É importante também a abertura traseira dos discos que variam de 40 a 60 mm.

Quanto maior à abertura, maior é a força necessária para aprofundar e maior a

mobilização do solo.

Atrás dos abridores de sulco vêm os aterradores e compactadores. Muitas vezes,

somente um componente exerce as duas funções. As figuras 2.42 e 2.43 apresentam várias

opções.

Na figura 2.42, os três modelos mais a esquerda são apropriados as sementes de

leguminosas e gramíneas exercendo uma compactação menos intensa diretamente sobre

as sementes. A opção a direita possui uma roda que compacta o solo diretamente sobre

as sementes e outra que atua de forma inclinada. Esse conjunto é específico para sementes

de gramíneas.

As duas opções à direita da figura 2.43 possui duas rodas, que efetuam o

aterramento do solo sobre as sementes e uma leve compactação lateral sobre as mesmas.

Muito adequado para leguminosas. À esquerda da figura 2.43 é utilizado somente

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correntes para cobertura de sementes com solo. Nestes casos pode haver problemas

emergência devido à ausência de compactação.

Figura 2.42 – Diferentes tipos de rodas aterradoras e compactadoras de máquinas do

mercado nacional estudadas pelo IAPAR.

Figura 2.43 – Diferentes tipos de rodas aterradoras e compactadoras de máquinas do

mercado nacional, estudadas pelo IAPAR. A esquerda utiliza somente correntes

aterradoras.

f) Sistema de transferência de pressão em componentes e plataformas

Os sistemas são semelhantes às semeadoras de precisão. Destaca-se que nas

semeadoras de fluxo contínuo e multissemeadoras as plataformas em sua maioria são

atrás da máquina, expondo menos o operador a acidentes.

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2.4 CARACTERÍSTICAS DAS MULTISSEMEADORAS ADUBADORAS

Pelo fato de realizarem a semeadura em precisão e fluxo contínuo e diferirem

principalmente quanto ao espaçamento de sementes na linha e entre as linhas de

semeadura, necessitam de características especiais para realizarem suas tarefas.

Seus rodados geralmente são externos á máquina, pois com espaçamentos

inferiores a 20 cm entre linhas não é possível posicionar os rodados internamente, a não

ser que a máquina ficasse com comprimento suficiente para alojar as mesmas entre as

linhas de fluxo contínuo.

Como problema apresentam ainda dificuldades de transformação da versão de

precisão para fluxo contínuo e vice-versa. A maior dificuldade não se encontra nos

dosadores de sementes e sim no arranjo das linhas. É necessário quase desmontar a

máquina para conseguir esta mudança.

Acredita-se que a medida que sejam desenvolvidos dispositivos de desarme

rápido, a adoção das multissemeadoras será bem maior, pois é incontestável a vantagem

de uma só semeadora poder realizar todo tipo de semeadura em uma propriedade, em

especial as pequenas e médias propriedades.

2.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, Rio de Janeiro, R.J. Projeto

de Norma 04: 015.06 -004; Semeadora de precisão - ensaio de laboratório - método de

ensaio. Rio de Janeiro, 1994. 7 p.

CASÃO JUNIOR, R. Intervenções de mecanização agrícola nos estudos de validação de

tecnologia em plantio direto nos municípios lindeiros a represa de Itaipu. In: INSTITUTO

AGRONÔMICO DO PARANÁ, Londrina, PR. Projeto plantio direto com qualidade

ITAIPU/IAPAR; relatório técnico anual 2000/01. Londrina, 2001. 15 p.

CASÃO JUNIOR, R,; CAMPOS, C. F. Desempenho de diferentes sistemas de

acabamento de semeadura em plantio direto. In: Congresso Brasileiro de Engenharia

Agrícola, 33, São Pedro, SP. SBEA/UNESP, 2004. 4 p.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

3 COMO EVOLUIRAM AS SEMEADORAS ADUBADORAS PARA O

SISTEMA PLANTIO DIRETO NO BRASIL

As máquinas semeadoras que fazem parte do complexo de equipamentos

utilizados no sistema plantio direto, são consideradas de vital importância, devido serem

responsáveis pela implantação da cultura no solo. Este capítulo procura relembrar alguns

acontecimentos que determinaram sua evolução, mostrando o esforço para obter seu

aperfeiçoamento, as dificuldades encontradas, com depoimentos de alguns dos

importantes protagonistas desta aventura que foi viabilizar a mecanização da implantação

das culturas no sistema plantio direto no Brasil.

3.1 OS PIONEIROS

O sistema plantio direto (SPD) teve início comercialmente no Brasil no município

de Rolândia – PR, pelo pioneirismo do produtor Herbert Bartz com a semeadora

importada americana ALLIS CHALMERS em 1972. Contudo a adoção do sistema não

superou 1 milhão de hectares no país até 1992 (FEBRAPDP, 2007). Poucos foram os

pioneiros dessa época. Destaca-se o esforço da ICI em conjunto com as Instituições e

produtores na década de 70.

Um momento de forte adoção do SPD deu-se nos Campos Gerais no PR a partir de

1976 com a liderança dos produtores Franke Dijkstra e Manoel Henrique Pereira. Essa

iniciativa resultou na criação do Clube da Minhoca, Fundação ABC, FEBRAPDP e

CAAPAS, servindo de inspiração para criação de diversos Clubes de Amigos da Terra e

outras instituições disseminadas pelo Brasil (CASÃO JUNIOR et al, 2008). A figura 3.1

mostra pioneiros do SPD no IV Encontro Latino Americano de Plantio Direto na Palha.

MIALHE (2012) cita que foi publicado somente no período de 1976 a 1979 pela

ABIMAQ/SINDIMAQ dados sobre a produção de semeadoras no país, onde pode-se

visualizar que as semeadoras de plantio direto passaram a surgir nas estatísticas somente

em 1978. Lamenta o autor sobre o segredo que é feito desses dados pelas empresas

fabricantes, assim como o alheamento do Ministério da Agricultura de desenvolver

políticas de base tecnológica na área de mecanização agrícola.

Nesta ocasião o IAPAR e o CNPT/EMBRAPA passaram a realizar pesquisas

sistemáticas no SPD, surgindo em 1981 o primeiro livro do assunto (Plantio Direto no

Estado do Paraná (figura 3.2) publicado pelo IAPAR com apoio da ICI. O IAPAR

concentrou grande esforço na pesquisa e difusão de práticas conservacionistas a partir de

sua criação em 1972 e iniciou pesquisas com SPD em 1976 envolvendo uma grande

equipe multidisciplinar. No RS foram grandes os esforços no desenvolvimento de

componentes rompedores de solo pelo CNPT/EMBRAPA, servindo de modelo para as

indústrias iniciarem a fabricação das primeiras máquinas. Aproveitaram-se as

características construtivas da semeadora inglesa de fluxo contínuo BETTINSON-3D e

os discos duplos desencontrados de origem canadense para construir as primeiras

semeadoras, que na época eram especializadas em culturas de inverno e grãos finos.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

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Figura 3.1 – Produtores e técnicos pioneiros do SPD. Da esquerda para a direita: 1 Franke

Dijkstra; 2 Herbert Bartz; 3 Manuel Pereira; 4 Nonô Pereira; 5 Prof. Juca; 6 John Landers.

Figura 3.2 - Plantio Direto no Estado do Paraná, circular 23.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

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José Antônio Portella pesquisador da EMBRAPA cita que “a ICI fez uma parceria

com a EMBRAPA e SEMEATO trazendo o Laurie Richardson da Inglaterra em 1979

para ajudar a trabalhar com a BETTINSON, adequando-a para plantio direto. Assim, a

SEMEATO e a EMBRAPA em 1979/80 criaram o primeiro protótipo da TD que vinha de

triplo disco e a SEMEATO lançou a TD 220 (Fig. 3.3) e posteriormente popularizou-se

a geração seguinte TD 300”. (CASÃO JUNIOR et al, 2008).

Figura 3.3 – Semeadora de fluxo contínuo TD 220.

A SEMEATO foi à indústria líder neste processo com a TD, desenvolvida em 1980,

sendo acompanhada pela IMASA, FANKHAUSER e LAVRALE. Produtores pioneiros

e oficinas locais do PR e RS destacavam-se por realizar adaptações, principalmente na

tentativa de semear culturas de verão, predominantemente a soja. Isso em função de que

a máquina disponível nos anos 70 era a ROTACASTER que além de mobilizar

exageradamente o solo, tinha baixo rendimento. O mercado no início dos anos 80 já

dispunha de semeadoras de fluxo contínuo para o SPD principalmente da SEMEATO,

IMASA, FANKHAUSER, MARCHESAN e BALDAN (CASÃO JUNIOR et al, 2008).

Cita-se que a década de 80 foi um período de estudos e laboratório, onde não havia

uma definição clara de como uma semeadora de SPD deveria trabalhar. Os produtores e

oficinas locais adaptavam semeadoras de precisão convencionais e de fluxo contínuo,

transformando-as para o SPD, introduzindo disco de corte e componentes para abertura

de sulco e deposição de fertilizante e sementes. Nesse processo as indústrias foram

aperfeiçoando seus produtos e criando também semeadoras de precisão para o SPD

(CASÃO JUNIOR et al, 2008).

Paulo Montagner ex-diretor de engenharia da SEMEATO conta que “na década de

80 a fábrica fornecia muitos componentes para adaptações lideradas por Franke e Nonô

Pereira (Fig. 3.4a). Mas saindo de Ponta Grossa com outras condições de solo e

cobertura, a máquina não tinha o mesmo desempenho. Tanto que o maior sofrimento foi

encarar o SPD em Pato Branco no sudoeste do PR. Com os discos duplos desencontrados

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não era possível penetrar naquele solo argiloso, assim como, na região central do PR,

no vale do rio Ivaí. Isto ocorreu de 1990 a 1993” (CASÃO JUNIOR et al, 2008).

“Os principais entraves para a expansão do SPD na década de 80 foram a falta de

herbicidas eficientes ou o desconhecimento dos mesmos e as máquinas que ainda não

estavam apropriadas, principalmente para trabalhar nas regiões de solos argilosos, os

quais nos primeiros anos de adoção apresentavam adensamento superficial. O

desenvolvimento da semeadora de precisão PAR da SEMEATO (Fig. 3.4b) no início dos

anos 90 foi um marco importante, pois a TD e outras semeadoras de fluxo contínuo, não

apresentavam o desempenho esperado na semeadura de soja”.

Figura 3.4a – Semeadora PS6 da

SEMEATO adaptada para plantio direto

(Nonô Pereira)

Figura 3.4b – Semeadora PAR da

SEMEATO (modelo do início dos anos

90)

3.2 PERÍODO DE EVOLUÇÃO E EXPANSÃO NO SUL DO BRASIL DO

SISTEMA PLANTIO DIRETO

Havia o mito de que a semeadora para o SPD deveria ser pesada, com mais do que

350 kg por unidade de semeadura, principalmente pelo fato de usarem discos duplos

desencontrados como rompedores de solo, e que nos solos argilosos com adensamento

superficial era praticamente impossível realizar a semeadura. Assim a adoção do SPD

mecanizado foi fortalecida a partir de 1992 onde muitas indústrias apresentaram novas

máquinas, especialmente as semeadoras de precisão, sempre perseguindo a expansão da

cultura de soja, mas sendo usadas também nas demais culturas.

Pedro Fankhauser (presidente da FANKHAUSER) cita que “A semeadora de

plantio direto tem que ter um peso mínimo, mas que não seja uma coisa absurda. Na

época havia a ideia de semear sobre terras degradadas. O produtor hoje afofa a terra

para iniciar o SPD. Existiam duas correntes de agricultores: os que adequavam o terreno

para iniciar o SPD e outra que queria plantar da forma mais barata possível” (CASÃO

JUNIOR et al, 2008). A figura 3.5 mostra semeadoras da FANKHAUSER em operação.

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Figura 3.5 – Semeadoras de precisão da FANKHAUSER semeando no Oeste do RS.

João de Freitas da MARCHESAN cita que a partir de 1992 a fábrica alinhou todos

os rompedores de solo, posicionando o disco de corte na mesma linha dos discos duplos

desencontrados para abertura de sulco do adubo e sementes. “Nesta época havia muitas

oficinas realizando adaptações nas máquinas a pedido dos produtores. O problema

identificado era a falta de peso na linha. A máquina, com o depósito cheio de fertilizante

semeava adequadamente, mas quando este esvaziava as sementes ficavam expostas. O

chassi, por sua vez, passou a não suportar os esforços solicitantes, pois possuía uma

seção transversal de 70 x 70 mm.

Em 1994 surgiu outra novidade, as linhas foram posicionadas em zigue zague,

pois com o aumento da palhada os problemas de embuchamento estavam se tornando

muito freqüentes. Nesta ocasião se a fábrica possuía 6 versões para o SPD, passou para

12 versões, ou seja, somente com discos duplos desencontrados; com disco de corte e

discos duplos; disco de corte e haste sulcadora; com todos esses componentes opcionais

e ainda com a possibilidade de vir com duas barras e posicionar as linhas em zigue zague.

O modelo PST2 D44 era a mais completa e a mais famosa.

Existia também o modelo Itapeva a D56, mais reforçada segundo as sugestões

do produtor Maurício Sakai. Assim, em 1998 tomou-se a decisão de reforçar o chassi

com barras porta ferramenta de 100 x 100 mm, surgiu aí a PST3. Isto exigiu trocar todas

as peças fundidas de engate na máquina. Ao mesmo tempo, houve evolução no sistema

de controle de profundidade, regulagens versáteis, caixa de câmbio, caixas de plástico e

máquinas maiores. O mercado absorveu este custo, pois estava pedindo essas mudanças.

As máquinas eram fabricadas com número par de linhas e isto dificultava para o

produtor transforma-las de soja a 45 cm de espaçamento para milho a 90 cm. Assim,

passou-se a fabricar semeadoras com número ímpar de linhas. A PST4 já nasceu com

número ímpar de linhas”. (CASÃO JUNIOR et al, 2008). Detalhamos esse depoimento

de João de Freitas, pois mostra o que ocorreu na maioria dos fabricantes na década de 90.

As figuras 3.6a e 3.6b mostram a estrutura de uma semeadora em montagem e a

semeadora de precisão COP de propriedade de Herbert Bartz em Rolândia PR.

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Figura 3.6 – a) Chassi em montagem; b) Semeadora de precisão COP.

José Heloir Denardin do CNPT/EMBRAPA conta que em 1993 havia 300 mil

hectares do SPD no planalto do RS e a MONSANTO queria incentivar a expansão.

Concluíram que faltava capacitação técnica, assim, elaborou-se um projeto com a

MONSANTO financiando as atividades. Trouxeram para treinamento a cada seis meses

um grupo de 250 extensionistas, onde eram ministrados cursos por três dias. “Nossa

diretoria não aceitou o financiamento de somente uma empresa, aí criamos o projeto

METAS de MONSANTO, EMBRAPA e EMATER, ADUBOS TREVO, AGROCERES e

SEMEATO. Coordenávamos tecnicamente o projeto e as empresas pagavam tudo e

organizavam toda a logística. As empresas não podiam falar em marca e a logística foi

perfeita”.

A meta era passar de 50 a 150 mil hectares, o que deu grande discussão na

EMBRAPA. No quarto ano chegou-se a 850 mil. Os pesquisadores de solos traziam

novidades que eram incorporadas nos treinamentos. No primeiro treinamento somente os

instrutores falavam, mas a partir do segundo começou a interação com os técnicos e o

crescimento foi fantástico.

No final da década de 80 a equipe do Evandro Chartuni Mantovani da

CNPMS/EMBRAPA em Sete Lagoas-MG, iniciou testes de semeadoras convencionais,

realizando pontuações comparativamente entre as mesmas. Portella, Faganello e Arsênio

do CNPT/EMBRAPA estiveram lá para aprender a metodologia e implantar em Passo

Fundo os testes das semeadoras de plantio direto.

“Nós conhecíamos os problemas das máquinas, cita Portella, como as limitações

dos discos de corte, facão, estrutura, entre outros, mas desejávamos que os fabricantes

vissem o desempenho de sua máquina ao lado do concorrente, sob uma metodologia

científica. Foi um grande intercâmbio de ideias. Esses resultados não foram publicados,

pois tivemos o pecado de fazer um contrato com as empresas de não publica-los”.

Considera Portella, que a qualidade de nossas máquinas hoje (2007) é boa, tanto é que o

Brasil está exportando. Diferem mais na assistência técnica e preço, que considera muito

importante. Foram 10 anos de contribuições que a EMBRAPA e IAPAR ofereceram nas

avaliações e trocas de experiências entre as indústrias, pesquisa, assistência técnica e

produtores. Ocorrendo exatamente no período onde a adoção do SPD cresceu de 1milhão

de hectares para 25 milhões no Brasil.

O IAPAR realizou várias avaliações desde 1996 até 2003, testando em torno de

100 modelos de semeadoras de precisão, fluxo contínuo e multissemeadora (Fig. 3.7a).

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Nesses trabalhos foram identificados as características positivas e negativas das

máquinas. A partir disto, vários estudos foram feitos no sentido de otimizar os

componentes, como foi o das hastes sulcadoras, visando a redução da exigência de

potência e menor mobilização de solo no sulco, o que foi adotado por vários fabricantes.

Vários fabricantes participaram desses estudos interagindo com os pesquisadores e

técnicos da equipe. No final dos anos 90 e início do II milênio o IAPAR passou a

organizar eventos de avaliação de máquinas e demonstração dinâmica (Fig. 3.7b) para os

produtores com apoio da ITAIPU BINACIONAL. Participaram desses trabalhos a

BALDAN, FANKHAUSER, GIHAL, IMASA, JOHN DEERE, JUMIL, KÜLZER &

KLIEMAN, MARCHESAN, MAX, METASA, MORGENSTERN, PLANTICENTER,

SFIL e VENCE TUDO. A CASE só não participou em Guairá, pois, sua máquina não era

adequada para trabalhar cruzando terraços. As máquinas eram avaliadas com 30 dias de

antecedência e no dia da exposição dinâmica os resultados eram apresentados em tabelas

expostas no campo, publicados e distribuídos aos participantes.

Figura 3.7a – Equipe da AEA/IAPAR.

Da esquerda: Ruy, Alexandre, Milton,

Audilei, Rubens, José Carlos e Augusto.

Figura 3.7b –Dinâmica de Semeadoras

de plantio direto em Guairá, PR, 2003.

O projeto com a ITAIPU BINACIONAL teve seu início em 1996. Levantamentos

da EMATER (1996) mostravam que somente 13,4% dos produtores adotavam o SPD na

época e era prioridade da Usina minimizar o escorrimento de sedimentos para o lago da

represa. Elaborou-se um diagnóstico que foi realizado em 1997 nos municípios lindeiros

a represa para conhecer todos os problemas associados ao SPD.

O projeto foi implantado em 1999, onde a região já havia adotado 90% do SPD e

a estratégia foi de melhorar a qualidade do SPD. Foi conduzido nesta estratégia por cinco

anos por equipe multidisciplinar do IAPAR (Figura 3.8), interagindo diretamente com os

produtores de referência, técnicos da Itaipu, cooperativas, prefeituras, EMATER entre

outros. Foram realizados muitos cursos, Dias de Campo, reuniões, quatro Dinâmica de

Máquinas, produção e distribuição de sementes de plantas de cobertura.

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Figura 3.8 – Alguns dos pesquisadores do IAPAR e técnico regional em projetos de SPD.

Da esquerda Garibaldi Medeiros, Neri Noro (agrônomo da LAR) José Garcia Sá, Osmar

Muzilli e Ademir Calegari.

3.3 CONSOLIDAÇÃO DA EVOLUÇÃO SISTEMA PLANTIO DIRETO

Neste período ocorria a expansão de grandes lavouras nos solos planos do Cerrado

que gerou a necessidade de máquinas com maior número de linhas, ou unidades de

semeadura (Fig. 3.9). No sul do Brasil os modelos mais comuns tinham,

predominantemente, de 7 a 9 linhas, sendo que no cerrado variavam de 11 a 19 linhas,

existindo modelos com 29 linhas espaçadas a 45 cm. A autonomia principalmente do

depósito de fertilizante que permitia a máquina semear em torno de 10 km aumentou para

20 a 30 km, elevando o peso da máquina e, consequentemente, a exigência de potência e

a mobilização do solo.

Destaca-se que no Cerrado, salvo exceções, os solos são mais leves que os argilosos

do sul do país e, em muitas propriedades de médio e grande porte do sul, as semeadoras

de precisão seguiram também a tendência das do Cerrado, aumentando o número de

linhas e a autonomia dos depósitos de fertilizante.

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Figura 3.9 – Colheita e semeadura simultânea no cerrado brasileira.

A exigência de força e potência para tracionar uma semeadora depende do projeto

dos componentes de ataque ao solo, em especial das hastes sulcadoras, do peso da

máquina e o número, peso e área de componentes em contato com o solo. A figura 3.10

mostra que com o aumento do peso das semeadoras, há tendência de aumento da potência

exigida. Este estudo foi realizado com os parâmetros obtidos em várias avaliações

realizadas pelo IAPAR (CASÃO JUNIOR & SIQUEIRA, 2006).

Figura 3.10 – Efeito do peso por linha e a potência específica (cv/cm de profundidade e

linha) exigida por semeadoras de precisão em plantio direto avaliadas pelo IAPAR.

R² = 0,67

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1

1,1

150 200 250 300 350 400 450 500

Po

tên

cia

es

pe

cíf

ica

(c

v/c

m.

lin

ha

)

Peso/linha da plantadeira (kgf)

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Da análise dos catálogos de nove fabricantes líderes de semeadoras comercializadas

e 2007 para as médias e grandes propriedades brasileiras, nota-se que o peso da máquina

vazia por linha varia de 294 a 778 kg. Essas máquinas variam de 7 a 24 linhas espaçadas

de 45 cm, sendo que quase todos os fabricantes possuem modelos mais leves e outros

mais pesados.

A escolha entre o uso dos discos ou as hastes sulcadoras como abridor de sulco para

fertilizante, depende de vários fatores. Geralmente, ficam logo atrás do disco de corte

(Fig. 3.11) e devem abrir o sulco para a deposição do fertilizante. Os discos podem ser

duplos e desencontrados, ou simples. Neste caso, também faz o papel do disco de corte.

Figura 3.11 – Disco duplo desencontrado atrás do disco de corte.

Recomenda-se utilizar os discos em solos com menor resistência, como os não

argilosos e sem adensamento superficial. Os discos exigem menos potência que as hastes

sulcadoras, destroem menos a palha e, de modo geral, permitem que se trabalhe a

velocidades superiores a 6 km/h. No entanto, quando não conseguem abrir

adequadamente o sulco, podem prejudicar a implantação das sementes, semeando muito

raso, junto ao fertilizante e, em consequência, prejudicar a germinação.

Hoje, quase todas as semeadoras de precisão (plantadeiras) possuem a opção de

trabalho com discos ou com hastes sulcadoras (Fig. 3.12a). As hastes, apesar de exigirem

maior potência, permitem regular a profundidade do sulco, depositar o fertilizante abaixo

das sementes e oferecer um ambiente mais adequado para a germinação das sementes. O

IAPAR recomenda hastes estreitas, com largura da ponteira não superior a 22 mm, um

ângulo de ataque da ponteira de 200 e um desenho parabólico (Fig. 3.12b). Hastes com

essas características exigem menos esforço e potência para tração, mobilizam menos o

solo, destroem menos a palha e têm um componente de força vertical para baixo, que

puxa a máquina em direção do solo, reduzindo as necessidades de maior peso da

semeadora e maior pressão nas molas.

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Figura 3.12a – Abridores de sulco para

fertilizante tipo discos duplos

desencontrados ou hastes sulcadoras.

Figura 3.12b – Haste sulcadora reta com

ponteira larga e haste proposta pelo

IAPAR com 200 de ângulo de ataque.

Após o trabalho dos rompedores de solo, inicia a atuação dos componentes de

acabamento de semeadura. A deposição das sementes, geralmente feita no interior do

disco duplo, deve permanecer na profundidade desejada, a distâncias uniformes,

recobertas com solo e palha sobre o sulco. Da mesma forma, as sementes devem estar em

íntimo contato com as partículas de solo para que absorvam água com facilidade, sem

ocorrência de bolsões de ar e crostas formadas pelo selamento da superfície do solo. Esta

é a fase que chamamos de acabamento de semeadura. Em primeiro lugar, o que se deseja

é que a palha existente sobre a superfície do solo permaneça sobre o mesmo após a

passagem da “plantadeira”, ou seja, o “plantio direto invisível”, sendo que muitos sabem

dos benefícios dessa palha e das pesquisas já realizadas com plantas de cobertura. A figura

3.13 mostra no RS a semeadora Premium da VENCE TUDO trabalhando sobre grande

quantidade de palha sobre o solo implantando a soja no conceito “plantio direto invisível”.

Figura 3.13 – Semeadora de precisão Premium da VENCE TUDO.

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A maioria das “plantadeiras” existentes no mercado nacional não possuem

componentes aterradores especializados. O que predomina são máquinas com discos

duplos desencontrados para abertura de sulco e com rodas paralelas de controle de

profundidade para sementes, sendo as mais modernas oscilantes, seguidas de uma roda

compactadora em “V”, com possibilidade de alterar sua abertura frontal e vertical, mas

não conseguem retornar principalmente a palha de volta ao sulco. No início do segundo

milênio (2003) têm surgido mais fabricantes preocupados com esses componentes. A

melhor alternativa para chegamento de solo e palha ao sulco são os discos aterradores

muito usados no passado no sistema de semeadura convencional (CASÃO JUNIOR &

SIQUEIRA, 2006). Quatro fabricantes usavam em suas “plantadeiras”.

Outra alternativa utilizada por seis fabricantes, são as rodas aterradoras de formato

cônico e inclinadas 200 a 250 em relação à direção de deslocamento da máquina. Podem

ser de ferro fundido, estampado ou recobertas com borracha. Outros fabricantes têm o

componente, mas a regulagem de abertura não é muito superior a 100 (CASÃO JUNIOR

& SIQUEIRA, 2006).

Após o aterramento há necessidade de que ocorra uma compactação do solo sobre

as sementes, para que estas absorvam água com mais facilidade. São as rodas

compactadoras as responsáveis por esta tarefa. Existem vários modelos no mercado, que

devem evitar que ocorram bolsões de ar e selamento superficial sobre o terreno. A figura

3.14 pode-se observar algumas opções de rodas compactadoras na multissemeadora

Multipla da JUMIL.

Figura 3.14 – Multissemeadora Múltipla da JUMIL na versão em fluxo contínuo a

esquerda e em precisão a direita, apresentando rodas de controle de profundidade de

sementes inclinadas e três tipos de rodas compactadoras.

O sistema de distribuição de sementes das semeadoras nacionais, predominante em

2007, era o mecânico, com discos alveolados, mas o sistema pneumático encontrava-se

em expansão, considerando que promove distribuição mais uniforme de sementes em

velocidades superiores a 8 km/h. O entrave para a expansão do sistema pneumático

encontra-se no maior preço, e na dificuldade da semeadora trabalhar adequadamente a

velocidades superiores a 6 km/h, cortando a palha, abrindo e fechando o sulco com a

deposição adequada de fertilizante e sementes com posterior acabamento da semeadura.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

O catálogo de preços de uma importante empresa de máquinas semeadoras

mostrava em 2007 que os modelos pneumáticos eram 20% mais caros do que os modelos

de distribuição de sementes mecânicos. A título de exemplo, a variação de preços das

semeadoras para médios e grandes produtores de duas outras indústrias é de R$ 6.180,00

e R$ 7.049,00 por linha, nos modelos mais baratos e R$ 16.324,00 por linha no modelo

mais caros, de ambas.

Portella da EMBRAPA conta que “a JUMIL foi a primeira a trazer o sistema

pneumático com o modelo Francês da MONOSSEN (Fig. 3.15a). A máquina foi avaliada

em 1995 e 96, e a partir daí as outras indústrias cresceram o olho e foram introduzindo

os sistemas da Accord, Becker, e Gaspardo”.

Paulo Montagner da KUHN/METASA cita em 2007 que “nos países onde há boa

classificação de sementes por peneiras, o sistema mecânico é tão eficiente quanto o a

vácuo, com a vantagem que qualquer operador de máquinas consegue trocar e fazer a

manutenção na fazenda. O sistema pneumático é importante quando não há classificação

por peneiras. O principal mercado para as máquinas pneumáticas está no Norte, com a

cultura de algodão cujas sementes não tem boa uniformidade. Outra cultura é o girassol,

mas tem pouca expressão ainda. A fábrica está trabalhando com uma empresa para

viabilizar a semeadura de mamona, canola e girassol, com envolvimento da EMATER,

pois o interesse pelo biodiesel é crescente” (CASÃO JUNIOR et al, 2008).

Portella conta que a “MARCHESAN trouxe o primeiro distribuidor de fertilizante

com rosca sem fim. Foi uma briga nas avaliações realizadas pela EMBRAPA de 1993 a

1997, sendo que as outras empresas não queriam que o teste fosse realizado. Dois anos

depois, todas introduziram este dispositivo em suas máquinas. Não havia problemas de

cópias e nem preocupação excessiva com patente dos produtos. Havendo grande troca

de experiências e copia entre os fabricantes. Argumenta que se não fosse isso, na época,

não seria possível dar o grande salto de qualidade que houve” (CASÃO JUNIOR et al,

2008). Hoje os cuidados com a propriedade intelectual são maiores.

O dispositivo mais usado hoje é o de rosca sem fim, os quais estão em constante

aperfeiçoamento para não somente melhorar a uniformidade de distribuição, como

também, facilitar sua manutenção e durabilidade (CASÃO JUNIOR, 2006). Um exemplo

dos mais recentes é o surgimento do dosador da FERTISYSTEM usado por vários

fabricantes (Fig. 3.15b).

As indústrias que estavam mais presentes com semeadoras de plantio direto no

início da década de 90 eram a SEMEATO, IMASA, FANKHAUSER, VENCE TUDO,

JUMIL, MARCHESAN e BALDAN, além de algumas que desapareceram. Mais para o

final da década surgiram a JOHN DEERE, SFIL, MAX, METASA e KULZER &

KLIEMANN, no início dos anos 2000 a PLANTICENTER, GIHAL, CASE,

MORGENSTERN. No final da década de 2000 surgiram semeadoras na STARA, a

KUHN que adquiriu a METASA, a AGCO que adquiriu a SFIL, a KF, além das indústrias

de equipamentos a tração animal que passaram a entrar no mercado de semeadoras

mecanizadas, como a FITARELLI, KNAPIK, NSMAFRENSE e WERNER.

Recentemente a SEMEATO associou-se a NEW HOLAND.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

Figura 3.15a – Sistema de distribuição

pneumático de sementes JUMIL.

Figura 3.15b – Sistema de distribuição

de fertilizante FERTISYSTEM.

As semeadoras foram aperfeiçoadas em vários componentes e sistemas. O sistema

de acoplamento hoje é prático e robusto, sendo que há 10 anos era necessário, em algumas

máquinas, mudar a posição de vários parafusos. O sistema de transmissão melhorou,

sendo que a troca de engrenagens, que era morosa, passou a ser rápida com caixa de

câmbio, e a BALDAN, que usa o sistema Speed Box, o qual é bem compacto, com grande

amplitude na relação de transmissão e ajuste prático (CASÃO JUNIOR & SIQUEIRA,

2006).

Um ponto muito importante que alguns fabricantes estão dando atenção, é a

facilidade de manutenção da máquina. Ainda predomina em algumas semeadoras,

mancais com graxeiras, ao passo que em outras são utilizados mancais blindados e

grafitados. É comum encontrar até treze pontos de lubrificação em uma linha da máquina,

ao passo que existem máquinas com somente um ponto de lubrificação por linha. Há

máquinas de 10 linhas com mais de duzentos pontos de lubrificação. Existem dispositivos

de distribuição de fertilizante com até três graxeiras e outros que estão eliminando-as.

Os fabricantes de máquinas agrícolas estão desenvolvendo e introduzindo nas

semeadoras, vários componentes com facilidade de regulagem. Os discos de corte, que

no passado somente tinham como opção a variação da pressão das molas, hoje podem ser

posicionados em diferentes alturas. O mesmo ocorre com as hastes sulcadoras e a

regulagem prática da posição dos discos duplos para deposição de sementes e das rodas

compactadoras (CASÃO JUNIOR, 2006).

A maior dificuldade de regular hoje uma semeadora de precisão é na mudança de

espaçamento entre linhas. É muito trabalhoso deslocar as unidades de semeadura na barra

porta ferramenta da máquina. Se isto fosse possível, o produtor poderia alterar o

espaçamento de soja de 45 cm para 40 cm em função de sua necessidade. Semear o milho

a 80 cm e a soja a 45 cm. Poderia haver até a possibilidade de semear plantas de cobertura

intercalar ao milho ou sorgo projetando as máquinas para esta finalidade. Eduir da

IMASA cita que “a Plantec é uma multissemeadora que traz como novidade a

possibilidade de deslocar as linhas na barra porta ferramenta sem a necessidade de

desparafusa-las. Assim a transformação de sementes graúdas em miúdas é obtida com

praticamente o movimento rotativo de um eixo. Além disso, pode posicionar o adubo ao

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Agrícola desde 2004.

lado das sementes, pode semear até três tipos de sementes ao mesmo tempo” (CASÃO

JUNIOR et al, 2008).

Alguns produtores inovadores têm a intenção de semear sementes de pastagens no

interior da soja, integrando a lavoura com a pecuária. Para projetar esta máquina há

necessidade de que as unidades de semeadura possam ser posicionadas em diferentes

locais da barra porta ferramenta com facilidade. Considera-se que o plantio de Brachiaria

ruziziensis entre as linhas de milho safra ou safrinha já é prática disseminada entre

produtores, para integração com pecuária ou para somente produzir mais palha como

cobertura. A dificuldade é ter máquina apropriada para semear as sementes de pastagem

com discos duplos intercalar as linhas de milho. Muitas multissemeadoras podem realizar

este tipo de semeadura sendo que alguns fabricantes já desenvolveram máquina específica

para isso (Fig 3.16a), no entanto reclamam que têm pouca saída. Outros produtores estão

adaptando kit de distribuição de sementes de pastagem em “plantadeiras” (Fig. 16b), mas

reclamam que a germinação é muito prejudicada pelo fato das sementes caírem a lanço

sobre o solo. Hoje já existem fabricantes, como a PICETTI, que, oferece kits para

distribuição de sementes de pastagem que podem ser adaptadas em semeadoras e outros

equipamentos existentes no mercado.

Figura 3.16a – Semeadora da

SEMEATO com duas linhas para semear

sementes miúdas intercalares ao milho.

Figura 3.16b – Semeadora PAR com kit

de sementes miúdas na propriedade de

Mateus Arantes em Três Lagoas, MS.

Um frequente problema das semeadoras de precisão é o de chamado

“embuchamento”. As máquinas evoluíram muito para a solução deste problema. Todo o

componente que de certa forma vinha a obstruir a passagem da palha por entre as linhas

da máquina aumentava os pontos de embuchamento. Hoje muitas máquinas possuem

estrutura alta, elevando sua frente de ataque, rompedores em zigue zague e distância entre

componentes que evitem o acúmulo de palha e solo. Com o aumento do peso das

máquinas este problema voltou a se agravar, fazendo com que algumas semeadoras

tenham que esperar mais tempo para a palha secar e mesmo exigir um manejo mecânico

e/ou químico adicional da cobertura (CASÃO JUNIOR & SIQUEIRA, 2006).

