42
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE ATUAÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO PROCESSO DA ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL POR: ALINE ALVES DA COSTA ORIENTADOR PROFESSORA: MÔNICA FERREIRA DE MELO RIO DE JANIERO 2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

ATUAÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO PROCESSO

DA ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

POR: ALINE ALVES DA COSTA

ORIENTADOR

PROFESSORA: MÔNICA FERREIRA DE MELO

RIO DE JANIERO

2011

Page 2: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

2 2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

ATUAÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO PROCESSO

DA ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Orientação Educacional e Pedagógica

Por: Aline Alves da Costa

Page 3: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

3 3

AGRADECIMENTOS

Agradeço á Deus por ter me conduzido até aqui, a

minha família pelo apoio e incentivo. E a minha

professora Mônica que com sua leveza e tranqüilidade

me deu segurança a desenvolver esta pesquisa.

Page 4: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

4 4

DEDICATÓRIA

Dedico esta pesquisa a minha grande amiga e irmã

gêmea Amanda Alves da costa, que me encoraja em

todos os momentos da minha vida.

Page 5: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

5 5

RESUMO

O orientador educacional deverá esta ciente de seu papel frente a

processo da orientação profissional do jovem, onde o exercício de sua

atuação deverá esta fundamentada em uma linha pedagógica que visa

conduzir o educando a escolha de sua profissão, partindo do pressuposto que

todo individuo para escolher algo precisa sobre tudo se entende ter o

autoconhecimento de si mesmo, para que a partir destes princípios passa ser

capaz de escolher o caminho a ser trilhado. E caberá ao orientador

educacional auxiliá-lo nesta tomada de decisão. A pesquisa bibliográfica

aplicada permite uma analise das etapas fundamentais, que irá nortear o

aluno a sua escolha profissional. A abordagem do POPI - Programa de

Orientação Profissional Intensiva possibilitou uma analise sobre a importância

de todas as etapas fundamentais para conduzir este jovem à escolha de sua

profissão que fará parte de seu futuro frente ao autoconhecimento, a

realidade da social e profissional da sociedade que se encontra inserido.

Destacando o papel da Família em todo o contexto da tomada de decisão em

que profissão seguir.

Page 6: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

6 6

METODOLOGIA

O presente trabalho se desenvolver a partir de pesquisas bibliográficas,

para que seja possível levar ao leitor a compreensão da importância da

atuação do orientador educacional frente à orientação profissional.

Baseando-se especial no POPI – Programa de Orientação Profissional, onde

as citações dos autores Álvaro Cielo Mahl e Eliseu de Oliveira Neto

fundamentaram a pesquisa, e ainda Miriam Crispun, a LDB.

Desta forma a usou como fundamentos e argumentos a pesquisa realizada, a

fim de embasar toda metodologia aplicada na presente pesquisa.

Page 7: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

7 7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

08

CAPÍTULO I - EDUCAÇÃO NO BRASIL

11

CAPÍTULO II - ORIENTADOR EDUCACIONAL NO BRASIL E SUA

ATUAÇÃO NOS ESPAÇOS ESCOLARES

19

CAPÍTULO III – A IMPORTÂNCIA DO ORIENTADOR

EDUCACIONAL JUNTO A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

26

CONCLUSÃO

36

BIBLIOGRAFIA

38

Page 8: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

8 8

INTRODUÇÃO

As escolas para exercerem seu real papel na realidade atual e para

serem reconhecidas como escolas de excelência, precisam lançar mão de

profissionais que sejam ousados, que sejam a favor de quebra de

paradigmas. Tal afirmação deve-se ao fato das necessidades de

aprimoramento do trabalho no interior das escolas. Para que tal propósito seja

alcançado, é preciso olhar a escola através de uma nova ótica, na perspectiva

de uma visão ampla dinâmica e articulada, conjugando conhecimento,

descentralização, ações articuladas, que conta com a contribuição de um

articulador nas etapas da orientação educacional.

Entende-se que a atuação do orientador educacional esta pautada na

Aluno, se faz necessário ter um olhar investigativo, indagador, afim de

observa-lo cuidadosamente se rotular. Estando este compromissado com

aluno, afim de contribuir com seu desenvolvimento integral, é preciso

acreditar na importância de seu papel dentro da escola e principalmente nos

benefícios de sua atuação.

O Orientador educacional é o elo de ligação entre a família e a escola

também é por meio de sua orientação, a partir de sua observação que o

mesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que

conduzam este educando ao seu desenvolvimento.

A educação é uma tarefa humanizadora frente à era de tecnologias,

inovações e de vanguardas, na tarefa de constituir a essência da identidade

do cidadão, deverá ter como função essencial o apoio, a estimulação e a

motivação ao educando.

O seguinte trabalho visa abordar a atuação do orientador educacional, frente

à orientação profissional destacando a importância de sua atuação, a fim de

valorizar o exercício de sua função como mediador na tomada de decisão. A

Page 9: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

9 9

função do Orientador educacional é sobre tudo conduzir todas as etapas

deste processo. O Leitor ira ter o conhecimento da complexidade do universo

da adolescência em plena atividade, onde as escolhas deverão pautar o

autoconhecimento.

Abordaremos uma breve historia da educação no Brasil, para que possamos

pensar a educação em um sentido mais amplo, sendo assim falaremos logo

no segundo capitulo sobre a historia do orientador educacional, a fim de levar

aos leitores a compreensão da importância de sua atuação neste contexto.

Resalta-se neste capitulo o surgimento da orientação educacional no Brasil,

que surgiu da necessidade de conduzir o jovem ao mercado de trabalho.

Garcia diz em seu livro “Orientação Educacional – O trabalho na Escola” que

(...) ao Orientador caberia selecionar, orientar e encaminhar aqueles que

precisavam se profissionalizar imediatamente. Ela se refere que a principal

função atribuída ao Orientador Educacional inicialmente era estar à frente a

conduzir o jovem em busca de sua profissionalização.

A presente pesquisa tem como finalidade levantar questões relacionadas a

atuação do pedagogo enquanto orientador educacional na orientação

profissional, a fim de propor uma reflexão sobre sua atuação.

No capitulo III, assim sendo encerraremos a pesquisa destacando a

importância da atuação do orientador educacional na orientação profissional

de crianças e adolescentes. A fim de promover um conhecimento mais amplo

sobre sua pratica educativa nos espaços escolares. Levantaremos questões

que ao exercício da profissão do orientador educacional nos espaços

escolares, apresentando situações diversas que exemplifique toda sua

atuação. O presente capitulo, será pautado na livro

POPI – Programa de Orientação Profissional e Intensivo onde iremos

descrever toda etapa do processo de orientação profissional segundo a

abordagem realizada pelos autores neste programa. Valorizando a atuação

Page 10: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

11

do orientador em todas as etapas, sendo assim será possível explorar e seus

conhecimentos pedagógicos proporcionando ao jovem inserido neste

programa o autoconhecimento, possibilitando uma escolha mais consciente e

pautada em sua própria decisão.

