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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO VEZ DO MESTRE
INTELIGÊNCIA E MEMÓRIA: SUCESSO NA
APRENDIZAGEM.
Por: Tatiana Freire do Sacramento
Orientador
Prof: Luís Cláudio Lopes Alves
Rio de Janeiro
2004.
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO VEZ DO MESTRE
INTELIGÊNCIA E MEMÓRIA: SUCESSO NA
APRENDIZAGEM
OBJETIVOS:
− Conceituar Inteligência e memória.
− Compreender o processo de Ensino/Aprendizagem.
− Entender como o cérebro funciona.
− Investigar quais são os vários tipos de inteligência e
memória.
− Abordar os diversos fatores determinantes sobre o
problema de aprendizagem.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço ao autor da minha vida: DEUS.
À Nossa senhora, minha mãe e intercessora junto a Jesus. A
aquela que me gerou em seu ventre materno, minha mãe
Marilene Rodrigues, pelo incentivo e apoio dado durante o
percurso deste trabalho monográfico. Também agradeço aos
amigos que direta ou indiretamente colaboraram na construção
de uma leitura, realmente significativa na vida dos
psicopedagogos e outros profissionais ligados a Área de
Educação.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à minha família, em especial minha mãe
Marilene Rodrigues, fiel escudeira, grande mulher e amiga de
todas as horas.
Tatiana Freire do Sacramento
METODOLOGIA
O estudo realizado neste trabalho monográfico, foi teórico, enfocado
diretamente com as idéias e conceitos científicos ou não, fundamentados por meios
da consulta de livros, artigos de revistas, apostilas e enciclopédias. Que deram
suporte para um aprofundamento analítico sobre o problema, na busca a solucioná-lo
de maneira fundamentada e coerente.
RESUMO
Por muito tempo acreditou-se que a memória era apenas utilizada como
decoreba de nomes, datas e fórmulas. Sendo esta confundida com repetição. Com
base nos estudos sobre o processo de aprendizagem da criança, concluiu-se que a
decoreba era inimiga da educação. Também a Inteligência se resumia ao grau de
domínio que uma pessoa tinha sobre as habilidades lingüísticas e matemáticas
medidas em um teste de quociente intelectual. Tendo em vista, isso, este trabalho
monográfico, tende a questionar até que ponto a inteligência e a memória são
consideradas fundamentais para uma aprendizagem eficaz, nos dando bases teóricas
dos pressupostos de Goleman, Gardner, Piaget, Wallon, entre outros que comprovam
e nos mostram indicadores para intervir junto ao educando.
Sendo o discente um ser singular, não existe uma “Fórmula mágica” para que
venha ou não ter sucesso, mais sim meios que possam facilitar sua aprendizagem.
O professor como sendo um facilitador no processo de aprendizagem, deve
ter um olhar psicopedagógico aguçado para poder fazer com que seu educando se
desenvolva dentro de suas limitações, sejam elas devido a sua idade, sexo, raça,
cultura ou genética.
SUMÁRIO
Introdução
8 Capítulo I 10
Inteligência e memória 10
Capítulo II 21
O desenvolvimento Emocional 21
Capítulo III 29
Inteligência e Criatividade 29
Conclusão 35
Bibliografia 37
Índice 39
Anexos
INTRODUÇÃO
A presente abordagem deste estudo, nos remete analisar as novas concepções
sobre memória e inteligência por pressupostos teóricos de Goleman, Gardner, Piaget
e Wallon entre outros. Tendo em vista uma compreensão maior sobre o processo de
aprendizagem dos aprendizes. Conscientizando profissionais de educação sobre a
amplitude de fatores determinantes que fazem do processo Ensino/Aprendizagem um
“Tormento” em sala de aula e que nos leva ao fracasso na aprendizagem. Pois os
antigos conceitos sobre inteligência e memória ainda permeiam as nossas unidades
escolares. Sendo um desafio mudar o enfoque de rotulação, o qual certos professores
expõem seus alunos. Criando neles um estigma de incapacidade que pode perdurar
durante toda sua vida adulta.
Fazer com que os educadores tenham uma visão holística dos seus educandos,
é primordial neste registro.
Este Trabalho monográfico, dispõe de três capítulos:
− Capítulo I – Inteligência e Memória
− Capítulo II – O Desenvolvimento Emocional
− Capítulo III – Inteligência e Criatividade
Estes capítulos se subdividem falando sobre: Inteligência ou Inteligências?
Memória ou memórias? Conhecimento prévio e aprimoramento da memória, sucesso
através dos sentimentos, Inteligência Emocional, memória e Emoção, o
desenvolvimento da inteligência e da criatividade. Dando suporte para responder a
seguinte indagação:
Até que ponto a inteligência e a memória são consideradas pontos
fundamentais para uma aprendizagem eficaz?
Com essa resposta podemos inculcar na mente dos novos e antigos docentes,
concepções que podem dar outra dinâmica no processo de Ensino/Aprendizagem. Foi
nessa perspectiva a base desta pesquisa.