Nas áreas terraceadas é comum as máquinas cruzarem, mesmo na diagonal ou

semearem sobre os terraços de base larga. Assim, muitas semeadoras não possuem a

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Agrícola desde 2004.

articulação necessária para que todos os componentes estejam em contato com o solo.

Normalmente as máquinas de maior comprimento longitudinal, ao cruzar terraços, fazem

com que seus componentes flutuem sobre o terreno, sendo que as compactas apresentam

menos problemas, sem considerar, também, que existe um tamanho máximo para

acomodar uma semeadora sobre um caminhão de transporte, tão importante para levá-la

de uma propriedade a outra. Na figura 3.17 são apresentados alguns dos modelos de vários

diferentes fabricantes existentes na atualidade com características adequadas para o

trabalho com grande quantidade de palha e cruzamento de terraços. A figura 3.17a, mostra

um modelo com unidades de semeadura (linhas) pivotadas; a 3.17b, linhas pantográficas

e a 3.17c com linhas pivotadas e atuação da pressão sobre as linhas por meio de cabo de

aço.

Figura 3.17 – Semeadoras de precisão a) PLANTICENTER; b) JONH DEERE; c)

KÜLZER & KLIEMANN.

3.4 ORIGEM E EXPANSÃO DO SISTEMA PLANTIO DIRETO À TRAÇÃO

ANIMAL

O interesse da pesquisa agropecuária do Paraná pela questão da mecanização das

pequenas propriedades surgiu no início da década de 80, no contexto de um esforço geral

pela busca de temas e formulação de objetivos a partir do conhecimento da realidade rural

e de seus aspectos sócio econômicos e tecnológicos.

A energia animal, em particular, apresentava destacada importância tecnológica

pelo elevado número de estabelecimentos usuários (cerca de 80% em 1980) e de

beneficiários potenciais (SHIKI et al., 1989). Caracterizavam por se encontrarem em

condições adversas quanto ao recurso natural, sobretudo quanto ao solo e topografia, além

das condições estruturais dos estabelecimentos (força de trabalho familiar, baixa

capitalização e pequena área explorada).

Em 1984 o governo do Paraná implantou um programa para incrementar o uso da

tração animal, segundo as realidades sócio econômicas regionais, visando a viabilização

da pequena propriedade rural através da racionalização da mão de obra (SECRETARIA

DA AGRICULTURA DO ESTADO DO PARANÁ, 1984). Este programa de estado foi

o gérmen da criação da semeadora adubadora de plantio direto a tração animal “Gralha

azul”.

Edmundo Hadlisch (Fig. 3.18a) comandava na EMATER PR uma equipe de 25

técnicos distribuídos pelo estado, que a anos trabalhavam com treinamentos em

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Agrícola desde 2004.

mecanização agrícola. No IAPAR a área de Engenharia Agrícola estava recém formada

e, em mecanização, participavam Ruy Seiji Yamaoka, Rubens Siqueira e Ruy Casão

Junior. Os trabalhos com os reprodutores de animais de tração eram conduzidos pelo

veterinário Inácio Afonso Kroetz.

A equipe de mecanização foi reforçada com a contratação dos engenheiros

agrícolas Augusto Guilherme de Araújo e Paulo Roberto Abreu de Figueiredo, locados

em Ponta Grossa e Pato Branco respectivamente. Maria de Fátima dos Santos Ribeiro,

contratada em 1986 demandou, também, máquinas para viabilizar os pequenos

agricultores do Arenito Caiuá.

A partir de 1985 foram estudados quase todos os equipamentos de tração animal

existentes no mercado e realizado trabalhos de pesquisa de manejo do solo com coberturas

vegetais em várias regiões do Paraná. Com esse compromisso foi desenvolvido, entre

vários equipamentos, a semeadora de plantio direto a tração animal logo em 1985 e

aperfeiçoada nos anos seguintes. O desafio era fazer com que uma máquina de 70 kg

fizesse o plantio direto, considerando que para o disco de corte trabalhar eficientemente

necessitava de 60 kg de esforço vertical sobre o mesmo, conseguindo-se isso

posicionando o ponto de engate mais elevado e uma haste sulcadora adequada (Fig.

3.18b).

Figura 3.18a – Edmundo Hadlisch da

EMATER PR com exemplar misto de

Bretão do programa tração animal.

Figura 3.18b – Desenho esquemático da

semeadora adubadora de plantio direto

Gralha azul IAPAR.

Na época havia muitas iniciativas e esforço em todo o país para o desenvolvimento

dos pequenos produtores, assim como as preocupações conservacionistas. Delagiustina

(1990) apresentou na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sua dissertação de

Mestrado sobre o desenvolvimento de semeadora de plantio direto que deve ter dado

continuidade com a indústria IADEL de Dona Emma. Existem muitos registros na obra

“Tecnologia apropriada em ferramentas implementos e máquinas agrícolas para pequenas

propriedades” escrito para o XXVI Congresso de Engenharia Agrícola de Campina

Grande-PE em 1997 (TOMIYOSHI & SILVA, 1997).

A adoção, no entanto, ocorreu somente na década de 90 com os esforços da equipe

do IAPAR de Ponta Grossa comandada por Bady Curi que coordenava o Polo Regional.

Como se contava com a presença em Ponta Grossa do Augusto Guilherme de Araújo e

da Maria de Fátima dos Santos Ribeiro, ambos da área de engenharia agrícola era possível

dar sequência a este trabalho. Foram selecionadas algumas propriedades que já estavam

sendo trabalhadas e elaborou-se um novo projeto.

Dacio Antônio Benassi, técnico do IAPAR, lembra que o primeiro protótipo da

semeadora trabalhou em Rio Azul em 1985, permanecendo por dois anos. Depois de

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Agrícola desde 2004.

vários esforços, trabalhando intensivamente, principalmente em Unidades de Teste e

Validação (UTVs), foram selecionados 32 produtores e, pedido apoio ao Nonô Pereira na

FEBRAPDP, que se prontificou a solicitar recursos das empresas. A indústria MH foi

paga pela construção do primeiro lote e as máquinas foram distribuídas nos produtores.

Os resultados foram monitorados e realizados muitos Dias de Campo e demonstrações.

Foi a partir daí que se conseguiu algumas coisas, principalmente a execução do I Encontro

Latino Americano de Plantio Direto para a Pequena Propriedade em 1993 (INSTITUTO

AGRONÔMICO DO PARANÁ, 1993).

Os técnicos da extensão implantaram e conduziram as UTVs e, eram feitas de 2 a

3 visitas por ano, analisando os dados e apresentando em um workshop junto aos

produtores. Destaca que as indústrias participavam dos eventos desde os primeiros

trabalhos. Dacio lembra “A medida que as pequenas indústrias iam fabricando,

alterando e adaptando, nós acompanhávamos e instituímos um selo de qualidade do

IAPAR”. Conta que a troca de experiências foi rica e levantaram-se parâmetros para

melhorar as máquinas. Um ponto importante é que durante a discussão não havia

diferença entre pesquisador, técnico agrícola, extensionista e produtor. Todos opinavam

no mesmo nível. As figuras 3.19a e 3.19b mostram Dacio Benassi demonstrando uma

semeadora de plantio direto à tração animal da IADEL e apresentando outra da KNAPIK.

Figura 3.19a – Semeadora de plantio

direto IADEL à tração animal.

Figura 3.19b – Semeadora de plantio

direto KNAPIK à tração animal

A EMATER trazia os produtores, apoiados pelas prefeituras e praticamente sem

custo para o IAPAR. Os agricultores ficavam abobados com os novos equipamentos e

com a tecnologia de plantio direto e a adoção foi surpreendente. A figura 3.20 mostra a

evolução do SPD na pequena propriedade com tração animal no estado do Paraná de 1994

a 2000.

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Agrícola desde 2004.

Figura 3.20 – Evolução do sistema plantio direto a tração animal no Paraná. Fonte:

FEBRAPDP, 2007.

Vários foram os fabricantes que participaram da evolução do SPD na pequena

propriedade na década de 90 e estabilização na primeira década dos anos 2000. As

primeiras a surgirem foram a MAFRENSE, MH, TRITON, RIC, IADEL, BUFALLO,

PICETTI, WERNER e depois a FITARELLI e a KNAPIK. A KRUPP, tradicional

fabricante de matracas passou também a adapta-las para o SPD. Esses equipamentos

foram difundidos e ainda hoje estão sendo adotados na África, América Latina e países

da Ásia.

Pode-se concluir que com essa adoção, pequenos produtores principalmente dos

estados do Sul do Brasil, conseguiram aumentar a rentabilidade do trabalho, diversificar

as culturas, controlar a erosão e agregar valor em sua propriedade por maximizar a

produção animal, possibilitando uma transição segura para a moto-mecanização já em

grande expansão nesse segmento (CASÃO JUNIOR et al, 2008 e CASÃO JUNIOR et al,

2012).

3.5 EXPANSÃO DO SISTEMA PLANTIO DIRETO CONSOLIDADO

Como já citado anteriormente, a consolidação do SPD deu-se a partir de 1992 (Fig.

3.21), quando ocorreu sua grande expansão não somente no Sul do Brasil, como no

Cerrado (Fig. 3.22 e 3.23) e, ultimamente nas novas fronteiras agrícolas da região

Amazônica e na denominada Matopiba, ocupando áreas, predominantemente, do Cerrado

dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, visualizados na figura 3.24.

Bastos Filho et al, 2007 citam que na avaliação dos principais polos de produção

do país (198 municípios de 13 estados) observaram que a cobertura média do solo com

palha após a colheita das lavouras de soja e milho foi em média 33%, chegando a média

de 50% na região Sul do país e 28% em média nos estados SP, MS, MT, GO e Norte do

PR. Esta realidade que ainda permanece no país, define o projeto das semeadoras,

principalmente quanto aos componentes de acabamento de semeadura, pois com pouca

palha, não há muita necessidade de bons aterradores.

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Agrícola desde 2004.

Figura 3.21 – Evolução do sistema plantio direto no Brasil (1973 a 2012). Fonte

FEBRAPDP e CONAB 2012. Dados de 2008 a 2011 foram estimados por interpolação.

Figura 3.22 – Evolução da cultura de soja no Brasil nos anos 1977 e 2002. Fonte: IBGE

PAM 2002.

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Figura 3.23 – Ocupação da cultura de milho safra de verão e inverno no Brasil em 2012.

Fonte: MAPA 2015.

Figura 3.24 – Produção e exportação de milho e soja no Brasil em 2014 com sua

distribuição geográfica. Fonte: Estimativa CONAB 2013/14.

Nos anos 90, cita Paulo Montagner, que surgiu na SEMEATO a Linha 90, que

conseguiu trabalhar em solos argilosos sem embuchamento. Conseguiram isso com a

transformação de uma máquina da JOHN DEERE, a Maximerg 2, mas no início não

funcionava. As primeiras 50 máquinas foram vendidas no Paraná em região cujo solo se

assemelhava aos americanos, mas em Cruz Alta (RS) com mais de 60% de argila não

funcionou. Conta que uma vez, foram atender um produtor e quando chegaram pediu para

prender os cachorros, pois se urinassem na plantadeira essa embucharia. Tomou aquilo

como um desafio, voltando com a solução três a quatro meses depois. Substituíram na

linha de plantio a disposição do sulcador, limitador de profundidade e compactador.

Aquilo foi um marco e ficou na época a TD para grãos finos, PAR, PSE e PSM. Em Pato

Branco (PR) foram vendidas 250 máquinas e não penetravam no solo argiloso quando

este estava com umidade menor. Tiveram que transformar todas elas nas propriedades.

Com isto identificaram o padrão de resistência do solo limitante para usar os discos duplos

desencontrados ou as hastes sulcadoras (CASÃO JUNIOR et al, 2008 e CASÃO JUNIOR

et al, 2012).

Ruben Witt do Oeste do Paraná, citou na sua visão de revendedor que o

crescimento das vendas de máquinas para o SPD em soja foi de 1993 a 1998 e decresceu

após 2000 no oeste do Paraná. A fronteira no estado tinha acabado e as vendas eram

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quase que exclusivamente de reposição da frota. A partir de 1997 apareceram na região

os modelos PST2 da MARCHESAN (Fig. 3.25), Magnum 2800 da JUMIL, PPsolo da

BALDAN (Fig. 3.26), PSE8 da SEMEATO e PDM da METASA. A PLANTICENTER

surgiu depois. O sistema de rosca sem fim surgiu a partir de 1995, e o sistema de câmbio

em 1999. Surgiu também a articulação dos rodados e o disco de corte ficou mais próximo

do facão. Observou que no SPD já se observava maior infiltração de água no solo

(CASÃO JUNIOR et al, 2008).

Figura 3.25 – Semeadora PST2 da

MARCCHESAN.

Figura 3.26 – Semeadora PPsolo da

BALDAN.

Havia dificuldade para crédito de investimento nos anos 80 até o início dos anos

90, principalmente pelas taxas de juros flutuantes. Somente quando os juros passaram a

ser pré-fixados, a partir de 1993 é que acelerou as vendas de máquinas. O sistema de

crédito FINAME foi o precursor cobrando de 10% a 12% de taxa fixa. Os produtores

foram aderindo de forma crescente. Aí surgiram outras modalidades de crédito, como o

PRONAF e PROGER com taxas de até 2% ao ano.

Eduir Pretto do Amaral, gerente de projeto da IMASA disse que a fábrica sempre

trabalhou em cima das multissemeadoras, mas em função da queda da produção do trigo,

o mercado comprava quase que exclusivamente semeadoras de precisão, quando

desenvolveram a Plantum. Depois dessa, a fábrica desenvolveu a Technum que vendeu

pouco por ser uma máquina “conceito”. Destaca que foi a primeira a ser produzida com

corte laser, que facilita a construção de qualquer desenho e viabiliza a fabricação de lotes

menores de máquinas. Além disso, permite a redução do uso de peças fundidas. A Plantec

também de fabricação recente, é uma multissemeadora que traz como novidade a

possibilidade de deslocar as linhas na barra porta ferramenta sem a necessidade de

desparafusa-las. Assim a transformação de sementes graúdas em miúdas é obtida com

praticamente o movimento rotativo de um eixo. Além disso, pode posicionar o adubo ao

lado das sementes, pode semear até três tipos de sementes ao mesmo tempo.

Destaca Eduir que esses novos lançamentos foram feitos em plena crise de 2005

e 2006, procurando novos mercados e atendendo as especificidades de diferentes regiões.

Outra estratégia foi o investimento na reposição de máquinas, abertura de novas fronteiras

e até a reforma de máquinas. O esforço dedicado nessas máquinas “conceito” permitiu

transferir muitos componentes para máquinas mais simples, melhorando a qualidade das

mesmas e atendendo outros mercados, surgindo assim novos modelos. Recomenda que

os fabricantes invistam no projeto, mesmo que fique engavetado, pois seu custo é muito

baixo em relação aos benefícios que pode promover na criação constante na fábrica. Hoje

o público está exigindo que a semeadora tenha maior capacidade de corte da palhada, que

enterre as sementes com mínima de mobilização do solo e mantenha o sulco coberto com

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

palha após a passagem da semeadora e, finalizou: a IMASA tem 35 anos de experiência

em plantio direto (CASÃO JUNIOR et al, 2008).

Carmen Galli da SEMEATO assegurou que o Brasil é o grande laboratório da

empresa e que sempre está ampliando seu mercado de atuação. Das máquinas pioneiras

como a TD, PAR e PS surgiram uma infinidade de filhotes. A caixa de pastagem, por

exemplo, surgiu de uma demanda do Uruguai. Na Bolívia, onde os solos são férteis, não

é utilizado o fertilizante, criaram as máquinas que somente semeiam. No Chile com solos

ricos em minério, foi necessário criar discos mais resistentes ao desgaste. Na Europa

existem regiões com muitas pedras, enfim, quanto mais foi sendo ampliado o mercado,

mais filhotes foram sendo criados.

No Centro Oeste do país, onde são necessárias máquinas maiores, nasceu a linha

PF, como é o caso da Land Máster, que é a mistura da PS Máster com a PS e PAR na

versão das semeadoras de precisão e da TD na versão das semeadoras de fluxo contínuo.

Com o projeto METAS, já citado por Denardin, surgiu a SHM (Fig. 3.26), uma

multissemeadora, voltada ao pequeno produtor que não podia comprar duas máquinas

para semear sementes graúdas e miúdas. Essa máquina iniciou com 11 linhas espaçadas

de 17 cm, foi ampliada para 17 e hoje com o modelo SSM possui até 27 linhas (CASÃO

JUNIOR et al, 2008).

Jair Bottega gerente de exportação da VENCE TUDO relatou que a partir de 2000

a fábrica estruturou um departamento próprio para a exportação. Iniciou na Colômbia em

2001, pois o Uruguai e Paraguai eram tratados como se fossem estados brasileiros nas

relações comerciais. As demandas de exportação vinham principalmente das grandes

Feiras: EXPOINTER, AGRISHOW e SHOW RURAL. Participaram da EXPOCHACO

na Argentina, principalmente para exportação da plataforma de colheita de milho e do

classificador de sementes e, por intermédio da ABIMAQ conheceram a INTRAC

TRADING que além de ser porta de entrada na África são difusores natos e entusiastas

do SPD. Foram ao México, Estados Unidos e principalmente por intermédio da FAO os

produtos têm sido divulgados na América Latina, Ásia e África. São 20 países nesse

trabalho de 6 anos de estruturação do departamento de exportação. Na Europa estavam

entrando por Portugal.

A partir de 1998 o Cerrado brasileiro iniciou grande expansão e a VENCE TUDO

começou a participar com a semeadora de precisão Premium, com 8 a 18 linhas para

semear soja. Essas são também acopladas em tandem, chegando a trabalhar com 26 a 28

linhas de uma só vez. Consegue-se semear em um dia até 200 hectares. Contava Ildemar,

diretor comercial, que o SPD ajudou a ampliação da agricultura no Cerrado e pelo fato

das culturas de inverno não se desenvolverem adequadamente, estão utilizando a

brachiaria e o milheto para a formação de palha. Comenta que ainda a quantidade de palha

é pequena no Brasil Central, considerando que é um sistema semi-direto na sua definição.

Marcos Lauxen, diretor presidente da VENVE TUDO afirma que a medida que a

empresa foi ampliando seu mercado, foram surgindo novas necessidades. Em 1996

lançaram de forma pioneira os depósitos de polietileno e se orgulha hoje pelo fato da

fábrica possuir máquinas apropriadas às pequenas, médias e grandes propriedades.

Ildemar cita que a VENCE TUDO é líder em máquinas apropriadas para o continente

africano e a empresa que mais fabrica semeadoras SPD para a agricultura familiar no

Brasil, chegando a vender 1200 por ano. A fábrica ouve muito o cliente e tem isso como

foco principal. Os proprietários da fábrica também são produtores rurais. Preocupam-se

com a assistência técnica, reposição de peças e estruturação do departamento de vendas.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

Dão muita atenção aos trabalhos de pesquisa em Instituições, em especial aos

desenvolvidos pelo IAPAR.

Passaram a desenvolver máquinas com sistema de paralelogramo, apesar de

acharem que as pivotadas trabalham bem. Surgiu a Panther (Fig. 3.27) da SM e o sucesso

foi tão grande que de 7 linhas já está com 13. Ainda oferecem o sistema pula pedra e o

dosador de fertilizante com rosetas auto-limpante, de custo barato e boa eficiência, mas

foi introduzido também, o sistema rosca sem-fim que está sendo aperfeiçoado

constantemente, como é o caso do sistema FERTISYSTEM. Na dosagem de sementes

estão trabalhando com fornecedores fortes, como a SOCIDISCO que apresenta novidades

no dosador de sementes, eliminando as folgas do disco de distribuição que provocavam

desgaste no anel de encosto. Quanto ao sistema de acabamento de semeadura,

permanecem oferecendo os discos aterradores, que está muito bem difundido entre

pequenos e médios produtores, mas outros maiores, principalmente por não conhecerem

o sistema rejeitam este dispositivo. Assim, como fica muito caro fazer demonstrações

localizadas, a fábrica optou a oferecer o que eles solicitam (CASÃO JUNIOR et al, 2008).

Figura 3.26 – Semeadora SHM da

SEMEATO.

Figura 3.27 – Semeadora Panther da

VENCE TUDO.

3.6 ADOÇÃO DA AGRICULTURA DE PRECISÃO NO SISTEMA

PLANTIO DIRETO

Outra evolução tecnológica que vem sendo incorporada nas máquinas semeadoras

é sua integração ao processo de agricultura de precisão (AP). Seus fundamentos foram

intensamente divulgados no Brasil na década de 90, principalmente pelas indústrias de

máquinas agrícolas multinacionais instaladas no país e rapidamente foram fazendo parte

dos estudos em instituições de pesquisa e universidades. Várias indústrias utilizam,

principalmente mecanismos e sensores principalmente para aplicação de fertilizantes em

taxa variável.

Em 2014 a EMBRAPA publicou um compêndio sobre o tema, consolidando o

conjunto de avanços obtidos na pesquisa brasileira até então. RESENDE, et al (2014)

citam, no capítulo sobre aplicação de corretivos e fertilizantes em taxa variável, que “ a

prática de AP mais disseminada no Brasil atualmente consiste da amostragem de solo

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

georreferenciada para o mapeamento da fertilidade dos talhões de cultivo, seguida da

prescrição e aplicação de corretivos de acidez e de fertilizantes em quantidades que

variam de acordo com a condição de fertilidade em cada local dentro da lavoura,

tratando-se, portanto, de aplicações em taxa variável. Em princípio, espera-se que esses

procedimentos resultem no uso mais eficiente de corretivos e fertilizantes, uma vez que o

solo dentro da lavoura não é homogêneo e, consequentemente, os requerimentos de

correção da acidez e de adubação variam de um local para outro”.

“Vários equipamentos disponíveis no mercado brasileiro já apresentam

dispositivos eletrônicos que reconhecem os mapas de prescrição e mecanismos que

ajustam automaticamente as dosagens de insumos à medida que se deslocam na área a

ser manejada a taxa variável. Apesar de certa euforia observada entre os agricultores,

impulsionada pelas vantagens econômicas imediatas e pela intensa propaganda

difundida pelas empresas prestadoras de serviços de AP, nem sempre se comprovam os

benefícios agronômicos esperados”.

Um dos principais problemas ainda encontrado está na amostragem de solo.

Mesmo respeitando os princípios da geoestatística, procurando-se trabalhar com um

número superior a 50 pontos amostrais por talhão, que no Cerrado não são inferiores a

200 ha, nem sempre se consegue obter mapas que representem a variabilidade espacial

de um talhão (RESENDE et al, 2014). Outro problema ainda encontrado, mesmo em

pequenos talhões é a interpretação dos resultados de elementos como P e micronutrientes.

Decorre então que, o ponto chave para a AP no manejo de solo deve ser o monitoramento

do talhão numa perspectiva de ajustes contínuos ao longo do tempo, utilizando-se não

apenas de amostragens periódicas de solo, mas de toda ferramenta que agregue e permita

detalhar informações sobre a variabilidade espacial e temporal do talhão.

Outro aspecto a destacar é que, tal operação é realizada com equipamentos que

fazem distribuição dos produtos a lanço na superfície do solo (distribuidores centrífugos).

Em geral, os sistemas de distribuição montados nos aplicadores disponíveis no mercado

nacional apresentam deficiências quanto à uniformidade de aplicação, o que é agravado

pela variação granulométrica presente nos corretivos e fertilizantes. Portanto, há que se

considerar a necessidade de aperfeiçoamento, desde os critérios para a definição da

estratégia de amostragem de solo, até a tecnologia de distribuição de corretivos e

fertilizantes em taxa variável (RESENDE et al, 2014).

O caso particular da aplicação de fósforo a taxa variável em superfície constitui

uma prática temerária, pois, o comportamento típico deste nutriente é sua baixa

mobilidade no solo (RESENDE et al, 2014).

Comparada ao sistema de manejo tradicional com correção e adubação realizadas

de maneira uniforme nas lavouras, em que muitas vezes o produtor nem sequer faz uso

de resultados de análise do solo para definir as quantidades a serem aplicadas, a

agricultura de precisão já de início proporciona um maior detalhamento de informações

pela amostragem georreferenciada. Nesse cenário, são previsíveis os benefícios das

aplicações em taxa variável. Assim, tem sido frequentes ganhos imediatos devido à

adoção da AP, traduzidos em economia de insumos e, em casos mais esporádicos,

melhoria da produtividade (RESENDE et al., 2014).

Outro fator de ajuste é o da população de plantas visando promover melhor

desempenho da cultura. A disponibilização de semeadoras aptas a operar com taxa

variável de distribuição de sementes representa uma flexibilidade que pode ser

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

conveniente ao agricultor, principalmente devido ao fato de o gasto com sementes

apresentar participação expressiva no custo de produção das lavouras atualmente. Em

princípio, para a cultura do milho, uma maior população de plantas pode ser vantajosa em

ambientes de alta fertilidade e com boa disponibilidade hídrica, ao passo que uma menor

densidade de plantas seria recomendável em ambientes mais restritivos. Para a soja essa

estratégia se inverte, pois, uma alta densidade de plantas em área com elevada fertilidade

induz ao acamamento da cultura em virtude do excessivo crescimento vegetativo e

estiolamento, ao passo que, num ambiente menos favorável, uma maior população pode

compensar a limitação de crescimento das plantas. Todavia, ainda são incipientes os

trabalhos com semeadura em taxa variável no Brasil e a validação dessa técnica deverá

ser realizada estabelecendo-se claramente as variáveis edafoclimáticas e de manejo que

condicionam sua eficiência técnica para cada cultura (RESENDE et al., 2014).

Hoje são várias as empresas que oferecem modelos de máquinas semeadoras

adubadoras integradas proposta da AP. Há máquinas que possuem componentes para

distribuir em taxa variável fertilizante e até sementes. A figura 3.28 ilustra o operador em

sua cabine monitorando o sistema da máquina que trabalha com taxa variável e os

dispositivos com sensores e motores hidráulicos que controlam e proporcionam a

variação na distribuição de fertilizante.

Figura 3.28 – Operador na cabine monitorando o trabalho da semeadora a esquerda e

motores hidráulicos que promovem a possibilidade de variação da taxa de fertilizante a

direita.

4.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BASTOS FILHO, G.; NAKAZONE, D.; BRUGGEMANN, G.; MELO, H. Uma

avaliação do plantio direto no Brasil. Passo Fundo: Revista Plantio Direto, p. 14-17,

set/out de 2007.

CASÃO JUNIOR, R.; SIQUEIRA, R. Máquinas para manejo de vegetações e semeadura

em plantio direto. In: CASÃO JUNIOR, R.; SIQUEIRA, R.; MEHTA, Y. R. Sistema

plantio direto com qualidade. Londrina: IAPAR/ITAIPU, 2006. p 85-126.

CASÃO JUNIOR, R.; ARAÚJO, A. G.; FUENTES LLANILLO, R. SISTEMA

PLANTIO DIRETO NO SUL DO BRASIL: Fatores que promoveram a evolução do

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

sistema e desenvolvimento de máquinas agrícolas. Londrina: IAPAR, 2008. 100 p.

(Relatório final projeto convênio IAPAR/FAO/FAPEAGRO).

CASÃO JUNIOR, R.; ARAÚJO, A. G.; FUENTES LLANILLO, R. PLANTIO

DIRETO NO SUL DO BRASIL: Fatores que facilitaram a evolução do sistema e

desenvolvimento da mecanização conservacionista. Londrina: FAO/IAPAR, 2012. 77 p.

(ISBN 978-85-88184-40-4).

DELLAGUSTINA, D. C. Desenvolvimento do protótipo de uma semeadora

adubadora de plantio direto a tração animal. Florianópolis, SC: departamento de

Engenharia de Produção, UFSC, 1990, 135 p. Dissertação (Mestrado).

EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL DO PARANÁ.

Sistema de controle operacional – Realidade rural – maquinário agrícola. Curitiba:

EMATER-PR, 1996. 19p.

RESENDE, A. V. de; HURTADO, S. M.C.; VILELA, M. de F.; CORAZZA, E. J.;

SHIRATSUCHI, L. S. Aplicações da agricultura de precisão em sistemas de produção de

grãos no Brasil. In: BERNARDI, A. C. de C.; NAIME, J de M.; RESENDE, A. V. de;

BASSOI, L. H.; YNAMASU, R. Y. Agricultura de precisão – Resultados de um novo

olhar. Brasilia. EMBRAPA, 2014. p. 194 a 208.

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE PLANTIO DIRETO NA PALHA. Expansão da área

cultivada em plantio direto de 1972/73 a 2005/06. Disponível

em:www.febrapdp.org.br/arquivos/EvolucaoAreaPDBr72A06.pdf (Acessado em

novembro de 2007).

INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ. ENCONTRO LATINO AMERICANO

SOBRE PLANTIO DIRETO NA PEQUENA PROPRIEDADE, 1. Ponta Grossa:

Iapar, 1993. 428 p.

MIALHE, L. G. Máquinas agrícolas para o plantio. Campinas: Millennium, 623 p.

2012.

SECRETARIA DA AGRICULTURA DO ESTADO DO PARANÁ Programa de

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SHIKI, S. & CASÃO JUNIOR, R. Mecanização Animal - Inventário tecnológico e

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Londrina - PR. Fundação Instituto Agronômico do Paraná - Iapar, 1989. 59 p.

TOMIYOSHI, C. M.; SILVA, O. R. R. F. da. Tecnologia apropriada em ferramentas,

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

SEMEADORAS ADUBADORAS PARA O SISTEMA PLANTIO DIRETO

Ruy Casão Junior

4 TIPOS E MODELOS DAS SEMEADORAS ADUBADORAS PARA O

SISTEMA PLANTIO DIRETO

4.1 FUNDAMENTOS PARA SELEÇÃO DE MÁQUINAS

SEMEADORAS NO SISTEMA PLANTIO DIRETO

Esse capítulo foi construído principalmente com os dados dos sites dos fabricantes

de semeadoras adubadoras brasileiras disponíveis na web.

Passaram-se mais do que cinco décadas que o Brasil iniciou o SPD, presenciando

a saga na adaptação e desenvolvimento das semeadoras adubadoras que atendessem esse

desafio. Hoje há mais de vinte fabricantes dessas máquinas no país produzindo para todos

os tipos de produtores e exportando para quase todos os países que utilizam o SPD. Muitas

de nossas semeadoras possuem qualidade, eficiência, bom preço e já conquistaram

respeito no mercado mundial.

Procuraremos apresentar da forma mais simplificada possível os diferentes

modelos das diferentes indústrias e algumas recomendações genéricas para sua escolha.

Pelo fato de alguns modelos se apresentarem muito parecidos, poderemos nos

equivocar na sua análise. Assim, agradecemos contribuições para futuras abordagens e

aprofundamento sobre o assunto. Sugerimos também que professores estimulem seus

alunos para aprofundarem essa análise, considerando que a cada dia essas informações

ficarão mais amigáveis na internet.

Pode-se considerar alguns fundamentos e requisitos, para a escolha de uma

semeadora e ou adubadora de plantio direto facilitando sua seleção à realidade do

produtor:

Característica do produtor

Características da propriedade

Características das semeadoras

Características do fabricante

Características de financiamento

Características de associativismo

Características do produtor – É importante observar seu perfil empresarial, como

a sua disponibilidade de capital, sua credibilidade, sua capacidade administrativa, seu

nível de capacitação, sua disponibilidade de tempo e seu perfil de liderança.

Conclusões lógicas mostram que o produtor deve dar o passo do tamanho de suas

pernas. Faz uma grande diferença, mesmo quando o produtor tem pouco capital, se ele é

talentoso com máquinas agrícolas, é dedicado, tem tempo disponível ou boa capacidade

de liderança.

Um produtor habilidoso e organizado pode trabalhar com máquinas com nível

inferior de qualidade de fabricação, pois estará mais atento a sua manutenção e reparos.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

Podemos assegurar que a diferença de preço das máquinas agrícolas que realizam a

mesma função é muito grande e inclusive nem sempre o maior preço determina a melhor

qualidade. É claro que há recursos tecnológicos em muitas máquinas indispensáveis para

quem deseja permanecer na fronteira da alta produtividade e lucratividade.

Características da propriedade – Claro que devemos destacar o seu tamanho, o

tipo de solo, sua aptidão agrícola, infraestrutura, o sistema de produção adotado, a

localização, disponibilidade de estradas na propriedade e escoamento da produção.

Hoje temos máquinas semeadoras adequadas a diferentes realidades. Para solos

argilosos, a estratégia difere dos mais arenosos, principalmente quanto a escolha dos

rompedores de solo. Nas áreas mais onduladas e terraceadas as máquinas devem ter

menor comprimento longitudinal que nas áreas planas.

Nas grandes propriedades a autonomia das máquinas deve ser adequada ao

rendimento operacional, mas nas propriedades menores o aumento simples de potência

dos tratores deve ser visto com cuidado, principalmente quando se trabalha com uma

semeadora somente, pois mediante sua danificação a confiabilidade fica comprometida.

Da mesma forma deve-se analisar a disponibilidade de mão de obra, procurando sempre

o ponto adequado da eficiência e segurança. A mobilidade das máquinas deve ser

analisada, seja no transporte na propriedade, estradas vicinais e deslocamentos maiores.

Se o produtor usa rotação de culturas com plantas de cobertura de inverno ou na

integração lavoura-pecuária, deve analisar bem as máquinas a disposição. As

multissemeadoras são uma opção, assim como a aquisição de semeadoras de fluxo

contínuo em grupo de produtores e também a adaptação de kits para semear as forrageiras.

O tempo útil disponível para a implantação das culturas tem reduzido, pela

antecipação da semeadura, mudança climática, pragas e doenças mais resistentes,

exigindo parque de máquinas mais eficientes, assim, deve-se analisar detalhadamente o

tamanho das semeadoras adubadoras, sua adequação a potência dos tratores, o uso de

máquinas em comum e sua mantenabilidade.

Características das semeadoras- No capítulo 3, é possível destacar o depoimento

de alguns especialistas alertando da polêmica na escolha de máquinas com maior nível

tecnológico. Deve-se ter claro o foco, que é conseguir uma boa implantação das culturas.

Deve-se analisar com cuidado a escolha de uma nova tecnologia à máquina, pois, com

certeza ela se incorpora no preço. Como exemplo, nem sempre uma semeadora adubadora

apresenta um melhor desempenho por ser maior, possuir sistema pantográfico nas

unidades de semeadura, trabalhar com sistema de distribuição de sementes pneumáticos,

estar inserida na estratégia da agricultura de precisão e outros mais, mas, escolher

conscientemente, decidindo pela real necessidade daquela tecnologia.