Na Leitura deste capitulo será possível que o leitor se aprofunde na busca do

conhecimento de todas as questões abordadas, possibilitando uma visão mas

ampla da pratica do orientador frente a orientação profissional.

Page 11: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

11

CAPÍTULO I

EDUCAÇÃO NO BRASIL

... É pensando criticamente a prática de hoje e de ontem que se pode melhorar a próxima prática.

(FREIRE,2002, p.43 )

1.1 - A EDUCAÇÃO NO BRASIL:

A educação formal no Brasil teve início com a chegada dos jesuítas com

a proposta de adotar um Sistema Educacional com o objetivo de uma escola

para aprender a ler e a escrever, voltada para a formação das elites

.Instalou-se em Salvador, sede do governo da Colônia a primeira das muitas

escolas que essa ordem religiosa construiria aqui. Em cerca de duzentos

anos, os jesuítas catequizaram índios,isto é, batizaram os nativos e os

instruíram em assuntos religiosos. Também ensinaram os filhos dos colonos

portugueses a ler e a escrever e formaram uma elite local. Eram os diretores,

aqueles que detinham o poder de direcionar.

Nossas primeiras escolas reuniam crianças índias e portuguesas. Mas, aos

poucos, os indígenas foram excluídos do ensino. No século XVIII, já eram

oferecidos cursos equivalentes ao atual Ensino Médio, em colégios nos quais

os meninos, principalmente, estudavam em regime de internato.

O peso da educação europeizada oferecida marcou profundamente

nossa cultura. Com a expulsão dos jesuítas, o sistema educacional por eles

implantado desmantelou-se. Acabava-se um ensino estruturado, mas que

Page 12: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

11

nem por isso era um modelo de excelência. Ao contrário, caracterizava-se por

uma orientação rígida, dogmática, anti – científica, acanhada, voltada

Quase que exclusivamente para os interesses religiosos e políticos. Surge o

ensino público, financiado pelo Estado, mas num estado ainda incipiente,

inteiramente renovado, em moldes mais científicos e onde estudou uma

importante elite brasileira que viria, bem cedo, desempenhar papel de

destaque nos movimentos políticos do país, até levá-lo à independência.

Durante todo esse tempo, no entanto não se estabeleceu nenhuma

política de educação para o país. Os níveis primário e secundário ficavam a

cargo das províncias, ao passo que o nível universitário era de

responsabilidade do poder central. O ensino secundário era visto somente

como porta de entrada para a faculdade. A qualidade dos níveis primário e

secundário recebia críticas severas; professores mal - formados, mal -

remunerados, improvisavam ao sabor das necessidades. A educação

permanecia voltada exclusivamente para os interesses das classes

dominantes; fazendeiros, a nobreza e o alto funcionalismo.

Jovens brasileiros formados nesse modelo de educação contribuíram

muito para o Brasil nas mudanças sociais , econômicas e políticas

importantes no contexto histórico.

Em 1837, foi fundado no Rio de Janeiro o Colégio D.Pedro II, que

deveria ser modelo para outras escolas. Só ele fornecia o diploma de

bacharel, na época um título necessário para cursar o nível superior. A partir

de 1860, criaram-se vários colégios, na maioria religiosos, e alguns cursos de

magistério em nível secundário, no início exclusivamente masculino.

Durante as décadas de 70 e 80, houve um aumento expressivo no

acesso à escola básica, através da expansão das oportunidades de

escolarização, porém, isso não foi suficiente para garantir a qualidade da

educação e a permanência do aluno na escola.

Page 13: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

11

O quadro educacional brasileiro atual é caótico. Comparações com

outros países em estágio equivalente de desenvolvimento colocam o Brasil

em desvantagem na área de educação.

Os dados revelam desigualdades regionais, baixo aproveitamento

escolar, defasagem idade / série, altos índices de evasão e repetência,

resultados que refletem o processo de extrema concentração de renda e de

níveis elevados de pobreza existentes no país.

Por muito tempo a pedagogia focou o processo de ensino no professor,

supondo que, como decorrência estava valorizando o conhecimento. O

ensino, então, ganhou autonomia em relação a aprendizagem, criou seus

próprios métodos e o processo de aprendizagem ficou em segundo plano.

Hoje, sabe-se que é necessário ressignificar a escola entre

aprendizagem e ensino, uma vez que, em última instância, sem

aprendizagem o ensino não se realiza. È necessário considerar o

desenvolvimento pessoal como processo mediante o qual, o ser humano

assume a cultura do grupo social a que pertence. Processo pelo qual o

desenvolvimento pessoal e a aprendizagem da experiência humana

culturalmente organizada e socialmente produzida e historicamente

acumulada, que não se excluem nem se confundem, mas interagem. Daí a

importância das interações e compreensão de mundo, na busca da qualidade

da educação e na reflexão dos profissionais de ensino sobre suas ações

diante da realidade que estamos vivenciando.

Seres humanos não podem ser reciclados para obtenção de melhores

resultados, pois não dependem só de atualização, mas de vários fatores, que

viabilizam o resgate do valor da educação, como a democratização da

construção do saber. E esta, por sua vez, deve apoiar-se na socialização do

patrimônio cultural existente.

Page 14: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

11

O desenvolvimento de um povo se encontra na relação direta com a

troca que ele venha a estabelecer entre as várias culturas e com os bens

simbólicos produzidos pela humanidade, assim é fundamental que os alunos

e professores travem contato com as diversas formas de expressão de seu

tempo, de sua cultura.

O maior desafio do gestor é como envolver a comunidade escolar ,

trazê-la para dentro da escola sabendo que o mesmo convive em um mundo

de contradições, imerso no diálogo de múltiplas linguagens, traduzindo novas

formas de produção e comunicação de conhecimentos e idéias.

A partir das várias reflexões desenvolvidas em decorrência da

situação em se encontra a escola hoje, suscitou particular interesse na

questão do perfil do diretor / gestor liderando a Escola como espaço social,

mediador do processo de aprendizagem e garantia de transformação nas

práticas pedagógicas e modelos de comportamento próprios das relações

sociais escolares, por parte dos alunos, através da melhoria das relações

sociais enquanto estratégia para obtenção de resultados afetivos, através de

reorganização das relações interpessoais.

A Escola de hoje é uma Empresa, mas não se pode perder o olhar de

um ambiente educativo, constituídos por gente que possuem a capacidade de

inovar, criar na busca do conhecimento. Partindo do olhar da motivação,

percebemos que a beleza está na diversidade e necessitamos transferir para

a educação a abrangência desse olhar através de estímulos.