CAPÍTULO I
Inteligência e Memória
“Ser Inteligente, não é não errar,
é saber como aproveitar e lidar bem com
os erros.”
Mário Sérgio Cortella (2002)
INTELIGÊNCIA
Conforme a Enciclopédia Barsa (1999/2001), um dos mais pesquisados
aspectos do pensamento foi a inteligência. Sendo definida pela psicologia como um
conjunto de aptidões em função das quais os indivíduos aprendem mais rapidamente
novas informações e se revelam mais eficientes no manejo e aproveitamento
adequados de conhecimentos armazenados por meio de aprendizados anteriores.
Aristóteles nos diz:
“Todos os homens por natureza desejam o saber.”
O psicólogo suíço Jean Piaget considera a inteligência uma qualidade que se
expressa pela maneira como o indivíduo se adapta ao meio, implicando tal adaptação
processos de assimilação e acomodação. Embora estes sejam processos distintos e
opostos, na realidade eles ocorrem ao mesmo tempo. Após ter havido a acomodação
o sujeito tenta novamente encaixar o estímulo no esquema que já possui e então
ocorrer a assimilação.
Existem momentos em que a assimilação prevalece sobre a acomodação é
mais importante. A adaptação resulta do equilíbrio entre assimilação e acomodação.
O Psicólogo Inglês Charles Edward Spearman no começo do século XIX, a
define como capacidade de fazer deduções a partir de relações e correlações. O
psicólogo Americano David Wechsler, a quem se devem duas das escalas de
inteligência mais comumente usada a explicar como sendo a capacidade global do
indivíduo para atuar de acordo com a finalidades previstas, para pensar
racionalmente e atuar de maneira eficaz em relação ao seu ambiente.
Historicamente, foram fixadas duas abordagens para o estudo da inteligência:
a quantitativa concentrada na análise das diferenças individuais visando basicamente
a medida e a qualitativa orientada no estudo da descoberta de leis gerais do
comportamento inteligente. Houve tentativas de unificação dessas duas linhas de
abordagem, mais a prática mais freqüente foi a análise separada dos aspectos.
Na pesquisa dos aspectos qualitativos acentuaram-se estratégias de solução de
problemas e processos de formação de conceitos e nos aspectos quantitativos o
interesse centralizou-se na detecção das aptidões envolvidas nas estratégias de
solução de impasses e na questão da medida.
A introdução do conceito de inteligência em psicologia, remonta ao final do
século XIX, com os filósofos ingleses Herbert Spencer e Francis Galton. Para ambos,
a inteligência identifica-se com uma aptidão geral superposta a aptidões específicas.
Spearman partiu da constatação de que existem correlações positivas entre os
diversos testes e para explicá-las admitiu a intervenção de um fator geral comum a
todos e que atuaria ao lado de fatores específicos para cada teste. Ao estudar esse
fator geral Spearman identificou-o com uma espécie de energia geral ou mental.
Podia-se comparar o funcionamento psíquico com o de máquinas, cujo acionamento
ocorreria por conta de uma fonte geradora de energia, que é o fator geral.
A primeira grande tentativa de mensuração na inteligência foi feita pelo
psicólogo Francês Alfred Binet. Convidado a participar de uma comissão organizada
pelo governo francês para estudar o problema da educabilidade dos débeis mentais
elaborou um método que constava de uma série de perguntas, propostas às crianças.
Os resultados obtidos de uma delas eram comparado aos produzidos pelas outras da
mesma faixa etária. Ele partia da observação do que fazem os sujeitos mais bem
dotados em relação a média dos indivíduos do princípio de que as crianças mais
velhas tem a inteligência mais desenvolvida que as novas.
Deve-se à contribuição de Wilian Stern a formulação dos resultados não mais
em termos de idade mental, mas em termos de quociente de inteligência (QI). A idéia
consistiu em dividir a idade mental (IM) pela idade cronológica (IC) e multiplicar o
resultado por 100, segundo a fórmula QI= (IM / IC) X 100.
O método de Binet revelou-se inadequado quanto às possibilidades de
aplicação ao nível do adulto. Essa dificuldade foi superada pelo psicólogo
Americano Edward Lee Thorndike, que partiu dois grupos claramente identificáveis
como integrados por indivíduos brilhantes e por indivíduos deficientes. A escala
métrica de Binet foi publicada em 1905. Mais logo sofreu revisões, quando em 1908
foi traduzida para o inglês. Em 1916 foi feita nova revisão, graças a Lewis Madison
Terman da Universidade de Stanford. A fórmula dita de Stanford – Binet, voltou a
reestruturar-se em 1937 e 1960, e desde então ficou sendo a fórmula mais usada de
avaliação da inteligência individual.
No início do período medieval Santo Agostinho, declarou:
“O primordial autor e motor do Universo é a inteligência (...) De todas as
buscas humanas a busca da sabedoria é a mais perfeita, a mais sublime, a mais útil
e a mais agradável.”
Conforme revista nova Escola (2003, Pág.31), estudos realizados por Wallon
com crianças entre 6 e 9 anos mostram que o desenvolvimento da inteligência
depende de como cada uma faz as diferenciações com a realidade exterior
ocasionando confeitos entre dois mundos necessários para evolução da inteligência.