Características do fabricante- Não podemos deixar de analisar a confiabilidade

do fabricante. Podemos até comprar uma máquina de qualidade inferior, mas não

comprometedora. Ideal seria que no país houvesse teste de avaliação, como foram os

desenvolvidos nas décadas de 80, 90 e início dos anos 2000, pela EMBRAPA (CNPMS

e CMPT) e IAPAR, certificação ou até de homologação de máquinas, para que o produtor

tivesse realmente referências na definição de sua escolha. No entanto, todas as tentativas

foram esporádicas e pouco efetivas. Assim, para não ficar somente com a opinião do

representante de vendas, devemos nos informar com vizinhos, produtores, operadores de

máquinas, oficinas e trabalhos técnico-científicos disponíveis.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

Um aspecto que pessoalmente acho indispensável é a reposição de peças e até a

assistência técnica. Evitar a aquisição de máquinas de fabricantes ou revendas que não

garantam a reposição de peças em curto prazo de tempo. Um aspecto indispensável,

também, é a entrega técnica, principalmente quando o produtor e ou operadores não estão

acostumados com a nova tecnologia adquirida.

Cuidado com lançamentos, pois, nem na área automobilística estão isentos de

lançar veículos sem riscos de apresentar problemas futuros. Pessoalmente, aguardaria

alguns anos para definir pela escolha de um novo lançamento. Não pode ser esquecido

pelo produtor do prazo de garantia e a credibilidade que a empresa possuí no mercado

quanto a esse aspecto.

Características de financiamento - Se incorporarmos a depreciação das máquinas

no custo de produção da propriedade, quem sabe o susto seria desanimador. A maioria

das empresas agrícolas estacionam na análise da margem bruta, ou seja, a renda bruta

menos os custos variáveis. Sabe-se que nos países desenvolvidos o subsídio agrícola pode

ser até desumano em relação a nossa realidade de países em desenvolvimento. No entanto,

é sabido que o financiamento para investimento, principalmente nas últimas décadas

aliviaram muito a situação de penúria de nossos produtores. Mesmo assim, devemos

incorporar esses custos, pois a situação pode se agravar como ocorrido em certos períodos

(2005 e 2006), assim como, estar sempre atento a oportunidades de financiamentos

oportunos.

Características de associativismo – O céu pode ser o limite na criatividade humana. O

associativismo, mesmo com a tendência de se querer trabalhar isoladamente na linha de

conforto, é uma vantagem imperiosa. Hoje indispensável em todos os sentidos, seja para

obter maior escala de produção, aquisição e uso de máquinas e insumos em comum entre

outras atividades econômicas, sociais e culturais.

A seguir serão apresentados em ordem alfabética os diferentes modelos de

semeadoras para o comércio das indústrias nacionais, disponibilizadas em seus sites em

julho e agosto de 2016.

4.2 A indústria AGCO

É uma empresa americana, que se estabeleceu no ramo de máquinas agrícolas em

1990 com a aquisição da empresa alemã Deutz-Allis Corporation. Em 1993 e 1994

adquiriu a Massey Ferguson e depois outras do mercado internacional, como por

exemplo, em 2002 a Caterpillar, 2004 a Valtra, 2007 a SFIL, esta era uma indústria

brasileira de semeadoras adubadoras de plantio direto sediada em Ibiruba, no estado do

Rio Grande do Sul. Hoje disponibiliza no mercado nacional nas marcas VALTRA e

MASSEY FERGUSON semeadoras adubadoras de precisão, fluxo contínuo e

multissemeadoras voltadas às pequenas, médias e grandes propriedades (Tab. 4.1).

Para pequenas propriedades, disponibiliza os modelos COMPACTA da VALTRA

e a MF 100 e 200 da MASSEY FERGUSON.

A COMPACTA (Fig. 4.1) e a MF 100 são semeadoras adubadoras de precisão

montadas pelo sistema hidráulico do trator, pantográficas nos componentes de semeadura,

com distribuição de sementes com discos alveolados, variando de 2 a 6 linhas espaçadas

de 45 cm (Tab. 4.1). Os discos de corte e hastes ou discos duplo são em zigue zague e as

hastes com sistema de desarme automático. Os reservatórios de fertilizante e sementes

são individualizados por linha, do tipo balde e a distribuição de fertilizante é por rosca

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

transversal. Discos duplos desencontrados para sementes e limitadores de profundidade

com rodas de ferro fundido ou revestidas com borracha e compactadores do tipo roda de

pequeno diâmetro. Pode vir com marcador de linha opcional.

A MF 200 é semeadora adubadora de precisão, mas de arrasto e pantográfica. A

distribuição de sementes é com discos alveolados, variando de 3 a 6 linhas espaçadas de

45 cm (Tab. 4.1). As demais características se assemelham a MF 100.

Para médias propriedades, disponibiliza os modelos HITECH COMPACTA da

VALTRA e a MF 400 da MASSEY FERGUSON.

A HITECH COMPACTA e a MF 400 (Fig. 4.1) são também semeadoras

adubadoras de precisão, mas de arrasto e pivotada nos rompedores frontais (disco de corte

e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de semeadura que pode ser pivotada ou

pantográfica. O sistema pantográfico permite isolar com engate rápido as linhas

transformando-as de soja para milho facilmente. A distribuição de sementes é com discos

alveolados, variando de 5 a 11 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.1). Os discos de corte

e hastes ou discos duplo são em zigue zague e as hastes com sistema de desarme

automático. Os reservatórios de fertilizante são em caixas maiores, e os de sementes,

individualizados do tipo balde. Possui caixa de câmbio para regulagem de sementes e

fertilizante, e a distribuição de fertilizante é por rosca sem fim da marca FERTISYSTEM,

isento de graxeiras. Disco duplo desencontrado para sementes e limitadores de

profundidade com rodas paralelas revestidas com borracha ou inclinadas e compactadores

do tipo roda de pequeno diâmetro ou rodas em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.

Pode ter como opcional roda de controle de profundidade das hastes sulcadoras.

As médias e grandes propriedades podem optar pelos modelos HITECH e

HITECH BP da VALTRA e a MF 500 e MF 500 S da MASSEY FERGUSON.

A HITECH (Fig. 4.1) e a MF 500 são semeadoras adubadoras de precisão de

arrasto e pivotada nos rompedores frontais (disco de corte e haste sulcadora) e na unidade

de semeadura que pode ser pivotada ou pantográfica. O sistema pantográfico permite

isolar com engate rápido as linhas transformando-as de soja para milho facilmente. A

distribuição de sementes é com discos alveolados, ou pneumático da marca

MATERMACC, variando de 6 a 17 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.1). Os rompedores

frontais, assim como as unidades de semeadura são dispostos transversalmente em zigue

zague. Os discos de corte podem ser liso ou duplo desencontrado. Possuem quatro opções

de deposição de fertilizante: Haste fixa; haste com sistema desarme automático; disco

ondulado e disco duplo. Os reservatórios de fertilizante são em caixas maiores de

polietileno, e os de sementes, individualizados do tipo balde, ou opcionalmente com o 30

depósito e pipoqueira. Possui caixa de câmbio para regulagem de sementes e fertilizante,

e a distribuição de fertilizante é por rosca sem fim da marca FERTISYSTEM, isento de

graxeiras. Na transmissão de fertilizante há limitador de torque (fusível). Disco duplo

desencontrado para sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas

revestidas com borracha ou inclinadas e compactadores do tipo roda de pequeno diâmetro

ou rodas em “V”. Opcionalmente pode ter vários modelos de limpa trilhos ou tapa sulco

atrás das hastes sulcadoras. Possui marcador de linha. Pode ter roda de controle de

profundidade das hastes sulcadoras. Possui o monitor de sementes Valtra 400.

Opcionalmente possui o sistema em taxa variável para sementes e fertilizante que pode

seguir o mapa de semeadura e fertilidade. Sistema de acoplamento em tandem até 30

linhas.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

A HITECH BP (Fig. 4.1) e a MF 500 S são semelhantes as anteriores, mas

especializadas somente para a distribuição de sementes (Tab. 4.1). Variam de 8 a 17 linhas

espaçadas de 45 cm. Caracterizam-se por possuir o 30 depósito e pipoqueira na

distribuição de sementes. Possuem quase todos os opcionais da HITECH e a MF 500.

Destaca-se que no catalogo, apesar de distribuir somente sementes, possui os rompedores

frontais com disco de corte e haste sulcadora, apropriados para fertilizantes.

A FRONTIER CFS e MF 700 CFS (Fig. 4.1), indicadas as grandes propriedades,

são semeadoras adubadoras de precisão de arrasto. Pivotada nos rompedores frontais e

pantográfica na unidade de semeadura. A distribuição de sementes é com discos

alveolados, ou pneumático da marca MATERMACC, variando de 11 a 30 linhas

espaçadas de 45 cm (Tab. 4.1). Os rompedores frontais, assim como as unidades de

semeadura são dispostos transversalmente em zigue zague. Os reservatórios de

fertilizante são em caixas maiores de polietileno, e os de sementes com o 30 depósito e

pipoqueira. O transporte das sementes é realizado pneumaticamente à pipoqueira. A

distribuição de fertilizante é por rosca sem fim da marca FERTISYSTEM, isento de

graxeiras. Discos duplos desencontrados para sementes e limitadores de profundidade

com rodas de borracha paralelas ou inclinadas e compactadores do tipo roda de pequeno

diâmetro ou rodas em “V”. Possui o monitor de sementes PM 400. Opcionalmente possui

o sistema em taxa variável para sementes e fertilizante que pode seguir o mapa de

semeadura e fertilidade incorporado ao sistema de agricultura de precisão.

Como semeadoras de fluxo contínuo a AGCO (Tab. 4.1) disponibiliza a FINE e a

MF 300 (Fig. 4.1). São máquinas de arrasto, pivotadas, robustas para o trabalho em taipas

de arroz. Possuem sistema de distribuição de sementes com rotores acanelados

helicoidais, variando de 20 a 26 linhas espaçadas de 17 cm. O sistema de distribuição de

fertilizante possuí dois modelos: rosca sem fim como acionador e rotores dentados;

dosador de precisão FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Caixa de fertilizante e

sementes elevada de aço carbono e caixa opcional para sementes de pastagens. Unidades

de rompedores e semeadura de disco duplo defasado com aros limitadores de

profundidade e rodas compactadoras com dois modelos: angular e convexo. Possui

limitador de torque (fusível) para proteger as transmissões. Opcionalmente pode ter roda

auxiliar longitudinal para transporte da máquina.

Quanto as multissemeadoras, as menores são a MULTIPLE L e MF 600 L (Fig.

4.1). Semelhantes entre si, possuem de 5 a 8 linhas espaçadas de 45 cm quando em

precisão e de 11 a 21 linhas de 17 cm quando em fluxo contínuo (Tab. 4.1). Os depósitos

de fertilizante e de sementes são de polietileno, em posição elevada. Quando em fluxo

contínuo os rompedores de solo são posicionados transversalmente em zigue zague e na

versão em precisão permanecem alinhados e acoplados com sistema de paralelogramo.

Tubos telescópicos conduzem o fertilizante e sementes ao solo, mas na versão em

precisão é montado um sistema de distribuição tipo pipoqueira que recebe as sementes e

dosam com discos alveolados. A máquina possui caixa de câmbio e limitador de torque

na transmissão. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim, marca

FERTISYSTEM, o de sementes em fluxo, com rotores acanelados helicoidais. Na versão

em precisão os rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste sulcadora com

sistema desarme automático ou disco duplo. Opcionalmente com marcador de linha

hidráulico, caixa de sementes miúdas, roda de transporte e hectarímetro digital.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.1 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SAMu) da

AGCO/VALTRA ou AGCO/MASSEY FERGUSSON em julho de 2016. http://www.massey.com.br/produtos/implementos/plantadoras-e-

semeadoras

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE DE

SEMENTES

PESO/

LINHA

kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

COMPACTA

(VALTRA)

SAPTr montada

e pantográfica

2, 3, 4, 5 e 6

45 cm

Discos

alveolados

Balde/gravidade 202 a 260 Zigue zague disco

corte e haste

Alinhados disco

sementes

Rosca transversal

MF 100

(MASSEY

FERGUSON)

SAPTr montada

e pantográfica

2, 3, 4 e 5

45 cm

Discos

alveolados

Balde/gravidade 202 a 260 Zigue zague disco

corte e haste

Alinhados disco

sementes

Rosca transversal

MF 200

(MASSEY

FERGUSON)

SAPTr arrasto

pantográfica

3, 4, 5 e 6

45 cm

Discos

alveolados

Balde/gravidade 237 a 313 Zigue zague disco

corte e haste

Alinhados disco

sementes

Rosca transversal

HI TECH

COMPACTA

(VALTRA)

SAPTr arrasto

pivotada ou

pantográfica

5, 7, 9 e 11

45 cm

Discos

alveolados

Balde/gravidade 318 a 335 Zigue zague disco

corte e haste

Alinhados disco

sementes

Rosca sem fim

MF 400

(MASSEY

FERGUSON)

SAPTr arrasto

pivotada ou

pantográfica

5, 7, 9 e 11

45 cm

Discos

alveolados

Balde/gravidade 318 a 335 Zigue zague disco

corte e haste

Alinhados disco

sementes

Rosca sem fim

HITECH

(VALTRA)

SAPTr arrasto

pivotada ou

pantográfica -

tandem, taxa

variável

6, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 15 e

17

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumática

Balde ou 30 depósito

e pipoqueira/gravidade

329 a 385 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

MF 500 SPTr arrasto

pantográfica -

6, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 15 e

17

Discos

alveolados ou

pneumática

Balde ou 30 depósito

e pipoqueira/gravidade

329 a 385 Zigue zague disco

corte e haste

Rosca sem fim

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

(MASSEY

FERGUSON)

tandem, taxa

variável

45 cm Zigue zague disco

sementes

HITECH BP

(VALTRA)

SPTr arrasto

pantográfica -

tandem, taxa

variável

8, 9, 10, 11, 12, 13, 15 e 17

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumática

30 depósito e

pipoqueira/gravidade

- Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

-

MF 500 S

(MASSEY

FERGUSON)

SPTr arrasto

pantográfica -

tandem, taxa

variável

8, 9, 10, 11, 12, 13, 15 e 17

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumática

30 depósito e

pipoqueira/gravidade

- Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

-

FRONTIER CFS

(VALTRA)

SAPTr arrasto

pantográfica,

taxa variável

11, 13, 15, 22, 26 e 30

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumática

30 depósito e

pipoqueira/pneumatico 545 a 631 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

MF 700 CFS

(MASSEY

FERGUSON)

SAPTr arrasto

pantográfica,

taxa variável

11, 13, 15, 22, 26 e 30

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumática

30 depósito e

pipoqueira/pneumático 545 a 631 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

FINE

(VALTRA)

SAFTr arrasto

pivotada

arrozeira

20, 22 e 26

17 cm

Rotor acanelado

helicoidal

Depósito

elevado/gravidade

184 a 194 Alinhados disco

fertilizante/sementes Rotores fundidos

ou rosca sem fim

MF 300

(MASSEY

FERGUSON)

SAFTr arrasto

pivolada

arrozeira

20, 22 e 26

17 cm

Rotor acanelado

helicoidal

Depósito

elevado/gravidade

184 a 194 Alinhados disco

fertilizante/sementes Rotores fundidos

ou rosca sem fim

MULTIPLE L

(VALTRA)

SAMuTr arrasto

pivotada

11, 13, 15, 17 e 21 - 17 cm

5, 7 e 8 - 45 cm

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

30 depósito e

pipoqueira/gravidade 153 a 194

371 a 428

Zigue zague disco

fertilizante/sementes

Rosca sem fim

MF 600 L

(MASSEY

FERGUSON)

SAMuTr arrasto

pivotada

11, 13, 15, 17 e 21 - 17 cm

5, 7 e 8 - 45 cm

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

30 depósito e

pipoqueira/gravidade 153 a 194

371 a 428

Zigue zague disco

fertilizante/sementes

Rosca sem fim

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

MULTIPLE M

(VALTRA)

SAMuTr arrasto

pantográfica

23, 25, 27 e 29 - 17 cm

9 e 11 - 45 cm

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

30 depósito e

pipoqueira/gravidade 164 a 189

456 a 464

Zigue zague disco

fertilizante/sementes

Rosca sem fim

MF 600 M

(MASSEY

FERGUSON)

SAMuTr arrasto

pantográfica

23, 25, 27 e 29 - 17 cm

9 e 11 - 45 cm

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

30 depósito e

pipoqueira/gravidade 164 a 189

456 a 464

Zigue zague disco

fertilizante/sementes

Rosca sem fim

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

COMPACTA MF 400 HITECH

FRONTIER CFS HITECH BP MF 700CFS

MF 300 MULTPLE M MF 600 L

Figura 4.1 Semeadoras adubadoras da indústria AGCO/MASSEY FERGUSON e

AGCO/VALTRA. http://www.massey.com.br/produtos/implementos/plantadoras-e-

semeadoras. http://www.valtra.com.br/produtos/implementos/plantadoras.

http://www.valtra.com.br/produtos/implementos/semeadoras.

A multissemeadora MULTIPLE M (Fig. 4.1) e a MF 600 M, também semelhantes,

possuem de 9 e 11 linhas espaçadas de 45 cm e de 23 a 29 linhas de 17 cm (Tab. 4.1).

Possuem dois conjuntos de depósitos de polietileno para sementes e fertilizante que

podem ser alternados. Os rompedores de solo são posicionados transversalmente em

zigue zague nas versões em fluxo contínuo e precisão, este acoplado com sistema de

paralelogramo. Mangueiras sanfonadas conduzem o fertilizante e sementes ao solo, mas

na versão em precisão é montado um sistema de distribuição tipo pipoqueira que recebe

as sementes e dosam com discos alveolados. A máquina possui caixa de câmbio e

limitador de torque na transmissão. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca

sem fim, marca FERTISYSTEM, o de sementes em fluxo, com rotores acanelados

helicoidais. Na versão em precisão os rompedores de solo constituem-se de disco de corte

e haste sulcadora com sistema desarme automático ou disco duplo. Opcionalmente com

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

marcador de linha, caixa de sementes miúdas, roda de transporte, roda limitadora de

profundidade da haste sulcadora e hectarímetro digital.

4.3 A indústria BALDAN

Sediada no município de Matão no estado de São Paulo desde 1928 é tradicional

fabricante de várias máquinas e implementos agrícolas apresenta hoje 34 modelos de

semeadoras adubadoras mecanizadas para o SPD (Tab. 4.2). Constituem-se de 20

semeadoras adubadoras de precisão, 3 semeadoras de precisão, 10 semeadoras de fluxo

contínuo e uma multissemeadora. Além disso, disponibilizam em seus modelos,

diferentes números de unidades de semeaduras (linhas) que superam uma centena de

modelos na sua linha de produção.

Das 20 semeadoras adubadoras de precisão, as mais apropriadas as propriedades

de pequeno porte, são apresentadas a seguir:

Modelos montados no sistema de levantamento hidráulico do trator são: PLB

directa, PLB directa air, a NSH nano, SEHA e SP light (Tab.4. 2).

Os modelos de arrasto são: a NSA nano, SLA precision, SLA precision air (Tab.

4.2).

Observa-se que o número de linhas varia de 2 a 8 e dentro de cada modelo pode-

se encontrar o sistema de distribuição de sementes com discos alveolados (mecânico) ou

pneumático (à vácuo) e também os modelos com unidade de semeadura pivotada ou

pantográfica (flex).

O modelo PLB directa (Fig. 4.2) e PLB directa air, são semeadoras adubadoras de

precisão montadas pelo sistema hidráulico do trator, linhas pantográficas acopladas em

uma barra porta ferramenta. A distribuição de sementes é com discos alveolados e

pneumática respectivamente, variando de 2 a 6 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.2). Os

discos de corte e hastes são alinhados. Os reservatórios de fertilizante e sementes são

individualizados por linha, do tipo balde e a distribuição de fertilizante é por rosca sem

fim transversal. Disco duplo desencontrado para sementes e rodas com maior diâmetro

de ferro fundido ou borracha como compactadores e acionadoras do mecanismo de

transmissão. Marcador de linha manual.

As semeadoras NSH nano (Fig. 4.2) e NSA nano são também semeadoras

adubadoras de precisão, hidráulica e de arrasto respetivamente. São pivotadas nos

rompedores frontais (disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de

semeadura e ambas alinhadas transversalmente. A distribuição de sementes é com discos

alveolados, variando de 3 a 6 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.2). Os reservatórios de

fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno, e os de sementes,

individualizados do tipo balde. Possui painel de graxeiras para facilitar a lubrificação.

Discos duplos desencontrados para sementes e limitadores de profundidade com rodas de

borracha inclinadas e compactadores de quatro tipos: roda de pequeno diâmetro lisa,

convexa e côncava e, rodas em “V”. Opcionalmente pode ter marcador de linha

hidráulico.

A semeadora SP light é de precisão, hidráulica, pivotada nos rompedores frontais

(disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de semeadura e ambas

alinhadas transversalmente. A distribuição de sementes é com discos alveolados, com 5

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

e 6 linhas espaçadas de 45 e 50 cm respectivamente (Tab. 4.2). Os reservatórios de

fertilizante são em caixas maiores elevadas de aço carbono, e os de sementes,

individualizados do tipo balde. Possui caixa de engrenagem tipo speed box para

regulagem de sementes e fertilizante. Disco duplo desencontrado para sementes e

limitadores de profundidade com rodas de borracha inclinadas e compactadores tipo rodas

em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.

A semeadora SEHA é de precisão, hidráulica, pivotada nos rompedores frontais

(disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de semeadura e ambas

alinhadas transversalmente. A distribuição de sementes é pneumática à vácuo, com 4

linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.2). Os reservatórios de fertilizante são em caixas

maiores elevadas de polietileno, e os de sementes, individualizado do tipo balde. Possui

caixa de câmbio para regulagem de sementes e fertilizante. Discos duplos desencontrados

para sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas revestidas com borracha

e compactadores tipo rodas em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.

As semeadoras SLA precision e SLA precision air (Fig. 4.2) são de precisão, de

arrasto, pivotada nos rompedores frontais (disco de corte e haste sulcadora ou disco

duplo) e na unidade de semeadura e, ambas alinhadas transversalmente. A distribuição

de sementes é com discos alveolados e pneumático respectivamente, com 5 e 7 linhas

espaçadas de 45 cm (Tab. 4.2). Os reservatórios de fertilizante são em caixas maiores

elevadas de polietileno, e os de sementes, individualizados do tipo balde. Possui caixa de

engrenagem tipo speed box para regulagem de sementes e fertilizante e painel de

graxeiras para facilitar a lubrificação. Discos duplos desencontrados para sementes e

limitadores de profundidade com rodas de borracha paralelas e compactadores tipo rodas

em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.

Para as médias propriedades as opções variam de 7 a 9 linhas espaçadas de 45 cm.

A BALDAN disponibiliza os modelos SPE Top line, SPE Top line flex, SPE Top line

flex air (Tab. 4.2).

As semeadoras SPE top line, SPE top line flex e SPE top line flex air (Fig. 4.2)

são de precisão, de arrasto, pivotada nos rompedores frontais (disco de corte e haste

sulcadora ou disco duplo) e na unidade de semeadura. Pivotada no modelo top line e

pantográfica nos modelos flex. As três são dispostas em zigue zague transversalmente. A

distribuição de sementes é com discos alveolados e pneumático respectivamente, com 7

e 9 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.2). Os reservatórios de fertilizante são em caixas

maiores elevadas de polietileno, e os de sementes, individualizados do tipo balde. Possui

caixa de engrenagem tipo speed box para regulagem de sementes e fertilizante e painel

de graxeiras para facilitar a lubrificação. Discos duplos desencontrados para sementes e

limitadores de profundidade com rodas de borracha paralelas e compactadores tipo rodas

em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.

Para as médias e grandes propriedades as opções são até mais numerosas variando

de 7 a 21 linhas espaçadas de 45 cm. A BALDAN disponibiliza os modelos PP SOLO,

SP GRAFIC, SPA MEGA e a SP TOPOGRAFIC.

A PP SOLO (Tab. 4.2) mais tradicional criada em meados da década de 90 possuí

hoje os modelos: PP SOLO CX3, PP SOLO speed box, PP SOLO speed box 30 depósito

(Fig. 4.2) e PP SOLO speed box air (Fig. 4.2). São semeadoras de precisão, de arrasto,

pivotadas com sistema de distribuição de sementes mecânico com discos alveolados, com

exceção do modelo air que é pneumático. As quatro possuem rompedores frontais (disco

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de semeadura dispostas em zigue

zague transversalmente. A PP SOLO CX3 possui caixa de engrenagem com 62 opções

para distribuição de fertilizante, sementes e calcário/micronutrientes. Os demais modelos

usam o sistema de speed box, também com 62 opções de troca rápida de velocidade das

engrenagens. A PP SOLO com o 30 depósito se diferencia pelo fato das sementes fluírem

do depósito maior para pequenos depósitos (pipoqueira) em cada unidade de semeadura.

Os reservatórios de fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno ou aço inox,

e os de sementes, individualizados do tipo balde. Possui painel de graxeiras para facilitar

a lubrificação. Discos duplos desencontrados para sementes e limitadores de

profundidade com rodas paralelas revestidas com borracha e compactadores tipo rodas

em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.

O modelo SP GRAFIC (Tab. 4.2) surgiu em meados dos anos 2000, com três

modelos disponíveis hoje: SP GRAFIC flex speed box, diferindo da PP SOLO por possuir

o sistema pantográfico em vez do pivotado. O SP GRAFIC flex speed box 30 depósito já

possui o depósito menor (pipoqueira) e a SP GRAFIC flex speed box air (Fig. 4.2) usa o

sistema de distribuição de sementes pneumático. A SP GRAFIC são semeadoras de

precisão, de arrasto, com sistema de distribuição de sementes mecânico com discos

alveolados, com exceção do modelo air que é pneumático. As três possuem rompedores

frontais (disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de semeadura

dispostas em zigue zague transversalmente. Usam o sistema de speed box com 62 opções

de troca rápida de velocidade das engrenagens. Os reservatórios de fertilizante são em

caixas maiores elevadas de polietileno, e os de sementes, individualizados do tipo balde.

Possui painel de graxeiras para facilitar a lubrificação. Discos duplos desencontrados para

sementes e limitadores de profundidade com rodas de borracha paralelas e compactadores

tipo rodas em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.

A SPA MEGA (Tab. 4.2) também apresenta três modelos: SPA MEGA flex speed

box (Fig. 4.2), possuindo, também, o sistema pantográfico como SP GRAFIC. A SPA

MEGA flex speed box 30 depósito que possui o depósito menor (pipoqueira) e a SPA

MEGA flex speed box air usa o sistema de distribuição de sementes pneumático. Possuem

de 7 a 13 linhas de 45 cm de espaçamento (Tab. 4.2). Possuí pouca diferença da SP

GRAFIC.

Com objetivo de aumentar o porte e trabalhar em áreas com terraços de base larga

há o modelo SP TOPOGRAFIC (Fig. 4.3). Trata-se de uma semeadora adubadora de

arrasto, pantográfica e pneumática. Possui o 30 depósito de sementes e o depósito menor

(pipoqueira) tem uma composição de várias máquinas unidas por uma articulação lateral,

podendo atingir de 11 a 21 linhas de 45 cm de espaçamento (Tab. 4.3). Possui as

características gerais da SP GRAFIC.

Os modelos SP GIGA D speed box e SP GIGA D speed box air (Fig. 4.3) são

somente semeadoras, sem possuir o sistema de distribuição de fertilizante estando

disponíveis nos tamanhos com 22, 30, 34 e 42 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.2).

Possui as características gerais da SP GRAFIC, sem o sistema de fertilizante.

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93

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.2 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SAMu) da BALDAN em

julho de 2016. http://www.baldan.com.br/conteudos/plantadeiras.html. http://www.baldan.com.br/conteudos/semeadeiras.html.

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE

DE SEMENTES

PESO POR

LINHA kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

PLB directa SAPTr

montada

pivotada

4, 5 e 6

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 169 a 191 Alinhados disco de

corte, haste e disco

de sementes

Rosca sem fim

PLB directa air SAPTr

montada

pivotada

4, 5 e 6

45 cm

Pneumática Balde/gravidade 169 a 191 Alinhados disco de

corte, haste e disco

de sementes

Rosca sem fim

NSH Nano semeadora

hidráulica

SAPTr

montada

pivotada

3, 5, 6

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade - Alinhados disco de

corte, haste e disco

de sementes

Rosca sem fim

NSA Nano semeadora

arrasto

SAPTr

arrasto

pivotada

3, 5, 6

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 200 a 233 Alinhados disco de

corte, haste e disco

de sementes

Rosca sem fim

SEHA semeadora

hidráulica

SAPTr

montada

pivotada

4

45 cm

Pneumática Balde/gravidade 387 Alinhados disco de

corte, haste e disco

de sementes

Rosca sem fim

SLA precision - speed

box

SAPTr

arrasto

pivotada

5 e 7

45 cm

Discos

alveolados

Balde/gravidade 379 e 407 Alinhados disco de

corte, haste e disco

de sementes

Rosca sem fim

SLA precision air-

speed box

SAPTr

arrasto

pivotada

5 e 7

45 cm

Pneumática Balde/gravidade 379 e 407 Alinhados disco de

corte, haste e disco

de sementes

Rosca sem fim

SP Light SAPTr

montada

pivotada

5 e 6

45 e 50 cm

Discos

alveolados

Balde/gravidade 250 e 256 Alinhados disco de

corte, haste e disco

de sementes

Rosca sem fim

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94

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

SPE Top line – speed

box

SAPTr

arrasto

pantografica

7 e 9

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 333 e 342 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

SPE Top line flex –

speed box

SAPTr

arrasto

pivotada

7 e 9

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 333 e 342 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

SPE Top line air –

speed box

SAPTr

arrasto

pivotada

7 e 9

45 cm

Pneumática Balde/gravidade 333 e 342 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

PP SOLO CX3 SAPTr

arrasto

pivotada

8, 10, 12, 13, 15 e 17

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 400 a 520 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

PP SOLO speed box SAPTr

arrasto

pivotada

8, 10, 12, 13, 15 e 17

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 400 a 520 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

PP SOLO speed box 30

deposito

SAPTr

arrasto

pivotada

8, 10, 12, 13, 15 e 17

45 cm

Discos

alveolados 30 depósito e

pipoqueira/gravid

ade

481 a 586 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

PP SOLO speed box

air

SAPTr

arrasto

pivotada

8, 10, 12, 13, 15 e 17

45 cm

Pneumática Balde/gravidade 400 a 520 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

SP GRAFIC flex –

speed box

SAPTr

arrasto

pantografica

8, 10, 12, 13, 15 e 17

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 469 a 586 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

SP GRAFIC flex –

speed box 30 deposito

SAPTr

arrasto

pantografica

8, 10, 12, 13, 15 e 17

45 cm

Discos

alveolados 30 depósito e

pipoqueira/gravid

ade

431 a 547 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

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95

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

SP GRAFIC flex –

speed box - air

SAPTr

arrasto

pantografica

8, 10, 12, 13, 15 e 17

45 cm

Pneumática Balde/gravidade 469 a 586 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

SPA Mega flex –

speed box

SAPTr

arrasto

pantografica

7, 8, 9, 11 e 13

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 475 a 590 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

SPA Mega flex –

speed box - 30

deposito

SAPTr

arrasto

pantografica

7, 8, 9, 11 e 13

45 cm

Discos

alveolados 30 depósito e

pipoqueira/gravid

ade

503 a 626 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

SPA Mega flex –

speed box - air

SAPTr

arrasto

pantografica

7, 8, 9, 11 e 13

45 cm

Pneumática Balde/gravidade 475 a 590 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

SP TOPOGRAFIC SAPTr

arrasto

pantografica

11, 13, 15, 17 e 21

45 cm

Pneumática 30 depósito e

pipoqueira/gravid

ade

476 a 596 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

SP GIGA D – speed

box

SPTr arrasto

pantografica

22, 30, 34 e 42 Discos

alveolados 30 depósito e

pipoqueira/gravid

ade

468 a 523 Zigue zague disco

sementes

-

SP GIGA D – speed

box - air

SPTr arrasto

pantografica

22, 30, 34 e 42 Pneumática 30 depósito e

pipoqueira/gravid

ade

468 a 523 Zigue zague disco

sementes

-

SHB SAFTr

montada

pivotada

11, 13, 15 e 17

17 cm

Rotores

helicoidais

Depósito

elevado/gravidad

e

85 a 103

Zigue zague disco

fertilizante/sementes Rosca transversal

SHBE-H SAFTr

montada

pivotada

13, 15 e 17

17 cm

Rotores

helicoidais

Depósito

elevado/gravidad

e

86 a 98 Zigue zague disco

fertilizante/sementes

Rosca sem fim

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96

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

SAB SAFTr

arrasto

pivotada

11, 13, 15 e 17

17 cm

Rotores

helicoidais

Depósito

elevado/gravidad

e

76 a 90 Zigue zague disco

fertilizante/sementes

Rosca transversal

SPD SAFTr

arrasto

pivotada

16, 20 e 24

17 cm

Rotores

helicoidais Depósito

elevado/gravidad

e

176 a 213 Alinhados disco

fertilizante/sementes

Rosca transversal

SPDe SAFTr

arrasto

pivotada

16, 20 e 24

17 cm

Rotores

helicoidais Depósito

elevado/gravidad

e

176 a 213 Alinhados disco

fertilizante/sementes

Rosca sem fim

SPDe CXP SAFTr

arrasto

pivotada

16, 20 e 24

17 cm

Rotores

helicoidais

(arrozeira)

Depósito

elevado/gravidad

e

177 a 214 Zigue zague disco

fertilizante/sementes

Rosca sem fim

SPDe-A SAFTr

arrasto

pivotada

32

17 cm

Rotores

helicoidais

(arrozeira)

Depósito

elevado/gravidad

e

234 Zigue zague disco

fertilizante/sementes

Rosca sem fim

SPDe-T SAFTr

arrasto

pivotada

16, 20 e 24

17 cm

Rotores

helicoidais

(arrozeira)

Depósito

elevado/gravidad

e

221 a 224 Zigue zague disco

fertilizante/sementes

Rosca sem fim

SA SAFTr

arrasto

pivotada

16, 20 e 24

17 cm

Rotores

helicoidais

Depósito

elevado/gravidad

e

83 a 98 Zigue zague disco

fertilizante/sementes

Rosca transversal

SMB SAMuTr

arrasto

pivotada

21, 25, 29 (16,5 cm)

8, 9, 11 (45 cm)

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

30 depósito e

pipoqueira/gravid

ade

214 a 245

614 a 697

Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca transversal

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97

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

PLB directa NSH Nano SLA precision air SPE top line flex air

PP SOLO 30 depósito PP SOLO air SP GRAFIC flex air SPA MEGA flex 30 depósito

Figura 4.2 Semeadoras adubadoras de precisão da indústria BALDAN. Site da BALDAN.

http://www.baldan.com.br/conteudos/plantadeiras.html.

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98

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

.

SP

TOPOGRAFIC SP GIGA D air SPD SPDe A

SA SAB SHBE-H SMB multipla

Figura 4.3 Semeadoras e ou adubadoras de precisão, de fluxo contínuo e multissemeadora da indústria BALDAN.

http://www.baldan.com.br/conteudos/plantadeiras.html. http://www.baldan.com.br/conteudos/semeadeiras.html.