Perceber o momento de mudar reconhecendo o direito de todos os

profissionais da escola ( discente e docente ) de terem contato com um

profissional qualificado, para mediar suas habilidades, e para tanto, precisa-se

assumir a formação contínua, perceber a responsabilidade de formar

Page 15: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

11

cidadãos críticos, criativos, destemidos capazes de, no futuro transformarem

a sociedade em que vivemos.

Vive-se hoje, um intenso processo de criação em todas as áreas do

conhecimento. As profundas transformações que se processam todos os dias,

a associação constante entre ciência, arte, tecnologia e educação que se

amplia cada vez mais, modificam a imagem do universo e do próprio homem.

1.2 - SÉCULOS DE HISTÓRIA:

As revoluções Francesa e Industrial, deram cara nova ao Velho Mundo,

inclusive no que se refere ao acesso à Educação. No final do século XVIII,

passou para o Estado o papel de educar cidadãos, o que levou à grande

ampliação do número de colégios na Europa nos dois séculos seguintes.

No Brasil, como já foi dito os jesuítas foram os principais responsáveis

pelos primeiros passos na educação. Em 1759, os religiosos foram expulsos

do país deixando um legado de “ colégios e escolas de primeiras letras.” Com

um decreto do imperador Pedro II, em 1822, instituiu – se um modelo de

ensino conhecido mais tarde como “ aulas avulsas”, em que um adulto se

responsabilizava por crianças de diferentes idades e percursos. Essas “

escolas” funcionavam na casa do próprio professor.

Na época, os funcionários das poucas instituições de ensino não

tinham formação pedagógica, já que a primeira Escola Normal Brasileira só

surgiu em 1835. “ Os diretores eram em geral ,pessoas generosas

conhecidas por suas benemerências e, por isso, designadas para o cargo.”

A primeira iniciativa visando a criação de uma rede de escolas se deu

apenas durante o Estado Novo (1937 – 1945 ).

Page 16: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

11

O ensino formal, então, era pautado pelas Leis Orgânica de Educação,

que se aproximavam dos ideais fascistas, caros à ditadura de Getúlio

Vargas. Nessa época, a proposta era qualificar a mão de obra nacional,

acompanhando o ritmo de crescimento da indústria mundial e das novas

profissões que nasciam.

Com a Lei de Diretrizes e Bases de 1971, a Educação no Brasil foi

estruturada em sistemas municipais, estaduais e federal. Durante a ditadura

militar ( 1964 – 1985 ), cada diretor tinha também o dever de escolher o

projeto educacional de sua escola ao ideal de potência nacional a que o país

aspirava. Com a redemocratização, na década de 1980, o Fórum Nacional em

Defesa da Escola Pública, que congregava entidades sindicais, acadêmicas e

da sociedade civil, foi uma das instituições mais atuantes para inclusão, na

Constituição Federal, da determinação de que a escola brasileira tivesse

como prioridade a gestão democrática – vigente até hoje e que precisamos

constantemente avaliar , pois muitos dos profissionais de educação que hoje

ocupam função gratificada de diretor adjunto e cargo comissionado de diretor

de escola, esquecem que sem participação de todos os segmentos da

comunidade escolar, não romperemos os paradigmas de uma gestão

participativa que tem como objetivo real educar para vida, para o exercício

pleno da cidadania.

O bom diretor hoje é aquele que domina as questões administrativas,

sabe ser um líder, conhece as políticas públicas, estimula a participação dos

pais e da comunidade, ajuda a formar professores e funcionários... Tudo com

um objetivo maior : garantir que os alunos aprendam.

Conforme nos ensina Vereecken:

Como diretores, gerentes, pais, mães e colegas,

precisamos ser os guias que estimulam as pessoas

rumo ao crescimento pessoal e profissional. Devemos

ser os maiores incentivadores de nossa equipe!

Precisamos dizer as pessoas : Você pode voar alto! E eu

Page 17: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

11

posso ajuda-lo! – e não esperarmos que cometam um

erro para criticá-las. ( p..93 )

O papel da escola para o educando em toda sua temática, em seus

desenvolvimento, é necessário estar atendo a seus fazeres, afim de promover

a construção do conhecimento.

1.3 - ESCOLA: AGENTE TRANSFORMADOR OU LEGITIMADOR DAS DESIGUALDADES?

Segundo Bourdieu, o papel transformador e democratizador atribuído

às instituições de ensino, passou a ser encarado como falso. Tal que essa é

apontada como uma das principais instituições, onde se mantém e se

legitimam os privilégios sociais. (NOGUEIRA/2002)

Levando-se em consideração todos os processos histórico-sociais que

envolveram a escola e seus elementos constitutivos através dos séculos, qual

o papel atual da escola? Essa instituição que sobreviveu às mudanças

impostas pelo tempo e por tantas transformações sociais, e que hoje passa

juntamente com a sociedade mundial por mais uma transição, a revolução da

informação.

Como a escola desse século XXI está respondendo a essas

mudanças? Como pode essa instituição usar todos os benefícios da era da

informação, e a influência midiática a favor das minorias tornando-se um

agente transformador entre as desigualdades sociais? Observando a fala de

responsáveis por crianças de escolas municipais em áreas carentes do

município Rio de Janeiro, pôde-se constatar que a importância dada à escola,

mormente a escola de educação infantil, em quase 85% dos casos, não tem

relação nenhuma com a aprendizagem em si. A maioria desses responsáveis

Page 18: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

11

coloca que a escola é um local onde confiam em deixar os filhos para

poderem trabalhar, ou para que esses possam se alimentar, ou ainda, por que

são forçados pelo Estado.

Em contrapartida, qual o valor que a própria escola encontra em si, em

suas práticas, em seus elementos constitutivos? Na abordagem feita aos

professores e outros funcionários dessas mesmas escolas, foi constatado que

sua auto-estima em relação aos esforços empenhados no trabalho diário com

alunos, responsáveis e equipe gestora, na maioria das vezes é baixa. Seja

pela falta de reconhecimento, pelo mínimo retorno que a ação da escola

parece dar aos educandos, ou mesmo por reconhecerem-se como

responsáveis pela transformação das comunidades onde estão inseridos.

Essa relação conflituosa entre os atores inseridos no cenário

educacional parece não permitir que o poder transformador da escola seja

reconhecido ou mesmo efetivado.

Délia Lerner (2002), no livro Ler e escrever na escola, traz à tona esses

conflitos, e diz que a solução para a melhoria do ensino seria o

reconhecimento social da função do professor, ou seja, sua hierarquização; e

a construção de um currículo que contribuísse para mostrar aos alunos os

progressos derivados da produção do conhecimento, de modo que estes,

tenham consciência da necessidade de aprofundar e atualizar seus saberes

de forma permanente.

