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COLÉGIO ESTADUAL “CYRIACO RUSSO” – ENSINO MÉDIO E NORMAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2015 BANDEIRANTES – PARANÁ

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2015 - Notícias · Acrescente-se à educação uma nova função, à da topografia, pois ela carece traçar novos caminhos que conduzam, concomitantemente,

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COLÉGIO ESTADUAL “CYRIACO RUSSO” – ENSINO MÉDIO E

NORMAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2015

BANDEIRANTES – PARANÁ

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O CAMINHO DO BEZERRO

Sam Walter Foss

Adaptado por Hamilton Bueno

Um dia, através da floresta virgem, um bezerro voltou para o seu curral distante, a exemplo dos bons bezerros. No seu trajeto, fez uma picada tortuosa, tal como todos os bezerros.

Passaram-se trezentos anos e esse bezerro já não mais existe. Porém, deixou atrás de si o seu rastro. Sobre o seu rastro, um carneiro-guia passou seguido por todo o rebanho. E, desde esse dia, sobre montes e planícies, foi se abrindo um caminho através da velha floresta.

Muitos homens seguiram pelo mesmo caminho, indignados pelo fato de ser tão sinuoso. O caminho tornou-se uma alameda, que se encurva, dobra e redobra. A tortuosa alameda transformou-se numa estrada, onde pobres cavalos, arqueados sob pesadas cargas, troteavam penando ao sol ardente e andavam três milhas para avançar uma. E, assim, durante três séculos, todos seguiram as pegadas do bezerro.

Os anos passaram rapidamente e a estrada converteu-se numa viela de aldeia. E, sem que os homens percebessem, da viela foi feita uma movimentada via pública de cidade. E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole.

Durante todo esse tempo, os seres humanos se submeteram às pegadas do bezerro. Por esta corcoveada trajetória desenvolveu-se o tráfego de um continente. Centenas de milhares de homens se orientam por um bezerro morto há três séculos. E ainda seguem seu tortuoso trajeto, e em cada dia perdem uma centena de anos, tal a reverência que tributam a um precedente estabelecido.

Uma profunda reflexão esta fábula poderia ensinar, pois os homens se inclinam a seguir cegamente as pegadas do bezerro imaginado, trabalhando de sol a sol no afã de imitar o que os outros fizeram. Só pisam pistas já batidas, oscilando para dentro e para fora, para diante e para trás. Fazem do caminho do bezerro uma rota sagrada, pela qual se movimentam durante toda a vida. E como riem os antigos deuses da floresta, que testemunharam o andar incerto do bezerro primitivo!

Ah! Quantas coisas esta história poderia ensinar.

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Acrescente-se à educação uma nova função, à da topografia, pois ela carece traçar novos caminhos que conduzam, concomitantemente, aos vales e às montanhas, às planícies e aos planaltos, ao passado e ao futuro, ao intelecto e ao espírito dos seres que conduzirão a História sendo, ao mesmo tempo, por ela conduzidos.

L.ucinéia de S.G. Moreira

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.............................................................................................08

MARCO SITUACIONAL....................................................................................09

1. DA ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR..........................................09

1.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO................................................................. 09

1.2 IDENTIFICAÇÃO DOS CURSOS OFERTADOS......................................09

1.3 RESOLUÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO E

RECONHECIMENTO DOS CURSOS OFERTADOS...............................10

1.4 NÚMERO DE TURMAS – ANO LETIVO/2014.........................................10

1.5 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO..........................................................11

1.5.1 CURSOS...............................................................................................11

1.5.2 PROJETO COMPLEMENTAR PERMANENTE.....................................11

1.5.3 PROJETOS COMPLEMENTARES PERIÓDICOS................................11

1.5.4 CELEM – INGLÊS E ESPANHOL..........................................................11

1.6 CORPO ADMINISTRATIVO PEDAGÓGICO............................................12

1.7 CORPO DOCENTE..................................................................................12

1.8 ÓRGÃOS COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA

COMUNIDADE ESCOLAR.......................................................................14

1.8.1 CONSELHO ESCOLAR........................................................................14

1.8.2 APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)..........................15

1.8.3 GRÊMIO ESTUDANTIL........................................................................16

1.8.4 CONSELHO DE CLASSE.....................................................................16

2. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO.........................................................17

2.1 ATOS AUTORIZATÓRIOS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO.....................17

2.2 ETAPAS DA ORGANIZAÇÃO E REORGANIZAÇÃO DOS CURSOS.....17

2.3 BIOGRAFIA DO PATRONO CYRÍACO RUSSO......................................28

3. CARACTERÍSTICAS DO ESTABELECIMENTO...........................................29

3.1 DEPENDÊNCIAS FÍSICAS......................................................................29

3.2 EQUIPAMENTOS DE USO PEDAGÓGICO............................................30

3.3 RECURSOS HUMANOS.........................................................................31

3.3.1 QUADRO DE PROFESSORES............................................................31

3.3.2 CORPO ADMINISTRATIVO PEDAGÓGICO........................................32

3.3.3 PERFIL DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO.......................................32

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3.3.4 PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES –

VESPERTINO......................................................................................34

3.3.5 PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES –

APROVEITAMENTO DE ESTUDOS – NOTURNO..............................34

3.3.6 PERFIL GERAL DOS ALUNOS............................................................35

MARCO CONCEITUAL......................................................................................36

1. A PEDAGOGIA PROGRESSISTA – BREVES CONSIDERAÇÕES..............40

1.1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL.......................................................................42

1.2 PROBLEMATIZAÇÃO...............................................................................42

1.3 INSTRUMENTALIZAÇÃO.........................................................................42

1.4 CATARSE..................................................................................................43

1.5 PRÁTICA SOCIAL FINAL..........................................................................43

2. UMA RETOMADA NECESSÁRIA: O CONSTRUTO DE VYGOTSKY..........44

2.1 ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL.........................................45

2.2 MATERIALISMO HISTÓRICO E LÓGICA DIALÉTICA............................46

3. A INTERDISCIPLINARIDADE, A CONTEXTUALIZAÇÃO E A PROBLE-

MATIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DO MATERIALISMO HISTÓRICO...........48

3.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO..............................................................50

3.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM.....................................................................51

3.3 CONCEPÇÃO DE MUNDO.....................................................................51

3.4 CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA E SOCIEDADE........................................52

3.5 CONCEPÇÃO DE GESTÃO...................................................................53

3.6 CONCEPÇÃO DE TRABALHO...............................................................54

3.7 CONCEPÇÃO DE ESCOLA....................................................................55

3.8 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA...............................................................56

3.9 CONCEPÇÃO DE CULTURA E CURRÍCULO........................................57

3.10 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E CONTEÚDOS DE ENSINO....59

3.11 CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO..........................................................59

3.12 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA...........................................................60

3.13 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM.......................................61

3.14 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS......62

3.15 CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA......................................................63

MARCO OPERACIONAL...................................................................................64

1. PERFIL DOS CURSOS OFERTADOS...........................................................68

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1.1 PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO....................................68

1.1.2 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO.......................................69

1.2 FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E

SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.....................................70

1.2.1 DADOS GERAIS DO CURSO...............................................................70

1.2.2 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES

PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL....................................................................................71

1.3 FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E

SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – APROVEITA-

MENTO DE ESTUDOS.............................................................................72

1.3.1 DADOS GERAIS DO CURSO...............................................................72

1.3.2 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES

PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL - APROVEITAMENTOE ESTUDOS...........................73

2. SISTEMA DE AVALIAÇÃO............................................................................74

2.1 SISTEMA DE AVALIAÇÃO PARA O ENSINO MÉDIO E O CURSO DE

FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E

SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL....................................74

2.1.1 AVALIAÇÃO BIMESTRAL.....................................................................76

2.1.2 AVALIAÇÃO TRIMESTRAL (IMPLANTAÇÃO/2016).............................78

2.2 SISTEMA DE AVALIAÇÃO PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE

DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS

DO ENSINO FUNDAMENTAL – APROVEITAMENTO DE ESTUDOS....81

2.2.1 AVALIAÇÃO BIMESTRAL.....................................................................82

2.3 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS.............................................................84

2.4 CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS AVALIATIVOS.....................................85

3. ADAPTAÇÃO.................................................................................................88

4. APROVEITAMENTO DE ESTUDOS..............................................................89

5. CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO...................................................89

6. REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL........................................................90

7. PROGRAMAS E PROJETOS........................................................................90

8. ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA.......................................................................94

8.1 CONDIÇÕES DE TRABALHO E PLANO DE CARREIRA........................94

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8.2 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL..................................................................95

9. DA ORGANIZAÇÃO DO COTIDIANO DO TRABALHO ESCOLAR.............95

9.1 MATRÍCULA.............................................................................................95

9.1.1 MATRÍCULA COM DEPEDÊNCIA........................................................95

9.1.2 CANCELAMENTO DE MATRÍCULA.....................................................96

9.2 TRANSFERÊNCIA...................................................................................96

9.3 FREQUÊNCIA..........................................................................................96

10. PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESCOLAR...........................................97

10.1 DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS..............................................................98

11. NORMAS DE CONVIVÊNCIA.......................................................................98

12. SISTEMATIZAÇÃO DAS FUNÇÕES ESPECÍFICAS DA DIREÇÃO,

EQUIPE PEDAGÓGICA E SECRETARIA APONTADAS PELO

COLETIVO APÓS DISCUSSÃO EM SEMANA PEDAGÓGICA................106

12.1 DIREÇÃO............................................................................................106

12.2 EQUIPE PEDAGÓGICA......................................................................107

12.3 SECRETARIA ESCOLAR....................................................................108

13. HORA ATIVIDADE......................................................................................108

14. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR....................................................................109

15. CARREIRA DO MAGISTÉRIO...................................................................110

16. POLÍTICA DE FORMAÇÃO CONTINUADA..............................................110

17. CONSELHOS DE CLASSE........................................................................111

18. CONSELHO ESCOLAR..............................................................................111

19. ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS..........................112

20. PLANO DE AÇÕES.....................................................................................114

21. SISTEMATIZAÇÃO DAS AÇÕES DA ESCOLA PARA O EFETIVO

TRABALHO COM OS DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPO-

RÂNEOS......................................................................................................122

22. CADERNO DE SUBSÍDIOS PARA O ACOMPANHAMENTO PEDAGÓ-

GICO ............................................................................................................124

22.1 SISTEMATIZAÇÃO DAS AÇÕES DO CADERNO DE SUBSÍDIOS

PARA O ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO..............................139

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................146

REFERÊNCIAS...................................................................................................147

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APRESENTAÇÃO

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal é um órgão

da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED criado nos termos da

lei, com sede administrativa e pedagógica no município de Bandeirantes, Estado

do Paraná, à Rua Benjamin Caetano Zambon, nº 530. Pertence ao Núcleo

Regional de Educação de Cornélio Procópio e tem o privilégio de ser a maior

instituição de ensino médio do NRE e da região

Rege-se pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, por

seu Regimento Interno e por este documento que contempla as concepções

pedagógicas, normas administrativas emanadas da Secretaria de Estado da

Educação – SEED, Conselho Estadual de Educação - CEE do Paraná, bem como

Proposta Pedagógica Curricular, subsidiada pelas Diretrizes Curriculares

Orientadoras do Estado do Paraná, DCOs – PR, e Plano de Ação com as

propostas para o ano vigente.

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” atua com dois tipos de formação

humana: o ensino médio regular e o ensino médio profissionalizante com a

Formação Docente para a Educação Infantil e séries iniciais do Ensino

Fundamental e a Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais

do Ensino Fundamental em Nível Médio, na Modalidade Normal – Aproveitamento

de Estudos.

Embora localizada em área urbana central, a grande maioria dos alunos

provém dos bairros e vilas, zona rural e cidades vizinhas, a exemplo de

Itambaracá, Santa Amélia, Abatiá e Andirá.

O quadro de docentes compõe-se de profissionais recém formados

contratados pelo PSS, bem como profissionais efetivos QPM; boa parte contempla

formação pedagógica diferenciada: Especialização Lato Sensu, Programa de

Desenvolvimento Educacional – P.D.E e mestrado.

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MARCO SITUACIONAL

1. DA ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

1.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal.

Endereço: Benjamin Caetano Zambon, 530

Bairro: Centro

CEP: 86360-000

Telefone/Fax: (43) 3542-4136

site:http://www.bntcyriacorusso.seed.pr.gov.br e-mail: [email protected]

Município: Bandeirantes – PR

NRE: Cornélio Procópio

Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação do Paraná

Regimento Escolar – Ato Administrativo nº024/2008 - Parecer nº018/08-

SEF/EP/NRE.

1.2 IDENTIFICAÇÃO DOS CURSOS OFERTADOS

Denominação do curso Carga horária total do curso

Regime de funcionamento

Ensino Médio 2400 horas/aula Presencial

Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental - Médio Integrado

4800 horas/aula

Presencial

Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental em Nível Médio, na Modalidade Normal – Aproveitamento

de Estudos

3000 horas/aula

Presencial

Quadro 1. Identificação dos cursos ofertados

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1.3 RESOLUÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO E RECONHECIMENTO DOS CURSOS

Cursos

Resolução de autorização de funcionamento

Resolução de Renovação de Reconhecimento

Ensino Médio Resolução nº3514/88 DOE 21/11/83

Resolução nº4872/13 DOE 27/11/13

Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental

Resolução nº368/06 DOE 24/02/06

Resolução nº 1169/2014 DOE 07/04/2014

Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental em Nível Médio, na Modalidade

Normal – Aproveitamento de Estudos

Parecer 427/11

03/11/2011

Resolução nº 1169/2014

DOE 07/04/2014

Quadro 2. Autorização para funcionamento reconhecimento dos cursos

1.4 NÚMERO DE TURMAS - ANO LETIVO 2014

Período: Matutino – Ensino Médio

1ª série 6 turmas

2ª série 4 turmas

3ª série 3 turmas

Total: 13 turmas

Período: Vespertino – Formação de Docentes

1ª série 1 turma

2ª série 1 turma

3ª série 1 turma

4ª série 1 turma

Total: 4 turmas

Período: Noturno – Ensino Médio

1ª série 1 turma

2ª série 1 turma

3ª série 2 turmas

Total: 4 turmas

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Período: Noturno – Formação de Docentes – Aproveitamento de Estudos

Pós-médio 2 turmas

Total: 2 turmas

Total geral: 23 turmas

1.5 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

1.5.1 CURSOS

Ensino Médio Matutino 07:30 às 12:00

Curso Formação de Docentes Vespertino 13:00 às 17:20

Ensino Médio Noturno e Curso Formação de Docentes - Aprofundamento de Estudos

19:00 às 23:10

1.5.2 PROJETO COMPLEMENTAR PERMANENTE (PORTUGUÊS/ MATEMÁTICA/INICIAÇÃO CIENTÍFICA/DANÇA/XADRÊZ E TÊNIS)

1.5.3 PROJETOS COMPLEMENTARES PERIÓDICOS

Vôlei 3ª e 5ª 15:20 às 17:00

Futsal 3ª e 5ª 17:20 às 19:00

1.5.4 CELEM – INGLÊS E ESPANHOL

TURNO SÉRIE DIA HORÁRIO CURSO

Noturno 1ª 3ª e 5ª 19:00 às 20:40

Inglês

Noturno 2ª 2ª e 4ª 19:00 às 20:40

Inglês

Vespertino 1ª 2ª e 4ª 13:50 às 15:30

Espanhol

Noturno 1ª e 2ª

2ª e 4ª 19:00 às 20:40

Espanhol

Projeto Complementar Permanente 2ª à 6ª 13:00 às 15:30

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1.6 CORPO ADMINISTRATIVO – PEDAGÓGICO

FUNÇÃO NOME VÍNCULO

Diretora

Diretora Auxiliar

Professoras Pedagogas – QPM

Coordenação de Curso/Estágio

Assessoria Pedagógica

(Biblioteca)

Secretária

Equipe Técnico-Administrativa

Agentes de Apoio - Serviços

Gerais

Roseli Bueno da Silva Resolução nº6012/11- DOE 06/01/12

Marlene Aparecida de Souza Altizani

Marilda Martins Torres Maria Cristina Castanho de Santana Izabel Cristina Henrique Rosato Paula Jimena Diniz Sachs Suely Gonçalves

Silvana Costa Correia Alves

Sônia Raquel da Silveira

Célia Regina Monte Sião Cláudia Maria Delamuta da Silveira Eva Campos da Silva Leonice Araujo do Valle Marina Aiko Fujii Teresinha de Jesus Bragante Santos Adriana Honorato de Medeiros Ana Maria Cabral Fernandes da Silva Aparecida de Lourdes Marinho Aparecida de Medeiros Corsini Aparecida dos Santos Luzia Helena Dias Dedoné Maura Tofaneli Barbosa Neide de Lima Parisoto Terezinha Manzalli Michelle C. Rodrigues Camilo

QPM-PDE/08 QPM-PDE/09 QPM-PDE/09 QPM-PDE/13 QPM QPM QPM-PDE/09 QFEB QFEB QFEB - Afastada QFEB QPPE QFEB PSS QPPE QFEB QFEB QFEB QPPE QFEB PSS QPPE - Afastada QFEB QFEB – Lic. Médica PSS

Quadro 3. Corpo Administrativo – Pedagógico

1.7 CORPO DOCENTE

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal mantém em

seu quadro de professores os profissionais abaixo relacionados:

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Nº Ordem Nome do Professor Vínculo Nível máximo de Escolaridade

01 Alice Maria Martins Rockenbach QPM PDE/10-Especialização

02 Ana Luiza Guimarães Duque QPM Especialização

03 Ana Maria da Rocha QPM PDE/10-Especialização

04 Ana Rosa Guidi Mengato QPM Especialização

05 Andrea Castanho de Lima Silva QPM Especialização

06 Andrea Cristina do Nascimento QPM Especialização

07 Andreia Aparecida Cavalheiro QPM Especialização

08 Beatriz Francisco Abdalla QPM Especialização

09 Cleonice Valezze Espagolla QPM Especialização

10 Cleyson Mendes Soares QPM Especialização

11 Dagmar Kop Maluf da Silva QPM PDE/10-Especialização

12 Denise Aparecida Roberto PSS Pós-Graduação

13 Eguinaura da Silva Morais PSS Especialização

14 Ester Amaro Costa de Souza QPM Especialização

15 Fátima Regina Negrão QPM PDE/12 - Especialização

16 Fulton Carlos Teixeira Ribeiro QPM PDE/10-Especialização

17 Helena Cristina Bartelli QPM Especialização

18 Iolanda Aparecida Rodrigues QPM Especialização

19 Izabel Cristina Henrique Rosato QPM Especialização

20 Jéssica Fernanda de Siqueira PSS /Espanhol

21 José Henrique Garcia QPM Especialização

22 José Roberto de Oliveira QPM Especialização

23 Juliana Aparecida da Silva Schimith QPM Especialização

24 Keila Aparecida Ferreira Vasconcelos QPM Especialização

25 Mara Cristina Campos Tomé QPM PDE/10-Especialização

26 Marcia Raimundo de Miranda QPM Especialização

27 Maria Cícera da Silva Benedito QPM PDE/10-Especialização

28 Maria Cristina Castanho de Santana QPM PDE/13-Especialização

29 Maria Izabel Bisetto Souza PSS Especialização

30 Maria Ramos da Silva Naime PSS Especialização

31 Maria Regina Luciano R. Pinto QPM PDE/10-Especialização

32 Marlene Aparecida de Souza Altizani QPM PDE/09-Especialização

33 Mariza Aparecida de Freitas QPM Especialização

34 Marta Helenice Nardon Gongora QPM PDE/10-Especialização

35 Mary Cristiane Geroldi QPM Especialização

36 Mauro Ferreira da Silva QPM Especialização

37 Miriam de Oliveira Helbel Malaghini PSS Pós-Graduação

38 Neila Martelli Toledo de Campos QPM PDE/12-Especialização

39 Nilda Moraes QPM PDE

40 Ordália de Fátima Dias QPM PDE

41 Patrícia Francyane Lopes Principe QPM Graduação

42 Patrícia Pitoli PSS Especialização

43 Priscilla Pascoal Brumm QPM Especialização

44 Regiane Cássia Piccioni Xavier QPM Especialização

45 Regiane Elizabeth Perez QPM PDE/10

46 Reginaldo dos Santos Simões QPM Especialização

47 Rosangela Aparecida Palomares QPM Especialização

48 Roseclei de Fátima Proni Pires QPM Especialização

49 Rosiane Giraldeli Fabian QPM PDE/07-Mestrado

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50 Roziani Aparecida da Silva Sarmanho QPM Especialização

51 Teresinha Richter Abujamra QPM PDE/10-Especialização

52 Vanda Lucia de Souza Silva PSS Especialização

53 Veléres Aparecida Bonacini Salli PSS Especialização

54 Vera Lúcia da Silva Pinto Lima QPM PDE/09-Especialização

55 Verônica Euclides Barbosa Sbalqueiro QPM Especialização

56

Viviane Patrícia Valenga QPM Especialização

57 Washington Aparecido Ferreira de Mattos PSS Graduação

Quadro 4. Corpo Docente

1.8 ÓRGÃOS COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

1.8.1 CONSELHO ESCOLAR

Como órgão deliberativo, normativo e consultivo de assuntos político-

pedagógicos, legalmente instituído por estatutos e regulamentos próprios, tem o

diretor da instituição como presidente nato. O quadro abaixo mostra a composição

do Conselho Escolar:

Função Representante

Presidente Roseli Bueno da Silva

Representante da Equipe Pedagógica 1 Marilda Martins Torres

Suplente Maria Cristina Castanho

Representante do Corpo Docente - Ens. Médio Cleonice Valezze Spagolla

Suplente Maria Regina L. Rodrigues Pinto

Representante do Corpo Docente - Form. de Docentes

Sueli Gonçalves

Suplente Ana Maria da Rocha

Representante da Equipe Administrativa Teresinha de Jesus Bragante

Suplente Sonia Raquel da Silveira

Representante da Equipe de Apoio Terezinha Manzalli

Suplente Adriana Honorato de Medeiros

Representante do Corpo Discente – Ens. Médio Mariana Aguiar da Silva

Suplente Caroline Cristina Cirino Motta

Representante do Corpo Discente – Form. de Docentes

Millene Gesiane de Carvalho

Suplente Shilenne Oshima

Representante de Pais Ens. Médio Silvane de Souza Pereira

Suplente Lúcia Fernandes Bernini

Representante de Pais Form. de Docentes Leonor Márcia Granado Martins

Suplente Alexandre de Brites

Representante do Grêmio estudantil Jennifer Dionizio de Brites

Suplente Daniella Santiago Devecchi

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Representante da Sociedade civil Ronis Ferreira de Almeida

Representante do Setor Produtivo - Ed. Profissional

Laura Regina Teodoro S. Souza

Quadro 5. Composição do Conselho Escolar

1.8.2 APMF (ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS)

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão de

representação dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino,

sem caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo

remunerados os seus dirigentes e conselheiros. A Associação é regida por

estatuto próprio, aprovado e homologado em assembleia geral, convocada

especialmente para este fim. A composição atual da APMF está representada no

quadro abaixo:

Função Representante

Presidente Humberto Luiz dos Santos

Vice Presidente Maria Aparecida Farias

1º Secretário Claudia Santiago Devecchi

2º Secretário Roseli da Cunha Felizardo

1ºTesoureiro Sonia Raquel da Silveira

2º Tesoureiro Adriana Honorato de Medeiros

Primeiro Diretor Sócio-Cultural-Esportivo Maria Cristina Campos Tomé

Segundo Diretor Sócio-Cultural-Esportiva Rosangela Apda. Palomares

Conselho Deliberativo e Fiscal Cleonice Valezze Spagola

Maria Cícera Benedito da Silva

Marlene Ap. de Souza Altizani

Suely Aparecida Fabian

Valéria Moreira

Edilúcia Aparecida de Almeida

Lucia Maria Pereira

Eva Campos da Silva

Cláudia Delamuta da Silveira

Quadro 6. Diretoria da APMF

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1.8.3 GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio Estudantil, de importância fundamental na formação de

lideranças, é o órgão máximo de representação dos estudantes com o objetivo de

defender os interesses individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura

literária, artística e desportiva. Regido por estatuto próprio, aprovado e

homologado em Assembleia Geral, convocada especialmente para este fim, faz

eleição de sua diretoria para o mandato de dois anos civil (maio a maio). O quadro

abaixo apresenta a diretoria do grêmio estudantil vigente, representada pela

chapa DONNA.

Função Representante

Presidente Jennifer Dionizio de Brites

Vice Presidente Rosimeire Tonchi

Secretário-Geral Larissa Caroline Bertin

1º Secretário Fernanda de Souza Oliveira

Tesoureira-Geral Jarlei Carlos de Almeida Júnior

1º Tesoureiro João Vitor de Oliveira Camargo

Diretora Social Naegeli Raiane Guerra

Diretora de Imprensa Reynaldo Miguel Gonçalves Netto

Diretor de Esportes Gabriela Garcia

Diretora de Cultura Daniella Santiago Devecchi Diretora de Saúde e Meio Ambiente Isabella Santiago Devecchi

Quadro 7. Diretoria do Grêmio Estudantil

1.8.4 CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é um órgão de natureza deliberativa das questões

referentes ao processo didático-pedagógicos. Numa perspectiva democrática de

gestão pública o conselho de classe deve traduzir os interesses dos atores do

processo educativo, por isso nesta instituição de ensino fazem parte do conselho

de classe o diretor, os pedagogos, os professores de cada turma, o professor tutor,

líderes e vice-líderes e alguns representantes de alunos. A reunião de

Conselho de Classe tem a responsabilidade de analisar as ações educacionais,

indicando alternativas que busquem garantir o efetivo sucesso do processo ensino

e aprendizagem. A finalidade da reunião do Conselho de Classe é a de intervir em

tempo hábil neste processo oportunizando ao aluno formas diferenciadas de

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apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos. Cabe ainda, aos

participantes do Conselho de Classe, verificar se os objetivos, conteúdos,

procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação

pedagógica educativa estão sendo cumpridos de maneira coerente.

2. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO

2.1 ATOS AUTORIZATÓRIOS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

a) Autorização de Funcionamento: Decreto n.º 5324/78 (07/08/78); b) Reconhecimento do curso Educação Geral: Resolução n.º 3514/88

(21/11/88);

c) Renovação de autorização de funcionamento do Ensino Médio:

Resolução n.º 4642/02 - DOE 20/01/2003.

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau, de Bandeirantes,

é resultado da reorganização de estabelecimentos de ensino preconizado pela Lei

nº 5692/71. Participaram do processo de reorganização:

Colégio Estadual “Professor Mailon Medeiros”;

Colégio Comercial “Cyríaco Russo”;

Escola Normal Colegial “Professora Maria Juvelina dos Santos”.

2.2 ETAPAS DA ORGANIZAÇÂO E REORGANIZAÇÃO DOS CURSOS

2.2.1 COLÉGIO ESTADUAL “MAILON MEDEIROS”

Ano de 1949: O Ginásio Municipal de Bandeirantes é criado pela Lei

Municipal nº 30 de 11/05/49 e inicia suas atividades na Serraria do Sr. Domingos

Regamulto. A Portaria nº 449, de 19/12/49 - MEC/RJ - concede autorização para

funcionamento condicional.

O curso é resultado do empenho do Professor Mailon Medeiros, nomeado

1º diretor, pelo Decreto Municipal nº 45, de 10/11/49. O decreto nº46, de 10/11/49

nomeia secretário o Sr. João de Campos.

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Ano de 1950: O Ginásio Municipal de Bandeirantes, através da Portaria

nº 617, de 21/08/50, MEC/RJ, passa a denominar-se Ginásio Estadual de

Bandeirantes. Funcionou até 1952, no prédio do Grupo Escolar da Usina

Bandeirantes.

Ano de 1952: É inaugurado o prédio próprio do Ginásio Estadual de

Bandeirantes, na Rua Minas Gerais, s/nº, (hoje, Rua Prefeito Moacyr Castanho),

onde funciona a Escola Estadual “Nóbrega da Cunha” - Ensino de 1º grau, Regular

e Supletivo.

Ano de 1955: A Portaria nº235 de 31/03/55 - MEC concede autorização

para o Ginásio Estadual de Bandeirantes funcionar com o 2º Ciclo,

condicionalmente pelo prazo de dois anos. A denominação do estabelecimento de

ensino secundário passa a ser Colégio Estadual de Bandeirantes.

Ano de 1965: Com a Lei nº25 de 12/05/65 o Colégio Estadual de

Bandeirantes passou a denominar-se Colégio “Professor Mailon Medeiros”, em

homenagem ao seu fundador.

Ano de 1975: Parecer nº 13/75 de 07/02/75 aprova, em caráter definitivo,

o Plano de Implantação do Ensino de 2º Grau, do Colégio Estadual Professor

“Mailon Medeiros”, de Bandeirantes com as seguintes habilitações: Magistério,

Redator Auxiliar, Secretariado, Assistente de Administração, Contabilidade e

Secretario Escolar; todas com a duração de 3 anos.

O Parecer nº 78/75 de 27/10/75 aprecia, preliminarmente, o Plano de

Implantação da Lei 5692/71 - Ensino de 1º Grau apresentado pelas unidades

escolares Colégio Estadual Professor Mailon Medeiros, Grupo Escolar Juvenal

Mesquita, Grupo Escolar Usina Bandeirantes, Casa Escolar Santa Terezinha e

Casa Escolar Dario Veloso.

Ano de 1976: Parecer nº 236/76, de 09/12/76 aprova a implantação da

Habilitação Promotor de Vendas no estabelecimento que funciona a partir de

1977.

O Parecer 020/76 aprova o plano de Implantação do Ensino de 1º Grau

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apresentado pelo Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”, Grupo Escolar

Juvenal Mesquita, Grupo Escolar Usina Bandeirantes, Casa Escolar Santa

Terezinha e Casa Escolar Dario Veloso.

Ano de 1977: Decreto Estadual nº 2791, de 04/01/77 - Autoriza a funcionar

o Complexo Escolar Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º e 2º Grau,

resultante da reorganização do Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”,

Escola Normal Professora “Maria Juvelina dos Santos”, Colégio Comercial

Estadual “Cyríaco Russo”, Escola de Aplicação Cecília Meireles e Casa Escolar

Dario Veloso.

O Ofício Circular 58/77 de 03/03/77 remaneja alunos do 1º Grau para a

Unidade Polo (Escola Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º Grau),

atualmente, Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino Fundamental,

Médio e Profissional.

2.2.2 ADMINISTRAÇÃO TÉCNICO-PEDAGÓGICA

Enquanto manteve a denominação de Colégio Estadual “Mailon Medeiros”,

exerceram a função de diretor do Estabelecimento, os seguintes professores:

1949 - 1950: Professor Mailon Furtado de Medeiros; 1951 - Professora Maria da Luz Miranda Conter;

1952 - 1955: Professor Thomaz Nicoletti; 1957: Professora Maria da Luz Miranda Conter; 1958 - 1960: Professor Breno Trautwein; 1961 - 1962: Professor Thomaz Nicoletti; 1963 - 1964: Professor José Borsatto; 1965 - 1974: Professor Thomaz Nicoletti;

1975 - 1976: Professora Heloísa Helena Martins Páschoa.

2.2.3 PRIMEIROS DOCENTES

- Mário Amaral Pacca - Milton Aparecido Chaves - Thomaz Nicoletti - Nivaldo Nicolau Conter - Israel Diniz - Castor Ferrer da Rosa - Ivone Terezinha Russo Chaves - Norival Camargo Valladão - Dorothéa Passos Mieweglowski - Ozório Gonçalves Nogueira - Breno Trautwein - Lysethi Boline M. da Silva

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2.2.4 COLÉGIO COMERCIAL ESTADUAL DE BANDEIRANTES

Ano de 1952: Criado pela Lei Municipal nº 135/52, de 24/08/52, de

24/08/52.

Ano de 1956: O Colégio Comercial de Bandeirantes é estadualizado

através da Lei nº 4798, de 31/08/56, com funcionamento no período noturno, no

mesmo edifício do Colégio Estadual “Mailon Medeiros”.

Portaria Estadual nº 5689, de 25/05/68 solicita à rede de ensino comercial,

a escolha de um Patrono, cujo nome deveria ser proposto após criteriosa consulta

à comunidade. O Colégio Comercial Estadual de Bandeirantes recebeu a

incumbência de escolher o seu Patrono em meados de 1970.

Ano de 1970: O Diretor do Colégio Comercial Estadual de Bandeirantes,

Sr. Antônio Corder, após ampla consulta à comunidade e em concorrida reunião

com líderes comunitários e corpo docente, viu aprovar no dia 03/08/70, por

unanimidade, o nome do Sr. Cyríaco Russo, ex-professor e profissional atuante

na área contábil, para patrono do estabelecimento. No mesmo ano, pelo Decreto

Estadual nº 22093 da SEC, o Colégio Comercial de Bandeirantes, passou a

denominar- se Colégio Comercial “Cyríaco Russo”.

Ano de 1975: O Parecer 013/75 - CEE aprova, em caráter definitivo, o

plano de Implantação do Ensino de 2º Grau, do Colégio Estadual Prof. “Mailon

Medeiros”, de Bandeirantes, com as seguintes habilitações: Magistério, Redator

Auxiliar, Secretariado, Assistente de Administração, Contabilidade e Secretário

Escolar; todas com duração de 3 anos.