A revista Tudo que eu quero (2002, pág.29), nos mostra que uma série de
pesquisas vem derrubando o estereotipo do nerd de óculos, como exemplo de uma
mente brilhante. Os atuais trabalhos sobre o assunto demonstram que os mecanismos
responsáveis pela inteligência são muito mais complexos, flexíveis e menos
determinados por fatores como a genética. Segundo alguns especialistas, a
capacidade cerebral não se resume ao grau de domínio que uma pessoa tem sobre as
habilidades lingüísticas e matemáticas, medidas num teste de quociente intelectual.
Elas representam apenas uma das várias aptidões que podem ser definidas como
inteligência.
Para Piaget, o desenvolvimento mental é um processo dialético de construção
que busca a equilibração das estruturas cognitivas.
MEMÓRIA
Conforme Enciclopédia Barsa (1999/2001), os primeiros estudos
experimentais sobre a memória foram realizados pelo Psicólogo Alemão Hermam
Ebbinghaus. No fim do século XIX, ele planejou experiências sobre o aprendizado
de sílabas sem sentido que lhe permitiram avaliar a capacidade e tempo de
armazenamento da informação, bem como a facilidade de recuperação do material
armazenado.
O Britânico Frederic C. Bartlett, trabalhou com material significativo e
afirmou que só se retém esquemas muito gerais daquilo que experimentou
anteriormente.
Para Sigmund Freud, o mecanismo da recuperação da informação e
esquecimento seria causado por um fator repressivo de caráter inconsciente. Algumas
lembranças ficam “escondidas” porque estamos expostos a mais informações do que
conseguimos guardar. Voltando a consciência sem que o indivíduo controle.
Os Behavioristas e Neobehavioristas explicam o esquecimento da informação
armazenada por interferências no processo e recuperação.
O esquecimento é o descarte de algo pouco importante que só serve para
sobrecarregar os mecanismos de memorização.
Segundo as modernas teorias cognitivas são três os processos básicos da
memória: Codificação da informação armazenamento e recuperação.
1.1 - Inteligência ou Inteligências?
Segundo a coletânea de monografias (2001,Pág.86) encarar a inteligência
como os antigos estudos do Francês Alfred Binet e a sua medida de Q.I seria
insuficiente num mundo de mudanças velozes, que exige do homem cada vez mais
criatividade e cooperação para a resolução de problemas.
A insatisfação por parte de alguns teóricos com o conceito de Q.I e com as
visões unitárias de inteligência como L.L Thurstone J.P Guilford e outros. Um
teórico porém se destaca por seus estudos relativamente recente onde propõe uma
nova abordagem da inteligência. Este é Howard Gardner, que introduziu em 1983 a
teoria da inteligência múltiplas, que considera a capacidade intelectual como um
conjunto de habilidades e vias de aprendizado independentes umas das outras.
Todos nós temos capacidades diferentes, porém cada um nasce com
capacidade para desenvolver todas as inteligências e isso acontece naturalmente.
Gardner (1994) formulou uma definição do que chamou de “Inteligência”:
“Uma inteligência é a capacidade de resolver problemas ou de criar
produtos que sejam valorizados dentro de um ou mais cenários culturais.”
Gardner, propôs algumas competências humanas e as define:
1. Lingüística ou verbal: Habilidade para falar e escrever e facilidade com
gramática, sintaxe e vocabulário.
2. Musical: Habilidade para produzir e apreciar ritmos, tons, timbres, para
discriminar sons, para apreciar música, tocar um instrumento ou compor.
3. Lógico – matemático: Sensibilidade para perceber padrões matemáticos ou
lógicos, habilidades para lhe dar com uma série de raciocínios, para explorar
padrões, levantar hipóteses, para experimentar de forma controlada.
4. Corporal – Sinestésica: Capacidade para controlar os movimentos do corpo,
para usar a coordenação final e ampla nos esportes, nas artes cênicas e
plásticas. Permite que os indivíduos manipulem objetos com precisão e
movam-se na forma coordenada e precisa.
5. Interpessoal: Talento para perceber humores, motivações e lidar com os
sentimentos das pessoas.
6. Intrapessoal: Capacidade de profundo auto-conhecimento, de perceber e
compreender as próprias emoções e de utilizar essa sabedoria para entender e
controlar seus comportamento.
7. Naturalista: Aptidão para reconhecer os padrões da natureza usando seus
diversos seus diverso sentidos, de classificar objetos e seres e de estudar e
cuidar dos vegetais e animais.
8. Espacial: Capacidade para perceber o mundo visual e espacial e de atuar
sobre ele. Capacidade de pensar em termos tridimensionais, de perceber
imagens internas e externas, de criar, de transformar ou modificar imagens,
de se localizar e localizar objetos nos espaço.
9. Existencialista: Essa nossa inteligência que ainda está em estudo relaciona-se
à capacidade de considerar questões mais profundas da existência, de fazer
reflexões sobre quem somos, de onde viemos e por que morremos.