Page 19: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

11

CAPÍTULO II

ORIENTADOR EDUCACIONAL NO BRASIL E SUA ATUAÇÃO

NOS ESPAÇOS ESCOLARES

1.1 - Orientação Educacional

O percurso percorrido pelo orientador educacional no Brasil inicialmente

surgiu a partir da orientação. È de suma importância que possamos

acompanhar sua história desde o principio para que possamos compreender

suas praticas atuais. Para que tal processo ocorra nos embasaremos em

importantes leis e conceitos relatados por grandes autores que abordam suas

concepções sobre o presente tema.

Ao Abordar a trajetória do orientador educacional no Brasil a LDB

destaca – “Na LDB de 1961, o Orientador ganha status de Orientador

Educativo (OE) e Vocacional, identificando aptidões individuais, com um

trabalho estendido a todos os alunos, não somente aos alunos-problema, e

lançando mão de todos os elementos da escola para o desenvolvimento de

seu trabalho.

De Acordo com Grinspun (2006) em 1908 surgiu a orientação através

de Frank Parsons, em Boston nos EUA. Ele é considerado o precursor deste

movimento, ela era exercida fora o ambiente educacional e visava orientar os

jovens a cerca de qual profissão deveriam seguir, ou seja ela estava

intimamente ligada a orientação vocacional dos jovens americanos. Sua

pratica segundo a autora estava baseada na idéia de aconselhamento na

medida em que, devido ao crescimento da atividade fabril proporcionado pela

revolução industrial, fazia-se necessário criar mecanismo de formação de

mão-de-obra para as industrias e a orientação vocacional aconselhava os

Page 20: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

22

futuros operários indicando qual a profissão seguir. Este aconselhamento

marcou toda a trajetória do orientador educacional.

Garcia (2009) relata que o surgimento da orientação educacional no

Brasil desde então esteve vinculada questão do trabalho. Desta que ao

orientador educacional coube inicialmente a responsabilidade de preparação

do educando ao mercado de trabalho.

No Brasil, sob forte influência da orientação americana as primeiras

experiências relacionadas à orientação, ocorreram na década de 20 quando

engenheiro suíço Robert Mange criou em 1924 um serviço de orientação

profissional para os alunos do curso de mecânica do Liceu de Artes e Ofício

de São Paulo. Este trabalho desenvolvido pelo professor contou com a ajuda

técnica de Henri Pièron e sua esposa e foi o precursor da criação, em 1934,

do centro ferroviária de ensino e seleção profissional (CFESP). Este centro

nasceu de um serviço de orientação e formação de alunos em cursos de

aprendizes que funcionou a partir de 1930 na estrada de ferro sorocabana e

teve a orientação do professor Monge e de seu colaborador e de seu

colaborador Ítalo Bologna. O CFESP era considerado uma instituição modelo

para outras ferrovias do Pais e seu trabalho era de selecionar profissionais

com base nas características individuais e aptidões dos aprendizes para

ocupar determinadas funções.

Nerecí (1992) especifica o conceito de orientação educacional como

parte de uma ação conjunta de educadores para ajudar o aluno em seu

desenvolvimento biopsicossocial, ao objetivo de integrá-lo ao contexto social

com o objetivo de direto e dever cidadão.

Tais conceitos nos permitem delinear um perfil deste profissional e sua

real participação na vida do individuo, como agente promovedor da interação

social a partir da orientação para a vida, para os conceitos de ética,

valorizando suas características e assim desenvolvendo suas potencialidades

em quanto ser humano em sociedade.

Page 21: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

22

2.2 – O Papel do Orientador Educacional

“É importante que todos tenham conhecimento do aluno

como um todo: social e cultural, por que este trabalho

em como ser o coração, uma coisa sentida e não só

racional”. (Autor desconhecido)

As leis são referências fundamentais em toda a história da orientação

educacional no Brasil, abordando o desempenho determinado pelo mesmo.

Norteando desde então o seu caminho a ser seguido no cenário da educação.

Art. 80. Far-se-á, nos estabelecimentos de ensino

secundária, a orientação educacional.

Art. 81. E’ função da orientação educacional, mediante

as necessárias observações, cooperar no sentido de

que cada aluno se encaminhe convenientemente nos

estudos e na escolha da sua profissão, ministrando-lhe

esclarecimentos e conselhos, sempre em entendimento

com a sua família.

Art. 82. Cabe ainda à orientação educacional cooperar

com os professores no sentido da boa execução, por

parte dos alunos, dos trabalhos escolares, buscar

imprimir segurança e atividade aos trabalhos

complementares e velar por que o estudo, a recreação e

o descanso dos alunos decorram em condições da

maior conveniência pedagógica.

Page 22: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

22

Segundo Sanches os orientadores educacionais reconhecem-se sem dúvida,

como profissionais de ajuda ao adolescente, onde são capazes de perceber

seu papel e valorizar seu papel. A Autora pontua que quando uma pessoa

escolhe a educação, esta fazendo uma opção pela dedicação ao outro. Em

uma pesquisa realizada com estes profissionais onde procurava saber por

que motivos estes profissionais optaram pela educação. Quem e o que foi

mais significativo para que a sua trajetória culminasse na profissão do

Orientador Educacional? Tal pergunta foi descritiva em três categorias que

conecta-se a este tema, o saber, motivação e crença:

Origem: exprime as causas que levam o entrevistador a optar pelo campo da

ação educacional.

Motivação: exprime os motivos que levam o entrevistado à orientação

educacional.

Crença: refere-se a valores, convicções e opiniões cujos objetos são as

causas que levam o entrevistado a optar pelo campo da ação educacional ou

motivos que levam à Orientação Educacional.

“O principal papel da orientação será ajudar o aluno na

formação de uma cidadania crítica e a escola, na

organização e realização de seu projeto pedagógico.

Isso significa ajudar nossos alunos por inteiro: com

utopias, desejos e paixões. (...) e orientação trabalha na

escola em favor da cidadania, não criando um serviço

de orientação para atender aos excluídos (...), mas para

entendê-lo, através das relações que ocorrem (...) na

instituição Escola”.

(CRISPUN. 2002:29)

Page 23: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

22

As funções do orientador educacional estabelecida pela lei só será possível o

seu cumprimento se este profissional estiver consciente de sua real função e

elaborar um planejamento prévio de suas obrigatoriedade. Torna-se de suma

importância sua atuação fixada sempre no aluno e na família, pois sua visão

principal e prioritário é o aluno. O olhar atento ao educando, facilitará todo o

processo de criação de estratégias afim que o mesmo se desenvolva

produtivamente.