O Parecer nº 078/75 aprecia, preliminarmente, o Plano de Implantação do

Ensino de 1º Grau, apresentado pelas unidades escolares: Colégio Estadual

Professor “Mailon Medeiros”, Grupo Escolar Usina Bandeirantes, Casa Escolar

Santa Terezinha e Casa Escolar Dario Veloso.

Ano de 1977: O Decreto Estadual nº 2791 de 04/01/77 autoriza o

funcionamento do Complexo Escolar Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º

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e 2º Graus, resultante da reorganização do Colégio Estadual Professor Mailon

Medeiros, Colégio Comercial Estadual Cyríaco Russo, Escola de Aplicação

Cecília Meireles e Casa Escolar Dario Veloso.

O Ofício Circular 58/77 de 03/03/77 remaneja alunos do 1º Grau para a

Unidade Polo (Escola Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º Grau),

atualmente Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino Fundamental,

Médio e Profissional.

2.2.5 ADMINISTRAÇÃO TÉCNICO-PEDAGÓGICA

Enquanto perdurou o nome de Colégio Comercial Estadual “Cyríaco

Russo”, desempenharam a função de diretor, os seguintes professores:

- 1953 - 1955: Professor Antonio Corder - 1956 - 1957: Professor Nivaldo Moreira Fonseca - 1958 - 1960: Professor Thomaz Nicoletti - 1961 - 1966: Professor Antonio Corder - 1967 - 1969: Professor Thomaz Nicoletti - 1970 - 1971: Professor Antonio Corder - 1972 - 1975: Professor Luiz César Pinto Ribeiro

- 1976 - 1977: Professor Thomaz Nicoletti

2.2.6 PRIMEIROS DOCENTES (1956)

- Mailon Furtado de Medeiros - Breno Trautwein - Gentil Augusto da Silva - Nivaldo Conter - Carlos Nardon - Cyríaco Russo - Maria Aparecida Nunes - Rosalina Barbosa de Lima - Irineu Soares - Nivaldo Fonseca Moreira

2.2.7 ESCOLA NORMAL COLEGIAL “PROFESSORA MARIA JUVELINA DOS

SANTOS”

Ano de 1953: Criada a Escola Normal Secundária, pela Lei Estadual nº

1188, de 06/08/1953, resultado do empenho do Professor Thomaz Nicoletti. O

referido curso passa a ser ministrado no período vespertino, no mesmo prédio

onde funciona o Ginásio Estadual de Bandeirantes.

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Ano de 1956: Por ato da SEC, a Escola Normal passa a denominar-se

“Escola Normal Secundária Professora Maria Juvelina dos Santos”.

Ano de 1977: O Decreto nº 2791 de 04/01/77 autoriza o funcionamento do

Complexo Escolar Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º e 2º Graus;

resultante da reorganização do Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”,

Escola Normal Colegial Estadual Profª. Maria Juvelina dos Santos, Colégio

Comercial Estadual Cyríaco Russo, Escola de Aplicação Cecília Meireles e Casa

Escolar Dario Veloso.

2.2.8 ADMINISTRAÇÃO TÉCNICA –PEDAGÓGICO

Exerceram a função de direção, os seguintes professores:

- 1953 - 1964: Professor Thomaz Nicoletti; - 1965 - 1977: Professora Neusa Russo da Cunha;

2. 2.9 PRIMEIROS DOCENTES (ANO DE 1954)

- Ivone Terezinha Russo Chaves - Osias Borges Feiges - Aglair Ap. Sabóia - Augusto C. V. Espínola - Clory Dondeo - Jamila Sale - Maria da Glória E. Henriques - Castor Ferrer da Rosa - Maria da Luz Aparecida Pereira - Alice Bonfim Metring

2.2.10 NOVA ALTERAÇÃO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO – Ano 1978

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau, de Bandeirantes,

Estado do Paraná foi autorizado a funcionar com o nome de Colégio “Cyríaco

Russo” - Ensino de 2º Grau, resultante da reorganização do Colégio Estadual

Professor “Mailon Medeiros”, Escola Normal Colegial Estadual Profª. Maria

Juvelina dos Santos e Colégio Comercial Estadual “Cyríaco Russo”, conforme o

Decreto nº 5324 de 02/08/78.

Portaria nº 1344/78 homologa o Parecer nº 37/78/DESG aprovando

a reformulação das habilitações: Técnico em Contabilidade, Técnico em

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Secretariado e Assistente de Administração, ministradas pelo Colégio “Cyríaco

Russo” - Ensino de 1º e 2º Graus. Neste período, o estabelecimento ofertava as

seguintes habilitações nos seguintes turnos:

Matutino Habilitação: Promotor de Vendas; Redator Auxiliar

Vespertino Habilitação: Magistério

Noturno Habilitação: Técnico em Secretariado; Assistente Administrativo; Técnico em Contabilidade.

Ano de 1981: A Resolução nº 2585/81 aprova o Regimento Interno para

todas as Escolas Estaduais, a partir de 13/11/81.

Ano de 1982: Pela Resolução nº 779/82 de 17/03/82 fica reconhecido o

Curso de 2º Grau Regular, com as habilitações plenas: Magistério e Contabilidade

e parcial: Promotor de Vendas, do Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de

2º Grau, município de Bandeirantes.

Ano de 1983: Parecer nº 132/83 - DESG autoriza a implantação do curso

Propedêutico.

Informação nº 169/83 - Protocolo 003979/83 - Adequação de grade

curricular à Lei 7044/82, Deliberação 035/82, do CEE.

Resolução nº 2358/83, de 15/07/83 - O Colégio “Cyríaco Russo” passa a

denominar-se Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau.

Ano de 1984: Informação 75/84 de 18/04/84 altera o Título Ill do Regimento

Escolar uma vez que as determinações contidas na Informação nº 454/83 foram

atendidas; desta forma pelo Parecer nº103/84 fica aprovado o Projeto de

Implantação gradativa do Curso de 2º Grau Regular – Propedêutico a partir de

1983.

Resolução nº 2413/84 autoriza o funcionamento do Curso Propedêutico,

pelo prazo de 2 anos, a partir de 1983.

Ano de 1986: pelo Parecer nº542/86 fica determinada a cessação definitiva

das atividades escolares das Habilitações Promotor de Vendas, a partir de 1985

e, Assistente de Administração, a partir de 1986.

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Parecer nº 768/86 aprova a adequação da Grade Curricular e do Plano de

Estágio da Habilitação Magistério.

Resolução nº 3149/86, de 14/07/86 cessa definitivamente, a partir de 1985,

as atividades escolares da Habilitação Promotor de Vendas e, a partir de 1986, as

da Habilitação Assistente de Administração.

Ano de 1987: Pelo Parecer 1041/87, Protocolo nº 362.399/87, fica

aprovado o adendo ao Regimento Escolar - Propedêutico, cuja denominação

passa à Educação Geral, conforme Deliberação nº 04/87 - CEE e Instrução

nº01/87 da SUED/SEED.

A Resolução nº1265/87, de 31/03/87 - prorroga o período de autorização

de funcionamento do curso de 2º Grau Regular - Propedêutico, por mais seis

meses, a partir do início do ano letivo de 1987.

A Resolução nº3402/87, de 26/08/87 - prorroga o período de autorização

de funcionamento do Curso de 2º Grau Regular - Propedêutico, a partir de 1985

até o final do ano letivo de 1987. Fica revogada a Resolução nº1265/87 de

31/03/87.

Ano de 1988: O Parecer nº 564/88 de 08/08/88 aprova o adendo ao

Regimento Escolar referente ao Estágio Supervisionado, Habilitação Magistério,

a partir do ano letivo de 1988.

A Resolução nº 1614/88 de 27/05/88 prorroga o período de autorização de

funcionamento do curso de 2º Grau - Educação Geral, por mais 1 (um) ano, a

partir do início do ano letivo de 1988.

Parecer nº2241/88 de 07/10/88 dá parecer favorável ao pedido de

reconhecimento do curso Educação Geral.

Pela Resolução nº 3514/88 de 10/11/88 fica reconhecido o Curso de 2º grau

- Educação Geral, no Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau;

Parágrafo Único: O curso acima integrará o reconhecimento original, declarado

pela Resolução Secretarial nº 779/82.

Ano de 1989: Implantação do Curso Auxiliar - Técnico em Contabilidade

com duração 4 anos.

Ato Administrativo nº 13/89-NRE aprova a proposta de avaliação para

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vigorar a partir de 1989.

Parecer nº 799/89: aprova o adendo ao Regimento escolar referente à

administração das aulas de Educação Física, no Ensino de 2º Grau Regular -

noturno, com vigência a partir do início do ano letivo de 1989.

Ano de 1990: funcionamento da Habilitação Magistério, também no

período noturno.

Ano de 1991: adoção da grade Curricular da Habilitação Magistério, com

duração de 4 anos.

Ano de 1992: Resolução nº 4.496 de 24/12/91 autoriza o funcionamento

da 4ª série da Habilitação Técnico em Contabilidade, a partir de 1992.

Ano de l993: Parecer nº 727/93 de 03/12/93 aprova a alteração proposta

da Grade Curricular de Auxiliar de Contabilidade e Técnico em Contabilidade, a

partir de 1994. A alteração proposta refere-se à substituição da disciplina de

Contabilidade Agrícola (3ª série), por Introdução à Informática (3ª série).

Resolução nº 6778/93 de 15/12/93 homologa o Parecer nº 727/93 do DESG

que aprova a alteração da Grade Curricular da Habilitação Auxiliar de

Contabilidade, do turno noturno, com implantação gradativa a partir do início do

ano letivo de 1994.

Resolução nº 3252/93 homologa o Parecer nº 417/93 do DESG que aprova

a alteração da Grade Curricular do Curso de 2º grau - Educação Geral -

Preparação Universal, com implantação a partir do início do ano letivo de 1994.

Parecer nº 622/93 de 20/10/93 aprova a Grade Curricular da Habilitação

Auxiliar de Contabilidade, período diurno, a partir de 1994.

Resolução nº 6012/93 de 08/11/93 homologa o Parecer nº 622/93 do DESG

que aprova a Grade Curricular da habilitação Auxiliar de Contabilidade, período

diurno, com implantação a partir do ano de 1994.

Ano de 1994: Resolução nº 5135/94 de 24/10/94 homologa o Parecer nº

604/94 do DESG que aprova a Grade Curricular Transitória da habilitação em

Técnico de Contabilidade, para efeito exclusivo de Registro Escolar dos alunos

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matriculados no ano letivo de 1987.

Resolução nº 5437/94 de 07/11/94 concede, a partir de 1995, a implantação

da Habilitação Técnico em Processamento de Dados.

Ano de 1995: Resolução nº 3363/95, de 25/08/95 - Autoriza o

funcionamento da habilitação Técnico em Processamento de Dados. Implantação

gradativa a partir do início do ano letivo de 1995.

Ano de 1996: Parecer nº 94/96 e Resolução nº 2862/96 de 17/07/96

autorizam o funcionamento da 4ª série, Habilitação Técnico em Contabilidade,

período noturno, para 1996.

Ano de 1997: Resolução nº 420/97, de 07/02/97 - Autoriza o funcionamento

da 4ª série da habilitação Técnico em Contabilidade, diurno (Parecer nº 216/96) e

noturno (Parecer nº 217/96), para o ano letivo de 1997.

Parecer nº 863/97 - CEF e Resolução nº 2.277/97 de 03/07/97 - SEED

autorizam a cessação definitiva das atividades escolares da Habilitação Técnico

em Contabilidade. Determina a cessação gradativa cumprindo o seguinte

cronograma: 1997 - 1ª série; 1998 - 1ª e 2ª séries; 1999 - 1ª, 2ª e 3ª séries e 2000

- 1ª, 2ª, 3ª e 4ª séries.

Parecer nº 975/97 - CEF e Resolução nº 2288/97 de 03/07/97 - SEED

autorizam a cessação definitiva das atividades escolares da Habilitação

Magistério. Determina a cessação gradativa, cumprindo o seguinte cronograma:

1997 - 1ª série; 1988 - 1ª e 2ª séries; 1999 - 1ª, 2ª e 3ª séries e 2000 - 1ª, 2ª, 3ª e

4ª séries.

Parecer nº 226/97 – CEE e Resolução nº 3086/97 do DOE de 30/09/97 –

SEED reconhecem a Habilitação Técnico em Processamento de Dados em

caráter excepcional, exclusivamente para fins de cessação a partir do ano letivo

de 1997.

Resolução nº 2288/97 – DOE nº 5052/97 de 24/07/97 cessa definitivamente

as atividades escolares da Habilitação Técnico em Contabilidade, cumprindo o

seguinte cronograma: 1997 a 1ª série; 1998 a 1ª e 2ª séries; 1999 a 1ª, 2ª e 3ª

séries e 2000 a 1ª, 2ª, 3ª e 4ª séries.

Resolução nº 4482/97 – DOE nº 5198/97 de 26/02/98 cessa definitivamente

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as atividades escolares da Habilitação Técnico em Processamento de Dados, no

Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino de 2º Grau, do município de

Bandeirantes.

Resolução nº 4482/97 publicado no DOE nº 5198 de 26/02/1998, página

29, cessa definitivamente as atividades escolares de Habilitação Técnico em

Processamento de Dados.

Ano de 1998: O ato administrativo nº 289/98 do NRE de 23/09/1998 faz

adequação de nomenclatura dos estabelecimentos de ensino de Educação Básica

– Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio, conforme Resolução nº

3120/98 DOE 11/09/98.

Ano de1999: Autorização de funcionamento de 4ª série do Curso Técnico

de Contabilidade pela Resolução nº3189/99 de 16/08/1999.

Ano de 2000: Parecer nº070/2000 de 07/12/2000 – NRE aprova o

Regimento Escolar a partir de 2001. O Parecer nº271/2000 de 07/12/2000

homologa o parecer nº070/2000 referente ao Regimento Escolar do Colégio

Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio.

Ano de 2002: Parecer nº028/2002 de 18/12/2002 aprova o Regimento

Escolar a partir de 2002. O Parecer nº192/2002 de 18/12/2002 homologa o

parecer 028/2002. Resolução nº4642/02 de 20/01/2003 aprova a renovação de

autorização do Ensino Médio.

Resolução 3069/2001 – DOE de 31/01/2002 nomeia Nelci Maria Martins de

Queiróz para o cargo de Diretora do Colégio Estadual Cyríaco Russo; a Resolução

nº 4254/2003 – DOE de 23/01/2004 nomeia Nelci Maria Martins de Queiroz, para

o cargo de Diretora do Colégio Estadual Cyríaco Russo. Após a unificação dos

cursos, o Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau teve à frente de

sua administração os seguintes professores:

1978 - 1980: Professora Neusa Russo da Cunha (diretora) Professora Yoshiko Kawata Maeda (diretora auxiliar) 1981 - 1982: Professor Gentil Augusto da Silva 1982 - 1983: Professora Yoshiko Kawata Maeda 1984 - 1985: Professora Neusa Russo Cunha (primeira diretora eleita por voto

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direto da comunidade escolar) 1986 - 1989: Professora Derli Ferraz Pedroso

1990: Professor Mario Luciano 1991 - 1995: Professora Marina Yukiko Kikuta 1996 - 2000: Professor Fulton Carlos Teixeira Ribeiro (diretor) Professor Ademar Ribeiro Richter (diretor auxiliar) Professor Mauro Ferreira (diretor auxiliar)

2001- 2011: Nelci Maria Martins de Queiróz – Diretora 2012- 2015: Roseli Bueno da Silva

2.3. BIOGRAFIA DO PATRONO CYRÍACO RUSSO

Cyríaco Russo nasceu na cidade de Guaxupé, Estado de Minas Gerais,

aos 8 dias de mês de agosto de 1898. Filho de Raphael Russo e de Manoela

Cândida Russo foi o primogênito de uma família de sete membros e durante toda

a sua infância e juventude viveu em sua cidade natal.

Lutando com grandes dificuldades financeiras, começou muito cedo a

enfrentar o trabalho diário, exercendo juntamente com seu pai a profissão de

pedreiro. Tinha muita vontade de continuar os estudos e, com a abertura da

Academia de Comércio em sua cidade, nela ingressou, continuando a trabalhar

como pedreiro durante o dia e estudar a noite. Formou-se Guarda-livros em 1922

na Academia de Comércio “São José” de Guaxupé. Em 1923 diplomou-se perito

contador na primeira turma do referido estabelecimento. Sempre se distinguiu nos

estudos e, devido a isso, foi convidado para fazer parte do corpo docente dessa

escola logo que se diplomou. Atuou como professor durante um período de 04

anos.

Em 1918, deixou a profissão de pedreiro e, a convite de seu professor, Dr.

André Cortês Granero, submeteu-se a um concurso para escrevente juramentado,

na cidade de Muzambinho, Estado de Minas Gerais. Neste concurso havia 30

candidatos inscritos, sendo aprovados apenas quatro e, entre eles, estava Cyríaco

Russo. Após esse concurso, ocupou o cargo de escrevente do Tabelionato de 1º

Ofício de Guaxupé.

Casou-se em 1921 com a senhora Rachel Paschoa Russo e tiveram 5

filhos: Maria, Neusa, Cyra, Ivone e William. Anos mais tarde sua filha Neusa Russo

da Cunha assumiria a direção do colégio por duas gestões: 1978-1980 / 1984-

1985.

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Em 1924, deixou o cartório para exercer a profissão de contador abrindo

um Escritório de contabilidade em Guaxupé – Minas Gerais. Em 1933, submeteu-

se a um concurso para ingressar no Banco Hipotecário de Minas Gerais S.A., e

em 1938, foi transferido para Monte Santo de Minas, como Gerente da referida

Casa de Crédito; em 1941, encerrada a sua carreira bancária, continuando com

seu escritório contábil, o qual mesmo durante seu exercício na carreira bancária,

nunca abandonou.

Em 1939, ingressou na Loja Maçônica “Caridade Montessantense”, onde

atingiu o grau 33 de estudos filosóficos. Mais tarde, no período de 1965-1968,

vivendo no Estado do Paraná, seria nomeado Delegado do Grande Oriente do

Paraná.

Na cidade de Monte Santo de Minas/MG foi professor fundador da Escola

de Comércio. Em 1943, transferiu residência e escritório para a cidade de Itamogi/

MG, onde permaneceu até o ano de 1952, onde exerceu também o cargo de

Professor Fundador no Ginásio Municipal, ocupando a cadeira de Matemática,

atuando também como Secretário.

Transferiu sua residência para o Estado do Paraná, cidade de

Bandeirantes, em junho de 1952. Nesta cidade continuou com seu Escritório de

Contabilidade, fez parte do Corpo Docente do Colégio Comercial Estadual de

Bandeirantes durante 07 anos, ocupando as cadeiras de Contabilidade Comercial,

Bancária, Contabilidade Geral Aplicada e Matemática.

Recebeu em 1968, por Decreto do Grande Oriente de Paraná, o título de

Benemérito da Maçonaria Paranaense. Ocupou a Provedoria da Santa Casa de

Misericórdia de Bandeirantes de 1959 a 1969. Foi fundador e primeiro Presidente

do Albergue Noturno “João Francisco Ferreira”, desta cidade, em sua fase de

organização e construção. Foi membro do Rotary Club de Bandeirantes durante

10 anos.

Exerceu sua profissão de contador até os seus últimos dias. Faleceu no dia

07 de junho de 1970, na cidade de Bandeirantes, onde foi sepultado.

3. CARACTERÍSTICAS DO ESTABELECIMENTO

3.1 DEPENDÊNCIAS FÍSICAS

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As instalações do Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e

Normal encontram-se em um terreno 2.880 m2, sendo 1.959,262 m2 de área

construída. As dependências podem assim serem descritas:

Quant. Descrição da dependência

03 01 04 04 02 01 01 01 01 07 06 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 14 01 01

Almoxarifados Banheiro Feminino de professores Banheiro Feminino de alunos Banheiro Masculinos de alunos Banheiro Masculino de professores Biblioteca Cantina

Casa do Zelador Coordenação do Curso de Formação de Docentes

Corredores – Ala superior Corredores – Ala Térrea Cozinha Depósito de merenda Laboratório de Informática Laboratório de Química, Física e Biologia Pátio Coberto Refeitório Sala de Arquivo Sala de direção Sala de Equipe Pedagógica Sala de Professores Sala hora atividade Salão de uso múltiplo Salas de aula Secretaria Sala de Leitura

Dependências físicas

3.2 EQUIPAMENTOS DE USO PEDAGÓGICO

O Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal, possui

atualmente 08 microcomputadores (Paraná Digital), 19 microcomputadores

(PROINFO), 01 aparelho de televisão 29 polegadas, 01 aparelho de televisão 32

polegadas, 01 aparelho de televisão 14 polegadas (TV Paulo Freire), 05 DVDs,

02 retroprojetores, 14 Televisores Pendrive, 02 Projetores de Multimídia (Data

show), 02 Laptop, 06 Cd players, 01 filmadora e 01 câmera fotográfica, 16 câmeras

de segurança.

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3.3 RECURSOS HUMANOS

3.3.1 QUADRO DE PROFESSORES

A partir de 2007, com a implantação do PDE - Programa de

Desenvolvimento Educacional, ofertado pela Secretaria de Educação do Estado

do Paraná ocorreram mudanças de diferentes ordens na rotina escolar, bem como

no perfil do quadro de professores. Entre 2010/2012, percebeu-se uma realidade

atípica na escola, em virtude do número significativo de professores efetivos que,

diante de seu nível na carreira profissional, tiveram uma nova oportunidade de

crescimento profissional com inserção no PDE, programa diferenciado ofertado

pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná onde o professor que atinge a

pontuação para dele participar tem afastamento de 100% das atividades escolares

por um período de um ano, para dedicação exclusiva aos estudos e, no segundo

ano, uma liberação parcial de 25% de sua carga horária para elaboração do artigo

científico e conclusão das atividades, possibilitando assim, novo acesso ao Plano

de Carreira.

O quadro atual de professores é composto por cinquenta e dois professores

(52), possuindo a maioria cursos de Especialização. Desse total, onze (11) já

concluíram o PDE, dois (02) encontram-se em fase de conclusão e um (01) em

fase inicial do programa. Há, ainda, dois professores que já concluíram o

mestrado. A maioria do quadro docente é formado pelo sexo feminino (84,6%),

contra (15,4%) do sexo masculino.

A formação continuada dos profissionais da educação, como proposta do

Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE Nacional e da Secretaria de

Estado de Educação – SEED, vem proporcionando reflexos positivos no nível de

escolaridade dos professores dessa instituição e, consequentemente, melhoria no

efetivo trabalho em sala de aula e na qualidade da educação.

Os professores participam também anualmente da Semana Pedagógica

ofertada nos meses de fevereiro e julho, da Formação em Ação, que acontece nos

dois semestres, sendo um dia em cada semestre e, ainda, de cursos ofertados

nas diferentes disciplinas.

A profissão religiosa dos professores reflete a pluralidade de nossa

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sociedade e exige a proposição de ações que vislumbrem o respeito à diversidade

e a tolerância nas relações interpessoais.

3.3.2 CORPO ADMINISTRATIVO–PEDAGÓGICO

Há na instituição de ensino vinte e cinco (25) profissionais entre as diversas

funções: direção, direção auxiliar, pedagogos, coordenação de curso, assessoria

pedagógica (biblioteca), secretaria, equipe técnico-administrativa e agentes de

apoio (serviços gerais), composição formada por 100% do sexo feminino. Desse

total, quatro (04) profissionais já concluíram o Programa de Desenvolvimento da

Educação – PDE e um (01) encontra-se em fase de conclusão.

Todo corpo administrativo-pedagógico encontra-se inserido nos programas

de Formação Continuada propostos pela SEED e já participou de diversas ações:

grupos de estudo aos sábados, Itinerante; Seminários em Faxinal do Céu e

Londrina, Semana Pedagógica, Formação em Ação, além de cursos direcionados

ao cargo especifico.

A profissão religiosa dos funcionários, assim como a dos professores,

reflete o cenário plural de nossa sociedade.

3.3.3 PERFIL DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

Para traçar o perfil dos alunos do colégio, como condição precípua de

formular encaminhamentos pedagógicos coerentes, visando melhoria no

processo ensino e aprendizagem, alguns pontos merecem destaque e análise. Os

índices de evasão da instituição são extremamente preocupantes, principalmente

no período noturno, situação que merece atenção especial. No entanto, a taxa de

aprovação dos alunos é significativa, levando-se em consideração o período

matutino, que abrange um grande número de alunos e, muitos deles apenas com

dedicação exclusiva aos estudos.

Quanto aos quesitos que perfilam o nível socioeconômico dos alunos leva-

se em consideração três aspectos: proveniência (lugar onde moram), como se

locomovem até a escola e a renda familiar/condições de moradia.

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Embora localizada em zona central do perímetro urbano a instituição

atende, substancialmente, alunos de bairros e vilas urbanos, uma parcela

significativa da zona rural e considerável número de moradores de cidades

circunvizinhas.

Em relação ao meio de locomoção dos alunos foi suscitado discussões no

sentido de rever as atitudes tomadas pela escola quando a Prefeitura Municipal

suspende o transporte escolar em recessos municipais, e quando chuvas fortes

incidem nos horários de entrada dos alunos, uma vez que é alto o percentual de

alunos que vêm a pé e utilizam o transporte escolar.

Em se tratando da prática religiosa dos alunos percebe-se que ela é bem

diversa e mesmo sabendo de sua laicidade é preciso tomada de decisões pelo

coletivo da escola e proposição de ações pedagógicas cuidadosamente

planejadas levando-se em consideração essa diversidade. O respeito à

diversidade é fundamental para que se tenha um ambiente de trabalho

harmonioso e saudável.

Pesquisas recentes têm buscado traçar o perfil do ambiente familiar como

determinante de alguns aspectos importantes do desempenho da vida escolar de

adolescentes. Um dos itens de destaque é o nível de escolaridade dos pais, em

especial da mãe, que na maioria das vezes é quem oferece maior respaldo e

acompanhamento na formação do filho, principalmente da vida escolar.

Analisando a escola no todo pode-se afirmar que o período noturno

apresenta características peculiares, levando-se em consideração o aluno

trabalhador, por isso as faltas e atrasos são questões a serem consideradas na

pauta de discussões da instituição. Uma grande parcela de alunos, tanto do

período matutino quanto do noturno utilizam o transporte escolar como meio para

frequentar a escola.

A partir de 2008, na tentativa de minimizar os altos índices de evasão

escolar no ensino médio noturno, de modo geral no Estado do Paraná, foram

realizados coletivamente no âmbito escolar vários estudos, a partir de documentos

enviados pela SEED, visando a implantação do Ensino Médio por Blocos de

Disciplinas. Após muito estudo e análise essa mudança na instituição ocorreu

definitivamente em 2010. Nessa decisão, os índices de evasão detectados nos

seis anos anteriores tiveram um grande peso. Após três anos de implantação

desse sistema de ensino, percebeu-se que não havia ocorrido mudança

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significativa em relação a minimização da evasão escolar, especialmente no

ensino noturno, motivo pelo qual aconteceu a mudança. Também muitos pais não

estavam satisfeitos com tal sistema pelo motivo do filho ter as disciplinas divididas

por blocos, estudando-as apenas por um período (semestre) durante o ano letivo,

o que, segundo eles, influenciava negativamente nos estudos e,

consequentemente, no resultado do vestibular.

3.3.4 PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES DO

TURNO VESPERTINO

O Curso Formação de Docentes é composto predominantemente pelo sexo

feminino, 99%. Todos os alunos cumprem uma carga horária de estágio em

contraturno, mas ainda assim, muitos deles estão inseridos no mercado de

trabalho. Esta inserção é mais comum nos alunos do noturno, o que explica

também o grande número de mudanças de turmas expedidas do turno vespertino

para o noturno, pedido de transferência para outras localidades ou mesmo o alto

índice de evasão do vespertino, pois muitos alunos deixam a escola por

necessidade de trabalho.

O maior índice de desistência ocorre na 1ª série, uma vez que ainda falta

maturidade para os alunos e adequação de horários para o cumprimento da carga

horária da disciplina de Prática de Ensino (estágio) em contraturno, totalizando

cinco aulas semanais, 800 (oitocentas) horas nos 4 (quatro) anos de curso.

O meio de locomoção dos alunos, via transporte escolar, está em

consonância com a proveniência dos mesmos.

A profissão religiosa dos alunos também é diversa e será considerada na

proposição de ações que minimizem a incidência de bullying, racismo, valorizem

o respeito as diferenças e estimulem o espírito de solidariedade.

3.3.5 PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES –

APROVEITAMENTO DE ESTUDOS - TURNO NOTURNO

Os alunos que frequentam o Curso Formação de Docentes –

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Aproveitamento de Estudos são concluintes do Ensino Médio. A maioria das

turmas é formada pelo sexo feminino Todos os alunos cumprem uma carga horária

de estágio em contraturno, 800 (oitocentas) horas nos 5 (cinco) semestres do

curso, sendo que muitos deles se encontram inseridos no mercado de trabalho. O

maior índice de desistência ocorre no 1ª Semestre do Curso, estando relacionado

ao estágio que deve ser cumprido em contraturno.

O meio de locomoção dos alunos, via transporte escolar, está em

consonância com a proveniência dos mesmos.

A profissão religiosa dos alunos também é diversa e será considerada na

proposição de ações que minimizem a incidência de bullying, racismo, valorizem

o respeito as diferenças e estimulem o espírito de solidariedade.

3.3.6 PERFIL GERAL DOS ALUNOS DO COLÉGIO ESTADUAL CYRÍACO

RUSSO

3.3.6.1 IDADE

A idade dos alunos do Ensino Médio do período matutino está no intervalo

14 - 20 anos; no entanto a grande maioria encontra-se no intervalo da idade/série

correta e, por isso a idade máxima é 17 anos; no período noturno o intervalo se

alarga para 14 – 28 anos. No curso Formação de Docentes a idade está entre 14

– 35 anos. Já no Curso Formação de Docentes – Aproveitamento de Estudos a

idade fica entre 17 e 54 anos.

3.3.6.2 INSERÇÃO NO UNIVERSO DO TRABALHO

A inserção no universo do trabalho é maior no turno noturno e,

significativamente menor, no turno diurno. O Curso Formação de Docentes, bem

como o Curso Formação de Docentes – Aproveitamento de Estudos cumprem

carga horária de estágio em contraturno e, ainda assim, muitos alunos trabalham

como atendentes em creches municipais.

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3.3.6.3 CONDIÇÕES DE SAÚDE

Para traçar o perfil das condições de saúde consideramos apenas os

alunos que comunicam ser portadores de alguma deficiência e os que fazem uso

de medicamento contínuo, em conformidade com atestado médico ou informação

familiar. Há na escola aluno cadeirante, aluno com diabetes, alunos surdos-

mudos, alunos com deficiência auditiva, sem, no entanto, a exigência de utilização

de aparelho. Há de se considerar os alunos com deficiência visual e que muitas

vezes “não se veem” como deficientes porque fazem uso de lentes corretivas.

Quanto ao uso de medicamento contínuo há alunos que fazem tratamento

para anemia, diabetes e depressão

3.3.6.4 PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMA DO GOVERNO

Mesmo sendo uma escola localizada em região central, da totalidade de

seus alunos, 30% estão inseridos no Programa Bolsa Família, do Governo

Federal, programa este de importância fundamental para permanência do aluno

na escola, propiciando à família melhores condições de atendimento ao

adolescente.

MARCO CONCEITUAL “A passagem para um novo paradigma não é abrupta e nem radical. É um

processo que vai crescendo, se construindo e se legitimando”. Behrens

As contradições são inerentes ao processo de organização social em

quaisquer épocas, no entanto, a dialética nem sempre subsidiou a tomada de

decisões em todas as sociedades, isso porque a aceitação do statu quo em

algumas, com liderança centralizadora, por vezes tirana, foi assumida

passivamente como uma atitude política.

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A educação, tomada aqui em sentido restrito, a escolar propriamente dita,

está sujeita a condicionantes de ordem sociopolítica, entre outros, que implicam

em diferentes concepções de homem e de sociedade e, em razão disso,

diferentes pressupostos sobre o papel da escola e da aprendizagem, entre outros.

Vista desta forma, ora assume postura emancipadora, ora atua apenas como

aparelho ideológico do estado podendo, em algumas vezes, ser repressora

defendendo o interesse da classe dominante.

Assim, o modo como os profissionais da educação realizam o seu trabalho

está diretamente ligado aos pressupostos teóricos, que explícita ou

implicitamente, embasam a prática, e consequentemente, explicam sua práxis.

Sistematicamente, as tendências educacionais podem servir de parâmetro

entre a prática dos profissionais da educação e o referencial teórico construído

nas últimas décadas. Em linhas gerais, Libâneo (1990), usando como critério a

posição que adotam em relação aos condicionantes sociopolíticos da escola,

classificou as tendências pedagógicas liberais e progressistas, a saber:

Pedagogia Liberal Pedagogia Progressista

Tradicional Libertadora

Renovada progressivista Libertária

Renovada não-diretiva Crítico-social dos conteúdos

Tecnicista

Tendências Pedagógicas

A doutrina liberal defende a liberdade e os interesses individuais e por isso

estabeleceu uma forma de organização social alicerçada na propriedade privada

dos meios de produção, ou seja, suscita uma sociedade de classes. A pedagogia

liberal é, portanto, uma manifestação dessa concepção de sociedade. Nos últimos

cinquenta anos a educação brasileira tem sido marcada pelas tendências liberais,

ora na forma conservadora, ora na forma renovada e, tais tendências manifestam-

se nas práticas escolares e no ideário pedagógico de muitos professores, ainda

que não se deem conta dessa influência, lembra Libâneo (1990), isso porque a

escola nesta perspectiva tem a função de preparar indivíduos para o desempenho

de papeis sociais de acordo com aptidões individuais.