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99

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

Quanto as semeadoras adubadoras de fluxo contínuo a fábrica disponibiliza hoje

9 modelos, que variam de 11 a 24 linhas espaçadas de 17 cm. São dois modelos montados

no hidráulico do trator (SHB e SHBE-H), variando de 11 a 17 linhas na SHB e 13 a 17

linhas na SHBE-H com 17 cm de espaçamento.

A SHB e SHBE-H (Fig. 4.3) possuem os discos duplos desencontrados em zigue

zague, com anéis limitadores de profundidade, linhas pivotadas em um eixo, depósitos de

sementes e fertilizante de aço carbono e, sistema de distribuição de sementes com rotores

acanelados helicoidais. O sistema de distribuição de fertilizante da SHB é com rosca

transversal flutuante e da SHBE-H com rosca sem fim (Tab. 4.2). A SHB possui

aterradores do tipo argolas, mas poder opcionalmente usar três outros modelos de

aterradores, com rodas de pequeno diâmetro de borracha lisa, côncava e convexa.

ASHBE-H os aterradores são de roda de ferro. Ambas têm também como opcionais, caixa

para sementes de pastagem, sistema agitador de sementes e marcadores de linha manuais.

Os modelos de arrasto são: SAB, com 11 a 17 linhas (Fig. 4.3); a SA (Fig. 4.3),

SPD (Fig. 4.3), SPDe, SPDe CXP e SPDe-T, todas com 16 a 24 linhas espaçadas de 17

cm e a SPDe-A de 32 linhas (Fig. 4.3). Utilizam o sistema de distribuição de sementes

com rotores acanelados helicoidais sem exceção. Como pode ser observado na tabela 4.3,

os modelos SPDe CXP, SPDe-A (Fig 4.3) e SPDe-T são apropriados para o trabalho em

áreas arrozeiras. O modelo SAB é semelhante a SHB hidráulica, mas no modelo de

arrasto.

As a SPD, SPDe, SPDe CXP, SPDe-T e SPDe-A possuem linhas pivotadas com

o sistema triplo disco, ou seja, disco de corte a frente e disco duplo atrás. Nas duas

primeiras os discos são alinhados transversalmente e nas demais em zigue zague. A SA é

máquina mais leve e usa somente disco duplo para abertura de sulco e deposição de

fertilizante e sementes. Os depósitos de sementes e fertilizante de aço carbono ou aço

inox e, o sistema de distribuição de sementes com rotores acanelados helicoidais. O

sistema de distribuição de fertilizante da SA e SPD é espiral flutuante transversal e as

demais com rosca sem fim (Tab. 4.2). Todas usam o sistema de speed box com 62 opções

de troca rápida de velocidade das engrenagens. Os aterradores são de ferro e podem

opcionalmente usar rodas em “V” e os três outros modelos: com rodas de pequeno

diâmetro de borracha lisa, côncava e convexa. Têm também como opcionais, disco de

corte corrugado, caixa para sementes de pastagem, sistema agitador de sementes,

hectarímetro e marcadores de linha hidráulico.

A SPD pode trabalhar opcionalmente como multissemeadora, pois é possível

introduzir linha completa de rompedores e pipoqueira para distribuição de sementes em

precisão. A partir da SPDe acompanha opcionalmente sistema de rodado para transporte

longitudinal da máquina. Os modelos SPDe-A e SPDe-T são reforçadas, com rodados

especiais para o trabalho rústico em taipas de arroz.

O modelo SMB (Fig. 4.3) é uma semeadora adubadora múltipla. Esta máquina

quando montada na composição para semeadura em fluxo contínuo, tem com opções 21,

25 e 29 linhas de 16,5 cm e quando para semeadura em precisão 8, 9 e 11 linhas de 45 cm

de espaçamento, respectivamente (Tab. 4.2). Possui dois conjuntos de depósitos de aço

carbono para sementes e fertilizante que podem ser alternados. Os rompedores de solo

são posicionados transversalmente em zigue zague nas versões em fluxo contínuo e

precisão, este acoplado com sistema de paralelogramo. Mangueiras telescópicas

conduzem o fertilizante e sementes ao solo, mas na versão em precisão é montado um

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

sistema de distribuição tipo pipoqueira que recebe as sementes e dosam com discos

alveolados. A máquina possui o sistema de speed box com 62 opções de troca rápida de

velocidade das engrenagens. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim,

o de sementes em fluxo, com rotores acanelados helicoidais. Na versão em precisão os

rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo com

sistema desarme-arme. Opcionalmente com marcador de linha, caixa de sementes

miúdas, agitador de sementes, caixa de aço inox e hectarímetro digital.

4.4 A indústria CASE, sediada em vários estados brasileiros (PR, MG e SP),

multinacional americana desde 1842, tradicional fabricante de tratores, colhedoras e

várias máquinas e implementos agrícolas apresenta hoje a semeadora adubadora de

precisão Easy Riser (Tab. 4.3) apropriada à grandes propriedades. Esse modelo a décadas

utilizado principalmente nos Estados Unidos e Europa, foi introduzido no Brasil depois

dos anos 2000, trazendo como novidade uma caixa central de sementes com grande

autonomia, às quais, são transportadas com fluxo de ar as unidades de semeadura (linhas),

que posteriormente são dosadas e distribuídas pelo sistema pneumático (Fig. 4.4) próprio

da CASE IH (Advance seed meter). O dosador de fertilizante é o de rosca sem fim da

marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Os rompedores de solo frontais e os de

semeadura são dispostos transversalmente em zigue zague. As rodas de controle de

profundidade são paralelas e as compactadoras com rodas em “V”.

Com a associação à indústria SEMEATO, passa também, a oferecer o modelo Sol

Tower como semeadora adubadora de precisão, a semeadora adubadora de fluxo contínuo

TDMG e a multissemeadora SHM e SSM com algumas de suas características

apresentadas na tabela 4.3 e mais detalhadas na apresentação das máquinas da

SEMEATO.

Figura 4.4 – Semeadora adubadora de precisão Easy River da CASE. Site da CASE.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.3 – Modelos de semeadoras de precisão, fluxo contínuo e multissemeadora da CASE em julho de 2016. https://www.caseih.com/latam/pt-

br/products/plantadeiras

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE DE

SEMENTES

PESO POR

LINHA kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

Easy Riser SAPTr arrasto

pantográfica,taxa

variável

11, 13, 15, 17, 19 e 24

45 cm

Pneumática Depósito central e

pipoqueira/pneumático - Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

Sol Tower SAPTr

arrasto

pantográfica

7 a 40

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 443 a 875

Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

Sol Tower SAPTr arrasto

pantográfica

7 a 40

45 cm

Pneumática Balde/gravidade 443 a 875

Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

TDNG SAFTr arrasto

pivotada

20 a 30

17 cm

Rotores

helicoidais Depósito

elevado/gravidade

228 a 238 Alinhados disco

fertilizante/sementes

Rosca sem fim

SHM/SSM SAMuTr arrasto

pivotada

11 a 33 (17 cm)

3 a 13 (45 cm)

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

30 depósito e

pipoqueira/gravidade - Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca transversal

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

4.5 A indústria FANKHAUSER, sediada no município de Tuparendi no

estado do Rio Grande do Sul desde 1948, também, tradicional fabricante de várias

máquinas e implementos agrícolas apresenta hoje 9 modelos de semeadoras adubadoras

mecanizadas para o SPD (Tab. 4.4). Constituem-se de 5 semeadoras adubadoras de

precisão, 2 semeadoras de fluxo contínuo e duas multissemeadoras. Além disso,

disponibilizam em seus modelos, diferentes números de unidades de semeaduras (linhas).

A semeadora adubadora de precisão 4005 (Fig. 4.5) pode ser de arrasto ou

montada no hidráulico do trator, conferindo grande versatilidade em manobras em áreas

de pequenas propriedades. Como todas as semeadoras de precisão da FANKHAUSER

utiliza o sistema pantográfico. Usa como sistema de distribuição de sementes os discos

aveolados e disponibiliza de 5 a 7 linhas espaçadas de 45 cm. Os discos de corte e hastes

ou disco duplo, assim como, os discos de semeadura são alinhados (Tab. 4.4). Os

reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno elevados na estrutura da

máquina e os de sementes individualizados por linha, do tipo balde. A distribuição de

fertilizante é por rosca sem fim. Discos duplos para sementes e limitadores de

profundidade com rodas de ferro estampada, inclinada.

A 5030 muito difundida entre os produtores desde o início da década de 90 é uma

semeadora adubadora de precisão de arrasto, pantográfica, com distribuição de sementes

através de discos alveolados (Fig. 4.5). Máquina compacta, apropriada para trabalhos em

terrenos planos e ondulados e com rompedores de solo com disco de corte e haste

sulcadora estreita ou disco duplo defasado. É disponibilizada ao comércio com 6 a 13

linhas espaçadas de 45 cm. Possui rompedores frontais (disco de corte e haste sulcadora

ou disco duplo) em zigue zague e na unidade de semeadura alinhados transversalmente

(Tab. 4.4). Possui caixa de engrenagem para regulagem na distribuição de fertilizante e

sementes. Os reservatórios de fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno,

e os de sementes, individualizados do tipo balde. Disco duplo para sementes e limitadores

de profundidade com rodas paralelas revestidas com borracha e compactadores tipo rodas

em “V”. Pode opcionalmente ter marcador de linha e sistema de taxa variável.

O modelo 5045 (Fig. 4.5), destaca-se pela maior robustez que a 5030, sendo

disponibilizada com 9 a 17 e com o uso de cabeçalho auxiliar pode chegar a 34 linhas

espaçadas de 45 cm. São semeadoras de precisão, de arrasto, com sistema de distribuição

de sementes mecânico com discos alveolados, ou opcionalmente pneumático. Possui

rompedores frontais (disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de

semeadura dispostas em zigue zague transversalmente (Tab. 4.4). Possui caixa de câmbio.

Os reservatórios de fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno, e os de

sementes, individualizados do tipo balde. Disco duplo defasado para sementes e

limitadores de profundidade com rodas de borracha paralelas e compactadores tipo rodas

em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.

O mesmo pode-se dizer da 5046 (Tab. 4.4) quanto ao uso do cabeçalho,

semelhante a 5045, mas com o 30 depósito e pipoqueira, o sistema de distribuição de

sementes é com discos alveolados ou pneumática (Fig. 4.5). Pode ser transformada em

uma máquina somente para semear.

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103

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.4 – Modelos de semeadoras de precisão, fluxo contínuo e multissemeadora da FANKHAUSER em julho de 2016.

http://fankhauser.com.br/categoria-produto/plantadoras-adubadoras/. http://fankhauser.com.br/categoria-produto/multiplantadoras/.

http://fankhauser.com.br/categoria-produto/semeadoras-adubadoras/.

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE

DE SEMENTES

PESO POR

LINHA kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

4005 SAPTr

arrasto ou

montada

pantográfica

5, 6 e 7

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 221 a 238 Alinhados disco

de corte, haste e

disco de sementes

Rosca sem fim

5030 SAPTr

arrasto

pantográfica

, taxa

variável

6, 7, 9, 11 e 13

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 336 a 384 Zigue zague disco

corte e haste

Alinhado disco

sementes

Rosca sem fim

5045

SAPTr

arrasto

pantográfica

, tandem

9, 11, 13, 15 e 17

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumática

Balde/gravidade 376 a 481 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

5046

SAPTr

arrasto

pantográfica

, tandem

9, 11, 13, 15 e 17

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumática

30 depósito e

pipoqueira/gravid

ade

401 a 499 Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

5056 SAPTr

arrasto

pantográfica

, taxa

variável

20, 24, 26 e 30

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumática

30 depósito e

pipoqueira/gravid

ade

- Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

2100 H arrozeira SAFTr

montada

pivotada

12, 15 e 18

17 cm

Rotores

helicoidais Depósito

elevado/gravidad

e

94 a 101 Alinhados disco

fertilizante/semen

tes

Rosca sem fim

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104

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

F 3100 SAFTr

arrasto

pivotada

15, 20, 22, 26 e 32

17 cm

Rotores

helicoidais Depósito

elevado/gravidad

e

137 a 162 Zigue zague disco

fertilizante/semen

tes

Rosca sem fim

MULTIPLANTADORA

Linha 2100

SAMuTr

arrasto

pantográfica

12 e 22 (17 cm)

5 e 8 (45 cm)

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

30 depósito e

pipoqueira/gravid

ade

119 a 122

301 a 318

Alinhados disco

corte e haste

Alinhados disco

sementes

Rosca sem fim

FM 3090 SAMuTr

arrasto

pantográfica

23 e 27 (17 cm)

9 e 11 (45 cm)

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

30 depósito e

pipoqueira/gravid

ade

186 a 214

455 a 500

Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

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105

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

O modelo 5056 (Fig. 4.5), é uma máquina robusta, disponibilizada com 20 a 30

linhas espaçadas de 45 cm. São semeadoras de precisão, de arrasto, com sistema de

distribuição de sementes mecânico com discos alveolados, ou opcionalmente pneumático.

Possui rompedores frontais (disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade

de semeadura dispostas em zigue zague transversalmente (Tab. 4.4). Usam o sistema de

caixa de engrenagens. Os reservatórios de fertilizante e sementes são em caixas maiores

elevadas de polietileno, as sementes são conduzidas por gravidade às pipoqueiras onde

são distribuídas ao solo. Disco duplo defasado para sementes e limitadores de

profundidade com rodas paralelas revestidas com borracha e compactadores tipo rodas

em “V”. Possui marcador de linha, sistema de rodados para transporte longitudinal. Como

opcional pode ser integrada ao sistema de agricultura de precisão com taxa variável.

Quanto as semeadoras adubadoras de fluxo contínuo a fábrica disponibiliza hoje

2 modelos (2100 H arrozeira e F 3100), que variam de 12 a 32 linhas espaçadas de 17 cm.

A semeadora adubadora em fluxo contínuo 2100 H arrozeira é montada no trator

conferindo sua versatilidade no trabalho em áreas arrozeiras. E disponibilizada de 12 a

18 linhas (Fig. 4.5). Possui linhas pivotadas com disco duplo defasado. Os discos são

alinhados transversalmente. Rodados de transmissão traseiro. Os depósitos de sementes

e fertilizante de aço carbono, o sistema de distribuição de sementes com rotores

acanelados helicoidais. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim (Tab.

4.4). Os aterradores/compactadores são com rodas de ferro. Têm também como

opcionais, caixa para sementes de pastagem, marcadores de linha hidráulico e sistema de

rodado para transporte longitudinal.

A F 3100 é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo de arrasto (Fig. 4.5) com

15 a 32 linhas de 17 cm de espaçamento. Possui linhas pivotadas com disco duplo

defasado. Os discos são dispostos transversalmente em zigue zague. Os depósitos de

sementes e fertilizante de aço carbono ou aço inox e, o sistema de distribuição de

sementes com rotores acanelados helicoidais. O sistema de distribuição de fertilizante é

em rosca sem fim (Tab. 4.4) da marca FERTISYSTEM, sem uso de graxeiras. Os

aterradores/compactadores são com rodas em “V”. Têm também como opcionais, caixa

para sementes de pastagem, marcadores de linha hidráulico e sistema de rodado para

transporte longitudinal.

A fábrica disponibiliza a multissemeadora Linha 2100, com 5 ou 8 linhas de 45

cm na versão em precisão e 12 ou 22 linhas de 17 cm na versão em fluxo contínuo (Fig.

4.5). O sistema de distribuição em precisão é o de discos alveolados e o de fluxo contínuo

os rotores acanelados helicoidais (Tab. 4.4). Possui depósito de aço carbono para

fertilizante e polietileno tipo balde para sementes. Possui caixa adicional para sementes

de pastagem. Os rompedores de solo frontais e de semeadura são alinhados

transversalmente. Mangueiras conduzem o fertilizante e sementes, mas na versão em

precisão é montado um sistema de distribuição individualizado dosando as sementes com

discos alveolados. A máquina possui sistema de troca rápida de engrenagens. O sistema

de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim. Na versão em precisão os rompedores

de solo constituem-se de disco de corte e haste sulcadora.

A multissemeadora FM 3090, com 9 ou 11 linhas de 45 cm na versão em precisão

e 23 ou 27 linhas de 17 cm na versão em fluxo contínuo (Fig. 4.5). Possui dois conjuntos

de depósitos de aço inox para sementes e fertilizante. Os rompedores de solo frontais e

de semeadura são posicionados transversalmente em zigue zague nas versões em fluxo

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

contínuo e precisão, este acoplado com sistema de paralelogramo. Mangueiras sanfonadas

conduzem o fertilizante e sementes ao solo, mas na versão em precisão é montado um

sistema de distribuição tipo pipoqueira que recebe as sementes e dosam com discos

alveolados. A máquina possui sistema de troca rápida de engrenagens. O sistema de

distribuição de fertilizante é em rosca sem fim da marca FERTISYSTEM, sem uso de

graxeiras. Na versão em precisão os rompedores de solo constituem-se de disco de corte

e haste sulcadora ou disco duplo. Opcionalmente com marcador de linha hidráulico, caixa

de sementes de pastagem.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

4005 5030 5046 5056

2100 H Arrozeira F 3100 LINHA 2100 FM 3090

Figura 4.5 Semeadoras e ou adubadoras de precisão, de fluxo contínuo e multissemeadora da indústria FANKHAUSER.

http://fankhauser.com.br/categoria-produto/plantadoras-adubadoras/. http://fankhauser.com.br/categoria-produto/multiplantadoras/.

http://fankhauser.com.br/categoria-produto/semeadoras-adubadoras/.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

4.6 A indústria FITARELLI localizada em Aratiba no Rio Grande do Sul,

tradicional fabricante de equipamentos para o pequeno produtor, foi fundada em 1952

produzindo matracas. Com sua evolução e exigência do mercado, produz hoje não

somente semeadoras e ou adubadoras manuais (matracas), mas também equipamentos a

tração animal, tracionados por micro tratores, pequenos tratores, e máquinas mecanizadas

de pequeno porte tanto montadas como de arrasto até 7 linhas espaçadas de 45 cm.

Destaca-se que em 2007 a fábrica exportava equipamentos de tração manual e animal à

25 países, predominantemente para África, América latina e Ásia, com recomendação da

FAO.

As matracas quando para o SPD vêm com uma ponta de aço temperado reforçada

e fina, podem ser disponibilizadas somente com sistema de distribuição de sementes,

fertilizantes ou os dois (Tab. 4.5 e Fig. 4.6). A estrutura e cabos são de madeira, os

depósitos de sementes e fertilizante de aço galvanizado. O sistema de distribuição de

sementes é tradicional com lingueta oscilante e abertura regulável e o de fertilizante com

disco perfurado e abertura regulável.

A fábrica possui semeadora adubadora de tração animal podendo ser tracionada

por cavalo (Fig. 4.6), muar ou junta de bois (Tab. 4.5). Destaca-se por ser uma máquina

leve de fácil uso e manobra. Quando tracionado por equinos, o cabeçalho é curto acoplado

a um balancim e para junta de bois é longo, apoiado na canga. Quando é usado o

cabeçalho curto possui uma roda frontal para controle de profundidade, com o cabeçalho

longo essa roda é dispensável. Em seguida há uma haste sulcadora onde, atrás da mesma,

tem um tubo que conduz o fertilizante e sementes ao sulco. Este sulco é fechado pelo

movimento rotativo de hastes salientes em roda traseira que possui também a função de

acionamento do mecanismo de transmissão do sistema de distribuição de sementes e

fertilizante. Possui depósito individualizado de sementes e fertilizante e a distribuição de

sementes é com discos alveolados e o fertilizante com roletes perfurados de nylon. Não

possui sistema de acabamento de semeadura como aterradores e compactadores.

É possível, também, semear duas linhas com tração animal, disponibilizando um

modelo específico para este fim onde o operador senta na boléia (Tab. 4.5 e Fig. 4.6).

Para o uso com micro tratores ou cavalo mecânico a fábrica disponibiliza modelos

com 1 ou 2 linhas de semeadora adubadora (Fig. 4.6).

O fabricante adequa semeadoras adubadoras com 2 a 3 linhas espaçadas de 45 cm

para acoplar em pequenos tratores (Tab. 4.5).

As semeadoras adubadoras mecanizadas podem ser montadas ao trator com 3 ou

4 linhas espaçadas de 45 cm ou de arrasto com 3 a 7 linhas (Tab. 4.5).

Possui uma multissemeadora, com 3 ou 4 linhas de 45 cm na versão em precisão

(Fig. 4.5) e 11 ou 13 linhas na versão em fluxo contínuo. Possui dois conjuntos de

depósitos de polietileno para sementes e fertilizante. Os rompedores de solo frontais e de

semeadura são alinhados transversalmente nas versões em fluxo contínuo e precisão. O

sistema de distribuição de fertilizante é com rosca acionadora de discos dentados com

aberturas basculantes no depósito. Na versão em precisão os rompedores de solo

constituem-se de disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo. Na unidade de

semeadura usam discos duplo, roda de controle de profundidade de ferro inclinada e roda

de pequeno diâmetro de borracha como compactadora.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.5 – Modelos de semeadoras e ou adubadoras a tração manual (SAPMa), animal (SAPTa), micro tratores (SAPMi) e tratores de pequena

potência (SAPTr) da FITARELLI em julho de 2016. http://www.fitarelli.com.br/site/produtos/.

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE

DE

SEMENTES

PESO POR

LINHA kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

PLANTADEIRA

MANUAL

SPMa só

sementes

1 (matraca) Lingueta

oscilante

Balde/gravidade 2,3 - Disco perfurado

ADUBADEIRA MANUAL APMa só

fertilizante

1 (matraca) - Balde/gravidade 2,3 - Disco perfurado

PLANTADEIRA

ADUBADEIRA MANUAL

SAPMa 1 (matraca) Lingueta

oscilante

Balde/gravidade 3,3 - Disco perfurado

PLANTADEIRA

ADUBADEIRA TRAÇÃO

ANIMAL

SAPTa para

cavalo

1 Discos

alveolados

Balde/gravidade 45 - Rotor de nylon

PLANTADEIRA

ADUBADEIRA TRAÇÃO

ANIMAL

SAPTa para

boi

1 Discos

alveolados

Balde/gravidade 45 - Rotor de nylon

PLANTADEIRA

ADUBADEIRA TRAÇÃO

ANIMAL

SAPTa para

boi

2 cabeçalho longo Balde/gravidade 125 Alinhados discos

duplos ou hastes

sulcadoras

Rotor de nylon

PLANTADEIRA

ADUBADEIRA P

MICROTRATOR

SAPMi

arrasto

1 ou 2

45 cm

Discos

alveolados

Balde/gravidade 125 Alinhados discos

duplos ou hastes

sulcadoras

Rotor de nylon

PLANTADEIRA

ADUBADEIRA p pequenos

tratores

SAPTr

montada

2 e 3

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 125 Alinhados discos

duplos ou hastes

sulcadoras

Discos dentados

PLANTADEIRA

ADUBADEIRA

MECANIZADA

SAPTr

montada

3 e 4

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 276 a 310 Alinhados discos

duplos ou hastes

sulcadoras

Discos dentados

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

PLANTADEIRA

ADUBADEIRA

MECANIZADA

SAPTr arrasto 3, 4, 5, 6 e 7

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 262 a 304 Alinhados discos

duplos ou hastes

sulcadoras

Discos dentados

PLANTADEIRA

ADUBADEIRA

MECANIZADA

SAMuTr

arrasto

11 e 13 17 cm

3 e 4 45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 208 a 218

675 a 800

Alinhados discos

duplos ou hastes

sulcadoras

Discos dentados

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

ADUBADEIRA

MANUAL

PLANTADEIRA

ADUBADEIRA

MANUAL

PLANTADEIRA

ADUBADEIRA TRAÇÃO

ANIMAL

PLANTADEIRA ADUBADEIRA

A TRAÇÃO ANIMAL 2 LINHAS

PLANTADEIRA ADUBADEIRA

PARA MICROTRATOR

PLANTADEIRA

ADUBADEIRA

PEQUENOS TRATORES

PLANTADEIRA

ADUBADEIRA MONTADA

PLANTADEIRA ADUBADEIRA

DE ARRASTO

PLANTADEIRA ADUBADEIRA

MULTIPLA

Figura 4.6 – Semeadora adubadora manual, a tração animal, para micro trator, semeadora adubadora mecanizada e multissemeadora da indústria

FITARELLI. Fonte: http://www.fitarelli.com.br/site/produtos/.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

4.7 A indústria GIHAL localizada em Carazinho no Rio Grande do Sul,

fundada em 1994, fabricante de máquinas agrícolas, iniciou com adaptações em

semeadoras adubadoras de plantio direto e em 1996 passou a fabricá-los. Está expandindo

seu mercado no país e já exporta para o Uruguai, Paraguai e China.

Disponibiliza 5 modelos de semeadoras de precisão, 2 de fluxo contínuo e duas

multissemeadoras (Tab. 4.6), todas mecanizadas e apropriadas as pequenas, média e

grandes propriedades.

O modelo GH HB é semeadora adubadora de precisão montada sendo

disponibilizada de 2 a 5 linhas espaçadas de 45 cm, apropriada a pequenas propriedades

(Fig. 4.7). Utiliza o sistema pantográfico na unidade de semeadura e pivotado nos

rompedores frontais. Haste sulcadora com sistema desarme automático. Usa como

sistema de distribuição de sementes os discos aveolados. Os discos de corte e hastes ou

disco duplo, assim como, os discos de semeadura são alinhados transversalmente (Tab.

4.6). Os reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno e elevado e as sementes

com pipoqueira por linha. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim marca

FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Possui caixa de câmbio. Discos duplos defasados

ou desencontrados para sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas

revestidas com borracha e rodas compactadoras em “V”. Como opcionais, possui

marcador de linha hidráulico e sistema de taxa variável para fertilizante.

O modelo GA E, também, adequada a pequenas propriedades, constitui-se de

semeadora adubadora de precisão de arrasto, com 30 deposito e pipoqueira, variando de 2

a 5 linhas de 45 cm de espaçamento (Tab. 4.6). Pode possuir o sistema pantográfico na

unidade de semeadura e é pivotada nos rompedores frontais. Haste sulcadora com sistema

desarme automático. Usa como sistema de distribuição de sementes os discos aveolados.

Os discos de corte e hastes ou disco duplo, assim como, os discos de semeadura são

alinhados transversalmente (Tab. 4.6). Os reservatórios de fertilizante e sementes são de

polietileno e elevado e as sementes com pipoqueira por linha. A distribuição de

fertilizante é por rosca sem fim marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Possui caixa

de câmbio. Discos duplos defasados ou desencontrados para sementes e limitadores de

profundidade com rodas paralelas e rodas compactadoras de borracha em “V”. Como

opcionais, possui marcador de linha hidráulico e sistema de taxa variável para fertilizante.

A GA B é voltada as médias propriedades, trata-se de semeadora adubadora de

precisão de arrasto, variando de 5 a 9 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.6). Pode possuir

o sistema pantográfico na unidade de semeadura e é pivotada nos rompedores frontais.

Haste sulcadora com sistema desarme automático. Usa como sistema de distribuição de

sementes os discos aveolados. Os discos de corte e hastes ou disco duplo, assim como, os

discos de semeadura são alinhados transversalmente (Tab. 4.6). Os reservatórios de

fertilizante e sementes são de polietileno, sendo o de fertilizante com depósito elevado e

os de sementes individualizados por linha, do tipo balde. A distribuição de fertilizante é

por rosca sem fim marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Possui caixa de câmbio.

Discos duplos defasados ou desencontrados para sementes e limitadores de profundidade

com rodas paralelas e rodas compactadoras de borracha em “V”. Como opcionais, possui

marcador de linha hidráulico e sistema de taxa variável para fertilizante.

O modelo GA 2500 PP a 21300 PP voltada as médias e grandes propriedades é

semeadora adubadora de precisão de arrasto, variando de 5 a 13 linhas de 45 cm de

espaçamento (Tab. 4.6), com 30 deposito e pipoqueira (Fig. 4.7). Pode possuir o sistema

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

pantográfico na unidade de semeadura e é pivotada nos rompedores frontais. Haste

sulcadora com sistema desarme automático. Usa como sistema de distribuição de

sementes os discos aveolados. Os discos de corte e hastes ou disco duplo, assim como, os

discos de semeadura são alinhados transversalmente (Tab. 4.6). Os reservatórios de

fertilizante e sementes são de polietileno e elevado e as sementes com pipoqueira por

linha. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim marca FERTISYSTEM, isento de

graxeiras. Possui caixa de câmbio. Discos duplos defasados ou desencontrados para

sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas e rodas compactadoras de

borracha em “V”. Como opcionais, possui marcador de linha hidráulico e sistema de taxa

variável para fertilizante.

A GA 21400 PP a 22600 PP apropriada as grandes propriedades, também, é

semeadora adubadora de precisão de arrasto, pantográfica, com 30deposito e pipoqueira,

variando de 14 a 26 linhas de 45 cm de espaçamento (Fig. 4.7). Assemelha-se a GA 25000

PP em todas as outras características.

A GA T é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo de arrasto (Fig. 4.7) com

13 a 23 linhas de 17,5 cm de espaçamento. Possui linhas pivotadas com disco duplo

defasado ou desencontrado. Os discos são dispostos transversalmente em zigue zague. Os

depósitos de sementes e fertilizante de polietileno e, o sistema de distribuição de sementes

com rotores acanelados helicoidais. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca

sem fim (Tab. 4.6) da marca FERTISYSTEM, sem uso de graxeiras. Os

aterradores/compactadores são com rodas em “V”. Têm também como opcionais, caixa

para sementes de pastagem, marcadores de linha hidráulico, sistema de rodado para

transporte longitudinal e sistema de taxa variável para fertilizante.

A GA PT é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo de arrasto (Fig. 4.7) com

23 a 29 linhas de 17,5 cm de espaçamento. Possui linhas pivotadas com disco duplo

defasado ou desencontrado. Os discos são dispostos transversalmente em zigue zague. Os

depósitos de sementes e fertilizante de polietileno e, o sistema de distribuição de sementes

com rotores acanelados helicoidais. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca

sem fim (Tab. 4.6) da marca FERTISYSTEM, sem uso de graxeiras. Possui caixa de

câmbio. Os aterradores/compactadores são com rodas em “V”. Possui sistema de rodado

para transporte longitudinal. Têm também como opcionais, caixa para sementes de

pastagem, marcadores de linha hidráulico e sistema de taxa variável para fertilizante.

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114

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.6 – Modelos de semeadoras adubadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadoras (SAMu). Site da GIHAL em

agosto de 2016. http://www.gihal.com.br/#. MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE

DE SEMENTES

PESO POR

LINHA kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

GH 2200 A 2500 - HP SAPTr

montada

pantográfica,

taxa variável

2, 3, 4 e 5

45 cm

Discos

alveolados

Balde/gravidade 198 a 300 Alinhados disco de

corte, haste e disco

de sementes

Rosca sem fim

GA 2200 A 2500 - E SAPTr arrasto

pantográfica,

taxa variável

2, 3, 4 e 5

45 cm

Discos

alveolados 30 depósito e

pipoqueira/gravid

ade

308 a 560 Alinhados disco de

corte, haste e disco

de sementes

Rosca sem fim

GA 2500 A 2900 - B SAPTr arrasto

pivotada, taxa

variável

5, 6, 7, 8 e 9

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 291 a 404 Alinhados disco de

corte, haste e disco

de sementes

Rosca sem fim

GA 2500 A 21300 -

PP

SAPTr arrasto

pantografica

taxa variável

5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13

45 cm

Discos

alveolados 30 depósito e

pipoqueira/gravid

ade

277 a 404 Alinhados disco de

corte, haste e disco

de sementes

Rosca sem fim

GA 21400 a 22600 -

PP

SAPTr arrasto

pantografica

taxa variável

14, 16, 18, 20, 22 e 26

45 cm

Discos

alveolados 30 depósito e

pipoqueira/gravid

ade

334 a 411 Alinhados disco de

corte, haste e disco

de sementes

Rosca sem fim

GA 2013 2023 - T SAFTr arrasto

taxa variável

13, 15, 17, 19 e 23

17,5 cm

Rotor helicoidal

e kit passatagens

Depósito

elevado/gravidad

e

161 a 171 Zigue zague disco

fertilizante/sementes

Rosca sem fim

GA 2023 a 2029 - PT SAFTr

arrasto, taxa

variável

23, 25, 27 e 29

17,5 cm

Rotor helicoidal

e kit passatagens

Depósito

elevado/gravidad

e

123 a 137 Zigue zague disco

fertilizante/sementes

Rosca sem fim

GA 2207 a 2510- E SAMuTr

arrasto

pivotada, taxa

variável

7, 8 e 10 (17,5 cm)

2, 3, 4 e 5 (45 cm)

Rotor helicoidal

e discos

alveolados

Depósito

elevado/gravidad

e

157 a 184

314 a 575

Alinhados disco

corte e haste

Alinhados disco

sementes

Rosca sem fim

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115

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

GA 2513 a 2919 - A SAMuTr

arrasto

pivotada, taxa

variável

13, 15, 17 e 19 (17,5 cm)

5, 6, 7, 8 e 9 (45 cm)

Rotor helicoidal

e discos

alveolados

Depósito

elevado/gravidad

e

132 a158

279 a 382

Alinhados disco

corte e haste

Alinhados disco

sementes

Rosca sem fim

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116

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

GH 2300 HP GA 2700 B GA 21300 PP GA 22600 PP

GA 2023 T GA 2029 PT GA 2207 E GA 2715 A

Figura 4.7 Semeadoras e ou adubadoras de precisão, de fluxo contínuo e multissemeadora da indústria GIHAL. http://www.gihal.com.br/#

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117

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

As multissemeadoras GA E (Fig. 4.7), com 2 a 5 linhas de 45 cm na versão em

precisão e 7 ou 10 linhas na versão em fluxo contínuo (Tab. 4.6). Possui dois conjuntos

de depósitos de polietileno para sementes e fertilizante. Os rompedores de solo frontais e

de semeadura são alinhados transversalmente nas versões em fluxo contínuo e precisão.

Mangueiras sanfonadas conduzem o fertilizante e sementes ao solo, mas na versão em

precisão é montado um sistema de distribuição tipo pipoqueira que recebe as sementes e

dosam com discos alveolados. A máquina possui sistema de caixa de câmbio. O sistema

de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim da marca FERTISYSTEM. Na versão

em precisão os rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste sulcadora ou

disco duplo com sistema desarme automático. Opcionalmente possui marcadores de linha

hidráulico e sistema de taxa variável para fertilizante.

As multissemeadoras GA A (Fig. 4.7), com 5 a 9 linhas de 45 cm na versão em

precisão e 13 ou 19 linhas na versão em fluxo contínuo (Tab. 4.6). As demais

características se assemelham as GA E.

4.8 A indústria IMASA fabricante de máquinas agrícolas desde 1922,

sediada em Ijuí no Rio Grande do Sul, foi também, pioneira no sistema plantio direto e

dedicou grande esforço pela difusão do conceito de multissemeadoras. Na tabela 4.7 são

apresentados 6 modelos de semeadoras adubadoras de precisão, 3 modelos de fluxo

contínuo e 6 multissemeadoras.