A Orientação Educacional no discurso de GRINSPUN, (2002) não atua mais

por ser uma profissão que deva existir pela “obrigação” pois na lei 9334/96

não há obrigatoriedade de orientação. “ mas por efetiva consciência

profissional, o orientador tem espaço próprio junto aos demais protagonistas

da escola para um trabalho pedagógico integrado, compreendendo

criticamente as relações que se estabelecem no processo educacional”.

(GRINSPUN, 2002 P 28)

A autora relata a importância da interdisciplinariedade dentro da escola,

possibilitando assim um trabalho mas coeso, possibilitando a construção da

educação de forma mas produtiva.

O principal papel da orientação será ajudar o aluno na

formação de uma cidadania critica e a escola na

organização e realização de seu projeto pedagógico.

Isso significa ajudar nosso aluno por inteiro ( grifo da

autora): Com utopias desejos e paixões. (...) a

orientação trabalha na escola em favor da cidadania,

não criando um serviço de orientação ( grifo da

autora): para atender aos excluídos (...) mas para

atendê-lo, através das relações que ocorrem (...) na

instituição escola. (GRINSPUN, 2002 P 29)

A Autora especifica que a atuação do orientador esta nomeada fazendo parte

da educação e por esse motivo deve-se pensar de forma mas ampla sua

atuação .

Page 24: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

22

A conduta do orientador educacional na escola possibilitará o bom andamento

da cultura organizacional da presente instituição, a medida que seu trabalho

da a possibilidade do contado constante entre a comunidade escolar, pais e

alunos, professores, resolvendo os conflitos emergências e dando

possibilidades de uma pratica pedagogia pautada na realidade daquele

cotidiano, não apenas de forma teórica e sim pratica.

“O Orientador faz a analise, junto com todos os

protagonistas desse cotidiano para que se tenha

tanto quanto possível, uma visão mais ampla mas

objetiva do que ocorre nesse dia-a-dia. Se a

orientação deve estar compromissada com o projeto

político pedagógico da escola, a forma de melhor

atuar nele, garantindo a qualidade é conhecer sua

cotidianidade”. (ibidi, 2002, p.55)

Desta maneira podemos afirmar que o orientador cumpre um função

integradora estando sempre em contado com o aluno, com os professores,

com os coordenadores, com a secretaria escolar com os pais, conhecendo

assim suas angustias e aflições, com a finalidade de buscar sua resolução

para consequentemente proporcionar uma boa educação na escola.

O orientador deve procurar se envolver com a

comunidade resgatando sua realidade

socioeconômica cultural como meio de contribuir para

Adequação curricular, tendo em vista a transformação

da escola e da sociedade. (...) A orientação deve

trabalhar com um planejamento participativo, sempre

Page 25: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

22

voltado para uma concepção critica. Um dialogo entre

as comunidades das disciplinas teóricas e praticas

permitira a busca desta concepção critica.

(GRINSPUN, 2002 P 109)

O conjunto das ações ira fundamentar a atuação da orientação educacional,

havendo sempre a reflexão de sua pratica, pois se assim não ocorre seu fazer

será pobre sem fundamento algum.

“O Orientador é aquele que discute as questões da

cultura escolar promovendo meios/ estratégias para

que sua realidade não se cristalize em verdades

intransponíveis, mas se articule com prováveis

verdades vividas no dia-a-dia da organização escolar.

(GRINSPUN, 2002 P 112) - Grifos da autora.

De acordo com Grinspun o trabalho do orientado não devem ser conduzido

apenas com técnicas que visam apenas diagnosticar os alunos com

dificuldades de aprendizagem e sim refletir sobre as ações que tem por

objetivo maior soluções e ações que minimizem o fracassoo escolar.

Sendo assim o seu papel tão somente se constrói a partir do amor por sua

profissão, da motivação da crença e da percepção de em orientar

adequadamente e profundamente seu educando, a fim de fincar raízes com

a intenção de produzir frutos, que consistem na formação integrar do

cidadão em sua totalidade.

Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

22

CAPÍTULO III

A IMPORTÂNCIA DO ORIENTADOR EDUCACIONAL JUNTO A

ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

A orientação profissional só é possível a principio por meio de um

planejamento, bem articulado sobre as ações a serem seguidas neste

processo.

Segundo Lucchiari, a orientação profissional esta inserida em um amplo

contexto que se descreve no campo social, político e econômico e para tanto

necessita de uma serie de fatores para sua realização.

Ao desenvolvemos um trabalho de orientação profissional com o adolescente

precisamos estar atendo ao momento que o mesmo se encontra, a

complexidade que se da à escolha de uma profissão, e compreender este ser

humano, que não é mais uma criança mais também não podemos considerar

um adulto. Se encontra no meio do caminho, com suas duvidas e ansiedade.

Aberastury, et al 2003, relata essa fase como uma transição gradual, entre a

infância e o estado adulto que diferencia por alterações profundas, somáticas

psicológicas e sociais. Sendo ainda representada por uma das etapas mas

relevantes do ciclo vital do ser humano, à medida que completa o período de

desenvolvimento e crescimento.

Para Mahl e Oliveira Neto, além disso, a mudança parte da perda dos pais

idealizadores da infância, já que começa a perceber os direitos e os atributos

humanos daquele, passando a conhecer os pais não mais como os “heróis”

que imaginava, e sim seres humanos passíveis de erro.

Page 27: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

22

1-1 - A teoria da herança familiar

Por volta da década de 60, Bourdieu formulou uma resposta

abrangente sobre a crise das desigualdades escolares iniciada no final dos

anos 50, quando a partir de pesquisas feitas pelos governos: inglês,

americano e francês, obteve-se um relatório o qual mostra de forma clara o

peso da origem social dos alunos sobre os destinos escolares. Ou seja, da

origem social do aluno (classe, etnia, sexo, etc) dependeria o seu bom ou

mau desempenho escolar. Diante dessa pesquisa, torna-se fácil entender a

descrença dos jovens às promessas dos sistemas de ensino sobre a

igualdade de oportunidades e a justiça social, nascidas na escola.

Segundo Boourdieu, essa ação da sociedade sobre os indivíduos dá-se

de dentro para fora, ou seja, a partir da formação inicial familiar e social, o

indivíduo incorporaria uma série de disposições para ações que o conduziriam

ao longo da vida como uma “herança”, o habitus familiar ou de classe. Porém,

estes não seriam rígidos, dependeriam da adaptação diante das

circunstâncias de ação. Segundo este pensamento, o aluno seria possuidor

de uma herança familiar que poderia ou não, auxilia-lo para o sucesso

escolar.