Historicamente, a pedagogia liberal evoluiu para a pedagogia renovada,

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denominada Escola Nova, no entanto ambas conviveram e convivem na prática

escolar. Os conteúdos, os procedimentos didáticos, a relação professor-aluno não

têm nenhuma relação com o cotidiano do aluno e muito menos com as realidades

sociais. Predomina, neste contexto, a palavra do professor, regras impostas pelas

hierarquias, e a supervalorização do intelectual. O aluno é educado para atingir

sua realização pelo próprio esforço, e assumir os seus fracassos como resultado

de esforço insuficiente.

Ainda segundo Libâneo (1990)

a tendência liberal renovada apresenta-se, entre nós, em duas versões distintas: a renovada progressivista, ou, pragmática, principalmente na forma difundida pelos pioneiros da educação nova, entre os quais se destaca Anísio Teixeira (deve-se destacar, também, a influência de Montessori, Decroly e, de certa forma, Piaget); a renovada não-diretiva, orientada para os objetivos de auto-realização (desenvolvimento pessoal) e para as relações inter-pessoais, na formulação do psicólogo norte-americano Carl

Rogers. [...] A tendência liberal tecnicista subordina a educação à sociedade, tendo como função a preparação de "recursos humanos" (mão-de-obra para indústria). A sociedade industrial e tecnológica estabelece (cientificamente) as metas econômicas, sociais e políticas, a educação treina (também cientificamente) nos alunos os comportamentos de ajustamento a essas metas. No tecnicismo acredita-se que a realidade contém em si suas próprias leis, bastando aos homens descobri-las e aplicá-las. Dessa forma, o essencial não é o conteúdo da realidade, mas as técnicas (forma) de descoberta e aplicação.

Saviani (1981) apropriadamente descreveu as confusões que se

emaranhavam nos professores da época (e que ainda emaranham). Segundo ele:

os professores têm na cabeça o movimento e os princípios da escola nova. A realidade, porém, não oferece aos professores condições para instaurar a escola nova, porque a realidade em que atuam é tradicional. (...) Mas o drama do professor não termina, aí. A essa contradição se acrescenta outra: além de constatar que as condições concretas não correspondem à sua crença, o professor se vê pressionado pela pedagogia oficial que prega a racionalidade e produtividade do sistema e do seu trabalho, isto é, ênfase, nos meios (tecnicismo).(...) Ai o quadro contraditório em que se encontra o professor: sua cabeça é escolanovista a realidade é tradicional;"(...) rejeita o tecnicismo porque sente-se violentado pela ideologia oficial; não aceita a linha crítica porque não quer receber a denominação de agente repressor (SAVIANI, 1981).

Há unanimidade na constatação de que as tendências não aparecem em

sua forma pura e nem conseguem descrever todas as nuances da prática escolar,

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no entanto servem de parâmetro de análise e avaliação da prática do professor.

Emprestando as palavras de Libâneo (1994) temos que

a pedagogia progressista manifesta-se em três tendências:

a libertadora, mais conhecida como pedagogia de Paulo Freire, a libertária, que reúne os defensores da autogestão pedagógica; a crítico-social dos conteúdos que, diferentemente das anteriores, acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto cor as realidades sociais. As versões libertadora e libertária têm em comum o anti-autoritarismo, a valorização da experiência vivida como base da relação educativa e a idéia de autogestão pedagógica. Em função disso, dão mais valor ao processo de aprendizagem grupal (participação em discussões, assembléias, votações) do que aos conteúdos de ensino. Como decorrência, a prática educativa somente faz sentido numa prática social junto ao povo, razão pela qual preferem as modalidades de educação popular “não-formal”. A tendência da pedagogia crítico social de conteúdos propõe uma síntese superadora das pedagogias tradicional e renovada, valorizando a ação pedagógica enquanto inserida na prática social concreta. Entende a escola como mediação entre o individual e o social, exercendo aí a articulação entre a transmissão dos conteúdos e a assimilação ativa por parte de um aluno concreto (inserido num contexto de relações sociais); dessa articulação resulta o saber criticamente re-elaborado (LIBÂNEO, 1994)

Conforme Libâneo (1994), a tendência progressista crítico-social dos

conteúdos, diferentemente da libertadora e libertária, acentua a primazia dos

conteúdos no seu confronto com as realidades sociais. A atuação da escola

consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições,

fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da

socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da

sociedade.

Na visão da pedagogia dos conteúdos, admite-se o princípio da

aprendizagem significativa, partindo do que o aluno já sabe. A transferência da

aprendizagem só se realiza no momento da síntese, isto é, quando o aluno supera

sua visão parcial e confusa e adquire uma visão mais clara e unificadora.

A partir da Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 foi dada à escola maior

autonomia na construção de sua Proposta Pedagógica e ênfase à atualização

constante do professor que, através do conhecimento dessas tendências

pedagógicas e dos seus pressupostos de aprendizagem, o professor terá

condições de avaliar os fundamentos teóricos empregados na sua prática em sala

de aula.

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No Estado do Paraná a aprovação da versão final das Diretrizes

Curriculares Orientadoras da Educação Básica, a partir das Diretrizes Curriculares

Nacionais – DCNs, mobilizou o professorado paranaense no estudo do referencial

teórico que as subsidiam. Desta forma, as ideias de Piaget, Vygotsky e Wallon são

potencializadas. Os pontos de convergência entre eles os qualificaram como

interacionistas, porque concebem o conhecimento como resultado da ação que

se passa entre o sujeito e um objeto. De acordo com ARANHA (1998). o

conhecimento não está, então, no sujeito, como queriam os inatistas, nem no

objeto, como diziam os empiristas, mas resulta da interação entre ambos.

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal em

atendimento às orientações da SEED, durante as semanas pedagógicas, grupos

de estudos e outras situações de formação continuada pode aprofundar

discussões acerca do referencial teórico sugerido por ela. Desta forma esta

instituição, depois de muito refletir sobre as tendências educacionais, pautará

suas ações na Pedagogia Crítico-social dos conteúdos fundamentando-se nos

referenciais teóricos de Demerval Saviani, na didática de João Luiz Gasparin (vale

lembrar que estes referenciais assentam-se na filosofia de Karl Marx e Gramsci)

e na psicologia de Vygotsky.

1. A PEDAGOGIA PROGRESSISTA: BREVES CONSIDERAÇÕES

Segundo Mercado (1996) a pedagogia crítico-social dos conteúdos,

surgida no final dos anos 70, adentrando a década de 80, foi uma reação à

pedagogia libertadora que, na ótica de alguns educadores, dava pouca relevância

ao “saber elaborado” historicamente acumulado e que constitui parte do acervo

cultural da humanidade. Na ótica do autor:

a "pedagogia crítico-social dos conteúdos" assegura a função social e política da escola através do trabalho com conhecimentos sistematizados, a fim de colocar as classes populares em condições de uma efetiva participação nas lutas sociais. Entende que não basta ter como conteúdo escolar as questões sociais atuais, mas que se tenha domínio de conhecimentos, habilidades e capacidades mais amplas para que os alunos possam interpretar suas experiências de vida e defender seus interesses de classe.

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(MERCADO, 1996).

Desta forma, a escola assume o papel de socializadora dos conhecimentos

e saberes universais que, na verdade, são produzidos pelo grupo dominante.

Para Saviani (2003):

Esta é a base da ideia da socialização do saber que a gente tem formulado em termos pedagógicos. Aqui é preciso desfazer uma confusão. Elaboração do saber não é sinônimo de produção do saber. A produção do saber é social, se dá no interior das relações sociais. A elaboração do saber implica em expressar de forma elaborada o saber que surge da prática social. Essa expressão elaborada supõe o domínio dos instrumentos de elaboração e sistematização. Daí a importância da escola: se a escola não permite o acesso a esses instrumentos, os trabalhadores ficam bloqueados e impedidos de ascenderem ao nível da elaboração do saber, embora continuem, pela sua atividade prática real, a contribuir para a produção do saber. O saber sistematizado continua a ser propriedade privada a serviço do grupo dominante. (2003, p.91).

A atuação da escola, na fala de Libâneo (1985, p.39), consiste “na

preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhes

um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização da

sociedade”.

Os conteúdos, neste enfoque, são os acervos culturais universais,

incorporados pela humanidade, relidos e reavaliados frente às realidades sociais.

Os conteúdos, desta forma, não são só ensinados, mas são incorporados, de

maneira indissociável ao seu significado humano e social. Com isso passa-se da

experiência imediata e desorganizada ao saber sistematizado.

A aplicação destes princípios teóricos responde aos três grandes passos

do método dialético de construção do conhecimento: prática-teoria-prática.

Saviani elaborou o significado de práxis, entendendo-a como um conceito sintético

que articula a teoria e a prática a partir de uma reflexão científica. A prática, para

desenvolver-se e produzir suas consequências, necessita da teoria e precisa ser

por ela iluminada. É a prática ao mesmo tempo, fundamento, critério de verdade

e finalidade da teoria. É, portanto, da prática que se origina a teoria. Para que

esse processo de aprendizagem se efetive, é preciso percorrer o seguinte

caminho metodológico, sistematizado por João Luiz Gasparin, a partir do

construto de Dermeval Saviani.

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Artigo científico de Alves (2005), que toma por base a obra de Gasparin,

sintetiza com precisão os passos propostos inicialmente por Saviani (2003):

1.1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL

Saviani evidencia que a prática social é comum a educadores e educandos.

Consiste no primeiro contato que o educando mantém com o conteúdo trabalhado pelo

educador. Sendo a visão do educando, uma visão de senso comum, empírica, geral, uma

visão um tanto confusa, ou seja, sincrética, onde tudo, de certa forma, aparece como

natural. Nesta fase, deve, então, o educador posicionar-se em relação à mesma realidade

de maneira mais clara e, ao mesmo tempo, com uma visão mais sintética, a fim de

conduzir o processo pedagógico com maior segurança e realizar o planejamento de suas

atividades antecipadamente. Ao dialogar com os educandos sobre o tema a ser estudado

mostrará a eles o quanto já conhecem sobre o assunto, evidenciando, que a temática

desenvolvida está presente na prática social, ou seja, em seu dia-a-dia.

1.2 PROBLEMATIZAÇÃO

O segundo passo constitui o elo entre a prática e a instrumentalização. "Trata-se

de detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em

consequência, que conhecimento é necessário dominar" (SAVIANI, 1999, p. 80).

A problematizarão é o elemento-chave na transição entre prática e teoria,

fundamental para o encaminhamento de todo o processo de trabalho docente-discente.

Deve-se enfatizar os principais problemas relacionados ao tema/conteúdo proposto, pois

as questões fundamentais que foram apreendidas anteriormente pelo educador e alunos

precisam reelaborados, ou resolvidas, não pela educação ou na escola, mas no âmbito

da sociedade como um todo.

A problematização é, ou deveria ser, o fio condutor de todas as atividades que os

educandos desenvolverão no processo de construção do conhecimento.

1.3 INSTRUMENTALIZAÇÃO

A instrumentalização, segundo Saviani (1991, p. 103), consiste na apreensão "dos

instrumentos teóricos e práticos necessários ao equacionamento dos problemas

detectados na prática social (...) trata-se da apropriação das ferramentas culturais

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necessárias para se libertar das condições de exploração em que vivem". É o momento

do método que passa da síncrese à síntese a visão do educando sobre o conteúdo

presente em sua vida social.

A tarefa do educador e dos educandos, nesta fase, desenvolve-se através de

ações didático-pedagógicas necessárias à efetiva construção conjunta do conhecimento

nas dimensões científica, social e histórica. Consiste em realizar as operações mentais

de analisar, comparar, criticar, levantar hipóteses, julgar, classificar, conceituar, deduzir,

generalizar, discutir explicar, entre outras. Na instrumentalização, educando e educador

efetivam o processo dialético de construção do conhecimento que vai do empírico ao

abstrato chegando, assim, ao concreto, ao realizável.

1.4 CATARSE

Esta é a fase em que o educando mostra que de uma síncrese inicial sobre a realidade

social do conteúdo que foi trabalhado, chega-se à síntese, que é o momento em que ele

estrutura, em nova forma, seu pensamento sobre as questões que o conduziram à

construção do conhecimento. Segundo Saviani (1999 p. 80-81), "o momento cartático

pode ser considerado como o ponto culminante do processo educativo, já que é aí que

se realiza, pela mediação da análise levada a cabo no processo de ensino, a passagem

da síncrese à síntese".

1.5 PRÁTICA SOCIAL FINAL

Conforme Saviani (1999, p. 82), a prática social inicial e final é a mesma, embora

não o seja. É a mesma enquanto se constitui "o suporte e o contexto, o pressuposto e o

alvo, o fundamento e a finalidade da prática pedagógica. E não é a mesma, se

considerarmos que o modo de nos situarmos em seu interior se alterou qualitativamente

pela mediação da ação pedagógica". Educadores e educandos se modificaram

intelectualmente e qualitativamente em relação as suas concepções sobre o conteúdo

que reconstruíram, passando de um estágio de menor compreensão científica, social e

histórica a uma fase de maior clareza e compreensão.

Essa proposta de trabalho pode referir-se tanto às ações intelectuais quanto aos

trabalhos manuais físicos. A prática social final é assim, o momento da ação consciente

do educando dentro da realidade em que vive. É uma proposta metodológica de

apropriação e de reconstrução do conhecimento sistematizado buscando evidenciar que

todo o conteúdo que é trabalhado na educação e pelo educando, através do processo

pedagógico, retorna agora, de maneira nova e compromissada, para o cotidiano social a

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fim de ser nele um instrumento a mais na transformação da realidade.

Seus passos, aqui apresentados, embora de modo formal, aparecem como se

fossem independentes e estanques, mas na realidade prática eles constituem um todo

indissociável e dinâmico, onde cada fase interpreta as demais. Assim, a prática social

inicial e final é o conteúdo reelaborado pelo processo educativo. A problematização, a

instrumentalização e a catarse são os três passos de efetiva construção do conhecimento

na e para a prática social.

Em síntese, segundo Gasparin (2003), o primeiro passo da pedagogia

histórico-crítica diz respeito ao nível de desenvolvimento real do educando -

prática social inicial; o segundo constitui o elo entre a prática social e a

instrumentalização - é a problematização; o terceiro relaciona-se às ações

didático-pedagógicas para a aprendizagem - instrumentalização; o quarto, a

expressão elaborada da nova forma de entender a prática social - catarse; e o

quinto e último, ao nível de desenvolvimento atual do educando - prática social

final. Sendo que os três passos intermediários compõem a zona de

desenvolvimento imediato ou proximal do educando (Vygotsky, 1991).

2. UMA RETOMADA NECESSÁRIA: O CONSTRUTO DE VYGOTSKY

“Uma palavra que não representa uma ideia é uma coisa morta, da mesma forma que uma ideia não incorporada em palavras não passa de uma sombra.” Vygotsky

A psicologia sócio histórica tem como base a teoria de Vygotsky e concebe

o desenvolvimento humano a partir das relações sociais que a pessoa estabelece

no decorrer da vida. Nesse referencial, o processo de ensino-aprendizagem

também se constitui dentro de interações nos diversos contextos sociais.

De acordo com Vygotsky, todas as atividades cognitivas básicas do

indivíduo ocorrem de acordo com sua história social e acabam se constituindo no

produto do desenvolvimento histórico-social de sua comunidade. Portanto, as

habilidades cognitivas e as formas de estruturar o pensamento do indivíduo não

são determinadas por fatores congênitos. São isto sim, resultado das atividades

praticadas de acordo com os hábitos sociais da cultura em que o indivíduo se

desenvolve. Consequentemente, a história da sociedade na qual a criança se

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desenvolve e a história pessoal desta criança são fatores cruciais que vão

determinar sua forma de pensar. Neste processo de desenvolvimento cognitivo, a

linguagem tem papel crucial na determinação de como a criança, e por extensão

o aluno, vai aprender a pensar, uma vez que formas avançadas de pensamento

são produzidas através de palavras. Para Vygotsky, um claro entendimento das

relações entre pensamento e língua é necessário para que se entenda o processo

de desenvolvimento intelectual. Linguagem não é apenas uma expressão do

conhecimento adquirido. Existe uma inter-relação fundamental entre pensamento

e linguagem, um proporcionando recursos ao outro. Desta forma a linguagem tem

um papel essencial na formação do pensamento e do caráter do indivíduo.

2.1 ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL

Um dos princípios básicos da teoria de Vygotsky é o conceito de "zona de

desenvolvimento proximal". A zona de desenvolvimento próximo representa a

diferença entre a capacidade do aprendente resolver problemas por si mesmo e

a capacidade de resolvê-los com ajuda de alguém. A zona de desenvolvimento

próximo abrange todas as funções e atividades que o aluno consegue

desempenhar apenas se houver ajuda de alguém. Esta pessoa que intervém para

orientá-lo pode ser tanto um adulto (pais, professor, responsável, instrutor) quanto

um colega que já tenha desenvolvido a habilidade requerida.

A ideia de zona de desenvolvimento próximo é de grande relevância em

todas as áreas educacionais. Uma implicação importante é a de que o

aprendizado humano é de natureza social e é parte de um processo em que a

criança desenvolve seu intelecto dentro da intelectualidade daqueles que a

cercam (Vygotsky, 1978).

De acordo com Vygotsky, uma característica essencial do aprendizado é

que ele desperta vários processos de desenvolvimento internamente, os quais

funcionam apenas quando o aprendente interage em seu ambiente de convívio.

Frente ao exposto, esse processo pode ser metaforicamente descrito em forma

de espiral.

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Ilustração - Metáfora descritiva da teoria de Vygotsky

Jimenez (1989) utiliza esta mesma metáfora para mostrar como este

processo também ocorre na produção, assimilação e perpetuação da cultura.

Segundo ele, a partir dos anos 70 constata-se a necessidade de se valorizar a

questão da cultura, passando esta de simples saber enciclopédico para

reconhecer que no povo existem saberes que dialogam com o saber culto, num

processo que se chama de espiralidade cultural, ou seja:

aquela que pretende mostrar como as culturas não ocorrem em estado puro: mas em seus processos de constituição e desenvolvimento, encontram-se com outras culturas populares, cultas ou de massa e vão assumindo características dessa última, integrando-as em seus elementos mais primitivos, mas fornecendo-nos um sujeito do qual a característica fundamental é a mestiçagem e, precisamente, o traço vai se criando, a partir de seu eixo cultural básico, fornecido este por sua origem sócio-histórico de classe (JIMENEZ,1989).

O pensamento do educador Saviani – teórico da pedagogia histórico-

crítica – aponta a dialética como pressuposto desta, posicionando a filosofia que

fundamenta a referida tendência, qual seja, o materialismo histórico-dialético.

Em outros termos, o que eu quero traduzir com a expressão “Pedagogia Histórico-Crítica” é o empenho em compreender a questão educacional a partir do desenvolvimento histórico objetivo. Portanto, a concepção pressuposta nesta visão da Pedagogia Histórico-Crítica é o materialismo histórico, ou seja, a compreensão da história a partir do desenvolvimento material, da determinação das condições materiais da existência humana. No Brasil, esta corrente pedagógica se firma, fundamentalmente, a partir de 1979 (SAVIANI, 2008, p.102).

2.2 MATERIALISMO HISTÓRICO E LÓGICA DIALÉTICA

“O trabalho educativo é o ato de produzir, em

cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”. (Saviani)

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A humanidade, produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos

homens, diz respeito ao conjunto de instrumentos com os quais os homens se

relacionam com a natureza e com os outros homens para promover a

sobrevivência. A forma histórica de produzir a humanidade chama-se trabalho,

portanto a centralidade do trabalho nas relações sociais diz respeito também à

educação segundo o que preconizam os referenciais de Karl Marx e Antônio

Gramsci, como aqui já foi exposto.

Para que a educação seja um instrumento do processo de humanização, o

trabalho, categoria central de análise da materialidade histórica dos homens

enquanto a forma mais simples, mais objetiva, que eles desenvolveram para se

organizarem em sociedade, deve ser tomado como princípio educativo. Saviani

(1991) afirma:

num primeiro sentido, o trabalho é princípio educativo na medida em que determina, pelo grau de desenvolvimento social atingido historicamente, o modo de ser da educação em seu conjunto. Nesse sentido, aos modos de produção [...] correspondem modos distintos de educar com uma correspondente forma dominante de educação [...]. Num segundo sentido, o trabalho é princípio educativo na medida em que coloca exigências específicas que o processo educativo deve preencher em vista da participação direta dos membros da sociedade no trabalho socialmente produtivo. [...]. Finalmente, o trabalho é princípio educativo num terceiro sentido, à medida que determina a educação como uma modalidade específica e diferenciada de trabalho: o trabalho pedagógico (SAVIANI, 2008, p. 56).

Em síntese, o trabalho, como princípio educativo, traz para a educação a

tarefa de educar pelo trabalho e não para o trabalho, isto é, para o trabalho amplo,

filosófico, trabalho que se expressa na práxis, ou seja, pela articulação da

dimensão prática com a dimensão teórica, de forma refletida, pensada.

Saviani (1991), discutindo a necessidade de o educador brasileiro passar

do senso comum para a consciência filosófica na compreensão de sua prática

educativa, aponta o método materialista histórico dialético como instrumento desta

prática e explica, para isto, a superação da etapa de senso comum educacional

(conhecimento da realidade empírica da educação), por meio da reflexão teórica

(movimento do pensamento, abstrações), para a etapa da consciência filosófica

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(realidade concreta da educação, concreta pensada, realidade educacional

plenamente compreendida). Sobre estas questões Saviani escreve:

Com efeito, a lógica dialética não é outra coisa senão o processo de construção do concreto de pensamento (ela é uma lógica concreta) ao passo que a lógica formal é o processo de construção da forma de pensamento (ela é, assim, uma lógica abstrata). Por aí, pode-se compreender o que significa dizer que a lógica dialética supera por inclusão/incorporação a lógica formal (incorporação, isto quer dizer que a lógica formal já não é tal e sim parte integrante da lógica dialética). Com efeito, o acesso ao concreto não se dá sem a mediação do abstrato (mediação da análise como escrevi em outro lugar ou “detour” de que fala Kosik). Assim, aquilo que é chamado lógica formal ganha um significado novo e deixa de ser a lógica para se converter num momento da lógica dialética. A construção do pensamento se daria, pois da seguinte forma: parte-se do empírico, passa-se pelo abstrato e chega-se ao concreto. (SAVIANI, 2008, p.11).

As discussões travadas no interior de nossa escola apontaram para a

dificuldade de professores das áreas de exatas trabalharem os conteúdos de suas

disciplinas nesta perspectiva, pois estão fundamentados, aos olhos da maioria,

em bases conceituais abstratas. Neste sentido discussões foram travadas visando

buscar outros referenciais que tornem mais concretos os conteúdos das ciências

exatas, com ênfase à adoção de uma postura metodológica que valorize a

interdisciplinaridade, a contextualização e a problematização na perspectiva do

materialismo histórico.

3. A INTERDISCIPLINARIDADE, A CONTEXTUALIZAÇÃO E A

PROBLEMATIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DO MATERIALISMO HISTÓRICO

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal em ampla

discussão nas semanas pedagógicas, destaque para as de 2001/2010 inferiu que

no ambiente de sala de aula, o professor, como bem colocam Amaral e Oliveira

(2003), além de lidar com uma avalanche de informação, convive com alunos de

diferentes origens culturais. Sendo assim, há inúmeros detalhes, negociações,

trocas e interações “harmoniosas” que precisam ocorrer para tornar a

aprendizagem mais eficiente.

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Nessa ótica, a interdisciplinaridade é um desafio ao atual ensino médio,

isso porque os professores foram formados de maneira segmentada,

compartimentalizada, percebendo pouca ou nenhuma relação entre as disciplinas.

Necessário se faz, dessa forma, revisão de alguns conceitos já cristalizados,

romper com alguns paradigmas e tomar a interdisciplinaridade como postura

metodológica educativa.

Fazenda (2007) sustenta que

no limiar do século XXI e no contexto da internacionalização caracterizada por uma intensa troca entre os homens, a interdisciplinaridade assume um papel de grande importância. Além do desenvolvimento de novos saberes, a interdisciplinaridade na educação favorece novas formas de aproximação da realidade social e novas leituras das dimensões socioculturais das comunidades humanas. (FAZENDA, 2007. p. 3)

Para garantir um desenvolvimento adequado de práticas interdisciplinares,

torna-se importante estabelecer diferenças básicas entre esta e a

contextualização.

Uma questão que Zacharias (2007) esclarece que o entrecruzamento dos

conteúdos, independente das áreas do conhecimento, constitui a mola propulsora

da interdisciplinaridade, concomitantemente ao inter-relacionamento entre os

conteúdos da disciplina. Ao passo que os conteúdos impregnados da(s)

realidade(s) do aluno demarcam o significado pedagógico da contextualização. A

contextualização, dessa forma, imprime significados e relevância aos conteúdos

escolares. À interdisciplinaridade caberá a explicitação dos conteúdos

contextualizados.

A contextualização aponta para a necessidade de se trabalhar os

conteúdos, ultrapassando a realidade do aluno, pois, do contrário, incorre no risco

de proporcionar um esvaziamento dos conteúdos. É necessário transpor o

contexto do aluno, enfocando situações históricas, sociais, culturais, éticas que se

imbricam na produção do conhecimento e uma prática social refletida, diz

Zacharias (2007).

Ao lado da interdisciplinaridade e contextualização a problematização deve

ser considerada, como nos lembra Pozo (1998)

um dos veículos mais acessíveis para levar os alunos a aprender a aprender é a solução de problemas [...] A solução de problemas baseia-se na apresentação de situações abertas e sugestivas que exijam dos alunos uma

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atitude ativa e um esforço para buscar suas próprias respostas, seu próprio conhecimento. O ensino baseado na solução de problemas pressupõe promover nos alunos o domínio de procedimentos, assim como a utilização de conhecimentos disponíveis, para dar resposta a situações variáveis e diferentes. Assim, ensinar os alunos a resolver problemas supõe dotá-los da capacidade de aprender a aprender, no sentido de habituá-los a encontrar por si mesmos as respostas às perguntas que os inquietam ou que precisam responder, ao invés de esperar uma resposta já elaborada por outros e transmitida pelo livro-texto ou pelo professor (POZO, 1998.p.9).

Isto posto, apresentamos a seguir, as bases filosóficas da tendência

progressista "crítico-social dos conteúdos" sob a qual esta instituição assenta

suas ações, considerando também as contribuições de Vygotsky.

3.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

A educação, na perspectiva da pedagogia histórico-crítica, é concebida

como “produção do saber”, pois o homem ao longo da história tornou-se capaz de

elaborar ideias, assimilar comportamentos e atitudes com base nos conceitos que

formulou na relação com o seu meio. O ensino, tomado como parte da ação

educativa, é visto como processo, no qual o professor é o produtor do saber e o

aluno consumidor. Ou ainda, o professor, detentor de competência técnica, é o

responsável pela transmissão e socialização do saber escolar, cabendo ao aluno

aprender os conteúdos para ultrapassar o saber espontâneo, de caráter empírico.

A educação em sentido restrito, a escolarizada propriamente dita, deverá

enfatizar o currículo escolar, a escrita e o conhecimento científico, e a escola será

a mediadora entre o saber popular e o saber erudito, vislumbrando a sua

superação. Segundo Saviani “pela mediação da escola, dá-se a passagem do

saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita”

(SAVIANI, 1991, p. 29). O saber popular seria o ponto de partida e o saber

científico o ponto de chegada. A igualdade para Saviani estaria no acesso ao

saber sistematizado, portanto, pelo ponto de chegada.

Neste sentido Saviani afirma que professor e aluno são agentes sociais na

medida em que são parceiros na solidificação de uma sociedade menos desigual

pelo direito de aquisição/reconstrução do conhecimento historicamente

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construído.

3.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM

Em Freire (2002) reitera-se a importância e a necessidade de se entender

a existência humana a partir de sua substancialidade, ou seja, o reconhecimento

de todos os homens como verdadeiros sujeitos históricos. Os atributos dados aos

homens não podem, assim, sobrepujar o dado mais importante da existência

humana: a sua presença no mundo como sujeito.

Em Vygotsky (1988)1 toma-se como referência, no desvelamento do

homem histórico, o ambiente cultural onde ele nasce e se desenvolve. Na

abordagem vygotskyana o processo de construção do conhecimento ocorre

através da interação do sujeito historicamente situado com o ambiente sócio-

cultural onde vive. A educação deve, nessa perspectiva, tomar como referência

toda a experiência de vida própria do sujeito.

Neste sentido, o Colégio Cyríaco Russo, a partir do construto destes dois

autores, concebe o aluno como sujeito socialmente inserido num meio

historicamente construído. O meio social do aluno e visto como veiculador da

cultura, desta forma constitui-se também em fonte de conhecimento. Nesse

sentido, respeitar-se-á o aluno enquanto ser histórico e o seu meio como gerador

da cultura, sem, no entanto, perder de vista a superação dos saberes do senso

comum vislumbrando a aquisição dos saberes científicos historicamente

construídos.

3.3 CONCEPÇÃO DE MUNDO

A contradição é a essência da dialética. Esta instituição ao buscar a

concepção de mundo que pautasse suas expectativas, considerou aquela que

1 VYGOTSKY, L. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos

superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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traduzisse a dimensão dialética. Para tanto, considera os seguintes princípios, ou

leis, da Dialética conforme quadro a seguir:

1º Princípio

Tudo se relaciona: princípio da totalidade

2º Princípio

Tudo se transforma: princípio do movimento

3º Princípio

Mudança qualitativa:

princípio da não repetição

4º Princípio

Unidade e luta dos contrários: princípio da

contradição

A natureza se apresenta como um todo onde objetos e fenômenos são ligados entre si, condicionando-se reciprocamente. Essa compreensão da totalidade significa não só que as partes se encontram em conexão entre si e com o todo, mas também que o todo não pode ser petrificado na abstração situada por cima das partes, visto que o todo se cria a si mesmo na interação das partes.

A natureza e a sociedade não são realidades acabadas, mas em contínua transformação, jamais estabelecidos definitivamente.

A mudança das coisas não se realiza num processo de eterna repetição. Esta mudança qualitativa dá-se pelo acúmulo de elementos quantitativos que num determinado momento produzem o qualitativamente novo.

A transformação das coisas só é possível porque no seu interior coexistem forças opostas tendendo simultaneamente à unidade e à oposição. A contradição é a essência da dialética.

Princípios da Dialética

3.4 CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA E SOCIEDADE

Conceituar história, cultura e sociedade a partir do entendimento do

conceito de Materialismo Histórico foi uma necessidade apontada no coletivo da

escola em razão do que prescreve a SEED. O materialismo diz respeito à teoria

que atribui à realidade material o sentido e explicação da realidade; concebe a

realidade explicada e entendida a partir de uma relação dinâmica e contraditória

de vários processos que dão origem a novas realidades. Segundo os princípios

do Materialismo Histórico a maneira ou modo como uma sociedade realiza a

produção da vida material (bens culturais e serviços) interfere e define o processo

social, a política, a produção intelectual em geral. Desta forma as manifestações

do pensamento humano surgem a partir da estrutura econômica da sociedade.

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De acordo com Russ (1994)

As relações sociais e culturais se auto definem e são influenciadas pelo modelo econômico. Os fenômenos econômicos explicam todos os outros aspectos da sociedade. A estrutura econômica definida nas relações de produção e forças de produção forma a infra-estrutura de uma sociedade, e sobre esta se organiza a superestrutura, ou seja, todo o arcabouço de explicações, ideias, definições, conceituações, organismos e instituições. A superestrutura representa, justifica, reproduz e promove a estrutura econômica ou infraestrutura. As maneiras de pensar se explicam pelas relações econômicas e sociais (RUSS,1994).

A escola é, potencialmente, uma superestrutura que pode estar a serviço

de estruturas injustas ou a serviço da contestação destas estruturas. É uma

questão de opção política que pode legitimar mecanismos de coerção social ou

rompimento com os mesmos.

Severino (1994) entende que as mudanças sociais são fruto de uma

permanente luta de contrários, mas podem ser aceleradas com atuação

consciente dos homens, através de uma vinculação comprometida do

pensamento à prática social no sentido de desvelar as contradições da realidade

(SEVERINO, 1994).

Com base nos princípios do Materialismo Histórico esta instituição

buscará, em todas as disciplinas, intermediar a análise das mudanças sociais

acima mencionadas abrindo o horizonte de expectativas dos alunos para que

nelas possam interferir quando possível.

3.5 CONCEPÇÃO DE GESTÃO

No epicentro da gestão escolar, norteada pelos princípios democráticos,

está a busca incessante pela melhoria da qualidade de ensino. Todos os esforços

do coletivo da escola devem primar pela valorização do trabalho desenvolvido

pelos profissionais da educação gerindo mecanismos que efetivem esta

qualidade. No entanto, ele precisa ser balizada pelos princípios da democracia,

da igualdade, da universalidade e da laicidade.