Gardner ainda não aceita por inteiro está última inteligência citada, por que os
cientistas ainda não provaram que ela requer áreas específicas do cérebro. Por isso
ele costuma dizer que existem oito inteligências e meia.
(JORNAL APPAT – EDUCAR – 2003).
1.2 - Memória ou Memórias?
Conforme Revista Nova Escola (2003 Pág. 43-47) na idade média a
mnmotécnica era utilizada pelos universitários para decorar nomes de reis e períodos
de governos. Assim essa capacidade mental, relacionada a repetições foi
stigmatizada como uma das barreiras para a verdadeira aprendizagem.
Nos últimos 20 anos, a neurociência avançou muitos nas descobertas sobre o
funcionamento do cérebro. Hoje sabe-se o que acontece quando ele está captando,
analisando e transformado estímulos em conhecimento e o que ocorre nas células
nervosas quando elas são requisitadas a se lembrar do que já foi aprendido.
“ A memória Humana é um canteiro de informações e experiências para que
cada um de nós produza um fantástico mundo de idéias.”
( CURY, 2003 PÁG 69).
Acredita-se existirem tantas memórias quantas forem as experiências
acumuladas. Por isso a memória pode ser classificadas da seguinte maneira:
I. Pela sua duração
• Memória de curto Prazo
Sobreviver o tempo necessário para a informação ser utilizada é só
permanece no caso encontre vínculo com outra informação já armazenada
ou pela repetição.
• Memória de longo prazo
Fica mais tempo no cérebro, pois a informação foi aprendida, seus
estímulos geraram novas sinapses.
II. Pelo seu Conteúdo
• Memória declarativa
A episodia ou autobiográfica guarda os fatos vividos pelo sujeito.
Situações que despertaram algum tipo de emoção no indivíduo.
• Memória de procedimentos
Composta de habilidades motoras ou sensoriais. Muitas das vezes,
aprendizagem se dá, de maneira inconsciente.
• Memória de trabalho ou Ativa
Conecta as informações da memória de curto prazo com as já arquivadas
para comparar, usando as capacidades do córtex Pré frontal do cérebro.
Segundo Antunes (1937), além dessas, possuímos também memórias
sensórias como a olfativa, tátil, gustativas, visuais e auditivas.
Sendo percebidas de maneiras mais clara, em lesões ou disfunções cerebrais.
De acordo com a revista Tudo Que Eu Quero (2002 Pág.31) exames
específicos modernos, como: tomografias que exibem imagens de atividade cerebral,
mostram que os lobos frontais de dois homens, um de 25 anos e o outro de 75 anos,
emitem um brilho idêntico nas áreas ativadas durante o mesmo teste de memória.
Segundo Antunes, a exist6encia dessas memórias são mais claramente
presenciadas de forma isolada em lesões ou disfunções cerebrais.
1.3 - Conhecimento Prévio e Aprimoramento da Memória
Tendo como fonte de referência a revista Nova Escola (2003 Pág.43),
relatamos que quando o estudante recebe informações de todo tipo elas se
transformam em estímulos para o cérebro e circulam pelo córtex cerebral antes de
serem arquivadas. Sempre que encontram um arquivo já formado arruma um
“gancho” para seu armazenamento e para que futuramente seja facilmente resgatada.
Segundo Antunes (1937), pesquisas recentes mostram que os que mais usam
sua mente de forma saudável a conservam até idades avançadas. Pois o que decidi a
qualidade da memória é a quantidade de exercícios que o cérebro costuma ser
submetido.
Os exercícios neuróbicos são os mais conhecidos, pois estimulam a ação
cerebral na medida em que se fundamentam em fugir da rotina e impor desafios que
atuam sobre o cérebro como verdadeira ginástica, sendo estes, estimuladores dos
hemisférios esquerdo e direito.
“É a reprodução mental das experiências captadas pelo corpo por meio dos
movimentos e dos sentidos. Essas representações são evocadas na hora de executar
atividades, tomar decisões e resolver problemas, na escola e na vida.”
(Elvira Lima).
Este capítulo aborda as diversas teorias sobre inteligência e memória.
CAPÍTULO II
O Desenvolvimento Emocional
“O “eu”, que representa a vontade consciente ou a liberdade de decidir, tem
de ser treinado para tornar-se líder e não um fantoche.”
Augusto Cury (2003)
Segundo Lima [S.D], uma das contribuições da psicologia é a compreensão
do papel da emoção no desenvolvimento humano. Propondo um modelo de
desenvolvimento que extrapola a noção difundida de que o indivíduo que aprende na
escola é um sujeito “cognitivo”. Na verdade o indivíduo que aprende na escola está
se desenvolvendo enquanto personalidade e enquanto membro do grupo cultural que
pertence a emoção encontra-se na origem da consciência, operando a passagem do
mundo orgânico para o social, do plano fisiológico para o psíquico.
Wallon (1879 – 1962), busca compreender as emoções tentando aprender sua
função. Elaborou a tese de que a inteligência humana se desenvolve a partir do
sistema emocional, tese hoje corroborada pelas descobertas recentes das
neurociências que nos informa sobre o funcionamento cerebral que mobiliza em toda
ação cognitiva as áreas cerebrais da emoção. Cabendo Compreender os processos
pelos quais passa o indivíduo nesta perspectiva de desenvolvimento.
Conforme a reportagem da revista Nova Escola (2003. Pág.31), a teoria de
Wallon, as emoções dependem da organização dos espaços para se manifestarem. A
escola insisti em mobilizar a criança numa carteira, limitando a fluidez das emoções
e do pensamento tão necessário para o desenvolvimento completo da pessoa.
Considera que tentam, encaixar as emoções numa lógica linear e suprimem o aspecto
que não se integra ao quadro conceitual delineado.
No primeiro ano de vida a emoção é comportamento predominante, pois sua
sobrevivência depende da ajuda de parceiros mais experientes. Seus movimentos
expressam disposições orgânicas, estados afetivos de bem estar ou de mal estar. No
primeiro ano de vida a emoção é comportamento predominante então desencadeia no
outro reações de ajuda para satisfazer suas necessidades e estas pessoas próximas
acolhem e interpretam as reações do Bebê.
Pouco a pouco o bebê estabelece co- respondência entre seus atos e os do
ambiente e os tornam cada vez mais intencionais. Com a aquisição da linguagem
diversificam-se e ampliam-se os motivos dos estados afetivos, e os recursos para sua
expressão.
Devido a seu poder de contágio, as emoções propiciam relações inter-
individuais nas quais diluem-se os contornos da personalidade de cada um.
Tanto para o recém nascido como para as sociedades, as emoções aparecem
como forma primeira de adaptação ao meio e tendem a ser suplantadas por outras
formas de atividade psíquica. A análise genética deve ser buscada para compreensão
dos significados da emoção.
2.1 – Memória e Emoção
Segundo Cury (2003), a memória é o terreno onde é cultivada a educação, ela
é a caixa de segredos da personalidade. Tudo o que somos, o mundo dos
pensamentos e o universo de nossas emoções são produzidos a partir dela.
O registro na memória é involuntário, realizado pelo fenômeno RAM
(registro automático da memória).
As experiências tensas são registradas no centro consciente e a partir daí
serão lidas continuamente. Com o passar do tempo elas vão sendo descoladas para a
periferia inconsciente da memória, chamada de ME (memória existencial).
Em alguns casos, o volume de ansiedade ou sofrimento pode ser tão grande
que provoca um bloqueio da memória. Este bloqueio é uma defesa inconsciente que
é vista o resgate e a reprodução da dor emocional.
Normalmente as experiências com alta carga emocional ficam disponíveis
para serem lidas e gerarem milhares de novos pensamentos e emoções.
A única possibilidade de resolver nossos conflitos, é reeditar os arquivos da
memória, através do registro de novas experiências sobre as experiências negativas,
nos arquivos onde elas estão armazenadas.
Para reeditar o filme do inconsciente existem muitas técnicas cognitivas que
atuam nos sintomas, sejam técnicas analíticas que atuam nas causas. O ideal é unir as
duas.
A emoção não apenas determina se um registro será frágil ou privilegiado,
mais determina o grau de abertura dos arquivos num determinado momento.
O acesso à memória na inteligência humana, passa pela barreira da emoção.
A memória humana não está disponível quando queremos, quem determina a
abertura dos arquivos da memória é a energia emocional que vivemos a cada
momento.
Sandra Witleson (2000), testou homens e mulheres para localizar a emoção
no cérebro. Usando imagens tocantes que primeiro eram mostradas ao hemisfério
direito através do olho e ouvido esquerdos, e depois ao hemisfério esquerdo através
do olho e ouvido direitos, ela concluiu que a emoção não é tão fácil, de determinar
precisamente no cérebro como a habilidade espacial e a função da fala.
Exames de ressonância magnética mostram que no homem a emoção se
posiciona, no hemisfério direito.
Em uma discussão o homem consegue argumentar com lógica, manejando as
palavras (hemisfério esquerdo) e muda em seguida para soluções espaciais ( parte
frontal do hemisfério direito), sem se deixar levar pela emoção. O corpo caloso do
cérebro masculino, menor que do feminino, dificulta a operação simultânea da
emoção com outras funções.
Na mulher, a emoção está presente em uma região bem mais ampla de amos
os hemisférios e consegue operar ao mesmo tempo que as outras funções cerebrais.
A mulher pode se emocionar durante uma discussão.
“Uma visão da natureza que ignora o poder das emoções é lamentavelmente
míope. O próprio homo sapiens a espécie pensante, é enganoso à luz da nova
apreciação e opinião do ligar das emoções em nossas vidas, que nos oferece hoje a
ciência. Para melhor e para pior, a inteligência não dá nada quando as emoções
dominam.”
(Antunes, 1988:25).
2.2 – Inteligência Emocional
De acordo com a coletânea de monografias (2001 – RJ), o século passado
caracterizou-se pelo estímulo ao desenvolvimento da parte direita do cérebro mais
voltada para a razão e a cognição. O homem adquiriu inúmeros conhecimentos,
desenvolveu amplamente a tecnologia, mas desaprendem a conviver.
A história humana sempre foi conflituosa, mas há elementos novos que
acentuam o perigo e, especialmente, o extraordinário potencial de auto-destruição
criado pela humanidade durante o século XX. No mundo atual muitas vezes um
mundo de violência que se opõe a esperança posta por alguns no progresso da
humanidade.
O que o tempo todo a mídia considerável parte dos pais e educadores e a
sociedade de uma maneira geral vem ensinando é a lei do mais forte, o hedonismo, a
manifestação do analfabetismo emocional, como revela Goleman no capítulo XV de
seu livro de Inteligência Emocional.
Assim sendo, vemos que o mundo evoluiu, a sociedade mudou, mas as
pessoas não aprenderam a conviver nem expressarem bem seus próprios sentimentos.
Vive-se num tempo de pessoas tensas, ansiosas, que não sabem lidar com as
múltiplas manifestações de suas emoções e por isso se tornam prisioneiras, escravas
mesmo destas manifestações. Tendo, muitas vezes suas vidas e a vida dos outros
marcadas pela falta de habilidade inter e intra pessoal.
“O homem seguiu o racionalismo até um ponto em que o racionalismo se
transformou em completa irracionalidade. Desde Descartes, o homem vem
separando sempre mais o pensamento do afeto; só o pensamento se considera
racional-o afeto, pela própria natureza, irracional, a pessoa, eu, foi decomposta
num intelecto, que constitui o meu ser, e que deve controlar-me a mim como deve
controlar a natureza. O domínio da natureza pelo intelecto e a produção de mais e
mais coisas tornam-se as metas supremas de vida. Neste processo o homem se
converteu numa coisa, a vida ficou subordinada à propriedade, o ser é dominado
pelo haver.”
(Fromm, 2002 Pág.11)
Em seu estudo Heart Start cita pelo menos sete ingredientes básicos da
inteligência emocional a serem desenvolvidos. São eles:
1) Confiança
2) Curiosidade
3) Intencionalidade
4) Auto Controle
5) Relacionamento
6) Capacidade de comunicar-se
7) Cooperatividade
Reconhecer a inteligência emocional como uma aptidão mestra é essencial.
2.3 - O Sucesso Através dos Sentimentos
Segundo revista Veja (1997, pág 66), a matemática Sérvia Mileva Maric, que
dividiu a cama durante dezesseis anos com o Físico Albert Einstein, era para o autor
da teoria da relatividade pouco mais do que uma escrava maltratada pelos excessos
de rabugice do cientista. Na vida privada Sigmund Freud sofria de algo que ele
próprio diagnosticou, o complexo de Édipo. Karl Max não sabia administrar suas
finanças. Charles Darwin, um pesquisador compulsivo que tinha a síndrome de
pânico.
Gente que fixou na cultura ocidental um padrão de homem inteligente e, por
conseguinte, respeitado e bem sucedido.
Goleman mostra que a fórmula para o sucesso na vida repousa numa
combinação bem temperada de pensamento racional agudo com controle e auto
conhecimento emocionais.
Embora Goleman sabia que grande parte do comportamento emocional está
calcada numa matriz estabelecida pela genética e pelas primeiras experiências da
vida, ele admite que se pode aprender a controlar e dominar pelo menos parcialmente
os impulsos negativos, como a ira, a ansiedade, a melancolia ou os ímpetos
repressores.
Goleman, partindo de vários experimentos sobre compreensão da vida
mental, das indagações sobre o papel do emocional no convívio social e no
desenvolvimento do ser, aponta que:
As emoções, portanto são importantes para a racionalidade. Na dança entre
sentimento e pensamento, a faculdade emocional guia nossas decisões a cada
momento, trabalhando de mãos dadas com a mente racional e capacitando ou
incapacitado o próprio pensamento. Do mesmo modo, o cérebro pensante
desempenha uma função de administrador de nossas emoções a não ser naqueles
momentos em que elas lhe escapam ao controle e o cérebro emocional corre
solto(...) Isso subverte a antiga concepção de antagonismo entre razão e sentimento:
não é que queiramos eliminar a emoção e pôr a razão em seu lugar como queria
Erasmo, mais ao contrário precisamos encontrar o equilíbrio inteligente entre as
duas. O antigo paradigma nos exorta a harmonizar cabeça e coração. Fazer isso
bem em nossas vidas implica precisarmos primeiro entender com mais exatidão o
que significa usar inteligentemente a emoção.
(Goleman, 2003 Pág:30)
Hoje, a inteligência emocional é mais valorizada, devido o adensamento da
população no planeta e as formas cada vez mais intensas de conveniência social
tornam mais rara a possibilidade de sucesso solitário, pois a idéia de trabalho em
time está sendo fortemente levada em consideração para um resultado final coletivo.
O capítulo II mostra a emoção como essência no desenvolvimento humano.