Essa herança formada pelos capitais econômico, relativo aos bens e

serviços que ele proporciona; social, que advém das relações sociais

mantidas pela família do indivíduo; e cultural, formado não só pelos títulos

escolares, mas pela união dos dois tipos de capitais anteriores.

Ainda segundo Bourdieu, existiria um outro tipo de capital cultural, a

“cultura geral”. Que transmitida pela família desde o berço, teria um impacto

preponderante sobre o destino escolar, visto que faria parte da constituição

integral do indivíduo, tal qual: “os gostos em matéria de arte, culinária,

decoração, vestuário, esportes, etc; o domínio maior ou menor da língua

culta; as informações sobre o mundo escolar”. Esse capital cultural

Page 28: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

22

favoreceria o desempenho escolar na medida em que faria a ponte entre as

realidades familiar e a escolar.

Segundo Nogueira, 2002, a Sociologia da Educação de Bourdieu

notabiliza-se exatamente pelo fato de dirimir o peso do fator econômico sobre

o cultural na explicação das desigualdades sociais.

Assim, a educação escolar para crianças oriundas de famílias

culturalmente favorecidas, seria uma continuação da educação familiar, algo

ao qual essas crianças estariam acostumadas. Enquanto para outras

crianças, esse seria um mundo totalmente estranho, e até ameaçador, pois o

desconhecido é quase sempre temido.

Bourdieu (apud NOGUEIRA, 2002) aponta a avaliação escolar como um

julgamento das aptidões dos alunos, e diz ainda que as exigências da escola

só podem ser atendidas por quem foi previamente preparado para tais regras

e valores, que sejam possuidores dos bens simbólicos necessários à esta

atividade social. O que segundo os relatos de alguns profissionais da

educação, tem-se revelado uma grande verdade. Alunos que jamais

observaram os genitores ou qualquer elemento de seu grupo social lendo ou

escrevendo, possuem grande dificuldade de compreender o funcionamento

da língua escrita, não conhecem o código lingüístico e não fazem

diferenciação entre letras números e desenhos, mesmo em classes com

alunos de faixa etária acima da Educação Infantil.

Entretanto, há outro lado dessa questão. Esse lado aponta os problemas

psico-biológicos como fatores de grande impacto sobre o desenvolvimento

cognitivo do indivíduo, principalmente entre a faixa etária infantil que dispõe

de menor visibilidade social.

Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

22

1.2 – Contribuições da psicologia educacional

Sabe-se que a criança é um indivíduo único formado por suas

características biológicas e por sua interação com o contexto social em que

está inserido, ou seja, ela é resultado de uma história única configurada em

experiências pessoais. Entretanto, para que se formem as cadeias de

construção do conhecimento, a partir dessas experiências, este indivíduo

precisa possuir mecanismos de funcionamento mental próprios da espécie

humana, sem os quais a aprendizagem não se realizaria, ou realizar-se-ia de

forma deficitária.

A partir dessas informações, podemos observar com maior

embasamento os processos formativos do indivíduo, em especial, nesse

caso, os processos psicológicos. Que nos primeiros anos da infância estão

relacionados a aquisição da linguagem oral, formada pela interação verbal

com os indivíduos que a cercam e pelo acumulo de informações advindas do

seu contato social inicial.

Essa aquisição de conceitos vai sofrendo ao longo do tempo ajustes

causados por novas informações e interações, é uma estrutura que se torna

cada vez mais completa e complexa, e que se processa ao longo da vida de

cada indivíduo, seja qual for o ambiente em que esteja inserido.

Deve-se levar em consideração que esse desenvolvimento do ser humano

segue um processo delimitado por fases que definem as possibilidades de

aprendizagem em cada momento da vida. Entretanto, segundo Vigotski

(1984), esse processo é sim determinado por fases que se aplicam aos seres

humanos em geral. Mas, se o indivíduo não mantivesse esse contato com o

ambiente sócio-cultural, esses processos internos de desenvolvimento não se

consolidariam (zona de desenvolvimento proximal), “pois o organismo não se

desenvolveria sem o suporte de outros indivíduos da espécie.” (COOL, 1996)

Outros fatores que implicariam no desenvolvimento integral dos

indivíduos seriam os problemas de aprendizagem derivados da formação

Page 30: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

33

biológica ou de doenças que provocassem deficiências nesse sistema como:

rubéola gestacional, poliomielite, hidrocefalia, síndrome de Down,

hiperatividade, autismo e outros.

O fato é que, a maioria das crianças oriundas de famílias pobres, como

se já não bastassem todos os problemas advindos da falta de bens capitais

ou da genética, precisam lutar também, contra a falta dos bens simbólicos

necessários ao seu melhor desenvolvimento. São crianças que demonstram

não compreender muitas palavras simples aos nossos ouvidos, mas

incompreensíveis aos seus, como toalha ou torneira, simplesmente por que

em seu convívio primeiro, a família, não há dialogo ou parâmetros para a

compreensão.

Por conta disso, falo da importância do espaço escolar no processo de

desenvolvimento integral dessas crianças. Seria o primeiro lugar onde

poderiam contar com espaço para dialogar e atuar como formadores da

própria história. Um espaço de liberdade, criatividade e de relações de trocas,

que poderia possibilitar a modificação do desenvolvimento cognitivo para

melhor.

É preciso acompanhar efetivamente todo o desenvolvimento integral da

criança para que possibilitem ter a possibilidade de construir um futuro

melhor, onde o adolescente possa ter condições psicológicas de lhe dar com

toda complexidade que esta fase lhe concebe.

1- 3 - A Escolha Profissional

Entendemos que uma serie de fatores irão influenciar a escolha profissional

do educando, onde o mesmo precisa estar conciente que consiste em uma

escolha para a vida, não se pode determinar que será uma escolha definitiva,

pois sabemos que se tal escolha não for pautada a partir das características

pessoais, que trazem também o histórico familiar muitas vezes.

Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

33

Cada família esta inserida em uma realidade social que possui características

e objetivos diferentes uma das outras. È no âmbito familiar que inicia-se o

primeiro conceito de educação, é onde o individuo lida com suas

aprendizagens iniciais em seu mais amplo contexto. A família é responsável

pelo sucesso profissional do individuo, visto que sua influencia ira

proporcionar os caminhos a serem percorridos.

A LDB, destaca o papel da família frente a educação do individuo, de maneira

a pontuar e resaltar sua verdadeira função.

Podemos observar a seguir que o estado toma para si a responsabilidade

frente a educação do cidadão, mas inicialmente destaca que a família tem o

papel de educar.

A Educação, dever da família e do estado, inspiradas

no principio de liberdade e nos ideais da solidariedade

humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento

do educando, seu preparo para o exercício da

cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 2 lei nº 9394/96

Mahl e Oliveira Neto (2005) observam que a escolha profissional implicam

diretamente na construção da identidade profissional do adolescente.