Para que este objetivo-mor seja alcançado é de fundamental importância a

compreensão dos limites e possibilidades da ação diretiva e o conhecimento de

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novas práticas e experiências, novas tecnologias e novos métodos da gestão da

escola pública como resposta a uma concepção democrática e dialógica.

Segundo Canário (1996)

O acesso a novas experiências e aos resultados a que a investigação vem chegando, devem corresponder a um recurso fundamental das escolas quando se pretende promover a substituição de práticas de organização e gestão baseadas fundamentalmente na reprodução de hábitos adquiridos, por uma prática refletida, geradora de soluções inovadoras (CANÁRIO, 1996).

A partir da década de 80 a prática reflexiva tem sido incentivada como meio

eficaz de rever conceitos e práticas, antever fenômenos e situações que

requeiram a tomada de decisões já previstas em lei, isso porque a Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional prescreve como função dos sistemas de ensino a

regulamentação da gestão democrática nos termos do artigo 3º, inciso VIII:

“gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos

sistemas de ensino” e complementa no artigo 14: “os sistemas de ensino definirão

normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo

com as suas peculiaridades (...)”.

Esta instituição, após analisar as suas peculiaridades, definiu como prática

na perspectiva de gestão democrática o pré-conselho/conselho de classe com a

participação de alunos, a fomentação da atuação de professores tutores e líderes

de turma, a realização de reuniões periódicas com a Equipe Pedagógica, Agentes

Educacionais, APMF, Conselho Escolar e a manutenção de uma urna no pátio

onde os alunos podem apresentar suas denúncias, críticas, sugestões e elogios.

Outra prática que merece destaque está para a tomada de decisões

importantes que interferirão na rotina do processo educativo. Sempre que estas

decisões se fazem necessárias, todo o coletivo é acionado e, enquanto a

totalidade não é consultada, a decisão é postergada.

3.6 CONCEPÇÃO DE TRABALHO

Estudos recentes, final do século XX e início do século XXI, têm apontado

o conceito de trabalho na vertente marxista. Segundo Luckacs (1981):

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o trabalho é uma dimensão ineliminável da vida humana, isto é, uma dimensão ontológica fundamental, pois, por meio dele, o homem cria, livre e conscientemente, a realidade, bem como o permite dar um salto da mera existência orgânica à sociabilidade (LUCKÁCS, 1981, p.12).

O homem possui a capacidade potencial de realizar-se como ser livre e

universal, ao efetivar-se, no curso da História, ao mesmo tempo em que dá rumos

à sua existência. Isso quer dizer que o homem está em um constante processo

de autoconstrução possibilitada por sua atividade essencial, o trabalho.

Nesta perspectiva, esta instituição reitera o pensamento de Marx quando

afirma que:

é por meio dessa atividade vital, que o homem objetiva o seu espírito no mundo e materializa em objetos suas inquietações, idéias e sentimentos, resultando daí os bens materiais necessários à existência, bem como toda a riqueza social, descrita como a objetivação do trabalho” (MARX, 2004, p. 80).

O trabalho modifica o meio que o circunda e, ao modificá-lo, cria uma nova

realidade, da qual os demais homens usufruem, engendrando assim um feixe de

relações sociais. É nessa estreita relação com a natureza e os demais homens,

mediada pelo trabalho, que o ser humano constrói sociedades, reconfigura a

história e, simultaneamente, molda a sua essência.

O trabalho humano, em sua essência, difere-se substancialmente da

atividade produtiva dos demais seres vivos porque ele envolve consciência,

vontade e um comportamento próprio de seu gênero; ao trabalhar, o homem não

realiza uma mera atividade animal, instintiva, para satisfazer suas necessidades

imediatas. O homem, tomado de racionalidade que lhe é peculiar, pensa, planeja

e imprime sentido a tudo o que faz. É essa capacidade que diferencia a atividade

produtiva humana da mera atividade animal. Enquanto este produz sob o domínio

da carência física, o homem produz universalmente, embora seja com base na

sua condição objetiva que produza.

Neste sentido o simples ato de estudar sintetiza os princípios da produção

vistos nesta ótica. Essa produção da vida por meio do trabalho não deve ser

compreendida como uma mera reprodução da existência física dos homens. Ela

é, antes, um determinado modo de vida dos indivíduos, o ato de exteriorização de

sua vida, ou seja, a vida dos homens em cada época histórica coincide com a sua

produção; os homens são aquilo que eles fazem de si mesmos pelo trabalho.

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3.7 CONCEPÇÃO DE ESCOLA

O conceito de escola pode ser definido pela sua tarefa primordial, qual seja,

a difusão do conhecimento científico historicamente construído. Estes

conhecimentos integram-se na rotina da escola, no entanto são indissociáveis das

realidades sociais. Cumpre ainda à escola contribuir para eliminar a seletividade

imposta pela sociedade e torná-la democrática. Se a escola é parte integrante do

todo social, agir dentro dela é também agir no rumo da transformação da

sociedade.

Na perspectiva histórico-crítica dos conteúdos Saviani (2003) lembra que:

a condição para que a escola sirva aos interesses populares é garantir a todos um bom ensino, isto é, a apropriação dos conteúdos escolares básicos que tenham ressonância na vida dos átimos. Entendida nesse sentido, a educação é uma atividade mediadora no seio da prática social global, ou seja, uma das mediações pela qual o aluno, pela intervenção do professor e por sua própria participação ativa, passa de uma experiência inicialmente confusa e fragmentada (sincrética), a uma visão sintética, mais organizada e unificada (sintética) (SAVIANI,2003).

Em síntese, a atuação da escola consiste na preparação do aluno para o

mundo adulto e suas contradições, fornecendo lhe um instrumental, por meio da

aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e

ativa na democratização da sociedade.

3.8 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

A concepção de cidadania só pode ser compreendida a partir do conceito

de democracia, pois há entre estas duas realidades uma estreita afinidade, pois

perpassam pelas duas exigências básicas de vida em sociedade: o conhecimento

dos direitos e cumprimento dos deveres que legitimam o equilíbrio necessário

entre os interesses individuais e o interesse público. Desta forma, ao longo da

história a cidadania vem se afirmando e se consolidando com a conquista de

direitos, quais sejam, os direitos políticos, os econômicos e sociais.

Tomamos aqui democracia como “regime que assegura a igualdade, a

participação coletiva de todos na apropriação dos bens coletivamente criados”

(COUTINHO, 2000), pois esta instituição entende que a desigualdade que

permeia as relações nem sempre assegura os direitos do cidadão, desta forma

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buscará articular mecanismos que minimizem as evidências das diferenças, pelo

respeito e tolerância. Para tanto, nas discussões das semanas pedagógicas

definiu-se que o Projeto Gentileza gera Gentileza pode intermediar a formação de

conceitos para efetivação da cidadania.

3.9 CONCEPÇÃO DE CULTURA E CURRÍCULO

“O currículo não é um conceito, mas uma construção cultural. Isto é, não se trata de um conceito abstrato que tenha algum tipo de existência fora e previamente à experiência humana. É, antes, um modo de organizar uma série de práticas educativas” (GRUNDY, 1987)

Existe uma relação de inegável interdependência entre cultura, currículo,

conhecimento e conteúdos de ensino. Ao estabelecermos a estreita relação que

percebemos entre cultura e currículo, relação esta já anunciada por Grundy (1987

apud SACRISTÁN, 2000, p.14) recorremos ao dicionário Aurélio (s.d) destacando

apenas as definições que julgamos pertinentes:

Cultura. [Do lat. cultura]. S.f. [...] 3. O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade; civilização: a cultura ocidental; a cultura dos esquimós. 4. O desenvolvimento de um grupo social, uma nação, etc., que é fruto do esforço coletivo pelo aprimoramento desses valores; civilização, progresso: A Grécia do séc. V a. C atingiu o mais alto grau de cultura de sua época. 5. Atividade e desenvolvimento intelectuais; saber, ilustração, instrução: Ministério da Educação e Cultura; a cultura do espírito. 6. Apuro, esmero, elegância [...] (p.409).

A abrangência significativa de cultura contrapõe-se à restrição significativa

do termo currículo. O mesmo dicionário assim o define: “Currículo. [Do

lat.curriculu]. S.m. 1. Ato de correr. 2. Atalho, corte. 3. Bras. Parte de um curso

literário. 4. Bras. As matérias constantes de um curso”. (p.412).

No viés que buscaremos assentar nossas reflexões destacamos a análise

apresentada por Saveli (2001) para o vocábulo cultura para estabelecermos as

aproximações com o currículo. Segundo a autora, todas as definições imputadas

pela metalinguagem são pertinentes e apoiam-se em dois polos básicos: um de

caráter individual e outro de caráter coletivo. A cultura assim, ao mesmo tempo,

assenta-se numa acepção puramente descritiva e objetiva desenvolvida pelas

ciências sociais contemporâneas, podendo ser considerada como o conjunto dos

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traços característicos do modo de vida de uma sociedade, de uma comunidade

ou de um grupo; e, numa acepção individual, a cultura desarticula-se na relação

dos indivíduos entre si e percebe-se num contexto unilateral, ou seja, refere-se à

cultura do espírito no qual o indivíduo se banha de uma tradição cultural que ele

herda e do qual os outros, seus contemporâneos, são os herdeiros e as

testemunhas (SAVELI, 2001, p.7-8).

Tomando os conceitos anteriormente apresentados como complementares

e não contraditórios, posicionamento este também adotado por Forquin (1993) ao

afirmar que certos aspectos da cultura que, são reconhecidos como podendo ou

devendo dar lugar a uma transmissão deliberada e, mais ou menos

institucionalizadas, enquanto outros constituem objetos de aprendizagens

informais e outros tantos, enfim, que não sobrevivem ao envelhecimento de

gerações e não conseguem deixar marcas no tempo. Desse modo “falar de

transmissão cultural supõe, então, sempre, em qualquer nível, a ideia de uma

permanência (pelo menos seletiva), e a ideia de um valor, ou de uma excelência.”

(FORQUIN,1993, p.11). Assim sendo, o autor define cultura como

um patrimônio de conhecimentos e de competências, de instituições, de valores e de símbolos, constituído ao longo de gerações e característico de uma comunidade humana particular, definida de modo mais ou menos amplo e mais ou menos exclusivo (FORQUIN, 1993, p. 12).

Partindo dessa polarização conceitual de cultura, concordamos com

Forquin (1993) ao ponderar que a cultura simultaneamente

pode ser compreendida como herança coletiva, patrimônio cultural e espiritual trazendo em seu bojo uma face pluralista que norteia a idéia de que o essencial daquilo que a educação transmite, ou deveria transmitir, transcende as fronteiras entre os grupos humanos e os particularismos psicológicos; advém de uma memória coletiva e de um destino comum a toda a humanidade (FORQUIN 1993, p. 15)

No construto reflexivo de Pérez Gómez (1998) encontramos que

a cultura não é um conjunto de determinações e normas claras e precisas, é antes de mais nada, um conglomerado aberto de representações e normas de comportamento que contextualizam a rica, mutante e criadora vida dos membros de uma comunidade e que vai se ampliando, enriquecendo e modificando precisamente como conseqüência da vida inovadora daqueles que atuam sob o guarda-

chuva de sua influência. (PÉREZ GOMÉZ,1998, p. 60 - 61).

Revisitando Saveli (2001) concordamos que o currículo, nesta perspectiva,

deva ser tomado, então

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não como a soma bruta de tudo o que pode ser vivido, pensado, produzido pelos homens desde o começo dos tempos, mas como aquilo que, ao longo do tempo, pôde aceder como valor e significado social, cristalizando-se nos saberes cumulativos e controláveis, nos sistemas de símbolos inteligíveis, nos instrumentos aperfeiçoáveis, nas obras admiráveis [...] Através de um trabalho docente a cultura se transmite e se perpetua. Assim, educação e cultura são duas faces, rigorosamente recíprocas e complementares, de uma mesma realidade (SAVELI, 2001, p. 11).

Avançando nesse raciocínio concordamos com Reboul (apud SAVELI,

2001) quando afirma que “a educação é o conjunto dos processos e dos

procedimentos que permitem à criança humana chegar a um estado de cultura,

sendo a cultura o que distingue o homem do animal”; considerando ainda que, o

currículo seja a materialização da seleção de conhecimentos que garantirão a

educação das gerações que passam pela educação escolarizada, é que

reafirmamos a estreita relação entre cultura e currículo.

3.10 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E CONTEÚDOS DE ENSINO

A visão de conhecimento está vinculada às visões de homem e de mundo.

O conhecimento escolar deve se apoiar na realidade concreta do aluno, sendo

assim, ele não é um produto pronto e acabado.

A escolha dos conteúdos, portanto, não é uma escolha “do gosto do

professor” ou “da imposição dos conteúdos por eles mesmos” ou da “vida

pregressa dos alunos”. A escolha dos conteúdos deve estar intimamente ligada

aos grandes problemas enfrentados na prática social.

Os conteúdos de ensino são, segundo Libâneo (1985), os bens culturais

universais que se constituíram em domínios de conhecimento relativamente

autônomos, incorporados pela humanidade, mas permanentemente reavaliados

face às realidades sociais. Embora se aceite que os conteúdos são realidades

exteriores ao aluno, que devem ser assimilados e não simplesmente reinventados,

eles não são fechados e refratários às realidades sociais. Desta forma, não basta

que os conteúdos sejam apenas ensinados, ainda que bem ensinados, é preciso

que se liguem, de forma indissociável, à sua significação humana e social.

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3.11 CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO

O termo letramento, hoje associado à pesquisadora Magda Becker Soares

(2003) teve seu conceito ampliado nas últimas décadas a partir da distinção do

mesmo em relação ao termo alfabetização. Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar

a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e

façam parte da vida do aluno. Neste sentido, o letramento compreende tanto a

apropriação das técnicas para a alfabetização quanto o convívio e hábito de

utilização da leitura e da escrita.

A pesquisadora considera ainda a possibilidade de uma pessoa ser

alfabetizada e não ser letrada e vice-versa. Segundo Magda Soares “No Brasil as

pessoas não leem. São indivíduos que sabem ler e escrever, mas não praticam

essa habilidade e alguns não sabem sequer preencher um requerimento.”

Paralelamente existem pessoas que conhecem e fazem distinção entre gêneros

textuais diversos e dominam a sua estrutura, mas não foram alfabetizados.

Esta instituição de ensino entende que além de alfabetizar precisa dar

condições para o letramento de seus alunos e, em razão disso a APMF investiu

recursos nas instalações da biblioteca, provendo seus alunos com bancadas de

estudo, cadeiras ergométricas, acervo atualizado e disponibilização de funcionário

responsável nos três turnos.

3.12 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

O termo tecnologia, de forma ampla, tem sido usado para designar todo o

aparato criado pelo homem para expandir seus domínios e tornar o seu trabalho

mais fácil pelo melhor aproveitamento do tempo. No entanto, vale ressaltar que o

termo não se restringe apenas ao instrumento, ferramenta ou equipamento

tangível. Tecnologia também agrega realidades intangíveis, como procedimentos,

métodos, técnicas, algoritmos e linguagens. Enfim, todo o conhecimento utilizado

na produção dos aparatos tecnológicos configura-se como tecnologia.

De uma maneira simples pode-se elencar algumas grandes revoluções

tecnológicas que tiveram enorme impacto na educação, segundo Chaves (1999):

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A Invenção da Fala, que permitiu o surgimento da educação como diálogo pessoal e individualizado. Sócrates é o principal educador a representar esse estágio de desenvolvimento tecnológico. A Invenção da Escrita Alfabética, que representa os sons e não os objetos e que permitiu o surgimento da correspondência e do livro manuscrito e, portanto, o aparecimento da educação a distância. A Invenção da Impressão Tipográfica, que permitiu a criação do livro impresso e que criou condições para a educação em massa e, portanto, para a criação da escola moderna. A Invenção do Computador e da Comunicação Digital, que permitiu o surgimento da Internet e, com ela, de multimídia, isto é, pessoas em contato umas com as outras e com a informação num ambiente interativo que incorpora som (como a voz humana), imagem, e texto e que, portanto, torna possível educação presencial e a distância que é ao mesmo tempo personalizada e individualizada e em massa (CHAVES, 1999).

Com o aparecimento da multimídia tornou-se possível a criação de novos

espaços, tempos e ambientes presenciais e virtuais de aprendizagem. O caráter

inovador de multimídia, do ponto de vista da educação, não está na forma de

aprender por ela viabilizada (aproveitamento do som, do texto escrito, e a

imagem), mas na dialogicidade virtual global mediada pelo som, texto escrito e

imagem. O que implica dizer que, se a dialogicidade não estiver presente, a

utilização da multimídia perde-se na ausência de objetivos pré definidos.

Nosso desafio é integrar a multimídia sem que se perca de vista o foco do

processo ensino aprendizagem que deve ser mediado pelo professor e não pelo

aparato tecnológico.

Esta instituição utiliza a TV Paulo Freire, TV pen drive, laboratório de

informática com acesso à internet, vídeos e data show. Para garantir a segurança

dos alunos, professores e funcionários foram instaladas câmeras em pontos

estratégicos. Vale citar ainda o grande avanço garantido pelo uso de

computadores e internet na sistematização das informações e registros de cunho

administrativo que viabilizam tomadas de decisões pedagógicas.

3.13 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Segundo Vygotsky, o homem se produz na e pela linguagem, na interação

com outros sujeitos. Formas de pensar são construídas por meio da apropriação

do saber da comunidade na qual está inserido o sujeito numa estreita relação

entre homem e mundo. Esta relação é mediada por alguns elementos que

auxiliam nas atividades humanas. Estes elementos de mediação são os signos e

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os instrumentos. O trabalho humano, que une a natureza ao homem e cria, então,

a cultura e a história do homem, desenvolve a atividade coletiva, as relações

sociais e a utilização de instrumentos. Os instrumentos são utilizados pelo

trabalhador, ampliando as possibilidades de transformar a natureza, sendo assim,

um objeto social.

Para Tozoni (2004)

A valorização dos conhecimentos, contextualizados histórico e socialmente como verdades em movimento, como instrumentos mediadores da relação dialética homem natureza, fornecidos e modificados pela cultura, está no fato de serem considerados por diversos autores (como Vygotsky e Saviani) produtos e produtores sociais. A apropriação desses conhecimentos (considerados, assim, não-neutros), pelo capitalismo (como ciência e tecnologia) em benefício do capital numa lógica exploratória degradante, é vista como ferramenta do processo de humanização e, certamente de transformação social.

Esse mecanismo proposto por Tozoni (2004) exemplifica o mecanismo de

ensino e aprendizagem na perspectiva dialética onde professores e alunos

ensinam à medida que aprendem.

3.14 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A avaliação não é um processo meramente técnico, pois implica num

posicionamento político e inclui valores e princípios. Neste sentido, entendemos

que o desafio da escola pública foi e, continua sendo, o do avanço na direção do

desvelamento dos princípios que vêm norteando e permeando as práticas

avaliativas.

Ao longo do tempo, houve alterações quanto à concepção de avaliação

subjacente à legislação: inicialmente, consistia em julgar o desempenho do aluno,

de forma imparcial e objetiva, computando acertos e erros apresentados nas

questões de provas e exames; posteriormente, a avaliação da aprendizagem

como procedimento de julgar o desempenho do aluno passou a se basear em

critérios expressos nos objetivos previstos a ser realizada de forma ampla e

contínua.

O conceito de avaliação de aprendizagem, que tradicionalmente tem como

alvo o julgamento e a classificação do aluno, e ainda persiste na prática de alguns

profissionais necessita ser redirecionado, pois a competência ou incompetência

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do aluno resulta, em última instância, da competência ou incompetência da

escola. A avaliação escolar, portanto, não pode restringir-se a um de seus

elementos, de forma isolada. Importa, pois, enfatizar a relação entre avaliação da

aprendizagem e avaliação do ensino, considerando-se o desempenho do aluno

de forma relacionada com o desempenho do professor e com as condições

contextuais da própria escola.

No início de cada ano letivo, os professores são orientados a expor aos

alunos os critérios segundo os quais serão avaliados e os riscos de acumular

faltas não justificadas. Uma vez conhecidos os critérios os professores devem

utilizar estratégias avaliativas diversificadas ponderando os valores atribuídos a

cada uma delas.

A recuperação de estudos é oportunizada a todos os alunos ao longo do

processo e não num momento pontual (recuperação diagnóstica e paralela), em

razão do baixo rendimento ou perda de avaliações. Muito embora se privilegie a

recuperação de conteúdos, ao aluno é oportunizada a substituição da nota.

3.15 CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência é um período

da vida, que começa aos 10 e vai até os 19 anos, e segundo o Estatuto da Criança

e do Adolescente começa aos 12 e vai até os 18 anos, onde acontecem diversas

mudanças físicas, psicológicas e comportamentais.

Estima que haja 1 bilhão de pessoas vivendo a adolescência, ou seja,

quase 20% da população mundial. No Brasil, somos cerca de 34 milhões de

adolescentes*, 21,84% da população total do país. Destes 34 milhões: 1,1 milhão

são analfabetos/as; 76,5% desses analfabetos/as se encontram no nordeste; 2,7

milhões de 07 a14 anos estão fora da escola (10% da faixa etária); 4,6 milhões de

10 a 17 anos estudam e trabalham; 2,7 milhões de 10 a 17 anos só trabalham;

desses dois grupos, 3,5 milhões trabalham mais de 40 horas semanais.

Partimos dessa exposição para apresentarmos a concepção de

adolescência porque “toda adolescência leva, além do selo individual, o selo de

meio cultural e histórico” (ABERASTURY, 1981, apud OZELLA, 2007).

O adolescente formado nesta instituição leva consigo “a juventude eterna,

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notavelmente idêntica a si própria no decurso dos séculos (DEBESSE, 1946, apud

OZELLA, 2007) e seus formadores estão atentos às transformações decorrentes

desta fase de vital importância, uma vez que os conceitos formados poderão

definir o devir.

MARCO OPERACIONAL

Muitos são os desafios com os quais os profissionais da educação

deparam-se no dia-a-dia no sentido de operacionalizar o ideário sobre o qual se

assentam as bases da escola pública no país cuja função social é possibilitar

acesso e emancipação humana e transformação social através da aquisição de

saberes historicamente sistematizados pela humanidade.

Sistematizar as ações que expressassem as concepções descritas no

marco conceitual deste documento exigiu um esforço coletivo em interpretar

questões evidenciadas nas discussões realizadas. A participação dos atores da

escola é uma exigência na construção do PPP, como nos lembra Veiga (1995):

a participação é elemento inerente à consecução dos fins, em que se busca e se deseja práticas coletivas e individuais baseadas em decisões tomadas assumidas pelo coletivo escolar, exige-se da equipe diretiva, que é parte desse coletivo, liderança e vontade firme para coordenar, dirigir e comandar o processo decisório como tal e seus desdobramentos de execução. Liderança, firmeza no sentido de encaminhar e viabilizar decisões com segurança, como elementos de competência pedagógica, ética e profissional para assegurar as decisões tomadas de forma participativa e respaldadas, técnica, pedagógica e teoricamente sejam cumpridas por todos. (VEIGA, 1995, p.45)

A construção do PPP, independente da nomenclatura utilizada, deve ser

elaborado pelos sujeitos envolvidos no processo educativo da escola em ato

deliberativo, sendo resultado de um processo complexo de discussões e debates,

cuja concepção requer tempo, estudo, reflexão e aprendizagem de trabalho

coletivo.

De acordo com Veiga

O projeto político pedagógico, como projeto/intenções, deve constituir-se em tarefa comum da equipe escolar e, mais especificamente, dos serviços pedagógicos (Supervisão Escolar e Orientação Educacional). A

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esses cabe o papel de liderar o processo de construção desse projeto pedagógico. Se, por um lado, a coordenação do processo de construção do projeto pedagógico é tarefa do corpo diretivo e da equipe técnica, por outro, é co-responsabilidade dos professores, dos pais, dos alunos, do pessoal técnico-administrativo e de segmentos organizados da sociedade local, contando, ainda, com a colaboração e a assessoria efetivas de profissionais ligados à educação (1998, p.31).

Em linhas gerais as ações pensadas pautaram-se em referencial teórico

disponibilizado pela SEED para as semanas pedagógicas. Desta forma, o

entendimento que o coletivo desta instituição tem de Projeto Político Pedagógico,

está em consonância com o apontado por Libâneo (2001, p.125). Segundo ele o

projeto pedagógico “deve ser compreendido como instrumento e processo de

organização da escola”, tendo em conta as características do instituído e do

instituinte.

Segundo Vasconcellos (1995, p.85), o projeto pedagógico é:

Um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar ação de todos os agentes da instituição.

O projeto político-pedagógico, enquanto um dos principais instrumentos

estratégicos de realização de reforma da educação escolar prescrita na lei de

diretrizes e bases 9.394/96, tornou-se uma das tarefas dos estabelecimentos de

ensino. Como bem nos sintetizou Cardeiro (1998) o inciso I do artigo 12

estabelece que cada escola deverá “elaborar e executar sua proposta

pedagógica”. Já no inciso VII do mesmo artigo especifica-se outra incumbência

para os estabelecimentos de ensino: dar aos pais e responsáveis pelos alunos

informações sobre a execução de sua proposta pedagógica. No artigo 14

estabelece por meio dos seus incisos, para os professores que “participação dos

profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola.”

(CARDEIRO,1998, p.73)

Nesse sentido é que o PPP não é apenas uma listagem de objetivos e

metodologias estanques concebidos por seus gestores, uma vez que a

administração escolar está longe de ser simplesmente a gerenciadora de

processos burocráticos estrategicamente planejados, mas deve se fazer presente

desde a sensibilização e mobilização, passando pela construção coletiva até

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chegar à execução da proposta. Para Pacífico (2007)

A gestão democrática nas escolas requer, pois, participação coletiva viabilizando os procedimentos de gestão, capazes de propiciar o comprometimento dos envolvidos; decidir e implementar as idéias acordadas; estabelecer procedimentos institucionais adequados à igualdade de participação; articular interesses coletivos, de forma a melhorar o projeto pedagógico; estabelecer mecanismos de controle das ações efetivadas e desenvolver um processo de comunicação claro e aberto entre as comunidades escolar e local. A gestão democrática do ensino e da escola assegura o direito de todos à educação, fortalece a escola como instituição, e contribui para a redução das desigualdades sociais, éticos e culturais. (PACÍFICO, 2007)

Vale lembrar que a elaboração do projeto político pedagógico, dentro do

princípio da autonomia, passa por dois momentos cruciais, que aqui chamaremos

de níveis: a organização da escola com um todo e a organização da sala de aula,

incluindo sua relação com o contexto social imediato, procurando preservar a

visão de totalidade.

A autonomia dada à escola, no entanto, não a desobriga de conhecer os

desígnios constitucionais e o princípio da gestão democrática, a LDB nº9394/96,

os dispositivos do Estatuto da Criança e do Adolescente nº 8069/1990, a

Resolução nº 04/2010 – CEB/CNE que define as Diretrizes Curriculares Nacionais

Gerais para a Educação Básica, a Resolução nº 07/2010 – CEB/CNE que fixa as

Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de 9 anos; a Deliberação nº

14/1999 que normatiza a elaboração do Projeto Político Pedagógico/Proposta

Pedagógica; a Deliberação nº 16/1999 que normatiza a elaboração do Regimento

Escolar.

A principal possibilidade de construção do projeto político-pedagógico

passa pela relativa autonomia da escola, de sua capacidade de delinear sua

própria identidade. Isto significa resgatar a escola como espaço público, lugar de

debate, diálogo, fundado na reflexão coletivo. Portanto, é preciso entender que

projeto político-pedagógico da escola dará indicações necessárias à organização

do trabalho pedagógico, que inclui o trabalho do professor na dinâmica interna da

sala de aula e do gesto que deve ter uma visão globalizada do processo educativo.

Após estudos com os diversos segmentos da comunidade escolar para

composição do PPP, algumas questões levantadas exigiram tomadas de medidas

pontuais; outras, no entanto, clamavam pela criação de estratégias metodológicas

que só poderão ser avaliadas ao longo do processo educativo em anos

subsequentes, o que exigirá realimentação do presente documento.

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Para as ações que passaremos a descrever um desafio se apresenta: o

enfrentamento das amarras que tem impedido profissionais que, mesmo

participando de uma formação continuada, não se sentem co-responsáveis pelo

sucesso e fracasso do processo educativo, escondendo-se muitas vezes em

justificativas como a proposição de políticas públicas que não valorizam o trabalho

do professor, culpabilizando-os pelas falhas do próprio governo, mais

especificamente da SEED, falta de recursos, desinteresse dos alunos, jornada

excessiva, baixos salários, entre outros. Parece estar longe o dia para que muitos

percebam as exigências da sua profissão e assumam as responsabilidades dela

inerentes, quais sejam, proporcionar uma educação de qualidade aos alunos

possibilitando a estes a melhoria da qualidade de vida; evidenciar, na prática,

valores éticos da cidadania.

Hoje a escola que temos não é, ainda, a escola que atende as reais

necessidades de seus alunos, mas a que queremos deve se traduzir nos objetivos

fixados, utilizar metodologias coerentes e, utopicamente, revelar o sonho de uma

escola ideal, que crie oportunidade para todos equitativamente, que tenha

qualidade pedagógica e social, que prime pela igualdade de direitos. Uma escola

que forme cidadãos críticos, conscientes de seus direitos e deveres,

comprometidos com a coletividade, bons profissionais nas atividades que

optarem, éticos e responsáveis pela vida do outro e do planeta.

A escola que queremos e, acima de tudo, devemos construir, é a que forma

bons leitores de mundo emancipados, que saibam utilizar o conhecimento escolar

na vida cotidiana, efetivando assim, sua inserção na vida social e comunitária. A

escola que queremos é, efetivamente, o espaço propenso para o respeito às

diferenças de quaisquer naturezas, pelo respeito dos direitos humanos hoje tão

fragilizados. Enfim, a escola que queremos não anula o indivíduo, mas propõe,

pela convivência harmoniosa, a redescoberta das inúmeras vantagens

decorrentes do trabalho cooperativo, isso porque atualmente a humanidade está

voltada para o desenvolvimento científico-tecnológico, desconsiderando os

valores humanos.

Diante do exposto identificou-se que as pessoas tornaram-se apáticas aos

problemas existentes na sociedade e, como consequência, não assumem seu

papel de cidadão. Contudo, a escola - enquanto instituição - preocupa-se em

resgatar sua verdadeira função: desenvolver no aluno atitudes, habilidades e

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valores que ampliem sua possibilidade presente e viabilizem sua capacidade

plena de participação social.

Nesse sentido, frente aos desafios atuais, é necessário estabelecer

propostas e objetivos comuns, fruto do trabalho coletivo, que visem colaborar para

a construção de uma sociedade humanizada.

1. PERFIL DOS CURSOS OFERTADOS

1.1 PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

A proposta curricular do Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio

e Normal, caracteriza-se pela concepção dialética de educação, implicando uma

abordagem de aprendizagem que respeite tempos e espaços diferenciados,

associados ao desenvolvimento dos sujeitos.

A proposta curricular da escola faz opção pela concepção histórico-crítica-

social dos conteúdos, uma vez que toma as contribuições de Dermeval Saviani e

João Luiz Gasparin, e a importância da mediação proposta por Vygotsky. Desta

forma, a Proposta Pedagógica Curricular se organiza a partir dos seguintes eixos:

Trato ético nas relações de diferentes naturezas do processo

pedagógico;

Socialização dos conhecimentos historicamente construídos;

Respeito aos conhecimentos culturais trazidos pelos alunos;

Práticas interdisciplinares;

Acesso às tecnologias disponíveis no espaço escolar;

Construção da cultura da pesquisa;

Desenvolvimento e prática da escrita, leitura nos diferentes gêneros

discursivos nas diferentes disciplinas;

Prática da oralidade pela preparação de temas polêmicos apresentados

em forma de seminário, mesa redonda, artes cênicas;

Inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais,

temporárias ou permanentes.

Preparação globalizada para a inserção no universo do trabalho e

universidade.

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1.1.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: 0240 - BANDEIRANTES

ESTABELECIMENTO: 00010 – CYRIACO RUSSO – C E – E MEDIO E NORMAL

ENDEREÇO: Rua Benjamin Caetano Zambon, 530 - Centro

TELEFONE: 43 3542-4136

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

CURSO: 0009 – Ensino Médio

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 TURNO: manhã/noite

FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / SÉRIE 1º 2º 3º

Arte

3 2 -

Biologia 2 2 2

Educação Física 2 2 2

Filosofia 2 2 2

Física 2 2 2

Geografia 2 2 2

História 2 2 2

Língua Portuguesa 3 3 3

Matemática 3 2 3

Química 2 2 2

Sociologia 2 2 2

Subtotal 25 23 22

PARTE

DIVERSIFI-CADA

L.E.M. - Espanhol * 4 4 4

L.E.M. - Inglês - 2 3

Subtotal 4 6 7

Total Geral 29 29 29

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Disciplina com matrícula facultativa, oferta no turno contrário no CELEM.

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1.2 FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES

INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

1.2.1 DADOS GERAIS DO CURSO

O referido curso funciona atualmente no período vespertino, a última turma

do período noturno teve sua conclusão no ano de 2013. As aulas são de 50

minutos, perfazendo uma carga horária nos quatro anos de 4800 h/a distribuídas,

em 200 dias letivos/ano na modalidade presencial. O módulo do curso é cumprido

em 40 semanas, cuja carga horária destinada aos estágios supervisionados

(práticas de docência) é cumprida em contraturno.