CAPÍTULO III
Inteligência e Criatividade
“Reduzir o ser humano à razão significa
deixar de captar toda a complexidade
que o caracteriza. Reduzir o currículo ao
cognitivo significa deixar de captar toda
a complexidade que caracteriza o
processo de aprender a criar. Significa
ainda negligenciar além da imaginação e
da instituição, os sentimentos, os
desejos, o afeto, o corpo, o prazer:
fatores que tanto podem incentivar como
bloquear a construção de sabores e
conhecimentos.”
(Moreira, 1994, Pág 5-6).
Segundo a Coletânea de monografias (2001-RJ) a inteligência caracteriza-se
por duas funções básicas: a compreensão e a invenção. Inventar é estruturar o real.
A construção do conhecimento se dá a partir da oportunidade que se tem de
interação com o objeto de conhecimento. Quanto mais desafiadoras forem as
oportunidades e situações maior e melhor aprendizagem resultará, pois estimulará a
criatividade.
A velocidade das transformações ocorridas na atualidade exige que o
indivíduo seja o mais criativo, cooperativo e atualizado possível, a fim de ajustar-se
às mudanças ocorridas a todo o tempo e a garantir a sua sobrevivência.
Em contraposição a verdadeira ordem de transformação, observa-se que a
escola, de maneira geral, embora use um discurso inovador, continua retrógrada,
privilegiando o aspecto cognitivo do desenvolvimento.
3.1 – O Desenvolvimento da Inteligência e da Criatividade
Conforme a Coletânea de monografias (2001 – RJ), para Piaget o
desenvolvimento é visto como um processo dinâmico e constante que visa atingir
formas de equilíbrio cada vez melhores. Equilíbrio vindo de um processo dinâmico e
constantemente rompido.
A medida que os processos de equilibração / desequilibração, superação de
desafios, construção de novas estruturas ocorre, havendo uma estruturação superior,
processo denominado de equilibração. A função do desenvolvimento será produzir
estruturas lógicas que permitam ao sujeito atuar sobre o mundo de formas cada vez
mais flexíveis e complexas, buscando a adaptação.
O papel do educador é garantir o desequilíbrio de acordo com o seu nível de
desenvolvimento: sensório-motor, pré-operacional, operacional, concreto ou
operacional.
Segundo Antunes (1998), toda a criança irá se desenvolver ao longo da vida
como resultado de uma evolução complexa que combinou, pelo menos, três
percursos: a evolução biológica, a evolução histórico cultural e o desenvolvimento
individual de uma personalidade específica.
Desde o nascimento as linhas inatas do bebê interferem na maneira como pais
e professores se relacionam com essas crianças.
De acordo com a coletânea de monografia (2001-RJ), nos primeiros anos de
vida as crianças desenvolvem suas teorias e conceitos sobre o mundo. Na fase pré-
operatória demonstram suas capacidades nas diversas inteligências por meio de
sistemas simbólicos.
Entre 8 / 9 anos, fase intermediária elas querem conhecer as regras dos
domínios e as convenções da cultura, estágio operatório concreto, o qual chama
Piaget.
Na adolescência, período de crise, entra-se no estágio operatório formal,
segundo Piaget. Representa o momento da verdade no desenvolvimento da matriz no
talento.
Em torno dos 30 / 35 anos os indivíduos já tem sua situação definida trancede
a mera inteligência e busca uma existência de criatividade.
Segundo Gardner, todos os seres humanos são dotados de todas as
inteligências em certa medida.
Torna-se necessário desde a mais tensa idade, que os pais e educadores
ofereçam atividades estimuladoras, criem oportunidades, de acordo com a etapa de
desenvolvimento em que o indivíduo se encontra para que possam melhor
desenvolver sua criatividade.
3.2 – Testes de Inteligência e Seus Problemas
Segundo Leite (Psicologia diferencial Pág. 31-2), em 1904, na França, Alfred
Binet (1857 – 1911), criou os primeiros testes de inteligência, que tinham como
objetivo verificar os progressos de crianças deficientes do ponto de vista intelectual.
Partindo daquilo que as crianças poderiam realizar em cada idade.
Quase todos os testes de inteligência são apresentados através do que se
dominou Quociente Intelectual (Q.I). Este quociente é obtido, através da relação da
idade da criança e seu desempenho no teste, verifica-se se ela está no nível de
desenvolvimento intelectual considerado normal para sua idade.
O Q.I tende a ser estável quando as condições se modificarem para melhor ou
pior, o mesmo acontecerá com o Q.I.
Na prática os testes estavam medindo fatores parecidos ou completamente
diferentes. Alguns avaliavam o aspecto verbal e outros o fator percepção espacial.
A freqüência dos testes levantou um outro questionamento a rotulação ou
classificação das crianças como deficientes, normais ou super dotadas. Os pais e
professores passavam a agir de acordo com estas classificações. Estas que vieram de
uma sociedade que valorizava o falar bem, resolver problemas com facilidade,
apresentar facilidade para aprender. Pontos básicos de uma pessoa classificada
“normal”.
3.3 - Desenvolvimento da Inteligência de meninos e meninas
Conforme Allan e Bárbara Pease (2002), o cérebro das meninas é estruturado
para responder a pessoas e rostos, enquanto o dos meninos responde a objetos e
formas. Estas diferenças entre os sexos foram avaliadas cientificamente e os
resultados mostram que cada um percebe o mundo conforme a tendência da estrutura
de seu cérebro.
Em um teste forma apresentadas as crianças em idade pré-escolar fotografias
onde de um lado havia objetos e do outro rostos. Quando perguntados sobre o que
tinham visto, as meninas lembravam das pessoas e suas emoções e os meninos dos
objetos e suas formas.
No começo, os meninos não se saem bem na escola porque sua capacidade
verbal é inferior à das meninas. Idiomas e artes não são seu forte.
Eles se sentem inferiores as garotas que são mais comunicativas.
Anos depois, as meninas ficam para trás em física e ciências, que exigem
melhor habilidade espacial.
No cérebro da mulher, a fala tem duas áreas específicas: a principal fica
localizada na parte frontal do hemisfério esquerdo e a outra menor no hemisfério
direito. E como a fala é restrita a áreas específicas, o cérebro fica livre para executar
outras tarefas ao mesmo tempo.
Pesquisas recentes demonstram que, quando a mulher grávida fala, sua voz
ressoa pelo corpo e chega ao ouvidos do bebê em seu útero. Ele, então, aprende a
reconhecer a voz da mãe. Um recém nascido de apenas quatro dias já é capaz de
distinguir padrões da fala de sua língua nativa, de outros, de uma língua estrangeira
aos quatro meses, bebês percebem movimentos labiais associados aos sons das
vogais.
Aos dois anos de idade as meninas chegam a duas mil palavras.
A região do cérebro específica para a fala é que faz com que as meninas
aprendam outros idiomas com mais rapidez e facilidade que os meninos.
Confirmou-se a predominância feminina em matérias em que é exigida sólida
capacidade verbal em pesquisa realizada no Reino Unido em 1998.
Na Inglaterra, várias escolas tem turmas separadas pra meninos e meninas em
algumas cadeiras como Inglês, matemática e Ciências.
Na Shenfield High School, em Essex, houve uma prova de matemática em
que as meninas responderam as questões que tratavam de jardinagem, enquanto os
problemas dos meninos estavam ligados a loja de ferragens. Os resultados foram
impressionantes, pois se tira proveito das aptidões naturais dos cérebros masculinos e
femininos. Nessa escola as diferenças são respeitadas.
Este capítulo nos mostra a falta de inércia quando a inteligência e a
criatividade estão integradas.
CONCLUSÃO
Muitos teóricos estudam até os dias atuais o desenvolvimento da inteligência
no ser humano e qual é a sua relação com a memória, visto que estão interligadas.
Sendo a memória a responsável pela captação das experiências vividas, que faz com
que o indivíduo a conecte a nova informação e assim ocorra realmente uma
aprendizagem e não uma decoreba, como no passado.
A memória vem sendo recentemente mais estudada, e descobriu- se que esta
se subdivide-se pela sua duração e conteúdo. Mais não é somente ela que é
classificada de várias maneiras, estudos de Gardner comprovam a existência de
várias inteligências.
Enfim existem diversos estudos científicos e aprofundamentos teóricos
enfatizados por vários estudiosos, que nos remete várias possibilidades de
desenvolver práticas eficazes para a construção de conhecimento dos nossos alunos.
Mas não cabe somente a instituição escolar e ao governo viabilizar todo esse material
para os profissionais que dela fazem parte, ma também que esses professores
busquem sua formação continuada, busquem aprender a aprender, conhecer como se
dá a aprendizagem em si mesmo, para poder lidar melhor com essa geração tão
“bombardeada” de estímulos negativos. Estes que e retém ou não devido aos vários
fatores que vimos no decorrer deste trabalho e que os profissionais de educação
devem estar atentos para dar ao cérebro estímulos específicos e necessários ao
momento em que o discente está passando. Construir sentidos, ser um estimulador de
aprendizagens e um verdadeiro “adubador de memórias”, despertando em seus
educandos estratégias para uso coerente, levando estes a pensar sobre como se pensa.
Com esse estudo, pretendo contribuir para que se acabe com o paradoxo entre
teoria / prática e possa realmente uma agir sobre a outra na medida em que ambas
contribuam para o sucesso na aprendizagem de nossos alunos.
“Atuar no aparelho da inteligência é uma arte que poucos aprendem.”
(Cury, 2003 Pág. 53).
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I 10
INTELIGÊNCIA E MEMÓRIA 10
1.1 – Inteligência ou inteligências? 15
1.2 - Memória ou Memórias? 17
1.3 – Conhecimento Prévio e aprimoramento da memória. 19
CAPÍTULO II 21
O DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL 21
2.1 – Memória e Emoção 24
2.3 – Inteligência Emocional 25
2.3 – O Sucesso através dos Sentimentos 27
CAPÍTULO III 29
3.1 – O Desenvolvimento da Inteligência e da Criatividade 31
3.2 – Testes de Inteligência e seus Problemas 32
3.3 – Desenvolvimento da Inteligência de meninos e meninas 33
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