Além disso, essa etapa também é marcada pelos interesses familiares, ou

seja, nem sempre a escolha do adolescente pode coincidir com a dos pais.

Estão situados neste cenário também uma serie de fatores, a inteligência, a

aptidão, a marca de sua personalidade que cada individuo possui e precisa

impreterivelmente ser levada em consideração.

Para krawulski (1998) a escolha profissional é definida da seguinte forma:

Page 32: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

33

“ [...] um processo que inevitavelmente remeterá aos

jovens a sua inserção em uma realidade

multiprofissional e em Um mercado de trabalho em

constante transformação. Ao procurar atendimento

de Orientação profissional, Subjacente à necessidade

de auxilio na escolha de um Curso encontramos a

inquietação em definir uma profissão a ser seguida, ou

seja, uma ocupação profissional”. (p 1)

Sendo assim precisamos acompanhar este jovem no processo da orientação

profissional, estando ciente que esta fase precisa ser norteada com muita

cautela e objetividade. Caberá ao orientador educacional nos espaços

escolares elaborar as técnicas a serem desenvolvidas passo a passo,

buscando o êxodo no resultado final que consiste conduzi-lo de forma eficaz e

prazerosa no processo de orientação profissional.

Faze-se necessário o pensar da forma que este jovem estar sentindo e

pensando dentro deste contexto. Sendo assim Trott (1998) confirma:

“A construção de uma visão coletiva da ação

pedagógica depende do desenvolvimento da

dependência comunicativa e pode o orientador

educacional , por sua experiência anterior sobre as

relações interpessoais, assumir o papel de iniciador e

desencateador deste processo de autoconhecimento e

auto reflexão”. (GRINSPUN, TROTT,1989, p 75)

Apresentaremos abaixo as técnicas utilizadas a partir de uma metodologia a

ser seguida.

Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

33

3-2 - POPI – Programa de Orientação Profissional

A idéia de elaboração do programa de orientação profissional intensiva surgiu

a partir da necessidade de dar suporte a um grupo de universitários que se

encontrava preste a prestar o vestibular e deixaram para a ultima hora a

inscrição no grupo de orientação profissional do LIOP. Onde três profissionais

sentiram a necessidade de criar um programa de orientação profissional

intensivo relata Dulce Helena.

Mahl e Oliveira Neto, relatam que o programa de orientação profissional

surgiu sobre formas alternativas da urgência apresentada pela sociedade,

pelas famílias, pelos jovens e até mesmo por parte de alguns profissionais da

área, de realizar OP em curto espaço de tempo, permitindo aos jovens se

escrever no vestibular com alguma orientação previa.

Segundo os autores a eficácia do POPI na atuação sobre a dispersão de

energia psíquica, isto é, ele cria um espaço no qual podemos responder às

demandas dos jovens. Demandas essas que são de OP com a formação de

um espaço aberto, nessa fase do desenvolvimento psicossocial.

Módulos Trabalhados do POPI

Segundo os autores Mahl e Oliveira Neto, foram trabalhados em alguns

momentos: apresentação e palestra sobre a adolescência , a família e a

realidade social e informação ocupacional. Para trabalhar os aspectos

relacionados ao conhecimento de si, a influencia da família na escola e a

escolha propriamente dita, foram divididos em quatro grupos de partilha e

cada um coordenado por dois monitores.

As atividades do POPI ocorreram em módulos nas seguintes unidades:

Módulo I: Apresentação – Utilizamos técnicas de apresentação a fim de

explicar a proposta da atividade, levantar as expectativas e possibilitar que

todos se conhecessem.

Page 34: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

33

Modulo II: Adolescência – trabalhou-se com eles o que é “ser a

adolescente” e como se insere a escolha profissional nesse contexto.

Modulo III autoconhecimento – Desenvolvemos com os jovens a

capacidade de autopercepção primeiramente expressando suas expectativas

em relação ao processo de OP, para logo depois poder descobrir e expressar

seus gostos interesses. Trabalhou-se a questão familiar, em suas

expectativas e vivências em relação a profissão. Foi importante conhecer as

profissões desenvolvidas e valorizadas no meio familiar de cada jovem.

Módulo IV: R-O (Realidade Ocupacional) – Incluímos informações sobre os

diferentes cursos, universitários ou não, e possibilidades de trabalho. Discutiu-

se sobre a questão da “empregabilidade” e da globalização e suas

consequências no mundo atual e principalmente sobre o nosso futuro. Nosso

objetivo era permitir um contato com o maior número possível de profissões e

obter uma visão global delas em seus campos de conhecimento.

Módulo V: Realidade social – O objetivo desse módulo é propiciar um

debate sobre a influência dos fatores sociais na escolha. Trabalhamos a

distribuição social de renda e como isso poderia ser relevante na hora da

escolha de uma profissão. Atualmente a escolha da ocupação não corre

somente mediante os interesses e as aptidões, pois os jovens vêem-se

obrigados a levar em conta a realidade social de perspectivas e salários no

momento de escolher.

Módulo VI : Escolha vocacional / profissional – Escolha da vocação: é

nesse módulo que tentamos propiciar uma tomada de consciência sobre

quais são as áreas de interesse e a discussão sobre qual profissão se ajusta

mais para cada jovem.

Foi realizada uma entrevista individual no final com cada jovem a fim de

integrar o processo como um todo e avaliar com o jovem que a “melhor”

escolha para esse momento específico.

Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

33

Módulo VII: Integrando a família – Os pais foram chamados a participar de

uma reunião final na qual foram apresentados os resultados do trabalho.

Foram expostas várias atividades realizadas pelos jovens como: cartaz

dentro-fora (SOARES, 2002c), massinha de modelar sobre a profissão

escolhida, cartas de despedidas do grupo e mural de recados para os

monitores do POPI. Também foi realizada uma palestra sobre a escolha

“possível” para aquele momento.

Visita à UFSC: os participantes foram convidados a fazer uma visita guiada

pela UFSC a fim de conhecer os cursos escolhidos. Foram disponibilizados

dois horários pela manhã e pela tarde, na semana seguinte ao POPI.

Desta maneira segundo Mahl e Oliveira Neto, deram-se o programa de

orientação profissional intensivo.

Faz- se necessário ainda neste capitulo destacarmos a importância de um

processo intensivo.

Os Jovens ao procurarem a orientação

profissional mostram-se muito apressado,

em geral é seu primeiro vestibular e ainda

não pensaram no assunto .

As inscrições para o vestibular das

universidades federais acontecem no inicio

do segundo semestre letivo, levando

muitos jovens a se sentirem surpresos ao

escolher tão cedo, uma vez que o

vestibular é só no final do ano. ( MAHL e

OLIVEIRA NETO, p 32 SOARES , 2002)

Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

33

Por isso surge a urgência em participar de processos intensivos que

possibilitem tão logo uma orientação profissional imediata frente a escolha de

sua profissão.