A tabela 4.7 mostra a semeadora adubadora de precisão PHX MAIS na versão

montada ao sistema hidráulico (Fig. 4.8) do trator e o modelo em arrasto. Trata-se de

máquina apropriada a pequenos produtores, variando de 3 a 7 linhas de 45 cm de

espaçamento. Utiliza o sistema pivotado na unidade de semeadura e nos rompedores

frontais. Haste sulcadora próxima e afastada do disco de corte. Usa como sistema de

distribuição de sementes os discos aveolados. Os discos de corte e hastes ou disco duplo,

assim como, os discos de semeadura são alinhados transversalmente (Tab. 4.7). Os

reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, sendo o de fertilizante elevado

e os de sementes com balde por linha. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim

ou o da marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Possui caixa de câmbio. Discos

duplos para sementes e limitadores de profundidade e compactadoras com rodas

inclinadas revestidas de borracha ou rodas de controle de profundidade paralelas e roda

compactadora de pequeno diâmetro.

O modelo SAGA PLUS é apresentado na tabela 4.7, nas versões com depósito na

unidade de semeadura tipo balde (Fig. 4.8) e com terceiro depósito para aumentar sua

autonomia e pioqueira sobre a unidade de semeadura (linha). Máquina apropriada a

médias propriedades, variando de 7 a 11 linhas de 45 cm de espaçamento e com o chassi

DUOFLEX pode trabalhar com 12 ou 14 linhas. Possui sistema de distribuição de

sementes com discos perfurados, mas pode vir com o sistema da marca TITANIUM ou

pneumática da marca MATERMACC. Utiliza o sistema pantográfico na unidade de

semeadura e pivotado nos rompedores frontais. Disco duplo e haste sulcadora ou disco

duplo, com sistema de desarme automático da haste. Os discos de corte e hastes são

dispostos transversalmente em zigue zague e os discos de semeadura são alinhados. Os

reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, sendo o de fertilizante elevado

e os de sementes com balde por linha. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim

ou o da marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Possui caixa de câmbio. Disco duplo

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118

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

para sementes e limitadores de profundidade e compactadoras com rodas inclinadas

revestidas de borracha ou rodas de controle de profundidade paralelas e roda

compactadora de pequeno diâmetro. Possui marcador de linha hidráulico.

O modelo PLANTUM, que foi a primeira semeadora adubadora exclusivamente

de precisão desenvolvida pela IMASA nos anos 90, possui sistema pivotado para os

rompedores de solo à frente e pantográfico atrás para os componentes de discos de

sementes e acabamento de semeadura (Figura 4.8). O depósito de sementes tipo balde

apoia-se sobre cada linha e é disponibilizada de 7 a 17 linhas espaçadas de 45 cm de

espaçamento, o que a qualifica como apropriada para médios e grandes propriedades.

Possui sistema de distribuição de sementes com discos alveolados, mas pode ser vir com

o sistema pneumático da marca MATERMACC. Haste sulcadora afastada ou disco duplo

do disco de corte, com sistema de desarme automático da haste. Os discos de corte e

hastes são dispostos transversalmente em zigue zague e os discos de semeadura são

alinhados. Os reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, sendo o de

fertilizante elevado e os de sementes com balde por linha. A distribuição de fertilizante é

por rosca sem fim ou o da marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Possui caixa de

câmbio. Disco duplo para sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas e

compactadoras com rodas em “V” revestidas de borracha. Possui marcador de linha

hidráulico. Com o chassi DUOFLEX pode trabalhar em tandem (Tab. 4.7), mais

apropriada para terrenos com terraços de base larga.

O modelo PLANTUM DUO FLEX (Tab. 4.7) difere da anterior por possuir o

terceiro depósito que lhe confere maior autonomia de sementes, sendo que essas são

conduzidas a cada linha por tubos e a distribuição é realizada em pequenos depósitos tipo

pipoqueira (Figura 4.8). Possuí sistema de distribuição de sementes com discos

perfurados, mas pode ser com o sistema TITANIUM ou pneumática da marca

MATERMACC. É disponibilizada de 8 a 24 linhas espaçadas de 45 cm.

Quanto as semeadoras adubadoras de fluxo contínuo a fábrica disponibiliza hoje

três modelos (PHX, MSS e SAGA TRIGUEIRA), que variam de 13 a 28 linhas espaçadas

de 17 cm.

Dos modelos em fluxo contínuo, a tabela 4.7, mostra primeiramente a PHZ com

13 a 17 linhas espaçadas de 17 cm. É uma máquina montada no trator e apropriada para

pequenas propriedades. Possui linhas pivotadas com disco duplo defasado. Os discos são

dispostos transversalmente em zigue zague. Os depósitos de sementes e fertilizante de

aço carbono, o sistema de distribuição de sementes com rotores acanelados helicoidais.

O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim (Tab. 4.7) marca

FERTISYSTEM, sem graxeiras. Os aterradores/compactadores são com rodas de ferro

cônicas.

A MSS, também, é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo de arrasto

arrozeira, pois possuí ampla amplitude de deslocamento vertical das linhas, apropriado

para a passagem em taipas, e adequada a propriedades maiores, possuindo de 20 a 28

linhas de 16 a 18 cm de espaçamento (Tab. 4.7). Possui linhas pivotadas com disco duplo.

Os discos são dispostos transversalmente em zigue zague (Fig. 4.8). Os depósitos de

sementes e fertilizante em aço carbono e, o sistema de distribuição de sementes com

rotores acanelados helicoidais. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem

fim da marca FERTISYSTEM, sem uso de graxeiras. Possui caixa de câmbio. Os

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119

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

aterradores/compactadores são com rodas de ferro cônicas. Possui sistema de rodado para

transporte longitudinal.

A SAGA TRIGUEIRA apresentada na figura 4.8, é semeadora de fluxo contínuo

apropriada para as culturas de inverno, usando como sistema de distribuição de sementes

rotores acanelados helicoidais. Usa o sistema pantográfico em suas linhas e é

disponibilizada de 17 a 23 linhas espaçadas a 18 cm (Tab. 4.7).

A IMASA tradicional fabricante de multissemeadoras, disponibiliza os modelos

PHS, MPS, SAGA S, SAGA MULTIPLA e SAGA MULTIPLA 1223 a 1529 (Tab. 7).

O modelo PHS, projeto exclusivo da IMASA, apropriado a pequenas propriedades

pode ser hidráulica ou de arrasto, semeando em precisão ou em fluxo contínuo, com

dosadores do tipo discos alveolados e discos dentados para semeadura em precisão e fluxo

contínuo respectivamente que são facilmente trocados (Tab. 4.7). É, também,

disponibilizada com kit de sementes para pastagens. São disponibilizadas com 3 a 7 linhas

de 40 a 45 cm na versão em precisão e 6 ou 16 linhas com 16 a 18 cm de espaçamento na

versão em fluxo contínuo (Tab. 4.7). Os depósitos de sementes e fertilizante de aço

carbono, são elevados na estrutura. Os rompedores de solo frontais e de semeadura são

alinhados transversalmente nas versões em precisão e em zigue zague quando em fluxo

contínuo. Mangueiras sanfonadas conduzem o fertilizante e sementes ao solo. O sistema

de distribuição de fertilizante é com eixo e caracol, com aberturas reguláveis no depósito.

Na versão em precisão os rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste

sulcadora e rodas limitadoras de profundidade e compactadora inclinadas e revestidas

com borracha.

O modelo MPS tradicional da empresa desde os anos 80 é uma multissemeadora

com sistema de distribuição de discos perfurados ou dentados para semeadura em

precisão e fluxo contínuo respectivamente que são facilmente trocados (Tab. 4.7). O

Modelo menor MPS 1000 a 1800 e o modelo maior MPS 2000 a 2800 prestam-se para

pequenas e médias propriedades respectivamente. São também, disponibilizada com kit

de sementes para pastagens. A MPS 1000 a 1800 possuem de 5 a 7 linhas de 40 a 45 cm

na versão em precisão e 11 ou 17 linhas com 16 a 18 cm de espaçamento na versão em

fluxo contínuo (Tab. 4.7). A MPS 2000 a 2800 possuem de 8 a 11 linhas de 40 a 45 cm

na versão em precisão e 20 a 26 linhas com 16 a 18 cm de espaçamento na versão em

fluxo contínuo (Tab. 4.7). Possuem caixa de câmbio. Os depósitos de sementes e

fertilizante de aço carbono, são elevados na estrutura. Os rompedores de solo frontais e

de semeadura são alinhados transversalmente nas versões em precisão e em zigue zague

quando em fluxo contínuo. Mangueiras sanfonadas conduzem o fertilizante e sementes

ao solo. O sistema de distribuição de fertilizante é com eixo e caracol ou com rosca sem

fim marca FERTISYSTEM, sem graxeiras. Na versão em precisão os rompedores de solo

constituem-se de disco de corte e haste sulcadora e rodas limitadoras de profundidade e

compactadora inclinadas e revestidas com borracha.

A SAGA S é uma multissemeadora leve de arrasto com sistema pantográfico nas

linhas. Apropriadas as pequenas propriedades possuem de 5 a 7 linhas de 45 cm e 13 a

17 linhas de 18 cm (Tab. 4.7). Possui depósitos para sementes e fertilizante de aço

carbono. Os rompedores de solo frontais e os de semeadura são alinhados

transversalmente na versão em precisão e em fluxo contínuo são dispostos em zigue

zague. Mangueiras telescópicas conduzem o fertilizante e sementes ao solo, mas na

versão em precisão é montado um sistema de distribuição tipo pipoqueira (Fig. 4.8) que

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120

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

recebe as sementes e dosam com discos alveolados. A distribuição de sementes em fluxo

contínuo é realizada por rotores acanelados helicoidais. A máquina possui sistema de

caixa de câmbio. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim da marca

FERTISYSTEM. Na versão em precisão os rompedores de solo constituem-se de disco

de corte e haste sulcadora ou disco duplo.

A SAGA MULTIPLA já de maior dimensão é multissemeadora (Tab. 4.7),

também com o terceiro depósito e pipoqueira, variando de 6 a 10 linhas de 45 cm de

espaçamento na versão em precisão (Tab. 4.9) e 15 a 23 de 18 cm de espaçamento em

fluxo contínuo (Fig. 4.9). Os depósitos de fertilizante e de sementes são aço carbono, em

posição elevada. Os rompedores de solo frontais são posicionados transversalmente em

zigue zague e os de semeadura alinhados. São acoplados com sistema pantográfico. Tubos

telescópicos conduzem o fertilizante e sementes com mangueiras sanfonadas. Na versão

em precisão é montado um sistema de distribuição tipo pipoqueira que recebe as sementes

e dosam com discos alveolados no solo. A máquina possui caixa de câmbio. O sistema

de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim das marcas MONRIZZO e

FERTISYSTEM, o de sementes em fluxo contínuo, usa rotores acanelados helicoidais.

Na versão em precisão os rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste

sulcadora com roda de controle de profundidade da haste. As rodas de controle de

profundidade e compactadoras da unidade de semeadura são com rodas inclinadas

revestidas de borracha e também oferecem as rodas compactadoras em “V”. Possuem

marcador de linha hidráulico e roda de transporte longitudinal.

A figura 37 mostra a SAGA MULTIPLA 1229 e 1529 (Tab. 4.7), a maior

multissemeadora da IMASA com constituição semelhante a anteriormente citada.

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121

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.7 – Modelos de semeadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SAMu) da IMASA em agosto de 2016.

http://www.imasa.com.br/categorias/semeadoras_multiplas. http://www.imasa.com.br/categorias/semeadoras_especificas.

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE DE

SEMENTES

PESO POR

LINHA kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

PHX MAIS SAPTr

montada

pivotada

3, 5, 6 e 7

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 190 a 261 Alinhados disco

de corte, haste e

disco de sementes

Rosca sem fim

PHX MAIS SAPTr arrasto

pivotada

3, 5, 6 e 7

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 190 a 261 Alinhados disco

de corte, haste e

disco de sementes

Rosca sem fim

SAGA PLUS SAPTr arrasto

pantografica

7, 8, 9, 10 e 11

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 335 a 336 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

SAGA PLUS

DUO FLEX

SAPTr arrasto

pantográfica,

em tandem

7, 8, 9, 10 e 11

45 cm

Discos

alveolados 30 depósito e

pipoqueira/gravidade 335 a 336 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

PLANTUM SAPTr arrasto

pantográfica,

em tandem

7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14,

15, 16 e 17

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumático

Balde/gravidade 361 a 376 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

PLANTUM

DUO FLEX

SAPTr arrasto

pantográfica

em tandem

10, 11, 12, 13, 14, 15, 16,

17, 18, 20, 22 e 24

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumático

30 depósito e

pipoqueira/gravidade - Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

PHZ SAFTr

montada

pivotada

13, 15 e 17

17 cm

Rotores

helicoidais

Depósito

elevado/gravidade

85 a 91 Zigue zague disco

de corte, haste e

disco de sementes

Rosca sem fim

MSS SAFTr arrasto

pivotada

(arrozeira)

20,23, 26 e 28

16 a 18 cm

Rotores

helicoidais

Depósito

elevado/gravidade

186 a 205 Zigue zague disco

de corte, haste e

disco de sementes

Rosca sem fim

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122

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

SAGA

TRIGUEIRA

SAFTr arrasto

pantografica 17, 19, 21 e 23

18 cm

Rotores

helicoidais

Depósito

elevado/gravidade

188 Zigue zague disco

de corte, haste e

disco de sementes

Rosca sem fim

PHS SAMuTr

montada ou

arrasto,

pivotada

6, 10, 12 e 14 a 18 a 20 cm

3, 5, 6 e 7 de 40 a 45 cm

Discos

alveolados e

dentados,

kit pastagem

Depósito

elevado/gravidade

88 a 95

18 a 20 cm

175 a 190

40 a 45 cm

Alinhados disco

de corte, haste e

disco de sementes

Eixo caracol

MPS 1000 a

1800

SAMuTr

arrasto

pivotada

11, 15 e 17 de 16 a 18 cm

5, 7 e 8 de 40 a 45 cm

Discos

alveolados e

dentados,

kit pastagem

Depósito

elevado/gravidade

179 a 195

16 a 18 cm

381 a 470

40 a 45 cm

Alinhados disco

de corte, haste e

disco de sementes

Eixo caracol ou

rosca sem fim

MPS 2000 a

2800

SAMuTr

arrasto

pivotada

20, 22, 25 e 26 de 16 a 18

cm

8, 9, 10 e 11 de 40 a 45 cm

Discos

alveolados e

dentados,

kit pastagem

Depósito

elevado/gravidade

- Alinhados disco

de corte, haste e

disco de sementes

Eixo caracol ou

rosca sem fim

SAGA S SAMuTr

arrasto

pantográfica

13, 15 e 17 de 18 cm

5, 6 e 7 de 45 cm

Distrib. Sem.

Rotor e discos

30 depósito e

pipoqueira/gravidade

181 a 185 a 18

cm

440 a 480 a 45

cm

Alinhados disco

de corte, haste e

disco de sementes

Rosca sem fim

SAGA

MULTIPLA

SAMuTr

arrasto

pantográfica

15, 17, 19, 21 e 23 de 18

cm

6, 7, 8, 9 e 10 de 45 cm

Distrib. Sem.

Rotor e discos

30 depósito e

pipoqueira/gravidade

188 a 190 a 18

cm

433 a 490 a 45

cm

Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

SAGA

MULTIPLA

1223 a 1529

SAMuTr

arrasto

pantográfica

23 e 29 de 18 cm

10 e 12 de 45 cm

Distrib. Sem.

Rotor e discos

30 depósito e

pipoqueira/gravidade

257 a 280 a 18

cm

621 a 645 a 45

cm

Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

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123

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

PHX Hidráulica SAGA PLUS PLANTUM PLANTUM FLEX

MSS SAGA TRIGUEIRA SAGA S MPS 2800

Figura 4.8 Semeadoras e ou adubadoras de precisão, de fluxo contínuo e multissemeadora da indústria IMASA.

http://www.imasa.com.br/categorias/semeadoras_multiplas. http://www.imasa.com.br/categorias/semeadoras_especificas.

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124

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Figura 4.9 Multissemeadora SAGA MULTIPLA nas versões em precisão à esquerda e em fluxo contínuo à direita da indústria IMASA.

http://www.imasa.com.br/categorias/semeadoras_multiplas.

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125

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

4.9 A Indústria JOHN DEERE tradicional fabricante de máquinas agrícolas,

desde 1837 fez parte da história da evolução das máquinas agrícolas no mundo. No Brasil,

associou-se a SLC de Horizontina no Rio Grande do Sul em 1979 e em 1999 adquiriu a

SLC. Está hoje sediada nos estados de Goiás, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas

Gerais. Em meados dos anos 90 introduziu no Brasil semeadoras adubadoras de precisão

para o SPD, consolidando sua presença e qualidade mais no início dos anos 2000.

Possui 3 séries de modelos de semeadoras adubadoras de precisão comercializadas

no país apropriadas as médias e grandes propriedades que são: Série 1100, Série 2100 e

Série DB (Tab. 8).

A Série 1100, constitui-se das semeadoras adubadoras de precisão

PLANTADEIRA 1107 a 1113 (Fig. 4.10). São disponibilizadas de 7 a 13 unidades de

semeadura (linhas) espaçadas de 45 cm (Tab. 4.8). São máquinas de arrasto, e possuem

como rompedores de solo, do tipo disco de corte e haste sulcadora afastada ou disco

duplo. Os rompedores de solo frontais, pivotados e dispostos transversalmente em zigue

zague, os componentes de semeadura são acoplados através de sistema pantográfico e

alinhados transversalmente. Compõe-se de disco duplo, rodas de controle de

profundidade paralelas e rodas compactadoras em “V”. O sistema de distribuição de

sementes é a vácuo ou discos alveolados e o depósito, tipo balde, acomoda-se

isoladamente em cada linha. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim,

modelo ProMeter. Disponibiliza um monitor de sementes modelo Auteqe MPA 2500, que

controla sua população e falhas na semeadura. A série 1100 pode vir acoplada em tandem

com a lança Dual Flex, duplicando a dimensão da máquina (Fig. 4.10).

A série 2100 apresentada na tabela 4.8, são semeadoras adubadoras de precisão

denominadas de PANTADEIRA 2113 a 2134 disponibilizadas com 13 a 34 unidades de

semeadura, espaçadas de 45 cm. Possui um depósito central de sementes que são

conduzidas por fluxo de ar a cada linha (Fig. 4.10), que distribui à vácuo com pequeno

depósito as sementes no solo, denominado Mini Hopper (pipoqueira). Como rompedores

de solo e acabamento de semeadura possuí os mesmos componentes da série 1100.

Destaca-se que os rompedores frontais e as linhas de sementes são dispostas em zigue-

zague. Possui junto aos rompedores frontais três assessórios: Coulter, usado quando o

fertilizante é depositado ao lado das sementes, o limpa trilho e os aterradores do sulco de

fertilizante. O monitor de fertilizante e sementes atualmente passa a se chamar “Sistema

operacional”, com o nome da versão que equipa as máquinas com Controle de seções e

Taxa variável, SeedStar2, ou seja, os consoles (hardware) que normalmente já vem

equipados nos tratores, são chamados GS3 (GreenStar3) e, possuem a versão do sistema

operacional SeedStar2 para comandar todas as funções da máquina. Disponibiliza,

também, um comando de controle de sementes que pode desligar até 16 seções evitando

a sobreposição em cabeceiras.

A série DB, trata-se somente de uma semeadora de precisão, específica para áreas

que não precisam distribuir o fertilizante. Possuí modelos com 25, 32 e 48 linhas

espaçadas de 45 cm (Tab. 4.8) e uma com 36 linhas espaçadas de 76 cm. As sementes são

transportadas por fluxo de ar dos depósitos às unidades de semeadura, que distribuem

pneumaticamente as sementes com unidades tipo pipoqueira (Fig. 4.10). A máquina

articula seus braços facilitando o transporte. Como rompedores de solo e acabamento de

semeadura possuí os mesmos componentes da série 1100, exceto as sulcadoras. O monitor

de sementes controla ambas com taxa variável integrando a máquina ao sistema de

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126

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

agricultura de precisão. Disponibiliza, também, um comando de controle de sementes que

pode desligar até 16 seções, evitando a sobreposição em cabeceiras.

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127

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.8 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP) da JOHN DEERE em agosto de 2016.

https://www.deere.com.br/pt/soluções-para-plantio/

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO DE

SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE

DE SEMENTES

PESO

POR

LINHA

kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

Série 1100

PLANTADEIRA

1107 a 1113

SAPTr

arrasto

pantográfica

7, 9, 11 e 13

45 cm

Pneumático ou discos

alveolados Balde/gravidade 433 a 488 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

Série 1100

PLANTADEIRA

1107 a 1113 com

Lança Dual Flex

SAPTr

arrasto

pantográfica

em tandem

14, 18, 22 e 26

45 cm

Pneumático ou discos

alveolados Balde/gravidade 433 a 488 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

Série 2100

PANTADEIRA

2113 a 2134

SAPTr

arrasto

pantográfica,

taxa variável

13, 15, 17, 22, 26, 30 e 34

45 cm

Pneumático Depósito

central/pneumático

470 a 595 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

Série DB

DB 40 a DB 90

SPTr

arrasto

pantográfica,

taxa variável

25, 32 e 48 45 cm

36 76 cm

sementes/pneumático

Depósito

central/pneumático

427 a 548 Zigue zague disco

de corte

Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

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128

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

PLANTADEIRA 1107 a 1113 PLANTADEIRA 1107 a 1113 com Lança Dual Flex PANTADEIRA 2113 a 2134

PLANTADEIRA DB 40 a DB 90

Figura 4.10 Semeadoras e ou adubadoras de precisão da direita da indústria JOHN DEERE. https://www.deere.com.br/pt/soluções-para-

plantio/

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129

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

4.10 A indústria JUMIL fabricante tradicional de máquinas agrícolas,

presente no mercado nacional desde 1936, é sediada em Batatais no estado de São Paulo.

Expandiu muito a partir de 1975 e hoje encontra-se bem consolidada no Brasil e América

Latina, conquistando espaços em países da África e Ásia. Entrou na fabricação de

semeadoras adubadoras de plantio direto no final dos anos 80 com os modelos

MAGNUM. Disponibiliza hoje nove semeadoras adubadoras de precisão, duas

semeadoras de precisão e uma de fluxo contínuo.

A semeadora adubadora de precisão JM 2040 é apropriada a pequenas

propriedades, possui kit para plantio direto (Tab. 4.9). É semeadora adubadora de

precisão, montada no sistema hidráulico do trator. Acopla-se na barra porta ferramenta

com unidades de semeadura pantográficas e o acionamento do sistema de distribuição de

fertilizante e sementes é obtido pela roda compactadora de grande diâmetro. Possuí de 3

a 7 linhas espaçadas de 55 cm, portanto mais apropriada para semeadura de milho,

amendoim e algodão. Os discos de corte e hastes ou disco duplo, assim como, os discos

de semeadura são alinhados transversalmente (Fig. 4.11). Os reservatórios de fertilizante

e sementes são de polietileno, individualizados por linha, sendo o de fertilizante elevado

e os de sementes com balde. Usa como sistema de distribuição de sementes os discos

aveolados. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim ou o da marca

FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Disco duplo para sementes, seguida de discos

aterradores e roda compactadora e acionadora revestida com borracha.

O modelo JM 2570 SH MAGNUM PD é uma semeadora adubadora de precisão,

pivotada, com sistema de distribuição de sementes com discos alveolados e a JM 2670

SH EXACTA PD pneumática (Fig. 4.11). Trata-se de máquinas de arrasto. Seus

componentes em contato com o solo alinhados. Estão disponibilizadas com 5 e 6 linhas

de 45 cm de espaçamento (Tab. 4.9), portanto, mais apropriadas as pequenas

propriedades. Disco de corte e haste sulcadora afastada ou disco duplo. Os reservatórios

de fertilizante e sementes são de polietileno individualizados por linha, sendo o de

fertilizante elevado e os de sementes tipo balde. A distribuição de fertilizante é por rosca

sem fim. Possui caixa de câmbio. Disco duplo para sementes e limitadores de

profundidade com rodas paralelas e três tipos de rodas compactadoras: em “V” revestidas

de borracha; roda com banda côncava de borracha e roda com banda larga de borracha e

ressaltos. Possui marcador de linha hidráulico. Opcionalmente possui rodas cobridoras de

fertilizante posicionadas atrás das hastes sulcadoras: disco liso ou disco dentados. Pode

ter opção de dispor os discos de corte em zigue zague.

O modelo JM 3060 PD é uma semeadora adubadora de precisão com sistema de

distribuição de sementes com discos alveolados e a JM 3070 PD pneumática (Fig. 4.11).

Trata-se de uma máquina de arrasto com rompedores de solo frontais pivotados e

dispostos em zigue zague e os componentes de semeadura e acabamento de semeadura

apoiados com sistema pantográfico, também dispostos em zigue zague. Estão

disponibilizadas com 7 a 11 linhas de 45 cm de espaçamento (Tab. 4.9), portanto, mais

apropriadas as médias propriedades. Disco de corte e haste sulcadora afastada ou disco

duplo. Os reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, sendo o de

fertilizante elevado e os de sementes com balde individualizado por linha. A distribuição

de fertilizante é por rosca sem fim. Possui caixa de câmbio. Disco duplo para sementes e

limitadores de profundidade com rodas paralelas e compactadoras com rodas em “V”

revestidas de borracha. Possui marcador de linha hidráulico.

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130

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

O modelo JM 3080 PD é uma semeadora adubadora de precisão com sistema de

distribuição de sementes com discos alveolados e a JM 3090 PD pneumática (Fig. 4.11).

Trata-se de uma máquina de arrasto com rompedores frontais pivotados e os componentes

de acabamento de semeadura apoiados com sistema pantográfico, ambos em zigue zague.

Estão disponibilizadas com 8 a 18 linhas de 45 cm de espaçamento (Tab. 4.9), portanto,

mais apropriadas as média e grandes propriedades. Disco de corte (liso e recortado) e

haste sulcadora afastada ou disco duplo. Os reservatórios de fertilizante e sementes são

de polietileno, sendo o de fertilizante elevado e os de sementes individualizados por linha

tipo balde. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim. Possui caixa de câmbio.

Disco duplo para sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas, e cinco

tipos de rodas compactadoras: rodas em “V” revestidas de borracha, ou adicionando uma

roda côncava atrás e as rodas em “V” com discos dentados; roda com banda côncava de

borracha e roda com banda larga de borracha e ressaltos. Opcionalmente possui à frente

dos disco duplo de sementes três componentes para limpar trilho: disco liso, disco dentado

e disco côncavo. Possui marcador de linha hidráulico. Podem adicionar componentes para

se adequar a agricultura de precisão, com taxa variável de sementes e fertilizante.

Cabeçalho para acoplamento em tandem.

O modelo JM 7080 PD GUERRA PLUS é uma semeadora adubadora de precisão

com sistema de distribuição de sementes com discos alveolados e a JM 7090 PD

GUERRA PLUS pneumática (Fig. 4.11). Trata-se de uma máquina de arrasto com

rompedores de solo frontais pivotados e os componentes de acabamento de semeadura

apoiados com sistema pantográfico, ambos em zigue zague. Estão disponibilizadas com

10 a 20 linhas de 45 cm de espaçamento (Tab. 4.9), portanto, mais apropriadas as média

e grandes propriedades. Disco de corte (liso e recortado) e haste sulcadora afastada ou

disco duplo. Os reservatórios de fertilizante de grande dimensão e o de sementes são de

polietileno, sendo o de fertilizante elevado e os de sementes individualizados por linha

tipo balde. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim. Possui caixa de câmbio.

Disco duplo para sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas e cinco

tipos de rodas compactadoras: rodas em “V” revestidas de borracha, ou adicionando uma

roda côncava atrás e as rodas em “V” com discos dentados; roda com banda côncava de

borracha e roda com banda larga de borracha e ressaltos. Opcionalmente possui à frente

dos disco duplo de sementes três componentes para limpar trilho: disco liso, disco dentado

e disco côncavo. Possui marcador de linha hidráulico. Podem adicionar componentes para

se adequar a agricultura de precisão, com taxa variável de sementes e fertilizante.

Cabeçalho para acoplamento em tandem. Kit de pastagem opcional.

O modelo JM 8080 PD TERRA EXACTA é uma semeadora de precisão com

sistema de distribuição de sementes com discos alveolados e a JM 8090 PD TERRA

EXACTA pneumática, trata-se de uma semeadora de precisão, específica para áreas que

não distribui o fertilizante juntamente às sementes. Possuí modelos com 29, 33 e 39 linhas

espaçadas de 45 cm. As sementes são transportadas por gravidade dos depósitos às

unidades de semeadura, que distribuem pneumaticamente as sementes com unidades tipo

pipoqueira. A máquina articula seus braços facilitando o transporte. Como rompedores

de solo, possui três tipos de discos de corte: o liso, ondulado e corrugado. No acabamento

de semeadura possuí os mesmos componentes das apresentadas anteriormente. Possui

monitor de sementes que controla com taxa variável a distribuição de sementes,

integrando a máquina ao sistema de agricultura de precisão. Sistema hidráulico para

facilitar o transporte.

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131

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

A JM 5023 e 5027 são semeadoras adubadoras de arrasto de fluxo contínuo com

23 e 27 linhas espaçadas de 17 cm de espaçamento (Tab. 4.9). Possuem sistema de

distribuição de sementes com rotores acanelados helicoidais e apropriada à semeadura de

culturas de inverno em médias e grandes propriedades. Possui linhas pantográficas com

disco duplo desencontrado. Os abridores de sulco dispostos transversalmente em zigue

zague (Fig. 4.11). Os depósitos de sementes e fertilizante elevados e em polietileno. O

sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim. Possui caixa de câmbio. Os

aterradores/compactadores são com rodas de ferro ou revestidas de borracha cônicas.

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132

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.9 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP) e, fluxo contínuo (SAF) da JUMIL em agosto de 2016.

http://www.jumil.com.br/Produtos.

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE

DE SEMENTES

PESO

POR

LINHA

kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

JM 2040 SAPTr

montada

pantográfica

3, 5, 6 e 7

55 cm

Discos

alveolados balde/

gravidade

- Alinhados disco

de corte, haste e

disco de sementes

Rosca sem fim

JM 2570 SH MAGNUM

PD

SAPTr arrasto

pivotada

5 e 6

45 cm

Discos

alveolados balde/

gravidade

227 a 229 Alinhados disco

de corte, haste e

disco de sementes

Rosca sem fim

JM 2670 SH EXACTA

PD

SAPTr arrasto

pivotada

5 e 6

45 cm

Pneumático balde/

gravidade

227 a 229 Alinhados disco

de corte, haste e

disco de sementes

Rosca sem fim

JM 3060 PD SAPTr arrasto

pantográfica

7, 9 e 11

45 cm

Discos

alveolados balde/

gravidade

355 a 418 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

JM 3070 PD SAPTr arrasto

pantográfica

7, 9 e 11

45 cm

Pneumático balde/

gravidade

355 a 418 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

JM 3080 PD

SAPTr arrasto

pantográfica -

tandem, taxa

variável

8, 10, 12, 13, 15, 17 e 18

45 cm

Discos

alveolados balde/

gravidade

477 a 571 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

JM 3090 PD SAPTr arrasto

pantográfica -

tandem, taxa

variável

8, 10, 12, 13, 15, 17 e 18

45 cm

Pneumático balde/

gravidade

477 a 571 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

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133

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

JM 7080 PD GUERRA

PLUS

SAPTr arrasto

pantográfica -

tandem, taxa

variável

10, 11, 12, 13, 14, 15, 17,

18 19 e 20

45 cm

Discos

alveolados balde/

gravidade

507 a 616 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

JM 7090 PD GUERRA

PLUS

SAPTr arrasto

pantográfica -

tandem, taxa

variável

10, 11, 12, 13, 14, 15, 17,

18 19 e 21

45 cm

Pneumático balde/

gravidade

507 a 616 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

JM 8080 SS TERRA

EXACTA

SPTr arrasto

pantográfica,

taxa variável

29, 33 e 39

45 cm

Discos

alveolados balde/

gravidade

- Zigue zague disco

de corte e

disco de

sementes

Rosca sem fim

JM 8090 SS TERRA

EXACTA

SPTr arrasto

pantográfica,

taxa variável

29, 33 e 39

45 cm

Pneumático balde/

gravidade

- Zigue zague disco

de corte e

disco de

sementes

Rosca sem fim

JM 5023 e 5027 SAFTr

montada

pivotada

23 e 27

17 cm

Rotores

helicoidais Depósito

elevado/gravidade

- Zigue zague

disco de

sementes

Rosca sem fim

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134

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

JM 2040 JM 2670 JM 3060 JM 3090

JM 7080 PD GUERRA PLUS JM 8090 SS TERRA EXACTA JM 5027

Figura 4.11 – Semeadoras e ou adubadoras de precisão e de fluxo contínuo da JUMIL. http://www.jumil.com.br/Produtos

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

4.11 A indústria KF fabricante de máquinas agrícolas desde 1995, presente no

mercado nacional, é sediada no município de Cândido Godoi no estado do Rio Grande do

Sul. Iniciou a fabricação de semeadoras adubadoras para o SPD a partir de 1998. Hoje a

empresa expandiu-se no mercado nacional e nos países do Mercosul.

A KF disponibiliza 6 semeadoras adubadoras de precisão, 4 de fluxo contínuo e 2

multissemeadoras. A tabela 4.10 apresenta algumas características dessas máquinas.

A semeadora adubadora de precisão STAND é uma máquina montada no sistema

hidráulico do trator, com sistema pantográfico nas linhas onde se apoiam os componentes

de semeadura e acabamento. É disponibilizada de 3 a 6 linhas espaçadas de 46 cm, sendo

adequadas para pequenas propriedades (Tab. 4.10). Os discos de corte e hastes ou disco

duplo, assim como, os discos de semeadura são alinhados transversalmente (Fig. 4.12).

Os reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, individualizados por linha,

sendo o de fertilizante elevado e os de sementes com balde. Usa como sistema de

distribuição de sementes os discos alveolados. A distribuição de fertilizante é por rosca

sem fim. Disco duplo para sementes, seguida de rodas inclinadas aterradoras e revestidas

com borracha.

O modelo COMPACTA, apropriada para pequenas e médias propriedades é uma

semeadora adubadora de precisão de arrasto, com sistema pantográfico nas linhas onde

se apoiam os componentes de semeadura e acabamento. É disponibilizada de 5 a 8 linhas

espaçadas de 45 cm. (Tab. 4.10). Os discos de corte e hastes ou disco duplo são dispostos

em zigue zague, os discos de semeadura são alinhados transversalmente (Fig. 4.12). Os

reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, sendo o de fertilizante elevados

e os de sementes individualizados do tipo balde por linha. Usa como sistema de

distribuição de sementes os discos alveolados. A distribuição de fertilizante é por rosca

sem fim. Possui caixa de câmbio com alavancas para regulagem das dosagens de adubo

e semente. Disco duplo para sementes, seguida de rodas inclinadas aterradoras e

revestidas com borracha ou limitadores de profundidade com rodas paralelas e

compactadoras com rodas em “V” revestidas de borracha.

As semeadoras adubadoras de precisão PLENA GUAPA e PLENA MASTER

diferem apenas pela capacidade do compartimento do adubo, que é maior na PLENA

MASTER. Ambas possuem como opcional uma terceira caixa, com maior autonomia e

as pipoqueiras apoiadas nas unidades de semeadura (Tab. 4.10). A primeira é

disponibilizada de 7 a 9 linhas e a segunda de 9 a 11 linhas de 45 cm de espaçamento,

apropriadas as médias propriedades. Usa como sistema de distribuição de sementes os

discos alveolados. O dosador de fertilizante é do tipo rosca sem fim. Também está

disponível como opcional o dosador de adubo TOPLANTING, composto por duas roscas

que giram em sentido oposto, resultando em uma maior uniformidade de distribuição em

terrenos inclinados. Possui caixa de câmbio com alavancas para regulagem das dosagens

de adubo e semente. Disco duplo para sementes, seguida de rodas controladoras de

profundidade paralelas, acopladas por meio de um sistema de balancim e revestimento de

borracha, as rodas compactadoras em são em “V”.

O modelo HIPER PLUS, possui sistema pivotado para os rompedores de solo à

frente e pantográfico atrás para os componentes de deposição de sementes e acabamento

de semeadura (Figura 4.12). O depósito de sementes tipo balde apoia-se sobre cada linha

e é disponibilizada de 7 a 12 linhas espaçadas de 45 cm de espaçamento (Tab. 10), o que

a qualifica como apropriada para médios propriedades. Possui sistema de distribuição de

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

sementes com discos alveolados e também pode ser equipada com sistema TITANIUM.

Haste sulcadora ou disco duplo afastados do disco de corte. Os discos de corte e hastes

são dispostos transversalmente em zigue zague com um desencontro de 40 cm entre eles

e os discos de semeadura são alinhados. Os reservatórios de fertilizante e sementes são

de polietileno, sendo o de fertilizante elevado e os de sementes com balde por linha. A

caixa elevada de sementes e sistema de pipoqueira são opcionais nessa máquina. A

distribuição de fertilizante é por rosca sem fim da marca POLITECNO. Também está

disponível como opcional o dosador de adubo TOPLANTING, composto por duas roscas

que giram em sentido oposto, resultando em uma maior uniformidade de distribuição em

terrenos inclinados. Disco duplo para sementes, seguida de rodas controladoras de

profundidade paralelas, acopladas por meio de um sistema de balancim e revestimento de

borracha, as rodas compactadoras em são em “V”. Possui cabeçalho para o acoplamento

em tandem. Esta máquina também está disponível na versão CAMALHONEIRA, que

possui aivecas posicionadas entre as linhas, fazendo um camaleão ideal para realização

da semeadura de soja em áreas de solo inundado.

O modelo HIPER PLUS S, é uma versão da HIPER PLUS com um chassis mais

reforçado e vedação nas articulações dos pantógrafos, disco de corte de 20” de série

posicionados em zigue zague com desencontro de 46 cm. Esta máquina é disponibilizada

de 11 a 18 linhas de 45 ou 50 cm de espaçamento, portanto apropriadas a médias e grandes

propriedades. Possui terceiro depósito de sementes com maior autonomia e sistema de

distribuição tipo pipoqueira com discos alveolados que podem, também, ser da marca

TITANIUM. Este modelo de máquina também está disponível como articulada, com dois

chassis dispostos paralelamente acoplados no centro por uma articulação que permite

melhor desemprenho ao trabalhar sobre bases.

A KF possuí uma semeadora adubadora de fluxo contínuo montada (TURVO) e

três de arrasto (PANTOGRAFIC SYSTEM, DOUBLE SYSTEM NEW e a TG

EVOLUTION) variam de 13 a 35 linhas espaçadas de 17 cm (Tab. 4.10).

A TURVO é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo, montada, e arrozeira,

adequada a propriedades menores, possuindo de 13 a 17 linhas (Tab. 4.10) de 17 cm de

espaçamento. Possui linhas pivotadas com disco duplo. Os discos são dispostos

transversalmente em zigue zague (Fig. 4.13). O depósito de semente é fabricado em aço

inoxidável e a caixa de fertilizante em polietileno, o sistema de distribuição de sementes

com rotores acanalados helicoidais fabricados em aço, resistente ao desgaste provocado

pelas sementes de arroz. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim. Os

compactadores são com rodas de ferro fundido.

A PANTOGRAFIC SYSTEM é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo, de

arrasto, arrozeira, adequada a propriedades médias, possuindo de 17 a 26 linhas (Tab.

4.10) de 17 cm de espaçamento. Possui linhas pantográficas com disco duplo. Os discos

são dispostos transversalmente em zigue zague (Fig. 4.13). Os depósitos de semente e

fertilizante são fabricados em aço inoxidável e, o sistema de distribuição de sementes com

rotores acanalados helicoidais. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim da marca

POLITECNO. Também está disponível como opcional o dosador de adubo

TOPLANTING, composto por duas roscas que giram em sentido oposto, resultando em

uma maior uniformidade de distribuição em terrenos inclinados. Os compactadores são

com rodas de ferro. Possui como opcional um kit para sementes de pastagem e rodas

adicionais para transporte longitudinal.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

A DOUBLE SYSTEM NEW é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo, de

arrasto, e adequada a propriedades médias e grandes, possuindo de 17 a 33 linhas (Tab.

4.10) de 17 cm de espaçamento. Possui linhas pantográficas com disco duplo. Os discos

são dispostos transversalmente em zigue zague. O depósito de semente é fabricado em

aço inoxidável e a caixa de fertilizante em polietileno, o sistema de distribuição de

sementes com utiliza rotores acanalados helicoidais. O dosador de fertilizante é do tipo

rosca sem fim. Também está disponível como opcional o dosador de adubo

TOPLANTING, composto por duas roscas que giram em sentido oposto, resultando em

uma maior uniformidade de distribuição em terrenos inclinados. Os aterradores e

compactadores são com rodas inclinas revestidas de borracha. Possui opcionalmente kit

para pastagem e rodas adicionais para transporte longitudinal.

A TG EVOLUTION é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo, de arrasto,

adequada a propriedades grandes, possuindo 27, 31 ou 35 linhas (Tab. 4.10) de 17 cm de

espaçamento. Possui caixa de engrenagens com alavancas para regulagem de adubo e

semente, caixas de adubo e semente em polietileno e maior autonomia de trabalho em

relação a DOUBLE SYSTEM. Sistema de rodado com pneus de alta flutuação e rodado

auxiliar para transporte longitudinal. O dosador de fertilizante é do tipo rosca sem fim.

Também está disponível como opcional o dosador de adubo TOPLANTING, composto

por duas roscas que giram em sentido oposto, resultando em uma maior uniformidade de

distribuição em terrenos inclinados.

A HIDRÀULICA TRIGO/AVEIA (Tab. 4.10) é uma multissemeadora leve de

arrasto com sistema pivotado nas linhas. Rotores canelados helicoidais para distribuição

de sementes em fluxo contínuo. O sistema de distribuição de sementes em precisão são

com discos alveolados, montados no depósito elevado. Apropriadas as pequenas

propriedades possuem de 3 a 7 linhas espaçadas de 40 a 52 cm e de 7 a16 linhas espaçadas

de 17 cm para culturas de inverno (Fig. 4.13). Possui depósitos para sementes e

fertilizante de aço inoxidável. Os rompedores de solo frontais e os de semeadura são

alinhados transversalmente na versão em precisão e em fluxo contínuo são dispostos em

zigue zague. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim. Na versão em

precisão os rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste sulcadora. Os

aterradores e compactadores são com rodas inclinas revestidas de borracha.

A GERAÇÃO 4200 já de maior dimensão é multissemeadora (Tab. 4.10), com

depósito de fertilizante elevado e o de sementes tipo balde, variando de 5 a 9 linhas de 47

a 51 cm de espaçamento na versão em precisão (Fig. 4.13) e 13 a 23 linhas de 17 cm de

espaçamento em fluxo contínuo. Os depósitos de fertilizante e de sementes são

polietileno. Os rompedores de solo frontais são posicionados transversalmente em zigue

zague e os de semeadura alinhados. São acoplados com sistema pantográfico. Na versão

em precisão as sementes são dosadas com discos alveolados. A máquina possui caixa de

câmbio. O dosador de fertilizante é do tipo rosca sem fim. Também está disponível como

opcional o dosador de adubo TOPLANTING, composto por duas roscas que giram em

sentido oposto, resultando em uma maior uniformidade de distribuição em terrenos

inclinados. Disco duplo para sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas

e compactadoras com rodas em “V” revestidas de borracha.

A AR EVOLUTION é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo, de arrasto,

adequada a propriedades grandes, possuindo 27 linhas (Tab. 4.10) de 17 cm de

espaçamento. Possui caixa de engrenagens com alavancas para regulagem de adubo e

semente, caixas de adubo e semente em polietileno e linhas pantográficas. Sistema de

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

rodado com pneus de alta flutuação e rodado auxiliar para transporte longitudinal. O

dosador de fertilizante é do tipo rosca sem fim. Também está disponível como opcional

o dosador de adubo TOPLANTING, composto por duas roscas que giram em sentido

oposto, resultando em uma maior uniformidade de distribuição em terrenos inclinados.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.10 – Modelos de semeadoras adubadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SAMu) da KF em agosto de 2016.

http://www.industrialkf.com.br/produtos/categoria/1/Plantadoras. http://www.industrialkf.com.br/produtos/categoria/2/Semeadoras.

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE

DE SEMENTES

PESO POR

LINHA kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

STAND

SAPTr

montada

pantográfica

3, 4, 5 e 6

43 cm

Discos

alveolados balde/

gravidade

197 a 217 Alinhados disco

de corte, haste e

disco de sementes

Rosca sem fim

COMPACTA

SAPTr

arrasto

pantográfica

5, 6, 7 e 8

47 cm

Discos

alveolados balde/

gravidade

303 a 325 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhado disco de

sementes

Rosca sem fim

PLENA GUAPA

SAPTr

arrasto

pantográfica

7, 8, e 9

45 cm

Discos

alveolados balde ou

30 depósito e

pipoqueira/

gravidade

343 a 378 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhado disco de

sementes

Rosca sem fim

PLENA MASTER

SAPTr

arrasto

pantográfica

8, 9, 10 e 11

45 cm

Discos

alveolados balde ou

30 depósito e

pipoqueira/

gravidade

400 e 422 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhado disco de

sementes

Rosca sem fim

HIPER PLUS

SAPTr

arrasto

pantográfica,

tandem

6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12

45 cm

Discos

alveolados balde ou

30 depósito e

pipoqueira/

gravidade

454 a 455 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhado disco de

sementes

Rosca sem fim

HIPER PLUS S

SAPTr

arrasto

pantográfica,

tandem

11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e

18

45 cm

Discos

alveolados balde ou

30 depósito e

pipoqueira/

gravidade

- Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhado disco de

sementes

Rosca sem fim

TURVO

SAFTr

montada

pivotada

13, 15 e 17

17 cm

Rotores

helicoidais

Depósito

elevado/gravidade

99 a 116 Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

PANTOGRAFICA

SYSTEM

SAFTr

arrasto

pantográfica

17, 19, 21, 23 e 26

17 cm

Rotores

helicoidais Depósito

elevado/gravidade

- Zigue zague

disco de

sementes

Rosca sem fim

DOUBLE SYSTEM

NEW

SAFTr

arrasto

pantográfica

17, 19, 21, 23, 27, 29, 31 e

33

17 cm

Rotores

helicoidais Depósito

elevado/gravidade

152 a 166 Zigue zague

disco de

sementes

Rosca sem fim

TG EVOLUTION SAFTr

arrasto

pantográfica

27,31 e 35

17 cm

Rotores

helicoidais Depósito

elevado/gravidade

194 Zigue zague

disco de

sementes

Rosca sem fim

HIDRÁULICA

MULTIPLA

SAMuTr

arrasto

pivotada

3, 5, 6 e 7 de 40 a 52 cm

7, 13, 15 e 16 de 17 cm

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

Balde/gravidade e

elevado/gravidade

60 a 68 de 17

cm

155 a 157 de

40 a 52 cm

Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhado disco de

sementes

Rosca sem fim

GERAÇÃO 4200 SAMuTr

arrasto

pantografica

13, 16, 17, 20 e 23

de 17 cm

5, 6, 7, 8 e 9 de 47 a 51 cm

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

Balde/gravidade e

elevado/gravidade

128 a 147 de

17 cm

342 a 378 de

47 a 51 cm

Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhado disco de

sementes

Rosca sem fim

AR EVOLUTION SAFTr

arrasto

pantográfica

27

17 cm

Rotores

helicoidais

Depósito

elevado/gravidade

Depósito

elevado/gravidade

Rosca sem fim

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

STAND COMPACTA PLENA PLENA MASTER

HIPER PLUS S GERAÇÃO 4200

Figura 4.12 – Semeadoras e ou adubadoras de precisão e multissemeadora da KF. http://www.industrialkf.com.br/produtos/categoria/1/Plantadoras.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

TURVO PANTOGRAFICA SYSTEM HIDRÁULICA MULTIPLA

Figura 4.13 – Semeadoras e ou adubadoras de fluxo contínuo e multissemeadora da KF.

http://www.industrialkf.com.br/produtos/categoria/2/Semeadoras.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

4.12 A indústria KUHN, multinacional europeia, fundada em 1828 como

modesta forjaria, consolida-se na França em 1864 na cidade de Saverne sobrevivendo às

guerras posteriores, torna-se Alemã e posteriormente Francesa em 1918 trabalhando para

o desenvolvimento da agricultura na região Francesa da Alvacia. Após a Segunda Guerra

Mundial, expandiu-se em todos os mercados do planeta e em 2005 adquiriu a empresa

brasileira METASA sediada em Passo Fundo no estado do Rio Grande do Sul.

A KUHN possui semeadoras adubadoras de precisão a partir de 2 até 35 linhas,

com amplas possibilidades de variação no espaçamento. Para a semeadura de cereais de

inverno (semeadoras adubadoras de fluxo contínuo), a KUHN disponibiliza modelos de

11 até 31 linhas, também com espaçamento variável, podendo chegar até 12,5 cm entre

linhas. São 6 modelos de semeadoras adubadoras de precisão, duas semeadoras de

precisão 3 semeadoras adubadoras de fluxo contínuo, uma semeadora de fluxo contínuo

e uma multissemeadora.

A semeadora adubadora de precisão PLM é uma máquina montada no sistema

hidráulico do trator, com sistema pantográfico nas linhas onde se apoiam os componentes

de semeadura e acabamento. É disponibilizada de 2 a 4 linhas espaçadas de 45 cm, sendo

adequadas para pequenas propriedades (Tab. 4.11). Os discos de corte e hastes ou disco

duplo, assim como, os discos de semeadura são alinhados transversalmente (Fig. 4.14).

Os reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, individualizados por linha,

sendo o de fertilizante elevado e os de sementes com balde. Usa como sistema de

distribuição de sementes os discos aveolados. A distribuição de fertilizante é por rosca

sem fim. Disco duplo para sementes, seguida de discos recortados aterradores e roda

compactadora de grande diâmetro, revestida de borracha, com função também de

acionadora do mecanismo de correntes e engrenagens.

O modelo PPK, apropriada para pequenas propriedades é semeadora adubadora

de precisão montada ou de arrasto, pivotada nos rompedores frontais e nos componentes

de semeadura e acabamento. É disponibilizada de 3 a 6 linhas espaçadas de 45 cm. (Tab.

4.11). Os discos de corte e hastes ou disco duplo são alinhados transversalmente, assim

como, os discos de semeadura. Os reservatórios de fertilizante e sementes são de

polietileno, sendo o de fertilizante elevados e os de sementes individualizados do tipo

balde por linha. Usa como sistema de distribuição de sementes os discos aveolados. A

distribuição de fertilizante é por rosca sem fim. Possui caixa de câmbio. Disco duplo para

sementes, seguida de rodas paralelas para controle de profundidade e rodas

compactadoras em “V”. Podem também ser disponibilizadas com rodas inclinadas

revestidas com borracha e roda de pequeno diâmetro como compactadora.

O modelo PV/PG PLUS, apropriada para pequenas e médias propriedades é

semeadora adubadora de precisão de arrasto, pivotada nos rompedores frontais e pivotada

ou pantográfica nos componentes de semeadura e acabamento. É disponibilizada de 5 a

11linhas espaçadas de 45 cm. (Tab. 4.11). Os discos de corte e hastes ou disco duplo são

dispostos em zigue zague e os discos de semeadura alinhados transversalmente (Fig.

4.13). Os reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, sendo o de fertilizante

elevado e os de sementes individualizados do tipo balde por linha. Usa como sistema de

distribuição de sementes os discos aveolados. A distribuição de fertilizante é por rosca

sem fim. Possui caixa de câmbio. Disco duplo para sementes, seguida de rodas paralelas

para controle de profundidade e rodas compactadoras em “V”.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

O modelo PDM PV/PG EXTRA, possui sistema pivotado para os rompedores de

solo à frente e pivotado ou pantográfico atrás para os componentes de deposição de

sementes e acabamento de semeadura (Figura 4.13). Possui terceiro depósito de sementes

com maior autonomia e sistema de distribuição tipo pipoqueira com discos alveolados. É

disponibilizada de 7 a 19 linhas espaçadas de 45 cm de espaçamento (Tab. 11), o que a

qualifica como apropriada para médias e grandes propriedades. Possui sistema de

distribuição de sementes com discos alveolados. Haste sulcadora afastada ou disco duplo

do disco de corte. Os discos de corte e hastes são dispostos transversalmente em zigue

zague e os discos de semeadura são alinhados (Fig. 4.14). Os reservatórios de fertilizante

e sementes são de polietileno. A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim. Possui

caixa de câmbio. Disco duplo para sementes e limitadores de profundidade com rodas

paralelas e compactadoras com rodas em “V” revestidas de borracha. Possui marcador de

linha hidráulico. O modelo PDM PV/PG SEED é semelhante a PDM PV/PG EXTRA

mas somente voltadas a distribuição de sementes (Tab. 4.11). A PDM PG MAXIMA por

sua vez é também semelhante, mas pneumática.

A PDM PG FLEX trata-se da união de 3 PDM PG articuladas transversalmente

(Fig. 4.14). Permite com isso mais versatilidade para trabalhos sobre terraços de base

larga.

A MARATHON CC (Fig. 4.14) com 27 a 35 linhas de 45 cm de espaçamento é

também especializada somente na semeadura. O depósito de sementes é elevado e essas

são transportadas por gravidade e distribuídas na pipoqueira com sistema pneumático.

A semeadora adubadora de fluxo contínuo NEO (Tab. 4.11) é uma máquina de

arrasto, com sistema de distribuição de rotores acanelados helicoidais, sendo

disponibilizada de 11 a 21 linhas espaçadas de 17 cm. Quando trabalha semeando arroz

em taipas, usa o sistema pivotado com maior mobilidade vertical e quando semeia trigo

pode usar o sistema pantográfico.

A semeadora de fluxo contínuo QUADRA VENTA (Tab. 4.11) não possui

sistema de distribuição de fertilizante, sendo apropriada a grandes propriedades. O

depósito de sementes é centralizado e essas são transportadas por fluxo de ar as unidades

de semeadura (Fig. 4.14). São disponibilizadas com 52 e 60 linhas de 17 cm ou adensada,

com 72 a 80 linhas de 12,5 cm.

A SDM SELECT é multissemeadora (Tab. 4.11), possui o terceiro depósito e

pipoqueira, variando de 5 a 8 linhas de 45 cm de espaçamento na versão em precisão e

11 a 21 de 17 cm de espaçamento em fluxo contínuo. Os depósitos de fertilizante e de

sementes são polietileno, com posição elevada. Os rompedores de solo frontais são

alinhados transversalmente e os de semeadura também. São acoplados com sistema

pantográfico. Tubos telescópicos conduzem o fertilizante e sementes com mangueiras

sanfonadas. Na versão em precisão é montado um sistema de distribuição tipo pipoqueira

que recebe as sementes e dosam com discos alveolados no solo. O sistema de distribuição

de sementes em fluxo contínuo, usa rotores acanelados helicoidais. Na versão em precisão

os rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste sulcadora. As rodas de

controle de profundidade e compactadoras da unidade de semeadura são com rodas

inclinadas revestidas de borracha e também oferecem as rodas compactadoras em “V”.

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145

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.11 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP) e fluxo contínuo (SF ou SAF) e multissemeadora (SAMu) da

KUHN em agosto de 2016.

http://www.kuhndobrasil.com.br/internet/webbr.nsf/0/AAC095552B471836C1257C370050D95F?OpenDocument&p=4.1.1

http://www.kuhndobrasil.com.br/internet/webbr.nsf/0/270FFFAD1ED13FD0C1257EE7003611CA?OpenDocument&p=4.1.2

http://www.kuhndobrasil.com.br/internet/webbr.nsf/0/CD02C4F5EEED5268C1257C370050D964?OpenDocument&p=4.1.3

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE

DE SEMENTES

PESO

POR

LINHA

kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

PLM

SAPTr

montada

pantográfica

2, 3 e 4

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 200 a 205 Alinhados disco

de corte, haste e

disco de sementes

Rosca sem fim

PPK

SAPTr

montada ou

arrasto,

pivotada

3, 4, 5 e 6

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 279 a 312 Alinhados disco

de corte, haste e

disco de sementes

Rosca sem fim

PV/PG PLUS SAPTr

montada ou

arrasto,

pivotada

5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 364 a 480 Zigue zague disco

de corte

Alinhado disco de

sementes

Rosca sem fim

PDM PV/PG EXTRA

SAPTr arrasto

pivotada ou

pantográfica

7, 9, 10, 11, 12, 13, 15, 17 e

19

45 cm

Discos

alveolados 30 depósito e

pipoqueira/

gravidade

447 a 551 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhado disco de

sementes

Rosca sem fim

PDM PG MAXIMA

SAPTr arrasto

pantográfica

7, 9, 10, 11, 12, 13, 15, 17 e

19

45 cm

Pneumática 30 depósito e

pipoqueira/

gravidade

454 a 564 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

PDM PG FLEX

1500

SAPTr arrasto

pantográfica

15

45 cm

Discos

alveolados 30 depósito e

pipoqueira/

gravidade

540 Zigue zague disco

de corte

Rosca sem fim

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146

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Alinhado disco de

sementes

PDM PV/PG SEED SPTr arrasto

pivotada ou

pantografica

7, 9, 10, 11, 12, 13, 15, 17 e

19

45 cm

Só sementes/

Discos

alveolados

30 depósito e

pipoqueira/

gravidade

438 a 536 Zigue zague disco

de corte

Alinhado disco de

sementes

Rosca sem fim

MARATHON CC

SPTr arrasto

pantográfica

25, 27, 29, 31 e 35

45 cm

Só sementes

Pneumática 30 depósito e

pipoqueira/

gravidade

- Zigue zague disco

de corte

Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

NEO

SAFTr arrasto

pivotada ou

pantográfica

11, 13, 15, 17, 19 e 21

17 cm

Rotores

helicoidais Depósito

elevado/gravidade

- Zigue zague disco

de sementes

-

QUADRA VENTA

SFTr arrasto

pantográfica

30 depósito

52 e 60 17 cm

72 e 80 12,5 cm

Só sementes

Rotores

helicoidais

Depósito

central/pneumático

- Zigue zague disco

de sementes

-

SDM SELECT

SAMuTr

arrasto

pantográfica

11, 13. 15, 17, 19 e 21 de

17 cm

5, 7 e 8 de 45 cm

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

Depósito

elevado/gravidade

147 a 191

357 a 425

Alinhado disco de

corte, haste

Alinhado disco de

sementes

Rosca sem fim

SDM VERSATILE

SAMuTr

arrasto

pantográfica

21, 25 e 29 de 17 cm

8, 9 e 11 de 45 cm

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

Depósito

elevado/gravidade

196 a 214

518 a 567

Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

PLM PDM PG EXTRA PDM PG MAXIMA

PDM FLEX 15 MARATHON CC QUADRA VENTA

Figura 4.14 – Semeadoras e ou adubadoras de precisão e fluxo contínuo da KUHN.

http://www.kuhndobrasil.com.br/internet/webbr.nsf/0/AAC095552B471836C1257C370050D95F?OpenDocument&p=4.1.1

http://www.kuhndobrasil.com.br/internet/webbr.nsf/0/270FFFAD1ED13FD0C1257EE7003611CA?OpenDocument&p=4.1.2

http://www.kuhndobrasil.com.br/internet/webbr.nsf/0/CD02C4F5EEED5268C1257C370050D964?OpenDocument&p=4.1.3

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

A SDM VERSATILE é multissemeadora (Tab. 4.11), possui o terceiro depósito e

pipoqueira, variando de 8 a 11 linhas de 45 cm de espaçamento na versão em precisão e

21 a 29 de 17 cm de espaçamento em fluxo contínuo. Os depósitos de fertilizante e de

sementes são polietileno, com posição elevada. Os rompedores de solo frontais são

posicionados transversalmente em zigue zague e os de semeadura também. São acoplados

com sistema pantográfico. Tubos telescópicos conduzem o fertilizante e sementes com

mangueiras sanfonadas. Na versão em precisão é montado um sistema de distribuição

tipo pipoqueira que recebe as sementes e dosam com discos alveolados. A máquina possui

caixa de câmbio. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim da marca

FERTISYSTEM, o de sementes em fluxo contínuo, usa rotores acanelados helicoidais.

Na versão em precisão os rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste

sulcadora. As rodas de controle de profundidade e compactadoras da unidade de

semeadura são com rodas inclinadas revestidas de borracha e também oferecem as rodas

compactadoras em “V”. Possui hectarímetro e rodas adicionais para transporte

longitudinal.

4.13 A indústria KNAPIK desde 1997 fabrica máquinas agrícolas voltadas a

pequena propriedade. Quanto às semeadoras de plantio direto possui semeadoras

adubadoras de tração animal, para micro tratores e pequenos tratores.

A semeadora adubadora de precisão a tração animal KNAPIK (Fig. 4.15) existe

no mercado desde o início de 2000, possui o ponto de engate regulável para obter o melhor

posicionamento da linha de tração, uma roda de transporte que tem função de firmar a

palha no solo, facilitando o corte com o disco e corte. Possui haste sulcadora na deposição

de fertilizante e disco duplo desencontrado para deposição de sementes, Rodas

compactadoras e acionadoras atrás. Trabalha bem inclusive em solos declivosos. Os

depósitos de fertilizante e sementes são de polietileno tipo balde. O sistema de

distribuição de sementes é com discos alveolados e o fertilizante com rosca sem fim (auto

limpante), o reservatório em plástico, nylon e aço inóx (Tab. 4.12).

A KNAPIK também oferece um modelo acoplado à micro trator (peso aproximado

do micro trator de 350 Kg com 2 rodas - tipo Tobata, Tramontine, Yanmar e Coyote). O

sistema de funcionamento da semeadora para micro trator é similar à de tração animal.

Com o diferencial que ela fica por baixo do cabo do micro trator, por este motivo a caixa

de adubo é deslocada para lateral.

A KNAPIK também oferece um modelo acoplado à pequenos tratores com engate

categoria especial, a exemplo Agrale 4.100 e 4.200, com opção de 1 e 2 linhas

respectivamente, de construção compacta realizando a semeadura e adubação em plantio

direto (Fig. 4.15). Possui os mesmos componentes da semeadora à tração animal, exceto

a roda de transporte para compactar a palha (Tab. 4.12).

Para tratores de diferentes fabricações a KNAPIK disponibiliza semeadoras

adubadoras montadas no sistema hidráulico do trator com opção de 2, 3, 4 e 5 linhas e,

ainda, há a opção da semeadora com sistema de articulação onde os pistões hidráulicos

acoplados no sistema hidráulico do trator, e estes fazem a movimentação das linhas para

acompanharem o declive do solo, facilitando a semeadura no terreno.

A Plantadeira de Arrasto com opção de 3, 4 e 5 linhas são acopladas na barra porta

ferramenta com engate pantográfico. Os rompedores frontais (disco de corte e haste

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149

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

sulcadora), assim como o disco duplo desencontrado são alinhados transversalmente na

máquina. O sistema de distribuição de sementes é com discos alveolados e o de

fertilizante com rosca sem fim (auto limpante). O acionamento das transmissões é

realizado com a roda metálica traseira que tem a função de aterramento e compactação

também. Os depósitos de sementes e fertilizante são do tipo balde. As hastes sulcadoras

possuem sistema de desarme automático.

Todas as semeadoras possuem como item opcional o Distribuidor de Sementes de

pastagens.

Figura 4.15 – Modelos de semeadoras adubadoras de precisão a tração animal (SATa),

micro tratores (SAPMi), pequenos tratores e tratores (SAPTr) de 2 linhas montada e 4

linhas de arrasto respectivamente da KNAPIK. http://www.knapik.com.br/

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150

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 12 – Modelos de semeadoras adubadoras de precisão a tração animal (SATA), para micro tratores (SAPMi) e pequenos tratores (SAP) da

KNAPIK em agosto de 2016. http://www.knapik.com.br/

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE

DE

SEMENTES

PESO

POR

LINHA

kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

PLANTADEIRA A

TRAÇÃO ANIMAL

SAPTa arrasto 1

Discos

alveolados

Balde/gravidade 84 - Rosca sem fim

PLANTADEIRA PARA

MICRO TRATOR

SAPMi

montada

1

Discos

alveolados Balde/gravidade 85 - Rosca sem fim

PLANTADEIRA

HIDRÁULICA

Trator Agrale 4100 e 4200

SAPTr

montada

1 e 2

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 105 e 117

Alinhados disco

de corte, haste e

disco duplo

Rosca sem fim

PLANTADEIRA

HIDRÁULICA

SAPTr

montada

pantografica

2, 3, 4 e 5

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 130 a 150

Alinhados disco

de corte, haste e

disco duplo

Rosca sem fim

PLANTADEIRA

HIDRÁULICA

MONTANHA

SAPTr

montada

pantográfica,

articulada

2, 3, 4 e 5

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 185 a 210

Alinhados disco

de corte, haste e

disco duplo

Rosca sem fim

PLANTADEIRA DE

ARRASTO

SAPTr arrasto

pantografica

3, 4 e 5

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 220 a 260 Alinhados disco

de corte, haste e

disco duplo

Rosca sem fim

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151

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

4.14 A indústria KRUPP indústria de semeadoras-adubadoras manuais

(matraca) foi fundada em 1947 em Araricá-RS. Fabricaram sempre as matracas, com

exceção de um período que fabricaram guarda-chuva também. Em 1984 a fábrica já

vendia em todo o país. Havia grandes distribuidores ao norte e pequenos no sul do Brasil.

Em 2007 a demanda não superava a capacidade de produção da empresa, que revende

para todo o território nacional, já sendo demandada para outros países.

A KRUPP possui 3 modelos de semeadoras manuais Tab. 4.13), mais conhecidas

como matracas (Fig. 4.13), que pode ser utilizada em plantio direto utilizando uma

ponteira mais fina e comprida. Como pode ser observado, no modelo perna de grilo (Fig.

4.16). Possui também um modelo de semeadora adubadora manual (Fig. 4.16).

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 13 – Modelos de semeadoras e ou adubadoras de precisão (SAPMa) da KRUPP em 2007.

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE

DE

SEMENTES

PESO

POR

LINHA

kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

PLANTADEIRA COM

HASTE

SPMa 1

Haste oscilante Balde/gravidade

- - -

PLANTADEIRA COM

DISCOS

SPMa 1

Discos

alveolados Balde/gravidade - - -

PLANTADEIRA

ADUBADEIRA

SAPMa 1

Discos

alveolados Balde/gravidade - - Rolete nylon

PLANTADEIRA PERNA

DE GRILO

SPMa 1

Haste oscilante Balde/gravidade - - -

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Figura 4.16 – Da esquerda para direita: semeadora com haste oscilante; semeadora com disco, semeadora perna de grilo e semeadora adubadora

todas manuais. Fotos na indústria KRUPP em 2007.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

4.15 A indústria KULZER & KLIEMANN de Toledo no Paraná iniciou seus

trabalhos com adaptações de semeadoras adubadoras de plantio direto desde 1981 e em

1998 fabricou sua primeira máquina. Fabrica semeadoras adubadoras de precisão e fluxo

contínuo por encomenda com dispositivos diferenciados principalmente quanto a atuação

das molas sobre as unidades de semeadura, utilizando cabo de aço para uniformizar a

pressão sobre as linhas e permitir grande amplitude de movimentação vertical sobre as

mesmas. A figura 4.17 mostra as versões em precisão e fluxo contínuo.

A semeadora adubadora de precisão KK é de arrasto, pivotada com os rompedores

frontais (disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) dispostos em zigue zague e os

de semeadura alinhados. O sistema de distribuição de sementes é em discos alveolados e

os de fertilizante com rosca sem fim da marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras.

Possui rodas de controle de profundidade e aterradoras, rodas de ferro inclinadas e roda

compactadora de pequeno diâmetro de borracha. Opcionalmente pode ter uma roda de

controle de profundidade das hastes sulcadoras que podem ajudar a desembuchar a

máquina.

A semeadora adubadora de fluxo contínuo também utiliza o sistema de cabo de

aço para uniformizar a pressão das linhas, caracteriza-se por ser a única semeadora de

fluxo contínuo com rodados internos, o que promove maior estabilidade a mesma. O

sistema de distribuição de sementes é com rotores acanelados helicoidais e os de

fertilizante de rosca sem fim, da marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. As rodas de

ferro também são utilizadas para o aterramento.

Figura 4.17 – Semeadora adubadora de precisão a esquerda e de fluxo contínuo a direita

da KÜLZER& KLIEMANN. Fotos em 2007.

4.16 A indústria MARCHESAN IMPLEMENTOS E MÁQUINAS

AGRÍCOLAS “TATU” S/A, sediada no município de Matão no estado de São Paulo

desde 1946, tradicional fabricante de várias máquinas e implementos agrícolas apresenta

hoje 25 modelos de semeadoras adubadoras mecanizadas para o SPD (Tab. 14).

Constituem-se de 16 semeadoras adubadoras de precisão, 2 semeadoras de precisão, 4

semeadoras adubadoras de fluxo contínuo e 3 multissemeadoras. Além disso,

disponibilizam em seus modelos, diferentes números de unidades de semeaduras (linhas)

que superam uma centena de modelos na sua linha de produção.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

A semeadora adubadora de precisão PHL é uma máquina montada no sistema

hidráulico do trator, pivotada na barra porta ferramenta, apropriada para pequenas

propriedades com 5 e 7 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.14). Os discos de corte e hastes

ou disco duplo, assim como, os discos de semeadura são alinhados transversalmente (Fig.

4.18). Os reservatórios de fertilizante e de sementes são de polietileno tipo balde,

individualizados por linha, sendo o de fertilizante mais elevado e os de sementes

próximos ao solo. Usa como sistema de distribuição de sementes os discos aveolados

(universal). A distribuição de fertilizante é por rosca sem fim transversal ao deslocamento

do trator. Disco duplo para sementes, seguida de rodas paralelas para controle de

profundidade e rodas compactadoras em “V”.

A PHT3 PLUS é disponibilizada com 3 a 7 linhas de 45 cm de espaçamento (Tab.

4.14) e difere da PHL por ser mais robusta e possuir um depósito de fertilizante de aço

carbono tipo caixa elevada e dosadores de rosca sem fim dispostos transversalmente ao

deslocamento do trator.