O curso pelo seu formato estrutural (matriz curricular, carga horária,

estágios) e pela metodologia utilizada (baseada no construto de Saviani e

Gasparin) busca propiciar ao aluno uma formação sócio-política-cultural que o

habilite a exercer, com êxito, a função docente nas séries iniciais do Ensino

Fundamental.

As atividades escolares propostas consolidam-se por meio do resgate de

valores éticos, como a integridade, liberdade, responsabilidade, respeito,

compromisso com o próximo e exercício dos deveres e direitos, aliados à

aquisição dos conhecimentos historicamente acumulados.

O desenvolvimento destas atividades escolares tem como principais

objetivos:

Tornar a escola um espaço de formação e informação;

Desenvolver no aluno o domínio de habilidades necessárias para a

compreensão e transformação da realidade, por meio da participação nas

relações culturais, políticas e sociais;

Possibilitar ao aluno uma experiência escolar coerente e bem sucedida,

favorecendo seu êxito no exercício do magistério pela compreensão de

referenciais teóricos que nortearão sua prática docente.

Neste sentido, o processo de escolarização dos futuros profissionais da

educação adquire um novo significado social e cultural, claramente expresso nos

princípios e fins da educação nacional, que estão inscritos nos termos da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, onde o educador compreende

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que os conhecimentos não podem ser simplesmente transferidos. Ensinar a

aprender, e aprender para ensinar é sempre um ato único e criativo. Exige um

esforço de construção e ressignificação através de uma atividade que é,

simultaneamente, teórica e prática, individual e coletiva.

1.2.2 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES

CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS

INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM NÍVEL MÉDIO, NA MODALIDADE NORMAL

COLÉGIO ESTADUAL CYRIACO RUSSO – ENSINO MÉDIO E NORMAL - 010

Matriz aprovada pelo Parecer 259/2013 – CEE em 10/07/2013 Ano de Implantação: 2014 Turnos: Diurno, Vespertino e Noturno Módulo: 40 - Carga Horária Total =4.800h/a e 4.000 h Implantação: GRADATIVA DISCIPLINAS Hora

Aula Hora

Relógio 1ª 2ª 3ª 4ª

BASE

NACIONAL

COMUM

ARTE 2 80 67 BIOLOGIA 3 120 100

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2 320 267 FILOSOFIA 2 2 2 2 320 267 FÍSICA 3 120 100

GEOGRAFIA 3 120 100

HISTÓRIA 2 2 160 133

LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA 2 2 2 3 360 300 MATEMÁTICA 2 2 2 2 320 267 QUÍMICA 2 2 160 133

SOCIOLOGIA 2 2 2 2 320 267

SUB-TOTAL 17 17 15 11 2400 2000 PD LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA 2 80 67

SUB-TOTAL 2 80 67 FORMAÇÃO ESPECÍFICA

CONCEPÇÕES NORTEADORA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

2 80 67

FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

2

80

67

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO

2 80 67

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

2 80 67

FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA

EDUCAÇÃO 2 80 67

LIBRAS 2 80 67

LITERATURA INFANTIL 2 80 67

METODOLOGIA DE ALFABETIZAÇÃO 2 80 67

METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE 2 80 67 METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS 2 80 67

METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO

FÍSICA 2 80 67

METODOLOGIA DO ENSINO GEOGRAFIA 2 80 67

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METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA 2 80 67

METODOLOGIA DO ENSINO DE

MATEMÁTICA 2 80 67

METODOLOGIA DO ENSINO DE LÍNGUA

PORTUGUESA 2 80 67

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

2 2 160 133

PRÁTICA DE FORMAÇÃO 5 5 5 5 800 666 TRABALHO PEDAGÓGICO DA EDUCAÇÃO

INFANTIL 2 2 160 133

SUB - TOTAL 13 13 15 19 2400 2000

TOTAL GERAL 30 30 30 30 4800 4000

1.3 FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES

INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

1.3.1 DADOS GERAIS DO CURSO

O referido curso funciona no período noturno. As aulas são de 50 minutos,

perfazendo uma carga horária de 3000 h/a distribuídas em dois anos e meio (cinco

semestres), em 100 dias letivos/semestre na modalidade presencial. O módulo do

curso é cumprido em 20 semanas/semestre, cuja carga horária destinada aos

estágios supervisionados (práticas de docência) é cumprida em contraturno.

O curso pelo seu formato estrutural (matriz curricular, carga horária,

estágios) e pela metodologia utilizada (baseada no construto de Saviani e

Gasparin) busca propiciar ao aluno uma formação sócio-política-cultural que o

habilite a exercer, com êxito, a função docente nas séries iniciais do Ensino

Fundamental.

As atividades escolares propostas consolidam-se por meio do resgate de

valores éticos, como a integridade, liberdade, responsabilidade, respeito,

compromisso com o próximo e exercício dos deveres e direitos, aliados à

aquisição dos conhecimentos historicamente acumulados.

O desenvolvimento destas atividades escolares tem como principais

objetivos:

Tornar a escola um espaço de formação e informação;

Desenvolver no aluno o domínio de habilidades necessárias para a

compreensão e transformação da realidade, por meio da participação nas

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relações culturais, políticas e sociais;

Possibilitar ao aluno uma experiência escolar coerente e bem sucedida,

favorecendo seu êxito no exercício do magistério pela compreensão de

referenciais teóricos que nortearão sua prática docente.

Neste sentido, o processo de escolarização dos futuros profissionais da

educação adquire um novo significado social e cultural, claramente expresso nos

princípios e fins da educação nacional, que estão inscritos nos termos da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, onde o educador compreende

que os conhecimentos não podem ser simplesmente transferidos. Ensinar a

aprender, e aprender para ensinar é sempre um ato único e criativo. Exige um

esforço de construção e ressignificação através de uma atividade que é,

simultaneamente, teórica e prática, individual e coletiva.

1.3.2 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES - APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS

DO ENSINO FUNDAMENTAL EM NÍVEL MÉDIO, NA MODALIDADE NORMAL – Aproveitamento de Estudos

COLÉGIO ESTADUAL CYRIACO RUSSO – ENSINO MÉDIO E NORMAL - 010

TURNO: DIURNO E NOTURNO

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010

IMPLANTAÇÃO GRADATIVA

MÓDULO: 20

DISCIPLINAS

SÉRIES semestrais

Hora aula

Hora relógio

1ª 2º 3º 4º 5ª

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO 3 3 120 100

FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO 3 3 - 120 100

FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO 3 3 - - 120 100

FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO 3 3 - 120 100

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

3 3 120 100

CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

2 2 - - 80 67

TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

3 3 2 - 160 134

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO 3 3 2 2 - 200 167

LITERATURA INFANTIL 2 2 80 67

FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E 2 3 100 84

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ADULTOS

METODOLOGIA DO ENSINO DE PORTUGUÊS / ALFABETIZAÇÃO

2 3 2 140 118

METODOLOGIA DO ENSINO D MATEMÁTICA 2 2 3 140 118

METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA 2 2 3 140 118

METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA 2 2 3 140 118

METODOLOGIA DE ENSINO DE CIÊNCIAS 2 2 3 140 118

METODOLOGIA DE ENSINO DE ARTE 2 2 3 140 118

METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 3 140 118

Sub-total 25 25 20 20 20 2200 1843

PRÁTICA DE FORMAÇÃO

5

5 10

10 10

800 667

TOTAL GERAL 30 30 30 30 30 3000 2510

2.SISTEMA DE AVALIAÇÃO

2.1 SISTEMA DE AVALIAÇÃO PARA O ENSINO MÉDIO E O CURSO

FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES

INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Esta instituição, conforme exposto em seu marco conceitual, percebe a

avaliação e recuperação de estudos de forma contextualizada e não em um

momento estanque, pontual, por isso, a diagnose, a avaliação propriamente dita,

a retomada de conteúdos e a reavaliação é realizada de forma contínua.

Ressalte-se ainda a relação que se faz entre a avaliação da aprendizagem

e avaliação do ensino, considerando-se o desempenho do aluno de forma

relacionada com o desempenho do professor e com as condições contextuais da

própria escola.

A avaliação deve ser entendida como parte do processo ensino e

aprendizagem, pois:

Indica ao professor o momento da aprendizagem dos alunos: os que já

aprenderam, os que não aprenderam, quais seus avanços, quais suas

dificuldades, dando possibilidade de intervenção no sentido da

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superação de possíveis dificuldades;

Permite ao aluno que se torne consciente do seu processo de

aprendizagem, perceba seus avanços e suas dificuldades e possa, em

conjunto com seu professor, buscar novos modos de resolver estas

dificuldades;

Indica ao professor a necessidade de rever seu planejamento e fazer

ajustes na sua prática docente.

Nesse sentido, a avaliação é contínua, exigindo observação sistemática

dos alunos, não apenas com relação ao domínio dos conceitos de conteúdos

específicos, mas também com relação ao desenvolvimento de competências e

habilidades.

Portanto, o aluno deve ser avaliado como um todo, em quaisquer situações

que envolvam aprendizagem. Sendo necessária a observação constante do

desempenho do aluno nos trabalhos de classe, extraclasse, estágios

supervisionados e pelo uso sistemático de procedimentos e instrumentos de

aferição da aprendizagem que se mostrem aconselháveis e, de aplicação

possível, em cada situação, observando-se os aspectos quantitativos e

qualitativos.

A recuperação de estudos é oportunizada ao longo do processo e não num

momento pontual (recuperação diagnóstica e paralela). Todos dos alunos têm

direito a realizar a avaliação de recuperação de estudos independente da nota

(seja superior ou inferior a 6,0), como também alguma avaliação que tenha

perdido a partir de justificativa plausível. Muito embora se privilegie a recuperação

de conteúdos ao aluno é oportunizada a substituição da nota.

O Regimento interno do estabelecimento prevê o cumprimento de 75% de

frequência, 200 (duzentos) dias letivos previstos durante o ano letivo. Deverão ser

ainda cumpridas as normas vigentes no Sistema Estadual de Ensino, no que diz

respeito

a) aos resultados de Avaliação expressos ao final de cada bimestre;

b) à apuração da assiduidade;

c) aos estudos de recuperação;

d) ao aproveitamento de estudos;

e) à atuação do Conselho de Classe.

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2.1.1 AVALIAÇÃO BIMESTRAL

A avaliação bimestral tem como objetivos:

Oportunizar aos alunos um espaço de tempo visando o conhecimento

do ambiente escolar e sua estrutura;

Possibilitar ao professor o estabelecimento de um relacionamento com

o aluno, conhecendo-o e analisando-o individualmente a partir dos

critérios avaliativos adotados;

Avaliar em função dos objetivos expressos nas Diretrizes Curriculares

Orientadoras da Educação Básica, Proposta Curricular da instituição em

consonância com o disposto na LDB 9394/96 e Plano de Trabalho

Docente;

A avaliação bimestral tem como funções:

Auxiliar o educando na compreensão de si mesmo, propiciando-lhe os

meios de detectar as próprias capacidades e limitações;

Fazer preponderar os aspectos qualitativos de aprendizagem, dando-se

maior importância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à

elaboração pessoal.

Avaliação deve ser diagnóstica, formativa e somativa com o propósito

de determinar a presença ou ausência de pré-requisitos, assim como

identificar possíveis causas de dificuldades de aprendizagem para

realização de intervenções necessárias, tendo em vista o avanço e o

crescimento do educando o que exige do educador uma postura

pedagógica clara e definida.

A avaliação de desempenho do aluno se dará em diferentes experiências

de aprendizagem com critérios claros e instrumentos diversificados tais

como: provas escritas (individuais ou em grupo); trabalhos escritos

(relatórios, pesquisas bibliográficas, entre outros), seminários, debates,

produção textual de gêneros diversos, estudos dirigidos, painéis, murais,

cartazes, pesquisas de campo, oficinas, leituras diversas, entre outros.

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77

A aferição de valor às tarefas apresentadas será realizada ao final de

cada período letivo (bimestre). É vedada a avaliação em que o

educando é submetido a uma única oportunidade de aferição.

O resultado da avaliação de aprendizagem do período letivo será

registrado em documentação própria, assegurada a regularidade da

vida escolar do aluno.

A nota dos períodos letivos será resultante da somatória de valores

atribuídos de cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos

em várias aferições.

Nesta proposta, a promoção resultará da combinação do resultado da

avaliação com o aproveitamento escolar do aluno, expresso na escala de

notas de zero a dez e apuração de 75% da assiduidade.

Será aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou superior a

75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período

letivo e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero)

resultante da média aritmética dos bimestres nas respectivas

disciplinas.

Será considerado reprovado o aluno que apresentar:

Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre total da

carga horária do período letivo e a média anual inferior a 6,0 (seis vírgula

zero);

Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da

carga horária do período letivo, com qualquer média anual.

O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e

cinco por cento) e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após

os Estudos de Recuperação.

Observação: Os casos acima mencionados serão submetidos à análise do

Conselho de Classe que deliberará sobre o resultado final.

A Média Final (MF) de Notas em cada disciplina corresponderá à somatória

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de 04 (quatro) notas bimestrais, resultantes das avaliações realizadas ao longo

do ano letivo:

MF = 1º BIMESTRE + 2º BIMESTRE + 3° BIMESTRE + 4° BIMESTRE = ou > 6,0

4

Em cada bimestre a nota será expressa em uma escala de 0 (zero) a 10,0

(dez vírgula zero), que ao final do ano será realizada a somatória das notas dos

quatro bimestres, dividido por quatro, resultando a média final, que deverá ser

igual ou superior 6,0 (seis virgula zero).

OBSERVAÇÃO: Para o ano letivo de 2016 ocorrerá Alteração no Sistema de

Avaliação Bimestral para Trimestral, de forma simultânea para o ENSINO MÉDIO

E O CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

E SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

2.1.2 AVALIAÇÃO TRIMESTRAL

A avaliação trimestral tem como objetivos:

Oportunizar aos alunos um espaço de tempo maior visando o

conhecimento do ambiente escolar, sua estrutura e funcionamento, bem

como melhor conhecimento de seus professores;

Possibilitar ao professor o estabelecimento de um relacionamento

efetivo com o aluno, conhecendo-o e analisando-o individualmente a

partir dos critérios avaliativos adotados;

Avaliar em função dos objetivos expressos nas Diretrizes Curriculares

Orientadoras da Educação Básica, Proposta Curricular da instituição em

consonância com o disposto na LDB 9394/96 e Plano de Trabalho

Docente;

A avaliação trimestral tem como funções:

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79

Auxiliar o educando na compreensão de si mesmo, propiciando-lhe os

meios e tempo maior para detectar as próprias capacidades e

limitações;

Fazer preponderar os aspectos qualitativos de aprendizagem, dando-se

maior importância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à

elaboração pessoal.

Avaliação deve ser diagnóstica, formativa e somativa com o propósito

de determinar a presença ou ausência de pré-requisitos, assim como

identificar possíveis causas de dificuldades de aprendizagem para

realização de intervenções necessárias, tendo em vista o avanço e o

crescimento do educando o que exige do educador uma postura

pedagógica clara e definida.

A avaliação de desempenho do aluno se dará em diferentes experiências

de aprendizagem com critérios claros e instrumentos diversificados tais

como: provas escritas (individuais ou em grupo); trabalhos escritos

(relatórios, pesquisas bibliográficas, entre outros), seminários, debates,

produção textual de gêneros diversos, estudos dirigidos, painéis, murais,

cartazes, pesquisas de campo, oficinas, leituras diversas, entre outros.

A aferição de valor às tarefas apresentadas será realizada ao final de

cada período letivo (trimestre). É vedada a avaliação em que o

educando é submetido a uma única oportunidade de aferição.

O resultado da avaliação de aprendizagem do período letivo será

registrado em documentação própria, assegurada a regularidade da

vida escolar do aluno.

A nota dos períodos letivos será resultante da somatória de valores

atribuídos a cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos

em várias aferições.

Nesta proposta, a promoção resultará da combinação do resultado da

avaliação com o aproveitamento escolar do aluno, expresso na escala de

notas de zero a dez e apuração de 75% da assiduidade.

Será aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou superior a

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80

75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período

letivo e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero)

resultante da média aritmética dos trimestres nas respectivas

disciplinas.

Será considerado reprovado o aluno que apresentar:

Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre total da

carga horária do período letivo e a média anual inferior a 6,0 (seis vírgula

zero);

Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da

carga horária do período letivo, com qualquer média anual.

O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e

cinco por cento) e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após

os Estudos de Recuperação.

Observação: Os casos acima mencionados serão submetidos à análise do

Conselho de Classe que deliberará sobre o resultado final.

A Média Final (MF) de Notas em cada disciplina corresponderá à somatória

de 03 (três) notas trimestrais, resultantes das avaliações realizadas ao longo do

ano letivo:

MF = 1º TRIMESTRE + 2º TRIMESTRE + 3° TRIMESTRE = ou > 6,0

3

Em cada trimestre a nota será expressa em uma escala de 0 (zero) a 10,0

(dez vírgula zero), que ao final do ano será realizada a somatória das notas dos

três trimestres, dividido por três, resultando a média final, que deverá ser igual ou

superior a 6,0 (seis vírgula zero).

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2.2 SISTEMA DE AVALIAÇÃO PARA O CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES

PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL – APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

O referido curso é ofertado para alunos concluintes do Ensino Médio, por

meio de aproveitamento de estudos. Tem a duração de dois anos e meio,

correspondente a cinco semestres de estudos. Os alunos cursam apenas as

disciplinas específicas do curso.

A avaliação deve ser entendida como parte do processo ensino e

aprendizagem, pois:

Indica ao professor o momento da aprendizagem dos alunos: os que já

aprenderam, os que não aprenderam, quais seus avanços, quais suas

dificuldades, dando possibilidade de intervenção no sentido da

superação de possíveis dificuldades;

Permite ao aluno que se torne consciente do seu processo de

aprendizagem, perceba seus avanços e suas dificuldades e possa, em

conjunto com seu professor, buscar novos modos de resolver estas

dificuldades;

Indica ao professor a necessidade de rever seu planejamento e fazer

ajustes na sua prática docente.

Nesse sentido, a avaliação é contínua, exigindo observação sistemática

dos alunos, não apenas com relação ao domínio dos conceitos de conteúdos

específicos, mas também com relação ao desenvolvimento de competências e

habilidades.

Portanto, o aluno deve ser avaliado como um todo, em quaisquer situações

que envolvam aprendizagem. Sendo necessária a observação constante do

desempenho do aluno nos trabalhos de classe, extraclasse, estágios

supervisionados e pelo uso sistemático de procedimentos e instrumentos de

aferição da aprendizagem que se mostrem aconselháveis e, de aplicação

possível, em cada situação, observando-se os aspectos quantitativos e

qualitativos.

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82

A recuperação de estudos é oportunizada ao longo do processo e não num

momento pontual (recuperação diagnóstica e paralela). Todos dos alunos têm

direito a realizar a avaliação de recuperação de estudos independente da nota

(seja superior ou inferior a 6,0), como também alguma avaliação que tenha

perdido a partir de justificativa plausível. Muito embora se privilegie a recuperação

de conteúdos ao aluno é oportunizada a substituição da nota.

O Regimento interno do estabelecimento prevê o cumprimento de 75% de

frequência, 100 (cem) dias letivos previstos durante cada semestre letivo. Deverão

ser ainda cumpridas as normas vigentes no Sistema Estadual de Ensino, no que

diz respeito:

a) aos resultados de Avaliação expressos ao final de cada bimestre;

b) à apuração da assiduidade;

c) aos estudos de recuperação;

d) ao aproveitamento de estudos;

e) à atuação do Conselho de Classe.

2.2.1 AVALIAÇÃO BIMESTRAL

A avaliação bimestral tem como objetivos:

Oportunizar aos alunos um espaço de tempo visando o conhecimento

do ambiente escolar e sua estrutura;

Possibilitar ao professor o estabelecimento de um relacionamento com

o aluno, conhecendo-o e analisando-o individualmente a partir dos

critérios avaliativos adotados;

Avaliar em função dos objetivos expressos nas Diretrizes Curriculares

Orientadoras da Educação Básica, Proposta Curricular da instituição em

consonância com o disposto na LDB 9394/96 e Plano de Trabalho

Docente;

A avaliação bimestral tem como funções:

Auxiliar o educando na compreensão de si mesmo, propiciando-lhe os

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meios de detectar as próprias capacidades e limitações;

Fazer preponderar os aspectos qualitativos de aprendizagem, dando-se

maior importância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à

elaboração pessoal.

Avaliação deve ser diagnóstica, formativa e somativa com o propósito

de determinar a presença ou ausência de pré-requisitos, assim como

identificar possíveis causas de dificuldades de aprendizagem para

realização de intervenções necessárias, tendo em vista o avanço e o

crescimento do educando o que exige do educador uma postura

pedagógica clara e definida.

A avaliação de desempenho do aluno se dará em diferentes experiências

de aprendizagem com critérios claros e instrumentos diversificados tais

como: provas escritas (individuais ou em grupo); trabalhos escritos

(relatórios, pesquisas bibliográficas, entre outros), seminários, debates,

produção textual de gêneros diversos, estudos dirigidos, painéis, murais,

cartazes, pesquisas de campo, oficinas, leituras diversas, entre outros.

A aferição de valor às tarefas apresentadas será realizada ao final de

cada período letivo (bimestre). É vedada a avaliação em que o

educando é submetido a uma única oportunidade de aferição.

O resultado da avaliação de aprendizagem do período letivo será

registrado em documentação própria, assegurada a regularidade da

vida escolar do aluno.

A nota dos períodos letivos será resultante da somatória de valores

atribuídos de cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos

em várias aferições.

Nesta proposta, a promoção resultará da combinação do resultado da

avaliação com o aproveitamento escolar do aluno, expresso na escala de

notas de zero a dez e apuração de 75% da assiduidade.

Será aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou superior a

75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período

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letivo e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero)

resultante da média aritmética dos bimestres nas respectivas

disciplinas.

Será considerado reprovado o aluno que apresentar:

Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre total da

carga horária do período letivo e a média anual inferior a 6,0 (seis vírgula

zero);

Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da

carga horária do período letivo, com qualquer média anual.

O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e

cinco por cento) e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após

os Estudos de Recuperação.

Observação: Os casos acima mencionados serão submetidos à análise do

Conselho de Classe que deliberará sobre o resultado final.

A Média Final (MF) de Notas em cada disciplina corresponderá à somatória

de 02 (duas) notas bimestrais, resultantes das avaliações realizadas durante o

semestre em curso:

MF= 1º BIMESTRE + 2º BIMESTRE = ou > 6,0

2

2.3 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação de estudos será proporcionada no decorrer do período letivo,

destinando-se a todos os alunos, em especial, aos alunos com aproveitamento

insuficiente, atendendo à Deliberação 02/99. “A recuperação será oferecida de

forma paralela sempre que for diagnosticada insuficiência durante o processo

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regular de apropriação de conhecimento e de competência pelo aluno”. (CEE,

2000).

Durante o processo de aprendizagem toda vez que o professor constatar

que o aluno está demonstrando muitas dificuldades, deverá providenciar

estratégias que favoreçam as novas aprendizagens: replanejamento do processo

de ensino e de aprendizagem, por meio de atividades de reforço, ampliação de

atividades de apoio, revisão das atividades de ensino em geral e planos

individuais de ação. Estas estratégias deverão estar fundamentadas nas

informações obtidas através da avaliação.

Serão atribuídas notas aos trabalhos, exercícios, testes ou outras

atividades desenvolvidas nos estudos de recuperação, substituindo as notas que

expressem baixo rendimento.

A instituição poderá também, oferecer atividades complementares para que

os alunos possam recuperar seus conteúdos de estudos, sendo de sua

responsabilidade a participação, como também a de seus pais, ou responsável,

que deverão ter conhecimento e acompanhar tal processo.

2.4 CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS AVALIATIVOS

Os critérios de avaliação utilizados deverão estar em consonância com os

objetivos propostos e com o disposto no Planejamento de Trabalho Docente de

acordo com as sugestões apontadas nas Diretrizes Curriculares Orientadoras da

Educação Básica.

Para cada conteúdo, deve-se ter claro o que se deseja efetivamente

ensinar e os objetivos a serem alcançados pelo aluno no processo de aprender,

portanto, o quê e, para quê avaliar.

Segundo Luckesi (1995)

“dificilmente os professores definem com clareza, no ato do planejamento do ensino, qual é o padrão de qualidade que se espera da conduta de um aluno, após ser submetido a uma determinada aprendizagem” (p.44). Mas, se um mínimo necessário fosse estabelecido, “... a aprovação ou reprovação em uma unidade de ensino não estaria a depender da arbitrariedade do professor, mas sim do fato de o aluno ter apresentado em sua conduta de aprendizagem os caracteres mínimos necessários. Ou seja, o juízo de qualidade estaria fundamentado no real” (p.45).

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Definidos os critérios, estes subsidiarão a definição dos instrumentos de

avaliação. Os instrumentos são as formas que o professor estabelece

previamente para avaliar um conteúdo. Fundamentam-se no processo decisório

da avaliação e devem ser coerentes com o que e como foi trabalhado em sala de

aula. Devem estar adequados para coletar os dados necessários para dar ao

professor indicações do estado de aprendizagem do aluno. Tanto adequados na

linguagem, clareza e precisão ao que se pretendem, quanto aos conteúdos

essenciais planejados e de fato trabalhados no processo de ensino e de

aprendizagem. Eles devem significar um aprofundamento das aprendizagens do

aluno e não um meio de dificultar sua compreensão a respeito de um conteúdo.

Em estudo nas semanas pedagógicas optou-se pelo conhecimento/

aprofundamento da Taxionomia de Bloom para maior clareza da diferenciação de

critérios e instrumentos.

Ilustração - Taxionomia de Bloom

A taxionomia de Bloom pauta-se em três domínios:

a) Domínio cognitivo: as habilidades no domínio cognitivo tratam de

conhecimento, compreensão e o pensar sobre um problema ou fato.

Conhecimento: memorização de fatos específicos,de padrões de

procedimento e de conceitos.

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Compreensão: imprime significado, traduz, interpreta problemas,

instruções, e os extrapola.

Aplicação: utiliza o aprendizado em novas situações.

Análise: de elementos, de relações e de princípios de organização.

Síntese: estabelece padrões

Avaliação: julga com base em evidência interna ou em critérios externos.

b) Domínio afetivo: na hierarquia de Bloom, o domínio afetivo trata de reações

de ordem afetiva e de empatia. É dividido em cinco níveis:

Recepção: Percepção, Disposição para receber e Atenção seletiva

Resposta: participação ativa, Disposição para responder e Satisfação em

responder

Valorização: Aceitação, Preferência e Compromisso (com aquilo que

valoriza)

Organização: Conceituação de valor e Organização de um sistema de

valores

Internalização de valores: comportamento dirigido por grupo de valores,

comportamento consistente, previsível e característico.

c) Domínio psicomotor: o domínio psicomotor, na hierarquia de Bloom, trata de

habilidades relacionadas com manipular ferramentas ou objetos. Bloom não criou

itens para esse domínio, no entanto outros autores fizeram propostas.

Percepção

Resposta conduzida

Automatismos

Respostas complexas

Adaptação

Organização

Quanto aos instrumentos estes devem ser variados:

Provas escritas (individuais ou em grupo)

Trabalhos escritos (relatórios, pesquisas bibliográficas, e outros)

Seminários

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Debates

Produção textual de gêneros diversos

Estudos dirigidos

Painéis, murais, cartazes

Pesquisas de campo

Oficinas

Leituras diversas, entre outros.

Utilização de recursos midiáticos e produção de material com a utlização

destes recursos

O aluno que por motivo justificado faltar em dia de avaliação terá uma nova

oportunidade a ser negociada com o professor. A solicitação deverá, sempre que

possível, ser acompanhada da justificativa da falta (atestado médico,

comunicação dos pais) até três dias do retorno, na Equipe Pedagógica.

3. ADAPTAÇÃO

O aluno do Ensino Médio e Normal, transferido de outro estabelecimento

com plano curricular diferente do previsto neste documento, está sujeito à

adaptação nas matérias ou disciplinas, áreas de estudos e atividades que não

tenha cursado em série idêntica ou equivalente.

Caberá à secretária do estabelecimento, juntamente com a Equipe

Pedagógica fazer o ensalamento do aluno de modo que a adaptação seja

oportunizada da melhor forma.

A adaptação deverá ser promovida até o final do curso respectivo, de forma

que nenhum aluno possa concluí-lo sem que tenha cumprido o currículo pleno

previsto para o curso, com a respectiva carga horária.

A adaptação se faz em períodos concentrados de aulas ou no decorrer do

período letivo, em contraturno, mediante a execução de trabalhos, tarefas e

testes. Considerar-se-á adaptado o aluno que obtiver nota final igual ou superior

a 6,0 (seis vírgula zero) na disciplina, matéria ou atividade que requererem

adaptação.

O aluno que for julgado inadaptado deverá cursar a(s) disciplina(s) na série

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anterior, de outro turno ou sujeitar-se a outra modalidade determinada pela

direção.

O resultado obtido pelo aluno na adaptação, mesmo na hipótese anterior,

deverá ser registrado no Livro Registro do professor designado a propor as

atividades de adaptação.

4 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

Nos casos de transferência de um estabelecimento para outro e, mudança

de curso, serão considerados a carga horária configurada no boletim de

transferência, ou do curso anterior, o aproveitamento nas disciplinas e a

frequência conforme prescreve o Regimento Escolar em sua Seção XI.

5 CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

Classificação é o procedimento que o Estabelecimento adota, segundo

critérios próprios, para posicionar o aluno em série compatível com a idade,

experiência e desempenho, adquiridos por meio formais ou informais.

A Classificação poderá ser realizada:

I- por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento, a série,

na própria escola;

II- por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do

país ou do exterior, considerando a classificação na escola de origem;

III- independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita

pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e

permita sua inscrição na série adequada.

Reclassificação é o processo pelo qual a escola avalia o grau de

desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas

curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudo compatível com

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sua experiência e desempenho, independentemente do que registre o seu

histórico escolar.

A promoção resultará na combinação do resultado da avaliação com

aproveitamento escolar do aluno, expresso na escola de notas de 0,0 (zero) a 10,0

(dez vírgula zero), e apuração da assiduidade.

6. REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL

A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio do qual o aluno, não

obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-

la subsequentemente e concomitantemente às séries seguintes.

Este estabelecimento a partir de 2008, NÃO OFERTARÁ O REGIME DE

PROGRESSÃO PARCIAL, porém, serão aceitas as matrículas dos alunos com

transferências recebidas com dependência em até três disciplinas, que deverão

ser cumpridas mediante plano especial de estudo.

7. PROGRAMAS E PROJETOS

Na proposta curricular a escola prevê programas institucionais e projetos que

permitem ao aluno seu desenvolvimento integral nos mais diferentes contextos.

Cada projeto tem um professor orientador, que é responsável por disseminar,

motivar e agregar os alunos em sua execução.

7.1 PROGRAMA GENTILEZA GERA GENTILEZA

Por sugestão de um grupo de professores, em semana pedagógica, ao

analisarem a distinção entre programa e projeto, sugeriu que o projeto Gentileza

gera gentileza, fosse transformado em programa, em razão dos anos de sua

implantação, assimilação dos seus objetivos pela comunidade escolar, tornando-

se conhecido, inclusive, fora da instituição.

O Projeto Gentileza gera gentileza surgiu no ano de 2008, inspirado na

música de Marisa Monte que revela a lendária figura do Profeta Gentileza,

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inicialmente com o objetivo de levar os alunos a perceberem a Arte como elemento

de transformação social, bem como um bem cultural necessário na formação de

atitudes éticas e estéticas. Posteriormente foi reformulado com o objetivo de

melhorar as relações intra e interpessoais como condição básica para a

construção de uma sociedade mais tolerante, mais fraterna e mais gentil.

7.2. PROGRAMA DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA JÚNIOR

A Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e

Tecnológico do Estado do Paraná, vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia

e Ensino Superior (SETI) do Estado do Paraná, em parceria com o Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), mediante acordo

de cooperação técnica e, com a participação da SEED/PR através dos NREs e

gestores dos estabelecimentos de ensino médio concede bolsas de estudos a

alunos com o intuito de despertar a vocação científica, incentivar talentos,

favorecer o aprendizado de alunos pela prática diferenciada de pesquisa. A partir

de 2010, todos os anos, alunos têm sido contemplados para participação em

vários programas.

7.3. PROJETOS CONTEMPLADOS PELA SEED

Entre os anos de 2010/2012 a instituição foi contemplada com o CELEM -

Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (Espanhol) e Projeto EUREKA

(Aprofundamento da Aprendizagem), ambos propostos e formatados pela SEED.

O CELEM desde 2010 oferta o Curso de Espanhol, inicialmente com

funcionamento no período vespertino. Em 2012 também houve sua expansão para

o turno da noite. Em 2014 aconteceu a implantação do CELEM – Língua

Estrangeira - Inglês nos turnos vespertino e noturno, beneficiando alunos com

interesse por essa disciplina e que apresentam dificuldade em frequentar um curso

particular, devido seu custo. Já no ano de 2015 o CELEM – Língua Estrangeira –

Inglês passou a ser ofertado apenas no turno noturno.

Ainda, no ano de 2013 ocorreram alterações nos projetos ofertados pela

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SEED. O colégio deixou de trabalhar com o Projeto EUREKA, passando a ofertar

as Atividades Complementares Permanentes, que englobam diferentes

macrocampos. Seu funcionamento acontece em contraturno (período vespertino),

com carga horária de 15 horas semanais, onde os alunos têm atividades

diferenciadas, proporcionando maior enriquecimento no processo ensino e

aprendizagem. O colégio também oferta as Atividades Complementares

Periódicos de Hora Treinamento e de Vôlei, também no período vespertino.

Além destes, em conformidade com a política de formação continuada da

SEED, alguns professores se inscreveram no Programa de Desenvolvimento

Educacional – PDE e aplicaram seus projetos de implementação nesta instituição.

Estes projetos poderão ser realimentados e reaplicados em anos posteriores.

7.4. PROJETOS EM PARCERIA COM UNIVERSIDADES LOCAIS E DEMAIS

INSTÂNCIAS DA COMUNIDADE

Esta instituição realiza parceria com as duas universidades locais:

Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP e Universidade Norte do

Paraná – UNOPAR. Todos os anos, profissionais e acadêmicos da UENP,

orientados pela professora responsável pelo curso de Biologia, médicos da

comunidade local e outros convidados têm realizado atividades na escola

abordando os seguintes assuntos: Gravidez na adolescência e métodos

contraceptivos; Saúde da Mulher; Doenças Sexualmente Transmissíveis; Drogas

Lícitas/Ilícitas; A nova lei Anti-drogas; Motivação; Perfil Profissiográfico da

Atualidade, dentre outras. Este ano os alunos participaram ainda do Giro de

Profissões da UNOPAR.

É um trabalho conjunto e contínuo entre a escola e as instituições de ensino

superior do município. Todos os anos são realizadas palestras como as acima

mencionadas, na busca de ampliação de conhecimentos. Percebe-se um

interesse maior dos alunos quando há eventos diferenciados na escola.

No ano de 2014 teve início um trabalho de interação entre a escola e a

Comunidade Terapêutica São Pio, que trabalha na recuperação de pessoas

usuárias de álcool e outras drogas. Esse trabalho tem à frente o padre Roberto

Medeiros, médicos da comunidade local e também voluntários que vêm realizando

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na escola um trabalho significativo voltado à prevenção de drogas.

7.5. PROJETO EMPRESA/ESCOLA

A escola em parceria com empresas públicas e privadas realiza a indicação

de alunos para trabalho, de acordo com a solicitação das mesmas. São indicados

normalmente de um a três alunos, os quais são entrevistados pela empresa de

acordo com as suas exigências, que seleciona aquele que melhor se enquadra ao

seu grupo de trabalho como estagiário pelo convênio CIEE.

7.6. PROJETO TEATRO E LITERATURA

O teatro itinerante do ator Rodrigo Leste visita o município regularmente.

Esta instituição, contatou o artista e, há dois anos, traz seu espetáculo no colégio.

Num trabalho coletivo com os professores de Língua Portuguesa, Artes,

Sociologia e Filosofia, é oportunizada a leitura e análise de obras pré referendadas

para melhor compreensão do espetáculo. Esta ação deverá tornar-se um projeto

permanente, uma vez que há quase dez anos o ator visita o município.

No ano de 2011 o espetáculo intitulou-se O clã da bandeira branca e exigiu

a leitura de seis textos literários, a saber: Auto da Feira de Gil Vicente; Poema em

linha reta - Fernando Pessoa (Álvaro de Campos); SABINA - Artur Azevedo; O

CUCO - Artur Azevedo; O califa e o office-boy - Millor Fernandes; O futuro é

róseo – João Ubaldo Ribeiro.

No ano de 2012 o espetáculo intitulou-se O segredo do bruxo. O

espetáculo apresenta as melhores passagens da obra de Machado de Assis -

Memória Póstumas de Brás Cubas (leitura obrigatória no vestibular

FUVEST/UNICAMP 2013); Quincas Borba; Dom Casmurro; O Enfermeiro.

Consultoria literária: Prof. Antônio Sergio Bueno; Direção e Interpretação: Rodrigo

Leste.

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8. ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA

O Colégio Estadual Cyríaco Russo adota o regime bimestral para os cursos

Ensino Médio, Formação de Docentes para a Educação Infantil e Séries Iniciais

do Ensino Fundamental e Formação de Docentes para a Educação Infantil e

Séries Iniciais do Ensino Fundamental - Aproveitamento de Estudos, respeitando

a duração mínima prevista em lei.

A duração do curso é de 3 (três) anos para o Ensino Médio – 2400 horas;

de 4 (quatro) anos para o Curso de Formação de Docentes para a Educação

Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental – 4800 horas, sendo 800 horas

destinadas ao estágio em contraturno e de dois anos e meio (cinco semestres)

para o Curso de Formação de Docentes para a Educação Infantil e Séries Iniciais

do Ensino Fundamental – Aproveitamento de Estudos – 3000 horas e 800 horas

destinadas ao estágio, também em contraturno. No Ensino Médio o ano letivo tem

a duração de 200 dias, com 800 horas de efetivo trabalho pedagógico; no Curso

de Formação de Docentes para a Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino

Fundamental o ano letivo tem duração de 200 dias e mais de 800 horas de efetivo

trabalho pedagógico. O Curso de Formação de Docentes para a Educação Infantil

e Séries Iniciais do Ensino Fundamental – Aproveitamento de Estudos a duração

é de 100 dias letivos em cada semestre e mais de 400 horas de efetivo trabalho

pedagógico. O estabelecimento de ensino funciona em três turnos e oferta ensino

na modalidade presencial.

8.1 CONDIÇÕES DE TRABALHO E PLANO DE CARREIRA

Organizado pela Secretaria de Estado da Educação.

8.2 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal implantará

a Avaliação Institucional a partir de 2008.

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O Curso de Formação Docente para a Educação Infantil e Ensino

Fundamental Anos Iniciais, vem procedendo a avaliação do curso e

sistematizando-a em forma de questionário. O ensino médio, representado pelos

alunos dos terceiros anos, apresenta a sua avaliação em forma de relatório

redigido pelos representantes de turma, a partir dos quatro itens da urna

democrática: denúncias, críticas, sugestões e elogios.

9. DA ORGANIZAÇÃO DO COTIDIANO DO TRABALHO ESCOLAR

9.1 MATRÍCULA

Somente aos alunos devidamente matriculados no Colégio Estadual

Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal, é permitida a frequência às aulas.

A escola poderá aceitar, a título de colaboração, alunos estrangeiros dentro

dos programas de intercâmbio Cultural Internacional, sem a exigência de

matrícula. As datas de início e término das matrículas são determinadas pela

SEED.

A critério ainda da SEED, a escola pode aceitar matrículas fora do prazo

normal, arcando o candidato com o ônus que possa advir do fato.

A petição para matricula em qualquer curso se faz mediante requerimento

do interessado, acompanhada dos seguintes documentos:

I - Certidão de nascimento e carteira de identidade;

II - Certidão de conclusão do Ensino Fundamental ou documento

equivalente;

III - Histórico escolar do Ensino Fundamental ou documento equivalente;

IV - Matriz curricular da escola de origem para alunos da 2ª e 3ª série;

V - Comprovante de residência – Talão de luz

VI - Uma foto 3x4 colorida, recente.

9.1.1 MATRÍCULA COM DEPENDÊNCIA

Será permita a matrícula com dependência para alunos recebidos com

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transferência externa, em até três matérias/disciplinas.

Cabe à direção da escola determinar o turno e a turma em que se dará a

frequência e a apuração do rendimento escolar.

9.1.2 CANCELAMENTO DE MATRÍCULA

A matrícula pode ser cancelada em qualquer época do ano letivo pelo

aluno, se maior, ou pelo seu responsável, se menor, ou compulsoriamente pela

direção, por conveniência pedagógica ou disciplinar, em se tratando, no último

caso, de grave infração ou reiteradas faltas contra o dispositivo legal que rege a

escola e ouvido o Conselho Escolar. Neste caso, será expedida imediatamente a

transferência ao estudante.

9.2. TRANSFERÊNCIA

A direção do Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal,

decidirá sobre a conveniência ou não da aceitação da transferência, em razão da

época, da existência de vagas, da adaptação necessária, da dependência, do tipo

de curso e dos estudos realizados pelos pretendentes.

Em qualquer época, o aluno poderá transferir-se do Colégio Estadual

Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal.

Para o recebimento de transferência externa no decorrer do período letivo,

serão utilizados os critérios previstos neste documento e a legislação pertinente,

para as apurações da assiduidade e rendimento escolar.

9.3 FREQUÊNCIA

A frequência é apurada do primeiro ao último dia letivo, em cada disciplina,

em conformidade com o artigo 24, inciso VI da LDB 9394/96, no entanto para o

cálculo do 75% é considerada a soma das faltas nas diferentes disciplinas.

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10. PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESCOLAR

O planejamento de uma instituição demanda a visão de futuro, o “aonde”

se quer chegar, bem como a sistematização e prazos.

O planejamento requer tomada de decisão coletiva, comprometimento da

comunidade escolar na formulação de metas para a garantia do sucesso do

processo ensino e aprendizagem. Nesse sentido, o Colégio Estadual “Cyríaco

Russo” – Ensino Médio e Normal organizará seu planejamento nos seguintes

níveis:

a) Planejamento Estratégico – definirá as grandes metas a médio e

longo prazo a serem alcançados, construídos pelo coletivo da

escola;

b) Planejamento Anual e Calendário Escolar – definirá o início e o

término do período letivo por meio do calendário escolar. Este

documento, em obediência às determinações legais e decisões

dos órgãos competentes fixará os dias de feriados, recessos

escolares e os destinados às comemorações cívicas, sociais.

Contar-se-ão como incluídos no trabalho escolar, os dias e horas

destinados à avaliação e apuração do rendimento escolar, bem

como a complementação de carga horária no período noturno.

c) Planejamento do processo ensino-aprendizagem – a

organização do Plano de Ensino dar-se-á anualmente, no ensino

médio e no curso Formação de Docentes e, semestralmente, no

curso Formação de Docentes – Aproveitamento de Estudos, com

a participação dos professores de cada disciplina, considerando:

objetivos da disciplina, conteúdos, metodologia, recursos,

avaliação e referências bibliográficas e previsão do número de

aulas. Os professores entregarão os planejamentos à Equipe

Pedagógica no início do período letivo referentes ao ensino

médio e Formação de Docentes e, semestralmente, para o Curso

Formação de Docentes – Aproveitamento de Estudos e, poderão

discutir com os alunos na primeira semana de aula, os conteúdos

a serem trabalhados durante o ano/semestre letivo.

d) Replanejamento do processo ensino-aprendizagem - momento

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em que os professores reúnem-se para realizar o replanejamento

do seu Plano de Trabalho Docente, a partir das necessidades

específicas de cada turma, na busca de intervenções adequadas,

visando superação dos problemas e melhoria no processo ensino

e aprendizagem. A escola poderá também, realizar reuniões por

área do saber para planejar, replanejar e avaliar atividades e

projetos comuns às áreas.

10.1. DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS

Esta instituição procura organizar suas turmas atentando para o espaço

físico e para um número de alunos que seja possível o (a) professor (a) atender

às necessidades, diversificando sua abordagem. Para tanto, a definição do

número de alunos em sala é importante, à medida que professores e alunos são

reconhecidos como sujeitos do processo.

Os alunos são agrupados de acordo com o Georreferenciamento da Copel,

no ato da matrícula.

11. NORMAS DE CONVIVÊNCIA

Todos os integrantes da comunidade são considerados sujeitos históricos,

portanto devem ser respeitados em seus direitos, ao mesmo tempo em que são

exortados a cumprir as normas previstas no Regimento Escolar, para que a função

social da escola pública seja garantida, a saber: (transcrição fiel do Regimento

Escolar).

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TÍTULO III

DIREITOS E DEVERES DA COMUNIDADE ESCOLAR

CAPÍTULO I

DOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DOS DOCENTES, EQUIPE PEDAGÓGICA E DIREÇÃO

Seção I Dos Direitos

Art. 159- Aos docentes, equipe pedagógica e direção, além dos direitos que lhes

são assegurados pelo Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado do Paraná - Lei nº 6.174/70 e Estatuto do Magistério - Lei Complementar nº 07/76, são garantidos os seguintes direitos:

I. ser respeitado na condição de profissional atuante na área da educação e no desempenho de suas funções;

II. participar da elaboração e implementação do Projeto Político- Pedagógico da escola, Regimento Escolar e Regulamentos Internos;

III. participar de grupos de estudos, encontros, cursos, seminários e outros eventos, ofertados pela Secretaria de Estado da Educação - SEED e pelo próprio estabelecimento de ensino, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional;

IV. propor aos diversos setores do estabelecimento de ensino ações que viabilizem um melhor funcionamento das atividades;

V. requisitar ao setor competente o material necessário à sua atividade, dentro das possibilidades do estabelecimento de ensino;

VI. propor ações que objetivem o aprimoramento dos procedimentos de ensino, da avaliação do processo pedagógico, da administração, da disciplina e das relações de trabalho no estabelecimento de ensino;

VII. utilizar-se das dependências e dos recursos materiais da escola para o desenvolvimento de suas atividades;

VIII. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado como representante no Conselho Escolar e associações afins;

IX. participar de associações e/ou agremiações afins; X. participar da definição da Proposta Pedagógica Curricular da escola e sua

Matriz Curricular, conforme normas emanadas da Secretaria de Estado da Educação - SEED;

XI. ter assegurado, pelo mantenedor, o processo de formação continuada; XII. ter acesso às orientações e normas emanadas da Secretaria de Estado da

Educação - SEED; XIII. participar da Avaliação Institucional, conforme orientação da Secretaria de

Estado da Educação - SEED; XIV. tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s)

Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino; XV. compor equipe multidisciplinar, para orientar e auxiliar o desenvolvimento das

ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, ao longo do período letivo;

XVI. ter assegurado gozo de férias previsto em lei.

Seção II Dos Deveres

Art. 160- Aos docentes, equipe pedagógica e direção, além das atribuições

previstas no Capítulo I do Título II, deste Regimento Escolar, compete: I. possibilitar que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função, no âmbito de

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sua competência; II. desempenhar sua função de modo a assegurar o princípio constitucional de

igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no estabelecimento de ensino;

III. elaborar exercícios domiciliares aos alunos impossibilitados de frequentar a escola, em atendimento ao disposto na Seção IX, do Capítulo II, do Título II, deste Regimento Escolar;

IV. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade;

V. comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante do seu segmento;

VI. manter e promover relações cooperativas no âmbito escolar; VII. cumprir as diretrizes definidas no Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino, no que lhe couber; VIII. manter o ambiente favorável ao desenvolvimento do processo pedagógico; IX. comunicar aos órgãos competentes quanto à frequência dos alunos, para

tomada das ações cabíveis; X. dar atendimento ao aluno independentemente de suas condições de

aprendizagem; XI. organizar e garantir a reflexão sobre o processo pedagógico na escola; XII. manter os pais ou responsáveis e os alunos informados sobre o Sistema de

Avaliação da Escola, no que diz respeito à sua área de atuação; XIII. informar pais ou responsáveis e os alunos sobre a frequência e

desenvolvimento escolar obtidos no decorrer do ano letivo; XIV. estabelecer estratégias de recuperação de estudos, no decorrer do ano letivo,

visando à melhoria do aproveitamento escolar; XV. receber e analisar o pedido de revisão de notas dos alunos no prazo

estabelecido no Sistema de Avaliação; XVI. cumprir e fazer cumprir os horários e calendário escolar; XVII. ser assíduo, comparecendo pontualmente ao estabelecimento de ensino nas

horas efetivas de trabalho e, quando convocado, para outras atividades programadas e decididas pelo coletivo da escola;

XVIII. comunicar, com antecedência, eventuais atrasos e faltas; XIX. zelar pela conservação e preservação das instalações escolares; XX. cumprir as disposições do Regimento Escolar. Parágrafo Único - A equipe pedagógica deverá acompanhar o trabalho docente,

quando das reposições de conteúdos e carga horária aos discentes.

Seção III Das Proibições

Art. 161 - Ao docente, a equipe pedagógica e a direção é vedado:

I. tomar decisões individuais que venham a prejudicar o processo pedagógico; II. ministrar, sob qualquer pretexto, aulas particulares e atendimento especializado

remunerado a alunos do estabelecimento de ensino; III. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente

qualquer membro da comunidade escolar; IV. expor colegas de trabalho, alunos ou qualquer membro da comunidade a

situações constrangedoras; V. retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer

documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino; VI. ocupar-se com atividades alheias à sua função, durante o período de trabalho; VII. receber pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino,

durante o período de trabalho, sem a prévia autorização do órgão competente; VIII. ausentar-se da escola, sem prévia autorização do órgão competente;

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IX. transferir para outras pessoas o desempenho do encargo que lhe foi confiado; X. utilizar-se em sala de aula de aparelhos celulares, recebendo e fazendo

chamadas telefônicas; XI. divulgar, por qualquer meio de publicidade, assuntos que envolvam direta ou

indiretamente o nome da escola, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar;

XII. promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, envolvendo o nome da escola, sem a prévia autorização da direção;

XIII. comparecer à escola embriagado ou com indicativos de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas;

XIV. fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme Legislação vigente.

Art. 162 - Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto no Regimento Escolar

serão apurados ouvindo-se os envolvidos e registrando-se em Ata, com as respectivas assinaturas.

CAPÍTULO II DOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DA EQUIPE TÉCNICO-

ADMINISTRATIVA, ASSISTENTES DE EXECUÇÃO E DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL

Seção I

Dos Direitos

Art. 163 - A equipe técnico-administrativa, assistentes de execução e a equipe

auxiliar operacional, além dos direitos que lhes são assegurados em lei, têm, ainda, as seguintes prerrogativas:

I. ser respeitado na condição de profissional atuante na área da educação e no desempenho de suas funções;

II. utilizar-se das dependências, das instalações e dos recursos materiais do estabelecimento, necessários ao exercício de suas funções;

III. participar da elaboração e implementação do Projeto Político- Pedagógico da escola;

IV. colaborar na implementação da Proposta Pedagógica Curricular definida no Projeto Político-Pedagógico da escola;

V. requisitar o material necessário à sua atividade, dentro das possibilidades do estabelecimento de ensino;

VI. sugerir aos diversos setores de serviços do estabelecimento de ensino ações que viabilizem um melhor funcionamento de suas atividades;

VII. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado como representante no Conselho Escolar e associações afins;

VIII. participar de associações e/ou agremiações afins; IX. tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s)

Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino;

Seção II Dos Deveres

Art. 164- Além das outras atribuições legais, compete:

I. cumprir e fazer cumprir os horários e Calendário Escolar; II. ser assíduo, comunicando com antecedência, sempre que possível, os atrasos

e faltas eventuais;

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III. contribuir, no âmbito de sua competência, para que o estabelecimento de ensino cumpra sua função;

IV. desempenhar sua função de modo a assegurar o princípio constitucional de igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no estabelecimento de ensino;

V. manter e promover relações cooperativas no ambiente escolar; VI. manter e fazer manter o respeito e ambiente favorável ao desenvolvimento do

processo de trabalho escolar; VII. colaborar na realização dos eventos que o estabelecimento de ensino

proporcionar, para os quais for convocado; VIII. comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante

do seu segmento; IX. zelar pela manutenção e conservação das instalações escolares; X. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a

comunidade; XI. cumprir as atribuições inerentes ao seu cargo; XII. tomar conhecimento das disposições contidas no Regimento Escolar;

XIII. cumprir e fazer cumprir as disposições do Regimento Escolar, no seu âmbito de ação.

Seção III Das Proibições

Art. 165- À equipe técnico-administrativa, assistente de execução e à equipe

auxiliar operacional é vedado: I. tomar decisões individuais que venham a prejudicar o processo pedagógico e o

andamento geral da escola; II. retirar e utilizar qualquer documento ou material pertencente ao

estabelecimento de ensino, sem a devida permissão do órgão competente; III. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente

qualquer membro da comunidade escolar; IV. ausentar-se do estabelecimento de ensino no seu horário de trabalho sem a

prévia autorização do setor competente; V. expor alunos, colegas de trabalho ou qualquer pessoa da comunidade a

situações constrangedoras; VI. receber pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino

durante o período de trabalho, sem prévia autorização do órgão competente; VII. ocupar-se, durante o período de trabalho, de atividades estranhas à sua

função; VIII. transferir a outra pessoa o desempenho do encargo que lhe foi confiado; IX. divulgar assuntos que envolvam direta ou indiretamente o nome da escola, por

qualquer meio de publicidade, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar;

X. promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, que envolvam o nome da escola, sem a prévia autorização da direção;

XI. comparecer ao trabalho e aos eventos da escola embriagado ou com sintomas de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas;

XII. fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme legislação em vigor.

Art. 166 - Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto no Regimento Escolar

serão apurados, ouvindo-se os envolvidos e registrando-se em Ata, com as respectivas assinaturas.

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CAPÍTULO III

DOS DIREITOS, DEVERES, PROIBIÇÕES E AÇÕES DISCIPLINARES DOS ALUNOS

Seção I

Dos Direitos

Art. 167- Constituem-se direitos dos alunos, com observância dos dispositivos

constitucionais da Lei Federal nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, da Lei nº 9.394/96 - Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN, Decreto Lei nº 1.044/69 e Lei nº 6.202/75:

I. tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s) Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino, no ato da matrícula;

II. ter assegurado que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função de efetivar o processo de ensino e aprendizagem;

III. ter assegurado o princípio constitucional de igualdade de condições para o acesso e permanência no estabelecimento de ensino;

IV. ser respeitado, sem qualquer forma de discriminação; V. solicitar orientação dos diversos setores do estabelecimento de ensino; VI. utilizar os serviços, as dependências escolares e os recursos materiais da

escola, de acordo com as normas estabelecidas no Regulamento Interno; VII. participar das aulas e das demais atividades escolares; VIII. ter assegurada a prática, facultativa, da Educação Física, nos casos previstos

em lei; IX. ter ensino de qualidade ministrado por profissionais habilitados para o exercício

de suas funções e atualizados em suas áreas de conhecimento; X. ter acesso a todos os conteúdos previstos na Proposta Pedagógica Curricular

do estabelecimento de ensino; XI. participar de forma representativa na construção, acompanhamento e

avaliação do Projeto Político-Pedagógico da escola; XII. ser informado sobre o Sistema de Avaliação do estabelecimento de ensino; XIII. tomar conhecimento do seu aproveitamento escolar e de sua frequência, no

decorrer do processo de ensino e aprendizagem; XIV. solicitar, pelos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, revisão

do aproveitamento escolar dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, a partir da divulgação do mesmo;

XV. ter assegurado o direito à recuperação de estudos, no decorrer do ano letivo, mediante metodologias diferenciadas que possibilitem sua aprendizagem;

XVI. contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores, Conselho Escolar e Núcleo Regional de Educação;

XVII. requerer transferência quando maior, ou através dos pais ou responsáveis, quando menor;

XVIII. ter reposição das aulas quando da ausência do professor responsável pela disciplina;

XIX. solicitar os procedimentos didático-pedagógicos previstos na legislação vigente e normatizados pelo Sistema Estadual de Ensino;

XX. sugerir, aos diversos setores de serviços do estabelecimento de ensino, ações que viabilizem melhor funcionamento das atividades;

XXI. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado representante no Conselho Escolar e associações afins;

XXII. participar de associações e/ou organizar agremiações afins; XXIII. representar ou fazer-se representar nas reuniões do Pré-Conselho e do

Conselho de Classe; XXIV. realizar as atividades avaliativas, em caso de falta às aulas, mediante

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justificativa e/ou atestado médico; XXV. receber regime de exercícios domiciliares, com acompanhamento da escola,

sempre que compatível com seu estado de saúde e mediante laudo médico, como forma de compensação da ausência às aulas, quando impossibilitado de frequentar a escola por motivo de enfermidade ou gestação; XXVI. receber atendimento educacional hospitalar, quando impossibilitado de frequentar a escola por motivos de enfermidade, em virtude de situação de internamento hospitalar.

Seção II Dos Deveres

Art. 168 - São deveres dos alunos: I. manter e promover relações de cooperação no ambiente escolar; II. realizar as tarefas escolares definidas pelos docentes; III. atender às determinações dos diversos setores do estabelecimento de ensino,

nos respectivos âmbitos de competência; IV. participar de todas as atividades curriculares programadas e desenvolvidas

pelo estabelecimento de ensino; V. comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante

do seu segmento; VI. cooperar na manutenção da higiene e na conservação das instalações

escolares; VII. compensar, junto com os pais, os prejuízos que vier a causar ao patrimônio

da escola, quando comprovada a sua autoria; VIII. cumprir as ações disciplinares do estabelecimento de ensino; IX. providenciar e dispor, sempre que possível, do material solicitado e necessário

ao desenvolvimento das atividades escolares; X. tratar com respeito e sem discriminação professores, funcionários e colegas; XI. comunicar aos pais ou responsáveis sobre reuniões, convocações e avisos

gerais, sempre que lhe for solicitado; XII. comparecer pontualmente a aulas e demais atividades escolares; XIII. manter-se em sala durante o período das aulas; XIV. apresentar os trabalhos e tarefas nas datas previstas; XV. comunicar qualquer irregularidade de que tiver conhecimento ao setor

competente; XVI. apresentar justificativa dos pais ou responsáveis, quando criança ou

adolescente, para poder entrar após o horário de início das aulas; XVII. apresentar atestado médico e/ou justificativa dos pais ou responsáveis,

quando criança ou adolescente, em caso de falta às aulas; XVIII. responsabilizar-se pelo zelo e devolução dos livros didáticos recebidos e os

pertencentes à biblioteca escolar; XIX. observar os critérios estabelecidos na organização do horário semanal,

deslocando-se para as atividades e locais determinados, dentro do prazo estabelecido para o seu deslocamento;

XX. respeitar o professor em sala de aula, observando as normas e critérios estabelecidos;

XXI. cumprir as disposições do Regimento Escolar no que lhe couber.

Seção III Das Proibições

Art. 169 - Ao aluno é vedado:

I. tomar atitudes que venham a prejudicar o processo pedagógico e o andamento das atividades escolares;

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II. ocupar-se, durante o período de aula, de atividades contrárias ao processo pedagógico;

III. retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino;

IV. trazer para o estabelecimento de ensino material de natureza estranha ao estudo;

V. ausentar-se do estabelecimento de ensino sem prévia autorização do órgão competente;

VI. receber, durante o período de aula, sem a prévia autorização do órgão competente, pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino;

VII. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente colegas, professores e demais funcionários do estabelecimento de ensino;

VIII. expor colegas, funcionários, professores ou qualquer pessoa da comunidade a situações constrangedoras;

IX. entrar e sair da sala durante a aula, sem a prévia autorização do respectivo professor;

X. consumir ou manusear qualquer tipo de drogas nas dependências do estabelecimento de ensino;

XI. fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme legislação em vigor;

XII. comparecer às aulas embriagado ou com sintomas de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas;

XIII. utilizar-se de aparelhos eletrônicos, na sala de aula, que não estejam vinculados ao processo ensino e aprendizagem;

XIV. danificar os bens patrimoniais do estabelecimento de ensino ou pertences de seus colegas, funcionários e professores;

XV. portar armas brancas ou de fogo e/ou instrumentos que possam colocar em risco a segurança das pessoas;

XVI. portar material que represente perigo para sua integridade moral, física ou de outrem;

XVII. divulgar, por qualquer meio de publicidade, ações que envolvam direta ou indiretamente o nome da escola, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar;

XVIII. promover excursões, jogos, coletas, rifas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, no ambiente escolar, sem a prévia autorização da direção.

Seção IV Das Ações Educativas, Pedagógicas e Disciplinares

Art. 170 - O aluno que deixar de cumprir ou transgredir de alguma forma as

disposições contidas no Regimento Escolar ficará sujeito às seguintes ações: I. orientação disciplinar com ações pedagógicas dos professores, equipe

pedagógica e direção; II. registro dos fatos ocorridos envolvendo o aluno, com assinatura; III. comunicado por escrito, com ciência e assinatura dos pais ou responsáveis,

quando criança ou adolescente; IV. encaminhamento a projetos de ações educativas; V. convocação dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, com

registro e assinatura, e/ou termo de compromisso; VI. esgotadas as possibilidades no âmbito do estabelecimento de ensino, inclusive

do Conselho Escolar, será encaminhado ao Conselho Tutelar, quando criança ou adolescente, para a tomada de providências cabíveis.

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Art. 171 - Todas as ações disciplinares previstas no Regimento Escolar serão

devidamente registradas em Ata e apresentadas aos responsáveis e demais órgãos competentes para ciência das ações tomadas.

12. SISTEMATIZAÇÃO DAS FUNÇÕES ESPECÍFICAS DA DIREÇÃO, EQUIPE

PEDAGÓGIA E SECRETARIA APONTADAS PELO COLETIVO APÓS

DISCUSSÃO EM SEMANA PEDAGÓGICA

12.1 Direção

É função primordial da direção administrar a escola e o processo

educacional no seu âmbito, agindo com habilidade para que o trabalho de todos

(professores, equipe pedagógica, funcionários e alunos) seja direcionado para os

objetivos e fins da educação, proporcionando condições necessárias para o seu

desenvolvimento.

A direção será a articuladora de projetos e ações que visem à melhoria do

processo ensino-aprendizagem, bem como, promoverá o planejamento

participativo.

A escolha do diretor e diretor auxiliar é decorrente de processo eletivo, por

sufrágio direto e secreto de professores, funcionários e alunos (ensino médio)

sendo o voto único.

São atribuídas as seguintes tarefas ao diretor:

a. Responsabilizar-se pelo processo pedagógico e

garantir a qualidade do ensino; b. Representar a escola perante órgãos e

entidades de ensino, responsabilizando-se pelo seu funcionamento;

c. Presidir o Conselho de Classe, reuniões de acompanhamento, reuniões pedagógicas, reuniões administrativas e de pais;

d. Propor ao Núcleo Regional de Educação a abertura de sindicância de funcionários e docentes;

e. Convocar e presidir o Conselho Escolar; f. Assinar documentos escolares e

administrativos; g. Acompanhar e avaliar o estágio probatório dos

professores; h. Encaminhar ao Núcleo Regional de Educação

necessidade de abertura de concurso público e

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teste seletivo para atendimento às demandas da escola;

i. Convocar docentes e funcionários para atividades do calendário escolar;

j. Acompanhar e gerenciar o orçamento da escola em parceria com a Associação de Pais, Mestres e Funcionários;

k. Definir juntamente com a equipe pedagógica o calendário escolar e de matrículas;

l. Organizar a escala de férias dos funcionários e professores;

m. Definir, acompanhar e avaliar os Projetos e Programas Institucionais.

12.2 Equipe Pedagógica

A Equipe Pedagógica é exercida por professores pedagogos (antigos

supervisores e orientadores) e a ela compete:

a. Ser assíduo, pontual de modo a servir de referência para o corpo docente; b. Organizar com anuência da direção da escola, seus horários de trabalho; c. Participar das atividades organizadas pela escola; d. Manter o espírito de equipe, para o bom funcionamento da escola; e. Apresentar à direção da escola, informações, irregularidades e outros encaminhamentos, sugerindo medidas que julgar necessárias; f. Zelar pelo cumprimento do Projeto Político-Pedagógico; g. Ser ético e guardar sigilo dos assuntos pertinentes à escola. h. Assessorar diretamente à direção nas atividades administrativas e escolares tais como: distribuição de turmas, organização de horários, distribuição e controle das atividades exercidas pelos professores; i. Manter os alunos informados com vistas à orientação vocacional, à formação para o trabalho e ao convívio do grupo social; j. Proporcionar aos pais, professores e alunos encontros, palestras, seminários, cursos ou outras formas de eventos que permitam ampliar a formação de todos e o desenvolvimento da comunidade; k. Acompanhar as faltas, chegadas tardias, saídas antecipadas e o uso do uniforme discente, conhecendo as reais causas e promovendo as orientações necessárias; l. Realizar e coordenar o processo de escolha de representantes de turma, orientando para o senso democrático e o desenvolvimento de lideranças,

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bem como, acompanhar o desempenho e atuação destes; m. Fornecer dados e informações sobre aspectos educacionais, sociais e culturais dos alunos nos Conselhos de Classe, avaliando resultados, acompanhando e encaminhando decisões tomadas; n. Sistematizar, o processo de acompanhamento dos alunos em todos os aspectos do seu desenvolvimento, detectando em Conselho de Classe ou em outras situações, as causas determinantes do baixo rendimento, reprovação ou evasão escolar. o. Responsabilizar-se, enquanto equipe pedagógica, pela disciplina dos alunos. p. Promover reuniões de estudo e a discussão do desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem; q. Realizar o planejamento das atividades da adaptação de estudos conjuntamente com a direção; r. Planejar e organizar reuniões pedagógicas e formação continuada do corpo docente, juntamente com a direção da escola; s. Supervisionar e acompanhar projetos e programas institucionais; t. Organizar e coordenar, juntamente com a orientação educacional, o Conselho de Classe e demais reuniões, providenciando acompanhamentos necessários; u. Propor, intervir e subsidiar o trabalho do corpo docente da escola com vistas à melhoria da prática pedagógica; v. Promover e acompanhar o planejamento didático-pedagógico em suas diferentes dimensões; w. Coordenar com a direção da escola o processo de avaliação institucional.