Mediante a abordagem de Mahl e Oliveira Neto, o trabalho intensivo propõe

ao jovem trabalhar sua capacidade de abstração e obter diversas

informações sobre si num curto espaço de tempo. Assim, vê-se obrigado a

fazer relações entre informações.

Desta forma podemos perceber o jovem dentro deste contexto, e analisarmos

a importância da atuação do orientador educacional na realização de

orientação profissional, que não necessariamente poderá ocorrer apenas nos

espaços escolares, mas em instuições que tenham a finalidade de trabalhar

com seriedade com orientação profissional.

Caberá ao orientador educacional esta plenamente embasado, não apenas

de conhecimentos pedagógicos mas de uma ação humanizada, que irá

facilitar a dinâmica deste processo.

Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

33

CONCLUSÃO

Podemos observar através da presente pesquisa a importância da atuação do

Orientador Educacional junto a Orientação Profissional. O Orientador

Educacional está habilitado em sua função ser o mediador deste processo,

atuando como condutor em todas as etapas, a partir do conceito aobrdado

sobre a historia da educação de nosso pais, e toda a pesquisa desenvolvida

sobre o individuo em sua formação social, podemos perceber a

responsabilidade e o real papel do orientador educacional frente a orientação

profissionais dos educandos. E como lhe dar com esses adolescentes que é

certamente o maior desafio desta orientação.

E neste momento que o orientador precisa ter muita cautela, entendendo e

percebendo o momento que este educando se encontra, é fundamental que

todo o processo ocorra de maneira que o jovem se sinta a vontade, leve a

participar atualmente em todas as etapas.

Relatam, Mahl e Oliveira Neto: o trabalho do O. P. tem em seu processo a

necessidade de tornar a escolha urgente, para um sujeito que na verdade não

apresentava essa demanda.

Para “defender” os orientadores devemos lembrar que, na realidade, quem

torna urgente essa escolha é a sociedade, e, dessa forma tornamos os

mediadores e facilitadores de um processo (...)

Os tempos mudaram e hoje a necessidade de ter claro que caminho percorrer

é uma realidade que faz parte da sociedade contemporânea e precisa ser

conduzido por um profissional devidamente capacitado para exercer tal

função.

É de suma importância que o orientador educacional conheça a relação

dialética que o mesmo precisa ter com a sociedade, sabendo que a busca da

profissão será levado em conta a realidade social que o mesmo se encontra

Page 38: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

33

inserido, onde a influencia familiar poderá ser um fator de grande peso na

escolha de sua profissão. Deverá ser o condutor desta tomada de decisão.

É preciso encorajar estar ciente de sua responsabilidade, ter o educando

como um aliado, respeitando seus desejos e características, proporcionando

um relacionamento amistoso, em alguns momentos, esquecendo o exercício

de uma profissão e dando espaço para a afetividade, pois certamente tal

relacionamento facilitara toda a dinâmica do processo. Porém não dá para

perder o foco que é promover o desenvolvimento do educando, contribuindo

assim para sua formação integral, um cidadão crítico e investigativo.

Este é papel do orientador educacional contribuir de forma plena e eficaz para

a construção de um cidadão.

Page 39: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

33

BIBLIOGRAFIA

ABERASTURY, A. et al . Adolescência. Porto Alegre: Artes Medicas, 2003

COLL, C.; PALACIOS, J; MARCHESI, A. Desenvolvimento psicológico e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996, v.2. COLLODI, Carlo. As aventuras de Pinóquio. Trad. Marina Colasanti. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002.

MAHL, Álvaro Cielo; SOARES, Dulce Helena Penna; OLIVEIRA NETO,

Eliseu. POPI – Programa de Orientação Profissional – Outra Forma de

Fazer Orientação Profissional - 1. ED. São Paulo: Verto, 2005.

LUCCHIARI, Dulce Helena Pena s. O que é Orientação Profissional. In

LUCCHIARI, Dulce Helena Pena s.; LISBOA, Marilu Diez ; PRADO FILHO , Kleber ( Orgs.) Pensando e Vivendo a Orientação Profissional. São Paulo. Summus, 1992

GRINSPUN, Mírian P.S.Z. (org.). A Orientação Profissional: Conflito de

paradigmas para a escola. São Paulo: Cortez, 2002.

GRINSPUN, Mírian P.S.Z. (org.). Supervisão e Orientação Educacional:

perspectivas de integração na escola. São Paulo: Cortez, 2003.

NOGUEIRA, Cláudio Marques Martins; NOGUEIRA, Maria Alice. A sociologia da educação de Pierre Bourdieu - limites e contribuições. Educação e sociedade. ISSN 0101-7330, vol. 23, no 78, abril de 2002, Campinas. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/es/v23n78/a03v2378.pdf. Acesso em 27 de abril de 2007.

GRARCIA, Regina Leite - Orientação Educacional – O trabalho na escola.

São Paulo: Loyola, 2009

VEECKEN, John. O Líder Vencedor . RJ : Ediouro. 2007

Page 40: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

44

NERECI, lmideo G. Indrodução à Orientação Educacional - 5. ed. São

Paulo: Atlas, 1992.

BRASIL, 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei Federal 9394). Rio de Janeiro: Utopia,1996. VIGOTSKI, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem, São Paulo: Martins Fontes, 2005.

KRAWULSKI, Edite. A Orientação Profissional e significado do trabalho.

Revista ABOP, V.2,p.5 N.1 ,1998

Page 41: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

44

INDICE FOLHA DE ROSTO AGRADECIMENTO DEDICATORIA RESUMO METODOLOGIA SUMÁRIO INTRODUÇÃO

2 3 4 5 6 7 8

CAPÍTULO I - EDUCAÇÃO NO BRASIL

11

CAPÍTULO II - ORIENTADOR EDUCACIONAL NO BRASIL E SUA

ATUAÇÃO NOS ESPAÇOS ESCOLARES

19

CAPÍTULO III – A IMPORTÂNCIA DO ORIENTADOR

EDUCACIONAL JUNTO A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

26

CONCLUSÃO

36

BIBLIOGRAFIA INDICE FOLHA DE AVALIAÇÃO

38 41 42

Page 42: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS … filemesmo será capaz de propor a família mecanismo de estímulos que conduzam este educando ao seu desenvolvimento. A

44

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Título da Monografia: ATUAÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO

PROCESSO DA ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

Autor: Aline Alves da Costa

Data da entrega: 15 de Fevereiro de 2011

Avaliado por: MÔNICA FERREIRA DE MELO Conceito: