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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO MARCELA SILVEIRA DE ALBUQUERQUE UTILIZAÇÃO DE MODELOS DE HOLT-WINTERS PARA A PREVISÃO DA FROTA VEICULAR DE PERNAMBUCO MACEIÓ - AL 2014

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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO

MARCELA SILVEIRA DE ALBUQUERQUE

UTILIZAÇÃO DE MODELOS DE HOLT-WINTERS PARA A PREVISÃO

DA FROTA VEICULAR DE PERNAMBUCO

MACEIÓ - AL

2014

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MARCELA SILVEIRA DE ALBUQUERQQUE

UTILIZAÇÃO DE MODELOS DE HOLT-WINTERS PARA A PREVISÃO DA FROTA

VEICULAR DE PERNAMBUCO

Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito. Orientador: Prof. Manoel Ferreira do N. Filho Co-Orientador: Ronabson Cardoso Fernandes

MACEIÓ - AL

2014

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MARCELA SILVEIRA DE ALBUQUERQUE

UTILIZAÇÃO DE MODELOS DE HOLT-WINTERS PARA A PREVISÃO DA FROTA

VEICULAR DE PERNAMBUCO

Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito.

APROVADO EM ____/____/____

________________________________________________________

PROF. DR. MANOEL FERREIRA DO NASCIMENTO FILHO

ORIENTADOR:

________________________________________________________

PROF. DR. LIÉRCIO PINHEIRO DE ARAÚJO

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________

PROF. ESP. FRANKLIN BARBOSA BEZERRA

BANCA EXAMINADORA

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DEDICATÓRIA

Dedico o presente trabalho a minha família; minha mãe, meu pai, meu irmão, minha

avó Luiza, meu esposo e em especial a minha filha, Helen Giovanna, que me faz ver

a vida mais leve e me dá forças para continuar batalhando.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por ser minha força maior, a minha família, por

acreditar no meu potencial, aos meus amigos de toda uma vida, em especial

aqueles da vida acadêmica, que compartilharam de um esforço mútuo. Agradeço

também ao meu co-orientador Ronabson, pela paciência e competência e a todos

aqueles que de alguma forma torceram pelo meu sucesso profissional.

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“A persistência é o menor caminho do êxito.”

(Charles Chaplin).

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RESUMO

Diante de vários desafios para gerações futuras, a previsão da frota veicular para o estado do Pernambuco será importante para o planejamento e gerenciamento urbano. E, a partir da evolução da frota veicular de Pernambuco, tratou-se estatisticamente para a realização de uma previsão para 10 anos. Para isto, utilizaram-se dados da frota veicular de origem do DETRAN-PE, uma planilha eletrônica (EXCEL) para o tratamento estatístico e, outro para a previsão da frota veicular, no caso o Programa R. Aplicou-se nesses dados, o modelo de Holt-Winters, que descreve apropriadamente dados em que se verifica a ocorrência de tendência linear, além de componente de sazonalidade Os resultados preditos foram satisfatório, conseguindo acompanhar o perfil da evolução da frota desde 1970. A relação entre os preditos e os observados foi excelente, onde a correlação para Pernambuco, RMRe e Recife foram R²=0,999, R²=0,9987 e R²=0,9978, respectivamente. De acordo com a previsão da frota veicular, Pernambuco deverá ultrapassar 3 e 4 milhões de veículos nos anos de 2016 e 2020, respectivamente. No caso de Recife e RMRe, em 2020, eles terão mais de 1 e 2 milhões de veículos. E, portanto a demanda de veículos para o futuro influenciará em vários setores da economia, saúde e no trânsito. Palavras-chave: holt-winters, pernambuco, previsão.

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ABSTRACT

Faced with several challenges for future generations, fleet vehicle forecast for the state of Pernambuco will be important for urban planning and management. And, from the evolution of the vehicular fleet of Pernambuco, treated statistically to perform a forecast for 10 years. For this, we used data from the vehicle fleet of origin of DETRAN-PE, a spreadsheet (EXCEL) for the statistical treatment and another to predict the vehicular fleet in case the program R. We applied to these data, the Holt-Winters model, who properly describes data which confirms the occurrence of linear trend, and seasonality component. The predicted results were satisfactory, managing to follow the profile of the evolution of the fleet since 1970. The relationship between predicted and observed was excellent, where the correlation for Pernambuco, Metropolitan region and Recife was R² = 0.999, R² = 0.9987 and R² = 0.9978, respectively. According to the vehicle fleet forecast, Pernambuco would exceed 3 and 4 million of vehicles in the years 2016 and 2020, respectively. In the case of Recife and Metropolitan region, in 2020, they will have more than 1 and 2 million of vehicles. And therefore the demand for vehicles for the future will influence in various sectors of the economy, health and traffic. Keyword: holt-winters, pernambuco, forecast.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Localização do Nordeste do Brasil, em destaque o estado do

Pernambuco. .......................................................................................... 28

Figura 02 – Evolução da frota de veículos em Pernambuco (Preto), Região

Metropolitana de Recife (vermelho) e Recife (verde). ............................ 31

Figura 03 – Evolução veicular observado, em preto e, predito em vermelho, da

frota de Pernambuco compreendido de 1970 a 2013 pelo método

de Holt-Winters ....................................................................................... 32

Figura 04 – Dispersão dos valores observados e preditos da frota de veículos

para o estado de Pernambuco, no período de 1970 a 2013. ................. 33

Figura 05 – Projeção da frota veicular para Pernambuco. ........................................ 34

Figura 6 – Evolução veicular observado, em preto e, predito em vermelho, da

frota de Região Metropolitana de Recife, compreendido de 1970 a

2013 pelo método de Holt-Winters ......................................................... 35

Figura 07 – Dispersão dos valores observados e preditos da frota de veículos

para o estado de Pernambuco, no período de 1970 a 2013. ................. 36

Figura 08 – Projeção da frota veicular para Região Metropolitana de Recife. .......... 37

Figura 09 – Evolução veicular observado, em preto e, predito em vermelho, da

frota de Recife, compreendido de 1970 a 2013 pelo método de

Holt-Winters ............................................................................................ 38

Figura 10 – Dispersão dos valores observados e preditos da frota de veículos

para Recife, no período de 1970 a 2013. ............................................... 38

Figura 11 – Projeção da frota veicular para Recife. .................................................. 40

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Modelo Holt-Winters Aditivo. ................................................................. 30

Tabela 02 – Projeção da frota de veículos com valores mínimos e máximos,

com o percentil 95%, para os respectivos anos. ................................. 33

Tabela 03 – Projeção da frota de veículos da Região Metropolitana de Recife

com valores mínimos e máximos com o percentil 95%, para os

respectivos anos. ................................................................................. 36

Tabela 04 – Projeção da frota de veículos de Recife com valores mínimos e

máximos, com o percentil 95%, para os respectivos anos .................. 39

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 13

2.1 Psicologia do Trânsito ...................................................................................... 13

2.2 A Psicologia do Trânsito no Brasil .................................................................. 16

2.3 Comportamentos e Deslocamentos no Trânsito ............................................ 17

2.4 O Significado do Veículo para o Motorista ..................................................... 18

2.5 Congestionamentos .......................................................................................... 20

2.5.1 Fator de Hora-pico ......................................................................................... 22

2.5.2 Desempenho dos Automóveis Pesados em Aclives ................................... 22

2.5.3 Presença de Veículos Pesados. .................................................................... 22

2.6 Previsão da Frota Veicular nas Regiões Metropolitanas ............................... 23

2.7 Desvantagens do Aumento do Tráfego de Veículos ...................................... 25

2.7.1 Emissão de Poluentes e Doenças................................................................. 25

2.7.2 Tempo Gasto nos Congestionamentos ........................................................ 26

2.8 Previsão Quantitativa Baseada em Modelos de Holt-Winters. ...................... 26

2.9 Previsão Estratégica e Operacional para Empresas ...................................... 27

3 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 28

3.1 Ética .................................................................................................................... 28

3.2 Tipo de Pesquisa ............................................................................................... 28

3.3 Universo ............................................................................................................. 28

3.4 Sujeitos da Amostra .......................................................................................... 29

3.5 Instrumentos de Coleta de Dados ................................................................... 29

3.6 Plano para Coleta dos Dados ........................................................................... 29

3.7 Plano para a Análise dos Dados ...................................................................... 29

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 31

4.1 Evolução da frota de veículos para o Estado de Pernambuco ..................... 31

4.2 Predição e Previsão para o Estado de Pernambuco ...................................... 31

4.3 Predição e Previsão para Região Metropolitana de Recife ............................ 34

4.4 Predição e Previsão para Recife ...................................................................... 37

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 40

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41

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1 INTRODUÇÃO

Inúmeras mudanças econômicas e sociais ocorreram nas últimas décadas

proporcionando um novo modelo para a mobilidade urbana. O crescimento das

discussões relacionadas aos congestionamentos na atual situação do trânsito nas

cidades de grande e médio porte, tornando-se um dos principais focos de debates,

assim como a quantidade aumentada de gases poluentes emitidos pelos veículos

automotivos circulantes além da segurança viária.

Um dos grandes problemas das regiões metropolitanas deve-se aos

congestionamentos. Atualmente, sucessivos recordes de congestionamento tem

feito o motorista perderem tempo precioso e, além disso, a emissão veicular tem

causado excessos de poluentes atmosféricos, denegrindo a qualidade do ar,

resultando problemas no aparelho respiratório, como sinusite, rinite alérgica,

bronquite, asma e enfisema pulmonar, além de conjuntivite, irritação nos olhos e nas

mucosas.

Com isso, a previsão da frota veicular para o estado do Pernambuco

contribuirá para o entendimento desses veículos nas principais vias, avaliar as

consequências e, propiciará o planejamento e gerenciamento urbano para gerações

futuras. Além disso, exigirá uma maior demanda de Psicólogos para realização de

Avaliação Psicológica. Nesse sentido, o modelo Holt-Winters tem sido bastante

utilizado para a previsão de séries temporais que apresentam variação cíclica e se

adequa a séries que possuem somente um padrão cíclico incorporado a mesma.

Esse modelo proposto incorpora tanto a tendência quanto o efeito sazonal.

Contudo, bem menos progressos têm sido alcançados em melhorias do

potencial de segurança dos condutores nas estradas. Na circulação humana, o

comportamento do condutor é, sem dúvida, o fator mais importante e contribuinte na

imprudência ao volante e nos acidentes de trânsito.

Portanto, o presente estudo visa estimar a frota veicular para Pernambuco

utilização de modelo Holt-Winters para os próximos 10 anos.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Psicologia do Trânsito

A Psicologia do Trânsito nasceu em 1910. Seu precursor foi Hugo

Munsterberg, aluno de Wundt, que a convite de Willian James foi para os Estados

Unidos para ser diretor do laboratório de demonstração de Psicologia Experimental

da Universidade de Harvard. Se inicialmente a tendência americana era de tirar a

Psicologia dos laboratórios e mostrar sua aplicabilidade na sociedade, alguns anos

após, se tornou o arauto da Psicologia Aplicada. Criou a Psicologia Forense e foi o

primeiro psicólogo a submeter motoristas dos bondes de Nova York a uma bateria

de testes de habilidades e inteligência, (ROZESTRATEN, 2003).

O reconhecimento da profissão de psicólogo no país ocorreu na década de

1960, por meio da Lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962, e sua regulamentação

pelo Decreto nº 53.464, de 21 de janeiro de 1964. Nessa época, os psicólogos

iniciaram o movimento de criação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais

de Psicologia. Vale ressaltar que os profissionais que atuavam na avaliação das

condições psicológicas para dirigir já contavam com a tradição de mais de uma

década na aplicação dos exames psicológicos (HOFFMANN & CRUZ, 2003;

DAGOSTIN, 2006).

Em função do avanço da legislação de trânsito e da psicologia aplicada nos

anos de 1960, foi regulamentada, em 1968, a criação dos serviços psicotécnicos nos

Departamentos de Trânsito dos estados. Desde então, e com o advento do código

de trânsito brasileiro em 1998, o psicólogo se inseriu no processo de habilitação nos

DETRANs, realizando a avaliação psicológica pericial de motoristas, outrora

denominado de exame psicotécnico, sendo atualmente um procedimento obrigatório

para todos os candidatos à obtenção da carteira de motorista e na renovação, no

caso dos condutores que exercem atividade remunerada dirigindo (VIEIRA et al.,

1956; SPAGNHOL, 1985; BRASIL, 2002).

Cabe lembrar que, dentre as diversas atividades possíveis a serem

realizadas pelo psicólogo no âmbito do trânsito, a Avaliação Psicológica é uma

delas, por se tratar de um processo técnico exigido pela legislação brasileira do

trânsito. Esta atividade é definida através de regramento específico, como as

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Resoluções do Conselho Federal de Psicologia de nº 007 de 2003 e a 007 de 2009.

(CFP, 2003-2009)

O psicólogo do trânsito que se utiliza dos pressupostos teórico metodológicos

da Psicologia da Saúde, contribui para a prevenção de acidentes e a promoção da

qualidade de vida, do bem estar e da saúde integral da sociedade, quando não se

afasta da concepção biopsicosócio-ambiental do participante do trânsito, adotando

uma postura favorável ao diálogo interdisciplinar e buscando estratégias de

intervenção, prevenção e promoção de comportamentos seguros no trânsito

(PETTENGILL, 2010).

A Psicologia do Trânsito pode ser conceituada como o estudo do

comportamento do usuário das vias e dos fenômenos/processos psicossociais

subjacentes ao comportamento. O conceito é amplo, pois o comportamento do

condutor tem sido estudado em relação a uma diversidade de questões, tais como:

procura visual, dependência de campo; estilo de percepção; atitudes; percepção de

risco; procura de emoções, atribuição, estilo de vida, e carga de trabalho/trabalho;

estresse e representação social. Estas questões indicam a pluralidade de

abordagens que constituem a fundamentação teórica para a pesquisa em Psicologia

do Trânsito.

A real dificuldade da Psicologia de Trânsito é a relação entre

fenômenos/processos psicológicos e acidentes, porque é extremamente difícil obter

informações válidas sobre acidentes e o comportamento que os precedem.

Queiroz e Oliveira (2003) citam estudo realizado pela OMS (Organização

Mundial de Saúde) de 1984, onde se chegou a conclusão de que é necessário um

conhecimento maior dos contextos sócio culturais e psicológicos dos envolvidos em

acidentes de transito para o desenvolvimento de programas de capacitação,

reabilitação e educação mais eficientes e que promovam um comportamento mais

adequado no trânsito, tendo em vista as graves consequências dos acidentes de

trânsito e o alto custo social que representam, pois, o comportamento no trânsito é

fortemente influenciado pela dimensão comportamental, associada a um sistema de

valores.

A difícil obtenção de informações válidas sobre os acidentes e o

comportamento dos que os precedem torna mais difícil relacionar fenômenos

ocorridos com os processos psicológicos dificultando o trabalho da Psicologia de

Trânsito, pois, os registros são muito superficiais quando se referem a fenômenos

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psicológicos subjacentes ao comportamento anterior ao acidente ou à atribuição das

causas.

O psicólogo avaliador deve aproveitar sempre todas as oportunidades,

deixando o mais esclarecido possível para a população em geral sobre a

responsabilidade social e o respeito do seu trabalho.

Após a finalização da avaliação o psicólogo elabora um laudo, com resultado

final conclusivo. Atualmente existem três tipos de resultados possíveis:

I- apto: quando o desempenho apresentado é condizente para a condução de

veículo automotor.

II- inapto temporário: quando não é apresentado desempenho condizente

para a condução de veículo automotor, porém o avaliado possui um tempo para se

adequar e voltar a fazer o processo para a obtenção da CNH.

III- inapto: quando o desempenho apresentado não é condizente para a

condução de veículo automotor.(CRP-PR)

Por esse motivo, outras abordagens fazem-se necessárias, nas quais equipes

multidisciplinares poderão estudar em profundidade a dinâmica dos acidentes.

Embora tais estudos tenham se mostrado úteis na identificação de fatores do

planejamento da via e do veículo que favorecem a ocorrência de acidentes, eles

trazem pouco discernimento dos processos psicológicos envolvidos. Além disso, são

extremamente dispendiosos, razão pela qual outras abordagens são preferidas, e

uma dessas é o estudo observacional.

Ainda que estudos de observação forneçam detalhada informação sobre os

fenômenos psicológicos que ocorrem naturalmente, dizem muito pouco sobre os

determinantes comportamentais. Como a observação fornece pouca oportunidade

para controlar as condições nas quais o comportamento é exibido, ela dificulta

determinar quais fenômenos/processos psicológicos observáveis são específicos de

cada situação.

A necessidade de informação mais detalhada e objetiva tem estimulado

pesquisas, desenvolvidas em veículos instrumentados, que permitem medidas de

parâmetros de direção, tais como, desvio lateral e distância de seguimento. Também

simuladores de direção, que produzem ambientes virtuais e possibilitam um controle

muito mais rigoroso das condições experimentais, estão sendo usados. Entretanto,

esta tendência a um controle mais experimental é também neutralizada por outra

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tendência a uma abordagem mais humanística e empírica, que enfatiza o valor da

avaliação subjetiva do comportamento dos condutores e sua segurança.

2.2 A Psicologia do Trânsito no Brasil

No Brasil o interesse dos psicólogos pelo trânsito remonta a meados do

século XX, de acordo com Hoffmann e Cruz (2003), e ao longo de sua história

podem ser distinguidas quatro etapas nesse desenvolvimento ou evolução.

A primeira etapa é marcada pelo reconhecimento da psicologia como ciência

e profissão. No que diz respeito à Psicologia do Trânsito observa-se seu surgimento

com a criação de instituições de seleção e treinamento industrial e de trânsito, sob a

direção de Roberto Mangue, considerado o expoente da Psicologia do Trânsito do

Brasil (CRUZ E HOFFMANN, 2003 apud CARELLI, 1975) .

Com a criação do Instituto de Seleção e Orientação (ISOP), começou a

avaliar os candidatos a motorista por meio de entrevistas e provas de aptidão e

personalidade. Em 8 de junho de 1953 o Conselho Nacional de Trânsito, promulga a

obrigatoriedade do exame psicotécnico para os candidatos à profissão de

motoristas, e em 1962 essa resolução é estendida a todos os candidatos à Carteira

Nacional de Habilitação. É a partir de 1963 que há a consolidação da Psicologia do

Trânsito, segundo Cruz e Hoffmann, (2003). Essa segunda fase é marcada

principalmente por uma nova forma de atuar no trânsito, deixando de ser um

trabalho apenas instrumental e de avaliação de aptidões e características de

personalidade. Com a criação dos Conselhos Federal e Regionais de Psicologia,

passa a haver preocupação quanto às questões relacionadas à ética na atividade de

avaliação, bem como quanto à fidedignidade desses meios de avaliação, e medidas

empregadas e sua validade. É nessa fase que Rozestraten é introduzido nesse

cenário havendo uma preocupação com os processos de interação do

comportamento do condutor com o meio e fatores cognitivos associados. Segundo

os mesmo autores, a quarta fase teve início com a promulgação do Novo Código de

Trânsito, que traz consigo a temática referente aos problemas de circulação

humana, levando os psicólogos a repensarem seu papel frente às decorrências

sociais e técnicas, intensificando os estudos e análises da circulação humana não

mais a partir do automóvel, do metrô, do avião, mas a partir dos seres humanos.

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A formação de pesquisadores no domínio da Psicologia do Trânsito demanda

uma avaliação criteriosa do que significa conhecer fenômenos/processos

psicológicos envolvidos na atividade de conduzir veículos.

Como os fenômenos psicológicos nem sempre se mostram claros, esses

pesquisadores experimentam a sensação de estar lidando com o desconhecido. A

compreensão dos fenômenos psicológicos do comportamento do condutor, neste

caso, não configura tarefa fácil devido ao grau de complexidade e plurideterminação

dos eventos. Modelos explicativos do comportamento do condutor, a estruturação de

uma área de estudo é um exercício constante de especulação sobre a realidade

circundante, por meio da criação de modelos teóricos explicativos, da elaboração de

metodologias e técnicas de intervenção, capazes de instrumentalizar o cientista

quanto a esta realidade. A necessidade de explicar o comportamento do condutor de

veículo cria a possibilidade de sistematizar modelos de investigação dos

fenômenos/processos psicológicos subjacentes à natureza desse comportamento.

Segundo Armôa e Souza (2006), a preocupação sobre o fenômeno trânsito

tem conduzido a reflexões em várias áreas de estudos. No Brasil, as vítimas de

acidentes de mutilações permanentes são bruscamente impedidas de levar uma

vida “normal”. As discussões atuais sinalizam a urgente necessidade de responder

as problemáticas geradas por este fenômeno. (INTERBIO v.2 n.1 2008 - ISSN 1981-

3775)

2.3 Comportamentos e Deslocamentos no Trânsito

Segundo Rozestraten (1988), demorou muito até os psicólogos descobrirem

que o comportamento no trânsito pode e deve ser estudado cientificamente, ainda

mais por que se revelou um dos comportamentos mais perigosos. Isso pode ter

acontecido por que as práticas profissionais dos psicólogos ainda se voltavam para

estudos individuais e sociais com ênfase no comportamento individual, e por vezes

de natureza clínica, e ainda restrita na alteração de medidas populacionais, típico,

por exemplo, de uma ciência das práticas naturais.