12.3 SECRETARIA ESCOLAR

Este serviço é executado por um profissional cujas atribuições são:

a) Coordenar os serviços de secretaria escolar; b) Controlar o livro ponto da escola; c) Acompanhar e subsidiar os Programas e Projetos

Institucionais; d) Organizar e proceder os processos de matrícula,

transferência e certificação dos alunos; e) Assinar a documentação pertinente, juntamente com

a direção; f) Realizar trabalho integrado com a Equipe de Ensino

(Supervisão Orientação e Coordenação); g) Atualizar o acervo de leis, regulamentos, instruções,

circulares e despachos que dizem respeito às

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atividades do Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal;

h) Fazer cumprir a legislação de ensino; i) Participar do Conselho de Classe e das Reuniões de

Acompanhamento auxiliando nos acompanhamentos necessários.

j) Fixar, em lugar visível, o horário de funcionamento da secretaria para atendimento de alunos, professores e demais pessoas, para que a comunidade usuária dos serviços tome conhecimento.

k) Manter em rigorosa ordem a escrituração e o arquivamento dos documentos escolares e assegurar, em qualquer tempo, a verificação da identidade de cada aluno, a regularidade de seus estudos, a autenticidade de sua vida escolar e a documentação específica.

13. HORA ATIVIDADE

A hora-atividade representa uma conquista significativa do professor.

Nesse espaço de tempo o professor pode dialogar com os colegas, discutir as

questões inerentes à disciplina que ministra, elaborar os projetos, elaborar e

corrigir avaliações e estudar os textos de interesse para enriquecimento pessoal

e profissional.

Nesta instituição, buscou-se agrupar a hora-atividade com as disciplinas

correlatas, na medida do possível, exigindo o seu total cumprimento. Quando há

a necessidade do professor ausentar-se da instituição, o mesmo deverá notificar

a Equipe Pedagógica.

14. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Conforme estabelece a Deliberação 04/2006 – CEE/PR, Resolução Nº

3399/2010 – GS/SEED e Instrução 010/2010 – SUED/SEED, a Equipe

Multidisciplinar é composta por segmentos da comunidade escolar (pedagogos,

Agente Educacional, professores das áreas de Humanas, Exatas e Biológicas,

que tem o compromisso da participação nos diversos encontros agendados pela

SEED e, paralelamente, realizar a disseminação dos conteúdos estudados para

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todos os professores da escola, para que o trabalho seja efetivado em sala de

aula.

15. CARREIRA DO MAGISTÉRIO

O professor estatutário tem acesso na carreira pelo avanço diagonal, que

decorre da avaliação de desempenho, constando assiduidade e pontualidade do

professor, realizado de dois em dois anos, podendo ascender até três níveis e

avanço vertical, que envolve a gratificação de mérito estipulada pela titulação do

professor: Lato Sensu, em nível de Especialização e, Stricto Sensu, em nível de

mestrado e doutorado.

As elevações de nível são programadas pela Secretaria de Estado da

Educação e executadas pelos Núcleos Regionais de Educação.

16. POLÍTICA DE FORMAÇÃO CONTINUADA

A formação continuada, enquanto política de governo, tem sido

oportunizada com objetivo promover o aprofundamento teórico que possa

subsidiar o fazer pedagógico do professor, visando sempre o sucesso do aluno.

Esta formação tem sido garantida pela SEED/PR, uma vez que está prevista em

calendário, duas vezes ao ano, nas semanas pedagógicas. Vale ressaltar que,

para a realização das semanas pedagógicas a SEED/PR encaminha às escolas,

via NRE, o cronograma das ações e materiais pertinentes. A participação nestes

eventos garante certificação.

Além da Semana Pedagógica está previsto em calendário a realização de

dois dias, normalmente um em cada semestre, destinados à Formação em Ação,

também com certificação.

A instituição incentiva ainda a participação dos professores em eventos

proporcionados pela SEED/PR (cursos, seminários, palestras, congressos, entre

outros) ou promovidos pelas agências de fomento educacional, visando o

enriquecimento cultural e profissional.

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17. CONSELHOS DE CLASSE

É o órgão colegiado, de natureza deliberativa em assuntos didático-

pedagógicos. Tem como objetivos:

a) Avaliar e propor melhorias do processo ensino-aprendizagem.

O Conselho de Classe é constituído pelos professores da classe, pela

direção e equipe pedagógica, ainda, um representante de turma para

acompanhamento.

O Conselho de Classe deverá:

a) Estudar e interpretar os dados de aprendizagem na relação com

o trabalho pedagógico do professor;

b) Avaliar os resultados da aprendizagem do aluno, na perspectiva

do processo de apropriação de conhecimento, da organização de

conteúdos e dos encaminhamentos metodológicos da prática

pedagógica.

O Conselho de Classe se reunirá bimestralmente para acompanhamento

do desempenho dos alunos a partir de seus resultados, para realizar intervenções

pedagógicas adequadas.

As reuniões do Conselho de Classe dar-se-ão por convocação da

direção, sendo obrigatório o comparecimento de todos os convocados.

Das decisões do Conselho de Classe, caberá recurso ao Conselho

Escolar da escola, com a participação de todos os professores da turma, e alunos

quando necessário.

18. CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é a instância máxima da instituição. É um órgão

deliberativo, normativo e consultivo de assuntos político- pedagógicos da

escola e tem a seguinte constituição:

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I – Diretor

II – Representante dos Professores;

III- Representante da Equipe Pedagógica;

IV – Representante dos Funcionários;

V- Representante dos pais de alunos.

É competência do Conselho Escolar:

I – Sugerir e organizar o funcionamento de novos cursos;

II- Julgar atos e procedimentos de membros do corpo docente,

propondo ao órgão superior, quando for o caso, a adoção de medidas preventivas

cabíveis;

III- Decidir em primeira instância, sobre penas previstas neste

documento;

IV – Deliberar e resolver em grau de recurso, sobre assuntos de

natureza pedagógica desta instituição escolar;

V – Deliberar sobre providências preventivas, corretivas ou

repressivas a atos de indisciplina;

VI – Sugerir alterações no PPP da escola e participar da construção

do Calendário Escolar Anual em suas alterações;

VII – Apreciar as propostas de hora-atividade;

VIII- Deliberar o processo de Avaliação Institucional.

19. ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS

A APMF é um órgão colegiado, representativo, deliberativo que contribui

para a melhoria do processo de integração e da comunidade escolar.

É constituída por todos os pais ou responsáveis pelos alunos, pelos

professores, professores pedagogos (equipe de ensino) e funcionários da escola.

Tem como tarefa principal, preocupar-se com a melhoria de qualidade do

ensino médio e normal, apresentando sugestões e implementando ações aditivas

ao processo educacional desenvolvido na escola.

A APMF é estruturada de conformidade com as normas da SEED e

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expressas em regimento próprio, determinando a caracterização dos dirigentes,

sua competência, direitos, obrigações, tempo de mandato, procedimentos e

critérios de escolha.

As reuniões da APMF não têm data fixa, mas é acionada sempre que

necessário.

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20. PLANO DE AÇÕES

A partir de discussões travadas nas formações continuadas e reuniões

pedagógicas o quadro de ações foi delineado a partir das fragilidades detectadas

e dos avanços já conquistados.

TÓPICO

ANALISADO

FRAGILIDADES

AÇÕES PROPOSTAS

PERÍODO

RESPONŚAVEL

Projeto Político Pedagógico

Pouco envolvimento de alguns professores em sua real execução Rendimento insuficiente Evasão e repetência Forte influência da pedagogia tradicional

Projeto social

Ampliar as discussões acerca do PPP para maior envolvimento dos professores; Implantar monitoria

Projeto que incentive acesso a permanência do aluno na escola Promover estudos sobre os novos paradigmas da educação Montar projetos sociais em parceria com as universidades e outras instituições ampliando o envolvimento da escola com a comunidade

Ano todo Ano todo Ano todo Reuniões pedagógicas Reuniões pedagógicas

Direção Equipe Pedagógica Equipe Pedagógica Tutores Alunos Equipe Pedagógica Marilda Torres – Projeto PDE Direção Equipe Pedagógica Direção Equipe pedagógica

Regimento Escolar Descumprimento de regras do Regimento Escolar justificado pelo seu desconhecimento Avaliação Semestral Recuperação paralela

Disponibilizar o RE e “cobrar” a leitura Rever critérios e instrumentos avaliativos Redistribuir melhor os valores da avaliação semestral Rever conceito de Recuperação paralela e final

Ano todo

Reuniões pedagógicas

Reuniões pedagógicas

Direção Equipe pedagógica

Direção Equipe pedagógica

Equipe pedagógica

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Instâncias Colegiadas

Grêmio

Estudantil

Conselho Escolar

APMF

Incentivar ações propostas pelo grêmio Criar um cronograma de reuniões Divulgar as decisões da APMF

Momentos pontuais Bimestral Nos momentos oportunos

Equipe Pedagógica Profº responsável Direção Direção Direção APMF

Entidades Externas 1. Manter as parcerias e ampliá-las quando possível.

Ano todo Direção

Planejamento participativo

Pouco envolvimento da comunidade externa

Promover maior integração da escola e comunidade externa

Semana Pedagógica Eventos com a participação da comunidade Semana de Integração Escola/Comunidade.

Direção Direção e Equipe Pedagógica

Calendário Escolar e Hora atividade

Atestados médicos Atraso na contratação de substitutos que tiram licença Falta de professores por motivos justificados

Reposição de conteúdos em contraturno, inclusive aos sábados Oferecer reposição de conteúdos Preparar atividades para a equipe pedagógica trabalhar com a turma Não havendo a reposição em 30 dias, a contar da falta, haverá desconto em folha

Quando necessário Quando necessário Quando necessário

Equipe Pedagógica

Relação comunidade escola

Pouco envolvimento

Promover encontros, palestras de interesse comunitário

2º e 3º bimestres Semana de Integração Escola/Comunidade

Direção Direção e Equipe pedagógica

Paraná Alfabetizado Não ocorreu demanda

Incentivar a demanda Ano todo Secretaria

Proposta Pedagógica curricular/ Plano de Trabalho Docente

Não envolvimento de alguns professores na elaboração da proposta pedagógica e na

Incentivar o Plano Docente para assegurar maior eficiência no processo ensino aprendizagem

Semana Pedagógica Planejamento Escolar

Equipe Pedagógica

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discussão de questões pertinentes ao PTD

Planejamento por disciplina, por semestre, e se possível, com professores de disciplinas correlatas (interdisciplinaridade)

Avaliação Escolar Falta de cumprimento da determinação regimental que prevê o mínimo duas avaliações Falta de compromisso de docentes com a avaliação

Maior rigor no controle das avaliações feitas pelos docentes Aplicar o regimento escolar aos docentes negligentes com o processo de avaliação

Mensal Quando necessário

Equipe Pedagógica Direção Equipe Pedagógica

Conselho de classe Ausência de docentes na participação do conselho de classe em razão de trabalhar em mais de uma escola

Fazer o conselho por turma, com a presença dos alunos e professores

Reunião Bimestral com os tutores e semestral com os alunos

Direção Equipe Pedagógica

Hora Atividade Dificuldade de conciliar os horários dos professores da mesma disciplina

Montar o horário buscando coincidir os horários de professores de mesma disciplina

Início do período letivo

Secretaria

Recuperação de Estudos

Indisponibilidade de tempo dos alunos do noturno Alunos trabalhadores não realizam trabalhos pedidos Falta de interesse e compromisso de alguns alunos

Adoção de monitoria em contraturno para os alunos com tempo disponível Conscientização do aluno para a realização de tarefas extra Aplicação de recursos tecnológicos para motivação, como TV pendrive, laboratório de informática, Programa Eureka, entre outras

Semanalmente Professor da disciplina/aluno monitor / pedagogo do turno

Sala de apoio Não dispõe

Reunião Pedagógica/ Semana Pedagógica

Referencial teórico pouco voltado para a área específica do professor Exigência de participação de

Textos dirigidos por área Palestras e discussões de temas pertinentes

Início dos semestres Direção Equipe Pedagógica

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funcionários no mesmo grupo dos professores

ao trabalho dos funcionários

Enfrentamento à Evasão

Desinteresse do aluno, falta de motivação dos professores, inserção no universo do trabalho, gravidez, omissão da família, Feira da lua às 5ªs feiras à noite

Sensibilização dos alunos para a importância dos estudos Trabalhos para elevar a estima Conversa com os pais ou responsáveis para tomada de atitude frente aos filhos

Ano todo Direção Equipe Pedagógica

Grupos de Estudos para professores

Falta de organização dos grupos Atraso na remessa de material para leitura e discussão

Presença de liderança para conduzir os trabalhos e principalmente orientar a discussão Textos orientados mais para a prática.

Ano todo Professor Coordenador do Grupo

Grupos de Estudos para alunos

Falta de organização dos grupos

Presença de liderança para conduzir os trabalhos e principalmente orientar o estudo Convidar/designar alunos monitores

Ano todo Professor Coordenador do Grupo

PDE/GTR Falta de domínio da informática Falta de tempo para estudar (equipe pedagógica) Atraso na disponibilidade do material para estudos

Treinamento para docentes Revezamento da Equipe Pedagógica para estudo Cumprimento do calendário da SEED/PR

Ano todo Direção

Produção material escrito científico

Falta de tempo para pesquisar e escrever Falta de informações gerais

Incentivar ao docente ser autor

Ano todo Equipe Pedagógica

Produção de material escrito pelos alunos

Escassez de produção de material escrito pelos alunos

Professores das diferentes disciplinas devem conhecer o formato dos diferentes gêneros discursivos para orientar a produção dos alunos: resumo, resenha,

Ano todo Equipe Pedagógica Todos os Professores

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relatório, artigo de opinião, textos argumentativos, artigo científico (noções através de leituras)

Incentivo à leitura Uso inadequado do livro didático como material de leitura e consulta Poucas retiradas de livros na biblioteca Falta de profissional habilitado para o trabalho em biblioteca

Uso efetivo do livro didático como material de leitura e consulta Indicar leituras do acervo Bibliográfico. Funcionamento da biblioteca nos três turnos

Ano todo Todos os Professores

Dinâmica das aulas Administração inadequada do tempo

Privilegiar quatro momentos distintos nas aulas: ouvir, falar, ler e escrever

Ano todo Todos os Professores

Projetos Específicos da Escola

Falta de sistematização das ações dos docentes e Equipe Pedagógica Desvalorização da produção intelectual dos alunos

Implantar novos projetos interdisciplinares Criar espaços e situações para divulgar a produção textual

Ano todo Direção Equipe Pedagógica Corpo Docente

Programas institucionais como: Aprofundamento da Aprendizagem (Português e Matemática); Iniciação Científica; Dança, Xadrez e Tênis; Vôlei e Futsal;

Falta de envolvimentos dos professores das áreas contempladas

Maior disponibilidade do professor em atender alunos com defasagem de aprendizagem.

Datas pontuais Direção, Equipe Pedagógica, Professores.

Desafios Educacionais Contemporâneos2

Falta de definição de metas

Criação de projetos/ações coletivas

Ano todo Direção Equipe Multidisciplinar

Educação sócio-ambiental Agenda 21

Pouco envolvimento dos professores

Leitura de material enviado pela SEED/PR sobre Educação sócio-ambiental disponibilizado na sala de Hora Atividade Relacionar os conteúdos das aulas com as

Ano todo Direção Equipe Pedagógica Alunos

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questões ambientais Coleta de embalagens para o Programa Terracycle Mobilização para o cuidado com as carteiras e não uso de errorex

Materiais e ambientes didático-pedagógicos: laboratório de ciências e de informática: TV Paulo Freire, TV multimídia

Pouco uso do laboratório de Biologia, Química e Física Não disponibilidade do laboratório de informática para os alunos Descaso pela programação da TV Paulo Freire Inadequação no uso da TV multimídia

Estimular o professor e agente de execução para o uso Treinar os professores Incentivo para a produção de material e ser mostrado na TV Paulo Freire Orientação/normatização do uso da TV multimídia

Ano todo Ano todo Ano todo Ano todo

Direção Equipe Pedagógica

Recursos financeiros da escola

Nenhuma fragilidade detectada

Plano de Aplicação dos recursos são publicados e fixados em mural da sala dos professores

Semestral Direção

Implantação de novos cursos profissionalizantes

Demanda para cursos profissionalizantes

Pedido de autorização de funcionamento de cursos (noturno e vespertino) na área profissionalizante – Pós médio de Formação de Docentes

Final do ano letivo Direção

Reforma do prédio Pintura, cobertura da quadra, fiação elétrica

Solicitar à SEED/PR Início de ano Direção

Aquisição de mobiliário

Falta de mesas do professor em sala de aula

Solicitar mesas para o professor junto à SSED/PR

Final do ano letivo Direção

PDE Substitutos despreparados Alguns projetos envolvem um número reduzido de participantes, por isso não impactam a rotina da escola

Pleitear junto à SEED/PR revisão de critérios de inscrição, número de vagas ofertadas Maior envolvimento do coletivo na escola durante a implementação dos projetos dos professores PDE.

Ano todo Ano todo

Direção

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Professor Tutor Apresentou bons resultados

Continuar incentivando o trabalho do professor tutor como mediador no processo ensino aprendizagem e nas questões disciplinares

Ano todo Direção Equipe Pedagógica

Interdisciplinaridade Falta de diálogo entre as disciplinas

Disponibilização no site da escola o conteúdo programático das disciplinas Elaboração de projetos interdisciplinares

Ano todo Todos os professores

Diversidade/Inclusão Falta de tolerância de alguns frente à diversidade

Diagnose de alunos com necessidades especiais Reunião com os professores da turma para definir adequação curricular e metodologia (quando necessário) Reunião com os alunos para conscientização (se necessário) Fixar em sala de professores/hora atividade os nomes dos alunos portadores de necessidades especiais leves, ou temporárias, para ciência do professor

Ano todo Direção Equipe Pedagógica Professores

Simulado Inviável no ensino organizado por blocos de disciplinas

Buscar alternativas para preparar alunos para o ENEM e vestibular

2º Semestre Equipe Pedagógica Professores dos 3ºs anos

Mostra Cultural Pouco envolvimento dos professores

Organizar mostra cultural das produções dos alunos nas diferentes disciplinas

Final do ano letivo Professores Alunos Equipe Pedagógica

CELEM

Pouca frequência e envolvimento dos alunos e comunidade

Estratégias diferenciadas para conseguir maior participação

Ano todo Direção Equipe pedagógica Professores envolvidos

Estágios obrigatórios (acadêmicos)

Congestionamento de pedidos de estágios para acadêmicos Postura inadequada de alguns acadêmicos pela falta de orientação

Exigir agendamento prévio para notificar professores das turmas que receberão os estagiários Contatar a universidade para oficializar pedido ao coordenador no sentido de orientar os acadêmicos quanto ao

Ano todo

Equipe Pedagógica

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vestuário, postura, uso de celular, pontualidade preparo das aulas, entre outros

Estágios obrigatórios (Formação de Docentes)

Espaço físico insuficiente para atender os alunos do vespertino

Readequar espaço físico Início do ano letivo Direção SEED/PR

Urna democrática Resistência de alguns professores/ funcionários diante das denúncias e críticas apresentadas pelos alunos

Promover discussões acerca do avanço que a urna representa

Semana Pedagógica Reuniões pedagógicas

Direção Equipe Pedagógica

Projetos Interrupção de projetos em determinados períodos por questões pontuais

Revitalizar/implementar projetos existentes: GGG Sexualidade (Marlene) Maquetes arquitetônicas – Fotografia (Iolanda) Recepção aos novos alunos e Bota-fora das terceiras séries Vencendo os limites a partir da dança PIBIC Júnior

Ano todo Equipe Pedagógica Professores envolvidos

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21. SISTEMATIZAÇÃO DAS AÇÕES DA ESCOLA PARA O EFETIVO TRABALHO

COM OS DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

Educação para as relações étnico-raciais

Palestras com profissionais e testemunhos de pessoas da comunidade;

Leitura de textos de gêneros diversos (notícias, artigos, ensaios, poemas)

Análise de textos literários

Cultura africana e afrodescendente nas artes: música e dança;

Debates e reflexões a partir de filmes;

Relação histórica inerente ao tema através de análise contextualizada dos múltiplos papéis sociais dos diferentes segmentos da sociedade através dos tempos;

Literatura afro-brasileira;

As imagens e representações dos afro descendentes nos livros didáticos de História.

Educação Fiscal

Coleta de dados relacionados à educação fiscal;

Conscientização da função socioeconômica dos tributos;

Pesquisa orientada sobre a natureza dos diversos tributos;

Pesquisas e discussões acerca dos gastos públicos;

Participação em audiências públicas da Câmara de Vereadores (planejamento orçamentário, prestação de contas);

Palestras com profissionais da área;

Pesquisa de campo sobre o hábito de exigir nota fiscal;

Ações que incentivem o pedido de nota fiscal;

Visitação à prefeitura e suas principais secretarias;

Entrevistas (prefeito, presidente da câmara, secretário de finanças);

Conhecimento e interpretação do Código do Consumidor;

Debate sobre a aplicação de recursos públicos na escola;

Implantação de projetos que fomentem a solidariedade humana e a solução coletiva de problemas comunitários.

Educação Ambiental

Conhecimento da Agenda 21 e realização das atividades planejadas coletivamente;

Reciclagem na Arte;

Coleta seletiva no ambiente escolar;

Incentivo à prática da separação do lixo reciclável;

Palestras com profissionais da área;

Elaboração de projetos de impacto ambiental;

Pesquisa de campo: tratamento de esgoto doméstico e industrial;

Seminários;

Leituras pertinentes e elaboração de textos dissertativos e de opinião;

Visitas ecológicas (parques, reservas, indústrias de reciclagem, entre outros);

Campanhas para redução do desperdício de água;

Oficinas; Gincanas; Passeatas.

Cidadania e direitos humanos

Enfoque nos trabalhos em grupo;

Reflexões e discussões acerca dos direitos e deveres do cidadão;

Seminário sobre o ECA;

Conhecimento do Regimento do colégio;

Filmes pertinentes;

Intensificação das ações do GGG;

Semana da Cidadania

Prevenção ao uso indevido de drogas

Palestras com profissionais da área;

Semana de prevenção às drogas;

Filmes pertinentes;

Conscientização acerca dos prejuízos causados pelas drogas (ações e efeitos);

Enfrentamento à violência na escola

Disseminação de uma cultura de paz pela convivência harmoniosa (GGG);

Oração pela paz – Time out;

Intensificação das ações do GGG;

Palestra com a Patrulha Escolar;

Seminário sobre bullyng;

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Sistematização das ações com os desafios educacionais contemporâneos

Drogas socialmente aceitas: Álcool e Tabaco

Alcoolismo e trânsito;

Relação: uso de drogas X criminalidade;

Políticas públicas sobre drogas;

Leitura de textos diversos;

Conversas informais;

Mostra de vídeos;

Pesquisas para debates posteriores.

Leituras pertinentes e elaboração de textos dissertativos e de opinião;

Palestras e filmes para os pais.

Sexualidade (alguns dos itens já citados podem ser utilizados)

Oficinas em parceria com a UENP;

Elaboração de um plano de ação a partir de Projeto de Professor PDE.

Práticas colaborativas (enfoque aos trabalhos em grupo);

Ações pontuais em parceria com a Patrulha Escolar, Conselho Tutelar e Promotoria Pública (art. 56 ECA);

Educação para o Envelhecimento Humano Digno e Saudável

Palestras com pessoas idosas, contando sobre suas experiências.

Roda de conversas - contação de histórias e causos.

Visita ao Asilo São Vicente de Paula, com apresentações artísticas.

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22. CADERNO DE SUBSÍDIOS DE ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO

1. Introdução:

O Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal está

localizado na área central do município de Bandeirantes – PR e pertence ao

Núcleo Regional de Educação de Cornélio Procópio. É um colégio tradicional que

recebe alunos das diversas localidades do município, como ainda alunos de

municípios vizinhos. Oferta o Ensino Médio por Blocos de Disciplinas nos períodos

matutino e noturno e o Curso de Formação de Docentes nos períodos vespertino

e noturno. A partir deste ano (2012) passou também a ofertar no período noturno

o Curso de Formação de Docentes na modalidade de Aproveitamento de Estudos,

com duração de dois anos e meio, destinado principalmente aos alunos

concluintes do Ensino Médio.

A classificação dos alunos do Ensino Médio por idade enquadra-se nos

seguintes intervalos: no turno matutino o intervalo fica entre 14 – 20 anos, sendo

que a grande maioria encontra-se no intervalo idade/série correta, por isso a idade

máxima é de 17 anos; pouquíssimos alunos têm mais de 18 anos. No período

noturno o intervalo se alarga para 16 – 25 anos e no Curso de Formação de

Docentes a idade está entre 15 – 45 anos.

O corpo docente é formado, em sua maioria, por professores de nível

superior com especialização, professores concluintes do PDE (Programa de

Desenvolvimento Educacional), professores com mestrado, e ainda, professores

acadêmicos concluindo a graduação. A Secretaria de Estado da Educação

(SEED) oferta anualmente a todos os profissionais da educação, um programa de

Formação Continuada envolvendo os diferentes segmentos da comunidade

escolar, uma vez que todos são educadores e uma função complementa a outra,

visando à construção de uma escola mais sólida e comprometida, preparada para

o enfrentamento de problemas diversos no seu dia a dia.

O Colégio Estadual Cyríaco Russo tem como preocupação básica a

formação integral de seus educandos, tendo em vista os aspectos sociais,

psicológicos, econômicos e culturais, por meio da assimilação dos conhecimentos

elaborados ao longo da história, cumprindo desta forma a função da escola

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pública prevista na Lei 9394/96 e Diretrizes Curriculares Orientadoras da

Educação Básica.

Considerando que cada aluno apresenta características distintas o

professor, como mediador do conhecimento, deve possuir capacidade de

discernimento na percepção dessas diferenças e trabalhá-las, buscando fazer

com que cada aluno atinja seu potencial máximo. É preciso que o aluno participe

de um ambiente receptivo e acolhedor e que seja tratado com igualdade e respeito

por todos. É importante ainda que o professor identifique os alunos que precisam

de um atendimento mais individualizado, e oportunize-o efetivamente, para que o

processo ensino-aprendizagem aconteça realmente para todos, mesmo que em

níveis diferentes, uma vez que a educação sendo um direito.

Para tanto, é imprescindível a realização de reuniões periódicas,

envolvendo os diversos segmentos da comunidade escolar, para discussão e

análise de pontos relevantes a respeito de problemas diversos que envolvem

principalmente os priorizados neste documento: a Aprovação/ Reprovação

/Abandono /Evasão Escolar, Violência/Drogadição, Atendimento Especializado e

Apoio Pedagógico e Avaliação.

Os resultados finais, descritos sinteticamente em índices de aprovação e

reprovação, nem sempre evidenciam outros fenômenos de grande relevância no

contexto escolar.

Em se tratando da EVASÃO ESCOLAR, mesmo sendo um problema

antigo, continua presente em nossas escolas, mais especificamente no ensino

noturno, que agrega um contingente de alunos trabalhadores e que apresentam

características bem diferentes dos alunos do ensino médio matutino e do Curso

de Formação de Docentes do período vespertino e noturno.

Abaixo, segue tabelas apresentando dados como: número de alunos

aprovados; reprovados; evadidos; transferências expedidas e recebidas,

referentes ao ano de 2011 e o Resultado Parcial referente ao 1º Semestre/2012

do Ensino Médio Matutino e Noturno, bem como do Curso de Formação de

Docentes Vespertino e Noturno do ano de 2011, que merecem uma análise mais

detalhada para possíveis encaminhamentos, de acordo com a realidade de cada

curso e turno.

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Ano 2011 – Dados Ensino Médio Matutino e Noturno

Série/Turno

Matutino

Aprovados Reprovados Abandono Transferência

Expedida

Transferência

Recebida

1ª Bloco 1 70 19 00 03 01

1ª Bloco 2 55 26 00 00 04

2ª Bloco 1 61 03 00 00 00

2ª Bloco 2 56 11 00 01 01

3ª Bloco 1 49 06 00 00 00

3ª Bloco 2 53 05 00 00 00

Total 344 70 00 04 06

Série/Turno

Noturno

Aprovados Reprovados Abandono Transferência

Expedida

Transferência

Recebida

1ª Bloco 1 43 13 11 00 00

1ª Bloco 2 13 05 06 00 00

2ª Bloco 1 20 11 05 00 00

2ª Bloco 2 19 08 01 00 00

3ª Bloco 1 22 02 02 00 00

3ª Bloco 2 36 09 05 02 00

Total 153 48 30 02 00

Ano 2011 – Dados Curso Formação de Docentes - Vespertino e Noturno

Série/Turno

Vespertino

Aprovados Reprovados Abandono Transferência

Expedida

Transferência

Recebida

1ª Série 10 05 01 00 01

2ª Série 07 00 02 00 00

3ª Série 14 00 01 01 00

4ª Série 12 00 00 00 00

Total 43 05 04 01 01

Série/Turno

Noturno

Aprovados Reprovados Abandono Transferência

Expedida

Transferência

Recebida

1ª Série 03 06 10 00 01

2ª Série 27 02 03 00 00

3ª Série 25 01 05 00 00

4ª Série 07 01 00 00 00

Total 62 10 18 00 01

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Analisando os dados, percebe-se que em relação à evasão escolar, o

ensino médio matutino enquadra-se nos parâmetros da normalidade, mas que

esses números ainda podem ser reduzidos, uma vez que os alunos desse turno

têm maior tempo para dedicação aos estudos e melhor situação socioeconômica;

muitos frequentam em contraturno (período vespertino) aulas de espanhol pelo

CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas); Atividade Complementar de

Aprofundamento de Aprendizagem (Preparação para o Vestibular) e Treinamento

em Esporte e Lazer (voleibol), que acontece duas vezes por semana, com duas

horas/aula de duração a cada dia. Essas atividades favorecem especialmente os

alunos do ensino médio matutino, que dispõem de tempo no período da tarde para

participação. Outros ainda, frequentam aulas de inglês em escolas particulares e

praticam dança e ginástica também em academias particulares.

Fazendo-se uma análise comparativa dos dados entre o ensino médio

matutino e noturno em relação à evasão, reprova e conclusão de curso é fácil

detectar que no ensino médio noturno a situação é mais agravante, apresentando

índices bem elevados.

Quando se analisa o ensino médio noturno percebe-se que um maior

número de fatores contribui para as altas taxas de reprovação, abandono e

evasão escolar. Muitos desses alunos desde bem jovens, diante da necessidade

de cooperar no orçamento familiar saem em busca de trabalho mais cedo, e esse

fator influi decisivamente na decisão de parar de estudar, pois já chegam à escola

atrasados, cansados e desmotivados. Também, o consumismo transmitido pela

mídia influencia muito na evasão. Isso porque muitos se inserem no mercado de

trabalho, às vezes com salários nada significativos, não como apoio ao orçamento

familiar, mas com o intuito de adquirir produtos de marca (roupas, calçados,

acessórios, perfumes, eletroeletrônicos, entre outros) bem como participar de

eventos sociais. Desta forma alunos postergam a escolarização, mesmo que a

escola trabalhe no sentido de mostrar a importância da mesma para a solidificação

do futuro, demonstrando que não há nada de errado em adquirir coisas por um

tempo, mas a aquisição de conhecimentos é aquisição para a vida toda.

Uma grande parte deles ainda, deixa influenciar-se pela decisão de amigos,

que consideram a diversão mais importante que os estudos e deixam de

frequentar regularmente as aulas. Em relação aos fatores internos que

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influenciam a evasão escolar em qualquer turno de funcionamento é importante

destacar: a relação professor/aluno, aula desmotivadora, falta de pré-requisito da

disciplina, exclusão realizada pela escola e pelo professor diante de situações

que, tanto para a escola como para o professor não são admitidas (furtos, uso e

venda de drogas de quaisquer natureza, manuseio de objetos estranhos ao

material escolar) e consequentemente, não são trabalhadas na busca de

superação. Some-se a isso o despreparo em lidar com a diversidade, com

destaque à orientação sexual. Também a forma como os conteúdos são

trabalhados, avaliados e reelaborados a partir do diagnóstico da não

aprendizagem tem grande influência na decisão de abandonar os estudos. Muitos

alunos, diante da dificuldade de acompanhamento e, muitas vezes, não se

sentindo amparados para essa recuperação, abandonam a escola evadindo-se.

Isso ocorre mais frequentemente no ensino médio noturno onde as muitas faltas

contribuem para lacunas de aprendizagem. Percebe-se que um grande número

de alunos do ensino médio noturno se rematriculam anos seguidos na tentativa

de término do curso, mas sempre acabam protelando essa conclusão.

Em relação à evasão escolar a equipe pedagógica, e diretiva, contam com

o apoio dos diversos segmentos da comunidade escolar na organização do seu

trabalho pedagógico. Cada turma tem um professor tutor como representante,

com a função de, em contato com os outros professores, diagnosticar os

problemas relacionados à turma, intervir diante das necessidades e, quando

perceber faltas consecutivas ou alternadas de alunos, comunicar a equipe

pedagógica para tomada de providências. De posse das informações a equipe

conversa com o aluno, entra em contato com a família por telefone, fixo ou celular,

se houver; envia recado ou correspondência por colega de turma, e registra em

livro de ocorrências resultados das intervenções. Quando o aluno retorna às

aulas, em caso de faltas prolongadas, a Equipe Pedagógica conversa com ele a

respeito de sua situação, sempre visando à permanência na escola. Se, for

importante uma conversa com os pais, agenda-se um encontro, respeitando a

disponibilidade deles. Esse agendamento com pais dos alunos do noturno fica

mais difícil, pois, grande parte deles considera que, estando os filhos matriculados

nesse turno são responsáveis pelos seus atos, mesmo assim a escola busca fazer

a parte que lhe compete. Com o avanço da tecnologia e a utilização do celular

ficou mais difícil contatar com os pais, pois as mudanças frequentes de números

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dificultam esse contato. Caso o aluno não retorne às aulas e, se menor de idade,

é encaminhado ofício ao Conselho Tutelar relatando os problemas para

providências. No entanto muitas vezes, faz-se necessário procedimentos mais

rápidos para que o aluno fique menos tempo fora da escola. O Conselho Tutelar

tem demorado em suas ações. Está em estudo para o próximo ano, pela equipe

pedagógica uma nova forma de acompanhamento e controle dos alunos faltosos.

Acredita-se que com o retorno do ensino para o sistema anual e avaliação

bimestral facilitará esse controle.

Em relação aos fatores externos que geram a evasão, vários podem ser

relacionados, principalmente no período noturno: dia exaustivo de trabalho,

desmotivação, desentendimentos, desemprego, utilização frequente da internet

via celular ou lan house, abandono familiar, uso de drogas lícitas e ilícitas,

gravidez, festas que ocorrem na cidade em vários dias da semana, a exemplo da

Feira da Lua. A Feira da Lua, evento promovido pela Prefeitura Municipal,

acontece semanalmente, às quintas-feiras, em uma praça bem próxima ao colégio

e, em razão disso, é evidente o baixo índice presença de alunos na escola nesse

dia. O que se procura fazer é a conscientização dos alunos sobre a importância

da frequência às aulas para a aquisição de conteúdos significativos diariamente,

uma vez que essas faltas provocam uma lacuna na aprendizagem, dificultando o

processo.

Reunidos recentemente para uma discussão a respeito de problemas que

interferem no processo ensino/aprendizagem, foi sugerido à equipe diretiva a

proposta de uma reunião envolvendo todos os diretores das escolas do município

para organizarem um documento solicitando a mudança de dia para tal evento,

por exemplo, no sábado, que não causaria impacto na escola.

Sobre o trabalho docente, acredita-se que a postura do professor, ao lado

das metodologias e estratégias utilizadas, pode ser de fundamental importância

no processo ensino aprendizagem e, consequentemente refletir na permanência

do aluno na escola. Desta forma, o trabalho do professor pode contribuir tanto

positivamente como negativamente no combate à evasão, a depender de como

se dá a relação professor/aluno, se de forma amistosa ou conflituosa, se em um

clima de confiança ou desconfiança, mas sempre observando a importância da

autoridade do professor no seu trabalho diário, mas uma autoridade sem abusos,

sem autoritarismo. É muito importante o compromisso do professor no

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atendimento efetivo do aluno em dificuldade sem expô-lo em situações

constrangedoras. Por isso um vínculo amistoso torna o trabalho mais prazeroso

para o aluno e com maiores chances de ser concretizado. O que acontece é que

um número significativo de professores encontra-se cansado, estressado, doente,

considerando-se mal remunerado e mal capacitado para enfrentar os percalços

inerentes ao exercício da profissão, evidenciando muitas vezes, despreparo,

descompromisso e má vontade em lidar, eticamente, com os conflitos diários.

Por outro lado, quanto à falta de conhecimentos dos profissionais da

educação no planejamento do trabalho escolar, tendo em vista a prevenção da

evasão, os professores disseram faltar conhecimento técnico, e tempo, para

conhecer melhor os problemas sociais e sua interferência na escola, sugerindo a

utilização de parte da hora atividade para esses estudos.

O Plano de Ação na gestão da escola tem como uma de suas metas o

controle da evasão, mais especificamente no período noturno diante dos índices

elevados. Inclusive, a mudança do sistema de ensino do colégio, a partir de 2010,

de anual para semestral, organizado por Blocos de Disciplinas teve como objetivo

a redução dos altos índices de evasão nesse turno. Verificou-se nesses três anos

que os índices apresentados não foram satisfatórios, desta forma, a partir de 2013

os ensino será novamente organizado nos moldes de seriação anual, sem os

blocos de disciplinas.

Os Conselhos de Classe já têm um novo modelo, com participação de

alunos. Neles são apresentados os alunos com dificuldades, faltosos e, ainda,

discutidos encaminhamentos necessários para a recuperação, mas ainda sem o

sucesso esperado. Há que se percorrer um longo caminho para se atingir um

modelo de Conselho de Classe mais eficiente e produtivo. Registre-se também

dificuldade do professor tutor, enquanto mediador do Pré Conselho da turma de

sua responsabilidade, em lidar com a falta um envolvimento maior dos

professores.

Ainda persiste a falta de abertura dos professores em acatar sugestões da

equipe pedagógica na organização do seu trabalho em sala, considerando-se

preparado para o enfrentamento dos conteúdos. Em relação à disciplina,

compromisso, rendimento e falta dos alunos recorrem frequentemente à equipe

em busca de encaminhamentos e tomadas de decisão.

As reuniões com as famílias são realizadas em vários momentos: no início

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do ano letivo uma reunião geral para esclarecimentos sobre o Regimento Escolar.

Bimestralmente, reunião para a entrega de boletins e, quando necessário, a

família é comunicada para encaminhamentos pertinentes ao seu filho. Os

assuntos discutidos com a família envolvem as normas regimentais,

responsabilidade dos pais em manter os filhos na escola, acompanhamento de

sua aprendizagem, o problema das drogas, dentre outros, sempre procurando

evitar a evasão.

O Conselho Escolar, órgão deliberativo e de função máxima na instituição

escolar, discute e analisa os casos mais sérios que exigem tomadas de decisões

mais específicas.

O colegiado escolar reúne-se sempre que necessário para a discussão dos

assuntos pertinentes ao contexto escolar.

Quanto ao Grêmio Estudantil, com mandato anual (agosto a agosto) tem

se mostrado receptivo e colaborador, entusiasmado no desenvolvimento de um

trabalho diferente dos já acontecidos, buscando parcerias.

Quanto às reprovações, os alunos não têm ficado retidos nas mesmas

disciplinas, apenas esporadicamente. Também não acontece rotatividade de

professores nas disciplinas que apresentam maiores índices de reprova ou

evasão. Na escola não existe nenhuma ação que contemple a adequação

idade/série, apenas quando há os programas do governo, mas os alunos do

período matutino e vespertino enquadram-se dentro da normalidade, apenas os

alunos do turno da noite fogem um pouco dos parâmetros considerados normais.

As atividades complementares permanentes, em contraturno, são as

ofertadas nos cinco dias da semana, totalizando dezesseis horas de duração. Já

as periódicas são ofertadas durante dois dias da semana com duas horas/aulas

de duração a cada dia. Como já mencionado, o colégio oferta apenas atividades

complementares periódicas: Aprofundamento de Aprendizagem (Preparação para

o Vestibular) para os alunos das 3ªs séries e Treinamento em Esporte e Lazer –

voleibol. A escolha das atividades a serem ofertadas considera os resultados

apresentados pela escola, sendo realizada com a participação de diferentes

segmentos da comunidade escolar, visando a superação de problemas de

aprendizagem, bem-estar e o sucesso dos alunos.

Em referência ao ATENDIMENTO ESPECIALIZADO e assegurado pela

Instrução Normativa nº009/2009 o colégio conta com um professor de Apoio à

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Comunicação Alternativa que realiza a intermediação de uma aluna do ensino

noturno que apresenta sérios problemas de coordenação motora. Nota-se a

importância desse trabalho tendo em vista a evolução apresentada pela aluna no

decorrer dos três anos do curso.

Em relação à VIOLÊNCIA/DROGADIÇÃO pode-se considerar que dentre

os problemas constatados no colégio o mais frequente entre os alunos é a

violência verbal que ocorre no cotidiano escolar através de discussões,

xingamentos, raramente chegando à violência física.

Os maiores problemas de indisciplina consideram-se estar intimamente

relacionados ao número excessivo de alunos por sala, porém não se descarta o

fato de existirem professores despreparados para lidar com os conflitos

instalados. Pode-se dizer que o professor, a equipe pedagógica e a direção são,

tecnicamente, os responsáveis pela disciplina no Colégio, mas a determinação do

número de alunos por turma, definida pela SEED, corrobora com a indisciplina e

com qualidade do ensino aprendizagem.

Quanto ao professor que não aceita o aluno indisciplinado em sala de aula

deve ser orientado pela direção e equipe pedagógica em relação às medidas a

serem adotadas ao ministrar suas aulas, inclusive organizando uma metodologia

diferenciada que neutralize atitudes indesejadas de alguns. E, contrapartida, o

aluno indisciplinado deve ser orientado sobre suas atitudes, uma vez que essas

prejudicam sua própria aprendizagem, bem como a de seus colegas.

A instituição, no ato da matrícula, informa os pais e responsáveis acerca do

Regimento Escolar entregando a eles uma síntese dos direitos e deveres do

aluno, bem como algumas normas internas. O regimento na íntegra é

disponibilizado no site da escola e apresentado em reuniões de pais, bem

situações de mediação conflitos pontuais. Em relação aos professores, estes

ficam informados através de reuniões pedagógicas e também têm acesso através

do site do colégio.

Há uma grande preocupação da escola em identificar os principais indícios

de violências, sexual e psicológica, entre outras, por isso todos os professores são

orientados na observação de mudança de comportamento dos alunos, ouvindo os

relatos de colegas de turma dos alunos e repassando para a equipe pedagógica

e/ ou o gestor escolar as informações necessárias, para intervenção junto aos

pais/responsáveis e Conselho Tutelar quando necessário.

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Em relação à atuação do Conselho Tutelar de nossa cidade, infelizmente,

sua ação interventiva é muito lenta, muitas vezes fazendo-se necessário um novo

contato por parte do colégio, para que o retorno do aluno seja agilizado.

Sabendo-se a diferença de indisciplina e ato infracional, em relação à

indisciplina propriamente dita, as medidas tomadas são advertência verbal, escrita

e até caso necessário conversas com os pais na escola; já o ato infracional, fere

os princípios éticos e morais infringindo a lei, sendo da competência da polícia

resolver, portanto é realizado contato com a Patrulha Escolar. A relação da

Patrulha Escolar é de companheirismo e solidariedade visando sempre ajudar a

resolver os problemas para o bem de todos: pais, professores, mas em primeiro

lugar, o bem do aluno orientado, punindo-o se preciso for.

A drogadição é um problema sério em nossa sociedade, envolvendo todos

os órgãos competentes. Em casos de suspeita, em um primeiro momento, os

responsáveis são chamados para verificar se essa realmente procede. As ações

preventivas alicerçam-se em palestras, textos educativos e, principalmente, a

vigilância dos pais educadores quanto à mudança de comportamento e atitudes

do aluno, em casa, na sala de aula, entre outras. Uma vez constatada no aluno a

condição de usuário, a escola não tem condições de resolver o problema, no

entanto pode-se encaminhar o aluno para os órgãos competentes, instituições, e

ações públicas e privadas que trabalham com dependentes

Em caso de suspeita de tráfico no interior da escola, uma das medidas é

incentivar a denúncia através da urna que é usada como forma de comunicação

dos alunos com a direção, o disque denúncia, e acionamento da patrulha escolar,

treinada para isso.

O aluno deve participar do processo educativo através de troca de

responsabilidade e interesse entre professor e aluno, mas nem sempre o aluno

demonstra estar interessado em aprender. Diante da baixa expectativa em

conseguir trabalhar após a conclusão do ensino médio, muitos alunos que não

poderão continuar seus estudos, sentem-se desestimulados, e começam a faltar.

A equipe pedagógica entra em contato com o aluno, pais ou responsáveis, para

saber os motivos pelos quais o aluno está ausente tentando trazer de volta o aluno

faltoso. Caso este aluno esteja com problemas de saúde orienta-se para trazer

um atestado médico, pois há uma política de acompanhamento do aluno doente

e ou hospitalizado. Conforme o tempo de atestado médico do aluno (acima de 62

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dias) há a permissão para que seja solicitado um professor do serviço de

atendimento. Existe também a rede de escolarização hospitalar – SAREH e, caso

algum aluno esteja hospitalizado poderá receber assistência por meio de rede

conveniada.

Quando o aluno necessitar de continuidade no atendimento de saúde

(atestado médico prolongado), os pais serão orientados para contatar o médico

responsável para que o acompanhamento da escola não seja interrompido. É

importante saber durante quanto tempo o aluno precisará de afastamento das

atividades escolares, e se algum atendimento específico precisa ser dispensado

ao aluno por parte da instituição quando do seu retorno.

Nas questões de diversidade de gênero é importante ressaltar a não

necessidade de haver na escola um terceiro ambiente, bastando ser trabalhada

com os alunos em sala de aula a temática em questão para a aceitação colega de

orientação sexual diferenciada, mesmo porque a intolerância, segregação e

preconceito têm sansões prescritas em lei. Por outro lado os alunos que fazem

parte dessa diversidade também devem ser orientados pela escola, para

adotarem uma postura que evite constrangimentos. Por exemplo, o (a) aluno (a)

homossexual no banheiro feminino, exibir o seu sexo.

Os profissionais da educação também precisam, antes de tudo, rever

conceitos e “pré-conceitos”, o que nem sempre é fácil. O educador também

precisa de respaldo quando não consegue lidar com esta questão. Sendo assim,

este assunto deverá fazer parte do cotidiano e ser trabalhado na semana

pedagógica, em reuniões e outras situações pertinentes.

Em se tratando da AVALIAÇÃO, o Colégio Estadual Cyríaco Russo –

Ensino Médio, organizado por blocos de disciplinas, quanto ao apoio pedagógico,

atende diariamente em torno de 10 a 15 com problemas relacionados de

diferentes naturezas. A Avaliação, dentro deste contexto é um dos fatores de

grande relevância, pois resulta no sucesso ou o fracasso dos discentes,

classificando ou excluindo-os do processo. Dependendo da forma como é

planejada e trabalhada, contribui também para a evasão escolar, pois o aluno vem

sem subsídios, sem pré-requisitos, sem interesse e sem vontade de procurar o

conhecimento, faltando-lhes objetivos e perspectivas de vida, com falta de uma

estrutura familiar que os ajude nesta caminhada, obtendo-se assim resultados de

avaliações negativas, fazendo com que o mesmo desanime e, muitas vezes,

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abandone a escola.

A legalização da Avaliação encontra-se em conformidade com a proposta

da SEED, porém, em contrapartida, não acontece o retorno da avaliação pelos

alunos, caracterizando-se como alunos alheios, faltosos e descompromissados.

A Equipe pedagógica orienta a todos, a todo o momento, deixando claro as

propostas da escola, auxiliando e monitorando o professor em cada dificuldade.

As maiores dificuldades encontradas pela Equipe no que compete aos

profissionais iniciantes é ter que orientar na questão da proposta da SEED, devido

ao grande número de profissionais iniciantes, acadêmicos, sem experiência no

magistério, acontecendo uma grande troca de professores, dificultando as

orientações necessárias.

Dentro da instituição acontecem duas avaliações: a externa e a interna. O

Colégio ao apropriar-se dos resultados da avaliação externa, realiza o repasse em

reuniões pedagógicas ou em momentos oportunos para analisar, discutir e refletir

o trabalho desenvolvido e assim sugerir ações que poderão ser feitas para

acontecer as mudanças necessárias.

Assim, como há avaliações dos alunos, também se faz necessário as

avaliações internas de todos os segmentos da comunidade escolar. Estas

avaliações se dão através de pesquisas envolvendo todos os alunos, com alguns

quesitos necessários para a avaliação dos profissionais e da instituição escolar.

As avaliações, em nossa comunidade escolar acontecem também, através

de uma urna colocada no pátio do Colégio, onde os alunos depositam todas as

suas sugestões, reclamações, elogios, críticas, denúncias, dificuldades,

questionamentos encontrados no dia a dia deles dentro do Colégio, em todos os

níveis. Esta urna é aberta quinzenalmente pela Direção do Colégio que lê as

mensagens deixadas pelos alunos, analisa, discute com da direção auxiliar e toma

as providências cabíveis ou encaminha-as ao segmento responsável. Ressalte-

se a relação que se faz entre a avaliação da aprendizagem e avaliação do ensino,

considerando-se o desempenho do aluno de forma relacionada com o

desempenho do professor e com as condições contextuais da própria escola.

Nesse sentido, a avaliação é um processo contínuo, exigindo observação

sistemática dos alunos, não apenas com relação ao domínio dos conceitos de

conteúdos específicos, mas também com relação ao seu desenvolvimento

integral, portanto, o aluno deve ser avaliado como um todo, em quaisquer

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situações que envolvam aprendizagem. Sendo necessária a observação

constante do desempenho do aluno em todos os níveis e também pelo uso

sistemático de procedimentos e instrumentos de aferição da aprendizagem

coerentes e, de aplicação possível, em cada situação, observando-se os aspectos

quantitativos e qualitativos.

Todos os conteúdos devem ser avaliados, até mesmo para que os

professores tenham uma ideia do seu processo de ensino e avaliativo, pois o

mundo requer esta postura de avaliação constante.

Em relação à formação do Grêmio Estudantil, existe todo um trabalho de

conscientização realizado pela Equipe Pedagógica com a ajuda do grêmio

anterior. São montadas as chapas interessadas, faz-se a divulgação do Plano de

Ação das mesmas, acontecendo a eleição com voto direto, no dia do estudante.

A chapa vencedora é empossada e no período de um ano Grêmio participa

ativamente na Instituição de Ensino, de todos os eventos, exercitando a cidadania,

inclusive participando do Conselho de classe, momento em que todo o processo

avaliativo é colocado em pauta.

Enfim, a avaliação é um subsídio importantíssimo na prática docente,

auxiliando no diagnóstico da prática pedagógica e verificando se os objetivos

propostos foram atingidos pelos discentes, incidindo sobre ações ou sobre objetos

específicos, isto é, na aprendizagem do aluno, no seu aproveitamento e, também,

em relação ao plano de ação da escola.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é um

indicador criado pelo Governo Federal para medir a qualidade do ensino nas

escolas públicas. O último IDEB, realizado em 2011, declara a nota do Brasil

sendo 5,0 nos anos iniciais, 4,1 nos anos finais e 3,7 no Ensino Médio.

8º/9º anos - 3ª série EM

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IDEB Observado Metas Projetadas

Estado

2005

2007

2009

2011

2007

2009

2011

2013

2015

2017

2019

2021

Paraná 3.3 3.7 3.9 3.7 3.3 3.4 3.6 3.9 4.2 4.6 4.9 5.1

Btes 3.5 3.8 3.8 3.7 3.5 3.7 4.0 4.4 4.7 5.0 5.3 5.5

Obs:

* Número de participantes na Prova Brasil insuficiente para que os resultados

sejam divulgados.

** Solicitação de não divulgação conforme Portaria INEP nº 410.

*** Sem média na Prova Brasil 2011.

Os resultados marcados em verde referem-se ao IDEB que atingiu a meta.

IDEB - Resultados e Metas

IDEB 2005, 2007, 2009, 2011 e Projeções para o BRASIL

Anos Finais do Ensino Fundamental

IDEB Observado Metas

2005 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2021

Total 3.5 3.8 4.0 4.1 3.5 3.7 3.9 4.4 5.5

Dependência Administrativa

Pública 3.2 3.5 3.7 3.9 3.3 3.4 3.7 4.1 5.2

Estadual 3.3 3.6 3.8 3.9 3.3 3.5 3.8 4.2 5.3

Municipal 3.1 3.4 3.6 3.8 3.1 3.3 3.5 3.9 5.1

Privada 5.8 5.8 5.9 6.0 5.8 6.0 6.2 6.5 7.3

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Ensino Médio

IDEB Observado Metas

2005 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2021

Total 3.4 3.5 3.6 3.7 3.4 3.5 3.7 3.9 5.2

Dep. Adm.

Pública 3.1 3.2 3.4 3.4 3.1 3.2 3.4 3.6 4.9

Estadual 3.0 3.2 3.4 3.4 3.1 3.2 3.3 3.6 4.9

Privada 5.6 5.6 5.6 5.7 5.6 5.7 5.8 6.0 7.0

Fonte: SAEB e Censo Escolar.

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22.1 SISTEMATIZAÇÃO DAS AÇÕES DO CADERNO DE SUBSÍDIOS PARA O

ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO

TEMÁTICA

METAS

AÇÕES PROPOSTAS

ENVOLVIMENTO

PREVISÃO/ CRONOGRAMA

APROVAÇÃO/

REPROVAÇÃO/ ABANDONO/

EVASÃO:

1-Analisar e relacionar os

alunos faltosos e de rendimento insuficiente;

2-Relacionar os alunos evadidos

e repetentes;

3-Envolver professores na elaboração da

proposta pedagógica e na

discussão de questões

pertinentes ao Plano de Trabalho

Docente e Livro Registro.

4-Analisar as causas da Evasão:

desinteresse, falta de

motivação, inserção no universo do

trabalho, gravidez,

omissão da família, Feira da lua às 5ªs feiras à noite, visando

1-Implantação de

monitoria;

- Conversa com o aluno sobre suas faltas e rendimento escolar,

na tentativa de reversão da situação;

- Envolvimento da família visando a

permanência do filho na escola;

2-Elaboração de

Projetos que o acesso e a permanência do

aluno na escola; 3-Incentivo na

elaboração do Plano Docente, assegurando

maior eficiência no processo ensino aprendizagem;

- Planejamento por

disciplina, semestralmente e, se

possível, com professores de

disciplinas correlatas (interdisciplinaridade

- Orientação quanto

ao preenchimento do Livro Registro enquanto

documento legal;

4-Sensibilização dos alunos para a

importância dos estudos;

- Trabalhos para

elevar a autoestima, visando melhoria no processo ensino e

aprendizagem;

- Conversas com os pais ou responsáveis

para tomada de atitude

Direção/Equipe pedagógica/ Professores/

Tutores/Alunos

Direção/Equipe pedagógica/ Professores

Direção/Equipe

pedagógica/ Professores

Direção/Equipe/ Professores/Graduandos da UENP e

Comunidade

Ano todo

Ano todo

Semestralmente

Ano todo/Sempre que se fizer necessário

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a permanência do aluno na

escola;

5-Orientar os professores

sobre a comunicação

das faltas

frente aos filhos;

- Conscientização dos pais sobre a

importância de sua participação na vida escolar dos filhos;

- Valorização de cada aluno a partir de sua

individualidade e particularidade, levando

em conta o seu progresso;

- Maior incentivo ao

aluno trabalhador, que já chega cansado à

escola; -Incentivo e melhoria

na relação professor/aluno,

aluno/aluno, aluno/direção,

aluno/funcionário, visando a

permanência na escola;

- Utilização de metodologias

diversificadas pelo professor para

enriquecimento de suas aulas, tornando-as

mais atrativas, visando também melhor aprendizagem;

- Conscientização das

autoridades municipais sobre o problema das

faltas dos alunos à escola nas 5ªs feiras à

noite em virtude da Feira da Lua, visando

mudança de dia (sábado);

- Palestras com temas diversos: Gravidez na Adolescência, Drogas,

AIDS, DST, dentre outras

5- Conversa com o

aluno faltoso notificando-o de sua

situação escolar:

Direção/ Professores/

Equipe pedagógica.

Quinzenalmente

durante o ano todo

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consecutivas ou alternadas dos

alunos à Equipe pedagógica com

urgência;

6-Estudar a temática

Avaliação, buscando um

melhor embasamento

teórico – metodológico do tema e possíveis

mudanças;

-Contato com a família (via telefone ou bilhete) visando solucionar os problemas de faltas;

- Encaminhamento de Ofício e Relatório do

aluno faltoso (menor de idade) ao Conselho Tutelar visando o

retorno em tempo hábil:

6-Análise e discussão de textos, visando

mudanças de posturas em relação à

Avaliação;

- Diversificação das questões nas práticas

avaliativas, valorizando o senso

crítico do aluno;

- Notificação aos alunos sobre o valor

das questões na Avaliação;

- Discussão da

Avaliação com o aluno para conhecimento de seus erros e acertos;

- Recuperação

Paralela diante das dificuldades

apresentadas pelo aluno;

Professores/ Equipe

pedagógica/Direção

Sempre que necessário

VIOLÊNCIA E DROGADIÇÃO

1- Dar ciência ao professor

sobre a Orientação

Pedagógica nº 0001/2010 –

DEDI/SEED que trata da

diversidade

2- Promover conversas com

as famílias

3-Oferecer e agendar

Palestras e

1- Conhecimento, estudo e reflexão do Documento, visando encaminhamentos

sobre a diversidade;

2-Conversar com as famílias procurando

orientá-las em relação ao uso de drogas,

prevenção à saúde e violência

3.Palestras,

oficinas,confecção de mural envolvendo

Direção/Equipe Pedagógica/Profes

sores

Direção/Equipe Pedagógica /

Família

Professores/Equipe Pedagógica/ Acadêmicos da

Início do ano letivo e de

acordo com a necessidade

Bimestralmente e /ou conforme a necessidade

Semestralmente

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Oficinas para os alunos

envolvendo: drogas, bullying, violência, DST,

gravidez na adolescência, diversidade;

4- Apresentar e discutir com os alunos vídeos envolvendo os

temas anteriores;

drogas, bullying, violência, DST,

gravidez na adolescência e

diversidade

4-Coletânea de vídeos envolvendo temas Drogas/ Bullying/ violência/ DST/

gravidez na adolescência e

diversidade

UENP

Professores/ Equipe

Pedagógica/ alunos

Semestralmente

ATENDIMENTO ESPECIALIZADO

E APOIO PEDAGÓGICO:

1-Verificar os alunos com

necessidade de Atendimento

Especializado (Diversidade e

inclusão)

2- Oferecer adequação curricular e

metodologias diferenciadas;

3-Orientar e conscientizar quanto a falta

de tolerância de alguns frente à

diversidade;

4- Fixar na sala de

professores/hora atividade os

nomes dos alunos com

necessidades especiais leves ou temporárias, para ciência do

professor;

1-Diagnose de alunos com necessidades

especiais;

2-Reunião com os professores da turma

para definir adequação curricular

e metodologias (quando necessário);

3-Reunião com os alunos para

conscientização (se necessário);

4- Elaboração e fixação da listagem de

alunos com necessidades

especiais;

- Observação constante desses alunos, visando

melhor rendimento escolar.

Direção Equipe

Pedagógica Professores

Direção/Equipe Pedagógica/Profes

sores da Turma

Direção/Equipe Pedagógica/Professores da Turma e

Alunos

Direção/Equipe Pedagógica/Profes

sores

Ano todo

Início do ano e Bimestralmente

Sempre que necessário

Início do ano e sempre que se fizer necessário

AVALIAÇÃO ESCOLAR:

1-Rever e orientar para a

Avaliação bimestral;

2- Rever conceito de

Recuperação paralela e final

1-Revisão dos critérios e

instrumentos avaliativos e

redistribuição dos valores da avaliação

bimestral;

2- Melhoria na aplicação destas recuperações;

Direção Equipe

pedagógica

Equipe pedagógica

Reuniões pedagógicas

Reuniões Pedagógicas

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3-Cumprir a

determinação regimental que

prevê no mínimo duas avaliações.

4- Conscientizar alguns docentes

quanto ao compromisso

com a avaliação;

5- Conscientizar

os docentes quanto a sua ausência na

participação do conselho de

classe em razão de trabalhar em

mais de uma escola;

6- Conciliar os horários dos

professores da mesma

disciplina para a interdisciplinarid

ade nas disciplinas;

7- Rever a

indisponibilidade de tempo, dos

alunos do noturno para a recuperação

dos conteúdos;

8- Conscientizar o aluno para a realização de tarefas extras;

9- Aplicar recursos

tecnológicos para motivação,

como TV pendrive,

laboratório de informática, Programa

Eureka, entre outras;

3- Maior rigor no

controle das avaliações feitas pelos

docentes;

4- Aplicação do regimento escolar aos docentes negligentes com o processo de

avaliação;

5- Conselho por turma, com a

presença dos alunos e professores;

6- Montagem horários buscando coincidir os professores de mesma

disciplina;

7- Adoção de monitoria em

contraturno para os alunos do noturno

com tempo disponível;

8- Alunos

trabalhadores não realizam trabalhos

pedidos;

9-Falta de interesse e compromisso de alguns alunos;

Equipe

Pedagógica

Direção Equipe

Pedagógica

Direção Equipe

Pedagógica

Secretaria

Professor da disciplina/aluno

monitor/pedagogo do turno

Professor/aluno

Professor/aluno

Mensal

Quando necessário

Reunião Bimestral com

tutores e alunos

Início do período

letivo

Semanal

Quando necessário

Quinzenal

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10- Verificar a presença de

liderança para conduzir os trabalhos e

principalmente orientar os estudos;

Convidar/designar alunos monitores

11- Verificar e

notificar professores das

diferentes disciplinas para conhecerem o formato dos diferentes gêneros

discursivos para orientar a

produção dos alunos: resumo,

resenha, relatório, artigo

de opinião, textos

argumentativos, artigo científico (noções através

de leituras);

12- Usar efetivamente o livro didático

como material de leitura e consulta;

13- Indicar leituras do

acervo Bibliográfico;

14- Criar

espaços e situações para

divulgar a produção textual;

15-Privilegiar

quatro momentos

distintos nas aulas: ouvir, falar, ler e escrever;

10- Tempo de estudos para os alunos –

Grupos de Estudos;

11- Produção de

material escrito pelos alunos;

12- Incentivo à leitura;

Uso inadequado do livro didático como material de leitura e

consulta;

13-Poucas retiradas de livros na biblioteca;

14- Desvalorização

da produção intelectual dos alunos;

15- Dinâmica das

aulas; Administração inadequada do tempo;

Equipe pedagógica Professor

Coordenador do Grupo/alunos

Equipe Pedagógica

Todos os Professores

Todos os Professores

Todos os Professores

Direção Equipe

Pedagógica Corpo Docente

Todos os Professores

Ano todo

Ano todo

Ano todo

Ano todo

Ano todo

Ano todo

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16-Elaborar

projetos interdisciplinare

s; Disponibilizar no site da escola o

conteúdo programático

das disciplinas;

17- Buscar alternativas para preparar alunos para o ENEM e

vestibular;

18- Oferecer estratégias

diferenciadas visando maior participação e

melhor rendimento no

ano.

16-

Interdisciplinaridade. Falta de diálogo entre

as disciplinas;

17- Simulado;

18- Atividade Complementar de

Aprofundamento da Aprendizagem -

(Preparação para o vestibular).

Todos os

Professores

Equipe Pedagógica/

Professores de todos os ano

Direção Equipe

pedagógica Professores envolvidos

Ano todo

Semestral

Ano todo

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nessa luta surda, no cotidiano, na lenta tarefa de transformação da ideologia, na guerrilha ideológica [...]. Por que ela pode ser transformadora? Porque o trabalho educativo é essencialmente político e, é o político que é transformador.

Moacir Gadotti

O Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal, diante

das demandas da sociedade e das próprias mudanças na legislação educacional

(LDB 9394/96) necessitou rever suas práticas e posturas com o intuito de estar

sintonizada com tais mudanças.

Nesse sentido, a escola revisitou seu Projeto Político-Pedagógico para que,

de forma coletiva, democrática e transparente pudesse discutir os avanços da

escola e propor alternativas para as suas fragilidades.

A reconstrução do PPP aconteceu a partir de estudo e reflexão com os

diversos segmentos, em encontros com Conselho Escolar, APMF, alunos (as). Os

encontros entre professores (as), equipe pedagógica e direção aconteceram nas

semanas pedagógicas e reuniões pedagógicas.

A cada encontro, a construção era socializada com o grupo para sugestões,

alterações e adendos, para o seu aprimoramento. Contudo, o documento não é

completo e acabado, pelo contrário, tem-se a clareza que deve ser revisto

constantemente, por ser dinâmico e flexível a ponto de atender as demandas e

garantir o sucesso de todo o alunado.

A incomplitude, inconclusão e imperfeição deste documento, como bem nos

lembra Paulo Freire, legitima o movimento ininterrupto da história e os desafios

do fazer a história. O homem, segundo Freire (2006) como ser de relações,

desafiado pela natureza, a transforma com seu trabalho; e que o resultado desta

transformação, que se separa do homem, constitui seu mundo. O mundo da

cultura que se prolonga no mundo da história. Na inter-relação homem-mundo, o

homem cria, por meio de seu trabalho, o seu mundo.

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LUKÁCS, Georg. As Bases Ontológicas do Pensamento e da Atividade do Homem. In: Temas de Ciências Humanas. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. São Paulo: Livraria Editora Ciências Humanas, 1978.

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VYGOTSKY, L. Pensamento e linguagem. 3ª ed. São Paulo: M. Fontes, 1991.

ZACHARIAS, V.L.C. Centro de Referência Educacional. Disponível em

http://www.cefetsp.br/edu/prp/sinergia/complemento/sinergia_2010_n1/pdf_s/segmentos/artigo_05_v11_n1.pdf

Somente amarrados uns aos outros é que se escalam certas montanhas.

D. Perrot