A PHP é uma semeadora adubadora de precisão (Tab. 4.14) montada no hidráulico

do trator, apropriada para pequenas propriedades, acoplada com sistema pivotado e

distribuição de sementes com discos alveolados. Possui 3 a 7 linhas espaçadas de 45 cm

e os depósitos de sementes individualizados e alinhados no sentido transversal. Difere da

PHT3 PLUS, principalmente, por possuir depósito de fertilizante de polietileno tipo caixa.

A PHT 4 SUPREMA semelhante as anteriores é especializada para o plantio de

amendoim, por esta razão é disponibilizada apenas com quatro linhas de sementes (Fig.

4.18) espaçadas de 90 cm. Distribuidor de fertilizante tipo rosca sem fim disposto

longitudinalmente ao deslocamento do trator, e possui sistema de distribuição de

sementes pneumático à vácuo ou sistema TITANIUM com discos de amendoim (Tab.

4.14).

A PST PLUS assemelha-se a PHP em seus componentes, mas é uma máquina de

arrasto, com 5, 7 ou 8 linhas de 45 cm (Tab. 4.14), pivotada, mais robusta e com os discos

de corte, os rompedores frontais e de semeadura dispostos transversalmente em zigue

zague. Possui distribuidor de adubo longitudinal, câmbio com troca rápida de

engrenagens, marcador hidráulico e é de arrasto.

A PST3 (Tab. 4.14) é a mais tradicional criada em meados da década de 90. É

semeadora adubadora de precisão, de arrasto, pivotada com sistema de distribuição de

sementes mecânico com discos alveolados. São disponibilizadas de 7 a 11 linhas

espaçadas de 45 cm. Portanto, apropriadas a médias propriedades. Possuem rompedores

frontais (disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de semeadura

dispostas transversalmente em zigue zague (Fig. 4.18). Possui caixa de engrenagem. Os

reservatórios de fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno, e os de

sementes, individualizados do tipo balde. Sistema de distribuição de fertilizante com

rosca sem fim, transversal ao deslocamento do trator. Discos duplos desencontrados para

sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas revestidas com borracha e

compactadores tipo rodas em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.

A PST4 é semeadora adubadora de precisão apropriada para média propriedade,

é máquina de arrasto, pivotada (Tab. 4.14), disponibilizadas de 7 a 12 linhas espaçadas

de 45 cm. Difere da PST3 por possuir o tubo frontal de 100 x 100 mm, sendo assim mais

robusta, por possuir o sistema de distribuição de fertilizante longitudinal ao deslocamento

do trator, e os discos de corte, as linhas de adubação e as unidades de semeadura

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

desalinhadas transversalmente em zigue zague. Pode ser equipada com os distribuidores

de sementes TITANIUM ou ainda com o distribuidor de sementes pneumático Precision

Planting. Pode possuir o reservatório de sementes tipo caixa de polietileno CSU (Caixa

de Sementes Única), que abastece os dosadores de sementes por gravidade.

A PST4 FLEX (Fig. 4.18) e a PST4 FLEX SUPREMA são semeadoras

adubadoras de precisão (Tab. 4.14) de arrasto e com as linhas de sementes pantográficas,

apropriada para médias propriedades. A primeira possui sistema de distribuição de

sementes com discos alveolados universais ou modelo TITANIUM e a segunda com

distribuição de sementes pneumática Precision Planting. Possuem rompedores frontais

(disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) e na unidade de semeadura dispostas

transversalmente em zigue zague. Possui caixa de engrenagem. Os reservatórios de

fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno, e os de sementes em caixas,

maiores elevadas de polietileno (Caixa de Semente Única) com abastecimento por

gravidade dos dosadores ou individualizados do tipo balde. Sistema de distribuição de

fertilizante com rosca sem fim dispostos longitudinalmente ao deslocamento do trator.

Discos duplos desencontrados para sementes e limitadores de profundidade com rodas

paralelas revestidas com borracha e compactadores tipo rodas em “V”. Possui marcador

de linha hidráulico.

Com objetivo de trabalhar em áreas com terraços de base larga há o modelo PST

DUO (Fig. 4.18). Trata-se de uma semeadora adubadora de arrasto, com linhas de

sementes pivotada e o modelo PST DUO FLEX com linhas de sementes pantográficas.

Trata-se de uma máquina cujo chassi recebeu uma articulação longitudinal no seu centro,

que lhe permite acomodar-se melhor nos terrenos ondulados. As demais características,

assemelham-se a PST4 e PST4 FLEX.

A PST TRIO (Fig. 4.18) e a PST TRIO FLEX são semeadoras adubadoras de

precisão de arrasto, cujo chassi recebeu duas articulações longitudinais, permitindo

grande flexibilidade para o trabalho em áreas com terraços de base larga. A primeira é

pivotada e a segunda (FLEX) pantográfica. Os dosadores de sementes são com discos

alveolados, e podem ser adquiridos opcionalmente com o da marca TITANIUM ou com

dosadores de sementes pneumáticos Precision Planting. As demais características são

semelhantes a PST DUO e PST DUO FLEX.

A COP CA é semeadora adubadora de precisão apropriada para Plantio Direto em

Palhada de CANA de AÇUCAR, é de arrasto, pantográfica (Tab. 4.14), disponibilizada

com 7 ou 9 linhas espaçadas de 50 cm. Diferem da PST4 por ser mais robusta, por possuir

um Disco de Corte de 24”, Haste Escarificadora de 70 cm de altura e as unidades de

semeadura são dispostas transversalmente em zigue zague.

A COP FLEX, ULTRA FLEX (Fig. 4.18) e ULTRA são todas semeadoras

adubadoras de precisão (Tab. 4.14) de arrasto, acoplada a estrutura de forma pantográfica

e com distribuição de sementes com discos alveolados universais ou do modelo

TITANIUM. A versão SUPREMA é a vácuo com o distribuidor de sementes Precision

Planting. São disponibilizadas de 7 a 19 linhas de 45 cm de espaçamento. Todos os

modelos possuem depósitos de sementes individualizados tipo balde e dispostos em zigue

zague no sentido transversal ou podem ser equipados com a Caixa de Sementes Única

(abastecimento dos dosadores por gravidade) ou ainda com Caixa de Sementes Central

(abastecimento dos dosadores por pressão positiva pneumática). A ULTRA FLEX pode

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

vir com o 30 depósito (sementes de capim) e pode ter sua caixa de adubo transformada

em caixa de sementes que alimenta a pipoqueira por gravidade.

Todas as plantadeiras de arrasto podem ser acopladas em cabeçalho duplo (tandem), com

ou sem pneus, aumentando o rendimento de plantio.

Os modelos USAP (Fig. 4.18) e USAP SUPREMA são disponibilizados de 18 a

50 linhas de 45 cm de espaçamento. São semeadoras de precisão com depósito de semente

do tipo Caixa de Sementes Única (com abastecimento dos dosadores por gravidade) ou

Caixa de Semente Central (com o abastecimento dos dosadores por pressão positiva

pneumática). A primeira com sistema de distribuição de sementes com discos alveolados

universal ou TITANIUM e a segunda pneumática com dosadores Precision Planting a

vácuo. Possui os discos de corte e disco duplo dispostos transversalmente em zigue zague.

Constituem-se de três módulos articulados longitudinal/horizontal para o perfeito

acompanhamento do terreno e longitudinal/vertical para o dobramento frontal do chassi,

permitindo o seu transporte mesmo em estradas estreitas.

A MARCHESAN informa que todas as máquinas semeadoras adubadoras podem

sair de fábrica com:

Monitor de Sementes - que monitora e informa todas as variáveis que ocorrem

durante o plantio.

Sistema de Controle Taxa Fixa ou Variável - que monitora e controla hidráulica

ou eletricamente, todas as variáveis que ocorrem no plantio, simplificando a regulagem

das dosagens de adubo e semente, inserindo a mesma no Sistema de Agricultura de

Precisão (ISOBUS).

Possui desligamento linha a linha de sementes evitando a sobreposição

Haste Escarificadora Tipo IAPAR.

Diversos tipos de Controle de Profundidade

A PDCP é uma semeadora adubadora personalizada para uso no sistema

de integração lavoura, pecuária e floresta. Possui de 3 a 7 linhas de sementes graúdas e

as sementes de pastagens podem ser distribuídas nas linhas intermediárias as da cultura

principal.

A MARCHESAN possuí uma semeadora adubadora de fluxo contínuo montada

(PSH3) e seis de arrasto (SDA I; SDA E; SDA A; SDA 3; PSA 3 e SDA FLEX) todas

possuem o sistema de distribuição de sementes com rotores acanelados helicoidais e

variam de 15 a 29 linhas espaçadas de 15,8 a 17,5 cm (Tab. 4.14).

A PSH3 é semeadora adubadora de fluxo contínuo montada, sendo disponibilizada

de 11 a 15 linhas espaçadas de 17,5 cm (Tab. 4.14), adequada a propriedades menores.

Possui linhas pivotadas com disco duplo. Os discos são dispostos transversalmente em

zigue zague (Fig. 4.19). Os depósitos de sementes e fertilizante em aço carbono e, o

sistema de distribuição de sementes com rotores acanelados helicoidais. O sistema de

distribuição de fertilizante é em rosca sem fim transversal. Os compactadores são com

rodas côncavas ou convexas e pode usar aterradoras com argolas de ferro.

A PSA3 assemelha-se a anterior considerando que é de arrasto e possui de 15 a 25

linhas espaçadas de 17,5 cm (Tab. 4.14).

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

A SDA-I é semeadora adubadora de fluxo contínuo, de arrasto, com 15 a 29 linhas

espaçadas de 15,8 a 17,5 cm (Tab. 4.14) dispostas de forma alinhadas transversalmente

seus depósitos são de polietileno. A SDA-A a semelhança da anterior é disponibilizada

com 19 e 23 linhas a 15,8 cm de espaçamento (Tab. 4.14). Ambas possuem sistema de

distribuição de sementes em fluxo contínuo com rotores acanelados helicoidais. Possuem

rodas para transporte longitudinal. São apresentadas na figura 4.19.

A SDA FLEX é semeadora adubadora de fluxo contínuo, de arrasto, pantográfica,

com dois conjuntos de depósitos de fertilizante e sementes de polietileno. São

disponibilizadas com 16, 20 e 24 linhas espaçadas de 17,5 cm. Os disco duplo de sementes

posicionam-se em zigue zague e as mangueiras de borracha conduzem as sementes e

fertilizante em posição quase vertical. As rodas compactadoras são inclinadas e revestidas

com borracha.

A SDA3, SDA3-E e SDA CP com 15 a 29 linhas espaçadas de 17,5 cm, são

multissemeadoras. As duas primeiras com depósitos de aço carbono e a SDA CP com

depósitos de polietileno (Tab. 4.14), podem ser adaptadas para semear em precisão com

depósitos tipo pipoqueira e possui também, caixa para sementes de pastagem. Os

rompedores de solo frontais e os de semeadura são dispostos em zigue zague. Tubos

telescópicos conduzem o fertilizante e sementes com mangueiras sanfonadas. Na versão

em precisão é montado um sistema de distribuição tipo pipoqueira que recebe as sementes

e dosam com discos alveolados no solo. O sistema de distribuição de sementes em fluxo

contínuo, usa rotores acanelados helicoidais (Fig. 4.19). Na versão em precisão os

rompedores de solo constituem-se de disco de corte e haste sulcadora. As rodas de

controle de profundidade e compactadoras da unidade de semeadura são com rodas

inclinadas revestidas de borracha e também oferecem as rodas compactadoras em “V”.

Possui rodados auxiliares para transporte longitudinal da máquina.

CSU – Caixa de Semente Única – são caixas de polietileno que abastecem os

distribuidores de sementes ou as pipoqueiras por gravidade, distribuída ao longo do

chassi da semeadora adubadora.

CSC – Caixa de Semente Central – é uma caixa de polietileno que abastece os

distribuidores de sementes ou as pipoqueiras por pressão positiva, produzida por uma

turbina pneumática acionada por motor hidráulico, que ocupa uma posição central no

chassi.

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159

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.14 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SAMu) da

MARCHESAN em agosto de 2016.

http://www.marchesan.com.br/index.php?option=com_k2&view=itemlist&layout=category&task=category&id=1&Itemid=12&lang=br

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE DE

SEMENTES

PESO

POR

LINHA

kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

PHL SAPTr

montada

pivotada

5 e 7

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 177 a 188 Alinhados disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

transversal

PHT3 PLUS SAPTr

montada

pivotada

3, 5 e 7

45 cm

Discos

alveolados

Balde/gravidade 250 a 257 Alinhados disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

transversal

PHP SAPTr

montada

pivotada

5 e 7

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 223 a 244 Alinhados disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

transversal

PHT 4 SUPREMA SAPTr

montada

pantografica

4

90 cm

Pneumática Balde/gravidade 365 Alinhados disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

longitudinal

PST PLUS SAPTr arrasto

pivotada 5 e 7

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 374 a 419 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

longitudinal

PST3 SAPTr arrasto

pivotada 7, 8, 9 e 11

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumática

Balde/gravidade 420 a 448 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

transversal

PST4 SAPTr arrasto

pivotada 7, 9 e 11

45 cm

Discos

alveolados

Balde/gravidade

CSU/gravidade

451 a 460 Zigue zague disco

de corte, haste

Rosca sem fim

longitudinal

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160

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Alinhados disco

de sementes

PST4 FLEX e PST4

FLEX SUPREMA

SAPTr arrasto

pantográfica

7, 9 e 11

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumática

Balde/gravidade

CSU/gravidade

CSC/pressão +

469 a 477 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

discos de

sementes

Rosca sem fim

longitudinal

PST DUO e PST DUO

FLEX

SAPTr arrasto

pivotada e

pantografica

11 e 13

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade

CSU/gravidade

CSC/pressão +

497 e 506 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

longitudinal

PST TRIO e PST TRIO

FLEX

SAPTr arrasto,

pivotada e

pantografica

15, 16, 17, 18 e 19

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade

CSU/gravidade

CSC/pressão +

496 a 505 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

longitudinal

COP CA SAPTr arrasto

pantografica

9

50 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 524 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

longitudinal

COP FLEX e COP

FLEX SUPREMA

SAPTr arrasto

pantográfica,

taxa variável

7, 9, 11, 13, 15, 17 e 19

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumática

Balde/gravidade

CSU/gravidade

CSC/pressão +

- Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhadas disco

de sementes

Rosca sem fim

longitudinal

ULTRA FLEX e

ULTRA FLEX

SUPREMA

SAPTr arrasto

pantografica 7, 9, 11, 13, 15, 17 e 19

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumática

Balde ou 30

depósito e

pipoqueira/

gravidade

489 a 538 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

longitudinal

ULTRA e ULTRA

SUPREMA

SAPTr arrasto

pivotada 7, 9, 11, 13, 15 e 17

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumática

Balde/gravidade

CSU/gravidade

CSC/pressão +

422 a 437 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

longitudinal

USAP e USAP

SUPREMA

SPTr arrasto

pantográfica,

tandem

18, 20, 22, 24, 25, 26, 27,

28, 29, 30, 32, 33, 35, 36,

40,

42,43,44,45,46,47,48,49,50

Só sementes

Discos

alveolados ou

pneumática

CSU/gravidade

CSC/pressão +

- Zigue zague disco

de corte, haste

e disco de

sementes

-

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

45 cm

PDCP SAPTr arrasto

pantográfica

3 e 4 de 70 cm

9 e 12 de entre linhas

Discos

alveolados

30 depósito e balde/

gravidade

- Alinhadas disco

de corte, haste

Alinhadas disco

de sementes

Rosca sem fim

longitudinal

PSH3 SAFTr

montada

pivotada

11, 13 e 15

17,5 cm

Rotores

helicoidais

Depósito

elevado/gravidade

57 a 59 Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

longitudinal

PSA3 SAFTr arrasto

pivotada

15, 19, 23 e 25

17,5 cm

Rotores

helicoidais Depósito

elevado/gravidade

70 a 77 Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

longitudinal

SDA I SAFTr arrasto

pivotada

15, 19, 21, 23, 27 e 29

15,8 a 17,5 cm

Rotores

helicoidais

Depósito

elevado/gravidade

172 a 191 Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

longitudinal

SDA A SAFTr arrasto

pivotada

19, e 23

15,8 cm

Rotores

helicoidais

Depósito

elevado/gravidade

200 a 212 Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

longitudinal

SDA FLEX SAFTr arrasto

pantográfica

19, 23 e 27

17,5 cm

Rotores

helicoidais Depósito

elevado/gravidade

208 a 239 Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

longitudinal

SDA3 SAMuTr

arrasto

pivotada

15, 19, 21 e 23

15,8 a 17,5 cm

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

Depósito elevado e

pipoqueira/gravidade

153 a 161 Zigue zague disco

de corte,

disco de sementes

Rosca sem fim

longitudinal

SDA3 E SAMuTr

arrasto

pivotada

15, 19, 21, 23, 27 e 29

15,8 a 17,5 cm

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

Depósito elevado e

pipoqueira/gravidade

172 a 212 Zigue zague disco

de corte,

disco de sementes

Rosca sem fim

longitudinal

SDA-CP SAMuTr

arrasto

pivotada

15, 19, 21, 23, 27 e 29

15,8 a 17,5 cm

Rotores

helicoidais ou

discos alveolados

Depósito elevado e

pipoqueira/gravidade

198 a 248 Zigue zague

disco de sementes

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

longitudinal

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

PHL PHT 4 SUPREMA PST3 PST4 FLEX

PST DUO PST TRIO ULTRA USAP

Figura 4.18 – Semeadora adubadora de precisão (SAP) e semeadora (SP) da MARCHESAN.

http://www.marchesan.com.br/index.php?option=com_k2&view=itemlist&layout=category&task=category&id=5&Itemid=26&lang=br

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

PSH3 SDA I SDA3 E SDA3

PSA 3 SDA FLEX SDA CP

Figura 4.19 – Semeadora adubadora de fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SMu) da MARCHESAN.

http://www.marchesan.com.br/index.php?option=com_k2&view=itemlist&layout=category&task=category&id=6&Itemid=27&lang=br

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

4.17 A indústria MAX fundada em 1968 e sediada em Carazinho, Rio Grande do Sul,

em 1986 produziu sua primeira semeadora adubadora pneumática e em 1997 desenvolve

sua primeira semeadora adubadora de plantio direto.

A MAX fabrica semeadoras adubadoras para o SPD voltadas as pequenas e

médias propriedades.

A semeadora adubadora de precisão SEED LINE é uma máquina montada no

sistema hidráulico do trator, pivotada na barra porta ferramenta, apropriada para pequenas

propriedades com 3 e 5 linhas espaçadas de 45 cm (Tab. 4.15). Os discos de corte e hastes,

assim como, os discos de semeadura são alinhados transversalmente (Fig. 4.20). Os

reservatórios de fertilizante e sementes são de polietileno, individualizados por linha,

sendo o de fertilizante elevado e os de sementes tipo balde. Usa como sistema de

distribuição de sementes os discos aveolados. A distribuição de fertilizante é por rosca

sem fim. Disco duplo para sementes, seguida de rodas de ferro inclinadas para controle

de profundidade e aterramento ou discos aterradores e roda compactadora de pequeno

diâmetro.

A PC, PR, e PCR (Fig. 4.20) são semeadoras adubadoras de precisão de arrasto

(Tab. 4.15) pivotadas e com sistema de distribuição de sementes com discos alveolados,

variando de 3 a 6 linhas espaçadas de 45 cm, alinhadas transversalmente. Os reservatórios

de fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno, e os de sementes,

individualizados do tipo balde. Sistema de distribuição de fertilizante com rosca sem fim.

Disco duplo para sementes, seguida de rodas de ferro inclinadas para controle de

profundidade e aterramento ou discos aterradores e roda compactadora de pequeno

diâmetro.

A PCRM (Tab. 4.15) é semeadora adubadora de precisão, de arrasto, pivotadas

com sistema de distribuição de sementes mecânico com discos alveolados. São

disponibilizadas de 7 a 12 linhas espaçadas de 45 cm. Portanto, apropriadas a pequenas e

médias propriedades. Possuem rompedores frontais (disco de corte e haste sulcadora ou

disco duplo) e na unidade de semeadura alinhadas transversalmente (Fig. 4.20). Possui

caixa de engrenagem. Os reservatórios de fertilizante são em caixas maiores elevadas de

polietileno, e os de sementes, individualizados do tipo balde. Sistema de distribuição de

fertilizante com rosca sem fim. Discos duplos desencontrados para sementes e limitadores

de profundidade com rodas paralelas revestidas com borracha e compactadores tipo rodas

em “V”. Possui marcador de linha hidráulico.

Como semeadora adubadora de fluxo contínuo a MAX possui a MULTISEED

com 13 a 17 linhas de 17 cm de espaçamento, de arrasto (Tab. 4.15), adequada a

propriedades menores. Possui linhas pivotadas com disco duplo. Os discos são dispostos

transversalmente em zigue zague (Fig. 4.20). Os depósitos de sementes e fertilizante em

aço carbono e, o sistema de distribuição de sementes com rotores acanelados helicoidais.

O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim. Os compactadores são com

rodas de pequeno diâmetro revestidas com borracha.

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165

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.15– Modelos de semeadoras adubadoras de precisão (SAP) e fluxo contínuo (SAF) da MAX em agosto de 2016.

http://www.max.ind.br/produtos.php

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE

DE SEMENTES

PESO

POR

LINHA

kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

SEED LINE SAPTr

montada

pivotada

3 e 5

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 163 a 182 Alinhadas disco

de corte, haste

Alinhadas disco

de sementes

Rosca sem fim

PC

SAPTr

montada

pivotada

3, 5 e 6

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 148 a 183 Alinhadas disco

de corte, haste

Alinhadas disco

de sementes

Rosca sem fim

PR

SAPTr

arrasto

pivotada

5 e 6

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 267 a 280 Alinhadas disco

de corte, haste

Alinhadas disco

de sementes

Rosca sem fim

PCR

SAPTr

arrasto

pivotada

5 e 6

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 300 a 328 Alinhadas disco

de corte, haste

Alinhadas disco

de sementes

Rosca sem fim

PCRM

SAPTr

arrasto

pivotada

7, 8, 9, 10, 11 e 12

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 358 a 507 Alinhadas disco

de corte, haste

Alinhadas disco

de sementes

Rosca sem fim

MULTISEED

SAFTr

arrasto

pivotada

13, 15 e 17

17 cm

Rotores

helicoidais e

Discos

alveolados

Depósito

elevado/gravidade

- Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

SEED LINE PC PR

PCR PCRM MULTISEED

Figura 4.20 – Semeadoras adubadoras de precisão da MAX. http://www.max.ind.br/produtos.php

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167

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

4.18 A indústria MORGENSTERN de São Miguel do Iguaçu do estado do

Paraná, iniciou suas atividades com adaptação de máquinas para o plantio direto desde

meados da década de 80 e na década nos anos 2000 possuía modelos bem adaptado de

semeadora adubadora de precisão e fluxo contínuo às características regionais de solos

argilosos do extremo oeste do Paraná e baixo custo de fabricação. Como a KULZER &

KLIEMANN, são de fabricação artesanal, mas muito bem consolidadas no mercado

regional.

A figura 4.21, mostra modelo IM/9 de semeadora adubadora de precisão com 9

linhas espaçadas de 45 cm. Máquina de arrasto e pivotada com depósitos de sementes

individualizados e alinhados no sentido transversal da máquina. A MORGENSTERN

também disponibiliza vários componentes para adaptação em semeadoras, como

rompedores de solo com sistema de desarme automático, unidades para acabamento de

semeadura, roda desembuchadora (Fig. 4.22) e kit para distribuição de sementes de

pastagens (Fig. 4.21). Desenvolveu recentemente o sistema de articulação nas semeadoras

de precisão maiores já existentes (Fig. 4.23), aproveitando o material, melhorando todo o

sistema de kits de corte e abertura de sulco de fertilizante, distribuição de adubo e semente

adaptando conjunto de profundidade e aterramento de acordo com a situação do solo.

Figura 4.21 – Semeadora adubadora de precisão IM/9 a esquerda e kit de sementes de

pastagens a direita. http://www.impmorgenstern.com.br/

Figura 4.22 – Kit rompedor de solo a esquerda, roda desembuchadora no centro e kit de

unidade de acabamento de semeadura a direita. http://www.impmorgenstern.com.br/

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

Figura 4.23 – Semeadora adubadora de precisão articulada.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

4.19 A indústria NEW HOLLAND iniciou como uma oficina para conserto de

equipamentos agrícolas em 1895 na Pensilvânia, EUA, passando em seguida a fabricá-

los. Em 1986 a Ford comprou a Sperry New Holland e formou a Ford New Holland Inc.

Em 1991, a Fiat que havia adquirido a Braud, adquiriu 80% da Ford New Holland. Em

1999 a fusão entre a New Holland NV e a Case Corporation deu à luz a CNH. No Brasil

a New Holland, instalou-se em Curitiba em 1975. Hoje em parceria com a indústria

Semeato entra na fabricação de semeadoras para o SPD.

Como semeadoras adubadoras de precisão apresenta os modelos SOL TT, SOL

TOWER, LAND MASTER e a PL5000, semelhante a Easy River da CASE. Para as

semeadoras adubadoras de fluxo contínuo têm os modelos TDNG e TDAX. Quanto as

multissemeadoras, os modelos SAM, SHM, SSM e PERSONALIE DRILL. Todas serão

apresentadas no item da indústria SEMEATO posteriormente.

4.20 A indústria PLANTI CENTER de Marialva no estado do Paraná, iniciou

suas atividades com SPD em 1988 realizando adaptações em semeadoras adubadoras de

plantio direto, principalmente adequando-as ao trabalho em solos argilosos do norte do

Paraná. Iniciou a fabricação de suas máquinas próprias em1999 e a partir daí foi evoluindo

constantemente. Hoje disponibiliza 13 semeadoras adubadoras de precisão e 3 de fluxo

contínuo, apresentados na tabela 4.16 algumas de suas características.

A semeadora adubadora PE (Fig. 4.24) é uma máquina de arrasto apropriada a

pequenas propriedades, com engate na estrutura de forma pivotada com 5 ou 6 linhas

espaçadas de 45 cm e discos alveolados com sistema de distribuição de sementes. Os

rompedores de solo estão em zigue zague e os componentes de semeadura alinhados. Os

reservatórios de fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno, e os de

sementes, individualizados do tipo balde. Sistema de distribuição de fertilizante com

rosca sem fim. Disco duplo para sementes, seguida de rodas inclinadas revestidas de

borracha para controle de profundidade e aterramento e rodas compactadoras em “V”.

A semeadora adubadora PENTA 2 (Fig. 4.24) e PENTA 4 TITAN são máquinas

de arrasto apropriadas as pequenas e médias propriedades, com engate na estrutura de

forma pivotada com 5 a 13 linhas espaçadas de 45 cm e discos alveolados com sistema

de distribuição de sementes. A PENTA TITAN é disponibilizada com o sistema de

distribuição de sementes modelo da marca TITANIUM. Possuem rompedores frontais

(disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo) dispostos em zigue zague e os

componentes de semeadura alinhados. A haste sulcadora possui desarme automático. Os

reservatórios de fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno, e os de

sementes, individualizados do tipo balde. Sistema de distribuição de fertilizante com

rosca sem fim ou o da marca FERISYSTEM, sem graxeiras. Possui caixa de engrenagens.

Disco duplo para sementes, seguida de rodas inclinadas revestidas de borracha para

controle de profundidade e aterramento e rodas compactadoras em “V”. Possui

opcionalmente kit eletrônico para acionamento da catraca facilitando arremates.

A semeadora adubadora G 4 (Tab. 4.16) é uma máquina de arrasto apropriada a

médias e grandes propriedades, com engate na estrutura de forma pivotada com 7 a 17

linhas espaçadas de 45 cm (Fig. 4.24) e discos alveolados com o sistema de distribuição

de sementes da marca TITANIUM. Possui um depósito para acondicionamento de

sementes que são dirigidas as pipoqueiras sobre cada unidade de semeadura. Os

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

rompedores de solo estão em zigue zague e os componentes de semeadura alinhados. Os

demais componentes se assemelham a PENTA 4 TITAN.

A PREMIER é semeadora adubadora de precisão de arrasto, pantográfica com

depósito de fertilizante elevado e de sementes tipo balde individualizado por linha. É

disponibilizado de 7 a 17 linhas espaçadas de 45 cm. Os demais componentes são

semelhantes aos do G4 (Tab. 416).

A TERRAÇU’S, TERRAÇU’S PREMIER e a BIG FARM (Tab. 4.16) a

semelhança da linha G 4, diferem por serem máquinas articuladas transversalmente,

adequada a trabalhar em áreas com terraços de base larga (Fig. 4.24).

A PREMIER EXTRA é disponibilizada somente com 17 linhas de 25 cm e difere

das anteriores por possuir espaçamento estreito e as unidades de semeadura acopladas de

forma pantográfica (Tab. 4.16).

A URUTU possui de 26 a 33 linhas (Tab. 4.16) e a URUTU TELESCÓPICA de

27 a 45 linhas de 45 cm (Fig. 4.24). Podemos identificar que os fabricantes brasileiros

estão perseguindo as necessidades e demandas do mercado nacional, principalmente no

que diz respeito ao rendimento operacional. A URUTU TELESCÓPICA possui sistema

de taxa variável de sementes.

A TANDEM (Fig. 4.24) constitui-se de duas máquinas de 7 a 15 linhas com

armação em lança podendo duplicar seu tamanho (Tab. 4.16), estratégia usada por vários

fabricantes.

A fábrica disponibiliza três semeadoras de fluxo continuo, de arrasto e pivotada

com rotores acanelados helicoidais para distribuição de sementes próprias para culturas

de inverno (Tab. 4.16). A SFR que vai de 17 a 27 linhas espaçadas de 18 cm (Fig. 4.25).

Há também a SFR G2 (Fig. 4.25) que possui kit elétrico para acionamento da catraca

facilitando arremates. O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim da

marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Caixa de fertilizante e sementes elevada de

polietileno. Unidades de rompedores e semeadura de disco duplo defasado e rodas

compactadoras inclinadas e revestidas com borracha. A SFR 23 a 27 e SFR G2 possuem

rodas de transporte para que a máquina seja movimentada no sentido longitudinal.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.16 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP) e fluxo contínuo (SAF) da PLANTICENTER em agosto de 2016.

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE DE

SEMENTES

PESO POR

LINHA kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

PE SAPTr

arrasto

pivotada

5 e 6

45 cm

Discos

alveolados

Balde/gravidade 300 e 312 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhadas disco

de sementes

Rosca sem fim

PENTA 2 SAPTr

arrasto

pivotada

5, 7, 9, 11 e 13

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 367 a 391 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhadas disco

de sementes

Rosca sem fim

PENTA 4 TITTAN SAPTr

arrasto

pivotada

5, 7, 9, 11 e 13

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 344 a 391 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhadas disco

de sementes

Rosca sem fim

G-4 SAPTr

arrasto

pivotado

7, 9, 11, 13, 15 e 17

45 cm

Discos

alveolados Balde ou 30

depósito e

pipoqueira/gravidade

375 a 427 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhadas disco

de sementes

Rosca sem fim

PREMIER SAPTr

arrasto

pantografica

7,9, 11, 13, 15 e 17

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade 406 a 468 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

TERRAÇU’S SAPTr

arrasto

pivotado

11, 12, 13, 14 e 15

45 cm

Discos

alveolados Balde ou 30

depósito e

pipoqueira/gravidade

435 a 477 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhadas disco

de sementes

Rosca sem fim

TERRAÇU’S

PREMIER

SAPTr

arrasto

pantográfica

11, 12, 13, 14 e 15

45 cm

Discos

alveolados Balde ou 30

depósito e

pipoqueira/gravidade

478 a 518 Zigue zague disco

de corte, haste

Rosca sem fim

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Zigue zague

disco de sementes

BIG FARM SAPTr

arrasto

pivotado

13, 15, 17, 19 e 21

45 cm

Discos

alveolados Balde ou 30

depósito e

pipoqueira/gravidade

476 a 521 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

PREMIER EXTRA

25

SAPTr

arrasto

pantográfica

17

25 cm

Discos

alveolados Balde ou 30

depósito e

pipoqueira/gravidade

- Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

URUTU SAPTr

arrasto

pantografica

26, 27, 28, 29, 30, 31 e 33

45 cm

Discos

alveolados Balde ou 30

depósito e

pipoqueira/gravidade

500 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

URUTU

TELESCOPICA

SAPTr

arrasto

pantográfica,

taxa variável

27 a 45

45 cm

Discos

alveolados Balde ou 30

depósito e

pipoqueira/gravidade

- Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

TANDEM (duas

máquinas)

SAPTr

arrasto

pivotada

7 a 15

45 cm

Discos

alveolados Balde ou 30

depósito e

pipoqueira/gravidade

- Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

SFR

17 a 21

SAFTr

arrasto

pivotada

17, 19 e 21

18 cm

Rotores

helicoidais

Depósito

elevado/gravidade

128 a 129 Zigue zague disco

de corte, disco de

sementes

Rosca sem fim

SFR

23 a 27

SAFTr

arrasto

pivotada

23 e 27

18 cm

Rotores

helicoidais Depósito

elevado/gravidade

206 a 233 Zigue zague disco

de corte, disco de

sementes

Rosca sem fim

SFR G2 SAFTr

arrasto

pivotada

19 e 21

18 cm

Rotores

helicoidais Depósito

elevado/gravidade

- Zigue zague disco

de corte, disco de

sementes

Rosca sem fim

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

PE PENTA 2 G4 TERRAÇUS

TERRAÇUS PREMIER BIG FARM TANDEM URUTU TELESCÓPICA

Figura 4.24 – Semeadoras adubadoras de precisão da PLANTI CENTER. http://www.planticenter.com.br/produtos

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

SFR 17 a 21 SFR 23 a 27 SFR G2

Figura 4.25 – Semeadoras adubadoras de fluxo contínuo da PLANTICENTER. http://www.planticenter.com.br/produtos

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

4.17 A indústria SEMEATO foi a principal protagonista da história da

evolução das semeadoras adubadoras de plantio direto. Fundada em 1965 em Passo

Fundo no estado do Rio Grande do Sul foi a pioneira no SPD, quando lançou em 1982 a

semeadora adubadora de fluxo contínuo TD, que na época era também utilizada para

semear soja. Vem até hoje participando do mercado nacional e internacional com suas

máquinas preferencialmente para o SPD. A fábrica disponibiliza hoje 3 modelos de

semeadoras adubadoras de precisão, uma de fluxo contínuo e 4 multissemeadoras.

A semeadora adubadora de precisão SOL TOWER apresentada na tabela 4.17,

disponibilizadas com 7 a 15 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm (Fig. 4.25).

Possui o depósito de sementes apoiado sobre cada unidade de semeadura (linha) com

sistema de distribuição de sementes com discos alveolados ou pneumática à vácuo.

Possuem rompedores frontais (disco de corte, haste guilhotina, haste afastada ou disco

duplo e também disco duplo defasado) e os componentes de semeadura dispostos em

zigue zague. A haste sulcadora possui desarme automático. Os reservatórios de

fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno, e os de sementes,

individualizados do tipo balde. Pode vir com o terceiro depósito e pipoqueira. Sistema

de distribuição de fertilizante com rosca sem fim. Possui caixa de engrenagens. Disco

duplo para sementes, seguida de rodas paralelas revestidas de borracha para controle de

profundidade e aterramento e rodas compactadoras em “V”. Possui marcador de linha

hidráulico. A máquina pode usar um cabeçalho e trabalhar em tandem com duas máquinas

acopladas.

A semeadora adubadora de precisão NEW LAND apresentada na tabela 4.17,

disponibilizadas com 13 e 15 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm (Fig. 4.25).

Possui um terceiro depósito de sementes que são conduzidas por fluxo de ar a cada linha

que, por sua vez, distribui à vácuo com pequeno depósito (pipoqueira) as sementes.

Possuem rompedores frontais (disco de corte, haste guilhotina, haste afastada ou disco

duplo e também disco duplo defasado) e os componentes de semeadura dispostos em

zigue zague. A haste sulcadora possui desarme automático. Os reservatórios de

fertilizante são em caixas maiores elevadas de polietileno. Sistema de distribuição de

fertilizante com rosca sem fim. Possui caixa de engrenagens. Disco duplo para sementes,

seguida de rodas paralelas revestidas de borracha para controle de profundidade e

aterramento e rodas compactadoras em “V”. A máquina pode usar um cabeçalho e

trabalhar em tandem com duas máquinas acopladas.

A semeadora adubadora de precisão SOL TT FASTFILL apresentada na tabela

4.17, possui 45 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm (Fig. 4.25). Semelhante a

NEW LAND, com maior dimensão e com chassi articulado transversalmente, facilitando

o trabalho em terrenos com terraços de base larga.

A SEMEATO possui máquinas semeadoras com monitor de sementes que

controla com taxa variável a distribuição de sementes e fertilizante, integrando a máquina

ao sistema de agricultura de precisão.

A TDMG (Tab. 4.17) é uma semeadora adubadora de fluxo contínuo de arrasto

com 20 a 32 linhas espaçadas de 17 cm (Fig. 4.25). Os discos são dispostos

transversalmente em zigue zague. Os depósitos de sementes e fertilizante de aço carbono

ou aço inox e, o sistema de distribuição de sementes com rotores acanelados helicoidais.

O sistema de distribuição de fertilizante é em rosca sem fim ou rotores dentados. Os

aterradores/compactadores são com rodas de ferro em ângulo e rodas em “V”. Têm

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

também como opcionais, caixa para sementes de pastagem, marcadores de linha

hidráulico e sistema de rodado para transporte longitudinal.

A SAM 20 é uma multissemeadora apropriada a pequenas propriedades sendo

disponibilizada com 4 linhas de 45 cm e 17 linhas de 17 cm (Tab. 4.17). Possui os

rompedores de solo pivotados e unidades de semeadura pantográficas, ambas alinhadas

no sentido transversal a máquina (Fig. 4.25). Na versão em fluxo contínuo os rompedores

são dispostos transversalmente em zigue zague. Os depósitos de fertilizante e sementes

são elevados de polietileno e as sementes são conduzidas por gravidade em pipoqueiras

para serem dosadas com discos alveolados na versão em precisão. Na versão em fluxo

contínuo são utilizados os rotores acanelados helicoidais. Possuem três tipos de

rompedores frontais: Disco de corte e disco duplo (triplo disco), haste sulcadora afastada

e haste modelo guilhotina. Para abridores de sulco de sementes usam o disco duplo

defasado com rodas de controle de profundidade paralelas revestidas de borracha e

compactadores em “V”. Disponibilizam o kit de sementes de pastagem.

A SHM, é uma multissemeadora, uma das mais tradicionais do mercado, sendo

disponibilizada com 5 e 7 linhas de 45 cm e 13 e 17 linhas de 17 cm (Tab. 4.17),

apropriada a pequenas e médias propriedades. Possui os rompedores de solo pivotados e

unidades de semeadura pantográficas, ambas alinhadas no sentido transversal a máquina

na versão em precisão e em zigue zague na versão em fluxo contínuo (Fig. 4.25). As

demais características são semelhantes a SAM. Disponibilizam o kit de sementes de

pastagens e podem ser acopladas com linhas arrozeiras.

A PERSONALE DRILL (Fig. 4.25) é uma multissemeadora sendo

disponibilizada com 7 e 8 linhas de 45 cm e 17 e 21 linhas de 17 cm (Tab. 4.17),

apropriada a médias propriedades. As demais características são semelhantes a SAM e

SHM. Disponibilizam o kit de sementes de pastagem e podem ser acopladas com linhas

arrozeiras.

A SSM (Tab. 4.17) é uma multissemeadora apropriada a grandes propriedades,

sendo disponibilizada com 9 e 13 linhas de 45 cm e 23 e 33 linhas de 17 cm (Fig. 4.17).

Possui caixa de engrenagem e sistema de distribuição de sementes opcional pneumático.

As demais características são semelhantes a SAM, SHM e PERSONALE DRILL.

Disponibilizam o kit de sementes de pastagens e podem ser acopladas com linhas

arrozeiras.

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.17 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SAMu) da SEMEATO

em agosto de 2016. http://www.semeato.com.br/ MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE DE

SEMENTES

PESO

POR

LINHA

kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

SOL TOWER SAPTr arrasto

pantográfica,

tandem

7, 9, 11, 13 e 15

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumático

Balde ou 30 depósito

e pipoqueira/gravidade

- Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

NEW LAND SAPTr arrasto

pantográfica,

tamdem

13 e 15

45 cm

Pneumático

Depósito central e

pipoqueira/pneumático - Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

SOL TT FASTFILL SAPTr arrasto

pantográfica

45

45 cm

Pneumático

Depósito central e

pipoqueira/pneumático - Zigue zague disco

corte e haste

Zigue zague disco

sementes

Rosca sem fim

TDNG SAFTr arrasto

pivotada

20, 26 e 32

17 cm

Rotores

helicoidais

Depósito

elevado/gravidade

- Zigue zague disco

de corte, disco de

sementes

Rosca sem fim

ou rotores

dentados

SAM SAMuTr

arrasto

pantográfica

11 17 cm

4 45 cm

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

30 depósito e

pipoqueira ou

balde/gravidade

- Alinhadas disco

de corte, haste

Alinhadas disco

de sementes

Rosca sem fim

SHM SAMuTr

arrasto

pantográfica

13 e 17 17 cm

5 e 7 45 cm

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

30 depósito e

pipoqueira ou

balde/gravidade

- Alinhadas disco

de corte, haste

Alinhadas disco

de sementes

Rosca sem fim

PERSONALE DRILL SAMuTr

arrasto

pantográfica

17 e 21 17 cm

7 e 8 45 cm

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

30 depósito e

pipoqueira ou

balde/gravidade

- Alinhadas disco

de corte, haste

Rosca sem fim

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178

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Alinhadas disco

de sementes

SSM SAMuTr

arrasto

pantográfica

23, 27 e 33 17 cm

9, 11 e 13 45 cm

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

ou pneumático

30 depósito e

pipoqueira ou

balde/gravidade

- Alinhadas disco

de corte, haste

Alinhadas disco

de sementes

Rosca sem fim

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179

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

SOL TOWER NEW LAND SOL TT FASTFILL TDNG

SAM SHM PERSONALE DRILL SSM

Figura 4.25 – Semeadoras adubadoras de precisão, de fluxo contínuo e multissemeadoras da SEMEATO. http://www.semeato.com.br/

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180

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

4.18 A indústria STARA que iniciou suas atividades em 1960, no município

de Não Me Toque no estado do Rio Grande do Sul, e participa hoje em todo território

nacional exportando para 35 países, vários tipos de máquinas agrícolas. Em 2000 iniciou

estudos com Agricultura de Precisão com o projeto AQUARIUS e em 2001 associou-se

a SFIL já experiente fabricante de semeadoras adubadoras de plantio direto, esta parceria

foi desfeita em 2006 e em 2008 a STARA inicia a fabricação de suas semeadoras para o

SPD.

A semeadora adubadora de precisão VICTÓRIA apresentada na tabela 4.18,

disponibilizadas de 5 a 13 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm (Fig. 4.26).

Portanto apropriada a pequenos e médios produtores. Possui dois modelos: um com o

depósito de sementes apoiado sobre cada unidade de semeadura, tipo balde, e outro

(VICTÓRIA CS) com depósito de sementes adicional e pipoqueira, ambos com sistema

de distribuição de sementes pneumático à vácuo. Destaca-se que os rompedores de solo

frontais são dispostos em zigue-zague e as linhas de sementes são alinhadas. São

máquinas de arrasto, pivotadas nos rompedores frontais (disco de corte e haste sulcadora

ou disco duplo) e pantográfica na unidade de semeadura. As hastes possuem sistema de

desarme automático. Os reservatórios de fertilizante são em caixas maiores. Possui caixa

de câmbio para regulagem de sementes e fertilizante, e a distribuição de fertilizante é por

rosca sem fim da marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Disco duplo desencontrado

para sementes e limitadores de profundidade com rodas paralelas revestidas com borracha

e compactadores do tipo rodas em “V”. Possui marcador de linha hidráulico. Pode ter

como opcional roda de controle de profundidade das hastes sulcadoras.

A STARA disponibiliza opcionalmente controlador com DGPS e piloto

automático (Topper 4500), o MPS para monitoramento de grãos de verão, com entrada

para até 36 sensores. O MPS pode ser integrado diretamente no console Topper 4500.

Disponibiliza, também, o software Topper Maps, que possibilita a visualização da

rastreabilidade do trabalho, informando hectares plantados, velocidade de trabalho,

dosagem de fertilizantes/sementes, mapa de altitude e permitindo, também, a interpolação

dos dados.

A semeadora adubadora de precisão VICTÓRIA TOP apresentada na tabela 4.18,

são disponibilizadas de 9 a 17 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm. Adequada a

médias e grandes propriedades. Possui depósito de sementes adicional e pipoqueira com

sistema de distribuição de sementes à vácuo. Destaca-se que os rompedores de solo e

unidades de semeadura são dispostos em zigue-zague. Os demais componentes são

semelhantes a VICTÓRIA CS. A VICTÓRIA TOP é equipada com o sistema Control,

que consiste em um conjunto de válvulas eletrohidráulicas e sensores controlados pelo

Topper 4500, que substituem correntes e caixas de recâmbio, permitindo trabalhar com

taxa variável. As informações de dosagens são enviadas para central elétrica (POD 3), a

qual através dos sensores e da válvula proporcional, permite variar a taxa de aplicação

fazendo com que a dosagem de sementes/fertilizantes seja alterada. Ao trabalhar com taxa

variável o Topper 4500 permite operar com mapas em formato Shape File que são

importados de um pen drive. Durante o plantio a dosagem é alterada automaticamente em

poucos segundos, de forma automática e instantânea, conforme recomendações do mapa.

Assim a empresa atua com a proposta de agricultura de precisão.

A semeadora adubadora de precisão PRINCESA apresentada na tabela 4.18,

possui de 12 a 20 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm. Na versão CS possui

depósito de sementes que através de condutores leva as sementes por gravidade, ou

depósitos centralizados que conduzem as sementes com fluxo de ar a cada linha que, por

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181

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

sua vez, distribui à vácuo com pequeno depósito (pipoqueira). São máquinas com

articulação transversal, acomodando-se a terrenos com terraços de base larga. Na versão

CS tem como opcional a possibilidade de ter marcador de linha e/ou Topper 4500 para

controle de sensores de fluxo de sementes e piloto automático. Na versão PRINCESA

TOP, possui todo o pacote de tecnologia da Victória TOP, mas conta com o controlador

Topper 5500, com possibilidade de telemetria e desligamento Linha a Linha Stara

A semeadora de precisão ESTRELA apresentada na tabela 4.18, é disponibilizada

de 20 a 32 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm (Fig. 4.26). Possui depósito

centralizados que conduzem as sementes com fluxo de ar a cada linha que, por sua vez,

distribui à vácuo com pequeno depósito (pipoqueira). Assemelha-se a PRINCESA TOP

em suas características. A ESTRELA consegue articular sua estrutura facilitando seu

transporte no sentido longitudinal. O pacote de tecnologia é o mesmo da PRINCESA

TOP.

A semeadora de precisão ABSOLUTA apresentada na tabela 4.18, é

disponibilizada de 27 a 35 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm. Possui depósito

de sementes adicional e pipoqueira com sistema de distribuição de sementes à vácuo. As

unidades de semeadura são dispostas transversalmente em zigue zague. A ABSOLUTA

(Fig. 4.26) consegue articular sua estrutura.

A semeadora de fluxo contínuo CERES SUPER E PRIMA SUPER apresentada

na tabela 4.18, é disponibilizada com 44 a 56 unidades de semeadura, espaçadas de 17

cm (Fig. 4.26). Portanto, adequada a grandes propriedades. Possui depósitos de

fertilizante e sementes e distribuição dessas com rotores acanelados helicoidais. Possui

caixa de câmbio para regulagem de sementes e fertilizante, e a distribuição de fertilizante

é por rosca sem fim da marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Destaca-se que os

rompedores de solo e as unidades de semeadura são dispostos transversalmente em zigue-

zague. Sistema semelhante a VICTÓRIA TOP.

A CERES e CERES MASTER são multissemeadoras apropriadas as pequenas e

médias propriedades, sendo disponibilizada com 5 e 9 linhas de 45 cm e 12 a 22 linhas

de 17 cm (Tab. 18). Possui os rompedores de solo pivotados e unidades de semeadura

pantográficas, ambas alinhadas no sentido transversal a máquina na versão em precisão e

em zigue zague na versão em fluxo contínuo (Fig. 4.26). Os depósitos de fertilizante e

sementes são elevados de polietileno e as sementes são conduzidas por gravidade através

de condutores para as pipoqueiras para serem dosadas com discos alveolados. Na versão

fluxo contínuo são utilizados os rotores acanelados helicoidais. Possui caixa de câmbio

para regulagem de sementes e fertilizante, e a distribuição de fertilizante é por rosca sem

fim da marca FERTISYSTEM, isento de graxeiras. Possuem três tipos de rompedores

frontais: Disco de corte e disco duplo (triplo disco), haste sulcadora afastada e haste

modelo guilhotina. Para abridores de sulco de sementes usam o disco duplo defasado com

rodas de controle de profundidade paralelas revestidas de borracha e compactadores em

“V”. Disponibilizam o kit de sementes de pastagem. Possui rodas auxiliares para

transporte longitudinal da máquina.

A PRIMA é uma multissemeadora apropriada a médias propriedades, sendo

disponibilizada com 9 e 11 linhas de 45 cm e 24 a 28 linhas de 17 cm (Fig. 4.26). As

demais características são semelhantes a CERES e CERES MASTER (Tab. 4.18).

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182

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.18 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SAMu) da STARA em

agosto de 2016. http://www.stara.com.br/produtos/plantadoras-e-semeadoras-pt-br-pt-br/

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE DE

SEMENTES

PESO

POR

LINHA

kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

VICTÓRIA e

VICTÓRIA CS

SAPTr arrasto

pantográfica

5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumática

Balde ou 30

depósito e

pipoqueira/gravidade

312 a 360 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

VICTÓRIA TOP SAPTr arrasto

pantográfica

9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 e 17

45 cm

Pneumática

30 depósito e

pipoqueira/gravidade

505 a 511 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

PRINCESA SAPTr arrasto

pantográfica

16, 18 e 20

45 cm

Pneumática Depósito central ou

30 depósito e

pipoqueira/gravidade

603 a 628 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

ESTRELA SAPTr arrasto

pantográfica

26

45 cm

Pneumática 30 depósito e

pipoqueira/gravidade 646 a 700 Zigue zague disco

de corte, haste

Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

ABSOLUTA SPTr arrasto

pantográfica,

tandem

27, 31, 33 e 35

45 cm

Pneumática 30 depósito e

pipoqueira/gravidade - Zigue zague disco

de corte e disco

de sementes

-

PRIMA SUPER e

CERES SUPER

SAFTr arrasto

pantográfica

44, 48, 52 e 56

17 cm

Rotores

helicoidais

depósito

elevado/gravidade

193 a 202 Zigue zague

disco de sementes

Rosca sem fim

CERES e CERES

MASTER

SAMuTr

arrasto

pantográfica

12, 14, 16, 18, 20 e 22 17 cm

5, 6, 7, 8 e 9 45 cm

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

30 depósito e

pipoqueira/gravidade

172 a 189

402 a 460

Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

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183

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

PRIMA SAMuTr

arrasto

pantográfica

24, 26 e 28 17 cm

9 e 11 45 cm

Rotores

helicoidais e

discos alveolados

30 depósito e

pipoqueira/gravidade

196 a 202

500 a 583

Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

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184

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

VICTÓRIA VICTÓRIA TOP PRINCESA ESTRELA

ABSOLUTA PRIMA SUPER CERES PRIMA

Figura 4.26 – Semeadoras e ou adubadoras de precisão, de fluxo contínuo e multissemeadoras da STARA.

http://www.stara.com.br/produtos/plantadoras-e-semeadoras-pt-br-pt-br/

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185

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

4.19 A indústria VENCE TUDO iniciou suas atividades em 1964 no

município de Ibirubá no estado do Rio Grande do Sul. A fabricação de semeadoras

adubadoras para o SPD deu-se na década de 80, portanto sendo uma das pioneiras do SPD

e consolidou-se com seus modelos de multissemeadoras SA no início da década de 90.

Hoje com sua expansão participa em todo mercado nacional e exporta para 32 países.

Disponibiliza 14 modelos de semeadoras adubadoras, constituindo-se de 8

semeadoras adubadoras de precisão, 1 semeadora de precisão, 5 semeadoras adubadoras

de fluxo contínuo e uma multissemeadora.

A semeadora adubadora de precisão PA (Fig. 4.27) é montada no hidráulico do

trator, pivotada, apropriada para pequenas propriedades com 2 a 7 linhas espaçadas de 45

cm (Tab. 4.19). Possui os depósitos de fertilizante e sementes individualizados de

polietileno, tipo balde, elevados na estrutura da máquina. Discos alveolados com sistema

de distribuição de sementes. Os rompedores de solo e os componentes de semeadura

alinhados. Hastes sulcadoras com sistema pula pedra. Sistema de distribuição de

fertilizante com rotores dentados, acionados por rosca sem fim autolimpante. Disco duplo

para sementes, seguida de rodas inclinadas revestidas de borracha para controle de

profundidade e aterramento e rodas de pequeno diâmetro como compactadoras.

A semeadora adubadora de precisão SUMMER PANTOGRAFICA (Tab. 19) é

máquina de arrasto, pantográfica, apropriada para pequenas e médias propriedades com

5 a 8 linhas espaçadas de 45 cm. Possui os depósitos de fertilizante elevado e sementes

individualizados tipo balde, ambos de polietileno. Os rompedores de solo (disco de corte

e haste sulcadora ou disco duplo) dispostos transversalmente em zigue zague e os

componentes de semeadura alinhados. Hastes sulcadoras com sistema pula pedra. Sistema

de distribuição de fertilizante com rotores dentados, acionados por rosca sem fim

autolimpante. Disco duplo para sementes, seguida de rodas inclinadas revestidas de

borracha para controle de profundidade e aterramento e com rodas de pequeno diâmetro

como compactadoras.

A SM 7040 tradicional da fábrica desde os anos 90 (Fig. 4.27), é semeadora

adubadora de precisão, de arrasto, pivotada (Tab. 19), com 5 a 7 linhas de 45 cm. Possui

os depósitos de fertilizante elevado e sementes individualizados tipo balde, ambos de

polietileno. Os rompedores de solo (disco de corte e haste sulcadora ou disco duplo)

dispostos transversalmente em zigue zague e os componentes de semeadura alinhados.

Hastes sulcadoras com sistema pula pedra. Sistema de distribuição de fertilizante com

rosca sem fim ou o da marca FERTISYSTEM, sem graxeiras. Possui caixa de câmbio.

Disco duplo para sementes, seguida de rodas inclinadas revestidas de borracha para

controle de profundidade e aterramento e com rodas de pequeno diâmetro ou rodas em

“V” como compactadoras.

A PREMIUM (Fig. 4.27) que já surgiu nos anos 2000, também é uma semeadora

adubadora de precisão, de arrasto, pantográfica, disponibilizada de 10 a 16 linhas,

espaçadas de 45 cm (Tab. 19). Pode ser disponibilizada com depósitos de sementes sobre

a unidade de semeadura ou com terceiro depósito e pipoqueira. As demais características

são semelhantes a SUMMER e SM 7040. Possui cabeçalho para acoplamento de duas

máquinas em tandem e hectarímetro para controle da área semeada.

A semeadora adubadora de precisão PANTHER SM apresentada na tabela 4.19

(Fig. 4.26), possui de 6 a 17 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm. Pode ser

acoplada com cabeçalho em tandem, atingindo 32 linhas. As demais características se

assemelham a PREMIUM. Possui também maior variedade nos rompedores de solo,

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

adicionando um disco ondulado que pode ser usado como disco de corte ou disco abridor

de sulco de fertilizante.

A semeadora adubadora de precisão PANTHER PNEUMÁTICA apresentada na

tabela 4.19 (Fig. 4.26), semelhante a PANTHER SM. Difere por possuir na distribuição

de sementes o sistema pneumático à vácuo.

A PANTHER PRECISION apresentada na tabela 4.19, é a semeadora adubadora

de precisão que a fábrica oferece para o sistema de agricultura de precisão. Pode distribuir

com taxa variável sementes e dois tipos de fertilizantes. Utiliza o computador Vcom 5.6,

que atua praticamente em todo o ciclo da agricultura de precisão. Possui dois depósitos

de sementes e todo sistema apropriado para realização dessa tarefa comandada

digitalmente no painel do trator. É disponibilizada com 6 a 16 linhas de 45 cm de

espaçamento (Fig. 4.26) e pode ser com sistema de distribuição de sementes com discos

alveolados ou à vácuo.

A semeadora de precisão MACANUDA TOP, distribui só sementes (Fig. 4.27),

apresentada na tabela 4.19, possui de 24 a 36 unidades de semeadura, espaçadas de 45

cm. As sementes são conduzidas a cada linha que, por sua vez, distribui as sementes com

pequeno depósito (pipoqueira) com discos alveolados ou pneumática à vácuo. Destaca-

se que os discos de corte são dispostos em zigue zague e as unidades de semeadura

alinhadas. A máquina articula-se transversalmente, acomodando-se as ondulações do

terreno e possui sistema hidráulico para facilitar o transporte longitudinal.

A semeadora adubadora de precisão MACANUDA FERTILIZANTE, possui a

característica de poder desativar a distribuição de sementes ou fertilizante, é apresentada

na tabela 4.19, possui de 24 unidades de semeadura, espaçadas de 45 cm. As sementes

são conduzidas a cada linha que, por sua vez, distribui as sementes no solo com pequeno

depósito (pipoqueira) com sistema pneumático. Destaca-se que os rompedores de solo

são dispostos em zigue zague e as unidades de semeadura alinhadas. A máquina articula-

se transversalmente, acomodando-se as ondulações do terreno e possui sistema hidráulico

para facilitar o transporte longitudinal.

A semeadora de fluxo contínuo TSM, de arrasto e pivotada, apresentada na tabela

4.19, é disponibilizada com 23 e 28 unidades de semeadura, espaçadas de 17 cm (Fig.

4.28). Possui depósitos de fertilizante e de sementes em polietileno, com distribuição

dessas com rotores acanelados helicoidais. As unidades de semeadura são dispostas

transversalmente em zigue zague. Possui caixa de câmbio. Possui sistema de distribuição

de fertilizante com rosca sem fim, o da marca FERTISYSTEM, sem graxeiras. Disco

duplo e rodas côncavas revestidas com borracha e rodas de ferro fundido para a cultura

de arroz, para compactação e aterramento. Anel limitador de profundidade nos disco

duplo para arroz.

A semeadora de fluxo contínuo PAMPEANA, de arrasto e pantográfica,

apresentada na tabela 4.19, é disponibilizada com 17 a 28 unidades de semeadura,

espaçadas de 17 cm (Fig. 4.28). Possui depósitos de fertilizante de polietileno e sementes

de aço carbono, com distribuição dessas com rotores acanelados helicoidais. As unidades

de semeadura são dispostas transversalmente em zigue zague. Possui caixa de câmbio.

Possui três tipos de sistemas de distribuição de fertilizante: rosca sem fim, o da marca

FERTISYSTEM, sem graxeiras e com rotores dentados, acionados por rosca sem fim

autolimpante. Disco duplo e rodas inclinadas revestidas de borracha para controle de

profundidade, aterramento e compactação.

A semeadora de fluxo contínuo PAMPEANA ARROZEIRA (Fig. 4.28)

apresentada na tabela 4.19, é disponibilizada com 17 a 28 unidades de semeadura,

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187

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

espaçadas de 17 cm. Semelhante a PANPEANA, mas apresentam maior mobilidade

vertical para trabalhar em condições de taipas de arroz. Disco duplo desencontrado com

aro limitador de profundidade. Como roda compactadora e para aterramento do sulco usa

roda de ferro.

A semeadora de fluxo contínuo PAMPEANA SUPER apresentada na tabela 4.19,

é disponibilizada com 30 a 36 unidades de semeadura, espaçadas de 17 cm. Semelhante

a PAMPEANA é apropriada a grandes propriedades. O mesmo pode-se dizer da

PAMPEANA MACANUDA que possui 65 linhas e articula-se para facilitar seu

transporte. A PAMPEANA SUPER possui rodas auxiliares para o transporte longitudinal.

A multissemeadora SA, tradicional máquina da VENCE TUDO desde o início dos

anos 90, apresentada na tabela 4.19, é máquina apropriada para pequenas propriedades

sendo disponibilizada com 4 a 7 linhas espaçadas de 45 cm e 9 a 17 linhas de 17 cm, para

distribuição e precisão e fluxo contínuo respectivamente (Fig. 4.28). É máquina de arrasto

e pivotada. Possui os rompedores de solo em zigue zague e as unidades de semeadura

alinhadas. Possui os depósitos de fertilizante unificado e de sementes individualizados

tipo balde, ambos de polietileno, elevados na estrutura da máquina. Na versão em fluxo

contínuo a caixa de sementes é elevada e de aço carbono. Discos alveolados com sistema

de distribuição de sementes em precisão e rotores acanelados helicoidais em fluxo

contínuo. Hastes sulcadoras com sistema pula pedra. Sistema de distribuição de

fertilizante com rotores dentados, acionados por rosca sem fim autolimpante. Disco duplo

para sementes, seguida de rodas inclinadas revestidas de borracha para controle de

profundidade e aterramento e rodas de pequeno diâmetro como compactadoras ou rodas

em “V”. Possui kit de sementes de pastagem.

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188

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.19 – Modelos de semeadoras (SP) e ou adubadoras de precisão (SAP), fluxo contínuo (SAF) e multissemeadora (SAMu) da VENCE

TUDO em agosto de 2016. http://www.vencetudo.ind.br/pt_BR/produtos/1

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE DE

SEMENTES

PESO

POR

LINHA

kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

PA SAPTr

montada

pivotada

2, 3, 5, 6 e 7

45 cm

Discos

alveolados

Balde/gravidade 184 a317 Alinhados disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rotor dentado

SUMMER

PANTOGRAFICA

SAPTr

arrasto

pantográfica

5, 6, 7 e 8

45 cm

Discos

alveolados

Balde/gravidade 303 a 336 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rotor dentado

SM 7040 SAPTr

montada

pivotada

5, 6 e 7

45 cm

Discos

alveolados

Balde/gravidade 258 a 270 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

PREMIUM

SAPTr

arrasto

pantográfica,

tandem

10, 11, 12, 13, 14, 15 e 16

45 cm

Discos

alveolados

30 depósito e

pipoqueira ou

balde/gravidade

510 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

PANTHER SM

SAPTr

arrasto

pantográfica

tandem

6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14,

15 e 16

45 cm

Discos

alveolados

30 depósito e

pipoqueira ou

balde/gravidade

320 a 418 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

PANTHER

PNEUMÁTICA

SAPTr

arrasto

pantográfica

tandem

6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14,

15 e 16

45 cm

Pneumática

30 depósito e

pipoqueira ou

balde/gravidade

320 a 418 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

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189

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

PANTHER

PRECISION

SAPTr

arrasto

pantográfica,

taxa variável

6 a 16

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumática

30 depósito e

pipoqueira/gravidade

318 a 350 Zigue zague disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

MACANUDA TOP SPTr arrasto

pantográfica

24, 28, 30 34 e 36

45 cm

Discos

alveolados ou

pneumática

30 depósito e

pipoqueira/gravidade

461 a 498 Zigue zague disco

de corte

Alinhados disco

de sementes

-

MACANUDA

FERTILIZANTE

SAPTr

arrasto

pantográfica

24

45 cm

Discos

alveolados

30 depósito e

pipoqueira/gravidade

641 Zigue zague disco

de corte

Alinhados disco

de sementes

Rosca sem fim

PAMPEANA

SAFTr

arrasto

pantográfica

17, 20, 24 e 28

17 cm

rotores

helicoidais

Deposito

elevado/gravidade

178 a 200 Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

PAMPEANA

ARROZEIRA

SAFTr

arrasto

pantográfica

17, 20, 24 e 28

17 cm

rotores

helicoidais Deposito

elevado/gravidade

185 a 207 Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

TSM SAFTr

arrasto

pantográfica

23 e 28

17 cm

rotores

helicoidais Deposito

elevado/gravidade

173 Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

PAMPEANA SUPER SAFTr

arrasto

pantográfica

30, 33 e 36

17 cm

rotores

helicoidais Deposito

elevado/gravidade

230 a 244 Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

PAMPEANA

MACANUDA

SAFTr

arrasto

pantográfica

65

17 cm

rotores

helicoidais Deposito

elevado/gravidade

- Zigue zague disco

de sementes

Rosca sem fim

SA

9400 a 17700

SAMuTr

arrasto ou

montada

pivotada kit

forragem

9, 11, 14 e 17 17 cm

4, 5, 6 e 7 45 cm

Discos

alveolados e

rotores

helicoidais

Balde/gravidade 83 a 132

251 a 288

Alinhados disco

de corte, haste

Alinhados disco

de sementes

Rotor dentado

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190

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

PA SM PREMIUM PANTHER

PANTHER PNEUMATICA PRECISION MACANUDA MACANUDA FERTILIZANTE

Figura 4.27 – Semeadoras e ou adubadoras de precisão da VENCE TUDO. http://www.vencetudo.ind.br/pt_BR/produtos/1

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

PAMPEANA PAMPEANA SUPER PAMPEANA ARROZEIRA

TSM SA- A em precisão SA - A em fluxo contínuo

Figura 4.28 – Semeadoras e ou adubadoras de fluxo contínuo e multissemeadoras da VENCE TUDO.

http://www.vencetudo.ind.br/pt_BR/produtos/1

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192

Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

4.20 A indústria WERNER, sediada no município de Campo Erê, no estado

de Santa Catarina, iniciou suas atividades, fabricando semeadoras de tração manual

(matracas), posteriormente equipamentos de tração animal e hoje também, fabrica

semeadoras adubadoras mecanizadas para pequenas propriedades, atendendo o mercado

regional. A tabela 20 mostra as semeadoras a tração animal e mecanizadas da WERNER.

A WERNER disponibiliza cinco modelos de semeadoras adubadoras de tração

animal sendo três de cabeçalho curto e duas de cabeçalho longo, apropriada para tração

com junta de bois. Caracterizam-se por serem máquinas leves que trabalham também em

solos acidentados e pedregosos atendendo muitas das exigências do pequeno produtor. O

modelo triplo (Tab. 4.20) possui além dos depósitos para sementes e fertilizante um

depósito adicional para calcário. A Figura 4.29 mostra a PLANTADEIRA A TRAÇÃO

ANIMAL com cabeçalho longo 101.

As PLANTADEIRAS PWF (Tab. 4.20), são semeadoras adubadoras montadas,

pivotadas, com acionamento independente de cada linha com a roda traseira que também

finaliza o acabamento da semeadura. A figura 4.29 mostra um desses modelos. São

disponibilizadas com 2 a 5 linhas espaçadas de 45 cm.

Figura 4.29 – Semeadora adubadora de precisão a tração animal 101 cabeçalho longo a

esquerda e a semeadora adubadora de precisão PWF 400 a direita.

http://www.werner.ind.br/

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

Tabela 4.20 – Modelos de semeadoras adubadoras de precisão a tração animal (SATA), para pequenos tratores (SAP) da WERNER em agosto de

2016. http://www.werner.ind.br/

MODELO TIPO LINHAS/ESPAÇAMENTO DISTRIBUIÇÃO

DE SEMENTES

DEPÓSITO E

TRANSPORTE

DE

SEMENTES

PESO

POR

LINHA

kgf

ALINHAMENTO

DOS

ROMPEDORES

DISTRIBUIDOR

DE

FERTILIZANTE

PLANTADEIRA A

TRAÇÃO ANIMAL

cabeçalho longo 101

SAPTa

arrasto

1

Discos

alveolados

Balde/gravidade - -

PLANTADEIRA A

TRAÇÃO ANIMAL

cabeçalho curto 101

SAPTa

arrasto

1

Discos

alveolados Balde/gravidade - -

PLANTADEIRA A

TRAÇÃO ANIMAL

cabeçalho longo 104

SAPTa

arrasto

1

Discos

alveolados Balde/gravidade - -

PLANTADEIRA A

TRAÇÃO ANIMAL

cabeçalho curto 104

SAPTa

arrasto

1

Discos

alveolados Balde/gravidade - -

PLANTADEIRA A

TRAÇÃO ANIMAL

cabeçalho curto tripla

SAPTa

arrasto

1

Discos

alveolados Balde/gravidade - -

PLANTADEIRA PWF 400 SAPTr

montada

pivotada

2, 3, 4 e 5

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade - Alinhados disco

de corte, haste

Rosca sem fim

PLANTADEIRA PWF 440 SAPTr

montada

pivotada

2, 3, 4 e 5

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade - Alinhados disco

de sementes Rosca sem fim

PLANTADEIRA PWF 500 SAPTr

montada

pivotada

2, 3, 4 e 5

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade - Alinhados disco

de corte, haste

Rosca sem fim

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a

2003. Consultor em Mecanização Agrícola desde 2004.

PLANTADEIRA PWF 550 SAPM

montada

pivotada

2, 3, 4 e 5

45 cm

Discos

alveolados Balde/gravidade - Alinhados disco

de sementes Rosca sem fim

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Eng. Agrônomo UNESP/FCAV Jaboticabal 1975; MSc Eng. Agrícola UNICAMP/FEA 1984; Dr. Projeto

Mecânico UNICAMP/FEM 1996. Pesquisador do IAPAR de 1976 a 2003. Consultor em Mecanização

Agrícola desde 2004.

4.21 A indústria PICETTI de São Gabriel do Oeste no estado de Mato Grosso

do Sul, fabrica kits de distribuição de pastagens que podem ser acoplados sobre máquinas

semeadoras ou outras (Fig. 4.20). A três anos vem evoluindo seus produtos, apresentando

hoje semeadoras de pastagens até para grandes propriedades (Fig. 4.20). Não se

caracteriza como máquinas para o SPD, mas com conceito importante de integração de

lavoura/pecuária em expansão no SPD.

Figura 4.30 – Semeadora de pastagem em fluxo com discos de grade para aterramento a

esquerda e semeadora de pastagens para grandes propriedades a direita. Site da PICETTI.