Em qualquer país do mundo, o sistema de trânsito é um formidável laboratório

de psicologia e interação social. Ao tomar uma condução, dirigir seu automóvel ou

simplesmente caminhar na calçada, o indivíduo ingressa numa rede complexa de

relações humanas.

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Rozestraten (1988) define que o sistema de trânsito funciona através de uma

série bastante extensa de normas e construções, e é constituído de vários

subsistemas, dentre os quais os três principais são: o homem, a via e o veículo. O

homem aqui é um subsistema mais complexo e, portanto, tem maior probabilidade

de desorganizar o sistema como um todo.

Para Batista (1985), o fenômeno “trânsito” é produzido, então, a partir de

comportamentos de indivíduos e de seus efeitos no ambiente, sendo que este

ambiente, por suas características físicas, possibilitaria a ocorrência de certos

comportamentos e impedindo a ocorrência de outros.

A Psicologia do Trânsito pode, portanto, ser definida como uma área da

psicologia que estuda, através de métodos científicos válidos, os comportamentos

humanos no trânsito e os fatores e processos externos e internos, conscientes e

inconscientes que os provocam ou os alteram. Em síntese: é o estudo dos

comportamentos-deslocamentos no trânsito e de suas causas (ROZESTRATEN,

1988)

Em 2003, Rozestraten acrescenta outra definição, desta vez dando ênfase

aos aspectos metodológicos que orientam o trabalho na área. Para este autor a

Psicologia do trânsito tem por seu objeto o comportamento dos cidadãos que

participam do trânsito. Ela procura entender esse comportamento pela observação e

experimentação, do inter-relacionamento com outras ciências que estudam o trânsito

e ajudar, por meio de métodos científicos e didáticos, na formação de

comportamentos mais seguros e condizentes com o exercício de uma perfeita

cidadania.

2.4 O Significado do Veículo para o Motorista

O veículo auto motor expressa um aspecto simbólico de ascensão social e de

afirmação e poder pessoal. No imaginário coletivo o veículo simboliza status,

sucesso, poder e felicidade. O veículo recebe o estatuto de um objeto capaz de dizer

algo sobre os indivíduos e assim se constitui como uma das principais fontes

identitárias para a sociedade de consumo. Segundo Solomon (1996); Woodruff e

Gardial (1996) a associação se trata de uma cadeia hierárquica e quanto mais alto

for o nível alcançado nessa hierarquia, mais altos serão os níveis de subjetividade

envolvidos.

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De acordo com Gubner (1998), na relação do homem com a máquina, o

equipamento é cada vez mais confiável enquanto o erro humano é uma

fontepotencial para acidentes significativos. A ação humana, em muitas situações, é

de caráter errático diante das ocasiões complexas, o que se deve em grande medida

à necessidade de tomar decisões rápidas e pouco pensadas, optando por uma única

solução dentre um leque e quase infinito de possibilidades, que em muitas ocasiões,

o cérebro é incapaz de avaliar todas as possíveis falhas que poderiam acontecer.

Portanto, é necessário entender os complexos mecanismos do pensamento da

pessoa que provocou o erro.

Belk, Walerndorf e Sherry (1989) verificaram que os consumidores

contemporâneos elegem determinados objetos e experiências de consumo como

representantes de algo que vai além do que aparentemente propõem. O consumidor

forma uma percepção de valor, pela qual a consequência derivada do uso de um

produto irá levá-lo a obter os estados finais desejados, ou seja, o levará a conquista

de valores pessoais. Assim como demonstra Rozestraten, (1988, p.136) "o carro

nem sempre é apenas um meio de transporte, é também um meio de ostentação,

um símbolo de status".

Dentre estas questões faz-se necessário ainda, apontar a importância do

trabalho ético e rigoroso que o psicólogo perito examinador do trânsito deve

desenvolver no atual contexto, com o intuito de atuar como um agente provedor de

mudanças significativas no cenário violento do trânsito.

O carro passa então, a ser um instrumento para assegurar o poder e o status

de seus motoristas, e neste cenário a agressividade passa a ser uma marca

essencial para declarar a suposta superioridade de um motorista sobre o outro e

sobre os pedestres. Acerca destes apontamentos Da Matta (2000) acrescenta que:

No Brasil também se criou o mito de que o bom motorista é o agressivo, o esperto. Nesse ponto, entra o outro mito brasileiro que é o da malandragem: se o sinal fechou em cima de mim, eu vou furar, se a estrada está entupida, vou pelo acostamento ou corto os outros carros, porque não sou trouxa. A agressividade passa a ser uma moeda, um valor. (2000, p.12)

Em um contexto social no qual os objetos de consumo recebem um lugar

privilegiado, o homem acaba por se "coisificar" (AQUINO, 1998, p.15) ao se

confundir com o veículo automotor. Assim, é o objeto que atribui significado ao

indivíduo e não mais o contrário.

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O ato de dirigir é complexo, envolve diversas competências, habilidades e

atitudes e requer do motorista um bom nível de maturidade emocional e capacidade

intelectual, as quais lhe permitem interpretar estímulos e reagir estrategicamente no

trânsito.(CRP-PR)

2.5 Congestionamentos

O conceito de congestionamento está vinculado aos de capacidade da via e

de nível de serviço. Enquanto a capacidade da via representa a quantidade máxima

de veículos que pode se movimentar em um trecho em um intervalo de tempo, sob

um conjunto especificado de condições de composição de demanda de tráfego e

ambientais, o nível de serviço é uma medida de qualidade do serviço para o usuário

da via. Os principais itens mensuráveis do nível de serviço são a frequência de

paradas, velocidade de operação, tempo de viagem, densidade do tráfego e os

custos operacionais do veículo. As medidas mais utilizadas para o nível de serviço

são a velocidade operacional para um fluxo ininterrupto e a quantidade de tempo de

atraso para o fluxo interrompido, ou a relação volume/capacidade do trecho (IPEA

1997).

Os congestionamentos, além de desperdiçarem tempo e dinheiro, provocam

estresse e poluem ainda mais o meio ambiente. Nos últimos anos, este problema

tem-se agravado principalmente nas grandes metrópoles brasileiras. Para Dows

(2004) e Bertini (2005), não há uma definição universal de congestionamento, porém

uma via pode ser considerada congestionada se a velocidade média estiver abaixo

da capacidade para a qual foi projetada. Em uma via projetada para uma velocidade

média de 60 quilômetros por hora, se a média da velocidade estiver abaixo desse

valor, ela é considerada congestionada. A definição ainda é imprecisa, pois muitas

pessoas têm diferentes percepções e expectativas sobre os congestionamentos.

Nas grandes cidades, quanto maior a renda da população, maior será o

desejo de usarem o transporte individualmente. Muitas pessoas preferem viajar

sozinhas por causa do conforto, privacidade, flexibilidade e rapidez, diferentemente

do que elas experimentariam se tivessem usando o transporte público. Essa

preferência pelo transporte individual aumenta de maneira significativa o número de

veículos nas ruas. Muitos acreditam que os benefícios do transporte individual

superam os do transporte público (DOWS, 2004). Ross e Yinger (2000) constataram

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em suas pesquisas que o impacto do individualismo colabora grandemente para o

aumento dos congestionamentos.

Os congestionamentos podem levar à redução da eficiência econômica de

uma região. O congestionamento desestimula empresas e pessoas a se

estabelecerem em uma região e, ao mesmo tempo, encoraja empresas ali

localizadas a procurarem outro local para futura expansão de capacidade e com

menos congestionamento.

Outra preocupação constante das autoridades é o impacto dos

congestionamentos na qualidade de vida das pessoas. A gestão do transporte é um

processo que envolve participação, integração e é um instrumento para elevação do

nível de serviço e preservação da qualidade de vida.

De acordo com Dows (2004), uma característica do sistema de transporte em

muitas cidades é que o aumento do número de carros é muito maior do que a

construção de ruas e avenidas. A grande razão desse aumento são as medidas

agressivas promovidas pelas montadoras para aumentar os seus lucros. Elas têm

investido pesadamente na promoção e financiamento de veículos. Como resultado,

há uma tendência de as pessoas quererem viajar sozinhas, o que aumenta cada vez

mais os congestionamentos.

Para prosseguirem no caminho do desenvolvimento, são necessários bom

planejamento, construção e manutenção das estradas e melhorias nas condições

dos sistemas de transporte. Bilbao-Ubillos (2008) afirma que o congestionamento é

uma externalidade negativa que afeta não só a economia, mas também as pessoas.

Bilbao-Ubillos (2008) e Coyle, Bardi e Novack (2006) afirmam que os custos

advindos dos congestionamentos são transferidos para a população. Além do

prejuízo financeiro, há outros, como exposição aos riscos que gradualmente

reduzem a qualidade de vidas das pessoas. O autor identifica os principais custos

financeiros: o preço do tempo perdido na viagem, o custo adicional de combustível,

manutenção e depreciação dos veículos e o custo da poluição sonora e atmosférica

causada pelos congestionamentos. (SIMPOI- anais 2009).

A utilização do uso do automóvel para o indivíduo traz inúmeros benefícios.

Mas os governantes precisam incluir na quantificação dos custos os impactos

decorrentes da sua utilização massiva para a sociedade. As políticas para o

transporte público promovem noções de solidariedade, integração e inclusão, além

de reduzirem consideravelmente os custos urbanos (IPEA, 1998). E à medida que o

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automóvel baratear, maior será o preço para a sociedade, pelo aumento do

congestionamento e da poluição.

Com o fácil acesso à compra de um carro, é cada vez mais raro encontrar um

carro com mais de um ocupante. Schweitzer e Taylor (2008) sugerem que dois

fatores básicos afetam o trânsito e causam congestionamento: excesso de veículos

em horários específicos e acidentes ou ocorrências (pneu furado, falta de

combustível, pistas bloqueadas para reparos, condições do tempo, etc.) que podem

bloquear a pista. Para Demarchi, Melo e Setti (2001) e Dows (2004), há também

alguns outros fatores que afetam o fluxo de tráfego:

2.5.1 Fator de Hora-pico

A variação do fluxo de tráfego é medida durante o período de uma hora em

que é observado o maior volume de tráfego. Nossa sociedade é organizada de

maneira que muitas pessoas precisam deslocar-se no mesmo horário; dessa

maneira, muitas vezes o congestionamento é inevitável.

2.5.2 Desempenho dos Automóveis Pesados em Aclives

Com a redução necessária de velocidade dos automóveis, diminui a

capacidade de escoamento da rodovia.

2.5.3 Presença de Veículos Pesados.

Por apresentarem um desempenho inferior aos veículos leves, eles obrigam

os automóveis que possuem melhor desempenho a mudarem de faixa ou fazerem

manobras constantemente. Não se trata de negar os benefícios indiscutíveis do uso

do automóvel para o indivíduo, mas de incluir, na quantificação dos custos quando

da avaliação de projetos e políticas públicas para transporte nas áreas urbanas, os

impactos decorrentes de sua utilização massiva para a sociedade (IPEA 1997).

Uma pesquisa realizada pelo Sindicato da Arquitetura e da Engenharia

(Sinaenco) revelou, nesta quinta-feira (17), que nos próximos 25 anos a frota de

veículos da Região Metropolitana do Recife (RMR) irá triplicar. De acordo com a

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análise, em 2040 o índice terá um crescimento de 195,1% , ou seja, serão 2.383.982

carros e motos circulando.

O levantamento também mostrou que o trânsito e o transporte público são os

maiores problemas de infraestrutura do Recife. De acordo com 65% dos

entrevistados, os problemas relacionados à mobilidade urbana são os que causam

maior impacto na vida da população recifense.

2.6 Previsão da Frota Veicular nas Regiões Metropolitanas

O aumento da frota de veicular em diversas regiões metropolitanas tem

ocasionado congestionamentos e aumento no número de acidentes de trânsito.

Segundo Bassan et al (2009), esse crescimento da frota está relacionado com a

melhora econômica da população. Consequentemente, implica em uma saturação

das vias, poluição do ar, poluição sonora, entre outros problemas.

Silva (2011), apud Pinto (2010), afirma que, quanto maior a taxa de

motorização nas cidades brasileiras, tanto maior é a extensão dos

congestionamentos e o tempo de viagem, ocasionando maior poluição do ar e

poluição sonora, gerando mais estresse devido ao trânsito caótico, com um maior

risco de acidentes no deslocamento de carro. Soma-se a isso o transporte público

de baixa qualidade e eficiência e, ainda, a falta de melhoria e ampliação da

capacidade viária das cidades.

Segundo Rodrigues (2010), além do aumento na frota de veículos,

congestionamentos e o tempo de deslocamento nas cidades, outro fato gerador da

crise se refere à eficiência, segurança e gestão do transporte público coletivo. Nesse

sentido o Brasil deixa a desejar. O principal problema é a ineficiência da gestão

pública na área da mobilidade urbana, devido, sobretudo à falta de transparência,

clareza em termos de aplicação de recursos e respeito à população que paga

tributos, porém não recebe serviços seguros e eficientes de transporte.

Segundo Azuaga (2000) “as fontes veiculares de poluição atmosférica, além

de serem as mais importantes, aumentando sua contribuição relativa em cidades

menos industrializadas, são as de mais difícil controle, devido a sua grande

dispersão”.

A poluição do ar em regiões metropolitanas tem sido um dos grandes

problemas a serem enfrentado pela sociedade. Doenças decorrentes de tais

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emissões têm contribuído significativamente para aumentar os gastos com a

manutenção da saúde de seus habitantes e, consequentemente, com a redução da

capacidade de trabalho de suas populações.

Conforme Codato (2008), os veículos automotores são responsáveis por 97%

das emissões de CO, 97% dos Hidrocarbonetos, 96% do óxido de nitrogênio, 40%

de material particulado e 35% de óxidos de enxofre.

Segundo Antônio Alexandre, Secretário de Desenvolvimento e Planejamento

Urbano do Recife, o maior desafio dos órgãos responsáveis é modificar a “lógica” da

mobilidade, pois, concorda que a descentralização dos polos comerciais é uma coisa

que ajudaria bastante, já que cada vez que uma pessoa precisa se deslocar de um

ponto até o centro da cidade, impacta no trânsito. Afirma ainda que a cultura de

transporte individual como carros e motos, é algo que influência diretamente no

problema de falta de mobilidade tendo como outro fator importante a inversão de

prioridades, por exemplo, hoje nossa população tem uma cultura de transporte

individual, facilitada pelas várias condições de pagamento de veículos.

O professor Doutor da Universidade Federal de Pernambuco Maurício

Andrade alega que nos últimos 25 anos ocorreram as principais mudanças no

âmbito da mobilidade. Segundo ele, o Sistema Estrutural Integrado – SEI, foi uma

grande ideia, mas precisa ser repensada e reestruturada, pois, não adianta apenas

aumentar a quantidade de Terminais integrados (TIs) e não melhorar as rodovias e a

forma de como vai funcionar esse sistema.

Osias Baptista Neto, consultor em transporte e trânsito, garante que seria

impossível acompanhar o crescimento da frota com o aumento das vias de

circulação. “Não se pode substituir a cidade das pessoas pela cidade dos carros, por

isso é preciso aumentar a eficiência do sistema de circulação”, afirma. Ele ressalta

que o ponto chave para resolver o problema dos congestionamentos é “arranjar uma

forma de conduzir o maior número possível de pessoas, não de veículos, no menor

espaço possível”. Ou seja: aumentar a eficiência do transporte público.

O diretor da BHTrans Edson Amorim concorda que a forma de atender a

mobilidade nas cidades médias e grandes é através do investimento em transporte

público. Ele ressalta, contudo, que é preciso também fazer melhorias no sistema

viário e nos veículos para que os eventuais acidentes sejam de menor gravidade e

não provoquem acidentes secundários.

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Há tempos os belorizontinos esperam por um transporte coletivo que atenda

as demandas da cidade. Muitas são as reivindicações pela expansão da linha de

metrô, mas Osias Baptista explica que, por causa da topografia da cidade, mesmo

que houvesse recursos, não seria possível implantar um transporte público

totalmente baseado no sistema metroviário. Segundo o mesmo não se consegue

levar o metrô a regiões como Belvedere, avenida Raja Gabáglia, Concórdia e várias

outras áreas”, lamenta. Belo Horizonte é uma cidade montanhosa e não há registros

de metrôs em cidades com essa topografia, de acordo com Baptista.

Uma alternativa para o transporte público na cidade é um sistema de ônibus

em vias de trânsito rápido, evitando que os coletivos fiquem presos em

congestionamentos. Tal sistema está sendo posto em execução como preparação

para a Copa de 2014 e terá duzentos ônibus articulados, que circularão nas

avenidas Dom Pedro I, Antônio Carlos e Cristiano Machado e na área central. O

projeto prevê o transporte de 750 mil do 1,2 milhão de passageiros diários do

sistema público de transporte. De acordo com as BHTrans, as obras serão

concluídas nos próximos sete meses.

2.7 Desvantagens do Aumento do Tráfego de Veículos

2.7.1 Emissão de Poluentes e Doenças

Pesquisas realizadas pelo IPEA (1997) demonstram que os coeficientes de

emissão de poluentes por veículos automotores variam muito em função das

condições dos combustíveis e dos veículos, sendo que o estudo concentrou-se na

emissão dos quatro principais poluentes nocivos à saúde - monóxido de carbono

(CO), hidrocarbonetos (HC), óxido de nitrogênio (NOx) e materiais particulados (MP).

Dentre os efeitos que podem causar na população cita:

O monóxido de carbono (CO) que provoca tonturas, dores de cabeça, sono,

redução dos reflexos e perda da noção de tempo. É um dos principais responsáveis

por acidentes de tráfego em áreas de grande concentração, aumentando o estado

de morbidez das pessoas idosas.

Os hidrocarbonetos (HC) são irritantes para os olhos, nariz, pele e parte

superior do sistema respiratório; reduz também a visibilidade ambiente, provocando

acidentes.

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O óxido de nitrogênio (NOx) provoca irritação e contrição das vias

respiratórias diminuindo a resistência orgânica às infecções e participa do

desenvolvimento do enfizema pulmonar. Já o material particulado, atinge os alvéolos

pulmonares, produzem alergia, asma, bronquite crônica e agravamento de sintomas

produzidos por outros poluentes.

2.7.2 Tempo Gasto nos Congestionamentos

O tempo gasto no congestionamento foi medido pela pesquisa de

velocidade/retardamento (tempos de percurso), onde se identificou os motivos de

retenção dos veículos, quais sejam: semáforos, congestionamentos e outros (por

exemplo, acidentes); no caso dos ônibus foi medido também o tempo gasto nos

pontos de parada. A busca da redução do tempo de deslocamento é uma das

principais metas de projetos em transporte. Pela teoria econômica, o valor do tempo

de cada pessoa está associada a sua capacidade de produzir algum valor para a

sociedade, o que estaria refletido na sua capacidade de gerar renda. Como o valor

do tempo do automobilista, na maioria das vezes, é maior do que o valor do tempo

do usuário de transporte coletivo, projetos tendem a privilegiar os primeiros. Tal

simplificação só é possível, porque nem todos os custos são quantificados de forma

sistêmica e, portanto, é como se não existissem, levando a se investir mais em vias

para automóveis do que nas de transportes públicos. As deseconomias são

proporcionais às populações de forma potencial e não linear (IPEA, 1997).

2.8 Previsão Quantitativa Baseada em Modelos de Holt-Winters.

Segundo Martins e Laugeni (2006), previsão é o processo metodológico para

determinação do futuro baseado em modelos estatísticos, matemáticos ou

econométricos ou ainda em modelos subjetivos apoiados em uma metodologia de

trabalho clara e previamente definida.

Uma série temporal consiste de medidas ou observações previamente obtidas

de um fenômeno que são realizadas sequencialmente sob um intervalo de tempo.

Se estas observações consecutivas são dependentes uma da outras então é

possível conseguir-se uma previsão. Estes métodos são classificados em

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qualitativos ou baseados no julgamento (opinião do pessoal envolvido) e

quantitativos ou matemáticos.

Os métodos quantitativos se subdividem em métodos causais e séries

temporais onde as atenções se concentrarão nos métodos matemáticos baseados

nas séries temporais, uma vez que o modelo matemático para o evento em estudo

possa não ter sido definido. Podem ser aplicados quando algumas condições

existirem, como por exemplo, se a informação sobre o passado for disponível; esta

informação pode ser quantificada (dados numéricos); e os padrões que ocorreram

no passado continuarão a ocorrer no futuro (pressuposto da continuidade) e a

previsão, como ferramenta, deve ser executada considerando-se alguns importantes

passos: i) definição do problema (conhecer o problema, utilidade da previsão, entre

outros); ii) coleta de informação (dados); iii) análise preliminar dos dados (através de

gráficos e medidas descritivas); iv) escolha e ajuste de modelos; e v) uso e avaliação

do modelo de previsão (MAKRIDAKIS et al., 1998).

2.9 Previsão Estratégica e Operacional para Empresas

Prever níveis de demanda é vital à empresa como um todo, porque fornece as

entradas básicas para planejamento e controle de todas as áreas funcionais,

incluindo a logística, o marketing, a produção e as finanças (BALLOU, 2001).

Segundo Slack et. al. (2002) prover a capacitação de satisfazer a demanda atual e

futura é uma responsabilidade fundamental da administração da produção.

A análise de séries temporais é uma área de pesquisa relevante em diversos

campos do conhecimento, objetivando providenciar uma previsão, quando o modelo

matemático de um fenômeno é desconhecido ou incompleto. Tubino (2000) afirma

que as técnicas de previsão são fundamentais às empresas, para que elas possam

direcionar suas atividades para o rumo em que acreditam dar certo.

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Ética

A presente pesquisa não segue as exigências éticas e científicas

fundamentais conforme determina o Conselho Nacional de Saúde – CNS nº 196/96

do Decreto nº 93933 de 14 de janeiro de 1987 – a qual determina as diretrizes e

normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos, haja vista que,

não houve necessidade de coleta de informações com seres humanos.

3.2 Tipo de Pesquisa

Essa pesquisa trata-se de um estudo exploratório-descritivo, com dupla,

combinação de abordagens, a saber quanti-qualitativa.

3.3 Universo

O presente estudo abrangeu a frota veicular do estado de Pernambuco,

Região Metropolitana de Recife e Recife (Figura 1).

Figura 01 – Localização do Nordeste do Brasil, em destaque o estado do Pernambuco.

Fonte: Dados da pesquisa.

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3.4 Sujeitos da Amostra

Para esse estudo foram utilizados dados da frota veicular através do DETRAN

de Pernambuco, sendo esses dados disponibilizados online.

3.5 Instrumentos de Coleta de Dados

Para a coleta dos dados, necessitou de um computador e de internet acesso

das informações necessárias para esta pesquisa.

3.6 Plano para Coleta dos Dados

Os dados foram obtidos no site do DETRAN-PE, no formato de pdf, sendo

esses organizados e convertidos em planilha eletrônica.

3.7 Plano para a Análise dos Dados

Os dados foram tratados e analisados com auxílio de um software EXCEL

para o tratamento estatístico (Correlação de determinação e gráficos) e, para a

previsão da frota veicular, utilizou-se o software R.

Para a previsão da frota veicular para o estado de Pernambuco, Região

Metropolitana de Recife e Recife aplicou-se o modelo de Holt-Winters, que

descrevem apropriadamente dados em que se verifica a ocorrência de tendência

linear, além de componente de sazonalidade (PELEGRINI & FLOGIATTO, 2000).

As vantagens desse modelo deve-se a fácil entendimento, aplicação não

dispendiosa, adequada para série com padrão de comportamento mais geral

(MORETTIN e TOLOI, 2004). As desvantagens desse método devem-se as

dificuldades de determinar os valores mais apropriados das constantes de

suavização e/ou impossibilidade de estudar as propriedades estatísticas, tais como

média e variância da previsão e, consequentemente, a construção de um intervalo

de confiança.

E, Devido ao comportamento da série temporal dos dados da frota veicular

pelo método Holt-Winters Aditivo (Tabela 1):

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Tabela 01 – Modelo Holt-Winters Aditivo.

Holt-Winters Aditivo

Nível 111 ttsttt bLSYL (1)

Tendência 11 1 tttt bLLb (2)

Sazonalidade stttt SLYS 1 (3)

Previsão mstmttmt SbLF ´ (4)

Fonte: Dados da pesquisa.

Onde,

Lt= nível da série (1);

bt= Tendência (2)

St= Componente sazonal (3);

Ft+m=Previsão para o período m=10 anos (4)

Yt= valor observado (Frota veicular)

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Evolução da frota de veículos para o Estado de Pernambuco

A evolução da frota veicular para o estado do Pernambuco, Região

Metropolitana de Recife (RMRe) e Recife (Re) pode ser visto na figura 2. Em 1970,

a quantidade de veículos que circulavam em PE, RMRe e Re era de 78.854, 49.587

e 43.782 veículos, respectivamente. Com o crescimento populacional e melhoria do

poder aquisitivo e os péssimos serviços de transporte publico, contribuíram para

essa crescente evolução veicular nessa região. Atualmente, mais de 2.464.189 (PE),

1.176.706 (RMRe) e 636.114 (Re) veículos, circulam nessa região.

Figura 02 – Evolução da frota de veículos em Pernambuco (Preto), Região Metropolitana de

Recife (vermelho) e Recife (verde).

Fonte: DETRAN/PE. 2013.

4.2 Predição e Previsão para o Estado de Pernambuco

Na Figura 3 temos valores observados, em preto, e preditos em vermelho, da

frota de Pernambuco compreendido de 1970 a 2013 pelo método de Holt-Winters.

Percebe-se que os valores preditos para Pernambucos acompanha a linha dos

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valores observados. Estatisticamente, a raiz da soma do erro médio quadrático

(RMSE), ficou em +18%, ou seja, os valores preditos sobrestimaram em 18%, em

média dos valores esperados.

Figura 03 – Evolução veicular observado, em preto e, predito em vermelho, da frota de

Pernambuco compreendido de 1970 a 2013 pelo método de Holt-Winters

Fonte: DETRAN/PE. 2013.

Na Figura 4 temos a dispersão e a correlação dos valores observados e

preditos para Pernambuco de 1970 a 2013. Nota-se que os dados estão bem

correlacionados (R²=0,999), ou seja, 99,9% dos dados estão ajustados. Observa-se

ainda, para os máximos valores estão disperso, diferente para menores valores.

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Figura 04 – Dispersão dos valores observados e preditos da frota de veículos para o estado de

Pernambuco, no período de 1970 a 2013.

Fonte: DETRAN/PE. 2013.

Na Tabela 2 temos a projeção da frota de veículos, também apresentando o

mínimo e o máximo valor estimado para os respectivos anos. Espera-se para o

corrente ano, 2.652.078 veículos, sabendo que o ano anterior teve 2.464.189

veículos, um aumento de (+7,6%). Nota-se que em 2016 a quantidade de veículos

pode ultrapassar a marca de 3 milhões de veículos e ate 2020 ultrapassar a marca

de 4 milhões de veículos.

Tabela 02 – Projeção da frota de veículos com valores mínimos e máximos, com o percentil

95%, para os respectivos anos.

Anos Forecast Min_95% Max_95%

2014 2.652.078 2.609.385 2.694.771

2015 2.838.565 2.748.989 2.928.141

2016 3.025.052 2.877.338 3.172.766

2017 3.211.538 2.996.583 3.426.494

2018 3.398.025 3.107.887 3.688.163

2019 3.584.512 3.212.036 3.956.988

2020 3.770.999 3.309.613 4.232.385

2021 3.957.485 3.401.075 4.513.896

2022 4.143.972 3.486.795 4.801.150

2023 4.330.459 3.567.084 5.093.834

Fonte: DETRAN/PE. 2013.

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Na Figura 5, temos a projeção anual da frota veicular para Pernambuco para

os próximos 10 anos (2023), com a margem de erro superior e inferior, com o

percentil 95%. Com as características atuais, quantidade de veículos previstos para

2023 será de 4.333.459 veículos, oscilando entre os mínimos de 3.597.084 veículos

e máximo de 5.093.834 veículos.

Figura 05 – Projeção da frota veicular para Pernambuco.

Fonte: DETRAN/PE. 2013.

4.3 Predição e Previsão para Região Metropolitana de Recife

Na Figura 6 temos valores observados, em preto, e preditos em vermelho, da

frota de Região Metropolitana de Recife compreendido de 1970 a 2013 pelo método

de Holt-Winters. Percebe-se que os valores preditos para Região Metropolitana de

Recife acompanha a linha dos valores observados. Estatisticamente, a raiz da soma

do erro médio quadrático (RMSE), ficou em +18%, ou seja, os valores preditos

sobrestimaram em 18%, em média dos valores esperados.

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Figura 6 – Evolução veicular observado, em preto e, predito em vermelho, da frota de Região

Metropolitana de Recife, compreendido de 1970 a 2013 pelo método de Holt-Winters

Fonte: DETRAN/PE. 2013.

Na figura 7 temos a dispersão e a correlação dos valores observados e

preditos para Região Metropolitana de Recife de 1970 a 2013. Nota-se que os dados

estão bem correlacionados (R²=0,9987), ou seja, 99,87% dos dados estão

ajustados. Observa-se ainda, para os máximos valores estão disperso, diferente

para valores baixos.

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Figura 07 – Dispersão dos valores observados e preditos da frota de veículos para o estado de

Pernambuco, no período de 1970 a 2013.

Fonte: DETRAN/PE. 2013.

Na Tabela 3 temos a projeção da frota de veículos, também apresentando o

mínimo e o máximo valor estimado para os respectivos anos. Espera-se para o

corrente ano, 2.652.078 veículos, sabendo que o ano anterior teve 2.464.189

veículos, um aumento de (+7,6%). Nota-se que em 2016 a quantidade de veículos

pode ultrapassar a marca de 3 milhões de veículos e ate 2020 ultrapassar a marca

de 4 milhões de veículos.

Tabela 03 – Projeção da frota de veículos da Região Metropolitana de Recife com valores

mínimos e máximos com o percentil 95%, para os respectivos anos.

Anos Forecast Min_95% Hi_95%

2014 1.249.411 1.222.160 1.276.662

2015 1.322.116 1.268.710 1.375.522

2016 1.394.821 1.310.997 1.478.645

2017 1.467.526 1.349.360 1.585.693

2018 1.540.231 1.384.153 1.696.310

2019 1.612.937 1.415.665 1.810.208

2020 1.685.642 1.444.131 1.927.152

2021 1.758.347 1.469.742 2.046.951

2022 1.831.052 1.492.660 2.169.444

2023 1.903.757 1.513.020 2.294.494

Fonte: DETRAN/PE. 2013.

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Na Figura 8, temos a projeção anual da frota veicular para Região

Metropolitana de Recife para os próximos 10 anos (2023), com a margem de erro

superior e inferior, com o percentil 95%. Com as características atuais, quantidade

de veículos previstos para 2023 será de 1.903.757 veículos, oscilando entre os

mínimos 1.513.020 veículos e máximo de 2.294.494 veículos.

Figura 08 – Projeção da frota veicular para Região Metropolitana de Recife.

Fonte: DETRAN/PE. 2013.

4.4 Predição e Previsão para Recife

Na Figura 9 temos valores observados, em preto, e preditos em vermelho, da

frota de Recife compreendido de 1970 a 2013 pelo método de Holt-Winters.

Percebe-se que os valores preditos para Pernambucos acompanha a linha dos

valores observados. Estatisticamente, a raiz da soma do erro médio quadrático

(RMSE), ficou em +15,6%, ou seja, os valores preditos sobrestimaram em 15,6%,

em média dos valores esperados.

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Figura 09 – Evolução veicular observado, em preto e, predito em vermelho, da frota de Recife, compreendido de 1970 a 2013 pelo método de Holt-Winters

Fonte: DETRAN/PE. 2013.

Na figura 10 temos a dispersão e a correlação dos valores observados e

preditos para Recife de 1970 a 2013. Nota-se que os dados estão bem

correlacionados (R²=0,9978), ou seja, 99,78% dos dados estão ajustados. Observa-

se ainda, para os máximos valores estão disperso, diferente para valores baixos.

Figura 10 – Dispersão dos valores observados e preditos da frota de veículos para Recife, no período de 1970 a 2013.

Fonte: DETRAN/PE. 2013.

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Na Tabela 4 temos a projeção da frota de veículos, também apresentando o

mínimo e o máximo valor estimado para os respectivos anos para Recife. Espera-se

para o corrente ano, 2.652.078 veículos, sabendo que o ano anterior teve 2.464.189

veículos, um aumento de (+7,6%). Nota-se que em 2016 a quantidade de veículos

poderá ultrapassar a marca de 1 milhões de veículos em 2020.

Tabela 04 – Projeção da frota de veículos de Recife com valores mínimos e máximos, com o

percentil 95%, para os respectivos anos

Anos Forecast Min_95% Max_95%

2014 668.787 648.795 688.779

2015 701.460 664.343 738.577

2016 734.133 677.667 790.600

2017 766.806 688.789 844.823

2018 799.479 697.859 901.099

2019 832.152 705.018 959.286

2020 864.825 710.390 1.019.261

2021 897.498 714.078 1.080.919

2022 930.171 716.172 1.144.171

2023 962.845 716.749 1.208.940

Fonte: DETRAN/PE. 2013.

Na Figura 11, temos a projeção anual da frota veicular para Recife para os

próximos 10 anos (2023), com a margem de erro superior e inferior, com o percentil

95%. Com as características atuais, quantidade de veículos previstos para 2023

será de 962.845 veículos, oscilando entre os mínimos 716.749 veículos e máximo de

1.208.940 veículos.

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Figura 11 – Projeção da frota veicular para Recife.

Fonte: DETRAN/PE. 2013.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do desafio de realizar a previsão da frota veicular para o estado do

Pernambuco, os resultados preditos se mostraram satisfatório, conseguindo

acompanhar o perfil da evolução da frota desde 1970. A relação entre os preditos e

os observados foi excelente, onde a correlação para Pernambuco, RMRe e Recife

foram R²=0,999, R²=0,9987 e R²=0,9978, respectivamente. De acordo com a

previsão da frota veicular, Pernambuco deverá ultrapassar 3 e 4 milhões de veículos

nos anos de 2016 e 2020, respectivamente. No caso de Recife e RMRe, em 2020,

eles terão mais de 1 e 2 milhões de veículos, respectivamente. E, portanto a

demanda de veículos para o futuro influenciará em vários setores da economia,

saúde e no trânsito.

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